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Revista mensal sobre a atividade do Clube Naval da Horta
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Realizou-se este sábado, dia 29 de Novembro, na Pisci-
na Municipal, o “1º Natal em Apneia do Clube Naval da
Horta”, uma iniciativa da Secção de Apneia do CNH, que
tem como Responsáveis Paulo Nóbrega e Simone Mar-
tins.
Esta prova contou com a participação de 2 apneístas
internacionais (William Winram e Fred Buyle) e os re-
sultados foram excelentes, como descrevem Paulo e
Simone:
“No passado dia 29 de novembro realizou-se uma com-
petição de apneia indoor, na Piscina Municipal da Horta –
o “1° Natal em Apneia”. O que inicialmente foi pensado
apenas como um treino mais sério do grupo de apneístas
que habitualmente treina na piscina, acabou por ser uma
prova com marcas de grande nível. Houve 15 atletas que
participaram, sendo alguns iniciantes neste desporto. De
referir ainda a participação de 2 crianças na prova.
Tivemos também a presença de 2 apneístas campeões
mundiais: Frederic Buyle e William Winram, que por um
feliz acaso se encontravam na ilha neste dia e que se
mostraram desde logo bastante interessados em partici-
par. (...)"
CONCE SSÃO DO BA R DO CNH
Contrato de Concessão do Salão Bar
do Clube Naval da Horta foi assinado
esta quinta-feira, dia 06 de novembro
O empresário João Martinho atraves-
sou o canal Pico/Faial e comprometeu-
se a dar uma nova imagem ao Salão
Bar do Clube Naval da Horta.
NOVO MONITO R DA ES CO LA
DE V EL A
Novo Monitor da Escola de Vela do
Clube Naval da Horta defende “mais
quantidade com qualidade”.
Licenciou-se em Arquitectura
(possuindo uma Pós-Graduação em
Avaliação Imobiliária) e exerceu a
profissão, mas a sua paixão sempre foi
a Vela,
21º ANIVERSÁRIO APADIF
A APADIF nasceu há 21 anos e ac-
tualmente conta com 4 valências:
Centro de Dia para Idosos, na Con-
ceição; ATL para crianças na Escola
da Volta, nos Flamengos; Centro de
Desenvolvimento e Inclusão Juvenil
(CDIJ) e Moviment’arte, apoiando
cerca de 200 utentes, graças ao tra-
balho de 27 funcionários.
RUI S ILVEIRA - ESTÁGIO
EM LAS PALMAS
Rui Silveira realiza 2ª parte do Estágio
em las Palmas, nas Canárias
De 04 a 08 de Dezembro o atleta
faialense participa na Semana Olímpi-
ca Canaria,
“1º Natal em Apneia do Clube Naval da Horta”
Nº8 — Novembro de 2014
William Winram, que por um feliz acaso se encontravam na ilha
neste dia e que se mostraram desde logo bastante interessados em
participar.
Em prova houve duas disciplinas: estática, medida pelo tempo em
apneia, e dinâmica com barbatanas em que interessa a distância
percorrida em apneia.
Na apneia estática o melhor resultado foi de 6min 1seg consegui-
dos pelo atleta Fred Buyle, em segundo ficou o atleta Décio Leal
com 5min 15seg e em terceiro André Azevedo com 5min 6seg,
ambos atletas faialenses, havendo ainda muitas marcas acima dos
4min.
Na apneia dinâmica com barbatanas destacam-se as provas do
canadiano William Winram que conseguiu percorrer 150metros
debaixo de água, de Paulo Nóbrega com 117 e de Fred Buyle com
116. De realçar ainda que houve 6 atletas com marcas acima dos
100 metros.
Quanto à classificação geral (soma da pontuação das duas pro-
vas) em primeiro lugar ficou William Winram, em segundo Fred
Buyle e em terceiro André Azevedo.
Na categoria das crianças em primeiro lugar ficou Miguel Nóbre-
ga com um tempo de 1min 26segundos e com 39 metros na dinâ-
mica, e em segundo ficou Ana Rebikoff com 1min 10seg na prova
de estática e 25 metros na dinâmica.
A competição teve como Juiz Internacional Michèle Monico, (Juíz
da Associação Internacional para o Desenvolvimento da Apneia:
AIDA), esposa de William Winram.
A finalizar houve um convívio, no “Vítor dos Leitões”, no final do
qual foram entregues os prémios, patrocinados pelo Clube Naval
da Horta, a quem agradecemos a colaboração”.
Apneia Estática
William Winram, Fred Buyle e André Azevedo no pódio do“1º Natal em Apneia do Clube Naval da Horta”
A prova decorreu na Piscina Municipal e contou com 15 ap-neístas, supervisionados pela Juiz Internacional, Michèle Monico.
Realizou-se este sábado, dia 29 de Novembro, na Piscina Mu-
nicipal, o “1º Natal em Apneia do Clube Naval da Horta”,
uma iniciativa da Secção de Apneia do CNH, que tem como
Responsáveis Paulo Nóbrega e Simone Martins.
Esta prova contou com a participação de 2 apneístas interna-
cionais (William Winram e Fred Buyle) e os resultados foram
excelentes, como descrevem Paulo e Simone:
“No passado dia 29 de novembro realizou-se uma competi-
ção de apneia indoor, na Piscina Municipal da Horta – o “1°
Natal em Apneia”. O que inicialmente foi pensado apenas
como um treino mais sério do grupo de apneístas que habitu-
almente treina na piscina, acabou por ser uma prova com
marcas de grande nível. Houve 15 atletas que participaram,
sendo alguns iniciantes neste desporto. De referir ainda a
participação de 2 crianças na prova. Tivemos também a pre-
sença de 2 apneístas campeões mundiais: Frederic Buyle e
William Winram, do Canadá, detentor de vários recordes mundiais
Simone Martins e William Winram, 1º classificado
Fotografias cedidas por: Simone Martins
CL ASS IF ICA ÇÃO G ERAL - FE M I -
N INO :
1ª Ana Rebikoff
CL ASS IF ICA ÇÃO GE RAL - M AS -
CUL INO :
1º William Winram
2º Fred Buyle
3º André Azevedo
4º Paulo Nóbrega
5º Rui Campos
6º Tiago Castro
7º Décio Leal
8º Gjalt Van der Zee
9º Franz Hutschenreuter
10º Nuno Fraião
11º Daniel Rafael
12º Lorenz Kremer
13º Valdo Pereira
14º Miguel Nóbrega
A CLA SS IF ICA ÇÃO PO D E S ER
CONSUL TA DA NO S SEG UINTE S
L INKS :
Classificação Geral:
http://freedivecentral.com/a-general.php?
num_competicao=157
Classificação por Disciplina:
http://freedivecentral.com/a-results.php?
num_competicao=157
Licenciou-se em Arquitectura
(possuindo uma Pós-Graduação
em Avaliação Imobiliária) e exer-
ceu a profissão, mas a sua paixão
sempre foi a Vela, desporto que
começou a praticar aos 6 anos de
idade na Associação Naval de Lis-
boa. O desemprego provocado
pela crise em que se encontra
mergulhado o país, fez com que
tenha vindo parar aos Açores on-
de, curiosamente, está a fazer do
seu gosto pelo mar e pela Vela a
sua nova vida profissional. Trata-
se de José Miguel Barros, o novo
Monitor da Escola de Vela do
Clube Naval da Horta (CNH),
que se sente “muito feliz” por fa-
zer agora o que mais gosta: estar
ligado ao mar, aos barcos e ensi-
nar! Motivar os velejadores e dar
-lhes as bases para que possam
evoluir e atingir um nível qualita-
tivo superior, são objectivos do
novo reforço do CNH, que já se
inscreveu num Curso de Treina-
dor porque, garante, não tem ou-
tro objectivo que não seja este.
O Gabinete de Imprensa do Clu-
be Naval da Horta esteve à con-
versa com José Miguel Barros
com o intuito de conhecê-lo e per-
ceber as suas motivações.
Gabinete de Imprensa do Clube Naval
da Horta: Como surgiu a oportunidade
de ser Monitor de Vela do CNH?
José Miguel Barros: Sou natural de Lis-
boa onde vivia e trabalhava como arquitec-
to, mas o desemprego atingiu-me, assim
como à minha mulher, que é natural de São
Jorge. Neste novo cenário, e com uma filha
de 2 anos, decidimos vir para os Açores
(São Jorge) em Maio deste ano. Respondi a
um anúncio para o Clube Naval de Santa
Maria, onde trabalhei durante 2 meses e
posteriormente respondi a outro para a
Empresa Sailazores (aluguer de veleiros e
barcos nos Açores) tendo sido chamado
para a Horta, onde estão os 4 veleiros de
aluguer desta empresa, que no próximo
ano aumentará a sua frota para 6, e onde
tenho todo o gosto em trabalhar e poder
ajudar a crescer junto com ela. Uma vez no
Faial, foi através do Duarte Araújo
(Treinador de Vela Ligeira no CNH) que
conheço desde os 8/9 anos, que fiquei a
saber que o Clube Naval da Horta estava a
precisar de um Monitor para dar apoio ao
Treinador de Vela Ligeira.
Gabinete de Imprensa do CNH: Como
conheceu o Duarte Araújo?
José Miguel Barros: Embora eu seja de
Lisboa e o Duarte do Porto, o facto de fa-
zermos regatas a nível nacional fez com
que nos tenhamos conhecido desde os Op-
timist, eram ambos umas crianças.
José Miguel Barros: “É óptimo estar
nos Açores e já não penso voltar pa-
ra Lisboa”
Gabinete de Imprensa do CNH: A Vela
acompanhou-o sempre ao longo da sua
vida?
José Miguel Barros: A Vela é um hobbie
de fim-de-semana, que pratico desde os 6
anos de idade, na Associação Naval de
Lisboa. É aquilo de que eu mais gosto. Se
pudesse dedicava-me só à Vela, pois gosto
muito de barcos, regatas (participei há 2
anos na Atlantis Cup) de dar aulas e de
ensinar. Depois, comecei a fazer competi-
ção. Passei dos Optimist para os 420. En-
tretanto, ainda fiz Laser e depois realizei
algumas regatas de Cruzeiro e Snipe. Des-
de os 18 anos que dou aulas de Vela, mas
em Lisboa jamais iria trabalhar nesta área,
pois o mercado está saturado. Nunca pen-
sei vir para os Açores e haver tantas opor-
Novo Monitor da Escola de Vela do Clube Naval da Horta defende “mais quantidade com qualidade”
tunidades de trabalho no meu hobbie, na-
quilo de que gosto e poder ver o mar e
estar nos barcos todos os dias, o que é ex-
celente. Não tenho outro objectivo que não
seja este. Foi um bom recomeço.
É óptimo estar nos Açores e não sinto falta
de muitas das coisas que tinha em Lisboa.
A maior parte dos meus amigos, ligada à
área da construção, foi trabalhar para o
estrangeiro, porque em Portugal a situação
não está famosa.
Gabinete de Imprensa do CNH: Vai ser
fácil conjugar a actividade na Sailazores
e no CNH?
José Miguel Barros: No Verão poderá ser
um pouco mais complicado, porque os
charters entram e saem ao fim-de-semana,
mas no Inverno como faço a parte de ma-
nutenção dos barcos que não operam nesta
altura do ano, fico com mais tempo livre
ao fim-de-semana.
Gabinete de Imprensa do CNH: Como
está a decorrer o trabalho no Clube Na-
val da Horta?
José Miguel Barros: Estou como Monitor
no CNH há pouco mais de um mês, dando
apoio ao Treinador Duarte Araújo nas
Classes 420 e Laser de Vela Ligeira. Acho
óptimo e gosto muito de ensinar e de aju-
dar os alunos a evoluir.
Quero que os meus alunos saibam o que
estão a fazer e o que devem fazer numa
regata (competição). Vão ser realizadas
regatas a nível regional e se existir um
esforço grande e eles souberem o que fize-
ram de correcto e de errado numa regata, já
é excelente.
Em Lisboa sempre tive dificuldade em
viver junto ao mar. Para fazer Vela, tinha
de apanhar o autocarro e demorava cerca
de 30 minutos para chegar ao Clube de
Vela, em Belém, e agora tenho este privilé-
gio, que nunca pensei vir a ser uma reali-
dade. Fico no CNH por tempo indetermi-
nado, pois já não tenho intenção de voltar
para Lisboa.
Gabinete de Imprensa do CNH: Para
ser Treinador falta-lhe a formação espe-
cífica.
José Miguel Barros: Sim, e para isso já
me inscrevi no Curso de Treinador. Quan-
do fui treinador em Lisboa e no Porto
(onde vivi 2 anos) dava aulas ao fim-de-
semana e na altura não era exigida esta
formação específica como agora. Estou a
pensar avançar para isso logo que possível,
porque tenho todo o interesse em aprender
e ver em que é que posso melhorar. Consi-
dero que é uma mais-valia para mim e para
o Clube.
Gabinete de Imprensa do CNH: O que
acha do facto de haver pouca competi-
ção nos Açores?
José Miguel Barros: É uma realidade
muito diferente do que se passa no resto do
país. Sempre que há uma regata noutra ilha
ou a nível nacional, sair do Faial é como
fazer regatas na Austrália (como forma de
expressão), porque o material tem de ir em
contentores para outra ilha. Em Portugal
continental, basta pôr os barcos no atrelado
e vamos embora para qualquer lado.
É pena que assim seja, porque os Açores
têm condições excelentes para a prática da
Vela. Muita da experiência das regatas
requer mais participantes, pois é assim que
os velejadores atingem um nível com mai-
or qualidade. Quanto maior for o número
de participantes, mais competição e quali-
dade existe.
“Já percebi que nos Açores não se
paga para praticar qualquer tipo de
desporto, o que faz com que os miú-
dos estejam envolvidos em muitos e
talvez não se aperfeiçoem em ne-
nhum”
Gabinete de Imprensa do CNH: Quando
diz que os Açores têm condições excelen-
tes para a Vela está a referir-se à natu-
reza?
José Miguel Barros: E não só. Eu para
fazer Vela em Lisboa, além de ter de per-
correr uma grande distância de autocarro,
havia ainda a questão financeira, pois os
meus pais tinham de pagar uma mensalida-
de. E eu só ia porque tinha essa iniciativa e
esse gosto. Fazia questão de ir. Tinha um
barco por mérito e cuidava dele. Por isso
eu digo que cá existe algo muito melhor do
que no Continente português, que é o facto
de os velejadores não pagarem nada, utili-
zando todo o material do Clube, fazendo
disto como se fosse um desporto da Esco-
la. Se calhar as pessoas ainda não se aper-
ceberam muito bem disto. Já percebi que
nos Açores em qualquer tipo de desporto
não se paga, o que é muito bom. Por esta
razão existem muitos desportos e todos os
miúdos fazem muitas coisas e talvez por
isso, provavelmente, não se aperfeiçoam
em nenhum se não houver um gosto acen-
tuado por um determinado desporto.
Gabinete de Imprensa do CNH: Consi-
dera isso uma desvantagem?
José Miguel Barros: Acho que havendo
uma divulgação e aprendizagem maior, a
mentalidade e formação dos miúdos pode-
rá vir a mudar. Eles têm de estar motivados
e querer vir aos treinos e aprender. Devem
gostar do que estão a fazer. Às vezes é
difícil conciliar desportos de fim-de-
semana, como o voleibol ou futebol. Os
atletas estão muito dispersos e alguns, so-
bretudo os mais novos, ainda não sabem
muito bem o que querem seguir.
Gabinete de Imprensa do CNH: Os miú-
dos têm responsabilidade em relação ao
material do Clube?
José Miguel Barros: Noto que têm vindo
a ser sensibilizados para a necessidade de
cuidarem do material que utilizam. Quem é
mais responsável, vem aos treinos e tem
alguns resultados, tem material melhor e
quando houver uma selecção também esta-
rá contemplado. É muito importante os
velejadores terem atenção com o barco, os
carrinhos, os cabos, as capas, etc, porque
isso também os faz ganhar responsabilida-
de para as regatas lá fora.
Eu com 10 anos possuía um barco próprio
e tinha de cuidar dele, caso contrário nin-
guém o fazia. Para ir a regatas fora de Lis-
boa, tinha de ser eu a amarrar o barco no
atrelado com as cintas. Se ele caísse a res-
ponsabilidade era minha e quando chegas-
se a casa ainda podia apanhar por causa
disso. Se perdesse material, a responsabili-
dade também era minha porque tudo isto
era um investimento familiar. Neste con-
texto, sinto que deve haver uma maior
atenção dos atletas em relação a tudo o que
o Clube lhes faculta para eles desenvolve-
rem o seu desporto preferido.
Gabinete de Imprensa do CNH: A Vela
é um desporto importante na vida deles?
José Miguel Barros: A formação inicial
da Vela faz (Optimist) faz com que miúdos
muito pequenos tomem decisões importan-
tes muito cedo. Quando estão na água den-
tro de um barco, num ambiente que não o
seu, têm de tomar decisões. E isso cria
responsabilidade e também os ajuda na
formação enquanto cidadãos, o que poderá
ser benéfico no futuro. E essa vontade de
querer e esse gosto vêm não só com aquilo
que lhes é dado ao nível da formação, mas
também com o que depois recebem em
troca: as regatas, que são um benefício,
uma competição, estarem a fazer Vela por
um objectivo.
Gabinete de Imprensa do CNH: O que
achou dos seus novos alunos?
José Miguel Barros: Sinto que querem
aprender e saber mais. Já lhes disse que
nisso os posso ajudar esclarecendo as dúvi-
das no sentido de atingirem um patamar
mais elevado de forma mais rápida do que
chegando lá por experiências próprias. É
claro que por experiência própria tinham
de vir treinar todos os dias e aprender com
os erros, mas tendo ajuda e sabendo o que
fizeram bem ou mal, poderão atingir um
nível mais elevado mais rapidamente. Ape-
sar disto que referi, nada os impede de
treinarem mais sempre que quiserem e
puderem, pois o objectivo é aumentar o
trabalho com vista ao crescimento e aper-
feiçoamento.
Gabinete de Imprensa do CNH: Poderi-
am ser em maior número?
José Miguel Barros: Sim, acho que pode-
ria haver mais miúdos na Vela. Natural-
mente que para isso era preciso ter mais
barcos. Se houvesse estas condições em
Lisboa, o Clube estava sempre a abarrotar
e haveria lista de espera para entrar, pelo
menos para experimentar. É claro que há
miúdos que vêm por imposição dos pais,
mas nesses casos não resulta. Para hobbie,
existem os Cursos de Verão. No Inverno
tem de ser um bocado mais puxado, mais
técnico, e aí requer gosto. Há miúdos que
vêm experimentar e no fim dizem: “Afinal,
gosto mesmo disto!”
Em Lisboa, eu dava aulas aos sábados e
domingos, durante todo o dia. Estamos a
falar de treinos que começavam às 10 da
manhã e terminavam perto das 5 da tarde,
com almoço dentro da água.
Gabinete de Imprensa do CNH: Esta-
mos muito longe disso…
José Miguel Barros: Naturalmente que
aqui não será assim. Estamos a estudar a
possibilidade de haver treinos extra de
semana e treinos regulares aos sábados e
domingos.
Estive a conversar com o Duarte e enten-
demos que é preciso começar do zero, ou
seja, haver a criação de bases para depois
termos mais miúdos que queiram continuar
na Vela, vendo-a como um desporto em
que queiram evoluir. Existem sempre algu-
mas bases que eles precisam de aperfeiço-
ar, mesmo os maiores. Não quer dizer que
estejam errados, mas faltam alguns aspec-
tos de base para que num futuro próximo
se possam criar umas boas equipas de Vela
no Clube, com mais quantidade e com me-
lhor qualidade. Acredito que mais tarde
será possível organizar umas regatas ou
idas lá fora. Eu e o Duarte queremos ter,
dentro de 1 a 3 anos, velejadores que con-
sigam fazer alguma coisa a nível nacional.
Gabinete de Imprensa do CNH: Compe-
tir em casa, uns com os outros, não é a
mesma coisa…
José Miguel Barros: Quando competimos
uns com os outros, em casa, sabemos sem-
pre o nível do outro. O interessante de uma
regata é chegar com pessoas novas e não se
saber o nível de nenhum para se ver exac-
tamente o nível em que se está. É assim
que se consegue qualificar o nível de cada
pessoa.
Gabinete de Imprensa do CNH: O que
de mais importante está a faltar?
José Miguel Barros: Motivação própria,
embora uns tenham mais do que outros.
Gabinete de Imprensa do CNH: E como
é que se consegue motivá-los?
José Miguel Barros: Quando melhorarem
e obtiverem bons resultados nas provas
regionais, vão ver que os treinos valeram a
pena. Já lhes disse que vamos ter muito
tempo pela frente e as coisas requerem
tempo. Não podem querer aprender tudo
de uma vez só. Se conseguirem aprender
devagarinho e bem é muito melhor do que
quererem fazer tudo de uma vez só, sem
terem bases de coisas simples. E chega-se
a esse nível vindo às aulas. E como eles
vêm, vão conseguir.
Gabinete de Imprensa do CNH: A con-
centração é outro factor extremamente
importante.
José Miguel Barros: É claro que estamos
a falar de atletas com idades muito diferen-
tes. O grau de concentração de miúdos em
Optimist é totalmente diferente dos de La-
ser ou 420. Eu também passei por isso e o
que me ajudou bastante, para além do gru-
po grande de amigos que eu tinha – a mai-
or parte dos amigos que tenho são da Vela
– era esta motivação, pois não só ia fazer
uma coisa de que gostava muito (era o que
mais gostava de fazer) como estava com os
meus amigos. Criando esta relação de des-
porto e amizade com um grupo bom e que
se dê bem, nasce aquela vontade de querer
aprender e evoluir naturalmente, e isso é
muito importante não só para a Vela como
para a vida. Se me disserem que vai ser
muito difícil porque não se fazem provas lá
fora, eu digo que ainda há muito a fazer cá
dentro.
Gabinete de Imprensa do CNH: As pro-
vas nacionais significam outro patamar
para estes atletas.
José Miguel Barros: Eu vejo que aqui nos
Açores se olha para as provas nacionais
como se fosse um mundial. Esta mentali-
dade tem de se mudar. No entanto, esta
mudança só se atinge com os treinos. Para
conseguirmos fazer alguma coisa a nível
nacional, temos de treinar mais.
Apesar do que se possa dizer, vejo despor-
tistas açorianos que atingem muito bons
resultados lá fora (nível nacional).
Gabinete de Imprensa do CNH: Há ta-
lentos neste grupo.
José Miguel Barros: Todos os atletas va-
lem a pena desde que queiram. Natural-
mente, que uns que vão atingir níveis total-
mente diferentes (superiores), como acon-
tece em todas as modalidades. Mas o inte-
resse da Vela é mesmo esse: todos eles
pensam nesta modalidade de maneira dife-
rente e numa regata vê-se que uns são mais
nervosos e outros mais calmos. Já lhes
expliquei que numa regata não é preciso
fazer tudo a 100 por cento e que a pessoa
que ganha é a que erra menos. Eu já noto
alguma diferença no sentido de eles quere-
rem aprender e vejo que estão a evoluir.
Gabinete de Imprensa do CNH: A mu-
dança constante de treinador não é posi-
tiva.
José Miguel Barros: Uma mudança cons-
tante nunca é positiva. Acho que um Clube
evolui tendo alguns princípios básicos para
se criar uma boa equipa. Desde já, logo na
formação, tendo alguns miúdos que quei-
ram estar na Vela não por imposição dos
pais, mas por vontade própria. Com isto,
criando as bases no Clube e havendo maior
quantidade de miúdos nas bases (nas Esco-
linhas), é possível traçar uma linha de con-
tinuidade. Se tivermos muitos velejadores,
alguns vão continuar. Mas com menos,
chega-se ao fim com muito poucos ou ne-
nhum. E essa formação vem logo de início.
O conceito que temos – eu e o Duarte – é
de se criar para o futuro mais quantidade
com qualidade. Uma grande troca de trei-
nadores não é positivo, mas se desde o
início os miúdos tiverem bases sólidas,
conseguem atingir patamares diferentes,
mesmo mudando de treinador.
“Sou apologista de só haver investi-
mento numa modalidade caso se no-
te evolução, competição e responsa-
bilidade por parte dos alunos. E se
assim for, os resultados aparecem
com naturalidade”
Gabinete de Imprensa do CNH: O em-
penho e a aposta do Clube também aju-
dam muito.
José Miguel Barros: O Clube faz um es-
forço enorme para arranjar material e repa-
rar o que existe, logo tem de haver uma
resposta dos velejadores, e quando falo em
resposta significa cuidar do material, vir
aos treinos o que leva a ter resultados, para
poder haver um investimento maior da
parte do Clube.
Sou apologista de só haver investimento
numa modalidade, caso se note evolução,
competição e responsabilidade por parte
dos alunos. E se assim for, os resultados
aparecem com naturalidade.
Há muita vontade do Clube Naval da Horta
em querer dar um passo à frente com pes-
soas de fora. E isto não quer dizer que se-
jam melhores do que as de cá, apenas têm
vivências diferentes. Todos têm a ganhar
com o esforço de ambas as partes, desde
que haja uma Direcção que tenha objecti-
vos neste sentido. E o actual elenco directi-
vo tem consciência disso, até porque con-
tratou o Duarte e agora também estou a dar
o meu contributo.
Aproveito para agradecer ao CNH por me
ter dado esta oportunidade e espero retribui
-la da mesma forma que me ajudou, sendo
certo que estou a fazer algo de que gosto
muito e que a minha melhor recompensa
são os resultados.
Fotografias de: Cristina Silveira
A APADIF nasceu há 21 anos e
actualmente conta com 4 valên-
cias: Centro de Dia para Idosos,
na Conceição; ATL para crianças
na Escola da Volta, nos Flamen-
gos; Centro de Desenvolvimento e
Inclusão Juvenil (CDIJ) e Movi-
ment’arte, apoiando cerca de 200
utentes, graças ao trabalho de 27
funcionários.
O Clube Naval da Horta (CNH) é parceiro
da Associação de Pais e Amigos dos Defi-
cientes da Ilha do Faial (APADIF), que
está a comemorar 21 anos de existência e
tem como Presidente José Fialho.
Atendendo ao Protocolo assinado em No-
vembro de 2011 e à criação do Projecto
“Vela Para Todos - Faial Sem Limites”,
estas duas instituições puseram em marcha
no Faial a Vela para pessoas com mobili-
dade reduzida, iniciativa pioneira e única
na Região Autónoma dos Açores. Neste
sentido, é de recordar o Campeonato Naci-
onal da Classe Access realizado em Julho
deste ano e que juntou, pela primeira vez,
participantes de todas as regiões de Portu-
gal, numa organização de sucesso do Clu-
be Naval da Horta, em estreita colaboração
com o seu parceiro privilegiado: a APA-
DIF.
Perante todas referências, é com regozijo
que o CNH se associa ao programa come-
morativo do 21º aniversário da APADIF –
assinalado no dia 10 do corrente – organi-
zando o “Torneio APADIF - Regatas de
Vela Ligeira”, que vai já na sua 3ª edição.
Sábado, dia 08, todas as Classes da Escola
de Vela do Clube Naval da Horta partici-
parão nesta Prova – integrada no Campeo-
nato de Ilha do Faial – incluindo a Classe
Access.
Aproveitando a efeméride, o Gabinete de
Imprensa do Clube Naval da Horta conver-
sou com João Duarte, Vice-Presidente da
APADIF e simultaneamente Treinador e
Responsável pelo Projecto da Vela para
pessoas com mobilidade reduzida no CNH.
O programa consagra, como se pode obser-
var abaixo, um vasto leque de actividades,
que visam, de acordo com João Duarte,
“desenvolver um trabalho de promoção da
inclusão e dos direitos das pessoas com
deficiência”.
“Transmaçor preparada com acessibili-
dades”
Segunda-feira, dia 03, a convite da Trans-
maçor, utentes das diferentes valências da
APADIF viajaram até ao Pico, um passeio
que serviu de treino para as tripulações no
manuseamento de equipamento adaptado
que existe na embarcação. “A deslocação
permitiu avaliar até que ponto é que existi-
am ou não as condições de acessibilidade
necessárias para este transporte e, por ou-
tro lado, pretendeu-se sensibilizar a comu-
nidade regional, e o Faial em particular,
para a necessidade da destruição das bar-
reiras arquitectónicas e a promoção de
cada vez mais e melhores acessibilidades
para todos”, salienta este Técnico em Edu-
cação Especial e Reabilitação.
“O Clube Naval da Horta é um par-
ceiro privilegiado da APADIF, com
quem desenvolve o Projecto “Vela
Para Todos – Faial Sem Limites”
Além da visita às recém-inauguradas insta-
lações da gare de passageiros da Madalena,
“esta viagem foi extremamente positiva,
porquanto permitiu verificar que existiu
por parte da Transmaçor a preocupação de
dotar a empresa de barcos devidamente
equipados que possibilitam a acessibilida-
de muito fácil de qualquer pessoa em ca-
deira de rodas ou mesmo de maca”, susten-
ta João Duarte, congratulando-se com “a
facilidade com que hoje em dia se faz o
transporte de doentes entre o Faial e o Pi-
co”.
O programa de terça, quinta e sexta-feira
(4, 6 e 7) contempla visitas a várias Esco-
las do Faial com o intuito de “sensibilizar
para a diferença”. Nesse sentido, Vanda
Ângelo, colaboradora da APADIF, fala das
suas vivências pessoais enquanto invisual,
dando o testemunho de uma vida, onde
esteve presente o lado profissional.
Quarta-feira, dia 05, desenvolveram-se
actividades radicalmente diferentes, em
que os utentes das valências da APADIF
bem como os convidados do Centro de
Actividades Ocupacionais (CAO) da Santa
Casa da Misericórdia da Horta tiveram a
21º Aniversário da APADIF: Vice-Presidente fala do papel desta instituição na comunidade faialense
oportunidade de fazer um slide, com cadei-
ra de rodas ou sem esta conforme a sua
situação, com a ajuda da equipa Grande
Ângulo, dos Bombeiros Faialenses. “Os
Soldados da Paz disponibilizaram-se de
imediato e ficaram entusiasmadíssimos
com esta parceria”, avança João Duarte.
Uma visita ao Quartel e um passeio na
mais carismática viatura dos Bombeiros,
culminaram as acções previstas para este
dia. Estas actividades tiveram início pelas
14 horas na Praça da República e conta-
ram, também, com o apoio da Câmara Mu-
nicipal da Horta ao nível da disponibiliza-
ção do espaço e de alguns equipamentos
necessários.
Sexta-feira, dia 07, a APADIF debate com
os Responsáveis pelo Programa Integrado
de Policiamento de Proximidade (PIPP) da
PSP local as preocupações e dificuldades
que existem ao nível das acessibilidades na
ilha do Faial, e mais concretamente na
cidade da Horta, para pessoas com mobili-
dade reduzida que são automobilistas. “São
pessoas que têm veículos adaptados, circu-
lam na via com esses veículos e muitas
vezes têm dificuldades muito específicas
em termos de acessibilidades aos passeios,
aos locais públicos e não só”, explica o
Vice-Presidente desta instituição, acrescen-
tando que “numa primeira fase o objectivo
é avaliar as preocupações específicas deste
público-alvo, mas a pretensão final é esten-
der isso a todas as pessoas e tentar identifi-
car os pontos mais críticos da acessibilida-
de na cidade”.
Sendo esta uma primeira reunião prepara-
tória, “o que se espera é que sejam pensa-
das algumas acções de sensibilização para
a promoção de melhores acessibilidades e
um maior cuidado ao nível do automobilis-
ta, do peão, do estacionamento, etc”, refere
João Duarte, que já reparou que “no parque
de estacionamento do Hiper, por exemplo,
os lugares destinados a idosos ou pessoas
com mobilidade reduzida, que se encon-
tram junto à porta, muitas vezes estão ocu-
pados por pessoas sem qualquer tipo de
problema.
Estas acções destinam-se a educar e sensi-
bilizar o público em geral para o respeito
de quem é diferente”.
De salientar que só no Projecto “Vela para
Todos - Faial Sem Limites”, existem 3
condutores.
Este Técnico defende que “é possível der-
rubar as barreiras arquitectónicas existen-
tes”. No entanto, o que mais o preocupa
não são as que existem mas, sim, as que
são construídas todos os dias. “Aquelas
que existem já são contornadas pelas pes-
soas com mobilidade reduzida, o problema
são as que surgem de novo”.
João Duarte é o Treinador da Classe
Access, no Clube Naval da Horta
Embora a legislação seja abundante no que
toca a regras de construção de acessibilida-
des, a verdade é que não passam do papel.
“Portugal é um dos países mais avançados
em termos de legislação e da protecção das
pessoas com deficiência ao nível das aces-
sibilidades, dispondo de decretos-lei muito
específicos no acesso a edifícios públicos e
privados”, sublinha João Duarte, afirman-
do que “a lei existe, mas pelos vistos em
Portugal as coisas não acontecem por de-
creto”. “Entendo que devia ser feito um
esforço no que diz respeito à inspecção dos
serviços competentes para avaliarem se a
lei é ou não cumprida, mas também no que
concerne à mentalidade das pessoas, fazen-
do-as ver que as acessibilidades não são
uma preocupação do vizinho do lado, mas
algo de âmbito global. Além do mais, este
assunto não tem como foco apenas pessoas
com deficiência, mas quem tem crianças e
anda com carrinhos de bebé, pessoas mais
idosas, acidentados, etc. Quando as acessi-
bilidades são melhores, todos nós benefici-
amos”, remata.
“Horta e os seus habitantes não estão
preparados para a diferença”
Este Dirigente concorda que a Horta está
“muito longe” de ser uma cidade com
acessibilidades. Aliás, classifica-a como
“um labirinto”. “Apesar de começar a ha-
ver aqui e ali sinais de alguma preocupa-
ção neste sentido, não há medidas de fundo
para essa mudança”, constata.
Passeios, edifícios, estacionamentos, utili-
zação do mobiliário urbano como caixotes
do lixo, mupies, sinais de trânsito, bancos,
etc, são exemplos do que é preciso mudar.
“As pessoas pensam que tudo isto não in-
comoda, mas são obstáculos que, caso não
haja cuidado, constituem rasteiras perigo-
sas para aqueles que são invisuais ou se
deslocam em cadeiras de rodas”.
Paralelamente ao facto de a cidade (e da
ilha) não estar preparada para uma popula-
ção com mobilidade reduzida, os seus ha-
bitantes sofrem do mesmo mal. “Temos de
trabalhar mais a esse nível, pois a questão
da deficiência só é verdadeiramente perce-
bida quando nos toca directamente, temos
alguém na família ou quando trabalhamos
na área. Temos de mudar este cenário, para
que todos possam ter os mesmos direitos e
oportunidades”, enfatiza.
Mesmo desconhecendo os meandros do
projecto, João Duarte sabe que a edilidade
está a fazer um levantamento daquilo que
são as barreias arquitectónicas e a possibi-
lidade de, ao nível do espaço urbano co-
mum, se desenvolverem obras de readapta-
ção de algumas situações para minimizar
essas dificuldades.
“População deve ser participante e não
espectadora”
A realização destas actividades tem como
objectivo envolver a população, que já vê
com “alguma naturalidade” estas acções, a
qual deve passar de mera espectadora a
participante activa. “Este modelo de uma
maior participação das pessoas e envolvi-
mento das entidades está a ser iniciado. O
que se pretende – e constitui mesmo um
objectivo da APADIF – é a visibilidade da
deficiência. Temos de dar mais visibilidade
à diferença para que esta seja compreendi-
da e conhecida no sentido de vivermos
numa comunidade em que a diferença dei-
xe de ser algo que incomoda ou deixe de
ser uma diferença tão visível como é por
vezes hoje em dia”.
João Duarte: “O que me preocupa
não são as barreiras arquitectónicas
existentes, mas as que surgem de
novo”
APADIF: 21 anos a trabalhar para uma
sociedade mais inclusiva
Ao fim de 21 anos de lutas e labutas, o
Vice-Presidente não tem dúvidas em dizer
que “a APADIF está bem presente na co-
munidade faialense”. “Sentimos que a co-
munidade está mais desperta, embora eu
tenha o hábito de dizer que estamos a subir
uma escadaria muito grande. Apesar de
ainda termos muitos degraus para subir, já
conseguimos subir alguns. É um processo
que está sempre a evoluir. Penso que nes-
tes 21 anos a APADIF tem dado um con-
tributo nessa escalada que visa uma socie-
dade mais inclusiva”, frisa.
O facto de as pessoas que trabalham na
APADIF e de os utentes das diversas va-
lências serem não só da cidade mas tam-
bém de algumas freguesias rurais (onde já
foram realizadas certas acções de divulga-
ção e sensibilização), contribuiu para o
conhecimento desta instituição.
Questionado sobre a capacidade de respos-
ta da APADIF, João Duarte responde que
“não há total cobertura” das necessidades
evidenciadas. E é por isso que a APADIF
está a batalhar para a criação de um segun-
do CAO na ilha do Faial, que possa dar
resposta a pessoas adultas com deficiência.
“É uma resposta mais global do que aquela
que é dada actualmente pelo projecto Mo-
viment’arte. O nosso desejo é transformar
este projecto num centro de actividades
ocupacionais com uma capacidade de res-
posta das 9 às 5 da tarde, que possa englo-
bar mais utentes, indo de encontro às ne-
cessidades das famílias que nos procuram”,
sublinha este Responsável.
Visando uma resposta cabal, esta institui-
ção acalenta o desejo de vir a ter uma va-
lência de residência. “Temos de preparar o
futuro dos nossos utentes, uma vez que os
familiares directos, os cuidadores, são pes-
soas ainda com mais idade do que os uten-
tes que não conseguem acompanhá-los
toda a vida”.
Refira-se que a Santa Casa já dispõe de
uma residência e de um CAO no Faial,
áreas em que “há necessidade de alargar o
apoio que é dado por forma a dar resposta
a todos os que procuram a APADIF”.
O foco de acção desta instituição está mais
centrado nos adultos, porque no que diz
respeito às crianças, “essa matéria é da
responsabilidade do Ministério da Educa-
ção e das Escolas”. “Numa lógica de esco-
la inclusiva, é aí que estas respostas têm de
ser dadas”, realça este Técnico, acrescen-
tando que “as crianças com deficiências
devem ser apoiadas nas escolas por equi-
pas multidisciplinares, com apoio individu-
alizado, que lhes permita ter o seu aprovei-
tamento e convívio escolar”.
A APADIF tem vindo a alertar as entida-
des responsáveis para uma maior necessi-
dade de investimento da escola pública no
atendimento das crianças que são diferen-
tes. Neste sentido, em Setembro deste ano
foi criado o Moviment’arte, que é um mo-
vimento reivindicativo de pais para que
existam mais condições para as crianças
que são diferentes e que necessitam de
uma resposta mais adequada nas escolas.
Por tudo o que foi exposto, João Duarte
acredita que “a APADIF tem tido um papel
importante na sociedade faialense”, com
impacto directo na vida das famílias que
têm problemas de deficiência. “São peque-
nas respostas que ainda estão aquém daqui-
lo que são as necessidades reais, mas acre-
ditamos que têm tido um impacto positivo
no dia-a-dia dessas famílias”.
Valências e utentes
Ao longo destas duas décadas de trabalho,
a APADIF não se restringiu só a questões
relacionadas com a deficiência. “É uma
instituição que esteve sempre aberta a cola-
borar com as diferentes entidades nas áreas
sociais, tentando dar resposta nessas áreas
e a situações de carência na ilha”, sustenta
o Vice-Presidente.
Como tal, dispõe também de um Centro de
Dia para Idosos, que funciona na Concei-
ção; de um Centro de Desenvolvimento e
Inclusão Juvenil (CDIJ), relacionado com a
prevenção do abandono e sucesso escolar e
produção de hábitos de vida saudável junto
da comunidade juvenil; e um ATL para
crianças na Escola da Volta, nos Flamen-
gos.
No dia de aniversário – dia 10, segunda-
feira – todas as valências da APADIF irão
intervir na Sessão Comemorativa, que tem
como palco o Teatro Faialense. Haverá
música e dança para crianças, jovens e
idosos. Este evento é aberto a toda a comu-
nidade faialense, pelo que João Duarte
convida a população a comparecer.
Nesse dia, os Presidentes da APADIF, José
Fialho, e da Câmara Municipal da Horta,
José Leonardo Silva, também intervirão,
bem como representantes de outras insti-
tuições. A festa vai contar com a presença
do Director Regional da Solidariedade
Social, Frederico Sousa, em representação
da Secretária da tutela, Andreia Cardoso.
A finalizar, será apresentado o jornal
“Vozes”, editado anualmente há cerca de
20 anos e que habitualmente sai à rua em
dia de aniversário. A edição deste ano
constitui “uma surpresa em termos de novo
visual” e conta com a colaboração especial
de Renata Lima.
As eleições para os Corpos Sociais da
APADIF acontecem de 2 em 2 anos, pelo
que este ano há caras novas. José Fialho
conduz os destinos desta instituição há
mais de 16 anos.
Rui Silveira começa a nova época no dia 10 de Janeiro, em Miami, nos EUA
Fotografia de: Cristina Silveira
O atleta da Classe Laser Standard do Clube Naval da Horta (CNH), Rui Silveira, começa esta quarta-feira, dia 19, a 2ª parte de um Estágio
que decorre na ilha de Las Palmas, nas Canárias até ao dia 03 de Dezembro próximo. Recorde-se que a 1ª parte desenrolou-se de 29 de
Outubro a 09 deste mês.
De 04 a 08 de Dezembro o velejador do CNH participa na Semana Olímpica Canaria, que se realizará no mesmo local. No entanto, o re-
gresso a Portugal continental só deverá acontecer no dia 13 do próximo mês, para dar tempo de despachar o barco do atleta para Miami,
nos Estados Unidos da América, onde Rui Silveira vai iniciar a próxima época, no dia 10 de Janeiro de 2015. A permanência nos EUA está
prevista até ao dia 03 de Fevereiro de 2015. Durante este tempo, o velejador do Clube Naval da Horta vai realizar treinos e participar em 2
competições: a Fort Lauderdel e a World Cup Miami.
Até lá, o atleta faialense terá ainda muito trabalho pela frente, afirmando que estas semanas são “muito importantes” no sentido de se pre-
parar “convenientemente para os novos desafios que aí vêm, sendo fundamental uma boa condição física”.
Antes de embarcar para a América, Rui Silveira virá ao Faial passar a quadra natalícia com a família.
De 19 de Novembro a 03 de Dezembro: Rui Silveira realiza 2ª parte do Estágio em las Palmas, nas Canárias
De 04 a 08 de Dezembro próximo, o atleta faialense participa na Semana Olímpica Canaria, que se realiza no mesmo local.
Fonte da foto: www.velazores.com
Tal como tinha sido anunciado no passado mês de Outubro, realizaram-se na ilha do Faial, nos dias 07, 08 e 09 do corrente, o Curso para
Juízes e Oficiais de Regatas à Vela e a Reciclagem para aqueles que já tinham feito esta formação. Assim, 9 inscritos fizeram o Curso de
Juiz e Oficial de Regata e 9 actualizaram os seus conhecimentos (Reciclagem). Os formandos eram oriundos das ilhas Faial, Pico, Tercei-
ra, Santa Maria e São Miguel.
Esta foi uma iniciativa da Associação Regional de Vela dos Açores (ARVA), tendo a formação sido orientada por João Allen, Formador da
Federação Portuguesa de Vela (FPV).
Promovidos pela ARVA, no Faial: Curso para Juízes e Ofi-ciais de Regata e Reciclagem para antigos participantes
contaram com 18 inscritos
Decorreu este domingo (dia 02), a Entrega de Prémios do Campeo-
nato Regional de Corrico de Barco 2014, após o almoço-convívio
que teve como palco o Restaurante “O Cagarro”, na Praia do Almo-
xarife.
Recorde-se que este Campeonato foi promovido pela Associação
Açoriana de Pesca Desportiva de Mar, de São Miguel, tendo decor-
rido nas ilhas do Faial, Graciosa e Santa Maria. O campeão regio-
nal foi Renato Azevedo, do Clube Naval da Horta (CNH), que rece-
beu o prémio das mãos do Presidente desta Associação, Carlos Pa-
lhinha, que veio propositadamente ao Faial para o efeito.
Carlos Palhinha, Presidente da Associação Açoriana de Pesca Desportiva de Mar; José Decq Mota, Presidente da Direcção do CNH; Fernando Medeiros, diretor da Secção de Pesca Desportiva do CNH e a tripulação da embarcação "Senhora da Guia" Campeâ Regional de Corrico Costeiro, constituída por Renato Azevedo, António Freitas, José Neves e Dário Azevedo
Fotografia de: Fernando Medeiros
Do Clube Naval da Horta participaram neste Campeonato Regional
4 embarcações: “Senhora da Guia”, de Renato Azevedo, o campeão
a nível regional; “Rosana”, de Hélder Fraga; “Zeus”, de Jorge Oli-
veira e “Gustavo”, de José Resendes.
Instado a comentar a forma como decorreu este convívio, o Direc-
tor da Secção de Pesca Desportiva do CNH, Fernando Medeiros,
refere que foi “muito bom”, congratulando-se com o facto de o
campeão regional ser um pescador do Clube Naval da Horta.
O almoço e os prémios foram suportados pela Associação Açoriana
de Pesca Desportiva de Mar que não participou no evento por ra-
zões de calendário.
Num contexto de contenção de custos, este ano a Associação adop-
tou um novo modelo no que respeita à entrega de prémios aos ven-
cedores que, ao inverso de se deslocarem todos a São Miguel como
era habitual, recebem Carlos Palhinha nas suas ilhas, como aconte-
ceu este domingo no Faial.
Seguindo ou mudando o figurino, “o importante é a realização des-
tas iniciativas que permitem a troca de experiências, o conhecimen-
to de novas pessoas e realidades e o enriquecimento pessoal”, real-
ça Fernando Medeiros.
As pontuações de cada uma das ilhas participantes neste Campeo-
nato encontram-se em anexo, podendo ser consultadas.
Dário Azevedo, Carlos Palhinha, Renato Azevedo, António Frei-tas (“Godinho”), José Resendes e Fernando Medeiros, Director da Secção de Pesca Desportiva do CNH
Fotografia de: José Decq Mota
Renato Azevedo, do Clube Naval da Horta, sagrou-se vencedor do Campeonato Regional de Corrico de Barco
2014
“O Campeonato decorreu bem e de forma previsível. Sabíamos que
íamos ter muitas dificuldades em vencer qualquer prova mas, mais
do que isso, conseguimos alcançar alguns dos objectivos propostos”.
É este o balanço que o novo Treinador de Natação do Clube Naval da
Horta (CNH), Hélder Gandarez, faz à participação dos atletas faia-
lenses no Campeonato Regional de Clubes – Natação, que decorreu
este fim-de-semana (01 e 02), em São Miguel.
Hélder Gandarez sublinha que “este Campeonato permitiu reencon-
trar atletas e técnicos de outras ilhas e ver que a competição é renhi-
da”.
É com “humidade e realismo” que o novo Técnico do CNH encara os
resultados atingidos, salientando, a propósito: “Com um mês e meio
de treino conseguimos elevar as capacidades físicas dos nadadores.
Contudo, é necessário mais tempo para consolidar e procurar a forma
desportiva. Com os resultados alcançados pudemos aferir as nossas
capacidades e dificuldades nas várias vertentes (técnicas e físicas),
para que possamos trabalhá-las de forma mais correcta e concreta”.
Instado a pronunciar-se sobre o que aconteceu no terreno e aquilo
que eram as expectativas, Hélder Gandarez afirma: “Temos de ser
mais ambiciosos, pois dispomos das condições perfeitas para treinar.
Os atletas conseguem muito mais. Considero que ainda estamos nu-
ma fase de aprendizagem, mas o grupo está mais unido. Falta ainda
um pouco mais de empenho dentro e fora dos treinos”.
Já em relação ao sentimento dos atletas, o Treinador acha que
“ficaram contentes” com a participação e “com algumas das presta-
ções registadas”. E frisa: “Penso que dariam mais se pudessem, mais
ainda têm algum tempo pela frente. No entanto, o trabalho tem de
começar a ser feito neste momento”.
Hélder Gandarez sente-se “satisfeito” pelos atletas, salientando que
notou “uma grande camaradagem no grupo, responsabilidade e preo-
cupação em dar o melhor nas provas”. Mas enquanto Treinador, am-
biciona outros patamares. E confessa:” Não estou satisfeito, pois é
claro que queria mais, mas temos de pensar no futuro e não no pre-
sente imediato. Acredito que daqui a algum tempo estarão a melhorar
os seus tempos em toda a linha”.
Campeonato Regional de Clubes em São Miguel: “É necessário mais tempo para consolidar e procurar a forma
desportiva”, sublinha Hélder Gandarez
O Treinador Hélder Gandarez congratula-se com o desempenho dos nadadores do Clube Naval da Horta, mas confessa que quer resultados mais ambiciosos, uma vez que dispõem das con-dições perfeitas para treinar. O segredo está em trabalhar as dificuldades nas vertentes técnicas e físicas, embora este Téc-nico também ache importante aumentar o número de atletas na Competição.
“É preciso criar a mística do clube”
Quanto ao futuro, define-o assim: “É importante angariar mais
atletas para a Competição, visto que temos as melhores instalações
dos Açores, embora admire os atletas que tenho, pois são fantásti-
cos e corajosos. O futuro passa também por criar uma “cultura”,
formação sustentada e ambiciosa na ilha para se reflectir na Com-
petição e, assim, estaremos em pé de igualdade com os outros
clubes. Como me dizia alguém numa conversa de Café é preciso
“criar a mística do clube”.
“Por onde passei, vi as dificuldades dos clubes no sentido de pro-
porcionarem aos seus atletas as melhores condições de treino, seja
aqui na Região seja no Continente português. No entanto, vejo que
na ilha do Faial há excelentes condições de treino e poucas pesso-
as a usufruí-las ou a tirar proveito para a Competição. O Desporto
em qualquer modalidade é a afirmação de um Povo, de uma Regi-
ão e de um País”, sustenta Hélder Gandarez.
Recorde-se que esta Prova Regional, realizada na Piscina do Com-
plexo Desportivo das Laranjeiras, em Ponta Delgada, integrou o
calendário da Associação de Natação da Região Autónoma dos
Açores (ANARA), em que participaram todos os clubes filiados
nesta Associação, com nadadores federados nos Escalões de In-
fantis, Juvenis, Juniores e Seniores.
Da Secção de Natação do Clube Naval da Horta participaram os
atletas Tomás Oliveira, Diogo Vieira, Gonçalo Oliveira, Afonso
Santimano e Manuel Valagão, que se fizeram acompanhar pelo
Treinador Hélder Gandarez.
Os resultados encontram-se no anexo que pode ser consultado.
Diogo Vieira foi um dos nadadores faialenses que parti-
cipou neste Campeonato
Gonçalo Oliveira, atleta do Clube Naval da Horta, tam-
bém presente nesta competição regional
Fotografias retiradas do Facebook da ANARA
A melhoria dos tempos foi uma das características dos nadadores do CNH Fotografia de: Hélder Gandarez
Decorreu este sábado, dia 08, no Complexo Desportivo da Escola
Secundária Manuel de Arriaga (ESMA), na Horta, o Torneio Monte
da Guia – Natação. De acordo com o Treinador da Secção de Nata-
ção do Clube Naval da Horta (CNH), Hélder Gandarez, “a Prova
decorreu conforme planeado, embora a previsão das participações
dos atletas tenha ficado um pouco aquém do que se esperava”.
“Devemos melhorar esse aspecto, que é muito importante”, realça.
“Os Torneios servem para aferir as vertentes que devem
ser melhoradas ao longo dos treinos”, salienta Hélder
Gandarez
Hélder Gandarez refere que “os atletas participantes estiveram
bem”. E explica: “Os tempos de alguns foram batidos, para outros
foi menos conseguido, mas por escassos segundos, e para outros
ainda foi o primeiro contacto com este tipo de prova”.
Por isso, enquanto Treinador afirma-se “satisfeito pelas boas presta-
ções de alguns atletas e menos pela ausência de outros”. “Mas o que
interessa é mesmo a progressão e formação dos que participam nes-
tas provas”, frisa.
A propósito da motivação dos nadadores, este Técnico sente que
“ela existe por parte dos que participam nas provas e querem fazer o
seu melhor e ainda por parte daqueles que começam a integrar esta
vertente da natação ao nível da Competição. A predisposição deve
ser conjunta, a dos atletas e a do treinador, para que possamos atin-
gir mais e melhores resultados”.
No entender deste Treinador, “os Torneios servem para aferir o nível
de forma desportiva em que nos encontramos e, também, para reunir
todas as vertentes que uma competição implica, a fim de serem trei-
nadas e melhoradas ao longo dos treinos”.
Recorde-se que se tratou de uma prova local do calendário da Asso-
ciação de Natação da Região Açores (ANARA).
Natação – Torneio Monte da Guia: Para o Treinador Hélder Gandarez “existe motivação e os atletas querem fazer o
seu melhor”
Para alguns dos nadadores, tratou-se do primeiro contacto com este tipo de prova
Os nadadores com o Treinador Hél-
der Gandarez
Decorreram este sábado, dia 29, no Com-
plexo Desportivo da Escola Secundária
Manuel de Arriaga (ESMA), na Horta, 2
actividades de Natação: Torregri 1 e Festi-
val das Técnicas Alternadas, de manhã, e
Torneio de Fundo da Horta, à tarde.
Aqui fica o balanço feito pelo Treinador da
Secção de Natação do Clube Naval da
Horta (CNH), Hélder Gandarez:
TORREGRI 1 E FESTIVAL DAS TÉC-
NICAS ALTERNADAS:
1. Em que consistiu o Torregri 1 e Festi-
val das Técnicas Alternadas e como de-
correu esta actividade?
Como o próprio nome diz, é um Festival
para todos os escalões de formação. Os
atletas mais jovens puderam participar em
provas oficiais e outras não, sendo sempre
bom um contacto com este tipo de organi-
zação, com o intuito de mostrarem as suas
capacidades e habilidades ao longo da
mesma.
2. Qual o objectivo?
É mais um momento de actividade física
desportiva ao longo do ano, com o objecti-
vo principal de dar a conhecer esta modali-
dade aos atletas mais novos, aprendendo
assim as regras de participação, os estilos
de nado, como são organizadas as provas e
por quem, etc…
3. Quantos atletas participaram?
Um total de 25 atletas de ambos os sexos.
4. Qual o comentário face aos resultados
alcançados?
Os mais novos participaram de forma in-
formal, ao passo que os outros consegui-
ram melhorar os seus tempos pessoais.
5. Como se sentem os nadadores?
Felizes por participarem, bem como a as-
sistência nas bancadas. Os pais estavam
contentes pelos filhos participarem neste
tipo de prova.
TORNEIO DE FUNDO DA HORTA:
1. Como decorreu o Torneio de Fundo
da Horta?
Decorreu bem, dentro do previsto, pois são
provas mais exigentes ao nível da resistên-
cia. Os atletas empenharam-se ao máximo
para conseguir bons tempos, visto que al-
guns não são atletas fundistas, ou seja, a
sua aptidão não está muito virada para pro-
vas de resistência.
2. Em que é que consistiu esta activida-
de?
Este Torneio está virado para os atletas que
possuem mais resistência do que velocida-
de, sendo por isso provas de longas distân-
cias e, como tal, deu para aferir quais as
competências dos atletas nestas provas,
bem como os tempos pessoais dos mes-
mos.
3. Quantos atletas participaram?
Participaram 6 atletas: 5 masculinos e 1
feminino.
4. Qual o comentário face aos resultados
alcançados?
Dos resultados alcançados foram obtidos
tempos mínimos, o que significa que esta-
mos a trabalhar dentro dos tempos exigi-
dos. No entanto, sabemos que, perante
estes resultados alcançados, o nosso dever
é melhorar, porque a competição é renhida.
Estamos no bom caminho, mas espera-nos
ainda muito trabalho pela frente.
5. Como se sentem os nadadores?
Sentem-se contentes, mesmo aqueles que
não obtiveram os melhores resultados fica-
ram felizes pelos outros terem conseguido,
pois representamos uma equipa, um Clube:
o CNH.
6. Os Juízes também têm um papel mui-
to importante nestes eventos…
Sim, e quero aproveitar esta oportunidade
para agradecer a forma cordial e profissio-
nal que demonstram nas provas que se
realizam cá na ilha e fora da mesma. Sem
eles, nada disto era possível. Já conhecia
alguns deles antes de ser Treinador da Sec-
ção de Natação do Clube Naval da Horta e
considero que são pessoas fantásticas e
amigáveis.
Estas actividades permitem aos atle-
tas demonstrarem as suas habilida-
des e capacidades
Fotografias cedidas por: Hélder Gan-darez
Natação: Torregri 1 e Festival das Técnicas Alternadas e Torneio
de Fundo da Horta - “Nadadores sentem-se felizes por partici-
parem e melhorarem os seus tempos”, afirma o Treinador
Domingo passado (dia 02), o tempo ajudou e permitiu que fossem
concluídas as 2 primeiras Provas e realizada a 3ª do Troféu Turis-
mar de Mini-Veleiros do Clube Naval da Horta (CNH) 2014.
A propósito, o Director da Secção de Mini-Veleiros do CNH, João
Nunes, refere que “as Provas decorreram muito bem, tendo a me-
teorologia sido excelente, numa bela tarde para a prática da moda-
lidade”. “Realizámos muitas regatas para aproveitar o bom tem-
po”, sublinha.
E após a competição, foi tempo de convívio e camaradagem, co-
mo habitualmente, na sede da Empresa de Actividades Marítimo-
Turísticas de Mário Carlos, a Turismar, patrocinadora deste Tro-
féu pelo segundo ano consecutivo.
“Estes momentos de conversa e de petisco depois das provas são
importantes e salutares para os participantes”, defendem em unís-
sono João Nunes e Mário Carlos.
Participaram 8 velejadores, supervisionados pelos Júris de Prova,
Nuno Costa e Manuel Nunes.
A 4ª Prova deste Troféu, composto por 6, realiza-se no dia 16 des-
te mês.
Hedi Costa, João Nunes e José Gonçalves foram os vencedores
das 3 primeiras Provas do Troféu Turismar de Mini-Veleiros do
Clube Naval da Horta 2014
CLASSIFICAÇÃO
1ª, 2ª e 3ª Provas do Troféu Turismar de Mini-Veleiros do
CNH 2014:
1º - Hedi Costa
2º - João Nunes
3º - José Gonçalves
4º - Eduardo Pereira
5º - António Pereira
6º - Bruno Gonçalves
7º - Mário Carlos
8º - Francisco Rosa
9º - Emanuel Silva (DNC)
Nota: DNC = não competiu
“Com vento muito variável, decorreu bem e de forma muito compe-
titiva” a 4ª Prova do Troféu Turismar de Mini-Veleiros do Clube
Naval da Horta (CNH) 2014, realizada na tarde deste domingo (dia
16), na Baía da Horta. A competição foi renhida ao ponto de os 3
primeiros concorrentes terem ficado em igualdade de pontuação,
pelo que o desempate foi feito de acordo com as regras da Federa-
ção Internacional de Vela (International Sailing Federation - ISAF).
“O público aderiu” e houve mesmo “um novo velejador: Nuno Ro-
sa, que já competiu com o seu mini-veleiro”, como explica João
Nunes, Director da Secção de Mini-Veleiros do CNH, entidade or-
ganizadora deste evento.
Realizaram-se 7 regatas, sob o olhar atento do Júri de Prova, consti-
tuído por Ana Figueiredo e Nuno Costa.
Como habitualmente, após a competição foi tempo de convívio na
sede da Empresa de Actividades Marítimo-Turísticas Turismar (de
Mário Carlos), patrocinadora deste Troféu pelo 2º ano consecutivo.
Fazendo um balanço às 4 Provas realizadas até agora, João Nunes
salienta que “este Troféu está a correr muito bem, verificando-se
competição, dinâmica, novos velejadores e convívio”.
A 5ª Prova – de um total de 6 – realiza-se no dia 30 deste mês, es-
tando o terminús deste Troféu programado para Dezembro próximo.
CLASSIFICAÇÃO:
1º João Nunes
2º António Pereira
3º José Gonçalves
4º Hedi Costa
5º Nuno Rosa
6º Mário Carlos
Fotos de: Amparo Pérez Ferragud
4ª Prova do Troféu Turismar de Mini-Veleiros do CNH 2014: João Nunes, António Pereira e José Gonçalves no pódio
Associando-se às comemorações do 21º Aniversário da Associação
de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial (APADIF), de
quem é parceiro, o Clube Naval da Horta (CNH) organizou uma
Regata em que participaram 24 atletas da sua Escola de Vela, inclu-
indo os velejadores da Classe Access (Vela para pessoas com mobi-
lidade reduzida). A Prova decorreu este sábado, dia 08, na Baía da
Horta.
“A ausência de vento fez com que as regatas tenham começado
mais tarde do que a hora prevista (10 horas)”, explica Luís Paulo
Moniz, da Secção de Vela Ligeira do CNH, acrescentando que fo-
ram realizadas 2 das 3 regatas previstas e que “o vento soprou de
sudoeste fraco, mas constante e sem ondulação”.
A Comissão de Regata foi constituída por António Luís e Jorge
Macedo, apoiados por Carlos Moniz e Luís Moniz.
Este evento contou com o trabalho no terreno dos Treinadores João
Duarte e Duarte Araújo e do Monitor, José Miguel Barros.
A Cerimónia de Entrega de Prémios decorreu durante o convívio
que teve como espaço o Pavilhão do Clube Naval da Horta, onde
estiveram presentes o Presidente da Direcção do CNH, José Decq
Mota; o Presidente da APADIF, José Fialho; os membros da Comis-
são de Regata, Treinadores, Monitor, velejadores e alguns pais.
As Classificações encontram-se em anexo, podendo ser consultadas.
Regata de Vela Ligeira do 21ºAniversário da APADFI con-tou com a participação de 24 atletas da Escola de Vela do
Clube Naval da Horta
A Regata de Vela de Cruzeiro de São Martinho do Clube Naval da
Horta (CNH), realizada este domingo, dia 09, “decorreu num ambi-
ente descontraído, com vento muito agradável e estável”, refere
Luís Paulo Moniz, Dirigente do CNH, acrescentando que havia
“pouca ondulação e vento de sudoeste”.
Largada da Horta, rondar os ilhéus e voltar à Horta, foi o percurso
deste passeio, em que participaram 5 embarcações: “Air Mail” -
Luís Carlos Decq Mota; “Rift” - Carlos Moniz; “Tuba V” - Fernan-
do Rosa; “Rajada” - António Luís e “Soraya” - Frederico Rodri-
gues.
Regata de Vela de Cruzeiro de São Martinho do Clube Na-val da Horta decorreu em ambiente descontraído
A Assinatura decorreu na Sala de
Reuniões do CNH
Foi assinado na tarde desta quinta-feira, dia
06, na Sala de Reuniões do Clube Naval da
Horta, o Contrato de Concessão do Salão
Bar do Clube Naval da Horta (CNH) entre o
Presidente da Direcção do CNH, José Decq
Mota, e o empresário picoense João Carlos
Oliveira Martinho.
Numa cerimónia privada e cordial, foi assi-
nado o documento, válido por um ano, reno-
vável.
José Decq Mota e João Martinho se-
lam o início de um Contrato
Tendo em conta que o anterior concessioná-
rio não estava interessado em continuar a
exploração deste espaço, o processo de no-
vo concurso decorreu de forma célere, ques-
tão tida como “muito importante” para a
Direcção do Clube Naval da Horta, subli-
nhou José Decq Mota na ocasião, salientan-
do que o elenco directivo desta casa “dá
muito valor a esta questão, não só pela
questão económica que representa mas,
sobretudo, porque um Clube desta natureza
deve, obrigatoriamente, dispor de um instru-
mento que constitua um ponto de conver-
gência em direcção ao mar, onde possa ha-
ver convívio, debate de ideias, troca de ex-
periências e degustação gastronómica”. Este
Dirigente sustenta que “o Clube Naval da
Horta existe para fomentar os desportos
náuticos, as regatas locais e internacionais,
projectar a ilha e os Açores no mundo”. E
prossegue: “O Bar, com um bom serviço,
que seja simultaneamente convidativo e
atraente, é importante para uma instituição
como esta, cartão de visita de muitos
‘aventureiros’ e estrangeiros que aportam a
esta cidade-mar, capital oceânica do iatis-
mo, dona de uma das mais belas baías do
mundo, em que o mar faz parte da vivência
diária deste povo, mestre na arte de bem
receber”.
João Martinho é um jovem empresário pico-
ense que acalentava o sonho de explorar o
Bar do Clube Naval da Horta. Gerindo um
bar há 7 anos e um restaurante há 5 meses,
na ilha Montanha, abraçou agora mais este
projecto, o que é sinónimo de dinâmica,
ambição e criação de postos de trabalho.
Com base neste percurso, o Presidente da
Direcção do CNH, rematou: “Fazemos con-
fiança nesta proposta pela experiência de-
monstrada que, certamente irá valorizar o
Clube Naval da Horta no seu todo”.
Em jeito de agradecimento a este voto de
confiança, o empreendedor João Martinho
espera “superar as expectativas”. Nesse
sentido, vai remodelar o espaço, garantindo
que o Bar irá apresentar “uma imagem com-
pletamente nova”.
Este “risco calculado” é uma parceria com o
sócio faialense Gabriel Gonçalves, um jo-
vem DJ, com percurso firmado na música/
animação, conhecido no Barão Palace, Faial
Fashion e outros projectos.
Para João Martinho, as novas embarcações
vieram encurtar as já pequenas distâncias
que separam estas ilhas irmãs, pelo que não
Contrato de Concessão do Salão Bar do Clube Naval da Horta foi assinado esta quinta-feira, dia 06 de novembro
O empresário João Martinho atravessou o canal Pico/Faial e comprometeu-se a dar uma nova imagem ao Salão Bar do Clube Naval da Horta. Os trabalhos de remodelação são vários, mas estarão concluídos daqui a um mês, altura em que este espaço abrirá portas com várias novidades para o público jovem e menos jovem, patentes ao longo de 3 zonas diferentes, mas complementares.
Foto: Marco Nascimento
vê entraves em termos geográficos até,
porque, garante “os negócios quando são
bem estruturados gerem-se sozinhos”. Ten-
do-se proporcionado o momento de con-
cretizar a ideia que tinha já no tempo em
que era estudante cá – “fazer algo de giro
neste espaço” – este empresário promete
dinamizar a noite no Faial que, segundo
ele, “precisa de ser revitalizada”. Nova
imagem, serviço diferenciado, aposta nos
produtos de qualidade, música ao vivo,
eventos e DJ’s fazem parte deste novo me-
nu.
“Como o espaço do Salão Bar é bastante
amplo, a nossa ideia é dividi-lo em 3 zo-
nas: a primeira será uma zona de refeição;
na zona intermédia as pessoas poderão
estar a ver televisão, a conversar, a jogar
uma cartada ou mesmo os estudantes pode-
rão ficar a estudar, fazer um trabalho ou
tomar um copo, e na terceira zona quem
entra, do lado direito do Bar, vai estar a
mesa de snooker. Será uma zona lounge
onde se poderá estar a disfrutar de um bom
gin, uísque, vodka, etc, e olhar para a pai-
sagem, para a Marina, para o Pico, para o
que está à nossa frente”, explica João Mar-
tinho.
João Martinho: “Já quando estuda-
va no Faial olhava para este espaço e
pensava que um dia poderia fazer
aqui algo de engraçado”
O Salão Bar ficará assim com 2 zonas mais
vocacionadas para a música e um terceiro
espaço com menos música e som, onde se
poderá descontrair.
“Congregar malta jovem e menos jovem” é
outro dos objectivos destes novos sócios
que agarraram este projecto há um mês,
dispondo agora de pouco mais de 30 dias
para revelarem o fruto e a imaginação das
muitas horas de trabalho que têm pela fren-
te. Sem querer estragar a surpresa, mas
revelando muita energia e vontade em
mostrar que é possível dar a este espaço a
dignidade que merece, aproveitado o seu
enorme potencial, este empresário da outra
margem assegura: “Vamos apresentar um
espaço moderno e apetecível, onde cabem
todas as gerações”.
O Vice-Presidente Jorge Macedo
testemunhou a Assinatura da Con-
cessão do Salão Bar do CNH
Fotografias de: Cristina Silveira
Foto: Marco Nascimento
Foto: Filipe E Vania
VISITAS DO SITE
CNH
Janeiro: 5.054
Fevereiro: 5.596
Março: 6.611
Abril: 6.011
Maio: 7.545
Junho: 13.098
Julho: 10.531
Agosto: 9.636
Setembro: 8.779
Outubro: 7.940
Novembro: 7.434
Embora os números não
sejam nem digam tudo,
aqui fica em termos es-
tatísticos, o número de
visitas que o site do
Clube Naval da Horta
(CNH) registou ao longo
deste ano, ou seja, de
Janeiro a Novembro. No
total, foram 88.235
visitas, número significa-
tivo e que atingiu o seu
pico no mês de Junho,
com mais de 13 mil visu-
alizações.
DEZEMBRO NO MAR
TEXTOS
Cristina Silveira
MONTAGEM
Luís Moniz