12
Boletim j Manual de Procedimentos Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Beneficiamento - Tratamento fiscal a ICMS – Aves, gado e produtos resultantes do seu abate a ICMS - Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 36/2014 Bahia / a Federal IPI Substituição tributária - Regime especial 01 / a Estadual ICMS Quadro prático de operações com tratamento diferenciado 06 / a IOB Setorial Estadual Industrial e comercial - ICMS - Redução da base de cálculo nas ope- rações com máquinas e equipamentos industriais 09 / a IOB Comenta Federal IPI - Simples Nacional - Importação por via terrestre - RTU - Dis- ciplina 09 / a IOB Perguntas e Respostas ICMS/BA Base de cálculo - Mercadorias avariadas destinadas a consumidor final 10 Base de cálculo - Sucos, refrescos, néctares, concentrado de frutas, bebidas isotônicas e chás 10

IOB - ICMS/IPI - Bahia - nº 36/2014 - 1ª Sem Setembro · Bahia a/Federal IPI Substituição tributária ... Nota fiscal - Emissão 10. Furto, roubo, inutilização ou deterioração

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Page 1: IOB - ICMS/IPI - Bahia - nº 36/2014 - 1ª Sem Setembro · Bahia a/Federal IPI Substituição tributária ... Nota fiscal - Emissão 10. Furto, roubo, inutilização ou deterioração

Boletimj

Manual de Procedimentos

abicalct_03526_14.ind 1 8/4/2014 09:33:16

Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Beneficiamento - Tratamento fiscal

a ICMS – Aves, gado e produtos resultantes do seu abate

a ICMS - Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 36/2014

Bahia

/a Federal

IPISubstituição tributária - Regime especial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a Estadual

ICMSQuadro prático de operações com tratamento diferenciado . . . . . . . 06

/a IOB Setorial

EstadualIndustrial e comercial - ICMS - Redução da base de cálculo nas ope-rações com máquinas e equipamentos industriais . . . . . . . . . . . . . . . 09

/a IOB Comenta

FederalIPI - Simples Nacional - Importação por via terrestre - RTU - Dis-ciplina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09

/a IOB Perguntas e Respostas

ICMS/BABase de cálculo - Mercadorias avariadas destinadas a consumidor final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10Base de cálculo - Sucos, refrescos, néctares, concentrado de frutas, bebidas isotônicas e chás . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

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© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

36-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 BA

IPI

Substituição tributária - Regime especial SUMÁRIO 1. Introdução 2. Responsabilidade por substituição tributária 3. Conceito 4. Competência 5. Pedido 6. Concessão 7. Deferimento 8. Alteração, cancelamento e cassação 9. Nota fiscal - Emissão 10. Furto, roubo, inutilização ou deterioração 11. Arquivamento 12. Importação 13. Modelo

1. Introdução

A substituição tributária é caracterizada pela atribuição da responsabilidade pelo pagamento do imposto a terceira pessoa que não seja a que tenha realizado o respectivo fato gerador.

Dessa forma, o lançamento do IPI devido na saída dos produtos do estabelecimento fornecedor fica suspenso, devendo ser recolhido em momento futuro, definido pela legislação, pelo adquirente.

O regime de substituição tributária, no âmbito do IPI, é aplicável mediante a concessão de regime especial e tem como objetivo a racionalização e a simplificação das operações realizadas pelo requerente, sem pre- juízo das garantias dos interesses da Fazenda Pública.

Neste texto, examinaremos a forma de operacio-nalização do regime da substituição tributária prevista pela legislação do IPI, com fundamento na Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010.

(RIPI - Decreto nº 7.212/2010, art. 26; Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010)

2. rESPonSABIlIdAdE Por SuBStItuIção trIButárIA

É responsável como contribuinte substituto o indus- trial ou o equiparado a industrial, mediante requeri-mento, em relação às operações anteriores, concomi-tantes ou posteriores às saídas que promover.

(RIPI/2010, art. 26)

3. ConCEIto

3.1 Contribuinte substituto

É considerado contribuinte substituto o estabeleci- mento industrial ou equiparado a industrial que recebe os produtos saídos do estabelecimento substituído

com suspensão do IPI.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 2º, I)

3.2 Contribuinte substituído

Contribuinte substituído é o estabelecimento industrial ou

equiparado a industrial que dá saída a produtos, com suspensão

do IPI, para o contribuinte substituto.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 2º, II)

4. CoMPEtênCIA

A concessão, a alteração, o cancelamento e a cassação de regime especial de substituição tributária competem ao Superintendente Regional da Receita Federal do Brasil da jurisdição do contribuinte substituto.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 3º)

5. PEdIdo

O requerimento para a concessão de regime es-pecial será apresentado pelo contribuinte substituto e deverá conter:

a Federal

É responsável como contribuinte substituto o

industrial ou o equiparado a industrial, mediante requerimento,

em relação às operações anteriores, concomitantes ou

posteriores às saídas que promover

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36-02 BA Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a) a descrição das operações envolvendo os contribuintes substituto e substituído, com a discriminação dos produtos e das respectivas alíquotas do IPI, bem como das operações contempladas com benefícios fiscais e regi-mes aduaneiros especiais, se for o caso;

b) os modelos do documentário fiscal a ser utili-zado nas operações, se diverso do previsto na legislação; e

c) o termo de compromisso de substituição tribu-tária, firmado entre os contribuintes substitu-to e substituído, conforme modelo constante do Anexo Único à Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010 (veja subitem 5.1).

Deverá constar ainda, do pedido, a informação de que o contribuinte substituto ou substituído já goza de uma dessas condições em outra etapa da cadeia produtiva, se for o caso, observando-se que será apre-sentado um pedido para cada contribuinte substituído.

O pedido será formalizado mediante processo protocolizado na unidade local da Secretaria da Receita

Federal do Brasil (RFB) com jurisdição sobre o domicílio fiscal do requerente, a qual o encaminhará à Superin-tendência Regional da Receita Federal (SRRF), após verificar se o requerimento está corretamente instruído.

Quando o regime envolver alteração na sistemá-tica de emissão e de escrituração de documentos e livros fiscais, o pedido deverá conter a aprovação da Secretaria da Fazenda da Unidade da Federação que jurisdicione os estabelecimentos do contribuinte substituto e do contribuinte substituído.

Nesse caso, o pedido de alteração na sistemática de emissão e escrituração de documentos e livros fiscais deve preceder ao pedido do regime especial de substituição tributária.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 4º)

5.1 tC - Modelo

Veja, a seguir, modelo do Termo de Compromisso, constante do Anexo Único à Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010:

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36-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 BA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

5.2 responsabilidade pelas informações

As informações apresentadas pelo contribuinte substituto são de sua inteira responsabilidade, não ocorrendo, por ocasião do deferimento pela autoridade administrativa, a convalidação das informações, princi-palmente quanto à classificação fiscal e à alíquota do IPI referentes aos produtos objeto do regime especial.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 5º)

6. ConCESSão

Na análise do pedido de concessão do regime especial, serão verificados:

a) a regularidade fiscal das pessoas jurídicas a que pertencem o contribuinte substituído e o substituto, relativamente a impostos e contri-buições administrados pela RFB;

b) se a concessão do regime resultará em racio-nalização e simplificação das operações rea-lizadas pelo requerente, sem prejuízo das ga-rantias dos interesses da Fazenda Pública;

c) se os produtos remetidos pelo contribuinte subs- tituído ao contribuinte substituto serão aplica-dos por este na industrialização de produtos tri-butados pelo IPI, ainda que isentos, sujeitos à alíquota zero ou destinados à exportação;

d) se os produtos sairão do contribuinte substi-tuto com débito do imposto, na hipótese de substituto equiparado a industrial;

e) o cumprimento das obrigações relativas à al-teração na sistemática de escrituração e de emissão de documentos fiscais, quando for o caso, mencionadas nos §§ 4º e 5º do art. 4º da Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010; e

f) relativamente aos produtos intermediários a serem recebidos com suspensão do IPI pelo contribuinte substituto, se, sem o regime, esse contribuinte poderia aproveitar o crédito do imposto referente àquelas aquisições, em con-formidade com a legislação.

No caso de não atendimento aos requisitos des-critos nas letras “a” a “f”, a autoridade competente para a análise do pedido poderá, antes do indeferi-mento, intimar o requerente a regularizar a situação no prazo de até 30 dias, contados da data da ciência do interessado.

Transcorrido o prazo fixado sem que haja a regu-larização, o pedido será indeferido.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 6º)

7. dEFErIMEnto

Deferido o pedido, será expedido ato declarató-rio executivo de concessão do regime especial de substituição tributária, publicado na Seção 1 do Diário Oficial da União (DOU), que deverá conter, no mínimo:

a) a fundamentação legal da concessão;b) a indicação do número do processo;c) a identificação dos contribuintes substituído e

substituto abrangidos pelo regime especial;d) o prazo da concessão;e) as operações em relação às quais haverá

substituição tributária, indicando-se a utiliza-ção dos produtos abrangidos pelo regime; e

f) o documentário fiscal a ser utilizado nas ope-rações, se diverso do previsto na legislação.

Deverá ser juntada ao respectivo processo cópia reprográfica da página do DOU em que for publicado o ato declaratório executivo.

Será dada ciência da concessão do regime espe-cial aos contribuintes substituto e substituído.

Do indeferimento do pedido de regime especial não cabe recurso ou manifestação de inconformidade. Os atos referentes aos despachos de indeferimento não serão publicados no DOU, devendo ser dada ciência ao interessado.

A autoridade competente para deferir o pedido poderá permitir que o contribuinte seja, na mesma cadeia produtiva, substituído e substituto.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, arts. 7º, 8º e 14)

8. AltErAção, CAnCElAMEnto E CASSAção

O regime especial poderá ser alterado de ofício ou a pedido ou ser cancelado a pedido.

A alteração e o cancelamento do regime especial:

a) poderão ser pleiteados pelo contribuinte subs-tituto ou pelo contribuinte substituído e segui-rão os trâmites do pedido original;

b) deverão constar do mesmo processo em que foi analisado o requerimento inicial;

c) serão efetuados por meio de ato declaratório executivo publicado no DOU; e

d) serão informados aos contribuintes substituto e substituído, mediante ciência aos interessados.

A solicitação de alteração deverá ser acompa-nhada de novo termo de compromisso.

A solicitação de cancelamento deverá ser previa-mente comunicada pelo requerente à outra parte do termo de compromisso.

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36-04 BA Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Do indeferimento do pedido de alteração e da alteração de ofício não cabe recurso ou manifestação de inconformidade.

A cassação do regime poderá ser aplicada quando:

a) o contribuinte substituto não observar a cor-reta destinação dos produtos recebidos com suspensão do IPI;

b) for verificado que os produtos não saem do contribuinte substituto com débito do IPI, na hipótese de substituto equiparado a industrial;

c) ocorrer a inadimplência do contribuinte subs-tituto relativamente ao IPI incidente sobre os produtos abrangidos pelo regime; e

d) o contribuinte substituído ou o contribuinte subs-tituto deixar de atender à regularidade fiscal de que trata o inciso I do art. 6º da Instrução Nor-mativa RFB nº 1.081/2010, após a concessão do regime, caso em que serão intimados para que regularizem a situação, e em caso de não aten-dimento à intimação ou de não regularização no prazo eventualmente fixado. A apresentação de razões consideradas inconsistentes impli-cará a cassação do regime especial.

O procedimento de cassação do regime observará os requisitos previstos nos incisos II a IV do art. 9º da Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, quais sejam:

a) deverá constar do mesmo processo em que foi analisado o requerimento inicial;

b) será efetuado por meio de ato declaratório executivo publicado no DOU; e

c) será informado aos contribuintes substituto e substituído, mediante ciência aos interessados.

O servidor da RFB que verificar a ocorrência das circunstâncias relacionadas à cassação do regime es-pecial deverá comunicar o fato à unidade de jurisdição do contribuinte substituto ou do contribuinte substituído.

A unidade da RFB que receber a comunicação deverá encaminhá-la à SRRF, que intimará os contribuin-tes substituto e substituído a prestarem esclarecimentos quanto aos fatos objeto da mencionada comunicação.

A cassação do regime se aplicará a partir da data em que:

a) o contribuinte substituto não observar a cor-reta destinação dos produtos recebidos com suspensão do IPI;

b) for verificado que os produtos não saem do contribuinte substituto com débito do IPI, na hipótese de substituto equiparado a industrial;

c) ocorrer a inadimplência do contribuinte subs-tituto relativamente ao IPI incidente sobre os produtos abrangidos pelo regime; e

d) for publicado o ato declaratório executivo de cassação, no caso de o contribuinte substituí-do ou o contribuinte substituto deixar de aten-der à regularidade fiscal de que trata o inci-so I do art. 6º da Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, após a concessão do regime.

A cassação do regime implica o pagamento do imposto suspenso e dos acréscimos legais relativa-mente aos fatos geradores ocorridos a partir da ocor-rência daqueles descritos nas letras “a” a “c” anteriores:

a) pelo contribuinte substituto nas hipóteses das letras “a” e “b”;

b) solidariamente, pelos contribuintes substituto e substituído, na hipótese da letra “c”.

Da cassação do regime não cabe recurso ou manifestação de inconformidade.

O contribuinte cujo regime for cassado somente poderá solicitar novo regime depois de 2 anos, contados da data de publicação do ato declaratório executivo de cassação.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, arts. 9º a 12)

9. notA FISCAl - EMISSão

Os produtos remetidos ao contribuinte substituto sairão com suspensão do imposto e, na nota fiscal emi- tida pelo substituído, deverá constar a expressão: “Saída com suspensão do IPI - ADE nº XXXXX, de XX/XX/XXXX, DOU de XX/XX/XXXX” (veja exemplo no item 13).

É vedado o destaque do IPI suspenso, devendo seu valor ser indicado na nota fiscal, no campo “Informações Complementares” do quadro “Dados Adicionais”, e não poderá ser utilizado como crédito fiscal pelo adquirente.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 13)

10. Furto, rouBo, InutIlIzAção ou dEtErIorAção

Caso os produtos sujeitos ao regime especial sejam furtados ou roubados, inutilizados ou deteriora-dos ou, ainda, objeto de qualquer outro caso fortuito que impossibilite seu uso no processo produtivo do contribuinte substituto, este ficará responsável pelo pagamento do imposto suspenso.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 15)

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36-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 BA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

11. ArquIvAMEnto

O processo de concessão do regime especial de substituição tributária será arquivado por tempo indeter-minado enquanto for válida a concessão.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 16)

12. IMPortAção

O regime especial de substituição tributária não se aplica ao imposto devido no desembaraço aduaneiro de produtos de procedência estrangeira.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 17)

13. ModElo

A seguir, reproduzimos modelo de Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) com exemplo de operação amparada por regime especial de substituição tributária.

N

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36-06 BA Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ICMS

Quadro prático de operações com tratamento diferenciado SUMÁRIO 1. Introdução 2. Quadro prático de operações 3. Documento fiscal e fundamento legal do benefício 4. Consulta tributária 5. Infrações e penalidades

1. IntroduçãoAs operações previstas na legislação do ICMS

podem ser tributadas, amparadas por não incidência

e suspensão da incidência ou favorecidas por bene-fícios fiscais como isenção, redução da base de cálculo e diferimento.

Neste procedimento, apresentaremos um roteiro prático que envolve as principais operações realizadas no âmbito do ICMS, com base no RICMS-BA/2012, aprovado pelo Decreto nº 13.780/2012.

2. quAdro PrátICo dE oPErAçõESA seguir, relacionamos em quadro prático as prin-

cipais operações e os respectivos fundamentos legais referentes à tributação do ICMS, além de algumas regras a serem observadas pelos contribuintes.

a Estadual

OPERAÇÕES REALIZADAS NO ÂMBITO DO ICMSNatureza da

operaçãoTributação Regras a observar

Dispositivos legais que devem constar na nota fiscal

CFOP (Saídas)

Amostra grátisICMS: isenção. Deverão ser observadas as condições para

fruição desse benefício, previstas nas legis-lações do ICMS.

ICMS: isenção - RICMS-BA/2012, art. 265, XXI 5.911/6.911

Armazém-geralICMS: não incidência nas operações internas e tributadas nas operações in-terestaduais.

ICMS: não incidência - RICMS--BA/2012, art. 3º, VI, “a” (na re-messa) e VI, “c” (no retorno)

5.905/6.905 5.906/6.906

Arrendamento mercantil

ICMS: não incidência na remessa a esse título.

ICMS: não incidência - RICMS--BA/2012, art. 3º, XV 5.949/6.949

Áreas de Livre Comércio (ALC)

ICMS: isenção na remessa. ICMS: observar os procedimentos próprios aplicáveis a cada Município da ALC.

ICMS: isenção - RICMS-BA/2012, art. 265, XII

5.109/6.1095.110/6.110

Alienação de bens do Ativo Imobilizado

ICMS: não incidência nas saídas. É condição para não incidência do ICMS que o bem tenha sido objeto de uso no pró-prio estabelecimento, por mais de 1 ano, antes da desincorporação.

ICMS: não incidência - RICMS--BA/2012, art. 3º, VIII 5.551/6.551

Brindes ICMS: tributação normal nas aquisições e operação tributada na distribuição.

ICMS: deverão ser observadas as normas contidas no RICMS-BA/2012, arts. 388 e 389. 5.910/6.910

Conserto, revi-são ou limpeza

ICMS: suspensão na remessa e no re-torno.

ICMS: haverá diferimento sobre as partes e peças empregadas nessa operação e inci-dência do ISS sobre a mão de obra.

ICMS: suspensão - RICMS--BA/2012, arts. 280, I; diferimento - RICMS-BA/2012, art. 286, XX

5.915/6.915

Consignação industrial

ICMS: operação tributada. ICMS: observar as regras do art. 335 do RICMS-BA/2012.

5.111/6.1115.112/6.1125.917/5.918

Consignação mercantil

ICMS: operação tributada. ICMS: observar as regras do RICMS--BA/2012, art. 334.

5.113/6.1135.114/6.1145.115/6.1155.917/5.918

DemonstraçãoICMS: suspensão nas operações inter-nas e tributação nas interestaduais.

ICMS: a suspensão está condicionada ao re-torno da mercadoria ao remetente no prazo de 60 dias (contados da saída).

ICMS: suspensão - RICMS--BA/2012, art. 280, IV, § 7º 5.912/6.912

5.913/6.913

Depósito fechado

ICMS: não incidência (na remessa e no retorno), nas operações internas e tribu-tadas nas operações interestaduais.

ICMS: não incidência - RICMS--BA/2012, art. 3º, VI, “b”

5.905/6.9055.906/6.9065.907/6.907

Devolução

ICMS: operação tributada ou amparada por benefício fiscal, se for o caso.

ICMS: deverá ser observado o mesmo tra-tamento tributário em vigor por ocasião da saída da mercadoria do estabelecimento re-metente. Deve-se anotar no documento fis-cal de devolução o motivo dessa ocorrência.Observar as regras constantes nos arts. 451 a 455 do RICMS-BA/2012.

5.201/6.201/7.2015.202/6.202/7.202

Doação ICMS: operação tributada. ICMS: alguns casos estão beneficiados por isenção. 5.910/6.910

Exportação

ICMS: não incidência e manutenção de créditos.

ICMS: aplica-se também a não incidência às exportações por meio de empresas expor-tadoras.

ICMS: não incidência - RICMS--BA/2012 art. 3º, II

5.501/6.5015.502/6.5025.503/6.5037.101/7.102

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36-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 BA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Natureza da operação

Tributação Regras a observarDispositivos legais que devem

constar na nota fiscalCFOP (Saídas)

Exposição e feira de amostra

ICMS: suspensão: remessa e retorno. ICMS: suspensão condicionada ao retorno da mercadoria ao remetente no prazo de 60 dias.

ICMS: suspensão - RICMS--BA/2012, art. 280, V, § 7º 5.914/6.914

Importação

ICMS: operação normalmente tributada.Obs: verificar na legislação se a ope-ração realizada não está contemplada por benefício fiscal.

ICMS: o fato gerador ocorre no desembara-ço aduaneiro.O recolhimento deve ser efetuado até o mo-mento do despacho aduaneiro.A base de cálculo é o valor constante no documento de importação, acrescido do IPI, do II, do IOF e das despesas aduaneiras.O ICMS integra a própria base de cálculo e deverá ser calculado pela alíquota interna.

RICMS-BA/2012, art. 332, IV

3.101/3.102

Industrialização

ICMS:a) suspensão na remessa;b) suspensão sobre os insumos rece-bidos nas operações internas (retorno).

ICMS: a suspensão está condicionada ao re-torno dos produtos industrializados no prazo de 180 dias (prorrogável 2 vezes por igual período a critério do Fisco).Ocorre a tributação normal sobre o valor acrescido nas operações interestaduais e diferimento sobre o valor acrescido nas ope-rações internas.

ICMS: suspensão - RICMS--BA/2012, arts. 280, I, 286, XX, §§ 2º e 3º

5.122/6.1225.123/6.1235.124/6.1245.125/6.1255.208/6.2085.901/6.9015.902/6.9025.903/6.9035.925/6.9255.924/6.924

Locação de bens

ICMS: não incidência (na remessa e no retorno), desde que os bens retornem ao remetente.

ICMS: não incidência - RICMS--BA/2012, art. 3º, XVI 5.949/6.949

Lojas francas ICMS: isenção na comercialização. ICMS: isenção - RICMS-BA/ 2012, art. 264, V 5.101/5.102

Máquinas, apa-relhos, motores, móveis e vestuá-

rios usados

ICMS: redução da base de cálculo, cor-respondente a 80% do valor da opera-ção.

ICMS: observar as condições estabelecidas no art. 268 do RICMS/BA para aplicação do benefício.

ICMS: base de cálculo reduzida - RICMS-BA/2012, art. 268, I 5.102/6.102

Modelos, mol-des, matrizes

ICMS: isenção nas remessas internas e nos retornos, de bens integrados no Ati-vo Permanente, bem como de moldes, matrizes, gabaritos, padrões, chapelo-nas, modelos e estampas; suspensão nas operações intererestaduais.

ICMS: isenção - do RICMS--BA/2012, art. 265, XXIII (opera-ções internas); suspensão - do RICMS-BA/2012, art. 280, XVI (operações interestaduais)

5.554/6.554

Substituição tributária

ICMS: operação normalmente tributada. ICMS: verificar as hipóteses de aplicação desse regime.

5.401/6.4015.402/6.4025.403/6.403

6.4045.405

5.408/6.4085.409/6.4095.410/6.4105.411/6.4115.412/6.4125.413/6.4135.414/6.4145.415/6.415

Sucata ICMS: operações internas - Diferimento. ICMS: Diferimento - RICMS--BA/2012, art. 286, XVI

5.101/6.1015.102/6.102

Vasilhames, recipientes ou embalagens

ICMS: isenção. ICMS: a isenção está condicionada ao retor-no desses bens ao estabelecimento reme-tente.

ICMS: isenção - RICMS-BA/2012, art. 265, XXX 5.920/6.920

5.921/6.921

Venda à ordem

ICMS: tributação normal (se houver a emissão de NF de simples faturamento, o ICMS não poderá ser destacado neste documento fiscal e sim no de remessa).

ICMS: emissão de nota fiscal. ICMS: Tributação - RICMS-BA/2012, arts. 340 a 343

5.118/6.1185.119/6.1195.120/6.1205.923/6.923

Venda para entrega futura

ICMS: tributação normal (se houver a emissão de NF de simples faturamento, o ICMS não poderá ser destacado neste documento fiscal e sim no de remessa).

ICMS: emissão facultativa de simples fatu-ramento.

ICMS: Tributação - RICMS-BA/2012, art. 337 a 339 5.116/6.116

5.117/6.1175.922/6.922

Venda fora do estabelecimento

ICMS: operação normalmente tributada. ICMS: observar os arts. 344 a 348 do RICMS-BA/2012.

5.103/6.1035.104/6.1045.904/6.904

Zona Franca de Manaus (ZFM)

ICMS: isenção. ICMS: o benefício é aplicável nos casos de remessa para a ZFM, destinados a comer-cialização ou industrialização de produtos em seu território. Excluem-se do benefício o açúcar de cana, as armas e munições, os perfumes, o fumo, as bebidas alcoólicas e os automóveis de passageiros.

ICMS: isenção - RICMS-BA/2012, art. 265, XII

5.109/6.1095.110/6.110

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36-08 BA Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

quADRO PRáTICO

Infração Penalidade Fundamento legalDeixar de recolher imposto, nos prazos regulamentares, se o valor apurado tiver sido informado em declaração eletrônica estabelecida na legislação tributária.

50% do valor do imposto. Lei nº 7.014/1996, art. 42, I

Deixar de efetuar o recolhimento no prazo em razão de registro de operação ou prestação tributada como não tributada, em caso de erro na aplicação da alíquo-ta, na determinação da base de cálculo ou na apuração dos valores do imposto, desde que os documentos tenham sido emitidos e escriturados regularmente.

60% do valor do imposto. Lei nº 7.014/1996, art. 42, II, “a”

Deixar de recolher o imposto em decorrência de desencontro entre o valor do imposto recolhido pelo contribuinte e o escriturado no livro fiscal de apuração do imposto.

60% do valor do imposto. Lei nº 7.014/1996, art. 42, II, “b”

Destacar, no documento fiscal, imposto em operação ou prestação não tribu-tada, que possibilite ao adquirente a utilização do crédito fiscal.

60% do valor do imposto. Lei nº 7.014/1996, art. 42, II, “c”

Deixar de recolher o imposto por antecipação nas hipóteses regulamentares. 60% do valor do imposto. Lei nº 7.014/1996, art. 42, II, “d”Deixar de reter o imposto pelo sujeito passivo por substituição. 60% do valor do imposto. Lei nº 7.014/1996, art. 42, II, “e”Mercadoria ou bem encontrados em qualquer estabelecimento sem do-cumentação fiscal ou com documentação fiscal inidônea.

100% do valor imposto. Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV “a“

Realizar operação ou prestação sem documentação fiscal ou com documen-tação fiscal inidônea.

100% do valor imposto. Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV, “b”

Entregar mercadoria a destinatário ou usuário diverso do indicado no do-cumento fiscal.

100% do valor imposto. Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV, “c”

Acobertar com o mesmo documento fiscal, mais de uma vez, operação ou prestação.

100% do valor do imposto. Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV, “d”

Colocar quantia diversa do valor da operação ou prestação no documento fiscal.

100% do valor do imposto. Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV, “f”

Rasurar, adulterar ou falsificar documentos e livros fiscais ou contábeis. 100% do valor do imposto. Lei nº 7.014/1996, art. 42, IV, “g”Deixar de emitir documento fiscal ou emitir documento fiscal inidôneo. 100% do valor do imposto. Lei nº 7.014/1996, art. 42, “h”Reter e não recolher o imposto no prazo legal. 150% do valor do imposto. Lei nº 7.014/1996, art. 42, V, “a”Deixar de efetuar a escrituração fiscal ou fazê-lo com atraso. R$ 460,00. Lei nº 7.014/1996, art. 42, XV, “d” Deixar de apresentar, no prazo regulamentar, a Guia de Informação e Apura-ção do ICMS, a Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS - Substitui-ção Tributária (GIA - ST), a Declaração e Apuração Mensal do ICMS (DMA) ou sua Cédula Suplementar (CS-DMA).

R$ 460,00. Lei nº 7.014/1996, art. 42, XV, “g”

N

3. doCuMEnto FISCAl E FundAMEnto lEgAl do BEnEFíCIo

Todas as operações que envolvam mercadorias devem estar acobertadas por documento fiscal idô-neo emitido por contribuinte em situação fiscal regular.

Quando a operação for beneficiada por isen-ção, redução da base de cálculo ou diferimento, ou quando estiver amparada por imunidade, não incidência ou suspensão da incidência do ICMS ou, ainda, quando o imposto já houver sido lançado por antecipação, essa circunstância será mencionada em “Informações Complementares” do documento fiscal, indicando-se o dispositivo pertinente da leg-islação, ainda que por meio de código, cuja decodi-ficação conste no próprio documento fiscal, exceto quando se tratar de Cupom Fiscal ou Nota Fiscal de Venda a Consumidor emitida por Emissor de Cupom Fiscal (ECF).

É vedado o destaque do imposto no documento fiscal, nas hipóteses mencionadas neste tópico.

(RICMS-BA/2012, art. 55)

4. ConSultA trIButárIAÉ assegurado ao contribuinte, à entidade repre-

sentativa de classe de contribuintes ou aos respon-sáveis, caso tenham dúvidas sobre questões tribu-tárias, o direito de efetuar consulta à Sefaz/BA sobre a interpretação e a aplicação da legislação tributária, em relação a fato determinado e de seu interesse.

A consulta conterá a descrição completa e exata da matéria objeto da dúvida, bem como, se for o caso, a informação da ocorrência de fatos ou atos pas-síveis de gerar obrigação tributária principal, sendo encaminhada via Internet.

É competente para responder à consulta a res-peito da legislação tributária estadual o diretor de tributação da Secretaria da Fazenda.

(RPAF-BA/1999, arts. 55, 56 e 67, I)

5. InFrAçõES E PEnAlIdAdES

Apresentamos, a seguir, quadro prático contendo algumas penalidades aplicáveis relacionadas à falta de recolhimento do imposto, de documento fiscal e de obrigações acessórias.

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36-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 BA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

a IOB SetorialEStadual

Industrial e comercial - ICMS - Redução da base de cálculo nas operações com máquinas e equipamentos industriais

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou que o faturamento da indústria brasileira de máquinas e equipamentos foi de R$ 6,1 bilhões em junho: um ligeiro crescimento de 1,4% sobre o mês anterior, mas uma retração de 13,6% na comparação com igual mês de 2013. No semestre, o resultado foi de R$ 34,9 bilhões, equivalente à queda de 13,2% sobre o mesmo período do ano passado.

As exportações, motivadas pela recuperação da eco-nomia dos Estados Unidos e da Europa, bateram recorde histórico no 1º semestre. Foram R$ 6,6 bilhões, montante 19,8% superior ao dos mesmos 6 meses de 2013.

Na esfera estadual, o ICMS incide sobre a real-ização de operações relativas à circulação de merca-dorias e ocorre o fato gerador do imposto na saída de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular.

Portanto, em relação a máquinas e equipamentos industriais, de um modo geral, o ICMS incide em sua circulação, e o fato gerador ocorre quando houver a saída dessas mercadorias de estabelecimento de contribuinte do imposto.

Quanto à tributação do ICMS, a base de cálculo desses produtos é reduzida de forma que a carga tributária seja equivalente a 8,80%.

Consoante dispõe o Convênio ICMS nº 52/1991, prorrogado até 31.05.2015 pelo Convênio ICMS nº 191/2013, fica reduzida a base de cálculo do ICMS nas operações com máquinas, aparelhos e equipa-mentos industriais arrolados no Anexo I desse Con-vênio, de forma que a carga tributária seja equivalente aos percentuais a seguir:

a) nas operações interestaduais:a.1) de saída dos Estados das Regiões Sul e

Sudeste, exclusive Espírito Santo, com destino aos Estados das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste ou ao Estado do Espírito Santo, 5,14%;

a.2) nas demais, 8,80%;b) nas operações interestaduais com consumidor

ou usuário final, não contribuintes do ICMS, e nas operações internas, 8,80%.

Esclareça-se que poderá ser mantido integral-mente o crédito fiscal relativo às entradas e aos serviços tomados vinculados a essas operações.

Quando a operação for beneficiada por redução da base de cálculo, essa circunstância será mencio-nada no documento fiscal, indicando-se o dispositivo pertinente da legislação, ainda que por meio de código, cuja decodificação conste no próprio docu-mento fiscal, exceto quando se tratar de Cupom Fis-cal ou Nota Fiscal de Venda a Consumidor emitida por Emissor de Cupom Fiscal (ECF).

(Lei nº 7.014/1996, art. 2º, I, art. 4º, I; RICMS-BA/2012, arts. 55 e 266, I, “a”; Convênio ICMS nºs 52/1991 e 191/2013; http://www.abimaq.org.br/)

N

a IOB ComentaFEdERal

IPI - Simples Nacional - Importação por via terrestre - RTU - Disciplina

A microempresa, optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribui-ções devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), poderá aderir ao Regime de Tributação Unificada (RTU) na forma da legislação de regência que envolve essa tributação, conforme segue:

a) Lei nº 11.898/2009 - institui o Regime de Tributação Unificada (RTU) na importação, por via terrestre, de merca-dorias procedentes do Paraguai;

b) Decreto nº 6.956/2009 - regulamenta o disposto na Lei nº 11.898/2009, que instituiu o RTU; e

c) Instrução Normativa RFB nº 1.245/2012 - dispõe sobre os procedimentos de controle aduaneiro relativos à apli-cação do RTU.

O RTU, a que se referem a Lei nº 11.898/2009 e o Decreto nº 6.956/2009, permite a importação, por via terrestre, de mercadoria procedente do Paraguai pela fronteira, entre os municípios de Ciudad del Este/

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36-10 BA Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 36 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Paraguai e Foz do Iguaçu/Brasil, e é aplicado com observância do disposto na Instrução Normativa RFB nº 1.245/2012.

Para efeitos fiscais, consideram-se empresas microimportadoras a microempresa optante pelo Simples Nacional e o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei n º 10.406/2002 (Código Civil), ambos nos termos da Lei Complementar nº 123/2006, que possuam:

a) situação ativa no Cadastro Nacional da Pes-soa Jurídica (CNPJ); e

b) responsável habilitado no RTU.

O RTU será aplicado exclusivamente em relação às mercadorias relacionadas no Anexo ao Decreto nº 6.956/2009.

Além disso, é vedada a importação ao amparo do RTU de quaisquer mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final, bem como de armas e munições, fogos de artifícios, explosivos, bebidas, inclusive alcoólicas, cigarros, veículos automotores em geral e embarcações de todo tipo, inclusive suas partes e peças, medicamentos, pneus, bens usados e bens com importação suspensa ou proibida no Brasil.

O optante pelo RTU não fará jus a qualquer benefício fiscal de isenção ou de redução do imposto, bem como de redução de suas alíquotas ou bases de cálculo.

Deverão ser observados, na importação de mer-cadorias ao amparo do RTU, os limites, por habilitado, a seguir indicados:

a) R$ 18.000,00 para o 1º e o 2º trimestres-calendário;

b) R$ 37.000,00 para o 3º e o 4º trimestres-calen-dário; e

c) R$ 110.000,00 por ano-calendário.

O RTU implica o pagamento dos seguintes impos-tos e contribuições incidentes na importação:

a) Imposto de Importação (II); b) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);c) Cofins-Importação; e d) Contribuição para o PIS-Pasep-Importação.

Note-se que os impostos e as contribuições mencionados serão pagos na data do registro da Declaração de Importação (DI).

Os impostos e contribuições federais devidos por optante pelo RTU serão calculados pela aplicação da alíquota única de 25% sobre o preço de aquisição das mercadorias importadas, à vista da fatura comercial ou documento de efeito equivalente, observados os valores de referência mínimos estabelecidos pela RFB.

A alíquota mencionada, relativamente a cada imposto ou contribuição federal, corresponde a:

a) 7,88%, a título de II; b) 7,87%, a título de IPI; c) 7,60%, a título de Cofins-Importação; e d) 1,65%, a título de Contribuição para o PIS/Pa-

sep-Importação. (Lei nº 10.406/2002, art. 966; Lei Complementar nº

123/2006; Lei nº 11.898/2009; RIPI/2010, art. 180; Decreto nº 6.956/2009; Instrução Normativa RFB nº 1.245/2012)

N

a IOB Perguntas e RespostasICMS/Ba

Base de cálculo - Mercadorias avariadas destinadas a consumidor final

1) Qual é a base de cálculo nas operações inter-nas com mercadorias avariadas destinadas a consu-midor final?

A base de cálculo é reduzida nas operações internas com mercadorias avariadas, destinadas a consumidor final, realizadas por contribuintes que desenvolvam a atividade de comércio varejista de móveis, eletrodomésticos, equipamentos de áudio e vídeo assim como possuam centro de distribuição localizado neste Estado, calculando-se a redução em 20%, observados os critérios e procedimentos defini-dos em Termo de Acordo a ser firmado com o titular

da Diretoria de Administração Tributária da região do domicílio fiscal do contribuinte.

(RICMS-BA/2012, art. 266, XXI)

Base de cálculo - Sucos, refrescos, néctares, concentrado de frutas, bebidas isotônicas e chás

2) Qual é a base de cálculo nas saídas internas de sucos, refrescos, néctares, concentrado de frutas, be-bidas isotônicas e chás do estabelecimento fabricante?

A base de cálculo, nas saídas internas de sucos, refrescos, néctares, concentrado de frutas, bebidas isotônicas e chás do estabelecimento fabricante, é reduzida em 29, 4117%, de forma que a carga tribu-tária incidente corresponda a 12%.

(RICMS-BA/2012, art. 266, XXIV)◙