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IPq rumo à excelência

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Rumo à excelência .............................................................................................................................2

Sua excelência, o funcionário ............................................................................................................ 3

Sua excelência, o cliente ....................................................................................................................6

Fazendo a diferença ..........................................................................................................................6

Conexão cultural ...............................................................................................................................8

Rumo à excelência

índice

Você fez (e faz) acontecerVocê se lembra do início da jornada do Instituto de Psiquiatria (IPq) “Rumo à Excelência”, em meados de 2008? E que o su-cesso do projeto estava diretamente ligado ao envolvimento de todos nós, funcionários e colaboradores do instituto?

A iniciativa entrará em seu terceiro ano, com resultados que mudaram — para melhor — o funcionamento, as ativida-des e o desempenho de cada área e cada profissional.

Todos entenderam que a excelência não é uma palavra solta em um emaranhado de normas e siglas; ela envolve pes-soas — pessoas como você, pessoas como nós — e, juntos, fizemos a diferença.

Passo a passoComo presidente do Conselho Diretor, o Prof. Wagner Gattaz considerou fundamental para o IPq a adoção de um projeto que possibilitasse sua evolução do patamar de compromisso com a excelência para outro: o de uma instituição de excelên-cia. Uma diferença à primeira vista sutil, mas capaz de alterar completamente a organização, tornando-a autossustentável.

Com apoio do diretor executivo, Dr. Walter Cintra Ferreira Jr., adotou-se para o IPq o Modelo de Gestão de Excelência [o mesmo vigente no Complexo Hospital das Clínicas (HC)], adequado aos propósitos do instituto, sem a necessidade de mudanças radicais. Inicialmente se contou com a assessoria da consultora Aylza Munhoz, que trouxe sua experiência em-presarial e ajudou a delinear as etapas do projeto, subdividido em gestão de processos e programas de excelência.

A partir do slogan “O IPq está decolando rumo à excelên-cia. Você vem?”, fases distintas foram definidas, começando pela realização de seminários visando sensibilizar e envolver os profissionais e depois colocando em prática o modelo de gestão adotado, sem perder o foco nas necessidades e expec-tativas do paciente (cliente) e da sociedade.

Uma das iniciativas foi a campanha de desburocratização, que estimulou as equipes a apresentarem propostas inovadoras visando melhorar os processos de atendimento. Entre as dezenas de ideias, a ação premiada foi o projeto “alta on-line”, da equipe de enfermagem, sob coordenação da enfermeira Cristina Emiko Igue. Além de eliminar papéis, a alta on-line agilizou a saída do paciente e sua comunicação às diferentes áreas envolvidas.

Brinquedoteca – primeira conquistaInaugurada em março de 2010, a brinquedoteca terapêutica do IPq resultou da primeira campanha do IPq Rumo à Excelência junto a empresas privadas. Sensibilizada com o trabalho realizado com crianças e adolescentes no instituto, a M.Cassab, representante da LEGO® no Brasil, juntamente ao escritório de arquitetura Falzoni Alves Lima, doou o projeto, a montagem e os equipamentos.

Nesse novo espaço, a equipe do Serviço de Psiquiatria da Infância e da Adolescência (Sepia) desenvolve intervenções te-rapêuticas baseadas em diferentes modelos de atendimento. A meta é atender 40 crianças/adolescentes e 40 cuidadores por dia. A brinquedoteca terapêutica atuará também como polo de formação de profissionais da rede municipal de saúde

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que desejam especialização em intervenções lúdicas. Essa ini-ciativa tem o apoio do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Fumcad), possibilitando ao IPq contratar o número de colaboradores necessários ao projeto.

Ano do atendimentoO tema escolhido para 2010 no programa Rumo à Excelência é o

atendimento, tendo como matriz das ações a Escola de Excelên-

cia do IPq, responsável pela capacitação e pelo desenvolvimento

por meio de cursos e palestras que visam contribuir para a evo-

Brinquedoteca

Sua excelência, o funcionárioDe olho na qualidade de vidaÉ fato: para que a organização cresça, é fundamental que seus

líderes invistam no aprimoramento, na capacitação e na valo-

rização de sua força de trabalho. Visando conhecer melhor o

perfil de nossos profissionais, bem como suas condições de

vida e saúde, em dezembro de 2009 foi realizada pesquisa de

qualidade de vida, em amostra de 253 servidores (155 mulhe-

res e 98 homens).

Cerca de 97% relatou ter saúde boa, muito boa e exce-

lente; a maioria não fuma e, dos que fumam, 73% pretendem

parar. Atividades sociais, esportivas e de lazer também foram objeto de interesse. Esportes e lazer estão presentes na vida da maioria (75%), sendo que ouvir música, ler e ir ao cinema são as atividades de lazer preferidas.

Perguntados sobre o que gostariam de fazer durante o período de descanso no trabalho, as respostas foram bem va-riadas: 44% preferem tirar um cochilo; 28% querem acessar a internet; 24% preferem ouvir música e 21% optam pela TV. O número que mais chamou a atenção, porém, foi o fato de 87% desconhecerem os programas de qualidade de vida ofe-recidos aos funcionários do IPq. São eles:

lução pessoal e profissional dos colaboradores. Segundo o Prof.

Gattaz, são necessários valorização e investimento no potencial

humano — a organização cresce com o crescimento de cada um

de seus profissionais.

Desenvolver a percepção sobre a importância de pensar e

dedicar-se ao atendimento de forma efetiva é só o primeiro pas-

so. Um preparo adequado resulta em segurança no processo de

atendimento e melhora a qualidade do relacionamento com os

pacientes e clientes.

Uma das estratégias para atingir esse objetivo são cursos

voltados à excelência no atendimento, abrangendo cerca de 300

funcionários de diferentes áreas do IPq. Para essa atividade foi

convidado o Prof. Rubens Pimentel Neto, especialista em estra-

tégia empresarial, marketing e comunicação. Os cursos foram

planejados a partir das entrevistas que o docente realizou com

profissionais do instituto, propondo temas relacionados ao papel

do líder e do liderado, estratégias, técnicas de atendimento e ges-

tão do comportamento. Além disso, já foram oferecidos cursos

de libras (linguagem do surdo-mudo), primeiros socorros (códigos

azul e amarelo) e português (revisão gramatical).

Conhecer a experiência e boas práticas de outras organizações

também é de grande valia, pois traz um olhar diferente sobre si-

tuações cotidianas vividas por qualquer instituição prestadora de

serviços. Com esse objetivo, foram realizadas no IPq palestras com

profissionais do Grupo Fleury, da General Motors, do Hospital São

Luiz e da rede de hotéis ACCOR.

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• Salas de descanso (conforto) dos funcionários e dos médicos, onde se pode tirar “aquele cochilo”, ver TV, ler, ouvir seu IPod ou simplesmente não fazer nada.

• Copas em todos os andares, equipadas com geladeira, micro-ondas e filtro de água (gelada/natural), oferecendo condições para refeições como café da manhã, almoço, jantar ou simplesmente para tomar um cafezinho.

• Médicos exclusivos no próprio IPq para atender funcionários nas especialidades de endocrinologia, ginecologia, urologia, odontologia e coleta de exa-mes, bastando agendar a consulta.

Sua excelência, o funcionário

médicos assistentes desempenham uma missão importante na assistência a nossos pacientes. E alguns desses médicos também se destacam por dedicar parte de seu tempo ao ensi-no, para alunos da Faculdade de Medicina e residentes. Como reconhecimento à importante contribuição desses profissio-nais, o Centro de Estudos do Instituto de Psiquiatria (Ceip) outorgou pela primeira vez o Prêmio Ceip de Excelência em Assistência e Ensino, agraciando médicos do IPq que se sobressaíram por intensa dedicação ao ensino, além de cumprirem com excelência suas atribuições assistenciais.

Esse prêmio, no valor de R$ 3 mil, destina-se a cobrir cus-tos de participação no Congresso Brasileiro de Psiquiatria ou em outro evento científico de qualidade que contribua para a formação do profissional. A escolha dos indicados foi feita pela comissão médica do IPq, coordenada pelo Prof. Taki Cordás. Para ele, “a seleção foi dificílima, dada a elevada excelência técnica, acadêmica e humanística do corpo clínico do IPq”, fez questão de destacar.

Neste primeiro ano do Prêmio Ceip, foram agraciados os Drs. Renato Del Sant (Hospital Dia Adultos), Daniel Martins de Barros (Nufor), Sérgio Cabral (Amban), Eduardo W. Arantan-gy (Ambulim), Mônica de Souza Cardeal (Ambulatório Geral) e Paulo Sallet (Enfermaria Mista). Na mensagem de outorga do Prêmio, o Prof. Wagner Gattaz, presidente do Ceip e do Conselho Diretor do IPq, agradeceu aos médicos pelo exce-lente trabalho que vinham realizando, ressaltando que, “além da intensa atividade assistencial e da presteza na colaboração com seus colegas”, eles vinham exercendo “uma importante atividade de ensino junto a nossos residentes e alunos, con-tribuindo decisivamente para o crescimento assistencial e humanístico de nosso instituto”.

Os membros da diretoria do Ceip observam que, como órgão do IPq, o Centro de Estudos está ativamente comprometido com a busca da excelência. “Nesse contexto, profissionais que mos-tram competência, dedicação e compromisso com seu trabalho, com os pacientes e com a instituição merecem ser valorizados”, frisou o Dr. André Malbergier, tesoureiro do Ceip. “As atividades de assistência e ensino constituem o pilar central do comple-xo de serviços oferecidos e, como tal, nós, a diretoria do Ceip, procuramos incentivar e premiar as pessoas que se destacam”, endossam os Drs. Ricardo Moreno e Cassio Bottino (vice-presi-dente e secretário do Ceip, respectivamente).

O Dr. Renato Marchetti, coordenador do Ambulatório Geral do IPq, ressaltou que “os premiados se destacaram não ape-nas por aspectos técnicos e assistenciais, mas principalmente pela  dedicação e pelo comprometimento  com os pacientes, colegas e a instituição”.

• Projeto Zen — realizado uma vez ao ano pelo Hospital Dia Adulto (HDA), oferece atividades como: avaliação de es-tresse por biofeedback, reflexologia, reiki, shiatsu, TRICS (técnica de relaxamento integrativo craniossacral), bioener-gética, dança circular, meditação dinâmica e tai chi chuan.

• Tratamento ambulatorial de tabagismo.• Os funcionários também podem usufruir das opções

oferecidas pelo HC: caminhadas monitoradas de meia hora nas intermediações do complexo, às segundas, quartas e sextas-feiras em diferentes horários; ses-sões de cinema semanais, no Centro de Convenções Rebouças, sempre com filmes campeões de bilheteria.

Com base nessa pesquisa, uma série de iniciativas deve surgir em breve, sempre visando melhorar e motivar cada vez mais nossos profissionais.

Prêmio Ceip de excelência a médicos do IPqA excelência do IPq, assim como de todo o HC-FMUSP, re-pousa na dedicação de seus profissionais, dentre eles, os

Vista da sala de conforto

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Na opinião do Dr. Edson Hirata, do Conselho Médico do IPq, além de homenagear os médicos que se destacaram no ano, o Prêmio Ceip “valoriza a assistência e reconhece dois valores importantes de nosso instituto: o paciente em primeiro lugar e meritocracia”. O Dr. André Malbergie, tesoureiro do Ceip, con-clui que “este prêmio visa demonstrar nosso reconhecimento pelo trabalho de pessoas que ‘compraram’ nossa ideia e que saíram na frente nesse voo rumo à excelência”.

O que dizem alguns dos premiados“É provável que mecanismos de gratificação simbólica te-nham um efeito moral construtivo, não necessariamente em nível individual, mas principalmente coletivo. Afinal, o reco-nhecimento por parte de nossos pares é sempre bem-vindo, estimula empenho, responsabilidade social e coragem civil”, opinou o Dr. Paulo Sallet.

A Dra. Mônica de Souza Cardeal se disse surpresa e muito satisfeita ao ganhar o Prêmio Ceip, pois se considera só uma dentre tantos que se dedicam ao IPq. “Fiquei mais satisfeita ainda quando vi quem eram  os outros escolhidos — estou muito bem acompanhada”, relatou.

Segundo ela, “a valorização do trabalho é estimulante para quem recebe e também deve ser para quem pode vir a receber por mérito”, conclui, lembrando que espera que surjam opor-tunidades futuras para que outros colegas também venham a ser premiados.

O psiquiatra forense Daniel Martins de Barros ponderou que, até onde sabe, “é a primeira iniciativa que valoriza o tripé ensino-pesquisa-assistência”. Para ele, “receber esse prêmio é um misto de surpresa e satisfação. Surpresa porque nós não trabalhamos visando a um prêmio, eu não vinha sequer pen-sando nisso. Ao mesmo tempo é satisfatório, porque embora o reconhecimento não seja um fim em si mesmo, é gratificante perceber que a instituição reconhece os resultados desse tra-balho”, concluiu.

Na opinião do Dr. Sergio Cabral, o prêmio é uma demons-tração de valorização dos profissionais do IPq, “especialmente nós, clínicos”, ressaltando que o principal estímulo para seu trabalho é a oportunidade de constante atualização e estudo, “pois isso nos coloca sempre na vanguarda da psiquiatria”.

Quais as motivações que vinculam esses profissionais ao IPq? O Dr. Daniel de Barros apresenta uma boa jus-tificativa: “Por conta de diversos fatores conjunturais nós muitas vezes valorizamos demais uns aspectos do tripé ensino-pesquisa-assistência em detrimento de outros, daí

a importância do prêmio, lembrando-nos da importância do conjunto. Esse é o tipo de pergunta à qual sempre receio dar uma resposta que se aproxime da pieguice, mas a ver-dade é que todos nós queremos estar num lugar de ponta, que dê condições de desenvolver um trabalho sério, junto a pessoas interessadas. O IPq permite que isso aconteça, o que é realmente motivador”.

Já para a psiquiatra Mônica Cardeal, as motivações para o trabalho que desempenha aqui são várias, mas confessou que a convivência agradável e estimulante com colegas de todas as áreas e, principalmente com os residentes, é o principal. “Também considero o ‘clima’ da instituição — comparando a outros locais de trabalho, mesmo no HC-FMUSP — bastante amigável, na maior parte do tempo”.

Outro premiado, o Dr. Eduardo Aratangy reconhece que, com esse prêmio, tem seu trabalho valorizado. “Tenho imenso retorno pessoal no contato com os residentes, pacientes e co-laboradores do IPq. Fico muito feliz por devolver à sociedade o que a Faculdade de Medicina e o IPq me deram”, finaliza.

Formatura da primeira turma do curso de inglês IPq Cambridge, oferecido há dois anos a profissionais de diferentes áreas do IPq. Dos 98 alunos que passaram pelo curso, 53 receberam diploma. Mantido com recursos doados pelas empresas Fundição Brasileira de Alumínio Ltda. e Rontan Eletro Metalúrgica Ltda., foi ministrado por Stephen Thomas, britânico radicado no Brasil há mais 20 anos.

Curso de inglês IPq Cambridge

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O IPq amplia seus serviços à população e cria o Centro de Diagnóstico e Tratamento de Epilepsia, possibilitando a realização de exames de videoeletroencefalograma (vídeo-EEG) prolongado em unidade própria, preparada para o atendimento de pacientes com quadros de epilepsia e crises não epilépticas psicogênicas (crises confundidas com epi-lepsia em razão de semelhança das manifestações comportamentais, mas que não são consequentes a descargas cerebrais anormais).

A monitorização videoeletroencefalográfi ca prolongada permite o registro de crises (epilépticas ou não) que ocorrem de maneira inter-mitente e imprevisível. Efetua um registro prolongado de horas ou até dias, mostrando o comportamento dos diferentes tipos de crises epilép-ticas, sua caracterização, sua classifi cação e sua frequência. Segundo a coordenadora Dra. Kette Dualibi R. Valente, a unidade é voltada predo-minantemente ao diagnóstico e ao tratamento da epilepsia refratária, ou seja, aquela que não apresenta controle com a medicação apropriada e que representa cerca de 30% dos pacientes com epilepsia.

Ressonância magnética intraoperatória — primeiro equi-pamento de ressonância nuclear magnética (RNM) intraoperatória do Complexo HC, além de todos os exames convencionais de diag-nóstico por imagem, possibilita a realização de RNM intraoperatória (por meio de navegação intracirúrgica durante neurocirurgias, por intermédio de software acoplado à máquina). Segundo Manoel Ja-cobsen Teixeira, professor titular e coordenador da Neurocirurgia do IPq, a RNM intraoperatória permite que se tenha uma visão

Sua excelência, o clienteNovos serviços à população

Ressonância magnética

concreta de tumores, por exemplo, possibilitando ampla ressecção,

com menor grau de manipulação e evitando lesão de tecido sadio.

Além disso, o equipamento oferece maior conforto aos pacientes:

abertura interna de 70 cm (mais largo que o tradicional, de 60 cm), pro-

porcionando menos claustrofobia e possibilitando a realização de exames

em pacientes obesos; arco magnético ultracurto (125 cm), o que permite

realizar vários tipos de exames com a cabeça fora do magneto; mesa

com capacidade para indivíduos com até 250 kg, possibilitando

realizar exames de pacientes obesos sem limitações.

outubro de 2008 entre a FMUSP e a Secretaria Municipal da

Saúde de São Paulo, assumindo a gestão de alguns serviços de

atenção primária de saúde [unidades básicas de saúde (UBSs),

assistências médicas ambulatoriais (AMAs), pronto-socorros e

centros de especialidades) da zona oeste da capital, abran-

gendo os bairros do Butantã e do Jaguaré.

O PRO visa transformar essa área num modelo de assis-

tência médica de excelência, integrado às redes secundária e

terciária do sistema público de saúde (reservando efetivamen-

te os hospitais públicos mais estruturados, como o HC, para o

atendimento de maior complexidade). Sob o ponto de vista do

ensino e da pesquisa, o projeto tem como objetivos transfor-

mar esses serviços de saúde em importantes laboratórios para

a formação de médicos e para estudos científicos.

Fazendo a diferença Psiquiatria da USP nas unidades básicas de saúdeUma das características que tornam o IPq referência na Amé-

rica do Sul é sua atuação não só como centro de assistência,

mas também de ensino e pesquisa. Mais do que assistir ao

paciente, aqui são testados e validados modelos eficientes

de intervenção, os quais depois são difundidos à população.

Exemplo disso é a participação do Departamento de Psiquiatria

no Projeto Região Oeste (PRO), que é um contrato firmado em

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trarão no treinamento e na capacitação de professores da rede pública como agentes de saúde mental que possam estimular comportamentos saudáveis e encaminhar para avaliação alu-nos com sinais precoces de sofrimento emocional.

C: O que é necessário para que os profissionais de saú-de da rede pública possam atender à demanda que será gerada pelas intervenções comunitárias?ECMF: Esses profissionais precisam ser treinados e capacitados. Nesse sentido, a população-alvo envolve os profissionais do Pro-grama de Saúde da Família. Para isso, contamos com parceria da disciplina de Telemedicina do Departamento de Patologia da FMUSP. Nossa intenção é agregar ferramentas tecnológicas em cursos híbridos que combinem aulas presenciais e a distância, incrementando o aprendizado, reduzindo a necessidade de des-locamento frequente e assim reduzindo barreiras para o acesso à informação e à capacitação profissional.

C: Quais os objetivos no campo da pesquisa? ECMF: A pesquisa em Psiquiatria no PRO tem como objeti-vo primordial a estruturação de métodos em prevenção e tratamento forjados nos princípios da medicina baseada em evidência. Para isso, as primeiras iniciativas serão divididas em três campos: (1) rastreio e mapeamento das demandas de serviço em saúde mental na região com ênfase em estu-dos epidemiológicos; (2) medidas dos efeitos de programas de prevenção em áreas-chave como álcool e drogas em popula-ção escolar (inicialmente); (3) adequação e investigação de eficiência e relação custo/benefício de programas terapêuticos em saúde mental para a rede de atenção primária.

C: Quais os resultados gerais esperados pelo Departa-mento de Psiquiatria? ECMF: Se bem-sucedidos em nossa missão, nossa experiência pode servir de norte para desenvolvimento e ajuste de políticas em saúde mental para outras jurisdições, contribuindo para incluir a saúde mental entre as prioridades da atenção básica à saúde.

C: Quem são os profissionais do departamento envolvi-dos no PRO? ECMF: Recentemente contratamos o Prof. Hermano Tavares, agora professor associado do Departamento de Psiquiatria, para coordenar todas as ações desse projeto. Ele centrará suas atividades na atenção primária, com a missão de estru-turar nossa plataforma de ensino, assistência e pesquisa na região. Além dele, o Prof. Francisco Lotufo Neto, docente deste Departamento, tem também um papel importante nas diretri-zes dessas atividades, uma vez que ele é um dos membros do Conselho Diretor do PRO.

Em entrevista ao Conexão, o professor titular e chefe do Departamento de Psiquiatria da FMUSP, Prof. Dr. Euripedes Constantino Miguel Filho, conta um pouco sobre a participação do Departamento de Psiquiatria nessa experiência.

COnExãO: Como e quando o Departamento de Psiquia-tria passou a integrar o projeto e qual a importância de sua atuação?Euripedes Constantino Miguel Filho: O Departamento de Psi-quiatria da USP foi convidado a integrar o PRO a partir do final de 2008, tendo em vista a necessidade de se introduzirem nesses serviços abordagens específicas em saúde mental e cuidados primários em psiquiatria. O PRO apresenta-se como plataforma ideal para implantação de medidas visando à saú-de mental e à saúde pública em geral, onde atuaremos com base no tripé assistência-ensino-pesquisa.

C: Qual o panorama dos transtornos neuropsiquiátricos na população?ECMF: Em um levantamento epidemiológico conduzido na cidade de São Paulo, constatou-se que quase metade da população (46%) já apresentou pelo menos um transtorno psiquiátrico ao longo da vida, sendo mais de um quarto (27%) no último ano. As doenças neurop-siquiátricas respondem por 14% da perda de anos de trabalho no mundo. As principais causas são depressão, dependências (álcool, ta-baco e outras) e transtornos psicóticos. Quando considerados apenas os anos perdidos por incapacidade, esse número chega a impres-sionantes 29%, isto é, o transtorno mental compromete a força de trabalho, mas o indivíduo segue sendo uma carga para a sociedade.

C: Qual será a prioridade em assistência?ECMF: Na assistência temos como prioridade auxiliar a coorde-nação do PRO na ampliação, na motivação e na capacitação do corpo profissional da rede pública para realização de intervenções preventivas, diagnóstico e tratamento de quadros iniciais e subclí-nicos em saúde mental e psiquiatria, com ênfase em transtornos mentais que começam na infância e na adolescência, dependên-cias, prevenção da violência e suas consequências, promoção da saúde mental da mulher e dos indivíduos da terceira idade.

C: Como serão as atividades de ensino?ECMF: As iniciativas em ensino serão divididas em três níveis: comunidade, profissionais de saúde da rede pública e formação universitária. No âmbito comunitário é fundamental promover a integração entre a rede de saúde e a rede de ensino. Com a progressiva universalização do ensino, a escola torna-se o am-biente ideal de acesso à criança e ao jovem como palco para iniciativa em prevenção e promoção da saúde mental. Com vistas a esse objetivo específico, nossos esforços se concen-

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Conexão IPq - Publicação semestral do Instituto de Psiquiatria - IPq-HC-FMUSPRua Dr. Ovídio Pires de Campos, 785 - CEP 05403-903 São Paulo, SP • Tel. (11) 3069-7801 – 3069-6890 • e-mail: imprensa.ipq@hcnet.usp.br

Presidente do Conselho Diretor IPq - Prof. Dr. Wagner Farid Gattaz • Chefe do Departamento de Psiquiatria - Prof. Dr. Euripedes Constantino Miguel Filho • Diretor Executivo IPq - Dr. Walter Cintra Ferreira Junior • Edição Executiva: Centro de Comunicação e Marketing do IPq • Diagramação, revisão ortográfi ca e impressão - Segmento Farma

Conexão cultural Ceip e editora Artmed fazem parceriaO Ceip fechou parceria inédita com o Grupo A — holding do merca-do editorial formada pelos selos Artmed, Bookman, Artes Médicas, McGrawHill e Penso —, uma das maiores editoras do País nas áreas de psiquiatria e psicologia, em prol da Biblioteca “Dr. Paul Janssen” do IPq. Essa parceria consiste na doação de uma verba para reforçar o apoio que o Ceip já vem dando à biblioteca, espe-cialmente para a contratação de recursos humanos. Além disso, a Artmed doou ao instituto cerca de 300 títulos, atualizados e em lín-gua portuguesa, enriquecendo com isso o acervo, que já conta comcerca de 6 mil publicações e é considerado o maior e mais comple-to (em psiquiatria e saúde mental) da América Latina.

A partir de agora, o Grupo A terá um espaço específico na biblioteca para expor suas obras, possibilitando aos usuários associados ao Ceip a oportunidade de adquirir títulos com des-contos de 20%. Dentro dessa parceria, a biblioteca receberá automaticamente a doação de todos os novos títulos da área de saúde mental que forem sendo publicados pelo Grupo A.

Responsável pela publicação em português de livros aca-dêmicos, técnicos e profissionais nas áreas de biociências, de ciências humanas e de ciências exatas, sociais e aplicadas, o Grupo A possui cerca de 1.800 títulos em catálogo. Con-

ta com conteúdo referendado pelos mais renomados autores brasileiros e internacionais, respeitando o mais alto padrão de qualidade editorial.

Reinaugurada em 2005, a Biblioteca do IPq atua como ins-trumento de desenvolvimento na área da saúde, fornecendo informações e apoio à comunidade científica e técnica vincu-lada ao IPq.

A parceria com o Grupo A vem reforçar os demais serviços que o Ceip e a Biblioteca do IPq oferecem a seus associados:

• Utilização dos computadores conectados à rede HC,com acesso a banco de dados, acervo, produção cien-tífica do instituto e sites de instituições nacionais e internacionais.

• Orientaçãosobrepesquisasembasesdedadosnacio-nais e internacionais.

• Localizaçãoerecuperaçãodedocumentos(livros,perió-dicos, teses, monografias e outros), enviando estes por e-mail, em PDF ou HTML*.

• Orientaçãoounormalizaçãodetesesetrabalhoscientíficos.• Empréstimosde livrosdoacervocomperíododiferen-

ciado, com dez dias úteis.• Sistema de alerta on-line — você recebe por e-mail

aviso sobre novas publicações. • Acessoàsrenovações,reservaseaoacervoeletrônico

direto de seu computador pessoal.• Solicitaçãodeenviodepesquisaspore-mail*.• Descontosde20%naaquisiçãodelivrosdoGrupoA.• AcessoàredeWi-Fi.• ElaboraçãoeatualizaçãodecurrículoLattes*.

*Serviços com taxas adicionais.

Além de profissionais e alunos do IPq-HC-FMUSP, podem usar os serviços da biblioteca outros profissionais externos, bastando para isso que se associem ao Ceip (informações: omrocha@hcnet.usp.br).

Estante da Artmed na biblioteca

Rua Anseriz, 27, Campo Belo – 04618-050 – São Paulo, SP. Fone: 11 3093-3300 • www.segmentofarma.com.br • segmentofarma@segmentofarma.com.br • Cód. da publicação: 11148.12.10

Apoio:

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