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iPED – Instituto Politécnico de Ensino à Distância. Todos os Direitos Reservados. iPED é marca registrada pela Empresa Brasileira de Comunicação LTDA.

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Sumário

Introdução ............................................................................................................ Pág. 6

Conceito e História ............................................................................................... Pág. 7

Fotografia, Luz e Imagem .................................................................................... Pág. 7

A fotografia no mundo e no Brasil ........................................................................ Pág. 12

O Fotojornalismo .................................................................................................. Pág. 20

Fotografia de casamento e Formatura ................................................................. Pág. 28

A revelação, a técnica e o filme fotográfico .......................................................... Pág. 30

A revelação fotográfica......................................................................................... Pág. 30

A técnica fotográfica: conceitos básicos............................................................... Pág. 33

Fotografia digital, o fotógrafo e o tratamento de imagem ..................................... Pág. 47

A fotografia digital ................................................................................................ Pág. 55

Fotógrafo: o mercado de trabalho – case - paparazzo ......................................... Pág. 66

Tratamento de imagem: Photoshop CS5 - Básico ............................................... Pág. 71

Encerramento ....................................................................................................... Pág. 85

Bibliografia ........................................................................................................... Pág. 85

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Institucional

O iPED, Instituto Politécnico de Ensino a Distância, é um centro de educação on-line que oferece informação, conhecimento e treinamento para profissionais, educadores e qualquer um que queira evoluir profissionalmente e culturalmente. Nosso objetivo é torná-lo uma base forte de conhecimento e expandir cada vez mais o seu nível intelectual e cultural. Oferecemos uma quantidade enorme de informação, além de diversos cursos on-line, onde você se mantém atualizado em qualquer lugar e a qualquer hora. Educação à Distância Aulas online ou a prática de aprendizagem à distância, através de ambientes virtuais e redes de computadores interligadas para fins educacionais e culturais, nada mais é do que o meio mais prático e inteligente de proliferação de conhecimento. Através de ambientes virtuais e sistemas inteligentes, é possível adquirir conhecimento de forma total ou gradativa. Esse é nosso conceito de educação, em tempo real, total ou gradativo, quando quiser e onde quiser e acima de tudo, da forma que quiser!

Nossa Missão

O Grupo iPED foi lançado com o intuito de aprimorar e disseminar o conceito de ensino a distância. Com a implantação do ensino a distância, pesquisas recentes registram que as pessoas alavancam os resultados dos módulos de treinamento em até 70%, eliminando as distâncias geográficas e proporcionando a melhoria da gestão do conhecimento e dos recursos humanos por competências.

Pensando nisso o iPED presta esse serviço a todos, para que a exclusão digital seja cada vez menor e com o passar do tempo ela desapareça completamente.

Esse é nosso objetivo, essa é nossa missão, e esteja certo que vamos conseguir!

Fabio Neves de Sousa Diretor Geral - Grupo iPED

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Certificação O conceito de reconhecimento virtual é concedido através de avaliação feita pelo sistema inteligente, que do inicio até o fim do curso está avaliando cada aluno em suas atitudes individuais e em comparação as atitudes do coletivo. Ao termino do conteúdo avaliado o aluno é submetido a uma avaliação final que nada mais serve do que comprovar a avaliação do desempenho dele ao longo de toda a trajetória do curso.

Nosso sistema garante 100% de segurança.

Empresas poderão confirmar a autenticidade do certificado, pois temos o que existe de melhor em tecnologia disponível no mercado.

Confira o grande diferencial de nosso certificado:

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Ao término do curso solicite o seu!

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Introdução Desde a pré-história o homem vem desenvolvendo maneiras de

marcar sua passagem pela terra. Uma das formas que a humanidade encontrou para registrar sua existência é a fotografia, causando admiração e fascínio entre as pessoas. A prova disso é que hoje a atividade de tirar retratos é fonte de lazer e uma maneira de sobrevivência.

Nosso curso busca oferecer informações e atividades sobre a

fotografia, tanto sob o aspecto artístico quanto profissional. Para tanto ele está dividido em três unidades.

Na primeira unidade, você irá aprender os conceitos sobre

Fotografia, Luz e Imagem e conhecerá a história da fotografia no Brasil e no Mundo. Além disso, aprenderá sobre Fotojornalismo.

Na segunda unidade, você irá estudar sobre a revelação de filmes,

seus conceitos e suas técnicas básicas. Nesta unidade, ainda, você irá aprender o que é filme fotográfico.

A terceira e última unidade está reservada para os estudos da

fotografia digital e o tratamento de imagem, além de conhecer o perfil do mercado de trabalho e da profissão de paparazzo. Bom curso!

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Unidade 1 – Conceito e história

Olá, Nesta primeira unidade, você irá aprender os conceitos sobre

Fotografia, Luz e Imagem e conhecerá a fascinante história da fotografia no Brasil e no Mundo. Nesta unidade ainda, você aprenderá sobre Fotojornalismo e conhecerá a revista O cruzeiro, considerado um marco no mercado fotográfico profissional no Brasil. Bom estudo

1.1 – Fotografia, Luz e Imagem Neste primeiro tópico, você irá aprender os conceitos sobre

Fotografia, Luz e Imagem, pois são conhecimentos de extrema importância para a atividade de fotografar.

Fotografia é a técnica de criação de imagens por meio de exposição

luminosa, fixando-a em uma superfície sensível. A invenção da fotografia é fruto do trabalho de muitas pessoas, pesquisas que avançaram na história da humanidade chegando ao que conhecemos hoje. Portanto, o invento da fotografia não é atribuído a uma só pessoa.

A palavra fotografia vem do grego Photos, que significa Luz e

Graphis, que pode ser traduzido como escrita ou desenho, portanto, é possível dizer que fotografia é a arte de “desenhar com a luz”.

Os princípios básicos da fotografia se estabeleceram há décadas,

desde a introdução do filme fotográfico colorido e quase não sofreram mudanças. No entanto, o avanço tecnológico tem possibilitado aperfeiçoamento na arte de fotografar: melhor qualidade das imagens produzidas; maior agilidade no processo de produção; e redução de custos. Desta forma, desenvolveu-se a popularização da fotografia.

A fotografia depende basicamente de quatro elementos: - Luz; - Câmera; - Emulsão; - e Químicos.

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As fontes de luz, tanto as artificiais como a luz solar, são as

responsáveis pelo fenômeno fotográfico. Os outros elementos formam um conjunto que, se utilizados de maneira correta, permitem atingir a luz numa base emulsionada, acetato positivo, negativo ou papel.

A fotografia é a arte de desenhar com a luz, mas procurando

encontrar o equilíbrio entre o claro e o escuro, e assim moldando texturas dos objetos fotografados.

Tipos de fotografias

Fotografia em preto e branco A fotografia nasceu em preto e branco, mais precisamente como o

preto sobre o branco, no início do século XIX. Desde as primeiras formas de fotografia que se popularizaram, na década de 1823, até aos filmes preto e branco atuais, houve muita evolução técnica e diminuição dos custos.

Os filmes atuais têm uma variedade de tonalidade, o resultado é

fotos ricas em detalhes. Por isso, as fotos feitas com filmes PB são superiores às fotos coloridas convertidas em PB.

Meio tom As fotografias em preto e branco destacam-se pela riqueza de

tonalidades; a fotografia colorida não tem o mesmo alcance dinâmico. Normalmente, na fotografia P&B é utilizado à luz e à sombra de

forma mais acentuada para criar efeitos estéticos. No entanto, há quem prefira fotografar apenas em filme preto e branco, mesmo com a maior facilidade e menor custo do equipamento digital.

Os sensores das câmeras digitais ainda possuem alcance dinâmico

muito menor do que a fotografia P&B e mesmo da colorida, estando mais próximo do slide.

Fotografia colorida A fotografia colorida foi explorada durante o século XIX e os

experimentos iniciais em cores não puderam fixar a fotografia, nem prevenir a cor de enfraquecimento.

A primeira fotografia colorida permanente foi tirada em 1861 pelo

físico James Clerk Maxwell. O primeiro filme colorido, o Autocromo, somente

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chegou ao mercado no ano de 1907 e era baseado em pontos tingidos de extrato de batata.

O primeiro filme colorido moderno, o Kodachrome, foi introduzido em 1935 baseado em três emulsões coloridas. A maioria dos filmes coloridos modernos, exceto o Kodachrome, é baseada na tecnologia desenvolvida pela Agfa-color em 1936. O filme colorido instantâneo foi introduzido pela Polaroid em 1963.

Fotografia digital Fotografia digital é a fotografia tirada com uma câmera digital ou

determinados modelos de telefone celular, resultando em um arquivo de computador que pode ser editado, impresso, enviado por e-mail ou armazenado em websites ou CD-ROMs.

A fotografia tradicional era um fardo considerável para os fotógrafos

que trabalhavam em localidades distantes - como correspondentes de órgãos de imprensa - sem acesso às instalações de produção. Com o aumento da competição com a televisão, houve um aumento na urgência para se transferir imagens aos jornais mais rapidamente.

Em 10 anos, as câmeras digitais se tornaram produtos de consumo,

e estão de modo irreversível, substituindo gradualmente suas equivalentes tradicionais em muitas aplicações, pois o preço dos componentes eletrônicos caiu e a qualidade da imagem melhorou.

A Kodak anunciou em janeiro de 2004 o fim da produção da

câmeras reutilizáveis de 35 milímetros após o término daquele ano. Entretanto, a fotografia "líquida" irá perdurar, pois os amadores dedicados e artistas qualificados preservam o uso de materiais e técnicas tradicionais.

- Luz Luz é um fenômeno que desperta a curiosidade de cientistas há

muito tempo. Os gregos já haviam questionado a respeito de sua natureza, chegando a duas conclusões:

- Platão acreditava que todo objeto visível emitia uma torrente

constante de partículas luminosas, que eram captadas por nossos olhos. - Aristóteles acreditava sair dos nossos olhos uma onda vibratória

que atingia os objetos e tornava-os visíveis. Desta forma, estabeleceram-se, então, duas teorias: - Partículas, que propagavam como gotas saindo de uma mangueira;

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- Ondas, que se propagavam a exemplo de quando se atira uma pedra na água de um rio. (imagem abaixo)

Imagem: http://1papacaio.com.br

Atualmente sabe-se que tanto Platão quanto Aristóteles estavam

parcialmente certos. Na Grécia, Heron de Alexandria (10 d.C. - 70 d.C.) descobriu que a

luz caminha em linha reta, formulando assim a lei: o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão.

No século XVII, o cientista e filósofo inglês, Isaac Newton(1643-

1727) tentou explicar o fenômeno da luz com a teoria “modelo corpuscular da luz”, que foi aceita durante vários anos.

Segundo Newton, a luz era constituída de partículas pequenas,

emitidas pela fonte luminosa, e que se propagavam em linha reta e com velocidades muito grandes. Ao atingir o olho, essas partículas estimulavam uma determinada região que dava origem à visão.

No início do século XIX As experiências de Thomas Young e

Augustin Fresnel demonstraram a existência de fenômenos ópticos, para os quais a teoria corpuscular da luz seria inadequada.

Já no século XIX, o físico francês Jean Bernard Léon Foucault

descobriu que a luz se deslocava mais rápido no ar do que na água. O efeito contrariava a teoria corpuscular de Newton, pois defendia a idéia de que a luz deveria ter uma velocidade maior na água do que no ar.

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Maxwell, físico escocês, teve grande importância no estudo da eletricidade e do magnetismo, ele propôs a ideia de que a luz é uma onda eletromagnética. Mais tarde, experiências comprovaram a ideia de Maxwell, fatos que levaram a unificação da óptica com a eletricidade.

Imagem O homem sempre procurou registrar os acontecimentos que ocorrem

a sua volta. As pinturas rupestres das cavernas pré-históricas, as inscrições do antigo Egito são provas desta necessidade humana.

Após dominar a técnica do registro por meio do desenho, o homem

passou a elaborar um padrão estético dessas representações. A esse padrão deu-se o nome de ARTE.

Registros históricos sugerem ter sido os gregos os primeiros a

elaborarem uma teoria sobre a representação artística, seu valor e sua utilidade. Pitágoras via na música a manifestação artística da matemática. Aristóteles via no teatro, na literatura e na poesia a imitação da sociedade.

Platão elaborou os princípios básicos sobre imagem, válidos até hoje, desde a artes plásticas até a fotografia

Para Platão, há dois tipos de imagem: - objetiva: detectada por nossos sentidos da consciência. - subjetiva; vinda de uma ideia, de um pensamento. Desta forma, pensava-se o mundo real como fruto do mundo das

ideias. A partir deste conceito, surgiu a necessidade de uma divisão entre o mundo real e o mundo das ideias.

Portanto parece não haver duvida que toda a produção artística

surge a partir de uma ideia. Na ideia está a matriz criadora de toda e qualquer manifestação artística. Mas, para produzir ou entender uma obra de cunho artístico é preciso tentar reconhecer e interagir com essa ideia (imagem) criadora.

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Imagem: Platão e Aristóteles - http://pontodoconhecimento.blogspot.com

A palavra imagem vem do latim (imago) e significa a “representação

visual de um objeto”. Em grego antigo corresponde ao termo “eidos”, raiz do termo idea ou eidea, conceito que foi desenvolvido por Platão. O filósofo considerava imagem uma projeção da mente.

Aristóteles, pelo contrário, considerava a imagem como sendo uma

aquisição pelos sentidos, a representação mental de um objeto/objeto real, fundando a teoria do realismo.

A polêmica perdura em nossos dias, mantendo-se viva em

praticamente todos os domínios do conhecimento. De um modo geral, é considerada tanto a imagem adquirida como a

gerada pelo ser humano, ou seja, tanto na criação pela arte ou como simples registro foto-mecânico: na pintura, no desenho, na gravura, em qualquer forma visual de expressão da ideia

Na matemática, o termo "imagem" é entendido como representação

de um objeto (especializado) que exige técnicas e ferramentas especiais. Atualmente, a imagem é muito veiculada pelos anúncios publicitários

impressos em páginas de revistas, cartazes, nas telas do computador, de cinema ou de televisão.

1.2 – A fotografia no mundo e no Brasil Várias foram as tentativas de fixar uma imagem num suporte

duradouro. Mas foi apenas na Europa, no início do século XIX, que surgiram

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as primeiras experiências bem-sucedidas de registros imagéticos, ainda que bastante rudimentares e de resultados pouco nítidos.

Os fundamentos daquilo que veio a se chamar fotografia vieram de

dois princípios básicos: - a câmara escura - a existência de materiais fotossensíveis Embora estes princípios já fossem considerados há muito tempo

pelos cientistas, eles só se estabeleceram no século XX. No século XVI, Giovanni Della Porta desenvolveu o conceito de

câmara escura: era uma caixa preta totalmente vedada da luz com um pequeno orifício em um dos seus lados. Apontada para algum objeto, a luz advinda deste projeta-se para dentro da caixa e a imagem dele se forma na parede oposta à do orifício.

Se, na parede oposta, ao invés de uma superfície opaca, for

colocada uma translúcida, como um vidro despolido, a imagem formada será visível, ainda que invertida. Isso permitia a visão de qualquer paisagem ou objeto através do orifício que, dependendo do tamanho, projetava uma imagem maior ou menor.

A câmara escura foi largamente usada durante toda a Renascença e

grande parte dos séculos XVII e XVIII para o estudo da perspectiva nas artes plásticas, só que já munida de avanços tecnológicos típicos da ciência renascentista, como lentes e espelhos para reverter a imagem.

fotossensibilidade diz respeito a qualquer objeto que se modifica com a luz

A Câmara escura só não podia estabilizar a imagem obtida. Todo

material existente é fotossensível, ou seja, se modifica com a luz, mas algumas demoram milhares de anos para se alterarem, enquanto a outras se modificam em apenas alguns segundos.

Para a reprodução de uma imagem, de nada adiantaria um material

de pouca fotossensibilidade, de maneira que a dificuldade recaiu sobre a descoberta de um material suficientemente rápido e ao mesmo tempo passível de manipulação com alguma facilidade.

A história conta uma lenda que para muitos parece bastante

verdadeira: Por volta do séc. XIX, um farmacêutico francês, ao atender um rapaz com um pequeno ferimento, confundiu o vidro de iodo com o de nitrato de prata, que era usado em conjunto com outros medicamentos.

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Ao passar nitrato de prata no ferimento do rapaz, o líquido imediatamente se enegreceu, ficando totalmente preto. Após perceber seu erro, e retratar-se, o jovem farmacêutico novamente experimentou aquela curiosa reação. Constatando o fenômeno, procurou um químico especializado para contar-lhe a maravilha, o professor Nicéphore Nièpce.

Coincidentemente, Nièpce estava trabalhando, juntamente com

outros cientistas, num material capaz de se fotossensibilizar num tempo curto o bastante para que pudesse registrar uma imagem na câmara escura, e imediatamente começou a fazer experiências com halógenos de prata, brometo, iodeto e nitrato.

As experiências mostram que os melhores resultados eram obtidos

com soluções de brometo e iodeto de prata, tanto pela velocidade de captura da imagem (algo em torno de 12 horas!) quanto pela nitidez advinda da facilidade do brometo em combinar-se com o mercúrio na revelação. O grande problema era fixar a imagem obtida.

Em 1826, Nièpce uniu-se a outro cientista, Louis Jacques Daguerre,

para pesquisar maneiras de registrar e fixar imagens na câmara escura. Nièpce conseguiu pela primeira vez fixar satisfatoriamente uma imagem obtida da janela de sua casa, e que foi considerada a primeira fotografia da história. Ao obtê-la Nièpce chamou seu processo de Heliografia, ou "escrita do sol".

Imagem: www.amigonerd.net

A sociedade entre Daguerre e Nièpce tinha por objetivo o

aprimoramento das técnicas até então desenvolvidas, para aumentar a sensibilidade dos halógenos de prata, e assim diminuindo consideravelmente o tempo de exposição, e ao mesmo tempo aumentando a nitidez das imagens. Esta união teve vida curta, pois Nièpce morreu em 1833.

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Daguerre, porém, continuou as experiências de Nièpce e as aperfeiçoou, mas não sem grandes dificuldades. Primeiro, conseguiu obter chapas metálicas com soluções muito mais nítidas, mas a alteração da fórmula dos haletos de prata provocou uma extrema incompatibilidade com os agentes fixadores desenvolvidos por Nièpce.

Certa vez, conta-se outra lenda, Daguerre, exausto e decepcionado

por não conseguir obter resultados satisfatórios, jogou uma de suas chapas num armário e esqueceu-se dela. Alguns dias mais tarde, à procura de alguns químicos, abriu o armário e deparou-se com ela intacta, sem que a imagem tivesse sofrido alteração alguma. Percebeu então, que com a força com que havia jogado, alguns frascos se quebraram, entre eles o de mercúrio, cujo vapor havia fixado a imagem da chapa.

Daguerre então, por volta de 1835, desenvolveu o fixador à base de

vapor de mercúrio, tornando possível a fixação de sua emulsão fotossensível, a que ele chamou Daguerreotipia

O Daguerreótipo foi, por muito tempo, a técnica fotossensível mais

utilizada na Europa, no entanto várias experiências similares que eram desenvolvidas sincronicamente em outros lugares, entre eles o Brasil.

No começo do século XX ocorrem várias mudanças no campo da

cultura. Procurando acompanhar tais mudanças, a fotografia artística uniu-se aos movimentos modernistas com, fundamentalmente, duas intenções:

- combater a estética “pictórica” do movimento anterior. - atribuir à fotografia um projeto inteligente, atuante e

contemporâneo às aspirações revolucionárias da arte moderna. Esse amplo movimento de renovação teve historicamente dois pólos

principais de investidor: Europa e Estados Unidos. Na Europa, diversos artistas do movimento de vanguarda

trabalharam com a fotografia. Embora não houvesse a formação de nenhum grupo definido, a transformação radical dessa linguagem aconteceu em universos socialmente distintos.

Após os primeiros trabalhos de Ugene Atget, ocoreu uma ampla

renovação que se estende até o começo da década de 30. Vários foram os artistas fotógrafos: Lászlo Moholy, Hanna Höch, Kasimir Malevich, entre outros.

Nos EUA a instauração de uma linguagem fotográfica moderna se

deu a partir dos trabalhos de Alfred Stieglitz, fotógrafo responsável por espalhar trabalhos de artistas modernos importantes como Paul Césanne, Henri Matisse, Pablo Picasso e Georges Braque, entre outros.

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Os fotógrafos que deram início à experiência moderna na fotografia

norte-americana foram agrupados, na revista trimestral, Câmera Work e na Galeria 291, ambas dirigidas por Alfred Stieglitz.

O grupo, aos poucos, foram desenvolvendo uma fotografia direta a

Straigth photography, uma técnica que abandonava o experimentalismo do laboratório a favor de uma questão mais próxima da natureza. A Photo Secessions, como ficou conhecido o movimento, surgiu de questionamentos decorrentes do confronto entre as idéias acadêmicas e da arte moderna.

Esse movimento de renovação também ocorreu no Brasil,

especificamente em São Paulo, no Foto Cine Bandeirantes que, a partir da década de 40, revolucionou a fotografia brasileira, até então acadêmica, realizando uma experiência no campo fotoamadorismo.

Se por um lado o modernismo brasileiro atuou de maneira

“atrasada”, em relação ao EUA e Europa, por outro, no campo internacional e no contexto cultural do país, o movimento foi extremamente inovador, pois modificou definitivamente o panorama da fotografia no Brasil.

O modernismo na fotografia traduziu-se, principalmente, pela

pesquisa autônoma e pela busca equilibrada entre o real e o abstrato, no entanto as características da fotografia permitiram uma ligação com o real como jamais a pintura poderia vivenciar.

A atuação modernista traçou o ambiente social na medida em que

alterou a percepção do mundo, propondo uma reavaliação do cotidiano por meio da arte.

O modernismo superou a contradição que acompanhava a fotografia

desde o século XIX: transformar a ironia da promessa de desenvolvimento em esperança de desenvolvimento.

De um modo geral, identificam-se três momentos definidos na

história da fotografia: - a dualidade da fotografia documental do século XIX, que ao mesmo

tempo aposta na modernização e critica os rumos tomados por ela; - o fotopictorialismo, que se perde na história da fotografia, pois tenta

adaptar-se ás idéias clássicas de arte que lhe são totalmente opostas - a experiência moderna que supera as ambigüidades da fotografia

tradicional através de uma linguagem que busca compatibilizar a estrutura narrativa da imagem com as intenções plásticas da modernidade.

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A fotografia no Brasil

Se na Europa, os debates eram em torno da fotografia enquanto

manifestação artística, comparada à pintura, no Brasil, no entanto, esse debate não encontrava espaço nas primeiras décadas. Nosso país recebeu o invento da fotografia de braços abertos.

A fotografia chegou ao Rio de Janeiro em janeiro de 1840, trazida pelo Abade Louis Compte.

A sociedade brasileira, do período do Império, embora estivesse

interessada em usar a nova técnica; a preocupação era mais em se deixar fotografar do que em refletir sobre os aspectos artísticos e culturais do novo invento.

O Brasil desta época, agrário e escravocrata, tinha a sua economia

voltada para a cultura do café, visando exclusivamente o mercado externo e dependendo dele para importações de outros produtos.

A sociedade dominante, no Brasil, ainda cultuava padrões e valores

estéticos puramente acadêmicos, já ultrapassados em seus respectivos países de origem, que só seriam questionados e combatidos com a Semana de Arte Moderna de 1922.

De um modo geral, a sociedade brasileira tinha uma visão de mundo

infinitamente estreita e tratavam a fotografia como mágica divertida, como mais uma maravilhosa invenção européia.

Em Janeiro de 1840, Louis Compte deu uma demonstração especial

para o Imperador D .Pedro II, registrando alguns aspectos da fachada do Paço e algumas vistas ao seu redor.

Desde o dia que Compte registrou as primeiras imagens no Rio de

Janeiro, D. Pedro II se interessou profundamente pela fotografia, sendo o primeiro fotógrafo brasileiro com menos de 15 anos de idade. Tornou-se praticante, colecionador e patrocinador da nova arte.

D. Pedro chamou os melhores fotógrafos da Europa, patrocinou

grandes exposições, promoveu a arte fotográfica brasileira e difundiu a nova técnica por todo o Brasil.

Os profissionais liberais da época, grandes comerciantes e outros

donos de uma situação financeira abastada, já podiam se dedicar à fotografia em suas horas vagas. Para essa nova classe urbana, carente de símbolos que a identificassem socialmente, a fotografia foi uma feliz

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alternativa para a criação de uma forte identidade cultural. O grande exemplo disso foi o jovem Santos Dumont.

Em suas viagens a Paris, Dumont apaixonou-se por fotografia e comprou seu primeiro equipamento fotográfico. No Brasil, o pai da aviação construiu seu laboratório e aos poucos foi registrando o vôo dos pássaros até criar os princípios do seu primeiro avião: o 14 Bis.

Foi num cenário de ascenção de uma classe social, que o Brasil disparou na frente das grandes metrópoles européias, descobrindo a fotografia no interior do Estado de São Paulo. A quase inexistência de recursos para impressão gráfica daquela época, levou Hércules Romuald Florence, desenhista francês, radicado no Brasil, a realizar pesquisas para encontrar fórmulas alternativas de impressão por meio da luz solar.

Francês, natural de Nice, Florence chegou ao Brasil em 1824 e

durante os 55 anos que aqui viveu até a sua morte, na antiga Vila de São Carlos – Atual Campinas/SP, dedicou-se a uma série de invenções. Entre 1825 e 1829, participou como desenhista de uma expedição científica, para registrar a Fauna e Flora Brasileira, chefiada pelo Barão Georg Heirich von Langsdorff, cônsul geral da Rússia no Brasil. De volta da expedição, Florence casou-se com Maria Angélica Alvares Machado e Vasconcelos, em 1830.

Durante a década de 30, Florence deu sentido prático á sua

descoberta que ele próprio denominou de “Photographie”: imprimia fotograficamente diplomas maçônicos, rótulos de medicamentos, bem como fotografara desde 1832 alguns aspectos de sua Vila, isto é, cinco anos antes do Inglês John Herschel, a quem a história sempre atribuiu o mérito de ter criado o vocábulo.

Em 1833 Florence aprimora seu invento, e passa a fotografar com

chapa de vidro e papel pré-sensibilizado para contato. Foi o primeiro a usar a técnica “Negativo/Positivo” empregado até hoje. Enfim, totalmente isolado, contando apenas com os seus conhecimentos e habilidade, e sem saber as conquistas de seus contemporâneos europeus, Népce, Daguerre e Talbot, Florence obteve em terras brasileiras o primeiro resultado fotográfico da história.

O Nitrato de Prata, agente sensibilizante e princípio ativo da

invenção de Florence, tinha um pequeno inconveniente: a imagem após revelada, passava por uma solução “fixadora” que removia os sais não revelados, mantendo a durabilidade da imagem.

Constatou que a amônia além de ter essa função, também reagia

com os sais oxidados durante a revelação, rebaixando o contraste da imagem final. Conforme seu diário passou a usar a urina, rico em amônia como fixador “fiz isso por acaso”! De fato, um dia enquanto revelava, esqueceu de preparar o Fixador tradicional.

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Como a vontade e urina apareceram de repente, não poderia abrir a

porta de seu laboratório, com risco de velar seus filmes. Acabou urinando em uma banheira e na confusão, acidentalmente passou suas chapas para lá. Além de descobrir a própria fotografia, descobriu também o processo mais adequado para a fixação da imagem, que atualmente foi substituído pelo “Tiossulfato de Amônia” utilizado atualmente na fotografia Preto & Branco, Colorida, Cinema, Artes Gráficas e Radiologia.

Alguns exemplares de Florence existem até hoje, e podem ser vistos

no Museu da Imagem e do Som, SP. Sua contribuição, entretanto, só ficou sendo conhecida pelos habitantes de sua cidade, e por algumas pessoas na Capital de São Paulo e Rio de Janeiro, não surtindo, na época, qualquer outro tipo de efeito, conforme exaustivas pesquisas e investigações do Historiador Boris Kossoy.

ARTE MODERNA Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o Brasil passou a ser uma

ótima opção de investimentos de capital estrangeiro. Iniciava-se, então, a ação empresarial do Estado favorecendo uma rápida industrialização.

O desenvolvimento industrial ganhou impulso graças ao processo de

substituição de importação na indústria de bens de capital, promovido pelo governo Juscelino Kubitschek.

Cresceu o mercado interno e com ele o complexo urbano que teve

como Rio de Janeiro/São Paulo seu eixo principal. Essas cidades expandiram-se rapidamente, criando uma oferta de serviços compatível com as novas necessidades da moderna vida na cidade grande.

O fluxo de capital estrangeiro favoreceu a formação de um mercado

interno e, consequentemente, a afirmação das chamadas “classes sociais”. Ao lado do empresário nacional e de um proletariado urbano, estabeleceu-se definitivamente a classe média no horizonte socioeconômico e cultural do país.

Esse crescimento industrial urbano no Brasil, a partir do pós-guerra,

deu novo ânimo ao fotoclubismo. No início o movimento fotoclubista centrou-se no Rio de janeiro, em seguida, São Paulo assumiu a liderança.

Essas condições possibilitaram que o fotoclubismo chegasse ao seu

momento de maior desenvolvimento, colocando-se como um fenômeno de grande disseminação social.

No ano de 1939, em São Paulo surgiu um clube que logo se tornou o

centro do movimento fotoclubista: O Foto Clube Bandeirante, destaque nacional como polo agenciador da produção fotográfica moderna brasileira.

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A iniciativa de criação do Bandeirante partiu de um grupo de

aficionados que costumava se reunir em uma loja de material fotográfico no centro de São Paulo, onde trocavam experiências, discutiam fotografia e inteiravam-se dos novos lançamentos da indústria especializada.

Em 1942 o Foto Clube Bandeirante formou ao longo da década de

40 uma sólida estrutura material e atingiu um alto nível de organização interna, com um número considerável de sócios. Neste ano, com o apoio da prefeitura, o clube promoveu o I Salão de Arte Fotográfica de São Paulo.

Em 1945 foi criado o Departamento de Cinema, o que alterou o

nome do clube para FCCB - Foto Cine Clube Bandeirante. No ano seguinte o boletim informativo, impresso que divulgava o resultado dos concursos internos do clube, transformou-se na revista Boletim Foto Cine.

No final da década, com a contribuição de seus associados, os

bandeirantes conquistaram uma sede própria, o que possibilitou a consolidação definitiva da associação. No que se refere à produção, o Bandeirante continuou ligado ao academismo até que, no fim da década de 40, começou a expressar a necessidade de uma real mudança nos rumos da fotografia.

1.3 – O Fotojornalismo Já na década de 1860 havia diversas experiências de fotografias em

meio-tom na imprensa. No entanto, somente nas vésperas do século XIX, é que a prática tornou-se viável do ponto de vista técnico e econômico.

A primeira vez que uma fotografa apareceu publicada na imprensa

foi em 1880, no jornal Daily Herald de Nova York. É considerado o início de uma revolução nos meios de comunicação: a reprodução da imagem fotográfica em escala industrial por meio do processo do meio-tom.

Essa nova tecnologia transformou a imprensa, e a fotografia começou a ganhar cada vez mais

espaço nas páginas dos jornais. Atualmente, jornais e revistas do mundo inteiro utilizam a fotografia

como recurso para ganhar a confiança do público. O desenvolvimento do fotojornalismo ocorreu devido a inúmeros fatores e não apenas pela necessidade de documentação dos fatos.

Inicialmente a fotografia era utilizada apenas para ilustrar os textos

escritos, sendo um mero auxiliar. Os fotógrafos, cercado de equipamentos

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pesados e de difícil manejo, não conseguiam acompanhar a velocidade dos acontecimentos.

Para trabalhar em recintos fechados, os fotógrafos eram obrigados a

usar flashes de magnésio que cegavam momentaneamente os fotografados, o resultado era pessoas em posições ridículas e depreciativas.

Para os primeiros fotógrafos de imprensa, o mais importante era

documentar os fatos da forma mais objetiva possível. Geralmente provenientes das camadas populares da sociedade, eles eram incultos, gozavam de total desprestígio social e recebiam péssima remuneração.

Foi somente a partir do final da década de 1920 que essa situação começou a se modificar

Em 1925, na Europa, foi lançada uma câmera fotográfica que viria a

revolucionar a fotografia: a Leica. Ela trouxe inúmeras inovações: - pequeno formato; - excepcional velocidade; - uso de filmes de 36 poses; - fotos noturnas sem a necessidade do uso do flash. Essa máquina determinou uma nova reflexão sobre a fotografia de

imprensa: versatilidade e discrição seriam as suas novas características. Embora fosse um aparelho revolucionário para a época, a Leica não

teve uma aceitação imediata, mas com o passar do tempo, conseguiu grande aceitação no meio jornalístico.

A grande mudança na fotografia de imprensa ocorreu por volta da

década de 20. Entretanto, não foram somente as inovações técnicas que determinaram essa grande mudança. Elas fazem parte de um conjunto de fatores que se cruzaram durante a República de Weimar, na Alemanha, e possibilitaram o surgimento do fotojornalismo como atividade especializada e independente.

A República de Weimar foi instaurada na Alemanha logo após a Primeira Guerra Mundial, tendo como sistema de governo o modelo parlamentarista democrático.

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O grande fotógrafo Erich Salomon atuou baseado no alto nível de politização da sociedade alemã e no excepcional desenvolvimento cultural do período. Salomon teve um papel importante na fundamentação do fotojornalismo, não só como fotografo, mas também como articulador das bases para a profissionalização. Em torno dele se reuniam vários fotógrafos, trabalhando em regime de free-lancer.

Nessa época as fotos publicadas em grande parte da imprensa

alemã já traziam os créditos do autor. O fotojornalismo ganhava individualidade e um papel social definido. Muitos deles chegaram mesmo a escrever os textos de suas reportagens.

No final da década de 20, trabalhavam fotógrafos que mais tarde

ficaram célebres, tais como Moholy-Nagy, André Kertész, Umbo, entre outros. Quando chegou ao poder, em 1933, Hitler pôs fim à efervescência cultural na Alemanha, acabando com o fotojornalismo que ganhava respeitável proporção. A maioria dos fotógrafos alemães exilou-se fugindo da ditadura hitlerista. Erich Salomon não foi morto com a família nas câmaras de gás do holocausto nazista.

A principal diferença entre o fotojornalismo criado por Salomon e o

trabalho realizado pelos primeiros fotógrafos era que, para Salomon, o mais importante na fotografia era, acima de tudo, um exercício de visão e não um simples registro dos fatos.

As mudanças revolucionaram a atividade jornalística como um todo.

Se primeiramente a fotografia era um mero auxiliar do texto, em um segundo momento, dá-se uma inversão: a fotografia cria o acontecimento e o texto passa a ser, muitas vezes, o seu auxiliar.

A grande imprensa passa, então, a se utilizar cada vez mais da fotográfica.

Após a ascensão do nazismo na Alemanha, o centro de

desenvolvimento do fotojornalismo deslocou-se para a França. Em 1928 foi lançada a revista Vu, por Lucien Vogel.

A revista Vu (algo como “visto”, do verbo “ver”) passou a empregar

os melhores fotógrafos da época, muitos deles vindos da Alemanha. A

Freelancer é o termo inglês para denominar o profissional autônomo

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utilização da fotografia em Vu desfez os padrões tradicionais da fotografia de imprensa, pois a revista fora criada com o objetivo de priorizar a imagem.

Com o passar do tempo, as ideias políticas de Lucien Vogel iam de

encontro com os interesses dos anunciantes da revista. Em 1936 uma reportagem favorável aos republicanos espanhóis desagradou a burguesia. Vogel perdeu seu emprego e Vu o seu melhor editor.

Nos Estados Unidos o fotojornalismo encontrou um campo de

desenvolvimento excepcionalmente fértil. Baseadas na experiência alemã e fortemente influenciadas pela revista Vu, surgiram as revistas Time (1929) e Life (1936).

Se revista Vu viu o seu declínio surgir pela falta de patrocinadores

que bancassem a ideias progressistas de Vogel, nos Estados Unidos a publicidade foi justamente a alavanca para o crescimento destas publicações.

Eram revistas versáteis, bem balanceadas, que abordavam temas

variados e pretendiam ser acessíveis a qualquer pessoa. O objetivo da revista era aumentar o número de leitores e com isso o número de anunciantes. A fotopublicidade ganhou um grande impulso e passou a direcionar o gosto e o consumo de grande parte dos norte-americanos.

O sonho da modernidade foi dar uma função à arte, recolocá-la em

uma trajetória objetiva, racional e torná-la padrão para a sociedade. Nesse sentido é possível afirmar que o sonho moderno só se realizou plenamente através do fotojornalismo e da fotopublicidade. Considera-se que a arte passou a ser vivida por todos, cotidianamente.

Há nisso, porém uma grande ironia: o homem não consome a arte

como referencial de libertação das dificuldades imediatas, mas sim como o ponto terminal de uma trajetória voltada somente aos interesses do capital. Contrariamente ao ideal utópico da modernidade, a atitude do observador não é ativa, caracteriza-se por uma asfixiante passividade.

O movimento de renovação da fotografia, que resultou na

experiência moderna, ocorreu nas duas primeiras décadas do século XX, o objetivo era:

- desconstruir a herança documental da fotografia do século XIX; - questionar os limites da utilização do aparelho; - atualizar a percepção do homem; - redefinir o potencial de transformação da arte.

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Erich Salomon atuou de 1928 a 1933, portanto, logo após a renovação modernista. Ele e seus seguidores utilizaram os ganhos do modernismo para servir o capital. Triste imagem: a utopia moderna como laboratório da imprensa de massa.

Enquanto para os fotos jornalistas a fotografia se resumia ao

exercício de visão fotográfica, para os modernistas a visão havia sido uma descoberta penosa, resultado de uma postura questionadora perante a câmera e à estruturação espacial da imagem.

Enquanto os modernistas tentaram transcender a ordem burguesa,

os fotojornalistas apoiaram-se nessa mesma ordem em sua totalidade, não questionando o caráter ideológico da perspectiva.

O fotojornalismo colocou a autonomia da linguagem e o

desenvolvimento da visão conquistados pelo modernismo a serviço de seus interesses imediatos.

Fotografia marcante: A menina Afegã

Sharbat Gula, que ficou conhecida mundialmente como a menina

afegã, foi fotografada quando tinha 12 anos pelo fotógrafo Steve McCurry, em junho de 1984. Foi no acampamento de refugiados Nasir Bagh do Paquistão durante a guerra contra a invasão soviética.

Sua foto foi publicada na capa da National Geographic em junho de

1985 e, devido a seu expressivo rosto de olhos verdes, a capa converteu-se numa das mais famosas da revista e do mundo. No entanto, naquele tempo ninguém sabia o nome da garota.

O mesmo homem que a fotografou realizou uma busca à jovem que

durou exatos 17 anos. Em janeiro de 2002, encontrou a menina, já uma mulher de 30 anos e pôde saber seu nome. Sharbat Gula vive numa aldeia remota do Afeganistão, é uma mulher tradicional pastún, casada e mãe de três filhos. Ela regressou ao Afeganistão em 1992.

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O fotojornalismo no Brasil O fotojornalismo no Brasil teve um desenvolvimento similar ao

ocorrido na Europa e Estados Unidos, salvo as especificidades do nosso universo cultural. Inicialmente a fotografia servia de mera ilustração, documentando o texto e tornando-o mais agradável. Posteriormente ela passou a criar o acontecimento, disputando com o texto a primazia dos fatos.

A fotografia na imprensa brasileira surgiu no início do século XX. - Revista da Semana, em 1900. - Ilustração Brasileira, em 1901. - Kosmos, 1904. Junto a essa fotografia de reportagem incipiente apareceram as

primeiras fotos de publicidade, ligadas ao crescimento do mercado interno e à estruturação do setor terciário da nossa economia. Nossos primeiros repórteres fotográficos eram provenientes das classes populares, pessoas sem formação e com instrução técnica inadequada à sua atividade.

Durante quarenta anos essa foi a realidade da fotografia de

imprensa no Brasil. A situação só se modificou a partir da reformulação da revista O cruzeiro na década de 40, o que modificou definitivamente o status social do fotógrafo de reportagem.

De acordo com José Medeiros, importante fotógrafo da revista, O

Cruzeiro passou a ser o "filé” jornalismo no Brasil, o sonho dourado das pessoas. Um fotógrafo da revista era tão famoso quanto é hoje um galã da TV.Globo. "Aonde íamos tinha gente esperando para nos badalar. Cheguei até dar autógrafos na rua”, conta.

A fotografia desempenhou um importante papel no processo de

conscientização e informação da sociedade brasileira, com destaque para os anos conturbados da ditadura militar, quando a fotografia procurava ângulos que objetivavam driblar a censura e mostrar através das imagens, os momentos e situações adversas que não podiam ser abordados nos textos.

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A revista O Cruzeiro merece destaque pela valorização que deu ao

fotojornalismo, sobretudo, entre as décadas de 1940 a 1970. O Cruzeiro foi uma revista que surgiu para chamar atenção, para conquistar muitos leitores. Recebeu este nome, para que as pessoas pudessem associá-la à moda da época e ainda à constelação do Cruzeiro do Sul, o que decerto fazia parte do planejamento e objetivos da revista, que se mostrava atualizada com informações de todo o Brasil e do Mundo.

Esta publicação ficou conhecida como uma revista de variedades e de investimentos pesados no visual. Grandes fotógrafos como Jean Manzon e José Medeiros faziam parte de sua equipe e suas reportagens faziam sucesso, como também, as coberturas de eventos políticos e sociais nos quais Assis Chateaubriand, proprietário de O Cruzeiro e jornalista influente, participava ou promovia.

O Cruzeiro adquiriu um papel inovador na época, pois trazia uma

espontaneidade brasileira, noticiando um Brasil, até o momento, pouco conhecido, que emergia através das grandes reportagens.

José Medeiros era um dos mais importantes repórteres fotográficos

da revista O Cruzeiro, conhecido como o poeta da luz, intitulado o pai do fotojornalismo brasileiro, pelo francês Jean Manzon. Medeiros trabalhou na revista até 1962.

Durante o tempo em que esteve a serviço dessa publicação, trilhou

vários caminhos, percorreu todas as áreas sociais e conviveu com várias raças presentes no Brasil.

Os grandes jornais foram se transformando em empresas

jornalísticas. Mudavam as relações entre o jornal e o anunciante, a política e

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seus leitores. Alguns desses grandes jornais vieram de séculos anteriores, como o Jornal do Brasil, fundado em 1891, a Gazeta de Notícias, que , em 1907, foi o primeiro jornal a ser editado em cores no país, além de outros como o Jornal do Comércio, A Notícia e O Paiz.

O Jornal do Brasil contava com o melhor equipamento técnico da

época, com uma tiragem diária extremamente significativa, oficinas de fotografia e galvanoplastia, além de contar com a instalação de luz elétrica em suas oficinas em 1903, que passou a movimentar sua rotina e ampliar ainda mais sua tiragem.

Em 1901, nascia o Correio da Manhã, fundado por Edmundo

Bittencourt, tendo como redator chefe Leão Veloso Filho e ainda tinha colaborações de nomes como: José Veríssimo, Artur Azevedo, dentre outros. Tinha uma linha combativa, já clara no seu editorial de apresentação, criticando a suposta neutralidade da imprensa. Não se afastava da realidade, o que era uma prática comum na relação poder e imprensa de então.

O próprio presidente Campos Salles em um de seus discursos

afirmava sem preocupação que seu governo corrompera alguns dos jornais cariocas.

As alterações nessa primeira década do século foram introduzidas

lentamente. Aconteceu então o declínio do folhetim, dando lugar a uma preocupação maior com a informação. O aparecimento de temas políticos, esportivos e policiais, e, as colaborações literárias começaram a ser separadas na paginação dos jornais, tornando-se matérias à parte.

Foi em parte por conta dessas transformações que se viu as revistas

ilustradas proliferarem. Elas que, inicialmente, teriam a charge como suporte

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da imagem, viriam a ser os principais veículos de difusão das imagens fotográficas, logo em seus primeiros anos.

Este foi o momento de revistas como: Revista da Semana, Kosmos,

Fon-Fon!, Ilustração Brasileira, Careta, Paratodos, dentre outras. Não se pode deixar de destacar a Revista São Paulo, publicação do governo paulista dos anos 30 do século passado.

A revista tinha um projeto gráfico arrojado, que valorizava não só o

fotojornalismo, como também, a fotomontagem, na qual se destacam os trabalhos de Benedito Junqueira Duarte, que assinava Vamp, e, de Theodoro Preising.

Ao final dos anos 30, sobretudo, em 1939, imigraram para o Brasil

fotógrafos de origem alemã, que traziam influências do movimento Bahaus, como a ênfase nas formas e no grafismo e o uso de recursos como ampliação, montagem, dentre outros. Os trabalhos que se destacam na época são de Alice Brill, Hans Gunter Flieg, Hildegard Rosenthal e Fred Kleeman.

1.4 - Fotografia de casamento e Formatura Neste tópico, você vai aprender como a fotografia está expandindo

sua área de atuação. A fotografia de Casamento e de Formaturas está cada vez mais sofisticada. Até um tempo atrás, a visão que se tinha era de um mercado que envolvia fotógrafos com baixa formação e um trabalho objetivando a quantidade, ao invés da qualidade. Mas não é bem assim, a crescente busca por profissionais desse ramo obrigou fotógrafos a se especializarem constantemente.

Uma grande novidade neste ramo é fotografar Casamento e

Formaturas também no estúdio Fotografar em festas e em estúdio é tarefa diferente. As fotos feitas em estúdio são bastante simples, contendo apenas duas sombrinhas fechando em 90º ou 120º em relação aos formandos e, eventualmente, uma luz de fundo com parabólica.

Já nas festas, o fotógrafo precisa trabalhar com a luz local,

necessitando ajuda de um iluminador que o acompanha a cada clicada. O grande diferencial, porém, está justamente na direção dos modelos/formandos: os fotógrafos de estúdio são os mais bem-humorados da equipe, além de naturalmente terem criatividade e entusiasmo na elaboração de novas composições.

Unindo o trabalho de estúdio com festa de formatura, o fotógrafo

Cléber Medeiros, em seu site http://www.clebermedeiros.com/ apresenta os 10 mandamentos da fotografia em estúdio para formatura. Veja a seguir:

1) Tanto em estúdio quanto durante a colação de grau (ou baile),

evite utilizar objetivas grande-angulares para fotografar a curtas distâncias.

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Se não for possível distanciar-se dos formandos para fotografar de corpo inteiro, com a objetiva em pelo menos 50mm, opte por enquadramentos mais fechados.

2) Quando optar por enquadramentos mais fechados, lembre-se de

nunca cortar nas articulações dos modelos. Se fizer um close muito fechado no rosto, lembre-se de deixar um pouco de cabelo emoldurando a testa. Opte por cortar acima da coxa quando quiser fotografar em meio corpo ou enquadre o formando de corpo todo, evitando cortes entre o tornozelo e os joelhos.

3) Deixe um pouco de espaço no visor para enquadrar cenas de

movimento simulado, do contrário, no momento do movimento (como um salto segurando os diplomas), pode haver um corte no motivo principal pelo fato do quadro estar muito cheio.

4) Se o grupo a ser fotografado no estúdio aumentar, coloque as

sombrinhas dos flashes numa posição frontal e alta em relação aos modelos. Do contrário, a luz sairá mais intensa sobre os formandos que estiverem nos extremos da composição.

5) Procure conversar rapidamente com os formandos, perguntando

seus nomes e o que mais gostam neles mesmos (como ângulos, sorriso etc.). Dessa forma, além de deixar o formando mais relaxado para fotografar, estará estabelecendo um vínculo de confiança que acabará culminando em fotos mais interessantes, possibilitando um maior grau de satisfação e consequente maior volume de vendas.

6) Utilize sempre um receptor de rádio para cada flash de estúdio e

lembre-se de desabilitar as fotocélulas. Assim, não terá problemas com disparos ocasionados pelos convidados com suas câmeras compactas.

7) Sempre que for fotografar pessoas ao lado de colunas ou mesmo

por trás de uma cadeira em que outra pessoa estiver sentada, procure deixar a pessoa que está em pé bem relaxada, não permitindo que ela fique com o braço esticado e apoiado sobre a cadeira/coluna. Se o braço ficar ligeiramente flexionado, o formando parecerá mais natural, inclusive na expressão do rosto.

8) Apesar de apresentarem resultados desagradáveis quando

utilizadas em enquadramentos muito próximos, as grande angulares podem ser usadas de forma criativa, focando algum objeto com forte apelo para o formando, como o diploma fotografado à frente do corpo. Enquadramentos assim deixam o primeiríssimo plano (o diploma, neste caso) gigantesco e criam uma perspectiva acentuada em relação ao modelo.

9) Nunca force uma situação que vá além da natureza dos

formandos fotografados. Dessa forma os resultados não serão naturais, nem o índice de satisfação em relação à equipe de fotógrafos será bom. Sendo

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assim, uma pessoa tímida é naturalmente tímida e, se ela não estiver se sentindo à vontade, respeite seus limites, peça poucas coisas além do posado trivial e, nas primeiras negativas, conforme-se com a vontade do fotografado. É ele quem vai pagar seu cachê.

10) Aproveite os pequenos grupos de amigas e dirija-as como se

fossem modelos. Perfile-as de lado para você, umas à frente das outras, com as pernas flexionadas à frente e os braços na cintura. Parece clichê? Na verdade é, sim, mas vende muito porque as mulheres adoram e se divertem nesse momento.

Unidade 2 – A revelação, a técnica e o filme fotográfico.

Olá, Na segunda unidade, você irá estudar sobre a revelação de filmes,

seus conceitos e suas técnicas básicas. Nesta unidade, ainda, você irá aprender o que é filme fotográfico. Bom estudo.

2.1 - A revelação fotográfica Revelação fotográfica é o processo de transformação da imagem

registrada no filme fotográfico em imagem visível através de processo químico. É o que você vai aprender neste tópico.

A luz sensibiliza os cristais de prata contidos na emulsão fotográfica

que sofrem alterações e que resultarão em sua transformação em prata metálica. Para efetivar esta transformação é necessário um acúmulo de energia luminosa.

Quando uma pequena exposição é dada ao filme, os haletos de

prata sofrem uma alteração mínima, que é visível somente no microscópio eletrônico. A essa alteração dá-se o nome de Imagem Latente.

A revelação, por processo de óxido-redução, aumenta em cerca de 1

bilhão de vezes a energia captada, concluindo sua transformação em prata metálica, produzindo assim uma imagem visível.

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Todo processo químico (ou reação química) é influenciado por alguns fatores: Concentração ou diluição do agente; Temperatura; Agitação; Tempo.

O Processo de Revelação 1) Revelador A função do revelador é concluir a transformação dos haletos de

prata contidos no papel em prata metálica, através do processo de óxido-redução.

O Revelador tem a função de reagir com os halóides que receberam

luz transformando-os em sais de prata negra, aos milhares. Nesse instante pode-se perceber a imagem da foto se formando no papel. Isso explica o porquê da primeira revelação ser o negativo da foto. O banho do papel no líquido revelador deve ser de 2 a 4 minutos.

Imagem: http://fotografiaecologica.webnode.com.

2) Interruptor (stop) A função do interruptor é: - neutralizar a ação da solução reveladora presente na emulsão;

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- tornar o meio gelatinoso ácido, preparando-o para o fixador, que

também é ácido. Pelo fato das soluções reveladoras serem básicas (alcalinas)

utilizam-se soluções ácidas para interromper sua ação. A maioria das soluções de interruptor são à base de acido acético glacial (o mesmo contido no vinagre), podendo também ser utilizado o ácido cítrico.

3) Fixador A função do fixador é retirar da emulsão os cristais de prata (haletos)

não sensibilizados pela exposição e não transformados em prata metálica na revelação.

A base das soluções fixadoras é o tiossulfato de sódio, pois este

elemento reage com os cristais de prata formando complexos solúveis em água, provocando desta forma a dissolução dos haletos de prata não expostos e a preservação da imagem.

Este processo requer muita atenção, pois é o responsável pela

preservação da imagem. 4 – Lavagem A função da lavagem é remover da emulsão os produtos químicos

do fixador. A lavagem tem o importante papel de remover esses produtos

deixando na emulsão somente a imagem de prata metálica. Uma remoção mal feita pode atacar a imagem e desbotar as cores e a produzir manchas.

A retirada dos produtos na lavagem acontece por difusão, ou seja,

os sais migram do meio mais concentrado (emulsão) para o meio menos concentrado (água). Isso se baseia no fato de que duas soluções tendem a se equilibrar. Por isso a água tem de ser trocada constantemente.

Para diminuir o tempo de lavagem e aumentar sua eficiência, pode-

se utilizar soluções de auxiliar de lavagem à base de sulfito de sódio (processo descoberto por fotógrafos da marinha americana, ao utilizarem água do mar na lavagem dos filmes nos navios).

5 - Secagem Antes da secagem, deve-se utilizar uma solução surfante, que é uma

espécie de detergente, para que seja reduzida a tensão superficial da água, evitando assim, a formação de gotas durante a secagem.

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A formação de gotas na emulsão durante a secagem pode gerar

marcas no filme, devido ao "inchaço" que a emulsão sofre quando molhada. A secagem natural é considerada sempre ideal, por não forçar a desidratação do filme. Estufas podem ser usadas, desde que a temperatura interna não ultrapasse os 40ºC.

2.2 – A técnica fotográfica: conceitos básicos Neste tópico você vai aprender sobre os conceitos básicos da

técnica fotográfica. A câmara fotográfica é formada por três elementos: 1. Corpo 2. Objetiva 3. Dispositivo duplo obturador/diafragma. O corpo é o controle da câmara e deve permitir seu pleno

manuseio. Nele se instalam a objetiva e a emulsão, a relação entre eles é controlado pelo dispositivo obturador, em geral disposto no corpo.

Duas condições são fundamentais para a composição do corpo: - ser capaz de isolar a emulsão da luz. - possuir um sistema de enquadramento eficiente.

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Imagem: http://www.stampaphoto.com.br/tecamara.htm

A objetiva é um conjunto de lentes que tem a capacidade de formar, através de leis físicas específicas, uma imagem nítida de um determinado assunto na base da emulsão disposta no corpo.

O dispositivo duplo obturador/diafragma permite controlar a

quantidade e o tempo de exposição à luz. - O obturador é o responsável pelo tempo de exposição, e é

geralmente controlado no corpo da câmera. - O diafragma é o responsável pela quantidade de luz e é

geralmente controlado na objetiva. A emulsão é o filme fotográfico propriamente dito, ou o papel

fotográfico onde se processa a ampliação do filme. O filme é uma emulsão química composta de sais de prata sensíveis à luz posta sobre uma base de acetato, poliéster ou celulóide.

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Corpo de câmara a) Simples São câmeras compactas em que não há quase opção de mudança

nos ajustes de foco e exposição, pois, na maioria das vezes, já vêm de fábrica com a lente embutida e todos os mecanismos automáticos, inclusive o flash.

Normalmente, o visor de enquadramento é separado da lente, o

chamado visor direto. Isso pode provocar um problema de paralaxe quando

A fotografia é dependente de apreciação visual, para uma melhor compreensão, costuma-se comparar a fotografia à visão humana.

As câmaras fotográficas são consideradas extensões mecânicas

do olho humano. O olho humano é um órgão adaptado para captar a energia radiante tanto em quantidade como em qualidade, isto é, ele tem a capacidade de recepcionar os comprimentos de onda característicos de cada cor e decodificá-los, distinguindo assim objetos claros de escuros e de cores diferentes.

É chamada de visão cromática (visão das cores)

A íris do olho humano funciona como o dispositivo de diafragma da câmara, controlando a quantidade de luz.

O cristalino do olho se compara a lente da câmara, pois ambos

vão tornar as imagens nítidas. A diferença é que o cristalino, para focalizar as imagens, muda de forma e, em uma câmara, a lente e possui um movimento para frente e para trás, com o objetivo de cumprir a mesma função.

No entanto, as câmaras chamadas de “foco fixo” são projetadas

para dar foco a partir de uma distância mínima (geralmente em torno de 1,5m) em diante.

A retina corresponde à parte de trás da câmara fotográfica, onde

colocamos a emulsão sensível à luz e sobre a qual se formará a imagem.

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o assunto está muito próximo, ou seja, dependendo da distância entre a câmera e o assunto principal, corremos o risco de cortar partes deste assunto ou enquadrá-lo mal.

Esse tipo de câmara tem pouca flexibilidade e não permite ajuste

manual de exposição, mesmo as automáticas. Entretanto, se a objetiva for de boa qualidade, dentro dos limites da câmera, é possível produzir boas imagens.

b) Semi-Profissionais São câmeras que possuem várias possibilidades de alteração:

escolha dos valores de foco, tempo e exposição e quantidade de luz. As melhores câmeras para este fim geralmente trabalham com filmes 135 (35 mm) e permitem a mudança das objetivas, bem como a colocação de acessórios, como motor drives e flash mais poderosos.

Existem modelos totalmente mecânicos, que possibilitam ao

fotógrafo controle total das funções da câmera, e também modelos híbridos, que podem funcionar com padrões automáticos também à escolha do fotógrafo.

Nos modelos híbridos, a única desvantagem é a necessidade de

pilhas e baterias, sem as quais ela não funciona. A maioria delas possui visor reflex, ou seja, visor através de um espelho que permite a visão exata da imagem enquadrada, tal como o negativo irá imprimir.

Sua flexibilidade com acessórios, qualidade de imagem,

versatilidade e mobilidade fazem dos modelos 35mm as câmeras mais populares de todas

c) Profissionais São câmeras de grande porte, pesadas e para uso em estúdio, que

trabalham com formatos maiores que 35 mm, os chamados médios formatos (filmes 120) ou filmes em chapa (4x5, 8x10, etc.).

Essas câmaras possuem altíssima precisão óptica e, no caso das

câmaras de fole, permitem distorção de perspectiva, colocação de qualquer tipo de lente ou objetiva e têm seus ajustes todos manuais, dando ao fotógrafo liberdade total de criação.

A única limitação é o tamanho, que dificulta ou mesmo impede

totalmente o controle rápido de suas funções, não podendo ser utilizada para fotografias instantâneas, como no fotojornalismo.

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A objetiva Trata-se de um conjunto de lentes que tem a capacidade de formar,

através de leis físicas específicas, uma imagem nítida de um determinado assunto num plano qualquer, em que uma emulsão disposta neste plano registrará a luz que entra de maneira ordenada, formando uma imagem.

LENTE é um vidro polido com características específicas capazes

de, ao transmitir os raios de luz, formar uma imagem qualquer sob determinadas condições. As lentes mais comuns são as Convexas e as Côncavas

- As Convexas refratam a luz para dentro e criam uma imagem

invertida do outro lado dela. - As Côncavas exercem efeito contrário: são tão divergentes que não

podem formar uma imagem na parte posterior, mas os prolongamentos dos raios tendem a formar a imagem na parte anterior, isto é, antes da lente.

É necessário que se aproxime da lente para que se veja o objeto. Geralmente se confunde LENTE com OBJETIVA. Objetiva é um

conjunto de lentes, popularmente chamada de lente fotográfica. Existem vários tipos de objetivas, que se diferenciam por diversos

fatores, como construção ótica, luminosidade e, principalmente, seu ângulo de abrangência, que determina a perspectiva da imagem projetada, aspectos estes determinados, por sua vez, pela distância focal da objetiva.

Distância focal é a distância entre a lente e o plano onde se forma

uma imagem nítida de um assunto colocado no infinito.

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Todas as lentes e objetivas têm distância focal

Considera-se infinito um ponto muito distante, como por exemplo, o

Sol. Ao apontar uma lente para o Sol, sobre um pedaço de papel, é possível queimar o papel colocado. Para que isso não ocorra, basta então medir a espaço que separa o papel da lente para encontrar a distância focal adequada.

Numa lente simples, mede-se a distância focal a partir do centro da

lente. Numa objetiva, a medição leva em conta fatores mais complexos, embora o princípio seja o mesmo.

Quase todas as objetivas, mesmo as mais baratas, trazem gravadas

a distância focal, que poderá estar expressa em milímetros, centímetros ou polegadas, sendo antecedida pela notação f= ou F=: , que poderá estar ausente em alguns casos. Ex.: f = 50 mm ou F = 50 mm ou 50 mm simplesmente.

Esta classificação diz respeito ao ângulo de abrangência da objetiva,

ou, em outras palavras, quanto de imagem ela capta em relação à objetiva normal, que é a de perspectiva mais próxima ao olho humano.

O fator que determina este ângulo de abrangência é a medida da

DIAGONAL do formato para o qual ela foi desenhada. Por exemplo, uma objetiva cuja distância focal é admitida pelo fabricante como 50 mm, dependendo da diagonal do fotograma, ou seja, o formato do negativo, é que saberemos se ela é grande angular, normal ou tele.

No formato mais comum, que é o de 35 mm (tomar cuidado com a

medida em mm, que pode tanto se referir à distância focal como ao formato do negativo), a diagonal tem uma medida de 43 milímetros. Portanto, uma lente normal para o formato 35 mm seria a de 43 mm, mas todas as fábricas

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têm tendência a adotar a lente de 50 mm como normal para esse formato, que acabou sendo consagrada pelo uso.

Já com formato 6x6 cm, a lente normal é de 75 ou 80 mm, pois a

diagonal é maior e, portanto, a mesma lente 50 mm neste formato seria uma grande-angular, conforme a tabela abaixo:

F

Filme Formato do

Diagonal Objetivas Campo

Negativo

(mm)

Normais Abrangido

(mm)

1

10 13x17 mm 21,4 20 53

1

26 27x27mm 38,2 35 53

1

35 24x36mm 43 50 45

1

20 45x60mm 75 75 53

1

20 60x60 85 80 57

1

20 56x72mm 90 85 55

1

20 60x90 111 105 53

f

Folha 4x5pol 160 150 53

f

Folha 5x7pol 222 210 55

f

Folha 8x10pol 320 300 57

Desta forma, é possível considerar, então: - as objetivas com distâncias focais MAIORES que a normal são

consideradas teleobjetivas ou telefotos; - e as MENORES que a normal são chamadas grande-angulares.

Quanto mais teleobjetiva, mais reduzido o campo abrangido, e quanto mais grande-angulares, mais amplo o campo.

Portanto, a distância focal determina o ângulo de alcance de todas

as objetivas, justamente porque este ângulo varia conforme a área de projeção da imagem formada.

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As objetivas de distância focal longa (as teleobjetivas) ampliam a projeção da imagem, mas a área de captação, que é o

fotograma, continua do mesmo tamanho, dando a impressão de uma aproximação.

Do outro lado, objetivas de distância focal curta projetam imagens de

menor proporção, por estarem mais próximas do plano em que a imagem irá se formar, dando a impressão que afastam o assunto.

Em termos técnicos, o que a objetiva está fazendo é AMPLIANDO

ou REDUZINDO a projeção da imagem. Assim, uma objetiva de distância focal 80mm, é normal para o formato 120 (6x6), teleobjetiva para o formato 135 e grande-angular para o formato 4x5pol.

Temos, portanto, a seguinte subdivisão:

Tamanho Implicação

Maior que a Diagonal Teleobjetiva

do Fotograma

Distância Focal Igual à Diagonal do Normal

Fotograma

Menor que a Diagonal Grande Angular

do Fotograma

A) Objetiva normal Produz uma imagem com perspectiva que se aproxima da visão

normal, em que a proporção dos assuntos enquadrados não sofre ampliação nem redução perceptível.

B) Objetiva Grande-angular Este tipo inclui mais da cena do que uma normal. Isto a faz útil para

fotografias de panoramas e interiores. As grande-angulares mais populares para máquinas 35 mm são as de 28 e 35 mm de distância focal.

Grande-angulares com distâncias focais mais curtas, como 18, 20,

21 ou 24mm (sempre para máquinas de filme no formato 135 ou 35mm) exigem maiores cuidados, pois leves desnivelamentos da câmara provocam efeitos desproporcionados de perspectiva.

As objetivas chamadas "olho-de-peixe" na verdade são grande-

angulares ao extremo (11mm, 15mm). Existem as que cobrem todo o

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negativo, isto é, sua imagem toma todo o fotograma, e outras que fornecem uma imagem circular do assunto, bem no centro dos negativos.

Estas objetivas pouco são usadas, pois, além de muito caras, dão

sempre o mesmo tipo de imagem distorcida. Geralmente vêm com filtros embutidos no próprio corpo. São usadas para efeitos dramáticos e criativos.

C) Teleobjetivas Essas lentes enquadram um campo mais estreito que uma lente

normal. Em geral, ampliam de 2 a 4 vezes o assunto com relação à lente normal. Por causa desta propriedade, essas lentes são usadas para fotografar assuntos de aproximação difícil.

Objetivas telefoto de 85 a 135 mm são muito usadas para retratos,

pela perspectiva agradável do rosto que conseguem, e, se usadas com aberturas grandes, em volta de f/4, desfocam o fundo, dando realce à pessoa.

Podemos classificar as objetivas de várias maneiras. Aqui, optamos

por dar classificações de acordo com três critérios: a. Mobilidade da Distância Focal b. Focalização c. Integração As tabelas a seguir são um resumo desta classificação:

Tipo Descrição

Quanto à Fixas A distância focal não muda;

Distância Focal

Variáveis

Podem mudar a distância focal,

e

por consequência, variam o

campo abrangido e o tamanho

da imagem. São denominadas de

lentes "ZOOM"

A) Objetivas ZOOM e Macro As objetivas zoom nada mais são que objetivas cuja distância focal é

variável, e trazem sempre gravadas as distâncias focais mínima e máxima

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para cada modelo. Assim, por exemplo, podemos ter 70-210mm, 28-90mm, e assim por diante.

Algumas Zoom de última geração podem ser focalizadas a curtas

distâncias, possibilitando tomadas de objetos pequenos; é a chamada posição macro, na qual pode-se chegar bem perto do assunto sem auxílio de acessórios. Devido à versatilidade e conveniência, as objetivas zoom são talvez as mais populares de todas. Como uma zoom tem uma distância focal variável de maneira contínua, ela pode substituir todas as lentes fixas compreendidas dentro de suas distâncias focais máxima e mínima.

B) Foco O anel de foco das objetivas permite que haja seleção da área de

nitidez, que implica também nas condições de profundidade de campo (ver adiante), e que podem variar a área de nitidez para além do foco escolhido.

As objetivas de câmeras semi-profissionais em geral vêm com anel

de foco com marcação de distância em pés e metros, em que se pode verificar a distância entre o assunto e a câmera. Mas as câmeras simples não possuem essa qualidade, sendo assim classificadas:

Tipo descrição

Fixa São aquelas que não dispõem de

mecanismo que permita focalizar

seletivamente sobre cada assunto,

Quanto à focalização estando pré -determinadas a dar foco a

partir de uma distância mínima,

geralmente 1,5 mm até o infinito

Variáveis Têm mecanismo que permite focalizar

seletivamente sobre cada assunto. Em

geral, é acionado manualmente por

movimento rotatório num anel externo

As câmaras mais modernas têm dispositivo para focalização

automática, que consiste num micro motor a bateria que faz girar o anel de foco de acordo com a distância do assunto,a qual é calculada por um sensor infravermelho. Esse tipo de dispositivo traz vantagens no que diz respeito à velocidade de focalização em situações como as típicas do fotojornalismo, em que muitas vezes o fotógrafo não tem tempo de focalizar com segurança um assunto.

Entretanto, pode trazer desvantagens na fotografia estética, já que a

leitura nem sempre será feita no assunto de maior interesse do fotógrafo, como por exemplo, um segundo plano. Focalização correta é um fator determinante para se obter nitidez de imagem.

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C) Integração das Objetivas Câmeras semi-profissionais de mesma marca permitem a troca de

objetivas fabricadas especificamente para elas, não podendo ser trocadas por objetivas de outras marcas. Isso se dá por causa dos sistema de encaixe, que por razões comerciais, é feito especificamente para cada marca e não com um encaixe universal.

Existem adaptadores, mas muitas vezes implicam em mudanças

mínimas de distância focal, e por isso a marcação de foco não condiz mais com a distância real entre o assunto e a câmera. As câmeras simples não possuem essa característica e as câmeras profissionais já permitem uso de qualquer marca de lente.

TIPO DESCRIÇÃO

Não Cambiáveis Aquelas que vêm integradas ao corpo da

câmara, não podendo ser destacadas deste.

Intercambiáveis São as que podem ser destacadas, possibilitando

Quanto à

INTEGRAÇÃO ao fotógrafo o uso de diferentes objetivas num

mesmo corpo. O encaixe é feito por rosca ou

baioneta, sendo este último o sistema preferido,

devido à rapidez que proporciona na hora da

troca.

Complementos óticos Chamam-se complementos óticos aqueles que são adicionados às

objetivas, com a finalidade de adaptá-las a outras necessidades, diferentes daquelas para que foram desenhadas originalmente.

Estudaremos alguns: A) Multiplicadores de distância focal São os chamados tele-conversores (em inglês tele-converters),

vendidos separadamente; devem ser colocados entre o corpo da câmara e a objetiva, embora existam modelos que se coloquem na frente desta.

Eles duplicam ou triplicam a distância focal de qualquer objetiva.

Assim, se temos uma lente de 50mm de distância focal, ela se tornará equivalente a uma tele de 100 ou 150mm, conforme adicionemos a ela um multiplicador de duas ou três vezes. Isto se dá às custas de dois fatores:

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1) Perda de luminosidade da objetiva - Geralmente esta perda está

na razão direta do quanto se multiplica. Por exemplo, com um multiplicador de duas vezes, uma objetiva com abertura máxima de f/1.4 terá sua luminosidade reduzida de dois pontos de diafragma, quer dizer, ficará f/2.8, assim acontecendo com todas as outras aberturas.

2) Perda de qualidade ótica - Sempre haverá um sacrifício da

qualidade ótica, pois qualquer acessório ótico implica numa modificação no desenho original da lente. Para reduzir ao máximo tal perda, procure adquirir acessórios do fabricante da própria objetiva.

B) Outros complementos Em contraste com os multiplicadores examinados acima, há os

acessórios que, colocados na frente da objetiva, transformam-na em equivalente a grande-angular (wide converters). São menos usados, e também implicam em perda de qualidade, e em alguns casos, esta chega a ser intolerável. Há também os filtros e as lentes de aproximação

3) Mecanismo de Exposição: Diafragma / Obturador A) Diafragma (abertura) Entende-se por abertura o diâmetro útil da lente. É pela abertura que

vai entrar a luz que imprimirá o filme. Através dela podemos dizer se uma objetiva é mais ou menos luminosa que outra. Para se achar o valor da luminosidade de uma objetiva, basta dividir a distância focal pelo diâmetro desta, e assim obteremos o valor da abertura máxima. Por exemplo, uma lente com distância focal de 100 mm e diâmetro de 50 mm tem uma luminosidade igual a 2, pois 100 : 50 = 2.

Costuma-se escrever a luminosidade de uma lente com o sinal "f/"

ou "1:" antes do número. Portanto, no exemplo acima, temos uma lente 100 mm f/2 ou 100 mm 1:2.

Para designar quaisquer números de diafragma, também se utiliza a

indicação f/ com o número a seguir. A grande maioria das lentes traz gravada, além da distância focal,

sua luminosidade máxima na parte frontal. A abertura máxima de uma lente indica o quão luminosa ela é, ou seja, o quanto de luz ela consegue captar.

Quanto maior é a abertura máxima, isto é, quanto menor é o valor

numérico do número-f, mais luminosa ela é, mais apta está para trabalhar em condições de pouca luz. Uma lente diafragma em f/1.4 admite oito vezes mais luz que em f/4 e pode facilmente ser usada com um mínimo de luz.

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Essa luminosidade pode ser regulada, na maioria das câmaras, por

meio de um dispositivo chamado DIAFRAGMA, conforme já vimos na analogia que fizemos com o olho. O mecanismo do diafragma controla o diâmetro da abertura da lente, permitindo assim variar à vontade a luminosidade.

Esse controle é padronizado pelos números-f, ou também chamados

f/stops, que estão gravados no tubo das lentes. Assim, os números 22, 16, 11, 8, etc., na verdade representam frações, pois são, respectivamente, 1/22, 1/16, 1/11, etc., da distância focal. O diafragma, portanto, permite dosar a quantidade de luz que o filme recebe. Outra finalidade desse mecanismo, também muito importante, é o controle da profundidade de campo, assunto do qual falaremos mais tarde.

A seqüência normal de números-f que encontramos nas lentes

modernas é assim escrita, indo progressivamente do mais aberto ao mais fechado:

... -1 – 1.4 – 2 – 2.8 – 4 – 5.6 – 8 – 11 – 16 – 22 – 32 – 45 – 64 – 90

etc... Importante saber que esses valores de diafragmas estabelecem uma

relação de dobro ou metade da luz, conforme o abrimos ou fechamos, considerando valores vizinhos, qualquer que seja o número-f escolhido.

Assim, se estivermos usando f/8, observaremos que no tubo da

lente, de um lado deste número temos outro, que é f/5.6 e do outro lado outro número, que é f/11. Como sabemos que tais números na realidade são frações, estaremos AUMENTANDO o tamanho do orifício caso mudemos para f/5.6, e DIMINUINDO se passarmos para f/11. No primeiro caso, estaremos DOBRANDO a quantidade de luz com relação a f/8 e no segundo caso estaremos CORTANDO PELA METADE, com relação a f/8.

Os diafragmas mecânicos possuem esses pontos por significarem

padrões de exposição na razão 2:1, mas é possível estabelecer diafragmas intermediários, que se encontram entre os números padrões.

Em câmeras eletrônicas modernas, alguns desses valores estão

presentes na seqüência de diafragmas controlados eletronicamente, e em câmeras convencionais, o ajuste deve ser feito posicionando a abertura manualmente entre os números-f padrão.

Esses números são diafragmas que correspondem a 1/3 e 2/3 de luz

em relação ao seu predecessor ou sucessor. Assim, se mudarmos de f/5.6 para f/8, estamos cortando metade da luz, mas há entre ambos os números-f/6.3 e f/7. O ajuste do mecanismo de diafragma nestes valores implica em diminuir respectivamente 1/3 e 2/3 da luz que entraria em f/5.6.

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A tábua completa dos diafragmas, incluindo os terços, é: 1 – 1.1 – 1.3 – 1.4 – 1.6 – 1.8 – 2 – 2.2 – 2.5 – 2.8 – 3.2 – 3.6 – 4 –

4.5 – 5 – 5.6 – 6.3 – 7 – 8 – 9 – 10 – 11 – 12.7 – 14.3 – 16 – 18 – 20 – 22 – 25 – 28 – 32 – 36 – 40 – 45 – etc...

Há autores que estabelecem, para facilidade de raciocínio, a

nomenclatura baseada nos valores padrões, acrescidos dos terços, ou seja, ao invés de 6.3, dir-se-ia 5.6 mais 1/3. Ou, ao invés de 14.3, poder-se-ia dizer 16 menos 1/3, ou ainda 11 e 2/3.

Há também quem aproxime os valores, no caso de certas lentes cuja

escala entre os números é muito próxima, em meio ponto. Assim, um diafragma poderia ser dito 5.6 e meio, já que de 1/3 para meio, a correção é irrelevante.

B) Obturador (velocidade) O obturador da câmara, também chamado mecanismo de

velocidade, ou simplesmente velocidade, é aquele que regula o TEMPO de duração em que a luz incidirá sobre o filme. Junto com o diafragma, compõe o sistema de exposição da câmara, o qual, conforme o nome indica, expõe o filme à luz durante certo tempo e com certa intensidade, produzindo uma imagem fotográfica que se tornará visível após seu processamento.

Os tempos de exposição vêm marcados também em frações de

segundos. Assim, temos 125, 250, 500, etc., no botão das velocidades, que na realidade significam 1/125, 1/250 de segundo, e assim por diante. Escala de velocidades presente em algumas câmaras modernas: 8000, 4000, 2000, 1000, 500, 250, 125, 60, 30, 15, 8, 4, 2, 1, 2s, 4s, 8s, 15s,...

Nem todas as câmaras possuem esta gama de velocidades; além

disso, os números seguidos da letra "s" significam segundos inteiros. Assim, 2s significa dois segundos, e daí por diante. Algumas câmaras, em vez de colocarem a letra "s", escrevem tais números com cores diferentes para não confundi-los com as frações.

Tal como no mecanismo do diafragma, os números são organizados

de maneira que passando-se de um número qualquer da escala para outro imediatamente superior estaremos reduzindo o tempo de exposição pela metade, e, procedendo inversamente, estaremos dobrando. Assim, ao passar de 1/30 para 1/60, cortamos metade da luz que antes incidia, e invertendo, dobramos a quantidade de luz.

A velocidade do obturador é utilizada sempre em conjunto com o

diafragma. Se quisermos congelar uma imagem em movimento, a tendência será utilizarmos uma velocidade alta, acima de 1/250. Neste caso, o

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diafragma terá que regular a quantidade correta de luz nesta situação para a velocidade escolhida.

A posição B (bulb) indica que o obturador permanecerá aberto

enquanto durar a pressão exercida sobre ele. Algumas câmaras possuem a posição T. Esta indica que o obturador se abrirá ao exercemos pressão e ficará aberto até ser exercida nova pressão sobre ele. Em ambos os casos, um tripé ou apoio firme é indispensável, sendo recomendável o uso de um disparador de cabo.

Em câmeras eletrônicas, encontra-se ainda velocidades

intermediárias, ou seja, que representam metade dos valores de luz entre um ponto de obturador para outro, como no caso dos diafragmas, mas aqui representados por meios e não terços. Assim, ao invés da razão 1/30 – 1/60 – 1/125, por exemplo, encontramos entre eles, 1/45 e 1/90. 2.3 - Fotografia digital – 15 a 24/25

2.3 – O filme Atualmente, os filmes são fabricados em muitos tipos e tamanhos,

desde 4x4 mm até 18x24 cm. Este tópico começa explicando a classificação dos filmes fotográficos, que esta dividida em:

a) Tipos - em carretel; - em bobina; - em pacotes; - em placas rígidas (filmpack) b) sensibilidade O objetivo é tornar possível o cálculo exato da exposição, todos os

filmes possuem um número especifico que indica a sua sensibilidade e que serve para ajustar o fotômetro. Estes números em graus DIN, ASA ou ISSO indicam a sensibilidade do filme em relação à luz.

Quanto mais alto for o número, mais sensível ele será.

As classificações de sensibilidade dos filmes não são absolutas. A finalidade é servir de orientação, e podem ser modificadas para se adaptarem às preferências e formas de trabalho de cada fotógrafo. Por outro

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lado, a sensibilidade eficaz de um filme está sujeita a dois fatores que devem ser considerados para calcular a exposição:

- o tipo revelador Alguns dos reveladores de grão fino, usados em fotografia de preto e

branco, exigem um aumento de exposição, cujo fator exato depende do tipo de revelador que se vá usar. Existem reveladores que chegam até a aumentar a sensibilidade de um filme.

- o tempo de revelação O aumento de tempo da revelação, além do normal, equivale de fato

a um aumento na sensibilidade do filme e também, a principio, a um aumento de contraste. Em preto e branco, se o fotógrafo está disposto a aceitar a perda de certas qualidades em suas cópias, pode-se conseguir maior grau de sensibilidade, aumentando o tempo de revelação, especialmente se o tema apresenta pouco contraste.

c) Definição Quanto mais alta a definição de um filme, maior será o detalhe. É

maior e mais contrastado nos filmes mais lentos, e isto acontece principalmente por duas características do filme.

- o grão Componente sensível à luz que existe na emulsão fotográfica

consiste em inumeráveis e minúsculas partículas de sal de porta que forma o negativo. A imagem será mais escura quanto mais densa for a capa de grãos de prata.

Os grãos são tão pequenos que somente podem ser vistos ao

microscópio. No entanto, em certas circunstâncias, os grãos se agrupam e se fazem visíveis nas ampliações. Quando isto acontece, a fotografia fica “com grão”, ele torna-se sempre mais visível nos tons médios – que perdem sua uniformidade – do que nos pretos ou brancos.

- A nitidez de contorno É o resultado de uma boa focalização. Motivadas pela luz que se

espalha sobre a emulsão fotográfica, as zonas de encontro de luz e sombra não ficam bem definidas; por isso, os filmes expostos além do necessário tem pouca definição. São mais indicados os filmes lentos e de emulsões menos espessas.

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- gradação A gradação de um filme é o fator que determina a sua gama de tons.

Existem filmes de gradação normal, suave e dura. Normalmente, quanto maior for a sensibilidade de um filme, mais suave será a sua gradação. Os filmes mais lentos podem apresentar mais contrastes a quem pertença o filme, a gradação está sujeita às seguintes influências:

- exposição: em relação aos negativos, cuja exposição seja normal e

permanecendo os demais fatores, a sobre-exposição reduz o seu contraste, enquanto que a subexposição o aumenta.

- revelação: o tempo prolongado de revelação aumenta o contraste

do negativo em comparação com os revelados normalmente e sem alteração dos demais fatores. Por outro lado, a sub-revelação faz diminuir esse contraste.

A definição ou resolução de uma emulsão é determinada pela sua

capacidade de registrar certo número de linhas por milímetro. Alguns fabricantes publicam esta informação em forma de gráficos, também chamadas de curvas de transferência de modulação (M.T. Curves). É de se notar que a definição de todos os filmes começa a cair por volta dos vinte ciclos (linhas) por milímetro.

- isto representa um limite para quase todas as emulsões

fotográficas mas é no grau que cai a curva que representa a capacidade de um filme de representar pequenos detalhes.Também é de se notar que a definição de uma emulsão fotográfica ainda é mais alta que a de televisão e o V.T. (Vídeo Tape) que é medida em termos de linhas por centímetro e não por milimetro.

A saturação e temperatura de cor são duas características

somente aplicáveis aos filmes em cor. Geralmente os filmes reversíveis (positivos), reproduzem cores com maior saturação (mais intensas que os filmes negativos).

Se um filme reproduz cores ricas e vibrantes, a sua saturação é dita

rica ou alta. Um filme que produz cores suaves em tons de pastel é dito de saturação baixa. Existem diversos fatores que afetam a saturação de um filme. A composição da emulsão é o principal fator. A iluminação afeta em muito forma como as cores registram no filme. A revelação do filme também afeta a saturação.

O uso de filtros na hora da tomada pode também influenciar na

saturação da foto. O contraste da cena é ainda outro fator que afeta a saturação das cores no resultado final. Os filmes balanceados para luz dia reagem ou rendem as cores com maior precisão quando a luz equivale em graus Kelvin à luz do meio dia (de 5500 a 6000graus kelvins).

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Outro exemplo seria de um filme balanceado para ser exposto sob

condições de estúdio (luz artificial ou tungstênio) estes filmes são balanceados para temperaturas de 3300 a 3500 graus kelvin.

Os formatos O formato de um filme determina as suas dimensões verticais e

horizontais. Os formatos têm mudado pouco no passar dos anos, mas alguns introduzidos mais recentemente na história da fotografia ganharam grande popularidade.

Na fotografia a regra que maior é melhor ainda é válida e quanto

maior um formato melhor será a qualidade das cópias principalmente com grandes ampliações. São três os formatos mais utilizados hoje; formato pequeno (35 mm) o formato médio (120 ) e formato grande (chapas)

O formato pequeno ( 35 mm) O formato de 35mm junto com o recém introduzido APS (Advanced

Photo System) que também utiliza filme de 35 mm são hoje os formatos pequenos mais viáveis e mais utilizados. Hoje estes formatos tem predominância no mercado amador e grande parte do profissional e semi profissional. Diga se de passagem que existem e existiram outros formatos pequenos, mas nenhum tem expressão comparável aos 35 mm.

Imagem: http://www.palmforum.org/forum/viewtopic.php?f=62&t=4262

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O formato médio (120) O formato médio que utiliza principalmente filmes em rolo do

tamanho 120 (70mm de largura) recebeu grande impulso com a introdução de avanços outrora existentes somente nas câmaras 35mm. Assim sendo, esses equipamentos ainda que possam ser mais pesados que os de 35 mm, passaram a ser fortes concorrentes desse formato .

É o caso do sistema Hasselblad, por exemplo, que foi escolhido pela

NASA para ir à lua. Hoje o formato médio é um forte concorrente tanto para o 35 mm como para os formatos grandes. O formato médio representa a solução ideal para trabalhos que podem sacrificar um pouco da rapidez e agilidade do formato 35 mm em troca de imagens de maior qualidade e definição.

Nos últimos anos inúmeros fotógrafos profissionais e até amadores

adotaram câmaras de formato médio em substituição as de 35mm. Hoje são tantas as câmaras de formato médio e ele é tão importante que não seria um exagero dizer que ele representa mais da metade do trabalho feito na fotografia editorial.

Uma outra novidade é um formato médio que fica entre o 6x6 e 6x7.

Trata-se do 4,5x6, ideal para economia de tamanho e peso com mais do dobro de área de um negativo 35 mm.

As câmaras deste formato parecem - se muito com as 35 mm e

tecnicamente não ficam muito atrás com inovações como exposição automática, avanço automático do filme, autofoco e uma série de outros recursos. As câmaras de formato médio são mais pesadas que as de 35 mm.

O formato grande (chapas) Por sua vez o formato grande é ainda o rei em matéria de qualidade,

precisão e simples superioridade de imagem. O formato grande não é nada agil. Via de regra este formato exige o estúdio e dificilmente vemos ele sendo utilizado na rua ou em externas se bem que a fotografia arquitetônica exige câmaras de formato grande.

O formato grande possui três tamanhos atualmente em uso, 4 x 5

polegadas, 5 x 7 polegadas e 8 x 10 polegadas. É possível fazer fotografias de incrível detalhe e definição com estes formatos de filme, mas somente os grandes clientes e os grandes estúdios trabalham com esses formatos.

Quando se trabalha com grande formato, as objetivas são mais

caras, as câmaras custam milhares de dólares e requerem uma série de acessórios. Não há limites para o que possa ser feito com estes equipamentos que possuem todos os recursos.

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De modo geral, os filmes preto e branco são classificados em quatro

grupos: - emulsão fina; - para fins gerais; - de grande sensibilidade; - para fins especiais. Os emulsão fina têm uma sensibilidade muito baixa – entre 18 e 64

ASA – uma nitidez extraordinária, definição insuperável e sem grão visível. Carecem de mais cuidados na exposição e na revelação, precisando de reveladores “compensadores”, que não possuam dissolventes de prata.

Se revelados além do tempo, apresentarão muito contraste, poucos

tons de cinza e as sombras ficarão muito vazadas. Os melhores desta linha são: adox KB, Agfa Isopan F, IIford Pan F, Kodak Panatomic X e Perutz Perpantic 17.

Os filmes para fins gerais são de sensibilidade média-alta de 80 a

400 ASA – grão razoavelmente fino e latitude de exposição insuperável, o que dá uma grande margem de segurança contra erros de exposição. São idéias para as máquinas de 6 x 6 e até mesmo para as de 35 mm.

Bons para fotografias de exterior e interior com qualquer tipo de luz,

um equilíbrio tonal bem proporcional e grão quase imperceptível. Os filmes deste grupo são os mais procurados: Kodak Plus-X, Tri-X, Verichrome Pan, Ansco Allweather Pan, Ilford FP -3, Agfa Isopan SS e Adox KB-21.

Os filmes de grande sensibilidade são de sensibilidade muito

elevada – de 500 a 2000 ASA – grão grosso, pouca definição, gradação suave e extrema sensibilidade ao excesso de exposição, o que produz negativos com tão pouco contraste que nem sua cópia em papel extraduro pode produzir tons aceitáveis.

Estes filmes não são indicados para fotografias em geral e nem para

exteriores com grande luminosidade. É um filme pouco recomendado, só utilizado em casos especiais: Kodak Royal-Xpan, Ilford HPS, Agfa Record, Ansco Hypan, Perutz Peromnia.

No caso do Filme para fins especiais, existe uma variedade de

tipos de filme pouco conhecido pelos fotógrafos. De modo geral, não servem para fotografia comum:

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- filme infravermelho: criado para fotografias aéreas e com teleobjetivas, pois sua capacidade de penetração na neblina atmosférica é tão grande que melhora a definição de tais fotografias. Além disso, esses filmes são usados também para fins científicos, tecnológicos e militares.

- filmes fluoroscópicos de registro: são ultrassensíveis ao azul e

registram as imagens de televisão, dos tubos de raios católicos, ociloscópios e telas fluorescentes.

Outros tipos de filmes Um tipo de filme que se encontra em sua própria categoria e que

prometeu revolucionar a fotografia é o filme Polaroid. O filme poraroid é um filme instantâneo, ou seja, ele fornece cópias em poucos segundos depois da exposição. A ideia é genial e o conceito é absolutamente revolucionário. O Dr. Land inventor do processo POLARIOD entre milhares de outras invenções lutou durante anos para tornar o seu processo viável e acessível.

A forma por ele encontrada foi de criar um filme que produzia uma

cópia fotográfica dentro da câmara em lugar de um negativo. No processo Polaroid, portanto filme e cópia são uma só. A fotografia é tirada e a luz sensibiliza o filme/papel/emulsão.

No processo manual, uma lingüeta é puxada e isto causa a ruptura

de cartucho contendo os reagentes para essa pose e que precipitam a revelação que demora apenas alguns segundos a uma temperatura ambiente de 28 graus.

O primeiro modelo de Polaroid, lançado em 1947. No processo automático a foto é tirada e um motor puxa a pose pelo

processo e a fotografia pronta sai da câmara. Lançado ha mais de vinte anos, este processo continua no mercado embora não tenha atingido a sua meta de se tornar o principal processo para a fotografia amadora.

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Os maiores problemas com o processo Polaroid são que o fotógrafo

tem somente uma cópia da foto e não há processo simples para se fazer ampliações ou outras cópias das mesmas.

O segundo problema é que o filme é muito caro. Apesar dessas

severas limitações o processo conquistou e mantém uma boa fatia do mercado. Entre os profissionais ele ganhou adeptos que utilizam o filme em suas câmaras para fazer provas.

Polaroid PoGo, também conhecida por Polaroid Zink, lançada em

julho de 2008. A própria Polaroid e outros fabricantes produzem “backs” (chassis)

que aceitam este tipo de filme e encaixam numa diversidade de câmaras profissionais. Desta forma, o fotógrafo pode fazer uma série de ensaios que podem ser analisados por ele e pelos diretores de arte quanto ao enquadramento, iluminação, disposição dos objetos e uma série de outros fatores antes de fazer a fotografia definitiva.

A polaroid já experimentou com a possibilidade de cópias gigantes e

colocou equipamentos caríssimos nas mãos de artistas e fotógrafos na tentativa de encontrar novas aplicações para o seu processo mas o custo por cópia ainda é muito alto para se justificar.

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Unidade 3 – Fotografia digital, o fotógrafo e o tratamento de imagem Olá,

Nesta unidade você vai aprender de maneira simples e detalhada as características da câmera, os elementos mais importantes que afetam suas fotografias. Além disso, neste tópico, ainda, você irá aprender o que é tratamento de imagem, além de conhecer o perfil do mercado de trabalho e da profissão de paparazzo. Bom estudo.

3.1 - A fotografia digital Por princípio, a fotografia Digital são imagens capturadas em um

formato digital, mas é possível capturar fotografias com uma câmera de filme comum e “escanear” as cópias impressas ou os negativos.

No entanto, devido ao elevado número de câmeras digitais existente

no mercado, hoje em dia, é mais rápido e mais fácil capturar imagens direto em uma câmera digital.

Apesar da popularização da máquina fotográfica digital, muitas

pessoas ainda não conhecem todas as características e os recursos oferecidos pelo aparelho, mesmo quem já é um fotógrafo experiente, pois as câmeras digitais introduzem critérios novos a cada dia.

As fotografias digitais são compostas por centenas ou milhares de

minúsculos quadrados, convencionalmente chamados elemento de imagem ou simplesmente pixels.

Se no século XIX, os artistas impressionistas pintaram quadros

maravilhosos a partir de pequenos pontos de tinta, hoje, o computador e a impressora podem usar estes pixels minúsculos para exibir ou imprimir fotografias.

Para fazer isso, o computador divide a tela ou a página impressa em uma grade de pixels.

Desta forma, os valores armazenados na fotografia digital são

usados para especificar o brilho e a cor de cada pixel, ou seja, uma forma de pintar por números. Portanto, controlar, ou dirigir-se a uma grade de pixels individuais é chamado bit mapping e as imagens digitais são chamadas bit-maps.

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A qualidade de uma imagem digital, tanto impressa quanto exibida em uma tela, depende em parte do número dos pixels usados para criar a imagem: mais pixels aumentam o detalhe e tornam as bordas mais definidas e nítidas. É o que se costuma chamar de definição.

Ao ampliar bastante qualquer imagem digital, os pixels começarão a

aparecer, um efeito chamado de pixelização. Esta não é diferente das cópias de filmes tradicionais onde a granulação começa a aparecer quando as cópias são ampliadas após certo ponto.

O tamanho de uma fotografia é especificado de duas maneiras: - pode se dizer 1800 x 1600 pixels ou "1800 por 1600", ou; - 2.88 milhões de pixels (1800 multiplicado por 1600). Uma vez capturadas, as fotografias digitais já estão em um formato

de fácil distribuição e de usar: é possível introduzir fotografias digitais em processadores de texto, envia-las por E-mail aos amigos, ou disponibiliza-las em um web site onde qualquer um no mundo possa ver.

Em alguns modelos de câmeras você pode imediatamente ver suas

imagens em uma tela pequena de LCD na parte traseira, ou conectar a câmera a uma tevê e mostrá-las como uma mostra de slides.

Fotografia digital é fotografia imediata sem os custos de filme Além de ser fácil de carregar, uma câmera digital pequena tem

outras vantagens: - economiza dinheiro em longo prazo, não tendo que comprar rolos e

rolos de películas e não pagando pela revelação. - economiza tempo, pois não há a necessidade de fazer duas

viagens à loja para deixar o filme e depois voltar para pegar seus retratos. - mostra imediatamente como os retratos ficaram, evitando

surpresas indesejáveis. - fotografia digital não usa produtos químicos tóxicos que terminam

frequentemente fluindo no esgoto e em nossos córregos, rios e lagos. - algumas câmeras digitais são capazes de capturar não somente

fotografias, mas também som e vídeo, tornando-se, portanto, registradores multimídia.

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- as imagens podem ser editadas com perfeição: cortar, remover o vermelho dos olhos, mudar cores ou contraste, adicionar e eliminar elementos. É como ter um quarto escuro de revelação com as luzes acesas e sem os produtos químicos.

As três etapas da fotografia digital As câmeras digitais são apenas ligações em uma corrente longa que

vai da cena original à imagem final que você exibe ou distribui. De fato, uma câmera digital não é nem mesmo uma ligação necessária na corrente.

O elemento chave na fotografia digital é uma imagem num formato

digital feito de pixels. Embora uma câmera digital capture fotos neste formato digital, você pode também “escanear” slides, negativos ou cópias para converter estas imagens tradicionais no mesmo formato digital.

Para compreender como a câmera se ajusta com outras partes do

sistema de fotografia digital, seguem as três etapas básicas envolvidas na criação e no uso da fotografia digital:

1. Entrada de fotografias Os dispositivos de entrada enviam fotografias ou outros dados para

um sistema computadorizado. O dispositivo de entrada de dados que você provavelmente está mais familiarizado é o teclado. Entretanto, há umas centenas de outros dispositivos de entrada incluindo mouses, almofadas de toque, sistemas do reconhecimento de voz, “escaneres” e assim por diante.

Aqui alguns dos dispositivos de entrada usados para criar fotografias

digitais: - Câmeras fotográficas digitais capturam fotografias em um formato

digital - Câmeras de filme capturam fotografias em slides, em negativos ou

em cópias que você pode então “escanear” para convertê-las em fotografias digitais.

- Vídeo câmeras capturam imagens em um formato de vídeo. Você

pode então usar um grabber para isolar quadros individuais e converte-los em imagens.

- Câmeras de vídeo digitais podem às vezes capturar imagens

imóveis, como uma câmera fotográfica digital. Você pode também usar um cartão de edição de vídeo para extrair imagens imóveis do vídeo digital.

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2. Processamento da imagem Uma vez que uma fotografia está no formulário digital, é possível

armazená-la em seu sistema e então editá-la ou manipula-la com um programa de edição de foto tal como o Photoshop. As coisas que você pode fazer com uma imagem digital são quase infinitas.

Em alguns casos você melhora uma imagem eliminando ou

reduzindo suas falhas. Em outros casos, você ajusta uma imagem para outras finalidades, talvez fazê-la menor para e-mail ou exibir em um Web site.

Veja aqui apenas algumas das maneiras em que você pode

processar imagens: - Recorte a fotografia para enfatizar uma parte chave. - Reduza o número de pixels em uma imagem para fazê-la menor e

poder exibi-la na Web ou em um e-mail. - Use filtros digitais para aumentar a nitidez ou mesmo para fazer-lhe

parecer como uma pintura de tinta guache ou de óleo. - Costure múltiplos quadros juntos para criar panoramas. - Fusione duas imagens para criar um efeito 3D estéreo, ou uma

imagem animada para exibir na Web. - Modifique o brilho e contraste para melhorar a imagem. - Corte e cole partes de uma imagem em outra para criar uma foto

montagem. - Converta a fotografia a outro formato. 3. Saída de fotografias Uma vez que uma imagem está como você a quer, você pode

expedi-la para compartilhar com outras pessoas. Existem muitas maneiras para exibir e distribuir fotografias digitais. Aqui estão algumas das maneiras mais populares:

- Imprima a imagem em uma impressora colorida ou envie-a a um

serviço em linha para imprimi-la em papel fotográfico, como aquele usado com câmeras do filme.

- Insira a fotografia em um processador de palavras ou em um

software de publicação de documentos.

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- Coloque a fotografia em um Web site ou em uma rede de

fotografias. - Envie a fotografia via e-mail aos amigos ou a membros da família. - Envie a foto a um serviço da Web que imprime em camisetas, em

pôsteres, em chaveiros, em almofadas para mouse, ate mesmo em bolos e em biscoitos comestíveis.

- Guarde a fotografia em seu sistema para uso mais tarde. - Use um registrador de filme para converter a fotografia em um slide

que você possa projetar com um projetor de slides.

Como funciona uma câmera digital As câmeras digitais são muito parecidas como as câmeras de filme

35mm. Ambos contêm uma lente, uma abertura, e um obturador. A lente traz a luz da cena em foco dentro da câmera assim que se pode expor a imagem.

A abertura é um buraco que pode ser diminuído ou aumentado para

controlar a quantidade de luz que entra na câmera. O obturador é um dispositivo que pode ser aberto ou fechado para controlar o tempo em que a luz entra.

A diferença grande entre câmeras tradicionais de filme e câmeras

digitais é como capturam a imagem. Em vez do filme, as câmeras digitais usam um dispositivo em estado sólido chamado de sensor de imagem, geralmente um dispositivo CCD.

Na superfície de cada uma destas microplaquetas de silicone está

uma grade que contem centenas de milhares ou de milhões de diodos foto sensíveis chamados photosites, photoelements, ou pixels. Cada photosite captura um único pixel da futura fotografia.

A exposição Quando você pressiona o botão do obturador de uma câmera digital,

uma célula fotoelétrica mede a luz que vem através da lente e ajusta a velocidade da abertura e do obturador para a exposição correta. Quando o obturador abre momentaneamente, cada pixel no sensor de imagem grava o brilho da luz que cai nele acumulando uma carga elétrica.

Quanto mais luz cai sobre um pixel, mais elevada a carga que grava.

Os pixels que capturam a luz das áreas claras na cena terão cargas mais

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elevadas. Aqueles que capturam a luz das áreas escuras ou sombras terão cargas mais baixas.

Quando o obturador se fecha para terminar a exposição, a carga de

cada pixel é medida e convertida em um número digital. A série de números pode então ser usada para reconstruir a imagem ajustando a cor e o brilho de pixels combinados na tela ou na página impressa

É tudo preto e branco Pode surpreender, mas os pixels em um sensor da imagem podem

somente capturar o brilho, não a cor. Grava somente uma escala de cinza, uma série de 256 tons cada vez mais escuros que variam do branco puro ao preto puro. Como a câmera cria uma imagem colorida do brilho gravado por cada pixel é uma história interessante.

Quando a fotografia foi inicialmente inventada, podia somente gravar

imagens em preto e branco. A busca da cor foi um processo longo e árduo, e muita coloração feita a mão foi usada neste ínterim (que fez com que um fotógrafo comentasse "assim que no final você têm que saber pintar!").

Uma grande descoberta foi a descoberta em 1860 de James

Maxwell de que as fotografias coloridas poderiam ser criadas usando um filme preto e branco e filtros vermelhos, azuis, e verdes. Ele fez o fotografo Thomas Sutton fotografar uma fita de tecido três vezes, cada vez com um filtro de diferente cor sobre a lente.

As três imagens em preto e branco foram projetadas então em uma

tela com três projetores diferentes, cada um equipado com o mesmo filtro de cor usado para fazer a imagem que estava sendo projetada. Quando projetadas simultaneamente, as três imagens deram forma a uma fotografia

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cheia de cor. Agora, um século mais tarde, os sensores de imagem funcionam da mesma maneira.

As cores em uma imagem fotográfica são baseadas geralmente nas

três cores primares vermelho, verde e azul (RGB). Isto é chamado sistema aditivo de cor porque quando as três cores são combinadas ou adicionadas em quantidades iguais, dão forma ao branco. Este sistema RGB e usado sempre que uma luz e projetada para dar forma a cores em um monitor (ou em seu olho).

Do preto e branco à cor Desde que a luz do dia é composta da luz vermelha, verde, e azul,

colocando filtros vermelhos, verdes e azuis sobre pixels individuais no sensor de imagem pode se criar imagens coloridas assim como fez Maxwell em 1860.

No popular padrão Bayer, usado em muitos sensores de imagem,

existem duas vezes mais filtros verdes do que filtros vermelhos ou azuis. Isso porque um olho humano é mais sensível ao verde do que é as outras duas cores, assim que a exatidão da cor verde é mais importante.

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Com os filtros no lugar, cada pixel só pode gravar o brilho da luz que combina com seu filtro e passa através dele enquanto que as outras cores são bloqueadas. Por exemplo, um pixel com um filtro vermelho reconhece somente o brilho da luz vermelha que cai sobre ele.

Para definir de que cor cada pixel é realmente, usa-se um processo

chamado de interpolação que usa as cores de pixels vizinhos para calcular as duas cores que o pixel não gravou diretamente.

Combinando estas duas cores interpoladas com a cor medida pelo

sensor diretamente, a cor completa e final do pixel pode ser calculada. Esta etapa requer muito do computador pois as comparações se dão com ate oito pixels vizinhos para executar corretamente este processo.

Cada vez que você tira uma foto, milhões de cálculos têm que ser

feitos apenas em alguns segundos. É estes cálculos que fazem possível com que a câmera inspecione, capture, comprima, filtre, armazene, transfira, e mostre a imagem. Todos estes cálculos são executados por um microprocessador na câmera que é similar a esse em seu computador de mesa.

Sensores de imagem Todas as câmeras de filme são apenas caixas escuras em que você

pode introduzir qualquer tipo de filme que você quer. É o filme que você escolhe que dá cores as fotografias, tons e granulação distinta.

Com câmeras digitais, o " filme" é permanentemente parte da

câmera. Como o filme, os diferentes sensores de imagem rendem cores diferentemente, têm quantidades diferentes de "grãos", diferentes sensibilidades a luz e assim por diante.

As únicas maneiras para se avaliar estes aspectos é examinando

algumas amostras de fotografias da câmera ou ler as revisões escritas por pessoas e sites da Internet que você confia.

Tipos de sensores de imagem Até recentemente, os dispositivos charge-coupled devices (CCDs)

eram os únicos sensores de imagem usados em câmeras digitais. Foram bem desenvolvidos com seu uso em telescópios astronômicos, em scanners e nas vídeo câmeras.

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Entretanto, há um novo desafiante no horizonte, o sensor de imagem CMOS que promete eventualmente se transformar no sensor de imagem de escolha em um grande segmento do mercado. Os sensores de imagem CCD e CMOS capturam a luz em uma grade de pequenos pixels em suas superfícies. É como processam a imagem e como são fabricados que diferem um do outro.

- Sensores de imagem CCD Um dispositivo charge-coupled device (CCD) recebeu seu nome da

maneira com que as cargas elétricas em seus pixels são lidas após uma exposição. Depois que da exposição as cargas na primeira fileira são transferidas a um lugar no sensor chamado registro de leitura.

As cargas em cada fileira "são acopladas " àquelas na fileira acima,

assim quando uma abaixa, as seguinte abaixam para encher o espaço vazio. - Sensores de imagem do CMOS Os sensores de imagem são manufaturados nas fábricas chamadas

wafer foundries ou fabs onde os circuitos e os dispositivos minúsculos são gravados em chips de silicone. O maior problema com CCDs é que não há bastante economia de escala. São criados nos foundries usando processos especializados e caros que podem somente ser usados para fazer outros CCDs. Entretanto, grandes foundries estão usando um processo diferente chamado de semicondutor de óxido de metal complementar (Complementary Metal Oxide Semiconductor - CMOS) para fazer milhões de chips para processadores e memória de computador.

O CMOS e de longe o mais comum e o mais altamente lucrativo

processo de fabricação de chips do mundo. Os processadores mais recentes de CMOS, tais como o Pentium IV, contêm dezenas de milhões de elementos ativos. Usando este mesmo processo e o mesmo equipamento os custos de fabricação dos sensores de imagem CMOS se reduzem dramàticamente porque os custos fixos da fabrica são espalhados sobre um número muito maior de dispositivos.

Em conseqüência destas economias de escala, o custo de fabricar

um wafer de CMOS é um terço do custo de fabricar um wafer similar usando o processo especializado do CCD. Os custos são ainda menores porque os sensores de imagem CMOS podem ter os circuitos de processamento criados no mesmo chip. Quando CCDs são usados, estes circuitos processadores devem estar em chip separados.

As versões mais antigas de sensores de imagem CMOS tinham

muitos problemas de ruído, e eram usados principalmente nas câmeras de baixo custo. Entretanto, foram feitos grandes avanços e os sensores de imagem CMOS agora tem qualidade comparável a CCDs e são usados em

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algumas das câmeras mais profissionais e caras, como a Canon 1DS Mark II e EOS 20D.

- Resolução do sensor de imagem Como você viu, a resolução da imagem é uma maneira de expressar

o quanto as imagens são nítidas ou detalhadas. As câmeras de nível inferior do tipo aponte e dispare têm atualmente resoluções em torno de 3 milhões de pixels. As melhores câmeras, tem entre 4 a 8 milhões de pixels (MP).

As câmeras digitais profissionais mais caras apresentam já mais de

16MP. Embora impressionante, nem mesmo estas definições se comparam com os estimados 20 milhões ou mais de pixels de um filme tradicional de 35 milímetros e 120 milhões em seu olho. Mas já hoje em dia as câmeras profissionais conseguem resultados comparáveis das melhores profissionais de filme.

Os custos aumentam com o aumento da resolução de uma câmera.

Uma resolução maior cria também outros problemas. Por exemplo, mais pixels significam arquivos maiores de imagem. Arquivos maiores não são somente mais difíceis de armazenar, elas são também mais difíceis de editar, enviar por E-mail, e colocar em um Web site.

Resoluções baixas (tais como 640 x 480) são perfeitas para publicar

na Web, como acessórios de E-mail, para cópias pequenas, ou colocar imagens em documentos e nas apresentações. Para estes usos, definições mais elevadas aumentam apenas tamanhos de arquivos sem significativamente melhorar as imagens. Resoluções altas (de 5 milhões de pixels ou mais, são as melhores para imprimir ampliações fotos-realísticas maiores de 5 " x 7 ".

Kodak indica que uma câmera com aproximadamente 1MP dará

cópias fotos-realísticas ate 5 x 7, mas não conte muito com isto. É preferível anotar que 1MP lhe Dara boas ampliações ate 4 x 6, e isto dependendo da qualidade da lente, do processador de imagem e, claro, da mesma foto. Você começará a ter mais detalhes e cores mais brilhantes com mais pixels na imagem. Para cópias até 8 x 10 você pode obter bons resultados a partir de 4 MP.

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- Resolução-ótica e interpolada Tenha cuidado com as afirmações sobre a resolução para câmeras

e scanners porque há dois tipos da resolução; ótica e interpolada. A resolução ótica de uma câmera ou de um scanner é um número absoluto porque os pixels ou os foto elementos de um sensor de imagem são os dispositivos físicos que podem ser contados. Para melhorar a resolução em determinados aspectos limitados, a resolução ótica pode ser aumentada usando o software.

Este processo, chamado de resolução interpolada, adiciona pixels à

imagem para aumentar o número total dos pixels. Para fazer assim, o software avalia aqueles pixels que cercam cada pixel novo para determinar o que sua cor devera ser, se todos os pixels em torno de um pixel recentemente introduzido forem vermelhos, o pixel novo será vermelho.

O que é importante de se ter em mente é que a resolução

interpolada não adiciona nenhuma informação nova a imagem-ela apenas adiciona pixels e faz o arquivo maior. Esta mesma coisa pode ser feita em um programa de edição de fotos como o Photoshop faz ao aumentar o tamanho de uma imagem.

É importante ter cuidado com as companhias que promovem ou

enfatizam a resolução interpolada do seu dispositivo. Você está obtendo menos do que você pensa. Verifique sempre para ver se há a resolução ótica do dispositivo. Se isto não for fornecido, fuja do produto - você esta

Resolução O termo "resolução" foi introduzido no mundo do

computador como uma maneira de descrever indicadores da tela. Nos tempos passados, uma tela teria a resolução CGA ou VGA. Mais tarde, outros nomes foram introduzidos para descrever telas maiores.

Os termos foram usados para descrever o número de pixels na tela. Para o exemplo, uma tela pode ter 1024 pixels na horizontal da tela e 768 para baixo (1024 x 768). Ninguém estava preocupado sobre o uso do termo quando foi introduzido.

Foi somente quando a fotografia se tornou digital que um outro grupo de pessoas incorporou-se a cena com um uso totalmente diferente do termo. Aos fotógrafos, ou a qualquer um no sistema ótico, a resolução descreve a habilidade de um dispositivo de resolver linhas tais como aqueles encontrados em uma carta de teste.

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lidando com pessoas de marketing que não têm os seus melhores interesses como prioridade.

3.2 – Fotógrafo: o mercado de trabalho – case – paparazzo Neste tópico, você vai conhecer o perfil profissional do fotógrafo e o

seu mercado de trabalho. Neste tópico ainda, você vai conhecer a profissão de paparazzo, suas características, vantagens e desvantagens.

Fotografia é a captação de imagens com o uso de câmaras e a sua

reprodução em papel ou meios digitais. O fotógrafo tem profundo conhecimento de máquinas, lentes, filmes, procedimentos de revelação, ampliação e tratamento de imagens.

O profissional que atua com fotografia utiliza técnicas de iluminação

e enquadramento para captar imagens que transmitam a mensagem que ele quer passar.

O fotógrafo pode trabalhar na área jornalística, documentando fatos

ou na área comercial, fotografando produtos e modelos para anúncios de outdoor ou publicações em revistas, jornais e sites. O setor de fotografias está avançando cada vez mais em sua tecnologia e o profissional precisa estar atento para todas as mudanças.

Para valorizar seu trabalho, várias são as ferramentas tecnológicas

que o fotógrafo pode usar, tais como câmeras digitais, pen drives, memory cards, softwares de edição, CD’s e DVD’s

O mercado de trabalho em que atua o fotógrafo é muito concorrido,

no entanto, sempre há espaço para os profissionais mais qualificados, pois o próprio mercado sempre cria vagas, sobretudo na publicitária. Jornais e revistas também necessitam de uma equipe de fotógrafos contratados, pois precisam deles o tempo todo.

Outra possibilidade é trabalhar como fotógrafo social, registrando

casamentos, festas e eventos ou ainda trabalhar como prestador de serviços para empresas jornalísticas, editoras de livros e agências de publicidade.

O fotógrafo também pode atuar na edição e manipulação de

imagens com ajuda de softwares de computadores. Em época de eleições, o profissional pode atuar realizando a cobertura fotográfica da campanha dos candidatos.

O fotógrafo pode: - Trabalhar na área pericial; - Registrar ambientes e edifícios para arquitetura de interiores;

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- Instalar e administrar banco de dados de fotografias em museus e instituições;

- Organizar e promover exposições em museus e galerias; - Fotografar produtos e modelos para publicidade; - Fazer fotojornalismo; - Desenvolver e aplicar técnicas de recuperação e conservação de

imagens. O curso Atualmente, há disponível no mercado quatro tipos de curso de

fotografia, em diferentes níveis: a) Nível Superior – Bacharelado: Duração média de 4 anos. O

currículo básico do curso oferece disciplinas da área de humanas como história da arte, sociologia e filosofia.

Também são ministradas aulas técnicas como fotografia, materiais

fotográficos, informática aplicada, captura digital, cultura da imagem, iluminação de estúdio e natural, elementos constitutivos da imagem, a luz como expressão, câmera técnica, luz composta, edição fotográfica, fotografia editorial, fotografia documental, fotografia publicitária, crítica e curadoria, poéticas fotográficas.

b) Nível Superior – Tecnológico: Duração média de 2 anos. O

currículo básico inclui disciplinas de história da arte, história da fotografia, teoria da comunicação, filosofia da imagem, forma e composição.

As disciplinas práticas formam o aluno para as mais diversas áreas

como publicidade, moda, estúdio, arquitetura, documental. Boa parte do curso se desenvolve em laboratórios.

c) Nível Médio – Curso Técnico: Duração média de 2 anos. O

Técnico em Fotografia pode atuar como fotógrafo ou como um especialista em tratamento de imagens, em empresas como agências, estúdios, editoras, jornais, laboratórios fotográficos digitais.

d) Cursos Livres: Não conferem diploma, apenas certificado de

conclusão de curso. Diversos cursos podem complementar a formação dos profissionais ou então preparar o aluno para atuação em alguns mercados específicos como o de ensaios pessoais, fotojornalismo, produção para fotografia publicitária, fotografia de arquitetura, fotografia de casamento.

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Não há muita diferença entre fazer um curso bacharelado e um tecnológico. Os dois cursos são muito parecidos, e os estudantes são aptos a desempenhar as mesmas funções. Entretanto, no bacharelado, a formação cultural / humanística é maior, enquanto no tecnólogo o forte são as disciplinas práticas.

O mercado está em alta para bacharéis e tecnólogos, sobretudo fora

das grandes capitais. A maioria dos profissionais abre estúdio próprio e atua como prestador de serviços para jornais, editoras de revistas e livros, agências de publicidade e departamentos de comunicação de empresas.

A área mais concorrida é a publicidade e uma das que mais crescem

é a fotografia de moda, seja em desfiles, seja para produção de catálogos. Há espaço para quem trabalha no gerenciamento de arquivos fotográficos, na conservação de acervos e na curadoria.

Os estados do Sudeste e do Sul oferecem as melhores

oportunidades, pois concentram o maior número de empresas que demandam esse profissional. São Paulo tem o maior mercado fotográfico do Brasil, pois é sede de um número significativo de empresas de comunicação, birôs de tecnologia fotográfica, exposições de artes fotográficas e de fotógrafos empreendedores autônomos.

Normalmente, a grade curricular de um curso superior em fotografia

traz as seguintes disciplinas: - Elementos Técnicos da Fotografia - Estética da Imagem - Fundamentos De Marketing - História da Fotografia - Fundamentos Das Ciências Sociais - Cultura Brasileira - Análise Textual - Estética e História da Arte Contemporânea - Estudos Sobre Luz e Cor - História da Fotografia no Brasil - Informática Aplicada à Fotografia - Prática Fotográfica e Laboratorial

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- Linguagem Fotográfica e Videográfica - Manipulação de Imagens Digitais - Estudo da Forma e Composição - Fotografia Digital - Prática Fotográfica de Estúdio - Produção Fotográfica e Cultural - Técnicas Avançadas em Fotografia - História da Cultura e da Sociedade no Mundo Contemporâneo. - Fotografia de Moda - Fotografia de Paisagens - Fotografia Industrial e Arquitetura - Fotografia Publicitária - Projetos e Montagem de Portfólio

De um modo geral, o fotógrafo costuma cobrar por horas

trabalhadas, como parâmetro, a AFORC – Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio de Janeiro – dispõe em seu site a tabela de preços mínimos a serem cobrados.

Segundo a associação, “O roteiro para cálculo dos valores desta

tabela foi retirado da publicação "Direitos Autorais dos Jornalistas", série "Documentos da FENAJ", vol. IV. De acordo com o artigo 10 do Código de Ética dos Jornalistas, o repórter fotográfico não pode aceitar oferta de remuneração em desacordo com o piso salarial da categoria ou com a tabela fixada pela sua entidade de classe”.

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Case – Paparazzo Paparazzo é uma palavra da língua italiana paparazzi, utilizada para

intitular os repórteres que fotografam pessoas famosas sem autorização, expondo publicamente as atividades que eles fazem em seu cotidiano.

Normalmente o paparazzo é um repórter fotográfico bastante

indiscreto e frequentemente se torna alvo da ira das celebridades que são flagradas fazendo algo fora do comum, ou mesmo durante um gesto mais informal.

Em posse de tais fotografias, o paparazzo pode vendê-las à

imprensa por valores que podem variar em função da fama da celebridade e da situação que se encontrava no momento em que foi fotografada.

A palavra foi popularizada no cinema. No filme La dolce vita (1960),

de Federico Fellini, o jornalista Marcello Rubini (representado por Marcello Mastroiani), era acompanhado pelo fotógrafo Signore Paparazzo (Walter Santesso).

No entanto, a profissão de paparazzo, vez ou outra, encontra

problemas com artistas que não gostam de ser fotografados em momentos de lazer ou fora do ambiente de trabalho. Por isso, que muitos artistas entram com processos na justiça contra fotógrafos.

3.3 – Tratamento de imagem: Photoshop CS5 – básico. Neste tópico, você vai aprender como ajustar cores e tons de uma

fotografia digital através do programa Phoptoshop CS5. Adobe Photoshop é um software caracterizado como editor de

imagens bidimensionais desenvolvido pela Adobe Systems. É considerado o líder no mercado em edição profissional de imagens digitais e trabalhos de pré-impressão.

Sobre histogramas Um histograma ilustra como os pixels em uma imagem são

distribuídos criando um gráfico do número de pixels em cada nível de intensidade de cor. O histograma mostra detalhes nas sombras (mostrados na parte esquerda do histograma), tons médios (mostrados no meio) e realces (mostrados na parte direita). Um histograma pode ajudar a determinar se uma imagem possui detalhes suficientes para fazer uma boa correção.

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O histograma também fornece uma imagem rápida da faixa de tons de uma imagem, ou do tipo de registro da imagem.

- Uma imagem de registro baixo possui detalhes concentrados nas

sombras. - Uma imagem de registro alto possui detalhes concentrados nos

realces. - Uma imagem de registro médio possui detalhes concentrados nos

tons médios. - Uma imagem com faixa de tons completos contém alguns pixels

em todas as áreas. Identificar a faixa de tons ajuda a determinar as correções de tons apropriadas.

Leitura de um histograma

A B C A. Fotografia superexposta B. Fotografia exposta corretamente, com tonalidade completa. C. Fotografia subexposta. O painel Histograma oferece várias opções para visualizar

informações de cores e tons sobre uma imagem. Por padrão, o histograma exibe a faixa de tons da imagem inteira. Para exibir os dados do histograma de uma parte da imagem, selecione primeiro essa parte.

É possível visualizar um histograma de imagem como uma

sobreposição na caixa de diálogo Curvas ao selecionar a opção do histograma em Opções de exibição de curva, e no painel Ajuste de curvas ao escolher Opções de exibição de curva no menu do painel e, em seguida, Histograma.

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Visão geral do painel Histograma Escolha Janela > Histograma ou clique na guia Histograma para

abrir a paleta Histograma. Por padrão, o painel Histograma é aberto na Visualização Compacta sem controles ou estatísticas, mas é possível ajustar a visualização.

A B C D E

Painel Histograma (Exibição expandid) A. Menu Canal B. Menu do painel C. Botão Atualização Fora do Cache D. Ícone de Aviso de Dados em Cache E. Estatísticas Ajustar a visualização do painel Histograma Escolha uma visualização no menu do painel Histograma. Visualização Expandida Exibe o histograma com estatísticas.

Também exibe: controles para escolher o canal representado pelo histograma, visualizar opções na paleta Histograma, atualizar o histograma para exibir dados fora do cache e escolher uma camada específica em um documento de várias camadas.

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Visualização Compacta Exibe um histograma sem controles ou estatísticas. O histograma representa a imagem inteira.

Visualização de todos os Canais Exibe histogramas individuais

dos canais, além de todas as opções da Visualização de Todos os Canais. Os histogramas individuais não incluem canais alfa, canais de spot ou máscaras.

Painel Histograma com todos os canais exibidos em cores e todas

as estatísticas ocultas Visualização de um canal específico no histograma Se você escolher a Visualização Expandida ou a Visualização de

Todos os Canais do painel Histograma, poderá escolher uma configuração no menu Canal. O Photoshop memoriza a configuração de canais, se você

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alternar entre a Visualização Expandida ou a Visualização de Todos os Canais para a Visualização Compacta.

• Escolha um canal individual para exibir um histograma do canal,

incluindo canais de cores, canais alfa e canais de spot. • Dependendo do modo de cores da imagem, escolha RGB, CMYK

ou Composto para visualizar um histograma composto de todos os canais. • Se a imagem estiver no modo RGB ou CMYK, escolha

Luminosidade para exibir um histograma que represente os valores de luminescência ou intensidade do canal composto.

• Se a imagem estiver no modo RGB ou CMYK, escolha Cores para

exibir um histograma composto dos canais individuais em cores. Essa opção é a visualização padrão para imagens em RGB e em CMYK quando você escolher a Visualização Expandida ou a Visualização de Todos os Canais

. Na Visualização de Todos os Canais, as opções no menu Canais

afetam apenas o histograma na extremidade superior do painel. - Visualização de histogramas de canais em cores No painel Histograma, siga um destes procedimentos: • Na Visualização de Todos os Canais, escolha Mostrar Canais em

Cores no menu do painel. • Na Visualização Expandida ou na Visualização de Todos os

Canais, escolha um canal individual no menu Canal e selecione Mostrar Canais em Cores no menu do painel. Se você alternar para a Visualização Compacta, o canal continuará a ser mostrado em cores.

• Na Visualização Expandida ou na Visualização de Todos os

Canais, escolha Cores no menu Canais para mostrar um histograma composto dos canais em cores. Se você alternar para a Visualização Compacta, o histograma composto continuará a ser mostrado em cores.

- Visualização das estatísticas do histograma Por padrão, o painel Histograma exibe estatísticas na Visualização

Expandida e na Visualização de Todos os Canais. 1 Escolha Mostrar Estatísticas no menu do painel Histograma. 2 Siga um destes procedimentos:

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• Para visualizar informações sobre um valor de pixel específico, coloque o ponteiro no histograma.

• Para visualizar as informações sobre uma faixa de valores, arraste

dentro do histograma para realçar essa faixa. O painel exibe as seguintes informações estatísticas abaixo do

histograma: Médio Representa o valor médio de intensidade. Desv. Pdr (Desvio padrão) Representa como os valores de

intensidade variam. Mediana Mostra o valor médio na faixa de valores de intensidade . Pixels Representa o número total de pixels utilizados para calcular o

histograma. Nível Exibe o nível de intensidade da área sob o ponteiro. Total Mostra os números totais de pixels correspondentes ao nível

de intensidade sob o ponteiro. Percentil Exibe o número cumulativo de pixels no nível ou abaixo do

nível de intensidade sob o ponteiro. Esse valor é expresso como uma porcentagem de todos os pixels na imagem, de 0% na extremidade esquerda a 100% na extremidade direita.

Nível de Cache Mostra o cache da imagem atual utilizado para criar

o histograma. Quando o nível de cache é maior que 1, o histograma é exibido mais rápido. Nesse caso, o histograma é derivado de uma amostra representativa de pixels na imagem (baseada na ampliação). A imagem original tem nível de cache 1.

A cada nível acima do nível 1, quatro pixels adjacentes têm as

médias calculadas para atingir o valor de um pixel. Portanto, cada nível tem metadeas dimensões (tem 1/4 do número de pixels) do nível mais baixo. Quando o Photoshop faz uma aproximação rápida, pode utilizar apenas um dos níveis superiores. Clique no botão Atualização Fora do Cache para redesenhar o histograma usando a camada da imagem real.

Visualização de valores de cor em uma imagem É possível utilizar o painel Informações para visualizar os valores de

cores dos pixels ao fazer correções de cores. Ao trabalhar com uma caixa de diálogo de ajuste de cor ou com o painel Ajustes, o painel Informações exibe dois conjuntos de valores de cores para os pixels sob o ponteiro. O valor na

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coluna esquerda é o valor de cor original. O valor na coluna direita é o valor de cor depois do ajuste.

Uso do painel Informações e Níveis para neutralizar o tom de uma

imagem É possível visualizar a cor de um local único usando a ferramenta

Conta-gotas. Também é possível usar até quatro Classificadores de Cores

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para exibir as informações de cores para um ou mais locais na imagem. Esses classificadores são salvos se a imagem for fechada ou reaberta.

Classificadores de cores e o painel Informações 1 Escolha Janela > Informações para exibir o painel Informações. 2 Selecione (e clique com a tecla Shift pressionada) a ferramenta

Conta-gotas ou a ferramenta Classificador de Cores e, se necessário, escolha um tamanho de amostra na barra de opções. Amostra de ponto lê o valor de um único pixel e as outras opções lêem a média de uma área de pixel.

3 Se você selecionou a ferramenta Classificador de Cores , coloque

até quatro classificadores de cores na imagem. Clique no local em que deseja colocar um classificador. Visualizar as informações de cores durante o ajuste de cores É possível visualizar as informações de cores para pixels específicos

na imagem ao ajustar cores com uma caixa de diálogo de ajustes ou com o painel Ajustes.

1 Abra uma caixa de diálogo de ajustes (em Imagem > Ajustes) ou

adicione um ajuste usando o painel Ajustes. 2 Conforme você faz ajustes, visualize os valores de cores de antes

e depois no painel Informações. Mova o ponteiro sobre a imagem para visualizar os valores de cores no local do ponteiro.

Nota: Se você estiver usando uma caixa de diálogo de ajustes, a

ferramenta Conta-gotas será ativada (e outras ferramentas desativadas temporariamente) quando você move o ponteiro sobre a imagem. Você pode

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ainda acessar os controles deslizantes e as ferramentas Zoom e Mão usando atalhos de teclado.

3 Se você tiver inserido classificadores de cores na imagem, os

valores de cores sob os classificadores de cores aparecerão na parte inferior do painel Informações. Para adicionar novos classificadores de cores, realize um dos seguintes procedimentos:

• Se estiver usando o painel Ajustes, selecione a ferramenta

Classificador de Cores e clique na imagem, ou selecione a ferramenta Conta-gotas e clique com a tecla Shift pressionada na imagem.

• Se estiver usando uma caixa de diálogo de ajustes, clique com a

tecla Shift pressionada na imagem. Ajustar os classificadores de cores Depois que você tiver adicionado um classificador de cores, é

possível mover, excluir ou ocultá-lo, ou alterar as informações do classificador de cores exibidas no painel Informações.

Mover ou excluir um classificador de cores 1 Selecione a ferramenta Classificador de cores 2 Siga um destes procedimentos: • Para mover um classificador de cores, arraste-o para o novo local. • Para excluir um classificador de cores, arraste-o para fora da janela

do documento. Como alternativa, mantenha a tecla Alt (Windows) ou Option (MacOS) pressionada até o ponteiro se transformar em uma tesoura e clique no classificador.

• Para excluir todos os classificadores de cores, clique em Apagar na

barra de opções. • Para excluir um classificador de cores enquanto uma caixa de

diálogo de ajuste estiver aberta, mantenha as teclas Alt+Shift (Windows) ou Option+Shift (Mac OS) pressionadas e clique

no classificador.

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Como ocultar ou mostrar classificadores de cores em uma imagem

❖ Escolha Visualizar > Extras. Uma marca de seleção indica se os classificadores de cores estão visíveis.

Alteração da exibição das informações do classificador de

cores no painel Informações • Para exibir ou ocultar as informações do classificador de cores no

painel Informações, escolha Classificadores de Cores no menu do painel. Uma marca de seleção indica se as informações dos classificadores de cores estão visíveis.

• Para alterar o espaço de cor no qual um classificador de cores

exibe os valores, mova o ponteiro para o ícone do classificador de cores no painel Informações. Em seguida, mantenha pressionado o botão do mouse e escolha outro espaço de cor no menu.

Compreensão dos ajustes de cores Antes de fazer ajustes de cores e tons As eficientes ferramentas no Photoshop podem aprimorar, reparar e

corrigir a cor e a tonalidade (claridade, escuridão e contraste) em uma imagem. Estes são alguns itens que devem ser levados em consideração antes de fazer ajustes de cores e tons.

• Trabalhe com um monitor que esteja calibrado e possua um perfil.

Para edição de imagem crítica, a calibração e determinação são essenciais. Caso contrário, a imagem vista no monitor aparece diferente em outros monitores ou quando impressa.

• Planeje usar camadas de ajuste para ajustar a faixa de tons e

equilíbrio de cores da imagem. Camadas de ajuste permitem retornar e fazer ajustes de tons sucessivos sem descartar ou modificar permanentemente os dados da camada da imagem. Lembre-se de que o uso de camadas de ajuste aumenta o tamanho de arquivo da imagem e requer mais memória RAM do computador. Acessar os comandos de cores e tons no painel Ajustes cria automaticamente camadas de ajuste.

• Se você não deseja usar camadas de ajuste, você poderá aplicar

os ajustes diretamente em uma camada da imagem. Lembre-se que algumas informações da imagem são descartadas,

quando fizer um ajuste de cores ou tons diretamente em uma camada da imagem.

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• Em trabalhos importantes e para preservar ao máximo os dados de

uma imagem, convém trabalhar com uma imagem de 16 bits por canal (imagem de 16 bits) em vez de uma imagem de 8 bits por canal (imagem de 8 bits). Os dados são descartados quando são feitos ajustes de cores e tons. A perda de informações da imagem é mais crítica em imagens de 8 bits do que em imagens de 16 bits. Geralmente, o tamanho do arquivo de imagens de 16 bits émaior que o de imagens de 8 bits.

• Duplique ou faça uma cópia do arquivo de imagem. O trabalho em

uma cópia da imagem preserva seu estado original em situações nas quais esse estado deseja ser utilizado.

• Remova todas as falhas, como pontos de poeira, manchas e

rabiscos da imagem antes de fazer ajustes de cores e tons. • Abra o painel Informações ou Histograma na visualização

Expandida. À medida que você avalia e corrige a imagem, ambos os painéis exibem feedback não avaliável de seus ajustes.

• É possível criar uma seleção ou utilizar uma máscara para limitar

os ajustes de cores e tons a uma parte da imagem. Outro método de aplicar ajustes de cores e tons de forma seletiva é

configurar o documento com componentes de imagem em diferentes camadas. Ajustes de cores e tons são aplicados somente em uma camada por vez. Somente os componentes da imagem na camada de destino serão afetados.

Correção de imagens Para corrigir a tonalidade e a cor de uma imagem: 1 Utilize o histograma para verificar a qualidade e a faixa de tons da

imagem. 2 Certifique-se de que o painel Ajustes esteja aberto para acessar os

ajustes de cores e tons. Clique em um ícone para acessar os ajustes descritos nas seguintes etapas. Aplicar correções pelo painel Ajustes cria uma camada de ajuste, o que aumenta a flexibilidade e não descarta as informações da imagem.

3 Ajuste o equilíbrio de cores para remover projeções de cores não

desejadas ou para corrigir cores com muita ou pouca saturação. 4 Ajuste a faixa de tons, usando os ajustes de níveis ou curvas. Comece a corrigir tons ajustando os valores dos pixels de realce e

sombra nas extremidades da imagem, definindo uma faixa de tons geral

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para essa imagem. Esse processo é conhecido como definição de realces e sombras ou definição de pontos brancos e pretos. Normalmente, a definição de realces e sombras redistribui os pixels de tons médios de maneira apropriada. Entretanto, talvez seja necessário ajustar os tons médios manualmente.

Para ajustar a tonalidade apenas nas áreas de sombra e realce, use

o comando Sombra/Realce. 5 (Opcional) Faça outros ajustes de cores. Depois de corrigir o equilíbrio geral de cores da imagem, é possível

fazer ajustes opcionais para aprimorar as cores ou produzir efeitos especiais.

6 Torne nítidas as arestas da imagem. Como uma das etapas finais, use o filtro Máscara de Nitidez ou o

filtro Forma Inteligente para tornar nítidas as arestas da imagem. A intensidade de nitidez necessária para uma imagem varia de acordo com a qualidade da imagem produzida pela câmera digital ou scanner utilizado.

7 (Opcional) Direcione a imagem para as características da

impressora ou prensa. Você pode usar as opções nos ajustes de Níveis ou Curvas para

importar as informações de realce e sombra para o gamut de um dispositivo de saída, como uma impressora desktop. Esse procedimento também pode ser feito se você estiver enviando a imagem para uma impressora comercial e souber suas características.

Como a nitidez aumenta o contraste dos pixels adjacentes, é

possível que alguns pixels em áreas críticas não possam ser impressos na impressora ou prensa que esteja sendo utilizada. Por isso, convém efetuar um ajuste nas configurações de saída depois de ajustar a nitidez.

Como fazer um ajuste de cor Todas as ferramentas de ajuste de cores do Photoshop funcionam

basicamente do mesmo modo, mapeando uma faixa de valores de pixels para uma nova faixa de valores. A diferença entre as ferramentas está na intensidade de controle que elas oferecem. As ferramentas de ajuste de cores e suas configurações de opções são acessadas no painel Ajustes.

É possível ajustar a cor em uma imagem de maneiras diferentes. O

método mais flexível é usar uma camada de ajuste. Ao selecionar uma ferramenta de ajuste de cores no painel Ajustes,

o Photoshop cria automaticamente uma camada de ajuste. Camadas de ajuste permitem fazer testes com ajustes de cores e tons sem modificar

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permanentemente os pixels na imagem. As alterações de cores e tons residem na camada de ajuste, que age como um véu através do qual são exibidas as camadas subjacentes da imagem.

1 Se quiser fazer ajustes em uma parte da imagem, selecione essa

parte. Se nenhuma seleção for criada, o ajuste será aplicado à imagem inteira.

2 Siga um destes procedimentos: • Clique em um ícone de ajuste ou selecione uma predefinição de

ajuste no painel Ajustes. • Crie uma camada de ajuste. • Clique duas vezes na miniatura de uma camada de ajuste existente

no painel Camadas.

Também é possível escolher Imagem > Ajustes, e escolher um comando do submenu para aplicar ajustes diretamente à

camada da imagem. Lembre-se que esse método descarta as informações da imagem.

Uma nova camada de ajuste inclui uma máscara de camada, que

pode estar vazia (ou branca), significando que seu ajuste é aplicado em toda a imagem. (Se você tiver uma seleção ativa na imagem quando você adicionar uma camada de ajuste, a máscara da camada inicial oculta a área não selecionada em preto.) Usando a ferramenta Pincel, é possível pintar áreas na máscara em preto, onde você não deseja que os ajustes afetem a imagem.

3 Para ajustar a visualização da imagem com ou sem ajustes, clique

no ícone Alternar visibilidade da camada no painel Ajustes. Para cancelar alterações, clique no botão Redefinir no painel

Ajustes. Reaplicar configurações de ajuste Uma vez que um ajuste é salvo, ele é armazenado como uma

predefinição e poderá ser reaplicado. • No painel Ajustes, expanda um conjunto de predefinições de ajuste

e selecione-a na lista do menu.

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• Na caixa de diálogo de ajuste, clique em Carregar. Localize e carregue o arquivo de ajuste salvo. Nas caixas de diálogo Curvas, preto e branco, Matiz/Saturação, Cor Seletiva, Níveis ou Misturador de Canais, as predefinições salvas aparecem no menu Predefinições. Escolha Carregar Predefinição a partir da opção Predefinição para carregar uma predefinição não exibida no menu pop-up Predefinição a partir de um local diferente. Para remover predefinições padrão, navegue para as seguintes pastas, mova as predefinições para fora das pastas e reinicie o Photoshop.

• Windows: [unidade de inicialização]/Arquivos de

programas/Adobe/Adobe Photoshop CS5/Predefinições/[tipo de ajuste]/[nome da predefinição]

• Mac OS [unidade de inicialização]/Aplicativos/Adobe/Adobe

Photoshop CS5/Predefinições/[tipo de ajuste]/[nome da predefinição] Correção de cores em CMYK e RGB Embora seja possível executar todas as correções de cores e tons

no modo RGB e a maioria dos ajustes no modo CMYK, escolha um modo cuidadosamente. Evite várias conversões entre modos, pois os valores de cor são arredondados e perdidos em cada conversão. Não converta imagens RGB para o modo CMYK se essas se destinam para visualização em tela. Para imagens CMYK que são separadas e impressas, não faça ajustes de cores no modo RGB.

Se for preciso converter a imagem entre dois modos, faça a maioria

das correções de cores e tons no modo RGB. Você pode então usar o modo CMYK para fazer o ajuste fino. As vantagens de trabalhar no modo RGB são:

• O RGB tem menos canais. Como resultado, seu computador usa

menos memória. • O RGB tem um grupo mais amplo de cores do que o CMYK, e é

provável que mais cores sejam preservadas após os ajustes. É possível uma prova eletrônica das cores para ver na visualização

na tela de como ficarão as cores do documento quando reproduzidas em um determinado dispositivo de saída. Consulte Sobre prova de cores em mídia eletrônica.

Uma imagem no modo RGB pode ser editada em uma janela e

visualizada em cores CMYK em outra janela. Escolha Janela > Organizar > Nova Janela Para (Nome do arquivo) para abrir uma segunda janela. Selecione a opção CMYK Ativa para Configuração de Prova e, em seguida, escolha o comando Cores de Prova para ativar a visualização CMYK em uma das janelas.

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Encerramento

Caro estudante,

Encerra-se aqui o nosso curso Fotografia. Acreditamos ter

conseguido cumprir o nosso objetivo: transmitir os conceitos de uma prática cultural fascinante, além de apresentar uma vasta área profissional.

Boa sorte e sucesso.

Bibliografia – Fotografia SCHISLER, Millard W. L., SAVIOLI, Elisabete, Revelação em preto-e-branco a imagem com qualidade, SENAC, São Paulo. SILVA, V. e Peter, J. Um curso de fotografia. Editora Mauad, Rio de Janeiro, 2004. SILVA, R. R e COSTA, H. A fotografia moderna no Brasil. Editora Cosac Naify, São Paulo, 2004. SALLES, F. A história da fotografia. Disponível em <http://www.fotoamigos.com.br/home/downloads/Apostila_de_Fotografia_Filipe_Salles.pdf> acesso em 5/09/2011 CIBERCIDADANIA. A fotografia digital – Livro 1 - 2006 Disponível em <http://www.imagem-digital.com> Acesso em 10/09/2011. MEDEIROS, C. Estúdio vai à formatura. Disponível em <http://clebermedeiros.com/photosimagens/photos%2064%20-%20web.pdf> Acesso em 06/02/2012