Upload
dam
View
11
Download
1
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Acervo Intelectual da USP: Investigação matemática: uma proposta deatividades investigativas a partir de questõesdo SARESP
Citation preview
Universidade de So Paulo
2015
Investigao matemtica: uma proposta deatividades investigativas a partir de questesdo SARESP
CAPELLINI, Vera Lcia Messias Fialho; SILVA, Luciene Ferreira da; MARQUES, Antonio Francisco;ZANATA, Eliana Marques; FERES, Glria Georges, orgs. Ensino e aprendizagem na educaobsica: desafios curriculares. Bauru: FC/UNESP, 2015. 1144 p.http://www.producao.usp.br/handle/BDPI/49465
Downloaded from: Biblioteca Digital da Produo Intelectual - BDPI, Universidade de So Paulo
Biblioteca Digital da Produo Intelectual - BDPI
Departamento de Matemtica - ICMC/SMA Livros e Captulos de Livros - ICMC/SMA
Capa
VOLUME 2
Vera Lcia Messias Fialho Capellini Luciene Ferreira da Silva
Antonio Francisco Marques Eliana Marques Zanata Glria Georges Feres
(Organizadores)
Volume 2
Ensino e Aprendizagem na Educao Bsica: desafios curriculares
Faculdade de Cincias - Campus Bauru Departamento de Educao
2015
Copyright 2015 Vera Lcia Messias Fialho Capellini; Luciene Ferreira da Silva; Antonio Francisco Marques; Eliana Marques Zanata; Glria Georges Feres (organizadores)
Permitida a reproduo desde que citada a fonte
o contedo e as opinies expressas nos trabalhos so de inteira responsabilidade dos
autores.
370
E52
Ensino e aprendizagem na educao bsica : desafios
curriculares / Vera Lcia Messias Fialho Capellini
... [et al.] (orgs.). Bauru : FC/UNESP, 2015
2 v.
ISBN 978-85-99703-83-0
Este livro resultado dos trabalhos apresentados
durante o IV Congresso Brasileiro de Educao
1. Educao bsica. 2. Currculos. I. Capellini,
Vera Lcia Messias Fialho. II. Ttulo.
SUMRIO
Volume 2
EIXO 5 EDUCAO INCLUSIVA 144 ANLISE DA INFRESTRUTURA ESCOLAR E CONCEPES
DOS ALUNOS SOBRE SUA ESCOLA
JSSICA FERNANDA LOPES VERA LCIA MESSIAS FIALHO CAPELLINI
20
145 VOC TEM QUE DAR CONTA! A RELAO PROFESSOR E ALUNO NA INCLUSO DE JOVENS E ADULTOS COM DEFICINCIA NA EJA COMUM
PATRICIA DE OLIVEIRA JULIANE APARECIDA DE PAULA PEREZ
CAMPOS 31
146 PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO DE PR-ESCOLARES E SUA CORRELAO COM HABILIDADES SOCIAIS EDUCATIVAS DO PAI
ALINE COSTA FANTINATO FABIANA CIA 40
147 INCLUSO ESCOLAR: A TICA DA FAMLIA SOB A PERSPECTIVA DE PESQUISAS
CAMILA PAVANETI BATISTA 51
148 A IN/EXCLUSO NO DISCURSO DE PROFESSORES REGULARES DOS MUNICIPIOS DE ALFENAS E ARARAS
FERNADA VILHENA MAFRA BAZON DANIELE LOZANO CLAUDIA GOMES
62
149 FAMILIAS DE CRIANCAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS: ESCOLARIZACAO DOS FILHOS, DESCRIO DAS ATIVIDADES QUE DESENVOLVIAM COM SEUS FILHOS E DAS NECESSIDADES
LUCIANA STOPPA DOS SANTOS FABIANA CIA
ENICIA GONALVES MENDES
73
150 DESCRIO DE UM PROGRAMA DE INTERVENO PRECOCE PARA PAIS DE CRIANAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
TSSIA LOPES DE AZEVEDO CARIZA DE CSSIA SPINAZOLA
FABIANA CIA ENICIA GOLALVES MENDES
84
151 CONCEPES DE PROFESSORES E ALUNOS SOBRE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAO
LURIAN DIONIZIO MENDONA OLGA MARIA PIAZENTIN ROLIM RODRIGUES
VERA LCIA MESSIAS FIALHO CAPELLINI 96
152 EXPECTATIVAS DE COMUNICAO DOS PAIS DE CRIANAS SURDAS
ANA CLAUDIA TENOR DBORA DELIBERATO 107
153 O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA CRIANA COM DEFICINCIA INTELECTUAL: CONTRIBUIES DE EDOUARD SGUIN (1812-1880)
KACIANA NASCIMENTO DA SILVEIRA ROSA MITSUKO APARECIDA MAKINO ANTUNES 116
154 RELAO FAMLIA E ESCOLA DE PR-ESCOLARES INCLUDOS: OPINIO DOS PROFESSORES SOBRE O QUE ESSA RELAO E ESTRATGIAS PARA FOMENT-LA
ANA ELISA MILLAN FABIANA CIA
125
155 RELAO FAMLIA E ESCOLA NO CONTEXTO DA INCLUSO: DESCRIO E AVALIAO DE UM PROGRAMA DE INTERVENO PARA PROFESSORES
ANA ELISA MILLAN FABIANA CIA
135
156 SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS, LCUS DA EDUCAO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DE EDUCAO INCLUSIVA: ALGUMAS QUESTES
SUZANA SIRLENE DA SILVA LEANDRO OSNI ZANIOLO
CRISTIANE TOMAZ
146
157 FORMAO EM SERVIO PARA PROFESSORES DAS SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS NO MUNICPIO DE ARARAQUARA/SP
MARIA JLIA CANAZZA DALL'ACQUA RELMA UREL CARBONE CARNEIRO
LEANDRO OSNI ZANIOLO 156
158 ORIENTAES CURRICULARES DE LNGUA INGLESA E ADEQUAES: COMPARAO DAS MODALIDADES ESCRITAS 167
FBIO JUNIO DA SILVA SANTOS
159 EDUCAO INCLUSIVA PARA EDUCANDOS COM DUPLICIDADE DE NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS: BREVES CONTEXUALIZAES E REFLEXES
ROSEMEIRE DE ARAJO RANGNI MARIA DA PIEDADE RESENDE DA COSTA
176
160 UM ESTUDO SOBRE O USO DE VDEOS DIDTICOS EM UMA TURMA INCLUSIVA DE ENSINO DE FSICA
SABRINA GOMES COZENDEY
MARIA DA PIEDADE RESENDE DA COSTA MRLON CAETANO RAMOS PESSANHA 187
161 DESCRIO DO NVEL DE EMPODERAMENTO E DE ESTRESSE DE FAMLIAS DE CRIANAS DE ZERO A TRS ANOS COM DEFICINCIA
CARIZA DE CSSIA SPINAZOLA TASSIA LOPES DE AZEVEDO
FABIANA CIA ENICIA GONALVES MENDES
197
162 VERSO E REVERSO DA EDUCAO ESPECIAL 208
ISADORA GONZLEZ MARCHESINI ELIANA BOLORINO CANTEIRO MARTINS
163 CONCORDNCIAS DOS PROFESSORES ESPECIAIS SOBRE A INCLUSO ESCOLAR NO MUNICPIO DE ALFENAS 218
Cristiane dos reis cardoso Olivia tresinari camargo de oliveira Claudia gomes
163 COORDENADOR PEDAGGICO: MEDIADOR NO PROCESSO DE INCLUSO DE ALUNOS COM DEFICINCIA NA ESCOLA REGULAR 228
ANA PAULA DE SOUZA MUNIZ MARIA DAS GRAAS PEREIRA SOARES
164 OS POTENCIALMENTE CRIMINOSOS, OS INSTAURADORES DO CAOS E OS SUJEITOS (IN)CMODOS: EIS A PRODUO DOS ANORMAIS PELA ESCOLA CONTEMPORNEA 239
KAMILA LOCKMANN
165 ACESSIBILIDADE DE ALUNOS COM DEFICINCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO DE CASO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS, CAMPUS DE MIRACEMA 250
ADRIANA GARCIA GONALVES MNICA MARQUES BARBOSA
166 ENSINO-APRENDIZAGEM DE REPERTRIOS VERBAIS, LEITURA, REDE DE SIGNIFICAES DE ALUNOS COM DEFICINCIA AUDITIVA E IMPLANTE COCLEAR 260
ANDERSON JONAS DAS NEVES FERNANDO DEL MANDO LUCCHESI
ANA CLAUDIA MOREIRA ALMEIDA VERDU ADRIANE LIMA MORTARI MORET
167 MATERIAL DIDTICO PARA ALUNOS COM DEFICINCIA VISUAL NO ENSINO DE BIOLOGIA: ADAPTAO DA MOLCULA DE DNA 271
ANA LAURA DE SOUZA PAULINO CRISTINA YOSHIE TOYODA
168 POLTICAS PBLICAS PARA A EDUCAO INCLUSIVA E O PROFESSOR ESPECIALISTA: UMA VISO DA LEGISLAO NA PRTICA 281
CASSIA CAROLINA BRAZ DE OLIVEIRA ELIANA MARQUES ZANATA
168 A CRIANA COM SNDROME DE DOWN EM MOVIMENTO: ENSAIO INICIAL DO LDICO COMO ESTRATGIA DE ENSINO 290
ANDRIA DE CARVALHO LOPES CIBELE CAVALIERE
ELIANE GOMES-DA-SILVA
170 MAPEAMENTO DO DESEMPENHO EM LEITURA E ESCRITA DE APRENDIZES COM DEFICINCIA INTELECTUAL INCLUDOS E NO INCLUDOS NA ESCOLA REGULAR 300
PRISCILA BENITEZ MYRA LAS DE CARVALHO GOMES
RICARDO MARTINELLI BONDIOLI CAMILA DOMENICONI
171 COMPREENSO DO PROCESSO DE INCLUSO ESCOLAR NA PERSPECTIVA DOS PAIS E DAS ATIVIDADES REALIZADAS PELOS APRENDIZES INCLUDOS 309
PRISCILA BENITEZ RICARDO MARTINELLI BONDIOLI
MYRA LAS DE CARVALHO GOMES RAFAEL SANTOS SANTOS
CAMILA DOMENICONI
172 A DEFICINCIA MLTIPLA NO CONTEXTO DA ESCOLA COMUM: OS LIMITES E AS POSSIBILIDADES DA INCLUSO 320
PATRCIA TANGANELLA LARA ANNA AUGUSTA SAMPAIO DE OLIVEIRA
173 ALTAS HABILIDADESSUPERDOTAO NO CONTEXTO ESCOLAR NA PERSPECTIVA DA BIOECOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 331
ADRIANE GALLO ALCANTARA DA SILVA CLUDIA CRISTINA FUKUDA
174 RELATO DE EXPERINCIA: PRTICA DOCENTE EM UMA SALA DE EDUCAO ESPECIAL 342
IZABELLA GODIANO SIQUEIRA ANTONIO FRANCISCO MARQUES
175 FORMAO E ATUAO DE INTRPRETES E DE INTERLOCUTORES DE LIBRAS NO CONTEXTO ESCOLAR 349
ALESSANDRA BUENO FERREIRA ELIANA MARQUES ZANATA
176 TIC E INCLUSO ESCOLAR: RECURSOS OFERECIDOS EM UM REPOSITRIO BRASILEIRO 360
SOELLYN ELENE BATALIOTTI GABRIELA ALIAS RIOS
177 TRANSTORNO DE DFICIT DE ATENO E HIPERATIVIDADE (TDAH): CONCEPES E AES DE PROFESSORES DA 368
EDUCAO BSICA
ANA PAULA VIZACRE ELIANA MARQUESZANATA
178 TECNOLOGIAS INCLUSIVAS 377
PAULO CESAR TURCI MARIA DA PIEDADE RESENDE DA COSTA
179 POLITICAS PBLICAS E A ESCOLA PARA TODOS 386
PAULO CESAR TURCI MARIA DA PIEDADE RESENDE DA COSTA
180 EDUCAO E INCLUSO ESCOLAR: REFLEXES A PARTIR DE UMA PRTICA DE ESTGIO DOCENTE 395
MURILO ROBERTO MALAMAN CAROLINA SEVERINO LOPES DA COSTA
181 A ELABORAO E A AVALIAO DE UM PROJETO DE CONSULTORIA COLABORATIVA PARA A INTERVENO EM LEITURA E ESCRITA 405
MARIA AMLIA ALMEIDA SANDRA LCIA SILVA ARAJO
CAPITULO 6 EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS 415 182 A FUNO DA EDUCAO ESCOLAR NA PERCEPO DE
CORTADORES DE CANA ALUNOS DA EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS DE UM MUNICPIO DO INTERIOR PAULISTA 416
SIMONE FRANZI
183 DESENVOLVIMENTO DA COMPREENSO LEITORA PARA ADULTOS EM SITUAO INICIAL DE ALFABETIZAO: IDENTIFICAO DE TEMAS PARA O ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA 425
SUZANA SIRLENE DA SILVA MARIA JLIA CANAZZA DALLACQUA
184 EJA E DEFICINCIA VISUAL: O ENSINO DO ALUNO COM BAIXA VISO 435
SABRINA GOMES COZENDEY MARIA DA PIEDADE RESENDE DA COSTA
MRLON CAETANO RAMOS PESSANHA
185 RESOLUO DE SITUAES-PROBLEMA DE MATEMTICA E LINGUAGEM NA EJA: CONTRIBUIES DE BAKHTIN 445
NARA SOARES COUTO OTILIA NAIR OBST
JOS CARLOS MIGUEL
186 EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) E FORMAO DE PROFESSORES NO CUMPRIMENTO DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS EM UM CENTRO SOCIOEDUCATIVO DE FORTALEZA-CE 456
FLVIO MUNIZ CHAVES ANTONIA KTIA SOARES MACIEL
187 OS ALUNOS DA EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS EJA, NO MUNICPIO DE MARIANA MG: PERFIL E PERCURSOS FORMATIVOS DE QUEM FAZ ESTA HISTRIA 467
REGINA MAGNA BONIFCIO DE ARAJO ANDRESA SILVEIRA GUIMARES
188 DUAS SITUAES ENVOLVENDO DIVISO DE NMEROS DECIMAIS ABORDADAS JUNTO A UM GRUPO DE FABRICAO DE PRODUTOS DE LIMPEZA NO CONTEXTO DA EDUCAO NO FORMAL 477
RENATA CRISTINA GEROMEL MENEGHETTI SOLANGE TERESINHA POETA DE CARVALHO AYUSSO
MICHELLE FRANCISCO DE AZEVEDO
CAPTULO 7 - TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS 488 189 APRESENTAO DO PERCURSO METODOLGICO DE
ESCOLHA DOS EIXOS TEMTICOS PARA CLASSIFICAR OS DISCURSOS DO TUTOR VIRTUAL NA FERRAMENTA FRUM DE DISCUSSO 489
PMELLA STEFNIA PICININ DE MESQUITA SANDRA ELI SARTORETO DE OLIVEIRA
MARTINS
190 O EXERCCIO DA MEDIAO PEDAGGICA NA EXPERINCIA DA EMPRESA CRESA BRASIL, ALFENAS MG 498
ANA CAROLINE DE BRITO EVANGELISTA TOMAZ
HELENA MARIA SANTOS FELCIO
191 AS TIC NOS CURSOS DE PEDAGOGIA DA UNESP: ANLISE DO CURRCULO PARA FORMAO DE PROFESSORES 518
FABIO YOSHIO DE AMORIM THAS CRISTINA RODRIGUES TEZANI
192 PRINCPIOS DA INCLUSO ESCOLAR NA OBRA FREIREANA 528
MARIA LCIA TERRA ELISA TOMOE MORIYA SCHLNZEN
193 A INSERO DAS TECNOLOGIAS NAS AULAS DE MATEMTICA: UM EXERCCIO DE REFLEXO 539
MARIA TERESA ZAMPIERI TIAGO GIORGETTI CHINELLATO
SUELI LIBERATTI JAVARONI
194 COMUNICAO E VIRTUALIDADE: REPENSANDO FORMATOS PARA A INTERATIVIDADE 548
GIULIANA CAVALCANTI VASCONCELOS
Captulo 8 - Educao, Desenvolvimento E Aprendizagem 563
195 O USO DE MAPAS CONCEITUAIS EM UMA SEQUNCIA DIDTICA SOBRE O CORPO HUMANO: CONTRIBUIES AO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
MARIA APARECIDA DA SILVA ANDRADE GABRIEL RIBEIRO 564
MARCOS C. TEIXEIRA
196 INVESTIGAO MATEMTICA: UMA PROPOSTA DE ATIVIDADES INVESTIGATIVAS A PARTIR DE QUESTES DO SARESP 574
MARIA NGELA DIAS DOS SANTOS MINATEL GIOVANA PEREIRA SANDER
RENATA CRISTINA GEROMEL MENEGHETTI
197 O CONSELHO ESCOLAR COMO INSTRUMENTO DE ARTICULAO E MEDIAO DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM EM ESCOLAS PBLICAS TENDO COMO INTERFACE A GESTO DEMOCRTICA 584
ROSANA SOCORRO CAVALCANTE DE SOUZA DUTRA
198 A VIRTUDE PACINCIA NO PERCURSO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE EDUCAO INFANTIL 595
ROSANA AKEMI KAWASHIMA RAUL ARAGO MARTINS
199 EDUCAO E INFORMTICA NA REA PROJETUAL 606
DANILO MMERSON NASCIMENTO SILVA ROBERTO ALCARRIA DO NASCIMENTO
ANICEH FARAH NEVES
200 O USO DE CROQUIS E MODELOS FSICOS TRIDIMENSIONAIS COMO FERRAMENTAS PEDAGGICAS NO DESIGN DE PRODUTOS 617
EMILIO AUGUSTO GOMES DE OLIVEIRA NAIANY KEITY NANES DE LIRA
JOS WILSON DE MORAIS
201 PROGRAMA DE INTERVENO PRECOCE: AVALIAO DE PAIS DE CRIANAS DE ZERO A TRS ANOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS 627
TSSIA LOPES DE AZEVEDO CARIZA DE CSSIA SPINAZOLA
FABIANA CIA ENICIA GOLALVES MENDES
202 DESEMPENHO DE ESCOLARES DE RISCO PARA A DISLEXIA EM PROVAS FONOLGICAS 638
CLUDIA DA SILVA MARIA NOBRE SAMPAIO
SIMONE APARECIDA CAPELLINI
203 PROGRAMA DE INTERVENO FONOLGICA COMO PROPOSTA DE TRABALHO COM ESCOLARES DE RISCO PARA A DISLEXIA 648
CLUDIA DA SILVA SIMONE APARECIDA CAPELLINI
204 SABERES E SABORES NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM 657
ROSA JUSSARA BONFIM LUIZ SVERES
205 ORIENTAO MOTIVACIONAL PARA ATIVIDADES ACADMICAS ANLISE DA FORMAO DE LICENCIANDOS EM CINCIAS BIOLGICAS, QUMICA E FSICA 667
TIAGO RIBEIRO DOS ANJOS OTVIO AUGUSTO DE MORAES
MARLIA PINTO DE OLIVEIRA FERNANDA VILHENA MAFRA BAZON
206 AS ESCOLAS RURAIS PAULISTAS NAS DCADAS DE 1930 E 1940: RELATOS 678
MACIONIRO CELESTE FILHO
207 ENSINO DE HISTRIA E A FORMAO DA CONSCINCIA HISTRICA DE PROFESSORES E ALUNOS: ALGUMAS CONSIDERAES
LDIA BAUMGARTEN BRAUN 690
208 BEN 10 E O DESENVOLVIMENTO MORAL: QUAIS OS ESTILOS DE RESOLUO DE CONFLITOS PRESENTES EM SEUS EPISDIOS?
DILIAN MARTIN SANDRO DE OLIVEIRA ALESSANDRA DE MORAIS-SHIMIZU 700
209 EM BUSCA DE UM PLANEJAMENTO SIGNIFICATIVO: ANLISES SOBRE O ENTORNO ESCOLAR 710
JSSICA MAS ANTUNES ROSIMERI DE OLIVEIRA MATTOS
PATRCIA MOURA PINHO CAMILLA FARIAS
230 AS BIBLIOTECAS ESCOLARES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO SO JOO DEL REI (MG): DIAGNSTICO DAS ATIVIDADES NA PROMOO DA LEITURA 716
ROSY MARA OLIVEIRA
231 UMA REFLEXO A PARTIR DA ESCRITA DE MEMORIAIS EM UM BLOG: A FORMAO DE PROFESSORES (DE MATEMTICA) PARA A ESCOLA BSICA E A EDUCAO INCLUSIVA 727
FERNANDA MALINOSKY C. DA ROSA IVETE MARIA BARALDI
232 O USO DE HISTRIAS DE VIDA COMO RECURSO METODOLGICO EM DUAS PESQUISAS SOBRE FORMAO DE PROFESSORES 737
ANA CLAUDIA MOLINA ZAQUEU FERNANDA MALINOSKY C. DA ROSA
233 O PROFESSOR DO 6 ANO E SUAS CONCEPES SOBRE AFETIVIDADE: EFEITOS NA PRTICA DOCENTE E NA APRENDIZAGEM 747
LEANDRO BATISTA DA SILVA SANDRA FRANCESCA CONTE DE ALMEIDA
234 PRTICAS DE LEITURA COM CRIANAS DE CINCO E SEIS ANOS NA ESCOLA E O CONFRONTO COM A FILOSOFIA DA 757
LINGUAGEM DE BAKHTIN
VANESSA HELENA PILEGGI GISLAINE ROSSLER RODRIGUES GOBBO
235 PERFIL COGNITIVO-LINGUISTICO DE ESCOLARES COM BAIXO RENDIMENTO NA LINGUAGEM ESCRITA 767
OLGA VALRIA CAMPANA DOS ANJOS ANDRADE
PAULO ESTVO ANDRADE SIMONE APARECIDA CAPELLINI
236 MEDICALIZAO: IMPLICAES DO DISCIPLINAMENTO DOS CORPOS E DA COAO ADULTA NA EDUCAO 776
FABIOLA COLOMBANI RAUL ARAGO MARTINS
ALONSO BEZERRA DE CARVALHO
237 IDEIAS ALTERNATIVAS E SUA IMPORTNCIA PARA A ASCENSO DA APRENDIZAGEM EM QUMICA ORGNICA 787
MRCIA CAMILO FIGUEIREDO MARIA APARECIDA RODRIGUES
238 O LUGAR DA COMUNIDADE EM PROJETOS DE EDUCAO MORAL: PENSANDO EM POSSVEIS RELAES 797
CLAUDIELE CARLA MARQUES DA SILVA MARIA SUZANA DE STEFANO MENIN
239 IDEIAS DE ESTUDANTES ACERCA DA EVOLUO DOS SERES VIVOS SOB A PERSPECTIVA DO CONHECIMENTO SOCIAL 808
AMANDA DE MATTOS PEREIRA MANO ELIANE GIACHETTO SARAVALI
240 SEXUALIDADE NAS PRTICAS ESCOLARES: ENTRE OS DITOS, OS INTERDITOS E OS FEITOS 816
SIRLENE MOTA PINHEIRO DA SILVA
241 DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NO ENSINO DE CINCIAS 827
JACQUELINE DE OLIVEIRA IGLESIAS; LILIAN CRISTINE RIBEIRO NASCIMENTO
242 A SITUAO DA APRENDIZAGEM DA LINGUAGEM GRFICA NO ENSINO DE GEOGRAFIA ATUALMENTE 836
MARIANA MARTINS LEMES MARIA ELIZA MIRANDA
243 A LINGUAGEM DO VIDEOGAME COMO FERRAMENTA AUXILIAR NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM 846
JULIA YURI LANDIM GOYA DORIVAL CAMPOS ROSSI
WILSON YONEZAWA
244 OFICINA DE RECICLAGEM: UMA ATIVIDADE DE INSERO DA PERSPECTIVA SUSTENTVEL NO ENSINO FUNDAMENTAL 857
NATLIA DE PAULA STRANGHETTI
MILENA AVANCINI DULCIMEIRE APARECIDA VOLANTE ZANON
245 ESCOLA OU FAMLIA: A QUEM SE DEVE A TAREFA DE EDUCAR MORALMENTE? 864
ALANA PAULA DE OLIVEIRA MARIA SUZANA DE STEFANO MENIN
246 MAPA CONCEITUAL UMA FERRAMENTA PARA O ENSINO DE CINCIAS 875
RONISE RIBEIRO CORRA VERA LUCIA BAHL DE OLIVEIRA
247 CONCEPES DE GNERO EM UM CENTRO DE ATENDIMENTO SADE DA MULHER 885
NGELA ESTEVES MODESTO DENISE TRENTO REBELLO DE SOUZA
248 REFLEXES SOBRE A EDUCAO NO FORMAL 897
LCIA APARECIDA PARREIRA
MARIA CRISTINA PIANA
249 ATIVIDADES INTERDISCIPLINARES: IMPLICAES NA FORMAO INICIAL DOS BOLSISTAS DE INICIAO DOCNCIA DA REA DE QUMICA 906
RAFAEL HENRIQUE RODA DIEGO CAMARGO BITENCOURT
MAYCON JHONY SILVA ANDRIA FRANCISCO AFONSO
250 PERSPECTIVA HISTRICA NO ENSINO DA TERMODINMICA 913
ALINE CLAUDINO DE CASTRO
ANA CAROLINE DE BRITO EVANGELISTA TOMAZ
251 ESTADO DA ARTE DA PRODUO ACADMICA BRASILEIRA SOBRE AS ADAPTAES/ADEQUAES CURRICULARES PARA ALUNOS COM AUTISMO 924
CAROLINA DE SANTI ANTONELLI MARIANA GIROTTO CARVALHO DA SILVA
ANDERSON JONAS DAS NEVES VERA LCIA MESSIAS FIALHO CAPELLINI
252 EDUCAO DE VALORES: UMA PERSPECTIVA DE MUDANAS NA ESCOLA E NA FAMLIA 933
IGNS TEREZA DE PAIVA ALDENIRA NOGUEIRA DOS SANTOS
SANDRA DE JESUS SANTOS FONSECA
253 A MODIFICAO DE UM AMBIENTE ESCOLAR PARA O TRABALHO COM O CONHECIMENTO SOCIAL 944
TAISLENE GUIMARES
ELIANE GIACHETTO SARAVALI
254 AO PARENTAL AUTORITATIVA COMO FATOR PROTETIVO A PROBLEMAS NO CAMPO EDUCATIVO ENTRE ESTUDANTES 955
MARCELO OLIVEIRA DO NASCIMENTO ANA LCIA MORAES POFFAL
FERNANDO BAPTISTA DE SOUZA DENISE DE MICHELI AVALLON
255 A EDUCAO ESCOLAR E A ARTICULAO DA NOVA PEDAGOGIA DA HEGEMONIA 965
TATIANA PINHEIRO DE ASSIS
256 A INTERAO PROFESSOR ALUNO NA ESCOLA DE EDUCAO INFANTIL: AS PRTICAS EDUCATIVAS DO PROFESSOR 976
GIOVANA FERNANDES FORLEVIZE MARIA REGINA CAVALCANTE
ALESSANDRA DE ANDRADE LOPES
257 REGIMENTO ESCOLAR: DILOGOS FOULCAULTIANOS, MAFFESOLIANOS COM FAZENDA E POSSIBILIDADES INTERDISCIPLINARES DE LEITURA 983
ADRIANA RICARDO DA MOTA ALMEIDA DR. HLIO IVESON PASSOS MEDRADO
258 CORRELAO ENTRE FLUNCIA E COMPREENSO DA LEITURA EM ESCOLARES DO 3 AO 5 ANO 994
MARA ANELLI MARTINS SIMONE APARECIDA CAPELLINI
259 FRACASSO ESCOLAR E OS CONDICIONANTES SOCIAIS 1005
ANDRIA SAMPAIO DOS SANTOS MARCELO PUSTILNIK VIEIRA
260 AVALIAO DO NVEL DE CONHECIMENTO SOBRE AUTOCUIDADOS E CALADOS ADEQUADOS NA PREVENO DO P DIABTICO EM PORTADORES DE DIABETES MELLITUS 1015
ROSANGELA MONTEIRO DOS SANTOS JAQUELINE MABELI FERRAZ
RODRIGO GABARON
FLVIO CARDOSO VENTURA
261 QUAIS SABERES H ENTRE OS ALUNOS E OS PROFESSORES? RESPOSTAS PROVISRIAS A PARTIR DE CHARLOT E FREIRE 1027
MARCOS ROBERTO SO LUCIANA VENNCIO
MAURO BETTI
262 INTERVENO ORTOGRFICA: AUXILIANDO O PROFESSOR 1038
MARIA NOBRE SAMPAIO CLUDIA DA SILVA
MARA ANELLI MARTINS SIMONE APARECIDA CAPELLINI
263 CONHECIMENTO ORTOGRFICO: AVALIANDO OS ESCOLARES DO ENSINO PBLICO 1045
MARIA NOBRE SAMPAIO CLUDIA DA SILVA
MARA ANELLI MARTINS SIMONE APARECIDA CAPELLINI
264 DOCNCIA EM PAUTA: ESTRESSE E BURNOUT SOB O PONTO DE VISTA PSICOLGICO 1053
DANIELA ARROYO FVERO MOREIRA MARCIA CRISTINA ARGENTI PEREZ
265 PERCEPO DE UM PCNP SOBRE A EDUCAO AMBIENTAL EM UMA DIRETORIA REGIONAL DE ENSINO DO OESTE PAULISTA 1062
GILBERTO DIAS DE ALKIMIN CAROLINA BUSO DORNFELD
266 A CRIANA-SUJEITO COMO INTERLOCUTORA NAS PESQUISAS SOBRE DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 1070
ELIANDA FIGUEIREDO ARANTES MARIA GORETTI QUINTILIANO CARVALHO
267 A RELAO PEDAGGICA E AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA EDUCAO BSICA 1084
ELIANDA FIGUEIREDO ARANTES TIBALLI MARIA GORETTI QUINTILIANO CARVALHO
268 FORMAO UNIVERSITRIA E COMPETNCIA MORAL: RELATO DE UMA PESQUISA, DESAFIOS DA ATUALIDADE 1096
MAYRA MARQUES DA SILVA GUALTIERI RAUL ARAGO MARTINS
PATRICIA UNGER RAPHAEL BATAGLIA ALONSO BEZERRA DE CARVALHO
269 OS PRINCPIOS DO PROGRAMA MNIMO, DE LOURENO FILHO, E SEUS INDCIOS PRESENTES NA TEORIA CURRICULAR ATUAL 1106
THAIS ANITA SILVA BARROS CAMILA MEDINA BELTRO
DAIANE CRISTINA BRASIL BARCELOS
270 A APROPRIAO DE CONCEITOS RELACIONADOS BIOLOGIA CELULAR: ATIVIDADES DE ENSINO POR INVESTIGAO E O USO DE MATERIAIS ALTERNATIVOS 1116
JLIA KATZAROFF BALLERINI
ANA SILVIA CARVALHO RIBEIRO GOMES
MARIA TEREZINHA SIQUEIRA BOMBONATO
SLVIA REGINA QUIJADAS ARO ZULIANI
271 ESCREVER NA ESCOLA... POR QU? A APROXIMAO DE PRTICAS DE ESCRITA SIGNIFICATIVAS 1126
CLIA REGINA FIALHO BORTOLOZO HELOSA A. MATOS LINS
272
A UTILIZAO DE ATIVIDADES DIDTICAS VOLTADAS PARA A EDUCAO AMBIENTAL: UMA PROPOSTA ITINERANTE DO PROGRAMA PIBID BIOLOGIA 1135
SIMARE BERMEGUY PORTO CAJAS TACIANA DE CARVALHO COUTINHO
574
INVESTIGAO MATEMTICA: UMA PROPOSTA DE ATIVIDADES INVESTIGATIVAS A PARTIR DE QUESTES DO SARESP
Maria ngela Dias dos Santos Minatel1 Giovana Pereira Sander2
Renata Cristina Geromel Meneghetti3 INTRODUO
O desenvolvimento de diversas formas de se trabalhar o processo de ensino e
aprendizagem de Matemtica uma consequncia do crescente nmero de pesquisas
em Educao. Uma dessas formas desenvolvidas a investigao matemtica. De
acordo comSerrazina et al. (2002), o uso da investigao matemtica no processo de
ensino-aprendizagem contribui com o desenvolvimento em sala de aula, com o esprito
da atividade matemtica genuna, constituindo-se em uma poderosa metfora
educativa.Partindo disso, um ensino baseado na investigao poderia se concretizar
de forma significativa. Nossa proposta trabalhar com questes de avaliaes em
larga escala, transformando-as em atividades investigativas.
A avaliao em larga escala utilizada como objeto de estudo foi o Sistema de
Avaliao de Rendimento Escolar do Estado de So Paulo SARESP de 20074.
Escolhemos essa avaliao por ser uma prova que ocorre anualmente e destinada a
todos os alunos em fase escolar. Pelas experincias das duas primeiras autoras como
pedagogas, habilitadas a lecionar at o 5ano (antiga 4a srie) do Ensino
Fundamental, escolhemos as provas destinadas ao 5ano, as quais compreendem o
ano final do Ensino Fundamental I e que constitui a base para os prximos anos.
Ainda, optamos por edio, a de 2007, por ser a prova mais recente disponvel na
Internet.
A elaborao dessa investigao surgiu a partir de discusses sobre esse tipo
de abordagem em conjunto com a terceira autora, aliado a experincias de prtica de
sala de aula em uma escola que utiliza a investigao como metodologia de ensino.
Alm da reelaborao de itens do SARESP em atividades investigativas, a
ideia propor uma alternativa a professores de ensino Fundamental e Mdio, que
podem, ao invs de criar atividades totalmente novas, comear transformando
1Univesidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho Unesp Campus de Bauru. Mestranda do Programa Educao para a Cincia. [email protected] 2Univesidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho Unesp Campus de Bauru. Mestranda do Programa Educao para a Cincia. [email protected] 3Universidade de So Paulo Campus de So Carlos. Professora do Instituto de Cincias Matemticas e de Computao. [email protected] 4Nesse caso a nomenclatura para o 5o ano ainda era 4a srie.
575
questes j existentes de testes em larga escala em questes investigativas, para que
assim a metodologia de investigao matemtica no se torne algo muito distante da
prtica docente. Partindo da alterao dos exerccios j existentes, o processo seria
gradual. Uma abordagem desse tipo, porm focalizando o ensino mdio e alguns
vestibulares foi realizada por Meneghetti e Redling (2010).
Desta forma, esta pesquisa teve por finalidade propor uma atividade
investigativa partindo de exerccios de uma prova do SARESP. Para isso, buscamos
tambm: alterar questes das provas do SARESP de 2007, da 4 srie/5 ano, dos
perodos matutino e vespertino para o formato de investigao matemtica como
proposta de atividades a serem trabalhadas em sala de aula.Relatar momentos
crticos na alterao da abordagem dos exerccios/situaes problemas.
INVESTIGAO MATEMTICA
A investigao matemtica uma abordagem alternativa para o ensino-
aprendizagem de Matemtica que vem sendo objeto de estudo de muitos
pesquisadores no mbito da educao matemtica. De acordo com Ponte et al. (2003,
p.1) investigar procurar conhecer o que no se sabe. Segundo os autores,
investigar leva a descobrir relaes entre os objetos matemticos, tanto os conhecidos
como os desconhecidos, procurando identificar as respectivas propriedades.
Pontes e Matos (1998) salientam que a investigao matemtica apresenta
algumas semelhanas com os problemas sendo essas o raciocnio complexo, o
empenho e a criatividade que ambos envolvem. A diferena entre eles que, na
investigao, os objetivos so menos definidos e a finalidade no apresentada de
antemo. Fonseca, Brunheira e Ponte (1999) apontam que:
[] nos problemas o objetivo encontrar um caminho para alcanar um ponto no prontamente acessvel, sendo ento um processo convergente, numa investigao matemtica, a finalidade explorar todos os caminhos que surgem a partir de uma dada situao, sabendo-se qual o ponto de partida, mas no o ponto de chegada (FONSECA et al., 19995, apud MENEGHETTI; REDLING, 2010, p. 5).
Ainda, Meneghettti e Redling (2010) destacam que as investigaes
matemticas, como uma atividade educativa motivadora, considera o aluno um
pesquisador matemtico. Ao mesmo tempo, ela gera dificuldades para os alunos que
no esto acostumados com a formulao de questes e com a pesquisa.
5FONSECA, H., BRUNHEIRA, L.; PONTE, J. P. As actividades de investigao, o professor e a aula de Matemtica, 1999. Disponvel em: http://www.esev.ipv.pt/mat1ciclo/textos.htm. Acesso em: Jan/2009.
576
Ponte (2003) faz um delineamento de todos os ideais da abordagem
metodolgica de investigao matemtica, relacionando-a com a realizao de tarefas.
As tarefas so classificadas em quatro classes distintas, a saber: exerccios,
problemas, investigao e explorao. Abaixo, seguem essas relaes:
Figura 1: Classificao de tarefas. ( PONTE, 2003, p.3)
Essas classificaes nos permitem dizer que a combinao de tarefas abertas
ou fechadas com tarefas fceis ou difceis geram diferentes abordagens em
Matemtica. Um tema ou contedo quando abordado de modo fechado e fcil gera um
exerccio, um exemplo ensinar diviso com nmeros inteiros, resto zero e em
seguida dar exerccios com uma nica resposta correta, de modo que o aluno aplique
o que lhe foi ensinado sobre diviso. A explorao por sua vez aberta e fcil, como
exemplo, o professor pode pedir que o aluno explore alguns grficos de barra. Nada
foi pedido aos alunos, apenas que eles explorassem a atividade. J uma tarefa
fechada e difcil caracterizada como problema, sendo fechada porque h apenas
uma resposta correta e difcil por no se deter apenas a resoluo de um exerccio,
mas a soluo de um problema. Por fim, a tarefa difcil e aberta a investigao
matemtica.
De acordo com Ponte (2003), o que define uma tarefa como aberta ou fechada
a existncia, ou no, de pontos de partida e de chegada definidos. Enquanto na
resoluo de problemas o objetivo encontrar um meio para se chegar a um
resultado, o que caracteriza uma tarefa fechada, na investigao matemtica a
finalidade explorar os vrios caminhos que surgem a partir de uma dada situao,
tendo um ponto de partida j definido, mas no um ponto de chegada, sendo estas
caractersticas de uma tarefa aberta.
Ponte (2003) ainda realiza outra caracterizao baseada na diviso quanto ao
grau de dificuldade sendo exerccio e explorao tarefas fceis enquanto problema e
577
investigao so tarefas difceis. Ainda, o autor salienta sobre a ideia de projeto,
sendo que este trata de uma tarefa de investigao s que com um tempo de
execuo maior.
Para exemplificar a diferena de exerccio, problema e investigao, nos
baseamos nos estudos de Ponte (2003), como mostra tabela abaixo:
Tabela 1- Exemplos de tarefas
Fonte: Ponte (2003)
Com base na tabela1, possvel observar as diferenas. Enquanto o
exerccio apresenta apenas um comando para o aluno responder junto s expresses
para treinar certo algoritmo, o problema se mostra mais elaborado, com uma situao
para ser resolvida. J a tarefa de investigao, como se pode observar no exemplo
acima, traz comandos seguidos de situaes a serem investigadas pelo aluno. Neste
caso, os alunos podem encontrar regularidades que no estariam previstas pelo
professor.
Outra pesquisa utilizada como base deste estudo foi a pesquisa desenvolvida
por Menegetti e Redling (2010). Para colaborar com a formao de professores de
Matemtica, as autoras elaboraram, a partir de questes de exames para o ingresso
no ensino universitrio, cinco tarefas didticas para o ensino de funes, considerando
a abordagem de investigao matemtica. A proposta um incentivo para que os
professores adotem metodologias alternativas em sala de aula, tais como a
investigao matemtica, partindo de materiais que lhes so disponveis. De acordo
com as autoras, a possibilidade de reformular questes j existentes apontando a
versatilidade que os professores de matemtica podem ter, ou seja, alm do trabalho
com abordagens tradicionais e tecnicistas, buscar outras alternativas, como a
investigao matemtica.
Desta forma, propomos a investigao tendo em vista que, segundo Ponte
(p.25, 2003), investigar no mais do que procurar conhecer, procurar compreender,
578
procurar encontrar solues para os problemas com que ns deparamos. Trata-se de
uma capacidade de primeira importncia para todos os cidados e que deveria
permear todo o trabalho da escola, tanto dos professores como dos alunos.
METODOLOGIA
A presente pesquisa teve como instrumento provas de Matemtica do SARESP
(2007), perodo matutino e vespertino, da 4 srie/5 ano do Ensino Fundamental.
Partindo de 3 questes dessa avaliao, elaboramos 3 atividades investigativas como
proposta de atividades a serem trabalhadas em sala de aula e discutimos a sua
elaborao.
A escolha das questes para serem reelaboradas foi baseada na categorizao
dos itens da avaliao, sendo que, esses itens foram classificados como exerccios,
problemas ou atividades investigativas. As categorias utilizadas foram denominadas
por Fiorentini e Lorenzato (2006) como categorias definidas a priori, as quais so
previamente estabelecidas, podendo ou no ser provenientes da literatura. No nosso
caso, as categorias escolhidas so provenientes de reflexes a partir da literatura,
anteriormente apresentada.
Mesmo sabendo que no h questes investigativas em uma avaliao com
questes mltipla escolha, por essas trazerem de forma explcita um ponto de
chegada, procuramos fazer uma anlise buscando identificar algo que se aproxime
dessa abordagem, por isso adotamos o termo questes com algum carter
investigativo e no propriamente questes investigativas.
Consideraremos aqui as questes com algum carter investigativo como sendo
problemas matemticos que, para se encontrar a soluo, torna-se necessrio efetuar
certa investigao e/ou teste de possibilidades. Como j explicitado nesse trabalho,
conceituamos tais questes sob a tica de Fonseca, Brunheira e Ponte (1999 apud
MENEGHETTI, 2010, p.5), a qual considera que [...] a finalidade da investigao
explorar todos os caminhos que surgem a partir de uma dada situao.
Classificaremos como problema os itens que continham uma questo em forma
de problema que leva o aluno a adoo de uma determinada estratgia para se chegar
resposta correta, ou seja, uma tarefa de carter fechado e difcil na caracterizao
de Ponte (2003).
Por fim, foram classificados como exerccios os itens que apresentavam
apenas um comando, ou seja, uma ordem para que o aluno faa o que est sendo
pedido; sendo tarefas imediatas que exigem uma aplicao direta de conceitos ou
frmula de algum contedo.
579
Em seguida, selecionamos um exerccio, uma situao problema e uma
atividade de carter investigativo para serem reelaborados no formato de atividades
investigativas. As questes escolhidas partiram de um julgamento pessoal. Do nosso
ponto de vista, elas eram mais favorveis para serem transformadas em atividades
investigativas, pelas possibilidades de investigao que as situaes apresentadas
pelas questes poderiam propiciar. Isso refora a ideia de que comear alterando
questes j existentes em atividades investigativas pode ser uma forma mais branda
de se comear a utilizar essa abordagem. Porm, ressalta-se que o olhar de cada
professor para as questes o que definir que questo favorecer ou no a criao
de uma atividade investigativa.
Ainda, para fazer essas alteraes, nos respaldamos nos estudos de Ponte
(2003) que, como apresentado anteriormente, exemplifica exerccio, problema e
investigao. Baseamos-nos tambm nos estudos de Meneghetti; Redling (2010) que
realizou uma transformao desse tipo a partir de questes de exames para o
ingresso no ensino universitrio.
Por fim, fizemos uma reflexo sobre o processo de elaborao das atividades
propostas a fim de apresentar dificuldades e facilidades em transformar uma tarefa
(exerccio ou problema) em uma atividade investigativa.
ANLISE E DISCUSSO DOS DADOS
A partir de questes do SARESP de 2007, indicaremos trs atividades
investigativas. Primeiro, apresentamos a situao original seguida da situao alterada
e por fim, discutimos as atividades propostas.
Situao original - 01 Rebeca gastou quatro reais e cinco centavos em uma loja. Esse valor representado por: (A) R$ 4,50 (B) R$ 4,05 (C) R$ 4,005 (D) R$ 405,00 Situao alterada: Atividade investigativa 01 Rebeca quebrou seu cofre de moedas e notas aps 1 ano. Ela tinha em seu cofre:
uma nota de 5 reais; uma nota de 2 reais; 2 reais em moedas de um real; 60 centavos em moedas de 10 centavos; 80 centavos em moedas de 5 centavos; e 1 real em moedas de 25 centavos.
Logo aps quebrar seu cofrinho, ela comprou um sorvete por 4,50. Investigue e represente diferentes formas de pagar o sorvete, usando o dinheiro do cofre. Depois
580
compartilhe suas possibilidades com os colegas. A primeira situao foi caracterizada como exerccio, pois solicita ao aluno que
apenas indicasse como feita a representao da quantidade de dinheiro de Rebeca.
Para transform-la numa atividade investigativa, acrescentamos fatos num contexto de
Rebeca e solicitamos no enunciado que o aluno investigasse diferentes formas de
pagamento do sorvete com diversas cdulas e moedas.
Desta forma, acreditamos que a questo se caracterize como uma investigao
matemtica devido ao fato de que as formas de pagamento a serem encontradas
pelos alunos so inmeras e ainda h a possibilidade de comparao e discusso dos
resultados.
Situao original - 02 A mdica explicou que o paciente deveria tomar 1 comprimido do mesmo medicamento a cada 6 horas? Quantos comprimidos desse medicamento o paciente deve tomar por dia? (A) 1. (B) 4. (C) 6. (D) 8. Situao alterada: Atividade investigativa 02 Em uma segunda-feira, Joo acordou com uma forte gripe e precisava se medicar para melhorar. Sua mdica explicou que precisava tomar o remdio a cada 8 horas durante uma semana. Para Joo ter uma boa noite de sono e no precisar acordar durante a noite, quais as possibilidades de horrio que ele deve comear a tomar o remdio para no ter que acordar aps a meia noite? Quando vai ser a ltima vez que Joo deve tomar seu remdio, seguindo as instrues de sua mdica?
Essa situao, originalmente caracterizada como situao problema, solicitava
que o aluno calculasse quantos comprimidos um paciente deveria tomar em um dia, se
fosse tomado de 6 em 6 horas. No formato de atividade investigativa, primeiramente
alteramos o intervalo de tempo de um comprimido para outro que passou a ser de 8
em 8 horas. Apresentamos uma situao, que foi tomar remdio de modo que Joo
no precisasse acordar aps a meia noite e depois pedimos que os alunos
investigassem as diferentes possibilidades de Joo se medicar sem ter que acordar
depois da meia noite. Lanamos ao final, outro problema a ser investigado, referente a
quando seria o ltimo dia que Joo tomaria seu comprimido, que tambm varia de
acordo com o horrio de incio da medicao.
Situao original03 -Para montar um sanduche, tenho disponveis os ingredientes:
581
De quantas formas diferentes poderamos montar meu sanduche, combinando um ingrediente de cada coluna? (A) 8 (B) 12 (C) 16 (D) 18 Situao alterada: Atividade investigativa 03 -Para montar um sanduche, tenho disponveis os seguintes ingredientes:
a) Investigue de quantas formas diferentes poderamos montar seu sanduche, combinando os diversos ingredientes, mas o uso de s um tipo de po por sanduche. b) Se um de seus colegas for vegetariano, quantos tipos de lanches vegetarianos ser possvel montar no total? Teramos mais lanches vegetarianos ou no vegetarianos? Qual situao ter maior variedade?
Por fim, a presente questo foi caracterizada como tarefa com algum carter
investigativo, pois, para sua resoluo, necessrio certas anlises para descobrir
quantas possibilidades de lanches so possveis com os ingredientes disponveis.
Outra anlise necessria estava relacionada com a questo do lanche ser vegetariano
ou no.
Contudo, diferentemente das outras situaes, para transformar essa situao
em investigao matemtica foi preciso maiores reflexes, tendo em vista a sua
natureza e os nossos objetivos. Por j apresentar algum carter investigativo o
trabalho consistiu no aprimoramento da atividade, devido a complexidade de se
chegar em uma tarefa investigativa mais elaborada.
H de se ressaltar que nas atividades investigativas a justificao deve tambm
ser focalizada. Nesse caso, na execuo das tarefas propostas necessrio que as
justificaes das possveis resolues fossem tambm discutidas.
CONSIDERAES FINAIS
A presente pesquisa teve por finalidade propor uma atividade investigativa
partindo de atividades j existentes, como itens da prova do SARESP.
Para atingir esses objetivos, nos apoiamos em autores que discutem a
investigao matemtica, tais como Ernest (1991); Serrazina et al. (2002); Ponte et al.
(2003), Pontes e Matos (1998), Ponte (2003), e Meneghetti e Redling (2010).
582
Durante a elaborao de atividades de investigao matemtica, baseado em
questes retiradas do SARESP de 2007, sentimos que o desenvolvimento desse
trabalho nos rendeu vrias reflexes. A primeira delas foi a dificuldade para se
trabalhar com a investigao matemtica partindo do processo de elaborao das
atividades. Durante essa etapa, mesmo partindo de tarefas j existentes, sentamos
insegurana se a atividade em desenvolvimento se referia mesmo a uma investigao
matemtica e no a uma resoluo de problemas. Por conta disso, era necessrio
sempre recorrermos aos autores que fazem essas distines para esclarecermos
nossas dvidas.
O suporte conceitual que os autores apresentam de fundamental importncia
para realizao de qualquer proposta, contudo, por a investigao matemtica ter
muitas caractersticas parecidas com a problemas, percebemos na prtica que os
conceitos de ambas precisam estar muito claros para o professor ou pesquisador.
Outro fato que contribuiu para essa proposta foram pesquisas anteriores
realizadas nessa linha. A distino de exerccio, problema e investigao apresentada
por Pontes (2003), alm de ter sido fundamental para caracterizar as questes do
SARESP, foi essencial para nos guiar durante a elaborao das atividades, assim
como o trabalho realizado por Meneghetti; Redling (2010) com exemplos de atividades
transformadas de sua verso original para uma verso investigativa.
Outro momento de muita reflexo foi tambm a criao das atividades
investigativas partindo de questes j prontas. A existncia de um material a priori
favoreceu-nos a pensar somente na questo da abordagem investigativa, poupando-
nos de pensar a situao e o contedo que abordaramos.
Desta forma conclumos que para professores que podem se sentir inseguros
ao elaborar novas atividades, se apoiar em algo que est pronto, pode constituir um
meio de comear a variar a forma como ensina e de exercitar a prpria criatividade.
Desse modo, sua prtica pedaggica no mudaria bruscamente, mas sim de forma
gradual e segura, gerando novas experincias, tanto para si mesmo como para seus
alunos.
REFERNCIAS BRASIL. Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros curriculares nacionais: matemtica / Secretaria de Educao Fundamental. Braslia: MEC/SEF, 1997.
FIORENTINI, D., LORENZATO, S. Investigao em Educao Matemtica: percursos tericos e metodolgicos. Campinas: Autores Associados, 2006.
583
FONSECA, H., BRUNHEIRA, L.; PONTE, J. P. As actividades de investigao, o professor e a aula de Matemtica, 1999. Disponvel em: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte/artigos-por-temas.htm. Acesso em: Jan/2013.
ERNEST. P. Investigaes, Problemas e Pedagogia. Traduo do ltimo captulo (cap. 13) do livro The Philosophy of Mathematics Education, da autoria de Paul Ernest e publicado pela primeira vez em 1991 por The Falmer Press.
MENEGHETTI, R.C.G.; REDLING, J.P. O Processo de elaborao de tarefas didticas alternativas para o ensino de matemtica como possibilidade de trabalho em curso de formao de professores. Revista Quadrante, Lisboa, N. 2, v. XVII, 2008 (data da publicao: junho de 2010)p. 23-46.
PONTE, J. P.; BROCARDO, J.; OLIVEIRA, H. Investigar em Matemtica. In: PONTE, J. P.; BROCARDO, J.; OLIVEIRA, H.Investigaes matemticas na sala de aula. Belo Horizonte: Autntica, 2003. Cap. 1. p.1-9.
PONTE, J. P., MATOS, F. Processos Cognitivos e Interaes Sociais nas Investigaes Matemticas. In ABRANTES, P., LEAL, L. C.; PONTE, J. P. (Orgs.) Investigar para aprender matemtica - Textos selecionados. Lisboa: Projeto MPT e APM, 1998. p. 119 - 137.
SO PAULO. SARESP Sistema de Avaliao de Rendimento Escolar do Estado de So Paulo. Disponvel em . Acesso em 09 mar. 2012.
SERRAZINA, L., VALE, I., FONSECA, M.; PIMENTEL, T. O papel das investigaes matemticas e profissionais na formao inicial de professores. In PONTE, J. P. da et al. (orgs.) Actividades de investigao na aprendizagem da matemtica e na formao de professores.p. 41-58). Lisboa: SEM-SPCE. 2002.INEP. Semelhanas e diferenas. Disponvel em . Acesso em 09 mar. 2012.