23
Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Conserto, restauração ou recondicionamento de produtos usados a ICMS - Substituição tributária - Autopeças a ICMS - Vending machine - Tratamento fiscal ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 28/2016 São Paulo / a Federal IPI Bens do Ativo Imobilizado 01 / a Estadual ICMS Substituição tributária - Materiais de construção e congêneres 04 / a IOB Setorial Estadual Energético - Isenção do ICMS nas operações com equipamentos para geração de energia solar ou eólica 18 / a IOB Comenta Federal ICMS/IPI - Sped - EFD - Bloco K - Exigência a partir de 1º012017 19 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Ativo Imobilizado - Venda - Hipótese de incidência 20 Crédito fiscal - Insumos aplicados na industrialização de produtos não tributados - Impossibilidade 20 ICMS/SP Base de cálculo - Carne e gado - Pauta fiscal 20 Base de cálculo - Gorjeta - Exclusão 20 Crédito - Aquisição de insumo industrial de contribuinte substituído 20 Nota fiscal - Destaque indevido de ICMS - Penalidade 21 ISS/São Paulo Regime especial de ofício - Imposição 21

IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

  • Upload
    sintese

  • View
    238

  • Download
    1

Embed Size (px)

DESCRIPTION

IOB ICMS-IPI, Sao Paulo,28-2016,2a Sem Julho

Citation preview

Page 1: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico

Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Conserto, restauração ou recondicionamento de produtos usados

a ICMS - Substituição tributária - Autopeças

a ICMS - Vending machine - Tratamento fiscal

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 28/2016

São Paulo

/a FederalIPIBens do Ativo Imobilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSSubstituição tributária - Materiais de construção e congêneres . . . . . 04

/a IOB SetorialEstadualEnergético - Isenção do ICMS nas operações com equipamentos para geração de energia solar ou eólica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

/a IOB ComentaFederalICMS/IPI - Sped - EFD - Bloco K - Exigência a partir de 1º .01 .2017 . . . 19

/a IOB Perguntas e RespostasIPIAtivo Imobilizado - Venda - Hipótese de incidência . . . . . . . . . . . . . 20Crédito fiscal - Insumos aplicados na industrialização de produtos não tributados - Impossibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

ICMS/SPBase de cálculo - Carne e gado - Pauta fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Base de cálculo - Gorjeta - Exclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Crédito - Aquisição de insumo industrial de contribuinte substituído . . . 20Nota fiscal - Destaque indevido de ICMS - Penalidade . . . . . . . . . . . 21

ISS/São PauloRegime especial de ofício - Imposição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Page 2: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

© 2016 by SAGE | IOB

Capa:Marketing SAGE | IOB

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial SAGE | IOB

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : bens do ativo imobilizado.... -- 12. ed. -- São Paulo : Sage - IOB, 2016. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2750-2

1. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 2. Tributos - Brasil I. Série.

16-04458 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

Page 3: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

28-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 SP

a Federal

IPI

Bens do Ativo Imobilizado SUMÁRIO 1. Introdução 2. Origem dos bens 3. Incorporação dos bens 4. Bens destinados à execução de serviços pelo remetente 5. Bens destinados a locação ou arrendamento 6. Suspensão 7. Bens importados diretamente pelo contribuinte 8. Bens de fabricação própria 9. Crédito fiscal 10. Solução de Consulta RFB

1. INTRODUÇÃOExaminaremos, neste texto, os aspectos fiscais

aplicáveis às saídas, promovidas pelo estabe-lecimento industrial ou equiparado a indus-trial, de bens adquiridos para integrar o Ativo Imobilizado (máquinas, aparelhos, equipamentos, móveis, utensílios, etc.).

Embora a matéria esteja voltada exclusivamente à análise de disposições pertinentes ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), aplicáveis às saídas dos referidos bens, destaca-se, de imediato, que a citada legislação, em contraste com a do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), não admite o crédito do imposto pago na entrada de bens destinados a integrar o Ativo Imobilizado.

Contudo, se o bem vier a ficar sujeito à incidência do imposto por ocasião de sua eventual saída, nesse momento o contribuinte poderá apropriar o crédito corres-pondente à respectiva entrada (examinar item 9).

Cabe ainda acrescentar que, em conformidade com o art. 178, caput, § 1º, da Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A), no balanço, as contas serão classificadas segundo os elemen-tos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. No Ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

a) Ativo Circulante; e

b) Ativo Não Circulante, composto por Ativo Rea- lizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível.

Portanto, a partir da publicação da Lei nº 11.941/2009, que deu nova redação aos dispositivos citados, ficou suprimida a expressão “Ativo Permanente” das contas do Ativo, prevalecendo, atualmente, dentro do grupo “Ativo não Circulante” a conta “Imobilizado”.

(Lei nº 6.404/1976, art. 178, caput, § 1º; Lei nº 11.941/2009; RIPI/2010, arts. 225 e 226, I)

2. ORIGEM DOS BENSO contribuinte que promover eventuais saídas de bens incorporados ao Ativo Imobilizado (venda, transfe-

rência, etc.) deve, desde logo, verificar qual a sua origem, ou seja, se foram adquiridos

no mercado interno, produzidos pelo próprio estabelecimento ou importados diretamente por este.

Isso porque é a origem do bem que definirá as implicações fiscais

decorrentes da realização dessas operações, conforme focalizado nos

subitens seguintes.

2.1 Bens adquiridos no mercado internoQuando determinado contribuinte adquire, no mer-

cado interno, bens (de fabricação nacional ou de origem estrangeira) destinados a integrar o Ativo Imobilizado e, posteriormente, promove a saída desses bens, nenhuma implicação haverá perante a legislação do IPI, por se tratar de operação que está fora do campo de incidência do referido tributo, já que os bens não foram fabricados nem importados pelo estabelecimento.

2.2 Bens de fabricação própria ou importados diretamente pelo estabelecimentoTratando-se de bens do Ativo Imobilizado que tenham

sido fabricados pelo próprio estabelecimento ou por ele diretamente importados, a saída poderá sujeitar-se ao pagamento do imposto.

No balanço, as

contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e

agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da

situação financeira da companhia

Page 4: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

28-02 SP Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Essa afirmativa resulta da aplicação do disposto no Regulamento do IPI (RIPI), art. 35, II, combinado com o art. 39, os quais dispõem que o fato gerador do imposto é con-figurado pela saída do produto industrializado ou importado do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial, independentemente da finalidade do produto e do título jurídico da operação (venda, empréstimo, etc.).

Como se verifica, o fato de se tratar de bens do Ativo Imobilizado da empresa (de fabricação própria ou importa-dos diretamente), por si só, não é suficiente para excluir a incidência do IPI por ocasião de sua eventual saída.

Em tais operações, a exclusão ou não da incidência do IPI (bem como a suspensão do seu pagamento) dependerá:

a) do tempo de incorporação do bem (item 3);

b) de ser ou não a primeira saída do bem (itens 4 e 5).(RIPI/2010, arts. 35, II, e 39)

3. INCORPORAÇÃO DOS BENS

3.1 Bens incorporados há mais de 5 anosNão constituem fato gerador do IPI as saídas de bens

incorporados há mais de 5 anos no Ativo Imobilizado pelo estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial, que os tenha industrializado ou importado diretamente.

(RIPI/2010, art. 38, III)

3.2 Bens incorporados há menos de 5 anosDo exposto no item anterior observa-se que a condição

para que a operação não fique sujeita ao IPI é que o bem esteja incorporado no Ativo Imobilizado há mais de 5 anos.

Logo, não sendo satisfeita essa exigência, a saída será tributada, qualquer que seja a finalidade ou o título jurídico da operação, ressalvadas, contudo, as operações a que nos referimos nos itens 4, 6 e 7.

(RIPI/2010, art. 38, III, a contrario sensu)

4. BENS DESTINADOS À EXECUÇÃO DE SERVIÇOS PELO REMETENTENos termos do RIPI, art. 38, II, “b”, não constituem fato

gerador do IPI as saídas subsequentes à primeira, de bens do Ativo Imobilizado (de fabricação própria ou diretamente importados), destinados à execução de serviços pelo pró-prio remetente.

(RIPI/2010, art. 38, II, “b”)

5. BENS DESTINADOS A LOCAÇÃO OU ARRENDAMENTOAs saídas de bens destinados a locação ou arrenda-

mento, quando eles tenham sido fabricados (ou importados) pelo locador ou arrendador, sujeitam-se normalmente à incidência do IPI, já que o título jurídico da operação (venda, locação, comodato, etc.) é irrelevante para efeito de carac-terização do fato gerador.

Todavia, a incidência do imposto nessas operações fica limitada somente à primeira saída.

As saídas subsequentes não se sujeitam ao lançamento do imposto, na forma do RIPI, art. 38, II, “a”, salvo se o bem tiver sido submetido à nova industrialização.

(RIPI/2010, art. 38, II, “a”)

6. SUSPENSÃO

6.1 Transferência Poderão sair com suspensão do IPI os bens do Ativo

Imobilizado (máquinas e equipamentos, aparelhos, instru-mentos, utensílios, ferramentas, gabaritos, moldes, matrizes e semelhantes) remetidos pelo estabelecimento industrial a outro estabelecimento da mesma empresa para serem utilizados no processo industrial do recebedor.

O remetente deverá emitir nota fiscal, que deverá conter, além dos requisitos regulamentares normalmente exigidos, a seguinte expressão: “Saída com suspensão do IPI - art. 43, XI, do RIPI/2010”.

(RIPI/2010, arts. 43, XI, e 415, III)

6.2 Remessa para industrialização

A legislação do IPI também prevê a suspensão do imposto nas saídas de bens do Ativo Imobilizado enviados pelo estabelecimento industrial a outro esta-belecimento, do próprio remetente ou de terceiros, para serem utilizados no processo industrial de produtos enco-mendados pelo remetente, desde que devam retornar ao estabelecimento encomendante após o prazo fixado para a fabricação dos produtos.

Na saída do bem, o contribuinte deverá emitir nota fiscal com todos os requisitos regulamentares normalmente exigidos e, em especial, a declaração: “Saída com suspen-são do IPI - art. 43, XII, do RIPI/2010”.

(RIPI/2010, arts. 43, XII, e 415, III)

7. BENS IMPORTADOS DIRETAMENTE PELO CONTRIBUINTE

Se o contribuinte promover a saída do bem (o qual tenha sido importado diretamente com isenção) antes de decorridos 5 anos de sua incorporação, ela será tributada pelo imposto (como vimos no subitem 3.1); se a saída ocorrer após 5 anos da respectiva incorporação, a operação não estará alcançada pela incidência do IPI.

Nesse sentido, vejamos o que estabelece o Parecer Normativo RFB nº 17/2013:

Parecer Normativo RFB nº 17, de 06.09.2013 - DOU de 09.09.2013

Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.

Page 5: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

28-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

SAÍDA DO ESTABELECIMENTO IMPORTADOR. FATO GERA-DOR. OCORRÊNCIA

Ementa: A saída de produtos importados do estabelecimento importador constitui fato gerador do imposto. Não elide a obri-gação de recolhimento do imposto o fato de os produtos terem sido desembaraçados com isenção objetiva, caso esta tenha sido revogada antes da saída desses produtos do estabeleci-mento importador.

Dispositivos Legais: Código Tributário Nacional (CTN), art. 105; Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010, Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados - RIPI/2010, arts. 9º, I, e 35, II.

Relatório

Cuida-se da atualização do Parecer Normativo CST nº 429, de 1971, que, embora tenha vigorado até a presente data, faz referências a norma já modificada ou revogada.

2. No caso em questão, determinada empresa importa produtos com isenção objetiva do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a qual, entretanto, é revogada antes de os produtos assim importados saírem de seu estabelecimento. Analisa-se se referida isenção deve ser aplicada quando da saída do referidos produtos.

Fundamentos

3. De acordo com o disposto no inciso II do art. 35 do Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010, Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados - RIPI/2010, uma das hipóte-ses em que ocorre o fato gerador do IPI é a saída de produtos importados do estabelecimento importador, que é equiparado a industrial por força do inciso I do art. 9º do mesmo RIPI/2010:

Art. 9º Equiparam-se a estabelecimento industrial:

I - os estabelecimentos importadores de produtos de proce-dência estrangeira, que derem saída a esses produtos (Lei nº 4.502, de 1964, art. 4º, inciso I);

[...]

Art. 35. Fato gerador do imposto é (Lei nº 4.502, de 1964, art. 2º):

I - o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira; ou

[...]

II - a saída de produto do estabelecimento industrial, ou equi-parado a industrial.

4. Por outro lado, o Código Tributário Nacional (CTN), Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, estabelece, em seu art. 105, que a legislação tributária é imediatamente aplicável aos fatos geradores futuros e aos pendentes:

Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja com-pleta nos termos do artigo 116.

5. Isto posto, torna-se irrelevante para elidir a obrigação de recolhimento do imposto a circunstância de os produtos terem sido importados com isenção, caso esta tenha sido revogada antes da saída desses produtos do estabelecimento importa-dor.

Conclusão

6. Diante do exposto, conclui-se que a saída de produtos impor-tados do estabelecimento importador constitui fato gerador do imposto. Não elide a obrigação de recolhimento do imposto o fato de os produtos terem sido desembaraçados com isenção objetiva, caso esta tenha sido revogada antes da saída desses produtos do estabelecimento importador.

7. Fica revogado o Parecer Normativo CST nº 429, de 1971.

À consideração do Coordenador-Substituto do GT-IPI.

RUI DIOGO LOUSA BORBA

Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB)

Portaria RFB nº 712, de 06 de junho de 2013

De acordo. À consideração do Coordenador da Cosit

MARCOS VINICIOS C. L. TAPAJÓS

AFRFB - Coordenador do GT-IPI

Substituto

Portaria RFB nº 712, de 06 de junho de 2013

De acordo. Encaminhe-se ao Subsecretário de Tributação e Contencioso (Sutri), com proposta de encaminhamento ao Secretário da Receita Federal do Brasil, para aprovação.

FERNANDO MOMBELLI

AFRFB - Coordenador-Geral da Cosit

De acordo. Encaminhe-se ao Secretário da Receita Federal do Brasil, para aprovação.

SANDRO DE VARGAS SERPA

Subsecretário de Tributação e Contencioso (Sutri)

Aprovo o presente Parecer Normativo

CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO

Secretário da Receita Federal do Brasil

Note-se que a subsequente saída do produto importado promovida pelo importador (antes de 5 anos da sua incorpo-ração) sujeita-se à incidência do IPI, por força da equipara-ção a estabelecimento industrial, de que trata o RIPI, art. 9º, I, segundo o qual “equiparam-se a estabelecimento industrial os estabelecimentos importadores de produtos de procedên-cia estrangeira, que derem saída a esses produtos”.

(RIPI/2010, art. 9º, I; Parecer Normativo RFB nº 17/2013)

8. BENS DE FABRICAÇÃO PRÓPRIANesta hipótese, a saída será tributada pelo IPI, com direito

ao aproveitamento do crédito do imposto relativo aos insumos adquiridos e empregados na industrialização do bem, salvo se a operação estiver enquadrada na hipótese do subitem 3.1, isto é, se a saída ocorrer após 5 anos da respectiva incorpo-ração, caso em que não ficará sujeita à incidência do tributo.

(RIPI/2010, arts. 35, II, 38, III, e 225)

9. CRÉDITO FISCAL Em determinados casos, como já visto, a saída de bens

do Ativo Imobilizado de produção própria ou importados diretamente pelo contribuinte está sujeita à incidência do IPI, especialmente quando esta ocorrer antes de decorridos 5 anos contados da incorporação.

Assim, é de indagar se em relação a essas operações o contribuinte teria direito ao aproveitamento do crédito do imposto anteriormente pago (por ocasião das respectivas entradas).

A resposta, sem dúvida, há de ser afirmativa, em face do princípio da não cumulatividade, incorporado ao RIPI, art. 225.

Page 6: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

28-04 SP Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Para efeito de ilustração, elaboramos, a seguir, exem-plo para fins de aproveitamento do crédito, partindo dos seguintes pressupostos:

a) determinado estabelecimento fabricou equipamen-to para integração no Ativo Imobilizado, tendo em-pregado diversos insumos, em relação aos quais foi pago (por ocasião das respectivas entradas), a títu-lo de IPI, o equivalente a R$ 10.000,00;

b) decorridos 6 meses da incorporação, o contri-buinte resolve vender esse equipamento por R$ 120.000,00. Como a operação não se enquadra nas condições a que se refere o subitem 3.1 nem naquelas de que trata o item 7, o contribuinte deve lançar o IPI na nota fiscal que acobertar a saída, mediante aplicação da alíquota a que estiver sujeito o produto, segundo a Tabela de Incidência do Im-posto sobre Produtos Industrializados (TIPI). Supon-do-se que a referida alíquota seja de 10%, então, teremos: R$ 120.000,00 x 10% = R$ 12.000,00.

Do exposto nas letras “a” e “b”, observa-se que o valor efetivamente devido a título de IPI corresponde a R$ 2.000,00, que é o resultado da diferença entre o tributo lan-çado na nota fiscal (R$ 12.000,00) e aquele pago por oca-sião das respectivas entradas dos insumos (R$ 10.000,00).

Acrescente-se, por último, que a escrituração do crédito do IPI (R$ 10.000,00) será feita diretamente no livro Registro de Apuração do IPI (modelo 8), no item “005 - Outros créditos”, descrevendo-se, resumidamente, o fato que deu origem ao lançamento (por exemplo: “Crédito relativo a bem do Ativo Imobilizado de fabricação própria, vendido em ......, conforme nota fiscal nº........., série, de ___/___/20XX”).

(RIPI/2010, arts. 225 e 477)

9.1 EFDO contribuinte obrigado à Escrituração Fiscal Digital

(EFD), nos termos do Ajuste Sinief nº 2/2009, deverá obser-var as orientações contidas no Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, que estabelece as especificações técnicas do leiaute dos arquivos digitais, no Guia Prático da EFD-ICMS/IPI e nos arts. 453 a 455 do RIPI.

O crédito do IPI referido no final do item 9 deverá ser lançado nos registros respectivos do Bloco E (Apuração do ICMS e do IPI), em especial, nos Registros E520, campo 06 - Valor de “Outros Créditos” do IPI, e E530, campos 02, item 1 - Ajuste a Crédito, e 07 - Descrição detalhada do ajuste com citação dos documentos fiscais, conforme exemplo anteriormente demonstrado.

(Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; RIPI/2010,

arts. 453 a 455; Guia Prático da EFD-ICMS/IPI)

10. SOLUÇÃO DE CONSULTA RFBTranscrevemos, a seguir, o texto da Solução de Consulta

nº 48/2013, que trata do assunto:

MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 48 de 27 de Fevereiro de 2013

[...]

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: PRODUTOS INCORPORADOS AO ATIVO PERMA-NENTE. FATO GERADOR. OCORRÊNCIA. A saída de produtos tributados do estabelecimento industrial e do estabelecimento equiparado a industrial é a hipótese, por excelência, que cons-titui o fato gerador do IPI. Sendo assim, na incorporação de veículos industrializados ou importados ao ativo permanente do estabelecimento industrial que os fabricou ou importou não ocorre o fato gerador do IPI, desde que esses veículos não saiam do referido estabelecimento antes de 5 anos de sua incorpora-ção. Nestas circunstâncias, os veículos nacionais que forem incorporados ao ativo imobilizado do estabelecimento fabricante (estabelecimento industrial) ou os veículos de origem estrangeira que forem incorporados ao ativo imobilizado do estabelecimento industrial importador (estabelecimento equiparado a industrial) e que deles saírem antes de cinco anos de sua incorporação estão sujeitos à incidência do IPI. Se a saída dos veículos se der para execução de serviços da própria firma remetente, a incidência do imposto se dará na primeira saída, existindo a obrigação acessória de emissão de nota fiscal. Na segunda saída ou outras subseqüentes, não haverá nova tributação, não sendo o estabe-lecimento, nestas saídas, contribuinte do imposto.

N

a Estadual

ICMS

Substituição tributária - Materiais de construção e congêneres SUMÁRIO 1. Introdução 2. Inaplicabilidade do regime 3. Produtos sujeitos ao regime 4. Sujeito passivo por substituição

5. Base de cálculo do imposto retido 6. Antecipação 7. Nota fiscal - Emissão pelo contribuinte substituto 8. Escrituração fiscal do contribuinte substituto 9. Apuração e informação do imposto retido 10. Recolhimento do imposto retido 11. Nota fiscal - Emissão pelo contribuinte substituído 12. Escrituração fiscal do contribuinte substituído 13. Devolução 14. Operações interestaduais realizadas pelo contribuinte

substituído

Page 7: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

28-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

1. INTRODUÇÃOA responsabilidade pelo pagamento do ICMS, no que

se refere às operações ou prestações, em regra, é daquele que pratica o fato gerador.

No entanto, em algumas situações, a legislação atribui expressamente a terceiros a condição de sujeito passivo por substituição.

Veremos neste texto, com base no Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 45.490/2000 e demais disposições da legislação pertinente, as principais regras de aplicação do regime da substituição tributária estabe-lecido para as operações subsequentes com materiais de construção e congêneres.

Saliente-se que a substituição tributária não se aplica na saída de materiais de construção destinada a estabe-lecimento de empresa de construção civil, salvo se este promover a circulação de mercadorias em seu próprio nome ou no de terceiro.

(Lei Complementar nº 87/1996; RICMS-SP/2000, art. 313-Y, § 3º)

2. INAPLICABILIDADE DO REGIME

2.1 Operações internasSalvo disposição em contrário, não se inclui na sujei-

ção passiva por substituição, subordinando-se às normas comuns da legislação, a saída promovida por estabeleci-mento responsável pela retenção do imposto destinada a:

a) integração ou consumo em processo de industriali-zação;

b) estabelecimento paulista, quando a operação sub-sequente estiver amparada por isenção ou não inci-dência;

c) outro estabelecimento do mesmo titular, desde que não varejista;

d) outro estabelecimento responsável pelo pagamento do imposto por sujeição passiva por substituição, em relação à mesma mercadoria ou a outra mercadoria enquadrada na mesma modalidade de substituição;

e) estabelecimento situado em outro Estado;f) estabelecimento ao qual foi atribuída, por regime

especial, a condição de sujeito passivo por substi-tuição; e

g) consumidor ou usuário final, uma vez que não have-rá saída subsequente da mercadoria que justifique a retenção antecipada.

Nota

A Portaria CAT nº 53/2013 disciplina a concessão de regime especial para atribuição da condição de sujeito passivo por substituição ao adquirente da mercadoria, referido na letra “f”.

Na hipótese das letras “c”, “d” ou “f”, a responsabili-dade pela retenção do imposto será do estabelecimento destinatário, devendo tal circunstância ser indicada no campo “Informações Complementares” do respectivo documento fiscal, e não autoriza o estabelecimento desti-natário atacadista a receber, sem a retenção antecipada do imposto, mercadoria de outro contribuinte responsável por tal retenção.

A hipótese descrita na letra “d” não se aplica no caso em que o estabelecimento destinatário da mercadoria tenha a responsabilidade atribuída pela legislação apenas pelo fato de receber mercadoria de outro Estado.

(RICMS-SP/2000, art. 264, caput e §§ 1º e 3º; Portaria CAT nº 53/2013)

2.2 Operações interestaduaisNas operações interestaduais, a substituição tributária

não se aplica:

a) às operações que destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição da mesma mercadoria;

b) às transferências de mercadoria entre estabeleci-mentos da empresa industrial e às operações en-tre contribuintes substitutos industriais, cabendo a retenção ao estabelecimento da empresa industrial ou ao contribuinte substituto destinatário que pro-mover a saída da mercadoria para estabelecimento de pessoa diversa; e

c) às demais hipóteses constantes nos respectivos acordos entre os Estados (convênio ou protocolo ICMS).

(Convênio ICMS nº 81/1993, cláusula quinta)

3. PRODUTOS SUJEITOS AO REGIMESão sujeitas ao regime da substituição tributária e

à antecipação (nas entradas de mercadorias de outros Estados sem a retenção do imposto) as seguintes mercado-rias, classificadas nas respectivas posições, subposições ou nos códigos da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH):

PRODUTOS SUJEITOS À SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Mercadoria NBM/SH

Cal 2522

Argamassas 3816.00.1 e 3824.50.00

Outras argamassas 3214.90.00

Silicones em formas primárias, para uso na construção 3910.00

Revestimentos de PVC e outros plásticos; forro, sancas e afins de PVC, para uso na construção 3916

Tubos e seus acessórios (por exemplo, juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plásticos, para uso na construção 3917

Page 8: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

28-06 SP Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Revestimento de pavimento de PVC e outros plásticos 3918

Chapas, folhas, tiras, fitas, películas e outras formas planas, autoadesivas, de plásticos, mesmo em rolos, para uso na construção 3919

Veda rosca, lona plástica para uso na construção, fitas isolantes e afins 3919, 3920 e 3921

Telha de plástico, mesmo reforçada com fibra de vidro 3921

Cumeeira de plástico, mesmo reforçada com fibra de vidro 3921

Chapas, laminados plásticos em bobina, para uso na construção (exceto os descritos anteriormente - telha de plástico, mesmo reforçada com fibra de vidro e cumeeira de plástico, mesmo reforçada com fibra de vidro)

3921

Banheiras, boxes para chuveiros, pias, lavatórios, bidês, sanitários e seus assentos e tampas, caixas de descarga e artigos semelhantes para usos sanitários ou higiênicos, de plásticos

3922

Artefatos de higiene/toucador de plástico, para uso na construção 3924

Caixa-d’água, inclusive sua tampa, de plástico, mesmo reforçadas com fibra de vidro 3925.10.00

Outras telhas, cumeeiras e caixa-d’água, inclusive sua tampa, de plástico, mesmo reforçadas com fibra de vidro 3925.90

Artefatos para apetrechamento de construções, de plásticos, não especificados nem compreendidos em outras posições, incluindo per-sianas, sancas, molduras, apliques e rosetas, caixilhos de polietileno e outros plásticos (exceto os descritos anteriormente - caixa-d’água, inclusive sua tampa, de plástico, mesmo reforçadas com fibra de vidro e outras telhas, cumeeiras e caixa d’água, inclusive sua tampa, de plástico, mesmo reforçadas com fibra de vidro)

3925.10.00 ou 3925.90

Outras obras de plástico, para uso na construção 3926.90

Papel de parede e revestimentos de parede semelhantes; papel para vitrais 4814

Telha, cumeeira e caixa-d’água, inclusive sua tampa, de fibrocimento, cimento-celulose 6811

Caixas-d’água, tanques e reservatórios e suas tampas, telhas, calhas, cumeeiras e afins, de fibrocimento, cimento-celulose ou semelhan-tes, contendo ou não amianto, exceto o descrito anteriormente - telha, cumeeira e caixa d’água, inclusive sua tampa, de fibrocimento, cimento-celulose

6811

Pias, lavatórios, colunas para lavatórios, banheiras, bidês, sanitários, caixas de descarga, mictórios e aparelhos fixos semelhantes para usos sanitários, de cerâmica

6910

Artefatos de higiene/toucador de cerâmica 6912.00.00

Caixas diversas (tais como caixa de correio, de entrada de água, de energia, de instalação) de ferro, ferro fundido ou aço; próprias para a construção

7310

Artefatos de higiene ou de toucador, e suas partes, de ferro fundido, ferro ou aço, incluídas as pias, banheiras, lavatórios, cubas, mictórios, tanques e afins de ferro fundido, ferro ou aço, para uso na construção

7324

Outras obras moldadas, de ferro fundido, ferro ou aço, para uso na construção 7325

Tubos de cobre e suas ligas, para instalações de água quente e gás, de uso na construção 7411.10.10

Acessórios para tubos (por exemplo, uniões, cotovelos, luvas ou mangas) de cobre e suas ligas, para uso na construção 7412

Artefatos de higiene/toucador de cobre, para uso na construção 7418.20.00

Manta de subcobertura aluminizada 7607.19.90

Tubos de alumínio e suas ligas, para refrigeração e ar condicionado, de uso na construção 7608

Acessórios para tubos (por exemplo, uniões, cotovelos, luvas ou mangas), de alumínio, para uso na construção 7609.00.00

Artefatos de higiene/toucador de alumínio, para uso na construção 7615.20.00

Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas) e dispositivos semelhantes, para canalizações, caldeiras, reser-vatórios, cubas e outros recipientes

8481

Portas, janelas e seus caixilhos, alizares e soleiras 3925.20.00

Postigos, estores (incluídas as venezianas) e artefatos semelhantes e suas partes 3925.30.00

Telhas de concreto 6810.19.00

Tijolos, placas (lajes), ladrilhos e outras peças cerâmicas de farinhas siliciosas fósseis (kieselghur, tripolita, diatomita, por exemplo) ou de terras siliciosas semelhantes

6901.00.00

Tijolos, placas (lajes), ladrilhos e peças cerâmicas semelhantes, para construção, refratários, que não sejam de farinhas siliciosas fósseis nem de terras siliciosas semelhantes

6902

Tijolos para construção, tijoleiras, tapa-vigas e produtos semelhantes, de cerâmica 6904

Telhas, elementos de chaminés, condutores de fumaça, ornamentos arquitetônicos, de cerâmica, e outros produtos cerâmicos para cons-trução

6905

Tubos, calhas ou algerozes e acessórios para canalizações, de cerâmica 6906.00.00

Ladrilhos e placas de cerâmica, exclusivamente para pavimentação ou revestimento 6907 e 6908

Vidro vazado ou laminado, em chapas, folhas ou perfis, mesmo com camada absorvente, refletora ou não, mas sem qualquer outro tra-balho

7003

Vidro estirado ou soprado, em folhas, mesmo com camada absorvente, refletora ou não, mas sem qualquer outro trabalho 70.04

Vidro flotado e vidro desbastado ou polido em uma ou em ambas as faces, em chapas ou em folhas, mesmo com camada absorvente, refletora ou não, mas sem qualquer outro trabalho

7005

Vidros temperados 7007.19.00

Vidros laminados 7007.29.00

Vidros isolantes de paredes múltiplas 7008

Espelhos de vidro, mesmo emoldurados, excluídos os de uso automotivo 7009

Page 9: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

28-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Fios de ferro ou aço não ligados, não revestidos, mesmo polidos; cordas, cabos, tranças (entrançados), lingas e artefatos semelhantes, de ferro ou aço, não isolados para usos elétricos

7217.10.90 ou 7312

Outros fios de ferro ou aço, não ligados, galvanizados 7217.20

Acessórios para tubos (inclusive uniões, cotovelos, luvas ou mangas), de ferro fundido, ferro ou aço 7307

Portas e janelas, e seus caixilhos, alizares e soleiras de ferro fundido, ferro ou aço 7308.30.00

Material para andaimes, para armações (cofragens) e para escoramentos (inclusive armações prontas, para estruturas de concreto ar-mado ou argamassa armada), eletrocalhas e perfilados de ferro fundido, ferro ou aço, próprios para construção, exceto treliças de aço

7308.40.00 ou 7308.90

Treliças de aço 7308.40.00

Barras próprias para construções, exceto vergalhões 7214.20.00

Outras barras próprias para construções, exceto vergalhões 7308.90.10

Vergalhões 7214.20.00

Outros vergalhões 7213 ou 7308.90.10

Arame farpado, de ferro ou aço; arames ou tiras, retorcidos, mesmo farpados, de ferro ou aço, dos tipos utilizados em cercas 7313.00.00

Telas metálicas, grades e redes, de fios de ferro ou aço 7314

Correntes de rolos, de ferro fundido, ferro ou aço 7315.11.00

Outras correntes de elos articulados, de ferro fundido, ferro ou aço 7315.12.90

Correntes de elos soldados, de ferro fundido, de ferro ou aço 7315.82.00

Tachas, pregos, percevejos, escápulas, grampos ondulados ou biselados e artefatos semelhantes, de ferro fundido, ferro ou aço, mesmo com a cabeça de outra matéria, exceto cobre

7317.00

Parafusos, pinos ou pernos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos roscados, rebites, chavetas, cavilhas, contrapinos, arruelas (incluídas as de pressão) e artefatos semelhantes, de ferro fundido, ferro ou aço

7318

Palha de ferro ou aço; esponjas, esfregões, luvas e artefatos semelhantes para limpeza, polimento e usos semelhantes, de ferro ou aço, exceto os de uso doméstico classificados na posição 7323.10.00

7323

Abraçadeiras 7326

Tachas, pregos, percevejos, escápulas e artefatos semelhantes, de cobre, ou de ferro ou aço com cabeça de cobre; parafusos, pinos ou pernos, roscados, porcas, ganchos roscados, rebites, chavetas, cavilhas, contrapinos, arruelas (incluídas as de pressão), e artefatos semelhantes, de cobre

7415

Construções e suas partes (por exemplo, pontes e elementos de pontes, torres, pórticos ou pilones, pilares, colunas, armações, estruturas para telhados, portas e janelas, e seus caixilhos, alizares e soleiras, balaustradas), de alumínio, exceto as construções pré-fabricadas da posição 9406; chapas, barras, perfis, tubos e semelhantes, de alumínio, próprios para construções

7610

Outras obras de alumínio, próprias para construções, incluídas as persianas 7616

Fechaduras e ferrolhos (de chave, de segredo ou elétricos), de metais comuns, incluídas as suas partes; fechos e armações com fecho, com fechadura, de metais comuns; chaves para estes artigos, de metais comuns; excluídos os de uso automotivo

8301

Dobradiças de metais comuns, de qualquer tipo 8302.10.00

Outras guarnições, ferragens e artigos semelhantes de metais comuns, para construções, inclusive puxadores 8302.41.00

Tubos flexíveis de metais comuns, mesmo com acessórios, para uso na construção civil 8307

Fios, varetas, tubos, chapas, eletrodos e artefatos semelhantes, de metais comuns ou de carbonetos metálicos, revestidos exterior ou interiormente de decapantes ou de fundentes, para soldagem (soldadura) ou depósito de metal ou de carbonetos metálicos; fios e varetas de pós de metais comuns aglomerados, para metalização por projeção

8311

(RICMS-SP/2000, art. 313-Y, § 1º, e art. 426-A, caput e § 1º)

3.1 Caracterização de material de construçãoA Decisão Normativa CAT nº 6/2009 dispõe sobre a

substituição tributária de mercadorias relacionadas no § 1º do art. 313-Y do RICMS-SP/2000, que possam ser caracteri-zadas como materiais de construção e congêneres.

Nesse sentido, foi aprovado o entendimento contido na Resposta à Consulta nº 513/2008, cujo texto a ela anexo foi reproduzido com as adaptações necessárias, com o seguinte teor:

A - a substituição tributária prevista no art. 313-Y do RICMS/2000 é aplicável na saída, com destino a estabelecimento localizado em território paulista, das mercadorias arroladas, por sua descrição e classificação na NBM/SH, no seu § 1º e que se caracterizem como materiais de construção e congêneres.

A.1 - para efeito do art. 313-Y do RICMS/2000, caracteriza-se como material de construção e congênere, independente-mente da aplicação a ser dada a ele por seu adquirente final, o produto que, dentre as finalidades para as quais foi concebido

e fabricado, encontra-se a de uso em obras referidas no § 1º do art. 1º do Anexo XI do RICMS/2000.

A.2 - de outra parte, os produtos classificados em posições, subposições ou códigos da Nomenclatura Brasileira de Mer-cadorias - Sistema Harmonizado - NBM/SH, incluídos no § 1º do art. 313-Y do RICMS/2000 e que não se caracterizem como materiais de construção e congêneres, não estão enquadra-dos na substituição tributária.

B - por oportuno, cabe lembrar que o § 1º do art. 1º do Anexo XI (denominado “Operações relativas à construção civil”) do RICMS/2000 exemplifica como sendo obras de construção civil (e é nelas que, em regra, os materiais de construção e con-gêneres são aplicados) as seguintes: construção, demolição, reforma ou reparação de prédios ou de outras edificações; construção e reparação de estradas de ferro ou de rodagem, incluindo os trabalhos concernentes às estruturas inferior e superior de estradas e obras de arte; construção e reparação de pontes, viadutos, logradouros públicos e outras obras de urbanismo; construção de sistemas de abastecimento de água e de saneamento; obras de terraplenagem, de pavimentação

Page 10: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

28-08 SP Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

em geral; obras hidráulicas, marítimas ou fluviais; obras des-tinadas a geração e transmissão de energia, inclusive gás; obras de montagem e construção de estruturas em geral.

C - Saliente-se, por fim, que a informação sobre a classificação do produto, segundo a NBM/SH, e sobre ele se caracterizar ou não como material de construção e congênere é de responsa-bilidade do contribuinte.

(Decisão Normativa CAT nº 6/2009; Resposta à Consulta nº 513/2008)

4. SUJEITO PASSIVO POR SUBSTITUIÇÃONa saída das mercadorias relacionadas no item 3, com

destino a estabelecimento localizado em território paulista, fica atribuída a responsabilidade pela retenção e pelo paga-mento do imposto incidente nas saídas subsequentes:

a) a estabelecimento de fabricante, de importador ou de arrematante de mercadoria importada do exte-rior e apreendida, localizado neste Estado;

b) a qualquer estabelecimento localizado em território paulista que receber a mercadoria diretamente de ou-tra Unidade da Federação sem a retenção antecipa-da do ICMS, hipótese em que o imposto incidente na operação própria e nas subsequentes será pago no período de apuração em que tiver ocorrido a entrada da mercadoria no estabelecimento (veja item 6); e

Nota

Quando o estabelecimento que receber a mercadoria for armazém--geral e o depositante estiver localizado em outro Estado, o armazém-geral deverá calcular e pagar o ICMS incidente na operação própria e nas subse-quentes de acordo com as normas relativas ao regime da substituição tribu-tária previstas no RICMS-SP/2000, no período de apuração em que ocorrer a saída da mercadoria com destino a outro estabelecimento localizado em território paulista (RICMS-SP/2000, art. 313-Y, § 2º, item 4).

c) a estabelecimento localizado em outro Estado, con-forme definido em acordo (convênio ou protocolo ICMS) implementado por este Estado, relacionado na Tabela XXIV do Anexo VI do RICMS-SP/2000.

Nota

Uma vez que a relação das Unidades da Federação que mantêm acor-do com o Estado de São Paulo, prevista no Anexo VI do RICMS-SP/2000, não é regularmente atualizada, veja relação atualizada no subitem 14.1.

(RICMS-SP/2000, art. 313-Y, caput e § 2º, itens 1 e 4)

5. BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO RETIDO

A base de cálculo da substituição tributária será o preço final a consumidor, único ou máximo, autorizado ou fixado por autoridade competente, ou o preço final a con-sumidor sugerido pelo fabricante ou importador, aprovado e divulgado pela Secretaria da Fazenda (Sefaz).

Em caso de inexistência desses preços, a base de cálculo do imposto será o preço praticado pelo sujeito passivo, incluídos os valores correspondentes a frete, carreto, seguro, impostos e outros encargos transferíveis ao adquirente, acrescido do valor resultante da aplicação de percentual de margem de valor agregado (MVA) estabele-cido pela legislação em cada caso.

A MVA será o Índice de Valor Adicionado Setorial (IVA-ST), divulgado pela Sefaz com base nas informações prestadas pelos contribuintes.

A Portaria CAT nº 113/2014 divulgou o IVA-ST para utilização no período de 1º.11.2014 a 31.07.2018, nas ope-rações internas com materiais de construção e congêneres:

Nota

Desde 1º.01.2016, foram excluídos e incluídos diversos produtos do re-gime de substituição tributária do ICMS, em cumprimento ao disposto na Lei Complementar nº 123/2006, na Lei Complementar nº 147/2014 e no Convênio ICMS nº 92/2015, com as alterações do Convênio ICMS nº 146/2015 e do Convênio ICMS nº 149/2015. Assim, os contribuintes deverão desconsiderar os valores, IVA-ST e demais disposições constantes da legislação, destina-dos a estabelecer a base de cálculo para a retenção do ICMS, que se referi-rem a mercadorias excluídas do regime de substituição tributária.

IVA-ST - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO E CONGÊNERES

Faixa Descrição NCM IVA-ST (%)

1

Obras de gesso ou de composições à base de gesso 6809

32%Aquecedores de água não elétricos, de aquecimento instantâneo ou de acumulação 8419.10

Treliças de aço 7308.40.00

2

Argamassas, exceto as constantes no § 1º do art. 312 do RICMS 3214.90.00

39%

Tubos e seus acessórios (por exemplo, juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plásticos, para uso na construção civil 3917

Veda rosca, lona plástica, fitas isolantes e afins 3919, 3920 e3921

Pisos de madeira 4409

Obras de marcenaria ou de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares, os painéis montados para revestimento de pavimentos (pisos) e as fasquias para telhados “shingles e shakes”, de madeira 4418

Telhas de concreto 6810.19.00

Caixas-d’água, tanques e reservatórios e suas tampas, telhas, calhas, cumeeiras e afins, de fibrocimento, cimento--celulose ou semelhantes, contendo ou não amianto - COM FRETE INCLUÍDO NA BASE DE CÁLCULO DE RETENÇÃO 6811

Tijolos para construção, tijoleiras, tapa-vigas e produtos semelhantes, de cerâmica - COM FRETE INCLUÍDO NA BASE DE CÁLCULO DE RETENÇÃO 6904

Pias, lavatórios, colunas para lavatórios, banheiras, bidês, sanitários, caixas de descarga, mictórios e aparelhos fixos semelhantes para usos sanitários, de cerâmica 6910

Page 11: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

28-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Faixa Descrição NCM IVA-ST (%)

2

Vidro vazado ou laminado, em chapas, folhas ou perfis, mesmo com camada absorvente, refletora ou não, mas sem qualquer outro trabalho 7003

39%

Barras próprias para construções, exceto vergalhões 7308.90.10

Acessórios para tubos (inclusive uniões, cotovelos, luvas ou mangas), de ferro fundido, ferro ou aço 7307

Arame farpado, de ferro ou aço arames ou tiras, retorcidos, mesmo farpados, de ferro ou aço, dos tipos utilizados em cercas 7313.00.00

Telas metálicas, grades e redes, de fios de ferro ou aço, incluídas as pias, banheiras, lavatórios, cubas, mictórios, tanques e afins de ferro fundido, ferro ou aço 7314

Tubos de cobre e suas ligas, para instalações de água quente e gás, de uso na construção civil 7411.10.10

Acessórios para tubos (por exemplo, uniões, cotovelos, luvas ou mangas) de cobre e suas ligas, para uso na constru-ção civil 7412

Artefatos de higiene/toucador de cobre 7418.20.00

Construções e suas partes (por exemplo, pontes e elementos de pontes, torres, pórticos ou pilones, pilares, colunas, armações, estruturas para telhados, portas e janelas, e seus caixilhos, alizares e soleiras, balaustradas), de alumínio, exceto as construções pré-fabricadas da posição 94.06; chapas, barras, perfis, tubos e semelhantes, de alumínio, próprios para construções

7610

Dobradiças de metais comuns, de qualquer tipo 8302.10.00

Fios, varetas, tubos, chapas, eletrodos e artefatos semelhantes, de metais comuns ou de carbonetos metálicos, reves-tidos exterior ou interiormente de decapantes ou de fundentes, para soldagem (soldadura) ou depósito de metal ou de carbonetos metálicos fios e varetas de pós de metais comuns aglomerados, para metalização por projeção

8311

Seladoras, massas para revestimento, aditivos para argamassas e afins, exceto os constantes no § 1º do art. 312 do RICMS

3214.10.20; 3816.00.1;

3824.40.00; 3824.50.00

3

Cal para construção civil 2522

45%

Artefatos para apetrechamento de construções, de plásticos, não especificados nem compreendidos em outras posi-ções, incluindo persianas, sancas, molduras, apliques e rosetas, telhas, cumeeiras, caixas-d’água, caixilhos de polie-tileno e outros plásticos

3925.10.00 e 3925.90.00

Portas, janelas e afins, de plástico 3925.20.00

Painéis de partículas, painéis denominados oriented strand board (OSB) e painéis semelhantes (por exemplo, waferbo-ard), de madeira ou de outras matérias lenhosas, recobertos na superfície com papel impregnado de melamina, mesmo aglomeradas com resinas ou com outros aglutinantes orgânicos, em ambas as faces, com película protetora na face superior e trabalho de encaixe nas quatro laterais, dos tipos utilizados para pavimentos

4410.11.21

Pisos laminados com base de MDF (Médium Density Fiberboard) e/ou madeira 4411

Tapetes e outros revestimentos para pavimentos (pisos), de feltro, exceto os tufados e os flocados, mesmo confeccio-nados 5704

Telhas, elementos de chaminés, condutores de fumaça, ornamentos arquitetônicos, de cerâmica, e outros produtos cerâmicos para construção civil - COM FRETE INCLUÍDO NA BASE DE CÁLCULO DE RETENÇÃO 6905

Vidro flotado e vidro desbastado ou polido em uma ou em ambas as faces, em chapas ou em folhas, mesmo com ca-mada absorvente, refletora ou não, mas sem qualquer outro trabalho 7005

Vidros temperados 7007.19.00

Vidros laminados 7007.29.00

Vidros isolantes de paredes múltiplas 7008

Espelhos de vidro, mesmo emoldurados, excluídos os de uso automotivo 7009

Fios de ferro ou aço não ligados, não revestidos, mesmo polidos cordas, cabos, tranças (entrançados), lingas e artefa-tos semelhantes, de ferro ou aço, não isolados para usos elétricos

7217.10.90; 7312

Portas e janelas, e seus caixilhos, alizares e soleiras de ferro fundido, ferro ou aço 7308.30.00

Outras obras de alumínio, próprias para construções, incluídas as persianas 7616

Vergalhões 7214.20.00

4

Chapas, folhas, tiras, fitas, películas e outras formas planas, autoadesivas, de plásticos, mesmo em rolos, para uso na construção civil 3919

50%

Banheiras, boxes para chuveiros, pias, lavatórios, bidês, sanitários e seus assentos e tampas, caixas de descarga e artigos semelhantes para usos sanitários ou higiênicos, de plásticos 3922

Outras obras de plástico, para uso na construção civil 3926.90

Persianas de madeira 4418 e 4421

Persianas de materiais têxteis 6303.99.00

Outros fios de ferro ou aço, não ligados, galvanizados 7217.20.90

Parafusos, pinos ou pernos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos roscados, rebites, chavetas, cavilhas, contrapinos, arruelas (incluídas as de pressão) e artefatos semelhantes, de ferro fundido, ferro ou aço 7318

Outras guarnições, ferragens e artigos semelhantes de metais comuns, para construções, inclusive puxadores, exceto persianas de alumínio constantes do item 80 76.16 e 8302.40

Pateras, porta-chapéus, cabides, e artigos semelhantes de metais comuns 8302.50.00

Page 12: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

28-10 SP Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Faixa Descrição NCM IVA-ST (%)

4 Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas) e dispositivos semelhantes, para canaliza-ções, caldeiras, reservatórios, cubas e outros recipientes 8481 50%

5

Silicones em formas primárias, para uso na construção civil 3910.00

58%

Revestimentos de PVC e outros plásticos; forro, sancas e afins de PVC, para uso na construção civil 3916

Revestimento de pavimento de PVC e outros plásticos 3918

Postigos, estores (incluídas as venezianas) e artefatos semelhantes e suas partes 3925.30.00

Folhas para folheados (incluídas as obtidas por corte de madeira estratificada), folhas para compensados (contrapla-cados) ou para outras madeiras estratificadas semelhantes e outras madeiras, serradas longitudinalmente, cortadas em folhas ou desenroladas, mesmo aplainadas, polidas, unidas pelas bordas ou pelas extremidades, de espessura não superior a 6 mm

4408

Tapetes e outros revestimentos para pavimentos (pisos), de matérias têxteis, tufados, mesmo confeccionados 5703

Ladrilhos e placas de cerâmica, exclusivamente para pavimentação ou revestimento 6907 e 6908

Tachas, pregos, percevejos, escápulas, grampos ondulados ou biselados e artefatos semelhantes, de ferro fundido, ferro ou aço, mesmo com a cabeça de outra matéria, exceto cobre 7317.00

Acessórios para tubos (por exemplo, uniões, cotovelos, luvas ou mangas), de alumínio, para uso na construção civil 7609.00.00

Cadeados, fechaduras e ferrolhos (de chave, de segredo ou elétricos), de metais comuns, incluídas as suas partes fechos e armações com fecho, com fechadura, de metais comuns chaves para estes artigos, de metais comuns ex-cluídos os de uso automotivo

8301

Caixas-d’água, tanques e reservatórios e suas tampas, telhas, calhas, cumeeiras e afins, de fibrocimento, cimento--celulose ou semelhantes, contendo ou não amianto - SEM FRETE INCLUÍDO NA BASE DE CÁLCULO DE RETENÇÃO 6811

Tijolos para construção, tijoleiras, tapa-vigas e produtos semelhantes, de cerâmica - SEM FRETE INCLUÍDO NA BASE DE CÁLCULO DE RETENÇÃO 6904

6

Ardósia, em qualquer formato, com até 2m2, e suas obras 2514.00.00, 6802, 6803

75%

Telhas plásticas, chapas, laminados plásticos em bobina, para uso na construção civil 3921

Artefatos de higiene/toucador de plástico 3924

Fitas emborrachadas 4005.91.90

Tubos de borracha vulcanizada não endurecida, mesmo providos dos respectivos acessórios (por exemplo, juntas, cotovelos, flanges, uniões) para uso na construção civil 4009

Revestimentos para pavimentos (pisos) e capachos de borracha vulcanizada não endurecida 4016.91.00

Juntas, gaxetas e semelhantes, de borracha vulcanizada não endurecida 4016.93.00

Papel de parede e revestimentos de parede semelhantes; papel para vitrais 4814

Linóleos, mesmo recortados revestimentos para pavimentos (pisos) constituídos por um induto ou recobrimento aplica-do sobre suporte têxtil, mesmo recortados 5904

Ladrilhos de mármores, travertinos, lajotas, quadrotes, alabastro, ônix e outras rochas carbonáticas, e ladrilhos de granito, cianito, charnokito, diorito, basalto e outras rochas silicáticas, com área de até 2 m2 6802

Abrasivos naturais ou artificiais, em pó ou em grãos, aplicados sobre matérias têxteis, papel, cartão ou outras matérias, mesmo recortados, costurados ou reunidos de outro modo 6805

Painéis, chapas, ladrilhos, blocos e semelhantes, de fibras vegetais, de palha ou de aparas, partículas, serragem (serradura) ou de outros desperdícios de madeira, aglomerados com cimento, gesso ou outros aglutinantes minerais, para uso na construção civil

6808.00.00

Tijolos, placas (lajes), ladrilhos e outras peças cerâmicas de farinhas siliciosas fósseis (kieselghur, tripolita, diatomita, por exemplo) ou de terras siliciosas semelhantes 6901.00.00

Tijolos, placas (lajes), ladrilhos e peças cerâmicas semelhantes, para construção, refratários, que não sejam de fari-nhas siliciosas fósseis nem de terras siliciosas semelhantes 6902

Tubos, calhas ou algerozes e acessórios para canalizações, de cerâmica 6906.00.00

Artefatos de higiene/toucador de cerâmica 6912.00.00

Vidro estirado ou soprado, em folhas, mesmo com camada absorvente, refletora ou não, mas sem qualquer outro trabalho 7004

Material para andaimes, para armações (cofragens) e para escoramentos, (inclusive armações prontas, para estruturas de concreto armado ou argamassa armada), eletrocalhas e perfilados de ferro fundido, ferro ou aço, próprios para construção, exceto treliças de aço

7308.40.00, 7308.90

Caixas diversas (tais como caixa de correio, de entrada de água, de energia, de instalação) de ferro ou aço, próprias para a construção civil 7310

Correntes de rolos, de ferro fundido, ferro ou aço 7315.11.00

Outras correntes de elos articulados, de ferro fundido, ferro ou aço 7315.12.90

Correntes de elos soldados, de ferro fundido, de ferro ou aço 7315.82.00

Esponjas, esfregões, luvas e artefatos semelhantes para limpeza, polimento e usos semelhantes, de ferro ou aço 7323

Artefatos de higiene ou de toucador, e suas partes, de ferro fundido, ferro ou aço, incluídas as pias, banheiras, lavató-rios, cubas, mictórios, tanques e afins de ferro fundido, ferro ou aço 7324

Outras obras moldadas, de ferro fundido, ferro ou aço, para uso na construção civil 7325

Abraçadeiras 7326

Page 13: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

28-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Faixa Descrição NCM IVA-ST (%)

6

Tachas, pregos, percevejos, escápulas e artefatos semelhantes, de cobre, ou de ferro ou aço com cabeça de cobre, parafusos, pinos ou pernos, roscados, porcas, ganchos roscados, rebites, chavetas, cavilhas, contrapinos, arruelas (incluídas as de pressão), e artefatos semelhantes, de cobre

7415

75%

Manta de subcobertura aluminizada 7607.19.90

Artefatos de higiene/toucador de alumínio 7615.20.00

Tubos flexíveis de metais comuns, mesmo com acessórios, para uso na construção civil 8307

Partes de máquinas e aparelhos para soldadura forte ou fraca da posição 8515.1, e de máquinas e aparelhos para soldar metais por resistência da posição 8515.2 - Exceto dos produtos enquadrados no item 17 do art. 313-Z11 do RICMS/2000 (Das operações com máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos)

8515.90.00

Banheira de hidromassagem 9019

Outras obras de cimento, de concreto ou de pedra artificial, mesmo armadas, exceto poste acima de 3 m de altura e tubos, laje, pré-laje e mourões

6810.11.00; 6810.9

Telhas, elementos de chaminés, condutores de fumaça, ornamentos arquitetônicos, de cerâmica, e outros produtos cerâmicos para construção civil - SEM FRETE INCLUÍDO NA BASE DE CÁLCULO DE RETENÇÃO 6905

Tubos de alumínio e suas ligas, para refrigeração e ar condicionado, de uso na construção civil 7608

Demais mercadorias arroladas no § 1º do art. 313-Y do Regulamento do ICMS

(RICMS-SP/2000, art. 40-A, caput, art. 41, caput, e art. 313-Z; Portaria CAT nº 113/2014)

5.1 Valor mínimo - Revestimento cerâmicoA Portaria CAT nº 76/2016 fixou em R$ 5,49/m2 o valor

mínimo para o cálculo do ICMS nas operações com reves-timento cerâmico classificado como “Extra” ou “Tipo A”, na posição 6908 da NCM/SH.

O referido valor será aplicado no período de 1º.07 a 31.12.2016, devendo o imposto incidir sobre o valor da operação na hipótese de este ser superior ao valor mínimo.

(Portaria CAT nº 76/2016)

5.2 Imposto retido - Exemplo

WExemploD

Produto: 7214.20.00 (vergalhões)

IVA-ST: 45% (hipotético)

Quantidade: 100 unidades

Valor de venda: R$ 1.000,00

Base de cálculo do ICMS da operação própria: R$ 1.000,00

Alíquota do IPI: 0%

Alíquota do ICMS: 12%

Valor do ICMS da operação própria = R$ 120,00

Base de cálculo do ICMS-ST (retido) = R$ 1.000,00 + 45% = R$ 1.450,00 x 12% = R$ 174,00 - R$ 120,00

ICMS retido: R$ 54,00

Valor total da nota fiscal: R$ 1.054,00

(RICMS-SP/2000, art. 268, caput)

5.3 IVA-ST subsidiárioA Portaria CAT nº 16/2009 estabelece a base de cál-

culo na saída de produtos sujeitos à substituição tributária, relativamente às mercadorias relacionadas nos arts. 313-A a 313-Z20 do RICMS-SP/2000, com destino a estabelecimento localizado em território paulista.

A base de cálculo será o preço praticado pelo sujeito passivo, incluídos os valores correspondentes a frete, carreto, seguro, impostos e outros encargos transferíveis ao adquirente, acrescido do valor adicionado calculado mediante a multiplicação do preço praticado pelo IVA-ST de 69,43%.

Saliente-se que as disposições dessa Portaria somente se aplicam quando não houver:

a) média ponderada dos preços a consumidor final, usualmente, praticados no mercado, apurada por levantamento de preços aprovado e divulgado pela Sefaz, conforme hipótese prevista no art. 43, § 2º, do RICMS-SP/2000;

b) percentual de MVA apurado por levantamento de preços aprovado e divulgado pela Sefaz, confor-me hipótese prevista no art. 41, caput, do RICMS--SP/2000 (item 5);

c) preço final a consumidor, único ou máximo, autori-zado ou fixado por autoridade competente e divul-gado pela Sefaz, conforme hipótese prevista no art. 40-A do RICMS-SP/2000;

d) preço final a consumidor, sugerido pelo fabricante ou importador, aprovado e divulgado pela Sefaz, conforme hipótese prevista no art. 41, parágrafo único, do RICMS-SP/2000; e

e) sido adotado percentual de MVA ou preço final a consumidor, fixados em acordo celebrado pelo Es-tado de São Paulo com outras Unidades da Federa-

Page 14: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

28-12 SP Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ção, conforme hipótese prevista no art. 44, § 2º, do RICMS-SP/2000.

(Portaria CAT nº 16/2009, art. 1º, caput e § 1º, Anexo Único, item 13)

5.4 IVA-ST ajustado

Na hipótese de entrada de mercadoria proveniente de outra Unidade da Federação, cuja saída interna seja tribu-tada com alíquota superior à alíquota interestadual aplicada pelo remetente, o estabelecimento destinatário paulista deverá utilizar o “IVA-ST ajustado”, calculado pela seguinte fórmula:

IVA-ST ajustado = [ (1 + IVA-ST original) x (1 - ALQ inter)/(1 - ALQ intra) ] - 1, em que:

a) “IVA-ST original” é o IVA-ST aplicável na operação interna, conforme descrito no item 5;

b) “ALQ inter” é a alíquota interestadual aplicada pelo remetente localizado em outra Unidade da Federa-ção;

c) “ALQ intra” é a alíquota aplicável à mercadoria nes-te Estado.

Nota

O contribuinte optante pelo Simples Nacional, que recolhe o ICMS nos termos da Lei Complementar nº 123/2006, na condição de substituto tributá-rio, não aplicará MVA ajustada prevista em convênio ou protocolo que instituir a substituição tributária nas operações interestaduais com relação às merca-dorias que mencionam.

Para efeitos de determinação da base de cálculo da substituição tri-butária, o percentual de MVA adotado será aquele estabelecido a título de “MVA ST original” em convênio ou protocolo ou pela Unidade da Federação destinatária da mercadoria.

Nas operações interestaduais promovidas por contribuinte optante pelo Simples Nacional, em que o adquirente da mercadoria, optante ou não pelo regime simplificado, seja o responsável pelo recolhimento do imposto devido por substituição tributária, na determinação da base de cálculo será adotado esse mesmo procedimento (Convênio ICMS nº 35/2011).

(Portaria CAT nº 113/2014, art. 1º, parágrafo único; Convênio ICMS nº 35/2011)

5.5 Mercadoria destinada a uso e consumo e Ativo Imobilizado

Nas operações interestaduais com mercadorias desti-nadas a uso e consumo ou Ativo Imobilizado pelo contri-buinte adquirente, o valor do ICMS retido corresponderá à diferença entre os valores resultantes da aplicação, ao valor da operação, da alíquota interna e da alíquota interestadual (diferencial de alíquotas).

(RICMS-SP/2000, art. 268, § 1º)

5.6 Simples Nacional

Caso o sujeito passivo por substituição seja optante pelo Simples Nacional, o valor do ICMS retido será a diferença entre o valor do imposto calculado mediante a aplicação da alíquota interna sobre a base de cálculo prevista para a

operação sujeita à substituição tributária e o valor resultante da aplicação da alíquota interna ou interestadual, conforme o caso, sobre o valor da operação ou prestação própria do remetente.

(RICMS-SP/2000, art. 268, § 2º, item 1)

6. ANTECIPAÇÃO

Na entrada, no território deste Estado, de mercadorias procedentes de outra Unidade da Federação sem a reten-ção antecipada do ICMS, o contribuinte paulista que conste como destinatário no documento fiscal relativo à operação deverá efetuar antecipadamente o recolhimento:

a) do imposto devido pela própria operação de saída da mercadoria;

b) em sendo o caso, do imposto devido pelas opera-ções subsequentes, na condição de sujeito passivo por substituição.

Sobre a antecipação do ICMS na entrada, no terri-tório deste Estado, de mercadorias procedentes de outra Unidade da Federação sem a retenção antecipada do ICMS, verificar o procedimento ICMS/SP - Antecipação do imposto na entrada de mercadoria proveniente de outra Unidade da Federação.

(RICMS-SP/2000, art. 313-Y, § 2º, item 1)

7. NOTA FISCAL - EMISSÃO PELO CONTRIBUINTE SUBSTITUTO

O sujeito passivo por substituição, ao promover as saídas dos produtos sujeitos ao regime da substituição tributária, deverá emitir nota fiscal, na qual, além dos de-mais requisitos, deverão constar, nos campos próprios, as seguintes indicações:

a) a base de cálculo do imposto retido, conforme des-crito no item 5;

b) o valor do imposto retido, cobrável do destinatário;

c) a base de cálculo e o valor do imposto incidente sobre a operação própria; e

d) o Código Especificador da Substituição Tributária (Cest), a partir de 1º.10.2016.

Deverão ser indicados, ainda, no campo “Informações Complementares”:

a) a expressão “O destinatário deverá, com relação às operações com mercadoria ou prestações de ser-viço recebidas com imposto retido, escriturar o do-cumento fiscal nos termos do art. 278 do RICMS”; e

b) relativamente a cada mercadoria, o valor da base de cálculo da retenção e o valor do imposto retido.

Page 15: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

28-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

MODELO DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA (NF-E)

(RICMS-SP/2000, art. 273, caput e §§ 1º e 5º; Comunicado CAT nº 2/2016, item 7; Convênio ICMS nº 92/2015, cláusula terceira, § 1º)

7.1 Decisão judicial - Não recolhimento do imposto por substituiçãoQuando houver decisão judicial para efeito de não recolhimento do imposto devido por substituição, esta circunstância

será mencionada no documento fiscal, no campo “Informações Complementares”, com indicação clara da obrigação do destinatário em relação ao recolhimento do imposto na operação subsequente.

Nessa hipótese, portanto, o documento fiscal será emitido somente com o destaque do ICMS incidente sobre a sua própria operação.

(RICMS-SP/2000, art. 273, § 4º, item 1)

Page 16: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

28-14 SP Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

7.2 Substituto tributário de outra Unidade da FederaçãoO documento fiscal emitido por sujeito passivo por

substituição de outra Unidade da Federação deverá conter, também, o número de sua inscrição no cadastro de contri-buintes deste Estado, ainda que por meio de carimbo.

(RICMS-SP/2000, art. 273, § 2º)

8. ESCRITURAÇÃO FISCAL DO CONTRIBUINTE SUBSTITUTOO sujeito passivo por substituição deverá escriturar o

correspondente documento fiscal:

a) nos registros próprios da Escrituração Fiscal Digi-tal (EFD) (C100 e C190), os dados relativos à sua própria operação, na forma prevista no RICMS--SP/2000;

b) no Registro C195 da EFD, vinculado ao registro mencionado na letra “a”, os valores do imposto reti-do e da respectiva base de cálculo.

Os valores relativos ao imposto retido serão totalizados no último dia do período de apuração, para lançamento a débito no Registro E210 da EFD.

(RICMS-SP/2000, art. 275)

8.1 EFD - Principais reflexosAo contribuinte obrigado à EFD, para o lançamento da

NF-e reproduzida no item 7, a título exemplificativo, apresenta-mos a seguir o preenchimento dos principais registros/campos.

Salientamos que, para a efetiva geração da EFD, outros registros deverão ser apresentados, devendo o contribuinte observar as disposições do Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008 e posteriores alterações, bem como o Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital - EFD-ICMS/IPI.

8.1.1 Registro C100Este registro destina-se ao lançamento dos totais de

valores apresentados na nota fiscal. Para a NF-e exemplifi-cada, teríamos o preenchimento da seguinte forma:

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C100 O

2 IND_OPER 1 O

3 IND_EMIT 0 O

4 COD_PART *Código interno declarante O

5 COD_MOD 55 O

6 COD_SIT 00 O

7 SER 1 OC

8 NUM_DOC 19 O

9 CHV_NFE 35000099999999000191550000000000001255492381 O

10 DT_DOC 040620XX O

11 DT_E_S 040620XX OC

12 VL_DOC 1054,00 O

13 IND_PGTO 0 O

14 VL_DESC OC

15 VL_ABAT_NT OC

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

16 VL_MERC 1000,00 OC

17 IND_FRT 0 O

18 VL_FRT OC

19 VL_SEG OC

20 VL_OUT_DA OC

21 VL_BC_ICMS 1000,00 OC

22 VL_ICMS 120,00 OC

23 VL_BC_ICMS_ST 1450,00 OC

24 VL_ICMS_ST 54,00 OC

25 VL_IPI OC

26 VL_PIS OC

27 VL_COFINS OC

28 VL_PIS_ST OC

29 VL_COFINS_ST OC

A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C100|1|0|* Código interno declarante|55|00|1|19|35000099999999000191550000000000001255492381|040620XX|040620XX|1054,00|0|||1000,00|0|| ||1000,00|120,00|1450,00|54,00||||||

8.1.2 Registro C110Este registro destina-se ao lançamento da informação

apresentada no campo “Informações Complementares” na nota fiscal. Para a NF-e exemplificada, teríamos o preenchi-mento da seguinte forma:

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C110 O

2 COD_INF *Código interno declarante O

3 TXT_COMPL

O destinatário deverá, com relação às operações com mercadoria ou prestações de serviço recebidas com imposto retido, escriturar o documento fiscal nos termos do art. 278 do RICMS. Cada mercadoria: Base de cálculo do ICMS retido: R$ 14,50. ICMS retido: R$ 0,54

OC

A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C110|*Código interno declarante|O destinatário deverá, com relação às operações com mercadoria ou prestações de serviço recebidas com imposto retido, escriturar o documento fiscal nos termos do art. 278 do RICMS. Cada mercadoria: Base de cálculo do ICMS retido: R$ 14,50. ICMS retido: R$ 0,54|

8.1.3 Registro C190Registro analítico de documento fiscal. Este registro tem por

objetivo representar a escrituração dos documentos fiscais tota-lizados por Código de Situação Tributária (CST), Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) e alíquota de ICMS. Para o exemplo em questão, teríamos o seguinte preenchimento:

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C190 O

Page 17: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

28-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

2 CST_ICMS 010 O

3 CFOP 5401 O

4 ALIQ_ICMS 12 OC

5 VL_OPR 1054,00 O

6 VL_BC_ICMS 1000,00 O

7 VL_ICMS 120,00 O

8 VL_BC_ICMS_ST 1450,00 O

9 VL_ICMS_ST 54,00 O

10 VL_RED_BC 0,00 O

11 VL_IPI 0,00 O

12 COD_OBS *Código interno declarante OC

A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C190|010|5401|12|1054,00|1000,00|120,00|1450,00|54,00|0,00|0,00|*Código interno declarante|

9. APURAÇÃO E INFORMAÇÃO DO IMPOSTO RETIDOO sujeito passivo por substituição deverá apurar os

valores relativos ao imposto retido, no último dia do período, no Registro E210 da EFD, no qual serão lançados os valores indicados no registro C195:

a) relativamente às saídas, os valores descritos na le-tra “b” do item 6 e na letra “b” do item 8;

b) relativamente às entradas, os valores relativos às devoluções (veja subitem 13.2).

Os valores do imposto retido antecipadamente e a apuração do saldo do imposto a recolher ou eventual saldo credor a trans-portar para o período subsequente, em relação às operações ou prestações realizadas em território paulista sujeitas ao regime de substituição tributária, serão declarados ao Fisco separada-mente dos relativos às operações próprias, por meio da Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA), com o preenchimento da ficha denominada “Apuração do ICMS - ST-11”.

(RICMS-SP/2000, arts. 281 e 282; Portaria CAT nº 92/1998, Anexo IV, art. 15)

9.1 Apresentação da GIA-STO contribuinte de outra Unidade da Federação que, na

condição de responsável, efetuar retenção do ICMS a favor do Estado de São Paulo declarará as informações relativas à apu-ração do imposto por meio de Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS Substituição Tributária (GIA-ST).

O programa encontra-se disponível na Internet, na página do posto fiscal eletrônico, no módulo download, sob o título “GIA-ST - Nacional”, que será modificada sempre que necessário para sua atualização ou para adequação a novas versões do programa, nos seguintes endereços: http://fazenda.sp.gov.br ou http://pfe.fazenda.sp.gov.br.

A GIA-ST poderá ser transmitida por meio da Internet, independentemente da utilização de senha de acesso, ou gravada em disco flexível no formato 31/2 (três polegadas e meia) e encaminhado à Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, ao Posto Fiscal de Fronteira II (Av. Rangel

Pestana, 300, 8º andar, São Paulo, SP, CEP 01091-900), ao qual está vinculado o contribuinte.

A GIA-ST deverá ser apresentada até o dia 10 do mês sub-sequente ao da apuração do imposto, ainda que no período não tenha ocorrido operações sujeitas à substituição tributária.

(Portaria CAT nº 92/1998, Anexo IV, art. 16 e Anexo V)

10. RECOLHIMENTO DO IMPOSTO RETIDO

10.1 Operações internasO imposto retido apurado pelo contribuinte substituto

poderá ser recolhido até o dia indicado no Anexo IV do RICMS-SP/2000, de acordo com o Código de Prazo de Recolhimento (CPR) que estiver enquadrado o contribuinte.

Nas operações com materiais de construção e con-gêneres, o contribuinte é enquadrado no CPR 1200, cujo recolhimento deve ser efetuado até o dia 20 do mês sub-sequente ao da ocorrência do fato gerador, com utilização da Guia de Arrecadação Estadual (Gare-ICMS), em duas vias, sob o código de receita 146-6 - Substituição Tributária (Contribuinte do Estado de São Paulo).

Notas

(1) O art. 2º do Decreto nº 59.967/2013 prorroga o prazo para recolhi-mento do imposto retido antecipadamente por substituição tributária, devido pelos contribuintes enquadrados no Regime Periódico de Apuração (RPA), para as seguintes datas:

a) no período de 1º.01.2014 a 31.03.2016: até o último dia do 2º mês subsequente ao mês de referência da apuração;

b) em abril/2016: até 24.06.2016;

c) em maio/2016: até 20.07.2016;

d) em junho/2016: até 15.08.2016;

e) em julho/2016: até 09.09.2016;

f) em agosto/2016: até 05.10.2016;

g) em setembro/2016: até 31.10.2016; e

h) em outubro/2016: até 25.11.2016.

(2) O contribuinte substituto deverá efetuar o recolhimento do imposto retido na fonte sob o regime de substituição tributária, independentemente do resultado das suas próprias operações.

(RICMS-SP/2000, art. 283 e Anexo IV, art. 2º, VI, e art. 3º, § 1º, item 3; Decreto nº 59.967/2013, art. 2º)

10.1.1 Simples NacionalCaso o sujeito passivo por substituição seja optante

pelo Simples Nacional, o valor do imposto devido na con-dição de sujeito passivo por substituição tributária deverá ser recolhido por meio da guia de recolhimentos especiais, com utilização do código 146-6 - Substituição tributária (Contribuinte do Estado de São Paulo), até o último dia do 2º mês subsequente ao da saída da mercadoria.

(RICMS-SP/2000, art. 268, § 2º, item 3; Resposta à Consulta Tribu-tária nº 20/2011; Portaria CAT nº 126/2011)

10.2 Operações interestaduaisEm relação às operações interestaduais, o imposto retido

pelo sujeito passivo por substituição será recolhido para o Estado de destino em banco oficial estadual signatário do convênio patrocinado pela Associação Brasileira de Bancos Comerciais

Page 18: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

28-16 SP Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Estaduais, até a data prevista no correspondente acordo (con-vênio ou protocolo ICMS) cujos Estados remetente e destinatário sejam signatários (veja subitem 14.1), por meio da GNRE.

Na hipótese de o sujeito passivo por substituição, estabe-lecido em outro Estado, não providenciar a sua inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado de São Paulo (veja item 14), em relação a cada operação, deverá efetuar o recolhi-mento do imposto retido por ocasião da saída da mercadoria de seu estabelecimento, por meio de GNRE, devendo uma via acompanhar o transporte da mercadoria. Nesse caso, deverá ser emitida uma GNRE distinta para cada um dos destinatários, constando no campo “Informações Complementares” o número do documento fiscal a que se refere o respectivo recolhimento.

(Convênio ICMS nº 81/1993, cláusula sétima, §§ 2º e 3º)

11. NOTA FISCAL - EMISSÃO PELO CONTRIBUINTE SUBSTITUÍDOO contribuinte substituído, nas operações realizadas

com produtos recebidos com imposto retido, deverá emitir nota fiscal na forma descrita nos subitens seguintes.

11.1 Aquisição com retençãoO contribuinte substituído, quando promover a saída de

mercadorias recebidas com o imposto retido, deverá emitir nota fiscal, sem destaque do ICMS, que conterá, além dos demais requisitos:

a) a seguinte indicação: “Imposto recolhido por subs-tituição - Art. 313-Y do RICMS”; e

b) o Cest, a partir de 1º.10.2016.

Quando as mercadorias forem adquiridas de outro contribuinte substituído e destinadas ao território pau-lista, com a finalidade de comercialização subsequente, deverão também ser indicados, no campo “Informações Complementares” do documento fiscal, relativamente a cada mercadoria, o valor da base de cálculo do ICMS retido e o valor da parcela do ICMS retido cobrável do destinatário.

Nota

Considera-se parcela do ICMS retido o valor resultante da aplicação da alíquota interna sobre a diferença entre a base de cálculo da retenção e o va-lor da base de cálculo que seria atribuída à operação própria do contribuinte substituído do qual foi recebida a mercadoria, caso estivesse submetida ao regime comum de tributação (RICMS-SP/2000, art. 269, § 4º, item 2, “a”).

Nas operações interestaduais realizadas com contribuin-tes do imposto, deverá ser observado o descrito no item 14.

(RICMS-SP/2000, art. 269, § 4º, item 2, “a”, e art. 274, caput e § 3º; Comunicado CAT nº 2/2016, item 7; Convênio ICMS nº 92/2015, cláusula terceira, § 1º)

11.2 Aquisição sem a retenção do impostoQuando o contribuinte substituído tiver adquirido mer-

cadoria sem a retenção do imposto devido por substituição tributária, em virtude de decisão judicial, qualquer que seja o favorecido da referida decisão, esta circunstância será mencionada no campo “Informações Complementares” do documento fiscal que emitir, indicando claramente a obriga-ção do destinatário em relação ao recolhimento do imposto na operação subsequente.

Nessa hipótese, o contribuinte substituído deverá emitir o documento fiscal com destaque do imposto.

Nas operações interestaduais, deverá ser observado o descrito no item 14.

(RICMS-SP/2000, art. 274, § 2º)

12. ESCRITURAÇÃO FISCAL DO CONTRIBUINTE SUBSTITUÍDOO contribuinte substituído, em relação às operações com

produtos recebidos com imposto retido, deverá escriturar em registro próprio destinado à informação do documento fiscal na EFD as entradas e as saídas na forma prevista no RICMS-SP/2000, sem crédito e sem débito do imposto.

O valor do imposto retido ou da parcela do imposto retido, indicado no documento fiscal de aquisição, deverá ser informado no Registro C195 da EFD.

Na escrituração de entradas de documento fiscal que acoberte operações interestaduais tributadas e não tributadas, cujas mercadorias estejam sujeitas ao regime de substituição tributária, os valores do imposto retido relativo a tais operações serão lançados, separadamente, no Registro C195 da EFD.

(RICMS-SP/2000, art. 278, §§ 1º e 2º)

13. DEVOLUÇÃO13.1 Devolução de contribuinte substituído para

outro contribuinte substituídoNa devolução promovida por contribuinte substituído

com destino a fornecedor que também esteja na condição de substituído tributário, o documento fiscal será emitido sem o destaque do imposto, consignando-se, nos campos próprios, as seguintes indicações:

a) no campo “Natureza da Operação”, a expressão “Devolução”;

b) no campo “CFOP”, 5.411 (operação interna);c) no campo “Situação Tributária”, o CST 060 (ICMS

cobrado anteriormente por substituição tributária);d) no campo “Informações Complementares”:

d.1) a indicação dos dados do documento fiscal re-lativo à aquisição, que poderá ser feita nos se-guintes termos: “Devolução (parcial ou total) de mercadoria recebida com sua nota fiscal nº____, de ___/___/____, no valor de R$__________”;

d.2) a expressão “Imposto recolhido por substitui-ção - Artigo..... do RICMS”;

d.3) o motivo da devolução;d.4) a base de cálculo do ICMS retido e o valor da

parcela do ICMS retido.Os dados relativos à letra “d.4” deverão ser indicados

em relação a cada mercadoria.

O documento fiscal de devolução deverá ser escriturado pelo remetente e pelo destinatário, sem débito e sem crédito do imposto, respectivamente. O valor do imposto retido ou de parcela do imposto retido indicado no documento fiscal não será indicado na escrituração dos Registros C100 e C190, devendo ser indicado no Registro C195.

(RICMS-SP/2000, art. 4º, IV, art. 127, I, “i”, “j”, IV, “d” e § 15, arts. 274, caput, e 278, § 1º)

Page 19: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

28-17Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

13.2 Devolução de contribuinte substituído para o sujeito passivo por substituição

O contribuinte substituído, quando efetuar a devolução de mercadoria adquirida em regime de substituição tribu-tária diretamente ao sujeito passivo por substituição, deverá emitir documento fiscal em conformidade com o documento fiscal recebido, com destaque do valor do imposto incidente sobre a própria operação do fornecedor, mencionando-se os requisitos exigidos e, em especial, as seguintes indicações:

a) no campo “Natureza da Operação”, a expressão “Devolução”;

b) no campo “CFOP”, 5.411 (operação interna);c) no campo “Situação Tributária”, o CST 000 (tributa-

da integralmente);d) nos campos “Base de Cálculo do ICMS” e “Valor do

ICMS”, os valores relativos à base de cálculo e ao valor do imposto incidente sobre a própria operação do sujeito passivo por substituição (fornecedor);

e) no campo “Informações Complementares”:e.1) “Imposto recolhido por substituição tributária

- Art.____do RICMS”;e.2) “Base de cálculo da substituição tributária:

R$____________”;e.3) “Imposto retido: R$___________”;e.4) “Devolução (total ou parcial) de mercado-

ria recebida com sua nota fiscal nº ____, de ___/___/____, no valor de R$_________”;

e.5) motivo da devolução.

Uma vez que o ICMS incidente sobre a própria operação do contribuinte substituto do qual foi recebida a mercadoria não foi creditado por ocasião da entrada no estabelecimento do contribuinte substituído, estando sujeita ao débito no momento da devolução, o valor do imposto destacado no documento fiscal (letra “d”) poderá ser lançado a crédito, diretamente no Registro E110 da EFD, com a indicação da origem do lança-mento no Registro E111 (“Devolução de mercadoria recebida com substituição tributária - Nota fiscal nº ____, de ___/___/___”).

Já o contribuinte substituto que receber a mercadoria em devolução deverá lançar nos Registros C100, C170 e C190 da EFD:

a) o documento fiscal relativo à devolução, com crédi-to do imposto, na forma regulamentar, creditando--se do imposto incidente sobre a sua própria opera-ção de saída; e

b) no registro C195, vinculado ao lançamento mencio-nado na letra “a”, o valor da base de cálculo e o do imposto retido, relativos à devolução.

Os valores referidos na letra “b” serão totalizados no último dia do período de apuração, para o lançamento a crédito no Registro E210 da EFD.

(RICMS-SP/2000, art. 4º, IV, art. 59, art. 127, I, “i”, “j”, IV, “d”, V, “a” e “b” e § 15, art. 274, caput, e arts. 273, 276, 278 e 281)

14. OPERAÇÕES INTERESTADUAIS REALIZADAS PELO CONTRIBUINTE SUBSTITUÍDOConforme visto no item 4, letra “b”, qualquer estabele-

cimento que receber as mercadorias diretamente de outra

Unidade da Federação, sem a retenção do imposto, ficará responsável pelo seu recolhimento sobre as operações subsequentes que se realizarem em território paulista.

Essa responsabilidade não se aplica em relação às mercadorias provenientes das Unidades da Federação rela-cionadas na Tabela XXIV do Anexo VI do RICMS-SP/2000, caso em que fica atribuída ao remetente relacionado no correspondente protocolo ICMS a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do ICMS.

Nota

Uma vez que a relação das Unidades da Federação que mantêm acor-do com o Estado de São Paulo, prevista no Anexo VI do RICMS-SP/2000, não é regularmente atualizada, veja relação atualizada no subitem 14.1.

Da mesma forma, na situação inversa, ou seja, nas saídas das mercadorias para Unidades da Federação que exijam o recolhimento do imposto a título de substituição tributária, o contribuinte paulista relacionado no correspon-dente protocolo ICMS ficará responsável pela sua retenção e pelo recolhimento em favor da Unidade da Federação de destino, devendo observar a respectiva legislação daquele Estado, especialmente quanto à necessidade de inscrição, prazo de recolhimento, local de recolhimento etc.

Ressalte-se que na hipótese de o Estado de destino determinar a necessidade de inscrição, o número desta deverá ser aposto em todo documento a ele dirigido, inclu-sive no de arrecadação.

Os contribuintes substitutos estabelecidos em outra Unidade da Federação que efetuem retenção do ICMS, em favor do Estado de São Paulo, deverão observar as regras para inscrição no cadastro de contribuintes paulista, previs-tas no art. 19 do Anexo III da Portaria CAT nº 92/1998.

(RICMS-SP/2000, Anexo VI, Tabela XXIV; Convênio ICMS nº 81/1993, cláusulas sétima e oitava; Portaria CAT nº 92/1998, Anexo III, art. 19)

14.1 AcordosRelacionamos, no quadro a seguir, as Unidades da

Federação com as quais o Estado de São Paulo mantém acordo para a aplicação da substituição tributária nas ope-rações com materiais de construção e congêneres:

RELAÇÃO DE ACORDOS

Acordo Unidade da Federação

Protocolo ICMS nº 11/2008 MT e SP

Protocolo ICMS nº 104/2008 AL e SP

Protocolo ICMS nº 32/2009 MG e SP

Protocolo ICMS nº 92/2009 RS e SP

Protocolo ICMS nº 104/2009 BA e SP

Protocolo ICMS nº 128/2010 PE e SP

Protocolo ICMS nº 25/2011 DF e SP

Protocolo ICMS nº 60/2011 AP e SP

Protocolo ICMS nº 71/2011 PR e SP

Protocolo ICMS nº 82/2011 GO e SP

Protocolo ICMS nº 33/2012 SE e SP

Protocolo ICMS nº 116/2012 SC e SP

Protocolo ICMS nº 20/2013 ES e SP

Protocolo ICMS nº 32/2014 RJ e SP

(RICMS-SP/2000, Anexo VI, Tabela XXIV)

N

Page 20: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

28-18 SP Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ESTADUAL

Energético - Isenção do ICMS nas operações com equipamentos para geração de energia solar ou eólica

Denomina-se energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em movimento (vento). Seu aproveita-mento ocorre por meio da conversão da energia cinética de translação em energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também denominadas aerogeradores, para a geração de eletricidade, ou cataventos (e moinhos), para trabalhos mecânicos como bombeamento d’água.

Recentemente, no Brasil, esta fonte de energia já vem contribuindo em grande grau para o desenvolvimento do País, abastecendo cerca de 4 milhões de lares brasileiros, ou 12 milhões de pessoas, o que corresponde a uma cidade do tamanho de São Paulo.

Com o objetivo de incentivar a geração de energia alternativa, limpa e renovável, a legislação do ICMS pau-lista concede, com base no Convênio ICMS nº 101/1997, isenção do imposto nas operações com as seguintes mercadorias:

Item Mercadoria NBM/SH

1

Aerogeradores para conversão de energia dos ventos em energia mecânica para fins de bombeamento de água e/ou moagem de grãos

8412.80.00

2Bomba para líquidos, para uso em sistema de energia solar fotovoltaico em corrente contí-nua, com potência não superior a 2 HP

8413.81.00

3 Aquecedores solares de água 8419.19.10

4 Geradores fotovoltaicos:

4.1 - de potência não superior a 750 W 8501.31.20

4.2- de potência superior a 750 W, mas não su-perior a 75 kW

8501.32.20

4.3- de potência superior a 75 kW, mas não su-perior a 375 kW

8501.33.20

4.4 - de potência superior a 375 kW 8501.34.20

5 Aerogeradores de energia eólica 8502.31.00

6 Células solares:

6.1 - não montadas 8541.40.16

6.2 - em módulos ou painéis 8541.40.32

7Torre para suporte de gerador de energia eó-lica

7308.20.00 e 9406.00.99

Item Mercadoria NBM/SH

8 Pá de motor ou turbina eólica 8503.00.90

9 Partes e peças utilizadas:

9.1

- exclusiva ou principalmente em aerogera-dores classificados no código 8502.31.00, em geradores fotovoltaicos, classificados nos códigos 8501.31.20, 8501.32.20, 8501.33.20 e 8501.34.20

8503.00.90

9.2- em torres para suporte de energia eólica, classificadas no código 7308.20.00

7308.90.90

10Chapas de aço, quando destinados à fabri-cação de torres para suporte de gerador de energia eólica

7308.90.10

11Cabos de controle, quando destinados à fa-bricação de torres para suporte de gerador de energia eólica

8544.49.00

12Cabos de potência, quando destinados à fa-bricação de torres para suporte de gerador de energia eólica

8544.49.00

13Anéis de modelagem, quando destinados à fabricação de torres para suporte de gerador de energia eólica

8479.89.99

14

Conversor de frequência de 1600 kVA e 620 V, quando destinados à fabricação de aero-geradores de energia eólica, classificados no código 8502.31.00 da NCM

8504.40.50

15

Fio retangular de cobre esmaltado 10 x 3,55 mm, quando destinados à fabricação de ae-rogeradores de energia eólica, classificados no código 8502.31.00 da NCM

8544.11.00

16

Barra de cobre - 9,4 x 3,5 mm, quando des-tinados à fabricação de aerogeradores de energia eólica, classificados no código 8502.31.00 da NCM

8544.11.00

A isenção do ICMS, que terá validade enquanto esti-ver em vigor o Convênio ICMS nº 101/1997 (prorrogado até 31.12.2021 pelo Convênio ICMS nº 10/2014), é condicio-nada a que a operação esteja amparada por isenção ou alíquota 0% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Também não é exigido o estorno de crédito do ICMS relativo aos produtos beneficiados com a isenção descrita neste texto.

(RICMS-SP/2000, Anexo I, art. 30; Convênio ICMS nº 101/1997; Convênio ICMS nº 10/2014; http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/atlas/pdf/06-energia_eolica(3).pdf; http://www.portalabeeolica.org.br/index.php/artigos/2478-brasil-um-potencial-gigante-de-produção-de-energia--eólica.html)

N

a IOB Setorial

Page 21: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

28-19Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

FEDERAL

ICMS/IPI - Sped - EFD - Bloco K - Exigência a partir de 1º.01.2017

O Registro de Controle da Produção e do Estoque (RCPE) que corresponde ao Bloco K do Guia Prático da EFD-ICMS/IPI, previsto no inciso VII do § 3º da cláusula primeira do Ajuste Sinief nº 2/2009, cujo ato instituiu a Escrituração Fiscal Digital (EFD), será exigido a partir de:

a) 1º.01.2017, dos estabelecimentos industriais classi-ficados nas divisões 10 a 32 da Classificação Nacio-nal de Atividades Econômicas (CNAE) pertencentes a empresas com faturamento anual igual ou superior a R$ 300.000.000,00;

b) 1º.01.2018, dos estabelecimentos industriais classi-ficados nas divisões 10 a 32 da CNAE pertencentes a empresas com faturamento anual igual ou supe-rior a R$ 78.000.000,00; e

c) 1º.01.2019, dos demais estabelecimentos indus-triais, dos estabelecimentos atacadistas classifica-dos nos grupos 46.2 a 46.9 da CNAE e dos estabe-lecimentos equiparados a industrial.

Para efeito de apuração do faturamento mencionado nas letras “a” e “b”, deverá ser observado o seguinte:

1º) considera-se faturamento a receita bruta de venda de mercadorias de todos os estabelecimentos da empresa no território nacional, industriais ou não, excluídas as vendas canceladas, as devoluções de vendas e os descontos incondicionais conce-didos; e

2º) o exercício de referência do faturamento deverá ser o 2º exercício anterior ao início de vigência da obri-gação.

Tendo em vista o cumprimento da obrigação em referência, foi disponibilizada, no site do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), http://sped.rfb.gov.br/, para download, a versão 2.0.19 do Guia Prático da EFD-ICMS/IPI.

A Seção 4 do Capítulo IV dessa versão relaciona as principais alterações do guia, dentre as quais destacamos as que se referem ao Bloco K:

a) Bloco K: inclusão dos Registros K210, K215, K260, K265, K270, K275 e K280;

b) Registro K220: alterada a orientação de preenchi-mento em razão da inclusão dos Registros K210 e K215; e

c) Registros K230, K235, K250 e K255: alterada a orientação de preenchimento em razão da inclusão dos novos registros no Bloco K.

A seguir, reproduzimos os diversos registros do Bloco K, os quais constam da Seção 7 do Capítulo III do referido guia prático:

Descrição Registro

Abertura do Bloco K K001

Período de apuração do ICMS/IPI K100

Estoque escriturado K200

Desmontagem de mercadorias - Item de origem K210

Desmontagem de mercadorias - Itens de destino K215

Outras movimentações internas entre mercadorias K220

Itens produzidos K230

Insumos consumidos K235

Industrialização efetuada por terceiros - Itens produzi-dos K250

Industrialização em terceiros - Insumos consumidos K255

Reprocessamento/reparo de produto/insumo K260

Reprocessamento/reparo - Mercadorias consumidas e/ou retornadas K265

Correção de apontamento dos Registros K210, K220, K230, K250 e K260 K270

Correção de apontamento e retorno de insumos dos Registros K215, K220, K235, K255 e K265 K275

Correção de apontamento - Estoque escriturado K280

Encerramento do Bloco K K990

Vale acrescentar que a Instrução Normativa RFB nº 1.652/2016 estabeleceu a obrigatoriedade de apresentação do Bloco K pelos estabelecimentos industriais fabricantes de bebidas e de produtos do fumo, com efeitos em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º.12.2016.

(Ajuste Sinief nº 2/2009, cláusulas primeira, § 3º, VII, e terceira, §§ 7º a 9º; Instrução Normativa RFB nº 1.652/2016; Guia Prático da EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.19, Capítulo III, Seção 7)

N

a IOB Comenta

Page 22: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

28-20 SP Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

IPIAtivo Imobilizado - Venda - Hipótese de incidência

1) Na operação de venda de bem do Ativo Imobilizado, ocorre o fato gerador do IPI?

Em geral, não há ocorrência do fato gerador do IPI na venda de bens incorporados ao Ativo Imobilizado, quando o bem tenha sido adquirido de terceiros, no mercado interno.

Contudo, tratando-se de venda do bem antes de completados 5 anos de sua incorporação e que tenha sido fabricado ou importado pela própria empresa, ocorrerá o fato gerador do IPI.

Nesse caso, a nota fiscal deverá ser emitida com o des-taque do IPI, observada a classificação fiscal do produto e a sua alíquota correspondente, fixada na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), aprovada pelo Decreto nº 7.660/2011, vigente na data da saída.

Tendo em vista o princípio da não cumulatividade, o contribuinte tem o direito de apropriar o IPI pago por ocasião do desembaraço, para compensar com o imposto devido por ocasião da saída.

(RIPI/2010, arts. 35, II, 38, III, e 225; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

Crédito fiscal - Insumos aplicados na industrialização de produtos não tributados - Impossibilidade

2) Os insumos adquiridos para industrialização de pro-dutos não tributados, imunes ou saídos com suspensão, podem ser escriturados mediante apropriação do crédito fiscal?

Não. Se o contribuinte já sabe, por antecipação, que os insumos serão empregados na industrialização de produtos não tributados, imunes ou com suspensão, cujo estorno seja determinado por disposição legal, não deve escriturar tais entradas com apropriação do crédito fiscal.

(RIPI/2010, art. 251, § 1º)

ICMS/SPBase de cálculo - Carne e gado - Pauta fiscal

3) Nas operações com carne e gado, existe valor mínimo para utilização como base de cálculo do ICMS?

Sim. O imposto incidente nas operações efetuadas com gado e carne deverá observar os valores mínimos fixados periodicamente em pauta fiscal.

Desde 23.12.2015, os valores mínimos estão previstos na Portaria CAT nº 153/2015.

Saliente-se que o ICMS deverá ser calculado sobre o valor da operação, caso esse seja superior ao valor mínimo divulgado em pauta fiscal.

(Portaria CAT nº 153/2015)

Base de cálculo - Gorjeta - Exclusão

4) No fornecimento de alimentação, o valor da gorjeta pode ser excluído da base de cálculo do ICMS?

O valor da gorjeta fica excluído da base de cálculo do ICMS incidente no fornecimento de alimentação e bebidas promovido por bares, restaurantes, hotéis e estabeleci-mentos similares, inclusive pelos optantes pelo Simples Nacional, desde que observados os seguintes requisitos:

a) não ultrapasse 10% do valor da conta;

b) em se tratando de gorjeta cobrada pelo contribuinte ao cliente, como adicional na conta, o valor deverá ser discriminado no respectivo documento fiscal;

c) tratando-se de gorjeta espontânea, para ter reco-nhecida a exclusão do valor da gorjeta da base de cálculo do ICMS, o contribuinte deverá manter à disposição da fiscalização, pelo prazo mínimo de 5 anos:

c.1) documentação comprobatória de que os em-pregados trabalham, nos termos de legis-lação, acordo ou convenção coletiva, sob a modalidade de gorjeta espontânea;

c.2) expressa indicação nas contas, cardápios ou em avisos afixados no estabelecimento de que o serviço (gorjeta) não é obrigatório; e

c.3) demonstrativo mensal do valor da gorjeta es-pontânea que circulou pelos meios de recebi-mento da receita do estabelecimento.

(RICMS-SP/2000, art. 37, § 4º-A)

Crédito - Aquisição de insumo industrial de contribuinte substituído

5) O contribuinte que adquirir insumo industrial de con-tribuinte que tenha recebido mercadoria com imposto reti-do por substituição tributária poderá creditar-se do valor do ICMS?

Sim. A legislação permite que o contribuinte que receber, com imposto retido, mercadoria não destinada à comercialização subsequente, aproveite o crédito fiscal, quando admitido, calculando-o mediante aplicação da alíquota interna sobre a base de cálculo que seria atribuída à operação própria do remetente, caso essa aquisição estivesse submetida ao regime comum de tributação.

a IOB Perguntas e Respostas

Page 23: IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

28-21Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Caso a operação de que decorreu a entrada da merca-doria esteja beneficiada por redução de base de cálculo, o seu valor, para determinação do crédito fiscal, será reduzido em igual proporção.

(RICMS-SP/2000, art. 272)

Nota fiscal - Destaque indevido de ICMS - Penalidade

6) Qual é a penalidade prevista para o contribuinte que destacar o ICMS na nota fiscal em operação beneficiada com a isenção do imposto?

O destaque do ICMS em nota fiscal referente a operação ou prestação não sujeita ao pagamento do imposto sujeita o emitente à multa equivalente a 30% do valor da operação ou prestação indicado no documento fiscal.

Caso o valor do imposto destacado irregularmente tiver sido lançado para pagamento nos registros próprios da Escrituração Fiscal Digital (EFD), a multa será equivalente

a 1% do valor da operação ou prestação constante no documento.

(RICMS-SP/2000, art. 527, IV, “g”)

ISS/SÃO PAULORegime especial de ofício - Imposição

7) Qual a consequência legal imposta ao contribuinte que deixar reiteradamente de cumprir as obrigações fiscais?

Sempre que o contribuinte deixar de cumprir as obrigações fiscais previstas na legislação, de forma reiterada, o Fisco poderá impor-lhe determinado procedimento contido em regime especial de ofício. Essa determinação será cumprida pelo contribuinte durante o prazo de vigência do referido regime, podendo ser alterada, agravada ou amenizada, em qualquer caso, de acordo com os critérios da administração tributária.

(RISS-São Paulo/2012, art. 164)