15
Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Conserto, restauração ou recondicionamento de produtos usados a ICMS - Substituição tributária nas operações com pneumáticos, câmaras de ar e protetores de borracha ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 28/2016 Rondônia / a Federal IPI Bens do Ativo Imobilizado 01 / a Estadual ICMS Substituição tributária nas operações com veículos de 2 e 3 rodas 05 / a IOB Setorial Municipal (Porto Velho) Bancário - ISSQN - Hipótese de incidência do imposto nas atividades bancárias 10 / a IOB Comenta Federal ICMS/IPI - Sped - EFD - Bloco K - Exigência a partir de 1º012017 11 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Ativo Imobilizado - Venda - Hipótese de incidência 12 Crédito fiscal - Insumos aplicados na industrialização de produtos não tributados - Impossibilidade 13 ICMS/RO Crédito fiscal - Cisão, incorporação ou fusão - Livros fiscais 13

IOB - ICMS/IPI - Rondônia - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

  • Upload
    sintese

  • View
    234

  • Download
    2

Embed Size (px)

DESCRIPTION

IOB ICMS-IPI, Rondonia,28-2016,2a Sem Julho

Citation preview

Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico

Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Conserto, restauração ou recondicionamento de produtos usados

a ICMS - Substituição tributária nas operações com pneumáticos, câmaras de ar e protetores de borracha

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 28/2016

Rondônia

/a FederalIPIBens do Ativo Imobilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSSubstituição tributária nas operações com veículos de 2 e 3 rodas . . . 05

/a IOB SetorialMunicipal (Porto Velho)Bancário - ISSQN - Hipótese de incidência do imposto nas atividades bancárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

/a IOB ComentaFederalICMS/IPI - Sped - EFD - Bloco K - Exigência a partir de 1º .01 .2017 . . . 11

/a IOB Perguntas e RespostasIPIAtivo Imobilizado - Venda - Hipótese de incidência . . . . . . . . . . . . . 12Crédito fiscal - Insumos aplicados na industrialização de produtos não tributados - Impossibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

ICMS/ROCrédito fiscal - Cisão, incorporação ou fusão - Livros fiscais . . . . . . . 13

© 2016 by SAGE | IOB

Capa:Marketing SAGE | IOB

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial SAGE | IOB

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : bens do ativo imobilizado.... -- 12. ed. -- São Paulo : Sage - IOB, 2016. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2750-2

1. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 2. Tributos - Brasil I. Série.

16-04458 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

28-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 RO

a Federal

IPI

Bens do Ativo Imobilizado SUMÁRIO 1. Introdução 2. Origem dos bens 3. Incorporação dos bens 4. Bens destinados à execução de serviços pelo

remetente 5. Bens destinados a locação ou arrendamento 6. Suspensão 7. Bens importados diretamente pelo contribuinte 8. Bens de fabricação própria 9. Crédito fiscal 10. Solução de Consulta RFB

1. INTRODUÇÃO

Examinaremos, neste texto, os aspectos fiscais aplicáveis às saídas, promovidas pelo estabelecimento industrial ou equiparado a industrial, de bens adquiridos para integrar o Ativo Imobilizado (máquinas, aparelhos, equipamentos, móveis, utensílios, etc.).

Embora a matéria esteja voltada exclu-sivamente à análise de disposições pertinentes ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), aplicáveis às saídas dos referidos bens, destaca-se, de imediato, que a citada legislação, em contraste com a do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), não admite o crédito do imposto pago na entrada de bens destinados a integrar o Ativo Imobilizado.

Contudo, se o bem vier a ficar sujeito à inci-dência do imposto por ocasião de sua eventual saída, nesse momento o contribuinte poderá apro-priar o crédito correspondente à respectiva entrada (examinar item 9).

Cabe ainda acrescentar que, em conformidade com o art. 178, caput, § 1º, da Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A), no balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. No Ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

a) Ativo Circulante; e

b) Ativo Não Circulante, composto por Ativo Rea- lizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobili-zado e Intangível.

Portanto, a partir da publicação da Lei nº 11.941/2009, que deu nova

redação aos dispositivos citados, ficou suprimida a expressão “Ativo Permanente” das con-tas do Ativo, prevalecendo, atualmente, dentro do grupo “Ativo não Circulante” a conta

“Imobilizado”.

(Lei nº 6.404/1976, art. 178, caput, § 1º; Lei nº 11.941/2009; RIPI/2010, arts. 225 e 226, I)

2. ORIGEM DOS BENS

O contribuinte que promover eventuais saídas de bens incorporados ao Ativo Imobilizado (venda, transferência, etc.) deve, desde logo, verificar qual a sua origem, ou seja, se foram adquiridos no mercado interno, produzidos pelo próprio estabelecimento ou importados diretamente por este.

Isso porque é a origem do bem que definirá as implicações fiscais decorrentes da realização des-sas operações, conforme focalizado nos subitens seguintes.

No balanço, as contas

serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo

a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira

da companhia

28-02 RO Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

2.1 Bens adquiridos no mercado interno

Quando determinado contribuinte adquire, no mercado interno, bens (de fabricação nacional ou de origem estrangeira) destinados a integrar o Ativo Imobilizado e, posteriormente, promove a saída desses bens, nenhuma implicação haverá perante a legislação do IPI, por se tratar de operação que está fora do campo de incidência do referido tributo, já que os bens não foram fabricados nem importados pelo estabelecimento.

2.2 Bens de fabricação própria ou importados diretamente pelo estabelecimento

Tratando-se de bens do Ativo Imobilizado que tenham sido fabricados pelo próprio estabelecimento ou por ele diretamente importados, a saída poderá sujeitar-se ao pagamento do imposto.

Essa afirmativa resulta da aplicação do disposto no Regulamento do IPI (RIPI), art. 35, II, combinado com o art. 39, os quais dispõem que o fato gerador do imposto é configurado pela saída do produto indus-trializado ou importado do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial, independentemente da finalidade do produto e do título jurídico da operação (venda, empréstimo, etc.).

Como se verifica, o fato de se tratar de bens do Ativo Imobilizado da empresa (de fabricação própria ou importados diretamente), por si só, não é suficiente para excluir a incidência do IPI por ocasião de sua eventual saída.

Em tais operações, a exclusão ou não da inci-dência do IPI (bem como a suspensão do seu paga-mento) dependerá:

a) do tempo de incorporação do bem (item 3);

b) de ser ou não a primeira saída do bem (itens 4 e 5).

(RIPI/2010, arts. 35, II, e 39)

3. INCORPORAÇÃO DOS BENS

3.1 Bens incorporados há mais de 5 anos

Não constituem fato gerador do IPI as saídas de bens incorporados há mais de 5 anos no Ativo Imobilizado pelo estabelecimento industrial, ou equi-parado a industrial, que os tenha industrializado ou importado diretamente.

(RIPI/2010, art. 38, III)

3.2 Bens incorporados há menos de 5 anos

Do exposto no item anterior observa-se que a condição para que a operação não fique sujeita ao IPI é que o bem esteja incorporado no Ativo Imobilizado há mais de 5 anos.

Logo, não sendo satisfeita essa exigência, a saída será tributada, qualquer que seja a finalidade ou o título jurídico da operação, ressalvadas, contudo, as operações a que nos referimos nos itens 4, 6 e 7.

(RIPI/2010, art. 38, III, a contrario sensu)

4. BENS DESTINADOS À EXECUÇÃO DE SERVIÇOS PELO REMETENTE

Nos termos do RIPI, art. 38, II, “b”, não constituem fato gerador do IPI as saídas subsequentes à primeira, de bens do Ativo Imobilizado (de fabricação própria ou diretamente importados), destinados à execução de serviços pelo próprio remetente.

(RIPI/2010, art. 38, II, “b”)

5. BENS DESTINADOS A LOCAÇÃO OU ARRENDAMENTO

As saídas de bens destinados a locação ou arren-damento, quando eles tenham sido fabricados (ou importados) pelo locador ou arrendador, sujeitam-se normalmente à incidência do IPI, já que o título jurídico da operação (venda, locação, comodato, etc.) é irre-levante para efeito de caracterização do fato gerador.

Todavia, a incidência do imposto nessas opera-ções fica limitada somente à primeira saída.

As saídas subsequentes não se sujeitam ao lançamento do imposto, na forma do RIPI, art. 38, II, “a”, salvo se o bem tiver sido submetido à nova industrialização.

(RIPI/2010, art. 38, II, “a”)

6. SUSPENSÃO

6.1 Transferência

Poderão sair com suspensão do IPI os bens do Ativo Imobilizado (máquinas e equipamentos, apare-lhos, instrumentos, utensílios, ferramentas, gabaritos, moldes, matrizes e semelhantes) remetidos pelo estabelecimento industrial a outro estabelecimento da mesma empresa para serem utilizados no processo industrial do recebedor.

28-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 RO

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

O remetente deverá emitir nota fiscal, que deverá conter, além dos requisitos regulamentares normal-mente exigidos, a seguinte expressão: “Saída com suspensão do IPI - art. 43, XI, do RIPI/2010”.

(RIPI/2010, arts. 43, XI, e 415, III)

6.2 Remessa para industrialização

A legislação do IPI também prevê a suspensão do imposto nas saídas de bens do Ativo Imobilizado enviados pelo estabelecimento industrial a outro estabelecimento, do próprio remetente ou de ter-ceiros, para serem utilizados no processo industrial de produtos encomendados pelo remetente, desde que devam retornar ao estabelecimento encomen-dante após o prazo fixado para a fabricação dos produtos.

Na saída do bem, o contribuinte deverá emitir nota fiscal com todos os requisitos regulamentares normal-mente exigidos e, em especial, a declaração: “Saída com suspensão do IPI - art. 43, XII, do RIPI/2010”.

(RIPI/2010, arts. 43, XII, e 415, III)

7. BENS IMPORTADOS DIRETAMENTE PELO CONTRIBUINTE

Se o contribuinte promover a saída do bem (o qual tenha sido importado diretamente com isenção) antes de decorridos 5 anos de sua incorporação, ela será tributada pelo imposto (como vimos no subitem 3.1); se a saída ocorrer após 5 anos da respectiva incorporação, a operação não estará alcançada pela incidência do IPI.

Nesse sentido, vejamos o que estabelece o Parecer Normativo RFB nº 17/2013:

Parecer Normativo RFB nº 17, de 06.09.2013 - DOU de 09.09.2013

Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.

SAÍDA DO ESTABELECIMENTO IMPORTADOR. FATO GERADOR. OCORRÊNCIA

Ementa: A saída de produtos importados do estabeleci-mento importador constitui fato gerador do imposto. Não elide a obrigação de recolhimento do imposto o fato de os produtos terem sido desembaraçados com isenção obje-tiva, caso esta tenha sido revogada antes da saída desses produtos do estabelecimento importador.

Dispositivos Legais: Código Tributário Nacional (CTN), art. 105; Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010, Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados - RIPI/2010, arts. 9º, I, e 35, II.

Relatório

Cuida-se da atualização do Parecer Normativo CST nº 429, de 1971, que, embora tenha vigorado até a presente data, faz referências a norma já modificada ou revogada.

2. No caso em questão, determinada empresa importa produtos com isenção objetiva do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a qual, entretanto, é revogada antes de os produtos assim importados saírem de seu estabele-cimento. Analisa-se se referida isenção deve ser aplicada quando da saída do referidos produtos.

Fundamentos

3. De acordo com o disposto no inciso II do art. 35 do Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010, Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados - RIPI/2010, uma das hipóteses em que ocorre o fato gerador do IPI é a saída de produtos importados do estabelecimento impor-tador, que é equiparado a industrial por força do inciso I do art. 9º do mesmo RIPI/2010:

Art. 9º Equiparam-se a estabelecimento industrial:

I - os estabelecimentos importadores de produtos de pro-cedência estrangeira, que derem saída a esses produtos (Lei nº 4.502, de 1964, art. 4º, inciso I);

[...]

Art. 35. Fato gerador do imposto é (Lei nº 4.502, de 1964, art. 2º):

I - o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira; ou

[...]

II - a saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial.

4. Por outro lado, o Código Tributário Nacional (CTN), Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, estabelece, em seu art. 105, que a legislação tributária é imediatamente aplicável aos fatos geradores futuros e aos pendentes:

Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim enten-didos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116.

5. Isto posto, torna-se irrelevante para elidir a obrigação de recolhimento do imposto a circunstância de os produtos terem sido importados com isenção, caso esta tenha sido revogada antes da saída desses produtos do estabeleci-mento importador.

Conclusão

6. Diante do exposto, conclui-se que a saída de produtos importados do estabelecimento importador constitui fato gerador do imposto. Não elide a obrigação de recolhimento do imposto o fato de os produtos terem sido desembaraçados com isenção objetiva, caso esta tenha sido revogada antes da saída desses produtos do estabelecimento importador.

7. Fica revogado o Parecer Normativo CST nº 429, de 1971.

28-04 RO Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

À consideração do Coordenador-Substituto do GT-IPI.

RUI DIOGO LOUSA BORBA

Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB)

Portaria RFB nº 712, de 06 de junho de 2013

De acordo. À consideração do Coordenador da Cosit

MARCOS VINICIOS C. L. TAPAJÓS

AFRFB - Coordenador do GT-IPI

Substituto

Portaria RFB nº 712, de 06 de junho de 2013

De acordo. Encaminhe-se ao Subsecretário de Tributação e Contencioso (Sutri), com proposta de encaminhamento ao Secretário da Receita Federal do Brasil, para aprovação.

FERNANDO MOMBELLI

AFRFB - Coordenador-Geral da Cosit

De acordo. Encaminhe-se ao Secretário da Receita Federal do Brasil, para aprovação.

SANDRO DE VARGAS SERPA

Subsecretário de Tributação e Contencioso (Sutri)

Aprovo o presente Parecer Normativo

CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO

Secretário da Receita Federal do Brasil

Note-se que a subsequente saída do produto importado promovida pelo importador (antes de 5 anos da sua incorporação) sujeita-se à incidência do IPI, por força da equiparação a estabelecimento industrial, de que trata o RIPI, art. 9º, I, segundo o qual “equiparam-se a estabelecimento industrial os estabe-lecimentos importadores de produtos de procedência estrangeira, que derem saída a esses produtos”.

(RIPI/2010, art. 9º, I; Parecer Normativo RFB nº 17/2013)

8. BENS DE FABRICAÇÃO PRÓPRIA

Nesta hipótese, a saída será tributada pelo IPI, com direito ao aproveitamento do crédito do imposto relativo aos insumos adquiridos e empregados na industrialização do bem, salvo se a operação estiver enquadrada na hipótese do subitem 3.1, isto é, se a saída ocorrer após 5 anos da respectiva incorporação, caso em que não ficará sujeita à incidência do tributo.

(RIPI/2010, arts. 35, II, 38, III, e 225)

9. CRÉDITO FISCAL

Em determinados casos, como já visto, a saída de bens do Ativo Imobilizado de produção própria ou importados diretamente pelo contribuinte está sujeita à incidência do IPI, especialmente quando esta ocorrer antes de decorridos 5 anos contados da incorporação.

Assim, é de indagar se em relação a essas opera-ções o contribuinte teria direito ao aproveitamento do crédito do imposto anteriormente pago (por ocasião das respectivas entradas).

A resposta, sem dúvida, há de ser afirmativa, em face do princípio da não cumulatividade, incorporado ao RIPI, art. 225.

Para efeito de ilustração, elaboramos, a seguir, exemplo para fins de aproveitamento do crédito, partindo dos seguintes pressupostos:

a) determinado estabelecimento fabricou equi-pamento para integração no Ativo Imobilizado, tendo empregado diversos insumos, em rela-ção aos quais foi pago (por ocasião das res-pectivas entradas), a título de IPI, o equivalen-te a R$ 10.000,00;

b) decorridos 6 meses da incorporação, o contri-buinte resolve vender esse equipamento por R$ 120.000,00. Como a operação não se en-quadra nas condições a que se refere o subi-tem 3.1 nem naquelas de que trata o item 7, o contribuinte deve lançar o IPI na nota fiscal que acobertar a saída, mediante aplicação da alíquota a que estiver sujeito o produto, segun-do a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI). Supondo-se que a referida alíquota seja de 10%, então, te-remos: R$ 120.000,00 x 10% = R$ 12.000,00.

Do exposto nas letras “a” e “b”, observa-se que o valor efetivamente devido a título de IPI corresponde a R$ 2.000,00, que é o resultado da diferença entre o tributo lançado na nota fiscal (R$ 12.000,00) e aquele pago por ocasião das respectivas entradas dos insu-mos (R$ 10.000,00).

Acrescente-se, por último, que a escrituração do crédito do IPI (R$ 10.000,00) será feita diretamente no livro Registro de Apuração do IPI (modelo 8), no item “005 - Outros créditos”, descrevendo-se, resumi-damente, o fato que deu origem ao lançamento (por exemplo: “Crédito relativo a bem do Ativo Imobilizado

28-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 RO

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

de fabricação própria, vendido em ......, conforme nota fiscal nº........., série, de ___/___/20XX”).

(RIPI/2010, arts. 225 e 477)

9.1 EFDO contribuinte obrigado à Escrituração Fiscal

Digital (EFD), nos termos do Ajuste Sinief nº 2/2009, deverá observar as orientações contidas no Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, que estabelece as especifi-cações técnicas do leiaute dos arquivos digitais, no Guia Prático da EFD-ICMS/IPI e nos arts. 453 a 455 do RIPI.

O crédito do IPI referido no final do item 9 deverá ser lançado nos registros respectivos do Bloco E (Apuração do ICMS e do IPI), em especial, nos Registros E520, campo 06 - Valor de “Outros Créditos” do IPI, e E530, campos 02, item 1 - Ajuste a Crédito, e 07 - Descrição detalhada do ajuste com citação dos documentos fiscais, conforme exemplo anteriormente demonstrado.

(Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; RIPI/2010, arts. 453 a 455; Guia Prático da EFD-ICMS/IPI)

10. SOLUÇÃO DE CONSULTA RFBTranscrevemos, a seguir, o texto da Solução de

Consulta nº 48/2013, que trata do assunto:

MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 48 de 27 de Fevereiro de 2013

[...]

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: PRODUTOS INCORPORADOS AO ATIVO PER-MANENTE. FATO GERADOR. OCORRÊNCIA. A saída de produtos tributados do estabelecimento industrial e do estabelecimento equiparado a industrial é a hipótese, por excelência, que constitui o fato gerador do IPI. Sendo assim, na incorporação de veículos industrializados ou importa-dos ao ativo permanente do estabelecimento industrial que os fabricou ou importou não ocorre o fato gerador do IPI, desde que esses veículos não saiam do referido estabe-lecimento antes de 5 anos de sua incorporação. Nestas circunstâncias, os veículos nacionais que forem incorpo-rados ao ativo imobilizado do estabelecimento fabricante (estabelecimento industrial) ou os veículos de origem estrangeira que forem incorporados ao ativo imobilizado do estabelecimento industrial importador (estabelecimento equiparado a industrial) e que deles saírem antes de cinco anos de sua incorporação estão sujeitos à incidência do IPI. Se a saída dos veículos se der para execução de ser-viços da própria firma remetente, a incidência do imposto se dará na primeira saída, existindo a obrigação acessória de emissão de nota fiscal. Na segunda saída ou outras subseqüentes, não haverá nova tributação, não sendo o estabelecimento, nestas saídas, contribuinte do imposto.

N

a Estadual

ICMS

Substituição tributária nas operações com veículos de 2 e 3 rodas

SUMÁRIO 1. Introdução 2. Conceito 3. Aplicabilidade 4. Cálculo do imposto 5. Recolhimento do imposto 6. Modelo de documento fiscal emitido pelo substituto

tributário 7. Escrituração - Principais reflexos na EFD 8. Penalidades

1. INTRODUÇÃO

Nos termos da Lei Complementar nº 87/1996, arts. 5º e 6º, o Estado, para consecução de seus fins, pode atribuir, de modo expresso, a terceiros, vinculados e com interesse no fato gerador do imposto a respon-sabilidade pelo cumprimento da obrigação tributária. Esse mecanismo constitui-se na figura da substituição tributária, excluindo, no entanto, a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo a este um caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.

Examinaremos, neste procedimento, as hipóteses de aplicação do regime de substituição tributária nas operações com veículos de 2 e 3 rodas motorizados,

28-06 RO Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

instituído pelo Convênio ICMS nº 52/1993, com base nas disposições do RICMS-RO/1998.

2. CONCEITO

Por imposição legal, a substituição tributária con-siste em atribuir a determinado contribuinte do ICMS, qualificado como substituto, a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto devido por outros contribuintes, nomeados como substituídos.

3. APLICABILIDADE

Nas operações interestaduais com veículos de 2 e 3 rodas motorizados, constantes da Tabela XXVII do Anexo V do RICMS-RO/1998, fica atribuída ao estabelecimento importador e ao estabelecimento in-dustrial fabricante a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto devido na subsequente saída ou entrada, com destino ao Ativo Imobilizado:

a) a estabelecimento do importador ou do arre-matante de mercadoria importada do exterior e apreendida, localizado neste Estado;

b) a estabelecimento do fabricante ou do impor-tador, localizado em outro Estado;

c) a estabelecimento situado em outro Estado que, tendo recebido veículo com retenção antecipada do imposto relativo à sua subse-quente operação, promover saída diretamente para contribuinte estabelecido neste Estado ou para usuário final.

A substituição tributária também se aplica aos acessórios colocados no veículo por estabelecimento responsável pelo pagamento do imposto.

(RICMS-RO/1998, art. 710, caput, I a III e § 1º)

3.1 Inaplicabilidade

Os contribuintes devem observar que esse regime de substituição tributária não se aplica:

a) a remessas em que as mercadorias devam re-tornar ao estabelecimento remetente;

b) aos acessórios colocados pelo revendedor do veículo.

(RICMS-RO/1998, art. 710, § 2º)

4. CÁLCULO DO IMPOSTO

4.1 Base de cálculo

A base de cálculo do imposto, para fins de subs-tituição tributária, será:

a) em relação a veículo de fabricação nacional, o valor correspondente ao preço de venda a consumidor constante da tabela estabelecida ou sugerida ao público pelo órgão competen-te, ou, na sua falta, pelo fabricante, acrescido do valor do frete e dos acessórios a que se refere o § 1º do art. 710 do RICMS-RO/1998;

b) em relação a veículo importado, o preço má-ximo ou único de venda utilizado pelo con-tribuinte substituído, fixado pela autoridade competente, acrescido do valor do frete e dos acessórios a que se refere o § 1º do art. 710 do RICMS-RO/1998.

Inexistindo o valor de que tratam as letras “a” e “b”, a base de cálculo será obtida tomando-se por base o valor da operação praticada pelo substituto, incluídos os valores correspondentes a frete, seguro, impostos, contribuições e outros encargos transferíveis ou cobra-dos do destinatário, adicionado da parcela resultante da aplicação, sobre o referido montante, do percentual de margem de valor agregado ajustada (MVA ajustada), cal-culado segundo a fórmula “MVA ajustada = [(1 + MVA-ST original) x (1 - ALQ inter)/(1 - ALQ intra)] - 1”, em que:

a) “MVA-ST original” é a margem de valor agre-gado prevista no subtópico 4.4;

b) “ALQ inter” é o coeficiente correspondente à alíquota interestadual aplicável à operação;

c) “ALQ intra” é o coeficiente correspondente à alíquota interna ou percentual de carga tribu-tária efetiva, quando este for inferior à alíquota interna, praticada pelo contribuinte substitu-to da Unidade da Federação de destino, nas operações com as mesmas mercadorias.

Na hipótese de a “ALQ intra” ser inferior à “ALQ inter”, deverá ser aplicada a “MVA-ST original”.

Na impossibilidade de inclusão do valor do frete, seguro ou outro encargo na composição da base de cálculo, o recolhimento do imposto correspondente será efetuado pelo estabelecimento destinatário, acrescido dos percentuais de MVA previstos nos parágrafos anteriores.

(RICMS-RO/1998, art. 711, caput, §§ 1º, 2º e 5º)

4.2 Base de cálculo dos acessórios

Para determinação da base de cálculo relativa aos acessórios, serão adotadas as regras previstas no subtópico 4.1.

(RICMS-RO/1998, art. 711, I e II)

28-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 RO

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

4.3 Base de cálculo reduzida condicionada a Termo de Acordo

A base de cálculo do imposto fica reduzida para 70,59% nas operações internas e de importa-ção com veículos novos motorizados classificados na posição 8711 da Nomenclatura Comum do Mercosul - Sistema Harmonizado (NCM/SH), de forma que a carga tributária nunca seja inferior a 12%.

Ressalte-se que a fruição deste benefício está condicionada à manifestação expressa do contri-buinte substituído pela sua aplicação, mediante cele-bração de Termo de Acordo com o Fisco do Estado de Rondônia, que estabelecerá em Resolução do Coordenador-Geral da Receita Estadual as condições para operacionalização do regime de substituição tributária, especialmente quanto à fixação da base de cálculo do ICMS.

Após a celebração do mencionado Termo, o Fisco encaminhará ao sujeito passivo por substituição a relação dos contribuintes substituídos optantes e a data de início da fruição do benefício.

No caso de exigência de ICMS relativo à diferença de alíquota, a base de cálculo será reduzida de tal forma que a carga tributária total seja equivalente a 12%.

(RICMS-RO/1998, Anexo II, Tabela I, item 19)

4.4 MVA

A MVA-ST original nas operações de substituição tributária com os mencionados veículos é de 34%.

Ressalte-se que foi prorrogado o prazo para a indicação do Código Especificador da Substituição Tributária (Cest) nos documentos fiscais para 1º.10.2016, por meio do Convênio ICMS nº 16/2016.

MVA AJUSTADA

ITEM DESCRIÇÃO CEST NCM/SH MVA ORIGINALMVA AJUSTADA

4% 7% 12%

1.0 Motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral; carros laterais

26.001.00 8711 34% 55,93% 51,05% 42,93%

(RICMS-RO/1998, art. 711, § 4º, Anexo V, Tabela XXVII)

4.5 Alíquota

A alíquota do imposto nas operações internas com veículos novos de 2 rodas motorizados é de 17,5%.

(RICMS-RO/1998, art. 12, I, “e”)

4.6 Apuração

O valor do imposto retido corresponderá à dife-rença entre o calculado de acordo com o estabelecido no subtópico 4.1 e o devido pela operação própria realizada pelo contribuinte que efetuar a substituição tributária.

(RICMS-RO/1998, art. 27, § 6º)

4.7 Exemplo de cálculo

No exemplo a seguir, ilustramos o cálculo reali-zado por uma indústria na operação interna de venda de motocicleta. Quanto à redução de base de cálculo, consideramos, neste exemplo, que tenha sido cele-brado o Termo de Acordo mencionado no subtópico 4.3 e cumpridas as formalidades estabelecidas na legislação que o fundamenta.

WExemploD CÁLCULO

Mercadoria: motocicletas de cilindrada inferior ou igual a 125 cm³ - NCM/SH 8711.20.10Base de cálculo do ICMS da operação própria 4.000,00IPI (hipotético) 1.000,00ICMS operação própria R$ 4.000,00 x 70,59% (redução da base de cálculo) x 17,50% 494,13

Base de cálculo do ICMS da substituição tribu-tária [preço da mercadoria (R$ 4.000,00) + IPI (25% = R$ 1.000,00) - redução da base de cál-culo (1.470,50) + margem de lucro (34,00% = R$ 1.200,03)]

4.729,53

Valor do ICMS-ST = ICMS-ST - ICMS opera-ção própria, em que: ICMS-ST (R$ 4.729,53 x 17,50% = R$ 827,67) - ICMS operação própria (R$ 494,13)

333,54

Valor total da nota fiscal (valor do produto + IPI + ICMS-ST) 5.333,54

5. RECOLHIMENTO DO IMPOSTO

O imposto retido será recolhido até o dia 9 do mês subsequente ao da sua retenção.

(RICMS-RO/1998, art. 711, § 3º)

28-08 RO Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

6. MODELO DE DOCUMENTO FISCAL EMITIDO PELO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO

A título meramente ilustrativo, exemplificaremos a emissão do documento fiscal em operação interna com base no exemplo descrito no subtópico 4.4 cujos dados são fictícios.

28-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 RO

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

7. ESCRITURAÇÃO - PRINCIPAIS REFLEXOS NA EFD

Ao contribuinte que estiver obrigado à apresen-tação da Escrituração Fiscal Digital (EFD) para o lançamento fiscal da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) apresentada no tópico 6, a título exemplificativo, apre-sentamos, a seguir, o preenchimento dos principais registros/campos.

Salientamos que, para a efetiva geração da EFD, outros registros deverão ser apresentados, devendo o contribuinte observar as disposições do Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008 e posteriores alterações, bem como o Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital (EFD-ICMS/IPI).

7.1 Registro C100

Este registro destina-se ao lançamento dos totais de valores apresentados na nota fiscal. Para a NF-e exemplificada no tópico 6, teríamos o preenchimento da seguinte forma:

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C100 O2 IND_OPER 1 O3 IND_EMIT 0 O4 COD_PART *Código interno declarante O5 COD_MOD 55 O6 COD_SIT 00 O7 SER 1 OC8 NUM_DOC 1843 O

9 CHV_NFE11160577965864732785550010000018431300570500

O

10 DT_DOC 040520XX O11 DT_E_S 040520XX OC12 VL_DOC 5333,54 O13 IND_PGTO 2 O14 VL_DESC OC15 VL_ABAT_NT OC16 VL_MERC 4000,00 OC17 IND_FRT 9 O18 VL_FRT OC19 VL_SEG OC20 VL_OUT_DA OC21 VL_BC_ICMS 2823,60 OC22 VL_ICMS 494,13 OC23 VL_BC_ICMS_ST 4729,53 OC24 VL_ICMS_ST 333,54 OC25 VL_IPI 1000,00 OC26 VL_PIS OC27 VL_COFINS OC28 VL_PIS_ST OC

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

29 VL_COFINS_ST OC

A representação do arquivo TXT do Registro C100 será:

|C100|1|0|* Código interno declarante|55|00|1|1843|11160577965864732785550010000018431300570500|040520XX|040520XX|5333,54|2|||4000,00|9||| |2823,60|494,13|4729,53|333,54|1000,00| | | | |

Nota

Considerando que os valores referentes ao Programa de Integração Social (PIS) e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) dependem do tipo de apuração adotado pelo contribuinte, optamos, preventivamente, por não apresentá-los nesta matéria.

7.2 Registro C110

Este registro destina-se ao lançamento da informação apresentada no campo “Informações Complementares”, na nota fiscal. Para a NF-e exempli-ficada, teríamos o preenchimento da seguinte forma:

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C110 O2 COD_INF *Código interno declarante O

3 TXT_COMPL

Substituição tributária conforme o art. 710 do RICMS-RO/1998 - Decreto nº 8.321/1998. OC

A representação do arquivo TXT do Registro C110 será:

|C110|*Código interno declarante|Substituição tributária conforme o art. 710 do RICMS-RO/1998 - Decreto nº 8.321/1998.|

7.3 Registro C190

O registro analítico de documento fiscal tem por objetivo representar a escrituração dos documentos fiscais totalizados por Código de Situação Tributária (CST), Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) e alíquota de ICMS. Para o exemplo em ques-tão, teríamos o seguinte preenchimento:

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C190 O2 CST_ICMS 070 O3 CFOP 5401 O4 ALIQ_ICMS 17,5 OC5 VL_OPR 5333,54 O6 VL_BC_ICMS 2823,60 O7 VL_ICMS 494,13 O8 VL_BC_ICMS_ST 4729,53 O

28-10 RO Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a IOB Setorial

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

9 VL_ICMS_ST 333,54 O10 VL_RED_BC 1470,05 O11 VL_IPI 1000,00 O12 COD_OBS *Código interno declarante OC

A representação do arquivo TXT do Registro C190 será:

|C190|070|5401|17,5|5333,54|2823,60|494,13|4729, 53|333,54|1470,05|1000,00|*Código interno decla-rante|

8. PENALIDADES

O descumprimento de obrigações tributárias, principal ou acessórias, instituídas pela legislação do

ICMS sujeita o infrator às penalidades relacionadas no art. 77 da Lei nº 688/1996.

Entretanto, é importante, ainda, que o contribuinte conheça as regras gerais para aplicação das penali-dades abordadas nos arts. 75 e 76 da referida Lei e a possibilidade de ele se excluir da responsabilidade por infrações por meio da denúncia espontânea da infração, antes de qualquer procedimento fiscal, desde que seja pago o tributo devido, com seu valor atualizado monetariamente e os acréscimos morató-rios.

(Lei nº 688/1996, art. 75 a art. 77)

N

MUNICIPAL (PORTO VELHO)

Bancário - ISSQN - Hipótese de incidência do imposto nas atividades bancárias

A Lei federal nº 4.595/1964 disciplina as ativi-dades, bancária e financeira. É conceituada como instituições financeiras a pessoa jurídica, pública ou privada, que tenha como atividade principal ou acessória a coleta, a intermediação ou a aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.

Entre as atividades realizadas pelas instituições financeiras, podemos citar a concessão de créditos, depósitos bancários e investimentos. Estes serviços são prestados para os seus correntistas, caracteri-zando-se, assim, uma relação jurídica entre os bancos (instituições financeiras) e seus correntistas (clientes).

Na Lei Complementar nº 116/2003, que dispõe sobre a cobrança do Imposto sobre Serviços de

Qualquer Natureza (ISSQN), item 15, estão prescritas as hipóteses em que deve ser exigido tal imposto sobre os serviços prestados pelo setor bancário, conforme a tabela a seguir:

TABELA DE SERVIÇOS

Item da lista de serviços

Descrição do serviço

15Serviços relacionados ao setor bancário ou financeiro, in-clusive aqueles prestados por instituições financeiras au-torizadas a funcionar pela União ou por quem de direito.

15.01Administração de fundos quaisquer, de consórcio, de cartão de crédito ou débito e congêneres, de carteira de clientes, de cheques pré-datados e congêneres.

15.02

Abertura de contas em geral, inclusive conta-corrente, conta de investimentos e aplicação e caderneta de pou-pança, no País e no exterior, bem como a manutenção das referidas contas ativas e inativas.

15.03Locação e manutenção de cofres particulares, de termi-nais eletrônicos, de terminais de atendimento e de bens e equipamentos em geral.

15.04Fornecimento ou emissão de atestados em geral, inclu-sive atestado de idoneidade, atestado de capacidade financeira e congêneres.

15.05

Cadastro, elaboração de ficha cadastral, renovação ca-dastral e congêneres, inclusão ou exclusão no Cadas-tro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) ou em quaisquer outros bancos cadastrais.

28-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 RO

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Item da lista de serviços

Descrição do serviço

15.06

Emissão, reemissão e fornecimento de avisos, compro-vantes e documentos em geral; abono de firmas; coleta e entrega de documentos, bens e valores; comunicação com outra agência ou com a administração central; li-cenciamento eletrônico de veículos; transferência de veí-culos; agenciamento fiduciário ou depositário; devolução de bens em custódia.

15.07

Acesso, movimentação, atendimento e consulta a contas em geral, por qualquer meio ou processo, inclusive por telefone, fac-símile, Internet e telex, acesso a terminais de atendimento, inclusive 24 horas; acesso a outro banco e a rede compartilhada; fornecimento de saldo, extrato e demais informações relativas a contas em geral, por qualquer meio ou processo.

15.08

Emissão, reemissão, alteração, cessão, substituição, cancelamento e registro de contrato de crédito; estudo, análise e avaliação de operações de crédito; emissão, concessão, alteração ou contratação de aval, fiança, anuência e congêneres; serviços relativos à abertura de crédito, para quaisquer fins.

15.09

Arrendamento mercantil (leasing) de quaisquer bens, in-clusive cessão de direitos e obrigações, substituição de garantia, alteração, cancelamento e registro de contrato, e demais serviços relacionados ao arrendamento mer-cantil (leasing).

15.10

Serviços relacionados a cobranças, recebimentos ou pa-gamentos em geral, de títulos quaisquer, de contas ou carnês, de câmbio, de tributos e por conta de terceiros, inclusive os efetuados por meio eletrônico, automático ou por máquinas de atendimento; fornecimento de posição de cobrança, recebimento ou pagamento; emissão de carnês, fichas de compensação, impressos e documen-tos em geral.

15.11Devolução de títulos, protesto de títulos, sustação de pro-testo, manutenção de títulos, reapresentação de títulos e demais serviços a eles relacionados.

15.12 Custódia em geral, inclusive de títulos e valores mobili-ários.

Item da lista de serviços

Descrição do serviço

15.13

Serviços relacionados a operações de câmbio em geral, edição, alteração, prorrogação, cancelamento e baixa de contrato de câmbio; emissão de registro de exportação ou de crédito; cobrança ou depósito no exterior; emissão, fornecimento e cancelamento de cheques de viagem; fornecimento, transferência, cancelamento e demais ser-viços relativos à carta de crédito de importação, exporta-ção e garantias recebidas; envio e recebimento de men-sagens em geral relacionadas a operações de câmbio.

15.14Fornecimento, emissão, reemissão, renovação e manu-tenção de cartão magnético, cartão de crédito, cartão de débito, cartão salário e congêneres.

15.15

Compensação de cheques e títulos quaisquer; serviços relacionados a depósito, inclusive depósito identificado, a saque de contas quaisquer, por qualquer meio ou proces-so, inclusive em terminais eletrônicos e de atendimento.

15.16

Emissão, reemissão, liquidação, alteração, cancelamen-to e baixa de ordens de pagamento, ordens de crédi-to e similares, por qualquer meio ou processo; serviços relacionados à transferência de valores, dados, fundos, pagamentos e similares, inclusive entre contas em geral.

15.17 Emissão, fornecimento, devolução, sustação, cancelamen-to e oposição de cheques quaisquer, avulso ou por talão.

15.18

Serviços relacionados a crédito imobiliário, avaliação e vistoria de imóvel ou obra, análise técnica e jurídica, emis-são, reemissão, alteração, transferência e renegociação de contrato, emissão e reemissão do termo de quitação e demais serviços relacionados a crédito imobiliário.

Os referidos serviços estão disciplinados, tam-bém, na Lei Complementar nº 369/2009, art. 8º, do Município de Porto Velho.

(Lei Complementar nº 369/2009; Lei Complementar nº 116/2003; Lei federal nº 4.595/1964)

N

a IOB Comenta

FEDERAL

ICMS/IPI - Sped - EFD - Bloco K - Exigência a partir de 1º.01.2017

O Registro de Controle da Produção e do Estoque (RCPE) que corresponde ao Bloco K do Guia Prático da EFD-ICMS/IPI, previsto no inciso VII do § 3º da cláusula primeira do Ajuste Sinief nº 2/2009, cujo ato instituiu a Escrituração Fiscal Digital (EFD), será exigido a partir de:

a) 1º.01.2017, dos estabelecimentos indus-triais classificados nas divisões 10 a 32 da Classificação Nacional de Atividades Eco-nômicas (CNAE) pertencentes a empresas com faturamento anual igual ou superior a R$ 300.000.000,00;

b) 1º.01.2018, dos estabelecimentos industriais classificados nas divisões 10 a 32 da CNAE pertencentes a empresas com faturamento anual igual ou superior a R$ 78.000.000,00; e

c) 1º.01.2019, dos demais estabelecimentos in-dustriais, dos estabelecimentos atacadistas

28-12 RO Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

classificados nos grupos 46.2 a 46.9 da CNAE e dos estabelecimentos equiparados a indus-trial.

Para efeito de apuração do faturamento mencio-nado nas letras “a” e “b”, deverá ser observado o seguinte:

1º) considera-se faturamento a receita bruta de venda de mercadorias de todos os estabele-cimentos da empresa no território nacional, in-dustriais ou não, excluídas as vendas cancela-das, as devoluções de vendas e os descontos incondicionais concedidos; e

2º) o exercício de referência do faturamento deve-rá ser o 2º exercício anterior ao início de vigên-cia da obrigação.

Tendo em vista o cumprimento da obrigação em referência, foi disponibilizada, no site do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), http://sped.rfb.gov.br/, para download, a versão 2.0.19 do Guia Prático da EFD-ICMS/IPI.

A Seção 4 do Capítulo IV dessa versão relaciona as principais alterações do guia, dentre as quais des-tacamos as que se referem ao Bloco K:

a) Bloco K: inclusão dos Registros K210, K215, K260, K265, K270, K275 e K280;

b) Registro K220: alterada a orientação de preen-chimento em razão da inclusão dos Registros K210 e K215; e

c) Registros K230, K235, K250 e K255: alterada a orientação de preenchimento em razão da inclusão dos novos registros no Bloco K.

A seguir, reproduzimos os diversos registros do Bloco K, os quais constam da Seção 7 do Capítulo III do referido guia prático:

Descrição Registro

Abertura do Bloco K K001Período de apuração do ICMS/IPI K100Estoque escriturado K200Desmontagem de mercadorias - Item de origem K210Desmontagem de mercadorias - Itens de destino K215Outras movimentações internas entre mercadorias K220Itens produzidos K230Insumos consumidos K235Industrialização efetuada por terceiros - Itens produzidos K250Industrialização em terceiros - Insumos consumidos K255Reprocessamento/reparo de produto/insumo K260Reprocessamento/reparo - Mercadorias consumidas e/ou retornadas K265

Correção de apontamento dos Registros K210, K220, K230, K250 e K260 K270

Correção de apontamento e retorno de insumos dos Registros K215, K220, K235, K255 e K265 K275

Correção de apontamento - Estoque escriturado K280Encerramento do Bloco K K990

Vale acrescentar que a Instrução Normativa RFB nº 1.652/2016 estabeleceu a obrigatoriedade de apresentação do Bloco K pelos estabelecimentos industriais fabricantes de bebidas e de produtos do fumo, com efeitos em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º.12.2016.

(Ajuste Sinief nº 2/2009, cláusulas primeira, § 3º, VII, e ter-ceira, §§ 7º a 9º; Instrução Normativa RFB nº 1.652/2016; Guia Prático da EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.19, Capítulo III, Seção 7)

N

a IOB Perguntas e Respostas

IPI

Ativo Imobilizado - Venda - Hipótese de incidência

1) Na operação de venda de bem do Ativo Imobili-zado, ocorre o fato gerador do IPI?

Em geral, não há ocorrência do fato gerador do IPI na venda de bens incorporados ao Ativo Imobilizado, quando o bem tenha sido adquirido de terceiros, no mercado interno.

Contudo, tratando-se de venda do bem antes de completados 5 anos de sua incorporação e que tenha sido fabricado ou importado pela própria empresa, ocorrerá o fato gerador do IPI.

Nesse caso, a nota fiscal deverá ser emitida com o destaque do IPI, observada a classificação fiscal do produto e a sua alíquota correspondente, fixada na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), aprovada pelo Decreto nº 7.660/2011, vigente na data da saída.

28-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 RO

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Tendo em vista o princípio da não cumulatividade, o contribuinte tem o direito de apropriar o IPI pago por ocasião do desembaraço, para compensar com o imposto devido por ocasião da saída.

(RIPI/2010, arts. 35, II, 38, III, e 225; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

Crédito fiscal - Insumos aplicados na industrialização de produtos não tributados - Impossibilidade

2) Os insumos adquiridos para industrialização de produtos não tributados, imunes ou saídos com sus-pensão, podem ser escriturados mediante apropriação do crédito fiscal?

Não. Se o contribuinte já sabe, por antecipação, que os insumos serão empregados na industrialização de produtos não tributados, imunes ou com suspensão, cujo estorno seja determinado por disposição legal, não deve escriturar tais entradas com apropriação do crédito fiscal.

(RIPI/2010, art. 251, § 1º)

ICMS/RO

Crédito fiscal - Cisão, incorporação ou fusão - Livros fiscais

3) É permitida a apropriação de créditos fiscais nos livros fiscais da pessoa jurídica resultante da ci-são, incorporação ou fusão?

Sim. A apropriação dos créditos fiscais, assim entendido o registro destes créditos nos livros fiscais, fica condicionada a:

a) sua prévia homologação em processo de au-ditoria fiscal;

b) registro das alterações envolvidas no Cadastro de Contribuintes do ICMS (CAD/ICMS).

(RICMS-RO/1998, art. 47-C, I e II)