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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Revenda de embalagens usadas a ICMS - Consignação mercantil a ICMS - Regime especial ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 32/2014 Rio de Janeiro / a Federal IPI Quebra de estoque 01 / a Estadual ICMS Serviços de comunicação 06 / a IOB Setorial Estadual Defesa - ICMS - Tratamento tributário especial concedido ao estabe- lecimento industrial 10 / a IOB Comenta Federal Importação - Transporte de mercadoria a granel 10 / a IOB Perguntas e Respostas IPI DCP - Assinatura digital - Exigência 11 Denúncia espontânea - Efeitos 11 Depósito fechado - Conceito 12 ICMS/RJ Serviço de comunicação - Cartão telefônico 12 Serviço de telecomunicações - Impossibilidade de recolhimento 12 Aviso Importante Este fascículo contém folha extra do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas IOB referente aos meses de Julho ou Agosto/2014.

IOB - ICMS/IPI - Rio de Janeiro - nº 32/2014 - 2ª Sem AgostoCalendário de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário EXTRA Anexo à Edição nº 32/2014 RJ 1 Rio de Janeiro

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Boletimj

Manual de Procedimentos

abicalct_03526_14.ind 1 8/4/2014 09:33:16

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Revenda de embalagens usadas

a ICMS - Consignação mercantil

a ICMS - Regime especial

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 32/2014

Rio de Janeiro

/a FederalIPIQuebra de estoque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSServiços de comunicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06

/a IOB SetorialEstadualDefesa - ICMS - Tratamento tributário especial concedido ao estabe-lecimento industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

/a IOB ComentaFederalImportação - Transporte de mercadoria a granel . . . . . . . . . . . . . . . 10

/a IOB Perguntas e RespostasIPIDCP - Assinatura digital - Exigência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11Denúncia espontânea - Efeitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11Depósito fechado - Conceito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

ICMS/RJServiço de comunicação - Cartão telefônico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12Serviço de telecomunicações - Impossibilidade de recolhimento . . . . 12

Aviso ImportanteEste fascículo contém folha extra do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas IOB referente aos meses de Julho ou Agosto/2014.

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© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : quebra de estoque.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic EBS - SAGE, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2216-3

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-07526 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Calendário de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário EXTRA

Anexo à Edição nº 32/2014 RJ 1

Rio de Janeiro - Folha extra - Calendário Mensal de Obrigações e tabelas práticas para os meses de Julho e Agosto/2014 - Alterações

Posteriormente ao envio do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas Tributário Estadual do Rio de Janeiro para os meses de julho e agosto/2014, foi publicada no DOE RJ de 18.07.2014 a Resolução Sefaz nº 767/2014, que prorrogou para 15.09.2014 o prazo de entrega dos arquivos digitais da Escrituração Fiscal Digital (EFD-ICMS/IPI), referentes aos meses de apuração de junho e de julho de 2014.

Assim, solicitamos que sejam desconsideradas as seguintes obrigações publicadas nas Agendas de Obriga-ções Estaduais:

a) para julho/2014:

15Terça-feira ICMS-EFD Junho/2014

Escrituração Fiscal Digital (EFD)Envio do arquivo digital relativo às operações e prestações ocorridas no mês anterior.Para a geração do arquivo digital relativo à EFD, o contribuinte deverá adotar o leiaute correspondente ao perfil “A”, conforme esta-belecido no Ato Cotepe nº 9/2008.

Arquivo digital Resolução Sefaz nº 720/2014, Parte II, Anexo VII, art. 2º

b) para agosto/2014:

15Sexta-feira ICMS-EFD Julho/2014

Escrituração Fiscal Digital (EFD)Envio do arquivo digital relativo às operações e prestações ocorridas no mês anterior.Para a geração do arquivo digital relativo à EFD, o contribuinte deverá adotar o leiaute correspondente ao perfil “A”, conforme esta-belecido no Ato Cotepe nº 9/2008.

Arquivo digital Resolução Sefaz nº 720/2014, Parte II, Anexo VII, art. 2º

Mantenha esta folha encartada no Calendário Tributário Estadual para Julho ou Agosto/2014

RIO DE jANEIRO

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

32-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 32 RJ

IPI

Quebra de estoque SUMÁRIO 1. Introdução 2. Quebra ocorrida no processo de industrialização 3. Quebra no estoque de insumos 4. Quebra de estoque de produtos acabados 5. Produtos objeto de furto ou roubo 6. Falta de produtos no estoque 7. EFD

1. IntRoduçãoO Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB),

ao promover o exame da escrita fiscal do estabelecimento indus-trial, adotará como elementos subsidiários para o cálculo da produção e o correspondente pagamento do IPI:

a) o valor e a quantidade de matérias-primas, produtos intermediários e embala-gens adquiridos e empregados na industrialização e no acondiciona-mento de produtos;

b) o valor das despesas gerais efetivamente ocorridas, o da mão de obra empregada e o dos demais componentes do custo da produção; e

c) as variações dos estoques de ma-térias-primas, produtos intermediá-rios e material de embalagem.

Esse critério de cálculo possibilita ao Fisco apurar, mediante elementos subsidiários, o volume da produção do estabelecimento industrial ocorrido em determinado período.

Verificada qualquer falta no confronto da produção resultante do cálculo efetuado com a registrada pelo contri-buinte, será exigido o imposto correspondente à diferença apurada.

Por outro lado, as quebras ocorridas no processo de industrialização, ou após esse processo (quebra no estoque), serão igualmente levadas em conta pelo Fisco no cálculo da produção, desde que convenientemente comprovadas pelo contribuinte.

Nesse sentido, o art. 523 do Regulamento do IPI, apro-vado pelo Decreto nº 7.212/2010, dispõe que as quebras alegadas pelo contribuinte, no estoque ou no processo de

industrialização, para justificar diferenças apuradas pela fis-calização, serão submetidas ao órgão técnico competente, para que se pronuncie, mediante laudo, sempre que, a juízo da autoridade julgadora, não forem convenientemente com-provadas ou excederem os limites normalmente admissíveis para o caso.

Neste texto, examinaremos o tratamento fiscal dispen-sado à quebra ocorrida no processo de industrialização, assim como a verificada no estoque de insumos ou de produtos acabados.

(RIPI/2010, art. 522, caput, § 1º, e art. 523)

2. QuEBRa oCoRRIda no PRoCESSo dE InduStRIalIzação

2.1 limite de tolerânciaÉ dever do contribuinte observar o limite de tolerância para a quebra ocorrida no processo

de industrialização.

Sob esse aspecto, a Coordenação do Sistema de Tributação do Ministério da Fazenda tem sustentado que este limite deve ser previamente estabele-cido pela autoridade fiscal, para cada empresa, atendendo às condições

peculiares do estabelecimento, como se verifica, dentre outros, nos Pareceres

Normativos CST nºs 144/1971, 65/1975 e 45/1977 e no Ato Declaratório (Normativo)

CST nº 27/1979.

(Ato Declaratório Normativo CST nº 27/1979; Pareceres Nor-mativos CST nºs 144/1971, 65/1975 e 45/1977)

2.2 Manutenção do crédito fiscalO contribuinte poderá manter em sua escrita fiscal o

crédito do IPI relativo a matérias-primas, produtos interme-diários e materiais de embalagem que tenham sido objeto de quebra ocorrida no processo de industrialização.

(RIPI/2010, art. 255)

2.3 Sucatas, aparas, resíduos e outros detritos resultantes do processo de industrializaçãoÉ assegurado o direito à manutenção do crédito do

IPI nas saídas de sucatas, aparas, resíduos, fragmentos e semelhantes que resultem do emprego de matérias-primas,

a Federal

Verificada qualquer falta no

confronto da produção resultante do cálculo

efetuado com a registrada pelo contribuinte, será exigido o imposto correspondente à

diferença apurada

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32-02 RJ Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 32 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

produtos intermediários e materiais de embalagem no pro-cesso de industrialização.

Quanto às saídas desses materiais, observar que eles figuram ora como não tributados, ora como tributados à alíquota zero, na Tabela de Incidência do IPI (TIPI).

A adoção da classificação fiscal própria e o controle desses materiais nas saídas, ainda que não sujeitos ao lan-çamento do IPI, são de fundamental importância, visto que no levantamento da produção toda e qualquer diferença deverá ser justificada pelo contribuinte.

A título de ilustração, vejamos alguns exemplos extraídos da TIPI:1º) Desperdícios ou resíduos não tributados

Código NCM Descrição Alíquota (%) 47.07 Papel ou cartão de reciclar (desperdícios e aparas)

4707.10.00 - Papéis ou cartões, kraft, crus, ou papéis ou cartões ondulados (canelados) NT4707.20.00 - Outros papéis ou cartões, obtidos principalmente a partir de pasta química branqueada, não corada na massa NT

4707.30.00 - Papéis ou cartões, obtidos principalmente a partir de pasta mecânica (por exemplo, jornais, periódicos e impressos semelhantes) NT

4707.90.00 - Outros, incluídos os desperdícios e aparas não selecionados NT55.05 Desperdícios de fibras sintéticas ou artificiais (incluídos os desperdícios da penteação, os de fios e os fiapos)

5505.10.00 - De fibras sintéticas NT5505.20.00 - De fibras artificiais NT

72.04 Desperdícios e resíduos de ferro fundido, ferro ou aço; desperdícios de ferro ou aço, em lingotes7204.10.00 - Desperdícios e resíduos de ferro fundido NT

7204.2 - Desperdícios e resíduos de ligas de aço:7204.21.00 - De aços inoxidáveis NT7204.29.00 - Outros NT7204.30.00 - Desperdícios e resíduos de ferro ou aço estanhados NT

7204.4 - Outros desperdícios e resíduos

7204.41.00 - Resíduos do torno e da fresa, aparas, lascas (“meulures”), pó de serra, limalhas e desperdícios da es-tampagem ou do corte, mesmo em fardos NT

7204.49.00 Outros NT

2º) Desperdícios, sucatas ou resíduos tributados à alíquota zero

No Capítulo 81 da TIPI (outros metais comuns), poderá ser observado que a maioria dos desperdícios e resíduos dos vários metais comuns ali classificados (cádmio, titânio, zircônio, manganês etc.) estão contemplados com a alí-quota de 0% do IPI.

No Capítulo 39 da TIPI, os plásticos e suas obras, cujos desperdícios constam dos códigos NCM 3915.10.00, 3915.20.00 e 3915.30.00, também estão contemplados com a alíquota de 0% do IPI.

3º) Desperdícios, sucatas ou resíduos tributados

No Capítulo 43 (peleteria e suas obras, peleteria arti-ficial), os resíduos e as aparas de peleteria, classificados no código NCM 4302.20.00, são normalmente tributados pelo IPI.

(RIPI/2010, art. 255; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

3. QuEBRa no EStoQuE dE InSuMoSPoderá ser constatada quebra no estoque de matérias-

-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem em decorrência, por exemplo, de perecimento, deterioração, evaporação e outros eventos no almoxarifado.

Essa quebra será admitida em casos excepcionais, previamente justificados e aprovados em processo na repartição fiscal da RFB.

(Parecer Normativo CST nº 45/1977, item 5)

3.1 Estorno de crédito O crédito do IPI relativo aos insumos objeto de quebra

(perecimento, deterioração etc.) deve ser estornado na escrita fiscal, no período de apuração em que se verificar a ocorrência. Havendo mais de uma aquisição e não sendo possível determinar aquela que corresponde ao estorno, este será calculado com base no preço médio das aquisições.

(RIPI/2010, art. 254, caput, IV, §§ 1º e 5º, e art. 477)

4. QuEBRa dE EStoQuE dE PRodutoS aCaBadoSAs tolerâncias de quebra de estoque de produtos aca-

bados devem ser previamente admitidas pela RFB e somente após o despacho da fiscalização será feita a baixa no livro Registro de Controle da Produção e do Estoque, modelo 3.

A quebra regularmente admitida permite ao estabeleci-mento industrial proceder aos necessários registros no men-cionado livro e, consequentemente, obsta a exigência do imposto sobre as diferenças de estoque.

(RIPI/2010, art. 461; Parecer Normativo CST nº 65/1975, item 2)

4.1 Estorno de crédito Deverá ser estornado na escrita fiscal o crédito do IPI

efetuado por ocasião da entrada de matérias-primas, produ-tos intermediários ou materiais de embalagem, utilizados no processo de industrialização de produtos tornados irrecu-peráveis por motivo de quebra, deterioração etc. Havendo mais de uma aquisição e não sendo possível determinar aquela correspondente ao estorno do imposto, este será calculado com base no preço médio das aquisições.

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32-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 32 RJ

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

O estorno do crédito será lançado diretamente no livro Registro de Apuração do IPI, item 010 - “Estornos de Créditos”.

(RIPI/2010, art. 254, caput, IV, e art. 477; Parecer Normativo CST nº 65/1975, item 4)

4.2 destruição ou inutilização A destruição ou a inutilização de produtos objeto de

quebra ou a sua transformação em resíduos inaproveitáveis deve ocorrer dentro do próprio estabelecimento industrial.

Todavia, no caso de produtos deteriorados ou defeitu-osos, podem surgir razões de ordem técnica ou de saúde pública que exijam a destruição fora do estabelecimento.

Os pedidos de certificação da destruição de bens devem ser requeridos, instruídos com perfeita justificativa e acompanhados de relação completa dos bens.

O modelo, assim como o roteiro e os requisitos para os pedidos de certificação de destruição, foram aprovados pela Comunicação de Serviço nº G/80.000 - 05/73, de 12.04.1973, do Delegado da Receita Federal de São Paulo, não existindo até o presente momento instruções específi-cas em nível federal.

No entanto, o roteiro a seguir demonstrado, a nosso ver, poderá servir para o atendimento das exigências legais nas demais jurisdições onde não existam instruções específicas sobre o assunto:

a) o pedido deverá indicar:a.1) em epígrafe, o objeto: “Destruição de bens

deteriorados, obsoletos, invendáveis ou dani-ficados”;

a.2) o local em que se encontram esses bens;a.3) o local onde serão destruídos;a.4) a forma de remoção ou transporte;a.5) o processo de destruição a ser utilizado (inci-

neração, mecânico etc.);b) o pedido será instruído com uma relação completa

dos bens (veja modelo reproduzido mais adiante), preenchida em 2 vias:b.1) que poderá ser atualizada pela empresa re-

querente no ato do comparecimento do audi-tor fiscal, devendo conter, relativamente a cada espécie de produto, matéria-prima ou material de embalagem, nela discriminadas, as especi-ficações mínimas exigidas no modelo;

b.2) cuja falta, ou o seu preenchimento incomple-to, determinará, por proposta do auditor fis-cal, o arquivamento sumário do pedido, que somente poderá ser renovado respeitando-se o prazo de 3 meses;

c) até que sejam removidos para o local de destruição, o estabelecimento manterá todos os bens discrimi-nados na relação no estado em que se encontram, organizados em lotes separados, de modo que faci-lite sua conferência;

d) comparecendo ao estabelecimento, o auditor fiscal designado verificará e conferirá a existência e a quan-tidade, por unidade-padrão, dos bens constantes da relação, observando-se, que:

d.1) serão automaticamente excluídos da relação, pelo auditor fiscal, que consignará o fato em “Observações”, os produtos, as matérias-pri-mas ou os materiais de embalagem:d.1.1) quando imperfeitamente individuali-

zados na relação ou cujos lotes não estejam devidamente organizados e separados;

d.1.2) quando verificada qualquer discre-pância de sua quantidade, qualidade ou identidade efetiva com a indicada na relação;

d.2) em caso de dúvida quanto à natureza ou à identidade de qualquer produto ou matéria--prima, o auditor fiscal, mediante as cautelas de praxe em coleta, encaminhamento e con-trole das amostras ou espécimes respecti-vos, poderá exigir da empresa responsável a apresentação de laudo técnico emitido por instituto ou laboratório oficial de análise;

e) concluída a conferência, o auditor fiscal assistirá in loco à operação de destruição dos bens integran-tes da relação, finda a qual lavrará, em 3 vias, o Termo de Verificação e visará ambas as vias da re-lação de bens, rubricando todas as suas folhas;

f) quando a destruição ocorrer fora do estabelecimen-to da empresa, esta emitirá nota fiscal para cober-tura dos bens no percurso, cuja 1ª via retornará ao estabelecimento;

g) mediante recibo passado nas 2ªs vias respectivas, o auditor fiscal fará entrega, ao interessado, das 1ªs vias da relação de bens e do Termo de Verificação, devendo aquele conservá-las em pasta especial no seu estabelecimento, à disposição da fiscalização.

(Parecer Normativo CST nº 65/1975)

5. PRodutoS oBJEto dE FuRto ou RouBoO contribuinte poderá efetuar a baixa no estoque de

produtos comprovadamente desaparecidos em decorrência de furto ou roubo, desde que estes estejam relacionados em documento fornecido por autoridade policial competente.

Atente-se que, nas mencionadas ocorrências, o contri-buinte deverá estornar o crédito do IPI relativo aos insumos empregados na fabricação dos produtos que tenham sido objeto de furto ou roubo.

(RIPI/2010, art. 254, IV; Parecer Normativo CST nº 112/1971)

5.1 ocorrências verificadas após a saída (produtos em trânsito)O critério de estorno de que trata o item anterior não se

aplica aos casos em que as ocorrências sejam verificadas após a saída do produto do estabelecimento industrial (produtos em trânsito).

Isso porque essas ocorrências (furto, roubo e eventos semelhantes, de produtos em trânsito) não extinguem o cré-dito tributário já constituído (débito lançado na nota fiscal), uma vez que já ocorreu o fato gerador do imposto.

(Parecer Normativo CST nº 95/1977)

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32-04 RJ Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 32 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

6. Falta dE PRodutoS no EStoQuE As diversas hipóteses de quebra ora examinadas são

aquelas cujas origens são comprovadas pelo contribuinte perante o Fisco, as quais não ensejam, portanto, lançamento do imposto (salvo quanto ao estorno do crédito a que nos referimos nos subitens 3.1 e 4.1).

Há que se observar, por outro lado, que o contribuinte eventualmente poderá se deparar com situações em que são apuradas diferenças de mercadorias no estoque em confronto com o livro modelo 3 ou controle equivalente, sem conhecimento das causas que deram origem a essas diferenças. A regularização dessa diferença deverá ser efetuada no momento em que for verificada, por meio de emissão de nota fiscal, com lançamento do IPI.

Nas mencionadas regularizações, os contribuintes deverão agir com as cautelas de praxe, inclusive comuni-cando o fato ao órgão competente da RFB da respectiva jurisdição, o qual poderá estabelecer outras exigências (além da emissão da nota fiscal) para lançamento do IPI e respectiva baixa no estoque relativa à diferença verificada.

(RIPI/2010, art. 182, caput, I, “o”, e II, “c”; Parecer Normativo CST nº 569/1971)

7. EFdOs contribuintes do IPI devem observar as disposições

contidas no Convênio ICMS nº 143/2006 e no Ajuste Sinief nº 2/2009, relativamente à Escrituração Fiscal Digital (EFD), além de outros atos que disciplinam a matéria, tais como o Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, que dispõe sobre as especifi-cações técnicas para a geração de arquivos da EFD, e os arts. 453 a 455 do RIPI/2010.

A EFD substitui a escrituração e impressão dos seguin-tes livros fiscais:

a) Registro de Entradas;b) Registro de Saídas;c) Registro de Inventário;d) Registro de Apuração do IPI;e) Registro de Apuração do ICMS; f) do documento Controle de Crédito de ICMS do Ativo

Permanente (Ciap), modelos “C” ou “D”; eg) Registro de Controle da Produção e do Estoque.

É importante observar que a escrituração do livro referido na letra “g” será obrigatória, apenas, a partir de 1º.01.2015.

Por outro lado, a cláusula vigésima segunda do Ajuste Sinief nº 2/2009 dispõe que se aplicam à EFD, no que couber:

a) as normas do Convênio Sinief s/nº, de 15.12.1970;b) a legislação tributária nacional e de cada Unidade

da Federação, inclusive no que se refere à aplica-ção de penalidades por infrações;

c) as normas do Ajuste Sinief nº 8/1997, o qual instituiu o documento destinado ao Ciap.

Para a apuração do IPI, deverão ser observadas as orientações constantes do Guia Prático da EFD, especial-mente quanto à utilização dos seguintes registros:

a) registro E500: período de apuração do IPI. Este registro deve ser apresentado pelos estabele-cimentos industriais ou equiparados, conforme dispõe o Regulamento do IPI, para identificação do(s) período(s) de apuração. O(s) período(s) informado(s) deve(m) abranger todo o período pre-visto no registro 0000;

b) registro E510: consolidação dos valores do IPI. Este registro deve ser preenchido com os valores conso-lidados do IPI, de acordo com o período informado no registro E500, tomando-se por base as informa-ções prestadas no registro C170 ou, nos casos de notas fiscais eletrônicas de emissão própria, no re-gistro C100. A consolidação se dará pela sumari-zação do valor contábil, base de cálculo e imposto relativo a todas as operações, conforme a combi-nação de CFOP e código da situação tributária do IPI (CST_IPI). As informações oriundas dos itens dos documentos fiscais - registro C170 ou do documento NF-e de emissão própria -, serão consideradas no período de apuração mensal, conforme preenchi-mento do campo IND_APUR. Chave do registro: CFOP e CST_IPI;

c) registro E520: apuração do IPI. Este registro deve ser preenchido para demonstração da apuração do IPI no período;

d) registro E530: ajustes da apuração do IPI. Este re-gistro deve ser apresentado para discriminar os ajustes lançados nos campos “Outros Débitos” e “Outros Créditos” do registro E520; e

e) registro E990: encerramento do bloco E. Este regis-tro destina-se a identificar o encerramento do bloco “E” e a informar a quantidade de linhas (registros) existentes no bloco.

(Ajuste Sinief nº 8/1997; Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; Convênio Sinief s/nº, de 1970; Convênio ICMS nº 143/2006; RIPI/2010, arts. 453 a 455; Guia Prático da EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.14, registro E500)

7.1 Estorno de crédito

O lançamento do estorno de crédito será feito mediante o preenchimento do registro E520 - Apuração do IPI (veja letra “c” do item precedente) -, item 05 - VL _OD _IPI - IPI - Valor de “Outros Débitos” do IPI (inclusive estornos de créditos), conforme reprodução do quadro a seguir:

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

05 VL_OD_IPI Valor de “Outros Débitos” do IPI (inclusive estornos de créditos) N - 02 O

Além do registro E520, deverá ser preenchido também o registro E530 (veja letra “d” do item precedente), para a descrição do valor lançado a título de estorno, conforme reprodução do quadro a seguir:

Page 9: IOB - ICMS/IPI - Rio de Janeiro - nº 32/2014 - 2ª Sem AgostoCalendário de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário EXTRA Anexo à Edição nº 32/2014 RJ 1 Rio de Janeiro

32-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 32 RJ

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

REGISTRO E530: AJUSTES DA APURAÇÃO DO IPI

Este registro deve ser apresentado para discriminar os ajustes lançados nos campos “Outros Débitos” e “Outros Créditos” do registro E520.

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig01 REG Texto fixo contendo “E530” C 004 - O02 IND_AJ Indicador do tipo de ajuste:

0 - Ajuste a débito;1 - Ajuste a crédito.

C 001* - O

03 VL_AJ Valor do ajuste N - 02 O04 COD_AJ Código do ajuste da apuração, conforme a Tabela indicada no item 4.5.4 C 003* O05 IND_DOC Indicador da origem do documento vinculado ao ajuste:

0 - Processo Judicial;1 - Processo Administrativo;2 - PER/DCOMP;9 – Outros.

C 001* - OC

06 NUM_DOC Número do documento/processo/declaração ao qual o ajuste está vinculado, se houver C - - OC07 DESCR_AJ Descrição detalhada do ajuste, com citação dos documentos fiscais C - - O

Observações:

Nível hierárquico - 4Ocorrência - 1:N por PeríodoCampo 01 - Valor válido: [E530]Campo 02 - Valores válidos: [0, 1]Campo 03 - Preenchimento: informar o valor dos ajustes lançados nos campos “Outros Débitos” e “Outros Cré-ditos” que não constam dos documentos fiscais, exceto no caso de transferência de crédito de IPI, con- forme o disposto na Instrução Normativa SRF nº 600/2005.Campo 04 - Validação: o valor informado no campo deve existir na Tabela de Ajustes da Apuração IPI, publicada pela RFB (Instrução Normativa RFB nº 1.009/2010).

Código Descrição Natureza (*) Detalhamento001 Estorno de débito C Valor do débito do IPI estornado002 Crédito recebido por transferência C Valor do crédito do IPI recebidos por transferência, de outro(s)

estabelecimento(s) da mesma empresa010 Crédito Presumido de IPI - Ressarcimento do

PIS/Pasep e daCofins - Lei nº 9.363/1996

C Valor do crédito presumido de IPI decorrente do ressarcimento do PIS/Pasep e da Cofins nas operações de exportação de produtos industriali-zados (Lei nº 9.363/1996, art. 1º)

011 Crédito Presumido de IPI -Ressarcimento do PIS/Pasep e daCofins - Lei nº 10.276/2001

C Valor do crédito presumido de IPI decorrente do ressarcimento do PIS/Pasep e da Cofins nas operações de exportação de produtos industriali-zados (Lei nº 10.276/2001, art. 1º)

012 Crédito Presumido de IPI -Regiões incentivadas - Lei nº9.826/1999

C Valor do crédito presumido relativo ao IPI incidente nas saídas, do esta-belecimento industrial, dos produtos classificados nas posições 8702 a 8704 da Tipi (Lei nº 9.826/1999, art. 1º)

013 Crédito Presumido de IPI - Frete- MP 2.158/2001

C Valor do crédito presumido de IPI relativamente à parcela do frete cobra-do pela prestação do serviço de transporte dos produtos classificados nos códigos 8433.53.00, 8433.59.1, 8701.10.00, 8701.30.00, 8701.90.00, 8702.10.00 Ex 01, 8702.90.90 Ex 01, 8703, 8704.2, 8704.3 e 87.06.00.20, da TIPI (MP nº 2.158/2001, art. 56)

019 Crédito Presumido do IPI - Outros C Outros valores de crédito presumido do IPI098 Créditos decorrentes de medida

JudicialC Valores de crédito do IPI decorrentes de medida judicial

099 Outros créditos D Valor de outros créditos do IPI101 Estorno de crédito D Valor do crédito do IPI estornado102 Transferência de crédito D Valor do crédito do IPI estornado103 Ressarcimento/compensação

de créditos do IPID Valor do crédito do IPI, solicitado junto à RFB/MF

199 Outros débitos D Valor de outros débitos do IPI

(*) Natureza: “C” - Crédito; “D” - Débito

Campo 05 - Valores válidos: [0, 1, 2, 9]

Campo 07 - Preenchimento: informar a descrição resumida do ajuste, incluindo, se for o caso, o período a que se refere o ajuste, especialmente quando se tratar de períodos de apuração anteriores.

(Guia Prático da EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.14, registros E520 e E530)

N

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32-06 RJ Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 32 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a Estadual

ICMS

Serviços de comunicação

1. IntRoduçãoOs serviços de comunicação, por qualquer meio, inclu-

sive a geração, emissão, recepção, transmissão, retransmis-são, repetição e ampliação de comunicação de qualquer natureza, estão dentro do campo de incidência do ICMS.

Entende-se por comunicação o ato ou efeito de gerar, emitir, transmitir, retransmitir, repetir, ampliar e receber men-sagens acerca de determinado ato ou fato mediante méto-dos ou processos convencionados, por meio da linguagem falada ou escrita, de outros sinais, sons, figuras, imagens, signos ou símbolos, bem como de aparelhamento técnico sonoro ou visual, a exemplo dos serviços de telefonia, telex, telegrafia, fax, radiodifusão sonora ou de imagens e televisão por assinatura, quando de caráter oneroso, isto é, sempre que a prestação consistir, por parte do prestador, em uma obrigação de fazer e, por parte do usuário do serviço, em uma obrigação de dar. Basta a existência de uma contraprestação, ainda que por via indireta, para se configurar a onerosidade na prestação. Privilegia-se, por conseguinte, o efeito do negócio, independentemente da declaração de vontades das partes.

Estão compreendidos no campo de incidência do ICMS os serviços cobrados a título de acesso, adesão, ativação, habilitação, disponibilidade, assinatura e utilização dos ser-viços, bem como os serviços suplementares e as facilidades adicionais que otimizem ou agilizem o processo de comunica-ção, independentemente da denominação que lhes seja dada.

O serviço de comunicação, tributável pelo ICMS, per-faz-se com a colocação à disposição do usuário dos meios e modos aptos à transmissão e à recepção de mensagens.

Já a prestação de telecomunicação não ocorre apenas quando se realiza a telecomunicação propriamente dita, mas abrange até mesmo sua disponibilização, estendendo--se a todo o conjunto de atividades a ela relacionado, o que implica computar na base de cálculo do imposto todas as facilidades e os serviços suplementares que agilizem ou otimizem o serviço de telecomunicação.

(CF/1988, art. 155, II; Lei Complementar nº 87/1996, art. 2º, III; RICMS-RJ/2000, Livro X; Parecer Normativo nº 1/2000)

2. oCoRRênCIa do Fato gERadoRNas prestações de serviços de comunicação de qual-

quer natureza, por qualquer processo, ocorre o fato gerador do ICMS no momento:

a) da prestação onerosa de serviço de comunicação, feita por qualquer meio, inclusive na geração, emis-são, transmissão, retransmissão, repetição, amplia-ção de comunicação de qualquer natureza;

b) recebimento, pelo destinatário, neste Estado, de ser-viço de comunicação prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;

c) da utilização, por contribuinte, de serviço cuja pres-tação tenha iniciado em outra Unidade da Federa-ção e não esteja vinculada a prestação subsequen-te alcançada pela incidência do imposto.

(RICMS-RJ/2000, Livro I, arts. 2º, III, parágrafo único, item 2, e 3º, VII e XI)

2.1 Pagamento por meio de ficha, cartão ou assemelhadoSendo o serviço de comunicação prestado mediante

ficha, cartão ou assemelhados, considera-se ocorrido o fato gerador no momento do fornecimento de ficha, cartão ou assemelhado, mesmo que a disponibilização se faça por meio eletrônico.

(RICMS-RJ/2000, Livro I, art. 3º, § 7º)

3. ISEnçãoSão isentas do ICMS:a) as prestações de serviços de comunicação, pelos

serviços locais de difusão sonora, ficando a fruição do benefício condicionada a que seja feita a divulga-ção, pela empresa de televisão ou de radiodifusão so-nora, de matéria aprovada pelo Conselho de Política Fazendária (Confaz), relativa ao ICMS, para informar e conscientizar a população, visando ao combate à sonegação desse imposto, sem ônus para o Erário;

b) as prestações de serviços utilizadas por órgãos da administração pública estadual direta, suas fun-dações e autarquias mantidas pelo Poder Público estadual e regidas por normas de direito público, devendo o benefício ser transferido aos beneficiá-rios, pela redução do valor da prestação, na quantia correspondente ao imposto dispensado;

c) a prestação de serviço de telecomunicação desti-nada a missões diplomáticas, repartições consula-res e representações de organismos internacionais, de caráter permanente, e respectivos funcionários estrangeiros indicados pelo Ministério das Rela-ções Exteriores.

(Decreto nº 27.815/2001)

4. ContRIBuIntEO contribuinte é qualquer pessoa física ou jurídica

que realize, com habitualidade, prestação de serviços de comunicação, ainda que se inicie no exterior.

É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade, seja destinatária de serviço de comunicação prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior.

(RICMS-RJ/2000, Livro I, art. 15, § 1º, item 7 e § 2º)

4.1 Contribuinte autônomoConsidera-se contribuinte autônomo cada estabele-

cimento produtor, extrator, gerador, inclusive de energia,

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32-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 32 RJ

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

industrial, comercial, importador ou prestador de serviço de transporte e de comunicação do mesmo contribuinte, ainda que as atividades sejam integradas e desenvolvidas no mesmo local.

(RICMS-RJ/2000, Livro I, art. 16)

5. loCal da PREStação do SERvIçoO local da prestação, para efeito de cobrança do ICMS

e da definição do estabelecimento responsável, é:a) o da prestação do serviço de radiodifusão sonora e

de som e imagem, assim entendido o da geração, emissão, transmissão, retransmissão, repetição, ampliação;

b) o do estabelecimento da concessionária ou da per-missionária que forneça ficha, cartão ou asseme-lhados necessários à prestação do serviço;

c) o do estabelecimento destinatário ou receptor do serviço, neste Estado, no caso de utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação tenha sido iniciada em outra Unidade da Federação e não esteja vinculada a operação ou prestação subse-quente;

d) o do estabelecimento ou o do domicílio do destina-tário, tratando-se de serviço prestado ou iniciado no exterior;

e) o do estabelecimento ou o do domicílio do tomador do serviço, quando prestado por meio de satélite;

f) onde seja cobrado o serviço, nos demais casos.

(RICMS-RJ/2000, Livro I, art. 23, II, itens 2 e 3)

5.1 Serviços não medidos que envolvam diferentes EstadosNas prestações de serviços de telecomunicações

realizadas mediante cessão onerosa de meios das redes de telecomunicações a outras operadoras relacionadas no Ato Cotepe/ICMS nº 13/2013, nos casos em que a cessionária não se constitua usuário final, observar-se-á, ainda, o dis-posto no art. 27 do Livro X do RICMS-RJ/2000.

Nas prestações de serviços não medidos, as quais envolvam localidades situadas em diferentes Unidades da Federação e cujo preço seja cobrado por períodos defini-dos, o imposto devido será recolhido em partes iguais para as Unidades da Federação onde estiverem localizados o prestador e o tomador.

(RICMS-RJ/2000, Livro I, art. 23, § 3º)

6. BaSE dE CálCuloA base de cálculo do imposto, na prestação de serviço

de comunicação, é:a) na utilização, por contribuinte, de serviço cuja pres-

tação tenha se iniciado em outra Unidade da Fede-ração e não esteja vinculada a operação ou pres-tação subsequente alcançada pela incidência do ICMS, o valor da prestação do serviço, sendo o im-posto a pagar resultante da aplicação, sobre a base de cálculo, do percentual equivalente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual;

b) nas prestações onerosas de serviço de comunica-ção por qualquer meio, e no recebimento de ser-viço prestado no exterior, o valor da prestação do serviço, acrescido, se for o caso, de todos os en-cargos relacionados com a sua utilização.

(RICMS-RJ/2000, Livro I, art. 4º, VII e X)

6.1 Cálculo do ICMS “por dentro”O valor do imposto integra a sua própria base de cál-

culo, constituindo o destaque do seu valor no documento fiscal mera indicação para fins de controle.

Portanto, para a determinação da base de cálculo do ICMS, o contribuinte deverá incluir o ICMS “por dentro”, de forma que o valor do imposto será calculado pela aplicação da respectiva alíquota sobre a sua base de cálculo, que terá em sua composição o valor do ICMS.

(RICMS-RJ/2000, Livro I, art. 5º, I)

6.2 valores integrantes da base de cálculoIncluem-se na base de cálculo do ICMS os valores cor-

respondentes a serviços da mesma natureza cobrados a título de acesso, adesão, ativação, habilitação, disponibilidade, assinatura e utilização dos serviços, bem como aqueles relativos a serviços suplementares e facilidades adicionais que otimizem ou agilizem o processo de comunicação, inde-pendentemente da denominação que lhes seja dada.

Nota

A Súmula nº 350 do Superior Tribunal de Justiça prevê que “O ICMS não incide sobre o serviço de habilitação de telefone celular. (Súmula 350, Primeira Seção, julgado em 11.06.2008, DJe 19.06.2008)”.

(RICMS-RJ/2000, Livro X, art. 26)

6.3 Redução da base de cálculoAbordaremos a seguir as hipóteses estabelecidas na

legislação de redução da base de cálculo, que variam de acordo com a modalidade de serviço de comunicação.

É reduzida a base de cálculo do ICMS nas prestações dos seguintes serviços de comunicação:

a) nas chamadas franqueadas do serviço telefônico público - serviço 0800/800, utilizado por centro de atendimento ao cliente (call center), localizado no in-terior do Estado do Rio de Janeiro, assim entendido o que se situa fora da região metropolitana, de forma que a carga tributária resulte no percentual de 15%;

Nota

A legislação fluminense, pelo Decreto nº 26.275/2000, considera chamada franqueada a que é completada sem interceptação, destinada a assinante do serviço público telefônico responsável pelo seu pagamento, conforme contrato específico celebrado entre o assinante e a prestadora do serviço de telecomunicação, e que se realiza mediante atribuição de número característico associado à linha telefônica, com prefixo 0800 ou 800.

b) radiochamada, de tal forma que a incidência do im-posto resulte em uma carga tributária de 10% e:b.1) que pode se debitar do imposto pela aplica-

ção direta da alíquota efetiva (carga tributá-ria) sobre o valor cobrado;

b.2) a redução da base de cálculo seja aplica-da, opcionalmente, pelo contribuinte, em substituição ao sistema normal de compen-

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32-08 RJ Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 32 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

sação do imposto (débito/crédito), hipóte-se em que deverá renunciar à utilização de quaisquer créditos fiscais;

b.3) a opção a que se refere a letra “b.1”, anterior, será feita para cada ano civil;

c) televisão por assinatura, de tal forma que a incidência do imposto resulte em uma carga tributária de 10% e:c.1) a redução da base de cálculo seja aplicada,

opcionalmente, pelo contribuinte, em subs-tituição ao sistema de compensação do im-posto (débito/crédito), hipótese em que deve-rá renunciar à utilização de quaisquer crédi-tos fiscais, no período considerado;

c.2) o contribuinte fique obrigado ao cumprimento regular da obrigação tributária principal;

c.3) o descumprimento da condição prevista na le-tra “c.2”, anterior, implicará a perda do bene-fício a partir do mês subsequente àquele em que se verificar o inadimplemento, ficando a re-abilitação à fruição do benefício condicionada ao recolhimento do débito fiscal remanescente ou ao pedido de seu parcelamento, a partir do mês subsequente ao da regularização;

c.4) que pode se debitar do imposto pela aplica-ção direta da alíquota efetiva (carga tributá-ria) sobre o valor cobrado.

(RICMS-RJ/2000, Livro X, arts. 1º, 2º e 6º; Decreto nº 27.815/2001)

7. alíQuotaSAs alíquotas aplicáveis na prestação de serviço de

comunicação são:a) 25%, nas prestações internas;b) 15%, nas prestações de serviços de comunicação

iniciadas ou prestadas no exterior;c) nas prestações interestaduais de comunicação a

contribuintes do imposto, localizados:c.1) nas Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e

no Estado do Espírito Santo - 7%;c.2) nas demais regiões - 12%.

(Lei nº 2.657/1996, art. 14, III, VIII; RICMS-RJ/2000, Livro I, art. 14, III, VIII)

7.1 Fundo Estadual de Combate à Pobreza e às desigualdades Sociais (FECP)Nas prestações de serviço de comunicação, o contri-

buinte deverá acrescentar à alíquota atualmente vigente o percentual de 2% relativos ao FECP, acrescidos de 2%, a partir do exercício de 2012.

A parcela do adicional correspondente ao FECP tam-bém será paga na operação ou prestação de importação, no cálculo do diferencial de alíquotas e no repasse do imposto relativo a combustíveis derivados de petróleo provenientes de outras Unidades da Federação.

Observa-se que não será aplicado o FECP nas presta-ções com consumo residencial de telefonia fixa, até o valor de uma vez e meia a tarifa básica.

(Lei nº 4.056/2002, art. 2º, I, “g” e II; Resolução SEF nº 6.556/2003, art. 5º; Lei Complementar nº 151/2013, art. 1º)

7.2 dIFEREnça dE alíQuotaSOs contribuintes estão sujeitos ao pagamento do

diferencial de alíquotas em relação aos serviços de comuni-cação, e o fato gerador do imposto ocorre no momento da recepção do serviço de comunicação cuja prestação tenha iniciado em outra Unidade da Federação, quando o serviço não estiver vinculado à prestação subsequente.

(RICMS-RJ/2000, Livro I, art. 14, V)

8. CRédItoConstitui crédito fiscal, para fins de cálculo do ICMS

a recolher, o valor do imposto referente aos serviços de comunicação utilizados pelo estabelecimento:

a) quando tenham sido prestados na execução de serviços da mesma natureza;

b) quando sua utilização resultar em prestação para o ex-terior na proporção desta sobre as prestações totais;

c) a partir de 1º.01.2020, nas hipóteses de recebimen-to de serviços de comunicação utilizados pelos es-tabelecimentos não indicados anteriormente.

(Lei Complementar nº 87/1996, art. 33, IV; RICMS-RJ/2000, Li-vro I, art. 63, III; Lei nº 2.657/1996, art. 3º)

9. REgIME ESPECIal dE tRIButaçãoAs empresas prestadoras de serviços de telecomuni-

cação, indicadas no Ato Cotepe, adotarão regime especial de tributação do ICMS incidente sobre as prestações de serviços de telecomunicações.

(Convênio ICMS nº 126/1998; RICMS-RJ/2000, Livro X, arts. 8º a 14 e 26 a 37)

10. SERvIçoS não MEdIdoS dE tElEvISão PoR aSSInatuRa vIa SatélItENa prestação de serviços não medidos de televisão por

assinatura, via satélite, cujo preço do serviço seja cobrado por períodos definidos, efetuada a tomador localizado em Unidade da Federação distinta daquela em que estiver localizado o prestador, serão adotados os procedimentos para operaciona-lização previstos no Convênio ICMS nº 52/2005, pelo qual a base de cálculo do ICMS devido a cada Unidade da Federação corresponde a 50% do preço cobrado do assinante.

(Convênio ICMS nº 52/2005 e Portaria ST nº 225/2005)

11. SERvIçoS não MEdIdoS dE PRovIMEnto dE aCESSo à IntERnEtNa prestação de serviços não medidos de provimento de

acesso à Internet, cujo preço do serviço seja cobrado por pe-ríodos definidos, efetuada a tomador localizado em Unidade da Federação distinta daquela em que estiver localizado o prestador, serão adotados os procedimentos para opera-cionalização previstos no Convênio ICMS nº 53/2005, pelo qual a base de cálculo do ICMS devido a cada Unidade da Federação corresponde a 50% do preço cobrado do tomador.

(Convênio ICMS nº 53/2005; Portaria ST nº 225/2005)

12. outRoS SERvIçoS dE CoMunICaçãoOs prestadores de serviços de comunicação das

modalidades relacionadas no parágrafo único da cláu-sula primeira do Convênio ICMS nº 113/2004 deverão

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32-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 32 RJ

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

inscrever-se nas Unidades da Federação de situação dos destinatários dos serviços, sendo facultada, a critério da autoridade fazendária competente:

a) a indicação do endereço e do CNPJ de sua sede, para fins de inscrição;

b) a escrituração fiscal e a manutenção de livros e do-cumentos no estabelecimento referido na letra “a”;

c) a exigência de indicação de representante legal do-miciliado no Estado do Rio de Janeiro.

NotaOs serviços constantes da cláusula primeira do Convênio ICMS nº

113/2004 são:a) serviço telefônico fixo comutado (STFC);b) serviço móvel pessoal (SMP);c) serviço móvel celular (SMC);d) serviço de comunicação multimídia (SCM);e) serviço móvel especializado (SME);f) serviço móvel global por satélite (SMGS);g) serviço de distribuição de sinais de televisão e de áudio por assina-

tura via satélite (DTH);h) serviço limitado especializado (SLE);i) serviço de rede de transporte de telecomunicações (SRTT);j) serviço de conexão à internet (SCI).

(Convênio ICMS nº 113/2004 e Portaria ST n°176/2005)

13. ModalIdadES PRé-PagaS dE PREStaçõES dE SERvIçoSNo caso de serviço de telecomunicações prestado

mediante ficha, cartão ou assemelhados, por ocasião da entrega, real ou simbólica, a terceiro para fornecimento a usuário, mesmo que a disponibilização seja por meio eletrô-nico, a empresa prestadora de serviço de telecomunicações emitirá a Nota Fiscal de Serviço de Telecomunicações (NFST), modelo 22, com destaque do valor do imposto devido, calcu-lado com base no valor tarifário vigente nessa data.

A regra anteriormente descrita também se aplica à remessa a estabelecimento da mesma empresa prestadora de serviço de telecomunicações localizada neste Estado, para fornecimento ao usuário do serviço.

Nas operações interestaduais, entre estabelecimentos de empresas prestadoras de serviço de telecomunicações, será emitida nota fiscal, com destaque do valor do ICMS devido, calculado com base no valor de aquisição mais recente do meio físico.

(RICMS-RJ/2000, Livro X, art. 12)

14. REColhIMEnto do IMPoStoO recolhimento do ICMS será efetuado até o dia 10 do

mês subsequente ao da ocorrência dos fatos geradores pelos estabelecimentos inscritos na condição de contri-buintes normais sujeitos ao regime normal de apuração do imposto.

(Resolução SEF nº 2.715/1996, art. 9º, III)

14.1 Contribuintes de grande porteO imposto devido pelos contribuintes vinculados à IFE-

99.00 (contribuintes de grande porte) deverá ser recolhido até o dia 5 do mês subsequente ao do período de apuração.

(Decreto nº 27.615/2000, art. 1º)

14.2 Serviço de televisão por assinaturaO ICMS devido pelas empresas prestadoras de serviço

de televisão por assinatura deverá ser recolhido até o dia 10 do mês subsequente àquele a que se referir a cobrança.

(RICMS-RJ/2000, Livro X, art. 4º)

14.3 Serviços de telecomunicaçõesO imposto devido por todos os estabelecimentos de

empresa prestadora de serviço de telecomunicações será apurado e recolhido até o dia 5 do mês subsequente ao da emissão do documento fiscal, ressalvadas as hipóteses em que é exigido o recolhimento do imposto de forma especial.

Os contribuintes acima, na impossibilidade de apura-rem o valor do imposto devido no prazo fixado, neste mesmo prazo, devem efetuar o recolhimento de parcela correspon-dente a, no mínimo, 95% do imposto apurado na linha 013 - “Saldo Devedor” do livro RAICMS do período imediatamente anterior, deduzido do percentual relativo ao FECP apurado nesse mesmo mês, efetuando-se o devido recolhimento complementar até o dia 15 do mesmo mês, se houver.

(RICMS-RJ/2000, Livro X, art. 9º)

15. EMISSão ConJunta dE notaS FISCaIS dE SERvIçoS dE tElECoMunICaçõES (nFSt) E SERvIço dE CoMunICação (nFSC)As empresas de telecomunicação ficam autorizadas a

imprimir suas NFST e NFSC conjuntamente com as de outras empresas de telecomunicação, em um único documento de cobrança, devendo ser observados os procedimentos previstos no Convênio ICMS nº 126/1998.

As empresas que desejarem adotar o procedimento deste item deverão apresentar, conjunta e previamente, comunicação à repartição fiscal a que estiverem vinculadas, ficando autorizadas a adotá-lo a partir do mês subsequente ao da comunicação.

A adoção do procedimento refere-se tão somente à impressão conjunta da NFST e da NFSC, devendo cada uma das operadoras de per si pagar o ICMS relativo às suas prestações.

Cada operadora deve emitir NFST relativamente às suas próprias prestações e escriturá-las nos seus respec-tivos livros fiscais.

(RICMS-RJ/2000, Livro X, art. 29)

16. InFRaçõES E PEnalIdadESO descumprimento de obrigações tributárias, principal

ou acessórias, instituídas pela legislação do ICMS sujeita o infrator às penalidades relacionadas nos arts. 60 a 66 da Lei nº 2.657/1996.

É importante, ainda, que o contribuinte conheça as regras gerais para aplicação das penalidades abordadas nos arts. 67 a 67-D da referida lei e a possibilidade de se excluir da responsabilidade por infrações por meio da denún-cia espontânea da infração, antes de qualquer procedimento fiscal, desde que seja pago o tributo devido, com seu valor atualizado monetariamente e os acréscimos moratórios.

(Lei nº 2.657/1996, arts. 60 a 68)

N

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32-10 RJ Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 32 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ESTAduAl

Defesa - ICMS - Tratamento tributário especial concedido ao estabelecimento industrial

O estabelecimento industrial do setor de defesa, locali-zado no Estado do Rio de Janeiro, tem tratamento tributário especial nas operações de saída interna que realizar com os produtos a seguir relacionados:

Mercadoria NCMAGLS 9013.10.10Alça Óptica 9013.10.90Antena 8525.80.29Canhão 40 mm 9301.10.00Colimador 9301.10.00Coral CR 8525.80.13Equipamento de Visão Noturna 8525.80.22Lançador de Exocet 9301.20.00Lançador de Foguetes 9301.20.00LIZ 8525.80.13Loris 8525.80.13Luneta Panorâmica 9013.10.10MARS 8525.80.12Mini Coral 8525.80.13Mini Epotris 8525.80.29Movin 9013.10.10Oasis 8801.00.00Partes do Canhão 9305.91.00P-ITMSS 9301.20.00Projetor de Convôo 8539.49.00Remax 8710.00.00Sistema de Lançador de Torpedo 9301.20.00SOP 8530.80.90

Mercadoria NCMTORC 30 8710.00.00Corced 8710.00.00Diane 8479.50.00

O referido tratamento concede redução de base de cál-culo do ICMS, de forma que a incidência do imposto resulte no percentual de 12%, já incluída a parcela de 1% destinada ao Fundo Estadual de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP). Para isso, o contribuinte interessado deverá protocolar comunicado de sua adesão na inspetoria ou repar-tição fiscal de sua circunscrição, podendo utilizá-lo a partir do 1º dia útil do mês subsequente ao do protocolo.

Observa-se que o estabelecimento perderá o direito a este tratamento tributário especial, se durante a sua fruição se enquadrar em uma das seguintes situações:

a) esteja irregular no Cadastro Fiscal do Estado do Rio de Janeiro;

b) tenha débito para com a Fazenda Estadual, salvo se suspensa sua exigibilidade na forma do art. 151 do Código Tributário Nacional;

c) participe ou tenha sócio que participe de empresa com débito inscrito na Dívida Ativa do Estado do Rio de Janeiro ou com inscrição estadual cancela-da ou suspensa em consequência de irregularida-de fiscal, salvo se suspensa sua exigibilidade na forma do art. 151 do Código Tributário Nacional;

d) esteja irregular ou inadimplente com parcelamento de débitos fiscais de que seja beneficiário no Esta-do do Rio de Janeiro;

e) tenha passivo ambiental não equacionado junto aos órgãos estaduais competentes.

(Decreto nº 44.677/2014)

N

a IOB Setorial

a IOB Comenta

FEdERAl

Importação - Transporte de mercadoria a granel

O transporte de mercadoria a granel exige comparti-mento adequado no veículo que conduz a mercadoria de determinado local para outro, em suas várias modalidades, tais como o rodoviário, o ferroviário e o marítimo.

Sob esse aspecto, é denominado graneleiro, por exem-plo, o veículo construído especialmente para transporte de cargas a granel, como: vagão graneleiro, navio graneleiro e outros da mesma espécie.

Além do aspecto físico do veículo, a acomodação da carga também deve ser feita em recipiente adequado, deno-

minado “container”, que significa: contentor, grande caixa ou recipiente metálico no qual a mercadoria é colocada (estu-fada ou ovada), após o que o mesmo é fechado sob lacre (lacrado) e transportado no porão e/ou convés de navio para ser aberto (desovado) no porto ou local de destino.

A descarga direta e o despacho aduaneiro de mercadoria importada a granel, em portos e pontos de fronteira alfande-gados, serão processados de acordo com os procedimentos especificados na Instrução Normativa RFB nº 1.282/2012.

Portanto, o despacho aduaneiro de mercadoria impor-tada a granel com descarga direta será processado com base em Declaração de Importação (DI), na modalidade de registro antecipado.

A mercadoria importada a granel poderá ser descar-regada do veículo procedente do exterior diretamente para

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32-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 32 RJ

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

IPIDCP - Assinatura digital - Exigência

1) A entrega do Demonstrativo de Crédito Presumido (DCP) deverá ser assinada digitalmente? A partir de quando?

Sim. É obrigatória a assinatura digital efetivada me-diante a utilização de certificado digital válido para a entrega do DCP de IPI para fatos geradores ocorridos a partir do trimestre de abril a junho/2010.

(Instrução Normativa RFB nº 969/2009, art. 1º, caput, XVIII)

Denúncia espontânea - Efeitos

2) A apresentação de denúncia espontânea ao Fisco dispensa o recolhimento do IPI?

O contribuinte não fica dispensado do recolhimento do IPI, bem como de seus acréscimos legais, se devidos.

A apresentação de denúncia dispensa o contribuinte do pagamento de multas punitivas pela infração come-tida.

(RIPI/2010, art. 568)

pátios, tanques, silos ou depósitos de armazenamento, ou para outros veículos, sob controle aduaneiro.

A descarga direta para outros veículos ou armazena-mento em recinto não alfandegado deverá ser comunicada ao titular da unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) que jurisdiciona o local da descarga, com antecedência mínima de 2 dias úteis à data da descarga, acompanhada:

a) da anuência ou manifestação da autoridade com-petente, no caso de mercadoria sujeita a controle de outro órgão; e

b) de manifestação dos respectivos permissionários ou concessionários, atestando a incapacidade de recepção da mercadoria, na hipótese de existência, no porto alfandegado de descarga, de recintos al-fandegados para armazenagem do correspondente tipo de carga a granel.

A descarga direta estará automaticamente autorizada com a protocolização da comunicação referida, exceto para os importadores que tenham sido notificados quanto a descumprimento de prazos ou formalidades, em operações anteriores.

Depois de formalizada a entrada do veículo transpor-tador, a presença de carga será informada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) pelo:

a) responsável pelo local alfandegado de descarga; oub) importador, por meio do Número Identificador da

Carga (NIC), nos casos de descarga direta para outros veículos ou armazenamento em recintos não alfandegados.

A entrega da mercadoria objeto de descarga direta e seu uso pelo importador, antes do desembaraço aduaneiro, estará automaticamente autorizada mediante a protocoli-zação da comunicação emitida pelo técnico responsável, indicando a data e a hora:

a) do término dos trabalhos de apuração das quanti-dades a bordo do veículo transportador ou no local de armazenagem; e

b) da retirada de amostras, quando solicitadas.

O desembaraço aduaneiro no Siscomex será realizado após a entrega dos documentos de instrução do despacho e da retificação da DI.

Os documentos deverão ser apresentados no prazo de 20 dias, contados do término da descarga da mercadoria. No caso de importação de petróleo e seus derivados e de gás natural e seus derivados, esse prazo será de 50 dias.

Para as importações de petróleo e de gás natural e seus derivados, as indicações do lugar de destino e do preço do frete devem ser efetuadas pelo transportador no Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) informado à RFB, por meio do Siscomex Carga, em caso de ausência dessas informações na via original do conhecimento de transporte.

A mensuração da quantidade de mercadoria descarre-gada será conduzida pela fiscalização, que poderá recorrer aos serviços prestados por peritos ou entidades privadas, especializadas, regularmente credenciadas pelas unidades locais da RFB, observados os critérios estabelecidos na norma específica que dispõe sobre a prestação de serviço de perícia para identificação e quantificação de mercadoria importada ou a exportar.

Fica dispensada a retificação da DI na hipótese de falta de mercadoria descarregada, relativamente à quantidade manifestada, exceto quando:

a) a retificação for decorrente de falta superior a 5% em relação ao peso manifestado ou envolver altera-ção do valor cambial contratado; ou

b) houver interesse justificado do importador em pro-ceder a retificação.

Na hipótese de retificação da DI, o importador deverá apresentar à unidade local da RFB responsável pelo despa-cho aduaneiro os documentos justificativos e, quando for o caso, o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) que comprove o recolhimento da diferença de impos-tos apurada, com os acréscimos legais previstos para os recolhimentos espontâneos, no prazo de 20 dias, contados do término da descarga da mercadoria.

Observe-se, ainda, que a diferença de imposto apurada pela fiscalização aduaneira, em procedimento de ofício, depois de decorrido o prazo mencionado, bem como aque-las apuradas no curso do despacho aduaneiro, em razão de outras irregularidades constatadas, estarão sujeitas às penalidades previstas na legislação.

(Instrução Normativa RFB nº 1.282/2012)

N

a IOB Perguntas e Respostas

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32-12 RJ Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 32 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Depósito fechado - Conceito

3) Qual o conceito de depósito fechado?Na interpretação e aplicação do RIPI/2010, depósito

fechado:a) é aquele em que não se realizam vendas, mas ape-

nas entregas por ordem do depositante dos produ-tos; e

b) é a área externa, delimitada, de estabelecimento fa-bricante de veículos automóveis.

(RIPI/2010, art. 609, caput, VII e VIII)

ICMS/RJ

Serviço de comunicação - Cartão telefônico

5) Como escriturar a nota fiscal referente à aquisição de cartões telefônicos para que a empresa revendedora destes se aproveite do crédito do ICMS na entrada e de-bite na saída?

Cartão telefônico é serviço de telecomunicação, cuja prestação é privativa das empresas operadoras autorizadas pela Anatel. Logo, não se pode falar em “revender” cartão telefônico, uma vez que somente as operadoras o podem

fazê-lo. Quando da venda de cartão telefônico pela opera-dora (empresa prestadora de serviço de telecomunicação), o ICMS é integralmente pago pela prestadora.

(RICMS-RJ/2000, Livro X, art. 12)

Serviço de telecomunicações - Impossibilidade de recolhimento

6) Qual o procedimento na impossibilidade de apu-rar o imposto no prazo estipulado para recolhimento dos estabelecimentos da empresa prestadora de serviço de telecomunicações?

As empresas de telecomunicações devem apurar e recolher o imposto de todos os estabelecimentos até o dia 5 do mês subsequente ao da emissão da nota fiscal. Ocorrendo a impossibilidade de apurar o imposto no prazo fixado, deverá recolher no mesmo prazo no mínimo 95% do imposto apurado na linha 013 – “Saldo Devedor” do livro de apuração RAICMS do período imediatamente anterior, deduzindo o percentual do FECP apurado no mesmo mês. O débito remanescente, se houver, deverá ser recolhido até o dia 15 do mesmo mês.

(RICMS-RJ/2000, Livro X, art. 9º, caput e § 1º)