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FACULDADE CASTRO ALVES CONTABILIDADE APLICADA A E. C. F. E AS I. F. SEGUROS. INVESTIDORES INSTITUCIONAIS Alexsandre Daiane Araujo Rita Diniz Roquelina Souza

Investidor Institucional

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FACULDADE CASTRO ALVES

CONTABILIDADE APLICADA A E. C. F. E AS I. F. SEGUROS.

INVESTIDORES INSTITUCIONAIS

Alexsandre

Daiane Araujo

Rita Diniz

Roquelina Souza

Salvador – Bahia

Novembro - 2008

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FACULDADE CASTRO ALVES

CONTABILIDADE APLICADA A E. C. F. E AS I. F. SEGUROS.

INVESTIDORES INSTITUCIONAIS

Pesquisa apresentada a Faculdade

Castro Alves, como critério de

avaliação do Curso de Ciências

Contábeis, orientado pelo Professor

Marcelo Rocha.

Salvador – Bahia

Novembro – 2008

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INTRODUÇÃO

A expansão do mercado financeiro brasileiro tem se apresentado como uma realidade

marcante e composta por inúmeros fenômenos na atividade econômica, criando,

conseqüentemente, uma intensidade de fatos que exigem a expansão das normas do

CDC à proteção do investidor fragilizado em face do poderoso império bancário.

As instituições financeiras têm por objetivo a gestão do dinheiro de terceiros,

objetivando, no exercício dessa atividade, acumular lucros oriundos da taxa de

administração recebida. O contexto dessa atuação não as obriga a assumirem qualquer

compromisso com o social, por maior que seja o volume de moeda movimentada, bem

como não têm uma obrigação rígida e de caráter objetivo perante o investidor pelos

prejuízos causados e decorrentes da oscilação do mercado.

Uma análise mais detalhada do fato de que, na atualidade, os recursos à disposição das

instituições financeiras que atuam no Brasil alcançam um patamar correspondente a um

terço do Produto Interno Bruto da Nação, a retratar o poderio econômico alcançado

pelas referidas organizações.

A grandeza patrimonial dessas instituições financeiras é revelada nos dados fornecidos

pela ANBID, onde está registrado que os fundos de investimento tinham, sob seu

comando, o total de 137,58 bilhões de reais, o correspondente a 15,34% do PIB; as

contas de poupança somavam 98,891 bilhões de reais, representando 11,03% do PIB;

nas carteiras dos CDBs estavam depositados 107,880 bilhões de reais, equivalentes a

12,03% do PIB. A união desses valores determina um total de 346,358 bilhões de reais,

igual a 38,40% do PIB nacional. (1)

Não podem deixar o Direito, em frente a este quadro, de examinar, com maior

profundidade, os efeitos produzidos na sociedade por tais entidades de tanta

potencialidade financeira e ligadas a um único objetivo que é o lucro, todas unidas em

seus projetos de controle e administração do patrimônio de terceiros sob sua gestão, sem

subordinação a um sistema jurídico que as faça assumir os riscos maiores pelos

prejuízos causados a investidores (2). Urge, em conseqüência, que a doutrina, bem como

a jurisprudência estenda aos investidores as normas protetivas do CDC, especialmente

porque a estes não é oportunizado conhecer os riscos de seus negócios. O CDC prima

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pela pelos princípios da transparência e boa-fé nas relações de consumo, os quais devem

ser aplicados na proteção do investidor-consumidor que utiliza os serviços de tais

instituições. Recentemente, constatou-se considerável avanço neste sentido, em julgado

do Superior Tribunal de Justiça, em que se decidiu pela aplicabilidade do CDC aos

contratos de caderneta de poupança. A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça,

especializada em Direito Privado, firmou entendimento favorável a aplicação das

normas do CDC aos contratos de caderneta de poupança. A questão já foi levantada no

julgamento de Recurso da Associação Paranaense de Defesa do Consumidor

(APADECO), a qual buscava legitimidade para ajuizar ação civil pública em nome de

titulares de poupança do extinto banco Bamerindus. A maioria dos ministros defendeu a

tese de que os contratos de poupança se enquadram na definição que o CDC dá a

produto ou a serviço, o que assegurava a legitimidade da APADECO na ação em que os

poupadores reivindicavam a reposição de perdas decorrentes de planos econômicos –

junho de 1987, janeiro de 1989 e março de 1990.

O Tribunal de Justiça do Paraná extinguiu o processo por julgar que a defesa coletiva de

interesses só é admissível quando se trata de direitos vinculados a relações de consumo

mediante remuneração, o que, segundo entendeu, não ocorre no contrato de depósito

bancário, seja de conta corrente, seja de poupança. No julgamento do recurso da

APADECO no STJ, o Bamerindus sustentou que a poupança e o consumo são

excludentes, e que se fosse admira a existência de relação de consumo entre o poupador

e a instituição financeira, o banco seria consumidor e o poupador o fornecedor do

produto. Todavia, o relator, Ministro César Asfor ROCHA, rejeitou esse argumento por

entender que, apesar dos titulares das cadernetas não pagarem diretamente pelos

depósitos, as instituições financeiras obtêm remuneração com a aplicação dos recursos

dos poupadores no mercado financeiro, repassando apenas parte do lucro aos

"verdadeiros donos dos numerários. Nessa ciranda financeira, tenho por certo que os

bancos depositários são remunerados por todos os seus serviços – muitas vezes

regiamente, diga-se de passagem – inclusive pelos depósitos em cadernetas de

poupança". O Ministro César Asfor ROCHA ressaltou que a lei é "suficientemente clara

ao definir o que sejam consumidores e fornecerem de produtos e serviços, enquadrando

expressamente nesses conceitos, as instituições financeiras e seus clientes (...). Salta aos

olhos, assim, que os serviços prestados pelos bancos a seus clientes estão abrangidos

pela lei de defesa do consumidor, em especial as cadernetas de poupança e os contratos

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tipicamente bancários de concessão de crédito". (3)Apesar de acompanhar o voto do

relator, o Ministro Ari PARGENDLER adotou a definição diferente para os contratos de

poupança. Para ele, não se trata de serviços, mas sim de produto porque não existe, por

parte da instituição financeira, prestação de serviço, mas fornecimento de produto, que

varia de banco para banco. A ministra Nancy ANDRIGHI disse que, mesmo que não

fosse adotada a definição de produto ou de serviço, os contratos se enquadrariam na

prática comercial, na qual está presente a relação de consumo.

O Ministro Ruy Rosado AGUIAR também afastou a tese de ilegitimidade da

APADECO de propor ação em nome dos poupadores, com o argumento de que a

entidade é uma associação civil que tem, entre suas finalidades, defender o consumidor

na justiça. "Decisão em sentido contrário significará deixar milhões de cidadãos,

pequenos poupadores que acreditam no sistema de cadernetas de poupança – criada pelo

Estado no interesse público de incentivar a poupança nacional – ao desamparo das

regras do Código de Defesa do Consumidor, que nada mais estabelece do que um

mínimo de equilíbrio na relação contratual, preservando a necessidade de adequar

informação, de cláusulas eqüitativas, de harmonia na relação, políticas impostas na

Constituição da República e que podem ser facilmente cumpridas".

Como votos divergentes, os Ministros Carlos Alberto Menezes DIREITO e Aldir

PASSARINHO JR defenderam a tese de que cadernetas de poupança não são um

produto, nem serviço e, portanto, não há relação de consumo nesses contratos. Para o

Ministro Menezes DIREITO, falta substância à argumentação de que haveria

remuneração indevida à instituição bancária que capta a poupança. Ele admite,

entretanto, a incidência do CDC em conta-corrente e em pagamento por meio débito em

conta-corrente, entre outras operações bancárias, por entender que esse casos podem

configurar serviço. O desempate deu-se com o voto do ministro Sálvio FIGUEIREDO,

que acolheu a tese da aplicabilidade do CDC aos contratos de caderneta de poupança.

Destarte, tanto nos contratos de poupança, quanto nas aplicações em fundos de

investimento financeiro, pela grandeza de capital movimentado por essas poderosas

instituições, necessário se faz determinar maior segurança aos poupadores e

investidores, impondo maior transparência nas transações realizadas, fator esse

considerado de fundamental importância para preservar a relação entre as partes

contratantes.

Page 6: Investidor Institucional

INVESTIDORES INSTITUCIONAIS

Conceito

É uma instituição financeira ou estatal que investe no mercado de capitais. São

considerados investidores institucionais o Estado e outras instituições públicas, os

bancos, as seguradoras, os fundos de investimento, os fundos de pensões e outras

entidades que invistam no mercado de capitais comprando e vendendo grandes

quantidades de valores imobiliários.

Instituição que dispõe de vultosos recursos, fruto de aplicações coletivas,

destinados a investimentos, previdência ou seguro, estando subordinada a regras

operacionais específicas. Aplicam-se o termo aos fundos de pensão e entidades de

previdências complementarem, montepios, fundações de seguridade social, fundos

de investimentos, companhias de seguros e capitalização e companhias de

investimentos.

Esses investidores institucionais representam hoje a maior fonte de recursos de

longo prazo da economia, tanto para investimentos diretos quanto indiretos. Apenas

os fundos de pensão possuem quase R$ 270 bilhões em investimentos diretos no

país, aplicados em bolsas, títulos públicos e privados, participações em empresas,

fundos mútuos, fundos de private equity e imóveis.

Investidores

 Investidores são todas as pessoas ou empresas que participam no mercado de capitais

com o objetivo de, através do financiamento das empresas, valorizarem as suas

poupanças ou os seus activos. No entanto, devido às diferenças de formação,

experiência e capacidade financeira, os investidores particulares têm necessidades de

proteção diferentes que são tidas em conta nas leis relativas ao mercado de capitais e

nos regulamentos da CMVM. São estas diferenças que determinam a distinção entre:

• Investidores institucionais ou profissionais

• Investidores não-institucionais.

Imagem Institucional

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Uma empresa aberta tem um diferencial competitivo e melhoria de imagem

institucional frente a seus parceiros comerciais e financeiros, nacionais ou estrangeiros,

e imprensa especializada. A exigida transparência e confiabilidade das suas informações

básicas facilitam negócios e, em última instância, atrai o consumidor final. O

reconhecimento da companhia tende a ultrapassar sua esfera de negócios, ganhando

espaço em fóruns mais amplos, multissetoriais, regionais e internacionais.

Fundos de Pensões

São instituições que gerem contribuições referentes a um conjunto de indivíduos com o

objetivo de oferecer um rendimento (reforma) no período posterior à vida ativa; as

contribuições têm origem no beneficiário e noutra entidade (empresa ou sindicato) que

tem como responsabilidade garantir o bom funcionamento do Fundo; A gestão dos

investimentos do Fundo pode ser realizada diretamente por esta entidade associada ou

por uma outra instituição; Os Fundos de Pensões podem ter dois tipos de sistemas: de

contribuições determinadas ou de cotizações determinadas.

Os investidores institucionais gerem uma fatia cada vez mais significativa dos ativos

financeiros nos mercados mais evoluídos. Daí que sejam freqüentes os apelos à sua

intervenção enquanto agentes fiscalizadores e indutores de uma melhor corporate

governante, provenientes da esfera acadêmica, de fóruns profissionais, de autoridades

públicas e de organismos internacionais.

Este estudo questiona, porém, a disponibilidade dos investidores institucionais para o

desempenho de tal papel. Para o efeito, investigou-se, no plano teórico, o

comportamento de grupos financeiros universais, procurando compreender a sua atitude

perante sociedades que são suas clientes e nas quais os instrumentos de investimento

coletivos por si geridos têm posições acionistas. Além das autoridades de supervisão e

da estrutura acionista da sociedade participada, os resultados dependem crucialmente do

comportamento dos clientes da área de gestão de ativos. Estudos realizados para os

EUA denotam um comportamento assimétrico, caracterizado por as más performances

não serem tão penalizadas quanto os bons desempenhos são premiados. O

comportamento dos clientes em mercados de menor dimensão pode, todavia, ser

distinto, dada a menor complexidade de identificação dos operadores e do seu

desempenho. Um estudo empírico foi realizado com este objetivo, concluindo-se por

ausência de reação sistemática e simétrica a desempenho dos fundos de ações nacionais.

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Este comportamento reduz o espaço de equilíbrio em que o investidor institucional se

comporta de modo consentâneo com os interesses das poupanças dos seus clientes e

confere liberdade acrescida na gestão de carteiras. Daí que num outro estudo se tenha

investigado a subordinação das carteiras dos fundos de ações nacionais aos interesses

dos grupos que as gerem, concluindo-se que as ações das provisórias desses grupos

apresentam um peso excessivo face ao que seria justificável pelo desempenho, pelo

perfil de risco ou por outras características do ativo. O inverso verifica-se com as ações

dos demais intermediários financeiros.

Os investidores institucionais devem tomar em consideração as suas responsabilidades

quanto a uma utilização diligente, eficiente e crítica dos direitos inerentes aos valores

mobiliários de que sejam titulares ou cuja gestão se lhes encontre confiada,

nomeadamente quanto aos direitos de informação e de voto.

“O papel conferido aos investidores institucionais em mercados de valores mobiliários

(designadamente, sociedades gestoras de fundos de investimento, sociedades gestoras

de fundos de pensões e sociedades gestoras de patrimônios) tende claramente a

acentuar-se. Vários estudos têm revelado que a diligência dos investidores

institucionais na gestão dos direitos inerentes aos valores mobiliários sob sua

administração, aliás, obrigatória por lei, contribui positivamente para o desempenho

das sociedades cotadas. Daí que neste contexto seja sublinhada a importância da

utilização diligente, eficiente e crítica dos direitos sociais inerentes aos valores

mobiliários.”

Segmentos Investidores Institucionais administrados pelo ABN AMRO Asset

Management, uma empresa especializada na administração de recursos de terceiros.

Fundos Conservadores

Têm como característica não apresentar oscilações bruscas em suas rentabilidades. O

objetivo é proporcionar um crescimento regular do investimento com baixo risco.

Fundos Diferenciados

Buscam obter rentabilidade superior aos investimentos conservadores com alocação de

seus recursos em mercados diferenciados, que apresentam um maior potencial de risco.

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Fundos Agressivos

Têm como objetivo proporcionar um maior crescimento do valor investido,

caracterizando-se por uma maior exposição a risco.

Investidores institucionais americanos visitam a PREVI

O presidente Sérgio Rosa e o diretor de Investimentos em exercício, André Tapajós,

recebem nessa terça-feira, 11/9, das 14h às 16h, 15 investidores institucionais

americanos, dos quais 13 são representantes de fundos de investimentos americanos. Os

dirigentes da Petros, Funcef, Valia, dentre outros, também estarão presentes. Com a

visita, a delegação norte-americana vai obter melhor entendimento da economia

brasileira, dos marcos regulatórios e das oportunidades de investimentos em private

equity e venture capital, além de contribuir para a divulgação internacional do setor e

para o aumento desses investimentos no País.

Trata-se do Institutional Investors Learning Journey (IILJ), programa do Departamento

de Comércio dos EUA, que traz investidores institucionais americanos ao Brasil entre

os dias 9 e 13/9, com atividades no Rio de Janeiro e em São Paulo. Essa jornada não

pretende concretizar investimentos imediatos no País, mas criar um ambiente favorável

para que isso aconteça a médio e longo prazo. Além da PREVI, o roteiro inclui visitas à

instituições como o BNDES, o Centro de Pesquisas da Petrobrás, a Finep, a Bovespa. A

Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Associação Brasileira de

Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) estão à frente da edição brasileira.

O que é private equity e venture capital?

Conhecido como Capital Empreendedor (ou Capital de Risco) trata-se de forma de

financiamento direcionado para empresas com alto potencial de crescimento e

rentabilidade. Os fundos de investimento de private equity e venture capital são

normalmente estruturados na forma de “condomínios fechados”. Isto é, os investidores

compram quotas do fundo e só é possível resgatá-las na ocasião de desinvestimento,

cerca de 5 a 10 anos após o início do fundo. Os investidores desses fundos costumam

ser empresas privadas, fundos de pensão e entidades governamentais, interessados em

investir em capital empreendedor, mediante a compra de ações, ou debêntures

conversíveis em ações. O venture capital está relacionado a empreendimentos em fase

Page 10: Investidor Institucional

inicial, enquanto o private equity está ligado a empresas mais maduras, em fase de

estruturação, consolidação e/ou expansão de negócios. A essência desses investimentos

é o compartilhamento de riscos do negócio por gestores e investidores, de modo a

agregar valor à empresa investida.

As instruções CVM 209/94 e 391/03 regulam os fundos de investimento de venture

capital e private equity, respectivamente. Fundos de pensão, como PREVI e Petros,

investem no setor, além do BNDES. A PREVI tem recursos da ordem de R$ 640

milhões comprometidos com investimentos em fundos de venture capital e de private

equity, em cujas carteiras estão empresas voltadas para tecnologia, informática,

telefonia e infra-estrutura.

HSBC

A prioridade mundial da área de HSBC Investments são os clientes institucionais. Do

total de recursos administrados, quase metade provém deste canal. Dois fatores

contribuíram para este resultado: produtos diferenciados compatíveis com as

especificidades do segmento e área de vendas integralmente dedicada às necessidades

dos investidores institucionais.

A qualidade dos serviços prestados aliada aos produtos diferenciados e à experiência de

uma instituição financeira de presença internacional resulta na confiança depositada por

clientes que permite administrar um volume com mais de R$ 17,208 bilhões, sendo R$

1,597 bilhão em recursos de seguradoras.

A equipe é composta por profissionais altamente qualificados e dedicados que

gerenciam 149 clientes, sendo 122 fundações, 15 seguradoras e 12 clientes que não

estão classificados (outros).

Ao conhecer o perfil do cliente, a área de Investidores Institucionais busca as melhores

alternativas de investimentos, oferecendo serviços e produtos sob medida.

Tabela de Fundos Institucionais

Tabela de Fundos de Investimentos

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Grau de 

Riscos(*) Fundos Objetivo do Fundo

Muito

Baixo

HSBC FIC DI Money Market O objetivo do fundo é acompanhar a flutuação

diária do CDI.

Baixo

HSBC FI Referenciado DI

Crédito Privado LP

Institucional

O HSBC FI DI Institucional é indicado para

investidores institucionais que desejam aplicar

recursos, buscando acompanhar a oscilação

das taxas de juros. Este fundo é

comercializado exclusivamente pela Área de

Institutional Sales da HSBC Global Asset

Management.

Médio

HSBC FI Renda Fixa Crédito

Privado LP Ativo Fundo de renda fixa que objetiva superar o

CDI no médio e longo prazo.

HSBC FI Multimercado LP

Xian InstitucionalBusca obter, no médio e no longo prazo,

rentabilidade superior à variação do CDI.

HSBC FI Renda Fixa Crédito

Privado LP Performance

O objetivo de gestão do FUNDO é buscar

rentabilidade que supere a variação verificada

pelo Certificado de Depósito Interbancário

(CDI) - CETIP publicado e divulgado pela

ANDIMA. Esta meta, no entanto, não é uma

promessa, garantia ou sugestão de

rentabilidade, sendo somente um objetivo a

ser perseguido.

Alto

HSBC FI Ações InstitucionalSuperar a variação do índice IBrX.

HSBC FI Ações DividendosFundo que busca obter retorno nominal,

independente dos principais índices de

mercado (IBrX, Ibovespa).

Muito HSBC FI Ações Valor Fundo que busca obter retorno nominal,

Page 12: Investidor Institucional

Alto

independente dos principais índices de

mercado (IBrX, Ibovespa).

HSBC FI Ações Setorial Ativo O fundo objetiva obter o máximo retorno

absoluto.

 

  * Para efeitos deste material, risco é definido como a possibilidade de perdas

financeiras decorrentes de oscilações nos preços de mercado dos ativos financeiros. Não

se trata, portanto, de risco de crédito (inadimplência) ou risco de liquidez (incapacidade

de converter ativos financeiros em dinheiro).

Investidores Institucionais Locais

Instituições financeiras, fundos de investimento, entidades administradoras de recursos

de terceiros registrados na CVM, entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central

do Brasil, companhias seguradoras, sociedades de capitalização, entidades abertas e

fechadas de previdência complementar, clubes de investimento e pessoas jurídicas com

patrimônio líquido superior a R$5.000.000,00.

INVESTIDORES INSTITUCIONAIS E OS INVESTIDORES NÃO-

INSTITUCIONAIS

São investidores institucionais:

• As instituições de crédito (bancos);

• As empresas de investimento;

• As empresas de seguros;

• As instituições de investimento coletivo e respectivas entidades gestoras;

• Os fundos de pensões e respectivas entidades gestoras;

• Os fundos de titularização de créditos, respectivas sociedades gestoras e

demais sociedades financeiras previstas na lei;

• As sociedades de titularização de créditos;

• As sociedades de capital de risco, fundos de capital de risco e respectivas

sociedades gestoras;

• Outras instituições financeiras autorizadas ou reguladas, e ainda

• Outras entidades, dotadas de uma especial competência e experiência relativas

a valores mobiliários, que a CMVM qualifique, em regulamento, como

Page 13: Investidor Institucional

investidores institucionais.

Também não gozam da proteção conferida aos investidores não institucionais os

Estados, as Regiões Autônomas, os Bancos Centrais, as instituições supranacionais e as

instituições financeiras de Estados que não sejam membros da Comunidade Européia e

exerçam atividades semelhantes às referidas acima.

Os demais investidores são considerados investidores não institucionais, ou “pequenos

investidores”, ou ainda investidores não profissionais, e apenas estes podem recorrer a

serviços como o serviço de Apoio ao Investidor e o serviço de Mediação de Conflitos da

CMVM, e à ação popular.

A CMVM PREOCUPA-SE COM A PROTECÇÃO DOS INVESTIDORES

A proteção dos investidores é um dos principais objetivos da CMVM. Trata-se de uma

exigência de funcionamento do próprio mercado. Baseando-se todo o mercado no apelo

à poupança por parte do público, da proteção dos investidores depende a confiança nos

mercados e continuação do investimento em valores mobiliários.

Os investidores não institucionais, “pequenos investidores ou investidores “não

institucionais” são os que têm mais necessidade de proteção Ver mais à frente neste

caderno a forma de recorrer ao serviço de Mediação de Conflitos e ao serviço de Apoio

ao Investidor, ambos da CMVM”.

A CMVM supervisiona os mercados de valores mobiliários e instrumentos financeiro-

derivados, mas não garante o mérito ou a oportunidade das decisões de investimento de

cada um. A sua atuação visa apenas garantir a regularidade das decisões de investir, em

termos informativos (a decisão deve ser esclarecida), de igualdade de oportunidades

(impedindo desigualdades informativas e de acesso aos mercados), e de funcionamento

dos mercados (no que respeita à correta e transparente formação dos preços).

SERVIÇOS DISPONIBILIZADO PELA CMVM AOS INVESTIDORES

A CMVM assegura diversos serviços que vão ao encontro das necessidades dos

investidores. Tais serviços são os seguintes:

• O serviço de Apoio ao Investidor,

• O serviço de Mediação de Conflitos,

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• O Sistema de Indenização aos Investidores.

• O seu site na Internet, em www.cmvm.pt

SERVIÇO DE APOIO AO INVESTIDOR

O serviço de Apoio ao Investidor foi criado pela CMVM para:

• Responder às dúvidas dos investidores;

• Receber e dar seguimento às suas reclamações e queixas, e ainda

• Apoiar a realização de ações de formação dos investidores.

Através do serviço de Apoio ao Investidor, a CMVM está disponível para responder a

todas as dúvidas que o funcionamento dos mercados de valores mobiliários possa

suscitar. Se desejar apresentar um pedido de informação à CMVM poderá encontrar, no

espaço do site da CMVM reservado ao Apoio ao Investidor um formulário para a

apresentação deste tipo de pedidos. Este serviço não retira a obrigação dos

intermediários financeiros e dos emitentes de valores mobiliários de prestar aos

investidores todas as informações necessárias para a tomada de uma decisão de

investimento esclarecida. Os investidores podem, contudo, procurar o serviço de Apoio

ao Investidor da CMVM sempre que tenham dúvidas nomeadamente sobre o seguinte:

• Quem lhes deve prestar a informação ou onde a devem procurar;

• Se determinada pessoa ou empresa está registrada na CMVM como banco, corretora,

financeira de corretagem, gestora de patrimônios ou fundos de investimento, podendo,

por isso, prestar-lhes serviços de intermediação financeira;

• Se determinada operação foi registrada na CMVM;

• A linguagem técnica utilizada nos documentos relativos aos valores mobiliários e aos

mercados; ou ainda

• Os seus direitos.

- Presta Informação;

- Recebe queixas;

- Promove ações de formação

Nestas, como noutras situações, o serviço de Apoio ao Investidor está apto a prestar aos

investidores todos os esclarecimentos necessários.

A CMVM, através do serviço de Apoio ao Investidor, recebe as reclamações dos

investidores contra as pessoas ou entidades submetidas à sua supervisão. Antes de se

Page 15: Investidor Institucional

dirigir ao serviço de Apoio ao Investidor para apresentar uma reclamação, o investidor

reclamante deverá, no entanto, contactar a entidade que lhe prestou o serviço, tentando,

dessa forma, resolver o conflito que os opõe. Para tanto, deverá, em primeiro lugar,

manifestar o seu descontentamento à pessoa com quem lidou diretamente no momento

da prestação do serviço. Em algumas situações – designadamente quando existam erros

de fácil correção – este mero contacto informal poderá ser suficiente para resolver a

situação. Quando, porém, a pessoa com quem o investidor lidou diretamente não

satisfaça a sua pretensão, o investidor deverá apresentar formalmente uma reclamação à

entidade em causa. Os intermediários financeiros são obrigados a programar

internamente os procedimentos necessários para assegurar a recepção, o

encaminhamento e o tratamento das reclamações dos seus clientes, devendo, antes de

iniciar a prestação de serviços, informarem o investidor sobre a forma de utilizá-los.

Algumas entidades emitentes dispõem também de «gabinetes de apoio aos

investidores», habilitados a receber e resolver reclamações e queixas. No caso dos

intermediários financeiros, a reclamação de um cliente deverá ser apreciada por pessoa

diferente da que praticou o ato reclamado, devendo ainda estar expressamente fixados

os procedimentos concretos a adotar na apreciação da reclamação e o prazo máximo de

resposta ao cliente - prazo este que o investidor deverá conhecer, a fim de controlar a

oportunidade da resposta.

Quando o investidor reclamante não obtenha resposta da entidade reclamada no prazo

fixado, ou quando a resposta dada não seja satisfatória para o investidor, o passo

seguinte será apresentar a sua reclamação ao Serviço de Apoio da CMVM. As

reclamações, quando dirigidas à CMVM, devem ser efetuadas por escrito, de forma

clara e fundamentada, identificando com rigor a entidade reclamada, os fatos objeto de

reclamação e a pretensão que o investidor reclamante pretende ver satisfeita. Da

reclamação deverá ainda constar a identificação completa do investidor reclamante,

incluindo nome e apelido, domicílio e número de telefone. O investidor deverá fazer

acompanhar a sua reclamação com cópias de todos os documentos respeitantes aos

factos invocados e que possam ser úteis à análise da situação (por exemplo, cópia do

contrato de investimento subscrito, correspondência trocada, extratos de valores

mobiliários ou de numerário, etc.) bem como com cópia da reclamação enviada à

entidade reclamada e da resposta eventualmente remetida por esta entidade. A CMVM

Page 16: Investidor Institucional

disponibiliza no seu site na Internet, no espaço reservado ao Apoio ao Investidor, um

formulário para a apresentação de queixas/reclamações.

Ao receber uma reclamação de um investidor, a CMVM faz uma apreciação sumária da

situação e contata a entidade reclamada, expondo-lhe os fatos descritos pelo investidor

bem como o entendimento que eventualmente tenha sobre a matéria. A CMVM pode

simultaneamente formular e dirigir recomendações a ambas as partes, esclarecendo

ainda se considera ou não a conduta da entidade reclamada conforme as regras do

mercado de valores mobiliários.

A CMVM CONTRIBUI PARA A MELHORIA DA FORMAÇÃO DOS

INVESTIDORES

Através do serviço de Apoio ao Investidor, a CMVM apóia a organização e realiza

ações que têm como objetivo melhorar o conhecimento que o público tem sobre os

mercados de valores mobiliários e o seu funcionamento. Através da edição de livros,

guias e brochuras, a CMVM procura proporcionar também uma ampla difusão da

informação necessária ao esclarecimento dos investidores.

O site da CMVM na Internet foi criado com o objetivo de prestar informação aos

investidores de forma mais rápida e completa.

Por esse meio, a CMVM disponibiliza permanentemente informação, em suporte

acessível aos investidores, sobre as funções e a utilidade dos mercados, sobre as

atividades de intermediação, sobre as sociedades abertas, bem como sobre a atividade

da CMVM, que se pretende cada vez mais transparente. Os valores mobiliários e os

instrumentos financeiros derivados são bens cujo valor varia em função de diversos

fatores, entre os quais um vasto conjunto de informações, como seja:

• Quem emite os valores mobiliários?

• Quais as suas características e as dos mercados em que estão admitidos?

• Como tem evoluído a situação do emitente, que negócios têm realizado e quais têm

sido os seus lucros?

A CMVM divulga através da Internet os fatos e elementos de natureza pública que

constem dos respectivos registros ou que lhe sejam obrigatoriamente comunicados no

Page 17: Investidor Institucional

âmbito da supervisão.

Assim, no site da CMVM na Internet é possível consultar a seguinte informação:

• Informação sobre os registros concedidos pela CMVM: Para saber se determinada

operação foi já registrada na CMVM e poder planificar os seus investimentos, bem

como para acompanhar as alterações aos registros das pessoas e entidades sujeitas à

supervisão da CMVM, os investidores têm à sua disposição esta funcionalidade, que é

objeto de atualização diária.

• Informação sobre emitentes: Todas as comunicações feitas aos investidores pelas

entidades emitentes de valores mobiliários são divulgadas através do site da CMVM na

Internet: as contas anuais, semestrais e trimestrais; as comunicações de compra e venda

de ações próprias, a identificação dos principais acionistas das empresas, sobre

aumentos de capital e ofertas públicas, e os calendários para o pagamento de juros e

dividendos, entre outras comunicações contínuas; os fatos relevantes; os relatórios sobre

o Governo das Sociedades; ofertas públicas; perda de qualidade de sociedade aberta;

informação sobre admissão à negociação de valores mobiliários:

prospectos de referência e de admissão à negociação (de ações, de obrigações, de

warrants, de certificados e de outros valores mobiliários).

O site da CMVM na Internet tem um papel preponderante na divulgação dos fatos

relevantes na vida das empresas (os quais podem alterar os preços dos valores

mobiliários no mercado), já que estas comunicações não podem ser difundidas por

qualquer outro meio antes de o serem por este. Até que ocorra esta divulgação, tem de

ser guardado segredo sobre estes fatos.

• Informação sobre fundos de investimento: o site da CMVM na Internet permite aceder

a uma base de dados sobre fundos de investimento mobiliário, fundos de investimentos

imobiliários e fundos de titulo de crédito, onde podem ser consultados, para cada fundo,

informação sobre a rentabilidade, o valor diário da unidade de participação, o resumo da

carteira, os prospectos e os relatórios e contas, o exercício de direitos de voto pelos

fundos de investimento mobiliário que detêm ações; a informação estatística

(indicadores de síntese mensais sobre fundos de investimento mobiliário, informação

trimestral sobre gestão de activos); a informação sobre rentabilidades (através deste

link, acede-se aos sites na Internet das entidades gestoras dos fundos, sendo delas a

responsabilidade sobre a informação divulgada sobre rentabilidade).

São ainda disponibilizadas as listas de intermediários financeiros autorizados a

Page 18: Investidor Institucional

comercializar fundos de investimento através da Internet e de participações de fundos de

investimento estrangeiros comercializados em Portugal. A composição detalhada da

carteira de cada fundo de investimento imobiliário constituído em Portugal é

disponibilizada na sua versão atualizada (trimestralmente). É também disponibilizada

informação sobre Fundos de Títulos de Créditos (informações relevantes e base de

dados).

• Informação sobre intermediários financeiros: nesta área os investidores podem

consultar todos os elementos de identificação dos intermediários financeiros registrados

na CMVM e ainda a identificação de outras empresas autorizadas a exercer

intermediação financeira em Portugal sem estarem registradas na CMVM para o efeito,

bem como as comunicações recebidas pela CMVM de outras entidades de supervisão

sobre esse tipo de empresas. São ainda disponibilizadas listagens com a seguinte

informação: endereços dos intermediários financeiros que prestam serviços através da

Internet e cujos sites foram submetidos à apreciação da CMVM; instituições de crédito

e empresas de investimento que exercem atividades de intermediação financeira em

Portugal em regime de livre prestação de serviços; participações

qualificadas em intermediários financeiros; prospectores que atuam por conta de cada

intermediário financeiro (e da pessoa registrada na CMVM como responsável pela

supervisão da atividade daqueles prospectores).

• Informação sobre mercados de valores mobiliários: lista dos mercados de valores

mobiliários, regulamentados e não regulamentados, que se encontram registrados na

CMVM.

• Informação sobre consultores autônomos: lista dos consultores autônomos registrados

na CMVM, e respostas às questões mais freqüentes sobre consultoria autônoma para o

investimento em valores mobiliários.

• Informação sobre auditores: lista dos auditores registrados na CMVM.

SERVIÇO DE MEDIAÇÃO DE CONFLITOS

A CMVM dispõe atualmente de um serviço destinado à mediação voluntária de

conflitos entre, por um lado, investidores não institucionais e, por outro, intermediários

financeiros, consultores autônomos, entidades gestoras de mercados, entidades gestoras

de sistemas e emitentes. Trata-se, como o próprio nome indica, de um meio de

Page 19: Investidor Institucional

resolução de conflitos que se caracteriza pela intervenção junto das pessoas em litígio e

fora dos tribunais, de uma terceira pessoa ou entidade imparcial - o mediador - cuja

função é colocá-las em contacto e, eventualmente, apresentar-lhes propostas para que

elas estabeleçam um acordo de resolução do conflito em que se encontram.

As partes apenas submetem ao mediador um determinado litígio, se assim o

entenderem. Podem da mesma forma e a todo o tempo, desistir do processo de

mediação. Contudo, o serviço de Mediação de Conflitos da CMVM não paga

indenizações aos investidores. À exceção das situações apreciadas pelo Sistema de

Indenização aos Investidores, só os tribunais judiciais têm competência para apreciar se

os intermediários financeiros, os consultores autônomos, as entidades gestoras de

mercados ou os emitentes devem ser condenados a esse pagamento, e para condená-los.

Por outro lado, tenha em consideração que nem a apresentação de reclamação perante

CMVM nem o recurso ao serviço de Mediação de Conflitos da CMVM suspendem ou

interrompem os prazos para o investidor propor uma ação nos tribunais judiciais,

pedindo a condenação das entidades referidas ao pagamento da indenização que

pretende. O investidor deve estar, por isso, atento ao decurso desses prazos.

O procedimento de mediação voluntária de conflitos inicia-se mediante solicitação

expressa de um investidor não institucional ou de uma associação de defesa dos

investidores, dirigida à CMVM, em que se descreva o objeto do litígio, a pretensão e os

seus fundamentos e a entidade ou entidades visadas.

A mediação utiliza procedimentos simples e informais. Uma vez aceite o pedido de

mediação pela entidade contra a qual se reclama o mediador marca uma audiência com

os interessados e estipula a agenda de mediação, estabelecendo os passos que

conduzirão ao acordo das partes. O processo termina quando as partes celebram um

acordo escrito que resolve o deferindo que as opunha, com a satisfação da pretensão do

requerente, com a desistência de qualquer das partes, ou quando o mediador conclua

fundadamente pela impossibilidade de um acordo.

O procedimento de mediação caracteriza-se por ser imparcial. A mediação será

conduzida de forma isenta e eqüidistante, sem favoritismos e sem que haja conflito de

interesses entre o mediador (e a sua equipa) e os mediados. O procedimento de

mediação é rápido, o que constitui uma das maiores vantagens da mediação. Tal não

obsta, no entanto, a que sejam fixados prazos para as necessárias sessões de mediação.

Page 20: Investidor Institucional

Como já se disse, a apresentação de um pedido de mediação não interrompe os prazos

para propor ações nos tribunais judiciais, devendo ser acauteladas eventuais situações

em que a entidade reclamada aceita a mediação apenas para garantir o decurso do prazo

de interposição da ação, sem ter qualquer intenção de vir a chegar a acordo com o

investidor reclamante. O procedimento de mediação é gratuito, o que significa que os

mediados não terão de pagar quaisquer taxas ou despesas pela prestação deste serviço.

Por fim, o procedimento da mediação é confidencial, o que significa que existe um

dever de segredo por parte do mediador e de toda a sua equipa, relativamente às

informações que obtenham no decurso da mediação.

A solução eventualmente apresentada pelo mediador às partes é sempre proposta e

nunca imposta. No entanto, uma vez resolvido o litígio entre as partes, é reduzido a

escrito o acordo a que chegaram, e este acordo passa a ter a natureza de transação

extrajudicial, servindo, designadamente, como título executivo caso a pessoa

prejudicada tenha de recorrer aos tribunais judiciais a fim de assegurar o eventual

pagamento de qualquer quantia em dívida.

SISTEMA DE INDENIZAÇÃO AOS INVESTIDORES

O Sistema de Indenização aos Investidores foi criado com o objetivo de proteger

especialmente os “pequenos investidores", garantindo o pagamento dos montantes que

lhes são devidos por um intermediário financeiro que não tenha capacidade financeira

para restituir ou reembolsar os instrumentos financeiros depositados ou confiados para

gestão, ou o dinheiro entregue expressamente destinado a ser investido em instrumentos

financeiros.

A incapacidade financeira da entidade participante no Sistema deve ser verificada pelo

Banco de Portugal, ouvida a CMVM, no prazo máximo de 21 dias após ter sido gerada a

situação de incomprimento face ao investidor. O Sistema será também acionado quando

o Banco de Portugal divulgue publicamente a decisão de revogar a autorização para o

exercício da atividade concedida à entidade participante.

O montante das indenizações é calculado com base no valor dos instrumentos

financeiros à data do acionamento do Sistema, não sendo compensadas eventuais

desvalorizações. O Sistema garante o reembolso até ao limite de € 25.000 por cada

investidor, sendo este limite estabelecido por investidor e não por conta. Assim, por

Page 21: Investidor Institucional

exemplo, se numa conta com 3 titulares estiverem registrados ou depositados valores

mobiliários no valor de € 100.000, o montante máximo da indenização seria, todavia, de

€ 75.000 (€ 25.000 por cada investidor). A indenização é paga aos investidores no prazo

máximo de três meses (ou, excepcionalmente, seis meses) contados da verificação da

admissibilidade dos créditos e uma vez apurado o montante em dívida.

Participam no Sistema:

• As empresas de investimento e as instituições de crédito (bancos) autorizadas a efetuar

operações de investimento, com sede em Portugal;

• As empresas de investimento e as instituições de crédito com sede fora da União

Européia, relativamente aos créditos decorrentes das operações efetuadas pelas suas

sucursais em Portugal, a menos que aqueles já se encontrem cobertos por outro sistema

de indenização, em termos equivalentes aos proporcionados pelo sistema português; e

• As empresas de investimento e as instituições de crédito com sede noutro país da

União Européia, se a garantia oferecida pelo Sistema português for mais favorável do

que a garantia oferecida pelo Sistema em que participem nos seus que a garantia

oferecida pelo Sistema em que participem nos seus países de origem.

O Sistema de Indenização aos Investidores pode ser acionado em situações de

incapacidade financeira de um intermediário financeiro. Só o Banco de Portugal pode

verificar essa incapacidade financeira.

AÇÃO POPULAR

A fim de obter indenização por danos que tenha sofrido, um investidor terá, na maioria

das vezes, de recorrer aos tribunais. Mas os investidores não institucionais, as

associações de defesa dos investidores e as fundações que tenham por fim a sua

proteção, podem também lançar mão de uma ação popular.

A ação popular, no âmbito do Mercado de Valores Mobiliários, consiste no direito de

recurso aos tribunais judiciais a fim de garantir a tutela de interesses individuais

homogêneos ou coletivos dos investidores não institucionais. Em caso de sucesso de

uma ação popular civil, relativamente aos investidores lesados que não tenham

intervindo na ação e não se encontrem individualmente identificados, será fixada uma

indenização global cujo montante é entregue a uma pessoa ou entidade encarregada de

distribuir o dinheiro à medida que forem sendo identificados os investidores

prejudicados.

Page 22: Investidor Institucional

Se determinadas indenizações não forem pagas por razões de prescrição ou de

impossibilidade de identificação dos investidores lesados, as mesmas revertem para o

fundo de garantia relacionado com a atividade em que se insere o fato que sustenta o

pedido de indenização ou, não existindo tal fundo de garantia, o sistema de indenização

aos investidores.

INVESTIDOR DEVE TOMAR AS SEGUINTES PRECAUÇÕES:

• Dirija-se apenas a intermediários financeiros (banco, sociedade corretora, financeira

de corretagem, gestora de patrimônios ou gestora de fundos de investimento) registrados

na CMVM. Verifique Em: www.cmvm.pt, se o intermediário financeiro está registrado

na CMVM. Se pretender realizar algum investimento através da Internet, verifique se o

site foi submetido à apreciação da CMVM. • Como investidor, tem o direito de ser

informado e esclarecido pelos intermediários financeiros quanto às possibilidades de

investimento. Faça perguntas sobre os rendimentos de cada aplicação e sobre o nível de

risco e vantagens associados a uma determinada decisão de investimento. Peça

esclarecimento para todas as suas dúvidas.

• A informação prestada deverá ser adequada à sua situação econômica e deverá ser tão

mais detalhada e simples quanto menor sejam os seus conhecimentos sobre os mercados

de valores mobiliários.

• Peça documentos, em particular os prospectos, relativos aos valores mobiliários que

pensa adquirir e leia-os. Não deixe esse trabalho para mais tarde. Toda a informação

está contida nos documentos. Se a leitura dos documentos só for feita depois de

realizada a aplicação, pode já não ser possível desistir do investimento. Nunca decida

sem ter um conhecimento completo de toda a informação publicada. Podem recorrer à

Ação Popular os investidores não institucionais, as associações de defesa dos

investidores e as fundações de defesa dos investidores.

• Seja prudente com os relatórios de análise financeira (research) e as recomendações de

investimento. Peça ao intermediário financeiro que lhe indique qual é a informação

divulgada pelos emitentes dos valores mobiliários e quais os estudos e previsões que são

feitos a partir desses documentos.

• Pergunte quais são os aspectos que podem contribuir para uma maior ou menor

rentabilidade do seu investimento. Se o risco for maior ou menor do que aquele que

pretende assumir, peça para lhe ser indicada outra opção de investimento.

Page 23: Investidor Institucional

• Verifique os preços (comissões) praticados por cada intermediário financeiro pela

prestação dos vários serviços. Pergunte quanto custa realizar determinada operação.

Questione sobre outras taxas ou impostos que incidam sobre o seu investimento.

• Peça sempre que a informação lhe seja prestada por escrito. O «diz que disse» não lhe

permite demonstrar nada. • Os investidores têm direito de pedir cópia de todos os

documentos que assinem quando do investimento efetuado e têm o direito de pedir ao

intermediário financeiro que reduza a escrito, em documento datado, assinado e

carimbado, as informações que lhe transmitiu e que formaram a base da sua decisão de

investir.

• Como investidor, tem o direito de ser informado sobre a execução e os resultados das

operações que tenha ordenado, bem como sobre a ocorrência de dificuldades ou

inviabilidade de execução da operação e ainda sobre quaisquer circunstâncias que

possam justificar a modificação, revogação ou recusa das ordens transmitidas, quando

tal seja o caso. Acompanhe a evolução do valor mobiliário antes e durante o

investimento, para reavaliar os seus investimentos sempre que necessário.

• Se não quer assumir um elevado grau de risco, não «ponha todos os ovos no mesmo

cesto». Investir todo o seu dinheiro no mesmo tipo de valores mobiliários pode

significar um risco acrescido. Se diversificar o seu investimento, os ganhos

apresentados por uns valores mobiliários poderão compensar as perdas sofridas com

outros.

• Tenha presente o fato de o investimento em valores mobiliários ser normalmente um

investimento de longo prazo (à exceção de certos investimentos, como por exemplo, os

fundos de tesouraria, que têm uma natureza de curto prazo) e que as rentabilidades

obtidas no passado não representam qualquer garantia de obtenção de rentabilidades

semelhantes no futuro.

• Se tiver contraído um empréstimo para comprar valores mobiliários tenha em conta

que, às perdas verificadas pode ainda acrescer uma dívida avultada resultante dos juros

entretanto vencidos.

• Consulte o site da CMVM na Internet. Acompanhe as notícias publicadas nos jornais e

os anúncios divulgados pelas empresas. Se algum fato lhe suscitar dúvidas, contate o

seu intermediário financeiro ou o serviço de Apoio ao Investidor da CMVM,

presencialmente, por telefone, por fax ou por correio eletrônico, e faça perguntas.

• Se um determinado serviço não lhe é prestado com qualidade, reclame. Os

investidores têm o direito de ser informados sobre os procedimentos internos adotados

Page 24: Investidor Institucional

pelos intermediários financeiros para o recebimento e tratamento de reclamações e

ainda sobre os prazos estimados de resposta a essas reclamações.

• Se a sua reclamação não tem o tratamento adequado, dirija-se ao serviço de Apoio ao

Investidor da CMVM e reclame novamente. Não pense que «não vale a pena reclamar

porque ninguém faz nada». A CMVM só poderá defender os seus legítimos interesses se

lhos der a conhecer.

• Se sofreu um prejuízo causado pela violação dos deveres de outra pessoa ou entidade,

responsabilize-a. Pode ter direito a uma indenização. Reclame e prontifique-se a levar a

questão até às últimas conseqüências.

• Associe-se a outros investidores. Participar em associações não aumenta a sua razão

em caso de conflito; porém, o contacto com outros investidores permite-lhe ficar a saber

aspectos que provavelmente desconhece e recorrer a certos meios que as leis reservam

às associações de defesa dos investidores (o diploma que regula atualmente as

associações de defesa dos investidores é o Decreto-Lei n.º 294/2003, de 21 de

Novembro).

Investidores Institucionais: os principais investidores institucionais são: Fundos

Mútuos de Investimentos: são condomínios abertos que aplicam seus recursos em

títulos e valores mobiliários objetivando oferecer aos condomínios maiores retornos e

menores riscos. Entidades Fechadas de Previdência Privada: são instituições

mantidas por contribuições de um grupo de trabalhadores e da mantenedora. Por

determinação legal, parte de seus recursos devem ser destinados ao mercado acionário.

Seguradoras: são enquadradas com instituições financeiras segundo determinação

legal. O BACEN orienta o percentual limite a ser destinado aos mercados de renda fixar

e variável.

Fundos Mútuos de Investimentos em Ações de Sociedades Incentivadas

Definição

Tipo de fundo de investimento que deve ser constituído sob a forma de condomínio

fechado, com recursos destinados à aplicação em carteira diversificada de títulos e

valores mobiliários, composta, no mínimo, de 70% de:

Page 25: Investidor Institucional

I) Ações de emissão de sociedades beneficiárias de recursos oriundos dos incentivos

fiscais;

II) Certificados de investimentos dos Fundos FINOR, FINAM, FISET e FUNRES; e

III) Ações de sociedades incentivadas adquiridas no Mercado Secundário.

Concentração de investimento

Fundos de Investimento

Fundos 157

Fundos Mútuos

Fundos 1.401

Seguradoras

FINOR

FISET- Turismo

FISET- Pesca

Embramec

IBRASA

FIBASE

Bancos Estaduais de

Desenvolvimento

Banco do Brasil

BNDE

PIS/PASEP

FUNDOS 157

O Fundo 157 que foi criado pelo Decreto Lei nº 157, de 10.02.1967, tratava-se de uma

opção dada aos contribuintes de utilizar parte do imposto devido quando da Declaração

do Imposto de Renda, em aquisição de quotas de fundos administrados por instituições

financeiras de livre escolha do aplicador.

Informamos que somente pessoas que declararam Imposto de Renda, nos exercícios

Page 26: Investidor Institucional

entre 1967 e 1983, e que tinham Imposto devido neste mesmo período, são os que

podem, ainda, possuir aplicação no referido Fundo.

SEGURADORAS

Segurador ou Seguradora é, no mercado de seguros, uma entidade que assume a

administração de determinados riscos em troca de um prêmio de seguro.

Dá-se o nome de seguro (do latim "securu") a todo contrato pelo qual uma das partes,

segurador, se obriga a indenizar a outra, segurado, em caso da ocorrência de

determinados sinistro, em troca do recebimento de um prêmio de seguro

Prêmio de seguro é a prestação paga pelo segurado, para a contratação do seguro, que

se efectiva com a emissão da apólice por parte da empresa seguradora.

Uma apólice é um documento emitido por uma seguradora, que formaliza a aceitação

do risco objeto do contrato de seguro. Nela estão discriminadas uma série de condições,

como o bem ou a pessoa segurado/a, as coberturas e garantias contratadas, o valor do

prémio, assim como o prazo do contrato, entre outras.

A emissão da apólice não condiciona o início da cobertura do bem. O bem estará

coberto assim que o risco tiver sido aceito pelo Corretor de Seguros, caso tenha puderes

para o fazer, ou mais vulgarmente pela própria seguradora. Esta operação pudera

resultar na emissão de um bilhete de seguro ou certificado de cobertura. A apólice será

enviada posteriormente.

FINOR – INFORMAÇÕES GERAIS

Conheça o principal incentivo fiscal do Nordeste.

Definição

O Fundo de Investimentos do Nordeste - FINOR é um benefício fiscal concedido pelo

Governo Federal, criado pelo Decreto-Lei nº 1.376, de 12.12.1974, constituído de recursos

aplicados em ações e debêntures, destinado a apoiar financeiramente empreendimentos

instalados ou que venham a se instalar na área de atuação do Departamento de Gestão dos

Page 27: Investidor Institucional

Fundos de Investimentos - DGFI..

O objetivo é contribuir para o desenvolvimento econômico da Região Nordeste e partes dos

Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, além de ser um investimento atrativo para as

empresas contribuintes do imposto de renda de todo o país.

Origem dos Recursos

Os recursos do Fundo de Investimentos do Nordeste - FINOR são oriundos, principalmente,

de opções feitas por pessoas jurídicas de todo o país, contribuintes do imposto de renda

incidente sobre o lucro real, que podem deduzir parte desse imposto como forma de incentivo

fiscal, para aplicação em projetos aprovados pelo Departamento de Gestão dos Fundos de

Investimentos - DGFI.

Obs.: O artigo 32, Inciso XVI, da Medida Provisória nº 2.156-5, de 24 de agosto de 2001

(reedição da Medida Provisória nº 2.146-1, de 04 de maio de 2001), revogou o inciso I, do

artigo 1º, da Lei nº 8.167/91, que facultava à pessoa jurídica optar pela aplicação de parcelas

do imposto de renda devido no FINOR, cujos recursos eram investidos na forma definida no

Artigo 5º, da referida Lei, ressalvado, entretanto, no Inciso XVIII, do Artigo 32, o direito

estabelecido no artigo 9º, da Lei nº 8.167/91, para as pessoas que atendam as condições ali

previstas.Assim, para os projetos em implantação, permanece a possibilidade de os

investidores continuarem fazendo opções para o FINOR (Art. 9º).

Administração

A administração dos recursos do Fundo de Investimentos do Nordeste - FINOR está a cargo

do Departamento de Gestão dos Fundos de Investimentos - DGFI e do Banco do Nordeste,

aos quais compete:

Ao Departamento  de Gestão dos Fundos de Investimentos - DGFI

a) acompanhar a implantação dos projetos na região amazônica e no Nordeste do Brasil;

b) proceder à análise dos pleitos das empresas titulares dos projetos, com vistas às

necessidades regionais e de mercado;

Page 28: Investidor Institucional

c) fiscalizar a aplicação dos recursos dos fundos FINAM e FINOR;

d) recomendar liberações de recursos para subscrição de ações e debêntures dos fundos

FINAM e FINOR de projetos regulares merecedores de contrapartida;

e) propor o cancelamento de projetos enquadrados nas condições previstas nos §§ 1o e 4º do

art. 12 da Lei nº 8.167, de 16 de janeiro de 1991;

f) propor a emissão do Certificado de Empreendimento Implantado (CEI) a projetos

considerados concluídos;

g) avaliar os resultados obtidos com a aplicação dos recursos dos Fundos de Investimentos

Regionais FINOR e FINAM, na região Nordeste e na Amazônia, respectivamente; e

h) consolidar a prestação de contas do Fundo de Investimentos da Amazônia e do Fundo de

Investimentos do Nordeste, apresentados pelas unidades operacionais regionais.

Ao Banco Do Nordeste

a) liberar recursos através de subscrição e integralização de debêntures e ações emitidas pelas

empresas beneficiárias;

b) administrar a carteira de títulos;

c) gerenciar o patrimônio;

d) administrar o Sistema de Cotas Escriturais;

e) promover periodicamente leilões especiais dos títulos componentes da carteira.

Público Alvo

O Fundo de Investimentos do Nordeste - FINOR tem como público alvo cotistas e empresas

beneficiárias desse incentivo.

Cotistas

São pessoas jurídicas de qualquer parte do país, que adquiriram cotas, quando da opção na

Declaração de Rendimentos, para aplicação do incentivo fiscal no Fundo de Investimentos do

Page 29: Investidor Institucional

Nordeste - FINOR, ou pessoas físicas ou jurídicas, adquirentes de cotas através de Bolsas de

Valores.

Beneficiárias

São pessoas jurídicas, regidas pela lei das sociedades por ações, que tiveram seus projetos

aprovados pelo Departamento de Gestão dos Fundos de Investimentos - DGFI, destinatárias

dos recursos do FINOR.

Fluxo Operacional do Finor

 

FISET

"Fundo de Investimentos Setoriais. Operado pelo Banco do Brasil. FISET

Reflorestamento - Administrado pelo IBDF; FISET Pesca - Administrado pela

SUDEPE; FISET Turismo - Administrado pela EMBRATUR. Tem suas cotas

representadas por Certificados de Investimento, negociadas em Bolsas de Valores.

Do Decreto 93.607/86, os art 1º, 2], 3º 8º e 10º

Page 30: Investidor Institucional

Art. 10° - As aplicações de recursos dos Fundos de Investimentos criados pelo

Decreto-lei n° 1.376, de 12 de dezembro de 1974, destinadas aos segmentos da

agropecuária dos Fundos Regionais (FINOR e FINAM) e aos setores de

Florestamento e Reflorestamento, da Pesca e do Turismo, do Fundo Setorial

(FISET), serão feitas exclusivamente sob a forma de debêntures não conversíveis.”

(g.n.)

Do acima, entre outros, destaca-se a essência e o ‘modus operandi’ dos incentivos

setoriais.

Basicamente, destinam-se a desenvolver determinados setores. Entre estes, menciona-

se a Lei 7.232/84, dispondo sobre a Política Nacional de Informática e que concede

incentivos fiscais para o setor de informática. Destacam-se também os destinados à

Pesca, ao Turismo, ao Florestamento e ao Reflorestamento.

- Operacionalmente, são constituídos Fundos (FISET Pesca, Fundo de Investimento

Setorial Pesca FISET Turismo, Fundo de Investimento Setorial Turismo, entre outros).

Os recursos destes Fundos são provenientes de incentivos fiscais (alíneas ‘a’ e ‘e’ do §

único do art 1° do Dl 1.376/74), de subscrições realizadas pela União Federal, de

subscrições voluntárias efetuadas por pessoas físicas e jurídicas, e outros.

- Os recursos destes Fundos de Investimento são “aplicados em empresas que tenham

sido consideradas aptas para receber incentivos fiscais pelas agências de

desenvolvimento regional ou setorial, sob a forma de subscrição de ações ou

debêntures conversíveis ou não em ações” (art 4° do Dl 1.376/74 com a redação que

lhe foi dada pelo art 1° do Dl 2.304/86).

Em síntese, há dois segmentos beneficiados com os incentivos setoriais:

a) de um lado, as pessoas físicas e as jurídicas que podem destinar uma parte do

imposto, que seria devido, para investimento em determinado setor (FISET Pesca,

FISET Turismo etc), sem mencionar aqui os destinados aos incentivos regionais;

b) de outro lado, as empresas com projetos específicos em determinados setores

(Pesca, Florestamento etc) que poderiam receber recursos dos Fundos de Investimento

Setoriais específicos, além de outros incentivos.

Page 31: Investidor Institucional

A inaplicabilidade do artigo 41 do ADCT

Por não ser incentivo setorial, é inaplicável ao crédito-prêmio à exportação (art 1° do

Dl 491/69 e do Dl 1.894/81) o art 41 do ADCT que dispõe:

“Art 41. Os Poderes Executivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios reavaliarão todos os incentivos fiscais de natureza setorial ora em vigor,

propondo aos Poderes Legislativos respectivos às medidas cabíveis. (g.n.)

§”1° Considerar-se-ão revogados após dois anos, a partir da data da promulgação

da Constituição, os incentivos que não forem confirmados por lei”.

A jurisprudência do Conselho de Contribuintes, ao tratar de créditos concedidos como

prêmio à exportação, generalizadamente, sejam eles o do art 1° do Dl 491/69 (de

natureza financeira), sejam os do art 5° do mesmo Decreto-lei (de natureza tributária)

assim se posicionou, referindo-se, no caso tomado como exemplo, ao incentivo do art

5° do Dl 491/69 (natureza tributária).

“IPI – RESTITUIÇÃO – O art 41 do ADCT não se aplica aos créditos de imposto

decorrentes de exportação”.(da Ementa do Acórdão n° 201-69411).

Distinção entre o crédito-prêmio à exportação e os demais incentivos

A principal distinção a estabelecer é entre este e os incentivos setoriais.

Inicialmente, de forma genérica, cabe ressaltar que os incentivos setoriais estão

vinculados a uma hipótese de incidência e à realização de um fato imponível. Do

crédito tributário – obrigação de pagar do sujeito passivo – uma parte pode ser

destinada aos incentivos setoriais, tais como pesca, turismo e outros. Registram-se

outras formas de operação dos incentivos setoriais tais como as que se referem às

isenções e outras, não cabendo aqui mais amplo desenvolvimento da questão.

Destaca-se, reiterando, o fato de que o crédito-prêmio à exportação não se vincula a

nenhuma hipótese de incidência, ausente por conseqüência a figura do fato imponível.

A título de exemplo, alguns dos incentivos SETORIAIS entre outros, estes nas áreas

da SUDAM e da SUDENE:

Page 32: Investidor Institucional

“1) de infra-estrutura, em relação à implantação de empreendimentos de energia,

telecomunicações, transportes, gasodutos, produção de gás, abastecimento de água e

esgotamento sanitário;

2) “de turismo, em relação à implantação de empreendimentos integrados a

complexos turísticos localizados nas áreas prioritárias para o turismo regional;”

3) da indústria de transformação, observados os seguintes objetivos:

g) incentivo a empreendimentos da pecuária bovina e bubalina de leite e corte, que

tiveram sua cobertura vegetal primitiva alterada, admitindo-se, para a pecuária de

corte, a engorda desde que vinculada às fases de cria e recria próprias, em que o

sistema de produção adotado seja necessariamente semi-intensivo ou intensivo, com o

cruzamento industrial;

k) “incentivo a empreendimentos de piscicultura e aqüicultura”.

Desde sua concepção, nos Planos Nacionais de Desenvolvimento, os Incentivos à

Exportação não estão incluídos entre os Incentivos Setoriais.

Inúmeros outros atos poderiam ser mencionados para espancar definitivamente a

dúvida, permitindo concluir que a questão incentivo setorial ou não, não é tópico de

controvérsia, mas matéria constante na letra da lei.

A matéria de fato

De se destacar que, no que concerne ao crédito-prêmio à exportação, é sumamente

importante dar a máxima atenção à matéria de fato. Contam-se às centenas os atos

legais, os administrativos e os normativos que dispõem sobre o tema.

Caso não seja dada a devida atenção à parte documental (que será necessariamente

objeto de fiscalização, seja qual for a via utilizada para o pleito, seja a administrativa

ou a judicial) e em especial à confecção da planilha, a empresa corre o risco de ganhar

mas não levar. Destaca-se que para a confecção de uma planilha perfeitamente de

acordo com as normas estabelecidas pela Receita Federal, são necessários no mínimo

23 (vinte e três) itens de informações relativas a cada exportação (em alguns casos até

25).

Page 33: Investidor Institucional

Lembra-se também o fato de que, no cálculo dos valores do crédito-prêmio à

exportação (art 1° do Dl 491/69 e 1.894/81) incidem juros à taxa de um por cento ao

mês, a partir de cada exportação, não incidindo juros à taxa SELIC por não se tratar de

crédito tributário, consoante Atos Legais, Administrativos e Normativos.

Foi criada em 12/06/1974, no âmbito do BNDE, A Mecânica Brasileira S. A. -

EMBRAMEC, tendo como missão principal o amparo ao empresariado local. Em

muitas de suas iniciativas, a EMBRAMEC entrava como sócia, subscrevendo ações

preferenciais sem direito a voto. Nas "joint-ventures" com empresas estrangeiras, a

participação da subsidiária do BNDE veio a viabilizar o controle do capital volante pelo

empresário brasileiro.

IBRASA (Investimentos Brasileiros S/A)

Empresa filiada ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social que tem

como objetivo participar minoritariamente do capital de risco de empresas nacionais.

O BNDE, por sua vez, seria o principal financiador do II PND. Em 1974, o banco

estatal determinou a criação de três empresas subsidiárias de modo a ampliar as formas

de capitalização das empresas brasileiras: a EMBRAMEC (Mecânica Brasileira S/A), a

IBRASA (Investimentos Brasileiros S/A) e a FIBASE (Financiamentos de Insumos

Básicos S/A). Estas três empresas atuariam como companhias de investimentos, dando

maior apoio à capitalização da empresa nacional através da concessão de capital de

risco para a participação de projetos inscritos nas prioridades do II PND. Além da já

existente FINAME, formam colocados sob a administração do BNDE recursos

provenientes do PIS/Pasep, o que duplicaria a capacidade financeira do banco.

CMN amplia área de ação de bancos estaduais de desenvolvimento

BRASÍLIA (Reuters) - O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-

feira a ampliação da área de atuação dos três bancos de desenvolvimento estaduais em

atividade no país, de modo a incluir os Estados limítrofes à região onde estejam

instalados.

Page 34: Investidor Institucional

Pelas regras em vigor até então, os bancos de desenvolvimento de Minas Gerais, do

Espírito Santo e do Extremo Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) só

poderiam financiar projetos nos Estados ou região em que estão.

Com a resolução aprovada pelo CMN, as instituições poderão atuar em regiões vizinhas

sempre que detectarem projetos de benefícios mútuos, afirmou a jornalista o chefe do

Departamento de Normas do Banco Central, Amaro Gomes.

O CMN aprovou ainda proposta de decreto presidencial autorizando a venda do banco

BGN, sediado em Recife, e de sua controlada BGN Leasing ao banco francês BNP

Paribas.

O BGN, de capital fechado, tem patrimônio de 194 milhões de reais e ativos totais de

1,540 bilhões de reais, segundo informações do BC.

BNDES

A Empresa

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, ex-autarquia

federal criada pela Lei nº 1.628, de 20 de junho de 1952, foi enquadrado como uma

empresa pública federal, com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio

próprio, pela Lei nº 5.662, de 21 de junho de 1971. O BNDES é um órgão vinculado ao

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e tem como objetivo

apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país. Desta ação

resultam a melhoria da competitividade da economia brasileira e a elevação da

qualidade de vida da sua população. 

Desde a sua fundação, em 20 de junho de 1952, o BNDES vem financiando os grandes

empreendimentos industriais e de infra-estrutura tendo marcante posição no apoio aos

investimentos na agricultura, no comércio e serviço e nas micro, pequenas e médias

empresas, e aos investimentos sociais, direcionados para a educação e saúde, agricultura

familiar, saneamento básico e ambiental e transporte coletivo de massa. 

Suas linhas de apoio contemplam financiamentos de longo prazo e custos competitivos,

para o desenvolvimento de projetos de investimentos e para a comercialização de

Page 35: Investidor Institucional

máquinas e equipamentos novos, fabricados no país, bem como para o incremento das

exportações brasileiras. Contribui, também, para o fortalecimento da estrutura de capital

das empresas privadas e desenvolvimento do mercado de capitais.

O BNDES conta com duas subsidiárias integrais, a FINAME (Agência Especial de

Financiamento Industrial) e a BNDESPAR (BNDES Participações), criadas com o

objetivo, respectivamente, de financiar a comercialização de máquinas e equipamentos e

de possibilitar a subscrição de valores mobiliários no mercado de capitais brasileiro. As

três empresas, juntas, compreendem o chamado "Sistema BNDES".

O BNDES considera ser de fundamental importância, na execução de sua política de

apoio, a observância de princípios ético-ambientais e assume o compromisso com os

princípios do desenvolvimento sustentável.

As linhas de apoio financeiro e os programas do BNDES atendem às necessidades de

investimentos das empresas de qualquer porte e setor, estabelecidas no país. A parceria

com instituições financeiras, com agências estabelecidas em todo o país, permite a

disseminação do crédito, possibilitando um maior acesso aos recursos do BNDES.

MISSÃO DO BNDES

A missão do BNDES é promover o desenvolvimento sustentável e competitivo da

economia brasileira, com geração de emprego e redução das desigualdades sociais e

regionais.

VISÃO DO BNDES

A visão do BNDES é ser o Banco do desenvolvimento do Brasil, instituição de

excelência, inovadora e pró-ativa ante os desafios da nossa sociedade.

Matérias relacionadas

Disposições Aplicáveis aos Contratos do BNDES e as Normas e Instruções de

Acompanhamento

Page 36: Investidor Institucional

Legislação Básica do Sistema BNDES (*) (inclui estatutos do BNDES e da

BNDESpar e regulamento da FINAME)

Estrutura Organizacional

Código de Ética

BNDES Transparente

Consulta às Operações do BNDES

Prêmio BNDES de Economia

Apresentações e Artigos Institucionais da Alta Administração

Textos do livro "BNDES, 50 Anos de Desenvolvimento"

Hot site comemorativo dos 50 anos do BNDES

BANCOS ESTATAIS DE DESENVOLVIMENTO

Caixa Econômica Federal

A Caixa Econômica Federal (CEF) é uma empresa pública do governo federal

brasileiro. Conta em caráter excepcional com serviços bancários autorizados pelo

Conselho Monetário Nacional.

Foi criada em 12 de janeiro de 1861 por Dom Pedro II com o nome Caixa Econômica e

Monte de Socorro. Seu propósito era incentivar a poupança e conceder empréstimos sob

penhor, com a garantia do governo imperial. Esta característica diferenciava a

instituição de outras da época, que agiam no mercado sem dar segurança aos

depositantes ou que cobravam juros excessivos dos devedores. Deste modo, a Caixa

rapidamente passou a ser procurada pelas camadas sociais mais populares, incluindo os

escravos, que podiam economizar para suas cartas de alforria. Assim, desde o início, a

empresa estabeleceu seu foco no social.

Missão

Essencialmente, a missão da CAIXA é promover a melhoria contínua da qualidade de

vida da população brasileira, intermediando recursos e negócios financeiros, atuando no

fomento ao desenvolvimento urbano e nos segmentos de habitação, saneamento e infra-

Page 37: Investidor Institucional

estrutura, e na administração de fundos, programas e serviços de caráter social, tendo

como valores fundamentais:

Direcionamento de ações para o atendimento das expectativas da sociedade e

dos clientes;

Busca permanente de excelência na qualidade dos serviços oferecidos;

Equilíbrio financeiro em todos os negócios e mais ;

Conduta ética pautada nos valores da sociedade;

Respeito e valorização do ser humano.

Banco público

Hoje em dia, é o maior banco público da América Latina, focado também em grandes

operações comerciais, mas ainda assim não perdendo seu lado social, uma vez que é

centralizadora de operações como o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço),

PIS (programa de Integração Social) e Habitação Popular (PAR - Programa de

Arrendamento Residencial, Carta de Crédito FGTS, entre outros). É agente pagador

também do Bolsa-Família, programa de complementação de renda do Governo Federal

e do Seguro-Desemprego. Atua ainda no financiamento de obras públicas,

principalmente voltadas para o saneamento básico, destinando recursos a estados e

municípios. A Caixa também faz a intermediação de verbas do Governo Federal

destinadas ao setor público. Sua sede fica localizada em Brasília.

BANCO DO BRASIL

Tipo: Sociedade de economia mista,

Fundada em 12 de outubro de 1808, no Rio de Janeiro,

Sede em Brasília,

Principais pessoas Antônio Francisco de Lima Neto, Slogan

Todo seu,

Indústria Banco múltiplo, Produtos Serviços bancários,

Nº empregados 82,5 mil,

Página oficial www.bb.com.br.

Page 38: Investidor Institucional

O Banco do Brasil S.A. (BB) é uma instituição financeira brasileira, constituída na

forma de sociedade de economia mista, com participação da União (governo federal

brasileiro) com 70% da ações.

Sua missão, segundo sua filosofia corporativa, é "ser a solução em serviços e

intermediação financeira, atender às expectativas de clientes e acionistas, fortalecer o

compromisso entre os funcionários e a empresa e contribuir para o desenvolvimento do

país".

Segundo dados do próprio banco, a empresa possui 15.133 pontos de atendimento

distribuídos pelo país, entre agências e postos, sendo que 95% de suas agências

possuem salas de auto-atendimento (são mais de 40 mil terminais), que funcionam além

do expediente bancário. Possui ainda opções de acesso via internet, telefone, e telefone

celular. Está presente em mais de 21 países além do Brasil.

O Banco do Brasil possui 4.043 agências, estando presente na maioria dos municípios

do país, com uma estrutura de 82,5 mil funcionários, além de dez mil estagiários, cinco

mil contratados temporários e 4,8 mil adolescentes trabalhadores.

História

Primeiro bilhete de banco, emitido pelo Banco do Brasil em 1810

Foi criado o primeiro banco do Brasil em 12 de outubro de 1808 pelo Rei D. João VI,

por sugestão do conde de Linhares, Rodrigo de Sousa Coutinho, num conjunto de ações

que visavam a criação de indústrias manufatureiras no Brasil, incluindo isenções de

impostos para importação de matérias-primas e de exportação de produtos

industrializados.

Instalou-se inicialmente na Rua Direita, esquina com Rua de São Pedro, no Rio de

Janeiro, com 1 mil e 200 contos de réis de capital. Funcionando como uma espécie de

banco central misto, foi o quarto banco emissor do mundo, depois do Banco da Suécia

(1668), Banco da Inglaterra (1694) e Banco da França (1800)

Com o saque de vultosa quantia e o retorno de D. João VI para Portugal, esse primeiro

Banco do Brasil veio a falir em 1829.

Page 39: Investidor Institucional

Anos mais tarde, Irineu Evangelista de Souza, que viria a ser Barão e Visconde de

Mauá, criou em 1851 uma nova instituição denominada Banco do Brasil. Como antes,

também nascida de um lançamento público, dessa vez com um capital de 10.000 contos

de réis. Esse valor era considerado elevado para a época e o mais vultoso entre os das

sociedades existentes na América Latina. Nesse segundo Banco do Brasil há uma forte

carga simbólica de suas ligações permanentes com o mercado de capitais. As reuniões

preparatórias e a assembléia de constituição se realizaram no salão da Bolsa do Rio de

Janeiro.

Já em 1853, o Banco do Brasil de Mauá se fundiria com o Banco Comercial do Rio de

Janeiro, por uma determinação legislativa liderada pelo Visconde de Itaboraí,

considerado o fundador do Banco de hoje.

As primeiras linhas de Crédito Rural do Banco do Brasil datam da década de 80 do

século XIX.

Até a criação do Banco Central do Brasil, o Banco do Brasil era emissor de moeda.

Alvará

O alvará que criou o Banco do Brasil e sancionou seus estatutos, por influência do

Conde de Linhares, dizia: "Eu o Príncipe, atendendo a não permitirem as atuais

circunstâncias do Estado que o meu Real Erário possa realizar os fundos, de que

depende a manutenção da monarquia e o bem comum dos meus vassalos, etc; a que os

bilhetes dos direitos das alfândegas tendo certos prazos nos seus pagamentos, ainda

que sejam de um crédito estabelecido, não são proprios para o pagamento de soldos,

ordenados, juros e pensões que constituem os alimentos do corpo político do Estado, os

quais devem ser pagos nos seus vencimentos em moeda corrente; a que os obstáculos

que a falta de giro dos signos representativos dos valores põem ao comércio, etc.

animando e promovendo as transações mercantis dos negociantes desta e das mais

praças dos meus domínios e senhorios com as estrangeiras; sou servido ordenar que

nesta capital se estabeleça um Banco Público que na forma dos estatutos que baixo,

assinados por D. Fernando José de Portugal, do meu Conselho de Estado, ministro

assistente ao despacho do gabinete, presidente do Real Erário e secretário de Estado

dos negócios do Brasil, etc. Determino que os saques dos fundos do meu Real Erário e

Page 40: Investidor Institucional

as vendas dos gêneros privativos dos contratos e administração da minha Real

Fazenda, como são os diamantes, pau-brasil, o marfim e a urzela, se façam pela

intervenção do referido Banco Nacional, vencendo sobre o seu líquido produto a

comissão de 2% além do prêmio do rebate dos escritos da Alfâdega que fui mandado

praticar pelo Erário Real. Ordeno que se haja por extinto o cofre de depósito que havia

nesta cidade a cargo da Câmara dela; e determino que no referido Banco se faça todo

e qualquer depósito judicial ou extrajudicial de prata, ouro, jóias e dinheiro".

Capital

A aparência era de estabelecimento mercantil, mas estava destinado a servir

imediatamente ao Governo não como agente em algumas de suas transações financiais

de importância mas principalmente prestando-lhe auxílio de crédito em circunstâncias

extraordinárias, em razão de gozarem as suas notas de foro de moeda legal. O capital

inicial era modesto, 1.200 contos de réis divididos em 1.200 ações de um conto de réis,

por prazo de 20 anos. Havia necessidade de conseguir os fundos para a manutenção da

Monarquia, facilitar o pagamento de soldos, ordenados, juros e pensões, engrandecendo

o crédito publico, e sobretudo promover as transações mercantis, erigindo outra fonte de

riqueza. Principiou assim como banco de depósitos, descontos e emissão, misto,

sociedade particular, com autorização para aumentar o capital. A responsabilidade do

acionista era limitada ao montante da ação.

Sua administração foi exercida por uma Assembléia de 40 capitalistas portugueses, seus

acionistas, uma Junta de 10 membros renováveis a metade cada ano, e uma Diretoria de

quatro Membros, renováveis no mesmo periodo. Só possuia voto deliberativo cada

portador de cinco ou mais ações. Como banco comercial, se encarregou do desconto de

letras d câmbio, comissões por cobranças, adiantamentos e hipotecas, depósitos de

valores, vencendo juros e venda de produtos monopolizados pela Coroa. Suas operações

monetárias consistiam em emissão de notas bancarias e letras a vista ou prazo fixo,

operações cambiais de saque e remessa e operações de compra e venda de ouro e prata.

O sistema monetário assim criado consistia em moeda de papel conversivel à vista em

moeda metálica de ouro e prata, tendo como nota mínima o valor de 30$000, para se

evitar que as notas circulassem em pequenas transações, limitando-se a pagamentos

elevados no comércio atacadista sem quase circular no varejista. Houve porém

resistência na praça do Rio à subscrição de ações.

Page 41: Investidor Institucional

Posição atual

Atualmente ocupa posição de destaque no sistema financeiro nacional, sendo o primeiro

em ativos financeiros (R$ 342 bilhões), volume de depósitos totais (172 bilhões de

reais), carteira de crédito (150 bilhões de reais), base de clientes pessoas físicas (23,7

milhões), câmbio exportação (28,1% do mercado), administração de recursos de

terceiros (193 bilhões de reais, o maior da América Latina) e faturamento de cartão de

crédito (19,8% do mercado).

O Banco do Brasil registrou em 2006 um lucro líquido de R$ 6,044 bilhões, o que

representa um crescimento de 45,5% sobre o resultado do ano anterior (R$ 4,154

bilhões). No primeiro semestre de 2006 alcançou a sétima posição dentre os bancos

mais lucrativos das Américas. No ano de 2006 registrou um lucro líquido de 6,04

bilhões, 45,4% superior a 2005. O Banco do Brasil obteve um lucro líquido de R$ 1,4

bilhão no terceiro trimestre de 2007, um crescimento de 50,3% em relação ao mesmo

período de 2006, e de 27,7% em relação ao observado no segundo trimestre. O lucro

acumulado nos primeiros nove meses de 2007 foi de R$ 3,8 bilhões.

Importante frisar que o Banco do Brasil possui importante presença no agronegócio do

país, financiando igualmente boa parte das exportações e contribuindo para o

desenvolvimento de micro e pequenas empresas por meio de linhas de crédito de capital

de giro e investimento.

Liderança

O Banco do Brasil mantém a liderança, no primeiro trimestre de 2008 [6], nos seguintes

itens:

Administração de recursos de terceiros: R$ 241,3 bilhões, 19,3% do mercado;

Ativos totais: R$ 404,9 bilhões;

Base de clientes: 26,4 milhões de correntistas;

Câmbio exportação e importação: 26% e 25% do mercado, respectivamente;

Capitalização: 22,6% do mercado (arrecadação);

Crédito

Carteira total: R$ 172,8 bilhões;

Consignado: R$ 12,8 bilhões, 18,5% do mercado;

Page 42: Investidor Institucional

Crédito para o Agronegócio:57,9% do Sistema Nacional de Crédito Rural;

Crédito para investimento: 2,6 bilhões (desembolso);

Crédito pessoa jurídica: R$ 67,2 bilhões.

Captação total: R$ 290 bilhões;

Faturamento com cartões de débito: R$ 6,3 bilhões;

Internet e Mobile Banking: 8,2 milhões de clientes habilitados;

Pagamento de servidores públicos: 4,8 milhões de servidores;

Rede de TAA: 38.692 máquinas;

Rede própria de atendimento: 15.324 pontos;

Rede externa: 42 pontos em 23 países;

Composição

Agência de Serra Talhada, interior de Pernambuco.

O Banco participa de empresas controladas e coligadas, em diversos ramos como:

Companhia de Seguros Aliança do Brasil

Brasilsaúde (seguros de saúde)

Brasilveículos (seguros de veículos)

Brasilprev (previdência)

Brasilcap (capitalização)

Cobra Tecnologia

BB Cartões

De forma a aumentar sua presença no mercado de crédito, o BB ampliou sua atuação

por meio de novos produtos e serviços, tais como a criação da BB Consórcios e do

Banco Popular do Brasil (BPB).

Acionistas

Tesouro Nacional 68,7%

Previ 11,4%

BNDESpar 5%

Pessoas físicas 4%

Pessoas jurídicas 3,9%

Page 43: Investidor Institucional

Capital estrangeiro 6,9%

Incorporação da Nossa Caixa

O Banco do Brasil está em processo de negociação com o Governo do Estado de São

Paulo a incorporação do banco à sua rede de agências, como o que ocorreu com o

Banco do Estado de Santa Catarina. Se realizada, a incorporação pode levar o Banco do

Brasil a liderar o mercado no Estado de São Paulo, atualmente ocupa a quarta

colocação. Para que o negócio seja concretizado, é necessária a autorização do Governo

do Estado e da Assembleia Legislativa do Estado[7].

Universidade Corporativa

A Unibb disponiliza programas de capacitação para diversos públicos de

relacionamento do Banco. Naturalmente, o principal público-alvo são os seus

funcionários. Os treinamentos internos desenvolvidos para este público são presenciais

ou auto-instrucionais, isto é, a distância. São utilizadas diversas metodologias para a

disponibilização de cursos: apostilados, por meio da TVBB, Web e a metodologia

Sinapse.

PIS / PASEP

O Fundo PIS-PASEP é resultante da unificação dos fundos constituídos com recursos

do Programa de Integração Social - PIS e do Programa de Formação do Patrimônio do

Servidor Público - PASEP. Esta unificação foi estabelecida pela Lei Complementar nº

26/1975, com vigência a partir de 1º/07/1976 e regulamentada pelo Decreto nº

78.276/1976 e gerido pelo Decreto nº 4.751 de 17 de junho de 2003, que determina ao

Conselho Diretor, coordenado por representantes da Secretaria do Tesouro Nacional, a

representação ativa e passiva do Fundo PIS - PASEP.

O Conselho Diretor, responsável pela gestão do fundo, é composto de representantes do

Ministério da Fazenda, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, do

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, do Ministério do

Trabalho e Emprego, da Secretaria do Tesouro Nacional, além de representantes dos

Participantes do PIS e dos participantes do PASEP.

Page 44: Investidor Institucional

Os objetivos do PIS e do PASEP são: - Integrar o empregado na vida e no

desenvolvimento das empresas; - Assegurar ao empregado e ao servidor público o

usufruto de patrimônio individual progressivo; - Estimular a poupança e corrigir

distorções na distribuição de renda; e - Possibilitar a paralela utilização dos recursos

acumulados em favor do desenvolvimento econômico-social.

Com a promulgação da Constituição Federal em 1988 estes objetivos foram

modificados pelo art. 239,vinculando-se a arrecadação do PIS-PASEP ao custeio do

seguro-desemprego e do abono aos empregados com média de até dois salários mínimos

de remuneração mensal.

Apesar de a Lei Complementar nº 26, de 11 de setembro de 1975, estabelecermos a

unificação dos fundos PIS e PASEP, estes Programas têm patrimônios distintos e como

agentes operadores o Banco do Brasil S.A. e a Caixa Econômica Federal, além do

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, encarregado da aplicação dos

recursos do Fundo.

A prestação de contas do Fundo compreende quatro partes: 1- Relatório de Atividades e

Balanço do Fundo PIS - PASEP, a cargo do Conselho Diretor, consoante disposto no

inciso V do art. 8º do Decreto nº 4.751/2003; 2- Relatório de atividades do PASEP, a

cargo do Banco do Brasil S.A.; 3- Relatório de atividades do PIS, a cargo da Caixa

Econômica Federal; e 4 - Relatório de aplicação de recursos, a cargo do Banco Nacional

de Desenvolvimento Econômico e Social.

As peças integrantes da prestação de contas estão à disposição para análise dos cidadãos

no seguinte endereço: Secretaria-Executiva do Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP,

Secretaria do Tesouro Nacional, Esplanada dos Ministérios, Bloco P, Edifício Anexo,

Ala "B", 1° Andar, sala nº. 126, Telefones: (61) 3412.3986 e 3412.3988 Fax: (61) 3412

1458 CEP-70048-900 - Brasília - DF.

A Portaria nº 262, de 30.08.2005 da Controladoria - Geral da União determina que os

órgãos e entidades do Poder Executivo Federal sujeitam a tomada e prestações de contas

anuais manterão, em seus sítios eletrônicos na rede mundial de computadores – internet,

página contendo a íntegra dos relatórios de gestão e certificados de auditoria com

pareceres do órgão de controle interno, bem como informações complementares.

Page 45: Investidor Institucional

CONCLUSÃO

Este artigo analisa os fundos de investimento financeiro, regulados pelas Disposições

Regulamentares do Banco Central. Na impossibilidade de examinar a natureza jurídica e

a composição de todos os fundos de investimento financeiro, tomou-se por base os

existentes no Banco do Brasil, conforme normas regulamentares da própria instituição,

as quais obedecem as diretrizes das Disposições do Banco Central. Na primeira parte,

examina a vulnerabilidade técnica e fática do investidor, o qual assume todos os riscos e

prejuízos causados decorrentes da oscilação do mercado. Na segunda, aborda os

requisitos subjetivos (conceitos de consumidor e de fornecedor) e objetivos (conceitos

de produto e serviços), enunciados no Código Brasileiro de Defesa do Consumidor

(CDC), para a concreta caracterização da relação de consumo. Por fim, discute o âmbito

de aplicação CDC aos mencionados fundos de investimento, tendo em vista a existência

de relação de consumo entre investidor e banco prestador de serviços. A conclusão

procura fornecer subsídios para que os investidores sejam tutelados pelas normas do

CDC, consoante os patamares de equilíbrio e boa-fé previstos em nosso Direito.

Referências

1. ↑ Missão

2. ↑ Revista Veja, edição 2030 de 17 de outubro de 2007

3. ↑ O BB alcançou o sétimo lugar no ranking dos bancos que mais lucraram nos

Estados Unidos e na América Latina. CartaCapital, no. 407, agosto 2006.

4. ↑ Banco do Brasil registra lucro líquido de R$ 6,04 bilhões em 2006. Valor.

UOL Economia, 27 de fevereiro de 2007, 08h07.

5. ↑ Lucro do Banco do Brasil cresce 50,3% no trimestre e chega a R$ 1,4 bi.

Dinheiro, Folha Online, 13 de novembro de 2007

6. ↑ http://www.bb.com.br/portalbb/page22,136,3469,0,0,1,8.bb?

codigoNoticia=9195

7. ↑ BB negocia com o governo de SP a in

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