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IPVA RUBENS KINDLMANN

IPVA - legale.com.brSÚMULA 83/STJ. (...) 6. Ademais, o Superior Tribunal de Justiça tem entendido que, no arrendamento mercantil, a arrendante, como possuidora indireta do veículo

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  • IPVARUBENS KINDLMANN

  • - Surgiu com a EC 27/85 (emenda à CF de 1967)

    - Não está disciplinado no CTN pois a criação do tributo é posterior àelaboração do Código

    - Foi instituído em substituição à TRU – Taxa Rodoviária Única (tributofederal, cobrado anualmente no licenciamento dos veículos)

    - Por mais que o Art. 146, CF exija a figura da lei Complementar, ela nãoexiste e os Estados têm exercido a competência legislativa plena, naforma do Art. 24, §3º, CF + Art. 34, §3º ADCT

    IPVA

  • Previsão ConstitucionalArt. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

    ...

    III - propriedade de veículos automotores.

    ...

    § 6º O imposto previsto no inciso III:

    I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal;

    II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.

  • O IPVA tem por Fato Gerador a propriedade do veículo automotor de qualquerespécie.

    Propriedade = conceito do direito civil. A Lei tributária não pode alterar adefinição, o alcance e o conteúdo de institutos, conceitos e formas do direitoprivado (Art. 110, CTN + Art. 1228, CC)

    Veículo Automotor = todo veículo a motor de propulsão que circule por seuspróprios meios, e que serve normalmente para o transporte viário de pessoase coisas, ou para a tração viária de veículos utilizados para o transporte depessoas e coisas. O termo compreende os veículos conectados a uma linhaelétrica e que não circulam sobre trilhos (ônibus elétrico). – Anexo I, CTB

    Aspecto Material

  • Exemplo do estado de GO

  • LEI 11.651/1991 - GOArt. 93. As alíquotas do IPVA são:

    I - 1,25% (um inteiro e vinte e cinco centésimos por cento) para ônibus, microônibus, caminhão, veículosaéreos e aquáticos utilizados no transporte coletivo de passageiros e de carga, isolada ou conjuntamente;

    II - 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para motocicleta, ciclomotor, triciclo, quadriciclo,motoneta e automóvel de passeio com potência até 100 cv;

    III - 3,12% (três inteiros e doze centésimos por cento) para os utilitários não especificados no inciso IV;

    III - 3,45% (três inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento) para os veículos utilitários;

    IV - 3,75% (três inteiros e setenta e cinco centésimos por cento) para veículo terrestre de passeio, veículoaéreo, veículo aquático e demais veículos não especificados.

  • “A Aeronave não se confunde com o veículo automotor nem tampouco aela se estende o conceito de veículo automotor. (...) Não procede ainvocação do princípio de que onde a lei não distingue não é lícito aointérprete fazê-lo porque o conceito de veículo automotor não seestende à aeronave, que para caracterizar-se exige, essencialmente, aaptidão de sustentação no espaço, mediante reações aerodinâmicas. AAeronave não existe para trafegar no Estado ou no município, mas paravoar no espaço aéreo, que é da competência da União Federal. Quandoem terra, apenas faz manobra e em áreas aeroportuárias, que nãopertencem ao Estado nem ao Município, mas à União, por forçado art. 38do CBA” (Ricardo Alvarenga, o IPVA na Propriedade de Aeronaves, RDDT nº 29, fevereiro/98, p. 65/70)

    Sobre as aeronaves e embarcações

  • “IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (CF, art. 155, III; CF 69, art. 23, III e § 13, cf. EC27/85): campo de incidência que não inclui embarcações e aeronaves.” (STF, 1ª T., RE 255.111/SP, rel. Min.Marco Aurelio, Informativo 294 do STF, dez/02)

    “Concluído o julgamento de recurso extraordinário em que se discutia a incidência o IPVA sobre apropriedade de embarcações (v. Informativos 22 e 103). O Tribunal, por maioria, manteve acórdão doTribunal de Justiça do Estado do Amazonas que concedera mandado de segurança a fim de exonerar oimpetrante do pagamento do IPVA sobre embarcações. Considerou-se que as embarcações a motor nãoestão compreendidas na competência dos Estados e do Distrito Federal para instituir impostos sobre apropriedade de veículos automotores, pois essa norma só autoriza a incidência do tributo sobre os veículosde circulação terrestre. Vencido o Min. Marco Aurélio, relator, que dava provimento ao recurso para cassar oacórdão recorrido ao fundamento de que a Constituição, ao prever o imposto sobre a propriedade deveículos automotores, não limita sua incidência aos veículos terrestres, abrangendo, inclusive, aqueles denatureza hídrica ou aérea. RE 134.509-AM, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ acórdão Min. SepúlvedaPertence, 29.05.2002. (RE-134509) – Informativo nº 270, mai/02

    Sobre as aeronaves e embarcações

  • “Recurso Extraordinário. Tributário. 2. Não incide Imposto dePropriedade de Veículos Automotores (IPVA) sobre embarcações(Art. 155, III, CF/88 e Art. 23, III e § 13, CF/67 conforme EC 01/69 eEC 27/85). Precedentes. 3. Recurso extraordinário conhecido eprovido.(RE 379572/RJ - RIO DE JANEIRO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Min. GILMAR MENDES.Julgamento: 11/04/2007 Orgão Julgador: Tribunal Pleno).

    Sobre as aeronaves e embarcações

  • RE 379572

  • Retroescavadeira, Guindaste, rolo compressor, pá carregadeira,escavadeira, empilhadeira, colheitadeira, ceifadeira, plantadeira,tratores, etc.

    Não possuem em sua finalidade a locomoção ou transporte, massão equipamentos com mecanismo de auto locomoção comobjetivo de otimizar os resultados que motivaram sua criação

    Máquinas e Equipamentos

  • Veículos Novos: Em regra, na data da primeira aquisição. Até sair do pátio, éuma mercadoria como outra qualquer. Todavia, a legislação local é quemdetermina esse momento

    Veículos Usados: À legislação local compete definir o momento do fatogerador

    Aspecto Temporal

  • Aspecto Temporal – EM SP – Lei 13296/08Artigo 3º - Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto:I - no dia 1º de janeiro de cada ano, em se tratando de veículo usado;II - na data de sua primeira aquisição pelo consumidor, em se tratando de veículo novo;III - na data de seu desembaraço aduaneiro, em se tratando de veículo importado diretamente do exterior pelo consumidor;IV - na data da incorporação do veículo novo ao ativo permanente do fabricante, do revendedor ou do importador;V - na data em que deixar de ser preenchido requisito que tiver dado causa à imunidade, isenção ou dispensa de pagamento;VI - na data da arrematação, em se tratando de veículo novo adquirido em leilão;VII - na data em que estiver autorizada sua utilização, em se tratando de veículo não fabricado em série;VIII - na data de saída constante da Nota Fiscal de venda da carroceria, quando já acoplada ao chassi do veículo objeto de encarroçamento;IX - na data em que o proprietário ou o responsável pelo pagamento do imposto deveria ter fornecido os dados necessários à inscrição no Cadastro de Contribuintes do IPVA deste Estado, em se tratando de veículo procedente de outro Estado ou do Distrito Federal;X - relativamente a veículo de propriedade de empresa locadora:a) no dia 1º de janeiro de cada ano, em se tratando de veículo usado já inscrito no Cadastro de Contribuintes do IPVA deste Estado;b) na data em que vier a ser locado ou colocado à disposição para locação no território deste Estado, em se tratando de veículo usado registrado anteriormente em outro Estado;c) na data de sua aquisição para integrar a frota destinada à locação neste Estado, em se tratando de veículo novo.

  • Lançamento Tema Repetitivo 903, STJ

    Questão submetida a julgamento: Discussão: definição acerca do momento em que verificado o lançamento e a sua notificação quanto ao crédito tributário de IPVA, com o escopo de fixar o termo inicial do prazo prescricional para a cobrança do crédito respectivo.

    Tese Firmada: A notificação do contribuinte para o recolhimento do IPVA perfectibiliza a constituição definitiva do crédito tributário, iniciando-se o prazo prescricional para a execução fiscal no dia seguinte à data estipulada para o vencimento da exação.

  • “No IPVA, a conversão do direito de propriedade sobre o veículoautomotor em expressão monetária capaz de permitir a apuração docrédito tributária é feita considerando-se como base de cálculo ovalor venal do veículo, ou, como se lê nas legislações estaduais,‘valor médio de mercado’, ‘valor de mercado’, ou ‘preço corrente doveículo’. A multiplicidade de expressões não afasta a unidadeconceitual: calcula-se o imposto sobre o valores que se pode obternuma hipotética alienação do direito de propriedade do veículo”(Gladston Mamede. IPVA: imposto sobre a propriedade de veículos automotores. São Paulo: RT, 2002, p. 70e 71/72)

    Aspecto Quantitativo

  • “TRIBUTÁRIO. IPVA. BASE DE CÁLCULO. MAJORAÇÃO.

    - De acordo com o princípio da reserva legal, a majoração da base de cálculo doIPVA depende de lei.

    - Ilegítimo o aumento do valor venal do veículo, mediante resolução, emmontante superior aos índices de correção monetária

    (STJ, 2ª T., um., ROMS 3733/RO, rel. Min. Americo Luz, mar/95)

    Jurisprudência

  • JurisprudênciaTRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. IPVA. DECADÊNCIA. LANÇAMENTO DE OFÍCIO.REGULARIDADE. PRESCRIÇÃO. PARÂMETROS.1. O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é lançado de ofício no início de cadaexercício (art. 142 do CTN) e constituído definitivamente com a cientificação do contribuinte para orecolhimento da exação, a qual pode ser realizada por qualquer meio idôneo, como o envio de carnê oua publicação de calendário de pagamento, com instruções para a sua efetivação.2. Reconhecida a regular constituição do crédito tributário, não há mais que falar em prazo decadencial,mas sim em prescricional, cuja contagem deve se iniciar no dia seguinte à data do vencimento para opagamento da exação, porquanto antes desse momento o crédito não é exigível do contribuinte.3. Para o fim preconizado no art. 1.039 do CPC/2015, firma-se a seguinte tese: "A notificação docontribuinte para o recolhimento do IPVA perfectibiliza a constituição definitiva do crédito tributário,iniciando-se o prazo prescricional para a execução fiscal no dia seguinte à data estipulada para ovencimento da exação."4. Recurso especial parcialmente provido. Julgamento proferido pelo rito dos recursos repetitivos (art.1.039 do CPC/2015). (REsp 1320825 / RJ. - Rel. Ministro GURGEL DE FARIA. DJe 17/08/2016)

  • “TRIBUTÁRIO. IPVA. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. VENCIMENTO DO TRIBUTO.PRECEDENTES. TESE RECURSAL DIVERGENTE DO ENTENDIMENTOJURISPRUDENCIAL. DECADÊNCIA. ART. 173, I, DO CTN. REVERSÃO DO JULGADO.SÚMULA 7/STJ. ARRENDAMENTO MERCANTIL. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIADO ARRENDANTE. LEI LOCAL. SÚMULA 280/STF. CONGRUÊNCIA COMJURISPRUDÊNCIA DO STJ. SÚMULA 83/STJ.

    (...)

    6. Ademais, o Superior Tribunal de Justiça tem entendido que, no arrendamentomercantil, a arrendante, como possuidora indireta do veículo arrendado, éresponsável solidária pelo pagamento do IPVA. Agravo regimental improvido.(STJ, EDcl no REsp 1344288 / MG, 2012/0194587-5, 2, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, 2ª T., Dje18/12/2015)

    IPVA nos contratos de Leasing

  • IPVA nos contratos de LeasingTRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. IPVA. LEGITIMIDADE PASSIVA. ARRENDAMENTO. RESPONSABILIDADESOLIDÁRIA. NOTIFICAÇÃO DOCONTRIBUINTE. DECRETO DISTRITAL N. 16.099/1994. ANÁLISE. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280/STF. CERTIDÃO DEDÍVIDA ATIVA.REQUISITOS. SÚMULA 7/STJ.1. "O Superior Tribunal de Justiça tem entendido que, no arrendamento mercantil, a arrendante, como possuidoraindireta do veículo arrendado, é responsável solidária pelo pagamento do IPVA“ (AgRg no REsp 1.566.018/MG, Rel.Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 1º/12/2015).2. Tal entendimento se aplica até mesmo nos casos em que não há a comunicação da finalização do contrato perante oórgão encarregado do registro do veículo. Precedentes.3. No que se refere à necessidade de notificação do contribuinte para a formação do título executivo extrajudicial, caberegistrar que o recurso especial não merece prosperar, tendo em vista a incidência da Súmula 280/STF. Isso porque anorma estadual estabelece que o contribuinte do IPVA é o arrendatário, no caso de veículo objeto de contrato dearrendamento mercantil.4. Quanto à higidez e à formação da CDA, cumpre destacar que o recurso especial não merece conhecimento, pois aaferição do preenchimento, ou não, dos requisitos da CDA demanda análise do suporte fático-probatório dos autos,providência vedada nesta seara recursal devido ao óbice da Súmula 7/STJ.5.Recurso especial conhecido em parte e, nessa extensão, não provido. (REsp 1655504 / DF. Min. Rel. Og Fernandes – 2ª T.DJe26.02.2018)

  • IPVA nos contratos de LeasingAPELAÇÃO. DIREITO TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES. IPVA.ARRENDAMENTO MERCANTIL. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. CONTRIBUINTE. PROPRIETÁRIO. CREDOR FIDUCIÁRIO.ARRENDADOR. POSSIBILIDADE.(...)3. A Constituição Federal atribui aos Estados e ao Distrito Federal a competência para instituir o IPVA.4. O Distrito Federal pode, na falta de norma geral de competência da União (lei complementar), definir ocontribuinte do IPVA, exercendo a competência legislativa plena para atender as suas peculiaridades, conformepermite a Constituição Federal.5. O fato gerador do IPVA é a propriedade, o domínio útil ou a posse legítima do veículo automotor. Ocontribuinte e o responsável pelo pagamento, conforme art. 1º, §§ 7º e 8º, da Lei Distrital n. 7.431/1985, são osproprietários de veículo automotor e o titular do domínio ou o possuidor a qualquer título.6. O credor fiduciário e o arrendador mercantil, na qualidade de proprietários do bem, têm relação direta com ofato gerador, portanto a escolha feita pela Lei Distrital n. 7.431/1985 ocorreu dentro da esfera de competênciaatribuída pela Constituição Federal e pelo Código Tributário Nacional.7. Apelação desprovida.(TJDF - APELAÇÃO CÍVEL 0707277-79.2018.8.07.0016 – Relator: Des. HECTOR VALVERDE SANTANA – Data do Julg. 18/03/2020)

  • Critérios de Responsabilidade em SPArtigo 6º - Lei 13296/08 - São responsáveis pelo pagamento do imposto e acréscimos legais:I - o adquirente, em relação ao veículo adquirido sem o pagamento do imposto e acréscimos legais do exercício ou exercícios anteriores;II - o proprietário de veículo automotor que o alienar e não fornecer os dados necessários à alteração no Cadastro de Contribuintes do IPVA no prazo de 30 (trinta) dias, em relação aos fatos geradores ocorridos entre o momento da alienação e o do conhecimento desta pela autoridade responsável;III - o leiloeiro, em relação ao veículo adquirido ou arrematado em leilão e entregue sem comprovação do pagamento do IPVA e acréscimos legais pendentes sobre o mesmo, correspondente ao exercício ou exercícios anteriores;IV - o inventariante, pelos débitos devidos pelo espólio;V - o tutor ou o curador, pelos débitos de seu tutelado ou curatelado;VI - a pessoa jurídica que resultar da fusão, incorporação ou cisão de outra ou em outra pessoa jurídica;VII - o agente público que autorizar ou efetuar o registro, licenciamento ou a transferência de propriedade de veículo automotor neste Estado, sem a comprovação do pagamento ou do reconhecimento da imunidade, da concessão da isenção ou dispensa do pagamento do imposto;

  • Critérios de Responsabilidade em SPVIII - a pessoa jurídica de direito privado, bem como o sócio, diretor, gerente ou administrador, que tomar em locação veículo para uso neste Estado, em relação aos fatos geradores ocorridos nos exercícios em que o veículo estiver sob locação;IX - o agente público responsável pela contratação de locação de veículo, para uso neste Estado por pessoa jurídica de direito público, em relação aos fatos geradores ocorridos nos exercícios em que o veículo estiver sob locação;X - o sócio, diretor, gerente, administrador ou responsável pela empresa locadora, em relação aos veículos locados ou colocados à disposição para locação neste Estado;XI - o titular do domínio ou o possuidor a qualquer título;XII - todo aquele que efetivamente concorrer para a sonegação do imposto.§ 1º - No caso de veículo abrangido pela imunidade, isenção ou dispensa do pagamento do imposto, o agente público ou o leiloeiro deverá exigir a respectiva comprovação. § 2º - A responsabilidade prevista nos incisos I, II, III, VII, VIII, IX, X, XI e XII deste artigo é solidária e não comporta benefício de ordem.§ 3º - Para eximir-se da responsabilidade prevista nos incisos VIII e IX deste artigo, a pessoa jurídica ou o agente público deverá exigir comprovação de regular inscrição da empresa locadora no Cadastro de Contribuintes do IPVA, bem como do pagamento do imposto devido a este Estado, relativamente aos veículos objetos da locação.

  • Súmula 585, STJA responsabilidade solidária do ex-proprietário, prevista no art. 134 do Código de Trânsito Brasileiro - CTB, não abrange o IPVA incidente sobre o veículo automotor, no que se refere ao período posterior à sua alienação.

    Art. 134, CTB – “No caso de transferência de propriedade, o proprietário antigo deveráencaminhar ao órgão executivo de trânsito do Estado dentro de um prazo de trinta dias, cópiaautenticada do comprovante de transferência de propriedade, devidamente assinado e datado,sob pena de ter que se responsabilizar solidariamente pelas penalidades impostas e suasreincidências até a data da comunicação.”

  • JurisprudênciaADMINISTRATIVO. TRIBUTÁRIO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO. ART. 535, II, DO CPC. INEXISTÊNCIA.TRANSFERÊNCIA DO VEÍCULO NO DETRAN. SOLIDARIEDADE NO PAGAMENTO DAS PENALIDADESIMPOSTAS. FALTA DE RESPONSABILIDADE NO PAGAMENTO DOS DÉBITOS TRIBUTÁRIOS. IPVA.1. (...)2. A jurisprudência do STJ é no sentido de que, embora o dispositivo atribua ao antigo proprietário aresponsabilidade de comunicar ao órgão executivo de trânsito a transferência do veículo, sob pena deter que arcar solidariamente com as penalidades impostas, a referida disposição legal somente incidenas infrações de trânsito, não se aplicando a débitos tributários relativos ao não pagamento de IPVA,por não se relacionam com a violação às regras de trânsito. AgRg no REsp 1525642/SP, Rel. MinistroMauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 1º/6/2015, AgRg no AREsp 534.268/SC, Rel. MinistroSérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 24/4/2015 e AgRg no AREsp 296.318/SC, Rel. Ministra Eliana Calmon,Segunda Turma, DJe 9/10/2013.3. Recurso Especial provido (STJ - REsp 1540072/SP. DJE DATA:11/11/2015 – Rel. Min Herman Benjamin)

  • Alíquotas MínimasAs alíquotas mínimas serão fixadas pelo Senado (o que ainda não aconteceu) – EC 42/03 –Projeto de Resolução nº 15/17. Sen. Telmário Mota (PTB/RR)

  • Alíquotas MínimasJUSTIFICAÇÃO (...)Até o presente momento, o Senado não regulou o dispositivo constitucional. Pretendemos, com este projetode resolução, conferir aplicabilidade à Constituição ao dispor sobre as alíquotas mínimas do IPVA.Aproveitamos a oportunidade para cristalizar novo entendimento quanto ao mencionado imposto. Emboraos recursos arrecadados com o IPVA não tenham destinação vinculada a determinadas despesas, salvo asexceções constitucionalmente previstas, é importante que a imposição tributária leve em consideração o tipodos veículos conforme o peso de cada um para a fixação das alíquotas da exação. É evidente que o desgastedas vias públicas e das rodovias do País deve-se em maior proporção aos veículos mais pesados. Nada maisjusto, portanto, que os contribuintes proprietários desses veículos sejam gravados mais intensamente com oIPVA. Nessa linha, a fixação de alíquotas mínimas no patamar de 3% para ônibus, caminhões e furgões; 2%para automóveis leves de transporte de pessoas, utilitários e caminhonetes; e 1% para motocicletas,motonetas, quadriciclos, triciclos e demais veículos não especificados busca direcionar a legislação dosEstados à observância do critério do tipo dos veículos conforme o peso de cada um no momento da graduaçãoda imposição tributária. (...) A aprovação deste projeto de resolução realizará justiça tributária àqueles quemenos contribuem para a geração das despesas necessárias à manutenção de vias públicas e de rodovias noBrasil. Convicto da importância da presente iniciativa, esperamos contar com o apoio dos ilustres pares

  • Exemplos

    Acre: veículos de passeio – 2%, demais veículos 1%

    Amazonas: Veículos até 1000 cilindradas – 2%. Acima, 3%

    Bahia: 3% para automóveis e utilitários movidos a óleo diesel;

    2,5% para os automóveis e utilitários movidos a outros tipos de combustíveis;

    1% para ônibus, microônibus, caminhões, máquinas de terraplanagem, tratores,motos, motonetas, motocicletas e triciclos estrangeiros e nacionais;

    1,5% para embarcações e aeronaves.

    Exemplos de Alíquotas

  • Ceará:

    2,5% para carros de até 100 cv

    3% para carros com potencia entre 101cv e 180 cv

    3,5% para carros com potencia acima de 180 cv

    1% motocicletas até 125cc sem infração de trânsito

    2% motocicletas até 125 cc com infração de trânsito

    3% motocicletas até 300cc

    3,5% motocicletas acima de 300cc

    Exemplos de Alíquotas

  • DF:

    1% para veículos de carga com lotação acima de 2.000 kg, caminhões-tratores,microônibus, ônibus e tratores de esteira, de rodas ou mistos

    2,5% para ciclomotores, motocicletas, motonetas, quadriciclos e triciclos

    3,5% para automóveis, caminhonetes, caminhonetas, utilitários e demaisveículos não incluídos nos casos

    Espírito Santo:

    1% ônibus, micro-ônibus, caminhões, motocicletas e ciclomotores

    2% para carros de passeio e caminhonetes e embarcações

    Exemplos de Alíquotas

  • Mato Grosso:

    - 1,0% ônibus, microônibus, caminhão, veículos aéreos e aquáticos utilizados no transportecoletivo de passageiros e de carga, motocicleta, ciclomotor, triciclo, quadriciclo, motoneta compotência de até 180 cc;

    - 2% para automóveis de passeio com potência até 1.000 cilindradas

    - 2,5% para motocicletas com potência acima de 180 e até 300 cilindradas e veículos utilitários

    - 3,0% para motocicletas com potência acima de 300 e até 600 cilindradas e jipes, picapes ecamionetas com cabine fechada ou cabine dupla, veículo aquático, aéreo e demais veículos

    - 4% para veículos de competição

    Exemplos de Alíquotas

  • Exemplos de AlíquotasMinas Gerais4,0% Automóveis, veículos de uso misto e utilitários, caminhonetes cabine estendida e dupla.3,0% Caminhonetes de carga (pick-ups) e furgão.2,0% Automóveis, veículos de uso misto e utilitários com autorização para transporte público (ex: táxi,escolar) comprovada mediante registro no órgão de trânsito na categoria aluguel.2,0% Motocicletas e similares.1,0% Veículos de locadoras (pessoa jurídica).1,0% Ônibus, micro ônibus, caminhão, caminhão trator.

  • AlíquotasSão Paulo: 4% para os veículos movidos a gasolina e os bicombustíveis3% para os veículos que utilizam exclusivamente álcool, eletricidade ou gás, ainda quecombinados entre si2% para os utilitários (cabine simples), ônibus, micro-ônibus, motocicletas, motonetas,quadriciclos e similares

    1,5% para os caminhões.

    Santa Catarina: 2% para os veículos terrestres, de passeios e utilitários, e motor-homes1% para veículos terrestres, de duas ou três rodas e os de transporte de carga ou passageiros eos destinados à locação

    Exemplos de Alíquotas

  • Isenções – EM SPArtigo 13 - É isenta do IPVA a propriedade:I - de máquinas utilizadas essencialmente para fins agrícolas;II - de veículo ferroviário;III - de um único veículo, de propriedade de pessoa com deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autista; (NR)IV - de um único veículo utilizado no transporte público de passageiros na categoria aluguel (táxi), de propriedade de motorista profissional autônomo, por ele utilizado em sua atividade profissional;V - de veículo de propriedade de Embaixada, Representação Consular, de Embaixador e de Representante Consular, bem como de funcionário de carreira diplomática ou de serviço consular, quando façam jus a tratamento diplomático, e desde que o respectivo país de origem conceda reciprocidade de tratamento;VI - de ônibus ou microônibus empregados exclusivamente no transporte público de passageiros, urbano ou metropolitano, devidamente autorizados pelos órgãos competentes;VII - de máquina de terraplanagem, empilhadeira, guindaste e demais máquinas utilizadas na construção civil ou por estabelecimentos industriais ou comerciais, para monte e desmonte de cargas;VIII - de veículo com mais de 20 (vinte) anos de fabricação.

  • Isenção no caso de Furto – EM SPArtigo 14 - Fica dispensado o pagamento do imposto, a partir do mês da ocorrência do evento, na hipótese de privação dos direitos de propriedade do veículo por furto ou roubo, quando ocorrido no território do Estado de São Paulo, na seguinte conformidade:I - o imposto pago será restituído proporcionalmente ao período, incluído o mês da ocorrência em que ficar comprovada a privação da propriedade do veículo;II - a restituição ou compensação será efetuada a partir do exercício subseqüente ao da ocorrência.§ 1º - A dispensa prevista neste artigo não desonera o contribuinte do pagamento do imposto incidente sobre fato gerador ocorrido anteriormente ao evento, ainda que no mesmo exercício.§ 2º - O Poder Executivo poderá dispensar o pagamento do imposto incidente a partir do exercício seguinte ao da data da ocorrência do evento nas hipóteses de perda total do veículo por furto ou roubo ocorridos fora do território paulista, por sinistro ou por outros motivos, previstos em regulamento, que descaracterizem o domínio ou a posse.§ 3º - Os procedimentos concernentes à dispensa, à restituição e à compensação serão disciplinados por ato do Poder Executivo.

  • Isenções – Ex. PR- veículos de propriedade de Missões Diplomáticas, Repartições Consulares e Representações de OrganismosInternacionais, de caráter permanente, e de propriedade dos respectivos funcionários estrangeiros indicados peloMinistério de Relações Exteriores;

    - táxi;

    - ônibus, exclusivamente empregados em linha de transporte urbano, suburbano ou metropolitano de pessoas,cedida por concessão ou permissão pública;

    - transporte escolar;

    - com mais de 20 anos de fabricação;

    - para motocicletas até 125 cilindradas e com mais de 10 anos de fabricação;

    - colheitadeiras e tratores destinados a puxar ou arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a executar trabalhosagrícolas ou de construção, de pavimentação ou guindastes registrados no Sistema do Registro Nacional deVeículos Automotores - RENAVAM, facultados a transitar em via pública.

    - Pessoas portadoras de deficiência física, visual, mental severa ou profunda, autistas ou com Síndrome de Down.

  • Contribuinte do Imposto – Ex. SPArtigo 4º, Lei 13296/08 - O imposto será devido no local do domicílio ou da residência do proprietário do veículoneste Estado.§ 1º - Para os efeitos desta lei, considerar-se-á domicílio:1 - se o proprietário for pessoa natural:a) a sua residência habitual;b) se a residência habitual for incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade onde o veículo estejasendo utilizado;2 - se o proprietário for pessoa jurídica de direito privado:a) o estabelecimento situado no território deste Estado, quanto aos veículos automotores que a ele estejamvinculados na data da ocorrência do fato gerador;b) o estabelecimento onde o veículo estiver disponível para entrega ao locatário na data da ocorrência do fatogerador, na hipótese de contrato de locação avulsa;c) o local do domicílio do locatário ao qual estiver vinculado o veículo na data da ocorrência do fato gerador, nahipótese de locação de veículo para integrar sua frota;3 - qualquer de suas repartições no território deste Estado, se o proprietário ou locatário for pessoa jurídica dedireito público.

  • Contribuinte do Imposto – Ex. SP§ 2º - No caso de pessoa natural com múltiplas residências, presume-se como domicílio tributário para fins depagamento do IPVA:1 - o local onde, cumulativamente, possua residência e exerça profissão;2 - caso possua residência e exerça profissão em mais de um local, o endereço constante da Declaração deImposto de Renda.§ 3º - Na impossibilidade de se precisar o domicílio tributário da pessoa natural nos termos dos §§ 1º e 2º desteartigo, a autoridade administrativa poderá fixá-lo tomando por base o endereço que vier a ser apurado emórgãos públicos, nos cadastros de domicílio eleitoral e nos cadastros de empresa seguradora e concessionária deserviço público, dentre outros.§ 4º - No caso de pessoas jurídicas de direito privado, não sendo possível determinar a vinculação do veículo nadata da ocorrência do fato gerador, nos termos do item 2 do § 1º deste artigo, presume-se como domicílio olocal do estabelecimento onde haja indícios de utilização do veículo com predominância sobre os demaisestabelecimentos da mesma pessoa jurídica.§ 5º - Presume-se domiciliado no Estado de São Paulo o proprietário cujo veículo estiver registrado no órgãocompetente deste Estado....

  • Local de PagamentoLei 14.937/2003 de Minas Gerais

    Art. 1º O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA - incide, anualmente, sobre a propriedade de veículo automotor de qualquer espécie, sujeito a registro, matrícula ou licenciamento no Estado.Parágrafo único. O IPVA incide também sobre a propriedade de veículo automotor dispensado de registro, matrícula ou licenciamento no órgão próprio, desde que seu proprietário seja domiciliado no Estado.

  • Local de Pagamento do IPVATema de Repercussão Geral

    708 - Possibilidade de recolhimento do Imposto sobre a Propriedade de VeículosAutomotores (IPVA) em estado diverso daquele em que o contribuinte mantém sua sedeou domicílio tributário.

    Segundo voto vencedor do Min. Alexandre de Moraes o IPVA deve ser pago no local dodomicílio do proprietário do veículo e onde o bem também deve ser licenciado e registrado.Votaram com o Min. Alexandre de Moraes os Min. Rosa Weber, Cármen Lúcia, Luiz Fux, DiasToffoli e Gilmar Mendes – Reconheceram a constitucionalidade do Art. 1º da Lei14.937/2003 (MG)

    Foram vencidos os ministros Marco Aurélio (relator do processo), Edson Fachin, RicardoLewandowski, Celso de Mello e Luís Roberto Barroso, que entenderam pelo local de registro(opção do contribuinte que elege seu domicílio fiscal)

  • Redução da penalidade – Lei PaulistaDOS ACRÉSCIMOS MORATÓRIOS E DOS JUROSArtigo 27 - O imposto não recolhido no prazo determinado nesta lei estará sujeito aacréscimos moratórios correspondentes a 0,33% (trinta e três centésimos por cento)por dia de atraso, até o limite de 20% (vinte por cento), calculados sobre o valor doimposto.

    Parágrafo único - Após a inscrição em dívida ativa, os acréscimos moratórioscorresponderão a 40% (quarenta por cento) do valor do imposto. (Redação dada aoparágrafo pela Lei 16.498, de 18-07-2017; DOE 19-07-2017; Efeitos a partir de sua regulamentação)

    Redação anterior: Parágrafo único - Após a inscrição em dívida ativa, os acréscimosmoratórios corresponderão a 1 (uma) vez o valor do imposto.

  • Contatos

    Professor Rubens Kindlmann

    @kindlmann

    [email protected]