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Inventário e análise da composição e estrutura horizontal e vertical dos remanescentes florestais do Estado de Santa Catarina (Meta 2) Boletim 09, outubro de 2009

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Inventário e análise da composição e estrutura horizontal e vertical dos remanescentes

florestais do Estado de Santa Catarina (Meta 2)

Boletim 09, outubro de 2009

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Floresta Ombrófila Densa: trabalho iniciado em setembro de 2009

Os levantamentos de campo da Floresta Ombrófila Mista começaram no dia 8 de setembro, como previsto no cronograma estabelecido no convênio firmado entre a FAPESC e a FURB em 22 de maio de 2009. Objetivo é examinar as florestas em toda a região entre a Serra Geral e o Litoral Catarinense.

Serão 190 pontos amostrais, dispostos

numa rede de 10 x 10 km, para fazer a coleta de dados e registrar a diversidade de plantas arbóreas , arbustivas, herbáceas e epífitas e avaliar o estado de conservação das florestas.

Seis equipes com um total de 32 integrantes estão a tualmente

trabalhando, com previsao de encerrar esta etapa at é junho de 2010, concluindo assim o levantamento dos remanescentes f lorestais em todo o estado.

Encontro sobre inventário florestal nos EUA

Em setembro de 2009, o coordenador da Meta 2 do IFFSC participou de encontro de técnicos do Forest Inventory and Analysis Programm (FIA) em Rhinelander (Wisconsin) nos Estados Unidos. A convite do US Forest Service, uma delegação brasileira, formada ainda por diretores do Serviço Florestal Brasileiro e por pesquisadores da

Embrapa Florestas, participou do encontro sobre con trole de qualidade e melhorias da coleta de dados em campo.

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O US Forest Service tem uma

longa tradição em inventário florestal, tendo uma base de dados contínua de 75 anos para grande parte das florestas do país. Baseado nas experiências do IFFSC, pretende-se elaborar os manuais de campo e capacitar as equipes de campo para o Inventario Florestal Nacional brasileiro, a ser implantado a partir de 2010 em todo o país.

Divulgação em eventos cientificos

Em outubro de 2009, o IFFSC foi apresentado no workshop “DAAD Alumni Summer School on Biodiversity Conservation in the Tropics”, na Universidade de Göttingen/Alemanha e no “Tropentag” na Universidade de Hamburgo.

No Congresso Florestal Mundial , em Buenos Aires, o IFFSC será apresentado em conferência no dia 21 de outubro de 2009. O projeto IFFSC foi escolhido para a apresentação, sendo considerado exemplar em termos de metodologia e execução, pela secção “National Forest Assessment and Monitoring” (NFMA) da FAO (Food and Agriculture Organization) das Nações Unid as.

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Exposição itinerante Para divulgação do projeto e informação do público, uma exposição

itinerante está percorrendo várias cidades do estad o, tendo iniciado em Blumenau e passado por shopping-centers, pela sede da Epagri, pelo Centro Administrativo do Governo Estadual em Floria nópolis e pela Assembleia Legislativa na capital do estado. Ela se rá montada também no Congresso Florestal Mundial em Buenos Aires.

Técnicas de arvorismo

O levantamento das epífitas na Floresta Ombrófila Densa exige a escalada de muitas árvores. As espécies de bromélias e orquídeas, entre outros grupos, precisam ser registradas, identificadas e coletadas no alto dos ‘forófitos’ (árvores que sustentam e hospedam as epífitas).

Técnicas de arvorismo são

necessárias para que os técnicos possam escalar as árvores e se deslocar no sentido vertical e horizontal nas suas copas. As epífitas ocupam os vários compartimentos das árvores, o fuste (em varias alturas), a copa in terna e a copa externa, de acordo com as suas preferências de habitat. IFFSC - Qual é o objetivo dos levantamentos e quais são os benefícios para a sociedade?

Objetivo do inventário florestal é conhecer a quant idade e a qualidade das florestas que ainda existem no Estado ; saber qual é seu estado de conservação ou degradação; conhecer a sua biodiversidade, a distribuição e o potencial das diversas espécies de árvores e demais plantas vasculares, inclusive das raras e ameaçadas de extinção. Estes dados são necessários para fundamentar políticas qu e estimulem o uso sustentável e a proteção dos recursos naturais.

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Quais são as florestas que são amostradas?

Foi estabelecida uma rede de pontos amostrais com d istância de 10 km entre si, cobrindo todo o estado; sempre que um ponto coincidir com uma área coberta por floresta (secundária ou primár ia), é instalada uma “unidade amostral”. A equipe de campo encontra este ponto pré-estabelecido, com a ajuda de um aparelho de GPS que permite a localização exata mesmo dentro de uma densa florest a. Ao todo serão avaliados 440 pontos amostrais em todo Estado .

Como são compostas as equipes? Cada equipe de campo é composta por seis pessoas: u m engenheiro florestal, um biólogo, um escalador, dois auxiliare s e um estudante de engenharia florestal ou de ciências biológicas.

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Como é feito o trabalho de campo?

Cada “unidade amostral” é implantada a partir de um ponto central, em forma de cruz, com quatro sub-unidades de 1000m 2 cada (medindo 20 x 50m). Estas sub-unidades são provisoriamente dema rcados em campo, para realizar neles o levantamento da floresta: a i dentificação das árvores, a medição do seu diâmetro e de sua altura, a avalia ção de sua sanidade e qualidade, além de sua posição na floresta e das ep ífitas nelas existentes (bromélias e orquídeas, entre outras).

Para estimativa do volume e da biomassa, os escalad ores fazem

medições de diâmetro ao longo do tronco das árvores . Eles escalam entre 20 e 25 árvores em cada “unidade amostral”, também para coletar material botânico: ramos com folhas, flores e fruto s, que são prensados à noite e levados ao Herbário da FURB para identifica ção. Amostras do solo são coletadas para análise em laboratório. Todos o s dados coletados farão parte do banco de dados do Inventario Florest al Nacional (IFN), coordenado pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão do Ministério do Meio Ambiente.

A colaboração dos proprietários das florestas amost radas, na maioria produtores rurais que moram no local, no se ntido de permitir o acesso das equipes aos locais das medições, é impre scindível para a realização do projeto.

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Quem financia e quem executa os trabalhos?

O inventário florestal é financiado pelo governo es tadual, através de sua Fundação de Apoio à Pesquisa (FAPESC) e pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB) , órgão do Ministério do Meio Ambiente. Os trabalho s de campo são coordenados pela Universidade Regional de Blumenau (FURB), em parceria com a EPAGRI.

Ao todo, trabalham na equipe do projeto atualmente 52 pessoas,

entre engenheiros florestais, biólogos, taxonomista s, escaladores e auxiliares e alunos bolsistas, divididos nas equipe s de campo, de escritório, de herbário e de processamento e analis e dos dados, sob a coordenação dos professores Alexander C. Vibrans, A lexandre Uhlmann, Lauri A. Schorn, Lúcia Sevegnani e Moacir Marcolin da FURB. Blumenau, 8 de outubro de 2009 Contato: Prof. Dr. Alexander C. Vibrans Coordenador da Meta 2 do IFFSC [email protected] 047 – 3221 6047e 6040 www.furb.br/iffsc