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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IOF - Alíquotas - Quadro sinótico a ICMS - CST e CFOP ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 07/2014 Santa Catarina Aviso Importante Este fascículo contém folha extra do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas IOB referente aos meses de Janeiro e Fevereiro/2014. / a Federal IPI Crédito presumido 01 / a Estadual ICMS Diferimento 05 / a IOB Setorial Federal Industrial - IPI - Estabelecimentos equiparados a industrial por opção 12 / a IOB Comenta Municipal (Florianópolis) Valores do regime de estimativa para serviços náuticos, recreativos e/ou esportivos 13 / a IOB Perguntas e Respostas ICMS Sped - Danfe - Canhoto 14 Sped - NF-e - Preenchimento 14 Sped - NF-e - Preenchimento - Campo “cEAN” 15 ICMS/SC Base de cálculo reduzida - Máquinas, aparelhos e equipamentos indus- triais 15 Crédito presumido - Fornecimento de refeições 15

IOB - ICMS/IPI - Santa Catarina - nº 07/2014 - 2ª Sem ... · 10.08 - Agenciamento de publicidade e propaganda, inclusive o agenciamento de veicu-lação por quaisquer meios. 10.09

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IOF - Alíquotas - Quadro sinótico

a ICMS - CST e CFOP

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 07/2014

Santa Catarina

Aviso ImportanteEste fascículo contém folha extra do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas IOB referente aos meses de Janeiro e Fevereiro/2014.

/a FederalIPICrédito presumido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSDiferimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05

/a IOB SetorialFederalIndustrial - IPI - Estabelecimentos equiparados a industrial por opção . 12

/a IOB ComentaMunicipal (Florianópolis)Valores do regime de estimativa para serviços náuticos, recreativos e/ou esportivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

/a IOB Perguntas e RespostasICMSSped - Danfe - Canhoto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Sped - NF-e - Preenchimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Sped - NF-e - Preenchimento - Campo “cEAN” . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

ICMS/SCBase de cálculo reduzida - Máquinas, aparelhos e equipamentos indus-triais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15Crédito presumido - Fornecimento de refeições . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

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Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : crédito presumido....-- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2071-8

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-00509 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

Calendário de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário EXTRA

Anexo à Edição nº 07/2014 SC 1

CALENDÁRIO MENSAL DE OBRIGAÇÕES E TABELAS PRÁTICAS PARA JANEIRO E FEVEREIRO/2014 - ALTERAÇÃO

Posteriormente ao envio do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas Tributário Estadual de Santa Catarina, foi publicada no DOM Florianópolis, de 24.01.2014, a Lei Complementar nº 485/2014, que divulgou as alíquotas a serem aplicadas para cálculo do ISSQN. Assim, solicitamos que sejam considerados os seguintes valores constantes na Tabela de Alíquotas do Imposto, constante na pág. 10:

Alíquota (%) Lista de serviços (Item/Descrição) Fundamento Legal

0,01% 16.01 – Serviços de transporte de natureza municipal, quando se tratar de tarifas do Siste-ma de Transportes Coletivos Municipal.

Lei Complementar nº 7/1997, art. 256, IV

2%

01 - Serviços de Informática e Congêneres

Lei Complementar nº 7/1997, art. 256, I

03.03 - Exploração de salões de festas, centro de convenções, escritórios virtuais, stan-ds, quadras esportivas, estádios, ginásios, auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, canchas e congêneres, para realização de eventos ou negócios de qualquer natureza.

04 - Serviços de saúde, assistência médica e congêneres.

08.01 - Ensino regular pré-escolar, fundamental, médio e superior.

10.05 - Agenciamento, corretagem ou intermediação de bens móveis ou imóveis, não abrangidos em outros itens ou subitens, inclusive aqueles realizados no âmbito de Bolsas de Mercadorias e Futuros, por quaisquer meios.

12.08 - Feiras, exposições, congressos e congêneres.

12.11 - Competições esportivas ou de destreza física ou intelectual, com ou sem a partici-pação do espectador.

12.13 - Produção, mediante ou sem encomenda prévia, de eventos, espetáculos, entrevis-tas, shows, ballet, danças, desfiles, bailes, teatros, óperas, concertos, recitais, festivais e congêneres.

16 - Serviços de transporte de natureza municipal.

2,5%

07.10 - Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, cha-minés, piscinas, parques, jardins e congêneres.

Lei Complementar nº 7/1997, art. 256, II

09 - Serviços relativos a hospedagem, turismo, viagens e congêneres.

10.08 - Agenciamento de publicidade e propaganda, inclusive o agenciamento de veicu-lação por quaisquer meios.

10.09 - Representação de qualquer natureza, inclusive comercial.

11.02 - Vigilância, segurança ou monitoramento de bens e pessoas.

17.04 - Recrutamento, agenciamento, seleção e colocação de mão de obra.

17.05 - Fornecimento de mão de obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de empre-gados ou trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de serviço.

17.06 - Propaganda e publicidade, inclusive promoção de vendas, planejamento de cam-panhas ou sistemas de publicidade, elaboração de desenhos, textos e demais materiais publicitários.

17.12 - Administração em geral, inclusive de bens e negócios de terceiros.

17.19 - Contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxiliares.

Mantenha esta folha encartada no Calendário Tributário Estadual para Janeiro e Fevereiro/2014

SANTA CATArINA

Calendário de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário

2 SC Anexo à Edição nº 07/2014

Alíquota (%) Lista de serviços (Item/Descrição) Fundamento Legal

3%(exceto os serviços

prestados nos subitens elencados

na Lei Com-plementar nº 7/1997, art. 256, I e II)

07 - Serviços relativos à engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo, construção civil, manutenção, limpeza, meio ambiente, saneamento e congêneres.

Lei Complementar nº 7/1997, art. 256, III

08 - Serviços de educação, ensino, orientação pedagógica e educacional, instrução, trei-namento e avaliação pessoal de qualquer grau ou natureza.

10 - Serviços de intermediação e congêneres.

5% Demais serviços. Lei Complementar nº 7/1997, art. 256, V

(Lei Complementar nº 7/1997, art. 256)

Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

07-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 07 SC

IPI

Crédito presumido SUMÁRIO 1. Introdução 2. Direito ao crédito 3. Apuração 4. Regime alternativo 5. Utilização do crédito presumido 6. Produtos não exportados 7. Fusão, incorporação ou cisão 8. Exemplo 9. Obrigações acessórias

1. Introdução

O crédito presumido do IPI para ressarcimento do valor do PIS-Pasep e da Cofins incidente sobre a aquisição no mercado interno de insumos empregados em pro-dutos exportados foi instituído pela Lei nº 9.363/1996, incor-porada aos arts. 241 a 250 do Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010.

As normas para o cálculo, a utilização e a apresentação de informa-ções relativas ao crédito presumido obede-cem às disposições da Portaria MF nº 93/2004 e das Instruções Normativas SRF nºs 419 e 420/2004.

(RIPI/2010, arts. 241, 242, 243, 244, 245, 246, 247, 248, 249 e 250; Instrução Normativa SRF nº 419/2004; Instrução Nor-mativa SRF nº 420/2004)

2. dIreIto ao CrédIto

A pessoa jurídica produtora e exportadora de produtos industrializados nacionais, inclusive nos casos de venda para empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação para o exterior, faz jus ao crédito presumido do IPI, como ressarci-mento do valor do PIS-Pasep e da Cofins incidente sobre as respectivas aquisições, no mercado interno,

de matérias-primas (MP), produtos intermediários (PI) e material de embalagem (ME) para utilização na industrialização de produtos destinados à exportação para o exterior.

O direito ao ressarcimento não se aplica às receitas, da pessoa jurídica, submetidas à apuração dessas contribuições na forma, respectivamente, dos arts. 2º e 3º da Lei nº 10.637/2002 e dos arts. 2º e 3º da Lei nº 10.833/2003, que dispõem sobre a não cumulatividade do PIS-Pasep e da Cofins.

No caso de a pessoa jurídica auferir, concomitan-temente, receitas sujeitas à incidência não cumulativa e cumulativa da contribuição para o PIS-Pasep e da

Cofins, inclusive no regime de incidência mono-fásica, ela fará jus ao crédito presumido

do IPI apenas em relação às recei-tas sujeitas à cumulatividade

dessas contribuições.

(RIPI/2010, art. 241, caput; Portaria MF nº 93/2004, art. 1º, art. 2º e art. 3º, §§ 13 e 14; Ato Declara-

tório Interpretativo SRF nº 13/2004)

3. aPuração O crédito presumido será apurado

pela matriz da pessoa jurídica, ao final de cada mês em que houver ocorrido exportação ou venda para empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação.

Para fins de determinação do crédito presumido correspondente a cada mês, o estabelecimento matriz da pessoa jurídica produtora e exportadora deverá:

a) apurar o total, acumulado desde o início do ano até o mês a que se referir o crédito, de MP, PI e ME utilizados na produção;

b) apurar a relação percentual entre a receita de exportação e a receita operacional bruta, acu-muladas desde o início do ano até o mês a que se referir o crédito;

a Federal

O crédito presumido será apurado

pela matriz da pessoa jurídica, ao final de cada mês em que houver ocorrido exportação ou venda para

empresa comercial exportadora com o fim específico de

exportação

07-02 SC Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

c) aplicar a relação percentual referida na letra “b” sobre o valor apurado em conformidade com a letra “a”;

d) multiplicar o valor apurado, de acordo com a letra “c”, por 5,37%, cujo resultado correspon-derá ao total do crédito presumido acumulado desde o início do ano até o mês da apuração;

e) diminuir, do valor apurado, na forma da letra “d”, o resultado da soma dos seguintes valo-res de créditos presumidos, referentes ao ano--calendário:e.1) utilizados para dedução do valor do IPI

devido;e.2) ressarcidos;e.3) com pedidos de ressarcimento já entre-

gues à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).

O crédito presumido relativo ao mês será o valor resultante da operação a que se refere a letra “e”.

NotaNo último trimestre em que houver efetuado exportação, ou no último

trimestre de cada ano, deverá ser excluído da base de cálculo do crédito presumido o valor de MP, PI e ME utilizados na confecção de produtos não acabados e produtos acabados, mas não vendidos.

O valor excluído no final de um ano será acrescido à base de cálculo do crédito presumido correspondente ao primeiro trimestre em que houver exportação para o exterior (Portaria MF nº 93/2004, art. 3º, §§ 3º e 4º).

Para efeito de apuração do crédito presumido, considera-se:

a) receita operacional bruta o produto da venda de produtos industria-lizados pela pessoa jurídica produtora e exportadora nos mercados interno e externo;

b) receita bruta de exportação o produto da venda, para o exterior e para empresa comercial exportadora com o fim específico de expor-tação, de produtos industrializados pela pessoa jurídica produtora e exportadora;

c) venda com o fim específico de exportação a saída de produtos do estabelecimento produtor vendedor para embarque ou depósito, por conta e ordem da empresa comercial exportadora adquirente.

(RIPI/2010, art. 241, § 2º, e art. 242; Portaria MF nº 93/2004, art. 3º, §§ 1º a 4º, 9º, e art.12)

3.1 Sistema de apuração

A apuração do crédito presumido deverá ser efe-tuada com base em sistema de custos coordenado e integrado com a escrituração comercial da pessoa jurídica que permita, ao final de cada mês, a determi-nação das quantidades e dos valores de MP, PI e ME utilizados na produção durante o período.

A pessoa jurídica deverá manter sistema de con-trole permanente de estoques, no qual a avaliação dos bens será efetuada pelo método da média ponderada móvel ou pelo método denominado “PEPS” (“primeiro que entra, primeiro que sai”).

(Portaria MF nº 93/2004, art. 3º, §§ 5º e 6º)

4. regIMe alternatIvo

Alternativamente à apuração do crédito presumido descrito no item 3, é facultado ao estabelecimento produtor e exportador determinar o valor do crédito presumido do IPI na sistemática da Lei nº 10.276/2001 e da Instrução Normativa SRF nº 420/2004.

(Lei nº 10.276/2001; Instrução Normativa SRF nº 420/2004)

4.1 apuração

4.1.1 Base de cálculo

A base de cálculo do crédito presumido será a soma dos seguintes custos, sobre os quais incidiram as contribuições ao PIS-Pasep e à Cofins:

a) de aquisição, no mercado interno, de MP, PI e ME utilizados no processo industrial;

b) de energia elétrica e combustíveis, adquiridos no mercado interno, utilizados no processo in-dustrial; e

c) correspondente ao valor da prestação de ser-viços decorrentes de industrialização por en-comenda, na hipótese em que o encomendan-te seja contribuinte do IPI.

Notas(1) Na impossibilidade de determinação dos custos de energia elétrica e

combustíveis, deverá ser aplicado a essas despesas o percentual obtido pela relação entre o custo de produção e a soma dos custos e despesas operacionais do estabelecimento industrial (Instrução Normativa SRF nº 420/2004, art. 6º, § 1º).

(2) Caso o período de faturamento dos custos não coincida com o pe-ríodo de apuração do crédito presumido, a apropriação deverá ser feita pro rata (Instrução Normativa SRF nº 420/2004, art. 6º, § 2º).

(3) O valor dos custos descritos nas letras “a” a “c” será apropriado até o limite de 80% da receita operacional bruta (Instrução Normativa SRF nº 420/2004, art. 7º, parágrafo único, II).

(RIPI/2010, art. 243, § 1º; Instrução Normativa SRF nº 420/2004, art. 6º, caput, I, II e III, §§ 1º e 2º, e art. 7º, parágrafo único, II)

4.1.2 Fórmula para apuração do valor do crédito presumido

O valor do crédito presumido pelo sistema alter-nativo será determinado mediante a utilização da seguinte fórmula:

F = 0,0365 xRx

(Rt - C)

onde:

a) F é o fator;b) Rx é a receita de exportação;c) Rt é a receita operacional bruta;d) C é o custo determinado na forma do subitem

4.1.1; e

07-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 07 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

e) Rx(Rt - C)

é o quociente, que será reduzido a 5 quando resultar em valor superior.

(RIPI/2010, art. 243, § 2º; Instrução Normativa SRF nº 420/2004, art. 7º, caput, parágrafo único, II)

4.1.3 determinação do valor do crédito presumido

Para apuração do valor do crédito presumido no sistema alternativo, o estabelecimento matriz da pessoa jurídica deverá:

a) apurar o total acumulado dos custos (subitem 4.1.1), desde o início do ano até o mês a que se referir o crédito;

b) apurar o fator a ser aplicado (subitem 4.1.2), considerando os valores da receita operacio-nal bruta, da receita de exportação e dos cus-tos, acumulados desde o início do ano até o mês a que se referir o crédito;

c) aplicar o fator determinado conforme descrito na letra “b” sobre o valor determinado confor-me descrito na letra “a”, resultando o valor do crédito presumido acumulado desde o início do ano até o mês da apuração;

d) diminuir, do valor apurado conforme descrito na letra “c”, o resultado da soma dos seguin-tes valores de créditos presumidos, relativos ao ano-calendário:d.1) utilizados por intermédio de dedução do

valor do IPI devido ou de ressarcimento; ed.2) com pedidos de ressarcimento já entre-

gues à RFB.

O valor do crédito presumido relativo ao mês será o resultante da operação descrita na letra “d”.

NotaNo caso de opção pelo regime alternativo quando do início das ativi-

dades da pessoa jurídica, a acumulação dos valores descritos nas letras “a” a “c” bem como a soma descrita na letra “d” aplicam-se a partir do 1º mês abrangido pela opção (Instrução Normativa SRF nº 420/2004, art. 10, § 2º).

(Instrução Normativa SRF nº 420/2004, art. 10, caput, §§ 1º e 2º)

4.1.4 abrangência e formalizaçãoA opção pelo regime alternativo abrangerá:

a) todo o ano-calendário;b) o período remanescente do ano-calendário,

na hipótese de exercício quando do início de atividades da pessoa jurídica.

A opção será formalizada diretamente no Demonstrativo de Crédito Presumido de IPI (DCP), correspondente ao último trimestre-calendário do ano anterior. No caso de início de atividade no ano--calendário, a opção será formalizada no primeiro trimestre-calendário de atividades.

(Instrução Normativa SRF nº 420/2004, art. 2º e art. 3º)

5. utIlIzação do CrédIto PreSuMIdoO crédito presumido será utilizado pelo esta-

belecimento matriz da pessoa jurídica produtora e exportadora para dedução do valor do IPI devido nas vendas para o mercado interno.

O crédito presumido, apurado pelo estabeleci-mento matriz, que não for por ele utilizado poderá ser transferido para qualquer outro estabelecimento industrial ou equiparado a industrial da pessoa jurí-dica para efeito de dedução do valor do IPI devido nas operações de mercado interno.

A transferência será efetuada por intermédio de nota fiscal emitida pelo estabelecimento matriz exclu-sivamente para essa finalidade.

Caso o estabelecimento matriz da pessoa jurídica não seja contribuinte do IPI, a transferência dar-se-á mediante emissão de nota fiscal de entrada pelo esta-belecimento industrial que estiver recebendo o crédito.

Na impossibilidade de utilização do crédito presu-mido na forma mencionada, a pessoa jurídica poderá solicitar à RFB o seu ressarcimento em espécie, que será efetuado ao estabelecimento matriz da pessoa jurídica.

O pedido do mencionado ressarcimento será apresentado por trimestre-calendário, conforme esta-belecido pela RFB.

NotaA Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012 disciplina o ressarcimento e a com-

pensação de créditos do IPI mediante utilização do Programa Pedido Eletrônico de Ressarcimento ou Restituição e Declaração de Compensação (PER/Dcomp).

(RIPI/2010, art. 246 e art. 247; Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012; Portaria MF nº 93/2004, art. 4º, §§ 1º a 6º)

6. ProdutoS não exPortadoSA empresa comercial exportadora que no prazo

de 180 dias, contado da data da emissão da nota fiscal de venda pela pessoa jurídica produtora, não houver efetuado a exportação dos produtos para o exterior ficará obrigada ao pagamento das contribui-ções para o PIS-Pasep e da Cofins relativamente aos produtos adquiridos e não exportados, bem como de valor equivalente ao crédito presumido atribuído à pessoa jurídica produtora vendedora.

O valor a ser pago, correspondente ao crédito presumido, será determinado mediante a aplicação do percentual de 5,37% sobre 60% do preço de aquisição dos produtos adquiridos e não exportados.

O pagamento do valor apurado deverá ser efe-tuado até o 10º dia subsequente ao do vencimento do prazo estabelecido para a efetivação da exportação.

(RIPI/2010, art. 249; Portaria MF nº 93/2004, art. 5º, caput, §§ 1º e 2º)

07-04 SC Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

6.1 revenda no mercado interno

Se a empresa comercial exportadora revender, no mercado interno, os produtos adquiridos para exportação, sobre o valor de revenda serão, também, devidas as contribuições para o PIS-Pasep e a Cofins, a serem pagas nos prazos estabelecidos na legisla-ção específica.

(RIPI/2010, art. 250; Portaria MF nº 93/2004, art. 5º, § 3º)

7. FuSão, InCorPoração ou CISão

Na hipótese de fusão, incorporação ou cisão total ou parcial, a pessoa jurídica fusionada, incorporada ou cindida deverá apurar o crédito presumido na data do evento.

A referida obrigatoriedade aplica-se, também, à pessoa jurídica incorporadora.

(Portaria MF nº 93/2004, art. 11, caput, § 1º)

8. exeMPlo

A título de ilustração, vejamos o seguinte exem-plo, considerando-se que a apuração seja relativa a crédito presumido do mês de dezembro/2013, por pessoa jurídica não optante pelo regime alternativo descrito no item 4 e partindo-se dos seguintes pres-supostos:

1º) total dos insumos utilizados na produção de outubro a dezembro/2013 R$ 900.000,002º) receita operacional bruta do período (outubro a dezembro/2013) R$ 1.500.000,003º) receita de exportação do período (outubro a dezembro/2013) R$ 525.000,00

Assim, temos:

Relação percentual de que trata a letra “b” do item 3:

Receita de exportação × 100 = x, ou seja,Receita operacional bruta

R$ 525.000,00 × 100 = 35%R$ 1.500.000,00

35% × R$ 900.000,00 = R$ 315.000,00

5,37% × R$ 315.000,00 = R$ 16.915,50

No mencionado exemplo, R$ 16.915,50 corres-ponde ao valor total do crédito presumido acumulado de outubro a dezembro/2013, isto é, até o mês da apuração.

Para conhecer o valor do crédito presumido do próprio mês da apuração (dezembro/2013), o benefi-ciário deve deduzir do total encontrado (R$ 16.915,50) os valores já apropriados durante o ano-calendário (de que trata a letra “e” do item 3).

9. oBrIgaçõeS aCeSSórIaS

A empresa comercial exportadora que houver adquirido produtos de pessoa jurídica produtora e exportadora, com o fim específico de exportação, prestará informações referentes às exportações rea-lizadas.

Essas informações deverão ser prestadas por intermédio da Declaração de Informações Econômico--Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), na forma do art. 23 da Instrução Normativa SRF nº 419/2004.

Por outro lado, a pessoa jurídica produtora e exportadora que apurar crédito presumido de IPI como ressarcimento do PIS-Pasep e da Cofins deverá apresentar trimestralmente o DCP, conforme disciplina constante da Instrução Normativa SRF nº 419/2004.

Foram aprovados o programa gerador e as instruções de preenchimento do Demonstrativo do Crédito Presumido, versão 1.2, para utilização na apresentação, na entrega em atraso ou na retificação de demonstrativos.

O DCP é de apresentação obrigatória para as pessoas jurídicas produtoras e exportadoras de pro-dutos industrializados nacionais que apurem crédito presumido de IPI de que tratam a Lei nº 9.363/1996 e a Lei nº 10.276/2001.

O DCP deverá ser apresentado, trimestralmente, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica, até o último dia útil da 1ª quinzena do 2º mês subsequente ao trimestre-calendário de ocorrência dos fatos geradores.

No caso de extinção, incorporação, fusão ou cisão, a pessoa jurídica extinta, incorporadora, incor-

07-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 07 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

ICMS

Diferimento SUMÁRIO 1. Introdução 2. Conceito 3. Hipóteses amparadas pelo diferimento 4. Serviço de transporte 5. Recolhimento do imposto 6. Base de cálculo 7. Nota fiscal 8. Infrações e penalidades

1. Introdução

Nos termos da Lei Complementar nº 87/1996, arts. 5º e 6º, o Estado, para consecução de seus fins, pode atribuir, de modo expresso, a terceiros, vincu-lados e com interesse no fato gerador do imposto a responsabilidade pelo cumprimento da obrigação tributária. Esse mecanismo constitui-se na figura da substituição tributária, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo a este um caráter suple-tivo do cumprimento total ou parcial da referida obri- gação.

Por imposição legal, a substituição tributária consiste em atribuir a determinado contribuinte do ICMS, qualificado como contribuinte substituto, a res-ponsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto devido por outros contribuintes, nomeados contribuintes substituídos.

No Estado de Santa Catarina, as regras gerais da substituição tributária estão previstas no RICMS-SC/2001, Anexo 3.

2. ConCeIto

Podemos definir o diferimento como a espécie de substituição tributária que atribui a responsabilidade

ao contribuinte pelo pagamento do imposto em rela-ção às operações anteriores.

Nas operações abrangidas por diferimento, fica atribuída ao destinatário da mercadoria a responsabi-lidade pelo recolhimento do imposto na condição de substituto tributário.

O imposto devido por substituição tributária será considerado na operação tributada subsequente promovida pelo substituto.

O diferimento, salvo disposição em contrário, somente se aplica às operações internas quando o remetente e o destinatário forem inscritos no Cadastro de Contribuintes do ICMS (CCICMS) ou no Registro Sumário de Produtor (RSP), conforme o caso.

Podemos representar graficamente uma operação amparada pelo diferimento do imposto através do seguinte exemplo, aplicado às operações realizadas no Estado de Santa Catarina:

(RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 1º, caput e § 1º, e art. 2º)

3. HIPóteSeS aMParadaS Pelo dIFerIMento

Apresentamos, a seguir, as situações amparadas pelo diferimento do imposto:

a Estadual

porada, fusionada ou cindida deverá apresentar o DCP:

a) até o último dia útil do mês de março, quando o evento ocorrer em janeiro; ou

b) até o último dia útil do mês subsequente ao do evento, na hipótese de o mesmo ocorrer em período posterior.

Para a apresentação do DCP, é obrigatória a assi-natura digital do demonstrativo mediante utilização de certificado digital válido.

(Lei nº 9.363/1996; Lei nº 10.276/2001; Instrução Normati-va SRF nº 419/2004; Portaria MF nº 93/2004, arts. 6º e 7º)

N

07-06 SC Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

HIPÓTESES AMPARADOS PELO DIFERIMENTO

Descrição Fundamento legal

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída das seguintes mercadorias, quando destinadas a comercialização, industrialização ou atividade agropecuária:a) cama de aviário;b) casca-de-arroz;c) erva-mate em folha ou cancheada;d) farinha grossa e raspa leve ou pesada de mandioca;e) leite fresco, pasteurizado ou não, e leite reconstituído;f) mandioca in natura;g) soja em grão;h) triticale;i) pó-de-serra, maravalha, cavaco, refilo ou destopo resultantes de serragem ou beneficiamento de madeira, inclusive quando destinados a emprego como combustível em processo industrial;j) trigo em grão;k) suínos vivos;l) ovo integral pasteurizado líquido, clara pasteurizada líquida e gema pasteurizada líquida.Notas(1) O Ato Diat nº 17/2011 estabelece pauta fiscal de diversas mercadorias, incluindo na listagem a pauta de preços mínimos para o trigo em grão.(2) O diferimento nas operações com trigo em grão (letra “j”) não se aplica às operações com mercadoria importada com destino a estabelecimento comercial.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 3º

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída do soro de leite em pó do estabelecimento que o produzir, exceto quando:a) destinado a consumidor final ou a contribuinte enquadrado no Simples Nacional;b) a operação for contemplada com outro benefício fiscal.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 3º-A

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação, na saída de estabelecimento agropecuário, das seguintes mercadorias, quando destinadas à comercialização, industrialização ou atividade agropecuária:a) produto agropecuário em estado natural, salvo quanto às operações em que o diferimento é regido por dispositivo próprio;b) carvão vegetal, lenha e madeiras em toras, extraídos de florestas cultivadas, inclusive quando destinados à utilização como combustível em processo industrial, desde que, além do documento fiscal próprio, a operação esteja acobertada por guia florestal;NotaO Ato Diat nº 103/2007 aprova a pauta de preço mínimo do carvão vegetal.c) gado bovino ou bufalino:c.1) com destino a estabelecimento abatedor;c.2) com destino a outro estabelecimento pecuarista;c.3) com destino a outro estabelecimento do mesmo titular, localizado no mesmo município ou em município adjacente, exceto quando se tratar de operações com gado pronto para o abate;NotaO Ato Diat nº 174/2008 aprova a pauta de preço mínimo a ser considerado como base de cálculo, para efeito de reco-lhimento do ICMS, relativo às operações com a carne de bovino e bufalino.d) gado ovino com destino a estabelecimento abatedor ou em operação entre produtores;e) gado equino em operação entre produtores.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 4º

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de substâncias minerais, exceto carvão mineral, do local de extração para o estabelecimento que receber o produto para:a) operação de tratamento caracterizada por:a.1) processo de beneficiamento realizado por fragmentação, pulverização, classificação, concentração (inclusive por se-paração magnética e flotação), homogeneização, desaguamento (inclusive secagem, desidratação e filtragem) e levigação;a.2) demais processos de beneficiamento, ainda que exijam a adição de outras substâncias, desde que deles não resulte modificação essencial na identificação das substâncias minerais processadas, exceto a serragem, a lapidação e o polimento;a.3) processos de aglomeração realizados por briquetagem, nodulação, sinterização e pelotização;a.4) simples desdobramento de blocos de mármore ou granito;b) utilização como matéria-prima em processo industrial, assim entendido aquele que modifique a natureza e a finalida-de da substância mineral, exceto serragem, lapidação e polimento.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 5º

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de carvão mineral, quando o destinatário for:a) empresa concessionária de serviço público, produtora de energia elétrica;b) estabelecimento produtor inscrito no RSP;c) fornecedor de empresa concessionária de serviço público, produtora de energia elétrica, quando a operação for decorrente de contrato expresso celebrado entre as partes.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 6º

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de peixe, crustáceo ou molusco, considerando-se encerrada a fase do diferimento nas saídas para:a) comerciante varejista;b) consumidor final, inclusive bares, restaurantes ou estabelecimentos similares;c) outros Estados.O diferimento também se aplica às saídas para comerciante varejista, promovidas pelo próprio captor ou produtor, e abrange ainda a saída de gelo destinado à conservação dos produtos.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 7º

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de mercadoria de estabelecimento de produtor para estabelecimento de cooperativa de que faça parte.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º, I

07-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 07 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Descrição Fundamento legal

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de mercadoria de estabelecimento de cooperativa de produtores para estabelecimento da própria cooperativa, de cooperativa central ou de federação de cooperativas de que a remetente faça parte.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º, II

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de mercadorias de estabelecimento de contri-buinte para outro estabelecimento da mesma empresa.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º, III

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída, promovida por pessoa não obrigada à emissão de documento fiscal, de couro e pele em estado fresco, salmourado ou salgado, sebo, ferro-velho e sucata de metais, osso, chifre, casco, fragmento, caco, apara de papel, de papelão, de cartolina, de plástico, de fio ou de tecido e re-síduos de qualquer natureza, quando for emitida nota fiscal, com finalidade de entrada para acobertar o transporte.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º, IV

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de tapete e passadeira, fabricados com aparas de tecidos e outros resíduos, com utilização de teares manuais, promovida pelo próprio fabricante com destino a esta-belecimento inscrito no CCICMS.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º, V

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de produto típico de artesanato regional, com destino a estabelecimento inscrito no CCICMS, promovida pelo artesão que o produzir sem o emprego de trabalho assalariado.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º, VI

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de energia elétrica para estabelecimento de em-presa concessionária, distribuidora do produto.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º,

VIIO imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de mercadorias pertencentes a terceiros, de es-tabelecimento de empresa de transporte ou de seu depósito, por conta e ordem desta, desde que o estabelecimento remetente esteja situado em território catarinense e com a ressalva de que se considera ocorrido o fato gerador do imposto no momento da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando esta não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente.

RICMS-SC/2001, art. 3º, IV, e

Anexo 3, art. 8º, VIII

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de madeira e produtos resultantes de sua transfor-mação entre estabelecimentos inscritos no CCICMS, localizados na área de abrangência da Zona de Processamento Florestal (ZPF), instituída pela Lei nº 10.169/1996.NotaO diferimento não se aplica quando o estabelecimento destinatário ou remetente for enquadrado no Simples Nacional.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º,

IX, § 1º

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação da parcela do valor acrescido, na hipótese do retorno de mercadoria recebida para conserto, reparo ou industrialização, nas condições previstas no RICMS-SC/2001, Anexo 2, art. 27, I, salvo se a encomenda for feita por não contribuinte ou por qualquer empresa para uso ou consumo no seu estabelecimento.NotaO RICMS-SC/2001, Anexo 2, art. 27, I, dispõe que fica suspensa a exigibilidade do imposto nas operações internas e interestaduais de saída de qualquer mercadoria, para conserto, reparo ou industrialização, desde que retorne ao esta-belecimento de origem, no prazo de 180 dias contados da data da saída, observadas as condições a seguir:a) o prazo poderá ser prorrogado uma vez pelo Gerente Regional da Fazenda Estadual, por igual período, mediante requerimento fundamentado do contribuinte;b) o benefício não se aplica, nas operações interestaduais, à saída de sucata ou resíduo e de produto primário de ori-gem animal, vegetal ou mineral, salvo se a remessa e o retorno se fizerem nos termos de protocolos celebrados entre os Estados interessados.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º, X

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de perfumes, cosméticos e produtos de higiene pessoal promovida pelo estabelecimento fabricante com destino à empresa:a) dedicada preponderantemente ao comércio de mercadorias por reembolso postal ou pelo sistema de marketing direto na modalidade de venda porta a porta; oub) que opere preponderantemente no ramo de atacado como distribuidora exclusiva de mercadorias produzidas pelo próprio remetente.NotaA aplicação do diferimento:a) fica condicionada à concessão, pelo Diretor de Administração Tributária, de regime especial ao remetente e ao des-tinatário, no qual serão estabelecidas as condições e as obrigações para a fruição do diferimento;b) não se aplica às saídas destinadas a contribuinte enquadrado no Simples Nacional.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º,

XI, § 2º

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de matéria-prima, material intermediário ou mate-rial secundário destinados a construção, conservação, modernização ou reparo de embarcações, sendo que o diferi-mento não se aplica:a) à saída de energia elétrica;b) à prestação de serviço de comunicação;c) a materiais destinados ao uso ou consumo do estabelecimento;d) às mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º,

XII, § 3º

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de couro e pele, em estado fresco, salmourado ou salgado, promovida por contribuinte, desde que o destinatário:a) seja estabelecimento industrial;b) entregue à Gerência Regional da Fazenda a que está jurisdicionado, até o dia 15 do mês subsequente, relatório das aquisições realizadas no mês anterior, contendo as seguintes informações relativas ao fornecedor:b.1) nome ou razão social;b.2) inscrição estadual;b.3) CNPJ;b.4) número, série e data de emissão das notas fiscais com finalidade de entrada emitidas no período.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º,

XIII

07-08 SC Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Descrição Fundamento legal

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de sucatas de metais, fragmentos, cacos, aparas de papel, papelão, cartolina, plástico, tecido e resíduos de qualquer natureza com destino a estabelecimento inscrito no CCICMS.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º,

XIV

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de embalagem para acondicionamento de produ-tos derivados da industrialização do trigo promovida por estabelecimento fabricante, com destino a estabelecimento industrial.

RICMS-SC/2001, art. 3º, IV, Anexo

3, art. 8º, XV

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de embalagem gráfica impressa, rótulos e etique-tas promovida por estabelecimento de indústria gráfica com destino a estabelecimento industrial exportador, sendo que a aplicação do diferimento:a) fica condicionada à concessão de regime especial ao estabelecimento de indústria gráfica fornecedora, no qual serão estabelecidas as condições e as obrigações para a fruição do diferimento:b) aplica-se somente ao produto industrializado pelo próprio estabelecimento detentor do regime especial;c) não se aplica às saídas de embalagem de papelão ondulado e de embalagem tipo LPB (liquid packing board) - tetra pack.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º,

XVI, § 4º

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de mercadorias, máquinas, aparelhos e equipa-mentos destinados à empresa beneficiada pelo Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Es-trutura Portuária (Reporto), instituído pela Lei nº 11.033/2004, para utilização exclusiva em porto localizado em território catarinense, na execução de serviços de carga, descarga e movimentação de mercadorias.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º,

XVII

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de mercadoria de estabelecimento de cooperativa com destino a estabelecimento de empresa comercial exportadora, relativamente às operações não alcançadas pela não incidência do imposto na exportação direta/indireta (prevista no RICMS-SC/2001, art. 6º, II, §§ 1º e 2º).

RICMS-SC/2001, art. 3º, IV, Anexo

3, art. 8º, XIX

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de vinho promovida pelo estabelecimento industrial que o tenha produzido, com destino a outro estabelecimento industrial produtor de vinho.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º,

XX

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída de mercadoria com destino a estabelecimento de empresa interdependente, assim entendida aquela que por si, seus sócios ou acionistas seja titular de, no mínimo, 50% do capital da outra, observando que o diferimento não se aplica quando qualquer dos estabelecimentos envolvidos for beneficiário de tratamento tributário diferenciado que implique redução do imposto a recolher.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º,

XXI, § 5º

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na saída, promovida por estabelecimento de produtor ou estabelecimento de cooperativa de produtores com destino a estabelecimento inscrito no CCIMS, de produtos hortifru-tícolas descritos nas alíneas “a” a “t” do inciso I do art. 2º, Anexo 2 do RICMS-SC/2001, quando acondicionados, ainda que embalados a vácuo, congelados, descascados, cortados, picados, ralados ou fatiados, desde que não sejam cozidos, nem possuam adição de quaisquer outros produtos, mesmo que simplesmente para conservação.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º,

XXII

Mediante regime especial concedido pelo Diretor de Administração Tributária, poderá ser diferido, para a etapa seguin-te de circulação da entrada no estabelecimento importador, o imposto devido por ocasião do desembaraço aduaneiro, na importação realizada por intermédio de portos, aeroportos ou pontos de fronteira alfandegados, situados neste Estado, de:a) herbicidas, amônia, ureia, sulfato de amônio, nitrato de amônio, nitrocálcio, MAP (monoamônio fosfato), DAP (diamô-nio fosfato), cloreto de potássio, adubos simples e compostos, fertilizantes e DL metionina e seus análogos, para uso na agricultura ou pecuária, pelo próprio importador, desde que inscrito no CCICMS ou no RSP;b) mercadoria destinada à utilização como matéria-prima, material intermediário ou material secundário em processo de industrialização em território catarinense;c) mercadoria destinada à comercialização;d) conversores de canal de 550 MHz, com controle remoto, classificados no código da Nomenclatura Brasileira de Mer-cadorias/Sistema Harmonizado - Nomenclatura Comum do Mercosul (NBM/SH-NCM) 8543.89.90, e decodificadores de vídeo, classificados no código da NBM/SH-NCM 8543.89.90, destinados a integrar o Ativo Imobilizado do importador, hipótese em que se considera encerrada a fase do diferimento na data da alienação do bem ou no 24º mês contado da data de sua importação, o que ocorrer primeiro;e) insumos, outros materiais e equipamentos destinados a construção, conservação, modernização ou reparo de em-barcações pré-registradas ou registradas junto ao Tribunal Marítimo, no Registro Especial Brasileiro (REB), de que trata a Lei federal nº 9.432/1997, hipótese em que não se aplica o disposto no RICMS-SC/2001, art. 1º, § 2º, I;f) máquinas e equipamentos destinados à indústria gráfica, sem similar produzido em Santa Catarina, destinados a integrar o Ativo Imobilizado do importador, considerando-se encerrada a fase do diferimento na data da alienação do bem, observadas as condições e requisitos para a aplicação do diferimento.Verifique o procedimento ICMS - Diferimento do imposto na importação de mercadorias, que trata do assunto de ma-neira detalhada.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 10

O imposto fica diferido para a etapa seguinte de circulação na entrada de mudas de videira no estabelecimento do importador, desde que a importação seja realizada através de portos, aeroportos ou pontos de fronteira alfandegados situados neste Estado.Verifique o procedimento ICMS - Diferimento do imposto na importação de mercadorias, que trata do assunto de ma-neira detalhada.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 10-A

07-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 07 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Descrição Fundamento legal

Ficam diferidas as parcelas correspondentes a 29,411 e 52% do imposto devido nas saídas (sujeitas, respectivamente, às alíquotas de 17 e de 25%):a) de estabelecimento industrial, de plástico e suas obras, destinados à construção civil, classificados no Capítulo 39 da NBM/SH-NCM;b) de estabelecimento importador, de mercadoria cuja entrada tenha sido abrangida pelo diferimento previsto no RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 10, e Anexo 2, art. 148-A;c) de produtos de informática promovidas por estabelecimento que utilize o benefício previsto nos seguintes dispositi-vos do RICMS-SC/2001, Anexo 2, exceto nas saídas destinadas a consumidor final:c.1) Anexo 2, art. 15, VIII, § 2º (concessão de crédito presumido nas saídas de produtos da indústria de automação, informática e telecomunicações promovidas pelo estabelecimento industrial);c.2) Seção XXX do Capítulo V (crédito presumido nas operações realizadas por indústrias de bens e serviços de infor-mática);d) de vinho, promovida por estabelecimento industrial produtor de vinho, exceto em relação às mercadorias beneficia-das pelo disposto no RICMS-SC/2001, Anexo 2, art. 21, X.O diferimento previsto na letra “a” não se aplica:a) à saída destinada a consumidor final e a contribuinte enquadrado no regime único de arrecadação, previsto na Cons-tituição Federal/1988, art. 146, parágrafo único;b) quando a operação for contemplada com outro benefício fiscal.O diferimento previsto na letra “b” não se aplica:a) à saída a contribuinte enquadrado no regime único de arrecadação, previsto na Constituição Federal/1988, art. 146, parágrafo único; oub) à saída a consumidor final, exceto:b.1) na hipótese do RICMS-SC/2001, Anexo 2, art. 15, VII, quando destine pneus, câmaras ou protetores de borracha a prestador de serviço de transporte inscrito no CCICMS; eb.2) quando se tratar de operação que destine a contribuinte do imposto mercadoria a ser integrada ao seu Ativo Per-manente, sendo que o imposto devido pelo destinatário em razão do diferimento parcial poderá ser compensado, no mesmo período de apuração, com créditos registrados em conta gráfica;c) à operação contemplada com a redução da base de cálculo ou isenção.Fica facultada a aplicação do percentual de 12% sobre a base de cálculo, devendo ser consignada no documento fis-cal a seguinte expressão: “Diferimento parcial do imposto, nos termos do RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 10-B, inciso....”.Verifique os procedimentos que tratam do assunto de maneira detalhada:ICMS - Diferimento do imposto na importação de mercadorias;ICMS - Considerações sobre a aplicação do diferimento parcial do imposto.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 10-B

Fica diferido o imposto relativo ao diferencial de alíquotas de ICMS nas entradas interestaduais de bens destinados a integrar o Ativo Permanente de concessionária de serviço público de transmissão de energia elétrica, desde que:a) a empresa destinatária seja credenciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel);b) os bens do Ativo Permanente sejam parte integrante do investimento relativo à construção de linhas de transmissão de energia e à ampliação de subestações no Estado de Santa Catarina;c) haja incremento de geração de empregos diretos e indiretos;d) a mão de obra seja prioritariamente contratada em Santa Catarina.O diferimento aplica-se somente às operações destinadas a contribuinte que possua regime especial concedido pelo Diretor de Administração Tributária.Considera-se encerrada a fase de diferimento caso ocorra venda ou alienação do bem destinado ao Ativo Permanente, devendo, no mês em que a venda ou alienação ocorrer, ser recolhido o diferencial de alíquotas em denúncia espontâ-nea.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 10-C;

Portaria SEF nº 142/2010

Fica diferido para a etapa seguinte de circulação o imposto devido por ocasião do desembaraço aduaneiro de merca-dorias, máquinas, aparelhos e equipamentos, diretamente importados por empresa beneficiada pelo Reporto, instituído pela Lei nº 11.033/2004, para utilização exclusiva em porto localizado em território catarinense, na execução de servi-ços de carga, descarga e movimentação de mercadorias. Esse diferimento:a) somente alcança a importação realizada por intermédio de portos, aeroportos ou pontos de fronteira alfandegados, situados neste Estado;b) não se aplica aos bens relacionados com as atividades administrativas do importador.Na hipótese de alienação do bem ou encerramento de atividades do importador, este deverá recolher:a) 100% do valor do imposto diferido, se o encerramento de atividades ou a alienação ocorrer antes de decorrido 1 ano da data do desembaraço aduaneiro;b) 75% do valor do imposto diferido, se o encerramento de atividades ou a alienação ocorrer após 1 ano e em até 2 anos da data do desembaraço aduaneiro;c) 50% do valor do imposto diferido, se o encerramento de atividades ou a alienação ocorrer após 2 anos e em até 3 anos da data do desembaraço aduaneiro;d) 25% do valor do imposto diferido, se o encerramento de atividades ou a alienação ocorrer após 3 anos e em até 4 anos da data do desembaraço aduaneiro.Verifique o procedimento ICMS - Diferimento do imposto na importação de mercadorias, que trata do assunto de ma-neira detalhada.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 10-D

07-10 SC Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 07 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

Descrição Fundamento legal

Mediante regime especial concedido pelo Secretário de Estado da Fazenda, nas saídas com destino a contribuinte detentor do tratamento tributário previsto nos arts. 9º e 10 do Decreto nº 105/2007, o percentual de diferimento poderá ser reduzido para:a) 58,823% nas operações sujeitas à alíquota de 17%; eb) 41,667% nas operações sujeitas à alíquota de 12%.O regime especial somente será concedido ao contribuinte cujas saídas destinadas a contribuinte detentor do trata-mento tributário com base no dispositivo legal citado no parágrafo anterior, realizadas nos últimos 12 meses, represen-tem mais de 50% do valor total de suas operações de saída.Nessas operações, desde que autorizado no regime especial, fica facultado aplicar diretamente o percentual de 7% sobre a base de cálculo integral.Os percentuais previstos nas letras “a” e “b” poderão ser, respectivamente, de 41,176% e 16,667%, desde que se trate de mercadoria produzida pelo próprio remetente e, quando for o caso, mais de 60% do valor total dos insumos importados utilizados na fabricação de mercadoria objeto do diferimento tenha sido importado pelo próprio remetente ou por contribuinte localizado no Estado. Nesse caso, desde que autorizado no regime especial, fica facultado aplicar diretamente o percentual de 10% sobre a base de cálculo integral.

RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 10-E

4. ServIço de tranSPorte

O imposto fica diferido nas seguintes prestações de serviço de transporte rodoviário de cargas reali-zadas no território catarinense:

a) quando o remetente for inscrito no CCICMS e o destinatário for inscrito no RSP, desde que a mercadoria transportada se destine a empre-go, pelo produtor, na atividade agropecuária;

b) quando o remetente for inscrito no RSP e o des-tinatário for inscrito no CCICMS, desde que a mercadoria transportada esteja amparada por isenção ou diferimento e se destine à comercia-lização ou industrialização pelo destinatário;

c) quando o remetente e o destinatário forem ins-critos no RSP, desde que a mercadoria trans-portada se destine a emprego, pelo destinatá-rio, na atividade agropecuária;

d) relativas às operações realizadas entre o es-tabelecimento inscrito no CCICMS, nas hipó-teses do RICMS-SC/2001, Anexo 5, art. 3º, II (possibilidade de inscrição única no cadastro de contribuintes nos locais de extração ou pro-dução agropecuária de caráter permanente ou temporário), e os seus locais de extração ou produção agropecuária;

e) relativas às operações com trigo em grão rea-lizadas entre contribuintes inscritos.

Não se aplica o disposto no RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 1º, § 2º (que trata das hipóteses em que o substituto tributário deve efetuar o recolhimento do imposto diferido, relacionadas no tópico 5), às hipóte-ses previstas neste tópico.

O disposto neste tópico estende-se à prestação de serviço de transporte ferroviário de carvão mineral destinado a concessionária de serviço público de energia elétrica, nas hipóteses do RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 6º, I e III.

Nas hipóteses deste tópico, se as prestações forem realizadas por transportador autônomo ou por transportador não inscrito como contribuinte neste Estado, fica dispensada a emissão do Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas quando:

a) o contratante do frete for o remetente, inscrito no RSP, e o respectivo valor esteja indicado no campo “Informações Complementares” da Nota Fiscal de Produtor que documentar a operação;

b) o remetente for inscrito no RSP, e o frete for contratado pelo destinatário, desde que o res-pectivo valor seja indicado no campo “Infor-mações Complementares” do documento fis-cal emitido como contranota pelo destinatário;

c) o remetente for inscrito no CCICMS, e o valor do frete estiver indicado no campo “Informa-ções Complementares” da Nota Fiscal, mode-lo 1 ou 1-A, relativa à operação.

Caso o transportador seja inscrito no CCICMS, fica facultada a emissão posterior do Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, englobando as prestações realizadas dentro do período de apura-ção, para cada contratante, desde que o valor do frete tenha sido indicado no documento fiscal correspon-dente a cada operação.

(RICMS-SC/2001, Anexo 6, arts. 122 e 123)

5. reColHIMento do IMPoSto

O contribuinte substituto deverá recolher o imposto diferido:

a) quando não promover nova operação tributada ou promovê-la sob regime de isenção ou não inci-dência, salvo quanto às operações que destinem mercadorias diretamente para o exterior do País;

b) proporcionalmente à parcela não tributada, no caso de operação subsequente beneficiada por redução da base de cálculo do imposto;

07-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 07 SC

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c) por ocasião da entrada ou do recebimento da mercadoria, nas hipóteses expressamente previstas no Regulamento do ICMS;

d) se ocorrer qualquer evento que impossibilite a ocorrência do fato gerador do imposto.

Nas operações praticadas pelo substituto, bene-ficiadas por isenção ou redução de base de cálculo, com expressa manutenção de créditos, fica dispen-sado o recolhimento do imposto diferido.

(RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 1º, §§ 2º e 5º)

6. BaSe de CálCulo

A base de cálculo do imposto devido por substi-tuição tributária é o valor da operação praticada pelo contribuinte substituído ou de que decorrer a entrada da mercadoria no estabelecimento.

(RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 1º, § 3º)

7. nota FISCal

O documento fiscal correspondente à operação abrangida por diferimento não poderá conter o desta-que do imposto, pois é vedado pela legislação.

O respectivo dispositivo regulamentar que con- cedeu o diferimento deverá ser indicado na nota fiscal.

(RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 1º, § 4º, e Anexo 5, art. 25, § 2º)

7.1 Modelo de danfe

A seguir, apresentamos, de forma ilustrativa, modelo do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrô-nica (Danfe), em uma operação com diferimento do imposto:

DANFE

07-12 SC Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 07 - Boletim IOB

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8. InFraçõeS e PenalIdadeS

A seguir, apresentamos, em forma de tabela, infração e penalidade, relacionadas a documentos fiscais, previstas na legislação:

QUADRO DE INFRAÇÕES E PENALIDADES

Infração Penalidade Fundamento legal

Emitir documento fiscal de forma ilegível, com omissões, incorreções ou apresentando emen-das ou rasuras que dificultem ou impeçam a ve-rificação dos dados nele informado.

Multa de R$ 5,00 por documento, não inferior a R$ 106,00, limitada a R$ 1.064,00.A imposição da multa não elide a exigência do im-posto e da penalidade cabíveis.

Lei nº 10.297/1996, art. 70

N

FEdERAl

Industrial - IPI - Estabelecimentos equiparados a industrial por opção

A legislação do IPI contém normas que permitem a determinados estabelecimentos optarem pela equi-paração a industrial.

Estabelecimento industrial é aquele que executa qualquer das operações de industrialização referidas no art. 4º do Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, de que resulte produto tribu-tado, ainda que de alíquota zero ou isento.

São equiparados a industrial os estabelecimentos mencionados pelos incisos I a XV do caput do art. 9º do RIPI.

O art. 10 do RIPI estabelece que são equiparados a industrial os estabelecimentos atacadistas que adquirirem os produtos relacionados no Anexo III da Lei nº 7.798/1989 dos estabelecimentos industriais ou a eles equiparados, de que tratam os incisos I a V do caput do citado art. 9º do RIPI/2010.

É válido destacar que os dispositivos citados estabe-lecem normas de caráter impositivo, fato pelo qual não

propiciam ao destinatário a opção pela sua aderência ou não, embora o regulamento possua regras opcionais para a equiparação a industrial, conforme se depreende do art. 11 do RIPI/2010, o qual estabelece que são equiparados a estabelecimento industrial, por opção:

a) os estabelecimentos comerciais que derem saída a bens de produção, para estabeleci-mentos industriais ou revendedores, observan-do-se que a opção não se aplica a atacadista que promove vendas de bens de produção a particulares em quantidade que não exceda a normalmente destinada ao seu próprio uso; e

b) as cooperativas, constituídas nos termos da Lei nº 5.764/1971, que se dedicarem à venda em comum de bens de produção, recebidos de seus associados para comercialização.

Para efeito de aplicação da legislação do IPI, considera-se estabelecimento comercial atacadista aquele que efetua vendas:

a) de bens de produção, exceto a particulares em quantidade que não exceda a normalmen-te destinada ao seu próprio uso;

b) de bens de consumo, em quantidade superior àquela normalmente destinada a uso próprio do adquirente; e

c) a revendedores.

a IOB Setorial

07-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 07 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Por outro lado, são considerados bens de produ-ção:

a) as matérias-primas;

b) os produtos intermediários, inclusive os que, embora não integrando o produto final, sejam consumidos ou utilizados no processo industrial;

c) os produtos destinados a embalagem e acon-dicionamento;

d) as ferramentas, empregadas no processo in-dustrial, exceto as manuais; e

e) as máquinas, os instrumentos, os aparelhos e os equipamentos, inclusive suas peças, partes

e outros componentes, que se destinem a em-prego no processo industrial.

Atente-se ainda para o fato de que o exercício da opção será formalizado mediante alteração dos dados cadastrais do estabelecimento, no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), para sua inclusão como contribuinte do imposto, e a desistência da condição de contribuinte será também formalizada mediante alteração dos dados cadastrais no CNPJ.

(Lei nº 5.764/1971; Lei nº 7.798/1989, Anexo III; RIPI/2010, arts. 4º, 8º, 9º, caput, 10, 11, 12, 14, I, e 610)

N

MunICIPAl (FlORIAnóPOlIS)

Valores do regime de estimativa para serviços náuticos, recreativos e/ou esportivos

A Lei Complementar nº 116/2003 dispõe sobre Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), em nível nacional, especialmente no que se refere à identificação das atividades sujeitas ao imposto, da base de cálculo, dos contribuintes e responsáveis, bem como do local de pagamento.

A base de cálculo do imposto é o preço do serviço, entendido como a receita bruta a ele correspondente, sem nenhuma dedução, excetuados os descontos ou abatimentos concedidos independentemente de condição.

A critério da autoridade administrativa, o imposto poderá ser calculado e recolhido por estimativa, nos seguintes casos:

a) quando se tratar de estabelecimento de cará-ter temporário ou provisório;

b) quando se tratar de estabelecimento de rudi-mentar organização;

c) quando o nível de atividade econômica reco-mendar tal sistemática;

d) quando se tratar de estabelecimento cuja na-tureza da atividade imponha tratamento fiscal especial.

Por meio da Portaria SMF nº 1/2014 foram apro-vados os valores do ISSQN que devem ser utilizados no Município de Florianópolis para fins de estimativa fiscal, por conta da prestação de serviços náuticos, recreativos e/ou esportivos, a vigorar de 1º.12.2013 a 15.03.2014:

Atividades Valor do ISSQN (em R$) por

atividade

Serviços de promoção de passeios em “Banana Boat” (disco)

1.226,00

Serviços de promoção de passeios em “Parasail” 2.302,00

a IOB Comenta

07-14 SC Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 07 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ICMS

Sped - Danfe - Canhoto

1) Em que parte do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) deve ficar o canhoto utilizado como comprovante de entrega?

O canhoto deverá estar na extremidade superior do Danfe.

No Manual de Orientação do Contribuinte, versão 5.0 (item 7.8 - tamanho dos campos - subitem 7.8.1 - formulário A-4 em modo retrato), no que se refere a posição com relação à margem, o bloco e o campo determinam que será na parte superior.

(Manual de Orientação do Contribuinte, versão 5.0; Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012)

Sped - NF-e - Preenchimento

2) Na emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) para turista, deve-se preencher os dados do destina-tário com informações do endereço no exterior ou os dados do hotel em que ele se encontra hospedado? Com relação aos campos referentes ao CNPJ/CPF e à inscrição estadual, como deverá ser o preenchimento?

Deverão ser preenchidos os dados do endereço do turista com informações do exterior, sendo o campo “País” preenchido normalmente (Código País do destinatário no XML deve ser diferente de 1058 - Brasil), o campo “UF” preenchido com “EX” e o campo “Município” preenchido com “Exterior” (Código Município do destinatário no XML deve ser “9999999”). Os campos referentes ao CNPJ/CPF e à inscrição estadual não deverão ser preenchidos.

(Manual de Orientação do Contribuinte, versão 5.0; Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012)

a IOB Perguntas e Respostas

Atividades Valor do ISSQN (em R$) por

atividade

Serviços de promoção de passeios em “Raffting” 296,00

Serviços de promoção de passeios em “Water Boat”

231,00

Serviços de promoção de passeios em “Ultraleve” 1.070,00

Serviços de promoção de passeios em “Jet Ski” 1.070,00

Serviços de promoção de passeios em “Veleiros, Laser, Hobbie Cat e Windsurf”

1.070,00

Serviços de promoção de passeios em “Triciclo/Quadriciclo”

371,00

Serviços de promoção de passeios em “Triciclo/Quadriciclo Motorizados”

265,00

A opção pelo regime se dará mediante requeri-mento do interessado, de ofício, em razão de informa-ções cadastrais ou por decorrência de ações fiscais.

Os contribuintes mencionados e enquadrados neste regime ficam dispensados da emissão de quaisquer documentos fiscais.

O imposto deve ser pago até o 20º dia do mês, enquanto vigorar o regime de estimativa.

(RISSQN-Florianópolis/2003, arts. 6º, caput e § 1º, 16 e 21, III; Portaria SMF nº 1/2014)

N

07-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2014 - Fascículo 07 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Sped - NF-e - Preenchimento - Campo “cEAN”

3) O campo “cEAN” (código de barras do produto) é de apresentação obrigatória na Nota Fiscal Eletrôni-ca (NF-e)?

O referido campo deverá apresentar informação apenas quando o produto/mercadoria possuir código de barras. Conforme disposto no Manual da Nota Fiscal Eletrônica, versão 5.0, o referido campo deverá ser preenchido com os códigos GTIN-8, GTIN-12, GTIN-13 ou GTIN-14 (antigos códigos EAN, UPC e DUN-14).

(Ajuste Sinief nº 16/2010; Manual de Orientação do Contri-buinte, versão 5.0; Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012)

ICMS/SC

Base de cálculo reduzida - Máquinas, aparelhos e equipamentos industriais

4) No Estado de Santa Catarina, existe redução de base de cálculo para máquinas, aparelhos e equipa-mentos industriais?

Sim. Aplica-se redução de base de cálculo nas operações internas e interestaduais para máquinas, aparelhos e equipamentos industriais que estejam relacionados na listagem prevista no Anexo 1, Seção VI, nos seguintes percentuais:

a) em 48,23%, nas operações sujeitas à alíquota de 17%;

b) em 26,66%, nas operações sujeitas à alíquota de 12%;

c) em 26,57%, nas operações sujeitas à alíquota de 7%.

Nessas operações, fica assegurado o aproveita-mento integral do crédito.

Fica dispensado o recolhimento do imposto cor-respondente à aplicação da diferença entre a alíquota interna e interestadual na aquisição interestadual, por contribuinte do imposto, de mercadoria destinada a Ativo Permanente, uso ou consumo do estabelecimento.

(RICMS-SC/2001, Anexo 2, art. 9º, I)

Crédito presumido - Fornecimento de refeições

5) Há crédito presumido de ICMS nas operações de fornecimento de refeições?

Sim. No fornecimento de refeições promovido por bares, restaurantes e estabelecimentos simila-res, assim como na saída promovida por empresas preparadoras de refeições coletivas, excetuado, em qualquer das hipóteses, o fornecimento ou a saída de bebidas, há crédito presumido de ICMS no per-centual de 58,823% do valor do imposto incidente na operação.

(RICMS-SC/2001, Anexo 2, art. 21, IV)