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Introdução Todos os músicos a dada altura do seu percurso quiseram aprender músicas de outras bandas ou artistas. E se por um lado tentar descobrir os acordes por meio próprio é um ótimo meio de progressão, pode ser frustrante deixar de tocar uma música só porque se está encalhado em determinado ponto, ou porque não se sabe fazer este ou quele acorde. Além disso ter uma tablatura ou partitura serve sempre pelo menos como meio de confirmação. Nós em Anaquim não somos exceção. Por isso decidimos fazer este livro para que as pessoas possam aprender as nossas músicas da maneira que elas foram gravadas em disco. Claro que isto não invalida que façam as vossas próprias versões dos nossos temas, mudando os ritmos ou as progressões harmónicas. O que interessa é ter a coragem de as interpretar. Afinal de contas as músicas nascem por obra de uns quantos, mas vivem por obra de muitos mais. De resto, divirtam-se! José Rebola

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Introdução

Todos os músicos a dada altura do seu percurso quiseram aprender músicas de outras

bandas ou artistas. E se por um lado tentar descobrir os acordes por meio próprio é um

ótimo meio de progressão, pode ser frustrante deixar de tocar uma música só porque se está

encalhado em determinado ponto, ou porque não se sabe fazer este ou quele acorde. Além

disso ter uma tablatura ou partitura serve sempre pelo menos como meio de confirmação.

Nós em Anaquim não somos exceção. Por isso decidimos fazer este livro para que as pessoas

possam aprender as nossas músicas da maneira que elas foram gravadas em disco. Claro que

isto não invalida que façam as vossas próprias versões dos nossos temas, mudando os ritmos

ou as progressões harmónicas. O que interessa é ter a coragem de as interpretar. Afinal de

contas as músicas nascem por obra de uns quantos, mas vivem por obra de muitos mais.

De resto, divirtam-se!

José Rebola

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2

Prefácio

Todos os músicos a dada altura do seu percurso quiseram aprender

músicas de outras bandas ou artistas. E se por um lado tentar

descobrir os acordes por meio próprio é um ótimo modo de progressão,

pode ser frustrante deixar de tocar uma música só porque se está

‘encalhado’ em determinado ponto ou porque não se sabe fazer este ou

aquele acorde. Além disso ter uma tablatura ou partitura serve sempre,

pelo menos, como meio de confirmação.

Nós em Anaquim não somos exceção… Por isso decidimos fazer este livro,

para que as pessoas possam aprender as nossas músicas da maneira que

elas foram gravadas em disco. Claro que isto não invalida que façam as

vossas próprias versões dos nossos temas, mudando os ritmos ou as

progressões harmónicas. O que interessa é ter a coragem de as

interpretar. Afinal de contas, as músicas nascem por obra de uns

quantos, mas vivem por obra de muitos mais.

Divirtam-se!

ANAQUIM

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3

Índice

Índice …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………… 3

Considerações ………………………………………………………………………………………………………………………………………… 4

As Vidas dos Outros ………………………………………………………………………………………………………………………… 5

Horas Vagas ……………………………………………………………………………………………………………………………………………… 10

Lídia ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………… 13

Lusíadas ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………… 18

Chama-me Vida ………………………………………………………………………………………………………………………………………… 21

Na Minha Rua …………………………………………………………………………………………………………………………………………… 24

O Meu Coração ………………………………………………………………………………………………………………………………………… 28

Balalaikas ………………………………………………………………………………………………………………………………………………… 32

Bocados de Mim ……………………………………………………………………………………………………………………………………… 38

Monstros ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………… 41

Saltimbanco ……………………………………………………………………………………………………………………………………………… 46

Vampiros ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………… 50

Metamorfose ……………………………………………………………………………………………………………………………………………… 54

Pobre Velho Louco ……………………………………………………………………………………………………………………………… 58

A Morte Saiu à Rua …………………………………………………………………………………………………………………………… 62

Tom Sawyer ………………………………………………………………………………………………………………………………………………… 64

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4

Considerações

Os acordes (ou cifras) encontram-se no sistema anglo-saxónico, cuja

correspondência com o nosso é a seguinte:

A – Lá ; B – Si ; C – Dó ; D – Ré ; E – Mi ; F – Fá ; G – Sol

Os diagramas dos acordes são apenas sugestões, havendo sempre formas

alternativas de os fazer.

Pressupõe-se alguma familiarização com as tablaturas de guitarra.

Em caso de dúvida, consultem, por exemplo, os seguintes sites:

http://alunos.lis.ulusiada.pt/11064601/comolertab.htm (em português)

http://www.ultimate-

guitar.com/lessons/for_beginners/guide_to_tab_notation.html?no_takeover

(em inglês)

Apresentam-se aqui as harmonias originais mas elas podem, em alguns

casos, ser simplificadas. Como exemplo, acordes de sétima (C7) ou nona

(C9) podem ser simplificados por acordes maiores normais (C).

Nota para os acordes diminutos, cuja representação é feita por „dim‟

ou pelo símbolo correspondente „º‟, sendo as duas formas equivalentes.

Confiem nos vossos ouvidos mas, para esclarecimento de qualquer

dúvida, não hesitem em contactar-nos via facebook…

https://www.facebook.com/anaquimbanda

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6

As Vidas dos Outros

Intro (VER TABLATURA):

B7

E C E C# F#9 C7 B7 E C#7 F#9 B7

E C E C# F#9 C7 B7

Verso:

E A B

Eu sou tão bom a falar das vidas dos outros

E Am B

Há sempre um conselho a dar p'rás vidas dos outros

G#m F#

Nada é eterno e se aguentarmos todo o mal tem fim

E F# Am B

É fácil ter calma quando a alma não me dói a mim

Eu sou tão bom a tornar todo o mal inerte

Se é aos outros que lhes custa que o passado aperte

Mas quando a inquietude vem toda para o meu lado

Deita-se desnuda e não desgruda até me ter vergado

Ponte:

G#7 C#m

É tão simples quando estou de fora

G#7 C#m

A ver passar as nuvens pelo ar

D C#m

Aplaudir, rever-me e concluir

F#m G#

Que eu também já lá estive e...

F#m G# C#m

Já soube ultrapassar

G#7 C#m

Só a mim é que ninguém me entende

G#7 C#m

e a minha dor não tem como acabar

D C#m

Ai quão melhor era acordar um dia

F#m G# A B E

E ter as vidas dos outros todas em meu lugar

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7

Refrão:

E C

As vidas dos outros, nunca me soam mal

E C#

Vêem problemas no que é no fundo normal

F#9 C7 B7

Ai se eles soubessem como é viver assim

E C#7 F#9 B

As vidas dos outros são tão simples para mim

E C

As vidas dos outros, nunca me soam mal

E C#

Vêem problemas no que é no fundo normal

F#9 C7 B7

Ai se eles soubessem como é viver assim

E C#7 F#9 B

As vidas dos outros são tão simples para mim

E C#7 F#9 B E

As vidas dos outros são tão simples para mim

Interlúdio:

E A B E C#m A B E

Verso:

Eu sou tão bom a falar das vidas dos outros

Sempre me sei comportar nas vidas dos outros

Volta, revolta, o melhor está para vir

Solta tudo agora, não demora tornas a sorrir

Eu sou tão bom a apagar qualquer mau momento

Se é aos outros que lhes bate à porta o sofrimento

Mexe, remexe, alguma coisa hás-de encontrar

A solução é procurar

Paragem:

E F#

Eu sou tão bom a falar,eu sou tão bom a cantar

Am B

eu sou tão bom a contar as vidas dos outros

E F#

Eu sou tão bom a falar, Eu sou tão bom a curar

Am B7

Tudo menos o meu próprio mal

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Refrão:

As vidas dos outros, nunca me soam mal

Vêem problemas no que é no fundo normal

Ai se eles soubessem como é viver assim

As vidas dos outros são tão simples para mim

As vidas dos outros, nunca me soam mal

Vêem problemas no que é no fundo normal

Ai se eles soubessem como é viver assim

As vidas dos outros são tão simples para mim

Final:

E A B E

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Horas Vagas

Intro:

Bm A D F# Bm Bm A D F# G F# Bm

Bm A D F# Bm Bm A D F# G F# Bm

Em F Em B Em F G F# F F# G F#

Bm F Bm F Bm F Bm A7

Verso:

D

Pus as mãos à frente p‟ra não perceber

D

Tentei que o segredo fosse esconder

Bb A D

Que há quem diga que a vida é dos outros, estão loucos

Mas não evito que essa ideia cresça em mim

Eu próprio já pensei que fosse assim

Tudo um grande embuste de quem chora, agora

Ponte:

Bb A D

Temo que a razão se escape a quem teimar em não mudar

Bb A D E

Filhos da caverna que outros ajudaram a povoar

Gm A F# Bm

De um irrespirável ar, que canta e dança e entretém quem vem

C#

Mas sempre insiste, que só ele existe,

G F# Bm A7

e ai de quem negar tê-lo por rei

Verso:

Saibam que eu nem sempre fui um escravo fiel

Noutros tempos tive o meu papel

De Messias estereotipado, moldado

Mas nada reneguei por me julgar sozinho,

Senão ainda me perdia p‟lo caminho

É que as indicações são pouco claras, e raras

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Ponte:

Só nas horas vagas eu desperto e vejo, o que desejo

Só nessas horas vagas novas sombras são cativa ilusão

De uma outra criação, que canta e dança e entretém quem vem

E ainda que teime, que só ela reine,

de bom grado a aceito como lei

Interlúdio:

Bm C#

Mas não vou conseguir, se não chegar a entender

Em F# Bm

Se é má vontade ou simples tradição sofrer

Bm C#

Eu não vou muito longe, nesta incerta viagem

Em F# Bm

Se o combustível for minha coragem

Encosto-me a dormir e a aceitar o que nego

Qualquer paisagem serve a um olhar cego

E é melhor esquecer que já tive outra prece,

Que a vida bem premeia quem merece

Final:

Bm C#

Como animais, como animais,

Em F# Bm

vou-me curar do vício de querer sempre mais

Bm C# Em F# Bm

Como animais, como animais, enquanto ainda não é tarde de mais

Bm C#

Como animais, como animais,

Em F# Bm

curei-me do desejo de querer sempre mais

Bm C# Em F# Bm6 Bm

Como animais, como animais, enquanto ainda não é tarde de mais

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Lídia

Intro: (VER TABLATURA)

Dm Eº Dm/F Eº x4

Dm Eº Dm/F Eº Dm Eº Dm/F Dm/F Eº Dm Eº Dm/F Eº Dm Eº A A A

Dm Eº Dm/F Eº Dm Eº Dm/F Dm/F Eº Dm Eº Dm/F Eº Dm A Dm

Parte 1:

Dm Gm A

Quem te falou em escolhas certas mentiu-te

Dm Gm A

Quem te apontou caminhos sem os percorrer

Dm Gm C F

Quem te mostrou suas aguarelas nas telas pintadas

Bb Eº A

por uma só forma de ver

Dm Gm A Dm

Quem te falou numa verdade enganou-te

Dm Gm A Dm

Há mais verdades escondidas por aí

Dm Gm A

Somos voláteis somos feitos de contrários

Dm Gm A Dm

Somos todos santos somos todos mercenários

Ponte:

Dm Eº Dm/F Eº Dm Eº Dm/F Eº

Sa- cri - fi - co minha vontade,

Dm Eº Dm/F Eº Dm Eº A A

por um tiro no escuro que nos deixa sós

Dm Eº Dm/F Eº Dm Eº Dm/F Eº

Custa ver que na reali–da-de

Dm Eº Dm/F Eº Dm A Dm

o tiro não foi no escuro o tiro foi em nós

Não pretendo não fazer erros,

vou aprendendo com o mal que trago em mim

E se aprendo sinto-me gente,

que só é gente quem consegue ser assim

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Refrão:

Dm Bb Eº A Dm Bb Eº

Alguém, que vendo o mal nunca está bem

A Dm Bb Eº

Que vendo o mal nunca está bem,

A Dm Bb Eº A

que vendo o mal nunca está bem

Dm Bb Eº A Dm Bb Eº

Alguém, que vendo o mal nunca está bem

A Dm Bb Eº

Que vendo o mal nunca está bem,

A

que vendo o mal nunca está

Dm Eº Dm/F Eº Dm Eº Dm/F Eº Dm Eº Dm/F Eº Dm A Dm

bem

Parte 2:

Dm

Alguém me disse que a vida passa a correr

Gm Dm E A

E eu fui na corrida sem sequer me aperceber

Dm

Alguém me disse que a vida passa a correr

Gm Dm A Dm

E eu fui na corrida sem parar p‟ra abastecer

Dm C Bb F

A vida são dois dias disse um homem já maduro

Gm Dm E A

Tive um ontem e hoje o mais certo é não ter futuro

Dm C Bb F

O velho do Restelo diz que a vida são dois dias

Gm Dm A Dm

E entre o choro e o riso eu não deixei horas vazias

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Parte 3:

Dm A7 Dm

Lídia enlacemos as mãos vamos ficar então

A7

somente a ver passar o rio

Dm A7 Dm

Lídia joguemos xadrez façamos isso em vez

A7

de dar à guerra o nosso brio

Dm A7 Dm

Lídia, sejamos alheios aos desgostos feios

A7

de quem já não quer quem tem

Dm A7 Dm

Mas Lídia,eu sinto-me vazio a ver passar o rio,

A

sem te ter nem fazer por ser

Refrão:

Alguém, que vendo o mal nunca está bem

Que vendo o mal nunca está bem,

que vendo o mal nunca está bem

Alguém, cuja maldição afinal

Está nessa fraqueza carnal,

de querer o bem e ter o mal

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Lusíadas

Intro:

D G A x3

D A

Verso:

D B E

Este é o nosso triste fado,

A G# G F#

Do vamos andando e do pobre coitado

F# Bm

Velha canção em que a culpa é do estado

Bb A

Por ser o espelho do reinado

E a história, por mais do que uma vez

Foi mais cruel que a de Pedro e Inês

Levou-nos o que tanta falta nos fez,

Sem deixar razões ou porquês

Ponte:

Bm

Temos fuga ao fisco, estradas de alto risco

E

Temos valiosos costumes e tradições

D A

Que eu não percebo, se nos maldizemos, quais as razões?

Temos chicos espertos, burlas e protestos

Temos tantos motivos p‟ra sorrir

Que eu nem imagino qual será a desculpa que vem a seguir…

Refrão:

D C# D C# C B

Gosto tanto deste país, só não entendo o que o faz feliz

E

Se é rir da miséria de outros, quando a vemos

A A7

Ou chorar da nossa própria, quando a temos

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20

D C# C C# C B

Gosto tanto deste país, só não entendo quando ele se diz

E

Senhor de um futuro maturo, duro mas seguro

A D

Eu juro que ainda não o vi

Interlúdio:

D G A x3

D A Bbº Bm

Parte 2:

Bm

Os queixumes, sei-os de cor

E

Endereçados, a Nosso Senhor

D

Intercalados, com suspiro ou dor

A

De um bom sofredor.

Dentro de momentos, seguem-se os lamentos

Não há dinheiro p‟rós medicamentos

Não há dinheiro p‟ra tantos sustentos

Tão longe vão outros tempos

Solo 1 e 2:

(igual a verso)

Solo 3 e 4:

(igual a ponte)

Refrão:

Gosto tanto deste país, só não entendo o que o faz feliz

Se é rir da miséria de outros, quando a vemos

Ou chorar da nossa própria, quando a temos

Gosto tanto deste país, só não entendo quando ele se diz

Senhor de um futuro maturo, duro mas seguro

Eu juro que ainda não o vi

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22

Chama-me Vida

Intro:

Am

Am Bm7(b5) E Dm E

Am Bm7(b5) E Am

Verso:

Am

Cada dia era um dia, cada hora dizia

G C E Am

Algo novo sobre ser mulher, sobre ser maior

Dm E

Sobre o medo e o amor

Am

Cada olhar, cada adeus, cada gesto dos seus

G C E Am

Era luz, era choro, era canto, era pouco e era tanto

Dm E

Do seu manto de cor

Ponte:

B F#m C#m

E no fundo a fobia da ancoragem, essa eterna viagem

D A F A

Bem tentava curar, p‟ra ter algo de seu

D A F E Am

Mas só no nada querer, ela nada perdeu

Bm7(b5) E

(Toda a gente dizia)

Refrão:

Am Dm

Suga-me até ao tutano e chama-me vida

E Am Am/G Am/F#

Deixa-me ser a paragem da tua corrida

F Dm

Mesmo os rios mais inquietos descansam num mar

E Am

Não quero que um dia caias de tanto voar

Bm7(b5) E

(E ela respondia)

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23

Am Dm

Voo porque lá em cima me deixam sonhar

E Am Am/G Am/F#

Cada paragem que faço é só p‟ra descansar

F Dm

Mas levo tudo em minhas águas, não quero apagar-te

E Am Bm7(b5) E

Chamo-te vida se dela quiseres fazer parte

Interludio:

(igual à intro)

Verso:

Cada chão era um palco, cada rua um teatro

Mesmo o erro era um sábio juízo e ao chorar com um sorriso

Era fácil sofrer

Se temia arriscava, se gostava beijava

Sem qualquer preconceito a mensagem que à sua passagem

Ensinava a viver

Solo:

(igual à ponte)

Refrão:

Suga-me até ao tutano e chama-me vida

Deixa-me ser a paragem da tua corrida

Mesmo os rios mais inquietos descansam num mar

Não quero que um dia caias de tanto voar

Voo porque lá em cima me deixam sonhar

Cada paragem que faço é só p‟ra descansar

Mas levo tudo em minhas águas, não quero apagar-te

Chamo-te vida se dela quiseres fazer parte

Final:

(igual à intro)

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Na Minha Rua

Intro: (VER TABLATURA)

Cm

Verso:

Cm

Na minha rua, há restos de vidas

Cm

Restos de famílias de mães desaparecidas

G#7 G7

E outras há que deram vida às vidas que por ali param

G#7 G7

Vindas de passagem e de passagem lá ficaram

Na minha rua há restos de cartazes

Restos de eleições, de “sim ao aborto” e outras frases

Que eu não votei mas fiz pressão p‟ra que outro alguém votasse

E a minha consciência passa a vida num impasse

Refrão:

Cm G D# F G#7

Na minha rua há restos de mim por todo o lado

G7

Espalhados pelo tempo e pelo espaço

Cm G D# F G#7

Na minha rua há pedaços de mim por toda a parte

G7

Rasgados e atirados pelo ar

Paragem:

Cm

Verso:

Na minha rua há restos de namoros

De beijos e abraços de zangas e desaforos

E eu não tive ninguém que se dignasse a odiar-me

No meu mau feitio de preguiça, humor e charme

Na minha rua há restos de noites,

Restos de garrafas, bebedeiras e açoites

Gemidos disfarçados p‟la euforia dos turistas

À porta de boîtes tão baratas como ariscas

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Refrão:

Na minha rua há restos de mim por todo o lado

Espalhados pelo tempo e pelo espaço

Na minha rua há pedaços de mim por toda a parte

Rasgados e atirados pelo ar

Solo:

(igual a verso)

Refrão:

Na minha rua há restos de mim por todo o lado

Espalhados pelo tempo e pelo espaço

Na minha rua há pedaços de mim por toda a parte

Rasgados e atirados pelo ar

Final:

Cm F

É tão bom saber que há vida assim

Cm F

Ai faz tão bem, saber com quem contar

D# D

Eu quero ir, poder então fugir

G# G

É bom p‟ra mim é bom p‟ra quem tão bem me quer

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O Meu Coração

Intro: (VER TABLATURA)

G D 4x

Verso:

G D

O meu coração é um viajante,

G D

que se entrega num instante por aí aonde for

G D

Acha que sabe bem o que eu preciso,

G D

prende-se a qualquer sorriso, sem motivos de maior

G D G D

O meu coração é inocente, pensa que a vida é um mar de rosas

A D A D

Mas eu que vi espinhos em toda a gente, afasto essas certezas duvidosas

O meu coração é um bicho muito estranho

que se esconde e não responde a quem chamar

Alérgico ao exterior vive na toca,

onde se esconde e sufoca por não ver entrar o ar

O meu coração vive trancado, diz-se que atirou a chave ao mar

E eu que a procurei por todo o lado, só me resta assim continuar

Refrão:

G D

Coração triste, não me arrastes em teu passo

G D

Meu corpo insiste em decidir o que faço

Am B7 Em D/F# G

Se eu vir que sim tu vires que não eu cá vou bem sem coração

A D

Entre o morrer de amor e o viver nesta prisão

G D

Coração louco, não me imponhas o teu vício

G D

Que a pouco e pouco, vou cedendo ao sacrifício

Am B7 Em D/F# G

É que eu sei bem que se acordares e procurares por aí,

A D G

encontras outro coração p‟ra ti

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30

Verso:

O meu coração é uma criança,

ansiosa pela dança de quem lhe estender a mão

Mas este é caprichoso e corrosivo,

analista compulsivo que não chega à conclusão

O meu coração segue as novelas, jubila com as falas das actrizes

O meu carrega histórias de mazelas, e afasta-se desses finais felizes

Refrão

Interludio:

G G A D7 2x

Ponte:

Em B7

Falei primeiro a bem por ser assunto de respeito

B7 Em

Mas não me deu ouvidos, prosseguiu naquele jeito

Am Em

Mudei p‟rás ameaças, tentei que usasse a razão

F# B

Mas é palavra estranha p‟ró meu pobre coração

Em B7

Farta desses maus tratos fiz as malas e parti

B7 Em

E logo te encontrei com o mesmo mal de que eu sofri

Am Em

A mesma frustração, a mesma pose, o mesmo olhar

F# B

E em teu toque senti no meu corpo outro pulsar

Am G

Juntos rimos de tudo só chorámos nas novelas

F B7

Fingimos ser crianças e dançámos como elas

Am G

Perdemos noite e dia, e entre histórias e canções

D

Juntámos nomes, gostos e moradas,

e quase sem dar por nada encontrámos corações

Refrão

Final

G D (7x) G

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39

Bocados de Mim

(só vozes)

Eu gostava de ser dessas pessoas positivas

que andam pela vida cheias de planos p‟ra amanhã

Que dizem frases feitas mas têm suas próprias manias

e as outras gostam delas porque elas são mesmo assim

Eu gostava que no fundo o mundo fosse simples,

que o dia fosse um barco e a noite fosse um cais

Se tudo fosse sim ou não p‟ra mim era mais fácil

e eu não tinha que magoar as pessoas que gosto mais

Verso:

D G

Eu gostava de ser mais ajuda p‟rá família,

Em A

de aprender a fazer bolos em casa da minha avó

D G

Porque ela me quer lá e até faz alguns petiscos

Em A

co‟a minha mãe a ajudar p‟ra que ela não se sinta só

D G

Eu gostava de me lembrar mais de algumas coisas

Em A

que a vida foi levando em tratamentos de choque

D G

De me recordar de cheiros, de barulhos

Em A D

e dos discos com que a minha irmã me ensinou a ser alguém do rock

Ponte:

Bm F#m

Mas ando pela vida feito placa de auto-estrada,

G D A

que ensina o caminho aos outros mas pouco sabe de si

Bm F#m

Mas ando pela vida por ver andar meus amigos,

G Em A D

e confesso que por vê-los nem me custa andar aí

Interlúdio:

D G A G A D 2x

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40

Verso:

Eu gostava de ser um assunto mais peculiar,

como o blog da Filipa e os textos que lá diz

Qualquer coisa que tivesse algum efeito nas pessoas

como os poemas da Inês ou as anedotas do Luís

Eu gostava de me dedicar aos trocadilhos,

que me fazem perder tempo e não fazem rir ninguém

Porque há coisas que não são p‟ra rir são só para ter pinta

já dizia o meu pai e eu só agora entendi bem

Ponte:

Mas ando pela vida cinzentão e esbatido,

sem ter a coragem de convidar gente p‟ra dançar

Mas ando pela vida sem ter a lata do Hugo,

que é capaz de fazer tudo para a malta se animar

Interlúdio

Verso:

Eu gostava de saber explicar bem o que sinto,

de não mentir como minto quando digo que estou bem

Porque todos temos dores e para cheirar as flores

desbravamos os caminhos com a ajuda de quem vem

Eu gostava de ser qualquer coisa mais bonita,

fosse o sorriso da Rita fosse o carinho da Rute

De lutar cegamente por aquilo em que se acredita

porque há lutas que se perdem mas precisam que alguém lute

Ponte:

Mas ando pela vida às vezes sem ser sincero,

isso lá me vai custando quando é hora de deitar

Finjo ser a pessoa que eu quero que os outros gostem,

e acabo a não ser nada que valha a pena gostar

Final:

G A D G A D

São só bocados de mim, são só bocados de nós

G A Bm G Em A D

São só bocados que eu enfim, deixei ir na minha voz

São só bocados de mim, são só bocados de nós

São só bocados que eu enfim, deixei ir na minha voz

Fim:

D A D A D A D

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Monstros

Intro baixo (VER TABLATURA – compassos 1-8):

Dm C Bb A Dm F Bb A

Dm C Bb A Dm F Bb A

Riff1 (VER TABLATURA – compassos 9-17):

Dm C Bb A x4

Verso:

Dm C Bb A

Eu não acredito que seja abençoado

Dm C Bb A

Se alguém me enfeitiçou foi o próprio Diabo

Dm F G A

Coitado! Que feitiço tão mal empregue…

Dm Bb A Dm

Podia tê-lo guardado para o Sr. que se segue

Leva a tua avante que eu levo a minha cruz

Troco o masoquismo por alguém que me seduz

E a luz, que nunca chega a ser a minha

Ofusca nos momentos em que a razão me convinha

Ponte:

Gm Dm

Não queiras salvar alguém que nasce condenado

Gm Bb Ab A Dm

Não queiras a calma de uma alma enforcada na negação de si

Riff2 (solo):

Dm C Bb A x3 Dm C Bb

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Refrão:

A Dm A Dm

Mas bem lá no fundo, sei que há mais no mundo

Gm C F E

Que escapam aos padrões ditos normais, e banais

A Dm A Dm

Incompreendidos, auto-excluídos

F C Bb A D5 D5b

Monstros com bocados a menos, com pecados a mais

F C Bb A D5 D5b

Monstros com bocados a menos, com pecados a mais

Riff1:

(igual à intro)

Verso:

Eu não acredito na bela sem senão

Vivo iludido com a própria ilusão

E não me digam que ela não existe

O mundo ao fim ao cabo é de quem lhe resiste

Leva a tua avante que eu levo o que restou

Que interessa o que seria se não fosse como sou

Não vou modificar minha vontade

Só porque mais ninguém lhe vê um véu de verdade

Ponte:

Não queiras o hoje de um eterno insatisfeito

Amanhã a fúria de um mundo imperfeito volta p‟ra se vingar em ti

Riff2

Refrão:

Mas bem lá no fundo, sei que há mais no mundo

Que escapam aos padrões ditos normais, e banais

São postos de lado, marginalizados

Monstros com bocados a menos, com pecados a mais (3x)

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Saltimbanco

Riff:

Am Dm Am Dm Am B7 E

Am Dm Am Dm Am Dm E Am

Verso:

Am

O meu destino é simplesmente andar p‟lo mundo

Dm E

Pode não ser profunda esta tarefa que me escolhem, em que me acolhem,

Am

onde tudo dura um segundo

Am

A minha vida é simplesmente ler poemas,

Dm E

Filmes de cinema com finais já conhecidos, fazer ruídos

Am Am/G F E Am

Para ouvidos incompreendidos, numa tentativa de atenção

Ponte:

Dm E

Incaracteristicamente falando eu gosto,

F C

e o gosto dos outros se é bom gosto é meu também

E Am Am/G

Se ouvir ensina eu aprendo mais do que é preciso,

F E Am

sem ter que dar lições p‟ra ninguém

Insuspeitamente falando até aposto,

virão melhores dias do que o dia que aí vem

Mas sem degraus uma escada é parede e não caminho

valem pelo uso que eles têm

Riff

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Verso:

A minha vida é terreno fronteiriço,

Onde o dia acaba e a noite continua, pesada e nua

Queimando seu fogo mortiço

A minha vida é de versos e reversos,

Propósitos imersos sob o manto da rotina

Que recrimina qualquer impulso que lhe fuja ao braço

Por ter medo dos que o seguirão

Ponte:

Incaracteristicamente eu contribuo

P‟ra qualquer conluio que faça frente à razão

Se serão bons é coisa que ainda ninguém sabe ao certo,

Mas decerto piores não serão

Mas inequivocamente haja a lembrança

Que são más as mudanças para a mesma condição

Qualquer destino é melhor do que o de um saltimbanco

Que anda sem nunca ter o seu chão

Riff final:

Am Dm Am Dm Am B7 E

Am Dm Am Dm Am Dm E Dm E F E Dm E Am

Am

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Vampiros

Intro (VER TABLATURA):

B7 Em Em Cº

Em C B7 x4

Verso:

Em

Reza a história que os vampiros já cansados

D Em

Retornaram ao covil p‟la madrugada

Am Em

E entre brumas e despojos retrataram

C B7

Cicatrizes de uma luta atribulada

Em

Mas o mal nunca dorme e pouco descansa

D Em

Que a vingança nunca espera por ninguém

Am Em

E é ponto certo que ao vir outro dia

D C B7 Em

outra noite virá também

Riff 1:

Em Cº B7 Em Em Cº B7 Em Em Em B7 Em

Verso:

Bem astutos disfarçaram os seus dentes

E vestiram outra pele e outra cara

Enganavam à primeira vista os crentes

Enganavam em quem Deus acreditara

E ao saírem para a rua a seu contento

Prontamente a cidade lhes sorriu

E o sorriso transformou-se num lamento

Pelo sangue que lhes fugiu

Riff 2:

Em Cº B7 Em Em Cº B7 Em Em Cº B7 Em B7 Em

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Refrão:

D G

Tem cuidado que aos morcegos nada escapa

B7 Em

e da sua capa espreitam quem

F Em

Lhes franqueia as suas portas à chegada

B7 Em

na inocência de lhes querer bem

D G

E à cautela vai olhando pelos espelhos

B7 Em

com uma estaca pronta a usar

F Em

É que os vampiros hoje em dia nada temem

D C B7 Em

e bebem sangue do mesmo mar

Riff3:

Em Cº B7 Em Em Cº B7 Em Em Cº B7 Em

Em C B7 x4

Solo:

Em Am C F B7

Em Em Am Am C F B7

Refrão:

Tem cuidado que aos morcegos nada escapa

e da sua capa espreitam quem

Lhes franqueia as suas portas à chegada

na inocência de lhes querer bem

E à cautela vai olhando pelos espelhos

com uma estaca pronta a usar

É que os vampiros hoje em dia nada temem

e bebem sangue do mesmo mar

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Final

Em Cº B7 Em Em Cº

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Metamorfose

Riff:

C#m D C#m B A G#m6 C#m x2

Verso:

C#m A Era uma vez um jovem sem ofício, sem respeito pelo sacrifício,

G#m C#m

Sem respeito pelo que a família sempre lhe deu

C#m A Ficou patente desde tenra idade, que se afastou da sociedade

G#m6 C#m

Na escolha de viver num sôfrego inferno seu

Ponte:

D F6

Mas subitamente, algo se fez diferente,

A

E então mudou, rompeu, jurou

D F6

Levar-se mais a sério, lutar contra o império

A

Gritou, marchou

G#7 C#m D C#m

E é vê-lo insatisfeito, de estrela vermelha ao peito

B A G#7 C#m

E a lutar por direitos que nem sabia serem seus.

Riff

Verso:

O pai então andava deprimido, culpava-se pelo sucedido

Buscava falhas no seu modo de educar

Era coisa que não estava prevista, sair-lhe um filho comunista

Ateu e anti-benfiquista p‟ra piorar

Ponte:

Mas instintivamente, algo se fez diferente

E então mudou, reviu, jurou

Não se levar a sério, fazer parte do império

Comprou, gastou

E é vê-lo engravatado, lugar cativo no estádio,

Jantar em clubes privados e a pagar com cartões

Riff

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Interlúdio (discurso):

C#m A G#m C#m x4

Solo baixo e voz (VER TABLATURA):

Depois veio o pior,

fez amor com quem não amava e desse amor nasceu um sofredor,

mal educado no tempo livre dos pais, o sofredor cresceu,

e aprendeu, que no nosso mundo pouco há de seu e então escolheu,

todo o caminho que lhe foi dito evitar

Riff (apenas uma vez)

Ponte 2:

D F6 A

Tentou mudou, mudou gostou, gostou fartou, fartou mudou

D F6 A

Tentou mudou, mudou gostou, gostou fartou, fartou mudou

G#7 C#m D C#m

E agora diz à gente, que é por demais evidente,

B A G#7 C#m

Que a teima de ser diferente não o ensinou a ser só

Solo bateria:

(acordes do riff)

Riff

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Pobre Velho Louco

Intro (VER TABLATURA):

A F# B7 E7

Verso:

A F#

Eu sou um pobre velho louco que a saudade enjeitou

B7 F E7

Guardo a alegria num canto e a tristeza no que restou

A F#

Eu nunca fui a direito, isso deu cabo de mim

B7 F E7

Quando te perdes em estradas não tardas a achar um fim

Ponte:

D D#º A F#

E um copo de vinho em cima da mesa

B7 D#º A F#

Um gira-discos berra música francesa

B7 D#º A F#

O gato aos pés, quase a adormecer

B7 E7 A G# G F#

Não há melhor maneira de morrer

F E7 A

Não há melhor maneira de morrer

Solo:

A F# B7 E7 2x

Verso:

Eu sempre fui bom em planos, sempre fui mau em acção

Tento uma vida de luxo levo uma vida de cão

Não sei quem traça os destinos mas deve ser engraçado

Essa gente de alta roda que dita a moda do fado

Ponte:

Meio copo de vinho em cima da mesa

Um gira-discos canta música francesa

O gato aos pés, quase a adormecer

Não há melhor maneira de morrer, Não há melhor maneira de morrer

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Solo:

A F# B7 E7 2x

Verso:

Vais ficar triste e sozinho, já dizia a sábia gente

E essas lembranças de esperança batem leve levemente

Como quem chama por mim, como quem sopra um conselho

Amigos eu já vou tarde, eu sou louco, pobre e velho

Ponte:

Já não há mais vinho e a música acaba

Ressoa a hora certa na porta de entrada

O gato dorme e os pés começam já a aquecer

Não há melhor maneira de morrer

Não há mesmo mais nada a fazer

Solo:

A F# B7 E7 3x

A F# B7 E7 A G# G F# F E7 Amaj7

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A Morte Saiu à Rua

Intro piano

Verso:

F#m A E F#m

A morte saiu à rua num dia assim

F#m A E F#m

Naquele lugar sem nome p‟ra qualquer fim

F#m A D

Uma gota rubra sobre a calçada cai

Bm A E F#m

E um rio de sangue de um peito aberto sai

O vento que dá nas canas do canavial

E a foice duma ceifeira de Portugal

E o som da bigorna como um clarim do céu

Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu

Interludio:

F#m A E F#m x3

Verso:

Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual

Só olho por olho e dente por dente vale

À lei assassina à morte que te matou

Teu corpo pertence à terra que te abraçou

Aqui te afirmamos dente por dente assim

Que um dia rirá melhor quem rirá por fim

Na curva da estrada há covas feitas no chão

E em todas florirão rosas duma nação

Final:

F#m A E F#m x4

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Tom Sawyer

Intro (VER TABLATURA):

F

Verso:

F Dm

Vês passar um barco rumando p‟ró sul

F

Brincando na proa gostavas de estar

Dm

Voa lá no alto por cima de ti

F

um grande falcão és o rei és feliz

Ponte:

Bb Gm

E quando tu... vês o Mississipi

Bb Gm Eb C

Tu... saltas pela ponte e... voas com a mente

Verso:

Nuvens de tormentas estão sobre ti

Cobrem todo o céu por cima de ti

Corre agora corre e te esconderás

entre aquelas plantas ou te molharás

Ponte:

E sonharás que és um pirata

tu... sobre uma fragata

tu... sempre à frente de um bom grupo

de raparigas e rapazes

Refrão (x2):

F C

Tu andas sempre descalço, Tom Sawyer

F C

Por aí a passear, Tom Sawyer

Bb C F Dm

mil amigos deixarás, aqui e além

Gm Eb C

descobrir o mundo, viver aventuras

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Solo:

(acordes do verso)

Ponte:

E sonharás que és um pirata

tu... sobre uma fragata

tu... sempre à frente de um bom grupo

de raparigas e rapazes

Refrão (x4):

Tu andas sempre descalço, Tom Sawyer

Por aí a passear, Tom Sawyer

mil amigos deixarás, aqui e além

descobrir o mundo, viver aventuras

Final:

F

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ANAQUIM 2011