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INTRODUCcedilAtildeO
Justificaccedilatildeo do tema
A presente dissertaccedilatildeo de mestrado foi realizada no acircmbito do mestrado em
Ciecircncias da Educaccedilatildeo realizado na Faculdade de Ciecircncias Sociais e Humanas da
Universidade Nova de Lisboa
O tema escolhido para esta dissertaccedilatildeo ndash ldquoImportacircncia da formaccedilatildeo de professores
como estrateacutegia de intervenccedilatildeo terapecircutica (psicossocial) em PHDA ndash deve-se a temas
relacionados com as disciplinas de psicologia inseridas no plano curricular de mestrado e
agrave aacuterea em que estou inserida profissionalmente A questatildeo de partida - ldquoQuais os
conhecimentos dos professores e as suas praacuteticas escolares relativamente ao desempenho
acadeacutemico dos alunos com PHDArdquo ndash foi determinante para o sucesso da investigaccedilatildeo
qualitativa e para a delimitaccedilatildeo de uma aacuterea de interesse especiacutefica considerada essencial
no interior de um campo mais ou menos complexo o qual no entanto permitiria outras
delimitaccedilotildees de pesquisa Eacute importante que a pergunta de investigaccedilatildeo esteja definida
contando com uma abertura a novos resultados (Flick 2005)
A pertinecircncia do estudo deve-se sobretudo agrave resposta dada agrave pergunta de partida
e consequentemente agrave verificaccedilatildeo de necessidade de formaccedilatildeo de professores na agraverea
das Necessidades Educativas Especiais (NEE) especificamente na PHDA O objetivo eacute
contribuir para o melhoramento das suas particularidades enquanto profissionais na aacuterea
da educaccedilatildeo e intervenientes diretos no processo de aprendizagem desses alunos atraveacutes
de uma proposta de programa de formaccedilatildeo para professores que seraacute clarificado e
desenvolvido no enquadramento teoacuterico do estudo
Objetivos do estudo
O estudo pretende alcanccedilar conhecimentos acerca das praacuteticas escolares dos
professores relativamente aos alunos com PHDA em contexto de sala de aula Ou seja
perceber se os docentes conseguem identificar alunos com dificuldades de
atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais construir
desenvolver e utilizar materiais educativos com os seus alunos com dificuldades de
aprendizagem organizar o plano de aula e as atividades baseadas em praacuteticas inclusivas
2
avaliar o progresso do aluno com dificuldades de aprendizagem eou com
comportamentos desafiantes promover relaccedilotildees positivas entre os pares
Sendo assim tenciona-se que atraveacutes do estudo a capacidade de anaacutelise dos
professores sobre as especificidades dos jovens melhore que surjam novas discussotildees
sobre as dificuldades que sentem com esses alunos no processo ensino-aprendizagem e
na devida descriccedilatildeo dos seus comportamentos que se desenvolva a compreensatildeo dos
criteacuterios de diagnoacutestico da informaccedilatildeo referente aos mesmos e da descriccedilatildeo detalhada de
cada aluno com essa perturbaccedilatildeo Assim consegue-se que a classe docente participe
efetivamente no processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo na rede de suporte assumindo-
se como agentes facilitadores de aprendizagem Para completamento dos dados sugere-
se um programa de formaccedilatildeo para professores em PHDA
Estrutura do estudo
Este trabalho encontra-se dividido em duas partes fundamentaccedilatildeo teoacuterica e estudo
empiacuterico Na fundamentaccedilatildeo teoacuterica faz-se uma abordagem ao conceito de PHDA aos
seus criteacuterios de diagnoacutestico agraves caracteriacutesticas e aos mitos agrave prevalecircncia e comorbilidade
agrave etiologia agrave intervenccedilatildeo psicoterapecircutica e ao programa de formaccedilatildeo de professores
sugerido Quanto ao estudo empiacuterico apresenta-se o desenho do estudo os participantes
nele envolvidos os instrumentos necessaacuterios agrave recolha e tratamento de dados ndash que foram
devidamente estudados quanto aos recursos existentes ndash e as conclusotildees e recomendaccedilotildees
finais
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1 ENQUADRAMENTO TEOacuteRICO ndash PERTURBACcedilAtildeO DE
HIPERATIVIDADE E DEacuteFICE DE ATENCcedilAtildeO
11 Introduccedilatildeo
O que eacute a PHDA Existe de facto ou eacute a desculpabilizaccedilatildeo dos
comportamentos disruptivos das crianccedilas eou jovens Existem muitas duacutevidas e
diversos mitos acerca dessa perturbaccedilatildeo pois haacute imensos depoimentos
controversos sobre a problemaacutetica referida
Comeccedila-se assim por elaborar uma breve abordagem teoacuterica sobre a PHDA
de maneira a melhor se conhecer as suas caracteriacutesticas causas e formas de
intervenccedilatildeo Uma das principais fontes de referecircncia a ser utilizada seraacute o manual
DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) organizado por
investigadores dos Estados Unidos da Ameacuterica com o propoacutesito de uniformizar
os criteacuterios de diagnoacutestico das perturbaccedilotildees mentais Existem jaacute vaacuterias revisotildees
do mesmo sendo as mais atuais o DSM-IV-TR e o DSM-V que seratildeo utilizadas
no corpo deste trabalho
12 Conceito de PHDA
Segundo o DSM-V (2014) a PHDA insere-se na categoria das Perturbaccedilotildees
do Neurodesenvolvimento Esta eacute uma mudanccedila relativamente ao DSM-IV-TR
(2002) uma vez que foi extinta a seccedilatildeo que incluiacutea as perturbaccedilotildees que aparecem
habitualmente na primeira e segunda infacircncia ou na adolescecircncia Esta categoria
define-se por apresentar deacutefices no desenvolvimento normal do indiviacuteduo Estas
manifestam-se muito cedo frequentemente antes da entrada na escolaridade
obrigatoacuteria e apresentam lacunas no funcionamento a niacutevel pessoal social ou
acadeacutemico (DSM-V 2014)
De acordo com Cardo amp Servera-Barceloacute (2005) pode-se dizer que a PHDA
eacute uma perturbaccedilatildeo de ordem geneacutetica onde estatildeo implicadas diversas alteraccedilotildees
a niacutevel da atenccedilatildeo da impulsividade e da atividade motora que tendem a ser
excessivas provocando um desajuste a niacutevel social
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13 Criteacuterios de Diagnoacutestico de PHDA
Os criteacuterios de diagnoacutestico baseados no DSM-IV-TR (2002) focam-se em
ambos os sintomas quer de falta de atenccedilatildeo quer de hiperatividade-
impulsividade Tomam em atenccedilatildeo a durabilidade dos mesmos e o momento em
que comeccedilam a aparecer os primeiros indiacutecios (no DSM IV-TR devem aparecer
antes dos sete anos de idade e no mais recente DSM-V devem estar presentes antes
dos 12 anos de idade) Outra das alteraccedilotildees realizadas presente no mais recente
manual de diagnoacutestico permite a comorbilidade de PHDA com a Perturbaccedilatildeo do
Espetro do Autismo
Apresenta-se de seguida os criteacuterios de diagnoacutestico com base no DSM-V
(2014)
Criteacuterio A ndash 1) ou 2)
1) Desatenccedilatildeo ndash 6 (ou mais) dos seguintes sintomas persistiram pelo menos
durante 6 meses num grau que eacute inconsistente com o niacutevel de desenvolvimento
e que tem impacto negativo direto nas atividades sociais e
acadeacutemicasocupacionais
(a) com frequecircncia natildeo presta atenccedilatildeo suficiente aos pormenores ou comete erros
por descuido nas tarefas escolares no trabalho ou em outras atividades
(b) com frequecircncia tem dificuldade em manter a atenccedilatildeo em tarefas ou atividades
(c) com frequecircncia parece natildeo ouvir quando lhe falam diretamente
(d) com frequecircncia natildeo segue as instruccedilotildees e natildeo termina os trabalhos escolares
encargos ou deveres no local de trabalho (sem ser por comportamentos de
oposiccedilatildeo ou por incompreensatildeo das instruccedilotildees)
(e) com frequecircncia tem dificuldades em organizar tarefas e atividades
(f) com frequecircncia evita sente repugnacircncia ou estaacute relutante em envolver-se em
tarefas que requeiram um esforccedilo mental mantido (tais como trabalhos escolares
ou de iacutendole administrativa)
(g) com frequecircncia perde objetos necessaacuterios a tarefas ou atividades (por
exemplo brinquedos exerciacutecios escolares laacutepis livros ou ferramentas)
(h) com frequecircncia distrai-se facilmente com estiacutemulos irrelevantes
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(i) esquece-se com frequecircncia das atividades quotidianas
2) Hiperatividade e impulsividade ndash 6 (ou mais) dos seguintes sintomas
persistiram pelo menos durante 6 meses num grau que eacute inconsistente com o niacutevel
de desenvolvimento e que tem impacto negativo direto nas atividades sociais e
acadeacutemicasocupacionais
(a) com frequecircncia movimenta excessivamente as matildeos e os peacutes e move-se
quando estaacute sentado
(b) com frequecircncia levanta-se na sala de aula ou em outras situaccedilotildees em que se espera
que esteja sentado
(c) com frequecircncia corre ou salta excessivamente em situaccedilotildees em que eacute
inadequado fazecirc-lo (em adolescentes ou adultos pode limitar-se a sentimentos
subjetivos de impaciecircncia)
(d) com frequecircncia tem dificuldades em jogar ou dedicar-se tranquilamente a
atividades de oacutecio
(e) com frequecircncia laquoandaraquo ou soacute atua como se estivesse laquoligado a um motorraquo
(f) com frequecircncia fala em excesso
(g) com frequecircncia precipita as respostas antes que as perguntas tenham
terminado
(h) com frequecircncia tem dificuldade em esperar pela sua vez
(i) com frequecircncia interrompe ou interfere nas atividades dos outros (por
exemplo intromete-se nas conversas ou jogos)
Criteacuterio B Alguns sintomas de hiperatividade-impulsividade ou de falta de
atenccedilatildeo que causam deacutefices surgem antes dos 12 anos de idade
Criteacuterio C Vaacuterios dos sintomas estatildeo presentes em 2 ou mais contextos (por
exemplo escola (ou trabalho) e em casa)
Criteacuterio D Devem existir provas claras de um deacutefice clinicamente significativo
do funcionamento social acadeacutemico ou ocupacional
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Criteacuterio E Os sintomas natildeo ocorrem exclusivamente durante o curso de
esquizofrenia ou outra perturbaccedilatildeo psicoacutetica e natildeo satildeo bem explicados por outra
perturbaccedilatildeo mental (exemplos perturbaccedilatildeo do humor perturbaccedilatildeo de ansiedade
perturbaccedilatildeo dissociativa perturbaccedilatildeo da personalidade intoxicaccedilatildeo ou
abstinecircncia de substacircncias)
DSM-V (2014)
Olhando para esta diversidade de sintomas eacute necessaacuterio ter em conta que cada
crianccedila eacute diferente da outra uma vez que o seu proacuteprio desenvolvimento o contexto onde
se insere a situaccedilatildeo familiar e outros fatores variam influenciando assim o diagnoacutestico
(Lopes 2004) Como consequecircncia surgiu a necessidade de apresentar subtipos de
PHDA mais homogeacuteneos para que o diagnoacutestico se tornasse mais fidedigno (Lopes
2004)
Consta no DSM-V (2014) que a Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de
Atenccedilatildeo pode ser especificada dos seguintes modos i) apresentaccedilatildeo predominantemente
de hiperatividade-impulsividade (criteacuterio A2 preenchido e o criteacuterio A1 natildeo preenchido)
ii) apresentaccedilatildeo com predominacircncia de desatenccedilatildeo (criteacuterio A1 preenchido e o criteacuterio A2
natildeo preenchido) e iii) apresentaccedilatildeo combinada (preenchidos ambos os criteacuterios)
De acordo com Barkley amp Murphy (2006) a apresentaccedilatildeo combinada eacute aquela
onde se situa a maioria dos indiviacuteduos com PHDA Embora sejam os sintomas de
hiperatividade-impulsividade a surgir mais precocemente ao longo do tempo os
sintomas de falta de atenccedilatildeo comeccedilam a surgir em igual quantidade
Apesar da distinccedilatildeo entre estes grupos diferentes eacute importante ter presente que
duas crianccedilas podem ter o mesmo diagnoacutestico com os mesmos sintomas mas em que a
sua frequecircncia e intensidade satildeo diferentes (Moura 2008)
14 Caracteriacutesticas e Mitos de PHDA
Para se estar atento aos sinais antes do diagnoacutestico e para adequar a intervenccedilatildeo eacute
necessaacuterio conhecer algumas das caracteriacutesticas dos indiviacuteduos com PHDA Eacute importante
saber diferenciar as verdadeiras especificidades da perturbaccedilatildeo daquilo que satildeo os mitos
interiorizados pela sociedade que levam muitas vezes a conceitos errados ou a
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interpretaccedilotildees incorretas apelidando de mau comportamento atos caracteriacutestico de um
indiviacuteduo que tem PHDA Acerca desta questatildeo Antunes (2009) refere ldquoelas tecircm a noccedilatildeo
do que estaacute certo ou errado e ateacute reconhecem as duas faces no comportamento dos outros
Como explicar entatildeo que sabendo a teoria natildeo a ponham em praacutetica A razatildeo eacute simples
a sua impulsividade natildeo o permite Eacute por isso inuacutetil dizer que eacute um laquomal comportadoraquo a
desgraccedila da famiacutelia malcriado preguiccediloso etcrdquo (p180)
Barkley amp Murphy (2006) apresentam algumas das caracteriacutesticas principais
presentes nos indiviacuteduos com PHDA
- A dificuldade na inibiccedilatildeo da resposta no controlo do impulso e na capacidade de
retardar a gratificaccedilatildeo satildeo umas das principais caracteriacutesticas destas crianccedilas As
consequecircncias destas satildeo muacuteltiplas e implicam por exemplo uma impossibilidade de
esperar a sua vez ou de se conseguir concentrar na execuccedilatildeo de tarefas ou ainda de
trabalhar com objetivos a longo prazo em vez de mais imediatos
- A excessiva atividade motora presente nessas crianccedilas que as impede muitas vezes
de permanecerem sentadas ou de natildeo conseguirem parar de mexer em coisas quando natildeo
eacute o momento adequado para tal Este sintoma eacute mais notoacuterio nas crianccedilas mais novas e
tende a diminuir com a idade
- A capacidade de persistecircncia e atenccedilatildeo durante a execuccedilatildeo de tarefas mais morosas e
de menor interesse para a crianccedila estatildeo tambeacutem afetadas Esta caracteriacutestica faz com que
haja mais momentos de distraccedilatildeo e de desconcentraccedilatildeo dificultando o seu dia-a-dia
Segundo os mesmos autores existem outras caracteriacutesticas estando estas mais
ligadas ao comportamento impulsivo A primeira que identificam tem a ver com a
memoacuteria de trabalho ou seja com a capacidade de reter informaccedilatildeo Quando esta
funccedilatildeo estaacute afetada eacute frequente o esquecimento de coisas que se deveria fazer ou de factos
relevantes que ajudariam na organizaccedilatildeo do seu pensamento Barkley amp Murphy (2006)
referem ainda a pobre regulaccedilatildeo do self nos indiviacuteduos com PHDA o que contribui
para um comportamento mais impulsivo Pode existir tambeacutem dificuldade em seguir
instruccedilotildees planear ou resolver problemas
Em suma algumas das principais caracteriacutesticas inerentes agrave falta de atenccedilatildeo satildeo a
desorganizaccedilatildeo e desatenccedilatildeo constantes nas tarefas realizadas tanto a niacutevel acadeacutemico ou
laboral como luacutedico Em relaccedilatildeo agrave hiperatividade o sintoma principal estaacute relacionado
com o excesso de atividade motora e a impulsividade caraterizando-se essencialmente
8
pela falta de paciecircncia O resultado satildeo respostas imediatas e por vezes natildeo pensadas
(DSM-IV-TR 2002)
Relativamente aos mitos associados agrave PHDA estes podem estar relacionados com a
sua geacutenese ou com o modo de educaccedilatildeo preferido pelos pais embora todos eles levem a
uma ideia preconcebida e muitas vezes natildeo sustentada cientificamente daquilo que
envolve esta perturbaccedilatildeo
Alguns dos mitos mais frequentes encontrados na literatura satildeo a PHDA eacute causada
por uma maacute alimentaccedilatildeo ou accediluacutecar em excesso ver demasiada televisatildeo potencia o
aparecimento da hiperatividade a maacute educaccedilatildeo dada pelos pais e desorganizaccedilatildeo familiar
(Lopes 2004) a falta de motivaccedilatildeo e de empenho por parte da crianccedila (Harvey amp Parker
1992)
15 Prevalecircncia e Comorbilidade de PHDA
De acordo com o DSM-IV-TR (2002) a PHDA tem uma prevalecircncia estimada de
3 a 7 nas crianccedilas em idade escolar podendo este nuacutemero variar conforme os meacutetodos
de avaliaccedilatildeo utilizados Refere tambeacutem natildeo haver dados precisos acerca da mesma
prevalecircncia na populaccedilatildeo adulta Jaacute o DSM-V (2014) aponta para uma prevalecircncia de 5
nas crianccedilas e de 25 na idade adulta
Barkley amp Murphy (2006) afirmam existir cerca de 5 a 8 de crianccedilas com
PHDA em idade escolar e cerca de 4 a 5 de adultos com a mesma perturbaccedilatildeo
Cardo amp Servera-Barceloacute (2005) realizaram um estudo em Espanha onde
concluiacuteram que a PHDA teria uma prevalecircncia de 47 Os autores acrescentam ainda
que a proporccedilatildeo de rapazes e raparigas com a perturbaccedilatildeo eacute de 251 e que o maior nuacutemero
de casos identificados se situa entre os 6 e os 9 anos de idade Em relaccedilatildeo aos subtipos
presentes no DSM-V a apresentaccedilatildeo combinada prevalece
Moura (2008) refere que em Portugal a prevalecircncia de casos de PHDA eacute incerta
contudo estaraacute proacutexima dos paiacuteses que lhe satildeo similares
Para finalizar Filipe (2004) eacute da opiniatildeo que a diferenccedila entre rapazes e raparigas
natildeo estaacute ligada agrave prevalecircncia da perturbaccedilatildeo em si mas sim agrave sintomatologia apresentada
O autor refere que a PHDA surge de forma mais mascarada nas raparigas pelo que por
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vezes natildeo eacute realizado um diagnoacutestico concreto Acrescenta que em indiviacuteduos com mais
de 18 anos vaacuterios estudos demonstram uma prevalecircncia da perturbaccedilatildeo de 1 a 25
Aquando de um diagnoacutestico de PHDA eacute frequente estar presente um ou mais
diagnoacutesticos comorbidos (DSM-V 2014)
A Perturbaccedilatildeo de Oposiccedilatildeo eacute sem duacutevida aquela que ocorre mais vezes quando
existe PHDA podendo atingir metade da populaccedilatildeo geral quando haacute um diagnoacutestico de
PHDA do tipo Misto e cerca de um quarto da populaccedilatildeo quando a PHDA diagnosticada
eacute do tipo Desatento (DSM-V 2014)
A Dislexia e a PHDA tambeacutem ocorrem muitas vezes em simultacircneo Segundo
alguns autores (Germanograve Gagliano amp Curatolo 2010) numa amostra de indiviacuteduos com
PHDA a Dislexia ocorre em cerca de 18 a 45 e numa amostra de casos de Dislexia
a PHDA estaacute presente 18 a 42 das vezes Antunes (2009) apresenta alguns dados
referentes a diversos estudos acerca da comorbilidade da PHDA com outras perturbaccedilotildees
e dificuldades Perturbaccedilatildeo da Oposiccedilatildeo e Desafio 40 Ansiedade 34 Dislexia 20
Tiques 11 e Depressatildeo 4
16 Etiologia de PHDA
As causas da PHDA suscitam ainda algumas questotildees contudo eacute unacircnime que o
fator geneacutetico e consequentemente o hereditaacuterio estaratildeo na sua geacutenese (Barkley amp
Russel 2006)
Assim a PHDA eacute considerada ldquoum distuacuterbio neurobioloacutegico hereditaacuteriordquo (Parker
2003 p13) Foram jaacute encontrados alguns genes responsaacuteveis pela perturbaccedilatildeo (Barkley
amp Russel 2006) e sabe-se que a PHDA tem tendecircncia para ser encontrada em vaacuterios
elementos da mesma famiacutelia (Parker 2003)
Sabe-se tambeacutem que quando natildeo haacute evidecircncia de fatores hereditaacuterios a PHDA
pode ser explicada por outras ocorrecircncias tais como dificuldades na gravidez ou parto
prematuro abuso de substacircncias durante a gravidez e lesotildees nas zonas preacute-frontais do
ceacuterebro durante o desenvolvimento da crianccedila (Barkley amp Russel 2006 Parker 2003)
Como jaacute anteriormente assinalado eacute importante reforccedilar que as praacuteticas
educativas parentais natildeo satildeo referidas como uma causa da PHDA devendo ser retirada
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essa carga emocional aquando de uma intervenccedilatildeo com a crianccedila e seus familiares (Lopes
2004)
17 Intervenccedilatildeo Psicoterapecircutica para a PHDA
As perturbaccedilotildees do desenvolvimento infantil onde se enquadra a PHDA
requerem intervenccedilotildees atempadas e eficazes que devem ser encaradas sob diversas
perspetivas educativa comportamental emocional social e meacutedica
De acordo com Bronfenbrenner (1979) o desenvolvimento e comportamento
humanos satildeo apenas plenamente compreendidos quando analisados nos contextos em que
os indiviacuteduos se inserem (sistemas) Daiacute a importacircncia de se intervir nos variados
contextos de vida da crianccedilajovem (familiar e escolar sem esquecer a proacutepria crianccedila)
ao mesmo tempo que se combinam vaacuterias terapecircuticas (farmacoloacutegica psicossocial e
cognitivo comportamental) como forma de se alcanccedilar maior eficaacutecia na intervenccedilatildeo
A este tipo de intervenccedilatildeo daacute-se o nome de Intervenccedilatildeo Multimodal que combina
vaacuterios tipos de abordagem envolvendo a crianccedilajovem e a sua famiacutelia bem como uma
equipa multidisciplinar composta por meacutedicos (pediatra pedopsiquiatra neuropediatra)
psicoacutelogos professores outros teacutecnicos e elementos da comunidade
Confere-se deste modo que a PHDA requer uma intervenccedilatildeo abrangente
(proacuteprio casa escola e comunidade) onde devem ser estabelecidas estrateacutegias a longo
prazo e delineados objetivos como os exemplos que se seguem melhorar as relaccedilotildees
sociais (pais colegas professores) diminuir os comportamentos disruptivos melhorar as
competecircncias acadeacutemicas promover a independecircncia o autocontrolo e a assertividade
melhorar a autoestima e permitir um desenvolvimento emocional mais harmonioso
prevenir a evoluccedilatildeo para comportamentos disruptivos e de marginalidade
Desta forma a intervenccedilatildeo visa maximizar a funccedilatildeo e performance da crianccedila em
casa na escola e na comunidade e natildeo curar a sua perturbaccedilatildeo Como refere Lopes
(2003) natildeo se ldquotratardquo a PHDA aprende-se a lidar com ela e procura-se manter os seus
sintomas dentro dos limites que natildeo se revelem gravosos para o proacuteprio e para aqueles
que com ele convivem
Citando Rodrigues (2008) quando se planifica uma intervenccedilatildeo na PHDA haacute que
ter em conta a fase de desenvolvimento da crianccedilajovem de modo a ajustaacute-la aos
periacuteodos e agraves circunstacircncias da sua vida Haacute que ter em conta a especificidade da PHDA
11
para aferir estrateacutegias de acordo com o perfilavaliaccedilatildeo funcional realizada e ainda
garantir o seu acompanhamento ao longo do tempo e a manutenccedilatildeo de mais do que uma
metodologia de intervenccedilatildeo
A intervenccedilatildeo deve entatildeo ser Multimodal podendo incluir trecircs grandes tipos de
intervenccedilatildeo a farmacoloacutegica a cognitivo comportamental e a psicossocial
171 Farmacoloacutegica
A intervenccedilatildeo farmacoloacutegica pode natildeo ser indicada eou necessaacuteria em todos os
casos de PHDA Pereira amp Fernandes (2001) alertam que sempre que se pondere iniciar
a terapecircutica farmacoloacutegica eacute necessaacuterio ter um diagnoacutestico correto que avalie a
frequecircncia a severidade e o impacte dos sintomas na vida da crianccedila do jovem com
PHDA e caso se justifique utilizar os faacutermacos mesmo conhecendo os seus potenciais
riscos e efeitos adversos
Apesar de existirem ainda duacutevidas quanto agraves causas da PHDA haacute evidecircncia de
alteraccedilotildees neuropsicoloacutegicas e neuroquiacutemicas ao niacutevel do coacutertex cerebral (preacute-frontal)
designadamente uma menor concentraccedilatildeo sinaacuteptica da dopamina um neurotransmissor
normalmente associado a mecanismos de prazer e recompensa Daiacute que o tratamento
farmacoloacutegico ao contraacuterio do que se pensa natildeo consiste em calmantes mas sim em
psicoestimulantes designadamente o metilfenidato (Moura 2013)
Desta forma os faacutermacos de eficaacutecia documentada satildeo os psicoestimulantes mais
conhecidos por Ritalina Concerta e Rubifen Estes satildeo inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo
da dopamina que ao aumentarem os niacuteveis de dopamina melhoram o grau de
funcionalidade dos lobos frontais e por consequecircncia atenuam os sintomas da PHDA
Segundo Moura (2014) diversos estudos comprovam a existecircncia de uma clara
melhoria apoacutes a utilizaccedilatildeo de faacutermacos com o princiacutepio ativo metilfenidato em crianccedilas
com PHDA nas seguintes aacutereas atenccedilatildeo impulsividade fiacutesica e cognitiva tempo de
reaccedilatildeo memoacuteria a curto prazo aprendizagem de material verbal e natildeo verbal
comportamentos de oposiccedilatildeo e sintomas de hiperatividade (perante doses mais elevadas)
A abordagem farmacoloacutegica natildeo poderaacute nunca constituir-se como uacutenica
intervenccedilatildeo mas sim ser parte integrante de um plano de atuaccedilatildeo alargado e
transdisciplinar Segundo Rodrigues (2008) a grande vantagem da intervenccedilatildeo
12
farmacoloacutegica reside no facto de ao diminuir os sintomas disruptivos permitir que outras
estrateacutegias de intervenccedilatildeo possam assumir uma maior eficaacutecia Isto eacute ao levar a uma
diminuiccedilatildeo significativa dos comportamentos desajustados permite um maior sucesso das
outras intervenccedilotildees
De referir ainda a importacircncia de antes de se iniciar a terapecircutica farmacoloacutegica
em crianccedilas com perturbaccedilotildees do desenvolvimento se dever discutir com os pais de uma
forma calma e detalhada os objetivos da mesma a sua duraccedilatildeo e a eficaacutecia esperada
(Pereira amp Fernandes 2001)
172 Cognitivo comportamental
Segundo Moura (2014) a intervenccedilatildeo psicoterapecircutica revela-se de extrema
importacircncia no processo terapecircutico da PHDA funcionando como um complemento a
outras intervenccedilotildees
A terapia cognitivo comportamental revela-se como a intervenccedilatildeo
psicoterapecircutica mais eficaz na PHDA realizada por psicoacutelogos especializados atraveacutes
de uma intervenccedilatildeo cliacutenica direta com a crianccedila o jovem Esta divide-se na intervenccedilatildeo
comportamental (adequada em crianccedilas pequenas ateacute ao 2ordm ciclo do ensino baacutesico) e na
intervenccedilatildeo cognitiva (indicada para adolescentes)
Segundo Loro-Loacutepez et al (2009) a intervenccedilatildeo comportamental integra
- Contratos comportamentais ndash especificam de forma clara e objetiva os
comportamentos adequados a adotar e os comportamentos desajustados a
eliminar bem como as recompensas e as consequecircncias negativas desse mesmo
comportamento satildeo assinados pelo aluno pais professor psicoacutelogo eou outro
teacutecnico
- Registos comportamentais ndash folha de registo dos comportamentos em sala de
aula com o objetivo de monitorizar o comportamento adequado
- Programa de economia de fichaspontos ndash sistema de atribuiccedilatildeo de pontos e
obtenccedilatildeo de recompensas pela ocorrecircncia dos comportamentos definidos como
desejados
- Correccedilatildeo do comportamento atraveacutes da manifestaccedilatildeo de outro comportamento
13
- Extinccedilatildeo do comportamento atraveacutes da implementaccedilatildeo de reforccedilos
A intervenccedilatildeo cognitiva segundo os mesmos autores pressupotildee
- Modelos de autoinstruccedilatildeo ndash o objetivo eacute regular o comportamento atraveacutes da
linguagem interna seleciona-se um problema de cada vez e trabalha-se passo a
passo ateacute ao comportamento desejado estar internalizado
- Modelos de automonitorizaccedilatildeo e autoregulaccedilatildeo comportamental ndash eacute o
proacuteprio indiviacuteduo que se vai autoregular autoreforccedilar e autopenalizar atraveacutes da
anaacutelise e da avaliaccedilatildeo do seu comportamento utiliza registos comportamentais
como ferramenta para reflexatildeo e autoavaliaccedilatildeo
- Estrateacutegias de resoluccedilatildeo de problemas ndash treino e desenvolvimento de
competecircncias atraveacutes de 6 fases para a resoluccedilatildeo de situaccedilotildees-problema o
objetivo eacute interiorizar atraveacutes da modelaccedilatildeo como se resolve determinado
problema e depois ser capaz de generalizar para as restantes situaccedilotildees quotidianas
promovendo a sua autonomia nas tomadas de decisatildeo
- Desconstruccedilatildeo das cogniccedilotildees irrealistas e desajustadas sobre o seu proacuteprio
comportamento
- Teacutecnicas de relaxamento
- Atividades e treino de competecircncias sociais em grupo
Mais uma vez importa referir que a intervenccedilatildeo cognitivo comportamental
aplicada isoladamente natildeo traz os ganhos e benefiacutecios necessaacuterios Haacute que conjugaacute-la
com a intervenccedilatildeo psicossocial e com a abordagem farmacoloacutegica nos casos em que esta
se justifica
173 Psicossocial
Este tipo de intervenccedilatildeo engloba diferentes metodologias e atua nos contextos
familiar e escolar de forma a abranger o maior nuacutemero de contextos e situaccedilotildees de vida
da crianccedila do jovem com PHDA
14
1731 Contexto familiar
A intervenccedilatildeo em contexto familiar reveste-se da maior importacircncia uma vez que
eacute fundamental que os pais conheccedilam e estejam informados sobre as caracteriacutesticas da
PHDA para assim desenvolverem adequadas praacuteticas educativas parentais
Devem desenvolver competecircncias de forma a reforccedilar os comportamentos
adaptativos e ao mesmo tempo diminuir os comportamentos disruptivos adotando
praacuteticas educativas consistentes (se hoje eacute puniccedilatildeo amanhatilde tambeacutem) firmes (se eacute dado
castigo este tem de ser colocado em praacutetica) e adequadas quer agrave idade da crianccedila quer
agrave gravidade do comportamento disruptivo
Os pais devem aprender como promover a disciplina e potenciar comportamentos
positivos nos filhos com PHDA
De acordo com Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo com a famiacutelia pode assumir
diferentes formas
- Programas de treino de pais - o grande objetivo eacute melhorar as relaccedilotildees entre
pais e filhos ensinando os pais a lidar de diferentes formas com os problemas de
comportamento dos seus filhos quer em casa quer em lugares puacuteblicos eacute
indicado para crianccedilas com idades ateacute aos 11 anos e em famiacutelias sem problemas
associados (psicopatologia depressiva na matildee stress familiar ou situaccedilotildees de
rutura matrimonial)
- Grupos de suporte para pais - o principal objetivo eacute a interajuda e o suporte
muacutetuo entre os pais onde a partilha e a troca de experiecircncias se apresenta como
uma vantagem na aprendizagem dos pais quanto agrave lideranccedila dos desafios
comportamentais dos seus filhos
- Intervenccedilatildeo na relaccedilatildeo e interaccedilatildeo pais-filhos - utilizada na adolescecircncia (a
partir dos 11 anos de idade) eacute constituiacuteda por programas que combinam o
aconselhamento dos pais e as terapias cognitivo comportamentais
A eficaacutecia da intervenccedilatildeo estaacute relacionada com o grau de severidade dos sintomas
das crianccedilas nomeadamente com comportamentos de oposiccedilatildeo e problemas de conduta
bem como da motivaccedilatildeo e do empenho dos pais e das crianccedilas em todo o processo
15
1732 Contexto escolar
A intervenccedilatildeo em contexto escolar com alunos com PHDA reveste-se da maior
pertinecircncia e deve ser implementada em diversas vertentes e aacutereas educativas Em todas
elas eacute fundamental ser-se capaz de se colocar no lugar do aluno com PHDA com as
limitaccedilotildees e dificuldades com que eacute confrontado sistematicamente em sala de aula e fora
dela
Eacute importante natildeo esquecer que aquilo que parece rotineiro e simples para a maioria
dos alunos pode-se revelar um obstaacuteculo de grande proporccedilatildeo para alunos com PHDA
Um aluno com essa perturbaccedilatildeo revelaraacute imensa dificuldade em i) manter a atenccedilatildeo numa
mesma atividade no periacuteodo de tempo desejado para a sua faixa etaacuteria e para o seu niacutevel
de escolaridade ii) passar os conteuacutedos do quadro para o caderno no tempo facultado
pelo professor iii) estar sentado todo o tempo da aula iv) realizar uma tarefa sem
interrupccedilotildees e pausas e em reter informaccedilatildeo (Barkley amp Murphy 2006)
Todas estas caracteriacutesticas tiacutepicas dos alunos com PHDA colocam aos
professores desafios diaacuterios no espaccedilo de sala de aula Cabe ao professor construir e
desenvolver em conjunto com o aluno as suas capacidades de funcionalidade de
autonomia e de autoestima que conduziratildeo a um melhor desempenho escolar
Os comportamentos perturbadores e as dificuldades de aprendizagem associadas
agrave PHDA tornam-se manifestaccedilotildees frustrantes para o professor e para o aluno podendo
conduzir ao desenvolvimento de sentimentos muacutetuos de aversatildeo ou mesmo de hostilidade
(Vasquez 1997) Assim eacute importante estabelecer estrateacutegias que permitam com mais
facilidade ajustar o comportamento da crianccedila de tal modo que esta aprenda e deixe que
os outros alunos da turma onde se encontra integrada aprendam tambeacutem
Natildeo se trata de ir pelo caminho mais faacutecil o do facilitismo mas antes trabalhar
em cooperaccedilatildeo para ajudar o aluno a perceber que eacute capaz e que consegue bons resultados
Desta forma a atitude do aluno eacute de persistecircncia (e natildeo de desistecircncia) e de empenho (e
natildeo de desinteresse) o que conduz a sentimentos de pertenccedila ao grupo turma
Segundo Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo psicossocial em contexto escolar pode
integrar os seguintes domiacutenios (a) formaccedilatildeo de professores (b) colaboraccedilatildeo e
cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola (c) intervenccedilatildeo comportamental em sala de aula (d)
ensino especial (e) treinodesenvolvimento de competecircncias sociais
16
(a) Formaccedilatildeo de professores
Inclui sessotildees de sensibilizaccedilatildeo e formaccedilatildeo sobre a PHDA e eacute essencial para um
melhor desempenho profissional dos professores A investigaccedilatildeo tem revelado que o
conhecimento e a atitude dos professores face agrave PHDA influenciam a sua disponibilidade
para a intervenccedilatildeo em contexto de sala de aula (Ghanizadeh Bahredar amp M 2006 Bekle
2004 cit por Rodrigues 2008)
(b) Colaboraccedilatildeo e cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola
O objetivo eacute efetivar uma parceria ao niacutevel da aplicaccedilatildeo de teacutecnicas especiacuteficas de
modificaccedilatildeo do comportamento De acordo com Barkley (2006) eacute importante que os
professores e os pais tenham um bom conhecimento sobre a PHDA tenham objetivos
realistas para as suas intervenccedilotildees e estejam motivados para uma efetiva colaboraccedilatildeo
Importa ser-se flexiacutevel para modificar e adequar estrateacutegias de intervenccedilatildeo
sempre que necessaacuterio e estar-se disponiacutevel para colaboraccedilotildees conjuntas e com
articulaccedilatildeo entre todos os intervenientes educativos
(c) Intervenccedilatildeo comportamental na sala de aula
Segundo Du Paul amp Stoner (1994) os problemas comportamentais e os problemas
de aprendizagem estatildeo intimamente ligados A intervenccedilatildeo seraacute mais eficaz se investir
para aleacutem dos aspetos comportamentais tambeacutem no rendimento das aacutereas acadeacutemicas A
melhoria destas conduz agrave diminuiccedilatildeo dos comportamentos perturbadores pelo que a
metodologia mais adequada para o atendimento das crianccedilas dos jovens com PHDA
deve incidir nos problemas da aprendizagem a par das condutas perturbadoras (Du Paul
amp Stoner 1994 Vasquez 1997 Pfiffner amp Barkley 1998)
Os alunos com PHDA apresentam normalmente baixo rendimento escolar
(apesar de muitas vezes revelarem um bom potencial de aprendizagem) elevados iacutendices
de comportamento fora da tarefa e dificuldades na realizaccedilatildeo de trabalho individual
Assim e de acordo com Rodrigues (2008) este tipo de intervenccedilatildeo deve basear-se numa
aprendizagem de competecircncias para a automonitorizaccedilatildeo onde se inclui a prestaccedilatildeo
acadeacutemica e natildeo somente o comportamento nos seus objetivos focando assim as vaacuterias
situaccedilotildees escolares que constituem um problema
17
Segundo a mesma autora distinguem-se trecircs domiacutenios onde este tipo de
intervenccedilatildeo se deve centrar
- Modificaccedilatildeo do contexto
Sendo a sala de aula o local onde os alunos passam a maior parte do tempo em
que estatildeo na escola e tambeacutem onde lhes eacute exigido trabalho e esforccedilo mental esta
apresenta-se como o local de eleiccedilatildeo para o surgimento de comportamentos disruptivos
nos alunos com PHDA Daqui adveacutem a importacircncia na reorganizaccedilatildeo dos contextos
fiacutesicos de sala de aula ao niacutevel da colocaccedilatildeo da crianccedila no espaccedilo-sala da organizaccedilatildeo
dos espaccedilos de trabalho e no posicionamento dos materiais ludicopedagoacutegicos (eg
calendaacuterio quadro de tarefas) (Rodrigues 2008)
Segundo vaacuterios autores nomeadamente Lopes (2004) Du Paul amp Stoner (2007)
Riefs (1998) e Fernandes (2007) existem diferentes estrateacutegias que se podem e devem
implementar em contexto de sala de aula com alunos com PHDA com o objetivo de
modificar comportamentos e rentabilizar o desempenho escolar
Relativamente agrave organizaccedilatildeo do espaccedilo podem-se enunciar as seguintes
estrateacutegias
- Sala de aula bem estruturada com poucos estiacutemulos visuais
- Localizaccedilatildeo do aluno na sala de aula (sentar o aluno na primeira fila o mais
proacuteximo possiacutevel do professor e afastado de estiacutemulos de possiacutevel distraccedilatildeo com
boa visibilidade para o quadro e proacuteximo de um bom modelo)
- Ter em cima da mesa apenas o material necessaacuterio
- Existecircncia de um espaccedilo na sala onde o aluno possa trabalhar individualmente
eou realizar atividades diferentes
- Existecircncia de ldquocantinhosrdquo onde o aluno possa realizar atividades manuais ou
artiacutesticas
No que respeita agrave organizaccedilatildeo e gestatildeo da aula importa ter em atenccedilatildeo as
seguintes estrateacutegias
- Sala de aula estruturada com rotinas escolares diaacuterias consistentes ao longo do
tempo
- As tarefas e os trabalhos repetitivos e monoacutetonos devem ser evitados
18
- As tarefas e atividades devem ser curtas e explicadas de forma clara
- Dividir eou reduzir as tarefas
- Alternar tarefas em funccedilatildeo do interesse e da complexidade
- Permitir um periacuteodo de pausa entre a realizaccedilatildeo de tarefas que exijam esforccedilo
mental
- Dar outra tarefa que a crianccedila consiga fazer com entusiasmo e autonomia (dentro
dos conteuacutedos da disciplina) quando se estaacute a transmitir um conteuacutedo difiacutecil para
o aluno com PHDA
- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixar o aluno menos
ansioso e mais seguro pode funcionar como estrateacutegia de inclusatildeo)
- Dar possibilidade de o aluno participar dando feedback
- Programar a aula de forma a haver mais intervalos permitindo que o aluno tenha
tempo de realizarterminar as tarefas
- Conceder se necessaacuterio tempo extra para completar tarefas
- Estabelecer limites para terminar as tarefas
- Permitir que o aluno se possa movimentar na sala
- Encorajar o aluno a questionar o que natildeo compreende
- Procurar envolver o aluno promovendo a sua participaccedilatildeo ativa
- Usar o contacto visual (fazer com que o aluno olhe para o professor quando este
se lhe dirige)
- Deslocar-se pela sala para manter a visibilidade
- Recorrer a apresentaccedilotildees mais dinacircmicas e apelativas (eg uso do quadro
interativo de filmes diapositivos
- As apresentaccedilotildees orais devem ser acompanhadas de ajudas visuais
- Fazer uma abordagem geneacuterica de antecipaccedilatildeo dos conteuacutedos antes de iniciar a
apresentaccedilatildeo
- Rever os conteuacutedos anteriores antes de iniciar novos
- Relacionar os conteuacutedos com as experiecircncias dos alunos (aumentar niacuteveis de
motivaccedilatildeo e de interesse)
19
- Resumir os conteuacutedos (oralmente e por escrito)
- Apresentar um maior nuacutemero de explicaccedilotildees realccedilando os pontos mais
importantes (ideias chave)
- Transmitir a informaccedilatildeo com loacutegica e organizaccedilatildeo
- Evitar o uso de linguagem abstrata (metaacuteforas ou trocadilhos)
- Transmitir informaccedilatildeo em pequenas quantidades
- Ler os materiais em voz alta
- Utilizar versotildees reduzidas de textos
- Simplificar vocabulaacuterio do texto
- Dar pistasdicas ao aluno na realizaccedilatildeo de trabalhos
- Ter a certeza de que o aluno compreendeu o trabalho que tem de realizar antes
de o colocar a realizaacute-lo individualmente
- Os trabalhos de reforccedilo devem ser curtos e apenas os necessaacuterios (natildeo se deve
sobrecarregar o aluno com trabalho extra)
- Modificaccedilatildeo do comportamento na sala de aula
Trata-se da intervenccedilatildeo mais bem estudada no contexto escolar na qual se utilizam
teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento como por exemplo os ldquocontratos de
comportamentordquo (ver anexo 1) ldquocontratos de etiquetasrdquo (ver anexo 2) os ldquosistemas de
trocasrdquo o time-out entre outras
A eficaacutecia deste tipo de teacutecnicas depende da sua utilizaccedilatildeo coerente e sistemaacutetica
As estrateacutegias mais utilizadas satildeo a elaboraccedilatildeo de Contratos Comportamentais
e de Programas de Economia de Fichas com o objetivo de alcanccedilar o comportamento
desejado utilizando recompensas
- Identificar de forma clara e objetiva os comportamentos desajustados a
modificar
- Iniciar pelos comportamentos mais faacuteceis de modificar deixando os mais difiacuteceis
para o fim
20
- Definir claramente qual a recompensa (reforccedilo positivo) e a consequecircncia
negativa (reforccedilo negativo) pela modificaccedilatildeo ou natildeo do comportamento
- As recompensas tal como os castigos devem ser imediatas (os) apoacutes a
observaccedilatildeo do comportamento
- Ter em consideraccedilatildeo que os castigos longos e os reforccedilos a longo prazo natildeo
funcionam
- O ideal eacute existirem mais reforccedilos positivos do que reforccedilos negativos pois
pretende-se que o aluno mude o seu comportamento natildeo pelo castigo mas pela
ausecircncia de reforccedilo
- Os objetivos iniciais devem ser pequenos devendo ser alargados agrave medida que
as crianccedilas vatildeo conseguindo alcanccedilar os anteriores
- Utilizaccedilatildeo de um sistema de pontosfichas ou de um contrato terapecircutico
O contrato comportamental eacute um acordo formal e escrito que tem como objetivo
a mudanccedila de comportamento do aluno apresentando-se como uma excelente forma de
encorajar comportamentos adequados De acordo com Lourenccedilo (2009) eacute uma teacutecnica
de gestatildeo de comportamento que envolve a negociaccedilatildeo de um acordo contratual entre o
aluno e o professor
O contrato refere quais os comportamentos a modificar os objetivos relativamente
a esses comportamentos e as consequecircncias do seu cumprimento ou do natildeo cumprimento
atribuindo um papel ativo ao aluno onde lhe eacute dada autonomia para que possa avaliar o
seu progresso responsabilizando-o pelo seu empenho pessoal
O Programa de Economia de Fichas tem por base a utilizaccedilatildeo de pontos ou fichas
que o aluno obteacutem atraveacutes da adoccedilatildeo de comportamentos adequados e que se trocam por
preacutemios ou reforccedilos Segundo Du Paul amp Stomer (2007) este programa serve para
recompensar os alunos pela implementaccedilatildeo de um determinado comportamento que vai
ao encontro das expectativas do professor Eacute estabelecida pelo professor em conjunto
com o aluno uma lista de privileacutegios preacutemios ou atividades na escola para trocas pelas
fichas As fichas devem ser trocadas diariamente pelos privileacutegios ou reforccedilos
estabelecidos de acordo com os pontos atribuiacutedos previamente a cada comportamento
O time-out (tempo de afastamento de reforccedilo positivo) consiste em retirar todo o
reforccedilo social agrave crianccedila Du Paul amp Storner (2007) referem que este procedimento para
21
ser eficaz deve ser implementado logo apoacutes a manifestaccedilatildeo do comportamento
indesejado (entre 1 a 5 minutos) Eacute fundamental que este procedimento restritivo seja
utilizado apenas em conjunto com programas de reforccedilo positivo ou preacutemios sendo
considerado como uma medida de uacuteltimo recurso (apenas utilizada quando nenhuma
outra resulta)
Para reduzir a indisciplina e os comportamentos natildeo desejados em contexto de
sala de aula existe ainda um leque de estrateacutegias que podem ser implementadas pelo
professor (Lopes 2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs 1998 Fernandes 2007) e que
satildeo
- Aceitar o aluno tal como ele eacute
- Olhar o aluno nos olhos enquanto conversa com ele
- As regras devem ser negociadas e afixadas em local visiacutevel
- Estabelecer regrasconsequecircncias claras
- Rever as regras da sala de aula antes de iniciar as atividades e sempre que
necessaacuterio
- Estabelecer alternativas para comportamentos inadequados
- Ignorar alguns comportamentos (aqueles que se assumem como pouco
gravosos)
- Evitar criticar o aluno
- Sempre que o aluno aja em conformidade com as regras da sala de aula deve ser
elogiado (comunicar aos pais para que seja feito reforccedilo adicional em casa)
- Ser inflexiacutevel no desrespeito pelas regras mas sempre de forma calma e positiva
- Tentar controlar os comportamentos sem ser demasiado dominador
- Reagir de forma imediata e constante a cada comportamento
- Antecipar os problemas (planear antecipadamente em particular os momentos
de transiccedilatildeo)
- Afirmar assertivamente o que deve fazer e natildeo o que estava a fazer ou como
estava a fazer (eg ldquoJoatildeo volta imediatamente para o trabalhordquo e natildeo ldquoJoatildeo natildeo
estaacutes a prestar atenccedilatildeordquo)
22
- Falar em privado com o aluno acerca dos seus comportamentos inapropriados
- Estabelecer na sala um local para ldquoacalmarrdquo
- Saber diminuir os niacuteveis de pressatildeo e ansiedade
- Teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo
Segundo Rodrigues (2008) a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo a par da
implementaccedilatildeo das teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento satildeo as mais direcionadas
para o comportamento de impulsividade e de desorganizaccedilatildeo
Estas teacutecnicas satildeo segundo Costa et al (2010)
- Automonitorizaccedilatildeo ndash Atraveacutes de treino preacutevio requer que o aluno aprenda a
observar e a registar o seu proacuteprio comportamento
- Autoreforccedilo ndash O aluno monitoriza o seu comportamento avalia e reforccedila o seu
proacuteprio desempenho quer positivo quer negativo quando confrontados com
tarefas escolares e em interaccedilotildees com os seus colegas
- Autoinstruccedilatildeo ndash Ensinar estrateacutegias cognitivas que permitam ao aluno realizar
com sucesso as tarefas escolares e as situaccedilotildees em que eacute necessaacuterio que haja um
controlo dos comportamentos
Estas estrateacutegias fornecem ao aluno ferramentas de autoregisto para que se
consiga monitorizar o seu comportamento e em colaboraccedilatildeo com o professor realizar a
avaliaccedilatildeo do seu desempenho face ao contexto com vista a adoccedilatildeo de novos e adequados
comportamentos
(d) Ensino Especial
Rodrigues (2008) refere que a crianccedila com PHDA tem um estilo de aprendizagem
especiacutefico aprendendo de forma mais eficaz se forem utilizados estilos de ensino
multimodal ativos e que impliquem a accedilatildeo direta da crianccedila
Torna-se vital que se adapte o ensino agraves necessidades e capacidades individuais do
aluno com o objetivo de rentabilizar o seu potencial de aprendizagem alcanccedilando o
maacuteximo dos objetivos e das competecircncias delineados (as) para o seu niacutevel de ensino
23
Nessa loacutegica os alunos com PHDA podem quando necessaacuterio e beneacutefico ser
integrados na educaccedilatildeo especial e beneficiar de medidas educativas ao abrigo do decreto-
lei nordm 32008 de 7 de janeiro Para isso eacute necessaacuterio fazer a sinalizaccedilatildeo em contexto
escolar permitindo que se avance para o despiste de crianccedilas eou jovens que estejam
associadas (os) a fatores de risco e que possam estar no cerne das limitaccedilotildees escolares e
da possiacutevel existecircncia de necessidades educativas especiais (NEE) de caraacuteter permanente
Em seguida indicam-se as dificuldades detetadas ao niacutevel da comunicaccedilatildeo
aprendizagem mobilidade autonomia relacionamento interpessoal eou participaccedilatildeo
social
Podem proceder agrave sinalizaccedilatildeo os pais ou encarregados de educaccedilatildeo o conselho
executivo da entidade os docentes e outros teacutecnicos que tenham contacto contiacutenuo com
o aluno
Em seguida formaliza-se o processo atraveacutes do preenchimento de um formulaacuterio-
modelo (ver anexo 3) o qual deve conter informaccedilotildees acerca do motivo que levou o
indiviacuteduo a proceder agrave sinalizaccedilatildeo outros dados que se apresentem relevantes para a
posterior avaliaccedilatildeo ndash e intervenccedilatildeo ndash e documentaccedilatildeo necessaacuteria e pertinente
Depois em reuniatildeo de equipa multidisciplinar o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo
(SPO) e o Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial refletem sobre a ficha de sinalizaccedilatildeo e a eventual
necessidade de se avanccedilar para uma avaliaccedilatildeo especializada Sendo esse o caso define-
se o responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo referida e os elementos que iratildeo
participar utilizando diversos instrumentos No acircmbito da avaliaccedilatildeo psicoloacutegica
aplicam-se testes de avaliaccedilatildeo da capacidade cognitiva geral - eg Terceira Ediccedilatildeo da
Escala de Inteligecircncia de Wechsler (WISC-III) que ldquoserve para orientar hipoacuteteses sobre
as aacutereas de disfuncionamento cognitivo e para a escolha das provas complementares com
o objetivo de alcanccedilar um diagnoacutestico diferencialrdquo (Simotildees 2002) Uma dos instrumentos
de medida complementares agrave avaliaccedilatildeo eacute o d2 ndash Teste de Atenccedilatildeo (ver anexo 4) que
consiste na avaliaccedilatildeo da atenccedilatildeo seletiva e da capacidade de concentraccedilatildeo Segundo
Brickenkamp (2006) o d2 permite medir a atenccedilatildeo concentrada (caraacuteter seletivo e
intensivo) e a atenccedilatildeo sustentada (manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo) sendo que pressupotildee
concentraccedilatildeo focalizada em estiacutemulos visuais da atividade
Desencadeia-se em seguida o Relatoacuterio Teacutecnico-Pedagoacutegico (RTP) (ver anexo 5)
no qual se identifica o perfil de funcionalidade do aluno em questatildeo Esse RTP
24
determinaraacute se o aluno apresenta (ou natildeo) NEE e qual a sua tipologia Se sim
determinam-se os apoios especializados as adequaccedilotildees no processo de ensino e
aprendizagem ndash e as possiacuteveis tecnologias de apoio ndash de que iraacute beneficiar e que constaratildeo
no Projeto Educativo Individual (PEI) (ver anexo 6) assegurando-se a participaccedilatildeo ativa
dos pais ou encarregados de educaccedilatildeo assim como a sua anuecircncia
Quando natildeo se verificam NEE que justifiquem a necessidade de intervenccedilatildeo do
SPO e ou do Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial encaminham-se os alunos para apoios
disponibilizados pela escola que melhor se adequem a uma situaccedilatildeo especiacutefica (natildeo eacute o
caso dos alunos com PHDA pois os mesmos integram o Regime de Educaccedilatildeo Especial)
As medidas educativas mais indicadas para alunos com PHDA satildeo as enumeradas
nos artigos 17ordm - Apoio pedagoacutegico personalizado (beneficiar de apoio nas aacutereas
disciplinares onde apresentam maiores dificuldades como forma de melhorar a aquisiccedilatildeo
e aplicaccedilatildeo de conhecimentos) e 20ordm - Adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo
(periodicidade ndash realizar mais momentos de avaliaccedilatildeo reduzindo quantidade de mateacuteria
utilizando perguntas mais diretas duraccedilatildeo ndash dividir a realizaccedilatildeo do teste em dois
momentos manter periacuteodo de tempo mas reduzir o teste local ndash realizar o teste numa
outra sala onde o aluno se possa concentrar melhor)
Relativamente agrave avaliaccedilatildeo que continua a assumir um papel essencial no processo
de ensino-aprendizagem dos alunos sendo uma aacuterea que se reveste da maior importacircncia
nas escolas faz sentido deixar algumas sugestotildees importantes a implementar nos alunos
com PHDA tomando como referecircncia Chiolas (2010)
- Fichas de avaliaccedilatildeo
- Evitar a palavra natildeo e nunca (apenas sublinhaacute-lasdestacaacute-las)
- Colocar instruccedilotildees para cada pergunta
- Listar as instruccedilotildees verticalmente em vez de na horizontal
- Sublinhar aumentar ou colocar a negrito as palavras chave da instruccedilatildeo
- Utilizar apenas mateacuteria dada na sala
- Testes curtos e com seccedilotildees curtas
- Fornecer modelos de itens corretamente respondidos (dar exemplo)
- Colocar na mesma paacutegina um tipo semelhante de pergunta
- Evitar textos extensos
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- Colocar poucas questotildees por paacutegina
- Numerar todas as paacuteginas e questotildees
- Organizar o teste para que as primeiras perguntas tenham mais cotaccedilatildeo
- Tipos de teste
- Respostas por escolha muacuteltipla
- Evitar muitas opccedilotildees
- Evitar opccedilotildees confusas (eg este ou aquele todas as anteriores)
- Circular a resposta certa (em vez de pedir coacutepia da resposta correta)
- Alinhar verticalmente as respostas
- Ser consistente na organizaccedilatildeo gramatical
- Evitar mais de dez questotildees com escolha muacuteltipla
- Se possiacutevel cotar o raciociacutenio mesmo que a resposta esteja incorreta
- Respostas por correspondecircncia
- Colocar todos os itens na mesma paacutegina
- Colocar espaccedilo extra entre os itens
- Utilizar pequenos grupos de itens
- Colocar os itens da coluna da direita por ordem alfabeacutetica (ajuda na localizaccedilatildeo)
- Colocar uma resposta fantasma (absurda) numa das colunas
- Dar um exemplo correto
- Colocar a coluna mais longa do lado esquerdo
- Respostas Verdadeiro ou Falso
- Utilizar ateacute 10 questotildees por teste
- Evitar pedir para transcrever a resposta correta ou falsa
- Colocar Verdadeiro e Falso no final de cada item e deixar o aluno circundar a
resposta correta
- Respostas para preencher e espaccedilos
- Evitar frases descontextualizadas (eg frases retiradas de textos)
- Deixar espaccedilos em branco proporcionais ao tamanho da resposta
- Fornecer a lista das palavras imediatamente a seguir agrave questatildeo
- Se uma palavra vai ser usada mais do que uma vez repeti-la na lista o nuacutemero
de vezes que for para usar
26
- Dividir o teste por seccedilotildees de 5 questotildees cada
- Respostas de desenvolvimento
- Dividir as perguntas de desenvolvimento em duas ou trecircs perguntas de resposta
mais curta
- Dar respostas curtas e o aluno poder circundar a resposta correta
- Descrever o que se espera dar recomendaccedilotildees e ajudar na organizaccedilatildeo
Outras sugestotildees
- Durante o teste o professor deve percorrer a sala para verificar se o aluno tem
alguma dificuldade e natildeo a verbaliza
- Consultar os alunos com PHDA durante o teste
- Atenccedilatildeo individualizada verificando as respostas no decorrer do teste
- Dar oportunidade se necessaacuterio de repetir o teste
- Deixar o aluno fazer o teste em outro ambiente
- Fazer o teste em dois dias
- Fazer intervalos durante o teste
- Utilizar reforccedilos positivos
- Evitar termos como ldquodespacha-terdquo ldquotanto tempordquo etc
- Treinar os vaacuterios tipos de perguntas e respostas
- Fornecer um guiatildeo de estudo
- Pedir ao aluno para rever todo o teste no final
(e) TreinoDesenvolvimento de competecircncias sociais
Na PHDA e no que diz respeito ao contexto escolar eacute importante estar atento e
trabalhar as questotildees relacionadas com o processo de ensino-aprendizagem mas tambeacutem
com o estabelecimento de relaccedilotildees saudaacuteveis e positivas quer com os pares quer com os
adultos
27
Segundo Lopes et al (2011) as implicaccedilotildees nas relaccedilotildees com os pares estatildeo
diretamente relacionadas com a dificuldade que as crianccedilas com PHDA tecircm em esperar
pela sua vez e com o facto de falarem e entrarem em confronto com maior facilidade
Os alunos com esta perturbaccedilatildeo tendem a manifestar deacutefices nas competecircncias
sociais sendo vistos pelos pares como intrusivos e inoportunos levando agrave rejeiccedilatildeo
(Landau amp Moore cit por Lopes et al 2011) Satildeo assim alunos considerados pelos
seus colegas como intrometidos inapropriados com dificuldades na interaccedilatildeo social
sem respeito pelas regras impostas (mesmo que as conheccedilam) com respostas agressivas
perante situaccedilotildees problemaacuteticas e com deacutefices na autoregulaccedilatildeo do comportamento
Sabendo que as competecircncias sociais se regem pela reciprocidade social (Brophy
Good amp Brophy Doyle Everston amp Kounin cit por Lopes et al 2011) eacute importante
analisar e avaliar os comportamentos dos professoresadultos para tambeacutem se perceber a
sua implicaccedilatildeo eou influecircncia nos comportamentos dos alunos e desta forma entender
o que motiva os alunos a comportamentos adequados com alguns professores e
inadequados com outros
Fica assente a importacircncia que os comportamentos e atitudes dos professores
assumem perante alunos com PHDA cujos comportamentos satildeo inadequados em
contexto de sala de aula Haacute entatildeo que mobilizar estrateacutegias promotoras do
desenvolvimento de competecircncias sociais quanto ao autoconceito acadeacutemico agrave
autoestima e agrave inclusatildeo no grupoturma (Lopes2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs
1998 Fernandes 2007)
- Procurar aacutereas em que o aluno se possa destacar
- Estabelecer uma relaccedilatildeo professor-aluno positiva (carinho compreensatildeo
respeito incentivo)
- Demonstrar interesse e participar ativamente na vida do aluno
- Promover a participaccedilatildeo ativa do aluno na aula
- Evitar linguagem de confronto e de provocaccedilatildeo
- Dar responsabilidade agrave crianccedila (eg distribuir cadernos ficar a tomar conta da
sala quando o professor se ausenta)
- Natildeo expor o aluno perante a turma (soacute o fazer quando a situaccedilatildeo eacute muito grave)
28
- Ignorar os comportamentos menos graves (falar depois individualmente com o
aluno sobre esses comportamentos)
- Dar reforccedilos positivos e elogios sempre que o aluno adota comportamentos
adequados
- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixam o aluno menos
ansioso e mais seguro e ajudam a turma a criar estrateacutegias de inclusatildeo)
- Adotar atitudes promotoras da autoestima do aluno (evitar os comentaacuterios
destrutivos em frente agrave turma roacutetulos e chamadas de atenccedilatildeo e criacuteticas devem ser
pela positiva e construtivos (as))
- Desenvolver programas de treino de competecircncias sociais
Se os professores conhecerem as caracteriacutesticas positivas e negativas dos seus
alunos com PHDA enquanto reconhecem as caracteriacutesticas positivas e as negativas vatildeo
aceitar e compreender melhor os seus alunos esforccedilando-se por adotar atitudes e accedilotildees
que vatildeo ao encontro das especificidades desses mesmos alunos
18 Importacircncia da formaccedilatildeo de professores como estrateacutegia de
intervenccedilatildeo terapecircutica (psicossocial) em PHDA
Para que a educaccedilatildeo inclusiva aconteccedila eacute fundamental que os professores tenham
acesso a informaccedilatildeo especiacutefica relativamente agrave diversidade de patologias encontradas
hoje nas escolas de ensino regular bem como tenham acesso ldquo a meacutetodos estrateacutegias e
teacutecnicas que lhes permitam uma accedilatildeo educativa inclusiva e simultaneamente promotora
do potencial acadeacutemico emocional e socialrdquo do aluno (Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp
Saragoccedila 2011 p 367)
Centrando o olhar no aluno com PHDA encontram-se especificidades
desenvolvimentais de conduta e de aprendizagem que obrigam ao delineamento de um
processo de inclusatildeo no grupo turma
Sabe-se hoje que a educaccedilatildeo inclusiva natildeo tem subjacente uma diminuiccedilatildeo de
expetativas face ao percurso escolar do aluno mas antes a funccedilatildeo de segundo Graacutecio
Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) responder adequadamente agraves suas necessidades
29
e promover o seu potencial Esta mudanccedila de paradigma escolar implica uma adaptaccedilatildeo
por parte do sistema de ensino e dos seus principais agentes (professores) exigindo o
decliacutenio de um ensino baseado na homogeneidade desenvolvimental
Segundo o ldquoWorld Report Disabilityrdquo (World Health Organization amp The World
Bank 2011) eacute fundamental face agrave diversidade educativa que os professores invistam e
melhorem as suas proacuteprias competecircncias para ensinarem crianccedilas com patologias
diversificadas que atualmente se encontram a frequentar escolas do ensino regular
Assim eacute tambeacutem fundamental promover oportunidades de encontro e partilha que sirvam
de suporte e apoio aos professores no sentido de estes dominarem e mobilizarem
abordagens de ensino-aprendizagem mais flexiacuteveis que permitam uma maior adequaccedilatildeo
e proximidade agraves necessidades dos alunos
O aumento do conhecimento dos professores eacute fundamental para as praacuteticas
escolares contribuindo tambeacutem para o desempenho acadeacutemico dos alunos com PHDA
A aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo especiacutefica pode contribuir para
- Melhorar a capacidade de anaacutelise das especificidades da crianccedila
- Permitir discussotildees mais objetivas das preocupaccedilotildees encontradas no
processo ensino-aprendizagem e descriccedilatildeo de comportamentos que os
preocupam nas crianccedilas contribuindo de forma ativa e adequada para a
obtenccedilatildeo de diagnoacutesticos precisos (Reis amp Camargo 2008)
- A melhor compreensatildeo dos diagnoacutesticos da informaccedilatildeo e da especificidade
do funcionamento de cada aluno (Simatildeo 2013)
- Uma participaccedilatildeo efetiva no processo de intervenccedilatildeo delineado e integraccedilatildeo
na rede de suporte constituiacuteda assumindo-se como agentes facilitadores de
aprendizagens (Correia 2010)
Um estudo realizado por Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) mostra
que uma percentagem muito significativa de professores (94 da amostra) refere sentir
necessidades de formaccedilatildeo relativa a aspetos associados agrave distraccedilatildeo das crianccedilas Cerca de
74 dos professores assume necessitar de saber mais para lidar com crianccedilas que revelam
dificuldades nos comportamentos de autocontrolo como o natildeo conseguir ficar parado
30
inquietude motora ou hiperatividade Logo o estilo de formaccedilatildeo que os professores deste
estudo referem como estando mais interessados cumpre os seguintes fatores
- Identificaccedilatildeo de crianccedilas com dificuldade na atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo
autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais
- Construccedilatildeo desenvolvimento e uso de materiais educativos para crianccedilas
com dificuldades de aprendizagem
- Organizaccedilatildeo da liccedilatildeo e das atividades baseadas em praacuteticas inclusivas no
domiacutenio da atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo competecircncias sociais e
emocionais e realizaccedilatildeo de tarefas
- Avaliaccedilatildeo do progresso da crianccedila do jovem com dificuldades de
aprendizagem e das crianccedilas dos jovens com comportamentos desafiantes
- Promoccedilatildeo de relaccedilotildees positivas entre pares sobretudo no autocontrolo
atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo ldquo (pp 375-376)
Em suma estes professores portugueses constituindo-se como uma amostragem
das necessidades sentidas na sua classe centram o seu interesse de formaccedilatildeo especiacutefica
no domiacutenio da educaccedilatildeo da atenccedilatildeo hiperatividade dificuldade de controlo emocional e
de impulso bem como da autoestima
Torna-se por isso pertinente o desenho de um programa de formaccedilatildeo para
professores em PHDA que seraacute descrito em seguida com base em diversos autores
Entende-se o programa de formaccedilatildeo como um contributo ajustado agraves reais necessidades
dos docentes promovendo a aquisiccedilatildeo de benefiacutecios em termos da adequaccedilatildeo de praacuteticas
educativas que permitam um melhor desenvolvimento e maiores progressos nas
aprendizagens dos alunos com PHDA integrados em escolas do ensino regular
181 Programa de Formaccedilatildeo de Professores em PHDA
Devido agrave necessidade de formaccedilatildeo em aacuterea especiacutefica referida anteriormente iraacute ser
apresentada em seguida uma proposta de programa de formaccedilatildeo de professores em
PHDA que pretende centrar-se nas experiecircncias dos professores a partir de dinacircmicas de
grupo divididas em sessotildees Deste modo exploram-se os conhecimentos dos professores
31
relacionando-os com as dinacircmicas de grupo baseadas em autores de referecircncia
devidamente citados ao longo das sessotildees e em sugestotildees da investigadora
Essas dinacircmicas de grupo dinamizadas por formador com competecircncias pedagoacutegicas
na aacuterea da PHDA (eg psicoacutelogo) contribuem para o desenvolvimento do plano praacutetico
dos docentes atraveacutes de estrateacutegias formativas que auxiliam no processo de
aprendizagem Essas dinacircmicas divididas em sessotildees possibilitam a mobilizaccedilatildeo de
processos coletivos de reflexatildeodiscussatildeo ampliam o conhecimento individual e coletivo
da classe docente e potenciam a transformaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo da informaccedilatildeo partilhada
182 Descriccedilatildeo das sessotildees
Sessatildeo 1 - ldquoO que jaacute faccedilo bem o que poderei fazer melhor e o que poderei fazer de novordquo
Tema Autoconhecimento do professor (pontos fortes e pontos a melhorar)
Objetivos
- Proceder agrave apresentaccedilatildeo do grupo de professores e formadores
- Recolher as expectativas face ao programa de formaccedilatildeo
- Identificar razotildees para procurarem integrar este programa de formaccedilatildeo
- Apresentar o organograma do programa de formaccedilatildeo
- Dinamizar a situaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo inicial
- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias dos professores e pontos de fragilidade que
consideram ser elementos importantes a melhorar
Dinacircmica 1 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting inicial
Objetivos da dinacircmica
- Avaliar os conhecimentos iniciais dos professores acerca da PHDA
32
Estrateacutegias
- Trabalho individual
Procedimentos da dinacircmica
- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre
aspetos inerentes agrave PHDA
- Distribuir o material (ver anexo 7) onde consta um pequeno questionaacuterio que
pretende perceber os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA
e um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem diferentes
criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e tambeacutem
mobilizariam na organizaccedilatildeo e no planeamento de um momento educativo (parte
de uma aula) sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de
PHDA
- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema
importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de
informaccedilatildeo a ser partilhada
Dinacircmica 2 ndash Espelho meu espelho meu
Fonte Coelho amp Belo (2011)
Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores
Objetivos da dinacircmica
- Identificar caracteriacutesticas pessoais e competecircncias que valorizam enquanto
professores
- Hierarquizar por niacutevel de importacircncia as caracteriacutestica e competecircncias
identificadas em funccedilatildeo da integraccedilatildeo de crianccedilas com PHDA no seu grupo turma
33
- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias que consideram tornaacute-los
professores mais aptos e aquelas que procuram melhorar e desenvolver
Estrateacutegias
- Trabalho individual
- Reflexatildeo de grupo
Procedimentos
- Eacute distribuiacutedo aos professores um exemplar (ver anexo 8) solicitando-lhes que
reflitam sobre outros professores que conhecem (natildeo tendo que fazer parte do
grupo com quem trabalham) e que consideram professores aptos de referecircncia
para si e para o desenvolvimento do seu trabalho enquanto professores
- Apoacutes essa reflexatildeo devem nomear 3 desses professores
- De seguida propor que construam uma lista de no total 10 caracteriacutesticas e
competecircncias que identificam nesses professores nomeados e que os fazem ser
vistos e considerados ldquoextraordinaacuteriosrdquo enquanto classe docente
- Transcrever para a folha entregue inicialmente (ver anexo 6) a listagem que
elaboraram identificando quais dessas satildeo tambeacutem caracteriacutesticas suas
- Posteriormente refletir e assinalar quais consideram as mais importantes para si
- ldquo (hellip) os princiacutepios pelos quais se rege satildeo as coisas mais importantes para si
aquelas de que seria mais difiacutecil abdicar Os que se mantecircm inalteraacuteveis por mais
voltas que a vida decircrdquo (Belo amp Coelho 2010)
- Refletir sobre aquelas que jaacute possuem na dimensatildeo desejada e que os tornam
tambeacutem professores aptos e quais as que pretendem melhorar tendo como
referecircncia a especificidade de inclusatildeo de alunos com PHDA no grupo turma
- Partilhar o resultado da reflexatildeo com o grande grupo
- O formador deveraacute neste momento da dinacircmica proceder agrave sistematizaccedilatildeo da
informaccedilatildeo partilhada organizando-a em dois grupos as potencialidades do grupo
de professores e as fragilidades e caracteriacutesticas a melhorar
34
Reflexatildeo
- Esta dinacircmica para aleacutem de permitir a cada elemento do grupo um tempo de
autoreflexatildeo e de busca das suas potencialidades conferindo-lhes desta forma
um sentido de autoeficaacutecia e de autoaceitaccedilatildeo (Barbosa 1995) permite tambeacutem
a identificaccedilatildeo do outro sobretudo quando se trata de identificar fragilidades
(competecircncias a melhorar) desenvolvendo um sentido de pertenccedila (natildeo estou
sozinho neste desafio)
- Estar consciente das suas caracteriacutesticas potencialidades e fragilidades pode ser
facilitador na organizaccedilatildeo na dinacircmica desenvolvida e no seu trabalho de gestatildeo
pedagoacutegica e de comportamentos do grupo turma
- Aos formadores daacute-lhes a possibilidade de organizar a partilha de informaccedilatildeo
durante a formaccedilatildeo de forma a privilegiar e fazer uso das competecircncias que foram
inicialmente identificadas pelo grupo bem como criar oportunidades de reflexatildeo
sobre formas de desenvolver as que foram identificadas como mais fraacutegeis
Sessatildeo 2
Tema PHDA
Objetivos
- Potenciar oportunidades para aprofundar conhecimentos relacionados com o aluno com
PHDA
- Promover um espaccedilo de partilha e discussatildeo teoricamente sustentado necessaacuterio agrave
compreensatildeo do aluno com PHDA e especificidade do seu modo de interaccedilatildeo e inclusatildeo
no sistema de ensino
Dinacircmica 3 ndash ldquoDesenho cegordquo
Fonte Coelho amp Belo (2014)
35
Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo dos conceitos a explorar
Objetivos da dinacircmica
- Sensibilizar para a importacircncia que a forma de transmissatildeo e receccedilatildeo de
informaccedilatildeo bem como o entendimento dos conceitos assume num processo
eficaz de comunicaccedilatildeo
- Refletir sobre o papel da comunicaccedilatildeo no conhecimento da PHDA
Estrateacutegias
- Trabalho a pares
- Exploraccedilatildeo ativa do material
- Reflexatildeo em grande grupo
Procedimentos
- Organiza-se o grupo de professores em pares de forma aleatoacuteria
- Pede-se que se sentem formando um grande ciacuterculo e de costas viradas uns para
os outros de forma a que o elemento da frente de cada par natildeo consiga ver o detraacutes
e esse natildeo veja as matildeos do colega da frente
- A cada um dos elementos que se encontra atraacutes de cada par eacute entregue uma folha
com uma representaccedilatildeo graacutefica (ver anexo 9) e aos elementos da frente uma folha
em branco e uma caneta
- De seguida eacute pedido aos elementos que possuem o suporte com a representaccedilatildeo
graacutefica que partilhem informaccedilatildeo sobre essa representaccedilatildeo de forma a que o seu
par consiga produzir uma imagem o mais idecircntica possiacutevel
- O colega da frente que assume o papel de recetor da informaccedilatildeo natildeo pode fazer
qualquer tipo de comentaacuterio referente agrave informaccedilatildeo recebida nem questionar o
emissor
- No final de todos os pares terem terminado a tarefa o formador deve recolher
todas as produccedilotildees graacuteficas e afixaacute-las de forma a que sejam visiacuteveis a todos
36
- Em grupo importa refletir sobre o processo de comunicaccedilatildeo as estrateacutegias que
cada um utilizou para transmitir informaccedilatildeo os obstaacuteculos encontrados por
emissores e recetores comparar resultados finais com a matriz inicial e integrar
esta experiecircncia em questotildees associadas agrave temaacutetica da sessatildeo
Reflexatildeo
- A utilizaccedilatildeo desta dinacircmica permite ao formador ilustrar o ruiacutedo que muitas
vezes se instala nos canais de comunicaccedilatildeo estabelecidos entre os diferentes
intervenientes no processo educativo
- Permite ainda sensibilizar os professores para a importacircncia da clareza de
domiacutenio e entendimento dos conceitos envolvidos nesta perturbaccedilatildeo bem como
ilustrar as dificuldades que se assistem quando a informaccedilatildeo partilhada natildeo eacute
suficiente para que o recetor dessa informaccedilatildeo possa entender e construir o seu
proacuteprio quadro concetual que lhe permitiraacute atuar posteriormente de forma mais
adequada e proacutexima das reais especificidades desenvolvimentais e de
aprendizagem da crianccedila
Dinacircmica 4 ndash ldquoInventaacuterio de caracteriacutesticas de crianccedilas com PHDArdquo
Fonte Barbosa (1995)
Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a
desenvolver
Objetivos da dinacircmica
- Perceber quais as caracteriacutesticas das crianccedilas com PHDA mais conhecidas no
grupo alvo e os mitos que poderatildeo estar presentes
- Utilizar o conhecimento preacutevio do professor e integrar a restante informaccedilatildeo
Estrateacutegias
37
- Trabalho individual
- Trabalho em pequeno grupo
- Reflexatildeo em grande grupo
Procedimentos
- Solicita-se a cada professor a elaboraccedilatildeo de uma lista de caracteriacutesticas que
associam agrave crianccedila ao jovem com PHDA desta forma evita-se o efeito de
fixaccedilatildeo demasiado presente em estrateacutegias de brainstorming que contribui para
a diminuiccedilatildeo da eficaacutecia de construccedilatildeo de ideias e criatividade na informaccedilatildeo
apresentada (Kohn amp Smith 2010)
- Posteriormente os professores satildeo convidados a reunirem-se em pequenos
grupos por forma a partilharem as listas individuais e a reorganizarem-nas numa
nova lista de caracteriacutesticas que identificam e associam aos alunos com PHDA
- Apoacutes esta fase inicial do trabalho pede-se a cada grupo que apresente a sua lista
ao grande grupo
- As caracteriacutesticas apresentadas deveratildeo ser registadas pelos formadores em
suporte legiacutevel para todo o grupo
- Partindo dessa lista como forma de valorizaccedilatildeo do conhecimento que os
professores jaacute possuem relativamente a esta perturbaccedilatildeo deve-se iniciar a
integraccedilatildeo de informaccedilatildeo teoacuterica relativamente agrave especificidade da PHDA nas
seguintes unidades
ndash Criteacuterios de diagnoacutestico (a lista teraacute jaacute subjacente informaccedilatildeo
suficiente para a interpretaccedilatildeo e identificaccedilatildeo dos diferentes criteacuterios
de construccedilatildeo do diagnoacutestico de PHDA)
ndash Caracteriacutesticas e mitos (conduzir os professores a refletir sobre a
possibilidade de algumas das caracteriacutesticas identificadas na lista
conjunta serem mitos associados agrave crianccedila ao jovem com PHDA e
partilhar o enquadramento e compreensatildeo desses mitos)
38
ndash Prevalecircncia e comorbilidade (alertar para o facto de existirem
caracteriacutesticas enunciadas que poderatildeo tambeacutem pertencer a outros
quadros patoloacutegicos)
ndash Etiologia (desconstruir ideias preconcebidas relativamente agraves causas
da PHDA)
Reflexatildeo
- Com esta dinacircmica possibilita-se a criaccedilatildeo de um espaccedilo de partilha de
conhecimento permitindo a integraccedilatildeo de novas informaccedilotildees em referenciais jaacute
construiacutedos assim como a reorganizaccedilatildeo de informaccedilatildeo em diferentes unidades
de conteuacutedo
- O papel ativo do formador na procura de exemplos praacuteticos e vivenciais dos
professores a partir da lista construiacuteda tambeacutem se constitui como um fator
facilitador para a melhor compreensatildeo da crianccedila com PHDA pois ilustra os
conteuacutedos teoacutericos partilhados
Sessatildeo 3
Tema Ser criativo eacute urgente
Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial
Fundamentaccedilatildeo Breve enquadramento da importacircncia de serem definidas estrateacutegias
especiacuteficas para lidar com as crianccedilas com PHDA em contexto escolar
Objetivos
- Refletir sobre a necessidade de diferenciar formas de atuaccedilatildeo pedagoacutegica e relacional
face agrave crianccedila ao jovem com PHDA
- Explorar diferentes estrateacutegias e tipologias de atividades estudadas como adequadas ao
funcionamento do aluno com PHDA
39
Dinacircmica 5 ndash ldquoOnde estaacute o ratordquo
Objetivos da dinacircmica
- Perceber a importacircncia da observaccedilatildeo e da diferenciaccedilatildeo de focos
- Explorar a ideia de alternacircncia de procedimentos para atingir os objetivos
definidos para cada aluno
Estrateacutegias
- Exploraccedilatildeo ativa do material
- Reflexatildeo em grupo
Procedimentos
- A cada professor seraacute distribuiacuteda uma folha ldquoOnde estaacute o ratordquo (ver anexo 10)
- Pede-se para observarem o desenho com atenccedilatildeo e descobrirem onde se encontra
o rato
- Apoacutes resposta dos professores deve-se refletir sobre o processo de descoberta
Encontraram o rato Se natildeo porquecirc Que fatores consideraram facilitadores na
pesquisa e quais os que dificultaram a tarefa Qual a finalidade deste desafio
Reflexatildeo
- Esta dinacircmica permite ao formador ilustrar os vaacuterios niacuteveis de intervenccedilatildeo que
estatildeo subjacentes agrave inclusatildeo da crianccedila do jovem com PHDA na turma e no seu
processo de aprendizagem (estrateacutegias de atuaccedilatildeo individual e direta indireta de
manipulaccedilatildeo de fatores contextuais organizaccedilatildeo de ambientes educativos e
intervenccedilatildeo grupal)
40
- Perceber que apesar do mesmo diagnoacutestico cada crianccedila eacute diferente entre si
contemplando caracteriacutesticas especiacuteficas que devem ser tidas em conta na
mobilizaccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo
Dinacircmica 6 ndash ldquoO que descubrordquo
Fonte Coelho amp Belo (2014)
Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores
Objetivos da dinacircmica
- Construir uma oportunidade de identificaccedilatildeo ao outro
- Promover oportunidade de reforccedilo de relaccedilatildeo ao outro (aluno com PHDA) e de
reflexatildeo sobre a importacircncia de conhecer e compreender as caracteriacutesticas do
professor e do aluno (focos de conflito eou de entendimento)
- Sensibilizar para estrateacutegias promotoras do desenvolvimento de competecircncias
sociais (autoconceito acadeacutemico autoestima inclusatildeo no grupoturma) na crianccedila
Estrateacutegias
- Trabalho individual
- Reflexatildeo em grupo
Procedimentos
- Pedir aos professores que reflitam e respondam agraves questotildees apresentadas ldquoQual
a minha caracteriacutestica positiva que revejo na crianccedilardquo e ldquoQue caracteriacutestica
minha da qual natildeo me orgulho revejo no alunordquo
- Integrar as reflexotildees individuais nos conteuacutedos teoacutericos a apresentar
nomeadamente na possibilidade dessas respostas poderem estar na base de
constituiccedilatildeo de um foco de conflito ou de aproximaccedilatildeo ao aluno
41
Reflexatildeo
- Com esta experiecircncia de reflexatildeo proposta ao grupo de professores cria-se um
ambiente facilitador de permeabilidade agrave aceitaccedilatildeo da diferenccedila e de possibilidade
de identificaccedilatildeo com a mesma O professor ao realizar o caminho de identificaccedilatildeo
de caracteriacutesticas partilhadas com os alunos estaraacute mais consciente da forma
como teraacute de atuar em termos de estabelecimento da relaccedilatildeo para que respeitando
a especificidade de ambos consiga criar uma relaccedilatildeo suficientemente segura que
lhe permita experimentar formas de atuaccedilatildeo social e do saber diversificadas e
cada vez mais adequadas ao desenvolvimento de ambos no processo de ensino
aprendizagem
Dinacircmica 7 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo
Fonte Barbosa (1995)
Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a
desenvolver
Objetivos da dinacircmica
- Ilustrar os benefiacutecios inerentes a algumas estrateacutegias de intervenccedilatildeo
comportamental em sala de aula
Estrateacutegias
- Role-playing
- Trabalho em grupo
- Reflexatildeo em grande grupo
Procedimentos
42
- Solicita-se ao grupo de professores que se organizem em grupos de 3 ou 4
elementos de forma aleatoacuteria
- A cada grupo eacute pedido que um dos elementos se ausente por um periacuteodo de cerca
de 10 minutos solicitando que apoacutes esse tempo volte a integrar o grupo e a
discussatildeo que neste estaacute a decorrer
- Apoacutes a saiacuteda dos elementos os grupos teratildeo acesso a uma pequena descriccedilatildeo de
uma situaccedilatildeo para discussatildeo (ver anexo 11)
- Com cada grupo eacute ainda partilhada a seguinte informaccedilatildeo Grupo 1 ndash Natildeo pode
partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi dada anteriormente nem informar o novo
elemento dos aspetos jaacute abordados na discussatildeo Grupo 2 ndash Apenas pode
responder a questotildees que sejam colocadas pelo elemento que integrou o grupo
Grupo 3 ndash Deve partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi facultada no iniacutecio da discussatildeo
bem como partilhar com o novo elemento os diferentes pontos jaacute abordados
durante o periacuteodo de discussatildeo (envolver o outro elemento)
- Apoacutes um periacuteodo de cerca de mais 10 minutos para integraccedilatildeo dos novos
elementos convidar os professores a refletir em pequenos grupos relativamente
agrave facilidadedificuldade que o elemento em situaccedilatildeo de time-out sentiu bem como
o sentimento dos elementos do grupo que o receberam a meio da discussatildeo
- Num uacuteltimo momento da dinacircmica solicitar a todos os grupos que partilhem as
suas reflexotildees tendo o formador o papel de integrar tais reflexotildees no quadro
adaptativo da estrateacutegia de time-out
Reflexatildeo
- Como em dinacircmicas anteriormente apresentadas esta por permitir a construccedilatildeo
de um espaccedilo vivencial de uma situaccedilatildeo similar agraves que acontecem com os alunos
em contexto de sala de aula constituir-se-aacute como facilitadora no entendimento e
na anaacutelise das especificidades inerentes agrave utilizaccedilatildeo adequada de estrateacutegias de
intervenccedilatildeo comportamental seja o time-out ou a importacircncia da participaccedilatildeo
ativa do aluno na aula
- Permitir que os professores ganhem consciecircncia de que o time-out se apresenta
como uma estrateacutegia de uacuteltima linha por ser extremamente restritiva
43
Sessatildeo 4
Tema Ser criativo eacute urgente (continuaccedilatildeo)
Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial
Dinacircmica 8 ndash ldquoA Torrerdquo
Fonte Kombo - Gestatildeo estrateacutegica de pessoas (adaptaccedilatildeo livre)
Objetivos da dinacircmica
- Exploraccedilatildeo de estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica
- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo para atingir um objetivo
- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa
rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas
Estrateacutegias
- Jogo
- Reflexatildeo em grande grupo
Procedimentos
- Organizam-se os professores em pequenos grupos
- Eacute entregue a cada grupo o seguinte material reacutegua de 30 cm cartolina tesoura
e cola
- Com o material que lhes foi dado deveratildeo construir uma torre
- Metade dos grupos formados soacute poderatildeo construir a torre com tiras de cartolina
que natildeo ultrapassem o tamanho da reacutegua tanto nos 30 centiacutemetros quanto na
44
largura Esta torre deveraacute ser mais alta que 30 centiacutemetros e no final a reacutegua
deveraacute ser colocada horizontalmente sobre a torre
- A outra metade dos grupos tem o mesmo material disponiacutevel e a indicaccedilatildeo que
teraacute de construir uma torre sendo que no final a reacutegua deveraacute ser colocada
horizontalmente sobre a torre
- Apoacutes cada grupo concluir a sua tarefa deve dar-se um periacuteodo de reflexatildeo tendo
como ponto de partida algumas das seguintes questotildees Que sentimentos surgiram
durante a realizaccedilatildeo da tarefa Surgiu algum liacuteder Como conduziu o grupo
Quais foram as dificuldades encontradas E as estrateacutegias utilizadas para as
superar Que fatores foram identificados como auxiliadores para a concretizaccedilatildeo
da tarefa Como avaliam o trabalho do grupo
- Posteriormente deve existir uma reflexatildeo conjunta em grande grupo onde se
comparam os resultados finais conseguidos e os processos diferentes que foram
assumidos pelos grupos de forma a fazer-se a ponte para as questotildees da
diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica
Reflexatildeo
- Com esta dinacircmica o formador tem a oportunidade de assumir uma funccedilatildeo
integradora de vivecircncias pessoais no que pretende desenvolver em termos de
conteuacutedos chave no trabalho pedagoacutegico com a crianccedila eou o jovem com PHDA
que assenta na partilha de estrateacutegias claras de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica e natildeo em
estrateacutegias limitativas
Dinacircmica 8 ndash ldquoNatildeo parem os balotildeesrdquo
Fonte Aline Ulyssea ndash Universidade do Panamaacute (adaptaccedilatildeo livre)
Objetivos da dinacircmica
- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo de modo a atingir um objetivo
45
- Sensibilizar para a importacircncia das redes de suporte na crianccedila eou no jovem
com PHDA
- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa
rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas
Estrateacutegias
- Jogo
- Reflexatildeo em grande grupo
Procedimentos
- Solicita-se aos professores que fiquem de peacute organizados em ciacuterculo
- A cada um deles seraacute entregue um balatildeo que devem encher imaginando que esse
balatildeo representa um desafio associado ao trabalho com alunos com PHDA
- Depois de todos terem enchido o balatildeo e atado pedir-lhes para que atirem os
balotildees para o ar e para o centro e que a partir desse momento natildeo os deixem mais
cair e tocar no chatildeo
- Ao fim de 1 ou 2 minutos de todos estarem em atividade o formador deve
comeccedilar a retirar elementos do ciacuterculo mas deixando o balatildeo permanecer
relembrando aos elementos que permanecem no ciacuterculo que os balotildees continuam
a natildeo poder tocar no chatildeo
- Este procedimento repete-se ateacute ao momento em que eacute observado pelos
elementos que foram saindo do ciacuterculo que com os balotildees restantes natildeo se
consegue manter a tarefa e haacute balotildees que tocam no chatildeo
- No final lanccedilar o periacuteodo de reflexatildeo partilhada Trabalharam em equipa O que
sentiram quando todos estavam a cooperar O que sentiram quando foram
perdendo elementos Houve definiccedilatildeo de estrateacutegias claras para obter sucesso na
tarefa As estrateacutegias foram redefinidas agrave medida que foram perdendo elementos
Haacute problemasdesafios que conseguiram resolver sozinhos
46
Reflexatildeo
- As reflexotildees partilhadas pelos grupos que experienciaram a dinacircmica permitiratildeo
ao formador introduzir de forma sustentada questotildees de intervenccedilatildeo na crianccedila
eou no jovem com PHDA tatildeo importantes como a constituiccedilatildeo de redes de
suporte a forma como se devem organizar e partilhar intervenccedilatildeo e
responsabilidades a perspetiva de quem lidera a intervenccedilatildeo a importacircncia da
partilha e a avaliaccedilatildeo constante de resultados face agrave intervenccedilatildeo desenhada para
cada uma das crianccedilas em intervenccedilatildeo direta
Dinacircmica 9 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting final
Objetivos da dinacircmica
- Perceber os conhecimentos adquiridos pelos professores no momento final da
formaccedilatildeo
Estrateacutegias
- Trabalho individual
- Reflexatildeo em grupo
Procedimentos
- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre
aspetos inerentes agrave PHDA
- Distribuir o material (ver anexo 6) onde consta a) um pequeno inqueacuterito que
pretende avaliar os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA
b) um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem os diferentes
criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e mobilizariam na
47
organizaccedilatildeo e planeamento de um momento educativo (parte de uma aula)
sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de PHDA
- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema
importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de
informaccedilatildeo a ser partilhada
- Promover um momento de partilha e reflexatildeo conjunta relativamente agrave
informaccedilatildeo partilhada no iniacutecio e no final da formaccedilatildeo
183 Siacutentese geral
A proposta de formaccedilatildeo acima descrita para aplicaccedilatildeo em tempo real com
professores que se proponham agrave inscriccedilatildeo surge porque uma grande amostra da classe
docente ndash como referido anteriormente com base no estudo de Graacutecio Chaleta Cid
Fialho amp Saragoccedila (2011) ndash demonstra a necessidade de formaccedilatildeo na aacuterea da atenccedilatildeo
dos alunos enquanto complemento para intervenccedilatildeo direta com os mesmos Segundo
Selikowitz (2009) atualmente haacute uma noccedilatildeo mais oacutebvia acerca dessa problemaacutetica sendo
que os professores jaacute recebem formaccedilatildeo acadeacutemica nos seus estaacutegios profissionais No
entanto parece natildeo ser suficiente para aplicaccedilatildeo em contexto de sala de aula Deste modo
os professores participando de uma formaccedilatildeo com atividades semelhantes agraves propostas
no programa acima delineado melhorariam as suas teacutecnicas pedagoacutegicas
complementadas com informaccedilatildeo e identificaccedilatildeo de carateriacutesticas de diagnoacutestico de
PHDA
48
2 ESTUDO EMPIacuteRICO METODOLOGIA E ESTRATEacuteGIAS DE
INVESTIGACcedilAtildeO
21 Introduccedilatildeo
O objetivo do estudo decorre da necessidade jaacute referenciada no capiacutetulo anterior
de melhor conhecer as carateriacutesticas causas e formas de intervenccedilatildeo na PHDA Sendo
assim surgiu a partir da revisatildeo da literatura uma proposta de possiacutevel formaccedilatildeo de
professores enquanto estrateacutegia terapecircutica na aacuterea da PHDA
Este estudo combina a investigaccedilatildeo qualitativa com a quantitativa ndash teacutecnica mista
ndash e numa posterior triangulaccedilatildeo de dados que segundo Coutinho (2011) eacute uma forma de
conseguir uma anaacutelise de maior alcance e riqueza Havendo diferenccedilas as mesmas podem
ser usadas como forma de tentar encontrar uma explicaccedilatildeo vaacutelida
De acordo com Bogdan amp Biklen (2013) a investigaccedilatildeo qualitativa apresenta
cinco carateriacutesticas 1) o ambiente natural ndash fonte direta de dados ndash que constitui o
investigador enquanto instrumento principal 2) a descriccedilatildeo dos dados por se
apresentarem sob forma de palavras 3) a importacircncia que o investigador entrega aos
resultados 4) a tendecircncia do investigador analisar os dados de forma indutiva e contiacutenua
5) a importacircncia do significado na abordagem qualitativa No entanto natildeo satildeo todos os
estudos a utilizar as cinco carateriacutesticas acima referidas (Bogdan amp Biklen 2013) Assim
atraveacutes do objeto de investigaccedilatildeo explicar a situaccedilatildeo da questatildeo de partida Acrescentam
que o investigador qualitativo faz desenvolver um sistema de codificaccedilatildeo de modo a
organizar os dados obtidos Para isso eacute necessaacuterio criar categorias de codificaccedilatildeo atraveacutes
de procura de dados da sua regularidade e dos seus padrotildees e toacutepicos Estes dados
permitem a clarificaccedilatildeo dos dados descritivos da investigaccedilatildeo Neste estudo a questatildeo de
investigaccedilatildeo daacute origem a uma categoria especiacutefica ndash pensamentos dos sujeitos sobre
pessoas eou objetos ou seja o alvo de classificaccedilatildeo foram os professores e os alunos
com PHDA
22 Desenho do estudo
As etapas do procedimento iniciam-se com
49
- A pergunta de partida (de investigaccedilatildeo) atraveacutes da anaacutelise e definiccedilatildeo dos
conceitos pretendidos e dos toacutepicos necessaacuterios agrave iniciaccedilatildeo da exploraccedilatildeo Para isso
fazem-se leituras exploratoacuterias sobre a temaacutetica e definem-se os toacutepicos de relevacircncia
suprema para a investigaccedilatildeo avanccedilar
- Depois surge o planeamento da observaccedilatildeo exploratoacuteria em funccedilatildeo dos toacutepicos
devidamente definidos (inventaacuterios por questionaacuterio observaccedilatildeo e seus registos em
fotografia e em viacutedeo e tambeacutem conversas informais de opiniatildeo) e a construccedilatildeo do
modelo de anaacutelise (a quem a quantos onde como etc)
- Prossegue-se para a anaacutelise do problema de investigaccedilatildeo dimensionando o
problema incorporando com a nova informaccedilatildeo teoacuterica e empiacuterica A pesquisa
documental eacute relevante para complementar os dados obtidos com a investigaccedilatildeo no
terreno
23 Participantes
Os participantes deste estudo satildeo 26 professores e 5 alunos do 3ordm ciclo do ensino
baacutesico e secundaacuterio de uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores
Em todo o estudo haveraacute a prevalecircncia de um aluno com 12 anos do sexo
masculino Podia considerar-se um estudo de caso dada a afluecircncia de informaccedilatildeo do
aluno referido e por ter sido escolhido para observaccedilatildeo e filmagem poreacutem natildeo era esse
o objetivo Os outros 4 alunos apenas contribuiacuteram atraveacutes dos instrumentos de avaliaccedilatildeo
entregues por um dos elementos da equipa multidisciplinar (psicoacuteloga) que pediu que
zelasse pelas informaccedilotildees que neles consistissem
As idades dos participantes que responderam aos inventaacuterios por questionaacuterio
estatildeo entre os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino
Os participantes inicialmente seriam um grupo de 70 pessoas (46 do sexo feminino
e 24 do sexo masculino) embora tenham sido recebidos apenas 26 inventaacuterios por
questionaacuterio
50
24 Instrumentos e procedimentos de recolha de dados
No presente estudo realizou-se a recolha de dados utilizando a combinaccedilatildeo de
vaacuterios instrumentos o questionaacuterio a observaccedilatildeo naturalista (fotografia e viacutedeo)
decorrente dos resultados e tambeacutem as conversas informais Utilizaram-se estes
instrumentos para complemento na recolha de informaccedilatildeo e enriquecimento do estudo
em causa
Primeiro foi realizado neste estudo o estabelecimento de contacto com a escola
escolhida para recolha de dados Este contacto foi de faacutecil acesso
Em seguida procedeu-se agrave realizaccedilatildeo de um inqueacuterito por questionaacuterio ndash teacutecnica
de observaccedilatildeo natildeo participante apoiada em questotildees com o objetivo de obter
informaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica abordada ndash a alguns dos professores dessa
escola que foram aplicados posteriormente com o propoacutesito de conhecer as praacuteticas
educativas desses professores mediante presenccedila de alunos com PHDA em contexto de
sala de aula
Apoacutes receccedilatildeo dos questionaacuterios que foram entregues em suporte de papel tratou-
se dos dados dos questionaacuterios sob a forma de graacuteficos com as respetivas percentagens e
anaacutelise textual referente a cada um deles
Nos questionaacuterios aos professores codificaram-se os mesmos sendo os
respondentes designados da seguinte forma P1 ndash P26
Apoacutes esse processo percecionou-se a necessidade de mais instrumentos que
completassem e adicionassem maior informaccedilatildeo Por isso elaborou-se uma autorizaccedilatildeo
para o encarregado de educaccedilatildeo de um aluno com PHDA na qual pedia-se o seu
consentimento para observar fotografar e filmar o aluno em contexto de sala de aula
Codificou-se o observado atraveacutes de SS
Aleacutem disso os outros instrumentos tornaram-se informaccedilatildeo adicional de grande
importacircncia Essas conversas foram codificadas em P1 e P2
Aquando da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios e feita a observaccedilatildeo garantiu-se a
confidencialidade e o anonimato dos respondentes sendo os dados utilizados apenas para
tratamento
241 Inqueacuteritos por Questionaacuterio
51
Os questionaacuterios (ver anexo 12) elaborados pela investigadora tecircm por objetivo
conhecer as medidas utilizadas pelos professores com alunos com PHDA em contexto
de sala de aula pressupondo conseguir obter mais informaccedilotildees acerca do assunto Foi de
administraccedilatildeo direta visto que o preenchimento foi realizado pelos proacuteprios professores
facultando assim as suas informaccedilotildees baseadas em criteacuterios de intervenccedilatildeo do seu dia a
dia Em formato digital teria o benefiacutecio de ser virtual poreacutem natildeo teria tantas respostas
face agrave sua entrega pois em matildeos houve sempre uma conversa e explicaccedilatildeo informais
de modo a explicar e explicitar determinados aspetos fulcrais do questionaacuterio
Foram entregues 70 questionaacuterios poreacutem apenas 26 responderam (e entregaram)
os mesmos
Como resultado da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios aos professores realizou-se a
anaacutelise dos mesmos sendo possiacutevel obter alguns elementos relevantes
O grupo de professores eacute constituiacutedo por 26 respondentes (1 com 23 anos 1 com
34 anos 2 com 35 anos 3 com 36 anos 2 com 37 anos 6 com 40 anos 2 com 41 anos 1
com 42 anos 1 com 43 anos 1 com 45 anos 1 com 46 anos 1 com 48 anos 1 com 49
anos 1 com 52 anos 1 com 57 anos e 1 sem colocar a idade) ndash rondando as idades entre
os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino
25 Caracterizaccedilatildeo dos participantes
Geacutenero (ver anexo 17)
No graacutefico que se segue verifica-se que o sexo feminino foi o maior respondente
aos questionaacuterios (81) tendo aderido e respondido 19 de elementos do sexo
masculino No entanto este resultado seria previsiacutevel pois foram entregues 46
questionaacuterios ao sexo feminino e 24 ao sexo masculino
Idade (ver anexo 17)
Dos 26 questionaacuterios recebidos a prevalecircncia assoberbada foi dos professores
com idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos (54) Os professores com idades
entre os 30 e os 39 compreendem 31 da populaccedilatildeo alvo A classe docente com mais de
52
50 anos corresponde a 7 dos respondentes 4 tem apenas entre 20 e 29 anos e outros
4 natildeo colocou a idade
26 Anaacutelise dos resultados do inqueacuterito por questionaacuterio
1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)
(ver anexo 18)
Segundo os questionaacuterios os resultados estatildeo muito proacuteximos quanto agrave presenccedila de
alunos com PHDA nas salas de aula dos professores respondentes No entanto a maioria
natildeo tem alunos com PHDA (54)
11 Se sim quais as suas maiores dificuldades (ver anexo 18)
Os professores respondentes tecircm claramente maior dificuldade em gerir a
concentraccedilatildeo e o comportamento dos alunos com PHDA (58) poreacutem haacute outros fatores
tais como arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar a distraccedilatildeo (17) e a presenccedila de
subestima inferioridade tristeza desconfianccedila ansiedade e descrenccedila nesses alunos
(8) Uma reduzida percentagem de professores natildeo justificou as suas dificuldades
(17)
2 Tem conhecimentos acerca da PHDA (ver anexo 18)
Apesar da maioria dos professores respondentes natildeo ter alunos com PHDA inseridos nas
suas salas de aula o facto eacute que 54 possui conhecimentos acerca da problemaacutetica
envolvida em todo o estudo PHDA Os outros 46 refere natildeo ter conhecimentos na aacuterea
21 Se sim quais (ver anexo 18)
Dos professores respondentes que referiram os seus conhecimentos na PHDA 50
domina as carateriacutesticas gerais dos alunos (concentraccedilatildeo execuccedilatildeo de tarefas etc) e
atitudes a tomar Quanto aos conhecimentos gerais adquiridos atraveacutes de por exemplo
53
documentaacuterios foram 15 a afirmaacute-lo Cerca de 14 dos professores tem conhecimento
dos criteacuterios de diagnoacutestico e de intervenccedilatildeo Cerca de 7 natildeo evidencia quaisquer
conhecimentos outros 7 evidencia algunspoucos conhecimentos E outros 7 natildeo
considera que a falta de empenho ou o comportamento seja resultado da educaccedilatildeo
parental
3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na
atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais (ver
anexo 18)
Uma grande maioria dos professores respondentes (73) referiu que identifica alunos
com PHDA Os restantes 27 natildeo identificam a problemaacutetica
31 Caso a sua resposta seja negativa justifique (ver anexo 18)
Os resultados desta questatildeo presente no questionaacuterio foram muito semelhantes
sendo que 29 tem dificuldade em assimilar a identificaccedilatildeo de alunos com PHDA outros
29 natildeo tecircm conhecimentos logo natildeo o conseguem fazer 28 da populaccedilatildeo alvo natildeo
tem formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA e 14 refere que o facto de haver a possibilidade de
outras problemaacuteticas associadas poderaacute influenciar a identificaccedilatildeo desses alunos
4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas
suas praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula (ver anexo 18)
De salientar que 58 dos respondentes respondeu que constroacutei materiais para os seus
alunos serem incluiacutedos em sala de aula O oposto tambeacutem se verificou com 38 das
respostas Sem resposta 4
41 Se natildeo por que natildeo o faz (ver anexo 18)
Os valores satildeo muito proacuteximos rondando os 10 e os 20 natildeo terem oportunidade
para construccedilatildeo de tais instrumentos natildeo ter alunos com PHDA nas suas turmas natildeo
54
sentir necessidade de diferenciar os materiais natildeo ter conhecimento de estrateacutegias
sobrecarga de horaacuterio escolar e sem resposta
5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos
alunos com PHDA (ver anexo 18)
A maioria dos respondentes (54) referiu que organiza o plano de aula de acordo
com as dificuldades de tais alunos Haacute professores a natildeo organizar o plano de aula (42)
e apenas 4 que natildeo responde agrave questatildeo
51 Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos (ver anexo 18)
A grande maioria dos respondentes (46) refere natildeo ter alunos com PHDA Dos
professores que tentam ultrapassar essas dificuldades com os seus alunos 36 faz gestatildeo
individual da situaccedilatildeonecessidade do (s) aluno (s) Os professores solicitam que esses
alunos participem afincadamente nas tarefas (9) Os restantes 9 elabora um plano
geral sem diferenciaccedilotildees para alunos com PHDA
6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA juntos dos
intervenientes no processo educativo do aluno (ver anexo 18)
Uma parte significativa dos respondentes refere que avalia o progresso dos alunos
com PHDA (58) no entanto 31 natildeo o faz Sem resposta foram os restantes 11
61 Se sim quais (ver anexo 18)
O diretor de turma eacute o interveniente de maior procura com 25 Segue-se com 17
o professor de educaccedilatildeo especial Depois com 13 o conselho de turma e outros 13
com o encarregado de educaccedilatildeo Com 8 apelam ao SPO Os outros 8 natildeo tecircm
resposta 4 com o professor de Educaccedilatildeo Moral Religiosa e Catoacutelica (EMRC) 4 pede
auxiacutelio apenas quando os alunos jaacute tecircm diagnoacutestico de PHDA outros 4 quando satildeo
acompanhados pelo SPO e ainda outros 4 que apenas procuram ajuda para gestatildeo do
comportamento dos alunos com PHDA
55
611 Maioritariamente quem (ver anexo 18)
Confirma-se como no graacutefico anterior que o diretor de turma eacute o interveniente de
maior procura (40) seguido do psicoacutelogo (27) do encarregado de educaccedilatildeo (17)
do professor de educaccedilatildeo especial (10) do professor de EMRC (3) Sem resposta
3 Apesar da prevalecircncia do diretor de turma o facto eacute que cada um dos elementos da
equipa exerce o seu papel ao proporcionar a melhor educaccedilatildeo possiacutevel agrave crianccedila
(Selikowitz 2009)
62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de
integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem (ver anexo 18)
A maioria dos respondentes (58) refere que os professores devem envolver-se nas
tarefasatividades dos alunos com PHDA 23 natildeo tem opiniatildeo formada e os restantes
19 natildeo consideram esse o seu papel educativo
Se sim justifique (ver anexo 18)
Cerca de 34 dos professores respondentes consideram que devem participar no
processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do aluno com PHDA enquanto interveniente
ativo no processo de aprendizagem Outros 33 sugerem maior apoio Apesar dessa
participaccedilatildeo 7 considera que a intervenccedilatildeo sistemaacutetica deve ser parte essencial do SPO
A rentabilizaccedilatildeo do aproveitamento cumpre 13 Os restantes 13 natildeo deram resposta
7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA
(ver anexo 18)
Confirmando os dados anteriores a percentagem eacute superior quanto agrave importacircncia da
formaccedilatildeo de professores na aacuterea da PHDA (80) Apenas 20 natildeo considera necessaacuteria
formaccedilatildeo especializada
71 Se natildeo porquecirc (ver anexo 18)
56
Dos anteriores 20 que mencionam a natildeo formaccedilatildeo 50 justifica com a razatildeo de
ausecircncia de formaccedilatildeo na regiatildeo Os outros 50 considera que existe equipa especializada
para intervir com alunos com PHDA
72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar (ver anexo 18)
A maioria dos respondentes natildeo fez quaisquer consideraccedilotildeessugestotildees para a
praacutetica de formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA para melhoria das teacutecnicas de ensino com esses
alunos o que parece indicar que os professores natildeo tecircm conhecimento sobre a PHDA
natildeo tendo informaccedilotildees suficientes para sugerir nos questionaacuterios Essa ausecircncia de
resposta natildeo implica desinteresse ateacute porque ldquomuitos deles querem obter informaccedilatildeo
acerca dela (PHDA) quando datildeo conta que tecircm um aluno com esta perturbaccedilatildeordquo
(Selikowitz 2009)
Um dos respondentes (4) refere assim como Selikowitz (2009) que muitos
departamentos de ensino lanccedilam (deviam lanccedilar) brochuras com orientaccedilotildees e informaccedilatildeo
sobre PHDA para professores
27 A Observaccedilatildeo
Apoacutes os resultados dos inqueacuteritos por questionaacuterio sentiu-se a necessidade de
partir para a observaccedilatildeo naturalista com o objetivo de complementar as informaccedilotildees
obtidas A partir dos objetivos do estudo e do problema inicial selecionaram-se as
unidades de anaacutelise e de observaccedilatildeo e tambeacutem os toacutepicos de exploraccedilatildeo e organizaccedilatildeo
de informaccedilatildeo descritiva Depois elaborou-se uma ficha de autorizaccedilatildeo para o
encarregado de educaccedilatildeo do aluno escolhido para a observaccedilatildeo referida (ver anexo 13)
No entanto foram feitas apenas as seguintes observaccedilotildees (ver anexo 14) uma observaccedilatildeo
em contexto de situaccedilatildeo de sala de aula teoacuterica com registo fotograacutefico outra em aula
praacutetica (Educaccedilatildeo Fiacutesica) (gravaccedilatildeo de viacutedeo) e por fim no recreio (uma situaccedilatildeo nesse
contexto) (registo fotograacutefico) Foi escolhido apenas um aluno com PHDA tendo em
conta os testemunhos dos teacutecnicos que trabalham diretamente com o aluno Conotaram
maior particularidade a esse aluno e aos resultados que dele suscitariam Modificou-se
entatildeo a trajetoacuteria social e teacutecnica tendo-se alargado os elementos de estudo para
completamento do mesmo
57
A observaccedilatildeo permitiu tambeacutem identificar as maiores dificuldades dos proacuteprios
alunos com PHDA em contexto escolar Exemplo disso eacute a ficha que o aluno observado
estava a realizar com a colega em contexto de sala de aula que demonstrou alguma
desatenccedilatildeo (ver anexo 15)
Sendo assim a observaccedilatildeo conseguiu consolidar e acentuar os resultados
demonstrando-se pertinente face aos dados jaacute existentes Permitiu percecionar-se a
dificuldade que de facto os professores tecircm em lecionar uma turma na qual esteja (m)
inserido (s) aluno (s) com PHDA pois o (s) mesmo (s) exige (m) maior atenccedilatildeo sobre a
sua desatenccedilatildeo
28 Outros instrumentos
Aleacutem dos instrumentos de maior dimensatildeo fez-se pesquisa documental de 5
alunos e utilizaram-se instrumentos complementares atraveacutes de fichas de elementos
fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno (ver anexo 16) De acordo com
os 5 alunos participantes sugeridos por um dos elementos da equipa multidisciplinar (eg
psicoacuteloga) os professores contrastam opiniotildees semelhantes como refere a anaacutelise de
conteuacutedo (ver anexo 17) Segundo P1 os alunos em geral tecircm dificuldade em controlar
o comportamento incapacidade em focar a atenccedilatildeo e reter a informaccedilatildeo Aleacutem disso tecircm
desadequaccedilatildeo de conduta e de inibiccedilatildeo da atenccedilatildeo e da concentraccedilatildeo No entanto refere
que as mesmas podem ser desenvolvidas com trabalho Alguns alunos tecircm tiques Outros
por terem pertubaccedilotildees especiacuteficas de aprendizagem (PEA) podem agravar os sintomas
anteriores Outro aspeto relevante eacute a incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo A
medicaccedilatildeo pode influenciar as melhorias comportamentais dos alunos poreacutem alguns
continuam inquietos e impulsivos Quanto P2 o mesmo menciona a dificuldade no
controlo dos impulsos podendo demonstrar atos agressivos sem maldade Refere um
dos alunos com PHDA como ldquomeigo e atenciosordquo no entanto egoiacutesta preferindo os
trabalhos individuais Partilha da mesma opiniatildeo de P1 quanto aos tiques
29 Limitaccedilotildees
De acordo com as limitaccedilotildees do estudo eacute de esperar que se refira primeiramente
a pouca adesatildeo dos professores na entrega dos questionaacuterios devidamente preenchidos
58
isto eacute embora se tenha procedido agrave entrega de 70 questionaacuterios apenas foram devolvidos
26 Dos 26 referidos alguns professores natildeo responderam a questotildees de elevada
importacircncia e uma grande maioria natildeo apresentou sugestotildees para eventuais estrateacutegias
com alunos com PHDA deixando portanto espaccedilos em branco
Aleacutem disso as observaccedilotildees dado o escasso tempo de investigaccedilatildeo natildeo
permitiram que a investigadora as realizasse a mais do que um aluno e de modo
sistemaacutetico em mais do que um contexto
210 Siacutentese final
Toda a investigaccedilatildeo pretende desenvolver de modo a implementar futuramente
a filosofia inclusiva atraveacutes de formaccedilatildeo especializada para intervenccedilatildeo adequada com
alunos com PHDA (e com alunos NEE em geral) A formaccedilatildeo NEE em outros paiacuteses eacute
de significativa preocupaccedilatildeo ao contraacuterio de em Portugal pois o Decreto-Lei revigorou
o Artigo 15ordm Ponto 2 do Decreto-Lei nordm 34489 de 11 de Outubro que determinava que
os cursos regulares de formaccedilatildeo de educadores de infacircncia e de professores do ensino
baacutesico e secundaacuterio devem incluir preparaccedilatildeo inicial no campo da educaccedilatildeo especial
(Correia 2013) O estudo efetuado trouxe a perceccedilatildeo real de necessidade de preparaccedilatildeo
dos agentes educativos neste caso os professores para adquirirem aptidotildees de
identificaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na PHDA Por isso torna-se relevante que as instituiccedilotildees de
ensino superior insiram unidades curriculares com planos de estudo referentes agraves NEE
Caso essa situaccedilatildeo natildeo surja a instituiccedilatildeo onde o docente exerce funccedilotildees deve segundo
Correia (citado por Correia et al 1997 p 162) desenvolver formaccedilotildees de meacutedia duraccedilatildeo
jornadas de trabalho mesas-redondas ciclos de conferecircncias coloacutequios simpoacutesios
congressos e seminaacuterios
59
CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES
O estudo apresentado visou identificar os conhecimentos e as estrateacutegias dos
professores de alunos com PHDA em contexto de sala de aula Para tal selecionou-se
uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores
Nesta escola procedeu-se agrave recolha de dados e opiniotildees a partir dos questionaacuterios
aos professores e da observaccedilatildeo filmagem e fotografia a um aluno com PHDA conversas
informais a teacutecnicos e acesso a instrumentos de avaliaccedilatildeo a alguns alunos com PHDA
Os meacutetodos de recolha de dados aplicados aos grupos de participantes pretenderam
verificar o devido ponto de vista em relaccedilatildeo ao assunto em anaacutelise
No que se refere ao objetivo foi possiacutevel identificar elementos que conferem
credibilidade ao estudo com os inventaacuterios por questionaacuterio e na perspetiva da
observaccedilatildeo naturalista que visa explicar o porquecirc e o para quecirc atraveacutes do como (Estrela
2008)
Constatou-se deste modo a necessidade de maior recetividade dos professores
de menor defesaresistecircncia por parte dos mesmos em aplicar as medidas do PEI ndash
fundamentais para o sucesso escolar desses alunos sendo que quando natildeo beneficiam
dessas medidas o insucesso escolar e desmotivaccedilatildeo acrescem ndash e da maior
disponibilidade e cooperaccedilatildeo entre a equipa multidisciplinar Haacute que perceber portanto
o quatildeo beneacutefico eacute o trabalho em cooperaccedilatildeo entre teacutecnicos e professores com o objetivo
de melhor encontrar as estrateacutegias para utilizaccedilatildeo com os alunos com PHDA Eacute de
salientar a sensibilidade da investigadora para a aacuterea da Educaccedilatildeo Especial pois a mesma
tem formaccedilatildeo na aacuterea
No entanto e apesar da grande parte haacute professores interessados em aprender e
aplicar as estrateacutegias que surgem no seu contexto educativo para acompanhar e assim
compreender e intervir com esses alunos como referem os resultados obtidos atraveacutes da
investigaccedilatildeo
Deixam-se algumas recomendaccedilotildees 1) Os professores deveratildeo proceder agrave sua
incriccedilatildeo em formaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica da PHDA aderindo agraves mesmas de
modo a aplicar as estrateacutegias corretas na praacutetica escolar 2) Haacute ainda para praacutetica dessas
estrateacutegias a necessidade de elaboraccedilatildeo de materiais adequados como os sugeridos no
60
presente trabalho 3) A escola utilizada para o estudo deveraacute promover accedilotildees de
formaccedilatildeo na aacuterea destinadas aos intervenientes com alunos com PHDA 4) Quanto aos
recursos humanos satildeo necessaacuterias mais turmas e mais professores sendo que muitas
vezes haacute turmas com mais do que um (ou mais) aluno (s) por turma o que natildeo auxilia
nas praacuteticas e no desenvolvimento das mesmas
Sugere-se que num proacuteximo estudo relacionado com a temaacutetica se utilizem mais
escolas como referecircncia e alunos para a observaccedilatildeo sistemaacutetica Pois atraveacutes dos dados
conseguidos natildeo eacute possiacutevel fazer generalizaccedilotildees pensando sempre nas exceccedilotildees ndash de
escola para escola de aluno para aluno de meacutetodo para meacutetodo
Relacionados com a temaacutetica eacute possiacutevel desenvolver-se artigos cientiacuteficos na aacuterea
da PHDA enquanto ferramenta de trabalho rotineiro para os professores Propotildee-se que
se apresente o projeto da presente dissertaccedilatildeo pelas escolas da Regiatildeo Autoacutenoma dos
Accedilores de modo a aprofundar o tema estudado
61
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65
ANEXOS
66
Anexo 1 ndash Exemplos de contratos de comportamento
67
Exemplo de contrato com aluno com PHDA
Retirado de Correia 2013 p 181
68
Retirado de Beane (2006)
69
Anexo 2 ndash Exemplo de contratos de etiquetas
70
CONTRATO DE ETIQUETAS
Recebes uma etiqueta cada vez
que___________________________________________________
No entanto se te comportares
mal em seguida
__________________________________________
Quando conseguires ________________ etiquetas na tua carta podes
Adaptado de Parker 1994 p 121
71
Anexo 3 ndash Fichas de sinalizaccedilatildeo
72
FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO
I - PEDIDO DE AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA
1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO
Identificaccedilatildeo do Aluno
Nome
Data de Nascimento Idade
Morada Tel
Nome do Pai Idade
Nome da Matildee Idade
Encarregado de Educaccedilatildeo
a
Idade
Grau de Parentesco
Morada Tel
Situaccedilatildeo Escolar do Aluno
Estabelecimento de Ensino
Situaccedilatildeo Escolar
3ordm CEB Ano Turma
Ens Secundaacuterio Ano Turma
73
Outra modalidade de ensino
Professor Titular Diretor de Turma
Percurso Escolar do Aluno
Aspectos relevantes da histoacuteria escolar
Nuacutemero de retenccedilotildees Anos de escolaridade em que ocorreram
Foi elaborado Plano Individual (PI) Sim Natildeo
Beneficiou do Regime de Apoio Educativo Sim Natildeo
Se assinalou sim indicar modalidades de apoio aplicadas
Beneficiou do Regime Educativo Especial Sim Natildeo
Se assinalou sim indicar respostas educativas aplicadas
Estrateacutegias pedagoacutegicas jaacute implementadas para minimizar as dificuldades apresentadas
Na sala de aula Sim Natildeo
Se assinalou sim indique quais
Flexibilizaccedilatildeo de curriacuteculo Sim Natildeo
Se assinalou sim indique em que aacutereasdisciplinas
Planificaccedilotildees e ensino individualizado Sim Natildeo
Se assinalou sim indique qual
Outros
74
2 MOTIVO DO PEDIDO DE SINALIZACcedilAtildeO
Suspeita de alteraccedilotildees de caraacutecter permanente nos seguintes domiacutenios
(assinale com X onde considera haver alteraccedilotildees mais acentuadas)
Sensoriais Visatildeo
Audiccedilatildeo
Cognitivo
Comunicacional
EmocionalPersonalidade
Motor
Sauacutede Fiacutesica - Diagnoacutestico meacutedico
Especificar algum aspecto que considere pertinente
3 CARACTERIZACcedilAtildeO DAS DIFICULDADES DO ALUNO (indicadores de desempenho
por referecircncia agrave CIF-CJ 1)
(Assinale com X apenas o que considerar relevante para a caracterizaccedilatildeo)
d110 Observar
d115 Ouvir
d120 Outras percepccedilotildees sensoriais intencionais
d130 Imitar
d131 Aprender atraveacutes da interacccedilatildeo com os objectos
d132 Adquirir informaccedilatildeo
d133 Adquirir linguagem
d134 Adquirir linguagem adicional
d135 Ensaiar (Repetir)
d137 Adquirir conceitos
75
d140 Aprender a ler
d145 Aprender a escrever
d150 Aprender a calcular
d155 Adquirir competecircncias
d160 Concentrar a atenccedilatildeo
d161 Dirigir a atenccedilatildeo
d163 Pensar
d166 Ler
d170 Escrever
d172 Calcular
d175 Resolver problemas
d177 Tomar decisotildees
d210 Realizar uma uacutenica tarefa
d220 Realizar tarefas muacuteltiplas
d230 Realizar a rotina diaacuteria
d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas
d250 Gerir o proacuteprio comportamento
d310 Comunicar e receber mensagens orais
d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais
d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem gestual
d325 Comunicar e receber mensagens escritas
d330 Falar
d331 Produccedilotildees preacutendashlinguiacutesticas
d332 Cantar
d335 Produzir mensagens natildeo verbais
d340 Produzir mensagens usando linguagem gestual
d345 Escrever mensagens
d350 Conversaccedilatildeo
d355 Discussatildeo
d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de comunicaccedilatildeo
d410 Mudar a posiccedilatildeo baacutesica do corpo
d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo
d420 Auto-transferecircncias
d430 Levantar e transportar objectos
d435 Mover objectos com os membros inferiores
d440 Movimentos finos da matildeo
d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo
d450 Andar
d455 Deslocar-se
d510 Lavar-se
d520 Cuidar de partes do corpo
76
d530 Cuidados relacionados com os processos de excreccedilatildeo
d540 Vestir-se
d550 Comer
d560 Beber
d570 Cuidar da proacutepria sauacutede
d571 Cuidar da proacutepria seguranccedila
d630 Preparar refeiccedilotildees
d640 Realizar as tarefas domeacutesticas
d650 Cuidar dos objectos da casa
d660 Ajudar os outros
d710 Interacccedilotildees interpessoais baacutesicas
d720 Interacccedilotildees interpessoais complexas
d730 Relacionamento com estranhos
d740 Relacionamento formal
d750 Relacionamentos sociais informais
d760 Relacionamentos familiares
d770 Relacionamentos iacutentimos
d810 Educaccedilatildeo informal
d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar
d820 Educaccedilatildeo escolar
d825 Formaccedilatildeo profissional
d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)
___________________
1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens
(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do
Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do
Porto)
4 FACTORES AMBIENTAIS
Identificar factores do ambiente escolar familiar social ou outro que poderatildeo estar a
Factores
Constituir barreira ao desempenho
do aluno
Facilitar ou ajudar o desempenho do aluno
Familiar
Escolar
77
Social
Outros
5 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES QUE CONSIDERE NECESSAacuteRIO DESCREVER
6 INTERVENIENTES NO PROCESSO DE SINALIZACcedilAtildeO
Data de Preenchimento Responsaacutevel pela sinalizaccedilatildeo
Tomada de conhecimento pelo Enc Educaccedilatildeo Ass
Recepccedilatildeo no Conselho Executivo Ass
Entrega ao Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo Ass
Entrega ao Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial Ass
7 O ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO
Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada
Natildeo Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada
Proponho
Assinatura
78
II - ANAacuteLISE E REFLEXAtildeO DA FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO
1 TOMADA DE DECISAtildeO
a) Natildeo se confirma a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada
Encaminhamento
b) Confirma-se a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada
2 PLANIFICACcedilAtildeO DA AVALIACcedilAtildeO
Componentes Categorias a avaliar Quem avalia Calendarizaccedilatildeo
Funccedilotildees do
Corpo
79
Actividades e
Participaccedilatildeo
Factores
Ambientais
Observaccedilotildees
3 A EQUIPA PLURIDISCIPLINAR DE AVALIACcedilAtildeO
Indicaccedilatildeo do Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo
Nome Cargo
Docente Titular Director de Turma Ass
Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass
Psicoacutelogo Ass
80
Encarregado de Educaccedilatildeo Ass
Outros Intervenientes
Ass
Ass
Ass
Ass
81
82
83
Anexo 4 ndash Testes de Atenccedilatildeo (d2)
84
85
86
87
88
89
90
Anexo 5 ndash Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegicos (RTP)
91
RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO
O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela
equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo
referencial CIF- 1 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo
promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment
1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO
Identificaccedilatildeo do Aluno
Nome e Nordm
Data de Nascimento Idade
Morada Telefone
Nome do Pai Idade
Nome da Matildee Idade
Encarregado de Educaccedilatildeo
a
Idade
Grau de Parentesco
Morada Telefone
Outras informaccedilotildees pertinentes
1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)
92
Situaccedilatildeo Escolar do Aluno
Estabelecimento de Ensino
Situaccedilatildeo Escolar
3ordm CEB Ano Turma
Professor Titular Director de Turma
Percurso Escolar do Aluno
2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA
Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo
Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo
Nome
Cargo
Docente TitularDiretor de Turma
Docente da Educaccedilatildeo Especial
Psicoacutelogo
Outros intervenientes
93
Instrumentos utilizados
1 Funccedilotildees do Corpo
2 Atividade e participaccedilatildeo
3 Fatores ambientais
3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)
SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES
AMBIENTAIS
FUNCcedilOtildeES DO CORPO
QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9
Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos
(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas
funccedilotildees ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou
uma perda
0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada
3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel
CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS
(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)
b110 Funccedilotildees da consciecircncia
b114 Funccedilotildees da orientaccedilatildeo no espaccedilo e no tempo
b117 Funccedilotildees intelectuais
b122 Funccedilotildees psicossociais globais
b126 Funccedilotildees do temperamento e da personalidade
b130 Funccedilotildees da energia e dos impulsos
b134 Funccedilotildees do sono
(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)
b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo
b144 Funccedilotildees da memoacuteria
b147 Funccedilotildees psicomotoras
b152 Funccedilotildees emocionais
b156 Funccedilotildees da perceccedilatildeo
b160 Funccedilotildees do pensamento
94
b164 Funccedilotildees cognitivas de niacutevel superior
b167 Funccedilotildees mentais da linguagem
b172 Funccedilotildees do caacutelculo
b176 Funccedilotildees mentais para a sequecircncia de movimentos
complexos
CAPIacuteTULO 3 ndash FUNCcedilOtildeES DA VOZ E DA FALA
b310 Funccedilotildees da voz
b320 Funccedilotildees de articulaccedilatildeo
b330 Funccedilotildees de fluecircncia e do ritmo da fala
b340 Funccedilotildees de outras formas de vocalizaccedilatildeo
b398 Funccedilotildees da voz e da fala outras especificadas
CAPIacuteTULO 7 ndash FUNCcedilOtildeES NEUROMUSCULOESQUELEacuteTICAS E FUNCcedilOtildeES RELACIONADAS COM O MOVIMENTO
b710 Funccedilotildees relacionadas com a mobilidade das
articulaccedilotildees
b715 Estabilidade das funccedilotildees das articulaccedilotildees
b730 Funccedilotildees relacionadas com a forccedila muscular
b735 Funccedilotildees relacionadas com o toacutenus muscular
b740 Funccedilotildees relacionadas com a resistecircncia muscular
b750 Funccedilotildees relacionadas com reflexos motores
b755 Funccedilotildees relacionadas com reaccedilotildees motoras
involuntaacuterias
b760 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov
voluntaacuterio
b765 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov
involuntaacuterio
b770 Funccedilotildees relacionadas com o padratildeo de marcha
b780 Funccedilotildees relacionadas c os muacutesculos e funccedilotildees do
movimento
ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO
QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9
Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo
Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real
Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na
execuccedilatildeo das mesmas
0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada
3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel
95
CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS
d110 Observar
d115 Ouvir
d120 Outras perceccedilotildees sensoriais intencionais
d130 Imitar
d131 Aprender atraveacutes da interaccedilatildeo com os objetos
d132 Adquirir informaccedilatildeo
d133 Adquirir linguagem
d134 Desenvolvimento da linguagem
d135 Ensaiar
d137 Adquirir conceitos
d140 Aprender a ler
d145 Aprender a escrever
d150 Aprender a calcular
d155 Adquirir competecircncias
d160 Concentrar a atenccedilatildeo
d161 Dirigir a atenccedilatildeo
d163 Pensar
d166 Ler
d170 Escrever
d172 Calcular
d175 Resolver problemas
d177 Tomar decisotildees
CAPIacuteTULO 2 ndash TAREFAS E EXIGEcircNCIAS GERAIS
d210 Levar a cabo uma tarefa uacutenica (quando as atividades
satildeo do interesse do aluno este faacute-las sozinho)
d220 Levar a cabo tarefas muacuteltiplas
d230 Levar a cabo a rotina diaacuteria
d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas
d250 Controlar o seu proacuteprio comportamento
CAPIacuteTULO 3 ndash COMUNICACcedilAtildeO
d310 Comunicar e receber mensagens orais
d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais
d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem
gestual
d325 Comunicar e receber mensagens escritas
d330 Falar
d331 Produccedilotildees Preacute-linguiacutesticas
d332 Cantar
d335 Produzir mensagens natildeo verbais
d340 Produzir mensagens na linguagem formal dos sinais
d345 Escrever mensagens
96
d350 Conversaccedilatildeo
d355 Discussatildeo
d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de
comunicaccedilatildeo
CAPIacuteTULO 4 ndash MOBILIDADE
d410 Mudar as posiccedilotildees baacutesicas do corpo
d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo
d420 Autotransferecircncias
d430 Levantar e transportar objetos
d435 Mover objetos com os membros inferiores
d440 Atividades de motricidade fina da matildeo
d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo
d450 Andar
d455 Deslocar-se
CAPIacuteTULO 5 ndash AUTO-CUIDADOS
d510 Lavar-se
d520 Cuidar de partes do corpo
d530 Higiene pessoal relacionada com as excreccedilotildees
d540 Vestir-se
d550 Comer
d560 Beber
d570 Cuidar da sua proacutepria sauacutede
d571 Cuidar da sua proacutepria seguranccedila
CAPIacuteTULO 6 ndash VIDA DOMEacuteSTICA
d630 Preparar refeiccedilotildees
d640 Realizar o trabalho domeacutestico
d650 Cuidar dos objetos domeacutesticos
d660 Ajudar os outros
CAPIacuteTULO 7 ndash INTERACcedilOtildeES E RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS
d710 Interaccedilotildees interpessoais baacutesicas
d720 Interaccedilotildees interpessoais complexas
d730 Relacionamento com estranhos
d740 Relacionamento formal
d750 Relacionamentos sociais informais
d760 Relacionamentos familiares
d770 Relacionamentos iacutentimos
CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA
d810 Educaccedilatildeo informal
d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar
d820 Educaccedilatildeo escolar
d825 Formaccedilatildeo profissional
d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)
97
FATORES AMBIENTAIS
QUALIFICADORES Barreira
ou
Facilitador
0 1 2 3 4 8 9
Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social
e atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua
vida
As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto
barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com
(bull) se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se
a estaacute a considerar como facilitador
Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor
que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os
seguintes qualificadores
0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro
2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave
4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo
aplicaacutevel
CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA
e110 Para consumo pessoal (medicamentos)
e115 Para uso pessoal na vida diaacuteria
e120 Para facilitar a mobilidade e o
transporte pessoal
e125 Para a comunicaccedilatildeo
e130 Para a educaccedilatildeo
e135 Para o trabalho
e140 Para a cultura a recreaccedilatildeo e o
desporto
CAPIacuteTULO 2 ndash AMBIENTE NATURAL E MUDANCcedilAS AMBIENTAIS FEITAS PELO HOMEM
e225 Clima
e240 Luz
e250 Som
CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS
e310 Famiacutelia proacutexima
e315 Famiacutelia alargada
e320 Amigos
e325 Conhecidos pares colegas vizinhos e
membros da comunidade
e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade
e340 Prestadores de cuidados pessoais e
assist pessoais
e355 Profissionais de sauacutede
e360 Outros profissionais
CAPIacuteTULO 4 ndash ATITUDES
e410 Atitudes individuais dos membros da
famiacutelia proacutexima
e415 Atitudes individuais dos membros da
famiacutelia alargada
98
e420 Atitudes individuais dos amigos
e425 Atitudes individuais de conhecidos
pares colegas e membros da
comunidade
e430 Atitudes individuais de pessoas em
posiccedilatildeo de autoridade
e445 Prestadores de cuidados pessoais e
assist pessoais
e450 Atitudes individuais de profissionais de
sauacutede
e455 Atitudes individuais de outros
profissionais
CAPIacuteTULO 5 ndash SERVICcedilOS SISTEMAS E POLIacuteTICAS
e515 Relacionados com a arquitetura e a
construccedilatildeo
e540 Relacionados com os transportes
e570 Relacionados com a seguranccedila social
e575 Relacionados com o apoio social geral
e580 Relacionados com a sauacutede
NOTA Deveratildeo ser eliminados os itens natildeo selecionados
4 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES
5 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA
a) Natildeo se confirma a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial
Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo
De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo Especial o
perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) natildeo remete para a integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo
Especial uma vez que natildeo existem graves limitaccedilotildees ou incapacidades nas suas Funccedilotildees do Corpo que
expliquem o seu niacutevel atual de desempenho na Atividade e Participaccedilatildeo
SugestotildeesRecomendaccedilotildees
99
b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial
Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo
De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo
Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime
de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e
estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando
necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena
Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas
necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que
deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI
Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em
consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos
diferentes domiacutenios
TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS
Sensorial
Motor Cognitivo
Emocional
Personalidade
Sauacutede
Fiacutesica
Comunicaci
onal Audiccedilatildeo Visatildeo
6 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)
REGIME EDUCATIVO ESPECIAL
a) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO
Especificar
b) ADEQUACcedilOtildeES
CURRICULARES
Adequaccedilotildees curriculares individuais
Turma com um projeto curricular adaptado
100
c) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE MATRIacuteCULA
Especificar
d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO
Especificar
e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA
Especificar
f) ADAPTACcedilOtildeES MATERIAIS E DE EQUIPAMENTOS ESPECIAIS DE COMPENSACcedilAtildeO
Especificar
g) CURRIacuteCULO
ESPECIacuteFICO
INDIVIDUAL
Desenvolvido em turma do ensino regular
Especificar
Desenvolvido em unidade especializada com curriacuteculo adaptado
Ocupacional
Socioeducativa
Transiccedilatildeo para a Vida Ativa
Educaccedilatildeo de Surdos
Educaccedilatildeo de alunos cegos e com baixa visatildeo
Educaccedilatildeo de alunos com paralisia cerebral e multideficiecircncia
Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do
espectro do autismo
Com Programa Especiacutefico do REE (cf nordm 6 do artordm 48ordm do RGAPA)
Ocupacional
Socioeducativo
Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional
Preacute-Profissionalizaccedilatildeo
Com Outro Programa (anexar curriacuteculo)
Especificar
101
(outras informaccedilotildees pertinentes)
7 DOCUMENTOS EM ANEXO
Sim Natildeo
Se sim quais
8 OBSERVACcedilOtildeES
9 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO
TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO
Docente Titular Diretor de Turma Ass
Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass
Psicoacutelogo Ass
Outros intervenientes
Ass
Ass
Ass
10 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO
Concordo com o encaminhamento proposto
102
Natildeo concordo com o encaminhamento proposto
Proponho
Assinatura
11 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO
Assinatura
103
RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO
O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela
equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo
referencial CIF- 2 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo
promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment
CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO
Identificaccedilatildeo do Aluno
Nome e Nordm
Data de Nascimento 15042002 Idade 13 anos
Morada Telefone
Nome do Pai Idade 38 anos
Nome da Matildee Idade 40 anos
Encarregado de Educaccedilatildeo
a
Idade 40 anos
Grau de Parentesco Matildee
Morada Telefone
Outras informaccedilotildees pertinentes
Situaccedilatildeo Escolar do Aluno
Estabelecimento de Ensino
2 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)
104
Situaccedilatildeo Escolar
3ordm CEB Ano 7 Turma F
Professor Titular Diretor de Turma
Percurso Escolar do Aluno
Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas dificuldades ao niacutevel
da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB no ano letivo 20082009 no iniacutecio
do 2ordm ano (20092010) foi realizado relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico o comeccedilou a beneficiar
de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou retido no 3ordm ano Em
20112012 o aluno foi transferido para a escola onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos
relativos ao 3ordm ano isto em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo seguinte (20122013) o aluno
foi sinalizado e realizado um relatoacuterio-teacutecnico-pedagoacutegico onde foi realizada avaliaccedilatildeo
Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo Integrou o 2ordm
CEB em 20132014 na Escola Baacutesica onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas
Salientar que no 2ordm CEB eacute referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm
CEB no ano letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria onde foi realizado pedido de reavaliaccedilatildeo
2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA
Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo
Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo
Nome
Cargo Psicoacuteloga
Docente TitularDiretor de Turma
Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo
Psicoacutelogo
Instrumentos utilizados
1 Funccedilotildees do Corpo
De acordo com o RTP de 2013 e Relatoacuterio Circunstanciado 2015 PROLEC-R ndash
leitura de pseudopalavras Teste de avaliaccedilatildeo da ortografia Teste de
Avaliaccedilatildeo Semacircntica (TAS) Meacutetodo Distema Avaliaccedilatildeo da Linguagem Oral
(ALO) ndash subteste de completamento de frases
105
2 Atividade e participaccedilatildeo Provas formais e informais das aptidotildees acadeacutemicas Observaccedilatildeo em
contexto de sala de aula (PORT)
3 Fatores ambientais Anamnese EE e Aluno
12 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)
SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES
AMBIENTAIS
FUNCcedilOtildeES DO CORPO
QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9
Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos
(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas funccedilotildees
ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou uma perda
0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada
3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel
CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS
(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)
b117
Funccedilotildees intelectuais ndash Supremacia das capacidades
intelectuais fluidas sobre as capacidades intelectuais
cristalizadas Encontra-se mais orientado para a accedilatildeo
em detrimento da reflexatildeo Processa melhor a
informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do canal
visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute
comparativamente ao canal auditivo-vocal e ao
processamento sequencial
0
b134 Funccedilotildees do sono ndash Recorre a medicaccedilatildeo 2
(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)
b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo ndash Manutenccedilatildeo da Atenccedilatildeo 1
b144 Funccedilotildees da memoacuteria ndash Memoacuteria de longo prazo e
conhecimento adquirido 1
b152
Funccedilotildees emocionais ndash Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila
ansiedade egocentrismo e tendecircncias narcisistas
Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e
regulaccedilatildeoexpressatildeo emocional adequadas
Instabilidade emocional
1
106
b156
Funccedilotildees da perceccedilatildeo
Perceccedilatildeo auditiva deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de
sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva
imediata de silabas de palavras e de pseudopalavras
Perceccedilatildeo visual contudo natildeo domina as relaccedilotildees
espaciais de lateralidade e direccedilatildeo reagindo a uma
figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com
a sua exatidatildeo
1
b167
Funccedilotildees mentais da linguagem
Receccedilatildeo da linguagem escrita ndash Correccedilatildeo velocidade e
compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e
sussurro labial Faz inversotildees e substituiccedilotildees de letras
e de silabas nas palavras ndash Dislexia
Expressatildeo da linguagem escrita ndash deacutefices ao niacutevel da
composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash
Disortografia (mais acentuado) e Disgrafia (menos
acentuada)
2
b172 Funccedilotildees do caacutelculo 0
ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO
QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9
Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo
Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real
Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na
execuccedilatildeo das mesmas
0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada
3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel
CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS
d135 Ensaiar 2
d137 Adquirir conceitos 2
d145 Aprender a escrever 3
d155 Adquirir competecircncias 2
d160 Concentrar a atenccedilatildeo 2
d161 Dirigir a atenccedilatildeo 2
d166
Ler O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha
contudo perde-se Natildeo respeita a pontuaccedilatildeo O tom de
leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta
movimento psicomotor A leitura de pseudopalavras
demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz
reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no
entanto a leitura eacute estrateacutegica o que evidencia deacutefice
na competecircncia leitora
2
107
d170
Escrever Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo
escrita na gramaacutetica (atividades de sufixaccedilatildeo
prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste
de portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave
data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de composiccedilatildeo
denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os
erros ortograacuteficos satildeo na sua grande maioria devido a
confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia)
omissotildees (ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel
semacircntico compreende resultados abaixo da meacutedia
esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical
e na sinoniacutemia e antoniacutemia
3
d250 Controlar o proacuteprio comportamento 1
d325 Comunicar e receber mensagens escrita 3
d345 Escrever mensagens 3
CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA
d820 Educaccedilatildeo escolar 2
FATORES AMBIENTAIS
QUALIFICADORES
Barreira
ou
Facilitador
0 1 2 3 4 8 9
Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social e
atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua vida
As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto
barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com (bull)
se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se a estaacute
a considerar como facilitador
Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor
que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os
seguintes qualificadores
0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro
2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave
4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo
aplicaacutevel
CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA
e110 Para consumo pessoal (medicamentos) Facilitador 3
e310 Famiacutelia proacutexima Proporciona cuidados
de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal
seguranccedila e educaccedilatildeo
Barreira
Facilitador 2
e130 Para a educaccedilatildeo beneficiaria de auxilio
na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa Barreira 1
e140
Para a cultura a recreaccedilatildeo e o
desporto Valoriza as atividades rurais
de cultura e tradiccedilatildeo familiares
mostrando-se ambientado em contextos
maioritariamente campestres
Facilitador 3
CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS
e310
Famiacutelia proacutexima Matildee acompanha o
aluno no percurso escolar Dificuldades
na supervisatildeo de rotinas bem como em
educar de forma consistente
Facilitador
Barreira 1
108
e320
Amigos (colegas) Fez transferecircncia da
EB para a ES pois a sua turma fecirc-lo e
todos os elementos satildeo muito proacuteximos
Confirma-se assim que as relaccedilotildees
interpessoais do aluno conferem-lhe
grande importacircncia
Facilitador 3
e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade
apoio individual e diferenciado prestado
pelos docentes e psicoacuteloga
Facilitador 2
13 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA
b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial
Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo
De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo
Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime
de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e
estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando
necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena
Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas
necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que
deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI
Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos diferentes domiacutenios
TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS
Sensorial
Motor
Cognitivo
(atenccedilatildeo perceccedilatildeo
auditiva visual e memoacuteria
de longo prazo)
Emocional
Personalidade
Sauacutede
Fiacutesica
Comunicacional
(Receccedilatildeo e receccedilatildeo
da linguagem
escrita) Audiccedilatildeo Visatildeo
14 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)
REGIME EDUCATIVO ESPECIAL
c) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO
Especificar
Tendo por base o RTP de 2013 e o Relatoacuterio Circunstanciado de 2015 eacute
necessaacuterio o desenvolvimento de competecircncias especificas com docente
de educaccedilatildeo especial durante o bloco de cidadania para reeducaccedilatildeo da
leitura e da escrita
Atenccedilatildeo especial ao aluno para evitar a dispersatildeo e desatenccedilatildeo uma vez
que o aluno apresenta PHDA tipo misto
109
d)
ADEQUACcedilOtildeES
CURRICULARES
Adequaccedilotildees curriculares individuais
Especificar Introduccedilatildeo de objetivos miacutenimos e conteuacutedos intermeacutedios nas
disciplinas que o revelar mais dificuldades nomeadamente o inglecircs
Turma com um projeto curricular adaptado
d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO
Especificar
Apoio na Leitura e compreensatildeo dos enunciados provas escritas com
exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de questotildees Tempo
suplementar Avaliaccedilatildeo oral complementar (Ao criteacuterio dos docentes)
Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com supervisatildeo de
um docente
e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA
Especificar
- Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar
uma turma sem problemas comportamentais
- Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo
do Ensino Baacutesico
Outras informaccedilotildees pertinentes
- Necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno
- Desenvolver os aspetos atitudionais e motivacionais essenciais no processo de ensino-
aprendizagem
- Deve-se atender agraves necessidades do aluno quanto aos haacutebitos e meacutetodos de estudo em cooperaccedilatildeo
com o ambiente familiar Para isso a sua inscriccedilatildeo no programa de competecircncias de estudo
ldquoAprender a Aprenderrdquo
- O aluno beneficiaraacute de acompanhamento psicoloacutegico sistemaacutetico
15ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO
TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO
Docente Titular Diretor de Turma Ass
Psicoacutelogo Ass
Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo Ass
110
Outros intervenientes
Representante NEE Ass
Ass
Ass
16 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO
Concordo com o encaminhamento proposto
Natildeo concordo com o encaminhamento proposto
Proponho
Assinatura
17 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO
Assinatura
111
Anexo 6 ndash Projetos Educativos Individuais (PEI)
112
PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL
Ano Letivo
1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA
Unidade Orgacircnica
Estabelecimento de Ensino
2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO
Identificaccedilatildeo do Aluno
Nome
Data de Nascimento Idade
Morada Telefone
Nome do Pai Idade
Nome da Matildee Idade
Encarregado de Educaccedilatildeo
a
Idade
Grau de Parentesco
Morada Telefone
Situaccedilatildeo Escolar do Aluno
Estabelecimento de Ensino
Situaccedilatildeo Escolar
113
Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia
1ordm CEB Ano Niacutevel
2ordm CEB Ano Turma
3ordm CEB Ano Turma
Ens
Secundaacuterio
Ano Turma
Outra modalidade de ensino
Professor Titular Diretor de Turma
Percurso Escolar do Aluno
Outras informaccedilotildees pertinentes
(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de
sauacutede ou outras)
3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ3
(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)
3 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens
(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)
114
4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR
41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado
Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de
Organizaccedilatildeo
Espaccedilo
Atividades
Identificar
Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem
Identificar
Antecipaccedilatildeo e reforccedilo da aprendizagem de conteuacutedos
Identificar
Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas
Liacutengua Gestual
Braille
Hidroterapia
Hipoterapia
Fisioterapia
Terapia da Fala
Desporto Adaptado
Terapia Ocupacional
Psicoterapia
Arteterapia (musicoterapia dramoterapia )
115
Identifique qual ou quais
Apoio Psicoloacutegico
Apoio Social
Outras identifique qual ou quais
411 Responsaacuteveis pelo Apoio
Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial
Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado
Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar
aacutereasdisciplinas
Identificar
Apoio familiar (bolsa ocupacional)
42 Adequaccedilotildees Curriculares
421
Adequaccedilotildees Curriculares Individuais
Introduccedilatildeo de aacutereas curriculares especiacuteficas
Especificar
Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios
Identificar
Ensino Bilingue e adequaccedilatildeo do curriacuteculo
Especificar
Dispensa das atividades que se revelem de difiacutecil execuccedilatildeo em funccedilatildeo da
incapacidade
Especificar
116
422
Turma com Projeto Curricular Adaptado
Modalidade de Ensino
Niacutevel de Ensino
43 Adequaccedilotildees no Processo de Matriacutecula
Aluno deslocado da aacuterea de residecircncia
Dispensa dos limites etaacuterios
Especificar
Adiamento de matriacutecula
Antecipaccedilatildeo de matriacutecula (aplicaacutevel apenas ao 1ordm ano do 1ordm ciclo)
Matriacutecula por disciplinas (aplicaacutevel apenas aos 2ordm e 3ordm ciclos)
(discriminar ano de escolaridade e disciplinas)
44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo
Tipo de provas
117
Especificar
Instrumento de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo
Especificar
Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)
Especificar
Periodicidade
Duraccedilatildeo
Local de execuccedilatildeo
Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)
45 Adequaccedilatildeo da Turma
Reduccedilatildeo de turma
Outro Qual
46 Curriacuteculo Especiacutefico Individual
461
Desenvolvido no acircmbito dos Programas Especiacuteficos do REE
Ocupacional
Socioeducativo
Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional
Preacute-Profissionalizaccedilatildeo
Outro Programa (anexar curriacuteculo)
462
Integraccedilatildeo em Turma do Ensino Regular
118
A tempo inteiro
A tempo parcial
Especificar
Integraccedilatildeo numa unidade especializada com curriacuteculo adaptado
(UNECA)
Ocupacional
Socioeducativa
Transiccedilatildeo para a Vida Ativa
Educaccedilatildeo de Surdos
Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do espectro do
autismo
463
Plano Individual de Transiccedilatildeo (anexar PIT)
47 Adaptaccedilotildees materiais e de equipamentos especiais de compensaccedilatildeo (indicar quais
os materiais)
Para problemas visuais
Para problemas auditivos
Para problemas motores
Outro Qual
Dispositivos de compensaccedilatildeo
Auxiliares oacuteticos
Auxiliares auditivos
119
Equipamento informaacutetico
Cadeira de rodas
Proacuteteses
Outro Qual
5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS
Tipo de
Apoios
Identificaccedilatildeo dos
Intervenientes
Funccedilotildees Desempenhadas
(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)
Horaacuterio Apoio
Direto
Consultadoria
Aconselhamento
6 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO
EDUCATIVA
7 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI
71 Sistema de Avaliaccedilatildeo
CIF-CJ
120
72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo
Qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ
73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo
74 Momentos de Avaliaccedilatildeo
8 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI
Docente Titular Diretor de Turma Ass
Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass
Psicoacutelogo Ass
Outros intervenientes
Ass
Ass
Ass
9 COORDENACcedilAtildeO DO PEI
Nome Cargo
Assinatura
10 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO
121
Concordo com o PEI
Natildeo concordo com o PEI
Proponho
Assinatura
11 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO
Assinatura
12 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO
Assinatura
122
PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL
Ano Letivo 20152016
1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA
Unidade Orgacircnica
Estabelecimento de Ensino
2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO
Identificaccedilatildeo do Aluno
Nome
Data de Nascimento Idade 13
Morada Telefone
Nome do Pai Idade 38
Nome da Matildee Idade 40
Encarregado de Educaccedilatildeo
a
Idade 40
Grau de Parentesco Matildee
Morada Telefone
Situaccedilatildeo Escolar do Aluno
Estabelecimento de Ensino
Situaccedilatildeo Escolar
123
Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia
1ordm CEB Ano Niacutevel
2ordm CEB Ano Turma
3ordm CEB Ano Turma
Ens
Secundaacuterio
Ano Turma
Outra modalidade de ensino
Professor Titular Diretor de Turma
Percurso Escolar do Aluno
Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas
dificuldades ao niacutevel da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB
na EB1JI da Casa da Ribeira no ano letivo 20082009 No iniacutecio do 2ordm ano
(20092010) foi realizado um Relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico e o aluno comeccedilou
a beneficiar de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou
retido no 3ordm ano Em 20112012 o aluno foi transferido para a escola EB1JI de
Fonte do Bastardo onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos relativos ao 3ordm ano isto
em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo 20122013 o aluno foi sinalizado tendo
sido realizado um Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegico resultante de uma avaliaccedilatildeo
Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo
Integrou o 2ordm CEB em 20132014 na Escola Baacutesica Integrada da Praia da Vitoacuteria
onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas Salientar que no 2ordm CEB eacute
referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm CEB no ano
letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria Vitorino Nemeacutesio onde foi realizado pedido
de reavaliaccedilatildeo
Outras informaccedilotildees pertinentes
(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de
sauacutede ou outras)
O aluno apresenta DIFICULDADES ESPECIacuteFICAS DE APRENDIZAGEM reunindo criteacuterios
de diagnoacutestico para perturbaccedilatildeo especiacutefica da leituradislexia e da
escritadisortografia e disgrafia
Em fevereiro de 2013 foi observado por um pediatra de desenvolvimento (no Centro
Diferenccedilas) sendo diagnosticada uma Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de
Atenccedilatildeo (PHDA de tipo misto) Na sequecircncia da referida consulta comeccedilou a ser medicado
com psicoestimulante Usa oacuteculos desde 2012
124
3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ4
(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)
FUNCcedilOtildeES E ESTRUTURAS DO CORPO
Funccedilotildees Mentais Globais
i Funccedilotildees intelectuais (b1170) - O aluno encontra-se mais orientado para a accedilatildeo em
detrimento da reflexatildeo Processa melhor a informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do
canal visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute comparativamente ao canal auditivo-vocal
e ao processamento sequencial
ii Funccedilotildees do sono (b1342) - Recorre a medicaccedilatildeo
Funccedilotildees Mentais Especiacuteficas
Deficiecircncia moderada
i Funccedilotildees mentais da linguagem (b1672) - Receccedilatildeo da linguagem escrita (correccedilatildeo
velocidade e compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e sussurro labial Faz inversotildees
e substituiccedilotildees de letras e de siacutelabas nas palavras ndash Dislexia) e na expressatildeo da linguagem
escrita (deacutefices ao niacutevel da composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash Disortografia e
Disgrafia)
Deficiecircncia ligeira
i Funccedilotildees da atenccedilatildeo (b1401) - Manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo
ii Funccedilotildees da memoacuteria (b1441) - Memoacuteria de longo prazo e conhecimento adquirido
iii Funccedilotildees emocionais (b1521) - Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila ansiedade egocentrismo e
tendecircncias narcisistas Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e regulaccedilatildeoexpressatildeo
emocional adequadas Instabilidade emocional
iv Funccedilotildees da perceccedilatildeo (b1561) - Perceccedilatildeo auditiva (deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de
sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva imediata de silabas de palavras e de
pseudopalavras) Perceccedilatildeo visual (natildeo domina as relaccedilotildees espaciais de lateralidade e direccedilatildeo
reagindo a uma figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com a sua exatidatildeo)
ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO
Aprendizagem e Aplicaccedilatildeo de Conhecimentos
Dificuldade grave
i Aprender a escrever (d1453)
ii Escrever (d1703) - Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo escrita na gramaacutetica
(atividades de sufixaccedilatildeo prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste de
portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de
composiccedilatildeo denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os erros ortograacuteficos satildeo
4 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens
(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)
125
na sua grande maioria devido a confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia) omissotildees
(ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel semacircntico compreende resultados abaixo da
meacutedia esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical e na sinoniacutemia e antoniacutemia
iii Comunicar e receber mensagens escrita (d3253)
iv Escrever mensagens (d3453)
Dificuldade moderada
i Ensaiar (d1352)
ii Adquirir conceitos (d1372)
iii Adquirir competecircncias (d1552)
iv Concentrar a atenccedilatildeo (d1602)
v Ler (d1662) - O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha contudo perde-se Natildeo
respeita a pontuaccedilatildeo O tom de leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta movimento
psicomotor A leitura de pseudopalavras demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz
reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no entanto a leitura eacute estrateacutegica o que
evidencia deacutefice na competecircncia leitora
Dificuldade ligeira
i Controlar o proacuteprio comportamento (d2501)
Aacutereas Principais da Vida
Dificuldade moderada
i Educaccedilatildeo escolar (d8202)
FATORES AMBIENTAIS
Produtos e Tecnologia
Fatores de proteccedilatildeo facilitador
i Para consumo pessoal (medicamentos) (e110+3)
ii Para a cultura a recreaccedilatildeo e o desporto (e140+3) - Valoriza as atividades rurais de cultura
e tradiccedilatildeo familiares mostrando-se ambientado em contextos maioritariamente campestres
(facilitador grave)
iii Famiacutelia proacutexima (e330+2) - Proporciona cuidados de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal
seguranccedila e educaccedilatildeo (facilitador moderado)
Fatores barreira
i Para a educaccedilatildeo (e1301) - Beneficiaria de auxiacutelio na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa
(barreira ligeira)
126
Apoios e Relacionamentos
i Amigos (colegas) (e320+3) - Fez transferecircncia da EB Francisco Ornelas da Cacircmara para a
ES Vitorino Nemeacutesio pois a sua turma fecirc-lo e todos os elementos satildeo muito proacuteximos
Confirma-se assim que as relaccedilotildees interpessoais do aluno conferem-lhe grande importacircncia
(facilitador grave)
ii Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade (e330+2) - Apoio individual e diferenciado prestado
pelos docentes e psicoacuteloga (facilitador moderado)
iii Famiacutelia proacutexima (e310+1) - Matildee acompanha o aluno no percurso escolar Dificuldades na
supervisatildeo de rotinas bem como em educar de forma consistente (barreira e facilitador
ligeiro)
4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR
41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado
Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de
Organizaccedilatildeo
Espaccedilo
Atividades
Identificar
O aluno necessita de estar sentado num siacutetio sossegado e longe de estiacutemulos
distratores de preferecircncia junto da secretaacuteria do professor Necessita de
tarefas diversificadas e que impliquem movimento intercaladas com as
atividades que implicam estar sentado uma vez que o aluno apresenta PHDA
tipo misto
Precisa de feedbacks informativos encorajadores e regulares
Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem
Identificar
O aluno deveraacute beneficiar de apoio pedagoacutegico personalizado em todas as
disciplinas especialmente nas de caraacutecter mais teoacuterico
Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas
Identifique qual ou quais
Reeducaccedilatildeo da leitura e da escrita por docente de educaccedilatildeo
especial
Meacutetodos de Estudo (atraveacutes do programa de
competecircncias de estudo ldquoAprender a Aprenderrdquo orientado
pelo SPO)
127
Apoio Psicoloacutegico
411 Responsaacuteveis pelo Apoio
Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial
Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado
Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar
aacutereasdisciplinas
Identificar Professores titulares das disciplinas
42 Adequaccedilotildees Curriculares
421
Adequaccedilotildees Curriculares Individuais
Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios
Identificar Nas disciplinas em que o aluno revelar mais dificuldades
nomeadamente em Inglecircs
44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo
Tipo de provas
Especificar Provas escritas com exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de
questotildees
Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)
Especificar
Apoio na leitura e compreensatildeo dos enunciados Avaliaccedilatildeo oral
complementar (ao criteacuterio dos docentes) Natildeo penalizaccedilatildeo dos erros
ortograacuteficos de construccedilatildeo fraacutesica e sintaacutetica de pontuaccedilatildeo ocorridos em
virtude de o aluno ser portador de Perturbaccedilatildeo Especiacutefica da Linguagem
(dislexia disortografia disgrafia) Valorizaccedilatildeo do conteuacutedo em
detrimento da forma
Duraccedilatildeo Fornecer tempo suplementar para a realizaccedilatildeo das provas
128
Local de execuccedilatildeo
Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com a
supervisatildeo de um docente sempre que o docente da disciplina
assim o entender
Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)
45 Adequaccedilatildeo da Turma
Reduccedilatildeo de turma
Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar uma
turma sem problemas comportamentais
Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo
do Ensino Baacutesico
5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS
Tipo de
Apoios
Identificaccedilatildeo dos
Intervenientes
Funccedilotildees Desempenhadas
(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)
Horaacuterio
Apoio
Direto
Consultadoria
Aconselhamento
Apoio
Individualizado Conselho de Turma X
Horaacuterio da
Turma
Educaccedilatildeo
Especial X
2X45m
(Matemaacutetica
e
Portuguecircs)
SPO X
ldquoAprender
a
Aprenderrdquo
SPO
X Sistemaacutetico
(1ordm Periacuteodo)
129
13 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO
EDUCATIVA
Eacute necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno e desenvolver os aspetos atitudinais e
motivacionais essenciais no processo de ensino-aprendizagem
No final do Primeiro Periacuteodo seraacute feita uma reavaliaccedilatildeo das medidas implementadas e caso seja
necessaacuterio o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo continuaraacute a acompanhar o aluno e o docente de
educaccedilatildeo especial trabalharaacute com o aluno as competecircncias especiacuteficas para a reeducaccedilatildeo da leitura e
da escrita em contexto fora sala de aula
14 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI
71 Sistema de Avaliaccedilatildeo
O sistema utilizado para a avaliaccedilatildeo eacute o referencial CIF-CJ de acordo com a legislaccedilatildeo em vigor
72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo
A monitorizaccedilatildeo da evoluccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno seraacute realizada com base nas
classificaccedilotildees escolares e nos qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ
73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo
Como instrumentos de avaliaccedilatildeo poderatildeo ser utilizados a observaccedilatildeo direta do desempenho em sala de
aula e em outros contextos escolares trabalhos individuais testes de avaliaccedilatildeo formativa e sumativa
registos de assiduidade pontualidade e responsabilidade
74 Momentos de Avaliaccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo assume um caraacutecter de continuidade sendo que as medidas educativas propostas seratildeo
avaliadas no que diz respeito agrave sua implementaccedilatildeo e eficaacutecia em conselho de turma no final de cada
periacuteodo envolvendo os vaacuterios intervenientes no processo educativo do aluno Dos resultados obtidos com
a aplicaccedilatildeo das medidas estabelecidas neste PEI seraacute elaborado um relatoacuterio circunstanciado no final do
ano letivo Este PEI poderaacute ser revisto a qualquer momento se julgado necessaacuterio pelos vaacuterios
intervenientes mediante proposta devidamente fundamentada
15 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI
Docente Titular Diretor de Turma Ass
130
Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass
Psicoacutelogo Ass
Outros intervenientes
Ass
Ass
Ass
16 COORDENACcedilAtildeO DO PEI
Nome Cargo
Assinatura
17 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO
Concordo com o PEI
Natildeo concordo com o PEI
Proponho
Assinatura
18 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO
Assinatura
19 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO
131
Assinatura
132
Anexo 7 ndash ldquoDescobrir para intervirrdquo
133
1 Por favor responda Verdadeiro (V) ou Falso (F) agraves seguintes questotildees
11 Uma das causas da PHDA encontra-se no desenvolvimento de praacuteticas educativas
parentais inadequadas ____
12 Eacute frequente a PHDA existir em simultacircneo com outras perturbaccedilotildees_____
13 Eacute frequente o aluno com PHDA natildeo realizar as tarefas porque natildeo se esforccedilou o
suficiente _____
14 A PHDA eacute uma perturbaccedilatildeo neurodesenvolvimental____
15 Eacute comum na PHDA existir uma dificuldade em organizar os materiais necessaacuterios e
ser responsaacutevel pela realizaccedilatildeo das tarefas escolares ____
16 Pode existir deacutefice de atenccedilatildeo sem hiperatividade ____
17 A PHDA pode ser diagnosticada em qualquer idade ____
18 Um aluno que natildeo mantem a atenccedilatildeo durante o periacuteodo necessaacuterio para a realizaccedilatildeo
da tarefa proposta deveraacute tomar medicaccedilatildeo ____
2 Organize uma lista onde constem diferentes criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo
que teria em atenccedilatildeo e mobilizaria na organizaccedilatildeo e planeamento de um momento
educativo (parte de uma aula) sabendo que tem integrado na turma um aluno com
diagnoacutestico de PHDA
Obrigada por colaborarem neste desafio
134
Anexo 8 ndash Espelho meu espelho meu
135
Belo S amp Coelho A (2011)
136
Anexo 9 ndash Desenho cego
137
Coelho A amp Belo S (2014)
138
Anexo 10 ndash Onde estaacute o rato
139
140
Anexo 11 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo
141
Para discussatildeo e reflexatildeo
ldquohellip revela muita dificuldade na organizaccedilatildeo e arrumaccedilatildeo dos seus materiais
escolares que muitas vezes andam pelo chatildeo a mochila caiacuteda Natildeo sabe do laacutepis e da
borracha Perde com muita frequecircncia os materiais que usa com maior regularidade
A sua mochila estaacute sempre uma confusatildeo uma vez que guarda tudo em qualquer
siacutetio sem nenhum criteacuterio Quando leva trabalhos de casa natildeo os guarda na capa adequada
Natildeo mostra os recados ou informaccedilotildees em casa porque natildeo sabe deles Leva
sempre a mochila com as bolsas abertas e a perder material
Na sala de aula eacute um aluno que se distrai com bastante facilidade Inicia bem uma
tarefa mas passado pouco tempo paacutera ou comeccedila a ser trapalhatildeo no que estaacute a fazer Vira-
se para traacutes a falar com os colegas ou fica a observar o que os colegas ou a professora
estatildeo a fazer
No seu caderno diaacuterio eacute frequente encontrar trabalhos incompletos contudo
quando consegue estar atento completa os seus trabalhos que tecircm boa apresentaccedilatildeohelliprdquo
Antunes (2009)
142
Anexo 12 ndash Inqueacuteritos por questionaacuterio
143
INQUEacuteRITO POR QUESTIONAacuteRIO
Geacutenero Masculino Feminino
Idade
1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)
Sim Natildeo
11 Se sim quais as suas maiores dificuldades
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
2 Tem conhecimentos acerca da PHDA
Sim Natildeo
21 Se sim quais
________________________________________________________________
________________________________________________________________
3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na
atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais
Sim Natildeo
31 Caso a sua resposta seja negativa justifique
________________________________________________________________
________________________________________________________________
4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas suas
praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula
Sim Natildeo
144
41 Se natildeo por que natildeo o faz
________________________________________________________________
________________________________________________________________
5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos alunos
com PHDA
Sim Natildeo
Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos
________________________________________________________________
________________________________________________________________
6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA junto dos
intervenientes no processo educativo do aluno
Sim Natildeo
61 Se sim quais
________________________________________________________________
________________________________________________________________
611 Maioritariamente quem
Diretor de turma Psicoacutelogo Encarregado de
Educaccedilatildeo
Outro Qual ___________________________________________
62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de
integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem
Sim Natildeo
Se sim justifique
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA
Sim Natildeo
71 Se natildeo porquecirc
145
________________________________________________________________
________________________________________________________________
72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar
________________________________________________________________
________________________________________________________________
Obrigada pela sua colaboraccedilatildeo
146
147
148
149
Anexo 13 ndash Autorizaccedilotildees para observaccedilatildeo
150
151
152
Anexo 14 ndash Fichas de observaccedilatildeo do aluno
153
FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)
Aluno SS
Ano 7ordm
Disciplina Portuguecircs
Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua
gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)
Em 15102015
Hora 1415H Tempo letivo 43min
Observadores Investigadora
Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees
comportamentos inferecircncias)
Observaccedilotildees
1425H Conversas paralelas deixa cair
coisas no chatildeo vai buscaacute-las
dispersa-se olha para traacutes de
modo sistemaacutetico faz perguntas
aleatoacuterias e descontextualizadas
Aluno sem medicaccedilatildeo
Aluno afirma natildeo ter feito o
TPC
1430H Tece um comentaacuterio ldquoPossa taacutes
bem atrasadardquo relativamente a
uma colega no entanto o aluno
tambeacutem estaacute atrasado Natildeo
espera pela sua vez Responde
sem ser chamado estaacute distraiacutedo
nunca sabe qual o exerciacutecio em
que se encontram natildeo
acompanhando os colegas
Faz referecircncia ao seu colega e
amigo Oxiang
1436H Tira a borracha do colega do
lado esquerdo sempre a olhar
para traacutes a mexer com as matildeos
a levantar da cadeira
1440H Natildeo encontra o estojo
Encontra-se sentado de lado na
154
cadeira A professora diz para
ele se endireitar
1444H A professora ajuda o aluno na
realizaccedilatildeo da atividade contudo
ele distrai-se com a borracha
1448H Os colegas fazem perguntas e o
aluno responde (de tipo coacutemico)
e vira-se para traacutes
1450H Fica confuso com o exerciacutecio
iniciado
1452H A professora pergunta se o
aluno jaacute terminou O mesmo diz
que natildeo batendo na mesa
1455H O aluno responde corretamente
quando solicitado
1458H O aluno coloca o gorro na
cabeccedila e diz que vai faltar ao
teste de HIST Em seguida diz
que vai claro e que teraacute uma
nota final positiva Entretanto
sai da sala e regressa apenas
para fechar a mochila Volta a
sair para o intervalo
Professora relembra a data do
teste
Aluno referiu que teve cerca de
60 na nota do uacuteltimo teste de
HIST
155
FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)
Aluno SS
Ano 7ordm
Disciplina Cidadania
Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua
gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)
Em 31052016
Hora 1415H Tempo letivo 44min
Observadores Investigadora
Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees
comportamentos inferecircncias)
Observaccedilotildees
1445H SS eacute chamado agrave atenccedilatildeo pelo
professor de CID em contexto
de sala de aula de Informaacutetica
Ri e olha agrave volta Professor diz
ldquoS acalma-te ou vou-me
chatearrdquo
Aluno com medicaccedilatildeo
1447H Aluno sempre a mexer o dedo
1448H Aluno muda o comportador
portaacutetil de siacutetio Professor volta
a intervir ldquoS tens 10 minutos
para terminar o trabalhordquo
1449H Fala com a colega do lado
1450H S com os olhos semicerrados
Professor volta a chamar a
atenccedilatildeo Aluno diz agrave colega
ldquoChega-te para laacuterdquo Em seguida
diz ldquoEacute comercialrdquo (sobre um
trabalho de publicidade
enganosa)
1452H Professor interpela o aluno e o
mesmo faz caretas enquanto diz
156
agrave colega ldquoSoacute temos um minuto e
dezrdquo Olha para o lado mexe no
cabelo tira a folha da colega e
arregala os olhos (tiques)
1455H Chama a professor e ele
pergunta ldquoO que eacute enganosordquo
A professora responde
1456H Fica apoiado na matildeo e lecirc ldquoQual
a tua opiniatildeo pessoalrdquo
1457H Professor vai ateacute ao aluno e diz
que na proacutexima aula teraacute de
apresentar o seu trabalho em
modo de alerta de tempo O
aluno repete (de acordo com o
viacutedeo que estaacute a ver) ldquoTu natildeo eacutes
tu quando tens fomerdquo Logo em
seguida ldquoQuando tenho fome e
como um chocolate fico mal
dispostordquo ndash enquanto isso
estava a olhar para a professor
de cabeccedila de lado metendo o
laacutepis na boca Professora
responde e ele diz ldquoNatildeo seiiiirdquo
1459H Alunos preparam-se para sair da
sala e o aluno vagueia (em
formato labirinto) ateacute agrave porta
volta para traacutes para entregar a
ficha de trabalho (ver anexo 16)
agrave colega e diz ldquoPara entregar na
proacutexima aulardquo
157
FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (EM SITUACcedilAtildeO DE RECREIO)
Aluno SS
Ano 7ordm
Em 31052016 Hora 1503H Entre 1503H e 1513H
Tempo
Descriccedilatildeo
(lugares intervenientes
atividades tarefas material
comportamentos inferecircncias)
Observaccedilotildees
1503H O aluno e um fotoacutegrafo
dirigem-se ao auditoacuterio da
escola O fotoacutegrafo senta-se e o
aluno mantem-se em peacute
Aluno com medicaccedilatildeo
1504H O aluno de repente comeccedila a
falar de um padre ldquoEstava a
mudar as reses e ele laacute para fora
comeccedila a aguindar (marca
linguiacutestica) a aacutegua bentardquo
Fala de um padre Parece
recordar-se que tem EMRC agraves
1515H
1507H O aluno entretanto comeccedila a
abordar o tema relacionado com
negoacutecios de lavradores e o
fotoacutegrafo desenvolve a
sustentabilidade
1508H O aluno senta-se devagar
muito atento e diz ldquoEu tenho
um amigo querdquo
1510H O fotoacutegrafo diz ldquoOs lavradores
estatildeo a gastar mais do que
deviamrdquo O aluno volta a
mencionar o amigo ldquoO meu
amigo tem muitos alqueiros e
tira leite 3 vezes por diardquo
O aluno quer ser lavrador
1513H O fotoacutegrafo continua a alertaacute-lo
para as vantagens e
desvantagens de ter uma lavoura
e o aluno ndash pensativo ndash diz
ldquoQuando chegar laacute haacute de se ver
158
Se natildeo der natildeo deurdquo
Entretanto pergunta as horas e
diz que tem EMRC
159
Anexo 15 ndash Ficha elaborada por aluno com PHDA durante observaccedilatildeo
160
161
162
Anexo 16 ndash Fichas de elementos fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno
163
FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO
DO ALUNO
(adaptado de Estrela 2008 p 266)
Nome JM Idade 15 anos
Professor P1
O aluno J revela uma enorme incapacidade de controlo do comportamento bem como
incapacidade de focar e dirigir a atenccedilatildeo Natildeo consegue fixar mais do que uma ordem de cada vez Natildeo
reteacutem a informaccedilatildeo a longo prazo
Em 08062016
NOTAS
1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando
situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)
2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente
confidencial
164
FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO
DO ALUNO
(adaptado de Estrela 2008 p 266)
Nome SS Idade 14 anos
Professor P1
O aluno S revela desadequaccedilatildeo de conduta dentro e fora da sala de aula Apresenta inuacutemeras
dificuldades ao niacutevel da inibiccedilatildeo de conduta bem como atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo Tecircm inuacutemeros tiques
principalmente ao niacutevel da face
Associada agrave Perturbaccedilatildeo de HiperatividadeDeacutefice de Atenccedilatildeo o aluno apresenta a Perturbaccedilatildeo da
Linguagem com predominacircncia na escrita e leitura o que contribui para o agrupamento da primeira
perturbaccedilatildeo uma vez que as suas dificuldades de concentraccedilatildeo satildeo agravadas por esta problemaacutetica
Para finalizar o aluno apresenta uma incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo
Em 08062016
Professor P2
Uma colega do SS haacute pouco tempo apareceu no gabinete a dizer que o aluno agrediu um colega
na aula de Educaccedilatildeo Fiacutesica partindo-lhe os oacuteculos propositadamente O aluno quando chamado agrave atenccedilatildeo
por mim negou Disse que foi ldquosem quererrdquo que natildeo tinha essa intenccedilatildeo O facto eacute crediacutevel pois o aluno
estimulado natildeo consegue controlar os impulsos de modo que muito provavelmente o deva ter feito sem
um objetivo pejorativo O aluno eacute meigo e atencioso no entanto quando em contexto de apoio manifesta
tiques vozeadosgritos levanta-se sai da sala e regressa Natildeo se manteacutem quieto e eacute um pouco egoiacutesta quer
em trabalhos individuais quer em trabalhos de grupo
NOTAS
1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando
situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)
2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente
confidencial
165
FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO
DO ALUNO
(adaptado de Estrela 2008 p 266)
Nome DG Idade 13 anos
Professor P1
O D inicialmente revelava graves dificuldades de concentraccedilatildeo dificuldades estas que com
trabalho foram sendo colmatadas
Apresenta inuacutemeras dificuldades ao niacutevel das funccedilotildees executivas
Em 08062016
NOTAS
1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando
situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)
2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente
confidencial
166
FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO
DO ALUNO
(adaptado de Estrela 2008 p 266)
Nome ES Idade 12 anos
Professor P1
O aluno uma vez que faz a medicaccedilatildeo e jaacute foi diagnosticado haacute algum tempo encontra-se
bastante adaptado ao contexto de sala de aula
Em 08062016
NOTAS
1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando
situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)
2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente
confidencial
167
FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO
DO ALUNO
(adaptado de Estrela 2008 p 266)
Nome FS Idade 13 anos
Professor P1
O aluno F embora esteja diagnosticado e a tomar medicaccedilatildeo haacute algum tempo demonstra
inquietude no ambiente de aula bem como alguma impulsividade
Em 08062016
NOTAS
1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando
situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)
2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente
confidencial
168
Anexo 17 ndash Graacuteficos de Caraterizaccedilatildeo dos Participantes
169
19
81
Geacutenero
Masculino
Feminino
44
31
54
7
Idade
Natildeo colocou idade
20-29
30-39
40-49
mais de 50
170
Anexo 18 ndash Graacuteficos de anaacutelise de resultados do inqueacuteritos por questionaacuterio
171
4654
Tem alunos com PHDA
Sim
Natildeo
17
58
17
8
Maiores dificuldades
Sem justificaccedilatildeo
Gestatildeo da concentraccedilatildeo e docomportamento
Arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar adistraccedilatildeo
Subestima inferioridadetristeza desconfianccedilaansiedade descrenccedila
5446
Conhecimentos acerca da PHDA
Sim
Natildeo
172
73
27
Identificaccedilatildeo de alunos com PHDA
Sim
Natildeo
7
7
15
50
14
7
Quais os conhecimentos acerca da PHDA
Natildeo evidencia os conhecimentos
Poucos conhecimentos
Conhecimentos gerais (porexemplo atraveacutes dedocumentaacuterios e internet)
Carateriacutesticas gerais dos alunos(concentraccedilatildeo execuccedilatildeo detarefas etc) e atitudes a tomar
Criteacuterios de diagnoacutestico eintervenccedilatildeo
173
28
29
14
29
Natildeo identifica alunos com PHDA
Natildeo tem formaccedilatildeo
Natildeo tem conhecimentos
Existecircncia de outrasproblemaacuteticas associadas
Dificuldadeconfusatildeo naidentificaccedilatildeo
58
38
4
Construccedilatildeo de materiais
Sim
Natildeo
Sem resposta
20
20
1020
20
10
Justificaccedilatildeo da natildeo construccedilatildeo de materiais
Natildeo houve oportunidade
Natildeo tem alunos com PHDA
Natildeo sentiu necessidade
Natildeo tem conhecimento deestrateacutegias a aplicar
Escassez (sobrecarga) detempo
Sem resposta
174
5442
4
Organizaccedilatildeo do plano de aula
Sim
Natildeo
Sem resposta
46
36
99
Estrateacutegias para ultrapassar as dificuldades com alunos com PHDA
Natildeo tem alunos com PHDA
Gestatildeo individual dasituaccedilatildeonecessidade doaluno
Maior solicitaccedilatildeo paraparticipar nas tarefas(exemplo ir ao quadro)
5831
11
Avaliaccedilatildeo do progresso do aluno com PHDA
Sim
Natildeo
Sem resposta
175
4 44
25
17
13
13
8
4
8
Intervenientes
Quando os alunos satildeodevidamente identificados comPHDA
Somente alunos acompanhadospelo Serviccedilo de Psicologia eOrientaccedilatildeo (SPO)
Para progresso na gestatildeo docomportamento e consequentedesempenho escolar
Diretor de Turma
Professor de Educaccedilatildeo Especial
Encarregado de Educaccedilatildeo
Conselho de Turma
SPO
Professor de Educaccedilatildeo MoralReligiosae Catoacutelica
40
27
17
1033
Contacto com os seguintes intervenientes
Diretor de Turma
Psicoacutelogo
Encarregado de Educaccedilatildeo
Professor de Educaccedilatildeo Especial
Professor de EMRC
Sem resposta
176
5819
23
Participaccedilatildeo dos professores na intervenccedilatildeo e integraccedilatildeo dos alunos com PHDA
Sim
Natildeo
Sem resposta
34
33
13
7
13
Razotildees para os professores participarem no processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do
aluno com PHDA
Interveniente ativo noprocesso educativo
Necessidade de maior apoio
Rentabilizaccedilatildeo deaproveitamento
Intervenccedilatildeo ativa dosprofessores e afincada doSPO
Sem resposta
177
80
20
Importacircncia da formaccedilatildeo dos professores na aacuterea da PHDA
Sim
Natildeo
5050
Razotildees para a natildeo formaccedilatildeo dos professores
Falta de oferta formativa
Existecircncia de equipaespecializada
114
444
73
Sugestotildees dos professores respondentes
Accedilotildees de formaccedilatildeo
Melhorar a capacidade deidentificaccedilatildeo para sinalizaccedilatildeo
Instrumentos de intervenccedilatildeonos departamentos
Identificaccedilatildeo precoce paraintervenccedilatildeo mais eficaz
Psicologia convertida agraveglobalidade
Sem resposta
178
Anexo 19 ndash Anaacutelise de Conteuacutedo das Fichas de Elementos Fornecidos pelo
Professor para Caraterizaccedilatildeo do Aluno
179
Categorias Sub-categorias Respondentes
Identificaccedilatildeo de
carateriacutesticas de alunos
com PHDA
Dificuldades em P1 P2
1 Controlar o comportamento times times
2 Focar a atenccedilatildeo times
3 Reter informaccedilatildeo times
4 Inibir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo times
5 Lidar com a frustraccedilatildeo times
Presenccedila de
1 Tiques times times
2 PEA times
3 Medicaccedilatildeo que
31 Atenua comportamento times
32 Manteacutem comportamento times
4 Agressividade ingeacutenua times
5 Afetividade times
6 Egoiacutesmo times
7 Preferecircncia por trabalhos
individuais
times
2
avaliar o progresso do aluno com dificuldades de aprendizagem eou com
comportamentos desafiantes promover relaccedilotildees positivas entre os pares
Sendo assim tenciona-se que atraveacutes do estudo a capacidade de anaacutelise dos
professores sobre as especificidades dos jovens melhore que surjam novas discussotildees
sobre as dificuldades que sentem com esses alunos no processo ensino-aprendizagem e
na devida descriccedilatildeo dos seus comportamentos que se desenvolva a compreensatildeo dos
criteacuterios de diagnoacutestico da informaccedilatildeo referente aos mesmos e da descriccedilatildeo detalhada de
cada aluno com essa perturbaccedilatildeo Assim consegue-se que a classe docente participe
efetivamente no processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo na rede de suporte assumindo-
se como agentes facilitadores de aprendizagem Para completamento dos dados sugere-
se um programa de formaccedilatildeo para professores em PHDA
Estrutura do estudo
Este trabalho encontra-se dividido em duas partes fundamentaccedilatildeo teoacuterica e estudo
empiacuterico Na fundamentaccedilatildeo teoacuterica faz-se uma abordagem ao conceito de PHDA aos
seus criteacuterios de diagnoacutestico agraves caracteriacutesticas e aos mitos agrave prevalecircncia e comorbilidade
agrave etiologia agrave intervenccedilatildeo psicoterapecircutica e ao programa de formaccedilatildeo de professores
sugerido Quanto ao estudo empiacuterico apresenta-se o desenho do estudo os participantes
nele envolvidos os instrumentos necessaacuterios agrave recolha e tratamento de dados ndash que foram
devidamente estudados quanto aos recursos existentes ndash e as conclusotildees e recomendaccedilotildees
finais
3
1 ENQUADRAMENTO TEOacuteRICO ndash PERTURBACcedilAtildeO DE
HIPERATIVIDADE E DEacuteFICE DE ATENCcedilAtildeO
11 Introduccedilatildeo
O que eacute a PHDA Existe de facto ou eacute a desculpabilizaccedilatildeo dos
comportamentos disruptivos das crianccedilas eou jovens Existem muitas duacutevidas e
diversos mitos acerca dessa perturbaccedilatildeo pois haacute imensos depoimentos
controversos sobre a problemaacutetica referida
Comeccedila-se assim por elaborar uma breve abordagem teoacuterica sobre a PHDA
de maneira a melhor se conhecer as suas caracteriacutesticas causas e formas de
intervenccedilatildeo Uma das principais fontes de referecircncia a ser utilizada seraacute o manual
DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) organizado por
investigadores dos Estados Unidos da Ameacuterica com o propoacutesito de uniformizar
os criteacuterios de diagnoacutestico das perturbaccedilotildees mentais Existem jaacute vaacuterias revisotildees
do mesmo sendo as mais atuais o DSM-IV-TR e o DSM-V que seratildeo utilizadas
no corpo deste trabalho
12 Conceito de PHDA
Segundo o DSM-V (2014) a PHDA insere-se na categoria das Perturbaccedilotildees
do Neurodesenvolvimento Esta eacute uma mudanccedila relativamente ao DSM-IV-TR
(2002) uma vez que foi extinta a seccedilatildeo que incluiacutea as perturbaccedilotildees que aparecem
habitualmente na primeira e segunda infacircncia ou na adolescecircncia Esta categoria
define-se por apresentar deacutefices no desenvolvimento normal do indiviacuteduo Estas
manifestam-se muito cedo frequentemente antes da entrada na escolaridade
obrigatoacuteria e apresentam lacunas no funcionamento a niacutevel pessoal social ou
acadeacutemico (DSM-V 2014)
De acordo com Cardo amp Servera-Barceloacute (2005) pode-se dizer que a PHDA
eacute uma perturbaccedilatildeo de ordem geneacutetica onde estatildeo implicadas diversas alteraccedilotildees
a niacutevel da atenccedilatildeo da impulsividade e da atividade motora que tendem a ser
excessivas provocando um desajuste a niacutevel social
4
13 Criteacuterios de Diagnoacutestico de PHDA
Os criteacuterios de diagnoacutestico baseados no DSM-IV-TR (2002) focam-se em
ambos os sintomas quer de falta de atenccedilatildeo quer de hiperatividade-
impulsividade Tomam em atenccedilatildeo a durabilidade dos mesmos e o momento em
que comeccedilam a aparecer os primeiros indiacutecios (no DSM IV-TR devem aparecer
antes dos sete anos de idade e no mais recente DSM-V devem estar presentes antes
dos 12 anos de idade) Outra das alteraccedilotildees realizadas presente no mais recente
manual de diagnoacutestico permite a comorbilidade de PHDA com a Perturbaccedilatildeo do
Espetro do Autismo
Apresenta-se de seguida os criteacuterios de diagnoacutestico com base no DSM-V
(2014)
Criteacuterio A ndash 1) ou 2)
1) Desatenccedilatildeo ndash 6 (ou mais) dos seguintes sintomas persistiram pelo menos
durante 6 meses num grau que eacute inconsistente com o niacutevel de desenvolvimento
e que tem impacto negativo direto nas atividades sociais e
acadeacutemicasocupacionais
(a) com frequecircncia natildeo presta atenccedilatildeo suficiente aos pormenores ou comete erros
por descuido nas tarefas escolares no trabalho ou em outras atividades
(b) com frequecircncia tem dificuldade em manter a atenccedilatildeo em tarefas ou atividades
(c) com frequecircncia parece natildeo ouvir quando lhe falam diretamente
(d) com frequecircncia natildeo segue as instruccedilotildees e natildeo termina os trabalhos escolares
encargos ou deveres no local de trabalho (sem ser por comportamentos de
oposiccedilatildeo ou por incompreensatildeo das instruccedilotildees)
(e) com frequecircncia tem dificuldades em organizar tarefas e atividades
(f) com frequecircncia evita sente repugnacircncia ou estaacute relutante em envolver-se em
tarefas que requeiram um esforccedilo mental mantido (tais como trabalhos escolares
ou de iacutendole administrativa)
(g) com frequecircncia perde objetos necessaacuterios a tarefas ou atividades (por
exemplo brinquedos exerciacutecios escolares laacutepis livros ou ferramentas)
(h) com frequecircncia distrai-se facilmente com estiacutemulos irrelevantes
5
(i) esquece-se com frequecircncia das atividades quotidianas
2) Hiperatividade e impulsividade ndash 6 (ou mais) dos seguintes sintomas
persistiram pelo menos durante 6 meses num grau que eacute inconsistente com o niacutevel
de desenvolvimento e que tem impacto negativo direto nas atividades sociais e
acadeacutemicasocupacionais
(a) com frequecircncia movimenta excessivamente as matildeos e os peacutes e move-se
quando estaacute sentado
(b) com frequecircncia levanta-se na sala de aula ou em outras situaccedilotildees em que se espera
que esteja sentado
(c) com frequecircncia corre ou salta excessivamente em situaccedilotildees em que eacute
inadequado fazecirc-lo (em adolescentes ou adultos pode limitar-se a sentimentos
subjetivos de impaciecircncia)
(d) com frequecircncia tem dificuldades em jogar ou dedicar-se tranquilamente a
atividades de oacutecio
(e) com frequecircncia laquoandaraquo ou soacute atua como se estivesse laquoligado a um motorraquo
(f) com frequecircncia fala em excesso
(g) com frequecircncia precipita as respostas antes que as perguntas tenham
terminado
(h) com frequecircncia tem dificuldade em esperar pela sua vez
(i) com frequecircncia interrompe ou interfere nas atividades dos outros (por
exemplo intromete-se nas conversas ou jogos)
Criteacuterio B Alguns sintomas de hiperatividade-impulsividade ou de falta de
atenccedilatildeo que causam deacutefices surgem antes dos 12 anos de idade
Criteacuterio C Vaacuterios dos sintomas estatildeo presentes em 2 ou mais contextos (por
exemplo escola (ou trabalho) e em casa)
Criteacuterio D Devem existir provas claras de um deacutefice clinicamente significativo
do funcionamento social acadeacutemico ou ocupacional
6
Criteacuterio E Os sintomas natildeo ocorrem exclusivamente durante o curso de
esquizofrenia ou outra perturbaccedilatildeo psicoacutetica e natildeo satildeo bem explicados por outra
perturbaccedilatildeo mental (exemplos perturbaccedilatildeo do humor perturbaccedilatildeo de ansiedade
perturbaccedilatildeo dissociativa perturbaccedilatildeo da personalidade intoxicaccedilatildeo ou
abstinecircncia de substacircncias)
DSM-V (2014)
Olhando para esta diversidade de sintomas eacute necessaacuterio ter em conta que cada
crianccedila eacute diferente da outra uma vez que o seu proacuteprio desenvolvimento o contexto onde
se insere a situaccedilatildeo familiar e outros fatores variam influenciando assim o diagnoacutestico
(Lopes 2004) Como consequecircncia surgiu a necessidade de apresentar subtipos de
PHDA mais homogeacuteneos para que o diagnoacutestico se tornasse mais fidedigno (Lopes
2004)
Consta no DSM-V (2014) que a Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de
Atenccedilatildeo pode ser especificada dos seguintes modos i) apresentaccedilatildeo predominantemente
de hiperatividade-impulsividade (criteacuterio A2 preenchido e o criteacuterio A1 natildeo preenchido)
ii) apresentaccedilatildeo com predominacircncia de desatenccedilatildeo (criteacuterio A1 preenchido e o criteacuterio A2
natildeo preenchido) e iii) apresentaccedilatildeo combinada (preenchidos ambos os criteacuterios)
De acordo com Barkley amp Murphy (2006) a apresentaccedilatildeo combinada eacute aquela
onde se situa a maioria dos indiviacuteduos com PHDA Embora sejam os sintomas de
hiperatividade-impulsividade a surgir mais precocemente ao longo do tempo os
sintomas de falta de atenccedilatildeo comeccedilam a surgir em igual quantidade
Apesar da distinccedilatildeo entre estes grupos diferentes eacute importante ter presente que
duas crianccedilas podem ter o mesmo diagnoacutestico com os mesmos sintomas mas em que a
sua frequecircncia e intensidade satildeo diferentes (Moura 2008)
14 Caracteriacutesticas e Mitos de PHDA
Para se estar atento aos sinais antes do diagnoacutestico e para adequar a intervenccedilatildeo eacute
necessaacuterio conhecer algumas das caracteriacutesticas dos indiviacuteduos com PHDA Eacute importante
saber diferenciar as verdadeiras especificidades da perturbaccedilatildeo daquilo que satildeo os mitos
interiorizados pela sociedade que levam muitas vezes a conceitos errados ou a
7
interpretaccedilotildees incorretas apelidando de mau comportamento atos caracteriacutestico de um
indiviacuteduo que tem PHDA Acerca desta questatildeo Antunes (2009) refere ldquoelas tecircm a noccedilatildeo
do que estaacute certo ou errado e ateacute reconhecem as duas faces no comportamento dos outros
Como explicar entatildeo que sabendo a teoria natildeo a ponham em praacutetica A razatildeo eacute simples
a sua impulsividade natildeo o permite Eacute por isso inuacutetil dizer que eacute um laquomal comportadoraquo a
desgraccedila da famiacutelia malcriado preguiccediloso etcrdquo (p180)
Barkley amp Murphy (2006) apresentam algumas das caracteriacutesticas principais
presentes nos indiviacuteduos com PHDA
- A dificuldade na inibiccedilatildeo da resposta no controlo do impulso e na capacidade de
retardar a gratificaccedilatildeo satildeo umas das principais caracteriacutesticas destas crianccedilas As
consequecircncias destas satildeo muacuteltiplas e implicam por exemplo uma impossibilidade de
esperar a sua vez ou de se conseguir concentrar na execuccedilatildeo de tarefas ou ainda de
trabalhar com objetivos a longo prazo em vez de mais imediatos
- A excessiva atividade motora presente nessas crianccedilas que as impede muitas vezes
de permanecerem sentadas ou de natildeo conseguirem parar de mexer em coisas quando natildeo
eacute o momento adequado para tal Este sintoma eacute mais notoacuterio nas crianccedilas mais novas e
tende a diminuir com a idade
- A capacidade de persistecircncia e atenccedilatildeo durante a execuccedilatildeo de tarefas mais morosas e
de menor interesse para a crianccedila estatildeo tambeacutem afetadas Esta caracteriacutestica faz com que
haja mais momentos de distraccedilatildeo e de desconcentraccedilatildeo dificultando o seu dia-a-dia
Segundo os mesmos autores existem outras caracteriacutesticas estando estas mais
ligadas ao comportamento impulsivo A primeira que identificam tem a ver com a
memoacuteria de trabalho ou seja com a capacidade de reter informaccedilatildeo Quando esta
funccedilatildeo estaacute afetada eacute frequente o esquecimento de coisas que se deveria fazer ou de factos
relevantes que ajudariam na organizaccedilatildeo do seu pensamento Barkley amp Murphy (2006)
referem ainda a pobre regulaccedilatildeo do self nos indiviacuteduos com PHDA o que contribui
para um comportamento mais impulsivo Pode existir tambeacutem dificuldade em seguir
instruccedilotildees planear ou resolver problemas
Em suma algumas das principais caracteriacutesticas inerentes agrave falta de atenccedilatildeo satildeo a
desorganizaccedilatildeo e desatenccedilatildeo constantes nas tarefas realizadas tanto a niacutevel acadeacutemico ou
laboral como luacutedico Em relaccedilatildeo agrave hiperatividade o sintoma principal estaacute relacionado
com o excesso de atividade motora e a impulsividade caraterizando-se essencialmente
8
pela falta de paciecircncia O resultado satildeo respostas imediatas e por vezes natildeo pensadas
(DSM-IV-TR 2002)
Relativamente aos mitos associados agrave PHDA estes podem estar relacionados com a
sua geacutenese ou com o modo de educaccedilatildeo preferido pelos pais embora todos eles levem a
uma ideia preconcebida e muitas vezes natildeo sustentada cientificamente daquilo que
envolve esta perturbaccedilatildeo
Alguns dos mitos mais frequentes encontrados na literatura satildeo a PHDA eacute causada
por uma maacute alimentaccedilatildeo ou accediluacutecar em excesso ver demasiada televisatildeo potencia o
aparecimento da hiperatividade a maacute educaccedilatildeo dada pelos pais e desorganizaccedilatildeo familiar
(Lopes 2004) a falta de motivaccedilatildeo e de empenho por parte da crianccedila (Harvey amp Parker
1992)
15 Prevalecircncia e Comorbilidade de PHDA
De acordo com o DSM-IV-TR (2002) a PHDA tem uma prevalecircncia estimada de
3 a 7 nas crianccedilas em idade escolar podendo este nuacutemero variar conforme os meacutetodos
de avaliaccedilatildeo utilizados Refere tambeacutem natildeo haver dados precisos acerca da mesma
prevalecircncia na populaccedilatildeo adulta Jaacute o DSM-V (2014) aponta para uma prevalecircncia de 5
nas crianccedilas e de 25 na idade adulta
Barkley amp Murphy (2006) afirmam existir cerca de 5 a 8 de crianccedilas com
PHDA em idade escolar e cerca de 4 a 5 de adultos com a mesma perturbaccedilatildeo
Cardo amp Servera-Barceloacute (2005) realizaram um estudo em Espanha onde
concluiacuteram que a PHDA teria uma prevalecircncia de 47 Os autores acrescentam ainda
que a proporccedilatildeo de rapazes e raparigas com a perturbaccedilatildeo eacute de 251 e que o maior nuacutemero
de casos identificados se situa entre os 6 e os 9 anos de idade Em relaccedilatildeo aos subtipos
presentes no DSM-V a apresentaccedilatildeo combinada prevalece
Moura (2008) refere que em Portugal a prevalecircncia de casos de PHDA eacute incerta
contudo estaraacute proacutexima dos paiacuteses que lhe satildeo similares
Para finalizar Filipe (2004) eacute da opiniatildeo que a diferenccedila entre rapazes e raparigas
natildeo estaacute ligada agrave prevalecircncia da perturbaccedilatildeo em si mas sim agrave sintomatologia apresentada
O autor refere que a PHDA surge de forma mais mascarada nas raparigas pelo que por
9
vezes natildeo eacute realizado um diagnoacutestico concreto Acrescenta que em indiviacuteduos com mais
de 18 anos vaacuterios estudos demonstram uma prevalecircncia da perturbaccedilatildeo de 1 a 25
Aquando de um diagnoacutestico de PHDA eacute frequente estar presente um ou mais
diagnoacutesticos comorbidos (DSM-V 2014)
A Perturbaccedilatildeo de Oposiccedilatildeo eacute sem duacutevida aquela que ocorre mais vezes quando
existe PHDA podendo atingir metade da populaccedilatildeo geral quando haacute um diagnoacutestico de
PHDA do tipo Misto e cerca de um quarto da populaccedilatildeo quando a PHDA diagnosticada
eacute do tipo Desatento (DSM-V 2014)
A Dislexia e a PHDA tambeacutem ocorrem muitas vezes em simultacircneo Segundo
alguns autores (Germanograve Gagliano amp Curatolo 2010) numa amostra de indiviacuteduos com
PHDA a Dislexia ocorre em cerca de 18 a 45 e numa amostra de casos de Dislexia
a PHDA estaacute presente 18 a 42 das vezes Antunes (2009) apresenta alguns dados
referentes a diversos estudos acerca da comorbilidade da PHDA com outras perturbaccedilotildees
e dificuldades Perturbaccedilatildeo da Oposiccedilatildeo e Desafio 40 Ansiedade 34 Dislexia 20
Tiques 11 e Depressatildeo 4
16 Etiologia de PHDA
As causas da PHDA suscitam ainda algumas questotildees contudo eacute unacircnime que o
fator geneacutetico e consequentemente o hereditaacuterio estaratildeo na sua geacutenese (Barkley amp
Russel 2006)
Assim a PHDA eacute considerada ldquoum distuacuterbio neurobioloacutegico hereditaacuteriordquo (Parker
2003 p13) Foram jaacute encontrados alguns genes responsaacuteveis pela perturbaccedilatildeo (Barkley
amp Russel 2006) e sabe-se que a PHDA tem tendecircncia para ser encontrada em vaacuterios
elementos da mesma famiacutelia (Parker 2003)
Sabe-se tambeacutem que quando natildeo haacute evidecircncia de fatores hereditaacuterios a PHDA
pode ser explicada por outras ocorrecircncias tais como dificuldades na gravidez ou parto
prematuro abuso de substacircncias durante a gravidez e lesotildees nas zonas preacute-frontais do
ceacuterebro durante o desenvolvimento da crianccedila (Barkley amp Russel 2006 Parker 2003)
Como jaacute anteriormente assinalado eacute importante reforccedilar que as praacuteticas
educativas parentais natildeo satildeo referidas como uma causa da PHDA devendo ser retirada
10
essa carga emocional aquando de uma intervenccedilatildeo com a crianccedila e seus familiares (Lopes
2004)
17 Intervenccedilatildeo Psicoterapecircutica para a PHDA
As perturbaccedilotildees do desenvolvimento infantil onde se enquadra a PHDA
requerem intervenccedilotildees atempadas e eficazes que devem ser encaradas sob diversas
perspetivas educativa comportamental emocional social e meacutedica
De acordo com Bronfenbrenner (1979) o desenvolvimento e comportamento
humanos satildeo apenas plenamente compreendidos quando analisados nos contextos em que
os indiviacuteduos se inserem (sistemas) Daiacute a importacircncia de se intervir nos variados
contextos de vida da crianccedilajovem (familiar e escolar sem esquecer a proacutepria crianccedila)
ao mesmo tempo que se combinam vaacuterias terapecircuticas (farmacoloacutegica psicossocial e
cognitivo comportamental) como forma de se alcanccedilar maior eficaacutecia na intervenccedilatildeo
A este tipo de intervenccedilatildeo daacute-se o nome de Intervenccedilatildeo Multimodal que combina
vaacuterios tipos de abordagem envolvendo a crianccedilajovem e a sua famiacutelia bem como uma
equipa multidisciplinar composta por meacutedicos (pediatra pedopsiquiatra neuropediatra)
psicoacutelogos professores outros teacutecnicos e elementos da comunidade
Confere-se deste modo que a PHDA requer uma intervenccedilatildeo abrangente
(proacuteprio casa escola e comunidade) onde devem ser estabelecidas estrateacutegias a longo
prazo e delineados objetivos como os exemplos que se seguem melhorar as relaccedilotildees
sociais (pais colegas professores) diminuir os comportamentos disruptivos melhorar as
competecircncias acadeacutemicas promover a independecircncia o autocontrolo e a assertividade
melhorar a autoestima e permitir um desenvolvimento emocional mais harmonioso
prevenir a evoluccedilatildeo para comportamentos disruptivos e de marginalidade
Desta forma a intervenccedilatildeo visa maximizar a funccedilatildeo e performance da crianccedila em
casa na escola e na comunidade e natildeo curar a sua perturbaccedilatildeo Como refere Lopes
(2003) natildeo se ldquotratardquo a PHDA aprende-se a lidar com ela e procura-se manter os seus
sintomas dentro dos limites que natildeo se revelem gravosos para o proacuteprio e para aqueles
que com ele convivem
Citando Rodrigues (2008) quando se planifica uma intervenccedilatildeo na PHDA haacute que
ter em conta a fase de desenvolvimento da crianccedilajovem de modo a ajustaacute-la aos
periacuteodos e agraves circunstacircncias da sua vida Haacute que ter em conta a especificidade da PHDA
11
para aferir estrateacutegias de acordo com o perfilavaliaccedilatildeo funcional realizada e ainda
garantir o seu acompanhamento ao longo do tempo e a manutenccedilatildeo de mais do que uma
metodologia de intervenccedilatildeo
A intervenccedilatildeo deve entatildeo ser Multimodal podendo incluir trecircs grandes tipos de
intervenccedilatildeo a farmacoloacutegica a cognitivo comportamental e a psicossocial
171 Farmacoloacutegica
A intervenccedilatildeo farmacoloacutegica pode natildeo ser indicada eou necessaacuteria em todos os
casos de PHDA Pereira amp Fernandes (2001) alertam que sempre que se pondere iniciar
a terapecircutica farmacoloacutegica eacute necessaacuterio ter um diagnoacutestico correto que avalie a
frequecircncia a severidade e o impacte dos sintomas na vida da crianccedila do jovem com
PHDA e caso se justifique utilizar os faacutermacos mesmo conhecendo os seus potenciais
riscos e efeitos adversos
Apesar de existirem ainda duacutevidas quanto agraves causas da PHDA haacute evidecircncia de
alteraccedilotildees neuropsicoloacutegicas e neuroquiacutemicas ao niacutevel do coacutertex cerebral (preacute-frontal)
designadamente uma menor concentraccedilatildeo sinaacuteptica da dopamina um neurotransmissor
normalmente associado a mecanismos de prazer e recompensa Daiacute que o tratamento
farmacoloacutegico ao contraacuterio do que se pensa natildeo consiste em calmantes mas sim em
psicoestimulantes designadamente o metilfenidato (Moura 2013)
Desta forma os faacutermacos de eficaacutecia documentada satildeo os psicoestimulantes mais
conhecidos por Ritalina Concerta e Rubifen Estes satildeo inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo
da dopamina que ao aumentarem os niacuteveis de dopamina melhoram o grau de
funcionalidade dos lobos frontais e por consequecircncia atenuam os sintomas da PHDA
Segundo Moura (2014) diversos estudos comprovam a existecircncia de uma clara
melhoria apoacutes a utilizaccedilatildeo de faacutermacos com o princiacutepio ativo metilfenidato em crianccedilas
com PHDA nas seguintes aacutereas atenccedilatildeo impulsividade fiacutesica e cognitiva tempo de
reaccedilatildeo memoacuteria a curto prazo aprendizagem de material verbal e natildeo verbal
comportamentos de oposiccedilatildeo e sintomas de hiperatividade (perante doses mais elevadas)
A abordagem farmacoloacutegica natildeo poderaacute nunca constituir-se como uacutenica
intervenccedilatildeo mas sim ser parte integrante de um plano de atuaccedilatildeo alargado e
transdisciplinar Segundo Rodrigues (2008) a grande vantagem da intervenccedilatildeo
12
farmacoloacutegica reside no facto de ao diminuir os sintomas disruptivos permitir que outras
estrateacutegias de intervenccedilatildeo possam assumir uma maior eficaacutecia Isto eacute ao levar a uma
diminuiccedilatildeo significativa dos comportamentos desajustados permite um maior sucesso das
outras intervenccedilotildees
De referir ainda a importacircncia de antes de se iniciar a terapecircutica farmacoloacutegica
em crianccedilas com perturbaccedilotildees do desenvolvimento se dever discutir com os pais de uma
forma calma e detalhada os objetivos da mesma a sua duraccedilatildeo e a eficaacutecia esperada
(Pereira amp Fernandes 2001)
172 Cognitivo comportamental
Segundo Moura (2014) a intervenccedilatildeo psicoterapecircutica revela-se de extrema
importacircncia no processo terapecircutico da PHDA funcionando como um complemento a
outras intervenccedilotildees
A terapia cognitivo comportamental revela-se como a intervenccedilatildeo
psicoterapecircutica mais eficaz na PHDA realizada por psicoacutelogos especializados atraveacutes
de uma intervenccedilatildeo cliacutenica direta com a crianccedila o jovem Esta divide-se na intervenccedilatildeo
comportamental (adequada em crianccedilas pequenas ateacute ao 2ordm ciclo do ensino baacutesico) e na
intervenccedilatildeo cognitiva (indicada para adolescentes)
Segundo Loro-Loacutepez et al (2009) a intervenccedilatildeo comportamental integra
- Contratos comportamentais ndash especificam de forma clara e objetiva os
comportamentos adequados a adotar e os comportamentos desajustados a
eliminar bem como as recompensas e as consequecircncias negativas desse mesmo
comportamento satildeo assinados pelo aluno pais professor psicoacutelogo eou outro
teacutecnico
- Registos comportamentais ndash folha de registo dos comportamentos em sala de
aula com o objetivo de monitorizar o comportamento adequado
- Programa de economia de fichaspontos ndash sistema de atribuiccedilatildeo de pontos e
obtenccedilatildeo de recompensas pela ocorrecircncia dos comportamentos definidos como
desejados
- Correccedilatildeo do comportamento atraveacutes da manifestaccedilatildeo de outro comportamento
13
- Extinccedilatildeo do comportamento atraveacutes da implementaccedilatildeo de reforccedilos
A intervenccedilatildeo cognitiva segundo os mesmos autores pressupotildee
- Modelos de autoinstruccedilatildeo ndash o objetivo eacute regular o comportamento atraveacutes da
linguagem interna seleciona-se um problema de cada vez e trabalha-se passo a
passo ateacute ao comportamento desejado estar internalizado
- Modelos de automonitorizaccedilatildeo e autoregulaccedilatildeo comportamental ndash eacute o
proacuteprio indiviacuteduo que se vai autoregular autoreforccedilar e autopenalizar atraveacutes da
anaacutelise e da avaliaccedilatildeo do seu comportamento utiliza registos comportamentais
como ferramenta para reflexatildeo e autoavaliaccedilatildeo
- Estrateacutegias de resoluccedilatildeo de problemas ndash treino e desenvolvimento de
competecircncias atraveacutes de 6 fases para a resoluccedilatildeo de situaccedilotildees-problema o
objetivo eacute interiorizar atraveacutes da modelaccedilatildeo como se resolve determinado
problema e depois ser capaz de generalizar para as restantes situaccedilotildees quotidianas
promovendo a sua autonomia nas tomadas de decisatildeo
- Desconstruccedilatildeo das cogniccedilotildees irrealistas e desajustadas sobre o seu proacuteprio
comportamento
- Teacutecnicas de relaxamento
- Atividades e treino de competecircncias sociais em grupo
Mais uma vez importa referir que a intervenccedilatildeo cognitivo comportamental
aplicada isoladamente natildeo traz os ganhos e benefiacutecios necessaacuterios Haacute que conjugaacute-la
com a intervenccedilatildeo psicossocial e com a abordagem farmacoloacutegica nos casos em que esta
se justifica
173 Psicossocial
Este tipo de intervenccedilatildeo engloba diferentes metodologias e atua nos contextos
familiar e escolar de forma a abranger o maior nuacutemero de contextos e situaccedilotildees de vida
da crianccedila do jovem com PHDA
14
1731 Contexto familiar
A intervenccedilatildeo em contexto familiar reveste-se da maior importacircncia uma vez que
eacute fundamental que os pais conheccedilam e estejam informados sobre as caracteriacutesticas da
PHDA para assim desenvolverem adequadas praacuteticas educativas parentais
Devem desenvolver competecircncias de forma a reforccedilar os comportamentos
adaptativos e ao mesmo tempo diminuir os comportamentos disruptivos adotando
praacuteticas educativas consistentes (se hoje eacute puniccedilatildeo amanhatilde tambeacutem) firmes (se eacute dado
castigo este tem de ser colocado em praacutetica) e adequadas quer agrave idade da crianccedila quer
agrave gravidade do comportamento disruptivo
Os pais devem aprender como promover a disciplina e potenciar comportamentos
positivos nos filhos com PHDA
De acordo com Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo com a famiacutelia pode assumir
diferentes formas
- Programas de treino de pais - o grande objetivo eacute melhorar as relaccedilotildees entre
pais e filhos ensinando os pais a lidar de diferentes formas com os problemas de
comportamento dos seus filhos quer em casa quer em lugares puacuteblicos eacute
indicado para crianccedilas com idades ateacute aos 11 anos e em famiacutelias sem problemas
associados (psicopatologia depressiva na matildee stress familiar ou situaccedilotildees de
rutura matrimonial)
- Grupos de suporte para pais - o principal objetivo eacute a interajuda e o suporte
muacutetuo entre os pais onde a partilha e a troca de experiecircncias se apresenta como
uma vantagem na aprendizagem dos pais quanto agrave lideranccedila dos desafios
comportamentais dos seus filhos
- Intervenccedilatildeo na relaccedilatildeo e interaccedilatildeo pais-filhos - utilizada na adolescecircncia (a
partir dos 11 anos de idade) eacute constituiacuteda por programas que combinam o
aconselhamento dos pais e as terapias cognitivo comportamentais
A eficaacutecia da intervenccedilatildeo estaacute relacionada com o grau de severidade dos sintomas
das crianccedilas nomeadamente com comportamentos de oposiccedilatildeo e problemas de conduta
bem como da motivaccedilatildeo e do empenho dos pais e das crianccedilas em todo o processo
15
1732 Contexto escolar
A intervenccedilatildeo em contexto escolar com alunos com PHDA reveste-se da maior
pertinecircncia e deve ser implementada em diversas vertentes e aacutereas educativas Em todas
elas eacute fundamental ser-se capaz de se colocar no lugar do aluno com PHDA com as
limitaccedilotildees e dificuldades com que eacute confrontado sistematicamente em sala de aula e fora
dela
Eacute importante natildeo esquecer que aquilo que parece rotineiro e simples para a maioria
dos alunos pode-se revelar um obstaacuteculo de grande proporccedilatildeo para alunos com PHDA
Um aluno com essa perturbaccedilatildeo revelaraacute imensa dificuldade em i) manter a atenccedilatildeo numa
mesma atividade no periacuteodo de tempo desejado para a sua faixa etaacuteria e para o seu niacutevel
de escolaridade ii) passar os conteuacutedos do quadro para o caderno no tempo facultado
pelo professor iii) estar sentado todo o tempo da aula iv) realizar uma tarefa sem
interrupccedilotildees e pausas e em reter informaccedilatildeo (Barkley amp Murphy 2006)
Todas estas caracteriacutesticas tiacutepicas dos alunos com PHDA colocam aos
professores desafios diaacuterios no espaccedilo de sala de aula Cabe ao professor construir e
desenvolver em conjunto com o aluno as suas capacidades de funcionalidade de
autonomia e de autoestima que conduziratildeo a um melhor desempenho escolar
Os comportamentos perturbadores e as dificuldades de aprendizagem associadas
agrave PHDA tornam-se manifestaccedilotildees frustrantes para o professor e para o aluno podendo
conduzir ao desenvolvimento de sentimentos muacutetuos de aversatildeo ou mesmo de hostilidade
(Vasquez 1997) Assim eacute importante estabelecer estrateacutegias que permitam com mais
facilidade ajustar o comportamento da crianccedila de tal modo que esta aprenda e deixe que
os outros alunos da turma onde se encontra integrada aprendam tambeacutem
Natildeo se trata de ir pelo caminho mais faacutecil o do facilitismo mas antes trabalhar
em cooperaccedilatildeo para ajudar o aluno a perceber que eacute capaz e que consegue bons resultados
Desta forma a atitude do aluno eacute de persistecircncia (e natildeo de desistecircncia) e de empenho (e
natildeo de desinteresse) o que conduz a sentimentos de pertenccedila ao grupo turma
Segundo Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo psicossocial em contexto escolar pode
integrar os seguintes domiacutenios (a) formaccedilatildeo de professores (b) colaboraccedilatildeo e
cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola (c) intervenccedilatildeo comportamental em sala de aula (d)
ensino especial (e) treinodesenvolvimento de competecircncias sociais
16
(a) Formaccedilatildeo de professores
Inclui sessotildees de sensibilizaccedilatildeo e formaccedilatildeo sobre a PHDA e eacute essencial para um
melhor desempenho profissional dos professores A investigaccedilatildeo tem revelado que o
conhecimento e a atitude dos professores face agrave PHDA influenciam a sua disponibilidade
para a intervenccedilatildeo em contexto de sala de aula (Ghanizadeh Bahredar amp M 2006 Bekle
2004 cit por Rodrigues 2008)
(b) Colaboraccedilatildeo e cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola
O objetivo eacute efetivar uma parceria ao niacutevel da aplicaccedilatildeo de teacutecnicas especiacuteficas de
modificaccedilatildeo do comportamento De acordo com Barkley (2006) eacute importante que os
professores e os pais tenham um bom conhecimento sobre a PHDA tenham objetivos
realistas para as suas intervenccedilotildees e estejam motivados para uma efetiva colaboraccedilatildeo
Importa ser-se flexiacutevel para modificar e adequar estrateacutegias de intervenccedilatildeo
sempre que necessaacuterio e estar-se disponiacutevel para colaboraccedilotildees conjuntas e com
articulaccedilatildeo entre todos os intervenientes educativos
(c) Intervenccedilatildeo comportamental na sala de aula
Segundo Du Paul amp Stoner (1994) os problemas comportamentais e os problemas
de aprendizagem estatildeo intimamente ligados A intervenccedilatildeo seraacute mais eficaz se investir
para aleacutem dos aspetos comportamentais tambeacutem no rendimento das aacutereas acadeacutemicas A
melhoria destas conduz agrave diminuiccedilatildeo dos comportamentos perturbadores pelo que a
metodologia mais adequada para o atendimento das crianccedilas dos jovens com PHDA
deve incidir nos problemas da aprendizagem a par das condutas perturbadoras (Du Paul
amp Stoner 1994 Vasquez 1997 Pfiffner amp Barkley 1998)
Os alunos com PHDA apresentam normalmente baixo rendimento escolar
(apesar de muitas vezes revelarem um bom potencial de aprendizagem) elevados iacutendices
de comportamento fora da tarefa e dificuldades na realizaccedilatildeo de trabalho individual
Assim e de acordo com Rodrigues (2008) este tipo de intervenccedilatildeo deve basear-se numa
aprendizagem de competecircncias para a automonitorizaccedilatildeo onde se inclui a prestaccedilatildeo
acadeacutemica e natildeo somente o comportamento nos seus objetivos focando assim as vaacuterias
situaccedilotildees escolares que constituem um problema
17
Segundo a mesma autora distinguem-se trecircs domiacutenios onde este tipo de
intervenccedilatildeo se deve centrar
- Modificaccedilatildeo do contexto
Sendo a sala de aula o local onde os alunos passam a maior parte do tempo em
que estatildeo na escola e tambeacutem onde lhes eacute exigido trabalho e esforccedilo mental esta
apresenta-se como o local de eleiccedilatildeo para o surgimento de comportamentos disruptivos
nos alunos com PHDA Daqui adveacutem a importacircncia na reorganizaccedilatildeo dos contextos
fiacutesicos de sala de aula ao niacutevel da colocaccedilatildeo da crianccedila no espaccedilo-sala da organizaccedilatildeo
dos espaccedilos de trabalho e no posicionamento dos materiais ludicopedagoacutegicos (eg
calendaacuterio quadro de tarefas) (Rodrigues 2008)
Segundo vaacuterios autores nomeadamente Lopes (2004) Du Paul amp Stoner (2007)
Riefs (1998) e Fernandes (2007) existem diferentes estrateacutegias que se podem e devem
implementar em contexto de sala de aula com alunos com PHDA com o objetivo de
modificar comportamentos e rentabilizar o desempenho escolar
Relativamente agrave organizaccedilatildeo do espaccedilo podem-se enunciar as seguintes
estrateacutegias
- Sala de aula bem estruturada com poucos estiacutemulos visuais
- Localizaccedilatildeo do aluno na sala de aula (sentar o aluno na primeira fila o mais
proacuteximo possiacutevel do professor e afastado de estiacutemulos de possiacutevel distraccedilatildeo com
boa visibilidade para o quadro e proacuteximo de um bom modelo)
- Ter em cima da mesa apenas o material necessaacuterio
- Existecircncia de um espaccedilo na sala onde o aluno possa trabalhar individualmente
eou realizar atividades diferentes
- Existecircncia de ldquocantinhosrdquo onde o aluno possa realizar atividades manuais ou
artiacutesticas
No que respeita agrave organizaccedilatildeo e gestatildeo da aula importa ter em atenccedilatildeo as
seguintes estrateacutegias
- Sala de aula estruturada com rotinas escolares diaacuterias consistentes ao longo do
tempo
- As tarefas e os trabalhos repetitivos e monoacutetonos devem ser evitados
18
- As tarefas e atividades devem ser curtas e explicadas de forma clara
- Dividir eou reduzir as tarefas
- Alternar tarefas em funccedilatildeo do interesse e da complexidade
- Permitir um periacuteodo de pausa entre a realizaccedilatildeo de tarefas que exijam esforccedilo
mental
- Dar outra tarefa que a crianccedila consiga fazer com entusiasmo e autonomia (dentro
dos conteuacutedos da disciplina) quando se estaacute a transmitir um conteuacutedo difiacutecil para
o aluno com PHDA
- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixar o aluno menos
ansioso e mais seguro pode funcionar como estrateacutegia de inclusatildeo)
- Dar possibilidade de o aluno participar dando feedback
- Programar a aula de forma a haver mais intervalos permitindo que o aluno tenha
tempo de realizarterminar as tarefas
- Conceder se necessaacuterio tempo extra para completar tarefas
- Estabelecer limites para terminar as tarefas
- Permitir que o aluno se possa movimentar na sala
- Encorajar o aluno a questionar o que natildeo compreende
- Procurar envolver o aluno promovendo a sua participaccedilatildeo ativa
- Usar o contacto visual (fazer com que o aluno olhe para o professor quando este
se lhe dirige)
- Deslocar-se pela sala para manter a visibilidade
- Recorrer a apresentaccedilotildees mais dinacircmicas e apelativas (eg uso do quadro
interativo de filmes diapositivos
- As apresentaccedilotildees orais devem ser acompanhadas de ajudas visuais
- Fazer uma abordagem geneacuterica de antecipaccedilatildeo dos conteuacutedos antes de iniciar a
apresentaccedilatildeo
- Rever os conteuacutedos anteriores antes de iniciar novos
- Relacionar os conteuacutedos com as experiecircncias dos alunos (aumentar niacuteveis de
motivaccedilatildeo e de interesse)
19
- Resumir os conteuacutedos (oralmente e por escrito)
- Apresentar um maior nuacutemero de explicaccedilotildees realccedilando os pontos mais
importantes (ideias chave)
- Transmitir a informaccedilatildeo com loacutegica e organizaccedilatildeo
- Evitar o uso de linguagem abstrata (metaacuteforas ou trocadilhos)
- Transmitir informaccedilatildeo em pequenas quantidades
- Ler os materiais em voz alta
- Utilizar versotildees reduzidas de textos
- Simplificar vocabulaacuterio do texto
- Dar pistasdicas ao aluno na realizaccedilatildeo de trabalhos
- Ter a certeza de que o aluno compreendeu o trabalho que tem de realizar antes
de o colocar a realizaacute-lo individualmente
- Os trabalhos de reforccedilo devem ser curtos e apenas os necessaacuterios (natildeo se deve
sobrecarregar o aluno com trabalho extra)
- Modificaccedilatildeo do comportamento na sala de aula
Trata-se da intervenccedilatildeo mais bem estudada no contexto escolar na qual se utilizam
teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento como por exemplo os ldquocontratos de
comportamentordquo (ver anexo 1) ldquocontratos de etiquetasrdquo (ver anexo 2) os ldquosistemas de
trocasrdquo o time-out entre outras
A eficaacutecia deste tipo de teacutecnicas depende da sua utilizaccedilatildeo coerente e sistemaacutetica
As estrateacutegias mais utilizadas satildeo a elaboraccedilatildeo de Contratos Comportamentais
e de Programas de Economia de Fichas com o objetivo de alcanccedilar o comportamento
desejado utilizando recompensas
- Identificar de forma clara e objetiva os comportamentos desajustados a
modificar
- Iniciar pelos comportamentos mais faacuteceis de modificar deixando os mais difiacuteceis
para o fim
20
- Definir claramente qual a recompensa (reforccedilo positivo) e a consequecircncia
negativa (reforccedilo negativo) pela modificaccedilatildeo ou natildeo do comportamento
- As recompensas tal como os castigos devem ser imediatas (os) apoacutes a
observaccedilatildeo do comportamento
- Ter em consideraccedilatildeo que os castigos longos e os reforccedilos a longo prazo natildeo
funcionam
- O ideal eacute existirem mais reforccedilos positivos do que reforccedilos negativos pois
pretende-se que o aluno mude o seu comportamento natildeo pelo castigo mas pela
ausecircncia de reforccedilo
- Os objetivos iniciais devem ser pequenos devendo ser alargados agrave medida que
as crianccedilas vatildeo conseguindo alcanccedilar os anteriores
- Utilizaccedilatildeo de um sistema de pontosfichas ou de um contrato terapecircutico
O contrato comportamental eacute um acordo formal e escrito que tem como objetivo
a mudanccedila de comportamento do aluno apresentando-se como uma excelente forma de
encorajar comportamentos adequados De acordo com Lourenccedilo (2009) eacute uma teacutecnica
de gestatildeo de comportamento que envolve a negociaccedilatildeo de um acordo contratual entre o
aluno e o professor
O contrato refere quais os comportamentos a modificar os objetivos relativamente
a esses comportamentos e as consequecircncias do seu cumprimento ou do natildeo cumprimento
atribuindo um papel ativo ao aluno onde lhe eacute dada autonomia para que possa avaliar o
seu progresso responsabilizando-o pelo seu empenho pessoal
O Programa de Economia de Fichas tem por base a utilizaccedilatildeo de pontos ou fichas
que o aluno obteacutem atraveacutes da adoccedilatildeo de comportamentos adequados e que se trocam por
preacutemios ou reforccedilos Segundo Du Paul amp Stomer (2007) este programa serve para
recompensar os alunos pela implementaccedilatildeo de um determinado comportamento que vai
ao encontro das expectativas do professor Eacute estabelecida pelo professor em conjunto
com o aluno uma lista de privileacutegios preacutemios ou atividades na escola para trocas pelas
fichas As fichas devem ser trocadas diariamente pelos privileacutegios ou reforccedilos
estabelecidos de acordo com os pontos atribuiacutedos previamente a cada comportamento
O time-out (tempo de afastamento de reforccedilo positivo) consiste em retirar todo o
reforccedilo social agrave crianccedila Du Paul amp Storner (2007) referem que este procedimento para
21
ser eficaz deve ser implementado logo apoacutes a manifestaccedilatildeo do comportamento
indesejado (entre 1 a 5 minutos) Eacute fundamental que este procedimento restritivo seja
utilizado apenas em conjunto com programas de reforccedilo positivo ou preacutemios sendo
considerado como uma medida de uacuteltimo recurso (apenas utilizada quando nenhuma
outra resulta)
Para reduzir a indisciplina e os comportamentos natildeo desejados em contexto de
sala de aula existe ainda um leque de estrateacutegias que podem ser implementadas pelo
professor (Lopes 2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs 1998 Fernandes 2007) e que
satildeo
- Aceitar o aluno tal como ele eacute
- Olhar o aluno nos olhos enquanto conversa com ele
- As regras devem ser negociadas e afixadas em local visiacutevel
- Estabelecer regrasconsequecircncias claras
- Rever as regras da sala de aula antes de iniciar as atividades e sempre que
necessaacuterio
- Estabelecer alternativas para comportamentos inadequados
- Ignorar alguns comportamentos (aqueles que se assumem como pouco
gravosos)
- Evitar criticar o aluno
- Sempre que o aluno aja em conformidade com as regras da sala de aula deve ser
elogiado (comunicar aos pais para que seja feito reforccedilo adicional em casa)
- Ser inflexiacutevel no desrespeito pelas regras mas sempre de forma calma e positiva
- Tentar controlar os comportamentos sem ser demasiado dominador
- Reagir de forma imediata e constante a cada comportamento
- Antecipar os problemas (planear antecipadamente em particular os momentos
de transiccedilatildeo)
- Afirmar assertivamente o que deve fazer e natildeo o que estava a fazer ou como
estava a fazer (eg ldquoJoatildeo volta imediatamente para o trabalhordquo e natildeo ldquoJoatildeo natildeo
estaacutes a prestar atenccedilatildeordquo)
22
- Falar em privado com o aluno acerca dos seus comportamentos inapropriados
- Estabelecer na sala um local para ldquoacalmarrdquo
- Saber diminuir os niacuteveis de pressatildeo e ansiedade
- Teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo
Segundo Rodrigues (2008) a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo a par da
implementaccedilatildeo das teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento satildeo as mais direcionadas
para o comportamento de impulsividade e de desorganizaccedilatildeo
Estas teacutecnicas satildeo segundo Costa et al (2010)
- Automonitorizaccedilatildeo ndash Atraveacutes de treino preacutevio requer que o aluno aprenda a
observar e a registar o seu proacuteprio comportamento
- Autoreforccedilo ndash O aluno monitoriza o seu comportamento avalia e reforccedila o seu
proacuteprio desempenho quer positivo quer negativo quando confrontados com
tarefas escolares e em interaccedilotildees com os seus colegas
- Autoinstruccedilatildeo ndash Ensinar estrateacutegias cognitivas que permitam ao aluno realizar
com sucesso as tarefas escolares e as situaccedilotildees em que eacute necessaacuterio que haja um
controlo dos comportamentos
Estas estrateacutegias fornecem ao aluno ferramentas de autoregisto para que se
consiga monitorizar o seu comportamento e em colaboraccedilatildeo com o professor realizar a
avaliaccedilatildeo do seu desempenho face ao contexto com vista a adoccedilatildeo de novos e adequados
comportamentos
(d) Ensino Especial
Rodrigues (2008) refere que a crianccedila com PHDA tem um estilo de aprendizagem
especiacutefico aprendendo de forma mais eficaz se forem utilizados estilos de ensino
multimodal ativos e que impliquem a accedilatildeo direta da crianccedila
Torna-se vital que se adapte o ensino agraves necessidades e capacidades individuais do
aluno com o objetivo de rentabilizar o seu potencial de aprendizagem alcanccedilando o
maacuteximo dos objetivos e das competecircncias delineados (as) para o seu niacutevel de ensino
23
Nessa loacutegica os alunos com PHDA podem quando necessaacuterio e beneacutefico ser
integrados na educaccedilatildeo especial e beneficiar de medidas educativas ao abrigo do decreto-
lei nordm 32008 de 7 de janeiro Para isso eacute necessaacuterio fazer a sinalizaccedilatildeo em contexto
escolar permitindo que se avance para o despiste de crianccedilas eou jovens que estejam
associadas (os) a fatores de risco e que possam estar no cerne das limitaccedilotildees escolares e
da possiacutevel existecircncia de necessidades educativas especiais (NEE) de caraacuteter permanente
Em seguida indicam-se as dificuldades detetadas ao niacutevel da comunicaccedilatildeo
aprendizagem mobilidade autonomia relacionamento interpessoal eou participaccedilatildeo
social
Podem proceder agrave sinalizaccedilatildeo os pais ou encarregados de educaccedilatildeo o conselho
executivo da entidade os docentes e outros teacutecnicos que tenham contacto contiacutenuo com
o aluno
Em seguida formaliza-se o processo atraveacutes do preenchimento de um formulaacuterio-
modelo (ver anexo 3) o qual deve conter informaccedilotildees acerca do motivo que levou o
indiviacuteduo a proceder agrave sinalizaccedilatildeo outros dados que se apresentem relevantes para a
posterior avaliaccedilatildeo ndash e intervenccedilatildeo ndash e documentaccedilatildeo necessaacuteria e pertinente
Depois em reuniatildeo de equipa multidisciplinar o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo
(SPO) e o Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial refletem sobre a ficha de sinalizaccedilatildeo e a eventual
necessidade de se avanccedilar para uma avaliaccedilatildeo especializada Sendo esse o caso define-
se o responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo referida e os elementos que iratildeo
participar utilizando diversos instrumentos No acircmbito da avaliaccedilatildeo psicoloacutegica
aplicam-se testes de avaliaccedilatildeo da capacidade cognitiva geral - eg Terceira Ediccedilatildeo da
Escala de Inteligecircncia de Wechsler (WISC-III) que ldquoserve para orientar hipoacuteteses sobre
as aacutereas de disfuncionamento cognitivo e para a escolha das provas complementares com
o objetivo de alcanccedilar um diagnoacutestico diferencialrdquo (Simotildees 2002) Uma dos instrumentos
de medida complementares agrave avaliaccedilatildeo eacute o d2 ndash Teste de Atenccedilatildeo (ver anexo 4) que
consiste na avaliaccedilatildeo da atenccedilatildeo seletiva e da capacidade de concentraccedilatildeo Segundo
Brickenkamp (2006) o d2 permite medir a atenccedilatildeo concentrada (caraacuteter seletivo e
intensivo) e a atenccedilatildeo sustentada (manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo) sendo que pressupotildee
concentraccedilatildeo focalizada em estiacutemulos visuais da atividade
Desencadeia-se em seguida o Relatoacuterio Teacutecnico-Pedagoacutegico (RTP) (ver anexo 5)
no qual se identifica o perfil de funcionalidade do aluno em questatildeo Esse RTP
24
determinaraacute se o aluno apresenta (ou natildeo) NEE e qual a sua tipologia Se sim
determinam-se os apoios especializados as adequaccedilotildees no processo de ensino e
aprendizagem ndash e as possiacuteveis tecnologias de apoio ndash de que iraacute beneficiar e que constaratildeo
no Projeto Educativo Individual (PEI) (ver anexo 6) assegurando-se a participaccedilatildeo ativa
dos pais ou encarregados de educaccedilatildeo assim como a sua anuecircncia
Quando natildeo se verificam NEE que justifiquem a necessidade de intervenccedilatildeo do
SPO e ou do Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial encaminham-se os alunos para apoios
disponibilizados pela escola que melhor se adequem a uma situaccedilatildeo especiacutefica (natildeo eacute o
caso dos alunos com PHDA pois os mesmos integram o Regime de Educaccedilatildeo Especial)
As medidas educativas mais indicadas para alunos com PHDA satildeo as enumeradas
nos artigos 17ordm - Apoio pedagoacutegico personalizado (beneficiar de apoio nas aacutereas
disciplinares onde apresentam maiores dificuldades como forma de melhorar a aquisiccedilatildeo
e aplicaccedilatildeo de conhecimentos) e 20ordm - Adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo
(periodicidade ndash realizar mais momentos de avaliaccedilatildeo reduzindo quantidade de mateacuteria
utilizando perguntas mais diretas duraccedilatildeo ndash dividir a realizaccedilatildeo do teste em dois
momentos manter periacuteodo de tempo mas reduzir o teste local ndash realizar o teste numa
outra sala onde o aluno se possa concentrar melhor)
Relativamente agrave avaliaccedilatildeo que continua a assumir um papel essencial no processo
de ensino-aprendizagem dos alunos sendo uma aacuterea que se reveste da maior importacircncia
nas escolas faz sentido deixar algumas sugestotildees importantes a implementar nos alunos
com PHDA tomando como referecircncia Chiolas (2010)
- Fichas de avaliaccedilatildeo
- Evitar a palavra natildeo e nunca (apenas sublinhaacute-lasdestacaacute-las)
- Colocar instruccedilotildees para cada pergunta
- Listar as instruccedilotildees verticalmente em vez de na horizontal
- Sublinhar aumentar ou colocar a negrito as palavras chave da instruccedilatildeo
- Utilizar apenas mateacuteria dada na sala
- Testes curtos e com seccedilotildees curtas
- Fornecer modelos de itens corretamente respondidos (dar exemplo)
- Colocar na mesma paacutegina um tipo semelhante de pergunta
- Evitar textos extensos
25
- Colocar poucas questotildees por paacutegina
- Numerar todas as paacuteginas e questotildees
- Organizar o teste para que as primeiras perguntas tenham mais cotaccedilatildeo
- Tipos de teste
- Respostas por escolha muacuteltipla
- Evitar muitas opccedilotildees
- Evitar opccedilotildees confusas (eg este ou aquele todas as anteriores)
- Circular a resposta certa (em vez de pedir coacutepia da resposta correta)
- Alinhar verticalmente as respostas
- Ser consistente na organizaccedilatildeo gramatical
- Evitar mais de dez questotildees com escolha muacuteltipla
- Se possiacutevel cotar o raciociacutenio mesmo que a resposta esteja incorreta
- Respostas por correspondecircncia
- Colocar todos os itens na mesma paacutegina
- Colocar espaccedilo extra entre os itens
- Utilizar pequenos grupos de itens
- Colocar os itens da coluna da direita por ordem alfabeacutetica (ajuda na localizaccedilatildeo)
- Colocar uma resposta fantasma (absurda) numa das colunas
- Dar um exemplo correto
- Colocar a coluna mais longa do lado esquerdo
- Respostas Verdadeiro ou Falso
- Utilizar ateacute 10 questotildees por teste
- Evitar pedir para transcrever a resposta correta ou falsa
- Colocar Verdadeiro e Falso no final de cada item e deixar o aluno circundar a
resposta correta
- Respostas para preencher e espaccedilos
- Evitar frases descontextualizadas (eg frases retiradas de textos)
- Deixar espaccedilos em branco proporcionais ao tamanho da resposta
- Fornecer a lista das palavras imediatamente a seguir agrave questatildeo
- Se uma palavra vai ser usada mais do que uma vez repeti-la na lista o nuacutemero
de vezes que for para usar
26
- Dividir o teste por seccedilotildees de 5 questotildees cada
- Respostas de desenvolvimento
- Dividir as perguntas de desenvolvimento em duas ou trecircs perguntas de resposta
mais curta
- Dar respostas curtas e o aluno poder circundar a resposta correta
- Descrever o que se espera dar recomendaccedilotildees e ajudar na organizaccedilatildeo
Outras sugestotildees
- Durante o teste o professor deve percorrer a sala para verificar se o aluno tem
alguma dificuldade e natildeo a verbaliza
- Consultar os alunos com PHDA durante o teste
- Atenccedilatildeo individualizada verificando as respostas no decorrer do teste
- Dar oportunidade se necessaacuterio de repetir o teste
- Deixar o aluno fazer o teste em outro ambiente
- Fazer o teste em dois dias
- Fazer intervalos durante o teste
- Utilizar reforccedilos positivos
- Evitar termos como ldquodespacha-terdquo ldquotanto tempordquo etc
- Treinar os vaacuterios tipos de perguntas e respostas
- Fornecer um guiatildeo de estudo
- Pedir ao aluno para rever todo o teste no final
(e) TreinoDesenvolvimento de competecircncias sociais
Na PHDA e no que diz respeito ao contexto escolar eacute importante estar atento e
trabalhar as questotildees relacionadas com o processo de ensino-aprendizagem mas tambeacutem
com o estabelecimento de relaccedilotildees saudaacuteveis e positivas quer com os pares quer com os
adultos
27
Segundo Lopes et al (2011) as implicaccedilotildees nas relaccedilotildees com os pares estatildeo
diretamente relacionadas com a dificuldade que as crianccedilas com PHDA tecircm em esperar
pela sua vez e com o facto de falarem e entrarem em confronto com maior facilidade
Os alunos com esta perturbaccedilatildeo tendem a manifestar deacutefices nas competecircncias
sociais sendo vistos pelos pares como intrusivos e inoportunos levando agrave rejeiccedilatildeo
(Landau amp Moore cit por Lopes et al 2011) Satildeo assim alunos considerados pelos
seus colegas como intrometidos inapropriados com dificuldades na interaccedilatildeo social
sem respeito pelas regras impostas (mesmo que as conheccedilam) com respostas agressivas
perante situaccedilotildees problemaacuteticas e com deacutefices na autoregulaccedilatildeo do comportamento
Sabendo que as competecircncias sociais se regem pela reciprocidade social (Brophy
Good amp Brophy Doyle Everston amp Kounin cit por Lopes et al 2011) eacute importante
analisar e avaliar os comportamentos dos professoresadultos para tambeacutem se perceber a
sua implicaccedilatildeo eou influecircncia nos comportamentos dos alunos e desta forma entender
o que motiva os alunos a comportamentos adequados com alguns professores e
inadequados com outros
Fica assente a importacircncia que os comportamentos e atitudes dos professores
assumem perante alunos com PHDA cujos comportamentos satildeo inadequados em
contexto de sala de aula Haacute entatildeo que mobilizar estrateacutegias promotoras do
desenvolvimento de competecircncias sociais quanto ao autoconceito acadeacutemico agrave
autoestima e agrave inclusatildeo no grupoturma (Lopes2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs
1998 Fernandes 2007)
- Procurar aacutereas em que o aluno se possa destacar
- Estabelecer uma relaccedilatildeo professor-aluno positiva (carinho compreensatildeo
respeito incentivo)
- Demonstrar interesse e participar ativamente na vida do aluno
- Promover a participaccedilatildeo ativa do aluno na aula
- Evitar linguagem de confronto e de provocaccedilatildeo
- Dar responsabilidade agrave crianccedila (eg distribuir cadernos ficar a tomar conta da
sala quando o professor se ausenta)
- Natildeo expor o aluno perante a turma (soacute o fazer quando a situaccedilatildeo eacute muito grave)
28
- Ignorar os comportamentos menos graves (falar depois individualmente com o
aluno sobre esses comportamentos)
- Dar reforccedilos positivos e elogios sempre que o aluno adota comportamentos
adequados
- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixam o aluno menos
ansioso e mais seguro e ajudam a turma a criar estrateacutegias de inclusatildeo)
- Adotar atitudes promotoras da autoestima do aluno (evitar os comentaacuterios
destrutivos em frente agrave turma roacutetulos e chamadas de atenccedilatildeo e criacuteticas devem ser
pela positiva e construtivos (as))
- Desenvolver programas de treino de competecircncias sociais
Se os professores conhecerem as caracteriacutesticas positivas e negativas dos seus
alunos com PHDA enquanto reconhecem as caracteriacutesticas positivas e as negativas vatildeo
aceitar e compreender melhor os seus alunos esforccedilando-se por adotar atitudes e accedilotildees
que vatildeo ao encontro das especificidades desses mesmos alunos
18 Importacircncia da formaccedilatildeo de professores como estrateacutegia de
intervenccedilatildeo terapecircutica (psicossocial) em PHDA
Para que a educaccedilatildeo inclusiva aconteccedila eacute fundamental que os professores tenham
acesso a informaccedilatildeo especiacutefica relativamente agrave diversidade de patologias encontradas
hoje nas escolas de ensino regular bem como tenham acesso ldquo a meacutetodos estrateacutegias e
teacutecnicas que lhes permitam uma accedilatildeo educativa inclusiva e simultaneamente promotora
do potencial acadeacutemico emocional e socialrdquo do aluno (Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp
Saragoccedila 2011 p 367)
Centrando o olhar no aluno com PHDA encontram-se especificidades
desenvolvimentais de conduta e de aprendizagem que obrigam ao delineamento de um
processo de inclusatildeo no grupo turma
Sabe-se hoje que a educaccedilatildeo inclusiva natildeo tem subjacente uma diminuiccedilatildeo de
expetativas face ao percurso escolar do aluno mas antes a funccedilatildeo de segundo Graacutecio
Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) responder adequadamente agraves suas necessidades
29
e promover o seu potencial Esta mudanccedila de paradigma escolar implica uma adaptaccedilatildeo
por parte do sistema de ensino e dos seus principais agentes (professores) exigindo o
decliacutenio de um ensino baseado na homogeneidade desenvolvimental
Segundo o ldquoWorld Report Disabilityrdquo (World Health Organization amp The World
Bank 2011) eacute fundamental face agrave diversidade educativa que os professores invistam e
melhorem as suas proacuteprias competecircncias para ensinarem crianccedilas com patologias
diversificadas que atualmente se encontram a frequentar escolas do ensino regular
Assim eacute tambeacutem fundamental promover oportunidades de encontro e partilha que sirvam
de suporte e apoio aos professores no sentido de estes dominarem e mobilizarem
abordagens de ensino-aprendizagem mais flexiacuteveis que permitam uma maior adequaccedilatildeo
e proximidade agraves necessidades dos alunos
O aumento do conhecimento dos professores eacute fundamental para as praacuteticas
escolares contribuindo tambeacutem para o desempenho acadeacutemico dos alunos com PHDA
A aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo especiacutefica pode contribuir para
- Melhorar a capacidade de anaacutelise das especificidades da crianccedila
- Permitir discussotildees mais objetivas das preocupaccedilotildees encontradas no
processo ensino-aprendizagem e descriccedilatildeo de comportamentos que os
preocupam nas crianccedilas contribuindo de forma ativa e adequada para a
obtenccedilatildeo de diagnoacutesticos precisos (Reis amp Camargo 2008)
- A melhor compreensatildeo dos diagnoacutesticos da informaccedilatildeo e da especificidade
do funcionamento de cada aluno (Simatildeo 2013)
- Uma participaccedilatildeo efetiva no processo de intervenccedilatildeo delineado e integraccedilatildeo
na rede de suporte constituiacuteda assumindo-se como agentes facilitadores de
aprendizagens (Correia 2010)
Um estudo realizado por Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) mostra
que uma percentagem muito significativa de professores (94 da amostra) refere sentir
necessidades de formaccedilatildeo relativa a aspetos associados agrave distraccedilatildeo das crianccedilas Cerca de
74 dos professores assume necessitar de saber mais para lidar com crianccedilas que revelam
dificuldades nos comportamentos de autocontrolo como o natildeo conseguir ficar parado
30
inquietude motora ou hiperatividade Logo o estilo de formaccedilatildeo que os professores deste
estudo referem como estando mais interessados cumpre os seguintes fatores
- Identificaccedilatildeo de crianccedilas com dificuldade na atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo
autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais
- Construccedilatildeo desenvolvimento e uso de materiais educativos para crianccedilas
com dificuldades de aprendizagem
- Organizaccedilatildeo da liccedilatildeo e das atividades baseadas em praacuteticas inclusivas no
domiacutenio da atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo competecircncias sociais e
emocionais e realizaccedilatildeo de tarefas
- Avaliaccedilatildeo do progresso da crianccedila do jovem com dificuldades de
aprendizagem e das crianccedilas dos jovens com comportamentos desafiantes
- Promoccedilatildeo de relaccedilotildees positivas entre pares sobretudo no autocontrolo
atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo ldquo (pp 375-376)
Em suma estes professores portugueses constituindo-se como uma amostragem
das necessidades sentidas na sua classe centram o seu interesse de formaccedilatildeo especiacutefica
no domiacutenio da educaccedilatildeo da atenccedilatildeo hiperatividade dificuldade de controlo emocional e
de impulso bem como da autoestima
Torna-se por isso pertinente o desenho de um programa de formaccedilatildeo para
professores em PHDA que seraacute descrito em seguida com base em diversos autores
Entende-se o programa de formaccedilatildeo como um contributo ajustado agraves reais necessidades
dos docentes promovendo a aquisiccedilatildeo de benefiacutecios em termos da adequaccedilatildeo de praacuteticas
educativas que permitam um melhor desenvolvimento e maiores progressos nas
aprendizagens dos alunos com PHDA integrados em escolas do ensino regular
181 Programa de Formaccedilatildeo de Professores em PHDA
Devido agrave necessidade de formaccedilatildeo em aacuterea especiacutefica referida anteriormente iraacute ser
apresentada em seguida uma proposta de programa de formaccedilatildeo de professores em
PHDA que pretende centrar-se nas experiecircncias dos professores a partir de dinacircmicas de
grupo divididas em sessotildees Deste modo exploram-se os conhecimentos dos professores
31
relacionando-os com as dinacircmicas de grupo baseadas em autores de referecircncia
devidamente citados ao longo das sessotildees e em sugestotildees da investigadora
Essas dinacircmicas de grupo dinamizadas por formador com competecircncias pedagoacutegicas
na aacuterea da PHDA (eg psicoacutelogo) contribuem para o desenvolvimento do plano praacutetico
dos docentes atraveacutes de estrateacutegias formativas que auxiliam no processo de
aprendizagem Essas dinacircmicas divididas em sessotildees possibilitam a mobilizaccedilatildeo de
processos coletivos de reflexatildeodiscussatildeo ampliam o conhecimento individual e coletivo
da classe docente e potenciam a transformaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo da informaccedilatildeo partilhada
182 Descriccedilatildeo das sessotildees
Sessatildeo 1 - ldquoO que jaacute faccedilo bem o que poderei fazer melhor e o que poderei fazer de novordquo
Tema Autoconhecimento do professor (pontos fortes e pontos a melhorar)
Objetivos
- Proceder agrave apresentaccedilatildeo do grupo de professores e formadores
- Recolher as expectativas face ao programa de formaccedilatildeo
- Identificar razotildees para procurarem integrar este programa de formaccedilatildeo
- Apresentar o organograma do programa de formaccedilatildeo
- Dinamizar a situaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo inicial
- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias dos professores e pontos de fragilidade que
consideram ser elementos importantes a melhorar
Dinacircmica 1 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting inicial
Objetivos da dinacircmica
- Avaliar os conhecimentos iniciais dos professores acerca da PHDA
32
Estrateacutegias
- Trabalho individual
Procedimentos da dinacircmica
- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre
aspetos inerentes agrave PHDA
- Distribuir o material (ver anexo 7) onde consta um pequeno questionaacuterio que
pretende perceber os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA
e um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem diferentes
criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e tambeacutem
mobilizariam na organizaccedilatildeo e no planeamento de um momento educativo (parte
de uma aula) sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de
PHDA
- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema
importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de
informaccedilatildeo a ser partilhada
Dinacircmica 2 ndash Espelho meu espelho meu
Fonte Coelho amp Belo (2011)
Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores
Objetivos da dinacircmica
- Identificar caracteriacutesticas pessoais e competecircncias que valorizam enquanto
professores
- Hierarquizar por niacutevel de importacircncia as caracteriacutestica e competecircncias
identificadas em funccedilatildeo da integraccedilatildeo de crianccedilas com PHDA no seu grupo turma
33
- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias que consideram tornaacute-los
professores mais aptos e aquelas que procuram melhorar e desenvolver
Estrateacutegias
- Trabalho individual
- Reflexatildeo de grupo
Procedimentos
- Eacute distribuiacutedo aos professores um exemplar (ver anexo 8) solicitando-lhes que
reflitam sobre outros professores que conhecem (natildeo tendo que fazer parte do
grupo com quem trabalham) e que consideram professores aptos de referecircncia
para si e para o desenvolvimento do seu trabalho enquanto professores
- Apoacutes essa reflexatildeo devem nomear 3 desses professores
- De seguida propor que construam uma lista de no total 10 caracteriacutesticas e
competecircncias que identificam nesses professores nomeados e que os fazem ser
vistos e considerados ldquoextraordinaacuteriosrdquo enquanto classe docente
- Transcrever para a folha entregue inicialmente (ver anexo 6) a listagem que
elaboraram identificando quais dessas satildeo tambeacutem caracteriacutesticas suas
- Posteriormente refletir e assinalar quais consideram as mais importantes para si
- ldquo (hellip) os princiacutepios pelos quais se rege satildeo as coisas mais importantes para si
aquelas de que seria mais difiacutecil abdicar Os que se mantecircm inalteraacuteveis por mais
voltas que a vida decircrdquo (Belo amp Coelho 2010)
- Refletir sobre aquelas que jaacute possuem na dimensatildeo desejada e que os tornam
tambeacutem professores aptos e quais as que pretendem melhorar tendo como
referecircncia a especificidade de inclusatildeo de alunos com PHDA no grupo turma
- Partilhar o resultado da reflexatildeo com o grande grupo
- O formador deveraacute neste momento da dinacircmica proceder agrave sistematizaccedilatildeo da
informaccedilatildeo partilhada organizando-a em dois grupos as potencialidades do grupo
de professores e as fragilidades e caracteriacutesticas a melhorar
34
Reflexatildeo
- Esta dinacircmica para aleacutem de permitir a cada elemento do grupo um tempo de
autoreflexatildeo e de busca das suas potencialidades conferindo-lhes desta forma
um sentido de autoeficaacutecia e de autoaceitaccedilatildeo (Barbosa 1995) permite tambeacutem
a identificaccedilatildeo do outro sobretudo quando se trata de identificar fragilidades
(competecircncias a melhorar) desenvolvendo um sentido de pertenccedila (natildeo estou
sozinho neste desafio)
- Estar consciente das suas caracteriacutesticas potencialidades e fragilidades pode ser
facilitador na organizaccedilatildeo na dinacircmica desenvolvida e no seu trabalho de gestatildeo
pedagoacutegica e de comportamentos do grupo turma
- Aos formadores daacute-lhes a possibilidade de organizar a partilha de informaccedilatildeo
durante a formaccedilatildeo de forma a privilegiar e fazer uso das competecircncias que foram
inicialmente identificadas pelo grupo bem como criar oportunidades de reflexatildeo
sobre formas de desenvolver as que foram identificadas como mais fraacutegeis
Sessatildeo 2
Tema PHDA
Objetivos
- Potenciar oportunidades para aprofundar conhecimentos relacionados com o aluno com
PHDA
- Promover um espaccedilo de partilha e discussatildeo teoricamente sustentado necessaacuterio agrave
compreensatildeo do aluno com PHDA e especificidade do seu modo de interaccedilatildeo e inclusatildeo
no sistema de ensino
Dinacircmica 3 ndash ldquoDesenho cegordquo
Fonte Coelho amp Belo (2014)
35
Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo dos conceitos a explorar
Objetivos da dinacircmica
- Sensibilizar para a importacircncia que a forma de transmissatildeo e receccedilatildeo de
informaccedilatildeo bem como o entendimento dos conceitos assume num processo
eficaz de comunicaccedilatildeo
- Refletir sobre o papel da comunicaccedilatildeo no conhecimento da PHDA
Estrateacutegias
- Trabalho a pares
- Exploraccedilatildeo ativa do material
- Reflexatildeo em grande grupo
Procedimentos
- Organiza-se o grupo de professores em pares de forma aleatoacuteria
- Pede-se que se sentem formando um grande ciacuterculo e de costas viradas uns para
os outros de forma a que o elemento da frente de cada par natildeo consiga ver o detraacutes
e esse natildeo veja as matildeos do colega da frente
- A cada um dos elementos que se encontra atraacutes de cada par eacute entregue uma folha
com uma representaccedilatildeo graacutefica (ver anexo 9) e aos elementos da frente uma folha
em branco e uma caneta
- De seguida eacute pedido aos elementos que possuem o suporte com a representaccedilatildeo
graacutefica que partilhem informaccedilatildeo sobre essa representaccedilatildeo de forma a que o seu
par consiga produzir uma imagem o mais idecircntica possiacutevel
- O colega da frente que assume o papel de recetor da informaccedilatildeo natildeo pode fazer
qualquer tipo de comentaacuterio referente agrave informaccedilatildeo recebida nem questionar o
emissor
- No final de todos os pares terem terminado a tarefa o formador deve recolher
todas as produccedilotildees graacuteficas e afixaacute-las de forma a que sejam visiacuteveis a todos
36
- Em grupo importa refletir sobre o processo de comunicaccedilatildeo as estrateacutegias que
cada um utilizou para transmitir informaccedilatildeo os obstaacuteculos encontrados por
emissores e recetores comparar resultados finais com a matriz inicial e integrar
esta experiecircncia em questotildees associadas agrave temaacutetica da sessatildeo
Reflexatildeo
- A utilizaccedilatildeo desta dinacircmica permite ao formador ilustrar o ruiacutedo que muitas
vezes se instala nos canais de comunicaccedilatildeo estabelecidos entre os diferentes
intervenientes no processo educativo
- Permite ainda sensibilizar os professores para a importacircncia da clareza de
domiacutenio e entendimento dos conceitos envolvidos nesta perturbaccedilatildeo bem como
ilustrar as dificuldades que se assistem quando a informaccedilatildeo partilhada natildeo eacute
suficiente para que o recetor dessa informaccedilatildeo possa entender e construir o seu
proacuteprio quadro concetual que lhe permitiraacute atuar posteriormente de forma mais
adequada e proacutexima das reais especificidades desenvolvimentais e de
aprendizagem da crianccedila
Dinacircmica 4 ndash ldquoInventaacuterio de caracteriacutesticas de crianccedilas com PHDArdquo
Fonte Barbosa (1995)
Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a
desenvolver
Objetivos da dinacircmica
- Perceber quais as caracteriacutesticas das crianccedilas com PHDA mais conhecidas no
grupo alvo e os mitos que poderatildeo estar presentes
- Utilizar o conhecimento preacutevio do professor e integrar a restante informaccedilatildeo
Estrateacutegias
37
- Trabalho individual
- Trabalho em pequeno grupo
- Reflexatildeo em grande grupo
Procedimentos
- Solicita-se a cada professor a elaboraccedilatildeo de uma lista de caracteriacutesticas que
associam agrave crianccedila ao jovem com PHDA desta forma evita-se o efeito de
fixaccedilatildeo demasiado presente em estrateacutegias de brainstorming que contribui para
a diminuiccedilatildeo da eficaacutecia de construccedilatildeo de ideias e criatividade na informaccedilatildeo
apresentada (Kohn amp Smith 2010)
- Posteriormente os professores satildeo convidados a reunirem-se em pequenos
grupos por forma a partilharem as listas individuais e a reorganizarem-nas numa
nova lista de caracteriacutesticas que identificam e associam aos alunos com PHDA
- Apoacutes esta fase inicial do trabalho pede-se a cada grupo que apresente a sua lista
ao grande grupo
- As caracteriacutesticas apresentadas deveratildeo ser registadas pelos formadores em
suporte legiacutevel para todo o grupo
- Partindo dessa lista como forma de valorizaccedilatildeo do conhecimento que os
professores jaacute possuem relativamente a esta perturbaccedilatildeo deve-se iniciar a
integraccedilatildeo de informaccedilatildeo teoacuterica relativamente agrave especificidade da PHDA nas
seguintes unidades
ndash Criteacuterios de diagnoacutestico (a lista teraacute jaacute subjacente informaccedilatildeo
suficiente para a interpretaccedilatildeo e identificaccedilatildeo dos diferentes criteacuterios
de construccedilatildeo do diagnoacutestico de PHDA)
ndash Caracteriacutesticas e mitos (conduzir os professores a refletir sobre a
possibilidade de algumas das caracteriacutesticas identificadas na lista
conjunta serem mitos associados agrave crianccedila ao jovem com PHDA e
partilhar o enquadramento e compreensatildeo desses mitos)
38
ndash Prevalecircncia e comorbilidade (alertar para o facto de existirem
caracteriacutesticas enunciadas que poderatildeo tambeacutem pertencer a outros
quadros patoloacutegicos)
ndash Etiologia (desconstruir ideias preconcebidas relativamente agraves causas
da PHDA)
Reflexatildeo
- Com esta dinacircmica possibilita-se a criaccedilatildeo de um espaccedilo de partilha de
conhecimento permitindo a integraccedilatildeo de novas informaccedilotildees em referenciais jaacute
construiacutedos assim como a reorganizaccedilatildeo de informaccedilatildeo em diferentes unidades
de conteuacutedo
- O papel ativo do formador na procura de exemplos praacuteticos e vivenciais dos
professores a partir da lista construiacuteda tambeacutem se constitui como um fator
facilitador para a melhor compreensatildeo da crianccedila com PHDA pois ilustra os
conteuacutedos teoacutericos partilhados
Sessatildeo 3
Tema Ser criativo eacute urgente
Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial
Fundamentaccedilatildeo Breve enquadramento da importacircncia de serem definidas estrateacutegias
especiacuteficas para lidar com as crianccedilas com PHDA em contexto escolar
Objetivos
- Refletir sobre a necessidade de diferenciar formas de atuaccedilatildeo pedagoacutegica e relacional
face agrave crianccedila ao jovem com PHDA
- Explorar diferentes estrateacutegias e tipologias de atividades estudadas como adequadas ao
funcionamento do aluno com PHDA
39
Dinacircmica 5 ndash ldquoOnde estaacute o ratordquo
Objetivos da dinacircmica
- Perceber a importacircncia da observaccedilatildeo e da diferenciaccedilatildeo de focos
- Explorar a ideia de alternacircncia de procedimentos para atingir os objetivos
definidos para cada aluno
Estrateacutegias
- Exploraccedilatildeo ativa do material
- Reflexatildeo em grupo
Procedimentos
- A cada professor seraacute distribuiacuteda uma folha ldquoOnde estaacute o ratordquo (ver anexo 10)
- Pede-se para observarem o desenho com atenccedilatildeo e descobrirem onde se encontra
o rato
- Apoacutes resposta dos professores deve-se refletir sobre o processo de descoberta
Encontraram o rato Se natildeo porquecirc Que fatores consideraram facilitadores na
pesquisa e quais os que dificultaram a tarefa Qual a finalidade deste desafio
Reflexatildeo
- Esta dinacircmica permite ao formador ilustrar os vaacuterios niacuteveis de intervenccedilatildeo que
estatildeo subjacentes agrave inclusatildeo da crianccedila do jovem com PHDA na turma e no seu
processo de aprendizagem (estrateacutegias de atuaccedilatildeo individual e direta indireta de
manipulaccedilatildeo de fatores contextuais organizaccedilatildeo de ambientes educativos e
intervenccedilatildeo grupal)
40
- Perceber que apesar do mesmo diagnoacutestico cada crianccedila eacute diferente entre si
contemplando caracteriacutesticas especiacuteficas que devem ser tidas em conta na
mobilizaccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo
Dinacircmica 6 ndash ldquoO que descubrordquo
Fonte Coelho amp Belo (2014)
Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores
Objetivos da dinacircmica
- Construir uma oportunidade de identificaccedilatildeo ao outro
- Promover oportunidade de reforccedilo de relaccedilatildeo ao outro (aluno com PHDA) e de
reflexatildeo sobre a importacircncia de conhecer e compreender as caracteriacutesticas do
professor e do aluno (focos de conflito eou de entendimento)
- Sensibilizar para estrateacutegias promotoras do desenvolvimento de competecircncias
sociais (autoconceito acadeacutemico autoestima inclusatildeo no grupoturma) na crianccedila
Estrateacutegias
- Trabalho individual
- Reflexatildeo em grupo
Procedimentos
- Pedir aos professores que reflitam e respondam agraves questotildees apresentadas ldquoQual
a minha caracteriacutestica positiva que revejo na crianccedilardquo e ldquoQue caracteriacutestica
minha da qual natildeo me orgulho revejo no alunordquo
- Integrar as reflexotildees individuais nos conteuacutedos teoacutericos a apresentar
nomeadamente na possibilidade dessas respostas poderem estar na base de
constituiccedilatildeo de um foco de conflito ou de aproximaccedilatildeo ao aluno
41
Reflexatildeo
- Com esta experiecircncia de reflexatildeo proposta ao grupo de professores cria-se um
ambiente facilitador de permeabilidade agrave aceitaccedilatildeo da diferenccedila e de possibilidade
de identificaccedilatildeo com a mesma O professor ao realizar o caminho de identificaccedilatildeo
de caracteriacutesticas partilhadas com os alunos estaraacute mais consciente da forma
como teraacute de atuar em termos de estabelecimento da relaccedilatildeo para que respeitando
a especificidade de ambos consiga criar uma relaccedilatildeo suficientemente segura que
lhe permita experimentar formas de atuaccedilatildeo social e do saber diversificadas e
cada vez mais adequadas ao desenvolvimento de ambos no processo de ensino
aprendizagem
Dinacircmica 7 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo
Fonte Barbosa (1995)
Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a
desenvolver
Objetivos da dinacircmica
- Ilustrar os benefiacutecios inerentes a algumas estrateacutegias de intervenccedilatildeo
comportamental em sala de aula
Estrateacutegias
- Role-playing
- Trabalho em grupo
- Reflexatildeo em grande grupo
Procedimentos
42
- Solicita-se ao grupo de professores que se organizem em grupos de 3 ou 4
elementos de forma aleatoacuteria
- A cada grupo eacute pedido que um dos elementos se ausente por um periacuteodo de cerca
de 10 minutos solicitando que apoacutes esse tempo volte a integrar o grupo e a
discussatildeo que neste estaacute a decorrer
- Apoacutes a saiacuteda dos elementos os grupos teratildeo acesso a uma pequena descriccedilatildeo de
uma situaccedilatildeo para discussatildeo (ver anexo 11)
- Com cada grupo eacute ainda partilhada a seguinte informaccedilatildeo Grupo 1 ndash Natildeo pode
partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi dada anteriormente nem informar o novo
elemento dos aspetos jaacute abordados na discussatildeo Grupo 2 ndash Apenas pode
responder a questotildees que sejam colocadas pelo elemento que integrou o grupo
Grupo 3 ndash Deve partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi facultada no iniacutecio da discussatildeo
bem como partilhar com o novo elemento os diferentes pontos jaacute abordados
durante o periacuteodo de discussatildeo (envolver o outro elemento)
- Apoacutes um periacuteodo de cerca de mais 10 minutos para integraccedilatildeo dos novos
elementos convidar os professores a refletir em pequenos grupos relativamente
agrave facilidadedificuldade que o elemento em situaccedilatildeo de time-out sentiu bem como
o sentimento dos elementos do grupo que o receberam a meio da discussatildeo
- Num uacuteltimo momento da dinacircmica solicitar a todos os grupos que partilhem as
suas reflexotildees tendo o formador o papel de integrar tais reflexotildees no quadro
adaptativo da estrateacutegia de time-out
Reflexatildeo
- Como em dinacircmicas anteriormente apresentadas esta por permitir a construccedilatildeo
de um espaccedilo vivencial de uma situaccedilatildeo similar agraves que acontecem com os alunos
em contexto de sala de aula constituir-se-aacute como facilitadora no entendimento e
na anaacutelise das especificidades inerentes agrave utilizaccedilatildeo adequada de estrateacutegias de
intervenccedilatildeo comportamental seja o time-out ou a importacircncia da participaccedilatildeo
ativa do aluno na aula
- Permitir que os professores ganhem consciecircncia de que o time-out se apresenta
como uma estrateacutegia de uacuteltima linha por ser extremamente restritiva
43
Sessatildeo 4
Tema Ser criativo eacute urgente (continuaccedilatildeo)
Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial
Dinacircmica 8 ndash ldquoA Torrerdquo
Fonte Kombo - Gestatildeo estrateacutegica de pessoas (adaptaccedilatildeo livre)
Objetivos da dinacircmica
- Exploraccedilatildeo de estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica
- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo para atingir um objetivo
- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa
rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas
Estrateacutegias
- Jogo
- Reflexatildeo em grande grupo
Procedimentos
- Organizam-se os professores em pequenos grupos
- Eacute entregue a cada grupo o seguinte material reacutegua de 30 cm cartolina tesoura
e cola
- Com o material que lhes foi dado deveratildeo construir uma torre
- Metade dos grupos formados soacute poderatildeo construir a torre com tiras de cartolina
que natildeo ultrapassem o tamanho da reacutegua tanto nos 30 centiacutemetros quanto na
44
largura Esta torre deveraacute ser mais alta que 30 centiacutemetros e no final a reacutegua
deveraacute ser colocada horizontalmente sobre a torre
- A outra metade dos grupos tem o mesmo material disponiacutevel e a indicaccedilatildeo que
teraacute de construir uma torre sendo que no final a reacutegua deveraacute ser colocada
horizontalmente sobre a torre
- Apoacutes cada grupo concluir a sua tarefa deve dar-se um periacuteodo de reflexatildeo tendo
como ponto de partida algumas das seguintes questotildees Que sentimentos surgiram
durante a realizaccedilatildeo da tarefa Surgiu algum liacuteder Como conduziu o grupo
Quais foram as dificuldades encontradas E as estrateacutegias utilizadas para as
superar Que fatores foram identificados como auxiliadores para a concretizaccedilatildeo
da tarefa Como avaliam o trabalho do grupo
- Posteriormente deve existir uma reflexatildeo conjunta em grande grupo onde se
comparam os resultados finais conseguidos e os processos diferentes que foram
assumidos pelos grupos de forma a fazer-se a ponte para as questotildees da
diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica
Reflexatildeo
- Com esta dinacircmica o formador tem a oportunidade de assumir uma funccedilatildeo
integradora de vivecircncias pessoais no que pretende desenvolver em termos de
conteuacutedos chave no trabalho pedagoacutegico com a crianccedila eou o jovem com PHDA
que assenta na partilha de estrateacutegias claras de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica e natildeo em
estrateacutegias limitativas
Dinacircmica 8 ndash ldquoNatildeo parem os balotildeesrdquo
Fonte Aline Ulyssea ndash Universidade do Panamaacute (adaptaccedilatildeo livre)
Objetivos da dinacircmica
- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo de modo a atingir um objetivo
45
- Sensibilizar para a importacircncia das redes de suporte na crianccedila eou no jovem
com PHDA
- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa
rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas
Estrateacutegias
- Jogo
- Reflexatildeo em grande grupo
Procedimentos
- Solicita-se aos professores que fiquem de peacute organizados em ciacuterculo
- A cada um deles seraacute entregue um balatildeo que devem encher imaginando que esse
balatildeo representa um desafio associado ao trabalho com alunos com PHDA
- Depois de todos terem enchido o balatildeo e atado pedir-lhes para que atirem os
balotildees para o ar e para o centro e que a partir desse momento natildeo os deixem mais
cair e tocar no chatildeo
- Ao fim de 1 ou 2 minutos de todos estarem em atividade o formador deve
comeccedilar a retirar elementos do ciacuterculo mas deixando o balatildeo permanecer
relembrando aos elementos que permanecem no ciacuterculo que os balotildees continuam
a natildeo poder tocar no chatildeo
- Este procedimento repete-se ateacute ao momento em que eacute observado pelos
elementos que foram saindo do ciacuterculo que com os balotildees restantes natildeo se
consegue manter a tarefa e haacute balotildees que tocam no chatildeo
- No final lanccedilar o periacuteodo de reflexatildeo partilhada Trabalharam em equipa O que
sentiram quando todos estavam a cooperar O que sentiram quando foram
perdendo elementos Houve definiccedilatildeo de estrateacutegias claras para obter sucesso na
tarefa As estrateacutegias foram redefinidas agrave medida que foram perdendo elementos
Haacute problemasdesafios que conseguiram resolver sozinhos
46
Reflexatildeo
- As reflexotildees partilhadas pelos grupos que experienciaram a dinacircmica permitiratildeo
ao formador introduzir de forma sustentada questotildees de intervenccedilatildeo na crianccedila
eou no jovem com PHDA tatildeo importantes como a constituiccedilatildeo de redes de
suporte a forma como se devem organizar e partilhar intervenccedilatildeo e
responsabilidades a perspetiva de quem lidera a intervenccedilatildeo a importacircncia da
partilha e a avaliaccedilatildeo constante de resultados face agrave intervenccedilatildeo desenhada para
cada uma das crianccedilas em intervenccedilatildeo direta
Dinacircmica 9 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting final
Objetivos da dinacircmica
- Perceber os conhecimentos adquiridos pelos professores no momento final da
formaccedilatildeo
Estrateacutegias
- Trabalho individual
- Reflexatildeo em grupo
Procedimentos
- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre
aspetos inerentes agrave PHDA
- Distribuir o material (ver anexo 6) onde consta a) um pequeno inqueacuterito que
pretende avaliar os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA
b) um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem os diferentes
criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e mobilizariam na
47
organizaccedilatildeo e planeamento de um momento educativo (parte de uma aula)
sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de PHDA
- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema
importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de
informaccedilatildeo a ser partilhada
- Promover um momento de partilha e reflexatildeo conjunta relativamente agrave
informaccedilatildeo partilhada no iniacutecio e no final da formaccedilatildeo
183 Siacutentese geral
A proposta de formaccedilatildeo acima descrita para aplicaccedilatildeo em tempo real com
professores que se proponham agrave inscriccedilatildeo surge porque uma grande amostra da classe
docente ndash como referido anteriormente com base no estudo de Graacutecio Chaleta Cid
Fialho amp Saragoccedila (2011) ndash demonstra a necessidade de formaccedilatildeo na aacuterea da atenccedilatildeo
dos alunos enquanto complemento para intervenccedilatildeo direta com os mesmos Segundo
Selikowitz (2009) atualmente haacute uma noccedilatildeo mais oacutebvia acerca dessa problemaacutetica sendo
que os professores jaacute recebem formaccedilatildeo acadeacutemica nos seus estaacutegios profissionais No
entanto parece natildeo ser suficiente para aplicaccedilatildeo em contexto de sala de aula Deste modo
os professores participando de uma formaccedilatildeo com atividades semelhantes agraves propostas
no programa acima delineado melhorariam as suas teacutecnicas pedagoacutegicas
complementadas com informaccedilatildeo e identificaccedilatildeo de carateriacutesticas de diagnoacutestico de
PHDA
48
2 ESTUDO EMPIacuteRICO METODOLOGIA E ESTRATEacuteGIAS DE
INVESTIGACcedilAtildeO
21 Introduccedilatildeo
O objetivo do estudo decorre da necessidade jaacute referenciada no capiacutetulo anterior
de melhor conhecer as carateriacutesticas causas e formas de intervenccedilatildeo na PHDA Sendo
assim surgiu a partir da revisatildeo da literatura uma proposta de possiacutevel formaccedilatildeo de
professores enquanto estrateacutegia terapecircutica na aacuterea da PHDA
Este estudo combina a investigaccedilatildeo qualitativa com a quantitativa ndash teacutecnica mista
ndash e numa posterior triangulaccedilatildeo de dados que segundo Coutinho (2011) eacute uma forma de
conseguir uma anaacutelise de maior alcance e riqueza Havendo diferenccedilas as mesmas podem
ser usadas como forma de tentar encontrar uma explicaccedilatildeo vaacutelida
De acordo com Bogdan amp Biklen (2013) a investigaccedilatildeo qualitativa apresenta
cinco carateriacutesticas 1) o ambiente natural ndash fonte direta de dados ndash que constitui o
investigador enquanto instrumento principal 2) a descriccedilatildeo dos dados por se
apresentarem sob forma de palavras 3) a importacircncia que o investigador entrega aos
resultados 4) a tendecircncia do investigador analisar os dados de forma indutiva e contiacutenua
5) a importacircncia do significado na abordagem qualitativa No entanto natildeo satildeo todos os
estudos a utilizar as cinco carateriacutesticas acima referidas (Bogdan amp Biklen 2013) Assim
atraveacutes do objeto de investigaccedilatildeo explicar a situaccedilatildeo da questatildeo de partida Acrescentam
que o investigador qualitativo faz desenvolver um sistema de codificaccedilatildeo de modo a
organizar os dados obtidos Para isso eacute necessaacuterio criar categorias de codificaccedilatildeo atraveacutes
de procura de dados da sua regularidade e dos seus padrotildees e toacutepicos Estes dados
permitem a clarificaccedilatildeo dos dados descritivos da investigaccedilatildeo Neste estudo a questatildeo de
investigaccedilatildeo daacute origem a uma categoria especiacutefica ndash pensamentos dos sujeitos sobre
pessoas eou objetos ou seja o alvo de classificaccedilatildeo foram os professores e os alunos
com PHDA
22 Desenho do estudo
As etapas do procedimento iniciam-se com
49
- A pergunta de partida (de investigaccedilatildeo) atraveacutes da anaacutelise e definiccedilatildeo dos
conceitos pretendidos e dos toacutepicos necessaacuterios agrave iniciaccedilatildeo da exploraccedilatildeo Para isso
fazem-se leituras exploratoacuterias sobre a temaacutetica e definem-se os toacutepicos de relevacircncia
suprema para a investigaccedilatildeo avanccedilar
- Depois surge o planeamento da observaccedilatildeo exploratoacuteria em funccedilatildeo dos toacutepicos
devidamente definidos (inventaacuterios por questionaacuterio observaccedilatildeo e seus registos em
fotografia e em viacutedeo e tambeacutem conversas informais de opiniatildeo) e a construccedilatildeo do
modelo de anaacutelise (a quem a quantos onde como etc)
- Prossegue-se para a anaacutelise do problema de investigaccedilatildeo dimensionando o
problema incorporando com a nova informaccedilatildeo teoacuterica e empiacuterica A pesquisa
documental eacute relevante para complementar os dados obtidos com a investigaccedilatildeo no
terreno
23 Participantes
Os participantes deste estudo satildeo 26 professores e 5 alunos do 3ordm ciclo do ensino
baacutesico e secundaacuterio de uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores
Em todo o estudo haveraacute a prevalecircncia de um aluno com 12 anos do sexo
masculino Podia considerar-se um estudo de caso dada a afluecircncia de informaccedilatildeo do
aluno referido e por ter sido escolhido para observaccedilatildeo e filmagem poreacutem natildeo era esse
o objetivo Os outros 4 alunos apenas contribuiacuteram atraveacutes dos instrumentos de avaliaccedilatildeo
entregues por um dos elementos da equipa multidisciplinar (psicoacuteloga) que pediu que
zelasse pelas informaccedilotildees que neles consistissem
As idades dos participantes que responderam aos inventaacuterios por questionaacuterio
estatildeo entre os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino
Os participantes inicialmente seriam um grupo de 70 pessoas (46 do sexo feminino
e 24 do sexo masculino) embora tenham sido recebidos apenas 26 inventaacuterios por
questionaacuterio
50
24 Instrumentos e procedimentos de recolha de dados
No presente estudo realizou-se a recolha de dados utilizando a combinaccedilatildeo de
vaacuterios instrumentos o questionaacuterio a observaccedilatildeo naturalista (fotografia e viacutedeo)
decorrente dos resultados e tambeacutem as conversas informais Utilizaram-se estes
instrumentos para complemento na recolha de informaccedilatildeo e enriquecimento do estudo
em causa
Primeiro foi realizado neste estudo o estabelecimento de contacto com a escola
escolhida para recolha de dados Este contacto foi de faacutecil acesso
Em seguida procedeu-se agrave realizaccedilatildeo de um inqueacuterito por questionaacuterio ndash teacutecnica
de observaccedilatildeo natildeo participante apoiada em questotildees com o objetivo de obter
informaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica abordada ndash a alguns dos professores dessa
escola que foram aplicados posteriormente com o propoacutesito de conhecer as praacuteticas
educativas desses professores mediante presenccedila de alunos com PHDA em contexto de
sala de aula
Apoacutes receccedilatildeo dos questionaacuterios que foram entregues em suporte de papel tratou-
se dos dados dos questionaacuterios sob a forma de graacuteficos com as respetivas percentagens e
anaacutelise textual referente a cada um deles
Nos questionaacuterios aos professores codificaram-se os mesmos sendo os
respondentes designados da seguinte forma P1 ndash P26
Apoacutes esse processo percecionou-se a necessidade de mais instrumentos que
completassem e adicionassem maior informaccedilatildeo Por isso elaborou-se uma autorizaccedilatildeo
para o encarregado de educaccedilatildeo de um aluno com PHDA na qual pedia-se o seu
consentimento para observar fotografar e filmar o aluno em contexto de sala de aula
Codificou-se o observado atraveacutes de SS
Aleacutem disso os outros instrumentos tornaram-se informaccedilatildeo adicional de grande
importacircncia Essas conversas foram codificadas em P1 e P2
Aquando da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios e feita a observaccedilatildeo garantiu-se a
confidencialidade e o anonimato dos respondentes sendo os dados utilizados apenas para
tratamento
241 Inqueacuteritos por Questionaacuterio
51
Os questionaacuterios (ver anexo 12) elaborados pela investigadora tecircm por objetivo
conhecer as medidas utilizadas pelos professores com alunos com PHDA em contexto
de sala de aula pressupondo conseguir obter mais informaccedilotildees acerca do assunto Foi de
administraccedilatildeo direta visto que o preenchimento foi realizado pelos proacuteprios professores
facultando assim as suas informaccedilotildees baseadas em criteacuterios de intervenccedilatildeo do seu dia a
dia Em formato digital teria o benefiacutecio de ser virtual poreacutem natildeo teria tantas respostas
face agrave sua entrega pois em matildeos houve sempre uma conversa e explicaccedilatildeo informais
de modo a explicar e explicitar determinados aspetos fulcrais do questionaacuterio
Foram entregues 70 questionaacuterios poreacutem apenas 26 responderam (e entregaram)
os mesmos
Como resultado da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios aos professores realizou-se a
anaacutelise dos mesmos sendo possiacutevel obter alguns elementos relevantes
O grupo de professores eacute constituiacutedo por 26 respondentes (1 com 23 anos 1 com
34 anos 2 com 35 anos 3 com 36 anos 2 com 37 anos 6 com 40 anos 2 com 41 anos 1
com 42 anos 1 com 43 anos 1 com 45 anos 1 com 46 anos 1 com 48 anos 1 com 49
anos 1 com 52 anos 1 com 57 anos e 1 sem colocar a idade) ndash rondando as idades entre
os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino
25 Caracterizaccedilatildeo dos participantes
Geacutenero (ver anexo 17)
No graacutefico que se segue verifica-se que o sexo feminino foi o maior respondente
aos questionaacuterios (81) tendo aderido e respondido 19 de elementos do sexo
masculino No entanto este resultado seria previsiacutevel pois foram entregues 46
questionaacuterios ao sexo feminino e 24 ao sexo masculino
Idade (ver anexo 17)
Dos 26 questionaacuterios recebidos a prevalecircncia assoberbada foi dos professores
com idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos (54) Os professores com idades
entre os 30 e os 39 compreendem 31 da populaccedilatildeo alvo A classe docente com mais de
52
50 anos corresponde a 7 dos respondentes 4 tem apenas entre 20 e 29 anos e outros
4 natildeo colocou a idade
26 Anaacutelise dos resultados do inqueacuterito por questionaacuterio
1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)
(ver anexo 18)
Segundo os questionaacuterios os resultados estatildeo muito proacuteximos quanto agrave presenccedila de
alunos com PHDA nas salas de aula dos professores respondentes No entanto a maioria
natildeo tem alunos com PHDA (54)
11 Se sim quais as suas maiores dificuldades (ver anexo 18)
Os professores respondentes tecircm claramente maior dificuldade em gerir a
concentraccedilatildeo e o comportamento dos alunos com PHDA (58) poreacutem haacute outros fatores
tais como arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar a distraccedilatildeo (17) e a presenccedila de
subestima inferioridade tristeza desconfianccedila ansiedade e descrenccedila nesses alunos
(8) Uma reduzida percentagem de professores natildeo justificou as suas dificuldades
(17)
2 Tem conhecimentos acerca da PHDA (ver anexo 18)
Apesar da maioria dos professores respondentes natildeo ter alunos com PHDA inseridos nas
suas salas de aula o facto eacute que 54 possui conhecimentos acerca da problemaacutetica
envolvida em todo o estudo PHDA Os outros 46 refere natildeo ter conhecimentos na aacuterea
21 Se sim quais (ver anexo 18)
Dos professores respondentes que referiram os seus conhecimentos na PHDA 50
domina as carateriacutesticas gerais dos alunos (concentraccedilatildeo execuccedilatildeo de tarefas etc) e
atitudes a tomar Quanto aos conhecimentos gerais adquiridos atraveacutes de por exemplo
53
documentaacuterios foram 15 a afirmaacute-lo Cerca de 14 dos professores tem conhecimento
dos criteacuterios de diagnoacutestico e de intervenccedilatildeo Cerca de 7 natildeo evidencia quaisquer
conhecimentos outros 7 evidencia algunspoucos conhecimentos E outros 7 natildeo
considera que a falta de empenho ou o comportamento seja resultado da educaccedilatildeo
parental
3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na
atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais (ver
anexo 18)
Uma grande maioria dos professores respondentes (73) referiu que identifica alunos
com PHDA Os restantes 27 natildeo identificam a problemaacutetica
31 Caso a sua resposta seja negativa justifique (ver anexo 18)
Os resultados desta questatildeo presente no questionaacuterio foram muito semelhantes
sendo que 29 tem dificuldade em assimilar a identificaccedilatildeo de alunos com PHDA outros
29 natildeo tecircm conhecimentos logo natildeo o conseguem fazer 28 da populaccedilatildeo alvo natildeo
tem formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA e 14 refere que o facto de haver a possibilidade de
outras problemaacuteticas associadas poderaacute influenciar a identificaccedilatildeo desses alunos
4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas
suas praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula (ver anexo 18)
De salientar que 58 dos respondentes respondeu que constroacutei materiais para os seus
alunos serem incluiacutedos em sala de aula O oposto tambeacutem se verificou com 38 das
respostas Sem resposta 4
41 Se natildeo por que natildeo o faz (ver anexo 18)
Os valores satildeo muito proacuteximos rondando os 10 e os 20 natildeo terem oportunidade
para construccedilatildeo de tais instrumentos natildeo ter alunos com PHDA nas suas turmas natildeo
54
sentir necessidade de diferenciar os materiais natildeo ter conhecimento de estrateacutegias
sobrecarga de horaacuterio escolar e sem resposta
5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos
alunos com PHDA (ver anexo 18)
A maioria dos respondentes (54) referiu que organiza o plano de aula de acordo
com as dificuldades de tais alunos Haacute professores a natildeo organizar o plano de aula (42)
e apenas 4 que natildeo responde agrave questatildeo
51 Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos (ver anexo 18)
A grande maioria dos respondentes (46) refere natildeo ter alunos com PHDA Dos
professores que tentam ultrapassar essas dificuldades com os seus alunos 36 faz gestatildeo
individual da situaccedilatildeonecessidade do (s) aluno (s) Os professores solicitam que esses
alunos participem afincadamente nas tarefas (9) Os restantes 9 elabora um plano
geral sem diferenciaccedilotildees para alunos com PHDA
6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA juntos dos
intervenientes no processo educativo do aluno (ver anexo 18)
Uma parte significativa dos respondentes refere que avalia o progresso dos alunos
com PHDA (58) no entanto 31 natildeo o faz Sem resposta foram os restantes 11
61 Se sim quais (ver anexo 18)
O diretor de turma eacute o interveniente de maior procura com 25 Segue-se com 17
o professor de educaccedilatildeo especial Depois com 13 o conselho de turma e outros 13
com o encarregado de educaccedilatildeo Com 8 apelam ao SPO Os outros 8 natildeo tecircm
resposta 4 com o professor de Educaccedilatildeo Moral Religiosa e Catoacutelica (EMRC) 4 pede
auxiacutelio apenas quando os alunos jaacute tecircm diagnoacutestico de PHDA outros 4 quando satildeo
acompanhados pelo SPO e ainda outros 4 que apenas procuram ajuda para gestatildeo do
comportamento dos alunos com PHDA
55
611 Maioritariamente quem (ver anexo 18)
Confirma-se como no graacutefico anterior que o diretor de turma eacute o interveniente de
maior procura (40) seguido do psicoacutelogo (27) do encarregado de educaccedilatildeo (17)
do professor de educaccedilatildeo especial (10) do professor de EMRC (3) Sem resposta
3 Apesar da prevalecircncia do diretor de turma o facto eacute que cada um dos elementos da
equipa exerce o seu papel ao proporcionar a melhor educaccedilatildeo possiacutevel agrave crianccedila
(Selikowitz 2009)
62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de
integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem (ver anexo 18)
A maioria dos respondentes (58) refere que os professores devem envolver-se nas
tarefasatividades dos alunos com PHDA 23 natildeo tem opiniatildeo formada e os restantes
19 natildeo consideram esse o seu papel educativo
Se sim justifique (ver anexo 18)
Cerca de 34 dos professores respondentes consideram que devem participar no
processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do aluno com PHDA enquanto interveniente
ativo no processo de aprendizagem Outros 33 sugerem maior apoio Apesar dessa
participaccedilatildeo 7 considera que a intervenccedilatildeo sistemaacutetica deve ser parte essencial do SPO
A rentabilizaccedilatildeo do aproveitamento cumpre 13 Os restantes 13 natildeo deram resposta
7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA
(ver anexo 18)
Confirmando os dados anteriores a percentagem eacute superior quanto agrave importacircncia da
formaccedilatildeo de professores na aacuterea da PHDA (80) Apenas 20 natildeo considera necessaacuteria
formaccedilatildeo especializada
71 Se natildeo porquecirc (ver anexo 18)
56
Dos anteriores 20 que mencionam a natildeo formaccedilatildeo 50 justifica com a razatildeo de
ausecircncia de formaccedilatildeo na regiatildeo Os outros 50 considera que existe equipa especializada
para intervir com alunos com PHDA
72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar (ver anexo 18)
A maioria dos respondentes natildeo fez quaisquer consideraccedilotildeessugestotildees para a
praacutetica de formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA para melhoria das teacutecnicas de ensino com esses
alunos o que parece indicar que os professores natildeo tecircm conhecimento sobre a PHDA
natildeo tendo informaccedilotildees suficientes para sugerir nos questionaacuterios Essa ausecircncia de
resposta natildeo implica desinteresse ateacute porque ldquomuitos deles querem obter informaccedilatildeo
acerca dela (PHDA) quando datildeo conta que tecircm um aluno com esta perturbaccedilatildeordquo
(Selikowitz 2009)
Um dos respondentes (4) refere assim como Selikowitz (2009) que muitos
departamentos de ensino lanccedilam (deviam lanccedilar) brochuras com orientaccedilotildees e informaccedilatildeo
sobre PHDA para professores
27 A Observaccedilatildeo
Apoacutes os resultados dos inqueacuteritos por questionaacuterio sentiu-se a necessidade de
partir para a observaccedilatildeo naturalista com o objetivo de complementar as informaccedilotildees
obtidas A partir dos objetivos do estudo e do problema inicial selecionaram-se as
unidades de anaacutelise e de observaccedilatildeo e tambeacutem os toacutepicos de exploraccedilatildeo e organizaccedilatildeo
de informaccedilatildeo descritiva Depois elaborou-se uma ficha de autorizaccedilatildeo para o
encarregado de educaccedilatildeo do aluno escolhido para a observaccedilatildeo referida (ver anexo 13)
No entanto foram feitas apenas as seguintes observaccedilotildees (ver anexo 14) uma observaccedilatildeo
em contexto de situaccedilatildeo de sala de aula teoacuterica com registo fotograacutefico outra em aula
praacutetica (Educaccedilatildeo Fiacutesica) (gravaccedilatildeo de viacutedeo) e por fim no recreio (uma situaccedilatildeo nesse
contexto) (registo fotograacutefico) Foi escolhido apenas um aluno com PHDA tendo em
conta os testemunhos dos teacutecnicos que trabalham diretamente com o aluno Conotaram
maior particularidade a esse aluno e aos resultados que dele suscitariam Modificou-se
entatildeo a trajetoacuteria social e teacutecnica tendo-se alargado os elementos de estudo para
completamento do mesmo
57
A observaccedilatildeo permitiu tambeacutem identificar as maiores dificuldades dos proacuteprios
alunos com PHDA em contexto escolar Exemplo disso eacute a ficha que o aluno observado
estava a realizar com a colega em contexto de sala de aula que demonstrou alguma
desatenccedilatildeo (ver anexo 15)
Sendo assim a observaccedilatildeo conseguiu consolidar e acentuar os resultados
demonstrando-se pertinente face aos dados jaacute existentes Permitiu percecionar-se a
dificuldade que de facto os professores tecircm em lecionar uma turma na qual esteja (m)
inserido (s) aluno (s) com PHDA pois o (s) mesmo (s) exige (m) maior atenccedilatildeo sobre a
sua desatenccedilatildeo
28 Outros instrumentos
Aleacutem dos instrumentos de maior dimensatildeo fez-se pesquisa documental de 5
alunos e utilizaram-se instrumentos complementares atraveacutes de fichas de elementos
fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno (ver anexo 16) De acordo com
os 5 alunos participantes sugeridos por um dos elementos da equipa multidisciplinar (eg
psicoacuteloga) os professores contrastam opiniotildees semelhantes como refere a anaacutelise de
conteuacutedo (ver anexo 17) Segundo P1 os alunos em geral tecircm dificuldade em controlar
o comportamento incapacidade em focar a atenccedilatildeo e reter a informaccedilatildeo Aleacutem disso tecircm
desadequaccedilatildeo de conduta e de inibiccedilatildeo da atenccedilatildeo e da concentraccedilatildeo No entanto refere
que as mesmas podem ser desenvolvidas com trabalho Alguns alunos tecircm tiques Outros
por terem pertubaccedilotildees especiacuteficas de aprendizagem (PEA) podem agravar os sintomas
anteriores Outro aspeto relevante eacute a incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo A
medicaccedilatildeo pode influenciar as melhorias comportamentais dos alunos poreacutem alguns
continuam inquietos e impulsivos Quanto P2 o mesmo menciona a dificuldade no
controlo dos impulsos podendo demonstrar atos agressivos sem maldade Refere um
dos alunos com PHDA como ldquomeigo e atenciosordquo no entanto egoiacutesta preferindo os
trabalhos individuais Partilha da mesma opiniatildeo de P1 quanto aos tiques
29 Limitaccedilotildees
De acordo com as limitaccedilotildees do estudo eacute de esperar que se refira primeiramente
a pouca adesatildeo dos professores na entrega dos questionaacuterios devidamente preenchidos
58
isto eacute embora se tenha procedido agrave entrega de 70 questionaacuterios apenas foram devolvidos
26 Dos 26 referidos alguns professores natildeo responderam a questotildees de elevada
importacircncia e uma grande maioria natildeo apresentou sugestotildees para eventuais estrateacutegias
com alunos com PHDA deixando portanto espaccedilos em branco
Aleacutem disso as observaccedilotildees dado o escasso tempo de investigaccedilatildeo natildeo
permitiram que a investigadora as realizasse a mais do que um aluno e de modo
sistemaacutetico em mais do que um contexto
210 Siacutentese final
Toda a investigaccedilatildeo pretende desenvolver de modo a implementar futuramente
a filosofia inclusiva atraveacutes de formaccedilatildeo especializada para intervenccedilatildeo adequada com
alunos com PHDA (e com alunos NEE em geral) A formaccedilatildeo NEE em outros paiacuteses eacute
de significativa preocupaccedilatildeo ao contraacuterio de em Portugal pois o Decreto-Lei revigorou
o Artigo 15ordm Ponto 2 do Decreto-Lei nordm 34489 de 11 de Outubro que determinava que
os cursos regulares de formaccedilatildeo de educadores de infacircncia e de professores do ensino
baacutesico e secundaacuterio devem incluir preparaccedilatildeo inicial no campo da educaccedilatildeo especial
(Correia 2013) O estudo efetuado trouxe a perceccedilatildeo real de necessidade de preparaccedilatildeo
dos agentes educativos neste caso os professores para adquirirem aptidotildees de
identificaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na PHDA Por isso torna-se relevante que as instituiccedilotildees de
ensino superior insiram unidades curriculares com planos de estudo referentes agraves NEE
Caso essa situaccedilatildeo natildeo surja a instituiccedilatildeo onde o docente exerce funccedilotildees deve segundo
Correia (citado por Correia et al 1997 p 162) desenvolver formaccedilotildees de meacutedia duraccedilatildeo
jornadas de trabalho mesas-redondas ciclos de conferecircncias coloacutequios simpoacutesios
congressos e seminaacuterios
59
CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES
O estudo apresentado visou identificar os conhecimentos e as estrateacutegias dos
professores de alunos com PHDA em contexto de sala de aula Para tal selecionou-se
uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores
Nesta escola procedeu-se agrave recolha de dados e opiniotildees a partir dos questionaacuterios
aos professores e da observaccedilatildeo filmagem e fotografia a um aluno com PHDA conversas
informais a teacutecnicos e acesso a instrumentos de avaliaccedilatildeo a alguns alunos com PHDA
Os meacutetodos de recolha de dados aplicados aos grupos de participantes pretenderam
verificar o devido ponto de vista em relaccedilatildeo ao assunto em anaacutelise
No que se refere ao objetivo foi possiacutevel identificar elementos que conferem
credibilidade ao estudo com os inventaacuterios por questionaacuterio e na perspetiva da
observaccedilatildeo naturalista que visa explicar o porquecirc e o para quecirc atraveacutes do como (Estrela
2008)
Constatou-se deste modo a necessidade de maior recetividade dos professores
de menor defesaresistecircncia por parte dos mesmos em aplicar as medidas do PEI ndash
fundamentais para o sucesso escolar desses alunos sendo que quando natildeo beneficiam
dessas medidas o insucesso escolar e desmotivaccedilatildeo acrescem ndash e da maior
disponibilidade e cooperaccedilatildeo entre a equipa multidisciplinar Haacute que perceber portanto
o quatildeo beneacutefico eacute o trabalho em cooperaccedilatildeo entre teacutecnicos e professores com o objetivo
de melhor encontrar as estrateacutegias para utilizaccedilatildeo com os alunos com PHDA Eacute de
salientar a sensibilidade da investigadora para a aacuterea da Educaccedilatildeo Especial pois a mesma
tem formaccedilatildeo na aacuterea
No entanto e apesar da grande parte haacute professores interessados em aprender e
aplicar as estrateacutegias que surgem no seu contexto educativo para acompanhar e assim
compreender e intervir com esses alunos como referem os resultados obtidos atraveacutes da
investigaccedilatildeo
Deixam-se algumas recomendaccedilotildees 1) Os professores deveratildeo proceder agrave sua
incriccedilatildeo em formaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica da PHDA aderindo agraves mesmas de
modo a aplicar as estrateacutegias corretas na praacutetica escolar 2) Haacute ainda para praacutetica dessas
estrateacutegias a necessidade de elaboraccedilatildeo de materiais adequados como os sugeridos no
60
presente trabalho 3) A escola utilizada para o estudo deveraacute promover accedilotildees de
formaccedilatildeo na aacuterea destinadas aos intervenientes com alunos com PHDA 4) Quanto aos
recursos humanos satildeo necessaacuterias mais turmas e mais professores sendo que muitas
vezes haacute turmas com mais do que um (ou mais) aluno (s) por turma o que natildeo auxilia
nas praacuteticas e no desenvolvimento das mesmas
Sugere-se que num proacuteximo estudo relacionado com a temaacutetica se utilizem mais
escolas como referecircncia e alunos para a observaccedilatildeo sistemaacutetica Pois atraveacutes dos dados
conseguidos natildeo eacute possiacutevel fazer generalizaccedilotildees pensando sempre nas exceccedilotildees ndash de
escola para escola de aluno para aluno de meacutetodo para meacutetodo
Relacionados com a temaacutetica eacute possiacutevel desenvolver-se artigos cientiacuteficos na aacuterea
da PHDA enquanto ferramenta de trabalho rotineiro para os professores Propotildee-se que
se apresente o projeto da presente dissertaccedilatildeo pelas escolas da Regiatildeo Autoacutenoma dos
Accedilores de modo a aprofundar o tema estudado
61
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65
ANEXOS
66
Anexo 1 ndash Exemplos de contratos de comportamento
67
Exemplo de contrato com aluno com PHDA
Retirado de Correia 2013 p 181
68
Retirado de Beane (2006)
69
Anexo 2 ndash Exemplo de contratos de etiquetas
70
CONTRATO DE ETIQUETAS
Recebes uma etiqueta cada vez
que___________________________________________________
No entanto se te comportares
mal em seguida
__________________________________________
Quando conseguires ________________ etiquetas na tua carta podes
Adaptado de Parker 1994 p 121
71
Anexo 3 ndash Fichas de sinalizaccedilatildeo
72
FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO
I - PEDIDO DE AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA
1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO
Identificaccedilatildeo do Aluno
Nome
Data de Nascimento Idade
Morada Tel
Nome do Pai Idade
Nome da Matildee Idade
Encarregado de Educaccedilatildeo
a
Idade
Grau de Parentesco
Morada Tel
Situaccedilatildeo Escolar do Aluno
Estabelecimento de Ensino
Situaccedilatildeo Escolar
3ordm CEB Ano Turma
Ens Secundaacuterio Ano Turma
73
Outra modalidade de ensino
Professor Titular Diretor de Turma
Percurso Escolar do Aluno
Aspectos relevantes da histoacuteria escolar
Nuacutemero de retenccedilotildees Anos de escolaridade em que ocorreram
Foi elaborado Plano Individual (PI) Sim Natildeo
Beneficiou do Regime de Apoio Educativo Sim Natildeo
Se assinalou sim indicar modalidades de apoio aplicadas
Beneficiou do Regime Educativo Especial Sim Natildeo
Se assinalou sim indicar respostas educativas aplicadas
Estrateacutegias pedagoacutegicas jaacute implementadas para minimizar as dificuldades apresentadas
Na sala de aula Sim Natildeo
Se assinalou sim indique quais
Flexibilizaccedilatildeo de curriacuteculo Sim Natildeo
Se assinalou sim indique em que aacutereasdisciplinas
Planificaccedilotildees e ensino individualizado Sim Natildeo
Se assinalou sim indique qual
Outros
74
2 MOTIVO DO PEDIDO DE SINALIZACcedilAtildeO
Suspeita de alteraccedilotildees de caraacutecter permanente nos seguintes domiacutenios
(assinale com X onde considera haver alteraccedilotildees mais acentuadas)
Sensoriais Visatildeo
Audiccedilatildeo
Cognitivo
Comunicacional
EmocionalPersonalidade
Motor
Sauacutede Fiacutesica - Diagnoacutestico meacutedico
Especificar algum aspecto que considere pertinente
3 CARACTERIZACcedilAtildeO DAS DIFICULDADES DO ALUNO (indicadores de desempenho
por referecircncia agrave CIF-CJ 1)
(Assinale com X apenas o que considerar relevante para a caracterizaccedilatildeo)
d110 Observar
d115 Ouvir
d120 Outras percepccedilotildees sensoriais intencionais
d130 Imitar
d131 Aprender atraveacutes da interacccedilatildeo com os objectos
d132 Adquirir informaccedilatildeo
d133 Adquirir linguagem
d134 Adquirir linguagem adicional
d135 Ensaiar (Repetir)
d137 Adquirir conceitos
75
d140 Aprender a ler
d145 Aprender a escrever
d150 Aprender a calcular
d155 Adquirir competecircncias
d160 Concentrar a atenccedilatildeo
d161 Dirigir a atenccedilatildeo
d163 Pensar
d166 Ler
d170 Escrever
d172 Calcular
d175 Resolver problemas
d177 Tomar decisotildees
d210 Realizar uma uacutenica tarefa
d220 Realizar tarefas muacuteltiplas
d230 Realizar a rotina diaacuteria
d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas
d250 Gerir o proacuteprio comportamento
d310 Comunicar e receber mensagens orais
d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais
d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem gestual
d325 Comunicar e receber mensagens escritas
d330 Falar
d331 Produccedilotildees preacutendashlinguiacutesticas
d332 Cantar
d335 Produzir mensagens natildeo verbais
d340 Produzir mensagens usando linguagem gestual
d345 Escrever mensagens
d350 Conversaccedilatildeo
d355 Discussatildeo
d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de comunicaccedilatildeo
d410 Mudar a posiccedilatildeo baacutesica do corpo
d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo
d420 Auto-transferecircncias
d430 Levantar e transportar objectos
d435 Mover objectos com os membros inferiores
d440 Movimentos finos da matildeo
d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo
d450 Andar
d455 Deslocar-se
d510 Lavar-se
d520 Cuidar de partes do corpo
76
d530 Cuidados relacionados com os processos de excreccedilatildeo
d540 Vestir-se
d550 Comer
d560 Beber
d570 Cuidar da proacutepria sauacutede
d571 Cuidar da proacutepria seguranccedila
d630 Preparar refeiccedilotildees
d640 Realizar as tarefas domeacutesticas
d650 Cuidar dos objectos da casa
d660 Ajudar os outros
d710 Interacccedilotildees interpessoais baacutesicas
d720 Interacccedilotildees interpessoais complexas
d730 Relacionamento com estranhos
d740 Relacionamento formal
d750 Relacionamentos sociais informais
d760 Relacionamentos familiares
d770 Relacionamentos iacutentimos
d810 Educaccedilatildeo informal
d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar
d820 Educaccedilatildeo escolar
d825 Formaccedilatildeo profissional
d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)
___________________
1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens
(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do
Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do
Porto)
4 FACTORES AMBIENTAIS
Identificar factores do ambiente escolar familiar social ou outro que poderatildeo estar a
Factores
Constituir barreira ao desempenho
do aluno
Facilitar ou ajudar o desempenho do aluno
Familiar
Escolar
77
Social
Outros
5 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES QUE CONSIDERE NECESSAacuteRIO DESCREVER
6 INTERVENIENTES NO PROCESSO DE SINALIZACcedilAtildeO
Data de Preenchimento Responsaacutevel pela sinalizaccedilatildeo
Tomada de conhecimento pelo Enc Educaccedilatildeo Ass
Recepccedilatildeo no Conselho Executivo Ass
Entrega ao Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo Ass
Entrega ao Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial Ass
7 O ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO
Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada
Natildeo Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada
Proponho
Assinatura
78
II - ANAacuteLISE E REFLEXAtildeO DA FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO
1 TOMADA DE DECISAtildeO
a) Natildeo se confirma a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada
Encaminhamento
b) Confirma-se a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada
2 PLANIFICACcedilAtildeO DA AVALIACcedilAtildeO
Componentes Categorias a avaliar Quem avalia Calendarizaccedilatildeo
Funccedilotildees do
Corpo
79
Actividades e
Participaccedilatildeo
Factores
Ambientais
Observaccedilotildees
3 A EQUIPA PLURIDISCIPLINAR DE AVALIACcedilAtildeO
Indicaccedilatildeo do Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo
Nome Cargo
Docente Titular Director de Turma Ass
Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass
Psicoacutelogo Ass
80
Encarregado de Educaccedilatildeo Ass
Outros Intervenientes
Ass
Ass
Ass
Ass
81
82
83
Anexo 4 ndash Testes de Atenccedilatildeo (d2)
84
85
86
87
88
89
90
Anexo 5 ndash Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegicos (RTP)
91
RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO
O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela
equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo
referencial CIF- 1 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo
promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment
1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO
Identificaccedilatildeo do Aluno
Nome e Nordm
Data de Nascimento Idade
Morada Telefone
Nome do Pai Idade
Nome da Matildee Idade
Encarregado de Educaccedilatildeo
a
Idade
Grau de Parentesco
Morada Telefone
Outras informaccedilotildees pertinentes
1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)
92
Situaccedilatildeo Escolar do Aluno
Estabelecimento de Ensino
Situaccedilatildeo Escolar
3ordm CEB Ano Turma
Professor Titular Director de Turma
Percurso Escolar do Aluno
2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA
Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo
Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo
Nome
Cargo
Docente TitularDiretor de Turma
Docente da Educaccedilatildeo Especial
Psicoacutelogo
Outros intervenientes
93
Instrumentos utilizados
1 Funccedilotildees do Corpo
2 Atividade e participaccedilatildeo
3 Fatores ambientais
3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)
SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES
AMBIENTAIS
FUNCcedilOtildeES DO CORPO
QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9
Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos
(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas
funccedilotildees ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou
uma perda
0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada
3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel
CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS
(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)
b110 Funccedilotildees da consciecircncia
b114 Funccedilotildees da orientaccedilatildeo no espaccedilo e no tempo
b117 Funccedilotildees intelectuais
b122 Funccedilotildees psicossociais globais
b126 Funccedilotildees do temperamento e da personalidade
b130 Funccedilotildees da energia e dos impulsos
b134 Funccedilotildees do sono
(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)
b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo
b144 Funccedilotildees da memoacuteria
b147 Funccedilotildees psicomotoras
b152 Funccedilotildees emocionais
b156 Funccedilotildees da perceccedilatildeo
b160 Funccedilotildees do pensamento
94
b164 Funccedilotildees cognitivas de niacutevel superior
b167 Funccedilotildees mentais da linguagem
b172 Funccedilotildees do caacutelculo
b176 Funccedilotildees mentais para a sequecircncia de movimentos
complexos
CAPIacuteTULO 3 ndash FUNCcedilOtildeES DA VOZ E DA FALA
b310 Funccedilotildees da voz
b320 Funccedilotildees de articulaccedilatildeo
b330 Funccedilotildees de fluecircncia e do ritmo da fala
b340 Funccedilotildees de outras formas de vocalizaccedilatildeo
b398 Funccedilotildees da voz e da fala outras especificadas
CAPIacuteTULO 7 ndash FUNCcedilOtildeES NEUROMUSCULOESQUELEacuteTICAS E FUNCcedilOtildeES RELACIONADAS COM O MOVIMENTO
b710 Funccedilotildees relacionadas com a mobilidade das
articulaccedilotildees
b715 Estabilidade das funccedilotildees das articulaccedilotildees
b730 Funccedilotildees relacionadas com a forccedila muscular
b735 Funccedilotildees relacionadas com o toacutenus muscular
b740 Funccedilotildees relacionadas com a resistecircncia muscular
b750 Funccedilotildees relacionadas com reflexos motores
b755 Funccedilotildees relacionadas com reaccedilotildees motoras
involuntaacuterias
b760 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov
voluntaacuterio
b765 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov
involuntaacuterio
b770 Funccedilotildees relacionadas com o padratildeo de marcha
b780 Funccedilotildees relacionadas c os muacutesculos e funccedilotildees do
movimento
ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO
QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9
Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo
Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real
Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na
execuccedilatildeo das mesmas
0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada
3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel
95
CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS
d110 Observar
d115 Ouvir
d120 Outras perceccedilotildees sensoriais intencionais
d130 Imitar
d131 Aprender atraveacutes da interaccedilatildeo com os objetos
d132 Adquirir informaccedilatildeo
d133 Adquirir linguagem
d134 Desenvolvimento da linguagem
d135 Ensaiar
d137 Adquirir conceitos
d140 Aprender a ler
d145 Aprender a escrever
d150 Aprender a calcular
d155 Adquirir competecircncias
d160 Concentrar a atenccedilatildeo
d161 Dirigir a atenccedilatildeo
d163 Pensar
d166 Ler
d170 Escrever
d172 Calcular
d175 Resolver problemas
d177 Tomar decisotildees
CAPIacuteTULO 2 ndash TAREFAS E EXIGEcircNCIAS GERAIS
d210 Levar a cabo uma tarefa uacutenica (quando as atividades
satildeo do interesse do aluno este faacute-las sozinho)
d220 Levar a cabo tarefas muacuteltiplas
d230 Levar a cabo a rotina diaacuteria
d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas
d250 Controlar o seu proacuteprio comportamento
CAPIacuteTULO 3 ndash COMUNICACcedilAtildeO
d310 Comunicar e receber mensagens orais
d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais
d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem
gestual
d325 Comunicar e receber mensagens escritas
d330 Falar
d331 Produccedilotildees Preacute-linguiacutesticas
d332 Cantar
d335 Produzir mensagens natildeo verbais
d340 Produzir mensagens na linguagem formal dos sinais
d345 Escrever mensagens
96
d350 Conversaccedilatildeo
d355 Discussatildeo
d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de
comunicaccedilatildeo
CAPIacuteTULO 4 ndash MOBILIDADE
d410 Mudar as posiccedilotildees baacutesicas do corpo
d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo
d420 Autotransferecircncias
d430 Levantar e transportar objetos
d435 Mover objetos com os membros inferiores
d440 Atividades de motricidade fina da matildeo
d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo
d450 Andar
d455 Deslocar-se
CAPIacuteTULO 5 ndash AUTO-CUIDADOS
d510 Lavar-se
d520 Cuidar de partes do corpo
d530 Higiene pessoal relacionada com as excreccedilotildees
d540 Vestir-se
d550 Comer
d560 Beber
d570 Cuidar da sua proacutepria sauacutede
d571 Cuidar da sua proacutepria seguranccedila
CAPIacuteTULO 6 ndash VIDA DOMEacuteSTICA
d630 Preparar refeiccedilotildees
d640 Realizar o trabalho domeacutestico
d650 Cuidar dos objetos domeacutesticos
d660 Ajudar os outros
CAPIacuteTULO 7 ndash INTERACcedilOtildeES E RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS
d710 Interaccedilotildees interpessoais baacutesicas
d720 Interaccedilotildees interpessoais complexas
d730 Relacionamento com estranhos
d740 Relacionamento formal
d750 Relacionamentos sociais informais
d760 Relacionamentos familiares
d770 Relacionamentos iacutentimos
CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA
d810 Educaccedilatildeo informal
d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar
d820 Educaccedilatildeo escolar
d825 Formaccedilatildeo profissional
d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)
97
FATORES AMBIENTAIS
QUALIFICADORES Barreira
ou
Facilitador
0 1 2 3 4 8 9
Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social
e atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua
vida
As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto
barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com
(bull) se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se
a estaacute a considerar como facilitador
Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor
que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os
seguintes qualificadores
0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro
2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave
4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo
aplicaacutevel
CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA
e110 Para consumo pessoal (medicamentos)
e115 Para uso pessoal na vida diaacuteria
e120 Para facilitar a mobilidade e o
transporte pessoal
e125 Para a comunicaccedilatildeo
e130 Para a educaccedilatildeo
e135 Para o trabalho
e140 Para a cultura a recreaccedilatildeo e o
desporto
CAPIacuteTULO 2 ndash AMBIENTE NATURAL E MUDANCcedilAS AMBIENTAIS FEITAS PELO HOMEM
e225 Clima
e240 Luz
e250 Som
CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS
e310 Famiacutelia proacutexima
e315 Famiacutelia alargada
e320 Amigos
e325 Conhecidos pares colegas vizinhos e
membros da comunidade
e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade
e340 Prestadores de cuidados pessoais e
assist pessoais
e355 Profissionais de sauacutede
e360 Outros profissionais
CAPIacuteTULO 4 ndash ATITUDES
e410 Atitudes individuais dos membros da
famiacutelia proacutexima
e415 Atitudes individuais dos membros da
famiacutelia alargada
98
e420 Atitudes individuais dos amigos
e425 Atitudes individuais de conhecidos
pares colegas e membros da
comunidade
e430 Atitudes individuais de pessoas em
posiccedilatildeo de autoridade
e445 Prestadores de cuidados pessoais e
assist pessoais
e450 Atitudes individuais de profissionais de
sauacutede
e455 Atitudes individuais de outros
profissionais
CAPIacuteTULO 5 ndash SERVICcedilOS SISTEMAS E POLIacuteTICAS
e515 Relacionados com a arquitetura e a
construccedilatildeo
e540 Relacionados com os transportes
e570 Relacionados com a seguranccedila social
e575 Relacionados com o apoio social geral
e580 Relacionados com a sauacutede
NOTA Deveratildeo ser eliminados os itens natildeo selecionados
4 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES
5 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA
a) Natildeo se confirma a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial
Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo
De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo Especial o
perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) natildeo remete para a integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo
Especial uma vez que natildeo existem graves limitaccedilotildees ou incapacidades nas suas Funccedilotildees do Corpo que
expliquem o seu niacutevel atual de desempenho na Atividade e Participaccedilatildeo
SugestotildeesRecomendaccedilotildees
99
b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial
Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo
De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo
Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime
de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e
estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando
necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena
Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas
necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que
deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI
Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em
consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos
diferentes domiacutenios
TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS
Sensorial
Motor Cognitivo
Emocional
Personalidade
Sauacutede
Fiacutesica
Comunicaci
onal Audiccedilatildeo Visatildeo
6 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)
REGIME EDUCATIVO ESPECIAL
a) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO
Especificar
b) ADEQUACcedilOtildeES
CURRICULARES
Adequaccedilotildees curriculares individuais
Turma com um projeto curricular adaptado
100
c) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE MATRIacuteCULA
Especificar
d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO
Especificar
e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA
Especificar
f) ADAPTACcedilOtildeES MATERIAIS E DE EQUIPAMENTOS ESPECIAIS DE COMPENSACcedilAtildeO
Especificar
g) CURRIacuteCULO
ESPECIacuteFICO
INDIVIDUAL
Desenvolvido em turma do ensino regular
Especificar
Desenvolvido em unidade especializada com curriacuteculo adaptado
Ocupacional
Socioeducativa
Transiccedilatildeo para a Vida Ativa
Educaccedilatildeo de Surdos
Educaccedilatildeo de alunos cegos e com baixa visatildeo
Educaccedilatildeo de alunos com paralisia cerebral e multideficiecircncia
Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do
espectro do autismo
Com Programa Especiacutefico do REE (cf nordm 6 do artordm 48ordm do RGAPA)
Ocupacional
Socioeducativo
Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional
Preacute-Profissionalizaccedilatildeo
Com Outro Programa (anexar curriacuteculo)
Especificar
101
(outras informaccedilotildees pertinentes)
7 DOCUMENTOS EM ANEXO
Sim Natildeo
Se sim quais
8 OBSERVACcedilOtildeES
9 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO
TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO
Docente Titular Diretor de Turma Ass
Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass
Psicoacutelogo Ass
Outros intervenientes
Ass
Ass
Ass
10 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO
Concordo com o encaminhamento proposto
102
Natildeo concordo com o encaminhamento proposto
Proponho
Assinatura
11 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO
Assinatura
103
RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO
O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela
equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo
referencial CIF- 2 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo
promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment
CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO
Identificaccedilatildeo do Aluno
Nome e Nordm
Data de Nascimento 15042002 Idade 13 anos
Morada Telefone
Nome do Pai Idade 38 anos
Nome da Matildee Idade 40 anos
Encarregado de Educaccedilatildeo
a
Idade 40 anos
Grau de Parentesco Matildee
Morada Telefone
Outras informaccedilotildees pertinentes
Situaccedilatildeo Escolar do Aluno
Estabelecimento de Ensino
2 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)
104
Situaccedilatildeo Escolar
3ordm CEB Ano 7 Turma F
Professor Titular Diretor de Turma
Percurso Escolar do Aluno
Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas dificuldades ao niacutevel
da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB no ano letivo 20082009 no iniacutecio
do 2ordm ano (20092010) foi realizado relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico o comeccedilou a beneficiar
de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou retido no 3ordm ano Em
20112012 o aluno foi transferido para a escola onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos
relativos ao 3ordm ano isto em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo seguinte (20122013) o aluno
foi sinalizado e realizado um relatoacuterio-teacutecnico-pedagoacutegico onde foi realizada avaliaccedilatildeo
Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo Integrou o 2ordm
CEB em 20132014 na Escola Baacutesica onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas
Salientar que no 2ordm CEB eacute referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm
CEB no ano letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria onde foi realizado pedido de reavaliaccedilatildeo
2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA
Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo
Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo
Nome
Cargo Psicoacuteloga
Docente TitularDiretor de Turma
Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo
Psicoacutelogo
Instrumentos utilizados
1 Funccedilotildees do Corpo
De acordo com o RTP de 2013 e Relatoacuterio Circunstanciado 2015 PROLEC-R ndash
leitura de pseudopalavras Teste de avaliaccedilatildeo da ortografia Teste de
Avaliaccedilatildeo Semacircntica (TAS) Meacutetodo Distema Avaliaccedilatildeo da Linguagem Oral
(ALO) ndash subteste de completamento de frases
105
2 Atividade e participaccedilatildeo Provas formais e informais das aptidotildees acadeacutemicas Observaccedilatildeo em
contexto de sala de aula (PORT)
3 Fatores ambientais Anamnese EE e Aluno
12 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)
SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES
AMBIENTAIS
FUNCcedilOtildeES DO CORPO
QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9
Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos
(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas funccedilotildees
ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou uma perda
0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada
3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel
CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS
(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)
b117
Funccedilotildees intelectuais ndash Supremacia das capacidades
intelectuais fluidas sobre as capacidades intelectuais
cristalizadas Encontra-se mais orientado para a accedilatildeo
em detrimento da reflexatildeo Processa melhor a
informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do canal
visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute
comparativamente ao canal auditivo-vocal e ao
processamento sequencial
0
b134 Funccedilotildees do sono ndash Recorre a medicaccedilatildeo 2
(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)
b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo ndash Manutenccedilatildeo da Atenccedilatildeo 1
b144 Funccedilotildees da memoacuteria ndash Memoacuteria de longo prazo e
conhecimento adquirido 1
b152
Funccedilotildees emocionais ndash Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila
ansiedade egocentrismo e tendecircncias narcisistas
Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e
regulaccedilatildeoexpressatildeo emocional adequadas
Instabilidade emocional
1
106
b156
Funccedilotildees da perceccedilatildeo
Perceccedilatildeo auditiva deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de
sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva
imediata de silabas de palavras e de pseudopalavras
Perceccedilatildeo visual contudo natildeo domina as relaccedilotildees
espaciais de lateralidade e direccedilatildeo reagindo a uma
figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com
a sua exatidatildeo
1
b167
Funccedilotildees mentais da linguagem
Receccedilatildeo da linguagem escrita ndash Correccedilatildeo velocidade e
compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e
sussurro labial Faz inversotildees e substituiccedilotildees de letras
e de silabas nas palavras ndash Dislexia
Expressatildeo da linguagem escrita ndash deacutefices ao niacutevel da
composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash
Disortografia (mais acentuado) e Disgrafia (menos
acentuada)
2
b172 Funccedilotildees do caacutelculo 0
ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO
QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9
Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo
Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real
Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na
execuccedilatildeo das mesmas
0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada
3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel
CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS
d135 Ensaiar 2
d137 Adquirir conceitos 2
d145 Aprender a escrever 3
d155 Adquirir competecircncias 2
d160 Concentrar a atenccedilatildeo 2
d161 Dirigir a atenccedilatildeo 2
d166
Ler O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha
contudo perde-se Natildeo respeita a pontuaccedilatildeo O tom de
leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta
movimento psicomotor A leitura de pseudopalavras
demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz
reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no
entanto a leitura eacute estrateacutegica o que evidencia deacutefice
na competecircncia leitora
2
107
d170
Escrever Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo
escrita na gramaacutetica (atividades de sufixaccedilatildeo
prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste
de portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave
data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de composiccedilatildeo
denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os
erros ortograacuteficos satildeo na sua grande maioria devido a
confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia)
omissotildees (ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel
semacircntico compreende resultados abaixo da meacutedia
esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical
e na sinoniacutemia e antoniacutemia
3
d250 Controlar o proacuteprio comportamento 1
d325 Comunicar e receber mensagens escrita 3
d345 Escrever mensagens 3
CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA
d820 Educaccedilatildeo escolar 2
FATORES AMBIENTAIS
QUALIFICADORES
Barreira
ou
Facilitador
0 1 2 3 4 8 9
Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social e
atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua vida
As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto
barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com (bull)
se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se a estaacute
a considerar como facilitador
Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor
que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os
seguintes qualificadores
0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro
2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave
4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo
aplicaacutevel
CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA
e110 Para consumo pessoal (medicamentos) Facilitador 3
e310 Famiacutelia proacutexima Proporciona cuidados
de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal
seguranccedila e educaccedilatildeo
Barreira
Facilitador 2
e130 Para a educaccedilatildeo beneficiaria de auxilio
na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa Barreira 1
e140
Para a cultura a recreaccedilatildeo e o
desporto Valoriza as atividades rurais
de cultura e tradiccedilatildeo familiares
mostrando-se ambientado em contextos
maioritariamente campestres
Facilitador 3
CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS
e310
Famiacutelia proacutexima Matildee acompanha o
aluno no percurso escolar Dificuldades
na supervisatildeo de rotinas bem como em
educar de forma consistente
Facilitador
Barreira 1
108
e320
Amigos (colegas) Fez transferecircncia da
EB para a ES pois a sua turma fecirc-lo e
todos os elementos satildeo muito proacuteximos
Confirma-se assim que as relaccedilotildees
interpessoais do aluno conferem-lhe
grande importacircncia
Facilitador 3
e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade
apoio individual e diferenciado prestado
pelos docentes e psicoacuteloga
Facilitador 2
13 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA
b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial
Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo
De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo
Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime
de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e
estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando
necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena
Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas
necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que
deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI
Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos diferentes domiacutenios
TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS
Sensorial
Motor
Cognitivo
(atenccedilatildeo perceccedilatildeo
auditiva visual e memoacuteria
de longo prazo)
Emocional
Personalidade
Sauacutede
Fiacutesica
Comunicacional
(Receccedilatildeo e receccedilatildeo
da linguagem
escrita) Audiccedilatildeo Visatildeo
14 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)
REGIME EDUCATIVO ESPECIAL
c) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO
Especificar
Tendo por base o RTP de 2013 e o Relatoacuterio Circunstanciado de 2015 eacute
necessaacuterio o desenvolvimento de competecircncias especificas com docente
de educaccedilatildeo especial durante o bloco de cidadania para reeducaccedilatildeo da
leitura e da escrita
Atenccedilatildeo especial ao aluno para evitar a dispersatildeo e desatenccedilatildeo uma vez
que o aluno apresenta PHDA tipo misto
109
d)
ADEQUACcedilOtildeES
CURRICULARES
Adequaccedilotildees curriculares individuais
Especificar Introduccedilatildeo de objetivos miacutenimos e conteuacutedos intermeacutedios nas
disciplinas que o revelar mais dificuldades nomeadamente o inglecircs
Turma com um projeto curricular adaptado
d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO
Especificar
Apoio na Leitura e compreensatildeo dos enunciados provas escritas com
exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de questotildees Tempo
suplementar Avaliaccedilatildeo oral complementar (Ao criteacuterio dos docentes)
Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com supervisatildeo de
um docente
e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA
Especificar
- Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar
uma turma sem problemas comportamentais
- Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo
do Ensino Baacutesico
Outras informaccedilotildees pertinentes
- Necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno
- Desenvolver os aspetos atitudionais e motivacionais essenciais no processo de ensino-
aprendizagem
- Deve-se atender agraves necessidades do aluno quanto aos haacutebitos e meacutetodos de estudo em cooperaccedilatildeo
com o ambiente familiar Para isso a sua inscriccedilatildeo no programa de competecircncias de estudo
ldquoAprender a Aprenderrdquo
- O aluno beneficiaraacute de acompanhamento psicoloacutegico sistemaacutetico
15ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO
TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO
Docente Titular Diretor de Turma Ass
Psicoacutelogo Ass
Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo Ass
110
Outros intervenientes
Representante NEE Ass
Ass
Ass
16 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO
Concordo com o encaminhamento proposto
Natildeo concordo com o encaminhamento proposto
Proponho
Assinatura
17 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO
Assinatura
111
Anexo 6 ndash Projetos Educativos Individuais (PEI)
112
PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL
Ano Letivo
1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA
Unidade Orgacircnica
Estabelecimento de Ensino
2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO
Identificaccedilatildeo do Aluno
Nome
Data de Nascimento Idade
Morada Telefone
Nome do Pai Idade
Nome da Matildee Idade
Encarregado de Educaccedilatildeo
a
Idade
Grau de Parentesco
Morada Telefone
Situaccedilatildeo Escolar do Aluno
Estabelecimento de Ensino
Situaccedilatildeo Escolar
113
Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia
1ordm CEB Ano Niacutevel
2ordm CEB Ano Turma
3ordm CEB Ano Turma
Ens
Secundaacuterio
Ano Turma
Outra modalidade de ensino
Professor Titular Diretor de Turma
Percurso Escolar do Aluno
Outras informaccedilotildees pertinentes
(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de
sauacutede ou outras)
3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ3
(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)
3 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens
(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)
114
4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR
41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado
Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de
Organizaccedilatildeo
Espaccedilo
Atividades
Identificar
Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem
Identificar
Antecipaccedilatildeo e reforccedilo da aprendizagem de conteuacutedos
Identificar
Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas
Liacutengua Gestual
Braille
Hidroterapia
Hipoterapia
Fisioterapia
Terapia da Fala
Desporto Adaptado
Terapia Ocupacional
Psicoterapia
Arteterapia (musicoterapia dramoterapia )
115
Identifique qual ou quais
Apoio Psicoloacutegico
Apoio Social
Outras identifique qual ou quais
411 Responsaacuteveis pelo Apoio
Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial
Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado
Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar
aacutereasdisciplinas
Identificar
Apoio familiar (bolsa ocupacional)
42 Adequaccedilotildees Curriculares
421
Adequaccedilotildees Curriculares Individuais
Introduccedilatildeo de aacutereas curriculares especiacuteficas
Especificar
Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios
Identificar
Ensino Bilingue e adequaccedilatildeo do curriacuteculo
Especificar
Dispensa das atividades que se revelem de difiacutecil execuccedilatildeo em funccedilatildeo da
incapacidade
Especificar
116
422
Turma com Projeto Curricular Adaptado
Modalidade de Ensino
Niacutevel de Ensino
43 Adequaccedilotildees no Processo de Matriacutecula
Aluno deslocado da aacuterea de residecircncia
Dispensa dos limites etaacuterios
Especificar
Adiamento de matriacutecula
Antecipaccedilatildeo de matriacutecula (aplicaacutevel apenas ao 1ordm ano do 1ordm ciclo)
Matriacutecula por disciplinas (aplicaacutevel apenas aos 2ordm e 3ordm ciclos)
(discriminar ano de escolaridade e disciplinas)
44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo
Tipo de provas
117
Especificar
Instrumento de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo
Especificar
Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)
Especificar
Periodicidade
Duraccedilatildeo
Local de execuccedilatildeo
Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)
45 Adequaccedilatildeo da Turma
Reduccedilatildeo de turma
Outro Qual
46 Curriacuteculo Especiacutefico Individual
461
Desenvolvido no acircmbito dos Programas Especiacuteficos do REE
Ocupacional
Socioeducativo
Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional
Preacute-Profissionalizaccedilatildeo
Outro Programa (anexar curriacuteculo)
462
Integraccedilatildeo em Turma do Ensino Regular
118
A tempo inteiro
A tempo parcial
Especificar
Integraccedilatildeo numa unidade especializada com curriacuteculo adaptado
(UNECA)
Ocupacional
Socioeducativa
Transiccedilatildeo para a Vida Ativa
Educaccedilatildeo de Surdos
Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do espectro do
autismo
463
Plano Individual de Transiccedilatildeo (anexar PIT)
47 Adaptaccedilotildees materiais e de equipamentos especiais de compensaccedilatildeo (indicar quais
os materiais)
Para problemas visuais
Para problemas auditivos
Para problemas motores
Outro Qual
Dispositivos de compensaccedilatildeo
Auxiliares oacuteticos
Auxiliares auditivos
119
Equipamento informaacutetico
Cadeira de rodas
Proacuteteses
Outro Qual
5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS
Tipo de
Apoios
Identificaccedilatildeo dos
Intervenientes
Funccedilotildees Desempenhadas
(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)
Horaacuterio Apoio
Direto
Consultadoria
Aconselhamento
6 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO
EDUCATIVA
7 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI
71 Sistema de Avaliaccedilatildeo
CIF-CJ
120
72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo
Qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ
73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo
74 Momentos de Avaliaccedilatildeo
8 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI
Docente Titular Diretor de Turma Ass
Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass
Psicoacutelogo Ass
Outros intervenientes
Ass
Ass
Ass
9 COORDENACcedilAtildeO DO PEI
Nome Cargo
Assinatura
10 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO
121
Concordo com o PEI
Natildeo concordo com o PEI
Proponho
Assinatura
11 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO
Assinatura
12 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO
Assinatura
122
PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL
Ano Letivo 20152016
1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA
Unidade Orgacircnica
Estabelecimento de Ensino
2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO
Identificaccedilatildeo do Aluno
Nome
Data de Nascimento Idade 13
Morada Telefone
Nome do Pai Idade 38
Nome da Matildee Idade 40
Encarregado de Educaccedilatildeo
a
Idade 40
Grau de Parentesco Matildee
Morada Telefone
Situaccedilatildeo Escolar do Aluno
Estabelecimento de Ensino
Situaccedilatildeo Escolar
123
Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia
1ordm CEB Ano Niacutevel
2ordm CEB Ano Turma
3ordm CEB Ano Turma
Ens
Secundaacuterio
Ano Turma
Outra modalidade de ensino
Professor Titular Diretor de Turma
Percurso Escolar do Aluno
Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas
dificuldades ao niacutevel da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB
na EB1JI da Casa da Ribeira no ano letivo 20082009 No iniacutecio do 2ordm ano
(20092010) foi realizado um Relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico e o aluno comeccedilou
a beneficiar de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou
retido no 3ordm ano Em 20112012 o aluno foi transferido para a escola EB1JI de
Fonte do Bastardo onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos relativos ao 3ordm ano isto
em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo 20122013 o aluno foi sinalizado tendo
sido realizado um Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegico resultante de uma avaliaccedilatildeo
Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo
Integrou o 2ordm CEB em 20132014 na Escola Baacutesica Integrada da Praia da Vitoacuteria
onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas Salientar que no 2ordm CEB eacute
referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm CEB no ano
letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria Vitorino Nemeacutesio onde foi realizado pedido
de reavaliaccedilatildeo
Outras informaccedilotildees pertinentes
(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de
sauacutede ou outras)
O aluno apresenta DIFICULDADES ESPECIacuteFICAS DE APRENDIZAGEM reunindo criteacuterios
de diagnoacutestico para perturbaccedilatildeo especiacutefica da leituradislexia e da
escritadisortografia e disgrafia
Em fevereiro de 2013 foi observado por um pediatra de desenvolvimento (no Centro
Diferenccedilas) sendo diagnosticada uma Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de
Atenccedilatildeo (PHDA de tipo misto) Na sequecircncia da referida consulta comeccedilou a ser medicado
com psicoestimulante Usa oacuteculos desde 2012
124
3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ4
(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)
FUNCcedilOtildeES E ESTRUTURAS DO CORPO
Funccedilotildees Mentais Globais
i Funccedilotildees intelectuais (b1170) - O aluno encontra-se mais orientado para a accedilatildeo em
detrimento da reflexatildeo Processa melhor a informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do
canal visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute comparativamente ao canal auditivo-vocal
e ao processamento sequencial
ii Funccedilotildees do sono (b1342) - Recorre a medicaccedilatildeo
Funccedilotildees Mentais Especiacuteficas
Deficiecircncia moderada
i Funccedilotildees mentais da linguagem (b1672) - Receccedilatildeo da linguagem escrita (correccedilatildeo
velocidade e compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e sussurro labial Faz inversotildees
e substituiccedilotildees de letras e de siacutelabas nas palavras ndash Dislexia) e na expressatildeo da linguagem
escrita (deacutefices ao niacutevel da composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash Disortografia e
Disgrafia)
Deficiecircncia ligeira
i Funccedilotildees da atenccedilatildeo (b1401) - Manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo
ii Funccedilotildees da memoacuteria (b1441) - Memoacuteria de longo prazo e conhecimento adquirido
iii Funccedilotildees emocionais (b1521) - Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila ansiedade egocentrismo e
tendecircncias narcisistas Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e regulaccedilatildeoexpressatildeo
emocional adequadas Instabilidade emocional
iv Funccedilotildees da perceccedilatildeo (b1561) - Perceccedilatildeo auditiva (deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de
sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva imediata de silabas de palavras e de
pseudopalavras) Perceccedilatildeo visual (natildeo domina as relaccedilotildees espaciais de lateralidade e direccedilatildeo
reagindo a uma figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com a sua exatidatildeo)
ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO
Aprendizagem e Aplicaccedilatildeo de Conhecimentos
Dificuldade grave
i Aprender a escrever (d1453)
ii Escrever (d1703) - Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo escrita na gramaacutetica
(atividades de sufixaccedilatildeo prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste de
portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de
composiccedilatildeo denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os erros ortograacuteficos satildeo
4 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens
(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)
125
na sua grande maioria devido a confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia) omissotildees
(ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel semacircntico compreende resultados abaixo da
meacutedia esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical e na sinoniacutemia e antoniacutemia
iii Comunicar e receber mensagens escrita (d3253)
iv Escrever mensagens (d3453)
Dificuldade moderada
i Ensaiar (d1352)
ii Adquirir conceitos (d1372)
iii Adquirir competecircncias (d1552)
iv Concentrar a atenccedilatildeo (d1602)
v Ler (d1662) - O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha contudo perde-se Natildeo
respeita a pontuaccedilatildeo O tom de leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta movimento
psicomotor A leitura de pseudopalavras demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz
reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no entanto a leitura eacute estrateacutegica o que
evidencia deacutefice na competecircncia leitora
Dificuldade ligeira
i Controlar o proacuteprio comportamento (d2501)
Aacutereas Principais da Vida
Dificuldade moderada
i Educaccedilatildeo escolar (d8202)
FATORES AMBIENTAIS
Produtos e Tecnologia
Fatores de proteccedilatildeo facilitador
i Para consumo pessoal (medicamentos) (e110+3)
ii Para a cultura a recreaccedilatildeo e o desporto (e140+3) - Valoriza as atividades rurais de cultura
e tradiccedilatildeo familiares mostrando-se ambientado em contextos maioritariamente campestres
(facilitador grave)
iii Famiacutelia proacutexima (e330+2) - Proporciona cuidados de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal
seguranccedila e educaccedilatildeo (facilitador moderado)
Fatores barreira
i Para a educaccedilatildeo (e1301) - Beneficiaria de auxiacutelio na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa
(barreira ligeira)
126
Apoios e Relacionamentos
i Amigos (colegas) (e320+3) - Fez transferecircncia da EB Francisco Ornelas da Cacircmara para a
ES Vitorino Nemeacutesio pois a sua turma fecirc-lo e todos os elementos satildeo muito proacuteximos
Confirma-se assim que as relaccedilotildees interpessoais do aluno conferem-lhe grande importacircncia
(facilitador grave)
ii Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade (e330+2) - Apoio individual e diferenciado prestado
pelos docentes e psicoacuteloga (facilitador moderado)
iii Famiacutelia proacutexima (e310+1) - Matildee acompanha o aluno no percurso escolar Dificuldades na
supervisatildeo de rotinas bem como em educar de forma consistente (barreira e facilitador
ligeiro)
4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR
41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado
Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de
Organizaccedilatildeo
Espaccedilo
Atividades
Identificar
O aluno necessita de estar sentado num siacutetio sossegado e longe de estiacutemulos
distratores de preferecircncia junto da secretaacuteria do professor Necessita de
tarefas diversificadas e que impliquem movimento intercaladas com as
atividades que implicam estar sentado uma vez que o aluno apresenta PHDA
tipo misto
Precisa de feedbacks informativos encorajadores e regulares
Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem
Identificar
O aluno deveraacute beneficiar de apoio pedagoacutegico personalizado em todas as
disciplinas especialmente nas de caraacutecter mais teoacuterico
Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas
Identifique qual ou quais
Reeducaccedilatildeo da leitura e da escrita por docente de educaccedilatildeo
especial
Meacutetodos de Estudo (atraveacutes do programa de
competecircncias de estudo ldquoAprender a Aprenderrdquo orientado
pelo SPO)
127
Apoio Psicoloacutegico
411 Responsaacuteveis pelo Apoio
Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial
Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado
Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar
aacutereasdisciplinas
Identificar Professores titulares das disciplinas
42 Adequaccedilotildees Curriculares
421
Adequaccedilotildees Curriculares Individuais
Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios
Identificar Nas disciplinas em que o aluno revelar mais dificuldades
nomeadamente em Inglecircs
44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo
Tipo de provas
Especificar Provas escritas com exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de
questotildees
Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)
Especificar
Apoio na leitura e compreensatildeo dos enunciados Avaliaccedilatildeo oral
complementar (ao criteacuterio dos docentes) Natildeo penalizaccedilatildeo dos erros
ortograacuteficos de construccedilatildeo fraacutesica e sintaacutetica de pontuaccedilatildeo ocorridos em
virtude de o aluno ser portador de Perturbaccedilatildeo Especiacutefica da Linguagem
(dislexia disortografia disgrafia) Valorizaccedilatildeo do conteuacutedo em
detrimento da forma
Duraccedilatildeo Fornecer tempo suplementar para a realizaccedilatildeo das provas
128
Local de execuccedilatildeo
Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com a
supervisatildeo de um docente sempre que o docente da disciplina
assim o entender
Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)
45 Adequaccedilatildeo da Turma
Reduccedilatildeo de turma
Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar uma
turma sem problemas comportamentais
Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo
do Ensino Baacutesico
5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS
Tipo de
Apoios
Identificaccedilatildeo dos
Intervenientes
Funccedilotildees Desempenhadas
(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)
Horaacuterio
Apoio
Direto
Consultadoria
Aconselhamento
Apoio
Individualizado Conselho de Turma X
Horaacuterio da
Turma
Educaccedilatildeo
Especial X
2X45m
(Matemaacutetica
e
Portuguecircs)
SPO X
ldquoAprender
a
Aprenderrdquo
SPO
X Sistemaacutetico
(1ordm Periacuteodo)
129
13 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO
EDUCATIVA
Eacute necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno e desenvolver os aspetos atitudinais e
motivacionais essenciais no processo de ensino-aprendizagem
No final do Primeiro Periacuteodo seraacute feita uma reavaliaccedilatildeo das medidas implementadas e caso seja
necessaacuterio o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo continuaraacute a acompanhar o aluno e o docente de
educaccedilatildeo especial trabalharaacute com o aluno as competecircncias especiacuteficas para a reeducaccedilatildeo da leitura e
da escrita em contexto fora sala de aula
14 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI
71 Sistema de Avaliaccedilatildeo
O sistema utilizado para a avaliaccedilatildeo eacute o referencial CIF-CJ de acordo com a legislaccedilatildeo em vigor
72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo
A monitorizaccedilatildeo da evoluccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno seraacute realizada com base nas
classificaccedilotildees escolares e nos qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ
73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo
Como instrumentos de avaliaccedilatildeo poderatildeo ser utilizados a observaccedilatildeo direta do desempenho em sala de
aula e em outros contextos escolares trabalhos individuais testes de avaliaccedilatildeo formativa e sumativa
registos de assiduidade pontualidade e responsabilidade
74 Momentos de Avaliaccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo assume um caraacutecter de continuidade sendo que as medidas educativas propostas seratildeo
avaliadas no que diz respeito agrave sua implementaccedilatildeo e eficaacutecia em conselho de turma no final de cada
periacuteodo envolvendo os vaacuterios intervenientes no processo educativo do aluno Dos resultados obtidos com
a aplicaccedilatildeo das medidas estabelecidas neste PEI seraacute elaborado um relatoacuterio circunstanciado no final do
ano letivo Este PEI poderaacute ser revisto a qualquer momento se julgado necessaacuterio pelos vaacuterios
intervenientes mediante proposta devidamente fundamentada
15 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI
Docente Titular Diretor de Turma Ass
130
Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass
Psicoacutelogo Ass
Outros intervenientes
Ass
Ass
Ass
16 COORDENACcedilAtildeO DO PEI
Nome Cargo
Assinatura
17 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO
Concordo com o PEI
Natildeo concordo com o PEI
Proponho
Assinatura
18 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO
Assinatura
19 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO
131
Assinatura
132
Anexo 7 ndash ldquoDescobrir para intervirrdquo
133
1 Por favor responda Verdadeiro (V) ou Falso (F) agraves seguintes questotildees
11 Uma das causas da PHDA encontra-se no desenvolvimento de praacuteticas educativas
parentais inadequadas ____
12 Eacute frequente a PHDA existir em simultacircneo com outras perturbaccedilotildees_____
13 Eacute frequente o aluno com PHDA natildeo realizar as tarefas porque natildeo se esforccedilou o
suficiente _____
14 A PHDA eacute uma perturbaccedilatildeo neurodesenvolvimental____
15 Eacute comum na PHDA existir uma dificuldade em organizar os materiais necessaacuterios e
ser responsaacutevel pela realizaccedilatildeo das tarefas escolares ____
16 Pode existir deacutefice de atenccedilatildeo sem hiperatividade ____
17 A PHDA pode ser diagnosticada em qualquer idade ____
18 Um aluno que natildeo mantem a atenccedilatildeo durante o periacuteodo necessaacuterio para a realizaccedilatildeo
da tarefa proposta deveraacute tomar medicaccedilatildeo ____
2 Organize uma lista onde constem diferentes criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo
que teria em atenccedilatildeo e mobilizaria na organizaccedilatildeo e planeamento de um momento
educativo (parte de uma aula) sabendo que tem integrado na turma um aluno com
diagnoacutestico de PHDA
Obrigada por colaborarem neste desafio
134
Anexo 8 ndash Espelho meu espelho meu
135
Belo S amp Coelho A (2011)
136
Anexo 9 ndash Desenho cego
137
Coelho A amp Belo S (2014)
138
Anexo 10 ndash Onde estaacute o rato
139
140
Anexo 11 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo
141
Para discussatildeo e reflexatildeo
ldquohellip revela muita dificuldade na organizaccedilatildeo e arrumaccedilatildeo dos seus materiais
escolares que muitas vezes andam pelo chatildeo a mochila caiacuteda Natildeo sabe do laacutepis e da
borracha Perde com muita frequecircncia os materiais que usa com maior regularidade
A sua mochila estaacute sempre uma confusatildeo uma vez que guarda tudo em qualquer
siacutetio sem nenhum criteacuterio Quando leva trabalhos de casa natildeo os guarda na capa adequada
Natildeo mostra os recados ou informaccedilotildees em casa porque natildeo sabe deles Leva
sempre a mochila com as bolsas abertas e a perder material
Na sala de aula eacute um aluno que se distrai com bastante facilidade Inicia bem uma
tarefa mas passado pouco tempo paacutera ou comeccedila a ser trapalhatildeo no que estaacute a fazer Vira-
se para traacutes a falar com os colegas ou fica a observar o que os colegas ou a professora
estatildeo a fazer
No seu caderno diaacuterio eacute frequente encontrar trabalhos incompletos contudo
quando consegue estar atento completa os seus trabalhos que tecircm boa apresentaccedilatildeohelliprdquo
Antunes (2009)
142
Anexo 12 ndash Inqueacuteritos por questionaacuterio
143
INQUEacuteRITO POR QUESTIONAacuteRIO
Geacutenero Masculino Feminino
Idade
1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)
Sim Natildeo
11 Se sim quais as suas maiores dificuldades
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
2 Tem conhecimentos acerca da PHDA
Sim Natildeo
21 Se sim quais
________________________________________________________________
________________________________________________________________
3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na
atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais
Sim Natildeo
31 Caso a sua resposta seja negativa justifique
________________________________________________________________
________________________________________________________________
4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas suas
praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula
Sim Natildeo
144
41 Se natildeo por que natildeo o faz
________________________________________________________________
________________________________________________________________
5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos alunos
com PHDA
Sim Natildeo
Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos
________________________________________________________________
________________________________________________________________
6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA junto dos
intervenientes no processo educativo do aluno
Sim Natildeo
61 Se sim quais
________________________________________________________________
________________________________________________________________
611 Maioritariamente quem
Diretor de turma Psicoacutelogo Encarregado de
Educaccedilatildeo
Outro Qual ___________________________________________
62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de
integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem
Sim Natildeo
Se sim justifique
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA
Sim Natildeo
71 Se natildeo porquecirc
145
________________________________________________________________
________________________________________________________________
72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar
________________________________________________________________
________________________________________________________________
Obrigada pela sua colaboraccedilatildeo
146
147
148
149
Anexo 13 ndash Autorizaccedilotildees para observaccedilatildeo
150
151
152
Anexo 14 ndash Fichas de observaccedilatildeo do aluno
153
FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)
Aluno SS
Ano 7ordm
Disciplina Portuguecircs
Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua
gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)
Em 15102015
Hora 1415H Tempo letivo 43min
Observadores Investigadora
Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees
comportamentos inferecircncias)
Observaccedilotildees
1425H Conversas paralelas deixa cair
coisas no chatildeo vai buscaacute-las
dispersa-se olha para traacutes de
modo sistemaacutetico faz perguntas
aleatoacuterias e descontextualizadas
Aluno sem medicaccedilatildeo
Aluno afirma natildeo ter feito o
TPC
1430H Tece um comentaacuterio ldquoPossa taacutes
bem atrasadardquo relativamente a
uma colega no entanto o aluno
tambeacutem estaacute atrasado Natildeo
espera pela sua vez Responde
sem ser chamado estaacute distraiacutedo
nunca sabe qual o exerciacutecio em
que se encontram natildeo
acompanhando os colegas
Faz referecircncia ao seu colega e
amigo Oxiang
1436H Tira a borracha do colega do
lado esquerdo sempre a olhar
para traacutes a mexer com as matildeos
a levantar da cadeira
1440H Natildeo encontra o estojo
Encontra-se sentado de lado na
154
cadeira A professora diz para
ele se endireitar
1444H A professora ajuda o aluno na
realizaccedilatildeo da atividade contudo
ele distrai-se com a borracha
1448H Os colegas fazem perguntas e o
aluno responde (de tipo coacutemico)
e vira-se para traacutes
1450H Fica confuso com o exerciacutecio
iniciado
1452H A professora pergunta se o
aluno jaacute terminou O mesmo diz
que natildeo batendo na mesa
1455H O aluno responde corretamente
quando solicitado
1458H O aluno coloca o gorro na
cabeccedila e diz que vai faltar ao
teste de HIST Em seguida diz
que vai claro e que teraacute uma
nota final positiva Entretanto
sai da sala e regressa apenas
para fechar a mochila Volta a
sair para o intervalo
Professora relembra a data do
teste
Aluno referiu que teve cerca de
60 na nota do uacuteltimo teste de
HIST
155
FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)
Aluno SS
Ano 7ordm
Disciplina Cidadania
Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua
gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)
Em 31052016
Hora 1415H Tempo letivo 44min
Observadores Investigadora
Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees
comportamentos inferecircncias)
Observaccedilotildees
1445H SS eacute chamado agrave atenccedilatildeo pelo
professor de CID em contexto
de sala de aula de Informaacutetica
Ri e olha agrave volta Professor diz
ldquoS acalma-te ou vou-me
chatearrdquo
Aluno com medicaccedilatildeo
1447H Aluno sempre a mexer o dedo
1448H Aluno muda o comportador
portaacutetil de siacutetio Professor volta
a intervir ldquoS tens 10 minutos
para terminar o trabalhordquo
1449H Fala com a colega do lado
1450H S com os olhos semicerrados
Professor volta a chamar a
atenccedilatildeo Aluno diz agrave colega
ldquoChega-te para laacuterdquo Em seguida
diz ldquoEacute comercialrdquo (sobre um
trabalho de publicidade
enganosa)
1452H Professor interpela o aluno e o
mesmo faz caretas enquanto diz
156
agrave colega ldquoSoacute temos um minuto e
dezrdquo Olha para o lado mexe no
cabelo tira a folha da colega e
arregala os olhos (tiques)
1455H Chama a professor e ele
pergunta ldquoO que eacute enganosordquo
A professora responde
1456H Fica apoiado na matildeo e lecirc ldquoQual
a tua opiniatildeo pessoalrdquo
1457H Professor vai ateacute ao aluno e diz
que na proacutexima aula teraacute de
apresentar o seu trabalho em
modo de alerta de tempo O
aluno repete (de acordo com o
viacutedeo que estaacute a ver) ldquoTu natildeo eacutes
tu quando tens fomerdquo Logo em
seguida ldquoQuando tenho fome e
como um chocolate fico mal
dispostordquo ndash enquanto isso
estava a olhar para a professor
de cabeccedila de lado metendo o
laacutepis na boca Professora
responde e ele diz ldquoNatildeo seiiiirdquo
1459H Alunos preparam-se para sair da
sala e o aluno vagueia (em
formato labirinto) ateacute agrave porta
volta para traacutes para entregar a
ficha de trabalho (ver anexo 16)
agrave colega e diz ldquoPara entregar na
proacutexima aulardquo
157
FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (EM SITUACcedilAtildeO DE RECREIO)
Aluno SS
Ano 7ordm
Em 31052016 Hora 1503H Entre 1503H e 1513H
Tempo
Descriccedilatildeo
(lugares intervenientes
atividades tarefas material
comportamentos inferecircncias)
Observaccedilotildees
1503H O aluno e um fotoacutegrafo
dirigem-se ao auditoacuterio da
escola O fotoacutegrafo senta-se e o
aluno mantem-se em peacute
Aluno com medicaccedilatildeo
1504H O aluno de repente comeccedila a
falar de um padre ldquoEstava a
mudar as reses e ele laacute para fora
comeccedila a aguindar (marca
linguiacutestica) a aacutegua bentardquo
Fala de um padre Parece
recordar-se que tem EMRC agraves
1515H
1507H O aluno entretanto comeccedila a
abordar o tema relacionado com
negoacutecios de lavradores e o
fotoacutegrafo desenvolve a
sustentabilidade
1508H O aluno senta-se devagar
muito atento e diz ldquoEu tenho
um amigo querdquo
1510H O fotoacutegrafo diz ldquoOs lavradores
estatildeo a gastar mais do que
deviamrdquo O aluno volta a
mencionar o amigo ldquoO meu
amigo tem muitos alqueiros e
tira leite 3 vezes por diardquo
O aluno quer ser lavrador
1513H O fotoacutegrafo continua a alertaacute-lo
para as vantagens e
desvantagens de ter uma lavoura
e o aluno ndash pensativo ndash diz
ldquoQuando chegar laacute haacute de se ver
158
Se natildeo der natildeo deurdquo
Entretanto pergunta as horas e
diz que tem EMRC
159
Anexo 15 ndash Ficha elaborada por aluno com PHDA durante observaccedilatildeo
160
161
162
Anexo 16 ndash Fichas de elementos fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno
163
FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO
DO ALUNO
(adaptado de Estrela 2008 p 266)
Nome JM Idade 15 anos
Professor P1
O aluno J revela uma enorme incapacidade de controlo do comportamento bem como
incapacidade de focar e dirigir a atenccedilatildeo Natildeo consegue fixar mais do que uma ordem de cada vez Natildeo
reteacutem a informaccedilatildeo a longo prazo
Em 08062016
NOTAS
1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando
situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)
2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente
confidencial
164
FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO
DO ALUNO
(adaptado de Estrela 2008 p 266)
Nome SS Idade 14 anos
Professor P1
O aluno S revela desadequaccedilatildeo de conduta dentro e fora da sala de aula Apresenta inuacutemeras
dificuldades ao niacutevel da inibiccedilatildeo de conduta bem como atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo Tecircm inuacutemeros tiques
principalmente ao niacutevel da face
Associada agrave Perturbaccedilatildeo de HiperatividadeDeacutefice de Atenccedilatildeo o aluno apresenta a Perturbaccedilatildeo da
Linguagem com predominacircncia na escrita e leitura o que contribui para o agrupamento da primeira
perturbaccedilatildeo uma vez que as suas dificuldades de concentraccedilatildeo satildeo agravadas por esta problemaacutetica
Para finalizar o aluno apresenta uma incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo
Em 08062016
Professor P2
Uma colega do SS haacute pouco tempo apareceu no gabinete a dizer que o aluno agrediu um colega
na aula de Educaccedilatildeo Fiacutesica partindo-lhe os oacuteculos propositadamente O aluno quando chamado agrave atenccedilatildeo
por mim negou Disse que foi ldquosem quererrdquo que natildeo tinha essa intenccedilatildeo O facto eacute crediacutevel pois o aluno
estimulado natildeo consegue controlar os impulsos de modo que muito provavelmente o deva ter feito sem
um objetivo pejorativo O aluno eacute meigo e atencioso no entanto quando em contexto de apoio manifesta
tiques vozeadosgritos levanta-se sai da sala e regressa Natildeo se manteacutem quieto e eacute um pouco egoiacutesta quer
em trabalhos individuais quer em trabalhos de grupo
NOTAS
1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando
situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)
2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente
confidencial
165
FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO
DO ALUNO
(adaptado de Estrela 2008 p 266)
Nome DG Idade 13 anos
Professor P1
O D inicialmente revelava graves dificuldades de concentraccedilatildeo dificuldades estas que com
trabalho foram sendo colmatadas
Apresenta inuacutemeras dificuldades ao niacutevel das funccedilotildees executivas
Em 08062016
NOTAS
1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando
situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)
2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente
confidencial
166
FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO
DO ALUNO
(adaptado de Estrela 2008 p 266)
Nome ES Idade 12 anos
Professor P1
O aluno uma vez que faz a medicaccedilatildeo e jaacute foi diagnosticado haacute algum tempo encontra-se
bastante adaptado ao contexto de sala de aula
Em 08062016
NOTAS
1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando
situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)
2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente
confidencial
167
FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO
DO ALUNO
(adaptado de Estrela 2008 p 266)
Nome FS Idade 13 anos
Professor P1
O aluno F embora esteja diagnosticado e a tomar medicaccedilatildeo haacute algum tempo demonstra
inquietude no ambiente de aula bem como alguma impulsividade
Em 08062016
NOTAS
1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando
situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)
2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente
confidencial
168
Anexo 17 ndash Graacuteficos de Caraterizaccedilatildeo dos Participantes
169
19
81
Geacutenero
Masculino
Feminino
44
31
54
7
Idade
Natildeo colocou idade
20-29
30-39
40-49
mais de 50
170
Anexo 18 ndash Graacuteficos de anaacutelise de resultados do inqueacuteritos por questionaacuterio
171
4654
Tem alunos com PHDA
Sim
Natildeo
17
58
17
8
Maiores dificuldades
Sem justificaccedilatildeo
Gestatildeo da concentraccedilatildeo e docomportamento
Arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar adistraccedilatildeo
Subestima inferioridadetristeza desconfianccedilaansiedade descrenccedila
5446
Conhecimentos acerca da PHDA
Sim
Natildeo
172
73
27
Identificaccedilatildeo de alunos com PHDA
Sim
Natildeo
7
7
15
50
14
7
Quais os conhecimentos acerca da PHDA
Natildeo evidencia os conhecimentos
Poucos conhecimentos
Conhecimentos gerais (porexemplo atraveacutes dedocumentaacuterios e internet)
Carateriacutesticas gerais dos alunos(concentraccedilatildeo execuccedilatildeo detarefas etc) e atitudes a tomar
Criteacuterios de diagnoacutestico eintervenccedilatildeo
173
28
29
14
29
Natildeo identifica alunos com PHDA
Natildeo tem formaccedilatildeo
Natildeo tem conhecimentos
Existecircncia de outrasproblemaacuteticas associadas
Dificuldadeconfusatildeo naidentificaccedilatildeo
58
38
4
Construccedilatildeo de materiais
Sim
Natildeo
Sem resposta
20
20
1020
20
10
Justificaccedilatildeo da natildeo construccedilatildeo de materiais
Natildeo houve oportunidade
Natildeo tem alunos com PHDA
Natildeo sentiu necessidade
Natildeo tem conhecimento deestrateacutegias a aplicar
Escassez (sobrecarga) detempo
Sem resposta
174
5442
4
Organizaccedilatildeo do plano de aula
Sim
Natildeo
Sem resposta
46
36
99
Estrateacutegias para ultrapassar as dificuldades com alunos com PHDA
Natildeo tem alunos com PHDA
Gestatildeo individual dasituaccedilatildeonecessidade doaluno
Maior solicitaccedilatildeo paraparticipar nas tarefas(exemplo ir ao quadro)
5831
11
Avaliaccedilatildeo do progresso do aluno com PHDA
Sim
Natildeo
Sem resposta
175
4 44
25
17
13
13
8
4
8
Intervenientes
Quando os alunos satildeodevidamente identificados comPHDA
Somente alunos acompanhadospelo Serviccedilo de Psicologia eOrientaccedilatildeo (SPO)
Para progresso na gestatildeo docomportamento e consequentedesempenho escolar
Diretor de Turma
Professor de Educaccedilatildeo Especial
Encarregado de Educaccedilatildeo
Conselho de Turma
SPO
Professor de Educaccedilatildeo MoralReligiosae Catoacutelica
40
27
17
1033
Contacto com os seguintes intervenientes
Diretor de Turma
Psicoacutelogo
Encarregado de Educaccedilatildeo
Professor de Educaccedilatildeo Especial
Professor de EMRC
Sem resposta
176
5819
23
Participaccedilatildeo dos professores na intervenccedilatildeo e integraccedilatildeo dos alunos com PHDA
Sim
Natildeo
Sem resposta
34
33
13
7
13
Razotildees para os professores participarem no processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do
aluno com PHDA
Interveniente ativo noprocesso educativo
Necessidade de maior apoio
Rentabilizaccedilatildeo deaproveitamento
Intervenccedilatildeo ativa dosprofessores e afincada doSPO
Sem resposta
177
80
20
Importacircncia da formaccedilatildeo dos professores na aacuterea da PHDA
Sim
Natildeo
5050
Razotildees para a natildeo formaccedilatildeo dos professores
Falta de oferta formativa
Existecircncia de equipaespecializada
114
444
73
Sugestotildees dos professores respondentes
Accedilotildees de formaccedilatildeo
Melhorar a capacidade deidentificaccedilatildeo para sinalizaccedilatildeo
Instrumentos de intervenccedilatildeonos departamentos
Identificaccedilatildeo precoce paraintervenccedilatildeo mais eficaz
Psicologia convertida agraveglobalidade
Sem resposta
178
Anexo 19 ndash Anaacutelise de Conteuacutedo das Fichas de Elementos Fornecidos pelo
Professor para Caraterizaccedilatildeo do Aluno
179
Categorias Sub-categorias Respondentes
Identificaccedilatildeo de
carateriacutesticas de alunos
com PHDA
Dificuldades em P1 P2
1 Controlar o comportamento times times
2 Focar a atenccedilatildeo times
3 Reter informaccedilatildeo times
4 Inibir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo times
5 Lidar com a frustraccedilatildeo times
Presenccedila de
1 Tiques times times
2 PEA times
3 Medicaccedilatildeo que
31 Atenua comportamento times
32 Manteacutem comportamento times
4 Agressividade ingeacutenua times
5 Afetividade times
6 Egoiacutesmo times
7 Preferecircncia por trabalhos
individuais
times
3
1 ENQUADRAMENTO TEOacuteRICO ndash PERTURBACcedilAtildeO DE
HIPERATIVIDADE E DEacuteFICE DE ATENCcedilAtildeO
11 Introduccedilatildeo
O que eacute a PHDA Existe de facto ou eacute a desculpabilizaccedilatildeo dos
comportamentos disruptivos das crianccedilas eou jovens Existem muitas duacutevidas e
diversos mitos acerca dessa perturbaccedilatildeo pois haacute imensos depoimentos
controversos sobre a problemaacutetica referida
Comeccedila-se assim por elaborar uma breve abordagem teoacuterica sobre a PHDA
de maneira a melhor se conhecer as suas caracteriacutesticas causas e formas de
intervenccedilatildeo Uma das principais fontes de referecircncia a ser utilizada seraacute o manual
DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) organizado por
investigadores dos Estados Unidos da Ameacuterica com o propoacutesito de uniformizar
os criteacuterios de diagnoacutestico das perturbaccedilotildees mentais Existem jaacute vaacuterias revisotildees
do mesmo sendo as mais atuais o DSM-IV-TR e o DSM-V que seratildeo utilizadas
no corpo deste trabalho
12 Conceito de PHDA
Segundo o DSM-V (2014) a PHDA insere-se na categoria das Perturbaccedilotildees
do Neurodesenvolvimento Esta eacute uma mudanccedila relativamente ao DSM-IV-TR
(2002) uma vez que foi extinta a seccedilatildeo que incluiacutea as perturbaccedilotildees que aparecem
habitualmente na primeira e segunda infacircncia ou na adolescecircncia Esta categoria
define-se por apresentar deacutefices no desenvolvimento normal do indiviacuteduo Estas
manifestam-se muito cedo frequentemente antes da entrada na escolaridade
obrigatoacuteria e apresentam lacunas no funcionamento a niacutevel pessoal social ou
acadeacutemico (DSM-V 2014)
De acordo com Cardo amp Servera-Barceloacute (2005) pode-se dizer que a PHDA
eacute uma perturbaccedilatildeo de ordem geneacutetica onde estatildeo implicadas diversas alteraccedilotildees
a niacutevel da atenccedilatildeo da impulsividade e da atividade motora que tendem a ser
excessivas provocando um desajuste a niacutevel social
4
13 Criteacuterios de Diagnoacutestico de PHDA
Os criteacuterios de diagnoacutestico baseados no DSM-IV-TR (2002) focam-se em
ambos os sintomas quer de falta de atenccedilatildeo quer de hiperatividade-
impulsividade Tomam em atenccedilatildeo a durabilidade dos mesmos e o momento em
que comeccedilam a aparecer os primeiros indiacutecios (no DSM IV-TR devem aparecer
antes dos sete anos de idade e no mais recente DSM-V devem estar presentes antes
dos 12 anos de idade) Outra das alteraccedilotildees realizadas presente no mais recente
manual de diagnoacutestico permite a comorbilidade de PHDA com a Perturbaccedilatildeo do
Espetro do Autismo
Apresenta-se de seguida os criteacuterios de diagnoacutestico com base no DSM-V
(2014)
Criteacuterio A ndash 1) ou 2)
1) Desatenccedilatildeo ndash 6 (ou mais) dos seguintes sintomas persistiram pelo menos
durante 6 meses num grau que eacute inconsistente com o niacutevel de desenvolvimento
e que tem impacto negativo direto nas atividades sociais e
acadeacutemicasocupacionais
(a) com frequecircncia natildeo presta atenccedilatildeo suficiente aos pormenores ou comete erros
por descuido nas tarefas escolares no trabalho ou em outras atividades
(b) com frequecircncia tem dificuldade em manter a atenccedilatildeo em tarefas ou atividades
(c) com frequecircncia parece natildeo ouvir quando lhe falam diretamente
(d) com frequecircncia natildeo segue as instruccedilotildees e natildeo termina os trabalhos escolares
encargos ou deveres no local de trabalho (sem ser por comportamentos de
oposiccedilatildeo ou por incompreensatildeo das instruccedilotildees)
(e) com frequecircncia tem dificuldades em organizar tarefas e atividades
(f) com frequecircncia evita sente repugnacircncia ou estaacute relutante em envolver-se em
tarefas que requeiram um esforccedilo mental mantido (tais como trabalhos escolares
ou de iacutendole administrativa)
(g) com frequecircncia perde objetos necessaacuterios a tarefas ou atividades (por
exemplo brinquedos exerciacutecios escolares laacutepis livros ou ferramentas)
(h) com frequecircncia distrai-se facilmente com estiacutemulos irrelevantes
5
(i) esquece-se com frequecircncia das atividades quotidianas
2) Hiperatividade e impulsividade ndash 6 (ou mais) dos seguintes sintomas
persistiram pelo menos durante 6 meses num grau que eacute inconsistente com o niacutevel
de desenvolvimento e que tem impacto negativo direto nas atividades sociais e
acadeacutemicasocupacionais
(a) com frequecircncia movimenta excessivamente as matildeos e os peacutes e move-se
quando estaacute sentado
(b) com frequecircncia levanta-se na sala de aula ou em outras situaccedilotildees em que se espera
que esteja sentado
(c) com frequecircncia corre ou salta excessivamente em situaccedilotildees em que eacute
inadequado fazecirc-lo (em adolescentes ou adultos pode limitar-se a sentimentos
subjetivos de impaciecircncia)
(d) com frequecircncia tem dificuldades em jogar ou dedicar-se tranquilamente a
atividades de oacutecio
(e) com frequecircncia laquoandaraquo ou soacute atua como se estivesse laquoligado a um motorraquo
(f) com frequecircncia fala em excesso
(g) com frequecircncia precipita as respostas antes que as perguntas tenham
terminado
(h) com frequecircncia tem dificuldade em esperar pela sua vez
(i) com frequecircncia interrompe ou interfere nas atividades dos outros (por
exemplo intromete-se nas conversas ou jogos)
Criteacuterio B Alguns sintomas de hiperatividade-impulsividade ou de falta de
atenccedilatildeo que causam deacutefices surgem antes dos 12 anos de idade
Criteacuterio C Vaacuterios dos sintomas estatildeo presentes em 2 ou mais contextos (por
exemplo escola (ou trabalho) e em casa)
Criteacuterio D Devem existir provas claras de um deacutefice clinicamente significativo
do funcionamento social acadeacutemico ou ocupacional
6
Criteacuterio E Os sintomas natildeo ocorrem exclusivamente durante o curso de
esquizofrenia ou outra perturbaccedilatildeo psicoacutetica e natildeo satildeo bem explicados por outra
perturbaccedilatildeo mental (exemplos perturbaccedilatildeo do humor perturbaccedilatildeo de ansiedade
perturbaccedilatildeo dissociativa perturbaccedilatildeo da personalidade intoxicaccedilatildeo ou
abstinecircncia de substacircncias)
DSM-V (2014)
Olhando para esta diversidade de sintomas eacute necessaacuterio ter em conta que cada
crianccedila eacute diferente da outra uma vez que o seu proacuteprio desenvolvimento o contexto onde
se insere a situaccedilatildeo familiar e outros fatores variam influenciando assim o diagnoacutestico
(Lopes 2004) Como consequecircncia surgiu a necessidade de apresentar subtipos de
PHDA mais homogeacuteneos para que o diagnoacutestico se tornasse mais fidedigno (Lopes
2004)
Consta no DSM-V (2014) que a Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de
Atenccedilatildeo pode ser especificada dos seguintes modos i) apresentaccedilatildeo predominantemente
de hiperatividade-impulsividade (criteacuterio A2 preenchido e o criteacuterio A1 natildeo preenchido)
ii) apresentaccedilatildeo com predominacircncia de desatenccedilatildeo (criteacuterio A1 preenchido e o criteacuterio A2
natildeo preenchido) e iii) apresentaccedilatildeo combinada (preenchidos ambos os criteacuterios)
De acordo com Barkley amp Murphy (2006) a apresentaccedilatildeo combinada eacute aquela
onde se situa a maioria dos indiviacuteduos com PHDA Embora sejam os sintomas de
hiperatividade-impulsividade a surgir mais precocemente ao longo do tempo os
sintomas de falta de atenccedilatildeo comeccedilam a surgir em igual quantidade
Apesar da distinccedilatildeo entre estes grupos diferentes eacute importante ter presente que
duas crianccedilas podem ter o mesmo diagnoacutestico com os mesmos sintomas mas em que a
sua frequecircncia e intensidade satildeo diferentes (Moura 2008)
14 Caracteriacutesticas e Mitos de PHDA
Para se estar atento aos sinais antes do diagnoacutestico e para adequar a intervenccedilatildeo eacute
necessaacuterio conhecer algumas das caracteriacutesticas dos indiviacuteduos com PHDA Eacute importante
saber diferenciar as verdadeiras especificidades da perturbaccedilatildeo daquilo que satildeo os mitos
interiorizados pela sociedade que levam muitas vezes a conceitos errados ou a
7
interpretaccedilotildees incorretas apelidando de mau comportamento atos caracteriacutestico de um
indiviacuteduo que tem PHDA Acerca desta questatildeo Antunes (2009) refere ldquoelas tecircm a noccedilatildeo
do que estaacute certo ou errado e ateacute reconhecem as duas faces no comportamento dos outros
Como explicar entatildeo que sabendo a teoria natildeo a ponham em praacutetica A razatildeo eacute simples
a sua impulsividade natildeo o permite Eacute por isso inuacutetil dizer que eacute um laquomal comportadoraquo a
desgraccedila da famiacutelia malcriado preguiccediloso etcrdquo (p180)
Barkley amp Murphy (2006) apresentam algumas das caracteriacutesticas principais
presentes nos indiviacuteduos com PHDA
- A dificuldade na inibiccedilatildeo da resposta no controlo do impulso e na capacidade de
retardar a gratificaccedilatildeo satildeo umas das principais caracteriacutesticas destas crianccedilas As
consequecircncias destas satildeo muacuteltiplas e implicam por exemplo uma impossibilidade de
esperar a sua vez ou de se conseguir concentrar na execuccedilatildeo de tarefas ou ainda de
trabalhar com objetivos a longo prazo em vez de mais imediatos
- A excessiva atividade motora presente nessas crianccedilas que as impede muitas vezes
de permanecerem sentadas ou de natildeo conseguirem parar de mexer em coisas quando natildeo
eacute o momento adequado para tal Este sintoma eacute mais notoacuterio nas crianccedilas mais novas e
tende a diminuir com a idade
- A capacidade de persistecircncia e atenccedilatildeo durante a execuccedilatildeo de tarefas mais morosas e
de menor interesse para a crianccedila estatildeo tambeacutem afetadas Esta caracteriacutestica faz com que
haja mais momentos de distraccedilatildeo e de desconcentraccedilatildeo dificultando o seu dia-a-dia
Segundo os mesmos autores existem outras caracteriacutesticas estando estas mais
ligadas ao comportamento impulsivo A primeira que identificam tem a ver com a
memoacuteria de trabalho ou seja com a capacidade de reter informaccedilatildeo Quando esta
funccedilatildeo estaacute afetada eacute frequente o esquecimento de coisas que se deveria fazer ou de factos
relevantes que ajudariam na organizaccedilatildeo do seu pensamento Barkley amp Murphy (2006)
referem ainda a pobre regulaccedilatildeo do self nos indiviacuteduos com PHDA o que contribui
para um comportamento mais impulsivo Pode existir tambeacutem dificuldade em seguir
instruccedilotildees planear ou resolver problemas
Em suma algumas das principais caracteriacutesticas inerentes agrave falta de atenccedilatildeo satildeo a
desorganizaccedilatildeo e desatenccedilatildeo constantes nas tarefas realizadas tanto a niacutevel acadeacutemico ou
laboral como luacutedico Em relaccedilatildeo agrave hiperatividade o sintoma principal estaacute relacionado
com o excesso de atividade motora e a impulsividade caraterizando-se essencialmente
8
pela falta de paciecircncia O resultado satildeo respostas imediatas e por vezes natildeo pensadas
(DSM-IV-TR 2002)
Relativamente aos mitos associados agrave PHDA estes podem estar relacionados com a
sua geacutenese ou com o modo de educaccedilatildeo preferido pelos pais embora todos eles levem a
uma ideia preconcebida e muitas vezes natildeo sustentada cientificamente daquilo que
envolve esta perturbaccedilatildeo
Alguns dos mitos mais frequentes encontrados na literatura satildeo a PHDA eacute causada
por uma maacute alimentaccedilatildeo ou accediluacutecar em excesso ver demasiada televisatildeo potencia o
aparecimento da hiperatividade a maacute educaccedilatildeo dada pelos pais e desorganizaccedilatildeo familiar
(Lopes 2004) a falta de motivaccedilatildeo e de empenho por parte da crianccedila (Harvey amp Parker
1992)
15 Prevalecircncia e Comorbilidade de PHDA
De acordo com o DSM-IV-TR (2002) a PHDA tem uma prevalecircncia estimada de
3 a 7 nas crianccedilas em idade escolar podendo este nuacutemero variar conforme os meacutetodos
de avaliaccedilatildeo utilizados Refere tambeacutem natildeo haver dados precisos acerca da mesma
prevalecircncia na populaccedilatildeo adulta Jaacute o DSM-V (2014) aponta para uma prevalecircncia de 5
nas crianccedilas e de 25 na idade adulta
Barkley amp Murphy (2006) afirmam existir cerca de 5 a 8 de crianccedilas com
PHDA em idade escolar e cerca de 4 a 5 de adultos com a mesma perturbaccedilatildeo
Cardo amp Servera-Barceloacute (2005) realizaram um estudo em Espanha onde
concluiacuteram que a PHDA teria uma prevalecircncia de 47 Os autores acrescentam ainda
que a proporccedilatildeo de rapazes e raparigas com a perturbaccedilatildeo eacute de 251 e que o maior nuacutemero
de casos identificados se situa entre os 6 e os 9 anos de idade Em relaccedilatildeo aos subtipos
presentes no DSM-V a apresentaccedilatildeo combinada prevalece
Moura (2008) refere que em Portugal a prevalecircncia de casos de PHDA eacute incerta
contudo estaraacute proacutexima dos paiacuteses que lhe satildeo similares
Para finalizar Filipe (2004) eacute da opiniatildeo que a diferenccedila entre rapazes e raparigas
natildeo estaacute ligada agrave prevalecircncia da perturbaccedilatildeo em si mas sim agrave sintomatologia apresentada
O autor refere que a PHDA surge de forma mais mascarada nas raparigas pelo que por
9
vezes natildeo eacute realizado um diagnoacutestico concreto Acrescenta que em indiviacuteduos com mais
de 18 anos vaacuterios estudos demonstram uma prevalecircncia da perturbaccedilatildeo de 1 a 25
Aquando de um diagnoacutestico de PHDA eacute frequente estar presente um ou mais
diagnoacutesticos comorbidos (DSM-V 2014)
A Perturbaccedilatildeo de Oposiccedilatildeo eacute sem duacutevida aquela que ocorre mais vezes quando
existe PHDA podendo atingir metade da populaccedilatildeo geral quando haacute um diagnoacutestico de
PHDA do tipo Misto e cerca de um quarto da populaccedilatildeo quando a PHDA diagnosticada
eacute do tipo Desatento (DSM-V 2014)
A Dislexia e a PHDA tambeacutem ocorrem muitas vezes em simultacircneo Segundo
alguns autores (Germanograve Gagliano amp Curatolo 2010) numa amostra de indiviacuteduos com
PHDA a Dislexia ocorre em cerca de 18 a 45 e numa amostra de casos de Dislexia
a PHDA estaacute presente 18 a 42 das vezes Antunes (2009) apresenta alguns dados
referentes a diversos estudos acerca da comorbilidade da PHDA com outras perturbaccedilotildees
e dificuldades Perturbaccedilatildeo da Oposiccedilatildeo e Desafio 40 Ansiedade 34 Dislexia 20
Tiques 11 e Depressatildeo 4
16 Etiologia de PHDA
As causas da PHDA suscitam ainda algumas questotildees contudo eacute unacircnime que o
fator geneacutetico e consequentemente o hereditaacuterio estaratildeo na sua geacutenese (Barkley amp
Russel 2006)
Assim a PHDA eacute considerada ldquoum distuacuterbio neurobioloacutegico hereditaacuteriordquo (Parker
2003 p13) Foram jaacute encontrados alguns genes responsaacuteveis pela perturbaccedilatildeo (Barkley
amp Russel 2006) e sabe-se que a PHDA tem tendecircncia para ser encontrada em vaacuterios
elementos da mesma famiacutelia (Parker 2003)
Sabe-se tambeacutem que quando natildeo haacute evidecircncia de fatores hereditaacuterios a PHDA
pode ser explicada por outras ocorrecircncias tais como dificuldades na gravidez ou parto
prematuro abuso de substacircncias durante a gravidez e lesotildees nas zonas preacute-frontais do
ceacuterebro durante o desenvolvimento da crianccedila (Barkley amp Russel 2006 Parker 2003)
Como jaacute anteriormente assinalado eacute importante reforccedilar que as praacuteticas
educativas parentais natildeo satildeo referidas como uma causa da PHDA devendo ser retirada
10
essa carga emocional aquando de uma intervenccedilatildeo com a crianccedila e seus familiares (Lopes
2004)
17 Intervenccedilatildeo Psicoterapecircutica para a PHDA
As perturbaccedilotildees do desenvolvimento infantil onde se enquadra a PHDA
requerem intervenccedilotildees atempadas e eficazes que devem ser encaradas sob diversas
perspetivas educativa comportamental emocional social e meacutedica
De acordo com Bronfenbrenner (1979) o desenvolvimento e comportamento
humanos satildeo apenas plenamente compreendidos quando analisados nos contextos em que
os indiviacuteduos se inserem (sistemas) Daiacute a importacircncia de se intervir nos variados
contextos de vida da crianccedilajovem (familiar e escolar sem esquecer a proacutepria crianccedila)
ao mesmo tempo que se combinam vaacuterias terapecircuticas (farmacoloacutegica psicossocial e
cognitivo comportamental) como forma de se alcanccedilar maior eficaacutecia na intervenccedilatildeo
A este tipo de intervenccedilatildeo daacute-se o nome de Intervenccedilatildeo Multimodal que combina
vaacuterios tipos de abordagem envolvendo a crianccedilajovem e a sua famiacutelia bem como uma
equipa multidisciplinar composta por meacutedicos (pediatra pedopsiquiatra neuropediatra)
psicoacutelogos professores outros teacutecnicos e elementos da comunidade
Confere-se deste modo que a PHDA requer uma intervenccedilatildeo abrangente
(proacuteprio casa escola e comunidade) onde devem ser estabelecidas estrateacutegias a longo
prazo e delineados objetivos como os exemplos que se seguem melhorar as relaccedilotildees
sociais (pais colegas professores) diminuir os comportamentos disruptivos melhorar as
competecircncias acadeacutemicas promover a independecircncia o autocontrolo e a assertividade
melhorar a autoestima e permitir um desenvolvimento emocional mais harmonioso
prevenir a evoluccedilatildeo para comportamentos disruptivos e de marginalidade
Desta forma a intervenccedilatildeo visa maximizar a funccedilatildeo e performance da crianccedila em
casa na escola e na comunidade e natildeo curar a sua perturbaccedilatildeo Como refere Lopes
(2003) natildeo se ldquotratardquo a PHDA aprende-se a lidar com ela e procura-se manter os seus
sintomas dentro dos limites que natildeo se revelem gravosos para o proacuteprio e para aqueles
que com ele convivem
Citando Rodrigues (2008) quando se planifica uma intervenccedilatildeo na PHDA haacute que
ter em conta a fase de desenvolvimento da crianccedilajovem de modo a ajustaacute-la aos
periacuteodos e agraves circunstacircncias da sua vida Haacute que ter em conta a especificidade da PHDA
11
para aferir estrateacutegias de acordo com o perfilavaliaccedilatildeo funcional realizada e ainda
garantir o seu acompanhamento ao longo do tempo e a manutenccedilatildeo de mais do que uma
metodologia de intervenccedilatildeo
A intervenccedilatildeo deve entatildeo ser Multimodal podendo incluir trecircs grandes tipos de
intervenccedilatildeo a farmacoloacutegica a cognitivo comportamental e a psicossocial
171 Farmacoloacutegica
A intervenccedilatildeo farmacoloacutegica pode natildeo ser indicada eou necessaacuteria em todos os
casos de PHDA Pereira amp Fernandes (2001) alertam que sempre que se pondere iniciar
a terapecircutica farmacoloacutegica eacute necessaacuterio ter um diagnoacutestico correto que avalie a
frequecircncia a severidade e o impacte dos sintomas na vida da crianccedila do jovem com
PHDA e caso se justifique utilizar os faacutermacos mesmo conhecendo os seus potenciais
riscos e efeitos adversos
Apesar de existirem ainda duacutevidas quanto agraves causas da PHDA haacute evidecircncia de
alteraccedilotildees neuropsicoloacutegicas e neuroquiacutemicas ao niacutevel do coacutertex cerebral (preacute-frontal)
designadamente uma menor concentraccedilatildeo sinaacuteptica da dopamina um neurotransmissor
normalmente associado a mecanismos de prazer e recompensa Daiacute que o tratamento
farmacoloacutegico ao contraacuterio do que se pensa natildeo consiste em calmantes mas sim em
psicoestimulantes designadamente o metilfenidato (Moura 2013)
Desta forma os faacutermacos de eficaacutecia documentada satildeo os psicoestimulantes mais
conhecidos por Ritalina Concerta e Rubifen Estes satildeo inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo
da dopamina que ao aumentarem os niacuteveis de dopamina melhoram o grau de
funcionalidade dos lobos frontais e por consequecircncia atenuam os sintomas da PHDA
Segundo Moura (2014) diversos estudos comprovam a existecircncia de uma clara
melhoria apoacutes a utilizaccedilatildeo de faacutermacos com o princiacutepio ativo metilfenidato em crianccedilas
com PHDA nas seguintes aacutereas atenccedilatildeo impulsividade fiacutesica e cognitiva tempo de
reaccedilatildeo memoacuteria a curto prazo aprendizagem de material verbal e natildeo verbal
comportamentos de oposiccedilatildeo e sintomas de hiperatividade (perante doses mais elevadas)
A abordagem farmacoloacutegica natildeo poderaacute nunca constituir-se como uacutenica
intervenccedilatildeo mas sim ser parte integrante de um plano de atuaccedilatildeo alargado e
transdisciplinar Segundo Rodrigues (2008) a grande vantagem da intervenccedilatildeo
12
farmacoloacutegica reside no facto de ao diminuir os sintomas disruptivos permitir que outras
estrateacutegias de intervenccedilatildeo possam assumir uma maior eficaacutecia Isto eacute ao levar a uma
diminuiccedilatildeo significativa dos comportamentos desajustados permite um maior sucesso das
outras intervenccedilotildees
De referir ainda a importacircncia de antes de se iniciar a terapecircutica farmacoloacutegica
em crianccedilas com perturbaccedilotildees do desenvolvimento se dever discutir com os pais de uma
forma calma e detalhada os objetivos da mesma a sua duraccedilatildeo e a eficaacutecia esperada
(Pereira amp Fernandes 2001)
172 Cognitivo comportamental
Segundo Moura (2014) a intervenccedilatildeo psicoterapecircutica revela-se de extrema
importacircncia no processo terapecircutico da PHDA funcionando como um complemento a
outras intervenccedilotildees
A terapia cognitivo comportamental revela-se como a intervenccedilatildeo
psicoterapecircutica mais eficaz na PHDA realizada por psicoacutelogos especializados atraveacutes
de uma intervenccedilatildeo cliacutenica direta com a crianccedila o jovem Esta divide-se na intervenccedilatildeo
comportamental (adequada em crianccedilas pequenas ateacute ao 2ordm ciclo do ensino baacutesico) e na
intervenccedilatildeo cognitiva (indicada para adolescentes)
Segundo Loro-Loacutepez et al (2009) a intervenccedilatildeo comportamental integra
- Contratos comportamentais ndash especificam de forma clara e objetiva os
comportamentos adequados a adotar e os comportamentos desajustados a
eliminar bem como as recompensas e as consequecircncias negativas desse mesmo
comportamento satildeo assinados pelo aluno pais professor psicoacutelogo eou outro
teacutecnico
- Registos comportamentais ndash folha de registo dos comportamentos em sala de
aula com o objetivo de monitorizar o comportamento adequado
- Programa de economia de fichaspontos ndash sistema de atribuiccedilatildeo de pontos e
obtenccedilatildeo de recompensas pela ocorrecircncia dos comportamentos definidos como
desejados
- Correccedilatildeo do comportamento atraveacutes da manifestaccedilatildeo de outro comportamento
13
- Extinccedilatildeo do comportamento atraveacutes da implementaccedilatildeo de reforccedilos
A intervenccedilatildeo cognitiva segundo os mesmos autores pressupotildee
- Modelos de autoinstruccedilatildeo ndash o objetivo eacute regular o comportamento atraveacutes da
linguagem interna seleciona-se um problema de cada vez e trabalha-se passo a
passo ateacute ao comportamento desejado estar internalizado
- Modelos de automonitorizaccedilatildeo e autoregulaccedilatildeo comportamental ndash eacute o
proacuteprio indiviacuteduo que se vai autoregular autoreforccedilar e autopenalizar atraveacutes da
anaacutelise e da avaliaccedilatildeo do seu comportamento utiliza registos comportamentais
como ferramenta para reflexatildeo e autoavaliaccedilatildeo
- Estrateacutegias de resoluccedilatildeo de problemas ndash treino e desenvolvimento de
competecircncias atraveacutes de 6 fases para a resoluccedilatildeo de situaccedilotildees-problema o
objetivo eacute interiorizar atraveacutes da modelaccedilatildeo como se resolve determinado
problema e depois ser capaz de generalizar para as restantes situaccedilotildees quotidianas
promovendo a sua autonomia nas tomadas de decisatildeo
- Desconstruccedilatildeo das cogniccedilotildees irrealistas e desajustadas sobre o seu proacuteprio
comportamento
- Teacutecnicas de relaxamento
- Atividades e treino de competecircncias sociais em grupo
Mais uma vez importa referir que a intervenccedilatildeo cognitivo comportamental
aplicada isoladamente natildeo traz os ganhos e benefiacutecios necessaacuterios Haacute que conjugaacute-la
com a intervenccedilatildeo psicossocial e com a abordagem farmacoloacutegica nos casos em que esta
se justifica
173 Psicossocial
Este tipo de intervenccedilatildeo engloba diferentes metodologias e atua nos contextos
familiar e escolar de forma a abranger o maior nuacutemero de contextos e situaccedilotildees de vida
da crianccedila do jovem com PHDA
14
1731 Contexto familiar
A intervenccedilatildeo em contexto familiar reveste-se da maior importacircncia uma vez que
eacute fundamental que os pais conheccedilam e estejam informados sobre as caracteriacutesticas da
PHDA para assim desenvolverem adequadas praacuteticas educativas parentais
Devem desenvolver competecircncias de forma a reforccedilar os comportamentos
adaptativos e ao mesmo tempo diminuir os comportamentos disruptivos adotando
praacuteticas educativas consistentes (se hoje eacute puniccedilatildeo amanhatilde tambeacutem) firmes (se eacute dado
castigo este tem de ser colocado em praacutetica) e adequadas quer agrave idade da crianccedila quer
agrave gravidade do comportamento disruptivo
Os pais devem aprender como promover a disciplina e potenciar comportamentos
positivos nos filhos com PHDA
De acordo com Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo com a famiacutelia pode assumir
diferentes formas
- Programas de treino de pais - o grande objetivo eacute melhorar as relaccedilotildees entre
pais e filhos ensinando os pais a lidar de diferentes formas com os problemas de
comportamento dos seus filhos quer em casa quer em lugares puacuteblicos eacute
indicado para crianccedilas com idades ateacute aos 11 anos e em famiacutelias sem problemas
associados (psicopatologia depressiva na matildee stress familiar ou situaccedilotildees de
rutura matrimonial)
- Grupos de suporte para pais - o principal objetivo eacute a interajuda e o suporte
muacutetuo entre os pais onde a partilha e a troca de experiecircncias se apresenta como
uma vantagem na aprendizagem dos pais quanto agrave lideranccedila dos desafios
comportamentais dos seus filhos
- Intervenccedilatildeo na relaccedilatildeo e interaccedilatildeo pais-filhos - utilizada na adolescecircncia (a
partir dos 11 anos de idade) eacute constituiacuteda por programas que combinam o
aconselhamento dos pais e as terapias cognitivo comportamentais
A eficaacutecia da intervenccedilatildeo estaacute relacionada com o grau de severidade dos sintomas
das crianccedilas nomeadamente com comportamentos de oposiccedilatildeo e problemas de conduta
bem como da motivaccedilatildeo e do empenho dos pais e das crianccedilas em todo o processo
15
1732 Contexto escolar
A intervenccedilatildeo em contexto escolar com alunos com PHDA reveste-se da maior
pertinecircncia e deve ser implementada em diversas vertentes e aacutereas educativas Em todas
elas eacute fundamental ser-se capaz de se colocar no lugar do aluno com PHDA com as
limitaccedilotildees e dificuldades com que eacute confrontado sistematicamente em sala de aula e fora
dela
Eacute importante natildeo esquecer que aquilo que parece rotineiro e simples para a maioria
dos alunos pode-se revelar um obstaacuteculo de grande proporccedilatildeo para alunos com PHDA
Um aluno com essa perturbaccedilatildeo revelaraacute imensa dificuldade em i) manter a atenccedilatildeo numa
mesma atividade no periacuteodo de tempo desejado para a sua faixa etaacuteria e para o seu niacutevel
de escolaridade ii) passar os conteuacutedos do quadro para o caderno no tempo facultado
pelo professor iii) estar sentado todo o tempo da aula iv) realizar uma tarefa sem
interrupccedilotildees e pausas e em reter informaccedilatildeo (Barkley amp Murphy 2006)
Todas estas caracteriacutesticas tiacutepicas dos alunos com PHDA colocam aos
professores desafios diaacuterios no espaccedilo de sala de aula Cabe ao professor construir e
desenvolver em conjunto com o aluno as suas capacidades de funcionalidade de
autonomia e de autoestima que conduziratildeo a um melhor desempenho escolar
Os comportamentos perturbadores e as dificuldades de aprendizagem associadas
agrave PHDA tornam-se manifestaccedilotildees frustrantes para o professor e para o aluno podendo
conduzir ao desenvolvimento de sentimentos muacutetuos de aversatildeo ou mesmo de hostilidade
(Vasquez 1997) Assim eacute importante estabelecer estrateacutegias que permitam com mais
facilidade ajustar o comportamento da crianccedila de tal modo que esta aprenda e deixe que
os outros alunos da turma onde se encontra integrada aprendam tambeacutem
Natildeo se trata de ir pelo caminho mais faacutecil o do facilitismo mas antes trabalhar
em cooperaccedilatildeo para ajudar o aluno a perceber que eacute capaz e que consegue bons resultados
Desta forma a atitude do aluno eacute de persistecircncia (e natildeo de desistecircncia) e de empenho (e
natildeo de desinteresse) o que conduz a sentimentos de pertenccedila ao grupo turma
Segundo Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo psicossocial em contexto escolar pode
integrar os seguintes domiacutenios (a) formaccedilatildeo de professores (b) colaboraccedilatildeo e
cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola (c) intervenccedilatildeo comportamental em sala de aula (d)
ensino especial (e) treinodesenvolvimento de competecircncias sociais
16
(a) Formaccedilatildeo de professores
Inclui sessotildees de sensibilizaccedilatildeo e formaccedilatildeo sobre a PHDA e eacute essencial para um
melhor desempenho profissional dos professores A investigaccedilatildeo tem revelado que o
conhecimento e a atitude dos professores face agrave PHDA influenciam a sua disponibilidade
para a intervenccedilatildeo em contexto de sala de aula (Ghanizadeh Bahredar amp M 2006 Bekle
2004 cit por Rodrigues 2008)
(b) Colaboraccedilatildeo e cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola
O objetivo eacute efetivar uma parceria ao niacutevel da aplicaccedilatildeo de teacutecnicas especiacuteficas de
modificaccedilatildeo do comportamento De acordo com Barkley (2006) eacute importante que os
professores e os pais tenham um bom conhecimento sobre a PHDA tenham objetivos
realistas para as suas intervenccedilotildees e estejam motivados para uma efetiva colaboraccedilatildeo
Importa ser-se flexiacutevel para modificar e adequar estrateacutegias de intervenccedilatildeo
sempre que necessaacuterio e estar-se disponiacutevel para colaboraccedilotildees conjuntas e com
articulaccedilatildeo entre todos os intervenientes educativos
(c) Intervenccedilatildeo comportamental na sala de aula
Segundo Du Paul amp Stoner (1994) os problemas comportamentais e os problemas
de aprendizagem estatildeo intimamente ligados A intervenccedilatildeo seraacute mais eficaz se investir
para aleacutem dos aspetos comportamentais tambeacutem no rendimento das aacutereas acadeacutemicas A
melhoria destas conduz agrave diminuiccedilatildeo dos comportamentos perturbadores pelo que a
metodologia mais adequada para o atendimento das crianccedilas dos jovens com PHDA
deve incidir nos problemas da aprendizagem a par das condutas perturbadoras (Du Paul
amp Stoner 1994 Vasquez 1997 Pfiffner amp Barkley 1998)
Os alunos com PHDA apresentam normalmente baixo rendimento escolar
(apesar de muitas vezes revelarem um bom potencial de aprendizagem) elevados iacutendices
de comportamento fora da tarefa e dificuldades na realizaccedilatildeo de trabalho individual
Assim e de acordo com Rodrigues (2008) este tipo de intervenccedilatildeo deve basear-se numa
aprendizagem de competecircncias para a automonitorizaccedilatildeo onde se inclui a prestaccedilatildeo
acadeacutemica e natildeo somente o comportamento nos seus objetivos focando assim as vaacuterias
situaccedilotildees escolares que constituem um problema
17
Segundo a mesma autora distinguem-se trecircs domiacutenios onde este tipo de
intervenccedilatildeo se deve centrar
- Modificaccedilatildeo do contexto
Sendo a sala de aula o local onde os alunos passam a maior parte do tempo em
que estatildeo na escola e tambeacutem onde lhes eacute exigido trabalho e esforccedilo mental esta
apresenta-se como o local de eleiccedilatildeo para o surgimento de comportamentos disruptivos
nos alunos com PHDA Daqui adveacutem a importacircncia na reorganizaccedilatildeo dos contextos
fiacutesicos de sala de aula ao niacutevel da colocaccedilatildeo da crianccedila no espaccedilo-sala da organizaccedilatildeo
dos espaccedilos de trabalho e no posicionamento dos materiais ludicopedagoacutegicos (eg
calendaacuterio quadro de tarefas) (Rodrigues 2008)
Segundo vaacuterios autores nomeadamente Lopes (2004) Du Paul amp Stoner (2007)
Riefs (1998) e Fernandes (2007) existem diferentes estrateacutegias que se podem e devem
implementar em contexto de sala de aula com alunos com PHDA com o objetivo de
modificar comportamentos e rentabilizar o desempenho escolar
Relativamente agrave organizaccedilatildeo do espaccedilo podem-se enunciar as seguintes
estrateacutegias
- Sala de aula bem estruturada com poucos estiacutemulos visuais
- Localizaccedilatildeo do aluno na sala de aula (sentar o aluno na primeira fila o mais
proacuteximo possiacutevel do professor e afastado de estiacutemulos de possiacutevel distraccedilatildeo com
boa visibilidade para o quadro e proacuteximo de um bom modelo)
- Ter em cima da mesa apenas o material necessaacuterio
- Existecircncia de um espaccedilo na sala onde o aluno possa trabalhar individualmente
eou realizar atividades diferentes
- Existecircncia de ldquocantinhosrdquo onde o aluno possa realizar atividades manuais ou
artiacutesticas
No que respeita agrave organizaccedilatildeo e gestatildeo da aula importa ter em atenccedilatildeo as
seguintes estrateacutegias
- Sala de aula estruturada com rotinas escolares diaacuterias consistentes ao longo do
tempo
- As tarefas e os trabalhos repetitivos e monoacutetonos devem ser evitados
18
- As tarefas e atividades devem ser curtas e explicadas de forma clara
- Dividir eou reduzir as tarefas
- Alternar tarefas em funccedilatildeo do interesse e da complexidade
- Permitir um periacuteodo de pausa entre a realizaccedilatildeo de tarefas que exijam esforccedilo
mental
- Dar outra tarefa que a crianccedila consiga fazer com entusiasmo e autonomia (dentro
dos conteuacutedos da disciplina) quando se estaacute a transmitir um conteuacutedo difiacutecil para
o aluno com PHDA
- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixar o aluno menos
ansioso e mais seguro pode funcionar como estrateacutegia de inclusatildeo)
- Dar possibilidade de o aluno participar dando feedback
- Programar a aula de forma a haver mais intervalos permitindo que o aluno tenha
tempo de realizarterminar as tarefas
- Conceder se necessaacuterio tempo extra para completar tarefas
- Estabelecer limites para terminar as tarefas
- Permitir que o aluno se possa movimentar na sala
- Encorajar o aluno a questionar o que natildeo compreende
- Procurar envolver o aluno promovendo a sua participaccedilatildeo ativa
- Usar o contacto visual (fazer com que o aluno olhe para o professor quando este
se lhe dirige)
- Deslocar-se pela sala para manter a visibilidade
- Recorrer a apresentaccedilotildees mais dinacircmicas e apelativas (eg uso do quadro
interativo de filmes diapositivos
- As apresentaccedilotildees orais devem ser acompanhadas de ajudas visuais
- Fazer uma abordagem geneacuterica de antecipaccedilatildeo dos conteuacutedos antes de iniciar a
apresentaccedilatildeo
- Rever os conteuacutedos anteriores antes de iniciar novos
- Relacionar os conteuacutedos com as experiecircncias dos alunos (aumentar niacuteveis de
motivaccedilatildeo e de interesse)
19
- Resumir os conteuacutedos (oralmente e por escrito)
- Apresentar um maior nuacutemero de explicaccedilotildees realccedilando os pontos mais
importantes (ideias chave)
- Transmitir a informaccedilatildeo com loacutegica e organizaccedilatildeo
- Evitar o uso de linguagem abstrata (metaacuteforas ou trocadilhos)
- Transmitir informaccedilatildeo em pequenas quantidades
- Ler os materiais em voz alta
- Utilizar versotildees reduzidas de textos
- Simplificar vocabulaacuterio do texto
- Dar pistasdicas ao aluno na realizaccedilatildeo de trabalhos
- Ter a certeza de que o aluno compreendeu o trabalho que tem de realizar antes
de o colocar a realizaacute-lo individualmente
- Os trabalhos de reforccedilo devem ser curtos e apenas os necessaacuterios (natildeo se deve
sobrecarregar o aluno com trabalho extra)
- Modificaccedilatildeo do comportamento na sala de aula
Trata-se da intervenccedilatildeo mais bem estudada no contexto escolar na qual se utilizam
teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento como por exemplo os ldquocontratos de
comportamentordquo (ver anexo 1) ldquocontratos de etiquetasrdquo (ver anexo 2) os ldquosistemas de
trocasrdquo o time-out entre outras
A eficaacutecia deste tipo de teacutecnicas depende da sua utilizaccedilatildeo coerente e sistemaacutetica
As estrateacutegias mais utilizadas satildeo a elaboraccedilatildeo de Contratos Comportamentais
e de Programas de Economia de Fichas com o objetivo de alcanccedilar o comportamento
desejado utilizando recompensas
- Identificar de forma clara e objetiva os comportamentos desajustados a
modificar
- Iniciar pelos comportamentos mais faacuteceis de modificar deixando os mais difiacuteceis
para o fim
20
- Definir claramente qual a recompensa (reforccedilo positivo) e a consequecircncia
negativa (reforccedilo negativo) pela modificaccedilatildeo ou natildeo do comportamento
- As recompensas tal como os castigos devem ser imediatas (os) apoacutes a
observaccedilatildeo do comportamento
- Ter em consideraccedilatildeo que os castigos longos e os reforccedilos a longo prazo natildeo
funcionam
- O ideal eacute existirem mais reforccedilos positivos do que reforccedilos negativos pois
pretende-se que o aluno mude o seu comportamento natildeo pelo castigo mas pela
ausecircncia de reforccedilo
- Os objetivos iniciais devem ser pequenos devendo ser alargados agrave medida que
as crianccedilas vatildeo conseguindo alcanccedilar os anteriores
- Utilizaccedilatildeo de um sistema de pontosfichas ou de um contrato terapecircutico
O contrato comportamental eacute um acordo formal e escrito que tem como objetivo
a mudanccedila de comportamento do aluno apresentando-se como uma excelente forma de
encorajar comportamentos adequados De acordo com Lourenccedilo (2009) eacute uma teacutecnica
de gestatildeo de comportamento que envolve a negociaccedilatildeo de um acordo contratual entre o
aluno e o professor
O contrato refere quais os comportamentos a modificar os objetivos relativamente
a esses comportamentos e as consequecircncias do seu cumprimento ou do natildeo cumprimento
atribuindo um papel ativo ao aluno onde lhe eacute dada autonomia para que possa avaliar o
seu progresso responsabilizando-o pelo seu empenho pessoal
O Programa de Economia de Fichas tem por base a utilizaccedilatildeo de pontos ou fichas
que o aluno obteacutem atraveacutes da adoccedilatildeo de comportamentos adequados e que se trocam por
preacutemios ou reforccedilos Segundo Du Paul amp Stomer (2007) este programa serve para
recompensar os alunos pela implementaccedilatildeo de um determinado comportamento que vai
ao encontro das expectativas do professor Eacute estabelecida pelo professor em conjunto
com o aluno uma lista de privileacutegios preacutemios ou atividades na escola para trocas pelas
fichas As fichas devem ser trocadas diariamente pelos privileacutegios ou reforccedilos
estabelecidos de acordo com os pontos atribuiacutedos previamente a cada comportamento
O time-out (tempo de afastamento de reforccedilo positivo) consiste em retirar todo o
reforccedilo social agrave crianccedila Du Paul amp Storner (2007) referem que este procedimento para
21
ser eficaz deve ser implementado logo apoacutes a manifestaccedilatildeo do comportamento
indesejado (entre 1 a 5 minutos) Eacute fundamental que este procedimento restritivo seja
utilizado apenas em conjunto com programas de reforccedilo positivo ou preacutemios sendo
considerado como uma medida de uacuteltimo recurso (apenas utilizada quando nenhuma
outra resulta)
Para reduzir a indisciplina e os comportamentos natildeo desejados em contexto de
sala de aula existe ainda um leque de estrateacutegias que podem ser implementadas pelo
professor (Lopes 2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs 1998 Fernandes 2007) e que
satildeo
- Aceitar o aluno tal como ele eacute
- Olhar o aluno nos olhos enquanto conversa com ele
- As regras devem ser negociadas e afixadas em local visiacutevel
- Estabelecer regrasconsequecircncias claras
- Rever as regras da sala de aula antes de iniciar as atividades e sempre que
necessaacuterio
- Estabelecer alternativas para comportamentos inadequados
- Ignorar alguns comportamentos (aqueles que se assumem como pouco
gravosos)
- Evitar criticar o aluno
- Sempre que o aluno aja em conformidade com as regras da sala de aula deve ser
elogiado (comunicar aos pais para que seja feito reforccedilo adicional em casa)
- Ser inflexiacutevel no desrespeito pelas regras mas sempre de forma calma e positiva
- Tentar controlar os comportamentos sem ser demasiado dominador
- Reagir de forma imediata e constante a cada comportamento
- Antecipar os problemas (planear antecipadamente em particular os momentos
de transiccedilatildeo)
- Afirmar assertivamente o que deve fazer e natildeo o que estava a fazer ou como
estava a fazer (eg ldquoJoatildeo volta imediatamente para o trabalhordquo e natildeo ldquoJoatildeo natildeo
estaacutes a prestar atenccedilatildeordquo)
22
- Falar em privado com o aluno acerca dos seus comportamentos inapropriados
- Estabelecer na sala um local para ldquoacalmarrdquo
- Saber diminuir os niacuteveis de pressatildeo e ansiedade
- Teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo
Segundo Rodrigues (2008) a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo a par da
implementaccedilatildeo das teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento satildeo as mais direcionadas
para o comportamento de impulsividade e de desorganizaccedilatildeo
Estas teacutecnicas satildeo segundo Costa et al (2010)
- Automonitorizaccedilatildeo ndash Atraveacutes de treino preacutevio requer que o aluno aprenda a
observar e a registar o seu proacuteprio comportamento
- Autoreforccedilo ndash O aluno monitoriza o seu comportamento avalia e reforccedila o seu
proacuteprio desempenho quer positivo quer negativo quando confrontados com
tarefas escolares e em interaccedilotildees com os seus colegas
- Autoinstruccedilatildeo ndash Ensinar estrateacutegias cognitivas que permitam ao aluno realizar
com sucesso as tarefas escolares e as situaccedilotildees em que eacute necessaacuterio que haja um
controlo dos comportamentos
Estas estrateacutegias fornecem ao aluno ferramentas de autoregisto para que se
consiga monitorizar o seu comportamento e em colaboraccedilatildeo com o professor realizar a
avaliaccedilatildeo do seu desempenho face ao contexto com vista a adoccedilatildeo de novos e adequados
comportamentos
(d) Ensino Especial
Rodrigues (2008) refere que a crianccedila com PHDA tem um estilo de aprendizagem
especiacutefico aprendendo de forma mais eficaz se forem utilizados estilos de ensino
multimodal ativos e que impliquem a accedilatildeo direta da crianccedila
Torna-se vital que se adapte o ensino agraves necessidades e capacidades individuais do
aluno com o objetivo de rentabilizar o seu potencial de aprendizagem alcanccedilando o
maacuteximo dos objetivos e das competecircncias delineados (as) para o seu niacutevel de ensino
23
Nessa loacutegica os alunos com PHDA podem quando necessaacuterio e beneacutefico ser
integrados na educaccedilatildeo especial e beneficiar de medidas educativas ao abrigo do decreto-
lei nordm 32008 de 7 de janeiro Para isso eacute necessaacuterio fazer a sinalizaccedilatildeo em contexto
escolar permitindo que se avance para o despiste de crianccedilas eou jovens que estejam
associadas (os) a fatores de risco e que possam estar no cerne das limitaccedilotildees escolares e
da possiacutevel existecircncia de necessidades educativas especiais (NEE) de caraacuteter permanente
Em seguida indicam-se as dificuldades detetadas ao niacutevel da comunicaccedilatildeo
aprendizagem mobilidade autonomia relacionamento interpessoal eou participaccedilatildeo
social
Podem proceder agrave sinalizaccedilatildeo os pais ou encarregados de educaccedilatildeo o conselho
executivo da entidade os docentes e outros teacutecnicos que tenham contacto contiacutenuo com
o aluno
Em seguida formaliza-se o processo atraveacutes do preenchimento de um formulaacuterio-
modelo (ver anexo 3) o qual deve conter informaccedilotildees acerca do motivo que levou o
indiviacuteduo a proceder agrave sinalizaccedilatildeo outros dados que se apresentem relevantes para a
posterior avaliaccedilatildeo ndash e intervenccedilatildeo ndash e documentaccedilatildeo necessaacuteria e pertinente
Depois em reuniatildeo de equipa multidisciplinar o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo
(SPO) e o Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial refletem sobre a ficha de sinalizaccedilatildeo e a eventual
necessidade de se avanccedilar para uma avaliaccedilatildeo especializada Sendo esse o caso define-
se o responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo referida e os elementos que iratildeo
participar utilizando diversos instrumentos No acircmbito da avaliaccedilatildeo psicoloacutegica
aplicam-se testes de avaliaccedilatildeo da capacidade cognitiva geral - eg Terceira Ediccedilatildeo da
Escala de Inteligecircncia de Wechsler (WISC-III) que ldquoserve para orientar hipoacuteteses sobre
as aacutereas de disfuncionamento cognitivo e para a escolha das provas complementares com
o objetivo de alcanccedilar um diagnoacutestico diferencialrdquo (Simotildees 2002) Uma dos instrumentos
de medida complementares agrave avaliaccedilatildeo eacute o d2 ndash Teste de Atenccedilatildeo (ver anexo 4) que
consiste na avaliaccedilatildeo da atenccedilatildeo seletiva e da capacidade de concentraccedilatildeo Segundo
Brickenkamp (2006) o d2 permite medir a atenccedilatildeo concentrada (caraacuteter seletivo e
intensivo) e a atenccedilatildeo sustentada (manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo) sendo que pressupotildee
concentraccedilatildeo focalizada em estiacutemulos visuais da atividade
Desencadeia-se em seguida o Relatoacuterio Teacutecnico-Pedagoacutegico (RTP) (ver anexo 5)
no qual se identifica o perfil de funcionalidade do aluno em questatildeo Esse RTP
24
determinaraacute se o aluno apresenta (ou natildeo) NEE e qual a sua tipologia Se sim
determinam-se os apoios especializados as adequaccedilotildees no processo de ensino e
aprendizagem ndash e as possiacuteveis tecnologias de apoio ndash de que iraacute beneficiar e que constaratildeo
no Projeto Educativo Individual (PEI) (ver anexo 6) assegurando-se a participaccedilatildeo ativa
dos pais ou encarregados de educaccedilatildeo assim como a sua anuecircncia
Quando natildeo se verificam NEE que justifiquem a necessidade de intervenccedilatildeo do
SPO e ou do Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial encaminham-se os alunos para apoios
disponibilizados pela escola que melhor se adequem a uma situaccedilatildeo especiacutefica (natildeo eacute o
caso dos alunos com PHDA pois os mesmos integram o Regime de Educaccedilatildeo Especial)
As medidas educativas mais indicadas para alunos com PHDA satildeo as enumeradas
nos artigos 17ordm - Apoio pedagoacutegico personalizado (beneficiar de apoio nas aacutereas
disciplinares onde apresentam maiores dificuldades como forma de melhorar a aquisiccedilatildeo
e aplicaccedilatildeo de conhecimentos) e 20ordm - Adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo
(periodicidade ndash realizar mais momentos de avaliaccedilatildeo reduzindo quantidade de mateacuteria
utilizando perguntas mais diretas duraccedilatildeo ndash dividir a realizaccedilatildeo do teste em dois
momentos manter periacuteodo de tempo mas reduzir o teste local ndash realizar o teste numa
outra sala onde o aluno se possa concentrar melhor)
Relativamente agrave avaliaccedilatildeo que continua a assumir um papel essencial no processo
de ensino-aprendizagem dos alunos sendo uma aacuterea que se reveste da maior importacircncia
nas escolas faz sentido deixar algumas sugestotildees importantes a implementar nos alunos
com PHDA tomando como referecircncia Chiolas (2010)
- Fichas de avaliaccedilatildeo
- Evitar a palavra natildeo e nunca (apenas sublinhaacute-lasdestacaacute-las)
- Colocar instruccedilotildees para cada pergunta
- Listar as instruccedilotildees verticalmente em vez de na horizontal
- Sublinhar aumentar ou colocar a negrito as palavras chave da instruccedilatildeo
- Utilizar apenas mateacuteria dada na sala
- Testes curtos e com seccedilotildees curtas
- Fornecer modelos de itens corretamente respondidos (dar exemplo)
- Colocar na mesma paacutegina um tipo semelhante de pergunta
- Evitar textos extensos
25
- Colocar poucas questotildees por paacutegina
- Numerar todas as paacuteginas e questotildees
- Organizar o teste para que as primeiras perguntas tenham mais cotaccedilatildeo
- Tipos de teste
- Respostas por escolha muacuteltipla
- Evitar muitas opccedilotildees
- Evitar opccedilotildees confusas (eg este ou aquele todas as anteriores)
- Circular a resposta certa (em vez de pedir coacutepia da resposta correta)
- Alinhar verticalmente as respostas
- Ser consistente na organizaccedilatildeo gramatical
- Evitar mais de dez questotildees com escolha muacuteltipla
- Se possiacutevel cotar o raciociacutenio mesmo que a resposta esteja incorreta
- Respostas por correspondecircncia
- Colocar todos os itens na mesma paacutegina
- Colocar espaccedilo extra entre os itens
- Utilizar pequenos grupos de itens
- Colocar os itens da coluna da direita por ordem alfabeacutetica (ajuda na localizaccedilatildeo)
- Colocar uma resposta fantasma (absurda) numa das colunas
- Dar um exemplo correto
- Colocar a coluna mais longa do lado esquerdo
- Respostas Verdadeiro ou Falso
- Utilizar ateacute 10 questotildees por teste
- Evitar pedir para transcrever a resposta correta ou falsa
- Colocar Verdadeiro e Falso no final de cada item e deixar o aluno circundar a
resposta correta
- Respostas para preencher e espaccedilos
- Evitar frases descontextualizadas (eg frases retiradas de textos)
- Deixar espaccedilos em branco proporcionais ao tamanho da resposta
- Fornecer a lista das palavras imediatamente a seguir agrave questatildeo
- Se uma palavra vai ser usada mais do que uma vez repeti-la na lista o nuacutemero
de vezes que for para usar
26
- Dividir o teste por seccedilotildees de 5 questotildees cada
- Respostas de desenvolvimento
- Dividir as perguntas de desenvolvimento em duas ou trecircs perguntas de resposta
mais curta
- Dar respostas curtas e o aluno poder circundar a resposta correta
- Descrever o que se espera dar recomendaccedilotildees e ajudar na organizaccedilatildeo
Outras sugestotildees
- Durante o teste o professor deve percorrer a sala para verificar se o aluno tem
alguma dificuldade e natildeo a verbaliza
- Consultar os alunos com PHDA durante o teste
- Atenccedilatildeo individualizada verificando as respostas no decorrer do teste
- Dar oportunidade se necessaacuterio de repetir o teste
- Deixar o aluno fazer o teste em outro ambiente
- Fazer o teste em dois dias
- Fazer intervalos durante o teste
- Utilizar reforccedilos positivos
- Evitar termos como ldquodespacha-terdquo ldquotanto tempordquo etc
- Treinar os vaacuterios tipos de perguntas e respostas
- Fornecer um guiatildeo de estudo
- Pedir ao aluno para rever todo o teste no final
(e) TreinoDesenvolvimento de competecircncias sociais
Na PHDA e no que diz respeito ao contexto escolar eacute importante estar atento e
trabalhar as questotildees relacionadas com o processo de ensino-aprendizagem mas tambeacutem
com o estabelecimento de relaccedilotildees saudaacuteveis e positivas quer com os pares quer com os
adultos
27
Segundo Lopes et al (2011) as implicaccedilotildees nas relaccedilotildees com os pares estatildeo
diretamente relacionadas com a dificuldade que as crianccedilas com PHDA tecircm em esperar
pela sua vez e com o facto de falarem e entrarem em confronto com maior facilidade
Os alunos com esta perturbaccedilatildeo tendem a manifestar deacutefices nas competecircncias
sociais sendo vistos pelos pares como intrusivos e inoportunos levando agrave rejeiccedilatildeo
(Landau amp Moore cit por Lopes et al 2011) Satildeo assim alunos considerados pelos
seus colegas como intrometidos inapropriados com dificuldades na interaccedilatildeo social
sem respeito pelas regras impostas (mesmo que as conheccedilam) com respostas agressivas
perante situaccedilotildees problemaacuteticas e com deacutefices na autoregulaccedilatildeo do comportamento
Sabendo que as competecircncias sociais se regem pela reciprocidade social (Brophy
Good amp Brophy Doyle Everston amp Kounin cit por Lopes et al 2011) eacute importante
analisar e avaliar os comportamentos dos professoresadultos para tambeacutem se perceber a
sua implicaccedilatildeo eou influecircncia nos comportamentos dos alunos e desta forma entender
o que motiva os alunos a comportamentos adequados com alguns professores e
inadequados com outros
Fica assente a importacircncia que os comportamentos e atitudes dos professores
assumem perante alunos com PHDA cujos comportamentos satildeo inadequados em
contexto de sala de aula Haacute entatildeo que mobilizar estrateacutegias promotoras do
desenvolvimento de competecircncias sociais quanto ao autoconceito acadeacutemico agrave
autoestima e agrave inclusatildeo no grupoturma (Lopes2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs
1998 Fernandes 2007)
- Procurar aacutereas em que o aluno se possa destacar
- Estabelecer uma relaccedilatildeo professor-aluno positiva (carinho compreensatildeo
respeito incentivo)
- Demonstrar interesse e participar ativamente na vida do aluno
- Promover a participaccedilatildeo ativa do aluno na aula
- Evitar linguagem de confronto e de provocaccedilatildeo
- Dar responsabilidade agrave crianccedila (eg distribuir cadernos ficar a tomar conta da
sala quando o professor se ausenta)
- Natildeo expor o aluno perante a turma (soacute o fazer quando a situaccedilatildeo eacute muito grave)
28
- Ignorar os comportamentos menos graves (falar depois individualmente com o
aluno sobre esses comportamentos)
- Dar reforccedilos positivos e elogios sempre que o aluno adota comportamentos
adequados
- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixam o aluno menos
ansioso e mais seguro e ajudam a turma a criar estrateacutegias de inclusatildeo)
- Adotar atitudes promotoras da autoestima do aluno (evitar os comentaacuterios
destrutivos em frente agrave turma roacutetulos e chamadas de atenccedilatildeo e criacuteticas devem ser
pela positiva e construtivos (as))
- Desenvolver programas de treino de competecircncias sociais
Se os professores conhecerem as caracteriacutesticas positivas e negativas dos seus
alunos com PHDA enquanto reconhecem as caracteriacutesticas positivas e as negativas vatildeo
aceitar e compreender melhor os seus alunos esforccedilando-se por adotar atitudes e accedilotildees
que vatildeo ao encontro das especificidades desses mesmos alunos
18 Importacircncia da formaccedilatildeo de professores como estrateacutegia de
intervenccedilatildeo terapecircutica (psicossocial) em PHDA
Para que a educaccedilatildeo inclusiva aconteccedila eacute fundamental que os professores tenham
acesso a informaccedilatildeo especiacutefica relativamente agrave diversidade de patologias encontradas
hoje nas escolas de ensino regular bem como tenham acesso ldquo a meacutetodos estrateacutegias e
teacutecnicas que lhes permitam uma accedilatildeo educativa inclusiva e simultaneamente promotora
do potencial acadeacutemico emocional e socialrdquo do aluno (Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp
Saragoccedila 2011 p 367)
Centrando o olhar no aluno com PHDA encontram-se especificidades
desenvolvimentais de conduta e de aprendizagem que obrigam ao delineamento de um
processo de inclusatildeo no grupo turma
Sabe-se hoje que a educaccedilatildeo inclusiva natildeo tem subjacente uma diminuiccedilatildeo de
expetativas face ao percurso escolar do aluno mas antes a funccedilatildeo de segundo Graacutecio
Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) responder adequadamente agraves suas necessidades
29
e promover o seu potencial Esta mudanccedila de paradigma escolar implica uma adaptaccedilatildeo
por parte do sistema de ensino e dos seus principais agentes (professores) exigindo o
decliacutenio de um ensino baseado na homogeneidade desenvolvimental
Segundo o ldquoWorld Report Disabilityrdquo (World Health Organization amp The World
Bank 2011) eacute fundamental face agrave diversidade educativa que os professores invistam e
melhorem as suas proacuteprias competecircncias para ensinarem crianccedilas com patologias
diversificadas que atualmente se encontram a frequentar escolas do ensino regular
Assim eacute tambeacutem fundamental promover oportunidades de encontro e partilha que sirvam
de suporte e apoio aos professores no sentido de estes dominarem e mobilizarem
abordagens de ensino-aprendizagem mais flexiacuteveis que permitam uma maior adequaccedilatildeo
e proximidade agraves necessidades dos alunos
O aumento do conhecimento dos professores eacute fundamental para as praacuteticas
escolares contribuindo tambeacutem para o desempenho acadeacutemico dos alunos com PHDA
A aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo especiacutefica pode contribuir para
- Melhorar a capacidade de anaacutelise das especificidades da crianccedila
- Permitir discussotildees mais objetivas das preocupaccedilotildees encontradas no
processo ensino-aprendizagem e descriccedilatildeo de comportamentos que os
preocupam nas crianccedilas contribuindo de forma ativa e adequada para a
obtenccedilatildeo de diagnoacutesticos precisos (Reis amp Camargo 2008)
- A melhor compreensatildeo dos diagnoacutesticos da informaccedilatildeo e da especificidade
do funcionamento de cada aluno (Simatildeo 2013)
- Uma participaccedilatildeo efetiva no processo de intervenccedilatildeo delineado e integraccedilatildeo
na rede de suporte constituiacuteda assumindo-se como agentes facilitadores de
aprendizagens (Correia 2010)
Um estudo realizado por Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) mostra
que uma percentagem muito significativa de professores (94 da amostra) refere sentir
necessidades de formaccedilatildeo relativa a aspetos associados agrave distraccedilatildeo das crianccedilas Cerca de
74 dos professores assume necessitar de saber mais para lidar com crianccedilas que revelam
dificuldades nos comportamentos de autocontrolo como o natildeo conseguir ficar parado
30
inquietude motora ou hiperatividade Logo o estilo de formaccedilatildeo que os professores deste
estudo referem como estando mais interessados cumpre os seguintes fatores
- Identificaccedilatildeo de crianccedilas com dificuldade na atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo
autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais
- Construccedilatildeo desenvolvimento e uso de materiais educativos para crianccedilas
com dificuldades de aprendizagem
- Organizaccedilatildeo da liccedilatildeo e das atividades baseadas em praacuteticas inclusivas no
domiacutenio da atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo competecircncias sociais e
emocionais e realizaccedilatildeo de tarefas
- Avaliaccedilatildeo do progresso da crianccedila do jovem com dificuldades de
aprendizagem e das crianccedilas dos jovens com comportamentos desafiantes
- Promoccedilatildeo de relaccedilotildees positivas entre pares sobretudo no autocontrolo
atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo ldquo (pp 375-376)
Em suma estes professores portugueses constituindo-se como uma amostragem
das necessidades sentidas na sua classe centram o seu interesse de formaccedilatildeo especiacutefica
no domiacutenio da educaccedilatildeo da atenccedilatildeo hiperatividade dificuldade de controlo emocional e
de impulso bem como da autoestima
Torna-se por isso pertinente o desenho de um programa de formaccedilatildeo para
professores em PHDA que seraacute descrito em seguida com base em diversos autores
Entende-se o programa de formaccedilatildeo como um contributo ajustado agraves reais necessidades
dos docentes promovendo a aquisiccedilatildeo de benefiacutecios em termos da adequaccedilatildeo de praacuteticas
educativas que permitam um melhor desenvolvimento e maiores progressos nas
aprendizagens dos alunos com PHDA integrados em escolas do ensino regular
181 Programa de Formaccedilatildeo de Professores em PHDA
Devido agrave necessidade de formaccedilatildeo em aacuterea especiacutefica referida anteriormente iraacute ser
apresentada em seguida uma proposta de programa de formaccedilatildeo de professores em
PHDA que pretende centrar-se nas experiecircncias dos professores a partir de dinacircmicas de
grupo divididas em sessotildees Deste modo exploram-se os conhecimentos dos professores
31
relacionando-os com as dinacircmicas de grupo baseadas em autores de referecircncia
devidamente citados ao longo das sessotildees e em sugestotildees da investigadora
Essas dinacircmicas de grupo dinamizadas por formador com competecircncias pedagoacutegicas
na aacuterea da PHDA (eg psicoacutelogo) contribuem para o desenvolvimento do plano praacutetico
dos docentes atraveacutes de estrateacutegias formativas que auxiliam no processo de
aprendizagem Essas dinacircmicas divididas em sessotildees possibilitam a mobilizaccedilatildeo de
processos coletivos de reflexatildeodiscussatildeo ampliam o conhecimento individual e coletivo
da classe docente e potenciam a transformaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo da informaccedilatildeo partilhada
182 Descriccedilatildeo das sessotildees
Sessatildeo 1 - ldquoO que jaacute faccedilo bem o que poderei fazer melhor e o que poderei fazer de novordquo
Tema Autoconhecimento do professor (pontos fortes e pontos a melhorar)
Objetivos
- Proceder agrave apresentaccedilatildeo do grupo de professores e formadores
- Recolher as expectativas face ao programa de formaccedilatildeo
- Identificar razotildees para procurarem integrar este programa de formaccedilatildeo
- Apresentar o organograma do programa de formaccedilatildeo
- Dinamizar a situaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo inicial
- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias dos professores e pontos de fragilidade que
consideram ser elementos importantes a melhorar
Dinacircmica 1 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting inicial
Objetivos da dinacircmica
- Avaliar os conhecimentos iniciais dos professores acerca da PHDA
32
Estrateacutegias
- Trabalho individual
Procedimentos da dinacircmica
- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre
aspetos inerentes agrave PHDA
- Distribuir o material (ver anexo 7) onde consta um pequeno questionaacuterio que
pretende perceber os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA
e um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem diferentes
criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e tambeacutem
mobilizariam na organizaccedilatildeo e no planeamento de um momento educativo (parte
de uma aula) sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de
PHDA
- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema
importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de
informaccedilatildeo a ser partilhada
Dinacircmica 2 ndash Espelho meu espelho meu
Fonte Coelho amp Belo (2011)
Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores
Objetivos da dinacircmica
- Identificar caracteriacutesticas pessoais e competecircncias que valorizam enquanto
professores
- Hierarquizar por niacutevel de importacircncia as caracteriacutestica e competecircncias
identificadas em funccedilatildeo da integraccedilatildeo de crianccedilas com PHDA no seu grupo turma
33
- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias que consideram tornaacute-los
professores mais aptos e aquelas que procuram melhorar e desenvolver
Estrateacutegias
- Trabalho individual
- Reflexatildeo de grupo
Procedimentos
- Eacute distribuiacutedo aos professores um exemplar (ver anexo 8) solicitando-lhes que
reflitam sobre outros professores que conhecem (natildeo tendo que fazer parte do
grupo com quem trabalham) e que consideram professores aptos de referecircncia
para si e para o desenvolvimento do seu trabalho enquanto professores
- Apoacutes essa reflexatildeo devem nomear 3 desses professores
- De seguida propor que construam uma lista de no total 10 caracteriacutesticas e
competecircncias que identificam nesses professores nomeados e que os fazem ser
vistos e considerados ldquoextraordinaacuteriosrdquo enquanto classe docente
- Transcrever para a folha entregue inicialmente (ver anexo 6) a listagem que
elaboraram identificando quais dessas satildeo tambeacutem caracteriacutesticas suas
- Posteriormente refletir e assinalar quais consideram as mais importantes para si
- ldquo (hellip) os princiacutepios pelos quais se rege satildeo as coisas mais importantes para si
aquelas de que seria mais difiacutecil abdicar Os que se mantecircm inalteraacuteveis por mais
voltas que a vida decircrdquo (Belo amp Coelho 2010)
- Refletir sobre aquelas que jaacute possuem na dimensatildeo desejada e que os tornam
tambeacutem professores aptos e quais as que pretendem melhorar tendo como
referecircncia a especificidade de inclusatildeo de alunos com PHDA no grupo turma
- Partilhar o resultado da reflexatildeo com o grande grupo
- O formador deveraacute neste momento da dinacircmica proceder agrave sistematizaccedilatildeo da
informaccedilatildeo partilhada organizando-a em dois grupos as potencialidades do grupo
de professores e as fragilidades e caracteriacutesticas a melhorar
34
Reflexatildeo
- Esta dinacircmica para aleacutem de permitir a cada elemento do grupo um tempo de
autoreflexatildeo e de busca das suas potencialidades conferindo-lhes desta forma
um sentido de autoeficaacutecia e de autoaceitaccedilatildeo (Barbosa 1995) permite tambeacutem
a identificaccedilatildeo do outro sobretudo quando se trata de identificar fragilidades
(competecircncias a melhorar) desenvolvendo um sentido de pertenccedila (natildeo estou
sozinho neste desafio)
- Estar consciente das suas caracteriacutesticas potencialidades e fragilidades pode ser
facilitador na organizaccedilatildeo na dinacircmica desenvolvida e no seu trabalho de gestatildeo
pedagoacutegica e de comportamentos do grupo turma
- Aos formadores daacute-lhes a possibilidade de organizar a partilha de informaccedilatildeo
durante a formaccedilatildeo de forma a privilegiar e fazer uso das competecircncias que foram
inicialmente identificadas pelo grupo bem como criar oportunidades de reflexatildeo
sobre formas de desenvolver as que foram identificadas como mais fraacutegeis
Sessatildeo 2
Tema PHDA
Objetivos
- Potenciar oportunidades para aprofundar conhecimentos relacionados com o aluno com
PHDA
- Promover um espaccedilo de partilha e discussatildeo teoricamente sustentado necessaacuterio agrave
compreensatildeo do aluno com PHDA e especificidade do seu modo de interaccedilatildeo e inclusatildeo
no sistema de ensino
Dinacircmica 3 ndash ldquoDesenho cegordquo
Fonte Coelho amp Belo (2014)
35
Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo dos conceitos a explorar
Objetivos da dinacircmica
- Sensibilizar para a importacircncia que a forma de transmissatildeo e receccedilatildeo de
informaccedilatildeo bem como o entendimento dos conceitos assume num processo
eficaz de comunicaccedilatildeo
- Refletir sobre o papel da comunicaccedilatildeo no conhecimento da PHDA
Estrateacutegias
- Trabalho a pares
- Exploraccedilatildeo ativa do material
- Reflexatildeo em grande grupo
Procedimentos
- Organiza-se o grupo de professores em pares de forma aleatoacuteria
- Pede-se que se sentem formando um grande ciacuterculo e de costas viradas uns para
os outros de forma a que o elemento da frente de cada par natildeo consiga ver o detraacutes
e esse natildeo veja as matildeos do colega da frente
- A cada um dos elementos que se encontra atraacutes de cada par eacute entregue uma folha
com uma representaccedilatildeo graacutefica (ver anexo 9) e aos elementos da frente uma folha
em branco e uma caneta
- De seguida eacute pedido aos elementos que possuem o suporte com a representaccedilatildeo
graacutefica que partilhem informaccedilatildeo sobre essa representaccedilatildeo de forma a que o seu
par consiga produzir uma imagem o mais idecircntica possiacutevel
- O colega da frente que assume o papel de recetor da informaccedilatildeo natildeo pode fazer
qualquer tipo de comentaacuterio referente agrave informaccedilatildeo recebida nem questionar o
emissor
- No final de todos os pares terem terminado a tarefa o formador deve recolher
todas as produccedilotildees graacuteficas e afixaacute-las de forma a que sejam visiacuteveis a todos
36
- Em grupo importa refletir sobre o processo de comunicaccedilatildeo as estrateacutegias que
cada um utilizou para transmitir informaccedilatildeo os obstaacuteculos encontrados por
emissores e recetores comparar resultados finais com a matriz inicial e integrar
esta experiecircncia em questotildees associadas agrave temaacutetica da sessatildeo
Reflexatildeo
- A utilizaccedilatildeo desta dinacircmica permite ao formador ilustrar o ruiacutedo que muitas
vezes se instala nos canais de comunicaccedilatildeo estabelecidos entre os diferentes
intervenientes no processo educativo
- Permite ainda sensibilizar os professores para a importacircncia da clareza de
domiacutenio e entendimento dos conceitos envolvidos nesta perturbaccedilatildeo bem como
ilustrar as dificuldades que se assistem quando a informaccedilatildeo partilhada natildeo eacute
suficiente para que o recetor dessa informaccedilatildeo possa entender e construir o seu
proacuteprio quadro concetual que lhe permitiraacute atuar posteriormente de forma mais
adequada e proacutexima das reais especificidades desenvolvimentais e de
aprendizagem da crianccedila
Dinacircmica 4 ndash ldquoInventaacuterio de caracteriacutesticas de crianccedilas com PHDArdquo
Fonte Barbosa (1995)
Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a
desenvolver
Objetivos da dinacircmica
- Perceber quais as caracteriacutesticas das crianccedilas com PHDA mais conhecidas no
grupo alvo e os mitos que poderatildeo estar presentes
- Utilizar o conhecimento preacutevio do professor e integrar a restante informaccedilatildeo
Estrateacutegias
37
- Trabalho individual
- Trabalho em pequeno grupo
- Reflexatildeo em grande grupo
Procedimentos
- Solicita-se a cada professor a elaboraccedilatildeo de uma lista de caracteriacutesticas que
associam agrave crianccedila ao jovem com PHDA desta forma evita-se o efeito de
fixaccedilatildeo demasiado presente em estrateacutegias de brainstorming que contribui para
a diminuiccedilatildeo da eficaacutecia de construccedilatildeo de ideias e criatividade na informaccedilatildeo
apresentada (Kohn amp Smith 2010)
- Posteriormente os professores satildeo convidados a reunirem-se em pequenos
grupos por forma a partilharem as listas individuais e a reorganizarem-nas numa
nova lista de caracteriacutesticas que identificam e associam aos alunos com PHDA
- Apoacutes esta fase inicial do trabalho pede-se a cada grupo que apresente a sua lista
ao grande grupo
- As caracteriacutesticas apresentadas deveratildeo ser registadas pelos formadores em
suporte legiacutevel para todo o grupo
- Partindo dessa lista como forma de valorizaccedilatildeo do conhecimento que os
professores jaacute possuem relativamente a esta perturbaccedilatildeo deve-se iniciar a
integraccedilatildeo de informaccedilatildeo teoacuterica relativamente agrave especificidade da PHDA nas
seguintes unidades
ndash Criteacuterios de diagnoacutestico (a lista teraacute jaacute subjacente informaccedilatildeo
suficiente para a interpretaccedilatildeo e identificaccedilatildeo dos diferentes criteacuterios
de construccedilatildeo do diagnoacutestico de PHDA)
ndash Caracteriacutesticas e mitos (conduzir os professores a refletir sobre a
possibilidade de algumas das caracteriacutesticas identificadas na lista
conjunta serem mitos associados agrave crianccedila ao jovem com PHDA e
partilhar o enquadramento e compreensatildeo desses mitos)
38
ndash Prevalecircncia e comorbilidade (alertar para o facto de existirem
caracteriacutesticas enunciadas que poderatildeo tambeacutem pertencer a outros
quadros patoloacutegicos)
ndash Etiologia (desconstruir ideias preconcebidas relativamente agraves causas
da PHDA)
Reflexatildeo
- Com esta dinacircmica possibilita-se a criaccedilatildeo de um espaccedilo de partilha de
conhecimento permitindo a integraccedilatildeo de novas informaccedilotildees em referenciais jaacute
construiacutedos assim como a reorganizaccedilatildeo de informaccedilatildeo em diferentes unidades
de conteuacutedo
- O papel ativo do formador na procura de exemplos praacuteticos e vivenciais dos
professores a partir da lista construiacuteda tambeacutem se constitui como um fator
facilitador para a melhor compreensatildeo da crianccedila com PHDA pois ilustra os
conteuacutedos teoacutericos partilhados
Sessatildeo 3
Tema Ser criativo eacute urgente
Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial
Fundamentaccedilatildeo Breve enquadramento da importacircncia de serem definidas estrateacutegias
especiacuteficas para lidar com as crianccedilas com PHDA em contexto escolar
Objetivos
- Refletir sobre a necessidade de diferenciar formas de atuaccedilatildeo pedagoacutegica e relacional
face agrave crianccedila ao jovem com PHDA
- Explorar diferentes estrateacutegias e tipologias de atividades estudadas como adequadas ao
funcionamento do aluno com PHDA
39
Dinacircmica 5 ndash ldquoOnde estaacute o ratordquo
Objetivos da dinacircmica
- Perceber a importacircncia da observaccedilatildeo e da diferenciaccedilatildeo de focos
- Explorar a ideia de alternacircncia de procedimentos para atingir os objetivos
definidos para cada aluno
Estrateacutegias
- Exploraccedilatildeo ativa do material
- Reflexatildeo em grupo
Procedimentos
- A cada professor seraacute distribuiacuteda uma folha ldquoOnde estaacute o ratordquo (ver anexo 10)
- Pede-se para observarem o desenho com atenccedilatildeo e descobrirem onde se encontra
o rato
- Apoacutes resposta dos professores deve-se refletir sobre o processo de descoberta
Encontraram o rato Se natildeo porquecirc Que fatores consideraram facilitadores na
pesquisa e quais os que dificultaram a tarefa Qual a finalidade deste desafio
Reflexatildeo
- Esta dinacircmica permite ao formador ilustrar os vaacuterios niacuteveis de intervenccedilatildeo que
estatildeo subjacentes agrave inclusatildeo da crianccedila do jovem com PHDA na turma e no seu
processo de aprendizagem (estrateacutegias de atuaccedilatildeo individual e direta indireta de
manipulaccedilatildeo de fatores contextuais organizaccedilatildeo de ambientes educativos e
intervenccedilatildeo grupal)
40
- Perceber que apesar do mesmo diagnoacutestico cada crianccedila eacute diferente entre si
contemplando caracteriacutesticas especiacuteficas que devem ser tidas em conta na
mobilizaccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo
Dinacircmica 6 ndash ldquoO que descubrordquo
Fonte Coelho amp Belo (2014)
Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores
Objetivos da dinacircmica
- Construir uma oportunidade de identificaccedilatildeo ao outro
- Promover oportunidade de reforccedilo de relaccedilatildeo ao outro (aluno com PHDA) e de
reflexatildeo sobre a importacircncia de conhecer e compreender as caracteriacutesticas do
professor e do aluno (focos de conflito eou de entendimento)
- Sensibilizar para estrateacutegias promotoras do desenvolvimento de competecircncias
sociais (autoconceito acadeacutemico autoestima inclusatildeo no grupoturma) na crianccedila
Estrateacutegias
- Trabalho individual
- Reflexatildeo em grupo
Procedimentos
- Pedir aos professores que reflitam e respondam agraves questotildees apresentadas ldquoQual
a minha caracteriacutestica positiva que revejo na crianccedilardquo e ldquoQue caracteriacutestica
minha da qual natildeo me orgulho revejo no alunordquo
- Integrar as reflexotildees individuais nos conteuacutedos teoacutericos a apresentar
nomeadamente na possibilidade dessas respostas poderem estar na base de
constituiccedilatildeo de um foco de conflito ou de aproximaccedilatildeo ao aluno
41
Reflexatildeo
- Com esta experiecircncia de reflexatildeo proposta ao grupo de professores cria-se um
ambiente facilitador de permeabilidade agrave aceitaccedilatildeo da diferenccedila e de possibilidade
de identificaccedilatildeo com a mesma O professor ao realizar o caminho de identificaccedilatildeo
de caracteriacutesticas partilhadas com os alunos estaraacute mais consciente da forma
como teraacute de atuar em termos de estabelecimento da relaccedilatildeo para que respeitando
a especificidade de ambos consiga criar uma relaccedilatildeo suficientemente segura que
lhe permita experimentar formas de atuaccedilatildeo social e do saber diversificadas e
cada vez mais adequadas ao desenvolvimento de ambos no processo de ensino
aprendizagem
Dinacircmica 7 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo
Fonte Barbosa (1995)
Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a
desenvolver
Objetivos da dinacircmica
- Ilustrar os benefiacutecios inerentes a algumas estrateacutegias de intervenccedilatildeo
comportamental em sala de aula
Estrateacutegias
- Role-playing
- Trabalho em grupo
- Reflexatildeo em grande grupo
Procedimentos
42
- Solicita-se ao grupo de professores que se organizem em grupos de 3 ou 4
elementos de forma aleatoacuteria
- A cada grupo eacute pedido que um dos elementos se ausente por um periacuteodo de cerca
de 10 minutos solicitando que apoacutes esse tempo volte a integrar o grupo e a
discussatildeo que neste estaacute a decorrer
- Apoacutes a saiacuteda dos elementos os grupos teratildeo acesso a uma pequena descriccedilatildeo de
uma situaccedilatildeo para discussatildeo (ver anexo 11)
- Com cada grupo eacute ainda partilhada a seguinte informaccedilatildeo Grupo 1 ndash Natildeo pode
partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi dada anteriormente nem informar o novo
elemento dos aspetos jaacute abordados na discussatildeo Grupo 2 ndash Apenas pode
responder a questotildees que sejam colocadas pelo elemento que integrou o grupo
Grupo 3 ndash Deve partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi facultada no iniacutecio da discussatildeo
bem como partilhar com o novo elemento os diferentes pontos jaacute abordados
durante o periacuteodo de discussatildeo (envolver o outro elemento)
- Apoacutes um periacuteodo de cerca de mais 10 minutos para integraccedilatildeo dos novos
elementos convidar os professores a refletir em pequenos grupos relativamente
agrave facilidadedificuldade que o elemento em situaccedilatildeo de time-out sentiu bem como
o sentimento dos elementos do grupo que o receberam a meio da discussatildeo
- Num uacuteltimo momento da dinacircmica solicitar a todos os grupos que partilhem as
suas reflexotildees tendo o formador o papel de integrar tais reflexotildees no quadro
adaptativo da estrateacutegia de time-out
Reflexatildeo
- Como em dinacircmicas anteriormente apresentadas esta por permitir a construccedilatildeo
de um espaccedilo vivencial de uma situaccedilatildeo similar agraves que acontecem com os alunos
em contexto de sala de aula constituir-se-aacute como facilitadora no entendimento e
na anaacutelise das especificidades inerentes agrave utilizaccedilatildeo adequada de estrateacutegias de
intervenccedilatildeo comportamental seja o time-out ou a importacircncia da participaccedilatildeo
ativa do aluno na aula
- Permitir que os professores ganhem consciecircncia de que o time-out se apresenta
como uma estrateacutegia de uacuteltima linha por ser extremamente restritiva
43
Sessatildeo 4
Tema Ser criativo eacute urgente (continuaccedilatildeo)
Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial
Dinacircmica 8 ndash ldquoA Torrerdquo
Fonte Kombo - Gestatildeo estrateacutegica de pessoas (adaptaccedilatildeo livre)
Objetivos da dinacircmica
- Exploraccedilatildeo de estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica
- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo para atingir um objetivo
- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa
rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas
Estrateacutegias
- Jogo
- Reflexatildeo em grande grupo
Procedimentos
- Organizam-se os professores em pequenos grupos
- Eacute entregue a cada grupo o seguinte material reacutegua de 30 cm cartolina tesoura
e cola
- Com o material que lhes foi dado deveratildeo construir uma torre
- Metade dos grupos formados soacute poderatildeo construir a torre com tiras de cartolina
que natildeo ultrapassem o tamanho da reacutegua tanto nos 30 centiacutemetros quanto na
44
largura Esta torre deveraacute ser mais alta que 30 centiacutemetros e no final a reacutegua
deveraacute ser colocada horizontalmente sobre a torre
- A outra metade dos grupos tem o mesmo material disponiacutevel e a indicaccedilatildeo que
teraacute de construir uma torre sendo que no final a reacutegua deveraacute ser colocada
horizontalmente sobre a torre
- Apoacutes cada grupo concluir a sua tarefa deve dar-se um periacuteodo de reflexatildeo tendo
como ponto de partida algumas das seguintes questotildees Que sentimentos surgiram
durante a realizaccedilatildeo da tarefa Surgiu algum liacuteder Como conduziu o grupo
Quais foram as dificuldades encontradas E as estrateacutegias utilizadas para as
superar Que fatores foram identificados como auxiliadores para a concretizaccedilatildeo
da tarefa Como avaliam o trabalho do grupo
- Posteriormente deve existir uma reflexatildeo conjunta em grande grupo onde se
comparam os resultados finais conseguidos e os processos diferentes que foram
assumidos pelos grupos de forma a fazer-se a ponte para as questotildees da
diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica
Reflexatildeo
- Com esta dinacircmica o formador tem a oportunidade de assumir uma funccedilatildeo
integradora de vivecircncias pessoais no que pretende desenvolver em termos de
conteuacutedos chave no trabalho pedagoacutegico com a crianccedila eou o jovem com PHDA
que assenta na partilha de estrateacutegias claras de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica e natildeo em
estrateacutegias limitativas
Dinacircmica 8 ndash ldquoNatildeo parem os balotildeesrdquo
Fonte Aline Ulyssea ndash Universidade do Panamaacute (adaptaccedilatildeo livre)
Objetivos da dinacircmica
- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo de modo a atingir um objetivo
45
- Sensibilizar para a importacircncia das redes de suporte na crianccedila eou no jovem
com PHDA
- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa
rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas
Estrateacutegias
- Jogo
- Reflexatildeo em grande grupo
Procedimentos
- Solicita-se aos professores que fiquem de peacute organizados em ciacuterculo
- A cada um deles seraacute entregue um balatildeo que devem encher imaginando que esse
balatildeo representa um desafio associado ao trabalho com alunos com PHDA
- Depois de todos terem enchido o balatildeo e atado pedir-lhes para que atirem os
balotildees para o ar e para o centro e que a partir desse momento natildeo os deixem mais
cair e tocar no chatildeo
- Ao fim de 1 ou 2 minutos de todos estarem em atividade o formador deve
comeccedilar a retirar elementos do ciacuterculo mas deixando o balatildeo permanecer
relembrando aos elementos que permanecem no ciacuterculo que os balotildees continuam
a natildeo poder tocar no chatildeo
- Este procedimento repete-se ateacute ao momento em que eacute observado pelos
elementos que foram saindo do ciacuterculo que com os balotildees restantes natildeo se
consegue manter a tarefa e haacute balotildees que tocam no chatildeo
- No final lanccedilar o periacuteodo de reflexatildeo partilhada Trabalharam em equipa O que
sentiram quando todos estavam a cooperar O que sentiram quando foram
perdendo elementos Houve definiccedilatildeo de estrateacutegias claras para obter sucesso na
tarefa As estrateacutegias foram redefinidas agrave medida que foram perdendo elementos
Haacute problemasdesafios que conseguiram resolver sozinhos
46
Reflexatildeo
- As reflexotildees partilhadas pelos grupos que experienciaram a dinacircmica permitiratildeo
ao formador introduzir de forma sustentada questotildees de intervenccedilatildeo na crianccedila
eou no jovem com PHDA tatildeo importantes como a constituiccedilatildeo de redes de
suporte a forma como se devem organizar e partilhar intervenccedilatildeo e
responsabilidades a perspetiva de quem lidera a intervenccedilatildeo a importacircncia da
partilha e a avaliaccedilatildeo constante de resultados face agrave intervenccedilatildeo desenhada para
cada uma das crianccedilas em intervenccedilatildeo direta
Dinacircmica 9 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting final
Objetivos da dinacircmica
- Perceber os conhecimentos adquiridos pelos professores no momento final da
formaccedilatildeo
Estrateacutegias
- Trabalho individual
- Reflexatildeo em grupo
Procedimentos
- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre
aspetos inerentes agrave PHDA
- Distribuir o material (ver anexo 6) onde consta a) um pequeno inqueacuterito que
pretende avaliar os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA
b) um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem os diferentes
criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e mobilizariam na
47
organizaccedilatildeo e planeamento de um momento educativo (parte de uma aula)
sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de PHDA
- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema
importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de
informaccedilatildeo a ser partilhada
- Promover um momento de partilha e reflexatildeo conjunta relativamente agrave
informaccedilatildeo partilhada no iniacutecio e no final da formaccedilatildeo
183 Siacutentese geral
A proposta de formaccedilatildeo acima descrita para aplicaccedilatildeo em tempo real com
professores que se proponham agrave inscriccedilatildeo surge porque uma grande amostra da classe
docente ndash como referido anteriormente com base no estudo de Graacutecio Chaleta Cid
Fialho amp Saragoccedila (2011) ndash demonstra a necessidade de formaccedilatildeo na aacuterea da atenccedilatildeo
dos alunos enquanto complemento para intervenccedilatildeo direta com os mesmos Segundo
Selikowitz (2009) atualmente haacute uma noccedilatildeo mais oacutebvia acerca dessa problemaacutetica sendo
que os professores jaacute recebem formaccedilatildeo acadeacutemica nos seus estaacutegios profissionais No
entanto parece natildeo ser suficiente para aplicaccedilatildeo em contexto de sala de aula Deste modo
os professores participando de uma formaccedilatildeo com atividades semelhantes agraves propostas
no programa acima delineado melhorariam as suas teacutecnicas pedagoacutegicas
complementadas com informaccedilatildeo e identificaccedilatildeo de carateriacutesticas de diagnoacutestico de
PHDA
48
2 ESTUDO EMPIacuteRICO METODOLOGIA E ESTRATEacuteGIAS DE
INVESTIGACcedilAtildeO
21 Introduccedilatildeo
O objetivo do estudo decorre da necessidade jaacute referenciada no capiacutetulo anterior
de melhor conhecer as carateriacutesticas causas e formas de intervenccedilatildeo na PHDA Sendo
assim surgiu a partir da revisatildeo da literatura uma proposta de possiacutevel formaccedilatildeo de
professores enquanto estrateacutegia terapecircutica na aacuterea da PHDA
Este estudo combina a investigaccedilatildeo qualitativa com a quantitativa ndash teacutecnica mista
ndash e numa posterior triangulaccedilatildeo de dados que segundo Coutinho (2011) eacute uma forma de
conseguir uma anaacutelise de maior alcance e riqueza Havendo diferenccedilas as mesmas podem
ser usadas como forma de tentar encontrar uma explicaccedilatildeo vaacutelida
De acordo com Bogdan amp Biklen (2013) a investigaccedilatildeo qualitativa apresenta
cinco carateriacutesticas 1) o ambiente natural ndash fonte direta de dados ndash que constitui o
investigador enquanto instrumento principal 2) a descriccedilatildeo dos dados por se
apresentarem sob forma de palavras 3) a importacircncia que o investigador entrega aos
resultados 4) a tendecircncia do investigador analisar os dados de forma indutiva e contiacutenua
5) a importacircncia do significado na abordagem qualitativa No entanto natildeo satildeo todos os
estudos a utilizar as cinco carateriacutesticas acima referidas (Bogdan amp Biklen 2013) Assim
atraveacutes do objeto de investigaccedilatildeo explicar a situaccedilatildeo da questatildeo de partida Acrescentam
que o investigador qualitativo faz desenvolver um sistema de codificaccedilatildeo de modo a
organizar os dados obtidos Para isso eacute necessaacuterio criar categorias de codificaccedilatildeo atraveacutes
de procura de dados da sua regularidade e dos seus padrotildees e toacutepicos Estes dados
permitem a clarificaccedilatildeo dos dados descritivos da investigaccedilatildeo Neste estudo a questatildeo de
investigaccedilatildeo daacute origem a uma categoria especiacutefica ndash pensamentos dos sujeitos sobre
pessoas eou objetos ou seja o alvo de classificaccedilatildeo foram os professores e os alunos
com PHDA
22 Desenho do estudo
As etapas do procedimento iniciam-se com
49
- A pergunta de partida (de investigaccedilatildeo) atraveacutes da anaacutelise e definiccedilatildeo dos
conceitos pretendidos e dos toacutepicos necessaacuterios agrave iniciaccedilatildeo da exploraccedilatildeo Para isso
fazem-se leituras exploratoacuterias sobre a temaacutetica e definem-se os toacutepicos de relevacircncia
suprema para a investigaccedilatildeo avanccedilar
- Depois surge o planeamento da observaccedilatildeo exploratoacuteria em funccedilatildeo dos toacutepicos
devidamente definidos (inventaacuterios por questionaacuterio observaccedilatildeo e seus registos em
fotografia e em viacutedeo e tambeacutem conversas informais de opiniatildeo) e a construccedilatildeo do
modelo de anaacutelise (a quem a quantos onde como etc)
- Prossegue-se para a anaacutelise do problema de investigaccedilatildeo dimensionando o
problema incorporando com a nova informaccedilatildeo teoacuterica e empiacuterica A pesquisa
documental eacute relevante para complementar os dados obtidos com a investigaccedilatildeo no
terreno
23 Participantes
Os participantes deste estudo satildeo 26 professores e 5 alunos do 3ordm ciclo do ensino
baacutesico e secundaacuterio de uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores
Em todo o estudo haveraacute a prevalecircncia de um aluno com 12 anos do sexo
masculino Podia considerar-se um estudo de caso dada a afluecircncia de informaccedilatildeo do
aluno referido e por ter sido escolhido para observaccedilatildeo e filmagem poreacutem natildeo era esse
o objetivo Os outros 4 alunos apenas contribuiacuteram atraveacutes dos instrumentos de avaliaccedilatildeo
entregues por um dos elementos da equipa multidisciplinar (psicoacuteloga) que pediu que
zelasse pelas informaccedilotildees que neles consistissem
As idades dos participantes que responderam aos inventaacuterios por questionaacuterio
estatildeo entre os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino
Os participantes inicialmente seriam um grupo de 70 pessoas (46 do sexo feminino
e 24 do sexo masculino) embora tenham sido recebidos apenas 26 inventaacuterios por
questionaacuterio
50
24 Instrumentos e procedimentos de recolha de dados
No presente estudo realizou-se a recolha de dados utilizando a combinaccedilatildeo de
vaacuterios instrumentos o questionaacuterio a observaccedilatildeo naturalista (fotografia e viacutedeo)
decorrente dos resultados e tambeacutem as conversas informais Utilizaram-se estes
instrumentos para complemento na recolha de informaccedilatildeo e enriquecimento do estudo
em causa
Primeiro foi realizado neste estudo o estabelecimento de contacto com a escola
escolhida para recolha de dados Este contacto foi de faacutecil acesso
Em seguida procedeu-se agrave realizaccedilatildeo de um inqueacuterito por questionaacuterio ndash teacutecnica
de observaccedilatildeo natildeo participante apoiada em questotildees com o objetivo de obter
informaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica abordada ndash a alguns dos professores dessa
escola que foram aplicados posteriormente com o propoacutesito de conhecer as praacuteticas
educativas desses professores mediante presenccedila de alunos com PHDA em contexto de
sala de aula
Apoacutes receccedilatildeo dos questionaacuterios que foram entregues em suporte de papel tratou-
se dos dados dos questionaacuterios sob a forma de graacuteficos com as respetivas percentagens e
anaacutelise textual referente a cada um deles
Nos questionaacuterios aos professores codificaram-se os mesmos sendo os
respondentes designados da seguinte forma P1 ndash P26
Apoacutes esse processo percecionou-se a necessidade de mais instrumentos que
completassem e adicionassem maior informaccedilatildeo Por isso elaborou-se uma autorizaccedilatildeo
para o encarregado de educaccedilatildeo de um aluno com PHDA na qual pedia-se o seu
consentimento para observar fotografar e filmar o aluno em contexto de sala de aula
Codificou-se o observado atraveacutes de SS
Aleacutem disso os outros instrumentos tornaram-se informaccedilatildeo adicional de grande
importacircncia Essas conversas foram codificadas em P1 e P2
Aquando da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios e feita a observaccedilatildeo garantiu-se a
confidencialidade e o anonimato dos respondentes sendo os dados utilizados apenas para
tratamento
241 Inqueacuteritos por Questionaacuterio
51
Os questionaacuterios (ver anexo 12) elaborados pela investigadora tecircm por objetivo
conhecer as medidas utilizadas pelos professores com alunos com PHDA em contexto
de sala de aula pressupondo conseguir obter mais informaccedilotildees acerca do assunto Foi de
administraccedilatildeo direta visto que o preenchimento foi realizado pelos proacuteprios professores
facultando assim as suas informaccedilotildees baseadas em criteacuterios de intervenccedilatildeo do seu dia a
dia Em formato digital teria o benefiacutecio de ser virtual poreacutem natildeo teria tantas respostas
face agrave sua entrega pois em matildeos houve sempre uma conversa e explicaccedilatildeo informais
de modo a explicar e explicitar determinados aspetos fulcrais do questionaacuterio
Foram entregues 70 questionaacuterios poreacutem apenas 26 responderam (e entregaram)
os mesmos
Como resultado da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios aos professores realizou-se a
anaacutelise dos mesmos sendo possiacutevel obter alguns elementos relevantes
O grupo de professores eacute constituiacutedo por 26 respondentes (1 com 23 anos 1 com
34 anos 2 com 35 anos 3 com 36 anos 2 com 37 anos 6 com 40 anos 2 com 41 anos 1
com 42 anos 1 com 43 anos 1 com 45 anos 1 com 46 anos 1 com 48 anos 1 com 49
anos 1 com 52 anos 1 com 57 anos e 1 sem colocar a idade) ndash rondando as idades entre
os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino
25 Caracterizaccedilatildeo dos participantes
Geacutenero (ver anexo 17)
No graacutefico que se segue verifica-se que o sexo feminino foi o maior respondente
aos questionaacuterios (81) tendo aderido e respondido 19 de elementos do sexo
masculino No entanto este resultado seria previsiacutevel pois foram entregues 46
questionaacuterios ao sexo feminino e 24 ao sexo masculino
Idade (ver anexo 17)
Dos 26 questionaacuterios recebidos a prevalecircncia assoberbada foi dos professores
com idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos (54) Os professores com idades
entre os 30 e os 39 compreendem 31 da populaccedilatildeo alvo A classe docente com mais de
52
50 anos corresponde a 7 dos respondentes 4 tem apenas entre 20 e 29 anos e outros
4 natildeo colocou a idade
26 Anaacutelise dos resultados do inqueacuterito por questionaacuterio
1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)
(ver anexo 18)
Segundo os questionaacuterios os resultados estatildeo muito proacuteximos quanto agrave presenccedila de
alunos com PHDA nas salas de aula dos professores respondentes No entanto a maioria
natildeo tem alunos com PHDA (54)
11 Se sim quais as suas maiores dificuldades (ver anexo 18)
Os professores respondentes tecircm claramente maior dificuldade em gerir a
concentraccedilatildeo e o comportamento dos alunos com PHDA (58) poreacutem haacute outros fatores
tais como arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar a distraccedilatildeo (17) e a presenccedila de
subestima inferioridade tristeza desconfianccedila ansiedade e descrenccedila nesses alunos
(8) Uma reduzida percentagem de professores natildeo justificou as suas dificuldades
(17)
2 Tem conhecimentos acerca da PHDA (ver anexo 18)
Apesar da maioria dos professores respondentes natildeo ter alunos com PHDA inseridos nas
suas salas de aula o facto eacute que 54 possui conhecimentos acerca da problemaacutetica
envolvida em todo o estudo PHDA Os outros 46 refere natildeo ter conhecimentos na aacuterea
21 Se sim quais (ver anexo 18)
Dos professores respondentes que referiram os seus conhecimentos na PHDA 50
domina as carateriacutesticas gerais dos alunos (concentraccedilatildeo execuccedilatildeo de tarefas etc) e
atitudes a tomar Quanto aos conhecimentos gerais adquiridos atraveacutes de por exemplo
53
documentaacuterios foram 15 a afirmaacute-lo Cerca de 14 dos professores tem conhecimento
dos criteacuterios de diagnoacutestico e de intervenccedilatildeo Cerca de 7 natildeo evidencia quaisquer
conhecimentos outros 7 evidencia algunspoucos conhecimentos E outros 7 natildeo
considera que a falta de empenho ou o comportamento seja resultado da educaccedilatildeo
parental
3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na
atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais (ver
anexo 18)
Uma grande maioria dos professores respondentes (73) referiu que identifica alunos
com PHDA Os restantes 27 natildeo identificam a problemaacutetica
31 Caso a sua resposta seja negativa justifique (ver anexo 18)
Os resultados desta questatildeo presente no questionaacuterio foram muito semelhantes
sendo que 29 tem dificuldade em assimilar a identificaccedilatildeo de alunos com PHDA outros
29 natildeo tecircm conhecimentos logo natildeo o conseguem fazer 28 da populaccedilatildeo alvo natildeo
tem formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA e 14 refere que o facto de haver a possibilidade de
outras problemaacuteticas associadas poderaacute influenciar a identificaccedilatildeo desses alunos
4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas
suas praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula (ver anexo 18)
De salientar que 58 dos respondentes respondeu que constroacutei materiais para os seus
alunos serem incluiacutedos em sala de aula O oposto tambeacutem se verificou com 38 das
respostas Sem resposta 4
41 Se natildeo por que natildeo o faz (ver anexo 18)
Os valores satildeo muito proacuteximos rondando os 10 e os 20 natildeo terem oportunidade
para construccedilatildeo de tais instrumentos natildeo ter alunos com PHDA nas suas turmas natildeo
54
sentir necessidade de diferenciar os materiais natildeo ter conhecimento de estrateacutegias
sobrecarga de horaacuterio escolar e sem resposta
5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos
alunos com PHDA (ver anexo 18)
A maioria dos respondentes (54) referiu que organiza o plano de aula de acordo
com as dificuldades de tais alunos Haacute professores a natildeo organizar o plano de aula (42)
e apenas 4 que natildeo responde agrave questatildeo
51 Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos (ver anexo 18)
A grande maioria dos respondentes (46) refere natildeo ter alunos com PHDA Dos
professores que tentam ultrapassar essas dificuldades com os seus alunos 36 faz gestatildeo
individual da situaccedilatildeonecessidade do (s) aluno (s) Os professores solicitam que esses
alunos participem afincadamente nas tarefas (9) Os restantes 9 elabora um plano
geral sem diferenciaccedilotildees para alunos com PHDA
6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA juntos dos
intervenientes no processo educativo do aluno (ver anexo 18)
Uma parte significativa dos respondentes refere que avalia o progresso dos alunos
com PHDA (58) no entanto 31 natildeo o faz Sem resposta foram os restantes 11
61 Se sim quais (ver anexo 18)
O diretor de turma eacute o interveniente de maior procura com 25 Segue-se com 17
o professor de educaccedilatildeo especial Depois com 13 o conselho de turma e outros 13
com o encarregado de educaccedilatildeo Com 8 apelam ao SPO Os outros 8 natildeo tecircm
resposta 4 com o professor de Educaccedilatildeo Moral Religiosa e Catoacutelica (EMRC) 4 pede
auxiacutelio apenas quando os alunos jaacute tecircm diagnoacutestico de PHDA outros 4 quando satildeo
acompanhados pelo SPO e ainda outros 4 que apenas procuram ajuda para gestatildeo do
comportamento dos alunos com PHDA
55
611 Maioritariamente quem (ver anexo 18)
Confirma-se como no graacutefico anterior que o diretor de turma eacute o interveniente de
maior procura (40) seguido do psicoacutelogo (27) do encarregado de educaccedilatildeo (17)
do professor de educaccedilatildeo especial (10) do professor de EMRC (3) Sem resposta
3 Apesar da prevalecircncia do diretor de turma o facto eacute que cada um dos elementos da
equipa exerce o seu papel ao proporcionar a melhor educaccedilatildeo possiacutevel agrave crianccedila
(Selikowitz 2009)
62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de
integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem (ver anexo 18)
A maioria dos respondentes (58) refere que os professores devem envolver-se nas
tarefasatividades dos alunos com PHDA 23 natildeo tem opiniatildeo formada e os restantes
19 natildeo consideram esse o seu papel educativo
Se sim justifique (ver anexo 18)
Cerca de 34 dos professores respondentes consideram que devem participar no
processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do aluno com PHDA enquanto interveniente
ativo no processo de aprendizagem Outros 33 sugerem maior apoio Apesar dessa
participaccedilatildeo 7 considera que a intervenccedilatildeo sistemaacutetica deve ser parte essencial do SPO
A rentabilizaccedilatildeo do aproveitamento cumpre 13 Os restantes 13 natildeo deram resposta
7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA
(ver anexo 18)
Confirmando os dados anteriores a percentagem eacute superior quanto agrave importacircncia da
formaccedilatildeo de professores na aacuterea da PHDA (80) Apenas 20 natildeo considera necessaacuteria
formaccedilatildeo especializada
71 Se natildeo porquecirc (ver anexo 18)
56
Dos anteriores 20 que mencionam a natildeo formaccedilatildeo 50 justifica com a razatildeo de
ausecircncia de formaccedilatildeo na regiatildeo Os outros 50 considera que existe equipa especializada
para intervir com alunos com PHDA
72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar (ver anexo 18)
A maioria dos respondentes natildeo fez quaisquer consideraccedilotildeessugestotildees para a
praacutetica de formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA para melhoria das teacutecnicas de ensino com esses
alunos o que parece indicar que os professores natildeo tecircm conhecimento sobre a PHDA
natildeo tendo informaccedilotildees suficientes para sugerir nos questionaacuterios Essa ausecircncia de
resposta natildeo implica desinteresse ateacute porque ldquomuitos deles querem obter informaccedilatildeo
acerca dela (PHDA) quando datildeo conta que tecircm um aluno com esta perturbaccedilatildeordquo
(Selikowitz 2009)
Um dos respondentes (4) refere assim como Selikowitz (2009) que muitos
departamentos de ensino lanccedilam (deviam lanccedilar) brochuras com orientaccedilotildees e informaccedilatildeo
sobre PHDA para professores
27 A Observaccedilatildeo
Apoacutes os resultados dos inqueacuteritos por questionaacuterio sentiu-se a necessidade de
partir para a observaccedilatildeo naturalista com o objetivo de complementar as informaccedilotildees
obtidas A partir dos objetivos do estudo e do problema inicial selecionaram-se as
unidades de anaacutelise e de observaccedilatildeo e tambeacutem os toacutepicos de exploraccedilatildeo e organizaccedilatildeo
de informaccedilatildeo descritiva Depois elaborou-se uma ficha de autorizaccedilatildeo para o
encarregado de educaccedilatildeo do aluno escolhido para a observaccedilatildeo referida (ver anexo 13)
No entanto foram feitas apenas as seguintes observaccedilotildees (ver anexo 14) uma observaccedilatildeo
em contexto de situaccedilatildeo de sala de aula teoacuterica com registo fotograacutefico outra em aula
praacutetica (Educaccedilatildeo Fiacutesica) (gravaccedilatildeo de viacutedeo) e por fim no recreio (uma situaccedilatildeo nesse
contexto) (registo fotograacutefico) Foi escolhido apenas um aluno com PHDA tendo em
conta os testemunhos dos teacutecnicos que trabalham diretamente com o aluno Conotaram
maior particularidade a esse aluno e aos resultados que dele suscitariam Modificou-se
entatildeo a trajetoacuteria social e teacutecnica tendo-se alargado os elementos de estudo para
completamento do mesmo
57
A observaccedilatildeo permitiu tambeacutem identificar as maiores dificuldades dos proacuteprios
alunos com PHDA em contexto escolar Exemplo disso eacute a ficha que o aluno observado
estava a realizar com a colega em contexto de sala de aula que demonstrou alguma
desatenccedilatildeo (ver anexo 15)
Sendo assim a observaccedilatildeo conseguiu consolidar e acentuar os resultados
demonstrando-se pertinente face aos dados jaacute existentes Permitiu percecionar-se a
dificuldade que de facto os professores tecircm em lecionar uma turma na qual esteja (m)
inserido (s) aluno (s) com PHDA pois o (s) mesmo (s) exige (m) maior atenccedilatildeo sobre a
sua desatenccedilatildeo
28 Outros instrumentos
Aleacutem dos instrumentos de maior dimensatildeo fez-se pesquisa documental de 5
alunos e utilizaram-se instrumentos complementares atraveacutes de fichas de elementos
fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno (ver anexo 16) De acordo com
os 5 alunos participantes sugeridos por um dos elementos da equipa multidisciplinar (eg
psicoacuteloga) os professores contrastam opiniotildees semelhantes como refere a anaacutelise de
conteuacutedo (ver anexo 17) Segundo P1 os alunos em geral tecircm dificuldade em controlar
o comportamento incapacidade em focar a atenccedilatildeo e reter a informaccedilatildeo Aleacutem disso tecircm
desadequaccedilatildeo de conduta e de inibiccedilatildeo da atenccedilatildeo e da concentraccedilatildeo No entanto refere
que as mesmas podem ser desenvolvidas com trabalho Alguns alunos tecircm tiques Outros
por terem pertubaccedilotildees especiacuteficas de aprendizagem (PEA) podem agravar os sintomas
anteriores Outro aspeto relevante eacute a incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo A
medicaccedilatildeo pode influenciar as melhorias comportamentais dos alunos poreacutem alguns
continuam inquietos e impulsivos Quanto P2 o mesmo menciona a dificuldade no
controlo dos impulsos podendo demonstrar atos agressivos sem maldade Refere um
dos alunos com PHDA como ldquomeigo e atenciosordquo no entanto egoiacutesta preferindo os
trabalhos individuais Partilha da mesma opiniatildeo de P1 quanto aos tiques
29 Limitaccedilotildees
De acordo com as limitaccedilotildees do estudo eacute de esperar que se refira primeiramente
a pouca adesatildeo dos professores na entrega dos questionaacuterios devidamente preenchidos
58
isto eacute embora se tenha procedido agrave entrega de 70 questionaacuterios apenas foram devolvidos
26 Dos 26 referidos alguns professores natildeo responderam a questotildees de elevada
importacircncia e uma grande maioria natildeo apresentou sugestotildees para eventuais estrateacutegias
com alunos com PHDA deixando portanto espaccedilos em branco
Aleacutem disso as observaccedilotildees dado o escasso tempo de investigaccedilatildeo natildeo
permitiram que a investigadora as realizasse a mais do que um aluno e de modo
sistemaacutetico em mais do que um contexto
210 Siacutentese final
Toda a investigaccedilatildeo pretende desenvolver de modo a implementar futuramente
a filosofia inclusiva atraveacutes de formaccedilatildeo especializada para intervenccedilatildeo adequada com
alunos com PHDA (e com alunos NEE em geral) A formaccedilatildeo NEE em outros paiacuteses eacute
de significativa preocupaccedilatildeo ao contraacuterio de em Portugal pois o Decreto-Lei revigorou
o Artigo 15ordm Ponto 2 do Decreto-Lei nordm 34489 de 11 de Outubro que determinava que
os cursos regulares de formaccedilatildeo de educadores de infacircncia e de professores do ensino
baacutesico e secundaacuterio devem incluir preparaccedilatildeo inicial no campo da educaccedilatildeo especial
(Correia 2013) O estudo efetuado trouxe a perceccedilatildeo real de necessidade de preparaccedilatildeo
dos agentes educativos neste caso os professores para adquirirem aptidotildees de
identificaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na PHDA Por isso torna-se relevante que as instituiccedilotildees de
ensino superior insiram unidades curriculares com planos de estudo referentes agraves NEE
Caso essa situaccedilatildeo natildeo surja a instituiccedilatildeo onde o docente exerce funccedilotildees deve segundo
Correia (citado por Correia et al 1997 p 162) desenvolver formaccedilotildees de meacutedia duraccedilatildeo
jornadas de trabalho mesas-redondas ciclos de conferecircncias coloacutequios simpoacutesios
congressos e seminaacuterios
59
CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES
O estudo apresentado visou identificar os conhecimentos e as estrateacutegias dos
professores de alunos com PHDA em contexto de sala de aula Para tal selecionou-se
uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores
Nesta escola procedeu-se agrave recolha de dados e opiniotildees a partir dos questionaacuterios
aos professores e da observaccedilatildeo filmagem e fotografia a um aluno com PHDA conversas
informais a teacutecnicos e acesso a instrumentos de avaliaccedilatildeo a alguns alunos com PHDA
Os meacutetodos de recolha de dados aplicados aos grupos de participantes pretenderam
verificar o devido ponto de vista em relaccedilatildeo ao assunto em anaacutelise
No que se refere ao objetivo foi possiacutevel identificar elementos que conferem
credibilidade ao estudo com os inventaacuterios por questionaacuterio e na perspetiva da
observaccedilatildeo naturalista que visa explicar o porquecirc e o para quecirc atraveacutes do como (Estrela
2008)
Constatou-se deste modo a necessidade de maior recetividade dos professores
de menor defesaresistecircncia por parte dos mesmos em aplicar as medidas do PEI ndash
fundamentais para o sucesso escolar desses alunos sendo que quando natildeo beneficiam
dessas medidas o insucesso escolar e desmotivaccedilatildeo acrescem ndash e da maior
disponibilidade e cooperaccedilatildeo entre a equipa multidisciplinar Haacute que perceber portanto
o quatildeo beneacutefico eacute o trabalho em cooperaccedilatildeo entre teacutecnicos e professores com o objetivo
de melhor encontrar as estrateacutegias para utilizaccedilatildeo com os alunos com PHDA Eacute de
salientar a sensibilidade da investigadora para a aacuterea da Educaccedilatildeo Especial pois a mesma
tem formaccedilatildeo na aacuterea
No entanto e apesar da grande parte haacute professores interessados em aprender e
aplicar as estrateacutegias que surgem no seu contexto educativo para acompanhar e assim
compreender e intervir com esses alunos como referem os resultados obtidos atraveacutes da
investigaccedilatildeo
Deixam-se algumas recomendaccedilotildees 1) Os professores deveratildeo proceder agrave sua
incriccedilatildeo em formaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica da PHDA aderindo agraves mesmas de
modo a aplicar as estrateacutegias corretas na praacutetica escolar 2) Haacute ainda para praacutetica dessas
estrateacutegias a necessidade de elaboraccedilatildeo de materiais adequados como os sugeridos no
60
presente trabalho 3) A escola utilizada para o estudo deveraacute promover accedilotildees de
formaccedilatildeo na aacuterea destinadas aos intervenientes com alunos com PHDA 4) Quanto aos
recursos humanos satildeo necessaacuterias mais turmas e mais professores sendo que muitas
vezes haacute turmas com mais do que um (ou mais) aluno (s) por turma o que natildeo auxilia
nas praacuteticas e no desenvolvimento das mesmas
Sugere-se que num proacuteximo estudo relacionado com a temaacutetica se utilizem mais
escolas como referecircncia e alunos para a observaccedilatildeo sistemaacutetica Pois atraveacutes dos dados
conseguidos natildeo eacute possiacutevel fazer generalizaccedilotildees pensando sempre nas exceccedilotildees ndash de
escola para escola de aluno para aluno de meacutetodo para meacutetodo
Relacionados com a temaacutetica eacute possiacutevel desenvolver-se artigos cientiacuteficos na aacuterea
da PHDA enquanto ferramenta de trabalho rotineiro para os professores Propotildee-se que
se apresente o projeto da presente dissertaccedilatildeo pelas escolas da Regiatildeo Autoacutenoma dos
Accedilores de modo a aprofundar o tema estudado
61
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65
ANEXOS
66
Anexo 1 ndash Exemplos de contratos de comportamento
67
Exemplo de contrato com aluno com PHDA
Retirado de Correia 2013 p 181
68
Retirado de Beane (2006)
69
Anexo 2 ndash Exemplo de contratos de etiquetas
70
CONTRATO DE ETIQUETAS
Recebes uma etiqueta cada vez
que___________________________________________________
No entanto se te comportares
mal em seguida
__________________________________________
Quando conseguires ________________ etiquetas na tua carta podes
Adaptado de Parker 1994 p 121
71
Anexo 3 ndash Fichas de sinalizaccedilatildeo
72
FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO
I - PEDIDO DE AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA
1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO
Identificaccedilatildeo do Aluno
Nome
Data de Nascimento Idade
Morada Tel
Nome do Pai Idade
Nome da Matildee Idade
Encarregado de Educaccedilatildeo
a
Idade
Grau de Parentesco
Morada Tel
Situaccedilatildeo Escolar do Aluno
Estabelecimento de Ensino
Situaccedilatildeo Escolar
3ordm CEB Ano Turma
Ens Secundaacuterio Ano Turma
73
Outra modalidade de ensino
Professor Titular Diretor de Turma
Percurso Escolar do Aluno
Aspectos relevantes da histoacuteria escolar
Nuacutemero de retenccedilotildees Anos de escolaridade em que ocorreram
Foi elaborado Plano Individual (PI) Sim Natildeo
Beneficiou do Regime de Apoio Educativo Sim Natildeo
Se assinalou sim indicar modalidades de apoio aplicadas
Beneficiou do Regime Educativo Especial Sim Natildeo
Se assinalou sim indicar respostas educativas aplicadas
Estrateacutegias pedagoacutegicas jaacute implementadas para minimizar as dificuldades apresentadas
Na sala de aula Sim Natildeo
Se assinalou sim indique quais
Flexibilizaccedilatildeo de curriacuteculo Sim Natildeo
Se assinalou sim indique em que aacutereasdisciplinas
Planificaccedilotildees e ensino individualizado Sim Natildeo
Se assinalou sim indique qual
Outros
74
2 MOTIVO DO PEDIDO DE SINALIZACcedilAtildeO
Suspeita de alteraccedilotildees de caraacutecter permanente nos seguintes domiacutenios
(assinale com X onde considera haver alteraccedilotildees mais acentuadas)
Sensoriais Visatildeo
Audiccedilatildeo
Cognitivo
Comunicacional
EmocionalPersonalidade
Motor
Sauacutede Fiacutesica - Diagnoacutestico meacutedico
Especificar algum aspecto que considere pertinente
3 CARACTERIZACcedilAtildeO DAS DIFICULDADES DO ALUNO (indicadores de desempenho
por referecircncia agrave CIF-CJ 1)
(Assinale com X apenas o que considerar relevante para a caracterizaccedilatildeo)
d110 Observar
d115 Ouvir
d120 Outras percepccedilotildees sensoriais intencionais
d130 Imitar
d131 Aprender atraveacutes da interacccedilatildeo com os objectos
d132 Adquirir informaccedilatildeo
d133 Adquirir linguagem
d134 Adquirir linguagem adicional
d135 Ensaiar (Repetir)
d137 Adquirir conceitos
75
d140 Aprender a ler
d145 Aprender a escrever
d150 Aprender a calcular
d155 Adquirir competecircncias
d160 Concentrar a atenccedilatildeo
d161 Dirigir a atenccedilatildeo
d163 Pensar
d166 Ler
d170 Escrever
d172 Calcular
d175 Resolver problemas
d177 Tomar decisotildees
d210 Realizar uma uacutenica tarefa
d220 Realizar tarefas muacuteltiplas
d230 Realizar a rotina diaacuteria
d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas
d250 Gerir o proacuteprio comportamento
d310 Comunicar e receber mensagens orais
d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais
d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem gestual
d325 Comunicar e receber mensagens escritas
d330 Falar
d331 Produccedilotildees preacutendashlinguiacutesticas
d332 Cantar
d335 Produzir mensagens natildeo verbais
d340 Produzir mensagens usando linguagem gestual
d345 Escrever mensagens
d350 Conversaccedilatildeo
d355 Discussatildeo
d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de comunicaccedilatildeo
d410 Mudar a posiccedilatildeo baacutesica do corpo
d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo
d420 Auto-transferecircncias
d430 Levantar e transportar objectos
d435 Mover objectos com os membros inferiores
d440 Movimentos finos da matildeo
d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo
d450 Andar
d455 Deslocar-se
d510 Lavar-se
d520 Cuidar de partes do corpo
76
d530 Cuidados relacionados com os processos de excreccedilatildeo
d540 Vestir-se
d550 Comer
d560 Beber
d570 Cuidar da proacutepria sauacutede
d571 Cuidar da proacutepria seguranccedila
d630 Preparar refeiccedilotildees
d640 Realizar as tarefas domeacutesticas
d650 Cuidar dos objectos da casa
d660 Ajudar os outros
d710 Interacccedilotildees interpessoais baacutesicas
d720 Interacccedilotildees interpessoais complexas
d730 Relacionamento com estranhos
d740 Relacionamento formal
d750 Relacionamentos sociais informais
d760 Relacionamentos familiares
d770 Relacionamentos iacutentimos
d810 Educaccedilatildeo informal
d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar
d820 Educaccedilatildeo escolar
d825 Formaccedilatildeo profissional
d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)
___________________
1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens
(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do
Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do
Porto)
4 FACTORES AMBIENTAIS
Identificar factores do ambiente escolar familiar social ou outro que poderatildeo estar a
Factores
Constituir barreira ao desempenho
do aluno
Facilitar ou ajudar o desempenho do aluno
Familiar
Escolar
77
Social
Outros
5 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES QUE CONSIDERE NECESSAacuteRIO DESCREVER
6 INTERVENIENTES NO PROCESSO DE SINALIZACcedilAtildeO
Data de Preenchimento Responsaacutevel pela sinalizaccedilatildeo
Tomada de conhecimento pelo Enc Educaccedilatildeo Ass
Recepccedilatildeo no Conselho Executivo Ass
Entrega ao Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo Ass
Entrega ao Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial Ass
7 O ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO
Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada
Natildeo Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada
Proponho
Assinatura
78
II - ANAacuteLISE E REFLEXAtildeO DA FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO
1 TOMADA DE DECISAtildeO
a) Natildeo se confirma a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada
Encaminhamento
b) Confirma-se a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada
2 PLANIFICACcedilAtildeO DA AVALIACcedilAtildeO
Componentes Categorias a avaliar Quem avalia Calendarizaccedilatildeo
Funccedilotildees do
Corpo
79
Actividades e
Participaccedilatildeo
Factores
Ambientais
Observaccedilotildees
3 A EQUIPA PLURIDISCIPLINAR DE AVALIACcedilAtildeO
Indicaccedilatildeo do Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo
Nome Cargo
Docente Titular Director de Turma Ass
Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass
Psicoacutelogo Ass
80
Encarregado de Educaccedilatildeo Ass
Outros Intervenientes
Ass
Ass
Ass
Ass
81
82
83
Anexo 4 ndash Testes de Atenccedilatildeo (d2)
84
85
86
87
88
89
90
Anexo 5 ndash Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegicos (RTP)
91
RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO
O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela
equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo
referencial CIF- 1 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo
promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment
1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO
Identificaccedilatildeo do Aluno
Nome e Nordm
Data de Nascimento Idade
Morada Telefone
Nome do Pai Idade
Nome da Matildee Idade
Encarregado de Educaccedilatildeo
a
Idade
Grau de Parentesco
Morada Telefone
Outras informaccedilotildees pertinentes
1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)
92
Situaccedilatildeo Escolar do Aluno
Estabelecimento de Ensino
Situaccedilatildeo Escolar
3ordm CEB Ano Turma
Professor Titular Director de Turma
Percurso Escolar do Aluno
2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA
Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo
Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo
Nome
Cargo
Docente TitularDiretor de Turma
Docente da Educaccedilatildeo Especial
Psicoacutelogo
Outros intervenientes
93
Instrumentos utilizados
1 Funccedilotildees do Corpo
2 Atividade e participaccedilatildeo
3 Fatores ambientais
3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)
SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES
AMBIENTAIS
FUNCcedilOtildeES DO CORPO
QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9
Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos
(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas
funccedilotildees ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou
uma perda
0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada
3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel
CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS
(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)
b110 Funccedilotildees da consciecircncia
b114 Funccedilotildees da orientaccedilatildeo no espaccedilo e no tempo
b117 Funccedilotildees intelectuais
b122 Funccedilotildees psicossociais globais
b126 Funccedilotildees do temperamento e da personalidade
b130 Funccedilotildees da energia e dos impulsos
b134 Funccedilotildees do sono
(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)
b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo
b144 Funccedilotildees da memoacuteria
b147 Funccedilotildees psicomotoras
b152 Funccedilotildees emocionais
b156 Funccedilotildees da perceccedilatildeo
b160 Funccedilotildees do pensamento
94
b164 Funccedilotildees cognitivas de niacutevel superior
b167 Funccedilotildees mentais da linguagem
b172 Funccedilotildees do caacutelculo
b176 Funccedilotildees mentais para a sequecircncia de movimentos
complexos
CAPIacuteTULO 3 ndash FUNCcedilOtildeES DA VOZ E DA FALA
b310 Funccedilotildees da voz
b320 Funccedilotildees de articulaccedilatildeo
b330 Funccedilotildees de fluecircncia e do ritmo da fala
b340 Funccedilotildees de outras formas de vocalizaccedilatildeo
b398 Funccedilotildees da voz e da fala outras especificadas
CAPIacuteTULO 7 ndash FUNCcedilOtildeES NEUROMUSCULOESQUELEacuteTICAS E FUNCcedilOtildeES RELACIONADAS COM O MOVIMENTO
b710 Funccedilotildees relacionadas com a mobilidade das
articulaccedilotildees
b715 Estabilidade das funccedilotildees das articulaccedilotildees
b730 Funccedilotildees relacionadas com a forccedila muscular
b735 Funccedilotildees relacionadas com o toacutenus muscular
b740 Funccedilotildees relacionadas com a resistecircncia muscular
b750 Funccedilotildees relacionadas com reflexos motores
b755 Funccedilotildees relacionadas com reaccedilotildees motoras
involuntaacuterias
b760 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov
voluntaacuterio
b765 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov
involuntaacuterio
b770 Funccedilotildees relacionadas com o padratildeo de marcha
b780 Funccedilotildees relacionadas c os muacutesculos e funccedilotildees do
movimento
ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO
QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9
Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo
Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real
Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na
execuccedilatildeo das mesmas
0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada
3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel
95
CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS
d110 Observar
d115 Ouvir
d120 Outras perceccedilotildees sensoriais intencionais
d130 Imitar
d131 Aprender atraveacutes da interaccedilatildeo com os objetos
d132 Adquirir informaccedilatildeo
d133 Adquirir linguagem
d134 Desenvolvimento da linguagem
d135 Ensaiar
d137 Adquirir conceitos
d140 Aprender a ler
d145 Aprender a escrever
d150 Aprender a calcular
d155 Adquirir competecircncias
d160 Concentrar a atenccedilatildeo
d161 Dirigir a atenccedilatildeo
d163 Pensar
d166 Ler
d170 Escrever
d172 Calcular
d175 Resolver problemas
d177 Tomar decisotildees
CAPIacuteTULO 2 ndash TAREFAS E EXIGEcircNCIAS GERAIS
d210 Levar a cabo uma tarefa uacutenica (quando as atividades
satildeo do interesse do aluno este faacute-las sozinho)
d220 Levar a cabo tarefas muacuteltiplas
d230 Levar a cabo a rotina diaacuteria
d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas
d250 Controlar o seu proacuteprio comportamento
CAPIacuteTULO 3 ndash COMUNICACcedilAtildeO
d310 Comunicar e receber mensagens orais
d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais
d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem
gestual
d325 Comunicar e receber mensagens escritas
d330 Falar
d331 Produccedilotildees Preacute-linguiacutesticas
d332 Cantar
d335 Produzir mensagens natildeo verbais
d340 Produzir mensagens na linguagem formal dos sinais
d345 Escrever mensagens
96
d350 Conversaccedilatildeo
d355 Discussatildeo
d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de
comunicaccedilatildeo
CAPIacuteTULO 4 ndash MOBILIDADE
d410 Mudar as posiccedilotildees baacutesicas do corpo
d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo
d420 Autotransferecircncias
d430 Levantar e transportar objetos
d435 Mover objetos com os membros inferiores
d440 Atividades de motricidade fina da matildeo
d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo
d450 Andar
d455 Deslocar-se
CAPIacuteTULO 5 ndash AUTO-CUIDADOS
d510 Lavar-se
d520 Cuidar de partes do corpo
d530 Higiene pessoal relacionada com as excreccedilotildees
d540 Vestir-se
d550 Comer
d560 Beber
d570 Cuidar da sua proacutepria sauacutede
d571 Cuidar da sua proacutepria seguranccedila
CAPIacuteTULO 6 ndash VIDA DOMEacuteSTICA
d630 Preparar refeiccedilotildees
d640 Realizar o trabalho domeacutestico
d650 Cuidar dos objetos domeacutesticos
d660 Ajudar os outros
CAPIacuteTULO 7 ndash INTERACcedilOtildeES E RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS
d710 Interaccedilotildees interpessoais baacutesicas
d720 Interaccedilotildees interpessoais complexas
d730 Relacionamento com estranhos
d740 Relacionamento formal
d750 Relacionamentos sociais informais
d760 Relacionamentos familiares
d770 Relacionamentos iacutentimos
CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA
d810 Educaccedilatildeo informal
d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar
d820 Educaccedilatildeo escolar
d825 Formaccedilatildeo profissional
d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)
97
FATORES AMBIENTAIS
QUALIFICADORES Barreira
ou
Facilitador
0 1 2 3 4 8 9
Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social
e atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua
vida
As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto
barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com
(bull) se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se
a estaacute a considerar como facilitador
Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor
que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os
seguintes qualificadores
0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro
2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave
4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo
aplicaacutevel
CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA
e110 Para consumo pessoal (medicamentos)
e115 Para uso pessoal na vida diaacuteria
e120 Para facilitar a mobilidade e o
transporte pessoal
e125 Para a comunicaccedilatildeo
e130 Para a educaccedilatildeo
e135 Para o trabalho
e140 Para a cultura a recreaccedilatildeo e o
desporto
CAPIacuteTULO 2 ndash AMBIENTE NATURAL E MUDANCcedilAS AMBIENTAIS FEITAS PELO HOMEM
e225 Clima
e240 Luz
e250 Som
CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS
e310 Famiacutelia proacutexima
e315 Famiacutelia alargada
e320 Amigos
e325 Conhecidos pares colegas vizinhos e
membros da comunidade
e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade
e340 Prestadores de cuidados pessoais e
assist pessoais
e355 Profissionais de sauacutede
e360 Outros profissionais
CAPIacuteTULO 4 ndash ATITUDES
e410 Atitudes individuais dos membros da
famiacutelia proacutexima
e415 Atitudes individuais dos membros da
famiacutelia alargada
98
e420 Atitudes individuais dos amigos
e425 Atitudes individuais de conhecidos
pares colegas e membros da
comunidade
e430 Atitudes individuais de pessoas em
posiccedilatildeo de autoridade
e445 Prestadores de cuidados pessoais e
assist pessoais
e450 Atitudes individuais de profissionais de
sauacutede
e455 Atitudes individuais de outros
profissionais
CAPIacuteTULO 5 ndash SERVICcedilOS SISTEMAS E POLIacuteTICAS
e515 Relacionados com a arquitetura e a
construccedilatildeo
e540 Relacionados com os transportes
e570 Relacionados com a seguranccedila social
e575 Relacionados com o apoio social geral
e580 Relacionados com a sauacutede
NOTA Deveratildeo ser eliminados os itens natildeo selecionados
4 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES
5 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA
a) Natildeo se confirma a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial
Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo
De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo Especial o
perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) natildeo remete para a integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo
Especial uma vez que natildeo existem graves limitaccedilotildees ou incapacidades nas suas Funccedilotildees do Corpo que
expliquem o seu niacutevel atual de desempenho na Atividade e Participaccedilatildeo
SugestotildeesRecomendaccedilotildees
99
b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial
Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo
De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo
Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime
de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e
estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando
necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena
Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas
necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que
deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI
Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em
consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos
diferentes domiacutenios
TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS
Sensorial
Motor Cognitivo
Emocional
Personalidade
Sauacutede
Fiacutesica
Comunicaci
onal Audiccedilatildeo Visatildeo
6 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)
REGIME EDUCATIVO ESPECIAL
a) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO
Especificar
b) ADEQUACcedilOtildeES
CURRICULARES
Adequaccedilotildees curriculares individuais
Turma com um projeto curricular adaptado
100
c) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE MATRIacuteCULA
Especificar
d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO
Especificar
e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA
Especificar
f) ADAPTACcedilOtildeES MATERIAIS E DE EQUIPAMENTOS ESPECIAIS DE COMPENSACcedilAtildeO
Especificar
g) CURRIacuteCULO
ESPECIacuteFICO
INDIVIDUAL
Desenvolvido em turma do ensino regular
Especificar
Desenvolvido em unidade especializada com curriacuteculo adaptado
Ocupacional
Socioeducativa
Transiccedilatildeo para a Vida Ativa
Educaccedilatildeo de Surdos
Educaccedilatildeo de alunos cegos e com baixa visatildeo
Educaccedilatildeo de alunos com paralisia cerebral e multideficiecircncia
Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do
espectro do autismo
Com Programa Especiacutefico do REE (cf nordm 6 do artordm 48ordm do RGAPA)
Ocupacional
Socioeducativo
Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional
Preacute-Profissionalizaccedilatildeo
Com Outro Programa (anexar curriacuteculo)
Especificar
101
(outras informaccedilotildees pertinentes)
7 DOCUMENTOS EM ANEXO
Sim Natildeo
Se sim quais
8 OBSERVACcedilOtildeES
9 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO
TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO
Docente Titular Diretor de Turma Ass
Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass
Psicoacutelogo Ass
Outros intervenientes
Ass
Ass
Ass
10 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO
Concordo com o encaminhamento proposto
102
Natildeo concordo com o encaminhamento proposto
Proponho
Assinatura
11 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO
Assinatura
103
RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO
O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela
equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo
referencial CIF- 2 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo
promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment
CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO
Identificaccedilatildeo do Aluno
Nome e Nordm
Data de Nascimento 15042002 Idade 13 anos
Morada Telefone
Nome do Pai Idade 38 anos
Nome da Matildee Idade 40 anos
Encarregado de Educaccedilatildeo
a
Idade 40 anos
Grau de Parentesco Matildee
Morada Telefone
Outras informaccedilotildees pertinentes
Situaccedilatildeo Escolar do Aluno
Estabelecimento de Ensino
2 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)
104
Situaccedilatildeo Escolar
3ordm CEB Ano 7 Turma F
Professor Titular Diretor de Turma
Percurso Escolar do Aluno
Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas dificuldades ao niacutevel
da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB no ano letivo 20082009 no iniacutecio
do 2ordm ano (20092010) foi realizado relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico o comeccedilou a beneficiar
de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou retido no 3ordm ano Em
20112012 o aluno foi transferido para a escola onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos
relativos ao 3ordm ano isto em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo seguinte (20122013) o aluno
foi sinalizado e realizado um relatoacuterio-teacutecnico-pedagoacutegico onde foi realizada avaliaccedilatildeo
Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo Integrou o 2ordm
CEB em 20132014 na Escola Baacutesica onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas
Salientar que no 2ordm CEB eacute referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm
CEB no ano letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria onde foi realizado pedido de reavaliaccedilatildeo
2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA
Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo
Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo
Nome
Cargo Psicoacuteloga
Docente TitularDiretor de Turma
Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo
Psicoacutelogo
Instrumentos utilizados
1 Funccedilotildees do Corpo
De acordo com o RTP de 2013 e Relatoacuterio Circunstanciado 2015 PROLEC-R ndash
leitura de pseudopalavras Teste de avaliaccedilatildeo da ortografia Teste de
Avaliaccedilatildeo Semacircntica (TAS) Meacutetodo Distema Avaliaccedilatildeo da Linguagem Oral
(ALO) ndash subteste de completamento de frases
105
2 Atividade e participaccedilatildeo Provas formais e informais das aptidotildees acadeacutemicas Observaccedilatildeo em
contexto de sala de aula (PORT)
3 Fatores ambientais Anamnese EE e Aluno
12 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)
SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES
AMBIENTAIS
FUNCcedilOtildeES DO CORPO
QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9
Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos
(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas funccedilotildees
ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou uma perda
0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada
3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel
CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS
(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)
b117
Funccedilotildees intelectuais ndash Supremacia das capacidades
intelectuais fluidas sobre as capacidades intelectuais
cristalizadas Encontra-se mais orientado para a accedilatildeo
em detrimento da reflexatildeo Processa melhor a
informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do canal
visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute
comparativamente ao canal auditivo-vocal e ao
processamento sequencial
0
b134 Funccedilotildees do sono ndash Recorre a medicaccedilatildeo 2
(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)
b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo ndash Manutenccedilatildeo da Atenccedilatildeo 1
b144 Funccedilotildees da memoacuteria ndash Memoacuteria de longo prazo e
conhecimento adquirido 1
b152
Funccedilotildees emocionais ndash Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila
ansiedade egocentrismo e tendecircncias narcisistas
Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e
regulaccedilatildeoexpressatildeo emocional adequadas
Instabilidade emocional
1
106
b156
Funccedilotildees da perceccedilatildeo
Perceccedilatildeo auditiva deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de
sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva
imediata de silabas de palavras e de pseudopalavras
Perceccedilatildeo visual contudo natildeo domina as relaccedilotildees
espaciais de lateralidade e direccedilatildeo reagindo a uma
figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com
a sua exatidatildeo
1
b167
Funccedilotildees mentais da linguagem
Receccedilatildeo da linguagem escrita ndash Correccedilatildeo velocidade e
compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e
sussurro labial Faz inversotildees e substituiccedilotildees de letras
e de silabas nas palavras ndash Dislexia
Expressatildeo da linguagem escrita ndash deacutefices ao niacutevel da
composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash
Disortografia (mais acentuado) e Disgrafia (menos
acentuada)
2
b172 Funccedilotildees do caacutelculo 0
ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO
QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9
Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo
Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real
Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na
execuccedilatildeo das mesmas
0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada
3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel
CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS
d135 Ensaiar 2
d137 Adquirir conceitos 2
d145 Aprender a escrever 3
d155 Adquirir competecircncias 2
d160 Concentrar a atenccedilatildeo 2
d161 Dirigir a atenccedilatildeo 2
d166
Ler O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha
contudo perde-se Natildeo respeita a pontuaccedilatildeo O tom de
leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta
movimento psicomotor A leitura de pseudopalavras
demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz
reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no
entanto a leitura eacute estrateacutegica o que evidencia deacutefice
na competecircncia leitora
2
107
d170
Escrever Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo
escrita na gramaacutetica (atividades de sufixaccedilatildeo
prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste
de portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave
data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de composiccedilatildeo
denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os
erros ortograacuteficos satildeo na sua grande maioria devido a
confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia)
omissotildees (ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel
semacircntico compreende resultados abaixo da meacutedia
esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical
e na sinoniacutemia e antoniacutemia
3
d250 Controlar o proacuteprio comportamento 1
d325 Comunicar e receber mensagens escrita 3
d345 Escrever mensagens 3
CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA
d820 Educaccedilatildeo escolar 2
FATORES AMBIENTAIS
QUALIFICADORES
Barreira
ou
Facilitador
0 1 2 3 4 8 9
Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social e
atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua vida
As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto
barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com (bull)
se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se a estaacute
a considerar como facilitador
Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor
que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os
seguintes qualificadores
0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro
2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave
4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo
aplicaacutevel
CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA
e110 Para consumo pessoal (medicamentos) Facilitador 3
e310 Famiacutelia proacutexima Proporciona cuidados
de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal
seguranccedila e educaccedilatildeo
Barreira
Facilitador 2
e130 Para a educaccedilatildeo beneficiaria de auxilio
na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa Barreira 1
e140
Para a cultura a recreaccedilatildeo e o
desporto Valoriza as atividades rurais
de cultura e tradiccedilatildeo familiares
mostrando-se ambientado em contextos
maioritariamente campestres
Facilitador 3
CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS
e310
Famiacutelia proacutexima Matildee acompanha o
aluno no percurso escolar Dificuldades
na supervisatildeo de rotinas bem como em
educar de forma consistente
Facilitador
Barreira 1
108
e320
Amigos (colegas) Fez transferecircncia da
EB para a ES pois a sua turma fecirc-lo e
todos os elementos satildeo muito proacuteximos
Confirma-se assim que as relaccedilotildees
interpessoais do aluno conferem-lhe
grande importacircncia
Facilitador 3
e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade
apoio individual e diferenciado prestado
pelos docentes e psicoacuteloga
Facilitador 2
13 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA
b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial
Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo
De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo
Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime
de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e
estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando
necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena
Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas
necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que
deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI
Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos diferentes domiacutenios
TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS
Sensorial
Motor
Cognitivo
(atenccedilatildeo perceccedilatildeo
auditiva visual e memoacuteria
de longo prazo)
Emocional
Personalidade
Sauacutede
Fiacutesica
Comunicacional
(Receccedilatildeo e receccedilatildeo
da linguagem
escrita) Audiccedilatildeo Visatildeo
14 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)
REGIME EDUCATIVO ESPECIAL
c) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO
Especificar
Tendo por base o RTP de 2013 e o Relatoacuterio Circunstanciado de 2015 eacute
necessaacuterio o desenvolvimento de competecircncias especificas com docente
de educaccedilatildeo especial durante o bloco de cidadania para reeducaccedilatildeo da
leitura e da escrita
Atenccedilatildeo especial ao aluno para evitar a dispersatildeo e desatenccedilatildeo uma vez
que o aluno apresenta PHDA tipo misto
109
d)
ADEQUACcedilOtildeES
CURRICULARES
Adequaccedilotildees curriculares individuais
Especificar Introduccedilatildeo de objetivos miacutenimos e conteuacutedos intermeacutedios nas
disciplinas que o revelar mais dificuldades nomeadamente o inglecircs
Turma com um projeto curricular adaptado
d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO
Especificar
Apoio na Leitura e compreensatildeo dos enunciados provas escritas com
exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de questotildees Tempo
suplementar Avaliaccedilatildeo oral complementar (Ao criteacuterio dos docentes)
Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com supervisatildeo de
um docente
e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA
Especificar
- Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar
uma turma sem problemas comportamentais
- Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo
do Ensino Baacutesico
Outras informaccedilotildees pertinentes
- Necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno
- Desenvolver os aspetos atitudionais e motivacionais essenciais no processo de ensino-
aprendizagem
- Deve-se atender agraves necessidades do aluno quanto aos haacutebitos e meacutetodos de estudo em cooperaccedilatildeo
com o ambiente familiar Para isso a sua inscriccedilatildeo no programa de competecircncias de estudo
ldquoAprender a Aprenderrdquo
- O aluno beneficiaraacute de acompanhamento psicoloacutegico sistemaacutetico
15ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO
TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO
Docente Titular Diretor de Turma Ass
Psicoacutelogo Ass
Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo Ass
110
Outros intervenientes
Representante NEE Ass
Ass
Ass
16 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO
Concordo com o encaminhamento proposto
Natildeo concordo com o encaminhamento proposto
Proponho
Assinatura
17 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO
Assinatura
111
Anexo 6 ndash Projetos Educativos Individuais (PEI)
112
PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL
Ano Letivo
1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA
Unidade Orgacircnica
Estabelecimento de Ensino
2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO
Identificaccedilatildeo do Aluno
Nome
Data de Nascimento Idade
Morada Telefone
Nome do Pai Idade
Nome da Matildee Idade
Encarregado de Educaccedilatildeo
a
Idade
Grau de Parentesco
Morada Telefone
Situaccedilatildeo Escolar do Aluno
Estabelecimento de Ensino
Situaccedilatildeo Escolar
113
Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia
1ordm CEB Ano Niacutevel
2ordm CEB Ano Turma
3ordm CEB Ano Turma
Ens
Secundaacuterio
Ano Turma
Outra modalidade de ensino
Professor Titular Diretor de Turma
Percurso Escolar do Aluno
Outras informaccedilotildees pertinentes
(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de
sauacutede ou outras)
3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ3
(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)
3 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens
(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)
114
4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR
41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado
Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de
Organizaccedilatildeo
Espaccedilo
Atividades
Identificar
Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem
Identificar
Antecipaccedilatildeo e reforccedilo da aprendizagem de conteuacutedos
Identificar
Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas
Liacutengua Gestual
Braille
Hidroterapia
Hipoterapia
Fisioterapia
Terapia da Fala
Desporto Adaptado
Terapia Ocupacional
Psicoterapia
Arteterapia (musicoterapia dramoterapia )
115
Identifique qual ou quais
Apoio Psicoloacutegico
Apoio Social
Outras identifique qual ou quais
411 Responsaacuteveis pelo Apoio
Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial
Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado
Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar
aacutereasdisciplinas
Identificar
Apoio familiar (bolsa ocupacional)
42 Adequaccedilotildees Curriculares
421
Adequaccedilotildees Curriculares Individuais
Introduccedilatildeo de aacutereas curriculares especiacuteficas
Especificar
Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios
Identificar
Ensino Bilingue e adequaccedilatildeo do curriacuteculo
Especificar
Dispensa das atividades que se revelem de difiacutecil execuccedilatildeo em funccedilatildeo da
incapacidade
Especificar
116
422
Turma com Projeto Curricular Adaptado
Modalidade de Ensino
Niacutevel de Ensino
43 Adequaccedilotildees no Processo de Matriacutecula
Aluno deslocado da aacuterea de residecircncia
Dispensa dos limites etaacuterios
Especificar
Adiamento de matriacutecula
Antecipaccedilatildeo de matriacutecula (aplicaacutevel apenas ao 1ordm ano do 1ordm ciclo)
Matriacutecula por disciplinas (aplicaacutevel apenas aos 2ordm e 3ordm ciclos)
(discriminar ano de escolaridade e disciplinas)
44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo
Tipo de provas
117
Especificar
Instrumento de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo
Especificar
Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)
Especificar
Periodicidade
Duraccedilatildeo
Local de execuccedilatildeo
Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)
45 Adequaccedilatildeo da Turma
Reduccedilatildeo de turma
Outro Qual
46 Curriacuteculo Especiacutefico Individual
461
Desenvolvido no acircmbito dos Programas Especiacuteficos do REE
Ocupacional
Socioeducativo
Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional
Preacute-Profissionalizaccedilatildeo
Outro Programa (anexar curriacuteculo)
462
Integraccedilatildeo em Turma do Ensino Regular
118
A tempo inteiro
A tempo parcial
Especificar
Integraccedilatildeo numa unidade especializada com curriacuteculo adaptado
(UNECA)
Ocupacional
Socioeducativa
Transiccedilatildeo para a Vida Ativa
Educaccedilatildeo de Surdos
Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do espectro do
autismo
463
Plano Individual de Transiccedilatildeo (anexar PIT)
47 Adaptaccedilotildees materiais e de equipamentos especiais de compensaccedilatildeo (indicar quais
os materiais)
Para problemas visuais
Para problemas auditivos
Para problemas motores
Outro Qual
Dispositivos de compensaccedilatildeo
Auxiliares oacuteticos
Auxiliares auditivos
119
Equipamento informaacutetico
Cadeira de rodas
Proacuteteses
Outro Qual
5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS
Tipo de
Apoios
Identificaccedilatildeo dos
Intervenientes
Funccedilotildees Desempenhadas
(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)
Horaacuterio Apoio
Direto
Consultadoria
Aconselhamento
6 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO
EDUCATIVA
7 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI
71 Sistema de Avaliaccedilatildeo
CIF-CJ
120
72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo
Qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ
73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo
74 Momentos de Avaliaccedilatildeo
8 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI
Docente Titular Diretor de Turma Ass
Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass
Psicoacutelogo Ass
Outros intervenientes
Ass
Ass
Ass
9 COORDENACcedilAtildeO DO PEI
Nome Cargo
Assinatura
10 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO
121
Concordo com o PEI
Natildeo concordo com o PEI
Proponho
Assinatura
11 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO
Assinatura
12 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO
Assinatura
122
PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL
Ano Letivo 20152016
1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA
Unidade Orgacircnica
Estabelecimento de Ensino
2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO
Identificaccedilatildeo do Aluno
Nome
Data de Nascimento Idade 13
Morada Telefone
Nome do Pai Idade 38
Nome da Matildee Idade 40
Encarregado de Educaccedilatildeo
a
Idade 40
Grau de Parentesco Matildee
Morada Telefone
Situaccedilatildeo Escolar do Aluno
Estabelecimento de Ensino
Situaccedilatildeo Escolar
123
Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia
1ordm CEB Ano Niacutevel
2ordm CEB Ano Turma
3ordm CEB Ano Turma
Ens
Secundaacuterio
Ano Turma
Outra modalidade de ensino
Professor Titular Diretor de Turma
Percurso Escolar do Aluno
Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas
dificuldades ao niacutevel da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB
na EB1JI da Casa da Ribeira no ano letivo 20082009 No iniacutecio do 2ordm ano
(20092010) foi realizado um Relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico e o aluno comeccedilou
a beneficiar de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou
retido no 3ordm ano Em 20112012 o aluno foi transferido para a escola EB1JI de
Fonte do Bastardo onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos relativos ao 3ordm ano isto
em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo 20122013 o aluno foi sinalizado tendo
sido realizado um Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegico resultante de uma avaliaccedilatildeo
Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo
Integrou o 2ordm CEB em 20132014 na Escola Baacutesica Integrada da Praia da Vitoacuteria
onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas Salientar que no 2ordm CEB eacute
referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm CEB no ano
letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria Vitorino Nemeacutesio onde foi realizado pedido
de reavaliaccedilatildeo
Outras informaccedilotildees pertinentes
(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de
sauacutede ou outras)
O aluno apresenta DIFICULDADES ESPECIacuteFICAS DE APRENDIZAGEM reunindo criteacuterios
de diagnoacutestico para perturbaccedilatildeo especiacutefica da leituradislexia e da
escritadisortografia e disgrafia
Em fevereiro de 2013 foi observado por um pediatra de desenvolvimento (no Centro
Diferenccedilas) sendo diagnosticada uma Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de
Atenccedilatildeo (PHDA de tipo misto) Na sequecircncia da referida consulta comeccedilou a ser medicado
com psicoestimulante Usa oacuteculos desde 2012
124
3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ4
(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)
FUNCcedilOtildeES E ESTRUTURAS DO CORPO
Funccedilotildees Mentais Globais
i Funccedilotildees intelectuais (b1170) - O aluno encontra-se mais orientado para a accedilatildeo em
detrimento da reflexatildeo Processa melhor a informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do
canal visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute comparativamente ao canal auditivo-vocal
e ao processamento sequencial
ii Funccedilotildees do sono (b1342) - Recorre a medicaccedilatildeo
Funccedilotildees Mentais Especiacuteficas
Deficiecircncia moderada
i Funccedilotildees mentais da linguagem (b1672) - Receccedilatildeo da linguagem escrita (correccedilatildeo
velocidade e compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e sussurro labial Faz inversotildees
e substituiccedilotildees de letras e de siacutelabas nas palavras ndash Dislexia) e na expressatildeo da linguagem
escrita (deacutefices ao niacutevel da composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash Disortografia e
Disgrafia)
Deficiecircncia ligeira
i Funccedilotildees da atenccedilatildeo (b1401) - Manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo
ii Funccedilotildees da memoacuteria (b1441) - Memoacuteria de longo prazo e conhecimento adquirido
iii Funccedilotildees emocionais (b1521) - Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila ansiedade egocentrismo e
tendecircncias narcisistas Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e regulaccedilatildeoexpressatildeo
emocional adequadas Instabilidade emocional
iv Funccedilotildees da perceccedilatildeo (b1561) - Perceccedilatildeo auditiva (deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de
sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva imediata de silabas de palavras e de
pseudopalavras) Perceccedilatildeo visual (natildeo domina as relaccedilotildees espaciais de lateralidade e direccedilatildeo
reagindo a uma figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com a sua exatidatildeo)
ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO
Aprendizagem e Aplicaccedilatildeo de Conhecimentos
Dificuldade grave
i Aprender a escrever (d1453)
ii Escrever (d1703) - Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo escrita na gramaacutetica
(atividades de sufixaccedilatildeo prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste de
portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de
composiccedilatildeo denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os erros ortograacuteficos satildeo
4 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens
(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)
125
na sua grande maioria devido a confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia) omissotildees
(ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel semacircntico compreende resultados abaixo da
meacutedia esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical e na sinoniacutemia e antoniacutemia
iii Comunicar e receber mensagens escrita (d3253)
iv Escrever mensagens (d3453)
Dificuldade moderada
i Ensaiar (d1352)
ii Adquirir conceitos (d1372)
iii Adquirir competecircncias (d1552)
iv Concentrar a atenccedilatildeo (d1602)
v Ler (d1662) - O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha contudo perde-se Natildeo
respeita a pontuaccedilatildeo O tom de leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta movimento
psicomotor A leitura de pseudopalavras demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz
reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no entanto a leitura eacute estrateacutegica o que
evidencia deacutefice na competecircncia leitora
Dificuldade ligeira
i Controlar o proacuteprio comportamento (d2501)
Aacutereas Principais da Vida
Dificuldade moderada
i Educaccedilatildeo escolar (d8202)
FATORES AMBIENTAIS
Produtos e Tecnologia
Fatores de proteccedilatildeo facilitador
i Para consumo pessoal (medicamentos) (e110+3)
ii Para a cultura a recreaccedilatildeo e o desporto (e140+3) - Valoriza as atividades rurais de cultura
e tradiccedilatildeo familiares mostrando-se ambientado em contextos maioritariamente campestres
(facilitador grave)
iii Famiacutelia proacutexima (e330+2) - Proporciona cuidados de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal
seguranccedila e educaccedilatildeo (facilitador moderado)
Fatores barreira
i Para a educaccedilatildeo (e1301) - Beneficiaria de auxiacutelio na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa
(barreira ligeira)
126
Apoios e Relacionamentos
i Amigos (colegas) (e320+3) - Fez transferecircncia da EB Francisco Ornelas da Cacircmara para a
ES Vitorino Nemeacutesio pois a sua turma fecirc-lo e todos os elementos satildeo muito proacuteximos
Confirma-se assim que as relaccedilotildees interpessoais do aluno conferem-lhe grande importacircncia
(facilitador grave)
ii Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade (e330+2) - Apoio individual e diferenciado prestado
pelos docentes e psicoacuteloga (facilitador moderado)
iii Famiacutelia proacutexima (e310+1) - Matildee acompanha o aluno no percurso escolar Dificuldades na
supervisatildeo de rotinas bem como em educar de forma consistente (barreira e facilitador
ligeiro)
4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR
41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado
Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de
Organizaccedilatildeo
Espaccedilo
Atividades
Identificar
O aluno necessita de estar sentado num siacutetio sossegado e longe de estiacutemulos
distratores de preferecircncia junto da secretaacuteria do professor Necessita de
tarefas diversificadas e que impliquem movimento intercaladas com as
atividades que implicam estar sentado uma vez que o aluno apresenta PHDA
tipo misto
Precisa de feedbacks informativos encorajadores e regulares
Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem
Identificar
O aluno deveraacute beneficiar de apoio pedagoacutegico personalizado em todas as
disciplinas especialmente nas de caraacutecter mais teoacuterico
Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas
Identifique qual ou quais
Reeducaccedilatildeo da leitura e da escrita por docente de educaccedilatildeo
especial
Meacutetodos de Estudo (atraveacutes do programa de
competecircncias de estudo ldquoAprender a Aprenderrdquo orientado
pelo SPO)
127
Apoio Psicoloacutegico
411 Responsaacuteveis pelo Apoio
Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial
Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado
Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar
aacutereasdisciplinas
Identificar Professores titulares das disciplinas
42 Adequaccedilotildees Curriculares
421
Adequaccedilotildees Curriculares Individuais
Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios
Identificar Nas disciplinas em que o aluno revelar mais dificuldades
nomeadamente em Inglecircs
44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo
Tipo de provas
Especificar Provas escritas com exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de
questotildees
Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)
Especificar
Apoio na leitura e compreensatildeo dos enunciados Avaliaccedilatildeo oral
complementar (ao criteacuterio dos docentes) Natildeo penalizaccedilatildeo dos erros
ortograacuteficos de construccedilatildeo fraacutesica e sintaacutetica de pontuaccedilatildeo ocorridos em
virtude de o aluno ser portador de Perturbaccedilatildeo Especiacutefica da Linguagem
(dislexia disortografia disgrafia) Valorizaccedilatildeo do conteuacutedo em
detrimento da forma
Duraccedilatildeo Fornecer tempo suplementar para a realizaccedilatildeo das provas
128
Local de execuccedilatildeo
Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com a
supervisatildeo de um docente sempre que o docente da disciplina
assim o entender
Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)
45 Adequaccedilatildeo da Turma
Reduccedilatildeo de turma
Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar uma
turma sem problemas comportamentais
Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo
do Ensino Baacutesico
5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS
Tipo de
Apoios
Identificaccedilatildeo dos
Intervenientes
Funccedilotildees Desempenhadas
(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)
Horaacuterio
Apoio
Direto
Consultadoria
Aconselhamento
Apoio
Individualizado Conselho de Turma X
Horaacuterio da
Turma
Educaccedilatildeo
Especial X
2X45m
(Matemaacutetica
e
Portuguecircs)
SPO X
ldquoAprender
a
Aprenderrdquo
SPO
X Sistemaacutetico
(1ordm Periacuteodo)
129
13 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO
EDUCATIVA
Eacute necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno e desenvolver os aspetos atitudinais e
motivacionais essenciais no processo de ensino-aprendizagem
No final do Primeiro Periacuteodo seraacute feita uma reavaliaccedilatildeo das medidas implementadas e caso seja
necessaacuterio o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo continuaraacute a acompanhar o aluno e o docente de
educaccedilatildeo especial trabalharaacute com o aluno as competecircncias especiacuteficas para a reeducaccedilatildeo da leitura e
da escrita em contexto fora sala de aula
14 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI
71 Sistema de Avaliaccedilatildeo
O sistema utilizado para a avaliaccedilatildeo eacute o referencial CIF-CJ de acordo com a legislaccedilatildeo em vigor
72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo
A monitorizaccedilatildeo da evoluccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno seraacute realizada com base nas
classificaccedilotildees escolares e nos qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ
73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo
Como instrumentos de avaliaccedilatildeo poderatildeo ser utilizados a observaccedilatildeo direta do desempenho em sala de
aula e em outros contextos escolares trabalhos individuais testes de avaliaccedilatildeo formativa e sumativa
registos de assiduidade pontualidade e responsabilidade
74 Momentos de Avaliaccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo assume um caraacutecter de continuidade sendo que as medidas educativas propostas seratildeo
avaliadas no que diz respeito agrave sua implementaccedilatildeo e eficaacutecia em conselho de turma no final de cada
periacuteodo envolvendo os vaacuterios intervenientes no processo educativo do aluno Dos resultados obtidos com
a aplicaccedilatildeo das medidas estabelecidas neste PEI seraacute elaborado um relatoacuterio circunstanciado no final do
ano letivo Este PEI poderaacute ser revisto a qualquer momento se julgado necessaacuterio pelos vaacuterios
intervenientes mediante proposta devidamente fundamentada
15 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI
Docente Titular Diretor de Turma Ass
130
Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass
Psicoacutelogo Ass
Outros intervenientes
Ass
Ass
Ass
16 COORDENACcedilAtildeO DO PEI
Nome Cargo
Assinatura
17 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO
Concordo com o PEI
Natildeo concordo com o PEI
Proponho
Assinatura
18 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO
Assinatura
19 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO
131
Assinatura
132
Anexo 7 ndash ldquoDescobrir para intervirrdquo
133
1 Por favor responda Verdadeiro (V) ou Falso (F) agraves seguintes questotildees
11 Uma das causas da PHDA encontra-se no desenvolvimento de praacuteticas educativas
parentais inadequadas ____
12 Eacute frequente a PHDA existir em simultacircneo com outras perturbaccedilotildees_____
13 Eacute frequente o aluno com PHDA natildeo realizar as tarefas porque natildeo se esforccedilou o
suficiente _____
14 A PHDA eacute uma perturbaccedilatildeo neurodesenvolvimental____
15 Eacute comum na PHDA existir uma dificuldade em organizar os materiais necessaacuterios e
ser responsaacutevel pela realizaccedilatildeo das tarefas escolares ____
16 Pode existir deacutefice de atenccedilatildeo sem hiperatividade ____
17 A PHDA pode ser diagnosticada em qualquer idade ____
18 Um aluno que natildeo mantem a atenccedilatildeo durante o periacuteodo necessaacuterio para a realizaccedilatildeo
da tarefa proposta deveraacute tomar medicaccedilatildeo ____
2 Organize uma lista onde constem diferentes criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo
que teria em atenccedilatildeo e mobilizaria na organizaccedilatildeo e planeamento de um momento
educativo (parte de uma aula) sabendo que tem integrado na turma um aluno com
diagnoacutestico de PHDA
Obrigada por colaborarem neste desafio
134
Anexo 8 ndash Espelho meu espelho meu
135
Belo S amp Coelho A (2011)
136
Anexo 9 ndash Desenho cego
137
Coelho A amp Belo S (2014)
138
Anexo 10 ndash Onde estaacute o rato
139
140
Anexo 11 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo
141
Para discussatildeo e reflexatildeo
ldquohellip revela muita dificuldade na organizaccedilatildeo e arrumaccedilatildeo dos seus materiais
escolares que muitas vezes andam pelo chatildeo a mochila caiacuteda Natildeo sabe do laacutepis e da
borracha Perde com muita frequecircncia os materiais que usa com maior regularidade
A sua mochila estaacute sempre uma confusatildeo uma vez que guarda tudo em qualquer
siacutetio sem nenhum criteacuterio Quando leva trabalhos de casa natildeo os guarda na capa adequada
Natildeo mostra os recados ou informaccedilotildees em casa porque natildeo sabe deles Leva
sempre a mochila com as bolsas abertas e a perder material
Na sala de aula eacute um aluno que se distrai com bastante facilidade Inicia bem uma
tarefa mas passado pouco tempo paacutera ou comeccedila a ser trapalhatildeo no que estaacute a fazer Vira-
se para traacutes a falar com os colegas ou fica a observar o que os colegas ou a professora
estatildeo a fazer
No seu caderno diaacuterio eacute frequente encontrar trabalhos incompletos contudo
quando consegue estar atento completa os seus trabalhos que tecircm boa apresentaccedilatildeohelliprdquo
Antunes (2009)
142
Anexo 12 ndash Inqueacuteritos por questionaacuterio
143
INQUEacuteRITO POR QUESTIONAacuteRIO
Geacutenero Masculino Feminino
Idade
1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)
Sim Natildeo
11 Se sim quais as suas maiores dificuldades
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
2 Tem conhecimentos acerca da PHDA
Sim Natildeo
21 Se sim quais
________________________________________________________________
________________________________________________________________
3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na
atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais
Sim Natildeo
31 Caso a sua resposta seja negativa justifique
________________________________________________________________
________________________________________________________________
4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas suas
praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula
Sim Natildeo
144
41 Se natildeo por que natildeo o faz
________________________________________________________________
________________________________________________________________
5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos alunos
com PHDA
Sim Natildeo
Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos
________________________________________________________________
________________________________________________________________
6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA junto dos
intervenientes no processo educativo do aluno
Sim Natildeo
61 Se sim quais
________________________________________________________________
________________________________________________________________
611 Maioritariamente quem
Diretor de turma Psicoacutelogo Encarregado de
Educaccedilatildeo
Outro Qual ___________________________________________
62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de
integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem
Sim Natildeo
Se sim justifique
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA
Sim Natildeo
71 Se natildeo porquecirc
145
________________________________________________________________
________________________________________________________________
72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar
________________________________________________________________
________________________________________________________________
Obrigada pela sua colaboraccedilatildeo
146
147
148
149
Anexo 13 ndash Autorizaccedilotildees para observaccedilatildeo
150
151
152
Anexo 14 ndash Fichas de observaccedilatildeo do aluno
153
FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)
Aluno SS
Ano 7ordm
Disciplina Portuguecircs
Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua
gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)
Em 15102015
Hora 1415H Tempo letivo 43min
Observadores Investigadora
Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees
comportamentos inferecircncias)
Observaccedilotildees
1425H Conversas paralelas deixa cair
coisas no chatildeo vai buscaacute-las
dispersa-se olha para traacutes de
modo sistemaacutetico faz perguntas
aleatoacuterias e descontextualizadas
Aluno sem medicaccedilatildeo
Aluno afirma natildeo ter feito o
TPC
1430H Tece um comentaacuterio ldquoPossa taacutes
bem atrasadardquo relativamente a
uma colega no entanto o aluno
tambeacutem estaacute atrasado Natildeo
espera pela sua vez Responde
sem ser chamado estaacute distraiacutedo
nunca sabe qual o exerciacutecio em
que se encontram natildeo
acompanhando os colegas
Faz referecircncia ao seu colega e
amigo Oxiang
1436H Tira a borracha do colega do
lado esquerdo sempre a olhar
para traacutes a mexer com as matildeos
a levantar da cadeira
1440H Natildeo encontra o estojo
Encontra-se sentado de lado na
154
cadeira A professora diz para
ele se endireitar
1444H A professora ajuda o aluno na
realizaccedilatildeo da atividade contudo
ele distrai-se com a borracha
1448H Os colegas fazem perguntas e o
aluno responde (de tipo coacutemico)
e vira-se para traacutes
1450H Fica confuso com o exerciacutecio
iniciado
1452H A professora pergunta se o
aluno jaacute terminou O mesmo diz
que natildeo batendo na mesa
1455H O aluno responde corretamente
quando solicitado
1458H O aluno coloca o gorro na
cabeccedila e diz que vai faltar ao
teste de HIST Em seguida diz
que vai claro e que teraacute uma
nota final positiva Entretanto
sai da sala e regressa apenas
para fechar a mochila Volta a
sair para o intervalo
Professora relembra a data do
teste
Aluno referiu que teve cerca de
60 na nota do uacuteltimo teste de
HIST
155
FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)
Aluno SS
Ano 7ordm
Disciplina Cidadania
Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua
gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)
Em 31052016
Hora 1415H Tempo letivo 44min
Observadores Investigadora
Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees
comportamentos inferecircncias)
Observaccedilotildees
1445H SS eacute chamado agrave atenccedilatildeo pelo
professor de CID em contexto
de sala de aula de Informaacutetica
Ri e olha agrave volta Professor diz
ldquoS acalma-te ou vou-me
chatearrdquo
Aluno com medicaccedilatildeo
1447H Aluno sempre a mexer o dedo
1448H Aluno muda o comportador
portaacutetil de siacutetio Professor volta
a intervir ldquoS tens 10 minutos
para terminar o trabalhordquo
1449H Fala com a colega do lado
1450H S com os olhos semicerrados
Professor volta a chamar a
atenccedilatildeo Aluno diz agrave colega
ldquoChega-te para laacuterdquo Em seguida
diz ldquoEacute comercialrdquo (sobre um
trabalho de publicidade
enganosa)
1452H Professor interpela o aluno e o
mesmo faz caretas enquanto diz
156
agrave colega ldquoSoacute temos um minuto e
dezrdquo Olha para o lado mexe no
cabelo tira a folha da colega e
arregala os olhos (tiques)
1455H Chama a professor e ele
pergunta ldquoO que eacute enganosordquo
A professora responde
1456H Fica apoiado na matildeo e lecirc ldquoQual
a tua opiniatildeo pessoalrdquo
1457H Professor vai ateacute ao aluno e diz
que na proacutexima aula teraacute de
apresentar o seu trabalho em
modo de alerta de tempo O
aluno repete (de acordo com o
viacutedeo que estaacute a ver) ldquoTu natildeo eacutes
tu quando tens fomerdquo Logo em
seguida ldquoQuando tenho fome e
como um chocolate fico mal
dispostordquo ndash enquanto isso
estava a olhar para a professor
de cabeccedila de lado metendo o
laacutepis na boca Professora
responde e ele diz ldquoNatildeo seiiiirdquo
1459H Alunos preparam-se para sair da
sala e o aluno vagueia (em
formato labirinto) ateacute agrave porta
volta para traacutes para entregar a
ficha de trabalho (ver anexo 16)
agrave colega e diz ldquoPara entregar na
proacutexima aulardquo
157
FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (EM SITUACcedilAtildeO DE RECREIO)
Aluno SS
Ano 7ordm
Em 31052016 Hora 1503H Entre 1503H e 1513H
Tempo
Descriccedilatildeo
(lugares intervenientes
atividades tarefas material
comportamentos inferecircncias)
Observaccedilotildees
1503H O aluno e um fotoacutegrafo
dirigem-se ao auditoacuterio da
escola O fotoacutegrafo senta-se e o
aluno mantem-se em peacute
Aluno com medicaccedilatildeo
1504H O aluno de repente comeccedila a
falar de um padre ldquoEstava a
mudar as reses e ele laacute para fora
comeccedila a aguindar (marca
linguiacutestica) a aacutegua bentardquo
Fala de um padre Parece
recordar-se que tem EMRC agraves
1515H
1507H O aluno entretanto comeccedila a
abordar o tema relacionado com
negoacutecios de lavradores e o
fotoacutegrafo desenvolve a
sustentabilidade
1508H O aluno senta-se devagar
muito atento e diz ldquoEu tenho
um amigo querdquo
1510H O fotoacutegrafo diz ldquoOs lavradores
estatildeo a gastar mais do que
deviamrdquo O aluno volta a
mencionar o amigo ldquoO meu
amigo tem muitos alqueiros e
tira leite 3 vezes por diardquo
O aluno quer ser lavrador
1513H O fotoacutegrafo continua a alertaacute-lo
para as vantagens e
desvantagens de ter uma lavoura
e o aluno ndash pensativo ndash diz
ldquoQuando chegar laacute haacute de se ver
158
Se natildeo der natildeo deurdquo
Entretanto pergunta as horas e
diz que tem EMRC
159
Anexo 15 ndash Ficha elaborada por aluno com PHDA durante observaccedilatildeo
160
161
162
Anexo 16 ndash Fichas de elementos fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno
163
FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO
DO ALUNO
(adaptado de Estrela 2008 p 266)
Nome JM Idade 15 anos
Professor P1
O aluno J revela uma enorme incapacidade de controlo do comportamento bem como
incapacidade de focar e dirigir a atenccedilatildeo Natildeo consegue fixar mais do que uma ordem de cada vez Natildeo
reteacutem a informaccedilatildeo a longo prazo
Em 08062016
NOTAS
1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando
situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)
2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente
confidencial
164
FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO
DO ALUNO
(adaptado de Estrela 2008 p 266)
Nome SS Idade 14 anos
Professor P1
O aluno S revela desadequaccedilatildeo de conduta dentro e fora da sala de aula Apresenta inuacutemeras
dificuldades ao niacutevel da inibiccedilatildeo de conduta bem como atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo Tecircm inuacutemeros tiques
principalmente ao niacutevel da face
Associada agrave Perturbaccedilatildeo de HiperatividadeDeacutefice de Atenccedilatildeo o aluno apresenta a Perturbaccedilatildeo da
Linguagem com predominacircncia na escrita e leitura o que contribui para o agrupamento da primeira
perturbaccedilatildeo uma vez que as suas dificuldades de concentraccedilatildeo satildeo agravadas por esta problemaacutetica
Para finalizar o aluno apresenta uma incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo
Em 08062016
Professor P2
Uma colega do SS haacute pouco tempo apareceu no gabinete a dizer que o aluno agrediu um colega
na aula de Educaccedilatildeo Fiacutesica partindo-lhe os oacuteculos propositadamente O aluno quando chamado agrave atenccedilatildeo
por mim negou Disse que foi ldquosem quererrdquo que natildeo tinha essa intenccedilatildeo O facto eacute crediacutevel pois o aluno
estimulado natildeo consegue controlar os impulsos de modo que muito provavelmente o deva ter feito sem
um objetivo pejorativo O aluno eacute meigo e atencioso no entanto quando em contexto de apoio manifesta
tiques vozeadosgritos levanta-se sai da sala e regressa Natildeo se manteacutem quieto e eacute um pouco egoiacutesta quer
em trabalhos individuais quer em trabalhos de grupo
NOTAS
1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando
situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)
2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente
confidencial
165
FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO
DO ALUNO
(adaptado de Estrela 2008 p 266)
Nome DG Idade 13 anos
Professor P1
O D inicialmente revelava graves dificuldades de concentraccedilatildeo dificuldades estas que com
trabalho foram sendo colmatadas
Apresenta inuacutemeras dificuldades ao niacutevel das funccedilotildees executivas
Em 08062016
NOTAS
1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando
situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)
2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente
confidencial
166
FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO
DO ALUNO
(adaptado de Estrela 2008 p 266)
Nome ES Idade 12 anos
Professor P1
O aluno uma vez que faz a medicaccedilatildeo e jaacute foi diagnosticado haacute algum tempo encontra-se
bastante adaptado ao contexto de sala de aula
Em 08062016
NOTAS
1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando
situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)
2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente
confidencial
167
FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO
DO ALUNO
(adaptado de Estrela 2008 p 266)
Nome FS Idade 13 anos
Professor P1
O aluno F embora esteja diagnosticado e a tomar medicaccedilatildeo haacute algum tempo demonstra
inquietude no ambiente de aula bem como alguma impulsividade
Em 08062016
NOTAS
1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando
situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)
2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente
confidencial
168
Anexo 17 ndash Graacuteficos de Caraterizaccedilatildeo dos Participantes
169
19
81
Geacutenero
Masculino
Feminino
44
31
54
7
Idade
Natildeo colocou idade
20-29
30-39
40-49
mais de 50
170
Anexo 18 ndash Graacuteficos de anaacutelise de resultados do inqueacuteritos por questionaacuterio
171
4654
Tem alunos com PHDA
Sim
Natildeo
17
58
17
8
Maiores dificuldades
Sem justificaccedilatildeo
Gestatildeo da concentraccedilatildeo e docomportamento
Arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar adistraccedilatildeo
Subestima inferioridadetristeza desconfianccedilaansiedade descrenccedila
5446
Conhecimentos acerca da PHDA
Sim
Natildeo
172
73
27
Identificaccedilatildeo de alunos com PHDA
Sim
Natildeo
7
7
15
50
14
7
Quais os conhecimentos acerca da PHDA
Natildeo evidencia os conhecimentos
Poucos conhecimentos
Conhecimentos gerais (porexemplo atraveacutes dedocumentaacuterios e internet)
Carateriacutesticas gerais dos alunos(concentraccedilatildeo execuccedilatildeo detarefas etc) e atitudes a tomar
Criteacuterios de diagnoacutestico eintervenccedilatildeo
173
28
29
14
29
Natildeo identifica alunos com PHDA
Natildeo tem formaccedilatildeo
Natildeo tem conhecimentos
Existecircncia de outrasproblemaacuteticas associadas
Dificuldadeconfusatildeo naidentificaccedilatildeo
58
38
4
Construccedilatildeo de materiais
Sim
Natildeo
Sem resposta
20
20
1020
20
10
Justificaccedilatildeo da natildeo construccedilatildeo de materiais
Natildeo houve oportunidade
Natildeo tem alunos com PHDA
Natildeo sentiu necessidade
Natildeo tem conhecimento deestrateacutegias a aplicar
Escassez (sobrecarga) detempo
Sem resposta
174
5442
4
Organizaccedilatildeo do plano de aula
Sim
Natildeo
Sem resposta
46
36
99
Estrateacutegias para ultrapassar as dificuldades com alunos com PHDA
Natildeo tem alunos com PHDA
Gestatildeo individual dasituaccedilatildeonecessidade doaluno
Maior solicitaccedilatildeo paraparticipar nas tarefas(exemplo ir ao quadro)
5831
11
Avaliaccedilatildeo do progresso do aluno com PHDA
Sim
Natildeo
Sem resposta
175
4 44
25
17
13
13
8
4
8
Intervenientes
Quando os alunos satildeodevidamente identificados comPHDA
Somente alunos acompanhadospelo Serviccedilo de Psicologia eOrientaccedilatildeo (SPO)
Para progresso na gestatildeo docomportamento e consequentedesempenho escolar
Diretor de Turma
Professor de Educaccedilatildeo Especial
Encarregado de Educaccedilatildeo
Conselho de Turma
SPO
Professor de Educaccedilatildeo MoralReligiosae Catoacutelica
40
27
17
1033
Contacto com os seguintes intervenientes
Diretor de Turma
Psicoacutelogo
Encarregado de Educaccedilatildeo
Professor de Educaccedilatildeo Especial
Professor de EMRC
Sem resposta
176
5819
23
Participaccedilatildeo dos professores na intervenccedilatildeo e integraccedilatildeo dos alunos com PHDA
Sim
Natildeo
Sem resposta
34
33
13
7
13
Razotildees para os professores participarem no processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do
aluno com PHDA
Interveniente ativo noprocesso educativo
Necessidade de maior apoio
Rentabilizaccedilatildeo deaproveitamento
Intervenccedilatildeo ativa dosprofessores e afincada doSPO
Sem resposta
177
80
20
Importacircncia da formaccedilatildeo dos professores na aacuterea da PHDA
Sim
Natildeo
5050
Razotildees para a natildeo formaccedilatildeo dos professores
Falta de oferta formativa
Existecircncia de equipaespecializada
114
444
73
Sugestotildees dos professores respondentes
Accedilotildees de formaccedilatildeo
Melhorar a capacidade deidentificaccedilatildeo para sinalizaccedilatildeo
Instrumentos de intervenccedilatildeonos departamentos
Identificaccedilatildeo precoce paraintervenccedilatildeo mais eficaz
Psicologia convertida agraveglobalidade
Sem resposta
178
Anexo 19 ndash Anaacutelise de Conteuacutedo das Fichas de Elementos Fornecidos pelo
Professor para Caraterizaccedilatildeo do Aluno
179
Categorias Sub-categorias Respondentes
Identificaccedilatildeo de
carateriacutesticas de alunos
com PHDA
Dificuldades em P1 P2
1 Controlar o comportamento times times
2 Focar a atenccedilatildeo times
3 Reter informaccedilatildeo times
4 Inibir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo times
5 Lidar com a frustraccedilatildeo times
Presenccedila de
1 Tiques times times
2 PEA times
3 Medicaccedilatildeo que
31 Atenua comportamento times
32 Manteacutem comportamento times
4 Agressividade ingeacutenua times
5 Afetividade times
6 Egoiacutesmo times
7 Preferecircncia por trabalhos
individuais
times
4
13 Criteacuterios de Diagnoacutestico de PHDA
Os criteacuterios de diagnoacutestico baseados no DSM-IV-TR (2002) focam-se em
ambos os sintomas quer de falta de atenccedilatildeo quer de hiperatividade-
impulsividade Tomam em atenccedilatildeo a durabilidade dos mesmos e o momento em
que comeccedilam a aparecer os primeiros indiacutecios (no DSM IV-TR devem aparecer
antes dos sete anos de idade e no mais recente DSM-V devem estar presentes antes
dos 12 anos de idade) Outra das alteraccedilotildees realizadas presente no mais recente
manual de diagnoacutestico permite a comorbilidade de PHDA com a Perturbaccedilatildeo do
Espetro do Autismo
Apresenta-se de seguida os criteacuterios de diagnoacutestico com base no DSM-V
(2014)
Criteacuterio A ndash 1) ou 2)
1) Desatenccedilatildeo ndash 6 (ou mais) dos seguintes sintomas persistiram pelo menos
durante 6 meses num grau que eacute inconsistente com o niacutevel de desenvolvimento
e que tem impacto negativo direto nas atividades sociais e
acadeacutemicasocupacionais
(a) com frequecircncia natildeo presta atenccedilatildeo suficiente aos pormenores ou comete erros
por descuido nas tarefas escolares no trabalho ou em outras atividades
(b) com frequecircncia tem dificuldade em manter a atenccedilatildeo em tarefas ou atividades
(c) com frequecircncia parece natildeo ouvir quando lhe falam diretamente
(d) com frequecircncia natildeo segue as instruccedilotildees e natildeo termina os trabalhos escolares
encargos ou deveres no local de trabalho (sem ser por comportamentos de
oposiccedilatildeo ou por incompreensatildeo das instruccedilotildees)
(e) com frequecircncia tem dificuldades em organizar tarefas e atividades
(f) com frequecircncia evita sente repugnacircncia ou estaacute relutante em envolver-se em
tarefas que requeiram um esforccedilo mental mantido (tais como trabalhos escolares
ou de iacutendole administrativa)
(g) com frequecircncia perde objetos necessaacuterios a tarefas ou atividades (por
exemplo brinquedos exerciacutecios escolares laacutepis livros ou ferramentas)
(h) com frequecircncia distrai-se facilmente com estiacutemulos irrelevantes
5
(i) esquece-se com frequecircncia das atividades quotidianas
2) Hiperatividade e impulsividade ndash 6 (ou mais) dos seguintes sintomas
persistiram pelo menos durante 6 meses num grau que eacute inconsistente com o niacutevel
de desenvolvimento e que tem impacto negativo direto nas atividades sociais e
acadeacutemicasocupacionais
(a) com frequecircncia movimenta excessivamente as matildeos e os peacutes e move-se
quando estaacute sentado
(b) com frequecircncia levanta-se na sala de aula ou em outras situaccedilotildees em que se espera
que esteja sentado
(c) com frequecircncia corre ou salta excessivamente em situaccedilotildees em que eacute
inadequado fazecirc-lo (em adolescentes ou adultos pode limitar-se a sentimentos
subjetivos de impaciecircncia)
(d) com frequecircncia tem dificuldades em jogar ou dedicar-se tranquilamente a
atividades de oacutecio
(e) com frequecircncia laquoandaraquo ou soacute atua como se estivesse laquoligado a um motorraquo
(f) com frequecircncia fala em excesso
(g) com frequecircncia precipita as respostas antes que as perguntas tenham
terminado
(h) com frequecircncia tem dificuldade em esperar pela sua vez
(i) com frequecircncia interrompe ou interfere nas atividades dos outros (por
exemplo intromete-se nas conversas ou jogos)
Criteacuterio B Alguns sintomas de hiperatividade-impulsividade ou de falta de
atenccedilatildeo que causam deacutefices surgem antes dos 12 anos de idade
Criteacuterio C Vaacuterios dos sintomas estatildeo presentes em 2 ou mais contextos (por
exemplo escola (ou trabalho) e em casa)
Criteacuterio D Devem existir provas claras de um deacutefice clinicamente significativo
do funcionamento social acadeacutemico ou ocupacional
6
Criteacuterio E Os sintomas natildeo ocorrem exclusivamente durante o curso de
esquizofrenia ou outra perturbaccedilatildeo psicoacutetica e natildeo satildeo bem explicados por outra
perturbaccedilatildeo mental (exemplos perturbaccedilatildeo do humor perturbaccedilatildeo de ansiedade
perturbaccedilatildeo dissociativa perturbaccedilatildeo da personalidade intoxicaccedilatildeo ou
abstinecircncia de substacircncias)
DSM-V (2014)
Olhando para esta diversidade de sintomas eacute necessaacuterio ter em conta que cada
crianccedila eacute diferente da outra uma vez que o seu proacuteprio desenvolvimento o contexto onde
se insere a situaccedilatildeo familiar e outros fatores variam influenciando assim o diagnoacutestico
(Lopes 2004) Como consequecircncia surgiu a necessidade de apresentar subtipos de
PHDA mais homogeacuteneos para que o diagnoacutestico se tornasse mais fidedigno (Lopes
2004)
Consta no DSM-V (2014) que a Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de
Atenccedilatildeo pode ser especificada dos seguintes modos i) apresentaccedilatildeo predominantemente
de hiperatividade-impulsividade (criteacuterio A2 preenchido e o criteacuterio A1 natildeo preenchido)
ii) apresentaccedilatildeo com predominacircncia de desatenccedilatildeo (criteacuterio A1 preenchido e o criteacuterio A2
natildeo preenchido) e iii) apresentaccedilatildeo combinada (preenchidos ambos os criteacuterios)
De acordo com Barkley amp Murphy (2006) a apresentaccedilatildeo combinada eacute aquela
onde se situa a maioria dos indiviacuteduos com PHDA Embora sejam os sintomas de
hiperatividade-impulsividade a surgir mais precocemente ao longo do tempo os
sintomas de falta de atenccedilatildeo comeccedilam a surgir em igual quantidade
Apesar da distinccedilatildeo entre estes grupos diferentes eacute importante ter presente que
duas crianccedilas podem ter o mesmo diagnoacutestico com os mesmos sintomas mas em que a
sua frequecircncia e intensidade satildeo diferentes (Moura 2008)
14 Caracteriacutesticas e Mitos de PHDA
Para se estar atento aos sinais antes do diagnoacutestico e para adequar a intervenccedilatildeo eacute
necessaacuterio conhecer algumas das caracteriacutesticas dos indiviacuteduos com PHDA Eacute importante
saber diferenciar as verdadeiras especificidades da perturbaccedilatildeo daquilo que satildeo os mitos
interiorizados pela sociedade que levam muitas vezes a conceitos errados ou a
7
interpretaccedilotildees incorretas apelidando de mau comportamento atos caracteriacutestico de um
indiviacuteduo que tem PHDA Acerca desta questatildeo Antunes (2009) refere ldquoelas tecircm a noccedilatildeo
do que estaacute certo ou errado e ateacute reconhecem as duas faces no comportamento dos outros
Como explicar entatildeo que sabendo a teoria natildeo a ponham em praacutetica A razatildeo eacute simples
a sua impulsividade natildeo o permite Eacute por isso inuacutetil dizer que eacute um laquomal comportadoraquo a
desgraccedila da famiacutelia malcriado preguiccediloso etcrdquo (p180)
Barkley amp Murphy (2006) apresentam algumas das caracteriacutesticas principais
presentes nos indiviacuteduos com PHDA
- A dificuldade na inibiccedilatildeo da resposta no controlo do impulso e na capacidade de
retardar a gratificaccedilatildeo satildeo umas das principais caracteriacutesticas destas crianccedilas As
consequecircncias destas satildeo muacuteltiplas e implicam por exemplo uma impossibilidade de
esperar a sua vez ou de se conseguir concentrar na execuccedilatildeo de tarefas ou ainda de
trabalhar com objetivos a longo prazo em vez de mais imediatos
- A excessiva atividade motora presente nessas crianccedilas que as impede muitas vezes
de permanecerem sentadas ou de natildeo conseguirem parar de mexer em coisas quando natildeo
eacute o momento adequado para tal Este sintoma eacute mais notoacuterio nas crianccedilas mais novas e
tende a diminuir com a idade
- A capacidade de persistecircncia e atenccedilatildeo durante a execuccedilatildeo de tarefas mais morosas e
de menor interesse para a crianccedila estatildeo tambeacutem afetadas Esta caracteriacutestica faz com que
haja mais momentos de distraccedilatildeo e de desconcentraccedilatildeo dificultando o seu dia-a-dia
Segundo os mesmos autores existem outras caracteriacutesticas estando estas mais
ligadas ao comportamento impulsivo A primeira que identificam tem a ver com a
memoacuteria de trabalho ou seja com a capacidade de reter informaccedilatildeo Quando esta
funccedilatildeo estaacute afetada eacute frequente o esquecimento de coisas que se deveria fazer ou de factos
relevantes que ajudariam na organizaccedilatildeo do seu pensamento Barkley amp Murphy (2006)
referem ainda a pobre regulaccedilatildeo do self nos indiviacuteduos com PHDA o que contribui
para um comportamento mais impulsivo Pode existir tambeacutem dificuldade em seguir
instruccedilotildees planear ou resolver problemas
Em suma algumas das principais caracteriacutesticas inerentes agrave falta de atenccedilatildeo satildeo a
desorganizaccedilatildeo e desatenccedilatildeo constantes nas tarefas realizadas tanto a niacutevel acadeacutemico ou
laboral como luacutedico Em relaccedilatildeo agrave hiperatividade o sintoma principal estaacute relacionado
com o excesso de atividade motora e a impulsividade caraterizando-se essencialmente
8
pela falta de paciecircncia O resultado satildeo respostas imediatas e por vezes natildeo pensadas
(DSM-IV-TR 2002)
Relativamente aos mitos associados agrave PHDA estes podem estar relacionados com a
sua geacutenese ou com o modo de educaccedilatildeo preferido pelos pais embora todos eles levem a
uma ideia preconcebida e muitas vezes natildeo sustentada cientificamente daquilo que
envolve esta perturbaccedilatildeo
Alguns dos mitos mais frequentes encontrados na literatura satildeo a PHDA eacute causada
por uma maacute alimentaccedilatildeo ou accediluacutecar em excesso ver demasiada televisatildeo potencia o
aparecimento da hiperatividade a maacute educaccedilatildeo dada pelos pais e desorganizaccedilatildeo familiar
(Lopes 2004) a falta de motivaccedilatildeo e de empenho por parte da crianccedila (Harvey amp Parker
1992)
15 Prevalecircncia e Comorbilidade de PHDA
De acordo com o DSM-IV-TR (2002) a PHDA tem uma prevalecircncia estimada de
3 a 7 nas crianccedilas em idade escolar podendo este nuacutemero variar conforme os meacutetodos
de avaliaccedilatildeo utilizados Refere tambeacutem natildeo haver dados precisos acerca da mesma
prevalecircncia na populaccedilatildeo adulta Jaacute o DSM-V (2014) aponta para uma prevalecircncia de 5
nas crianccedilas e de 25 na idade adulta
Barkley amp Murphy (2006) afirmam existir cerca de 5 a 8 de crianccedilas com
PHDA em idade escolar e cerca de 4 a 5 de adultos com a mesma perturbaccedilatildeo
Cardo amp Servera-Barceloacute (2005) realizaram um estudo em Espanha onde
concluiacuteram que a PHDA teria uma prevalecircncia de 47 Os autores acrescentam ainda
que a proporccedilatildeo de rapazes e raparigas com a perturbaccedilatildeo eacute de 251 e que o maior nuacutemero
de casos identificados se situa entre os 6 e os 9 anos de idade Em relaccedilatildeo aos subtipos
presentes no DSM-V a apresentaccedilatildeo combinada prevalece
Moura (2008) refere que em Portugal a prevalecircncia de casos de PHDA eacute incerta
contudo estaraacute proacutexima dos paiacuteses que lhe satildeo similares
Para finalizar Filipe (2004) eacute da opiniatildeo que a diferenccedila entre rapazes e raparigas
natildeo estaacute ligada agrave prevalecircncia da perturbaccedilatildeo em si mas sim agrave sintomatologia apresentada
O autor refere que a PHDA surge de forma mais mascarada nas raparigas pelo que por
9
vezes natildeo eacute realizado um diagnoacutestico concreto Acrescenta que em indiviacuteduos com mais
de 18 anos vaacuterios estudos demonstram uma prevalecircncia da perturbaccedilatildeo de 1 a 25
Aquando de um diagnoacutestico de PHDA eacute frequente estar presente um ou mais
diagnoacutesticos comorbidos (DSM-V 2014)
A Perturbaccedilatildeo de Oposiccedilatildeo eacute sem duacutevida aquela que ocorre mais vezes quando
existe PHDA podendo atingir metade da populaccedilatildeo geral quando haacute um diagnoacutestico de
PHDA do tipo Misto e cerca de um quarto da populaccedilatildeo quando a PHDA diagnosticada
eacute do tipo Desatento (DSM-V 2014)
A Dislexia e a PHDA tambeacutem ocorrem muitas vezes em simultacircneo Segundo
alguns autores (Germanograve Gagliano amp Curatolo 2010) numa amostra de indiviacuteduos com
PHDA a Dislexia ocorre em cerca de 18 a 45 e numa amostra de casos de Dislexia
a PHDA estaacute presente 18 a 42 das vezes Antunes (2009) apresenta alguns dados
referentes a diversos estudos acerca da comorbilidade da PHDA com outras perturbaccedilotildees
e dificuldades Perturbaccedilatildeo da Oposiccedilatildeo e Desafio 40 Ansiedade 34 Dislexia 20
Tiques 11 e Depressatildeo 4
16 Etiologia de PHDA
As causas da PHDA suscitam ainda algumas questotildees contudo eacute unacircnime que o
fator geneacutetico e consequentemente o hereditaacuterio estaratildeo na sua geacutenese (Barkley amp
Russel 2006)
Assim a PHDA eacute considerada ldquoum distuacuterbio neurobioloacutegico hereditaacuteriordquo (Parker
2003 p13) Foram jaacute encontrados alguns genes responsaacuteveis pela perturbaccedilatildeo (Barkley
amp Russel 2006) e sabe-se que a PHDA tem tendecircncia para ser encontrada em vaacuterios
elementos da mesma famiacutelia (Parker 2003)
Sabe-se tambeacutem que quando natildeo haacute evidecircncia de fatores hereditaacuterios a PHDA
pode ser explicada por outras ocorrecircncias tais como dificuldades na gravidez ou parto
prematuro abuso de substacircncias durante a gravidez e lesotildees nas zonas preacute-frontais do
ceacuterebro durante o desenvolvimento da crianccedila (Barkley amp Russel 2006 Parker 2003)
Como jaacute anteriormente assinalado eacute importante reforccedilar que as praacuteticas
educativas parentais natildeo satildeo referidas como uma causa da PHDA devendo ser retirada
10
essa carga emocional aquando de uma intervenccedilatildeo com a crianccedila e seus familiares (Lopes
2004)
17 Intervenccedilatildeo Psicoterapecircutica para a PHDA
As perturbaccedilotildees do desenvolvimento infantil onde se enquadra a PHDA
requerem intervenccedilotildees atempadas e eficazes que devem ser encaradas sob diversas
perspetivas educativa comportamental emocional social e meacutedica
De acordo com Bronfenbrenner (1979) o desenvolvimento e comportamento
humanos satildeo apenas plenamente compreendidos quando analisados nos contextos em que
os indiviacuteduos se inserem (sistemas) Daiacute a importacircncia de se intervir nos variados
contextos de vida da crianccedilajovem (familiar e escolar sem esquecer a proacutepria crianccedila)
ao mesmo tempo que se combinam vaacuterias terapecircuticas (farmacoloacutegica psicossocial e
cognitivo comportamental) como forma de se alcanccedilar maior eficaacutecia na intervenccedilatildeo
A este tipo de intervenccedilatildeo daacute-se o nome de Intervenccedilatildeo Multimodal que combina
vaacuterios tipos de abordagem envolvendo a crianccedilajovem e a sua famiacutelia bem como uma
equipa multidisciplinar composta por meacutedicos (pediatra pedopsiquiatra neuropediatra)
psicoacutelogos professores outros teacutecnicos e elementos da comunidade
Confere-se deste modo que a PHDA requer uma intervenccedilatildeo abrangente
(proacuteprio casa escola e comunidade) onde devem ser estabelecidas estrateacutegias a longo
prazo e delineados objetivos como os exemplos que se seguem melhorar as relaccedilotildees
sociais (pais colegas professores) diminuir os comportamentos disruptivos melhorar as
competecircncias acadeacutemicas promover a independecircncia o autocontrolo e a assertividade
melhorar a autoestima e permitir um desenvolvimento emocional mais harmonioso
prevenir a evoluccedilatildeo para comportamentos disruptivos e de marginalidade
Desta forma a intervenccedilatildeo visa maximizar a funccedilatildeo e performance da crianccedila em
casa na escola e na comunidade e natildeo curar a sua perturbaccedilatildeo Como refere Lopes
(2003) natildeo se ldquotratardquo a PHDA aprende-se a lidar com ela e procura-se manter os seus
sintomas dentro dos limites que natildeo se revelem gravosos para o proacuteprio e para aqueles
que com ele convivem
Citando Rodrigues (2008) quando se planifica uma intervenccedilatildeo na PHDA haacute que
ter em conta a fase de desenvolvimento da crianccedilajovem de modo a ajustaacute-la aos
periacuteodos e agraves circunstacircncias da sua vida Haacute que ter em conta a especificidade da PHDA
11
para aferir estrateacutegias de acordo com o perfilavaliaccedilatildeo funcional realizada e ainda
garantir o seu acompanhamento ao longo do tempo e a manutenccedilatildeo de mais do que uma
metodologia de intervenccedilatildeo
A intervenccedilatildeo deve entatildeo ser Multimodal podendo incluir trecircs grandes tipos de
intervenccedilatildeo a farmacoloacutegica a cognitivo comportamental e a psicossocial
171 Farmacoloacutegica
A intervenccedilatildeo farmacoloacutegica pode natildeo ser indicada eou necessaacuteria em todos os
casos de PHDA Pereira amp Fernandes (2001) alertam que sempre que se pondere iniciar
a terapecircutica farmacoloacutegica eacute necessaacuterio ter um diagnoacutestico correto que avalie a
frequecircncia a severidade e o impacte dos sintomas na vida da crianccedila do jovem com
PHDA e caso se justifique utilizar os faacutermacos mesmo conhecendo os seus potenciais
riscos e efeitos adversos
Apesar de existirem ainda duacutevidas quanto agraves causas da PHDA haacute evidecircncia de
alteraccedilotildees neuropsicoloacutegicas e neuroquiacutemicas ao niacutevel do coacutertex cerebral (preacute-frontal)
designadamente uma menor concentraccedilatildeo sinaacuteptica da dopamina um neurotransmissor
normalmente associado a mecanismos de prazer e recompensa Daiacute que o tratamento
farmacoloacutegico ao contraacuterio do que se pensa natildeo consiste em calmantes mas sim em
psicoestimulantes designadamente o metilfenidato (Moura 2013)
Desta forma os faacutermacos de eficaacutecia documentada satildeo os psicoestimulantes mais
conhecidos por Ritalina Concerta e Rubifen Estes satildeo inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo
da dopamina que ao aumentarem os niacuteveis de dopamina melhoram o grau de
funcionalidade dos lobos frontais e por consequecircncia atenuam os sintomas da PHDA
Segundo Moura (2014) diversos estudos comprovam a existecircncia de uma clara
melhoria apoacutes a utilizaccedilatildeo de faacutermacos com o princiacutepio ativo metilfenidato em crianccedilas
com PHDA nas seguintes aacutereas atenccedilatildeo impulsividade fiacutesica e cognitiva tempo de
reaccedilatildeo memoacuteria a curto prazo aprendizagem de material verbal e natildeo verbal
comportamentos de oposiccedilatildeo e sintomas de hiperatividade (perante doses mais elevadas)
A abordagem farmacoloacutegica natildeo poderaacute nunca constituir-se como uacutenica
intervenccedilatildeo mas sim ser parte integrante de um plano de atuaccedilatildeo alargado e
transdisciplinar Segundo Rodrigues (2008) a grande vantagem da intervenccedilatildeo
12
farmacoloacutegica reside no facto de ao diminuir os sintomas disruptivos permitir que outras
estrateacutegias de intervenccedilatildeo possam assumir uma maior eficaacutecia Isto eacute ao levar a uma
diminuiccedilatildeo significativa dos comportamentos desajustados permite um maior sucesso das
outras intervenccedilotildees
De referir ainda a importacircncia de antes de se iniciar a terapecircutica farmacoloacutegica
em crianccedilas com perturbaccedilotildees do desenvolvimento se dever discutir com os pais de uma
forma calma e detalhada os objetivos da mesma a sua duraccedilatildeo e a eficaacutecia esperada
(Pereira amp Fernandes 2001)
172 Cognitivo comportamental
Segundo Moura (2014) a intervenccedilatildeo psicoterapecircutica revela-se de extrema
importacircncia no processo terapecircutico da PHDA funcionando como um complemento a
outras intervenccedilotildees
A terapia cognitivo comportamental revela-se como a intervenccedilatildeo
psicoterapecircutica mais eficaz na PHDA realizada por psicoacutelogos especializados atraveacutes
de uma intervenccedilatildeo cliacutenica direta com a crianccedila o jovem Esta divide-se na intervenccedilatildeo
comportamental (adequada em crianccedilas pequenas ateacute ao 2ordm ciclo do ensino baacutesico) e na
intervenccedilatildeo cognitiva (indicada para adolescentes)
Segundo Loro-Loacutepez et al (2009) a intervenccedilatildeo comportamental integra
- Contratos comportamentais ndash especificam de forma clara e objetiva os
comportamentos adequados a adotar e os comportamentos desajustados a
eliminar bem como as recompensas e as consequecircncias negativas desse mesmo
comportamento satildeo assinados pelo aluno pais professor psicoacutelogo eou outro
teacutecnico
- Registos comportamentais ndash folha de registo dos comportamentos em sala de
aula com o objetivo de monitorizar o comportamento adequado
- Programa de economia de fichaspontos ndash sistema de atribuiccedilatildeo de pontos e
obtenccedilatildeo de recompensas pela ocorrecircncia dos comportamentos definidos como
desejados
- Correccedilatildeo do comportamento atraveacutes da manifestaccedilatildeo de outro comportamento
13
- Extinccedilatildeo do comportamento atraveacutes da implementaccedilatildeo de reforccedilos
A intervenccedilatildeo cognitiva segundo os mesmos autores pressupotildee
- Modelos de autoinstruccedilatildeo ndash o objetivo eacute regular o comportamento atraveacutes da
linguagem interna seleciona-se um problema de cada vez e trabalha-se passo a
passo ateacute ao comportamento desejado estar internalizado
- Modelos de automonitorizaccedilatildeo e autoregulaccedilatildeo comportamental ndash eacute o
proacuteprio indiviacuteduo que se vai autoregular autoreforccedilar e autopenalizar atraveacutes da
anaacutelise e da avaliaccedilatildeo do seu comportamento utiliza registos comportamentais
como ferramenta para reflexatildeo e autoavaliaccedilatildeo
- Estrateacutegias de resoluccedilatildeo de problemas ndash treino e desenvolvimento de
competecircncias atraveacutes de 6 fases para a resoluccedilatildeo de situaccedilotildees-problema o
objetivo eacute interiorizar atraveacutes da modelaccedilatildeo como se resolve determinado
problema e depois ser capaz de generalizar para as restantes situaccedilotildees quotidianas
promovendo a sua autonomia nas tomadas de decisatildeo
- Desconstruccedilatildeo das cogniccedilotildees irrealistas e desajustadas sobre o seu proacuteprio
comportamento
- Teacutecnicas de relaxamento
- Atividades e treino de competecircncias sociais em grupo
Mais uma vez importa referir que a intervenccedilatildeo cognitivo comportamental
aplicada isoladamente natildeo traz os ganhos e benefiacutecios necessaacuterios Haacute que conjugaacute-la
com a intervenccedilatildeo psicossocial e com a abordagem farmacoloacutegica nos casos em que esta
se justifica
173 Psicossocial
Este tipo de intervenccedilatildeo engloba diferentes metodologias e atua nos contextos
familiar e escolar de forma a abranger o maior nuacutemero de contextos e situaccedilotildees de vida
da crianccedila do jovem com PHDA
14
1731 Contexto familiar
A intervenccedilatildeo em contexto familiar reveste-se da maior importacircncia uma vez que
eacute fundamental que os pais conheccedilam e estejam informados sobre as caracteriacutesticas da
PHDA para assim desenvolverem adequadas praacuteticas educativas parentais
Devem desenvolver competecircncias de forma a reforccedilar os comportamentos
adaptativos e ao mesmo tempo diminuir os comportamentos disruptivos adotando
praacuteticas educativas consistentes (se hoje eacute puniccedilatildeo amanhatilde tambeacutem) firmes (se eacute dado
castigo este tem de ser colocado em praacutetica) e adequadas quer agrave idade da crianccedila quer
agrave gravidade do comportamento disruptivo
Os pais devem aprender como promover a disciplina e potenciar comportamentos
positivos nos filhos com PHDA
De acordo com Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo com a famiacutelia pode assumir
diferentes formas
- Programas de treino de pais - o grande objetivo eacute melhorar as relaccedilotildees entre
pais e filhos ensinando os pais a lidar de diferentes formas com os problemas de
comportamento dos seus filhos quer em casa quer em lugares puacuteblicos eacute
indicado para crianccedilas com idades ateacute aos 11 anos e em famiacutelias sem problemas
associados (psicopatologia depressiva na matildee stress familiar ou situaccedilotildees de
rutura matrimonial)
- Grupos de suporte para pais - o principal objetivo eacute a interajuda e o suporte
muacutetuo entre os pais onde a partilha e a troca de experiecircncias se apresenta como
uma vantagem na aprendizagem dos pais quanto agrave lideranccedila dos desafios
comportamentais dos seus filhos
- Intervenccedilatildeo na relaccedilatildeo e interaccedilatildeo pais-filhos - utilizada na adolescecircncia (a
partir dos 11 anos de idade) eacute constituiacuteda por programas que combinam o
aconselhamento dos pais e as terapias cognitivo comportamentais
A eficaacutecia da intervenccedilatildeo estaacute relacionada com o grau de severidade dos sintomas
das crianccedilas nomeadamente com comportamentos de oposiccedilatildeo e problemas de conduta
bem como da motivaccedilatildeo e do empenho dos pais e das crianccedilas em todo o processo
15
1732 Contexto escolar
A intervenccedilatildeo em contexto escolar com alunos com PHDA reveste-se da maior
pertinecircncia e deve ser implementada em diversas vertentes e aacutereas educativas Em todas
elas eacute fundamental ser-se capaz de se colocar no lugar do aluno com PHDA com as
limitaccedilotildees e dificuldades com que eacute confrontado sistematicamente em sala de aula e fora
dela
Eacute importante natildeo esquecer que aquilo que parece rotineiro e simples para a maioria
dos alunos pode-se revelar um obstaacuteculo de grande proporccedilatildeo para alunos com PHDA
Um aluno com essa perturbaccedilatildeo revelaraacute imensa dificuldade em i) manter a atenccedilatildeo numa
mesma atividade no periacuteodo de tempo desejado para a sua faixa etaacuteria e para o seu niacutevel
de escolaridade ii) passar os conteuacutedos do quadro para o caderno no tempo facultado
pelo professor iii) estar sentado todo o tempo da aula iv) realizar uma tarefa sem
interrupccedilotildees e pausas e em reter informaccedilatildeo (Barkley amp Murphy 2006)
Todas estas caracteriacutesticas tiacutepicas dos alunos com PHDA colocam aos
professores desafios diaacuterios no espaccedilo de sala de aula Cabe ao professor construir e
desenvolver em conjunto com o aluno as suas capacidades de funcionalidade de
autonomia e de autoestima que conduziratildeo a um melhor desempenho escolar
Os comportamentos perturbadores e as dificuldades de aprendizagem associadas
agrave PHDA tornam-se manifestaccedilotildees frustrantes para o professor e para o aluno podendo
conduzir ao desenvolvimento de sentimentos muacutetuos de aversatildeo ou mesmo de hostilidade
(Vasquez 1997) Assim eacute importante estabelecer estrateacutegias que permitam com mais
facilidade ajustar o comportamento da crianccedila de tal modo que esta aprenda e deixe que
os outros alunos da turma onde se encontra integrada aprendam tambeacutem
Natildeo se trata de ir pelo caminho mais faacutecil o do facilitismo mas antes trabalhar
em cooperaccedilatildeo para ajudar o aluno a perceber que eacute capaz e que consegue bons resultados
Desta forma a atitude do aluno eacute de persistecircncia (e natildeo de desistecircncia) e de empenho (e
natildeo de desinteresse) o que conduz a sentimentos de pertenccedila ao grupo turma
Segundo Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo psicossocial em contexto escolar pode
integrar os seguintes domiacutenios (a) formaccedilatildeo de professores (b) colaboraccedilatildeo e
cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola (c) intervenccedilatildeo comportamental em sala de aula (d)
ensino especial (e) treinodesenvolvimento de competecircncias sociais
16
(a) Formaccedilatildeo de professores
Inclui sessotildees de sensibilizaccedilatildeo e formaccedilatildeo sobre a PHDA e eacute essencial para um
melhor desempenho profissional dos professores A investigaccedilatildeo tem revelado que o
conhecimento e a atitude dos professores face agrave PHDA influenciam a sua disponibilidade
para a intervenccedilatildeo em contexto de sala de aula (Ghanizadeh Bahredar amp M 2006 Bekle
2004 cit por Rodrigues 2008)
(b) Colaboraccedilatildeo e cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola
O objetivo eacute efetivar uma parceria ao niacutevel da aplicaccedilatildeo de teacutecnicas especiacuteficas de
modificaccedilatildeo do comportamento De acordo com Barkley (2006) eacute importante que os
professores e os pais tenham um bom conhecimento sobre a PHDA tenham objetivos
realistas para as suas intervenccedilotildees e estejam motivados para uma efetiva colaboraccedilatildeo
Importa ser-se flexiacutevel para modificar e adequar estrateacutegias de intervenccedilatildeo
sempre que necessaacuterio e estar-se disponiacutevel para colaboraccedilotildees conjuntas e com
articulaccedilatildeo entre todos os intervenientes educativos
(c) Intervenccedilatildeo comportamental na sala de aula
Segundo Du Paul amp Stoner (1994) os problemas comportamentais e os problemas
de aprendizagem estatildeo intimamente ligados A intervenccedilatildeo seraacute mais eficaz se investir
para aleacutem dos aspetos comportamentais tambeacutem no rendimento das aacutereas acadeacutemicas A
melhoria destas conduz agrave diminuiccedilatildeo dos comportamentos perturbadores pelo que a
metodologia mais adequada para o atendimento das crianccedilas dos jovens com PHDA
deve incidir nos problemas da aprendizagem a par das condutas perturbadoras (Du Paul
amp Stoner 1994 Vasquez 1997 Pfiffner amp Barkley 1998)
Os alunos com PHDA apresentam normalmente baixo rendimento escolar
(apesar de muitas vezes revelarem um bom potencial de aprendizagem) elevados iacutendices
de comportamento fora da tarefa e dificuldades na realizaccedilatildeo de trabalho individual
Assim e de acordo com Rodrigues (2008) este tipo de intervenccedilatildeo deve basear-se numa
aprendizagem de competecircncias para a automonitorizaccedilatildeo onde se inclui a prestaccedilatildeo
acadeacutemica e natildeo somente o comportamento nos seus objetivos focando assim as vaacuterias
situaccedilotildees escolares que constituem um problema
17
Segundo a mesma autora distinguem-se trecircs domiacutenios onde este tipo de
intervenccedilatildeo se deve centrar
- Modificaccedilatildeo do contexto
Sendo a sala de aula o local onde os alunos passam a maior parte do tempo em
que estatildeo na escola e tambeacutem onde lhes eacute exigido trabalho e esforccedilo mental esta
apresenta-se como o local de eleiccedilatildeo para o surgimento de comportamentos disruptivos
nos alunos com PHDA Daqui adveacutem a importacircncia na reorganizaccedilatildeo dos contextos
fiacutesicos de sala de aula ao niacutevel da colocaccedilatildeo da crianccedila no espaccedilo-sala da organizaccedilatildeo
dos espaccedilos de trabalho e no posicionamento dos materiais ludicopedagoacutegicos (eg
calendaacuterio quadro de tarefas) (Rodrigues 2008)
Segundo vaacuterios autores nomeadamente Lopes (2004) Du Paul amp Stoner (2007)
Riefs (1998) e Fernandes (2007) existem diferentes estrateacutegias que se podem e devem
implementar em contexto de sala de aula com alunos com PHDA com o objetivo de
modificar comportamentos e rentabilizar o desempenho escolar
Relativamente agrave organizaccedilatildeo do espaccedilo podem-se enunciar as seguintes
estrateacutegias
- Sala de aula bem estruturada com poucos estiacutemulos visuais
- Localizaccedilatildeo do aluno na sala de aula (sentar o aluno na primeira fila o mais
proacuteximo possiacutevel do professor e afastado de estiacutemulos de possiacutevel distraccedilatildeo com
boa visibilidade para o quadro e proacuteximo de um bom modelo)
- Ter em cima da mesa apenas o material necessaacuterio
- Existecircncia de um espaccedilo na sala onde o aluno possa trabalhar individualmente
eou realizar atividades diferentes
- Existecircncia de ldquocantinhosrdquo onde o aluno possa realizar atividades manuais ou
artiacutesticas
No que respeita agrave organizaccedilatildeo e gestatildeo da aula importa ter em atenccedilatildeo as
seguintes estrateacutegias
- Sala de aula estruturada com rotinas escolares diaacuterias consistentes ao longo do
tempo
- As tarefas e os trabalhos repetitivos e monoacutetonos devem ser evitados
18
- As tarefas e atividades devem ser curtas e explicadas de forma clara
- Dividir eou reduzir as tarefas
- Alternar tarefas em funccedilatildeo do interesse e da complexidade
- Permitir um periacuteodo de pausa entre a realizaccedilatildeo de tarefas que exijam esforccedilo
mental
- Dar outra tarefa que a crianccedila consiga fazer com entusiasmo e autonomia (dentro
dos conteuacutedos da disciplina) quando se estaacute a transmitir um conteuacutedo difiacutecil para
o aluno com PHDA
- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixar o aluno menos
ansioso e mais seguro pode funcionar como estrateacutegia de inclusatildeo)
- Dar possibilidade de o aluno participar dando feedback
- Programar a aula de forma a haver mais intervalos permitindo que o aluno tenha
tempo de realizarterminar as tarefas
- Conceder se necessaacuterio tempo extra para completar tarefas
- Estabelecer limites para terminar as tarefas
- Permitir que o aluno se possa movimentar na sala
- Encorajar o aluno a questionar o que natildeo compreende
- Procurar envolver o aluno promovendo a sua participaccedilatildeo ativa
- Usar o contacto visual (fazer com que o aluno olhe para o professor quando este
se lhe dirige)
- Deslocar-se pela sala para manter a visibilidade
- Recorrer a apresentaccedilotildees mais dinacircmicas e apelativas (eg uso do quadro
interativo de filmes diapositivos
- As apresentaccedilotildees orais devem ser acompanhadas de ajudas visuais
- Fazer uma abordagem geneacuterica de antecipaccedilatildeo dos conteuacutedos antes de iniciar a
apresentaccedilatildeo
- Rever os conteuacutedos anteriores antes de iniciar novos
- Relacionar os conteuacutedos com as experiecircncias dos alunos (aumentar niacuteveis de
motivaccedilatildeo e de interesse)
19
- Resumir os conteuacutedos (oralmente e por escrito)
- Apresentar um maior nuacutemero de explicaccedilotildees realccedilando os pontos mais
importantes (ideias chave)
- Transmitir a informaccedilatildeo com loacutegica e organizaccedilatildeo
- Evitar o uso de linguagem abstrata (metaacuteforas ou trocadilhos)
- Transmitir informaccedilatildeo em pequenas quantidades
- Ler os materiais em voz alta
- Utilizar versotildees reduzidas de textos
- Simplificar vocabulaacuterio do texto
- Dar pistasdicas ao aluno na realizaccedilatildeo de trabalhos
- Ter a certeza de que o aluno compreendeu o trabalho que tem de realizar antes
de o colocar a realizaacute-lo individualmente
- Os trabalhos de reforccedilo devem ser curtos e apenas os necessaacuterios (natildeo se deve
sobrecarregar o aluno com trabalho extra)
- Modificaccedilatildeo do comportamento na sala de aula
Trata-se da intervenccedilatildeo mais bem estudada no contexto escolar na qual se utilizam
teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento como por exemplo os ldquocontratos de
comportamentordquo (ver anexo 1) ldquocontratos de etiquetasrdquo (ver anexo 2) os ldquosistemas de
trocasrdquo o time-out entre outras
A eficaacutecia deste tipo de teacutecnicas depende da sua utilizaccedilatildeo coerente e sistemaacutetica
As estrateacutegias mais utilizadas satildeo a elaboraccedilatildeo de Contratos Comportamentais
e de Programas de Economia de Fichas com o objetivo de alcanccedilar o comportamento
desejado utilizando recompensas
- Identificar de forma clara e objetiva os comportamentos desajustados a
modificar
- Iniciar pelos comportamentos mais faacuteceis de modificar deixando os mais difiacuteceis
para o fim
20
- Definir claramente qual a recompensa (reforccedilo positivo) e a consequecircncia
negativa (reforccedilo negativo) pela modificaccedilatildeo ou natildeo do comportamento
- As recompensas tal como os castigos devem ser imediatas (os) apoacutes a
observaccedilatildeo do comportamento
- Ter em consideraccedilatildeo que os castigos longos e os reforccedilos a longo prazo natildeo
funcionam
- O ideal eacute existirem mais reforccedilos positivos do que reforccedilos negativos pois
pretende-se que o aluno mude o seu comportamento natildeo pelo castigo mas pela
ausecircncia de reforccedilo
- Os objetivos iniciais devem ser pequenos devendo ser alargados agrave medida que
as crianccedilas vatildeo conseguindo alcanccedilar os anteriores
- Utilizaccedilatildeo de um sistema de pontosfichas ou de um contrato terapecircutico
O contrato comportamental eacute um acordo formal e escrito que tem como objetivo
a mudanccedila de comportamento do aluno apresentando-se como uma excelente forma de
encorajar comportamentos adequados De acordo com Lourenccedilo (2009) eacute uma teacutecnica
de gestatildeo de comportamento que envolve a negociaccedilatildeo de um acordo contratual entre o
aluno e o professor
O contrato refere quais os comportamentos a modificar os objetivos relativamente
a esses comportamentos e as consequecircncias do seu cumprimento ou do natildeo cumprimento
atribuindo um papel ativo ao aluno onde lhe eacute dada autonomia para que possa avaliar o
seu progresso responsabilizando-o pelo seu empenho pessoal
O Programa de Economia de Fichas tem por base a utilizaccedilatildeo de pontos ou fichas
que o aluno obteacutem atraveacutes da adoccedilatildeo de comportamentos adequados e que se trocam por
preacutemios ou reforccedilos Segundo Du Paul amp Stomer (2007) este programa serve para
recompensar os alunos pela implementaccedilatildeo de um determinado comportamento que vai
ao encontro das expectativas do professor Eacute estabelecida pelo professor em conjunto
com o aluno uma lista de privileacutegios preacutemios ou atividades na escola para trocas pelas
fichas As fichas devem ser trocadas diariamente pelos privileacutegios ou reforccedilos
estabelecidos de acordo com os pontos atribuiacutedos previamente a cada comportamento
O time-out (tempo de afastamento de reforccedilo positivo) consiste em retirar todo o
reforccedilo social agrave crianccedila Du Paul amp Storner (2007) referem que este procedimento para
21
ser eficaz deve ser implementado logo apoacutes a manifestaccedilatildeo do comportamento
indesejado (entre 1 a 5 minutos) Eacute fundamental que este procedimento restritivo seja
utilizado apenas em conjunto com programas de reforccedilo positivo ou preacutemios sendo
considerado como uma medida de uacuteltimo recurso (apenas utilizada quando nenhuma
outra resulta)
Para reduzir a indisciplina e os comportamentos natildeo desejados em contexto de
sala de aula existe ainda um leque de estrateacutegias que podem ser implementadas pelo
professor (Lopes 2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs 1998 Fernandes 2007) e que
satildeo
- Aceitar o aluno tal como ele eacute
- Olhar o aluno nos olhos enquanto conversa com ele
- As regras devem ser negociadas e afixadas em local visiacutevel
- Estabelecer regrasconsequecircncias claras
- Rever as regras da sala de aula antes de iniciar as atividades e sempre que
necessaacuterio
- Estabelecer alternativas para comportamentos inadequados
- Ignorar alguns comportamentos (aqueles que se assumem como pouco
gravosos)
- Evitar criticar o aluno
- Sempre que o aluno aja em conformidade com as regras da sala de aula deve ser
elogiado (comunicar aos pais para que seja feito reforccedilo adicional em casa)
- Ser inflexiacutevel no desrespeito pelas regras mas sempre de forma calma e positiva
- Tentar controlar os comportamentos sem ser demasiado dominador
- Reagir de forma imediata e constante a cada comportamento
- Antecipar os problemas (planear antecipadamente em particular os momentos
de transiccedilatildeo)
- Afirmar assertivamente o que deve fazer e natildeo o que estava a fazer ou como
estava a fazer (eg ldquoJoatildeo volta imediatamente para o trabalhordquo e natildeo ldquoJoatildeo natildeo
estaacutes a prestar atenccedilatildeordquo)
22
- Falar em privado com o aluno acerca dos seus comportamentos inapropriados
- Estabelecer na sala um local para ldquoacalmarrdquo
- Saber diminuir os niacuteveis de pressatildeo e ansiedade
- Teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo
Segundo Rodrigues (2008) a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo a par da
implementaccedilatildeo das teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento satildeo as mais direcionadas
para o comportamento de impulsividade e de desorganizaccedilatildeo
Estas teacutecnicas satildeo segundo Costa et al (2010)
- Automonitorizaccedilatildeo ndash Atraveacutes de treino preacutevio requer que o aluno aprenda a
observar e a registar o seu proacuteprio comportamento
- Autoreforccedilo ndash O aluno monitoriza o seu comportamento avalia e reforccedila o seu
proacuteprio desempenho quer positivo quer negativo quando confrontados com
tarefas escolares e em interaccedilotildees com os seus colegas
- Autoinstruccedilatildeo ndash Ensinar estrateacutegias cognitivas que permitam ao aluno realizar
com sucesso as tarefas escolares e as situaccedilotildees em que eacute necessaacuterio que haja um
controlo dos comportamentos
Estas estrateacutegias fornecem ao aluno ferramentas de autoregisto para que se
consiga monitorizar o seu comportamento e em colaboraccedilatildeo com o professor realizar a
avaliaccedilatildeo do seu desempenho face ao contexto com vista a adoccedilatildeo de novos e adequados
comportamentos
(d) Ensino Especial
Rodrigues (2008) refere que a crianccedila com PHDA tem um estilo de aprendizagem
especiacutefico aprendendo de forma mais eficaz se forem utilizados estilos de ensino
multimodal ativos e que impliquem a accedilatildeo direta da crianccedila
Torna-se vital que se adapte o ensino agraves necessidades e capacidades individuais do
aluno com o objetivo de rentabilizar o seu potencial de aprendizagem alcanccedilando o
maacuteximo dos objetivos e das competecircncias delineados (as) para o seu niacutevel de ensino
23
Nessa loacutegica os alunos com PHDA podem quando necessaacuterio e beneacutefico ser
integrados na educaccedilatildeo especial e beneficiar de medidas educativas ao abrigo do decreto-
lei nordm 32008 de 7 de janeiro Para isso eacute necessaacuterio fazer a sinalizaccedilatildeo em contexto
escolar permitindo que se avance para o despiste de crianccedilas eou jovens que estejam
associadas (os) a fatores de risco e que possam estar no cerne das limitaccedilotildees escolares e
da possiacutevel existecircncia de necessidades educativas especiais (NEE) de caraacuteter permanente
Em seguida indicam-se as dificuldades detetadas ao niacutevel da comunicaccedilatildeo
aprendizagem mobilidade autonomia relacionamento interpessoal eou participaccedilatildeo
social
Podem proceder agrave sinalizaccedilatildeo os pais ou encarregados de educaccedilatildeo o conselho
executivo da entidade os docentes e outros teacutecnicos que tenham contacto contiacutenuo com
o aluno
Em seguida formaliza-se o processo atraveacutes do preenchimento de um formulaacuterio-
modelo (ver anexo 3) o qual deve conter informaccedilotildees acerca do motivo que levou o
indiviacuteduo a proceder agrave sinalizaccedilatildeo outros dados que se apresentem relevantes para a
posterior avaliaccedilatildeo ndash e intervenccedilatildeo ndash e documentaccedilatildeo necessaacuteria e pertinente
Depois em reuniatildeo de equipa multidisciplinar o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo
(SPO) e o Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial refletem sobre a ficha de sinalizaccedilatildeo e a eventual
necessidade de se avanccedilar para uma avaliaccedilatildeo especializada Sendo esse o caso define-
se o responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo referida e os elementos que iratildeo
participar utilizando diversos instrumentos No acircmbito da avaliaccedilatildeo psicoloacutegica
aplicam-se testes de avaliaccedilatildeo da capacidade cognitiva geral - eg Terceira Ediccedilatildeo da
Escala de Inteligecircncia de Wechsler (WISC-III) que ldquoserve para orientar hipoacuteteses sobre
as aacutereas de disfuncionamento cognitivo e para a escolha das provas complementares com
o objetivo de alcanccedilar um diagnoacutestico diferencialrdquo (Simotildees 2002) Uma dos instrumentos
de medida complementares agrave avaliaccedilatildeo eacute o d2 ndash Teste de Atenccedilatildeo (ver anexo 4) que
consiste na avaliaccedilatildeo da atenccedilatildeo seletiva e da capacidade de concentraccedilatildeo Segundo
Brickenkamp (2006) o d2 permite medir a atenccedilatildeo concentrada (caraacuteter seletivo e
intensivo) e a atenccedilatildeo sustentada (manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo) sendo que pressupotildee
concentraccedilatildeo focalizada em estiacutemulos visuais da atividade
Desencadeia-se em seguida o Relatoacuterio Teacutecnico-Pedagoacutegico (RTP) (ver anexo 5)
no qual se identifica o perfil de funcionalidade do aluno em questatildeo Esse RTP
24
determinaraacute se o aluno apresenta (ou natildeo) NEE e qual a sua tipologia Se sim
determinam-se os apoios especializados as adequaccedilotildees no processo de ensino e
aprendizagem ndash e as possiacuteveis tecnologias de apoio ndash de que iraacute beneficiar e que constaratildeo
no Projeto Educativo Individual (PEI) (ver anexo 6) assegurando-se a participaccedilatildeo ativa
dos pais ou encarregados de educaccedilatildeo assim como a sua anuecircncia
Quando natildeo se verificam NEE que justifiquem a necessidade de intervenccedilatildeo do
SPO e ou do Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial encaminham-se os alunos para apoios
disponibilizados pela escola que melhor se adequem a uma situaccedilatildeo especiacutefica (natildeo eacute o
caso dos alunos com PHDA pois os mesmos integram o Regime de Educaccedilatildeo Especial)
As medidas educativas mais indicadas para alunos com PHDA satildeo as enumeradas
nos artigos 17ordm - Apoio pedagoacutegico personalizado (beneficiar de apoio nas aacutereas
disciplinares onde apresentam maiores dificuldades como forma de melhorar a aquisiccedilatildeo
e aplicaccedilatildeo de conhecimentos) e 20ordm - Adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo
(periodicidade ndash realizar mais momentos de avaliaccedilatildeo reduzindo quantidade de mateacuteria
utilizando perguntas mais diretas duraccedilatildeo ndash dividir a realizaccedilatildeo do teste em dois
momentos manter periacuteodo de tempo mas reduzir o teste local ndash realizar o teste numa
outra sala onde o aluno se possa concentrar melhor)
Relativamente agrave avaliaccedilatildeo que continua a assumir um papel essencial no processo
de ensino-aprendizagem dos alunos sendo uma aacuterea que se reveste da maior importacircncia
nas escolas faz sentido deixar algumas sugestotildees importantes a implementar nos alunos
com PHDA tomando como referecircncia Chiolas (2010)
- Fichas de avaliaccedilatildeo
- Evitar a palavra natildeo e nunca (apenas sublinhaacute-lasdestacaacute-las)
- Colocar instruccedilotildees para cada pergunta
- Listar as instruccedilotildees verticalmente em vez de na horizontal
- Sublinhar aumentar ou colocar a negrito as palavras chave da instruccedilatildeo
- Utilizar apenas mateacuteria dada na sala
- Testes curtos e com seccedilotildees curtas
- Fornecer modelos de itens corretamente respondidos (dar exemplo)
- Colocar na mesma paacutegina um tipo semelhante de pergunta
- Evitar textos extensos
25
- Colocar poucas questotildees por paacutegina
- Numerar todas as paacuteginas e questotildees
- Organizar o teste para que as primeiras perguntas tenham mais cotaccedilatildeo
- Tipos de teste
- Respostas por escolha muacuteltipla
- Evitar muitas opccedilotildees
- Evitar opccedilotildees confusas (eg este ou aquele todas as anteriores)
- Circular a resposta certa (em vez de pedir coacutepia da resposta correta)
- Alinhar verticalmente as respostas
- Ser consistente na organizaccedilatildeo gramatical
- Evitar mais de dez questotildees com escolha muacuteltipla
- Se possiacutevel cotar o raciociacutenio mesmo que a resposta esteja incorreta
- Respostas por correspondecircncia
- Colocar todos os itens na mesma paacutegina
- Colocar espaccedilo extra entre os itens
- Utilizar pequenos grupos de itens
- Colocar os itens da coluna da direita por ordem alfabeacutetica (ajuda na localizaccedilatildeo)
- Colocar uma resposta fantasma (absurda) numa das colunas
- Dar um exemplo correto
- Colocar a coluna mais longa do lado esquerdo
- Respostas Verdadeiro ou Falso
- Utilizar ateacute 10 questotildees por teste
- Evitar pedir para transcrever a resposta correta ou falsa
- Colocar Verdadeiro e Falso no final de cada item e deixar o aluno circundar a
resposta correta
- Respostas para preencher e espaccedilos
- Evitar frases descontextualizadas (eg frases retiradas de textos)
- Deixar espaccedilos em branco proporcionais ao tamanho da resposta
- Fornecer a lista das palavras imediatamente a seguir agrave questatildeo
- Se uma palavra vai ser usada mais do que uma vez repeti-la na lista o nuacutemero
de vezes que for para usar
26
- Dividir o teste por seccedilotildees de 5 questotildees cada
- Respostas de desenvolvimento
- Dividir as perguntas de desenvolvimento em duas ou trecircs perguntas de resposta
mais curta
- Dar respostas curtas e o aluno poder circundar a resposta correta
- Descrever o que se espera dar recomendaccedilotildees e ajudar na organizaccedilatildeo
Outras sugestotildees
- Durante o teste o professor deve percorrer a sala para verificar se o aluno tem
alguma dificuldade e natildeo a verbaliza
- Consultar os alunos com PHDA durante o teste
- Atenccedilatildeo individualizada verificando as respostas no decorrer do teste
- Dar oportunidade se necessaacuterio de repetir o teste
- Deixar o aluno fazer o teste em outro ambiente
- Fazer o teste em dois dias
- Fazer intervalos durante o teste
- Utilizar reforccedilos positivos
- Evitar termos como ldquodespacha-terdquo ldquotanto tempordquo etc
- Treinar os vaacuterios tipos de perguntas e respostas
- Fornecer um guiatildeo de estudo
- Pedir ao aluno para rever todo o teste no final
(e) TreinoDesenvolvimento de competecircncias sociais
Na PHDA e no que diz respeito ao contexto escolar eacute importante estar atento e
trabalhar as questotildees relacionadas com o processo de ensino-aprendizagem mas tambeacutem
com o estabelecimento de relaccedilotildees saudaacuteveis e positivas quer com os pares quer com os
adultos
27
Segundo Lopes et al (2011) as implicaccedilotildees nas relaccedilotildees com os pares estatildeo
diretamente relacionadas com a dificuldade que as crianccedilas com PHDA tecircm em esperar
pela sua vez e com o facto de falarem e entrarem em confronto com maior facilidade
Os alunos com esta perturbaccedilatildeo tendem a manifestar deacutefices nas competecircncias
sociais sendo vistos pelos pares como intrusivos e inoportunos levando agrave rejeiccedilatildeo
(Landau amp Moore cit por Lopes et al 2011) Satildeo assim alunos considerados pelos
seus colegas como intrometidos inapropriados com dificuldades na interaccedilatildeo social
sem respeito pelas regras impostas (mesmo que as conheccedilam) com respostas agressivas
perante situaccedilotildees problemaacuteticas e com deacutefices na autoregulaccedilatildeo do comportamento
Sabendo que as competecircncias sociais se regem pela reciprocidade social (Brophy
Good amp Brophy Doyle Everston amp Kounin cit por Lopes et al 2011) eacute importante
analisar e avaliar os comportamentos dos professoresadultos para tambeacutem se perceber a
sua implicaccedilatildeo eou influecircncia nos comportamentos dos alunos e desta forma entender
o que motiva os alunos a comportamentos adequados com alguns professores e
inadequados com outros
Fica assente a importacircncia que os comportamentos e atitudes dos professores
assumem perante alunos com PHDA cujos comportamentos satildeo inadequados em
contexto de sala de aula Haacute entatildeo que mobilizar estrateacutegias promotoras do
desenvolvimento de competecircncias sociais quanto ao autoconceito acadeacutemico agrave
autoestima e agrave inclusatildeo no grupoturma (Lopes2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs
1998 Fernandes 2007)
- Procurar aacutereas em que o aluno se possa destacar
- Estabelecer uma relaccedilatildeo professor-aluno positiva (carinho compreensatildeo
respeito incentivo)
- Demonstrar interesse e participar ativamente na vida do aluno
- Promover a participaccedilatildeo ativa do aluno na aula
- Evitar linguagem de confronto e de provocaccedilatildeo
- Dar responsabilidade agrave crianccedila (eg distribuir cadernos ficar a tomar conta da
sala quando o professor se ausenta)
- Natildeo expor o aluno perante a turma (soacute o fazer quando a situaccedilatildeo eacute muito grave)
28
- Ignorar os comportamentos menos graves (falar depois individualmente com o
aluno sobre esses comportamentos)
- Dar reforccedilos positivos e elogios sempre que o aluno adota comportamentos
adequados
- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixam o aluno menos
ansioso e mais seguro e ajudam a turma a criar estrateacutegias de inclusatildeo)
- Adotar atitudes promotoras da autoestima do aluno (evitar os comentaacuterios
destrutivos em frente agrave turma roacutetulos e chamadas de atenccedilatildeo e criacuteticas devem ser
pela positiva e construtivos (as))
- Desenvolver programas de treino de competecircncias sociais
Se os professores conhecerem as caracteriacutesticas positivas e negativas dos seus
alunos com PHDA enquanto reconhecem as caracteriacutesticas positivas e as negativas vatildeo
aceitar e compreender melhor os seus alunos esforccedilando-se por adotar atitudes e accedilotildees
que vatildeo ao encontro das especificidades desses mesmos alunos
18 Importacircncia da formaccedilatildeo de professores como estrateacutegia de
intervenccedilatildeo terapecircutica (psicossocial) em PHDA
Para que a educaccedilatildeo inclusiva aconteccedila eacute fundamental que os professores tenham
acesso a informaccedilatildeo especiacutefica relativamente agrave diversidade de patologias encontradas
hoje nas escolas de ensino regular bem como tenham acesso ldquo a meacutetodos estrateacutegias e
teacutecnicas que lhes permitam uma accedilatildeo educativa inclusiva e simultaneamente promotora
do potencial acadeacutemico emocional e socialrdquo do aluno (Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp
Saragoccedila 2011 p 367)
Centrando o olhar no aluno com PHDA encontram-se especificidades
desenvolvimentais de conduta e de aprendizagem que obrigam ao delineamento de um
processo de inclusatildeo no grupo turma
Sabe-se hoje que a educaccedilatildeo inclusiva natildeo tem subjacente uma diminuiccedilatildeo de
expetativas face ao percurso escolar do aluno mas antes a funccedilatildeo de segundo Graacutecio
Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) responder adequadamente agraves suas necessidades
29
e promover o seu potencial Esta mudanccedila de paradigma escolar implica uma adaptaccedilatildeo
por parte do sistema de ensino e dos seus principais agentes (professores) exigindo o
decliacutenio de um ensino baseado na homogeneidade desenvolvimental
Segundo o ldquoWorld Report Disabilityrdquo (World Health Organization amp The World
Bank 2011) eacute fundamental face agrave diversidade educativa que os professores invistam e
melhorem as suas proacuteprias competecircncias para ensinarem crianccedilas com patologias
diversificadas que atualmente se encontram a frequentar escolas do ensino regular
Assim eacute tambeacutem fundamental promover oportunidades de encontro e partilha que sirvam
de suporte e apoio aos professores no sentido de estes dominarem e mobilizarem
abordagens de ensino-aprendizagem mais flexiacuteveis que permitam uma maior adequaccedilatildeo
e proximidade agraves necessidades dos alunos
O aumento do conhecimento dos professores eacute fundamental para as praacuteticas
escolares contribuindo tambeacutem para o desempenho acadeacutemico dos alunos com PHDA
A aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo especiacutefica pode contribuir para
- Melhorar a capacidade de anaacutelise das especificidades da crianccedila
- Permitir discussotildees mais objetivas das preocupaccedilotildees encontradas no
processo ensino-aprendizagem e descriccedilatildeo de comportamentos que os
preocupam nas crianccedilas contribuindo de forma ativa e adequada para a
obtenccedilatildeo de diagnoacutesticos precisos (Reis amp Camargo 2008)
- A melhor compreensatildeo dos diagnoacutesticos da informaccedilatildeo e da especificidade
do funcionamento de cada aluno (Simatildeo 2013)
- Uma participaccedilatildeo efetiva no processo de intervenccedilatildeo delineado e integraccedilatildeo
na rede de suporte constituiacuteda assumindo-se como agentes facilitadores de
aprendizagens (Correia 2010)
Um estudo realizado por Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) mostra
que uma percentagem muito significativa de professores (94 da amostra) refere sentir
necessidades de formaccedilatildeo relativa a aspetos associados agrave distraccedilatildeo das crianccedilas Cerca de
74 dos professores assume necessitar de saber mais para lidar com crianccedilas que revelam
dificuldades nos comportamentos de autocontrolo como o natildeo conseguir ficar parado
30
inquietude motora ou hiperatividade Logo o estilo de formaccedilatildeo que os professores deste
estudo referem como estando mais interessados cumpre os seguintes fatores
- Identificaccedilatildeo de crianccedilas com dificuldade na atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo
autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais
- Construccedilatildeo desenvolvimento e uso de materiais educativos para crianccedilas
com dificuldades de aprendizagem
- Organizaccedilatildeo da liccedilatildeo e das atividades baseadas em praacuteticas inclusivas no
domiacutenio da atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo competecircncias sociais e
emocionais e realizaccedilatildeo de tarefas
- Avaliaccedilatildeo do progresso da crianccedila do jovem com dificuldades de
aprendizagem e das crianccedilas dos jovens com comportamentos desafiantes
- Promoccedilatildeo de relaccedilotildees positivas entre pares sobretudo no autocontrolo
atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo ldquo (pp 375-376)
Em suma estes professores portugueses constituindo-se como uma amostragem
das necessidades sentidas na sua classe centram o seu interesse de formaccedilatildeo especiacutefica
no domiacutenio da educaccedilatildeo da atenccedilatildeo hiperatividade dificuldade de controlo emocional e
de impulso bem como da autoestima
Torna-se por isso pertinente o desenho de um programa de formaccedilatildeo para
professores em PHDA que seraacute descrito em seguida com base em diversos autores
Entende-se o programa de formaccedilatildeo como um contributo ajustado agraves reais necessidades
dos docentes promovendo a aquisiccedilatildeo de benefiacutecios em termos da adequaccedilatildeo de praacuteticas
educativas que permitam um melhor desenvolvimento e maiores progressos nas
aprendizagens dos alunos com PHDA integrados em escolas do ensino regular
181 Programa de Formaccedilatildeo de Professores em PHDA
Devido agrave necessidade de formaccedilatildeo em aacuterea especiacutefica referida anteriormente iraacute ser
apresentada em seguida uma proposta de programa de formaccedilatildeo de professores em
PHDA que pretende centrar-se nas experiecircncias dos professores a partir de dinacircmicas de
grupo divididas em sessotildees Deste modo exploram-se os conhecimentos dos professores
31
relacionando-os com as dinacircmicas de grupo baseadas em autores de referecircncia
devidamente citados ao longo das sessotildees e em sugestotildees da investigadora
Essas dinacircmicas de grupo dinamizadas por formador com competecircncias pedagoacutegicas
na aacuterea da PHDA (eg psicoacutelogo) contribuem para o desenvolvimento do plano praacutetico
dos docentes atraveacutes de estrateacutegias formativas que auxiliam no processo de
aprendizagem Essas dinacircmicas divididas em sessotildees possibilitam a mobilizaccedilatildeo de
processos coletivos de reflexatildeodiscussatildeo ampliam o conhecimento individual e coletivo
da classe docente e potenciam a transformaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo da informaccedilatildeo partilhada
182 Descriccedilatildeo das sessotildees
Sessatildeo 1 - ldquoO que jaacute faccedilo bem o que poderei fazer melhor e o que poderei fazer de novordquo
Tema Autoconhecimento do professor (pontos fortes e pontos a melhorar)
Objetivos
- Proceder agrave apresentaccedilatildeo do grupo de professores e formadores
- Recolher as expectativas face ao programa de formaccedilatildeo
- Identificar razotildees para procurarem integrar este programa de formaccedilatildeo
- Apresentar o organograma do programa de formaccedilatildeo
- Dinamizar a situaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo inicial
- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias dos professores e pontos de fragilidade que
consideram ser elementos importantes a melhorar
Dinacircmica 1 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting inicial
Objetivos da dinacircmica
- Avaliar os conhecimentos iniciais dos professores acerca da PHDA
32
Estrateacutegias
- Trabalho individual
Procedimentos da dinacircmica
- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre
aspetos inerentes agrave PHDA
- Distribuir o material (ver anexo 7) onde consta um pequeno questionaacuterio que
pretende perceber os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA
e um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem diferentes
criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e tambeacutem
mobilizariam na organizaccedilatildeo e no planeamento de um momento educativo (parte
de uma aula) sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de
PHDA
- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema
importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de
informaccedilatildeo a ser partilhada
Dinacircmica 2 ndash Espelho meu espelho meu
Fonte Coelho amp Belo (2011)
Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores
Objetivos da dinacircmica
- Identificar caracteriacutesticas pessoais e competecircncias que valorizam enquanto
professores
- Hierarquizar por niacutevel de importacircncia as caracteriacutestica e competecircncias
identificadas em funccedilatildeo da integraccedilatildeo de crianccedilas com PHDA no seu grupo turma
33
- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias que consideram tornaacute-los
professores mais aptos e aquelas que procuram melhorar e desenvolver
Estrateacutegias
- Trabalho individual
- Reflexatildeo de grupo
Procedimentos
- Eacute distribuiacutedo aos professores um exemplar (ver anexo 8) solicitando-lhes que
reflitam sobre outros professores que conhecem (natildeo tendo que fazer parte do
grupo com quem trabalham) e que consideram professores aptos de referecircncia
para si e para o desenvolvimento do seu trabalho enquanto professores
- Apoacutes essa reflexatildeo devem nomear 3 desses professores
- De seguida propor que construam uma lista de no total 10 caracteriacutesticas e
competecircncias que identificam nesses professores nomeados e que os fazem ser
vistos e considerados ldquoextraordinaacuteriosrdquo enquanto classe docente
- Transcrever para a folha entregue inicialmente (ver anexo 6) a listagem que
elaboraram identificando quais dessas satildeo tambeacutem caracteriacutesticas suas
- Posteriormente refletir e assinalar quais consideram as mais importantes para si
- ldquo (hellip) os princiacutepios pelos quais se rege satildeo as coisas mais importantes para si
aquelas de que seria mais difiacutecil abdicar Os que se mantecircm inalteraacuteveis por mais
voltas que a vida decircrdquo (Belo amp Coelho 2010)
- Refletir sobre aquelas que jaacute possuem na dimensatildeo desejada e que os tornam
tambeacutem professores aptos e quais as que pretendem melhorar tendo como
referecircncia a especificidade de inclusatildeo de alunos com PHDA no grupo turma
- Partilhar o resultado da reflexatildeo com o grande grupo
- O formador deveraacute neste momento da dinacircmica proceder agrave sistematizaccedilatildeo da
informaccedilatildeo partilhada organizando-a em dois grupos as potencialidades do grupo
de professores e as fragilidades e caracteriacutesticas a melhorar
34
Reflexatildeo
- Esta dinacircmica para aleacutem de permitir a cada elemento do grupo um tempo de
autoreflexatildeo e de busca das suas potencialidades conferindo-lhes desta forma
um sentido de autoeficaacutecia e de autoaceitaccedilatildeo (Barbosa 1995) permite tambeacutem
a identificaccedilatildeo do outro sobretudo quando se trata de identificar fragilidades
(competecircncias a melhorar) desenvolvendo um sentido de pertenccedila (natildeo estou
sozinho neste desafio)
- Estar consciente das suas caracteriacutesticas potencialidades e fragilidades pode ser
facilitador na organizaccedilatildeo na dinacircmica desenvolvida e no seu trabalho de gestatildeo
pedagoacutegica e de comportamentos do grupo turma
- Aos formadores daacute-lhes a possibilidade de organizar a partilha de informaccedilatildeo
durante a formaccedilatildeo de forma a privilegiar e fazer uso das competecircncias que foram
inicialmente identificadas pelo grupo bem como criar oportunidades de reflexatildeo
sobre formas de desenvolver as que foram identificadas como mais fraacutegeis
Sessatildeo 2
Tema PHDA
Objetivos
- Potenciar oportunidades para aprofundar conhecimentos relacionados com o aluno com
PHDA
- Promover um espaccedilo de partilha e discussatildeo teoricamente sustentado necessaacuterio agrave
compreensatildeo do aluno com PHDA e especificidade do seu modo de interaccedilatildeo e inclusatildeo
no sistema de ensino
Dinacircmica 3 ndash ldquoDesenho cegordquo
Fonte Coelho amp Belo (2014)
35
Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo dos conceitos a explorar
Objetivos da dinacircmica
- Sensibilizar para a importacircncia que a forma de transmissatildeo e receccedilatildeo de
informaccedilatildeo bem como o entendimento dos conceitos assume num processo
eficaz de comunicaccedilatildeo
- Refletir sobre o papel da comunicaccedilatildeo no conhecimento da PHDA
Estrateacutegias
- Trabalho a pares
- Exploraccedilatildeo ativa do material
- Reflexatildeo em grande grupo
Procedimentos
- Organiza-se o grupo de professores em pares de forma aleatoacuteria
- Pede-se que se sentem formando um grande ciacuterculo e de costas viradas uns para
os outros de forma a que o elemento da frente de cada par natildeo consiga ver o detraacutes
e esse natildeo veja as matildeos do colega da frente
- A cada um dos elementos que se encontra atraacutes de cada par eacute entregue uma folha
com uma representaccedilatildeo graacutefica (ver anexo 9) e aos elementos da frente uma folha
em branco e uma caneta
- De seguida eacute pedido aos elementos que possuem o suporte com a representaccedilatildeo
graacutefica que partilhem informaccedilatildeo sobre essa representaccedilatildeo de forma a que o seu
par consiga produzir uma imagem o mais idecircntica possiacutevel
- O colega da frente que assume o papel de recetor da informaccedilatildeo natildeo pode fazer
qualquer tipo de comentaacuterio referente agrave informaccedilatildeo recebida nem questionar o
emissor
- No final de todos os pares terem terminado a tarefa o formador deve recolher
todas as produccedilotildees graacuteficas e afixaacute-las de forma a que sejam visiacuteveis a todos
36
- Em grupo importa refletir sobre o processo de comunicaccedilatildeo as estrateacutegias que
cada um utilizou para transmitir informaccedilatildeo os obstaacuteculos encontrados por
emissores e recetores comparar resultados finais com a matriz inicial e integrar
esta experiecircncia em questotildees associadas agrave temaacutetica da sessatildeo
Reflexatildeo
- A utilizaccedilatildeo desta dinacircmica permite ao formador ilustrar o ruiacutedo que muitas
vezes se instala nos canais de comunicaccedilatildeo estabelecidos entre os diferentes
intervenientes no processo educativo
- Permite ainda sensibilizar os professores para a importacircncia da clareza de
domiacutenio e entendimento dos conceitos envolvidos nesta perturbaccedilatildeo bem como
ilustrar as dificuldades que se assistem quando a informaccedilatildeo partilhada natildeo eacute
suficiente para que o recetor dessa informaccedilatildeo possa entender e construir o seu
proacuteprio quadro concetual que lhe permitiraacute atuar posteriormente de forma mais
adequada e proacutexima das reais especificidades desenvolvimentais e de
aprendizagem da crianccedila
Dinacircmica 4 ndash ldquoInventaacuterio de caracteriacutesticas de crianccedilas com PHDArdquo
Fonte Barbosa (1995)
Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a
desenvolver
Objetivos da dinacircmica
- Perceber quais as caracteriacutesticas das crianccedilas com PHDA mais conhecidas no
grupo alvo e os mitos que poderatildeo estar presentes
- Utilizar o conhecimento preacutevio do professor e integrar a restante informaccedilatildeo
Estrateacutegias
37
- Trabalho individual
- Trabalho em pequeno grupo
- Reflexatildeo em grande grupo
Procedimentos
- Solicita-se a cada professor a elaboraccedilatildeo de uma lista de caracteriacutesticas que
associam agrave crianccedila ao jovem com PHDA desta forma evita-se o efeito de
fixaccedilatildeo demasiado presente em estrateacutegias de brainstorming que contribui para
a diminuiccedilatildeo da eficaacutecia de construccedilatildeo de ideias e criatividade na informaccedilatildeo
apresentada (Kohn amp Smith 2010)
- Posteriormente os professores satildeo convidados a reunirem-se em pequenos
grupos por forma a partilharem as listas individuais e a reorganizarem-nas numa
nova lista de caracteriacutesticas que identificam e associam aos alunos com PHDA
- Apoacutes esta fase inicial do trabalho pede-se a cada grupo que apresente a sua lista
ao grande grupo
- As caracteriacutesticas apresentadas deveratildeo ser registadas pelos formadores em
suporte legiacutevel para todo o grupo
- Partindo dessa lista como forma de valorizaccedilatildeo do conhecimento que os
professores jaacute possuem relativamente a esta perturbaccedilatildeo deve-se iniciar a
integraccedilatildeo de informaccedilatildeo teoacuterica relativamente agrave especificidade da PHDA nas
seguintes unidades
ndash Criteacuterios de diagnoacutestico (a lista teraacute jaacute subjacente informaccedilatildeo
suficiente para a interpretaccedilatildeo e identificaccedilatildeo dos diferentes criteacuterios
de construccedilatildeo do diagnoacutestico de PHDA)
ndash Caracteriacutesticas e mitos (conduzir os professores a refletir sobre a
possibilidade de algumas das caracteriacutesticas identificadas na lista
conjunta serem mitos associados agrave crianccedila ao jovem com PHDA e
partilhar o enquadramento e compreensatildeo desses mitos)
38
ndash Prevalecircncia e comorbilidade (alertar para o facto de existirem
caracteriacutesticas enunciadas que poderatildeo tambeacutem pertencer a outros
quadros patoloacutegicos)
ndash Etiologia (desconstruir ideias preconcebidas relativamente agraves causas
da PHDA)
Reflexatildeo
- Com esta dinacircmica possibilita-se a criaccedilatildeo de um espaccedilo de partilha de
conhecimento permitindo a integraccedilatildeo de novas informaccedilotildees em referenciais jaacute
construiacutedos assim como a reorganizaccedilatildeo de informaccedilatildeo em diferentes unidades
de conteuacutedo
- O papel ativo do formador na procura de exemplos praacuteticos e vivenciais dos
professores a partir da lista construiacuteda tambeacutem se constitui como um fator
facilitador para a melhor compreensatildeo da crianccedila com PHDA pois ilustra os
conteuacutedos teoacutericos partilhados
Sessatildeo 3
Tema Ser criativo eacute urgente
Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial
Fundamentaccedilatildeo Breve enquadramento da importacircncia de serem definidas estrateacutegias
especiacuteficas para lidar com as crianccedilas com PHDA em contexto escolar
Objetivos
- Refletir sobre a necessidade de diferenciar formas de atuaccedilatildeo pedagoacutegica e relacional
face agrave crianccedila ao jovem com PHDA
- Explorar diferentes estrateacutegias e tipologias de atividades estudadas como adequadas ao
funcionamento do aluno com PHDA
39
Dinacircmica 5 ndash ldquoOnde estaacute o ratordquo
Objetivos da dinacircmica
- Perceber a importacircncia da observaccedilatildeo e da diferenciaccedilatildeo de focos
- Explorar a ideia de alternacircncia de procedimentos para atingir os objetivos
definidos para cada aluno
Estrateacutegias
- Exploraccedilatildeo ativa do material
- Reflexatildeo em grupo
Procedimentos
- A cada professor seraacute distribuiacuteda uma folha ldquoOnde estaacute o ratordquo (ver anexo 10)
- Pede-se para observarem o desenho com atenccedilatildeo e descobrirem onde se encontra
o rato
- Apoacutes resposta dos professores deve-se refletir sobre o processo de descoberta
Encontraram o rato Se natildeo porquecirc Que fatores consideraram facilitadores na
pesquisa e quais os que dificultaram a tarefa Qual a finalidade deste desafio
Reflexatildeo
- Esta dinacircmica permite ao formador ilustrar os vaacuterios niacuteveis de intervenccedilatildeo que
estatildeo subjacentes agrave inclusatildeo da crianccedila do jovem com PHDA na turma e no seu
processo de aprendizagem (estrateacutegias de atuaccedilatildeo individual e direta indireta de
manipulaccedilatildeo de fatores contextuais organizaccedilatildeo de ambientes educativos e
intervenccedilatildeo grupal)
40
- Perceber que apesar do mesmo diagnoacutestico cada crianccedila eacute diferente entre si
contemplando caracteriacutesticas especiacuteficas que devem ser tidas em conta na
mobilizaccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo
Dinacircmica 6 ndash ldquoO que descubrordquo
Fonte Coelho amp Belo (2014)
Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores
Objetivos da dinacircmica
- Construir uma oportunidade de identificaccedilatildeo ao outro
- Promover oportunidade de reforccedilo de relaccedilatildeo ao outro (aluno com PHDA) e de
reflexatildeo sobre a importacircncia de conhecer e compreender as caracteriacutesticas do
professor e do aluno (focos de conflito eou de entendimento)
- Sensibilizar para estrateacutegias promotoras do desenvolvimento de competecircncias
sociais (autoconceito acadeacutemico autoestima inclusatildeo no grupoturma) na crianccedila
Estrateacutegias
- Trabalho individual
- Reflexatildeo em grupo
Procedimentos
- Pedir aos professores que reflitam e respondam agraves questotildees apresentadas ldquoQual
a minha caracteriacutestica positiva que revejo na crianccedilardquo e ldquoQue caracteriacutestica
minha da qual natildeo me orgulho revejo no alunordquo
- Integrar as reflexotildees individuais nos conteuacutedos teoacutericos a apresentar
nomeadamente na possibilidade dessas respostas poderem estar na base de
constituiccedilatildeo de um foco de conflito ou de aproximaccedilatildeo ao aluno
41
Reflexatildeo
- Com esta experiecircncia de reflexatildeo proposta ao grupo de professores cria-se um
ambiente facilitador de permeabilidade agrave aceitaccedilatildeo da diferenccedila e de possibilidade
de identificaccedilatildeo com a mesma O professor ao realizar o caminho de identificaccedilatildeo
de caracteriacutesticas partilhadas com os alunos estaraacute mais consciente da forma
como teraacute de atuar em termos de estabelecimento da relaccedilatildeo para que respeitando
a especificidade de ambos consiga criar uma relaccedilatildeo suficientemente segura que
lhe permita experimentar formas de atuaccedilatildeo social e do saber diversificadas e
cada vez mais adequadas ao desenvolvimento de ambos no processo de ensino
aprendizagem
Dinacircmica 7 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo
Fonte Barbosa (1995)
Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a
desenvolver
Objetivos da dinacircmica
- Ilustrar os benefiacutecios inerentes a algumas estrateacutegias de intervenccedilatildeo
comportamental em sala de aula
Estrateacutegias
- Role-playing
- Trabalho em grupo
- Reflexatildeo em grande grupo
Procedimentos
42
- Solicita-se ao grupo de professores que se organizem em grupos de 3 ou 4
elementos de forma aleatoacuteria
- A cada grupo eacute pedido que um dos elementos se ausente por um periacuteodo de cerca
de 10 minutos solicitando que apoacutes esse tempo volte a integrar o grupo e a
discussatildeo que neste estaacute a decorrer
- Apoacutes a saiacuteda dos elementos os grupos teratildeo acesso a uma pequena descriccedilatildeo de
uma situaccedilatildeo para discussatildeo (ver anexo 11)
- Com cada grupo eacute ainda partilhada a seguinte informaccedilatildeo Grupo 1 ndash Natildeo pode
partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi dada anteriormente nem informar o novo
elemento dos aspetos jaacute abordados na discussatildeo Grupo 2 ndash Apenas pode
responder a questotildees que sejam colocadas pelo elemento que integrou o grupo
Grupo 3 ndash Deve partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi facultada no iniacutecio da discussatildeo
bem como partilhar com o novo elemento os diferentes pontos jaacute abordados
durante o periacuteodo de discussatildeo (envolver o outro elemento)
- Apoacutes um periacuteodo de cerca de mais 10 minutos para integraccedilatildeo dos novos
elementos convidar os professores a refletir em pequenos grupos relativamente
agrave facilidadedificuldade que o elemento em situaccedilatildeo de time-out sentiu bem como
o sentimento dos elementos do grupo que o receberam a meio da discussatildeo
- Num uacuteltimo momento da dinacircmica solicitar a todos os grupos que partilhem as
suas reflexotildees tendo o formador o papel de integrar tais reflexotildees no quadro
adaptativo da estrateacutegia de time-out
Reflexatildeo
- Como em dinacircmicas anteriormente apresentadas esta por permitir a construccedilatildeo
de um espaccedilo vivencial de uma situaccedilatildeo similar agraves que acontecem com os alunos
em contexto de sala de aula constituir-se-aacute como facilitadora no entendimento e
na anaacutelise das especificidades inerentes agrave utilizaccedilatildeo adequada de estrateacutegias de
intervenccedilatildeo comportamental seja o time-out ou a importacircncia da participaccedilatildeo
ativa do aluno na aula
- Permitir que os professores ganhem consciecircncia de que o time-out se apresenta
como uma estrateacutegia de uacuteltima linha por ser extremamente restritiva
43
Sessatildeo 4
Tema Ser criativo eacute urgente (continuaccedilatildeo)
Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial
Dinacircmica 8 ndash ldquoA Torrerdquo
Fonte Kombo - Gestatildeo estrateacutegica de pessoas (adaptaccedilatildeo livre)
Objetivos da dinacircmica
- Exploraccedilatildeo de estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica
- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo para atingir um objetivo
- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa
rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas
Estrateacutegias
- Jogo
- Reflexatildeo em grande grupo
Procedimentos
- Organizam-se os professores em pequenos grupos
- Eacute entregue a cada grupo o seguinte material reacutegua de 30 cm cartolina tesoura
e cola
- Com o material que lhes foi dado deveratildeo construir uma torre
- Metade dos grupos formados soacute poderatildeo construir a torre com tiras de cartolina
que natildeo ultrapassem o tamanho da reacutegua tanto nos 30 centiacutemetros quanto na
44
largura Esta torre deveraacute ser mais alta que 30 centiacutemetros e no final a reacutegua
deveraacute ser colocada horizontalmente sobre a torre
- A outra metade dos grupos tem o mesmo material disponiacutevel e a indicaccedilatildeo que
teraacute de construir uma torre sendo que no final a reacutegua deveraacute ser colocada
horizontalmente sobre a torre
- Apoacutes cada grupo concluir a sua tarefa deve dar-se um periacuteodo de reflexatildeo tendo
como ponto de partida algumas das seguintes questotildees Que sentimentos surgiram
durante a realizaccedilatildeo da tarefa Surgiu algum liacuteder Como conduziu o grupo
Quais foram as dificuldades encontradas E as estrateacutegias utilizadas para as
superar Que fatores foram identificados como auxiliadores para a concretizaccedilatildeo
da tarefa Como avaliam o trabalho do grupo
- Posteriormente deve existir uma reflexatildeo conjunta em grande grupo onde se
comparam os resultados finais conseguidos e os processos diferentes que foram
assumidos pelos grupos de forma a fazer-se a ponte para as questotildees da
diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica
Reflexatildeo
- Com esta dinacircmica o formador tem a oportunidade de assumir uma funccedilatildeo
integradora de vivecircncias pessoais no que pretende desenvolver em termos de
conteuacutedos chave no trabalho pedagoacutegico com a crianccedila eou o jovem com PHDA
que assenta na partilha de estrateacutegias claras de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica e natildeo em
estrateacutegias limitativas
Dinacircmica 8 ndash ldquoNatildeo parem os balotildeesrdquo
Fonte Aline Ulyssea ndash Universidade do Panamaacute (adaptaccedilatildeo livre)
Objetivos da dinacircmica
- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo de modo a atingir um objetivo
45
- Sensibilizar para a importacircncia das redes de suporte na crianccedila eou no jovem
com PHDA
- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa
rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas
Estrateacutegias
- Jogo
- Reflexatildeo em grande grupo
Procedimentos
- Solicita-se aos professores que fiquem de peacute organizados em ciacuterculo
- A cada um deles seraacute entregue um balatildeo que devem encher imaginando que esse
balatildeo representa um desafio associado ao trabalho com alunos com PHDA
- Depois de todos terem enchido o balatildeo e atado pedir-lhes para que atirem os
balotildees para o ar e para o centro e que a partir desse momento natildeo os deixem mais
cair e tocar no chatildeo
- Ao fim de 1 ou 2 minutos de todos estarem em atividade o formador deve
comeccedilar a retirar elementos do ciacuterculo mas deixando o balatildeo permanecer
relembrando aos elementos que permanecem no ciacuterculo que os balotildees continuam
a natildeo poder tocar no chatildeo
- Este procedimento repete-se ateacute ao momento em que eacute observado pelos
elementos que foram saindo do ciacuterculo que com os balotildees restantes natildeo se
consegue manter a tarefa e haacute balotildees que tocam no chatildeo
- No final lanccedilar o periacuteodo de reflexatildeo partilhada Trabalharam em equipa O que
sentiram quando todos estavam a cooperar O que sentiram quando foram
perdendo elementos Houve definiccedilatildeo de estrateacutegias claras para obter sucesso na
tarefa As estrateacutegias foram redefinidas agrave medida que foram perdendo elementos
Haacute problemasdesafios que conseguiram resolver sozinhos
46
Reflexatildeo
- As reflexotildees partilhadas pelos grupos que experienciaram a dinacircmica permitiratildeo
ao formador introduzir de forma sustentada questotildees de intervenccedilatildeo na crianccedila
eou no jovem com PHDA tatildeo importantes como a constituiccedilatildeo de redes de
suporte a forma como se devem organizar e partilhar intervenccedilatildeo e
responsabilidades a perspetiva de quem lidera a intervenccedilatildeo a importacircncia da
partilha e a avaliaccedilatildeo constante de resultados face agrave intervenccedilatildeo desenhada para
cada uma das crianccedilas em intervenccedilatildeo direta
Dinacircmica 9 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting final
Objetivos da dinacircmica
- Perceber os conhecimentos adquiridos pelos professores no momento final da
formaccedilatildeo
Estrateacutegias
- Trabalho individual
- Reflexatildeo em grupo
Procedimentos
- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre
aspetos inerentes agrave PHDA
- Distribuir o material (ver anexo 6) onde consta a) um pequeno inqueacuterito que
pretende avaliar os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA
b) um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem os diferentes
criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e mobilizariam na
47
organizaccedilatildeo e planeamento de um momento educativo (parte de uma aula)
sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de PHDA
- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema
importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de
informaccedilatildeo a ser partilhada
- Promover um momento de partilha e reflexatildeo conjunta relativamente agrave
informaccedilatildeo partilhada no iniacutecio e no final da formaccedilatildeo
183 Siacutentese geral
A proposta de formaccedilatildeo acima descrita para aplicaccedilatildeo em tempo real com
professores que se proponham agrave inscriccedilatildeo surge porque uma grande amostra da classe
docente ndash como referido anteriormente com base no estudo de Graacutecio Chaleta Cid
Fialho amp Saragoccedila (2011) ndash demonstra a necessidade de formaccedilatildeo na aacuterea da atenccedilatildeo
dos alunos enquanto complemento para intervenccedilatildeo direta com os mesmos Segundo
Selikowitz (2009) atualmente haacute uma noccedilatildeo mais oacutebvia acerca dessa problemaacutetica sendo
que os professores jaacute recebem formaccedilatildeo acadeacutemica nos seus estaacutegios profissionais No
entanto parece natildeo ser suficiente para aplicaccedilatildeo em contexto de sala de aula Deste modo
os professores participando de uma formaccedilatildeo com atividades semelhantes agraves propostas
no programa acima delineado melhorariam as suas teacutecnicas pedagoacutegicas
complementadas com informaccedilatildeo e identificaccedilatildeo de carateriacutesticas de diagnoacutestico de
PHDA
48
2 ESTUDO EMPIacuteRICO METODOLOGIA E ESTRATEacuteGIAS DE
INVESTIGACcedilAtildeO
21 Introduccedilatildeo
O objetivo do estudo decorre da necessidade jaacute referenciada no capiacutetulo anterior
de melhor conhecer as carateriacutesticas causas e formas de intervenccedilatildeo na PHDA Sendo
assim surgiu a partir da revisatildeo da literatura uma proposta de possiacutevel formaccedilatildeo de
professores enquanto estrateacutegia terapecircutica na aacuterea da PHDA
Este estudo combina a investigaccedilatildeo qualitativa com a quantitativa ndash teacutecnica mista
ndash e numa posterior triangulaccedilatildeo de dados que segundo Coutinho (2011) eacute uma forma de
conseguir uma anaacutelise de maior alcance e riqueza Havendo diferenccedilas as mesmas podem
ser usadas como forma de tentar encontrar uma explicaccedilatildeo vaacutelida
De acordo com Bogdan amp Biklen (2013) a investigaccedilatildeo qualitativa apresenta
cinco carateriacutesticas 1) o ambiente natural ndash fonte direta de dados ndash que constitui o
investigador enquanto instrumento principal 2) a descriccedilatildeo dos dados por se
apresentarem sob forma de palavras 3) a importacircncia que o investigador entrega aos
resultados 4) a tendecircncia do investigador analisar os dados de forma indutiva e contiacutenua
5) a importacircncia do significado na abordagem qualitativa No entanto natildeo satildeo todos os
estudos a utilizar as cinco carateriacutesticas acima referidas (Bogdan amp Biklen 2013) Assim
atraveacutes do objeto de investigaccedilatildeo explicar a situaccedilatildeo da questatildeo de partida Acrescentam
que o investigador qualitativo faz desenvolver um sistema de codificaccedilatildeo de modo a
organizar os dados obtidos Para isso eacute necessaacuterio criar categorias de codificaccedilatildeo atraveacutes
de procura de dados da sua regularidade e dos seus padrotildees e toacutepicos Estes dados
permitem a clarificaccedilatildeo dos dados descritivos da investigaccedilatildeo Neste estudo a questatildeo de
investigaccedilatildeo daacute origem a uma categoria especiacutefica ndash pensamentos dos sujeitos sobre
pessoas eou objetos ou seja o alvo de classificaccedilatildeo foram os professores e os alunos
com PHDA
22 Desenho do estudo
As etapas do procedimento iniciam-se com
49
- A pergunta de partida (de investigaccedilatildeo) atraveacutes da anaacutelise e definiccedilatildeo dos
conceitos pretendidos e dos toacutepicos necessaacuterios agrave iniciaccedilatildeo da exploraccedilatildeo Para isso
fazem-se leituras exploratoacuterias sobre a temaacutetica e definem-se os toacutepicos de relevacircncia
suprema para a investigaccedilatildeo avanccedilar
- Depois surge o planeamento da observaccedilatildeo exploratoacuteria em funccedilatildeo dos toacutepicos
devidamente definidos (inventaacuterios por questionaacuterio observaccedilatildeo e seus registos em
fotografia e em viacutedeo e tambeacutem conversas informais de opiniatildeo) e a construccedilatildeo do
modelo de anaacutelise (a quem a quantos onde como etc)
- Prossegue-se para a anaacutelise do problema de investigaccedilatildeo dimensionando o
problema incorporando com a nova informaccedilatildeo teoacuterica e empiacuterica A pesquisa
documental eacute relevante para complementar os dados obtidos com a investigaccedilatildeo no
terreno
23 Participantes
Os participantes deste estudo satildeo 26 professores e 5 alunos do 3ordm ciclo do ensino
baacutesico e secundaacuterio de uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores
Em todo o estudo haveraacute a prevalecircncia de um aluno com 12 anos do sexo
masculino Podia considerar-se um estudo de caso dada a afluecircncia de informaccedilatildeo do
aluno referido e por ter sido escolhido para observaccedilatildeo e filmagem poreacutem natildeo era esse
o objetivo Os outros 4 alunos apenas contribuiacuteram atraveacutes dos instrumentos de avaliaccedilatildeo
entregues por um dos elementos da equipa multidisciplinar (psicoacuteloga) que pediu que
zelasse pelas informaccedilotildees que neles consistissem
As idades dos participantes que responderam aos inventaacuterios por questionaacuterio
estatildeo entre os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino
Os participantes inicialmente seriam um grupo de 70 pessoas (46 do sexo feminino
e 24 do sexo masculino) embora tenham sido recebidos apenas 26 inventaacuterios por
questionaacuterio
50
24 Instrumentos e procedimentos de recolha de dados
No presente estudo realizou-se a recolha de dados utilizando a combinaccedilatildeo de
vaacuterios instrumentos o questionaacuterio a observaccedilatildeo naturalista (fotografia e viacutedeo)
decorrente dos resultados e tambeacutem as conversas informais Utilizaram-se estes
instrumentos para complemento na recolha de informaccedilatildeo e enriquecimento do estudo
em causa
Primeiro foi realizado neste estudo o estabelecimento de contacto com a escola
escolhida para recolha de dados Este contacto foi de faacutecil acesso
Em seguida procedeu-se agrave realizaccedilatildeo de um inqueacuterito por questionaacuterio ndash teacutecnica
de observaccedilatildeo natildeo participante apoiada em questotildees com o objetivo de obter
informaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica abordada ndash a alguns dos professores dessa
escola que foram aplicados posteriormente com o propoacutesito de conhecer as praacuteticas
educativas desses professores mediante presenccedila de alunos com PHDA em contexto de
sala de aula
Apoacutes receccedilatildeo dos questionaacuterios que foram entregues em suporte de papel tratou-
se dos dados dos questionaacuterios sob a forma de graacuteficos com as respetivas percentagens e
anaacutelise textual referente a cada um deles
Nos questionaacuterios aos professores codificaram-se os mesmos sendo os
respondentes designados da seguinte forma P1 ndash P26
Apoacutes esse processo percecionou-se a necessidade de mais instrumentos que
completassem e adicionassem maior informaccedilatildeo Por isso elaborou-se uma autorizaccedilatildeo
para o encarregado de educaccedilatildeo de um aluno com PHDA na qual pedia-se o seu
consentimento para observar fotografar e filmar o aluno em contexto de sala de aula
Codificou-se o observado atraveacutes de SS
Aleacutem disso os outros instrumentos tornaram-se informaccedilatildeo adicional de grande
importacircncia Essas conversas foram codificadas em P1 e P2
Aquando da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios e feita a observaccedilatildeo garantiu-se a
confidencialidade e o anonimato dos respondentes sendo os dados utilizados apenas para
tratamento
241 Inqueacuteritos por Questionaacuterio
51
Os questionaacuterios (ver anexo 12) elaborados pela investigadora tecircm por objetivo
conhecer as medidas utilizadas pelos professores com alunos com PHDA em contexto
de sala de aula pressupondo conseguir obter mais informaccedilotildees acerca do assunto Foi de
administraccedilatildeo direta visto que o preenchimento foi realizado pelos proacuteprios professores
facultando assim as suas informaccedilotildees baseadas em criteacuterios de intervenccedilatildeo do seu dia a
dia Em formato digital teria o benefiacutecio de ser virtual poreacutem natildeo teria tantas respostas
face agrave sua entrega pois em matildeos houve sempre uma conversa e explicaccedilatildeo informais
de modo a explicar e explicitar determinados aspetos fulcrais do questionaacuterio
Foram entregues 70 questionaacuterios poreacutem apenas 26 responderam (e entregaram)
os mesmos
Como resultado da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios aos professores realizou-se a
anaacutelise dos mesmos sendo possiacutevel obter alguns elementos relevantes
O grupo de professores eacute constituiacutedo por 26 respondentes (1 com 23 anos 1 com
34 anos 2 com 35 anos 3 com 36 anos 2 com 37 anos 6 com 40 anos 2 com 41 anos 1
com 42 anos 1 com 43 anos 1 com 45 anos 1 com 46 anos 1 com 48 anos 1 com 49
anos 1 com 52 anos 1 com 57 anos e 1 sem colocar a idade) ndash rondando as idades entre
os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino
25 Caracterizaccedilatildeo dos participantes
Geacutenero (ver anexo 17)
No graacutefico que se segue verifica-se que o sexo feminino foi o maior respondente
aos questionaacuterios (81) tendo aderido e respondido 19 de elementos do sexo
masculino No entanto este resultado seria previsiacutevel pois foram entregues 46
questionaacuterios ao sexo feminino e 24 ao sexo masculino
Idade (ver anexo 17)
Dos 26 questionaacuterios recebidos a prevalecircncia assoberbada foi dos professores
com idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos (54) Os professores com idades
entre os 30 e os 39 compreendem 31 da populaccedilatildeo alvo A classe docente com mais de
52
50 anos corresponde a 7 dos respondentes 4 tem apenas entre 20 e 29 anos e outros
4 natildeo colocou a idade
26 Anaacutelise dos resultados do inqueacuterito por questionaacuterio
1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)
(ver anexo 18)
Segundo os questionaacuterios os resultados estatildeo muito proacuteximos quanto agrave presenccedila de
alunos com PHDA nas salas de aula dos professores respondentes No entanto a maioria
natildeo tem alunos com PHDA (54)
11 Se sim quais as suas maiores dificuldades (ver anexo 18)
Os professores respondentes tecircm claramente maior dificuldade em gerir a
concentraccedilatildeo e o comportamento dos alunos com PHDA (58) poreacutem haacute outros fatores
tais como arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar a distraccedilatildeo (17) e a presenccedila de
subestima inferioridade tristeza desconfianccedila ansiedade e descrenccedila nesses alunos
(8) Uma reduzida percentagem de professores natildeo justificou as suas dificuldades
(17)
2 Tem conhecimentos acerca da PHDA (ver anexo 18)
Apesar da maioria dos professores respondentes natildeo ter alunos com PHDA inseridos nas
suas salas de aula o facto eacute que 54 possui conhecimentos acerca da problemaacutetica
envolvida em todo o estudo PHDA Os outros 46 refere natildeo ter conhecimentos na aacuterea
21 Se sim quais (ver anexo 18)
Dos professores respondentes que referiram os seus conhecimentos na PHDA 50
domina as carateriacutesticas gerais dos alunos (concentraccedilatildeo execuccedilatildeo de tarefas etc) e
atitudes a tomar Quanto aos conhecimentos gerais adquiridos atraveacutes de por exemplo
53
documentaacuterios foram 15 a afirmaacute-lo Cerca de 14 dos professores tem conhecimento
dos criteacuterios de diagnoacutestico e de intervenccedilatildeo Cerca de 7 natildeo evidencia quaisquer
conhecimentos outros 7 evidencia algunspoucos conhecimentos E outros 7 natildeo
considera que a falta de empenho ou o comportamento seja resultado da educaccedilatildeo
parental
3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na
atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais (ver
anexo 18)
Uma grande maioria dos professores respondentes (73) referiu que identifica alunos
com PHDA Os restantes 27 natildeo identificam a problemaacutetica
31 Caso a sua resposta seja negativa justifique (ver anexo 18)
Os resultados desta questatildeo presente no questionaacuterio foram muito semelhantes
sendo que 29 tem dificuldade em assimilar a identificaccedilatildeo de alunos com PHDA outros
29 natildeo tecircm conhecimentos logo natildeo o conseguem fazer 28 da populaccedilatildeo alvo natildeo
tem formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA e 14 refere que o facto de haver a possibilidade de
outras problemaacuteticas associadas poderaacute influenciar a identificaccedilatildeo desses alunos
4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas
suas praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula (ver anexo 18)
De salientar que 58 dos respondentes respondeu que constroacutei materiais para os seus
alunos serem incluiacutedos em sala de aula O oposto tambeacutem se verificou com 38 das
respostas Sem resposta 4
41 Se natildeo por que natildeo o faz (ver anexo 18)
Os valores satildeo muito proacuteximos rondando os 10 e os 20 natildeo terem oportunidade
para construccedilatildeo de tais instrumentos natildeo ter alunos com PHDA nas suas turmas natildeo
54
sentir necessidade de diferenciar os materiais natildeo ter conhecimento de estrateacutegias
sobrecarga de horaacuterio escolar e sem resposta
5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos
alunos com PHDA (ver anexo 18)
A maioria dos respondentes (54) referiu que organiza o plano de aula de acordo
com as dificuldades de tais alunos Haacute professores a natildeo organizar o plano de aula (42)
e apenas 4 que natildeo responde agrave questatildeo
51 Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos (ver anexo 18)
A grande maioria dos respondentes (46) refere natildeo ter alunos com PHDA Dos
professores que tentam ultrapassar essas dificuldades com os seus alunos 36 faz gestatildeo
individual da situaccedilatildeonecessidade do (s) aluno (s) Os professores solicitam que esses
alunos participem afincadamente nas tarefas (9) Os restantes 9 elabora um plano
geral sem diferenciaccedilotildees para alunos com PHDA
6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA juntos dos
intervenientes no processo educativo do aluno (ver anexo 18)
Uma parte significativa dos respondentes refere que avalia o progresso dos alunos
com PHDA (58) no entanto 31 natildeo o faz Sem resposta foram os restantes 11
61 Se sim quais (ver anexo 18)
O diretor de turma eacute o interveniente de maior procura com 25 Segue-se com 17
o professor de educaccedilatildeo especial Depois com 13 o conselho de turma e outros 13
com o encarregado de educaccedilatildeo Com 8 apelam ao SPO Os outros 8 natildeo tecircm
resposta 4 com o professor de Educaccedilatildeo Moral Religiosa e Catoacutelica (EMRC) 4 pede
auxiacutelio apenas quando os alunos jaacute tecircm diagnoacutestico de PHDA outros 4 quando satildeo
acompanhados pelo SPO e ainda outros 4 que apenas procuram ajuda para gestatildeo do
comportamento dos alunos com PHDA
55
611 Maioritariamente quem (ver anexo 18)
Confirma-se como no graacutefico anterior que o diretor de turma eacute o interveniente de
maior procura (40) seguido do psicoacutelogo (27) do encarregado de educaccedilatildeo (17)
do professor de educaccedilatildeo especial (10) do professor de EMRC (3) Sem resposta
3 Apesar da prevalecircncia do diretor de turma o facto eacute que cada um dos elementos da
equipa exerce o seu papel ao proporcionar a melhor educaccedilatildeo possiacutevel agrave crianccedila
(Selikowitz 2009)
62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de
integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem (ver anexo 18)
A maioria dos respondentes (58) refere que os professores devem envolver-se nas
tarefasatividades dos alunos com PHDA 23 natildeo tem opiniatildeo formada e os restantes
19 natildeo consideram esse o seu papel educativo
Se sim justifique (ver anexo 18)
Cerca de 34 dos professores respondentes consideram que devem participar no
processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do aluno com PHDA enquanto interveniente
ativo no processo de aprendizagem Outros 33 sugerem maior apoio Apesar dessa
participaccedilatildeo 7 considera que a intervenccedilatildeo sistemaacutetica deve ser parte essencial do SPO
A rentabilizaccedilatildeo do aproveitamento cumpre 13 Os restantes 13 natildeo deram resposta
7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA
(ver anexo 18)
Confirmando os dados anteriores a percentagem eacute superior quanto agrave importacircncia da
formaccedilatildeo de professores na aacuterea da PHDA (80) Apenas 20 natildeo considera necessaacuteria
formaccedilatildeo especializada
71 Se natildeo porquecirc (ver anexo 18)
56
Dos anteriores 20 que mencionam a natildeo formaccedilatildeo 50 justifica com a razatildeo de
ausecircncia de formaccedilatildeo na regiatildeo Os outros 50 considera que existe equipa especializada
para intervir com alunos com PHDA
72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar (ver anexo 18)
A maioria dos respondentes natildeo fez quaisquer consideraccedilotildeessugestotildees para a
praacutetica de formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA para melhoria das teacutecnicas de ensino com esses
alunos o que parece indicar que os professores natildeo tecircm conhecimento sobre a PHDA
natildeo tendo informaccedilotildees suficientes para sugerir nos questionaacuterios Essa ausecircncia de
resposta natildeo implica desinteresse ateacute porque ldquomuitos deles querem obter informaccedilatildeo
acerca dela (PHDA) quando datildeo conta que tecircm um aluno com esta perturbaccedilatildeordquo
(Selikowitz 2009)
Um dos respondentes (4) refere assim como Selikowitz (2009) que muitos
departamentos de ensino lanccedilam (deviam lanccedilar) brochuras com orientaccedilotildees e informaccedilatildeo
sobre PHDA para professores
27 A Observaccedilatildeo
Apoacutes os resultados dos inqueacuteritos por questionaacuterio sentiu-se a necessidade de
partir para a observaccedilatildeo naturalista com o objetivo de complementar as informaccedilotildees
obtidas A partir dos objetivos do estudo e do problema inicial selecionaram-se as
unidades de anaacutelise e de observaccedilatildeo e tambeacutem os toacutepicos de exploraccedilatildeo e organizaccedilatildeo
de informaccedilatildeo descritiva Depois elaborou-se uma ficha de autorizaccedilatildeo para o
encarregado de educaccedilatildeo do aluno escolhido para a observaccedilatildeo referida (ver anexo 13)
No entanto foram feitas apenas as seguintes observaccedilotildees (ver anexo 14) uma observaccedilatildeo
em contexto de situaccedilatildeo de sala de aula teoacuterica com registo fotograacutefico outra em aula
praacutetica (Educaccedilatildeo Fiacutesica) (gravaccedilatildeo de viacutedeo) e por fim no recreio (uma situaccedilatildeo nesse
contexto) (registo fotograacutefico) Foi escolhido apenas um aluno com PHDA tendo em
conta os testemunhos dos teacutecnicos que trabalham diretamente com o aluno Conotaram
maior particularidade a esse aluno e aos resultados que dele suscitariam Modificou-se
entatildeo a trajetoacuteria social e teacutecnica tendo-se alargado os elementos de estudo para
completamento do mesmo
57
A observaccedilatildeo permitiu tambeacutem identificar as maiores dificuldades dos proacuteprios
alunos com PHDA em contexto escolar Exemplo disso eacute a ficha que o aluno observado
estava a realizar com a colega em contexto de sala de aula que demonstrou alguma
desatenccedilatildeo (ver anexo 15)
Sendo assim a observaccedilatildeo conseguiu consolidar e acentuar os resultados
demonstrando-se pertinente face aos dados jaacute existentes Permitiu percecionar-se a
dificuldade que de facto os professores tecircm em lecionar uma turma na qual esteja (m)
inserido (s) aluno (s) com PHDA pois o (s) mesmo (s) exige (m) maior atenccedilatildeo sobre a
sua desatenccedilatildeo
28 Outros instrumentos
Aleacutem dos instrumentos de maior dimensatildeo fez-se pesquisa documental de 5
alunos e utilizaram-se instrumentos complementares atraveacutes de fichas de elementos
fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno (ver anexo 16) De acordo com
os 5 alunos participantes sugeridos por um dos elementos da equipa multidisciplinar (eg
psicoacuteloga) os professores contrastam opiniotildees semelhantes como refere a anaacutelise de
conteuacutedo (ver anexo 17) Segundo P1 os alunos em geral tecircm dificuldade em controlar
o comportamento incapacidade em focar a atenccedilatildeo e reter a informaccedilatildeo Aleacutem disso tecircm
desadequaccedilatildeo de conduta e de inibiccedilatildeo da atenccedilatildeo e da concentraccedilatildeo No entanto refere
que as mesmas podem ser desenvolvidas com trabalho Alguns alunos tecircm tiques Outros
por terem pertubaccedilotildees especiacuteficas de aprendizagem (PEA) podem agravar os sintomas
anteriores Outro aspeto relevante eacute a incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo A
medicaccedilatildeo pode influenciar as melhorias comportamentais dos alunos poreacutem alguns
continuam inquietos e impulsivos Quanto P2 o mesmo menciona a dificuldade no
controlo dos impulsos podendo demonstrar atos agressivos sem maldade Refere um
dos alunos com PHDA como ldquomeigo e atenciosordquo no entanto egoiacutesta preferindo os
trabalhos individuais Partilha da mesma opiniatildeo de P1 quanto aos tiques
29 Limitaccedilotildees
De acordo com as limitaccedilotildees do estudo eacute de esperar que se refira primeiramente
a pouca adesatildeo dos professores na entrega dos questionaacuterios devidamente preenchidos
58
isto eacute embora se tenha procedido agrave entrega de 70 questionaacuterios apenas foram devolvidos
26 Dos 26 referidos alguns professores natildeo responderam a questotildees de elevada
importacircncia e uma grande maioria natildeo apresentou sugestotildees para eventuais estrateacutegias
com alunos com PHDA deixando portanto espaccedilos em branco
Aleacutem disso as observaccedilotildees dado o escasso tempo de investigaccedilatildeo natildeo
permitiram que a investigadora as realizasse a mais do que um aluno e de modo
sistemaacutetico em mais do que um contexto
210 Siacutentese final
Toda a investigaccedilatildeo pretende desenvolver de modo a implementar futuramente
a filosofia inclusiva atraveacutes de formaccedilatildeo especializada para intervenccedilatildeo adequada com
alunos com PHDA (e com alunos NEE em geral) A formaccedilatildeo NEE em outros paiacuteses eacute
de significativa preocupaccedilatildeo ao contraacuterio de em Portugal pois o Decreto-Lei revigorou
o Artigo 15ordm Ponto 2 do Decreto-Lei nordm 34489 de 11 de Outubro que determinava que
os cursos regulares de formaccedilatildeo de educadores de infacircncia e de professores do ensino
baacutesico e secundaacuterio devem incluir preparaccedilatildeo inicial no campo da educaccedilatildeo especial
(Correia 2013) O estudo efetuado trouxe a perceccedilatildeo real de necessidade de preparaccedilatildeo
dos agentes educativos neste caso os professores para adquirirem aptidotildees de
identificaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na PHDA Por isso torna-se relevante que as instituiccedilotildees de
ensino superior insiram unidades curriculares com planos de estudo referentes agraves NEE
Caso essa situaccedilatildeo natildeo surja a instituiccedilatildeo onde o docente exerce funccedilotildees deve segundo
Correia (citado por Correia et al 1997 p 162) desenvolver formaccedilotildees de meacutedia duraccedilatildeo
jornadas de trabalho mesas-redondas ciclos de conferecircncias coloacutequios simpoacutesios
congressos e seminaacuterios
59
CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES
O estudo apresentado visou identificar os conhecimentos e as estrateacutegias dos
professores de alunos com PHDA em contexto de sala de aula Para tal selecionou-se
uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores
Nesta escola procedeu-se agrave recolha de dados e opiniotildees a partir dos questionaacuterios
aos professores e da observaccedilatildeo filmagem e fotografia a um aluno com PHDA conversas
informais a teacutecnicos e acesso a instrumentos de avaliaccedilatildeo a alguns alunos com PHDA
Os meacutetodos de recolha de dados aplicados aos grupos de participantes pretenderam
verificar o devido ponto de vista em relaccedilatildeo ao assunto em anaacutelise
No que se refere ao objetivo foi possiacutevel identificar elementos que conferem
credibilidade ao estudo com os inventaacuterios por questionaacuterio e na perspetiva da
observaccedilatildeo naturalista que visa explicar o porquecirc e o para quecirc atraveacutes do como (Estrela
2008)
Constatou-se deste modo a necessidade de maior recetividade dos professores
de menor defesaresistecircncia por parte dos mesmos em aplicar as medidas do PEI ndash
fundamentais para o sucesso escolar desses alunos sendo que quando natildeo beneficiam
dessas medidas o insucesso escolar e desmotivaccedilatildeo acrescem ndash e da maior
disponibilidade e cooperaccedilatildeo entre a equipa multidisciplinar Haacute que perceber portanto
o quatildeo beneacutefico eacute o trabalho em cooperaccedilatildeo entre teacutecnicos e professores com o objetivo
de melhor encontrar as estrateacutegias para utilizaccedilatildeo com os alunos com PHDA Eacute de
salientar a sensibilidade da investigadora para a aacuterea da Educaccedilatildeo Especial pois a mesma
tem formaccedilatildeo na aacuterea
No entanto e apesar da grande parte haacute professores interessados em aprender e
aplicar as estrateacutegias que surgem no seu contexto educativo para acompanhar e assim
compreender e intervir com esses alunos como referem os resultados obtidos atraveacutes da
investigaccedilatildeo
Deixam-se algumas recomendaccedilotildees 1) Os professores deveratildeo proceder agrave sua
incriccedilatildeo em formaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica da PHDA aderindo agraves mesmas de
modo a aplicar as estrateacutegias corretas na praacutetica escolar 2) Haacute ainda para praacutetica dessas
estrateacutegias a necessidade de elaboraccedilatildeo de materiais adequados como os sugeridos no
60
presente trabalho 3) A escola utilizada para o estudo deveraacute promover accedilotildees de
formaccedilatildeo na aacuterea destinadas aos intervenientes com alunos com PHDA 4) Quanto aos
recursos humanos satildeo necessaacuterias mais turmas e mais professores sendo que muitas
vezes haacute turmas com mais do que um (ou mais) aluno (s) por turma o que natildeo auxilia
nas praacuteticas e no desenvolvimento das mesmas
Sugere-se que num proacuteximo estudo relacionado com a temaacutetica se utilizem mais
escolas como referecircncia e alunos para a observaccedilatildeo sistemaacutetica Pois atraveacutes dos dados
conseguidos natildeo eacute possiacutevel fazer generalizaccedilotildees pensando sempre nas exceccedilotildees ndash de
escola para escola de aluno para aluno de meacutetodo para meacutetodo
Relacionados com a temaacutetica eacute possiacutevel desenvolver-se artigos cientiacuteficos na aacuterea
da PHDA enquanto ferramenta de trabalho rotineiro para os professores Propotildee-se que
se apresente o projeto da presente dissertaccedilatildeo pelas escolas da Regiatildeo Autoacutenoma dos
Accedilores de modo a aprofundar o tema estudado
61
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65
ANEXOS
66
Anexo 1 ndash Exemplos de contratos de comportamento
67
Exemplo de contrato com aluno com PHDA
Retirado de Correia 2013 p 181
68
Retirado de Beane (2006)
69
Anexo 2 ndash Exemplo de contratos de etiquetas
70
CONTRATO DE ETIQUETAS
Recebes uma etiqueta cada vez
que___________________________________________________
No entanto se te comportares
mal em seguida
__________________________________________
Quando conseguires ________________ etiquetas na tua carta podes
Adaptado de Parker 1994 p 121
71
Anexo 3 ndash Fichas de sinalizaccedilatildeo
72
FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO
I - PEDIDO DE AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA
1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO
Identificaccedilatildeo do Aluno
Nome
Data de Nascimento Idade
Morada Tel
Nome do Pai Idade
Nome da Matildee Idade
Encarregado de Educaccedilatildeo
a
Idade
Grau de Parentesco
Morada Tel
Situaccedilatildeo Escolar do Aluno
Estabelecimento de Ensino
Situaccedilatildeo Escolar
3ordm CEB Ano Turma
Ens Secundaacuterio Ano Turma
73
Outra modalidade de ensino
Professor Titular Diretor de Turma
Percurso Escolar do Aluno
Aspectos relevantes da histoacuteria escolar
Nuacutemero de retenccedilotildees Anos de escolaridade em que ocorreram
Foi elaborado Plano Individual (PI) Sim Natildeo
Beneficiou do Regime de Apoio Educativo Sim Natildeo
Se assinalou sim indicar modalidades de apoio aplicadas
Beneficiou do Regime Educativo Especial Sim Natildeo
Se assinalou sim indicar respostas educativas aplicadas
Estrateacutegias pedagoacutegicas jaacute implementadas para minimizar as dificuldades apresentadas
Na sala de aula Sim Natildeo
Se assinalou sim indique quais
Flexibilizaccedilatildeo de curriacuteculo Sim Natildeo
Se assinalou sim indique em que aacutereasdisciplinas
Planificaccedilotildees e ensino individualizado Sim Natildeo
Se assinalou sim indique qual
Outros
74
2 MOTIVO DO PEDIDO DE SINALIZACcedilAtildeO
Suspeita de alteraccedilotildees de caraacutecter permanente nos seguintes domiacutenios
(assinale com X onde considera haver alteraccedilotildees mais acentuadas)
Sensoriais Visatildeo
Audiccedilatildeo
Cognitivo
Comunicacional
EmocionalPersonalidade
Motor
Sauacutede Fiacutesica - Diagnoacutestico meacutedico
Especificar algum aspecto que considere pertinente
3 CARACTERIZACcedilAtildeO DAS DIFICULDADES DO ALUNO (indicadores de desempenho
por referecircncia agrave CIF-CJ 1)
(Assinale com X apenas o que considerar relevante para a caracterizaccedilatildeo)
d110 Observar
d115 Ouvir
d120 Outras percepccedilotildees sensoriais intencionais
d130 Imitar
d131 Aprender atraveacutes da interacccedilatildeo com os objectos
d132 Adquirir informaccedilatildeo
d133 Adquirir linguagem
d134 Adquirir linguagem adicional
d135 Ensaiar (Repetir)
d137 Adquirir conceitos
75
d140 Aprender a ler
d145 Aprender a escrever
d150 Aprender a calcular
d155 Adquirir competecircncias
d160 Concentrar a atenccedilatildeo
d161 Dirigir a atenccedilatildeo
d163 Pensar
d166 Ler
d170 Escrever
d172 Calcular
d175 Resolver problemas
d177 Tomar decisotildees
d210 Realizar uma uacutenica tarefa
d220 Realizar tarefas muacuteltiplas
d230 Realizar a rotina diaacuteria
d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas
d250 Gerir o proacuteprio comportamento
d310 Comunicar e receber mensagens orais
d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais
d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem gestual
d325 Comunicar e receber mensagens escritas
d330 Falar
d331 Produccedilotildees preacutendashlinguiacutesticas
d332 Cantar
d335 Produzir mensagens natildeo verbais
d340 Produzir mensagens usando linguagem gestual
d345 Escrever mensagens
d350 Conversaccedilatildeo
d355 Discussatildeo
d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de comunicaccedilatildeo
d410 Mudar a posiccedilatildeo baacutesica do corpo
d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo
d420 Auto-transferecircncias
d430 Levantar e transportar objectos
d435 Mover objectos com os membros inferiores
d440 Movimentos finos da matildeo
d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo
d450 Andar
d455 Deslocar-se
d510 Lavar-se
d520 Cuidar de partes do corpo
76
d530 Cuidados relacionados com os processos de excreccedilatildeo
d540 Vestir-se
d550 Comer
d560 Beber
d570 Cuidar da proacutepria sauacutede
d571 Cuidar da proacutepria seguranccedila
d630 Preparar refeiccedilotildees
d640 Realizar as tarefas domeacutesticas
d650 Cuidar dos objectos da casa
d660 Ajudar os outros
d710 Interacccedilotildees interpessoais baacutesicas
d720 Interacccedilotildees interpessoais complexas
d730 Relacionamento com estranhos
d740 Relacionamento formal
d750 Relacionamentos sociais informais
d760 Relacionamentos familiares
d770 Relacionamentos iacutentimos
d810 Educaccedilatildeo informal
d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar
d820 Educaccedilatildeo escolar
d825 Formaccedilatildeo profissional
d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)
___________________
1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens
(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do
Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do
Porto)
4 FACTORES AMBIENTAIS
Identificar factores do ambiente escolar familiar social ou outro que poderatildeo estar a
Factores
Constituir barreira ao desempenho
do aluno
Facilitar ou ajudar o desempenho do aluno
Familiar
Escolar
77
Social
Outros
5 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES QUE CONSIDERE NECESSAacuteRIO DESCREVER
6 INTERVENIENTES NO PROCESSO DE SINALIZACcedilAtildeO
Data de Preenchimento Responsaacutevel pela sinalizaccedilatildeo
Tomada de conhecimento pelo Enc Educaccedilatildeo Ass
Recepccedilatildeo no Conselho Executivo Ass
Entrega ao Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo Ass
Entrega ao Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial Ass
7 O ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO
Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada
Natildeo Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada
Proponho
Assinatura
78
II - ANAacuteLISE E REFLEXAtildeO DA FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO
1 TOMADA DE DECISAtildeO
a) Natildeo se confirma a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada
Encaminhamento
b) Confirma-se a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada
2 PLANIFICACcedilAtildeO DA AVALIACcedilAtildeO
Componentes Categorias a avaliar Quem avalia Calendarizaccedilatildeo
Funccedilotildees do
Corpo
79
Actividades e
Participaccedilatildeo
Factores
Ambientais
Observaccedilotildees
3 A EQUIPA PLURIDISCIPLINAR DE AVALIACcedilAtildeO
Indicaccedilatildeo do Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo
Nome Cargo
Docente Titular Director de Turma Ass
Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass
Psicoacutelogo Ass
80
Encarregado de Educaccedilatildeo Ass
Outros Intervenientes
Ass
Ass
Ass
Ass
81
82
83
Anexo 4 ndash Testes de Atenccedilatildeo (d2)
84
85
86
87
88
89
90
Anexo 5 ndash Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegicos (RTP)
91
RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO
O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela
equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo
referencial CIF- 1 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo
promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment
1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO
Identificaccedilatildeo do Aluno
Nome e Nordm
Data de Nascimento Idade
Morada Telefone
Nome do Pai Idade
Nome da Matildee Idade
Encarregado de Educaccedilatildeo
a
Idade
Grau de Parentesco
Morada Telefone
Outras informaccedilotildees pertinentes
1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)
92
Situaccedilatildeo Escolar do Aluno
Estabelecimento de Ensino
Situaccedilatildeo Escolar
3ordm CEB Ano Turma
Professor Titular Director de Turma
Percurso Escolar do Aluno
2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA
Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo
Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo
Nome
Cargo
Docente TitularDiretor de Turma
Docente da Educaccedilatildeo Especial
Psicoacutelogo
Outros intervenientes
93
Instrumentos utilizados
1 Funccedilotildees do Corpo
2 Atividade e participaccedilatildeo
3 Fatores ambientais
3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)
SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES
AMBIENTAIS
FUNCcedilOtildeES DO CORPO
QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9
Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos
(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas
funccedilotildees ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou
uma perda
0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada
3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel
CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS
(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)
b110 Funccedilotildees da consciecircncia
b114 Funccedilotildees da orientaccedilatildeo no espaccedilo e no tempo
b117 Funccedilotildees intelectuais
b122 Funccedilotildees psicossociais globais
b126 Funccedilotildees do temperamento e da personalidade
b130 Funccedilotildees da energia e dos impulsos
b134 Funccedilotildees do sono
(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)
b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo
b144 Funccedilotildees da memoacuteria
b147 Funccedilotildees psicomotoras
b152 Funccedilotildees emocionais
b156 Funccedilotildees da perceccedilatildeo
b160 Funccedilotildees do pensamento
94
b164 Funccedilotildees cognitivas de niacutevel superior
b167 Funccedilotildees mentais da linguagem
b172 Funccedilotildees do caacutelculo
b176 Funccedilotildees mentais para a sequecircncia de movimentos
complexos
CAPIacuteTULO 3 ndash FUNCcedilOtildeES DA VOZ E DA FALA
b310 Funccedilotildees da voz
b320 Funccedilotildees de articulaccedilatildeo
b330 Funccedilotildees de fluecircncia e do ritmo da fala
b340 Funccedilotildees de outras formas de vocalizaccedilatildeo
b398 Funccedilotildees da voz e da fala outras especificadas
CAPIacuteTULO 7 ndash FUNCcedilOtildeES NEUROMUSCULOESQUELEacuteTICAS E FUNCcedilOtildeES RELACIONADAS COM O MOVIMENTO
b710 Funccedilotildees relacionadas com a mobilidade das
articulaccedilotildees
b715 Estabilidade das funccedilotildees das articulaccedilotildees
b730 Funccedilotildees relacionadas com a forccedila muscular
b735 Funccedilotildees relacionadas com o toacutenus muscular
b740 Funccedilotildees relacionadas com a resistecircncia muscular
b750 Funccedilotildees relacionadas com reflexos motores
b755 Funccedilotildees relacionadas com reaccedilotildees motoras
involuntaacuterias
b760 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov
voluntaacuterio
b765 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov
involuntaacuterio
b770 Funccedilotildees relacionadas com o padratildeo de marcha
b780 Funccedilotildees relacionadas c os muacutesculos e funccedilotildees do
movimento
ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO
QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9
Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo
Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real
Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na
execuccedilatildeo das mesmas
0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada
3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel
95
CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS
d110 Observar
d115 Ouvir
d120 Outras perceccedilotildees sensoriais intencionais
d130 Imitar
d131 Aprender atraveacutes da interaccedilatildeo com os objetos
d132 Adquirir informaccedilatildeo
d133 Adquirir linguagem
d134 Desenvolvimento da linguagem
d135 Ensaiar
d137 Adquirir conceitos
d140 Aprender a ler
d145 Aprender a escrever
d150 Aprender a calcular
d155 Adquirir competecircncias
d160 Concentrar a atenccedilatildeo
d161 Dirigir a atenccedilatildeo
d163 Pensar
d166 Ler
d170 Escrever
d172 Calcular
d175 Resolver problemas
d177 Tomar decisotildees
CAPIacuteTULO 2 ndash TAREFAS E EXIGEcircNCIAS GERAIS
d210 Levar a cabo uma tarefa uacutenica (quando as atividades
satildeo do interesse do aluno este faacute-las sozinho)
d220 Levar a cabo tarefas muacuteltiplas
d230 Levar a cabo a rotina diaacuteria
d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas
d250 Controlar o seu proacuteprio comportamento
CAPIacuteTULO 3 ndash COMUNICACcedilAtildeO
d310 Comunicar e receber mensagens orais
d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais
d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem
gestual
d325 Comunicar e receber mensagens escritas
d330 Falar
d331 Produccedilotildees Preacute-linguiacutesticas
d332 Cantar
d335 Produzir mensagens natildeo verbais
d340 Produzir mensagens na linguagem formal dos sinais
d345 Escrever mensagens
96
d350 Conversaccedilatildeo
d355 Discussatildeo
d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de
comunicaccedilatildeo
CAPIacuteTULO 4 ndash MOBILIDADE
d410 Mudar as posiccedilotildees baacutesicas do corpo
d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo
d420 Autotransferecircncias
d430 Levantar e transportar objetos
d435 Mover objetos com os membros inferiores
d440 Atividades de motricidade fina da matildeo
d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo
d450 Andar
d455 Deslocar-se
CAPIacuteTULO 5 ndash AUTO-CUIDADOS
d510 Lavar-se
d520 Cuidar de partes do corpo
d530 Higiene pessoal relacionada com as excreccedilotildees
d540 Vestir-se
d550 Comer
d560 Beber
d570 Cuidar da sua proacutepria sauacutede
d571 Cuidar da sua proacutepria seguranccedila
CAPIacuteTULO 6 ndash VIDA DOMEacuteSTICA
d630 Preparar refeiccedilotildees
d640 Realizar o trabalho domeacutestico
d650 Cuidar dos objetos domeacutesticos
d660 Ajudar os outros
CAPIacuteTULO 7 ndash INTERACcedilOtildeES E RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS
d710 Interaccedilotildees interpessoais baacutesicas
d720 Interaccedilotildees interpessoais complexas
d730 Relacionamento com estranhos
d740 Relacionamento formal
d750 Relacionamentos sociais informais
d760 Relacionamentos familiares
d770 Relacionamentos iacutentimos
CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA
d810 Educaccedilatildeo informal
d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar
d820 Educaccedilatildeo escolar
d825 Formaccedilatildeo profissional
d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)
97
FATORES AMBIENTAIS
QUALIFICADORES Barreira
ou
Facilitador
0 1 2 3 4 8 9
Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social
e atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua
vida
As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto
barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com
(bull) se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se
a estaacute a considerar como facilitador
Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor
que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os
seguintes qualificadores
0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro
2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave
4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo
aplicaacutevel
CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA
e110 Para consumo pessoal (medicamentos)
e115 Para uso pessoal na vida diaacuteria
e120 Para facilitar a mobilidade e o
transporte pessoal
e125 Para a comunicaccedilatildeo
e130 Para a educaccedilatildeo
e135 Para o trabalho
e140 Para a cultura a recreaccedilatildeo e o
desporto
CAPIacuteTULO 2 ndash AMBIENTE NATURAL E MUDANCcedilAS AMBIENTAIS FEITAS PELO HOMEM
e225 Clima
e240 Luz
e250 Som
CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS
e310 Famiacutelia proacutexima
e315 Famiacutelia alargada
e320 Amigos
e325 Conhecidos pares colegas vizinhos e
membros da comunidade
e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade
e340 Prestadores de cuidados pessoais e
assist pessoais
e355 Profissionais de sauacutede
e360 Outros profissionais
CAPIacuteTULO 4 ndash ATITUDES
e410 Atitudes individuais dos membros da
famiacutelia proacutexima
e415 Atitudes individuais dos membros da
famiacutelia alargada
98
e420 Atitudes individuais dos amigos
e425 Atitudes individuais de conhecidos
pares colegas e membros da
comunidade
e430 Atitudes individuais de pessoas em
posiccedilatildeo de autoridade
e445 Prestadores de cuidados pessoais e
assist pessoais
e450 Atitudes individuais de profissionais de
sauacutede
e455 Atitudes individuais de outros
profissionais
CAPIacuteTULO 5 ndash SERVICcedilOS SISTEMAS E POLIacuteTICAS
e515 Relacionados com a arquitetura e a
construccedilatildeo
e540 Relacionados com os transportes
e570 Relacionados com a seguranccedila social
e575 Relacionados com o apoio social geral
e580 Relacionados com a sauacutede
NOTA Deveratildeo ser eliminados os itens natildeo selecionados
4 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES
5 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA
a) Natildeo se confirma a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial
Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo
De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo Especial o
perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) natildeo remete para a integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo
Especial uma vez que natildeo existem graves limitaccedilotildees ou incapacidades nas suas Funccedilotildees do Corpo que
expliquem o seu niacutevel atual de desempenho na Atividade e Participaccedilatildeo
SugestotildeesRecomendaccedilotildees
99
b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial
Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo
De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo
Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime
de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e
estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando
necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena
Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas
necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que
deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI
Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em
consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos
diferentes domiacutenios
TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS
Sensorial
Motor Cognitivo
Emocional
Personalidade
Sauacutede
Fiacutesica
Comunicaci
onal Audiccedilatildeo Visatildeo
6 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)
REGIME EDUCATIVO ESPECIAL
a) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO
Especificar
b) ADEQUACcedilOtildeES
CURRICULARES
Adequaccedilotildees curriculares individuais
Turma com um projeto curricular adaptado
100
c) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE MATRIacuteCULA
Especificar
d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO
Especificar
e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA
Especificar
f) ADAPTACcedilOtildeES MATERIAIS E DE EQUIPAMENTOS ESPECIAIS DE COMPENSACcedilAtildeO
Especificar
g) CURRIacuteCULO
ESPECIacuteFICO
INDIVIDUAL
Desenvolvido em turma do ensino regular
Especificar
Desenvolvido em unidade especializada com curriacuteculo adaptado
Ocupacional
Socioeducativa
Transiccedilatildeo para a Vida Ativa
Educaccedilatildeo de Surdos
Educaccedilatildeo de alunos cegos e com baixa visatildeo
Educaccedilatildeo de alunos com paralisia cerebral e multideficiecircncia
Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do
espectro do autismo
Com Programa Especiacutefico do REE (cf nordm 6 do artordm 48ordm do RGAPA)
Ocupacional
Socioeducativo
Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional
Preacute-Profissionalizaccedilatildeo
Com Outro Programa (anexar curriacuteculo)
Especificar
101
(outras informaccedilotildees pertinentes)
7 DOCUMENTOS EM ANEXO
Sim Natildeo
Se sim quais
8 OBSERVACcedilOtildeES
9 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO
TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO
Docente Titular Diretor de Turma Ass
Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass
Psicoacutelogo Ass
Outros intervenientes
Ass
Ass
Ass
10 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO
Concordo com o encaminhamento proposto
102
Natildeo concordo com o encaminhamento proposto
Proponho
Assinatura
11 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO
Assinatura
103
RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO
O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela
equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo
referencial CIF- 2 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo
promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment
CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO
Identificaccedilatildeo do Aluno
Nome e Nordm
Data de Nascimento 15042002 Idade 13 anos
Morada Telefone
Nome do Pai Idade 38 anos
Nome da Matildee Idade 40 anos
Encarregado de Educaccedilatildeo
a
Idade 40 anos
Grau de Parentesco Matildee
Morada Telefone
Outras informaccedilotildees pertinentes
Situaccedilatildeo Escolar do Aluno
Estabelecimento de Ensino
2 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)
104
Situaccedilatildeo Escolar
3ordm CEB Ano 7 Turma F
Professor Titular Diretor de Turma
Percurso Escolar do Aluno
Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas dificuldades ao niacutevel
da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB no ano letivo 20082009 no iniacutecio
do 2ordm ano (20092010) foi realizado relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico o comeccedilou a beneficiar
de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou retido no 3ordm ano Em
20112012 o aluno foi transferido para a escola onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos
relativos ao 3ordm ano isto em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo seguinte (20122013) o aluno
foi sinalizado e realizado um relatoacuterio-teacutecnico-pedagoacutegico onde foi realizada avaliaccedilatildeo
Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo Integrou o 2ordm
CEB em 20132014 na Escola Baacutesica onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas
Salientar que no 2ordm CEB eacute referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm
CEB no ano letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria onde foi realizado pedido de reavaliaccedilatildeo
2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA
Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo
Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo
Nome
Cargo Psicoacuteloga
Docente TitularDiretor de Turma
Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo
Psicoacutelogo
Instrumentos utilizados
1 Funccedilotildees do Corpo
De acordo com o RTP de 2013 e Relatoacuterio Circunstanciado 2015 PROLEC-R ndash
leitura de pseudopalavras Teste de avaliaccedilatildeo da ortografia Teste de
Avaliaccedilatildeo Semacircntica (TAS) Meacutetodo Distema Avaliaccedilatildeo da Linguagem Oral
(ALO) ndash subteste de completamento de frases
105
2 Atividade e participaccedilatildeo Provas formais e informais das aptidotildees acadeacutemicas Observaccedilatildeo em
contexto de sala de aula (PORT)
3 Fatores ambientais Anamnese EE e Aluno
12 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)
SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES
AMBIENTAIS
FUNCcedilOtildeES DO CORPO
QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9
Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos
(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas funccedilotildees
ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou uma perda
0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada
3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel
CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS
(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)
b117
Funccedilotildees intelectuais ndash Supremacia das capacidades
intelectuais fluidas sobre as capacidades intelectuais
cristalizadas Encontra-se mais orientado para a accedilatildeo
em detrimento da reflexatildeo Processa melhor a
informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do canal
visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute
comparativamente ao canal auditivo-vocal e ao
processamento sequencial
0
b134 Funccedilotildees do sono ndash Recorre a medicaccedilatildeo 2
(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)
b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo ndash Manutenccedilatildeo da Atenccedilatildeo 1
b144 Funccedilotildees da memoacuteria ndash Memoacuteria de longo prazo e
conhecimento adquirido 1
b152
Funccedilotildees emocionais ndash Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila
ansiedade egocentrismo e tendecircncias narcisistas
Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e
regulaccedilatildeoexpressatildeo emocional adequadas
Instabilidade emocional
1
106
b156
Funccedilotildees da perceccedilatildeo
Perceccedilatildeo auditiva deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de
sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva
imediata de silabas de palavras e de pseudopalavras
Perceccedilatildeo visual contudo natildeo domina as relaccedilotildees
espaciais de lateralidade e direccedilatildeo reagindo a uma
figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com
a sua exatidatildeo
1
b167
Funccedilotildees mentais da linguagem
Receccedilatildeo da linguagem escrita ndash Correccedilatildeo velocidade e
compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e
sussurro labial Faz inversotildees e substituiccedilotildees de letras
e de silabas nas palavras ndash Dislexia
Expressatildeo da linguagem escrita ndash deacutefices ao niacutevel da
composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash
Disortografia (mais acentuado) e Disgrafia (menos
acentuada)
2
b172 Funccedilotildees do caacutelculo 0
ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO
QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9
Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo
Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real
Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na
execuccedilatildeo das mesmas
0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada
3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel
CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS
d135 Ensaiar 2
d137 Adquirir conceitos 2
d145 Aprender a escrever 3
d155 Adquirir competecircncias 2
d160 Concentrar a atenccedilatildeo 2
d161 Dirigir a atenccedilatildeo 2
d166
Ler O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha
contudo perde-se Natildeo respeita a pontuaccedilatildeo O tom de
leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta
movimento psicomotor A leitura de pseudopalavras
demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz
reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no
entanto a leitura eacute estrateacutegica o que evidencia deacutefice
na competecircncia leitora
2
107
d170
Escrever Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo
escrita na gramaacutetica (atividades de sufixaccedilatildeo
prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste
de portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave
data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de composiccedilatildeo
denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os
erros ortograacuteficos satildeo na sua grande maioria devido a
confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia)
omissotildees (ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel
semacircntico compreende resultados abaixo da meacutedia
esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical
e na sinoniacutemia e antoniacutemia
3
d250 Controlar o proacuteprio comportamento 1
d325 Comunicar e receber mensagens escrita 3
d345 Escrever mensagens 3
CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA
d820 Educaccedilatildeo escolar 2
FATORES AMBIENTAIS
QUALIFICADORES
Barreira
ou
Facilitador
0 1 2 3 4 8 9
Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social e
atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua vida
As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto
barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com (bull)
se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se a estaacute
a considerar como facilitador
Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor
que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os
seguintes qualificadores
0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro
2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave
4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo
aplicaacutevel
CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA
e110 Para consumo pessoal (medicamentos) Facilitador 3
e310 Famiacutelia proacutexima Proporciona cuidados
de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal
seguranccedila e educaccedilatildeo
Barreira
Facilitador 2
e130 Para a educaccedilatildeo beneficiaria de auxilio
na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa Barreira 1
e140
Para a cultura a recreaccedilatildeo e o
desporto Valoriza as atividades rurais
de cultura e tradiccedilatildeo familiares
mostrando-se ambientado em contextos
maioritariamente campestres
Facilitador 3
CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS
e310
Famiacutelia proacutexima Matildee acompanha o
aluno no percurso escolar Dificuldades
na supervisatildeo de rotinas bem como em
educar de forma consistente
Facilitador
Barreira 1
108
e320
Amigos (colegas) Fez transferecircncia da
EB para a ES pois a sua turma fecirc-lo e
todos os elementos satildeo muito proacuteximos
Confirma-se assim que as relaccedilotildees
interpessoais do aluno conferem-lhe
grande importacircncia
Facilitador 3
e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade
apoio individual e diferenciado prestado
pelos docentes e psicoacuteloga
Facilitador 2
13 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA
b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial
Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo
De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo
Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime
de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e
estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando
necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena
Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas
necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que
deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI
Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos diferentes domiacutenios
TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS
Sensorial
Motor
Cognitivo
(atenccedilatildeo perceccedilatildeo
auditiva visual e memoacuteria
de longo prazo)
Emocional
Personalidade
Sauacutede
Fiacutesica
Comunicacional
(Receccedilatildeo e receccedilatildeo
da linguagem
escrita) Audiccedilatildeo Visatildeo
14 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)
REGIME EDUCATIVO ESPECIAL
c) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO
Especificar
Tendo por base o RTP de 2013 e o Relatoacuterio Circunstanciado de 2015 eacute
necessaacuterio o desenvolvimento de competecircncias especificas com docente
de educaccedilatildeo especial durante o bloco de cidadania para reeducaccedilatildeo da
leitura e da escrita
Atenccedilatildeo especial ao aluno para evitar a dispersatildeo e desatenccedilatildeo uma vez
que o aluno apresenta PHDA tipo misto
109
d)
ADEQUACcedilOtildeES
CURRICULARES
Adequaccedilotildees curriculares individuais
Especificar Introduccedilatildeo de objetivos miacutenimos e conteuacutedos intermeacutedios nas
disciplinas que o revelar mais dificuldades nomeadamente o inglecircs
Turma com um projeto curricular adaptado
d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO
Especificar
Apoio na Leitura e compreensatildeo dos enunciados provas escritas com
exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de questotildees Tempo
suplementar Avaliaccedilatildeo oral complementar (Ao criteacuterio dos docentes)
Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com supervisatildeo de
um docente
e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA
Especificar
- Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar
uma turma sem problemas comportamentais
- Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo
do Ensino Baacutesico
Outras informaccedilotildees pertinentes
- Necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno
- Desenvolver os aspetos atitudionais e motivacionais essenciais no processo de ensino-
aprendizagem
- Deve-se atender agraves necessidades do aluno quanto aos haacutebitos e meacutetodos de estudo em cooperaccedilatildeo
com o ambiente familiar Para isso a sua inscriccedilatildeo no programa de competecircncias de estudo
ldquoAprender a Aprenderrdquo
- O aluno beneficiaraacute de acompanhamento psicoloacutegico sistemaacutetico
15ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO
TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO
Docente Titular Diretor de Turma Ass
Psicoacutelogo Ass
Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo Ass
110
Outros intervenientes
Representante NEE Ass
Ass
Ass
16 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO
Concordo com o encaminhamento proposto
Natildeo concordo com o encaminhamento proposto
Proponho
Assinatura
17 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO
Assinatura
111
Anexo 6 ndash Projetos Educativos Individuais (PEI)
112
PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL
Ano Letivo
1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA
Unidade Orgacircnica
Estabelecimento de Ensino
2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO
Identificaccedilatildeo do Aluno
Nome
Data de Nascimento Idade
Morada Telefone
Nome do Pai Idade
Nome da Matildee Idade
Encarregado de Educaccedilatildeo
a
Idade
Grau de Parentesco
Morada Telefone
Situaccedilatildeo Escolar do Aluno
Estabelecimento de Ensino
Situaccedilatildeo Escolar
113
Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia
1ordm CEB Ano Niacutevel
2ordm CEB Ano Turma
3ordm CEB Ano Turma
Ens
Secundaacuterio
Ano Turma
Outra modalidade de ensino
Professor Titular Diretor de Turma
Percurso Escolar do Aluno
Outras informaccedilotildees pertinentes
(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de
sauacutede ou outras)
3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ3
(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)
3 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens
(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)
114
4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR
41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado
Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de
Organizaccedilatildeo
Espaccedilo
Atividades
Identificar
Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem
Identificar
Antecipaccedilatildeo e reforccedilo da aprendizagem de conteuacutedos
Identificar
Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas
Liacutengua Gestual
Braille
Hidroterapia
Hipoterapia
Fisioterapia
Terapia da Fala
Desporto Adaptado
Terapia Ocupacional
Psicoterapia
Arteterapia (musicoterapia dramoterapia )
115
Identifique qual ou quais
Apoio Psicoloacutegico
Apoio Social
Outras identifique qual ou quais
411 Responsaacuteveis pelo Apoio
Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial
Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado
Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar
aacutereasdisciplinas
Identificar
Apoio familiar (bolsa ocupacional)
42 Adequaccedilotildees Curriculares
421
Adequaccedilotildees Curriculares Individuais
Introduccedilatildeo de aacutereas curriculares especiacuteficas
Especificar
Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios
Identificar
Ensino Bilingue e adequaccedilatildeo do curriacuteculo
Especificar
Dispensa das atividades que se revelem de difiacutecil execuccedilatildeo em funccedilatildeo da
incapacidade
Especificar
116
422
Turma com Projeto Curricular Adaptado
Modalidade de Ensino
Niacutevel de Ensino
43 Adequaccedilotildees no Processo de Matriacutecula
Aluno deslocado da aacuterea de residecircncia
Dispensa dos limites etaacuterios
Especificar
Adiamento de matriacutecula
Antecipaccedilatildeo de matriacutecula (aplicaacutevel apenas ao 1ordm ano do 1ordm ciclo)
Matriacutecula por disciplinas (aplicaacutevel apenas aos 2ordm e 3ordm ciclos)
(discriminar ano de escolaridade e disciplinas)
44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo
Tipo de provas
117
Especificar
Instrumento de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo
Especificar
Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)
Especificar
Periodicidade
Duraccedilatildeo
Local de execuccedilatildeo
Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)
45 Adequaccedilatildeo da Turma
Reduccedilatildeo de turma
Outro Qual
46 Curriacuteculo Especiacutefico Individual
461
Desenvolvido no acircmbito dos Programas Especiacuteficos do REE
Ocupacional
Socioeducativo
Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional
Preacute-Profissionalizaccedilatildeo
Outro Programa (anexar curriacuteculo)
462
Integraccedilatildeo em Turma do Ensino Regular
118
A tempo inteiro
A tempo parcial
Especificar
Integraccedilatildeo numa unidade especializada com curriacuteculo adaptado
(UNECA)
Ocupacional
Socioeducativa
Transiccedilatildeo para a Vida Ativa
Educaccedilatildeo de Surdos
Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do espectro do
autismo
463
Plano Individual de Transiccedilatildeo (anexar PIT)
47 Adaptaccedilotildees materiais e de equipamentos especiais de compensaccedilatildeo (indicar quais
os materiais)
Para problemas visuais
Para problemas auditivos
Para problemas motores
Outro Qual
Dispositivos de compensaccedilatildeo
Auxiliares oacuteticos
Auxiliares auditivos
119
Equipamento informaacutetico
Cadeira de rodas
Proacuteteses
Outro Qual
5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS
Tipo de
Apoios
Identificaccedilatildeo dos
Intervenientes
Funccedilotildees Desempenhadas
(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)
Horaacuterio Apoio
Direto
Consultadoria
Aconselhamento
6 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO
EDUCATIVA
7 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI
71 Sistema de Avaliaccedilatildeo
CIF-CJ
120
72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo
Qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ
73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo
74 Momentos de Avaliaccedilatildeo
8 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI
Docente Titular Diretor de Turma Ass
Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass
Psicoacutelogo Ass
Outros intervenientes
Ass
Ass
Ass
9 COORDENACcedilAtildeO DO PEI
Nome Cargo
Assinatura
10 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO
121
Concordo com o PEI
Natildeo concordo com o PEI
Proponho
Assinatura
11 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO
Assinatura
12 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO
Assinatura
122
PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL
Ano Letivo 20152016
1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA
Unidade Orgacircnica
Estabelecimento de Ensino
2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO
Identificaccedilatildeo do Aluno
Nome
Data de Nascimento Idade 13
Morada Telefone
Nome do Pai Idade 38
Nome da Matildee Idade 40
Encarregado de Educaccedilatildeo
a
Idade 40
Grau de Parentesco Matildee
Morada Telefone
Situaccedilatildeo Escolar do Aluno
Estabelecimento de Ensino
Situaccedilatildeo Escolar
123
Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia
1ordm CEB Ano Niacutevel
2ordm CEB Ano Turma
3ordm CEB Ano Turma
Ens
Secundaacuterio
Ano Turma
Outra modalidade de ensino
Professor Titular Diretor de Turma
Percurso Escolar do Aluno
Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas
dificuldades ao niacutevel da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB
na EB1JI da Casa da Ribeira no ano letivo 20082009 No iniacutecio do 2ordm ano
(20092010) foi realizado um Relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico e o aluno comeccedilou
a beneficiar de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou
retido no 3ordm ano Em 20112012 o aluno foi transferido para a escola EB1JI de
Fonte do Bastardo onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos relativos ao 3ordm ano isto
em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo 20122013 o aluno foi sinalizado tendo
sido realizado um Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegico resultante de uma avaliaccedilatildeo
Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo
Integrou o 2ordm CEB em 20132014 na Escola Baacutesica Integrada da Praia da Vitoacuteria
onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas Salientar que no 2ordm CEB eacute
referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm CEB no ano
letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria Vitorino Nemeacutesio onde foi realizado pedido
de reavaliaccedilatildeo
Outras informaccedilotildees pertinentes
(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de
sauacutede ou outras)
O aluno apresenta DIFICULDADES ESPECIacuteFICAS DE APRENDIZAGEM reunindo criteacuterios
de diagnoacutestico para perturbaccedilatildeo especiacutefica da leituradislexia e da
escritadisortografia e disgrafia
Em fevereiro de 2013 foi observado por um pediatra de desenvolvimento (no Centro
Diferenccedilas) sendo diagnosticada uma Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de
Atenccedilatildeo (PHDA de tipo misto) Na sequecircncia da referida consulta comeccedilou a ser medicado
com psicoestimulante Usa oacuteculos desde 2012
124
3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ4
(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)
FUNCcedilOtildeES E ESTRUTURAS DO CORPO
Funccedilotildees Mentais Globais
i Funccedilotildees intelectuais (b1170) - O aluno encontra-se mais orientado para a accedilatildeo em
detrimento da reflexatildeo Processa melhor a informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do
canal visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute comparativamente ao canal auditivo-vocal
e ao processamento sequencial
ii Funccedilotildees do sono (b1342) - Recorre a medicaccedilatildeo
Funccedilotildees Mentais Especiacuteficas
Deficiecircncia moderada
i Funccedilotildees mentais da linguagem (b1672) - Receccedilatildeo da linguagem escrita (correccedilatildeo
velocidade e compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e sussurro labial Faz inversotildees
e substituiccedilotildees de letras e de siacutelabas nas palavras ndash Dislexia) e na expressatildeo da linguagem
escrita (deacutefices ao niacutevel da composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash Disortografia e
Disgrafia)
Deficiecircncia ligeira
i Funccedilotildees da atenccedilatildeo (b1401) - Manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo
ii Funccedilotildees da memoacuteria (b1441) - Memoacuteria de longo prazo e conhecimento adquirido
iii Funccedilotildees emocionais (b1521) - Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila ansiedade egocentrismo e
tendecircncias narcisistas Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e regulaccedilatildeoexpressatildeo
emocional adequadas Instabilidade emocional
iv Funccedilotildees da perceccedilatildeo (b1561) - Perceccedilatildeo auditiva (deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de
sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva imediata de silabas de palavras e de
pseudopalavras) Perceccedilatildeo visual (natildeo domina as relaccedilotildees espaciais de lateralidade e direccedilatildeo
reagindo a uma figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com a sua exatidatildeo)
ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO
Aprendizagem e Aplicaccedilatildeo de Conhecimentos
Dificuldade grave
i Aprender a escrever (d1453)
ii Escrever (d1703) - Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo escrita na gramaacutetica
(atividades de sufixaccedilatildeo prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste de
portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de
composiccedilatildeo denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os erros ortograacuteficos satildeo
4 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens
(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)
125
na sua grande maioria devido a confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia) omissotildees
(ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel semacircntico compreende resultados abaixo da
meacutedia esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical e na sinoniacutemia e antoniacutemia
iii Comunicar e receber mensagens escrita (d3253)
iv Escrever mensagens (d3453)
Dificuldade moderada
i Ensaiar (d1352)
ii Adquirir conceitos (d1372)
iii Adquirir competecircncias (d1552)
iv Concentrar a atenccedilatildeo (d1602)
v Ler (d1662) - O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha contudo perde-se Natildeo
respeita a pontuaccedilatildeo O tom de leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta movimento
psicomotor A leitura de pseudopalavras demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz
reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no entanto a leitura eacute estrateacutegica o que
evidencia deacutefice na competecircncia leitora
Dificuldade ligeira
i Controlar o proacuteprio comportamento (d2501)
Aacutereas Principais da Vida
Dificuldade moderada
i Educaccedilatildeo escolar (d8202)
FATORES AMBIENTAIS
Produtos e Tecnologia
Fatores de proteccedilatildeo facilitador
i Para consumo pessoal (medicamentos) (e110+3)
ii Para a cultura a recreaccedilatildeo e o desporto (e140+3) - Valoriza as atividades rurais de cultura
e tradiccedilatildeo familiares mostrando-se ambientado em contextos maioritariamente campestres
(facilitador grave)
iii Famiacutelia proacutexima (e330+2) - Proporciona cuidados de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal
seguranccedila e educaccedilatildeo (facilitador moderado)
Fatores barreira
i Para a educaccedilatildeo (e1301) - Beneficiaria de auxiacutelio na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa
(barreira ligeira)
126
Apoios e Relacionamentos
i Amigos (colegas) (e320+3) - Fez transferecircncia da EB Francisco Ornelas da Cacircmara para a
ES Vitorino Nemeacutesio pois a sua turma fecirc-lo e todos os elementos satildeo muito proacuteximos
Confirma-se assim que as relaccedilotildees interpessoais do aluno conferem-lhe grande importacircncia
(facilitador grave)
ii Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade (e330+2) - Apoio individual e diferenciado prestado
pelos docentes e psicoacuteloga (facilitador moderado)
iii Famiacutelia proacutexima (e310+1) - Matildee acompanha o aluno no percurso escolar Dificuldades na
supervisatildeo de rotinas bem como em educar de forma consistente (barreira e facilitador
ligeiro)
4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR
41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado
Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de
Organizaccedilatildeo
Espaccedilo
Atividades
Identificar
O aluno necessita de estar sentado num siacutetio sossegado e longe de estiacutemulos
distratores de preferecircncia junto da secretaacuteria do professor Necessita de
tarefas diversificadas e que impliquem movimento intercaladas com as
atividades que implicam estar sentado uma vez que o aluno apresenta PHDA
tipo misto
Precisa de feedbacks informativos encorajadores e regulares
Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem
Identificar
O aluno deveraacute beneficiar de apoio pedagoacutegico personalizado em todas as
disciplinas especialmente nas de caraacutecter mais teoacuterico
Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas
Identifique qual ou quais
Reeducaccedilatildeo da leitura e da escrita por docente de educaccedilatildeo
especial
Meacutetodos de Estudo (atraveacutes do programa de
competecircncias de estudo ldquoAprender a Aprenderrdquo orientado
pelo SPO)
127
Apoio Psicoloacutegico
411 Responsaacuteveis pelo Apoio
Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial
Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado
Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar
aacutereasdisciplinas
Identificar Professores titulares das disciplinas
42 Adequaccedilotildees Curriculares
421
Adequaccedilotildees Curriculares Individuais
Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios
Identificar Nas disciplinas em que o aluno revelar mais dificuldades
nomeadamente em Inglecircs
44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo
Tipo de provas
Especificar Provas escritas com exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de
questotildees
Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)
Especificar
Apoio na leitura e compreensatildeo dos enunciados Avaliaccedilatildeo oral
complementar (ao criteacuterio dos docentes) Natildeo penalizaccedilatildeo dos erros
ortograacuteficos de construccedilatildeo fraacutesica e sintaacutetica de pontuaccedilatildeo ocorridos em
virtude de o aluno ser portador de Perturbaccedilatildeo Especiacutefica da Linguagem
(dislexia disortografia disgrafia) Valorizaccedilatildeo do conteuacutedo em
detrimento da forma
Duraccedilatildeo Fornecer tempo suplementar para a realizaccedilatildeo das provas
128
Local de execuccedilatildeo
Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com a
supervisatildeo de um docente sempre que o docente da disciplina
assim o entender
Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)
45 Adequaccedilatildeo da Turma
Reduccedilatildeo de turma
Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar uma
turma sem problemas comportamentais
Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo
do Ensino Baacutesico
5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS
Tipo de
Apoios
Identificaccedilatildeo dos
Intervenientes
Funccedilotildees Desempenhadas
(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)
Horaacuterio
Apoio
Direto
Consultadoria
Aconselhamento
Apoio
Individualizado Conselho de Turma X
Horaacuterio da
Turma
Educaccedilatildeo
Especial X
2X45m
(Matemaacutetica
e
Portuguecircs)
SPO X
ldquoAprender
a
Aprenderrdquo
SPO
X Sistemaacutetico
(1ordm Periacuteodo)
129
13 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO
EDUCATIVA
Eacute necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno e desenvolver os aspetos atitudinais e
motivacionais essenciais no processo de ensino-aprendizagem
No final do Primeiro Periacuteodo seraacute feita uma reavaliaccedilatildeo das medidas implementadas e caso seja
necessaacuterio o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo continuaraacute a acompanhar o aluno e o docente de
educaccedilatildeo especial trabalharaacute com o aluno as competecircncias especiacuteficas para a reeducaccedilatildeo da leitura e
da escrita em contexto fora sala de aula
14 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI
71 Sistema de Avaliaccedilatildeo
O sistema utilizado para a avaliaccedilatildeo eacute o referencial CIF-CJ de acordo com a legislaccedilatildeo em vigor
72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo
A monitorizaccedilatildeo da evoluccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno seraacute realizada com base nas
classificaccedilotildees escolares e nos qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ
73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo
Como instrumentos de avaliaccedilatildeo poderatildeo ser utilizados a observaccedilatildeo direta do desempenho em sala de
aula e em outros contextos escolares trabalhos individuais testes de avaliaccedilatildeo formativa e sumativa
registos de assiduidade pontualidade e responsabilidade
74 Momentos de Avaliaccedilatildeo
A avaliaccedilatildeo assume um caraacutecter de continuidade sendo que as medidas educativas propostas seratildeo
avaliadas no que diz respeito agrave sua implementaccedilatildeo e eficaacutecia em conselho de turma no final de cada
periacuteodo envolvendo os vaacuterios intervenientes no processo educativo do aluno Dos resultados obtidos com
a aplicaccedilatildeo das medidas estabelecidas neste PEI seraacute elaborado um relatoacuterio circunstanciado no final do
ano letivo Este PEI poderaacute ser revisto a qualquer momento se julgado necessaacuterio pelos vaacuterios
intervenientes mediante proposta devidamente fundamentada
15 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI
Docente Titular Diretor de Turma Ass
130
Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass
Psicoacutelogo Ass
Outros intervenientes
Ass
Ass
Ass
16 COORDENACcedilAtildeO DO PEI
Nome Cargo
Assinatura
17 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO
Concordo com o PEI
Natildeo concordo com o PEI
Proponho
Assinatura
18 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO
Assinatura
19 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO
131
Assinatura
132
Anexo 7 ndash ldquoDescobrir para intervirrdquo
133
1 Por favor responda Verdadeiro (V) ou Falso (F) agraves seguintes questotildees
11 Uma das causas da PHDA encontra-se no desenvolvimento de praacuteticas educativas
parentais inadequadas ____
12 Eacute frequente a PHDA existir em simultacircneo com outras perturbaccedilotildees_____
13 Eacute frequente o aluno com PHDA natildeo realizar as tarefas porque natildeo se esforccedilou o
suficiente _____
14 A PHDA eacute uma perturbaccedilatildeo neurodesenvolvimental____
15 Eacute comum na PHDA existir uma dificuldade em organizar os materiais necessaacuterios e
ser responsaacutevel pela realizaccedilatildeo das tarefas escolares ____
16 Pode existir deacutefice de atenccedilatildeo sem hiperatividade ____
17 A PHDA pode ser diagnosticada em qualquer idade ____
18 Um aluno que natildeo mantem a atenccedilatildeo durante o periacuteodo necessaacuterio para a realizaccedilatildeo
da tarefa proposta deveraacute tomar medicaccedilatildeo ____
2 Organize uma lista onde constem diferentes criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo
que teria em atenccedilatildeo e mobilizaria na organizaccedilatildeo e planeamento de um momento
educativo (parte de uma aula) sabendo que tem integrado na turma um aluno com
diagnoacutestico de PHDA
Obrigada por colaborarem neste desafio
134
Anexo 8 ndash Espelho meu espelho meu
135
Belo S amp Coelho A (2011)
136
Anexo 9 ndash Desenho cego
137
Coelho A amp Belo S (2014)
138
Anexo 10 ndash Onde estaacute o rato
139
140
Anexo 11 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo
141
Para discussatildeo e reflexatildeo
ldquohellip revela muita dificuldade na organizaccedilatildeo e arrumaccedilatildeo dos seus materiais
escolares que muitas vezes andam pelo chatildeo a mochila caiacuteda Natildeo sabe do laacutepis e da
borracha Perde com muita frequecircncia os materiais que usa com maior regularidade
A sua mochila estaacute sempre uma confusatildeo uma vez que guarda tudo em qualquer
siacutetio sem nenhum criteacuterio Quando leva trabalhos de casa natildeo os guarda na capa adequada
Natildeo mostra os recados ou informaccedilotildees em casa porque natildeo sabe deles Leva
sempre a mochila com as bolsas abertas e a perder material
Na sala de aula eacute um aluno que se distrai com bastante facilidade Inicia bem uma
tarefa mas passado pouco tempo paacutera ou comeccedila a ser trapalhatildeo no que estaacute a fazer Vira-
se para traacutes a falar com os colegas ou fica a observar o que os colegas ou a professora
estatildeo a fazer
No seu caderno diaacuterio eacute frequente encontrar trabalhos incompletos contudo
quando consegue estar atento completa os seus trabalhos que tecircm boa apresentaccedilatildeohelliprdquo
Antunes (2009)
142
Anexo 12 ndash Inqueacuteritos por questionaacuterio
143
INQUEacuteRITO POR QUESTIONAacuteRIO
Geacutenero Masculino Feminino
Idade
1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)
Sim Natildeo
11 Se sim quais as suas maiores dificuldades
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
2 Tem conhecimentos acerca da PHDA
Sim Natildeo
21 Se sim quais
________________________________________________________________
________________________________________________________________
3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na
atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais
Sim Natildeo
31 Caso a sua resposta seja negativa justifique
________________________________________________________________
________________________________________________________________
4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas suas
praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula
Sim Natildeo
144
41 Se natildeo por que natildeo o faz
________________________________________________________________
________________________________________________________________
5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos alunos
com PHDA
Sim Natildeo
Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos
________________________________________________________________
________________________________________________________________
6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA junto dos
intervenientes no processo educativo do aluno
Sim Natildeo
61 Se sim quais
________________________________________________________________
________________________________________________________________
611 Maioritariamente quem
Diretor de turma Psicoacutelogo Encarregado de
Educaccedilatildeo
Outro Qual ___________________________________________
62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de
integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem
Sim Natildeo
Se sim justifique
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA
Sim Natildeo
71 Se natildeo porquecirc
145
________________________________________________________________
________________________________________________________________
72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar
________________________________________________________________
________________________________________________________________
Obrigada pela sua colaboraccedilatildeo
146
147
148
149
Anexo 13 ndash Autorizaccedilotildees para observaccedilatildeo
150
151
152
Anexo 14 ndash Fichas de observaccedilatildeo do aluno
153
FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)
Aluno SS
Ano 7ordm
Disciplina Portuguecircs
Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua
gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)
Em 15102015
Hora 1415H Tempo letivo 43min
Observadores Investigadora
Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees
comportamentos inferecircncias)
Observaccedilotildees
1425H Conversas paralelas deixa cair
coisas no chatildeo vai buscaacute-las
dispersa-se olha para traacutes de
modo sistemaacutetico faz perguntas
aleatoacuterias e descontextualizadas
Aluno sem medicaccedilatildeo
Aluno afirma natildeo ter feito o
TPC
1430H Tece um comentaacuterio ldquoPossa taacutes
bem atrasadardquo relativamente a
uma colega no entanto o aluno
tambeacutem estaacute atrasado Natildeo
espera pela sua vez Responde
sem ser chamado estaacute distraiacutedo
nunca sabe qual o exerciacutecio em
que se encontram natildeo
acompanhando os colegas
Faz referecircncia ao seu colega e
amigo Oxiang
1436H Tira a borracha do colega do
lado esquerdo sempre a olhar
para traacutes a mexer com as matildeos
a levantar da cadeira
1440H Natildeo encontra o estojo
Encontra-se sentado de lado na
154
cadeira A professora diz para
ele se endireitar
1444H A professora ajuda o aluno na
realizaccedilatildeo da atividade contudo
ele distrai-se com a borracha
1448H Os colegas fazem perguntas e o
aluno responde (de tipo coacutemico)
e vira-se para traacutes
1450H Fica confuso com o exerciacutecio
iniciado
1452H A professora pergunta se o
aluno jaacute terminou O mesmo diz
que natildeo batendo na mesa
1455H O aluno responde corretamente
quando solicitado
1458H O aluno coloca o gorro na
cabeccedila e diz que vai faltar ao
teste de HIST Em seguida diz
que vai claro e que teraacute uma
nota final positiva Entretanto
sai da sala e regressa apenas
para fechar a mochila Volta a
sair para o intervalo
Professora relembra a data do
teste
Aluno referiu que teve cerca de
60 na nota do uacuteltimo teste de
HIST
155
FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)
Aluno SS
Ano 7ordm
Disciplina Cidadania
Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua
gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)
Em 31052016
Hora 1415H Tempo letivo 44min
Observadores Investigadora
Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees
comportamentos inferecircncias)
Observaccedilotildees
1445H SS eacute chamado agrave atenccedilatildeo pelo
professor de CID em contexto
de sala de aula de Informaacutetica
Ri e olha agrave volta Professor diz
ldquoS acalma-te ou vou-me
chatearrdquo
Aluno com medicaccedilatildeo
1447H Aluno sempre a mexer o dedo
1448H Aluno muda o comportador
portaacutetil de siacutetio Professor volta
a intervir ldquoS tens 10 minutos
para terminar o trabalhordquo
1449H Fala com a colega do lado
1450H S com os olhos semicerrados
Professor volta a chamar a
atenccedilatildeo Aluno diz agrave colega
ldquoChega-te para laacuterdquo Em seguida
diz ldquoEacute comercialrdquo (sobre um
trabalho de publicidade
enganosa)
1452H Professor interpela o aluno e o
mesmo faz caretas enquanto diz
156
agrave colega ldquoSoacute temos um minuto e
dezrdquo Olha para o lado mexe no
cabelo tira a folha da colega e
arregala os olhos (tiques)
1455H Chama a professor e ele
pergunta ldquoO que eacute enganosordquo
A professora responde
1456H Fica apoiado na matildeo e lecirc ldquoQual
a tua opiniatildeo pessoalrdquo
1457H Professor vai ateacute ao aluno e diz
que na proacutexima aula teraacute de
apresentar o seu trabalho em
modo de alerta de tempo O
aluno repete (de acordo com o
viacutedeo que estaacute a ver) ldquoTu natildeo eacutes
tu quando tens fomerdquo Logo em
seguida ldquoQuando tenho fome e
como um chocolate fico mal
dispostordquo ndash enquanto isso
estava a olhar para a professor
de cabeccedila de lado metendo o
laacutepis na boca Professora
responde e ele diz ldquoNatildeo seiiiirdquo
1459H Alunos preparam-se para sair da
sala e o aluno vagueia (em
formato labirinto) ateacute agrave porta
volta para traacutes para entregar a
ficha de trabalho (ver anexo 16)
agrave colega e diz ldquoPara entregar na
proacutexima aulardquo
157
FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (EM SITUACcedilAtildeO DE RECREIO)
Aluno SS
Ano 7ordm
Em 31052016 Hora 1503H Entre 1503H e 1513H
Tempo
Descriccedilatildeo
(lugares intervenientes
atividades tarefas material
comportamentos inferecircncias)
Observaccedilotildees
1503H O aluno e um fotoacutegrafo
dirigem-se ao auditoacuterio da
escola O fotoacutegrafo senta-se e o
aluno mantem-se em peacute
Aluno com medicaccedilatildeo
1504H O aluno de repente comeccedila a
falar de um padre ldquoEstava a
mudar as reses e ele laacute para fora
comeccedila a aguindar (marca
linguiacutestica) a aacutegua bentardquo
Fala de um padre Parece
recordar-se que tem EMRC agraves
1515H
1507H O aluno entretanto comeccedila a
abordar o tema relacionado com
negoacutecios de lavradores e o
fotoacutegrafo desenvolve a
sustentabilidade
1508H O aluno senta-se devagar
muito atento e diz ldquoEu tenho
um amigo querdquo
1510H O fotoacutegrafo diz ldquoOs lavradores
estatildeo a gastar mais do que
deviamrdquo O aluno volta a
mencionar o amigo ldquoO meu
amigo tem muitos alqueiros e
tira leite 3 vezes por diardquo
O aluno quer ser lavrador
1513H O fotoacutegrafo continua a alertaacute-lo
para as vantagens e
desvantagens de ter uma lavoura
e o aluno ndash pensativo ndash diz
ldquoQuando chegar laacute haacute de se ver
158
Se natildeo der natildeo deurdquo
Entretanto pergunta as horas e
diz que tem EMRC
159
Anexo 15 ndash Ficha elaborada por aluno com PHDA durante observaccedilatildeo
160
161
162
Anexo 16 ndash Fichas de elementos fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno
163
FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO
DO ALUNO
(adaptado de Estrela 2008 p 266)
Nome JM Idade 15 anos
Professor P1
O aluno J revela uma enorme incapacidade de controlo do comportamento bem como
incapacidade de focar e dirigir a atenccedilatildeo Natildeo consegue fixar mais do que uma ordem de cada vez Natildeo
reteacutem a informaccedilatildeo a longo prazo
Em 08062016
NOTAS
1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando
situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)
2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente
confidencial
164
FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO
DO ALUNO
(adaptado de Estrela 2008 p 266)
Nome SS Idade 14 anos
Professor P1
O aluno S revela desadequaccedilatildeo de conduta dentro e fora da sala de aula Apresenta inuacutemeras
dificuldades ao niacutevel da inibiccedilatildeo de conduta bem como atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo Tecircm inuacutemeros tiques
principalmente ao niacutevel da face
Associada agrave Perturbaccedilatildeo de HiperatividadeDeacutefice de Atenccedilatildeo o aluno apresenta a Perturbaccedilatildeo da
Linguagem com predominacircncia na escrita e leitura o que contribui para o agrupamento da primeira
perturbaccedilatildeo uma vez que as suas dificuldades de concentraccedilatildeo satildeo agravadas por esta problemaacutetica
Para finalizar o aluno apresenta uma incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo
Em 08062016
Professor P2
Uma colega do SS haacute pouco tempo apareceu no gabinete a dizer que o aluno agrediu um colega
na aula de Educaccedilatildeo Fiacutesica partindo-lhe os oacuteculos propositadamente O aluno quando chamado agrave atenccedilatildeo
por mim negou Disse que foi ldquosem quererrdquo que natildeo tinha essa intenccedilatildeo O facto eacute crediacutevel pois o aluno
estimulado natildeo consegue controlar os impulsos de modo que muito provavelmente o deva ter feito sem
um objetivo pejorativo O aluno eacute meigo e atencioso no entanto quando em contexto de apoio manifesta
tiques vozeadosgritos levanta-se sai da sala e regressa Natildeo se manteacutem quieto e eacute um pouco egoiacutesta quer
em trabalhos individuais quer em trabalhos de grupo
NOTAS
1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando
situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)
2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente
confidencial
165
FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO
DO ALUNO
(adaptado de Estrela 2008 p 266)
Nome DG Idade 13 anos
Professor P1
O D inicialmente revelava graves dificuldades de concentraccedilatildeo dificuldades estas que com
trabalho foram sendo colmatadas
Apresenta inuacutemeras dificuldades ao niacutevel das funccedilotildees executivas
Em 08062016
NOTAS
1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando
situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)
2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente
confidencial
166
FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO
DO ALUNO
(adaptado de Estrela 2008 p 266)
Nome ES Idade 12 anos
Professor P1
O aluno uma vez que faz a medicaccedilatildeo e jaacute foi diagnosticado haacute algum tempo encontra-se
bastante adaptado ao contexto de sala de aula
Em 08062016
NOTAS
1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando
situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)
2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente
confidencial
167
FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO
DO ALUNO
(adaptado de Estrela 2008 p 266)
Nome FS Idade 13 anos
Professor P1
O aluno F embora esteja diagnosticado e a tomar medicaccedilatildeo haacute algum tempo demonstra
inquietude no ambiente de aula bem como alguma impulsividade
Em 08062016
NOTAS
1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando
situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)
2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente
confidencial
168
Anexo 17 ndash Graacuteficos de Caraterizaccedilatildeo dos Participantes
169
19
81
Geacutenero
Masculino
Feminino
44
31
54
7
Idade
Natildeo colocou idade
20-29
30-39
40-49
mais de 50
170
Anexo 18 ndash Graacuteficos de anaacutelise de resultados do inqueacuteritos por questionaacuterio
171
4654
Tem alunos com PHDA
Sim
Natildeo
17
58
17
8
Maiores dificuldades
Sem justificaccedilatildeo
Gestatildeo da concentraccedilatildeo e docomportamento
Arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar adistraccedilatildeo
Subestima inferioridadetristeza desconfianccedilaansiedade descrenccedila
5446
Conhecimentos acerca da PHDA
Sim
Natildeo
172
73
27
Identificaccedilatildeo de alunos com PHDA
Sim
Natildeo
7
7
15
50
14
7
Quais os conhecimentos acerca da PHDA
Natildeo evidencia os conhecimentos
Poucos conhecimentos
Conhecimentos gerais (porexemplo atraveacutes dedocumentaacuterios e internet)
Carateriacutesticas gerais dos alunos(concentraccedilatildeo execuccedilatildeo detarefas etc) e atitudes a tomar
Criteacuterios de diagnoacutestico eintervenccedilatildeo
173
28
29
14
29
Natildeo identifica alunos com PHDA
Natildeo tem formaccedilatildeo
Natildeo tem conhecimentos
Existecircncia de outrasproblemaacuteticas associadas
Dificuldadeconfusatildeo naidentificaccedilatildeo
58
38
4
Construccedilatildeo de materiais
Sim
Natildeo
Sem resposta
20
20
1020
20
10
Justificaccedilatildeo da natildeo construccedilatildeo de materiais
Natildeo houve oportunidade
Natildeo tem alunos com PHDA
Natildeo sentiu necessidade
Natildeo tem conhecimento deestrateacutegias a aplicar
Escassez (sobrecarga) detempo
Sem resposta
174
5442
4
Organizaccedilatildeo do plano de aula
Sim
Natildeo
Sem resposta
46
36
99
Estrateacutegias para ultrapassar as dificuldades com alunos com PHDA
Natildeo tem alunos com PHDA
Gestatildeo individual dasituaccedilatildeonecessidade doaluno
Maior solicitaccedilatildeo paraparticipar nas tarefas(exemplo ir ao quadro)
5831
11
Avaliaccedilatildeo do progresso do aluno com PHDA
Sim
Natildeo
Sem resposta
175
4 44
25
17
13
13
8
4
8
Intervenientes
Quando os alunos satildeodevidamente identificados comPHDA
Somente alunos acompanhadospelo Serviccedilo de Psicologia eOrientaccedilatildeo (SPO)
Para progresso na gestatildeo docomportamento e consequentedesempenho escolar
Diretor de Turma
Professor de Educaccedilatildeo Especial
Encarregado de Educaccedilatildeo
Conselho de Turma
SPO
Professor de Educaccedilatildeo MoralReligiosae Catoacutelica
40
27
17
1033
Contacto com os seguintes intervenientes
Diretor de Turma
Psicoacutelogo
Encarregado de Educaccedilatildeo
Professor de Educaccedilatildeo Especial
Professor de EMRC
Sem resposta
176
5819
23
Participaccedilatildeo dos professores na intervenccedilatildeo e integraccedilatildeo dos alunos com PHDA
Sim
Natildeo
Sem resposta
34
33
13
7
13
Razotildees para os professores participarem no processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do
aluno com PHDA
Interveniente ativo noprocesso educativo
Necessidade de maior apoio
Rentabilizaccedilatildeo deaproveitamento
Intervenccedilatildeo ativa dosprofessores e afincada doSPO
Sem resposta
177
80
20
Importacircncia da formaccedilatildeo dos professores na aacuterea da PHDA
Sim
Natildeo
5050
Razotildees para a natildeo formaccedilatildeo dos professores
Falta de oferta formativa
Existecircncia de equipaespecializada
114
444
73
Sugestotildees dos professores respondentes
Accedilotildees de formaccedilatildeo
Melhorar a capacidade deidentificaccedilatildeo para sinalizaccedilatildeo
Instrumentos de intervenccedilatildeonos departamentos
Identificaccedilatildeo precoce paraintervenccedilatildeo mais eficaz
Psicologia convertida agraveglobalidade
Sem resposta
178
Anexo 19 ndash Anaacutelise de Conteuacutedo das Fichas de Elementos Fornecidos pelo
Professor para Caraterizaccedilatildeo do Aluno
179
Categorias Sub-categorias Respondentes
Identificaccedilatildeo de
carateriacutesticas de alunos
com PHDA
Dificuldades em P1 P2
1 Controlar o comportamento times times
2 Focar a atenccedilatildeo times
3 Reter informaccedilatildeo times
4 Inibir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo times
5 Lidar com a frustraccedilatildeo times
Presenccedila de
1 Tiques times times
2 PEA times
3 Medicaccedilatildeo que
31 Atenua comportamento times
32 Manteacutem comportamento times
4 Agressividade ingeacutenua times
5 Afetividade times
6 Egoiacutesmo times
7 Preferecircncia por trabalhos
individuais
times
5
(i) esquece-se com frequecircncia das atividades quotidianas
2) Hiperatividade e impulsividade ndash 6 (ou mais) dos seguintes sintomas
persistiram pelo menos durante 6 meses num grau que eacute inconsistente com o niacutevel
de desenvolvimento e que tem impacto negativo direto nas atividades sociais e
acadeacutemicasocupacionais
(a) com frequecircncia movimenta excessivamente as matildeos e os peacutes e move-se
quando estaacute sentado
(b) com frequecircncia levanta-se na sala de aula ou em outras situaccedilotildees em que se espera
que esteja sentado
(c) com frequecircncia corre ou salta excessivamente em situaccedilotildees em que eacute
inadequado fazecirc-lo (em adolescentes ou adultos pode limitar-se a sentimentos
subjetivos de impaciecircncia)
(d) com frequecircncia tem dificuldades em jogar ou dedicar-se tranquilamente a
atividades de oacutecio
(e) com frequecircncia laquoandaraquo ou soacute atua como se estivesse laquoligado a um motorraquo
(f) com frequecircncia fala em excesso
(g) com frequecircncia precipita as respostas antes que as perguntas tenham
terminado
(h) com frequecircncia tem dificuldade em esperar pela sua vez
(i) com frequecircncia interrompe ou interfere nas atividades dos outros (por
exemplo intromete-se nas conversas ou jogos)
Criteacuterio B Alguns sintomas de hiperatividade-impulsividade ou de falta de
atenccedilatildeo que causam deacutefices surgem antes dos 12 anos de idade
Criteacuterio C Vaacuterios dos sintomas estatildeo presentes em 2 ou mais contextos (por
exemplo escola (ou trabalho) e em casa)
Criteacuterio D Devem existir provas claras de um deacutefice clinicamente significativo
do funcionamento social acadeacutemico ou ocupacional
6
Criteacuterio E Os sintomas natildeo ocorrem exclusivamente durante o curso de
esquizofrenia ou outra perturbaccedilatildeo psicoacutetica e natildeo satildeo bem explicados por outra
perturbaccedilatildeo mental (exemplos perturbaccedilatildeo do humor perturbaccedilatildeo de ansiedade
perturbaccedilatildeo dissociativa perturbaccedilatildeo da personalidade intoxicaccedilatildeo ou
abstinecircncia de substacircncias)
DSM-V (2014)
Olhando para esta diversidade de sintomas eacute necessaacuterio ter em conta que cada
crianccedila eacute diferente da outra uma vez que o seu proacuteprio desenvolvimento o contexto onde
se insere a situaccedilatildeo familiar e outros fatores variam influenciando assim o diagnoacutestico
(Lopes 2004) Como consequecircncia surgiu a necessidade de apresentar subtipos de
PHDA mais homogeacuteneos para que o diagnoacutestico se tornasse mais fidedigno (Lopes
2004)
Consta no DSM-V (2014) que a Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de
Atenccedilatildeo pode ser especificada dos seguintes modos i) apresentaccedilatildeo predominantemente
de hiperatividade-impulsividade (criteacuterio A2 preenchido e o criteacuterio A1 natildeo preenchido)
ii) apresentaccedilatildeo com predominacircncia de desatenccedilatildeo (criteacuterio A1 preenchido e o criteacuterio A2
natildeo preenchido) e iii) apresentaccedilatildeo combinada (preenchidos ambos os criteacuterios)
De acordo com Barkley amp Murphy (2006) a apresentaccedilatildeo combinada eacute aquela
onde se situa a maioria dos indiviacuteduos com PHDA Embora sejam os sintomas de
hiperatividade-impulsividade a surgir mais precocemente ao longo do tempo os
sintomas de falta de atenccedilatildeo comeccedilam a surgir em igual quantidade
Apesar da distinccedilatildeo entre estes grupos diferentes eacute importante ter presente que
duas crianccedilas podem ter o mesmo diagnoacutestico com os mesmos sintomas mas em que a
sua frequecircncia e intensidade satildeo diferentes (Moura 2008)
14 Caracteriacutesticas e Mitos de PHDA
Para se estar atento aos sinais antes do diagnoacutestico e para adequar a intervenccedilatildeo eacute
necessaacuterio conhecer algumas das caracteriacutesticas dos indiviacuteduos com PHDA Eacute importante
saber diferenciar as verdadeiras especificidades da perturbaccedilatildeo daquilo que satildeo os mitos
interiorizados pela sociedade que levam muitas vezes a conceitos errados ou a
7
interpretaccedilotildees incorretas apelidando de mau comportamento atos caracteriacutestico de um
indiviacuteduo que tem PHDA Acerca desta questatildeo Antunes (2009) refere ldquoelas tecircm a noccedilatildeo
do que estaacute certo ou errado e ateacute reconhecem as duas faces no comportamento dos outros
Como explicar entatildeo que sabendo a teoria natildeo a ponham em praacutetica A razatildeo eacute simples
a sua impulsividade natildeo o permite Eacute por isso inuacutetil dizer que eacute um laquomal comportadoraquo a
desgraccedila da famiacutelia malcriado preguiccediloso etcrdquo (p180)
Barkley amp Murphy (2006) apresentam algumas das caracteriacutesticas principais
presentes nos indiviacuteduos com PHDA
- A dificuldade na inibiccedilatildeo da resposta no controlo do impulso e na capacidade de
retardar a gratificaccedilatildeo satildeo umas das principais caracteriacutesticas destas crianccedilas As
consequecircncias destas satildeo muacuteltiplas e implicam por exemplo uma impossibilidade de
esperar a sua vez ou de se conseguir concentrar na execuccedilatildeo de tarefas ou ainda de
trabalhar com objetivos a longo prazo em vez de mais imediatos
- A excessiva atividade motora presente nessas crianccedilas que as impede muitas vezes
de permanecerem sentadas ou de natildeo conseguirem parar de mexer em coisas quando natildeo
eacute o momento adequado para tal Este sintoma eacute mais notoacuterio nas crianccedilas mais novas e
tende a diminuir com a idade
- A capacidade de persistecircncia e atenccedilatildeo durante a execuccedilatildeo de tarefas mais morosas e
de menor interesse para a crianccedila estatildeo tambeacutem afetadas Esta caracteriacutestica faz com que
haja mais momentos de distraccedilatildeo e de desconcentraccedilatildeo dificultando o seu dia-a-dia
Segundo os mesmos autores existem outras caracteriacutesticas estando estas mais
ligadas ao comportamento impulsivo A primeira que identificam tem a ver com a
memoacuteria de trabalho ou seja com a capacidade de reter informaccedilatildeo Quando esta
funccedilatildeo estaacute afetada eacute frequente o esquecimento de coisas que se deveria fazer ou de factos
relevantes que ajudariam na organizaccedilatildeo do seu pensamento Barkley amp Murphy (2006)
referem ainda a pobre regulaccedilatildeo do self nos indiviacuteduos com PHDA o que contribui
para um comportamento mais impulsivo Pode existir tambeacutem dificuldade em seguir
instruccedilotildees planear ou resolver problemas
Em suma algumas das principais caracteriacutesticas inerentes agrave falta de atenccedilatildeo satildeo a
desorganizaccedilatildeo e desatenccedilatildeo constantes nas tarefas realizadas tanto a niacutevel acadeacutemico ou
laboral como luacutedico Em relaccedilatildeo agrave hiperatividade o sintoma principal estaacute relacionado
com o excesso de atividade motora e a impulsividade caraterizando-se essencialmente
8
pela falta de paciecircncia O resultado satildeo respostas imediatas e por vezes natildeo pensadas
(DSM-IV-TR 2002)
Relativamente aos mitos associados agrave PHDA estes podem estar relacionados com a
sua geacutenese ou com o modo de educaccedilatildeo preferido pelos pais embora todos eles levem a
uma ideia preconcebida e muitas vezes natildeo sustentada cientificamente daquilo que
envolve esta perturbaccedilatildeo
Alguns dos mitos mais frequentes encontrados na literatura satildeo a PHDA eacute causada
por uma maacute alimentaccedilatildeo ou accediluacutecar em excesso ver demasiada televisatildeo potencia o
aparecimento da hiperatividade a maacute educaccedilatildeo dada pelos pais e desorganizaccedilatildeo familiar
(Lopes 2004) a falta de motivaccedilatildeo e de empenho por parte da crianccedila (Harvey amp Parker
1992)
15 Prevalecircncia e Comorbilidade de PHDA
De acordo com o DSM-IV-TR (2002) a PHDA tem uma prevalecircncia estimada de
3 a 7 nas crianccedilas em idade escolar podendo este nuacutemero variar conforme os meacutetodos
de avaliaccedilatildeo utilizados Refere tambeacutem natildeo haver dados precisos acerca da mesma
prevalecircncia na populaccedilatildeo adulta Jaacute o DSM-V (2014) aponta para uma prevalecircncia de 5
nas crianccedilas e de 25 na idade adulta
Barkley amp Murphy (2006) afirmam existir cerca de 5 a 8 de crianccedilas com
PHDA em idade escolar e cerca de 4 a 5 de adultos com a mesma perturbaccedilatildeo
Cardo amp Servera-Barceloacute (2005) realizaram um estudo em Espanha onde
concluiacuteram que a PHDA teria uma prevalecircncia de 47 Os autores acrescentam ainda
que a proporccedilatildeo de rapazes e raparigas com a perturbaccedilatildeo eacute de 251 e que o maior nuacutemero
de casos identificados se situa entre os 6 e os 9 anos de idade Em relaccedilatildeo aos subtipos
presentes no DSM-V a apresentaccedilatildeo combinada prevalece
Moura (2008) refere que em Portugal a prevalecircncia de casos de PHDA eacute incerta
contudo estaraacute proacutexima dos paiacuteses que lhe satildeo similares
Para finalizar Filipe (2004) eacute da opiniatildeo que a diferenccedila entre rapazes e raparigas
natildeo estaacute ligada agrave prevalecircncia da perturbaccedilatildeo em si mas sim agrave sintomatologia apresentada
O autor refere que a PHDA surge de forma mais mascarada nas raparigas pelo que por
9
vezes natildeo eacute realizado um diagnoacutestico concreto Acrescenta que em indiviacuteduos com mais
de 18 anos vaacuterios estudos demonstram uma prevalecircncia da perturbaccedilatildeo de 1 a 25
Aquando de um diagnoacutestico de PHDA eacute frequente estar presente um ou mais
diagnoacutesticos comorbidos (DSM-V 2014)
A Perturbaccedilatildeo de Oposiccedilatildeo eacute sem duacutevida aquela que ocorre mais vezes quando
existe PHDA podendo atingir metade da populaccedilatildeo geral quando haacute um diagnoacutestico de
PHDA do tipo Misto e cerca de um quarto da populaccedilatildeo quando a PHDA diagnosticada
eacute do tipo Desatento (DSM-V 2014)
A Dislexia e a PHDA tambeacutem ocorrem muitas vezes em simultacircneo Segundo
alguns autores (Germanograve Gagliano amp Curatolo 2010) numa amostra de indiviacuteduos com
PHDA a Dislexia ocorre em cerca de 18 a 45 e numa amostra de casos de Dislexia
a PHDA estaacute presente 18 a 42 das vezes Antunes (2009) apresenta alguns dados
referentes a diversos estudos acerca da comorbilidade da PHDA com outras perturbaccedilotildees
e dificuldades Perturbaccedilatildeo da Oposiccedilatildeo e Desafio 40 Ansiedade 34 Dislexia 20
Tiques 11 e Depressatildeo 4
16 Etiologia de PHDA
As causas da PHDA suscitam ainda algumas questotildees contudo eacute unacircnime que o
fator geneacutetico e consequentemente o hereditaacuterio estaratildeo na sua geacutenese (Barkley amp
Russel 2006)
Assim a PHDA eacute considerada ldquoum distuacuterbio neurobioloacutegico hereditaacuteriordquo (Parker
2003 p13) Foram jaacute encontrados alguns genes responsaacuteveis pela perturbaccedilatildeo (Barkley
amp Russel 2006) e sabe-se que a PHDA tem tendecircncia para ser encontrada em vaacuterios
elementos da mesma famiacutelia (Parker 2003)
Sabe-se tambeacutem que quando natildeo haacute evidecircncia de fatores hereditaacuterios a PHDA
pode ser explicada por outras ocorrecircncias tais como dificuldades na gravidez ou parto
prematuro abuso de substacircncias durante a gravidez e lesotildees nas zonas preacute-frontais do
ceacuterebro durante o desenvolvimento da crianccedila (Barkley amp Russel 2006 Parker 2003)
Como jaacute anteriormente assinalado eacute importante reforccedilar que as praacuteticas
educativas parentais natildeo satildeo referidas como uma causa da PHDA devendo ser retirada
10
essa carga emocional aquando de uma intervenccedilatildeo com a crianccedila e seus familiares (Lopes
2004)
17 Intervenccedilatildeo Psicoterapecircutica para a PHDA
As perturbaccedilotildees do desenvolvimento infantil onde se enquadra a PHDA
requerem intervenccedilotildees atempadas e eficazes que devem ser encaradas sob diversas
perspetivas educativa comportamental emocional social e meacutedica
De acordo com Bronfenbrenner (1979) o desenvolvimento e comportamento
humanos satildeo apenas plenamente compreendidos quando analisados nos contextos em que
os indiviacuteduos se inserem (sistemas) Daiacute a importacircncia de se intervir nos variados
contextos de vida da crianccedilajovem (familiar e escolar sem esquecer a proacutepria crianccedila)
ao mesmo tempo que se combinam vaacuterias terapecircuticas (farmacoloacutegica psicossocial e
cognitivo comportamental) como forma de se alcanccedilar maior eficaacutecia na intervenccedilatildeo
A este tipo de intervenccedilatildeo daacute-se o nome de Intervenccedilatildeo Multimodal que combina
vaacuterios tipos de abordagem envolvendo a crianccedilajovem e a sua famiacutelia bem como uma
equipa multidisciplinar composta por meacutedicos (pediatra pedopsiquiatra neuropediatra)
psicoacutelogos professores outros teacutecnicos e elementos da comunidade
Confere-se deste modo que a PHDA requer uma intervenccedilatildeo abrangente
(proacuteprio casa escola e comunidade) onde devem ser estabelecidas estrateacutegias a longo
prazo e delineados objetivos como os exemplos que se seguem melhorar as relaccedilotildees
sociais (pais colegas professores) diminuir os comportamentos disruptivos melhorar as
competecircncias acadeacutemicas promover a independecircncia o autocontrolo e a assertividade
melhorar a autoestima e permitir um desenvolvimento emocional mais harmonioso
prevenir a evoluccedilatildeo para comportamentos disruptivos e de marginalidade
Desta forma a intervenccedilatildeo visa maximizar a funccedilatildeo e performance da crianccedila em
casa na escola e na comunidade e natildeo curar a sua perturbaccedilatildeo Como refere Lopes
(2003) natildeo se ldquotratardquo a PHDA aprende-se a lidar com ela e procura-se manter os seus
sintomas dentro dos limites que natildeo se revelem gravosos para o proacuteprio e para aqueles
que com ele convivem
Citando Rodrigues (2008) quando se planifica uma intervenccedilatildeo na PHDA haacute que
ter em conta a fase de desenvolvimento da crianccedilajovem de modo a ajustaacute-la aos
periacuteodos e agraves circunstacircncias da sua vida Haacute que ter em conta a especificidade da PHDA
11
para aferir estrateacutegias de acordo com o perfilavaliaccedilatildeo funcional realizada e ainda
garantir o seu acompanhamento ao longo do tempo e a manutenccedilatildeo de mais do que uma
metodologia de intervenccedilatildeo
A intervenccedilatildeo deve entatildeo ser Multimodal podendo incluir trecircs grandes tipos de
intervenccedilatildeo a farmacoloacutegica a cognitivo comportamental e a psicossocial
171 Farmacoloacutegica
A intervenccedilatildeo farmacoloacutegica pode natildeo ser indicada eou necessaacuteria em todos os
casos de PHDA Pereira amp Fernandes (2001) alertam que sempre que se pondere iniciar
a terapecircutica farmacoloacutegica eacute necessaacuterio ter um diagnoacutestico correto que avalie a
frequecircncia a severidade e o impacte dos sintomas na vida da crianccedila do jovem com
PHDA e caso se justifique utilizar os faacutermacos mesmo conhecendo os seus potenciais
riscos e efeitos adversos
Apesar de existirem ainda duacutevidas quanto agraves causas da PHDA haacute evidecircncia de
alteraccedilotildees neuropsicoloacutegicas e neuroquiacutemicas ao niacutevel do coacutertex cerebral (preacute-frontal)
designadamente uma menor concentraccedilatildeo sinaacuteptica da dopamina um neurotransmissor
normalmente associado a mecanismos de prazer e recompensa Daiacute que o tratamento
farmacoloacutegico ao contraacuterio do que se pensa natildeo consiste em calmantes mas sim em
psicoestimulantes designadamente o metilfenidato (Moura 2013)
Desta forma os faacutermacos de eficaacutecia documentada satildeo os psicoestimulantes mais
conhecidos por Ritalina Concerta e Rubifen Estes satildeo inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo
da dopamina que ao aumentarem os niacuteveis de dopamina melhoram o grau de
funcionalidade dos lobos frontais e por consequecircncia atenuam os sintomas da PHDA
Segundo Moura (2014) diversos estudos comprovam a existecircncia de uma clara
melhoria apoacutes a utilizaccedilatildeo de faacutermacos com o princiacutepio ativo metilfenidato em crianccedilas
com PHDA nas seguintes aacutereas atenccedilatildeo impulsividade fiacutesica e cognitiva tempo de
reaccedilatildeo memoacuteria a curto prazo aprendizagem de material verbal e natildeo verbal
comportamentos de oposiccedilatildeo e sintomas de hiperatividade (perante doses mais elevadas)
A abordagem farmacoloacutegica natildeo poderaacute nunca constituir-se como uacutenica
intervenccedilatildeo mas sim ser parte integrante de um plano de atuaccedilatildeo alargado e
transdisciplinar Segundo Rodrigues (2008) a grande vantagem da intervenccedilatildeo
12
farmacoloacutegica reside no facto de ao diminuir os sintomas disruptivos permitir que outras
estrateacutegias de intervenccedilatildeo possam assumir uma maior eficaacutecia Isto eacute ao levar a uma
diminuiccedilatildeo significativa dos comportamentos desajustados permite um maior sucesso das
outras intervenccedilotildees
De referir ainda a importacircncia de antes de se iniciar a terapecircutica farmacoloacutegica
em crianccedilas com perturbaccedilotildees do desenvolvimento se dever discutir com os pais de uma
forma calma e detalhada os objetivos da mesma a sua duraccedilatildeo e a eficaacutecia esperada
(Pereira amp Fernandes 2001)
172 Cognitivo comportamental
Segundo Moura (2014) a intervenccedilatildeo psicoterapecircutica revela-se de extrema
importacircncia no processo terapecircutico da PHDA funcionando como um complemento a
outras intervenccedilotildees
A terapia cognitivo comportamental revela-se como a intervenccedilatildeo
psicoterapecircutica mais eficaz na PHDA realizada por psicoacutelogos especializados atraveacutes
de uma intervenccedilatildeo cliacutenica direta com a crianccedila o jovem Esta divide-se na intervenccedilatildeo
comportamental (adequada em crianccedilas pequenas ateacute ao 2ordm ciclo do ensino baacutesico) e na
intervenccedilatildeo cognitiva (indicada para adolescentes)
Segundo Loro-Loacutepez et al (2009) a intervenccedilatildeo comportamental integra
- Contratos comportamentais ndash especificam de forma clara e objetiva os
comportamentos adequados a adotar e os comportamentos desajustados a
eliminar bem como as recompensas e as consequecircncias negativas desse mesmo
comportamento satildeo assinados pelo aluno pais professor psicoacutelogo eou outro
teacutecnico
- Registos comportamentais ndash folha de registo dos comportamentos em sala de
aula com o objetivo de monitorizar o comportamento adequado
- Programa de economia de fichaspontos ndash sistema de atribuiccedilatildeo de pontos e
obtenccedilatildeo de recompensas pela ocorrecircncia dos comportamentos definidos como
desejados
- Correccedilatildeo do comportamento atraveacutes da manifestaccedilatildeo de outro comportamento
13
- Extinccedilatildeo do comportamento atraveacutes da implementaccedilatildeo de reforccedilos
A intervenccedilatildeo cognitiva segundo os mesmos autores pressupotildee
- Modelos de autoinstruccedilatildeo ndash o objetivo eacute regular o comportamento atraveacutes da
linguagem interna seleciona-se um problema de cada vez e trabalha-se passo a
passo ateacute ao comportamento desejado estar internalizado
- Modelos de automonitorizaccedilatildeo e autoregulaccedilatildeo comportamental ndash eacute o
proacuteprio indiviacuteduo que se vai autoregular autoreforccedilar e autopenalizar atraveacutes da
anaacutelise e da avaliaccedilatildeo do seu comportamento utiliza registos comportamentais
como ferramenta para reflexatildeo e autoavaliaccedilatildeo
- Estrateacutegias de resoluccedilatildeo de problemas ndash treino e desenvolvimento de
competecircncias atraveacutes de 6 fases para a resoluccedilatildeo de situaccedilotildees-problema o
objetivo eacute interiorizar atraveacutes da modelaccedilatildeo como se resolve determinado
problema e depois ser capaz de generalizar para as restantes situaccedilotildees quotidianas
promovendo a sua autonomia nas tomadas de decisatildeo
- Desconstruccedilatildeo das cogniccedilotildees irrealistas e desajustadas sobre o seu proacuteprio
comportamento
- Teacutecnicas de relaxamento
- Atividades e treino de competecircncias sociais em grupo
Mais uma vez importa referir que a intervenccedilatildeo cognitivo comportamental
aplicada isoladamente natildeo traz os ganhos e benefiacutecios necessaacuterios Haacute que conjugaacute-la
com a intervenccedilatildeo psicossocial e com a abordagem farmacoloacutegica nos casos em que esta
se justifica
173 Psicossocial
Este tipo de intervenccedilatildeo engloba diferentes metodologias e atua nos contextos
familiar e escolar de forma a abranger o maior nuacutemero de contextos e situaccedilotildees de vida
da crianccedila do jovem com PHDA
14
1731 Contexto familiar
A intervenccedilatildeo em contexto familiar reveste-se da maior importacircncia uma vez que
eacute fundamental que os pais conheccedilam e estejam informados sobre as caracteriacutesticas da
PHDA para assim desenvolverem adequadas praacuteticas educativas parentais
Devem desenvolver competecircncias de forma a reforccedilar os comportamentos
adaptativos e ao mesmo tempo diminuir os comportamentos disruptivos adotando
praacuteticas educativas consistentes (se hoje eacute puniccedilatildeo amanhatilde tambeacutem) firmes (se eacute dado
castigo este tem de ser colocado em praacutetica) e adequadas quer agrave idade da crianccedila quer
agrave gravidade do comportamento disruptivo
Os pais devem aprender como promover a disciplina e potenciar comportamentos
positivos nos filhos com PHDA
De acordo com Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo com a famiacutelia pode assumir
diferentes formas
- Programas de treino de pais - o grande objetivo eacute melhorar as relaccedilotildees entre
pais e filhos ensinando os pais a lidar de diferentes formas com os problemas de
comportamento dos seus filhos quer em casa quer em lugares puacuteblicos eacute
indicado para crianccedilas com idades ateacute aos 11 anos e em famiacutelias sem problemas
associados (psicopatologia depressiva na matildee stress familiar ou situaccedilotildees de
rutura matrimonial)
- Grupos de suporte para pais - o principal objetivo eacute a interajuda e o suporte
muacutetuo entre os pais onde a partilha e a troca de experiecircncias se apresenta como
uma vantagem na aprendizagem dos pais quanto agrave lideranccedila dos desafios
comportamentais dos seus filhos
- Intervenccedilatildeo na relaccedilatildeo e interaccedilatildeo pais-filhos - utilizada na adolescecircncia (a
partir dos 11 anos de idade) eacute constituiacuteda por programas que combinam o
aconselhamento dos pais e as terapias cognitivo comportamentais
A eficaacutecia da intervenccedilatildeo estaacute relacionada com o grau de severidade dos sintomas
das crianccedilas nomeadamente com comportamentos de oposiccedilatildeo e problemas de conduta
bem como da motivaccedilatildeo e do empenho dos pais e das crianccedilas em todo o processo
15
1732 Contexto escolar
A intervenccedilatildeo em contexto escolar com alunos com PHDA reveste-se da maior
pertinecircncia e deve ser implementada em diversas vertentes e aacutereas educativas Em todas
elas eacute fundamental ser-se capaz de se colocar no lugar do aluno com PHDA com as
limitaccedilotildees e dificuldades com que eacute confrontado sistematicamente em sala de aula e fora
dela
Eacute importante natildeo esquecer que aquilo que parece rotineiro e simples para a maioria
dos alunos pode-se revelar um obstaacuteculo de grande proporccedilatildeo para alunos com PHDA
Um aluno com essa perturbaccedilatildeo revelaraacute imensa dificuldade em i) manter a atenccedilatildeo numa
mesma atividade no periacuteodo de tempo desejado para a sua faixa etaacuteria e para o seu niacutevel
de escolaridade ii) passar os conteuacutedos do quadro para o caderno no tempo facultado
pelo professor iii) estar sentado todo o tempo da aula iv) realizar uma tarefa sem
interrupccedilotildees e pausas e em reter informaccedilatildeo (Barkley amp Murphy 2006)
Todas estas caracteriacutesticas tiacutepicas dos alunos com PHDA colocam aos
professores desafios diaacuterios no espaccedilo de sala de aula Cabe ao professor construir e
desenvolver em conjunto com o aluno as suas capacidades de funcionalidade de
autonomia e de autoestima que conduziratildeo a um melhor desempenho escolar
Os comportamentos perturbadores e as dificuldades de aprendizagem associadas
agrave PHDA tornam-se manifestaccedilotildees frustrantes para o professor e para o aluno podendo
conduzir ao desenvolvimento de sentimentos muacutetuos de aversatildeo ou mesmo de hostilidade
(Vasquez 1997) Assim eacute importante estabelecer estrateacutegias que permitam com mais
facilidade ajustar o comportamento da crianccedila de tal modo que esta aprenda e deixe que
os outros alunos da turma onde se encontra integrada aprendam tambeacutem
Natildeo se trata de ir pelo caminho mais faacutecil o do facilitismo mas antes trabalhar
em cooperaccedilatildeo para ajudar o aluno a perceber que eacute capaz e que consegue bons resultados
Desta forma a atitude do aluno eacute de persistecircncia (e natildeo de desistecircncia) e de empenho (e
natildeo de desinteresse) o que conduz a sentimentos de pertenccedila ao grupo turma
Segundo Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo psicossocial em contexto escolar pode
integrar os seguintes domiacutenios (a) formaccedilatildeo de professores (b) colaboraccedilatildeo e
cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola (c) intervenccedilatildeo comportamental em sala de aula (d)
ensino especial (e) treinodesenvolvimento de competecircncias sociais
16
(a) Formaccedilatildeo de professores
Inclui sessotildees de sensibilizaccedilatildeo e formaccedilatildeo sobre a PHDA e eacute essencial para um
melhor desempenho profissional dos professores A investigaccedilatildeo tem revelado que o
conhecimento e a atitude dos professores face agrave PHDA influenciam a sua disponibilidade
para a intervenccedilatildeo em contexto de sala de aula (Ghanizadeh Bahredar amp M 2006 Bekle
2004 cit por Rodrigues 2008)
(b) Colaboraccedilatildeo e cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola
O objetivo eacute efetivar uma parceria ao niacutevel da aplicaccedilatildeo de teacutecnicas especiacuteficas de
modificaccedilatildeo do comportamento De acordo com Barkley (2006) eacute importante que os
professores e os pais tenham um bom conhecimento sobre a PHDA tenham objetivos
realistas para as suas intervenccedilotildees e estejam motivados para uma efetiva colaboraccedilatildeo
Importa ser-se flexiacutevel para modificar e adequar estrateacutegias de intervenccedilatildeo
sempre que necessaacuterio e estar-se disponiacutevel para colaboraccedilotildees conjuntas e com
articulaccedilatildeo entre todos os intervenientes educativos
(c) Intervenccedilatildeo comportamental na sala de aula
Segundo Du Paul amp Stoner (1994) os problemas comportamentais e os problemas
de aprendizagem estatildeo intimamente ligados A intervenccedilatildeo seraacute mais eficaz se investir
para aleacutem dos aspetos comportamentais tambeacutem no rendimento das aacutereas acadeacutemicas A
melhoria destas conduz agrave diminuiccedilatildeo dos comportamentos perturbadores pelo que a
metodologia mais adequada para o atendimento das crianccedilas dos jovens com PHDA
deve incidir nos problemas da aprendizagem a par das condutas perturbadoras (Du Paul
amp Stoner 1994 Vasquez 1997 Pfiffner amp Barkley 1998)
Os alunos com PHDA apresentam normalmente baixo rendimento escolar
(apesar de muitas vezes revelarem um bom potencial de aprendizagem) elevados iacutendices
de comportamento fora da tarefa e dificuldades na realizaccedilatildeo de trabalho individual
Assim e de acordo com Rodrigues (2008) este tipo de intervenccedilatildeo deve basear-se numa
aprendizagem de competecircncias para a automonitorizaccedilatildeo onde se inclui a prestaccedilatildeo
acadeacutemica e natildeo somente o comportamento nos seus objetivos focando assim as vaacuterias
situaccedilotildees escolares que constituem um problema
17
Segundo a mesma autora distinguem-se trecircs domiacutenios onde este tipo de
intervenccedilatildeo se deve centrar
- Modificaccedilatildeo do contexto
Sendo a sala de aula o local onde os alunos passam a maior parte do tempo em
que estatildeo na escola e tambeacutem onde lhes eacute exigido trabalho e esforccedilo mental esta
apresenta-se como o local de eleiccedilatildeo para o surgimento de comportamentos disruptivos
nos alunos com PHDA Daqui adveacutem a importacircncia na reorganizaccedilatildeo dos contextos
fiacutesicos de sala de aula ao niacutevel da colocaccedilatildeo da crianccedila no espaccedilo-sala da organizaccedilatildeo
dos espaccedilos de trabalho e no posicionamento dos materiais ludicopedagoacutegicos (eg
calendaacuterio quadro de tarefas) (Rodrigues 2008)
Segundo vaacuterios autores nomeadamente Lopes (2004) Du Paul amp Stoner (2007)
Riefs (1998) e Fernandes (2007) existem diferentes estrateacutegias que se podem e devem
implementar em contexto de sala de aula com alunos com PHDA com o objetivo de
modificar comportamentos e rentabilizar o desempenho escolar
Relativamente agrave organizaccedilatildeo do espaccedilo podem-se enunciar as seguintes
estrateacutegias
- Sala de aula bem estruturada com poucos estiacutemulos visuais
- Localizaccedilatildeo do aluno na sala de aula (sentar o aluno na primeira fila o mais
proacuteximo possiacutevel do professor e afastado de estiacutemulos de possiacutevel distraccedilatildeo com
boa visibilidade para o quadro e proacuteximo de um bom modelo)
- Ter em cima da mesa apenas o material necessaacuterio
- Existecircncia de um espaccedilo na sala onde o aluno possa trabalhar individualmente
eou realizar atividades diferentes
- Existecircncia de ldquocantinhosrdquo onde o aluno possa realizar atividades manuais ou
artiacutesticas
No que respeita agrave organizaccedilatildeo e gestatildeo da aula importa ter em atenccedilatildeo as
seguintes estrateacutegias
- Sala de aula estruturada com rotinas escolares diaacuterias consistentes ao longo do
tempo
- As tarefas e os trabalhos repetitivos e monoacutetonos devem ser evita