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Escola Náutica Infante D.Henrique por Chedas Sampaio 1 Introdução à Manutenção Industrial Chedas Sampaio (revisto Out2001) 2 Sumário Introdução Definição de Manutenção Políticas de Manutenção Política de Manutenção Condicionada Vida de um Bem Curva da vida Classificação por níveis das A.Manut.

Introdução Manutenção Industrial

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Introduçãoà

Manutenção IndustrialChedas Sampaio

(revisto Out2001)

2

Sumário• Introdução

• Definição de Manutenção

• Políticas de Manutenção

• Política de Manutenção Condicionada

• Vida de um Bem

• Curva da vida

• Classificação por níveis das A.Manut.

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Introdução

Alguns factos históricosEm 1807, Robert Fulton, instala umamáquina a vapor de 20 cavalos no “Clermont”que o leva a vencer as 120 milhas queseparam New Yorq de Albany.

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Introdução

Alguns factos históricosA invenção e posterior aplicação do hélice aos navios, em 1837, leva a máquina a vapor alternativa a aperfeiçoar-se e marca uma grandeetapa na evolução das instalaçõespropulsoras.

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Introdução

Alguns factos históricosEm 1897, com a experiência do “Turbinia”, assiste-se à aplicação da turbina de vapor nos navios.

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Introdução

Alguns factos históricosNa 1ª Guerra Mundial assiste-se aolançamento e implantação dos MotoresDíesel.

Finalmente, em 1947, com a lanchaMGB2009 equipada com uma GATRIC, inicia-se a era marítima das Turbinas de Gás.

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Introdução

Alguns factos históricosCom o declínio e progressivodesaparecimento da máquina alternativaa vapor, após a 2ª Guerra Mundial, a concorrência na propulsão marítima ficareduzida ao motor díesel, à turbina de vapor e à turbina de gás.

A Indústria também acompanha estaevolução.

8

Introdução

Evolução da ManutençãoAs máquinas são cada vez maissofisticadas (mais automatismos, maistecnologia) e portanto mais caras. Porisso é-lhes exigido que retribuam o investimento realizado. Assim devemapresentar índices de fiabilidade e disponibilidade elevados acompanhadosde custos de exploração aceitáveis.

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Introdução

Evolução da ManutençãoEstas razões aliadas ao facto de que oscustos de falha de produção são cada vezmais elevados devido à enormeconcorrência comercial leva a uma maiorconsciencialização da importância da correcta Operação das máquinas e da suaManutenção.

10

Introdução

Evolução da ManutençãoA Operação das máquinas e sistemas, que desde a revolução industrial se baseava na acção manual do homem queessencialmente se apoiava nos seussentidos evoluiu decisivamente e, nosnossos dias, é vulgar encontramosinstalações desatendidas, completamente automatizadas e instrumentadas.

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Introdução

Evolução da ManutençãoPor seu lado, a Manutenção, evoluiu do conceito de simples reparação, onde sóse intervinha para remediar a avaria, para outro, mais recente, em que as intervenções passaram a ser planeadascom a finalidade de evitar, e não de remediar, a avaria (ManutençãoPreventiva).

12

Introdução

Evolução da ManutençãoA Manutenção Preventiva baseia-se emestudos Estatísticos e de Fiabilidade e aparece a partir do momento em que hácapacidade, através dos computadores, de processar os dados necessários a esses estudos . Pretende-se assim preveras periodicidades óptimas e consequentemente planearatempadamente a intervenção de manutenção.

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Introdução

Evolução da ManutençãoA análise dos resultados desta políticamostrou ter havido um aumento dos custos globais de manutenção e osbenefícios não foram os esperados.

Assiste-se hoje à evolução deste conceitode intervenções preventivas sistemáticas(periodicidade fixa) para um conceito de intervenções preventivas condicionadas, dependentes do estado da máquina.(Manutenção Preventiva Condicionada)

14

Introdução

Evolução da ManutençãoEsta Manutenção é hoje possível porque a evolução não se deu somente no campo da análise e dos estudos teóricos, mastambém porque houve um avançoespectacular no campo da instrumentaçãode inspecção do estado dos equipamentos.

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Definição de Manutenção

Manutenção

BEM

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Manutenção

BEM Função ouServiço

Material

AmortizaçãoCusto

Durabilidade

Definição de Manutenção

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Qualquer BEM está sujeito a um processo de deterioração que progressivamente o impede

de desempenhar a sua função

ManutençãoDefinição de Manutenção

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Para evitar este processo de deterioração énecessária a execução de determinadas acções

ou trabalhos sobre o BEM

ManutençãoDefinição de Manutenção

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Reparações Inspecções

Testes/Medições

LimpezasPinturas

Lubrificações

Substituições de peças

Rotinas MANUTENÇÃO

ManutençãoDefinição de Manutenção

20

BEM que deverá ser sujeito a manutenção:Manutenção

• se a sua falha afectar a SEGURANÇA de pessoal e instalações

• a sua falha afectar a OPERACIONALIDADE da empresa

• se a sua falha acarretar CUSTOS inaceitáveisde reparação ou o seu custo de investimentofor elevado

• se a sua falha afectar de forma inaceitável a FIABILIDADE do conjunto em que se insere

Definição de Manutenção

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BEM que deverá ser sujeito a manutenção:Manutenção

• se a sua falha afectar a SEGURANÇA de pessoal e instalações

• a sua falha afectar a OPERACIONALIDADE da empresa

• se a sua falha acarretar CUSTOS inaceitáveisde reparação ou o seu custo de investimentofor elevado

• se a sua falha afectar de forma inaceitável a FIABILIDADE do conjunto em que se insere

Definição de Manutenção

DISPONIBILIDADE -probabilidade de um equipamentopoder ser operadosatisfatoriamente em qualquerinstante em determinadascondições.

22

BEM que deverá ser sujeito a manutenção:Manutenção

• se a sua falha afectar a SEGURANÇA de pessoal e instalações

• a sua falha afectar a OPERACIONALIDADE da empresa

• se a sua falha acarretar CUSTOS inaceitáveisde reparação ou o seu custo de investimentofor elevado

• se a sua falha afectar de forma inaceitável a FIABILIDADE do conjunto em que se insere

Definição de Manutenção

Probabilidade de um sistema, subsistema ou componente, de cumpriruma determinada função, pré-determinada, durante um certotempo

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Manutenção

“Conjunto de acções que permitemmanter ou restabelecer um BEM num determinado estado específico oucom a finalidade de assegurar um determinado serviço.”

(AFNOR X 60-010)

Definição:

Definição de Manutenção

24

Manutenção

Definição:

“Conjunto de acções que permitem, da forma mais económica possível, manter ou restabelecer um BEM num determinado estado específico oucom a finalidade de assegurar um determinado serviço.”

(AFNOR X 60-010)

Definição de Manutenção

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“Conjunto de acções…”

… quando há funções que não sãodesempenhadas …

Tipos de Acções de Manutenção

Manutenção CORRECTIVA

Definição de Manutenção

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“Conjunto de acções…”

Manutenção CORRECTIVA

Definição de Manutenção

Paliativa(desenrascar)

Curativa(reparar)

Tipos de Acções de Manutenção

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“Conjunto de acções…”

… de prevenção ou antecipação àocorrência de avarias …

Manutenção PREVENTIVA

Definição de ManutençãoTipos de Acções de Manutenção

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Tipos de Acções de Manutenção

Manutenção PREVENTIVAAcções função do tempo

ou consumo(meses, km, horas)

SISTEMÁTICA CONDICIONADA

Acções funçãoda condição ou estado

do equipamento

Definição de Manutenção

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Tipos de Acções de Manutenção

Manutenção PREVENTIVA

CONDICIONADA

• Testes/Medições não destrutivas, de avaliação de condição, são executadasperiodicamente.

• Oportunidade das reparações/substituições éCONDICIONADA pelo conhecimento do estado real (condição) da máquina.

Definição de Manutenção

30

“Conjunto de acções…”

… de estudo, projecto e alterações…

Tipos de Acções de Manutenção

Manutenção MELHORATIVA

Definição de Manutenção

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“Conjunto de acções…”

Manutenção CORRECTIVA

Manutenção PREVENTIVA

Definição de ManutençãoTipos de Acções de Manutenção

Manutenção MELHORATIVA

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“… da forma mais económica possível…”

Custos versus Função

CustosFunção

Definição de Manutenção

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Custo inicial(custo directo)

�Selecção (Especificações

técnicas de fornecimento)

�Aquisição

� Instalação

�Recepção

Custos versus FunçãoDefinição de Manutenção

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Custo inicial�Operação

(c.directo)

�Manutenção(c.directo)

�Perdas de Produção(c.indirecto)

Custos versus Função

Custo de utilização

Definição de Manutenção

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Custo inicial

�Conservação

Custos versus Função

Custo de utilização

Custo de conservação(custo directo)

Definição de Manutenção

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Custo inicial

Custos versus Função

Custo de utilização

Custo de conservação Função(serviço)

Definição de Manutenção

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“… manter ou restabelecer um BEM num determinado estado específico…”

Comparação C.Actual-C.Referência

Comparação CONDIÇÃO ACTUAL versus

CONDIÇÃO DE REFERÊNCIA

Definição de Manutenção

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• Registos de condição do equipamento quandoNOVO e APÓS REPARAÇÃO, no banco de ensaio e no local

• Registos de condição do equipamento ANTES DA REPARAÇÃO, no banco de ensaio e no local

• Registos de condição do equipamento, com periodicidade adequada, durante VIDA NORMAL

• Comparação, Análise Tendência e Diagnóstico

Procedimentos necessários:Comparação C.Actual-C.ReferênciaDefinição de Manutenção

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Comparação C.Actual-C.Referência

�do processo ou condições ambientais

�de alterações estruturais

�da evolução de uma anomalia

A condição de funcionamento depende :

AVARIA

Definição de Manutenção

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Políticas de ManutençãoIdentificados os Bens que serão sujeitos a Manutenção é necessário definir para cada um deles uma Política de Manutenção a aplicar:

Políticas de Manutenção

• Política de Substituição• Política de Observação (wait and see)• Política de Oportunidade• Política de Reparação em Avaria• Política de Manutenção Periódica• Política de Manutenção Condicionada

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Política de SubstituiçãoÉ uma política de Manutenção do tipo Curativa e Correctiva. O equipamento ou componente nãoé sujeito a qualquer acção de manutenção mastão só é substituído quando avaria.

Esta política aplica-se a equipamentos que nãoafectem a Segurança e a Fiabilidade do conjunto, que a Indisponibilidade resultante da substituição é menor que a acção de manutenção e os custos da substituição sãoinferiores ou da mesma ordem de grandeza da acção de manutenção.

Políticas de Manutenção

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Política de SubstituiçãoAplica-se normalmente a componentes baratosde fácil substituição ou que não têm hipótesesde reparação, ficando muitas vezes a cargo do operador da máquina ou sistema (Ex: substituição de um fusível). Por vezes não éconsiderada uma acção de manutenção.

Noutros casos aplica-se quando é maiseconómico comprar que reparar (Ex: substituição da ventoínha de um computador).

Políticas de Manutenção

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Política de ObservaçãoPolíticas de Manutenção

Pode e deve ser aplicada nos seguintes casostípicos:

• Equipamentos novos dos quais se desconheceo seu comportamento

• Equipamentos na fase inicial de avarias(novos ou após reparações)

• Equipamentos cujas avarias são raras e semimportância para a segurança e para a fiabilidade e indisponibilidade do conjunto.

• Equipamentos em que as avarias se verificamde modo muito aleatório

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Política de OportunidadeÉ normalmente aplicada a equipamentos oucomponentes que só podem ser intervencio-nados com elevadas indisponibilidades e nãoafectam nem a segurança nem a fiabilidade do conjunto. Estas acções são efectuadas apenasquando das paragens para as intervenções de manutenção de outros equipamentos oucomponentes importantes (Ex: inspecção da bomba de circulação quando o motor de propulsão pára para reparação).

Políticas de Manutenção

Por vezes aplica-se nesta política umamanutenção do tipo preventiva condicionada.

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Política de Reparação em AvariaAdopta-se em equipamentos que não afectamnem a segurança nem a fiabilidade do conjuntoe que pela sua simplicidade não provocamavarias em cadeia, nem outra avaria mais grave.(Ex: bomba manual do vinho, mobiliário, máquina do café,...)

Políticas de Manutenção

46

Política de Manutenção Periódica ouSistemáticaAplica-se esta política sempre que a avaria do equipamento afecte a Segurança (Ex: revisão e teste de pressão a garrafas de ar comprimido), a Fiabilidade e Indisponibilidade do conjunto e os Custos de reparação sejam muito elevados.

A execução da intervenção de manutenção édecidida pelo facto de determinadaperiodicidade se verificar (Ex: 5000 horas de funcionamento, semestre, ...).

Políticas de Manutenção

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Política de Manutenção Periódica ouSistemáticaEsta política de manutenção baseia-se naanálise do histórico de avarias, no estudo da probabilidade destas ocorrerem (estudos de fiabilidade) e na informação do fabricante.

A aplicação da teoria da Fiabilidade a elementossimples tem-se mostrado eficaz mas no caso de equipamentos complexos o modelo teóricocomplica-se extraordinariamente.

Políticas de Manutenção

48

Política de Manutenção Periódica ouSistemáticaEsta política falha muitas vezes porque osmodelos de fiabilidade não podem equacionaros erros de condução nem determinadasrelações de causa-efeito como a avariaprovocada por uma deficiente montagem.

Políticas de Manutenção

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Política de ManutençãoCondicionadaNesta política utilizam-se técnicas específicaspara medir periodicamente parâmetros do equipamento ou sistema que dão indicaçõessobre o seu estado ou condição.

As acções de manutenção são decididas emfunção do estado do equipamento.

A utilidade destas técnicas é tanto maior quantomais cedo detectarem as anomalias quepoderão conduzir à avaria.

Políticas de Manutenção

50

Política de ManutençãoCondicionadaAplica-se sempre que a avaria do equipamentoafecte a Segurança mesmo em sobreposiçãocom a Preventiva Sistemática.

Também quando a avaria afecta a Fiabilidade e a Indisponibilidade do conjunto.

Políticas de Manutenção

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Manut.CondicionadaPolítica de Manutenção Condicionada

DIMINUIÇÃO DE CUSTOS

AUMENTO DA DISPONIBILIDADE

AUMENTO DA SEGURANÇA

AUMENTO DA PRODUTIVIDADE

OBJECTIVOS:

(década de 70)

52

• Obtenção de dados necessários e suficientes para a AVALIAÇÃO DO ESTADO actual da máquina.

• QUANTIFICAÇÃO DO TEMPO DE VIDA RESTANTEpara os componentes da máquina.

• DETERMINAÇÃO DO TEMPO MÁXIMO QUE A MÁQUINA PODE TRABALHAR até à próxima intervenção de manutenção.

• DETERMINAÇÃO DAS CAUSAS DIRECTAS DE AVARIA e obtenção de informação para melhoria do desenho, construção e operação da máquina.

Manut.Condicionada...através da:

Política de Manutenção Condicionada

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• É a melhor forma de manutenção. É a mais VANTAJOSA mas também a maisEXIGENTE.

• Não é possível a sua implementaçãoexclusiva. Dependendo do sector ouindústria, ela tem maior ou menor peso na manutenção global da empresa.

Manut.CondicionadaPolítica de Manutenção Condicionada

54

Justificação económicaEm 1988, investigações efectuadas em 500 empresas anglo-saxónicas, permitiram concluirque o impacto da introdução deste tipo de manutenção nos seus programas foi:

• redução das avarias de 50 a 60%• redução dos stocks de sobresselentes entre 20 e

30%• redução das paragens de 50 a 80%• aumento do tempo de vida das máquinas de 20 a

40%• aumento da produtividade de 20 a 30%• aumento dos lucros de 25 a 60%

Política de Manutenção Condicionada

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Tipo de instalação

Permanente Portátil

ImplementaçãoPolítica de Manutenção Condicionada

56

Aquisição de dados

Permanente Portátil

Contínua Intermitente

ImplementaçãoPolítica de Manutenção Condicionada

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Tipo de dados

Permanente Portátil

Contínua Intermitente

Escalares Vectores

ImplementaçãoPolítica de Manutenção Condicionada

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Tipo de alarmes

Permanente Portátil

Contínua Intermitente

Escalares Vectores

PerfilNível

ImplementaçãoPolítica de Manutenção Condicionada

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Grau de alarme

Permanente Portátil

Contínua Intermitente

Escalares Vectores

Perigo Alerta

ImplementaçãoPolítica de Manutenção Condicionada

PerfilNível

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Permanente Portátil

Contínua Intermitente

Escalares Vectores

Perigo Alerta

ImplementaçãoPolítica de Manutenção Condicionada

PerfilNívelPROTECÇÃO ANTECIPAÇÃO

OBJECTIVO

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Parâmetros processuais

Termografia Vibrações

Análises físico-químicasespectrométricas e ferrográficas

Inspecção visual (endoscopia)

Outros ensaios ND

Testes/Medições não destrutivasPolítica de Manutenção Condicionada

62

Vida de um BemVida de um Bem

A vida de um bem costuma ser quantificada de acordo com os seguintes tempos:

• MTBF - mean time between failure ou tempo médiode bom funcionamento

• MTTR - mean time to repair ou tempo médio de reparação

em que:

N

TBFMTBF

N

ii∑

== 1

Tempo de bom funcionamento(time between failures)

Nº total de avarias

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Vida de um BemVida de um Bem

A vida de um bem costuma ser quantificada de acordo com os seguintes tempos:

• MTBF - mean time between failure ou tempo médiode bom funcionamento

• MTTR - mean time to repair ou tempo médio de reparação

e:

N

TTRMTTR

N

ii∑

== 1

Tempo técnico de reparação(time to repair)

Nº total de avarias

64

Vida de um BemVida de um Bem

Outros tempos que é importante saber definir:• TO - tempo de operacionalidade (tempo que o

utilizador exige que o bem esteja em condições de executar uma função determinada)

• TED - tempo efectivo de disponibilidade (tempo emque o bem está apto a desempenhar a sua função)

• TP - tempo de paragem ou tempo efectivo de indisponibilidade (tempo em que o bem está nãoestá apto a desempenhar a sua função)

• TBF - tempo de bom funcionamento (tempo em queo bem cumpre a sua função)

• TPF - tempo de paragem de fabrico (tempo em que o bem está apto mas não é solicitado)

Page 33: Introdução  Manutenção Industrial

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Vida de um BemVida de um Bem

Outros tempos que é importante saber definir:• TPM - tempo de paragem de manutenção (o bem

está parado devido a avaria ou manutençãopreventiva)

• TPF - tempo de paragem de fabrico (tempo em que o bem está apto mas é impedido de executar a suafunção devido a causas externas)

∑∑∑ ++= TPFTPMTBFTO

66

Vida de um BemVida de um Bem

Paralelamente um Bem costuma ser caracterizado em termos da sua:

• FIABILIDADE, R(t) - probabilidade de bomfuncionamento

• MANUTIBILIDADE, M(t) - probabilidade de execuçãode uma reparação correcta

• DISPONIBILIDADE - probabilidade de assegurar a função:

MTTRMTBFMTBFD

+=

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Curva de Vida do BemCurva de vida

A vida de um bem pode ser representada pelataxa de avarias em função do tempo (tambémconhecida por curva da banheira):

taxa de avariasλλλλ

(nº avarias/unidade de tempo)

tempo

Zona IVida infantil

Zona IIVida útil Zona III

Envelhecimento

68

Curva de Vida do BemCurva de vida

Zona de λλλλ decrescente: zona característica de equipamento novo ou após reparação(rodagem). Estas avarias são motivadas pordefeitos dos componentes (de origem ousubstituídos) ou por deficiências de montagem.

taxa de avariasλλλλ

(nº avarias/unidade de tempo)

tempo

Zona IVida infantil

Zona IIVida útil Zona III

Envelhecimento

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Curva de Vida do BemCurva de vida

Zona de λλλλ constante: após a rodagem entra-se numa zona de vida útil do equipamento em quea taxa de avarias é praticamente constante.

taxa de avariasλλλλ

(nº avarias/unidade de tempo)

tempo

Zona IVida infantil

Zona IIVida útil Zona III

Envelhecimento

70

Curva de Vida do BemCurva de vida

Zona de λλλλ crescente: fenómenos ligados aodesgaste e fadiga dos componentes dão origema um aumento da taxa de avarias.

taxa de avariasλλλλ

(nº avarias/unidade de tempo)

tempo

Zona IVida infantil

Zona IIVida útil Zona III

Envelhecimento

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71

Curva de Vida do BemCurva de vida

Naturalmente que em qualquer das zonasreferidas poderão aparecer avarias devido a erros de condução ou de manutenção e quenada têm a haver com a fiabilidade do equipamento.

taxa de avariasλλλλ

(nº avarias/unidade de tempo)

tempo

Zona IVida infantil

Zona IIVida útil Zona III

Envelhecimento

72

Curva de Vida do BemCurva de vida

Nem todos os equipamentos têm uma curva de vida como a referida:

taxa de avariasλλλλ

(nº avarias/unidade de tempo)

tempo

Zona IVida infantil

Zona IIVida útil Zona III

Envelhecimento

electro-mecânicos

electrónicos

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Curva de Vida versus Política de Manutenção

Curva de vida

Nesta zona não faz sentido falar de manutençãopreventiva sistemática ou de substituição. Étipicamente uma zona de política de manutenção condicionada, de oportunidade e de reparação em avaria.taxa de avarias

λλλλ(nº avarias/

unidade de tempo)

tempo

Zona IVida infantil

Zona IIVida útil Zona III

Envelhecimento

74

Curva de Vida versus Política de Manutenção

Curva de vida

É a zona por excelência de aplicação da políticade manutenção preventiva e da política de substituição. As políticas de reparação e de observação também são aplicadas nesta zona.

taxa de avariasλλλλ

(nº avarias/unidade de tempo)

tempo

Zona IVida infantil

Zona IIVida útil Zona III

Envelhecimento

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75

Curva de Vida versus Política de Manutenção

Curva de vida

É a zona de aplicação da política de manutenção preventiva condicionada. As políticas de substituição, de observação e reparação em avaria também são aplicadas.

taxa de avariasλλλλ

(nº avarias/unidade de tempo)

tempo

Zona IVida infantil

Zona IIVida útil Zona III

Envelhecimento

76

Curva de Vida versus Política de Manutenção - resumo

Curva de vida

tempo

taxa de avariasλλλλ

(nº avarias/unidade de tempo)

Zona IVida infantil

Zona IIVida útil Zona III

Envelhecimento

SubstituiçãoObservação

OportunidadeReparaçãoSistemática

Condicionada

Ideal Também aplicável

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Árvore de decisãoSeleccção da Política de Manutenção

•Equipamento •afecta a Segurança?

•(SIM)•Há possibilidade de aplicar

•técnicas de man.condicionada?

•(SIM)•Pol.Man.

•Prev.Sistem.+Condicionada

• (NÃO)•Existem dados para

•Análise de Fiabilidade?

•(SIM)•Sistemática

•com periodicidade•baseada nesses dados

•(NÃO)•Sistemática

•com periodicidade•baseada na experiência

•(NÃO)•A Fiabilidade

•do conjunto é afectada?

•(SIM)•Há possibilidade de aplicar

•técnicas de man.condicionada?

•(NÃO)•Custo de Subst.>•Custo Preven.>•Custo Correc.?

•(SIM)•Existem dados•para análises

•de Fiabilidade?

•(NÃO)•Existem dados•para análises

•de Fiabilidade?

•(SIM)•Prev.Sistem.+Condicionada

•(NÃO)•Condicionada

•(SIM)•Sistemática

•com periodicidade•baseada nesses dados

•(NÃO)•Sistemática

•com periodicidade•baseada na experiência

•(SIM)•Custo Correc.<•Custo Preven.?

•(NÃO)•Substituição

•(SIM)•Correctiva

•(NÃO)•Há possibilidade de aplicar

•técnicas de man.condicionada?

•(SIM)•Existem dados•para análises

•de Fiabilidade?

•(NÃO)•Existem dados•para análises

•de Fiabilidade?

•(SIM)•Custo Cond.<

•Custo Sistem.?

•(NÃO)•Condicionada

•(SIM)•Condicionada

•(NÃO)•Sistemática

•(SIM)•Sistemática

•(NÃO)•Grande Indisponibilidade

•para revisão?

•(SIM)•Observação+Oportunidade

•(NÃO)•Oportunidade+Sistemátic

78

Níveis das Acções de ManutençãoClassificação por níveis das Acções de Manutenção

Os trabalhos de manutenção (medições, desmontagens, substituições, lubrificações, ...) costumam ser caracterizados segundo o seugrau de complexidade técnica, qualificação dos executantes e meios envolvidos. Segundo a AFNOR NF X 60-010 podem definir-se 5 Níveis.

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79

1º NívelClassificação por níveis das Acções de Manutenção

Tipo de trabalho Local deexecução

Executante Meios deapoio

Pequenas afinações ou regulações semdesmontagens, ou pequenassubstituições (ex: lâmpadas, fusíveis)

No local Operador doequipamento

• Manual deOperação

• Materiaisconsumíveis

80

2º NívelClassificação por níveis das Acções de Manutenção

Tipo de trabalho Local deexecução

Executante Meios deapoio

Reparações e operações simples demanutenção preventiva (ex: lubrificaçãoou controlo de bom funcionamento)

No local Técnico dequalificaçãomédia

• Manual deManutençãoe Segurança

• Ferramentaportátildefinida nomanual deManutenção

• Materiais deuso corrente

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3º NívelClassificação por níveis das Acções de Manutenção

Tipo de trabalho Local deexecução

Executante Meios deapoio

Diagnóstico, localização e reparação deavarias por substituição decomponentes, reparações mecânicassimples e todas as operações correntesde manutenção preventiva (ex:regulações gerais, calibrações)

• No local• Em oficina

local deapoio

Técnicoespecializado

• Manual deManutençãoFerramenta eaparelhagemdefinida nomanual deManutenção

• Banco deensaio

• Materiais deuso correntee peças dereserva

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4º NívelClassificação por níveis das Acções de Manutenção

Tipo de trabalho Local deexecução

Executante Meios deapoio

Todos os trabalhos importantes demanutenção correctiva e preventivacom excepção da renovação ereconstrução. Calibração de aparelhosde medida.

• Em oficinacentral ouexterna detrabalhoespecializado

Equipas comenquadra-mentotécnicoespecializado

• Máq.sferramenta

• Meios desoldadura

• Meiosmecânicos delimpeza

• Bancos deaferição deaparelhagemde medida

• Documenta-ção técnica

• ...

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5º NívelClassificação por níveis das Acções de Manutenção

Tipo de trabalho Local deexecução

Executante Meios deapoio

Renovação, reconstrução oureparações importantes confiadas auma entidade central ou exterior (ex:docagem na Lisnave)

• Oficinaexterna

• Oficina doconstrutor

Equipas comenquadra-mentotécnicoaltamenteespecializado

• Meiosdefinidos peloconstrutor epróximos dosnecessários àfabricação

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Reflexões para quem decideElementos de reflexão

• Fazer o necessário mas não mais que o necessário• Poupar na decisão, nunca na execução• Uma hora a controlar custa o mesmo que uma hora

de reparação e não gasta sobresselentes• Manter não é alterar. A alteração tem objectivos que

podem ser idênticos aos da Manutenção mas as técnicas e políticas são diferentes

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Referências bibliográficasReferências bibliográficas

• Organização e Gestão da manutenção - Carlos Varela Pinto; Editora Monitor; 1999

• Uma Introdução à Manutenção - Luís Andrade Ferreira

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FIM