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ENGENHARIA METALÚRGICA PROF.: EDUARDO BROCCHI

Introdução Engenharia Metalúrgica

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Metalurgia

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  • ENGENHARIA METALRGICA

    PROF.: EDUARDO BROCCHI

  • 1 INTRODUO

    A Engenharia de Materiais pode ser dividida em alguns segmentos que, embora possam ser

    tratados independentemente, esto interligados.Dentre estes podemos citar alguns tpicos que

    so estudados: Extrao/Sntese , Estrutura/ Propriedades, Fabricao/Uso, Proteo e

    Reciclagem.

    1.1 Definies Bsicas

    Matria-Prima ou 1o. Material: Pode ser mineral ou vegetal. No caso da Engenharia de Materiais, a matria prima de maior interesse a mineral. Tem ocorrncia natural nas minas.

    Mineral: um conjunto de elementos que se caracteriza por ter propriedades especficas e estrutura bem definida, pois se forma da repetio da clula unitria. Algumas destas

    propriedades especficas so densidade prpria, colorao, susceptibilidade magntica e arranjo

    cristalino bem definido. Ex.: hematita = mineral do minrio de ferro

    Mineral de Interesse: o mineral constituinte do minrio, que tem algum interesse econmico e/ou tecnico. Quando o mineral de interesse separado dos demais constituintes do

    minrio, ele passa a ser denominado concentrado.

    Minrio: pode ser definido como um agregado de minerais, onde pelo menos um deles tem algum valor econmico, ou seja, uma ocorrncia mineral natural que tem algum valor

    comercial. (ROM = Run of Mine = Minrio)

    A minerao ou lavra pode ser feita na superfcie ou subterrnea. Isso vai depender do minrio.

    Arranjo Cristalino: um arranjo interno dos tomos, que se posicionam em lugares bem definidos de um dos sistemas cristalinos (existem 7). Todos os cristais da mesma substncia so

    semelhantes . Entretanto, podem no ter a mesma aparncia externa, pelo fato de que faces

    diferentes se encontram durante o processo natural de formao devido a existncia de

    diferentes frentes de nucleao e crescimento.

    Eng. de Materiais e Metalurgia

    Caracterizao Processos (Obteno)

    Propriedades / Uso

    Extrao / Sntese

  • Siderurgia

    (Ind. do Ferro)

    Metlicos

    (Metalurgia)

    Metais

    no-Ferrosos

    Cermicos

    Polmeros

    Compsitos

    ENGENHARIA

    MATERIAIS E

    METALURGIA

    Extrao /

    Sntese

    Estrutura/

    Propriedade /

    Desempenho

    Processos

    de

    Fabricao (do

    prod. acabado)

    Processos

    Fsicos

    Processos

    Qumicos

    Caracterizao

    Ensaios

    Processamento

    Usinagem

    Conformao

    Fundio

    Metalurgia do p

    Convencionais

    Termoplsticos

    CLASSIFICAO DE MATERIAIS OPERAES

    Ten

    dn

    cia

    Ten

    dn

    cia

    Po

    ssv

    el

    Inco

    mu

    m

    Diversas formas

  • 1.2 Classificao dos Materiais

    Os Materiais com que a Eng. de Materiais normalmente se envolve so os Metlicos, os

    Cermicos, os Polmeros e os Compsitos.

    Metlicos Englobam todos os metais tanto ferrosos quanto no ferrosos. O metais ferrosos podem ainda ser divididos entre metais preciosos (ouro, paldio, platina e prata),

    metais bsicos (so a maioria: alumnio, cobre, estanho, zinco, etc.), metais estratgicos

    (trio, silcio, urnio) e metais refratrios (tungstnio, vandio, tntalo e nibio).

    Obs.: Materiais refratrios so materiais que resistem bem ao calor e por isso so muito

    usados em revestimento de fornos. Normalmente so cermicos. J os metais refratrios so

    metais que possuem alta temperatura de fuso.

    Cermicos - Alguns produtos so cermicas em sua origem: tijolo, telhas, azulejo, porcelanas de banheiro e at o

    vidro. Cermicos so bons isolantes eltricos e trmicos.

    Polmeros - Um polmero uma macromolcula formada pela repetio de pequenas e simples unidades qumicas

    (monmeros), ligadas covalentemente.

    Compsitos - Compsitos so materiais formados pela combinao de dois ou mais materiais distintos que mantm as suas propriedades individuais e sem que haja interao

    qumica intencional entre eles, ou seja, so formados pela mistura de pelo menos dois

    materiais de grupos diferentes (metais + polmeros, cermicos + metais, etc). O pneu

    um exemplo de compsito, pois formado por fibras metlicas + borracha.

    2 CARACTERIZAO E PROCESSAMENTO DA MATRIA-PRIMA

    2.1 Iniciativas de caracterizao

    Caracterizao do Minrio: Pode ser feita quanto a granulometria, a composio qumica (composio dos

    elementos) ou a composio mineralgica (composio dos minerais constituintes).

    Matria Prima

    Mineral (Minrio)

    Caracterizao

    Processos

    - Anlise Granulomtrica

    - Anlise Mineralgica

    - Anlise Qumica

    - Grau de Liberao

    Caracterizao

    Tecnolgica

    Polietileno de Alta Densidade

    (polmero)

  • Obs.: Caracterizao Tecnolgica: quando a caracterizao importante para

    disponibilizar o uso tecnolgico de um mineral, ou seja, caracterizar o material com foco

    na tecnologia.

    Mtodos de Caracterizao:

    1. Caracterizao Mineralgica: Descreve quais minerais esto presentes no minrio (pode ser quantitativa ou qualitativa).

    2. Anlise Qumica Elementar: Fornece a composio dos elementos presentes, isto , a porcentagem de cada elemento.

    Obs.: A anlise elementar pode identificar outros elementos alm daqueles que

    constituem,teoricamente, os minerais presentes no minrio. . Isto ocorre porque os

    minerais presentam substituies nas suas redes cristalinas . Por exemplo: a anlise

    elementar da cassiterita (SnO2) pode indicar a presena de Nb e Ta. Este fato indica

    que tais elementos ocupam posies na rede cristalina da cassiterita e,

    eventualmente,devero ser retirados caso deseja-se a obteno do estanho.

    3. Anlise Granulomtrica: Fornece a distribuio percentual,em peso, dos tamanhos dos gros que constituem o material.. Essa caracterizao essencial

    para os processos fsicos voltados para a extrao e sntese. Ou seja, a anlise

    granulomtrica permite identificar o tamanho e a distribuio dos gros e junto

    com a composio mineralgica permite se obter o chamado grau de liberao.

    A anlise granulomtrica feita atravs de peneiras de diferentes aberturas e que

    so padronizadas internacionalmente. Cada peneira tem um nmero de aberturas

    por polegada linear denominado mesh. Logo, quanto maior o mesh, maior o

    no. de aberturas e, conseqentemente, mais fino dever ser o gro para que passe

    por ela. Assim, para materiais grosseiros, usa-se peneiras de baixo mesh e para

    finos usa-se peneiras com maior mesh.

    Exemplo de Resultado da Anlise Granulomtrica:

    Supondo um minrio onde 10% meu mineral de interesse. A anlise de 10g deste

    minrio poderia dar como resultado:

    2 mesh (# 2)

    6 mesh (# 6)

    12 mesh (# 12)

  • Frao %

    Peso

    % do Mineral de

    Interesse em cada

    Frao

    % P x % M % L

    (% do MI liberada

    na frao)

    % P x %M x %L

    +28 10 10 1 g 70% 0,70

    28 x 65 20 12 2,4 g 80% 1,92

    65 x 100 30 8 2,4 g 90% 2,16

    100 x 250 20 10 2,0 g 95% 1,90

    -250 20 11 2,2 g 100% 2,20

    100g

    Obs.: A simbologia (+) significa que ficou retido na peneira e (-) que passou.

    Se o material tivesse uma distribuio homogenia cada frao teria a mesma quantidade,

    logo, nesse exemplo (5 fraes) seria 20% cada. Porm, a distribuio pssvel quando se

    seleciona uma srie de peneiras adequada uma distribuio normal.

    A distribuio do mineral de interesse tambm no homognea pelas fraes,

    assim, no haver 10% do mineral de interesse em cada frao, e sim uma distribuio

    aleatria relacionada s caractersticas e propriedades do mineral de interesse dentro

    daquele minrio.

    4. Grau de Liberao:Significa o percentual do mineral de interesse que se encontra, totalmente, solto (liberado) .Deve ser obtido a partir de uma amostra representativa.

    Ou seja :

    massa do mineral de interesse liberada (solta) / massa total do mineral de interesse

    razovel se esperar que para um processo de separao do mineral de interesse ser

    bem sucedido, o grau de liberao deva ser maior do que 80 %.

    Assim, no exemplo acima, a amostra representativa do minrio tem 100gramas das quais

    10gramas mineral de interesse e desta quantidade, 8,88 encontra-se liberado,ento:

    GLP (Grau de Liberao do Produto) = 8,88g / 10g = 88,8%

    O grau de liberao pode ser obtido para o minrio bruto (como sai da mina) e, neste

    caso, deve ser relativamente pequeno ou, como normalmente efetivado, aps uma srie

    de procedimentos de fragmentao,peneiramento,moagem e classificao,processos estes

    10 g 8,88 g

    +28 28x65 65x100 100x250

    %

  • que sero descritos posteriormente. Observe que a determinao do grau de

    liberao,assim como a anlise granulomtrica, so procedimentos laboratoriais que

    servem para direcionar operaes industriais.

    2.2 Iniciativas de processos extrativos

    A Extrao / Sntese engloba os processos fsicos e qumicos, pelo qual o minrio

    passa at a obteno do produto desejado. Geralmente se associa o termo extrao para

    metais e sntese para compostos.

    Como os metais, em geral, no so encontrados puros na natureza e sim nos

    minerais, normalmente precisa-se executar primeiro um processo fsico ( obteno do

    mineral de interesse a partir da sua separao dos demais) para posteriormente ser levado a

    feito um qumico. Quando o minrio muito rico no mineral de interesse pode-se pensar no

    processo qumico diretamente. Um exemplo a reduo do minrio de ferro.

    Ex: Para obter ferro, basta colocar a hematita ( Fe2O3- mineral de ferro) em contato com

    algum composto ou elemento vido por oxignio (ex: CO,C,H2, ...) em condies que

    favoream a reao. Assim,

    Fe2O3 ( s ) + CO ( g ) Fe ( l ) + CO2 ( g )

    Todavia, na maioria dos casos, o minrio deve ser tratado fisicamente em etapas que

    antecedem aos processos qumicos .

    A Figura a seguir ilustra este comentrio.

  • Processos Fsicos (Tratamento de Minrios)

    O minrio, normalmente, precisa ser submetido a processos fsicos de diferentes

    formas (fragmentao,moagem,separao,etc) Todavia,.em alguns casos tais processos

    podem estar apenas voltados para uma aglomerao das fraes mais finas do minrio ou

    para uma separao em fraes granulomtricas bem definidas da matria-prima (caso das

    britas). Nestes casos, o processo fsico pode ser entendido como sendo uma etapa de

    MINA Minrio Mineral

    (concentrado)

    Produto

    Intermedirio

    Metal ou

    Composto

    Produto

    Refinado

    Processos Fsicos

    Processos Qumicos

    Processamento

    preliminar

    (Piro)

    Processos de

    produo

    (Piro)

    Processos de

    refino

    (Piro)

    Sntese

    Reciclagem Sucata

    Uso

    Proteo

    Aplicaes Produto Desempenho

    Estrutura

    Propriedade Processamento

  • adequao granulomtrica. Tal situao ocorre no processamento de minrio de ferro de

    alto teor e de alguns minerais industriais.

    Os Minerais Industriais podem ser usados diretamente ou podem passar por algum

    ajuste granulomtrico para serem utilizados. Da mesma forma, alguns minrios de ferro

    no precisam ser concentrados pois j so constitudos praticamente de um s mineral (o

    de interesse). Estes podem ser sub-divididos em 2 grupos, os granulados (j encontrados no

    tamanho ideal para entrar na etapa qumica : alto-forno) e os finos ( que precisam ser

    aglomerados). Mas a maioria dos minrios (inclusive alguns de ferro) precisam passar pela

    preparao ( liberao do mineral de interesse) e por processos de separao do mineral de

    interesse (concentrao).

    Tratar o minrio nada mais do que process-lo. Esse processamento tem como objetivo

    preparar a matria-prima para os processos qumicos. Esses processos podem ser

    apresentados da seguinte forma:

    1) Preparo de Matria-Prima: Tem como objetivo:

    - Adequao granulomtrica: pode ser para preparar o mineral para aglomerar ou para

    liberao do mineral de interesse,

    - Liberao do mineral de interesse (voltada para a concentrao): envolve a adequao

    granulomtrica, pois para liberar preciso fragmentar/moer. Quando a liberao ocorre em

    partculas grosseiras, a seletividade do processo de concentrao tende a ser maior, pois as

    mquinas que fazem a separao apresentam melhor seletividade. Ou seja, embora a

    liberao seja aumentada com a diminuio do tamanho das partculas ( quanto menor a

    granulometria, maior o grau de liberao), a seletividade da concentrao diminui. Assim

    preciso levar em considerao os dois aspectos, quando da definio do par: grau de

    liberao / processo de separao( concentrao).

    Ento, uma forma de se apreciar quantitativamenta o preparo da matria-prima(minrio)

    que ser usada na concentrao, atravs da determinao do Grau de Liberao do

    Produto.

    MATRIA

    PRIMA

    MINERAL

    MINA

    Minerao

    Minerais Industriais

    Alguns Minrios de Fe

    Outros Minrios

    PREPARO DA M.P.

    (Tornar mais fino)

    PARA AGLOMERAO

    PARA CONCENTRAO

  • Os mtodos usados no preparo da matria-prima so fsicos:

    a) Britagem: uma fragmentao grosseira realizada em Britadores de diferentes modelos.

    b) Moagem: uma fragmentao mais fina efetivada em moinhos,tambm de diferentes

    formatos.

    c) Equipamentos de Separao: So peneiras e classificadores (ex. ciclones). O primeiro faz

    uma separao de partculas mais grosseira enquanto o segundo trata de partculas mais

    finas.

    2) Aglomerao: Visa aumentar o tamanho dos gros. Pode ser feita por:

    - Briquetagem: consiste na compactao das partculas do material a elevadas presses

    formando briquetes.

    - Sinterizao: o processo de aglomerao nesse caso baseado na fuso incipiente da

    partculas, ou seja, ocorrer uma espcie de solda entre as partculas.

    - Pelotizao: uma espcie de colagem entre partculas. Aos finos so adicionados gua

    e aglutinante que se misturam em um disco pelotizador. A inclinao e a velocidade de

    rotao do disco definiro o tamanho das pelotas formadas. Aps a formao das pelotas

    faz-se um tratamento trmico para aumentar a resistncia ao desgaste fsico das mesmas.

    OBS:

    A aglomerao til nos casos em que a matria-prima muito fina para ser submetida a

    processos qumicos, onde o gs reagente admitido no forno reacional pela parte inferior.

    Nesta situao as partculas da matria-prima seriam arrastadas antes da reao ocorrer

    (transporte pneumtico).

    H casos em que as partculas de matria-prima so muito finas para serem alimentadas nos

    fornos, mas no so finas o suficiente para serem aglomeradas, nesses casos necessrio

    fazer uma adequao granulomtrica, tornando as partculas ainda mais finas para, ento,

    aglomer-las. A pelotizao requer este procedimento prvio.

    3) Concentrao: Aps liberar, satisfatoriamente, o mineral de interesse necessrio

    separ-lo do resto do minrio, ou seja, concentr-lo. Por sua vez,a apreciao quantitativa

    do processo de concentrao o balano de massa.

    BRITAGEM PENEIRAS

    CLASSIFICADORES MOAGEM

  • Processos de Concentrao ( Tcnicas possveis)

    A rota de concentrao escolhida depende, dentre outras coisas, da caracterizao da

    matria-prima. Por exemplo, para minrios constitudos por minerais com diferentes

    densidades pode-se usar mtodos gravimtricos.

    1) Mtodos Gravimtricos: Separam os minerais em funo da densidade.Se para se atingir um grau de liberao satisfatrio for necessria a gerao de muitas fraes

    finas, deve-se selecionar o processo que fornea melhor seletividade.

    Elutriao: usado para materiais cuja liberao ocorre em fraes grosseiras (at 28#)

    Jigagem: usado para materiais cuja liberao ocorre em fraes intermedirias (at 65-100 mesh).

    Mesagem: usado para materiais cuja liberao ocorre em fraes finas (at 200#). Os processos s sero bem sucedidos se a diferena de densidade

    entre os minerais for apropriada para cada processo/granulometria.

    2) Magntico: Tambm perde seletividade para fraes muito finas. necessrio que o mineral possua alguma suscetibilidade magntica.

    3) Flotao: Permite separao de minrios levados a uma granulometria mais fina (325#) que os mtodos anteriores. Este mtodo se baseia em uma propriedade dos

    materiais denominada molhabilidade ( capacidade de se molhar).

    Este processo utilizado para separar partculas de minerais diferentes de uma fase lquida.

    A separao obtida pela introduo de pequenas bolhas de ar na fase lquida, que aderem

    ao material particulado com baixa molhabilidade, arrastando-o para a superfcie da polpa.

    MINERAL

    H2O

    MINERAL

    Ar

    MINERAL

    Ar

    MINERAL

    H2O

    Mineral com BOA Molhabilidade

    Mineral com POUCA Molhabilidade

    AR

    BOLHAS DE AR COM MINERAL

    DE POUCA MOLHABILIDADE

  • Assim, o mineral que tiver pouca molhabilidade ir se aderir s bolhas de ar e subir, por

    isso a flotao menos recomendada para para minerais pesados.

    Obs.: A flotao permite que se mude artificialmente as propriedades superficiais do

    mineral atravs de agentes modificadores.

    4) Floculao Seletiva: Usada para separar minerais muito finos. Funciona atravs da

    adio de um agente aglutinante que faz com que as partculas de um mesmo mineral se

    aderem seletivamente ao se chocarem umas nas outras, formando flculos que precipitam .

    Balano de Massa

    Definies:

    Teor: a porcentagem do mineral de interesse presente no material.

    Recuperao: o quanto se recupera, em peso, de uma quantidade disponvel .Pode ser

    calculada em relao a uma massa total alimentada ou apenas em relao ao peso do

    mineral de interese disponvel. Pode ser aplicado em relao a uma etapa do processo,

    sendo assim uma recuperao local, ou em relao ao processo inteiro, sendo ento uma

    recuperao total.

    Para que um processo seja vivel, necessria a obteno de um concentrado com um alto

    teor de mineral de interesse acompanhado de uma boa recupera do mesmoTodavia,

    sabe-se que ,normalmente, quanto maior o teor do concentrado, menor a recuperao do

    mineral de interesse.

    O balano de massa usado para se avaliar quantitativamente os processos de

    concentrao.

  • Esquema:

    No esquema apresentado, o processo A tem maior seletividade porque tem a maior faixa

    granulomtrica

    Clculos:

    A peneira foi alimentada com uma massa {A}. Aps o peneiramento, houve uma

    distribuio homognea de 50% entre os dois processos de concentrao.

    Seja,

    {A}: Alimentao da peneira

    {TA}: Teor de mineral de interesse em A

    {B}: Quantidade aps peneiramento (massa de minrio que vai para concentrao)

    {BI} e {BII}:Alimentao dos Processos I e II, respectivamente

    {TB}:Teor do mineral de interesse em B, BI e BII

    {CI}e {CII}:Massa dos concentrados I e II, respectivamente

    {TCI}e {TCII}:Teor dos concentrados I e II, respectivamente

    {RI}e {RII}:Massa dos rejeitos I e II, respectivamente

    {TRI}e {TRII}:Teor dos rejeitos I e II, respectivamente

    Minrio Rico

    (No precisa de conc.)

    Preparo da

    Matria-Prima

    Libera o M.I. adequadamente para a concentrao

    Aglomerao

    PROCESSO

    (I) PROCESSO

    (II)

    PROCESSO

    (III)

    Rejeito I Concentrado

    I Rejeito II Concentrado

    II

    Rejeito III Concentrado

    III

    Faixa Granulom. Onde este

    processo tem seletividade

    PENEIRAMENTO

    1

    Granulometria > 1

  • Equaes bsicas:

    1) Balano de massa total:

    (Entra) = (sai) : {B} = {CI}+ {RI}+ {CII}+ {RII}

    2) Balano de massa do mineral de interesse:

    {B} x {tB} = {CI} x {tCI} + {RI} x {tRI} + {CII} x {tCII} + {RII} x {tRII}

    3) Recuperao geral = ({CI} x {tCI} + {CII} x {tCII}) / ({B} x {tB})

    4) Recuperao em massa = ({CI} + {CII}) / {B}, onde {B} = {BI}+{BII}

    5) Recuperao local:

    {BI}= {CI} + {RI}

    {BI}x{tBI} = ({CI}x{tCI}) + ({RI}x{tRI})

    Recuperao = ({CI}x{tCI}) / ({BI}x{tBI})

    6) Distribuio (quanto cada processo recuperou do mineral de interesse):

    Dist(proc I) = ({CI} x {tCI}) / ({CI} x {tCI} + {CII} x {tCII})

    {RII} {TRII}

    {A}

    {TA}

    PROCESSO

    (I)

    PROCESSO

    (II)

    Concentrado

    I

    Rejeito II

    Concentrado

    II

    PENEIRAMENTO

    1

    Rejeito I

    {B}

    {TB}

    {BI } = B/2

    {TB}

    {BII } = B/2

    {TB}

    {CII}

    {TCII}

    {CI}

    {TCI}

    {RI} {TRI}