Upload
vuongkhuong
View
217
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Irmãs Beneditinas da Divina Providência Província da Divina Providência
Março/ Abril e Maio- Ano 2012
Informando – Março/Abril e Maio 2012 2
www.beneditinasdp.org.br
Editorial .............................................................................................................................................................................3
Palavras de Esperança
“Maria guardava tudo no coração”.........................................................................................................................4
Especial
Lembrança de Irmã Maria Valcidineis..................................................................................................................5
Missa da Esperança.......................................................................................................................................................6
Momento de Espiritualidade
Alegria da doação..........................................................................................................................................................7
Aconteceu virou notícia
Encontro de Superioras...............................................................................................................................................9
“Mestre eu te seguirei por onde quer que fores.............................................................................................10
Um sonho se fez realidade.......................................................................................................................................11
Paixão de Cristo............................................................................................................................................................12
Jesus, o bom Pastor.....................................................................................................................................................14
IX Jornada da Diocesana da Juventude Católica Guineense......................................................................15
Que Deus abençoe.......................................................................................................................................................17
Cerne ................................................................................................................................................................................17
Serviço de Animação Vocacional
Missão em Maranguape – Fortaleza...................................................................................................................18
Semana de oração pelas vocações......................................................................................................................19
A vocação , dom do amor de Deus.......................................................................................................................21
Formação em foco
Aspirantado..................................................................................................................................................................22
Noviciado......................................................................................................................................................................22
Juniorato .......................................................................................................................................................................27
Experiência Partilhada
Formação Permanente............................................................................................................................................34
Formação Permanente em Vinhedo .................................................................................................................35
Carisma em ação.......................................................................................................................................................36
Culinária........................................................................................................................................................................39
Fique por dentro
Comunicados ..............................................................................................................................................................39
Informando – Março/Abril e Maio 2012 3
www.beneditinasdp.org.br
“A comunidade é o lugar privilegiado para a formação e deve estar sempre em estado de
formação permanente”.
Estamos vivenciando um tempo privilegiado de graça. Tempo de Capítulos
Provinciais e de preparação para o Capítulo Geral. Tempo de refletir, rever
nossas raízes e de renovar nosso modo de ser e viver.
E como não poderia ser diferente, nesses meses tivemos a oportunidade de
nos encontrarmos e de juntas partilharmos nossas vidas, nossa caminhada e
nossas esperanças para o presente e o futuro (como verão em alguns artigos).
É muito gratificante constatar que apesar dos desafios que o mundo atual nos coloca, temos forte dentro de nós a
marca do nosso Carisma, e é justamente ele que nos impulsiona a continuar nossa missão, procurando ser
testemunhas do Cristo com o coração alegre e esperançoso.
Refletindo sobre nossas Constituições, pudemos experimentar de uma forma nova, como os discípulos de Emaús,
nosso coração arder, vibrar por aquilo que é nosso, pela expressão concreta da vivência de nossa consagração
como Irmãs Beneditinas da Divina Providência. Também tivemos a oportunidade de pedir perdão a Deus Pai
Providente pelas vezes que não buscamos em nossa “regra” de vida e em sua Palavra o alimento necessário para
alimentar a chama da nossa vocação e consagração. Pelas vezes que nos deixamos influenciar pela sociedade que
têm como valores o individualismo, o ativismo, o infantilismo, o comodismo, e tantas outras coisas que de forma
camuflada vai adentrando também em nossas vidas.
Sem dúvida somos filhas da Providência e Deus Pai Providente tem um olhar especial por cada uma de nós. Nossa
formação, já começou aí, quando fomos desejadas e pensadas pela Providência antes mesmo de nascermos. E ela
se prolonga por toda a nossa vida à medida que vamos nos deixando modelar pelo Divino Oleiro.
Assim podemos testemunhar e constatar o quanto é importante a nossa formação, pois é ela que nos dá a base, é
ela que nos leva a ter os mesmos sentimentos de Jesus, que nos ajuda a nos renovarmos, a termos a capacidade
de viver a comunhão fraterna, a aumentar a nossa liberdade interior, não uma liberdade mal compreendida, mas
uma liberdade que nos leva a autotranscedência teocêntrica.
Com isso, compreendemos o quanto é importante para comunidade, pois ela é o lugar privilegiado da formação.
São Bento compreendeu isso e abandonou a vida eremítica para viver a vida em comunidade.
Que nós saibamos, a exemplo de nosso pai e protetor, dar o devido valor à vida comunitária, e fazer dela
instrumento de crescimento e entreajuda. E que nós possamos vivenciar cada momento deste tempo de graça,
para crescermos no amor a Cristo, à nossa Família Religiosa e à Igreja. Para que possamos ser, de fato, sinais da
Providência, como nossas Fundadoras e Servas de Deus, Maria e Giustina Schiapparoli.
Nosso abraço fraterno a todas e a recordação de que “a coragem não vem da força física e sim de uma vontade
consciente”.
Informando – Março/Abril e Maio 2012 4
www.beneditinasdp.org.br
Queridas Irmãs, Formandas e Oblatos,
A Divina Providência nos quer como humildes instrumentos em suas mãos.
Deixemo-nos guiar por Deus que sabe do que de fato necessitamos para completar
sua obra em nós e em toda a humanidade.
Tenhamos o olhar atento para a realidade ao nosso redor. Acolhamos em nós o
tempo da graça, que está passando em nossa vida neste exato momento. Sejamos
sensíveis às manifestações de Deus através de suas mediações.
Com alegria e generosidade, queremos vivenciar esse tempo de graça a nós
ofertado pelo Senhor da História. Num espírito de fé, com o coração agradecido ao
Senhor da vida, por seus inúmeros benefícios derramados sobre toda a
humanidade, fazemos memória de todas as MÃES e de NOSSA SENHORA, NOSSA
MÃE E MÃE DE DEUS, neste mês a elas dedicado.
João Paulo Dantas, Seminarista Consagrado na Comunidade de Vida Shalom em seu artigo sobre Nossa Senhora
nos diz: “Que grande mistério: uma mulher, uma criatura, tornou-se a Mãe de Deus! Através desse mistério,
podemos perceber até onde vai o amor de Deus, que não “calcula”, que não se guia meramente pelas “lógicas” e
“sabedorias” humanas e que, muitas vezes, parece, aos olhos do mundo, loucura (cf. 1 Cor 1,17-25)”.
Maria recebeu, sem dúvida, imensa honra da parte de Deus, mas, é preciso que nos atenhamos à seguinte
verdade: em Maria, toda a humanidade recebeu o privilégio sem igual de acolher o próprio Deus Eterno, que
entrando na história se fez Homem, como eu, como você, como Maria... Deus se tornou um de nós, Deus se
tornou um conosco (Emanuel – Is 7,14), e nós nos tornamos um com Ele. Você já meditou sobre isso? Você já
mergulhou em oração neste mistério?
A Maternidade Divina de Maria é um grande convite que Deus nos faz para que descubramos, ainda que já o
tenhamos feito, a imensidade de seu amor por nós. Ele que nos amou tanto, que quis se tornar um de nós, quis
ser gerado no seio de uma mulher, como todos nós, quis ser amamentado, educado, ajudado, amado... Por uma
mãe, como nós... E se Ele a amou de todo coração, aos moldes de um bom filho, como não amá-la? Como é que
nós, que somos cristãos, que fomos salvos por Cristo, que, pelo Batismo, nos tornamos partícipes de seu corpo,
podemos não amar Maria? Ela que é mãe de Cristo, cabeça da Igreja, é mãe de todos nós que somos membros de
Cristo (1 Cor 12,12-30).
Dizer que Maria é mãe de Deus é dizer que Maria é Mãe nossa, minha mãe, sua mãe, nossa mãe... e João nos
deixa isso claro em seu Evangelho: “Jesus então, vendo a sua mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse à
sua mãe: ‘Mulher, eis o teu filho’. Depois disse ao discípulo: ‘Eis a tua mãe’. E a partir dessa hora, o discípulo a
recebeu em sua casa”(Jo 19,26-27).
Sabemos que a Palavra de Deus é Eterna e que você é muito amado por Jesus, portanto, escute o Filho de Maria
que te diz: “João, Maria, Fernando, Francisca... eis aí tua Mãe, EIS AÍ NOSSA MÃE!!!”.
Palavras de Esperança
Informando – Março/Abril e Maio 2012 5
www.beneditinasdp.org.br
Meditando sobre essas palavras profundas, a nós cabe o silêncio, que nos auxilia a acolher o mistério de Deus em
nossa vida. Silêncio fecundo que nos reporta para o papel importante de Nossa Senhora na história da salvação.
Faz-se necessário destacar o que Maria nossa Mãe, nos ensina com sua vida e com seus gestos, no seu silencio
frutuoso. Devemos seguir o seu exemplo: ela não se contentava apenas em ver as coisas, meditava-as. Mas além
de meditar, Nossa Senhora agia. De sua ação, brotam virtudes que devemos imitar, para que nossa vida gere vida
para muitas outras pessoas:
Humildade: “Eis a serva do Senhor. “Faça-se em mim, segundo Tua Palavra”. O serviço/doação: Nossa Senhora
deixa sua casa e vai às pressas ajudar sua prima Isabel já idosa e grávida de João Batista. Com ela permanece três
meses.
Sensibilidade: Nas Bodas de Caná percebe que não há mais vinho e diz aos serviçais: “Fazei tudo o que Ele vos
disser”.
Escuta da Palavra: "Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração”.
Fortaleza diante do sofrimento: “Perto da Cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe...”
Que Nossa Senhora, Mãe da Divina Providência, interceda a Deus por todas as mães, por todos nós, pelo
mundo inteiro. Que sejamos prolongamento da Divina Providência onde quer que estejamos.
Um abençoado mês de maio para todos nós.
Com carinho e preces,
Irmã Bárbara Cristina Ferreira Britto
Superiora Provincial
O meu último encontro com Irmã Maria Valcidineis
Ghisolfi aconteceu num momento delicado em sua vida
pessoal e comunitária, ao ponto que, logo depois, ela
pediu um ano de ausência da vida comunitária, que se
prolongou em exclaustração.
E, exatamente no dia em que despachamos o Indulto
para um segundo ano de exclaustração, recebemos a
notícia de que ela estava passando muito mal.
Com aquela doença (leucemia) repentina, inesperada,
Deus estava chamando a nossa jovem Irmã para a
última, definitiva, obediência.
A sua família, que estava contando com sua ajuda, teve
que assistir à sua morte e organizar os seus funerais.
Esta é a nossa existência humana, no seu mistério de vida e de morte.
Especial
Informando – Março/Abril e Maio 2012 6
www.beneditinasdp.org.br
Como cristãos sabemos que a morte não é a última palavra, não é a conclusão do jogo, mas, como escreveu um
jornalista italiano, comentando a morte de um cantor, que aconteceu no mesmo dia 29 de fevereiro, somente a
conclusão do primeiro tempo.
Pela Fé na Ressurreição, sabemos que a morte não tem mais poder, temos certeza de que a nossa Irmã
Valcidineis está viva, está feliz, e continua nos acompanhando.
Como religiosas, sabemos que ela está celebrando as núpcias eternas com o Deus sempre fiel, aquelas núpcias
que testemunhamos com a Profissão religiosa e na nossa vida de cada dia.
Reza por nós, querida Irmã Valcidineis, perdoa quem talvez te feriu, reza pela nossa Congregação, para que
possamos entender o valor da vida, mas estando sempre prontas ao chamado de Deus.
Madre Maria Luisa Contotti
7º Dia de falecimento de Irmã Maria Valcidineis Ghisolfi -
Carolina, 07.03.2012
Foi uma religiosa que doou sua vida em prol do Reino de Deus.
Desde 1996 percorreu este Brasil afora, a serviço dos mais
necessitados.
Como religiosa, trabalhou com os idosos nas Casas de Repouso
em Minas Gerais, dedicou-se à Pastoral Catequética em Santa
Cruz, no Rio de Janeiro; acariciou os prediletos de Jesus, no
Educandário Anjo da Guarda em Cabeceira Grande, aqui no
Maranhão e acolheu, assistiu e educou muitas crianças
desamparadas e colocadas à margem da sociedade, na Casa
da Criança em Santa Rosa de Viterbo, estado de São Paulo.
Aqui em Carolina, por duas vezes, Ir. Valcidineis trabalhou, doando a sua vida, sem medir esforços na Paróquia de
São Pedro de Alcântara e no nosso Colégio Divina Providência, deixando o seu testemunho, a sua marca e o seu
Carisma. Foi uma pessoa iluminada e especial para todos. A bondade era estampada no seu rosto. Foi muito
querida por todas as pessoas que a cercavam.
Hoje, Ir. Valcidineis deixa saudades. Saudades essas que permanecerão para sempre nos corações tristes e
sofridos de cada um. A Igreja de Carolina, alunos, professores, funcionários, pais e todo o povo Carolinense chora
pela perda de uma pessoa tão ilustre que é a Ir. Valcidineis.
Era marcada, sempre, pela sua doação, atenção, bravura e garra. Por onde passou deixou o sinal de Deus. Ir.
Valcidineis voou para o Infinito. Ela está nos braços de Deus. Ela está vivendo a plenitude divina. Deus a chamou.
Voa, Ir. Valcidineis, como águia que corta o infinito.
Queremos, hoje, agradecer por tudo o que você significou para o povo de Carolina. Que o seu grande amor possa
se estender em todo o nosso território. Você é presença. Você é vida. Você é tudo para este nosso povo que
clama por Deus.
Informando – Março/Abril e Maio 2012 7
www.beneditinasdp.org.br
Nestes dois últimos anos, ela marcou presença, também, junto com seus familiares, cuidando, com muito amor e
carinho de seu pai, já velho e doente; ao mesmo tempo, dedicando sua vida em uma creche, dando o seu
testemunho de consagrada àquelas crianças pobres e necessitadas no estado do Espírito Santo, na sua terra natal.
Adeus ! Ir. Valcidineis.
Jesus disse : “Eu sou a Ressurreição e a Vida, quem crer em mim, viverá eternamente”.
Ir. Jussara Dias
Hosana ao Filho de Davi!
Eis a aclamação que mais pronunciamos e
ouvimos no dia 01/04: Domingo de Ramos.
O que de fato isso representa hoje? Com
que ares pronunciamos tais palavras?
Certamente muito da teologia deste dia
perdeu-se nas palavras mecanicamente
pronunciadas. No entanto, também estou segura de
que a alegria, quase estonteante daquele dia a dois milênios atrás, parece ser
igualmente viva hoje.
Um Cristo que a esta altura já tem a clareza do que o espera, e abraça
generosamente esta missão. Confiança na Providência Divina: Não vejo
maior expressão do que esta. Confiar sabendo que não se tem o controle das
coisas, mas estando certo de que tudo está sob controle; por isso a entrega é
alegre, sem pesar, sem murmúrios ou lamúrias. O Senhor não se lamenta por
ter feito muito pelo povo, não reclama o excesso de trabalho, a
incompreensão dos seus, não lastima a ignorância dos discípulos, que ele
insiste em chamar de amigos mesmo que no momento da necessidade esses
venham a debandar. Pelo contrário, o Senhor entra em Jerusalém,
humanamente pobre e simples, simplesmente servo do povo e exaltado como rei. Sabia a que chegaria, mas era
preciso festejar? Então vivenciou o momento de alegria com o povo. Seria o
último, por isso vivido foi intensamente.
Aí está uma bela característica de Jesus, que é
um convite e que temos a graça de possuí-lo
como característica de nossa família religiosa:
Alegria! Não importa o tamanho da missão, a
dureza da mesma, os sacrifícios, as muitas ou
Momento de Espiritualidade
Informando – Março/Abril e Maio 2012 8
www.beneditinasdp.org.br
poucas conquistas. A confiança de que Aquele que veste os lírios do campo também no acompanhará nos dá
sempre a alegre paz de continuarmos. Sem buscar sofrimentos, mas também sem correr deles, certas de que
“Tudo é graça, tudo é Providência”, caminhemos na alegria de levar à frente a herança a nós deixada por nossas
diletas Fundadoras Maria e Giustina Schiapparoli. Foi essa alegria da doação que moveu as duas; foi essa mesma
alegria da doação que as sete primeiras missionárias trouxeram no coração, ao vir para o Brasil ; foi essa mesma
alegria da doação que nos levou a tantos outros países, na generosidade de nossas Irmãs; e certamente é essa
alegria da doação movida por um Grande amor pelo Reino que nos mantém de pé, corajosamente de pé,
travando lutas, navegando em mares cujos ventos insistem em derrubar as pequenas embarcações daqueles que
se propõem a dizer Sim e abraçá-lo de fato.
Amar Aquele a quem nos consagramos e nos consagrar de novo, todos os dias, momento por momento Àquele a
quem amamos criativamente. Deste modo, o Hosana ganha um novo rosto. É viver na alegria sabendo do
sacrifício e mesmo assim abraçar o convite. Arrisquemo-nos porque confiamos e acreditamos numa missão que
não nos pertence, mas pertence Àquele que nos envia .
Assim, eu olhava para a juventude, que neste domingo de ramos vivenciou seu
encontro com o Bispo Diocesano de Santo André-SP, D. Nelson
Westruppi. Houve uma concentração no Paço municipal e a multidão -
3.000 jovens - seguiu em procissão para a Catedral Nossa Senhora do
Carmo. Foi um momento cheio de alegria e
certamente de euforia também.
Mas aqueles jovens sabiam
que buscavam algo, ou melhor,
Alguém e estou certa de que
encontraram. Nosso bispo fez questão de trazer ao
chão alguns pés que pareciam fora da terra, sendo muito realista em sua
colocação. Foi muito claro sobre o convite de Jesus, e que este se
distancia do mar de rosas que muitos buscam. E terminou desafiando a
juventude a ser verdadeiramente cristã e evangelizadora, gozando da alegria da doação e
travando, com o mesmo entusiasmo e teimosia, as batalhas que porventura se apresentarem.
Foi um dia muito bonito que deu um sentido novo a tantos jovens a vivenciarem de um modo novo a semana
santa que iniciaríamos.
Que a bênção da Providência nos conceda a graça de ter sempre diante dos olhos a verdadeira consciência de
nossa missão e no coração a verdadeira alegria da doação.
Irmã Kelle Pereira de Souza
Informando – Março/Abril e Maio 2012 9
www.beneditinasdp.org.br
“... A formação deve ser permanente, como efeito e fruto de um trabalho pessoal, da graça e de oportunas
iniciativas comunitárias. (Const. Art.87)
Nos dias 28 e 29 de abril participamos do primeiro encontro das superioras
do ano de 2012, na Casa provincial.
Motivadas pelo espírito do nosso VIII Capítulo provincial contamos no
primeiro dia com a participação do Pe. Vinicius Ponciano, missionário
Redentorista, que veio nos ajudar na reflexão sobre o Tema: As
Constituições -Código Fundamental -Lei de liberdade – Fundamento de
nossa formação, tendo com pano de fundo a missão do serviço de liderança
exercido pelas Irmãs que estão à frente das comunidades.
O assessor iniciou o dia nos provocando a refletir sobre uma nova conotação de
liderança. Vivemos numa sociedade pós–moderna uma sociedade líquida. Assim devemos ter claro que ser
superiora/coordenadora de comunidade não é um cargo empregatício e sim um serviço total que se pre sta à
Congregação e à Igreja, “estão no mundo, mas não são do mundo”. Mas muitas vezes somos impulsionados por
elementos humanos que podem interferir nessa missão, tais como a
onipotência, o narcisismo e o exibicionismo gerando busca pela glória,
pela honra, procuramos status, situações essas que nos fecham em nós
mesmos e não levam a Congregação para a frente, pois apostamos no
acidental e não no essencial, precisamos exercer essa missão na linha
do Evangelho.
A partir de nossas Constituições e do livro da Tese do VIII Capítulo
provincial, Pe. Vinicius nos apontou alguns dispositivos de ajuda para a
nossa missão, tais como:
• A vida Comunitária, ressaltando a importância da mesma; a nossa
democracia é para viver o carisma, dizia ele. Devemos transformar em
ação a teoria, saltar para a prática de vida.
• Vida de oração: Buscar diariamente a intimidade com a pessoa
de Jesus.
• Eucaristia: Buscar a sabedoria que vem do alto. “levanta-te e
come, pois o caminho é longo...” Devemos ter fome da Eucaristia.
• Sacramento da Penitência – a superiora precisa ser a última a
falar, buscar as luzes de Deus antes de uma decisão, e desenvolver
a humildade, na sua missão precisa saber pedir perdão, auto
avaliar-se, pois muitas vezes nossas ações são motivadas pelo
poder; o serviço é transformado em cargo.
Aconteceu virou notícia
Informando – Março/Abril e Maio 2012 10
www.beneditinasdp.org.br
• Ascese penitencial: Temos necessidade de entramos na dinâmica da reconciliação.
Pe. Vinícius ressaltou que nessa sociedade líquida em que vivemos no momento o papel da superiora deve ser
garantido pela dinamicidade e pela criatividade. Disse que está convencido
de que é necessário desenvolver uma AUTOPOESIS e combater a MENTE
ESCOLÁSTICA, ou seja, definiu a autopoesis como o espírito criativo, pois
somos formadoras de opinião, devemos pensar de forma mais plural,
descobrir outros modos, buscar novos paradigmas, movimentar mais,
mudar nossa visão de mundo. Uma pessoa que desenvolve a autopoesis é
autocrítica, criativa e livre. Permite a controvérsia, que o outro pense
diferente e que questione. Deve atualizar e ter coragem de quebrar as
regras. Por sua vez as MENTES ESCOLASTICAS, são as que vivem em volta do
passado, e assim não há possibilidade do novo, não existe criatividade. Não devemos repetir o obvio e sim buscar
novas reflexões. Não devemos ter medo das crises, pois estas nos fazem retomar o caminho. Estas reflexões
muito nos ajudaram a avaliarmos a nossa caminhada como superiora de comunidade.
No segundo dia do encontro tivemos uma manhã conduzida por nossa superiora provincial Ir. Bárbara Cristina
Ferreira Britto. A partir do texto da Tese do VII Capítulo, propriamente o terceiro capítulo sobre a integração das
fases da vida. Fomos convidadas a localizar a nossa faixa etária e formamos grupos com a abrangência das idades
relacionadas. Em grupo lemos o subtítulo referente a nossa idade. Destacando a experiência de cada uma, como
se dá o seu processo, os desafios encontrados e as buscas diárias. Depois das conversas em grupo fizemos um
momento de plenário. Também partilhamos a leitura do livro: “Estabelecer limites, respeitar limites”, que foi
entregue no final do ano passado para o cultivo de cada superiora. Este livro nos ajudou a refletirmos a
necessidade no estabelecimento de relações interpessoais mais saudáveis através do respeito aos nossos próprios
limites e aos daqueles que estão ao nosso lado. Muitas vezes sentimos, em nossas relações, o quanto é difícil
delimitar nosso espaço de modo adequado. Assim, é preciso ter clareza, coerência e serenidade para lidar com os
limites de forma eficaz e proveitosa.
Após o momento de partilha, Ir. Bárbara colocou-nos a par do andamento da Província, dando-nos algumas
orientações praticas e disciplinares. Também partilhou a situação de saúde de algumas Irmãs, falecimentos de
familiares e notícias gerais.
Encerramos esse encontro com um festivo almoço. Agradecemos a Ir. Bárbara Cristina Ferreira Britto por esse
momento forte de formação nos dando instrumentos para que possamos crescer cada vez mais no serviço
fraterno nas comunidades a que Deus nos chamou. Continuamos essa missão tão exigente, certas de que Aquele
que nos chamou é fiel e nos sustenta na caminhada.
Pelo grupo, Ir. Clara Rosa de S. Medeiros
Estimadas Irmãs, Formandas, Oblatos, Pax !
Através desta, nós, Irmãs neo-professas, Ir. Beatriz Dias, Ir. Francinete Oliveira
e Ir. Sônia Sanca, compartilhamos com todas o inigualável júbilo em termos
feito nossa Primeira Profissão Religiosa, no mês de janeiro - 08/01/2012. A
Santíssima Providência tudo conduziu!
Informando – Março/Abril e Maio 2012 11
www.beneditinasdp.org.br
Esta celebração nos emocionou e nos remeteu a uma retrospectiva de vida, a desafios superados, a ideais
compartilhados, a projetos a serem abraçados, ao amor-serviço a que devemos nos calçar. Envoltas nas vestes da
simplicidade e humildade de vida sempre em um confiante Abandono na Divina Providência, buscando imbuir-
nos da sabedoria Divina queremos ser continuadoras dos rastros proféticos de nossas Fundadoras Maria e
Giustina Schiapparoli, em nossa Família Religiosa, na Igreja, na sociedade, no mundo.
ue Deus nos dê a sua graça para não sermos meras ouvintes de Sua Palavra, mas propagadoras da mesma,
ultrapassando com coragem as adversidades e buscando sempre seu alimento, naquele que Se fez Alimento para
nos fortalecer no percurso da vida. Somos gratas por todos aqueles que lá estiveram codividindo nossa alegria,
neste momento singular em nossas vidas.
O nosso sim consciente, comprometido e generoso abraça a causa de Cristo em todos os seus âmbitos, buscando
corresponder ao chamado e ao amor do Amado a cada instante de nossas vidas, recebendo Dele, luz e força para
sermos sinais de fato de sua Providência. Nossa Primeira Profissão Religiosa foi precedida de um retiro, cujo tema
era “um fogo que abrasa outros fogos”. Este fogo que arde em nosso peito, provindo do Espírito nos impele e nos
desinstala para não nos conformarmos com as realidades que se opõem à
vida.
Somos portadoras da fagulha do Amor Divino que ao ouvir a voz do Mestre
cresce a medida que nos deixamos conduzir pelos seus ensinamentos, na
vivência da acolhida, do perdão, da simplicidade, da fraternidade....
Agradecemos aos que compareceram em nossa Profissão e as que se
fizeram presentes pela oração; à equipe de liturgia da Província que
organizou tudo com esmero e carinho, bem como pela delicadeza dos
cartões de felicitações e presentes que recebemos das comunidades das
três Províncias, à pessoa de Dom Ercílio que presidiu esta missa, aos estimados Pe. Jean Paul Ransen (Paróquia
São Sebastião–MG) e ao Pe. Pedro (Paróquia Santa Rosa de Viterbo-SP ) que concelebraram, às nossas Irmãs
Junioristas que fizeram a entronização da palavra lembrando-nos que devemos semeá-la com nossa própria vida
para sermos palavras do eterno no cotidiano, como foram as primeiras e permanecem sendo hoje nossas Irmãs,
independente das limitações que cada uma trás, pois devemos sempre nos lembrar de que somos apenas barro,
nas mãos do Oleiro. Aos queridos jovens de Santa Rosa de Viterbo, que
encenaram nosso carisma com leveza, beleza e nos fizeram rememorar o
início de nossa história enquanto Irmãs Beneditinas da Divina Providência
no seio da humanidade.
A todos nosso desejo de que sejam felizes os vossos dias na paz e na alegria
dos que trazem consigo a centelha do amor do Divino.
Pelo grupo,
Irmã Francinete Oliveira da Silva.
“Confio na Divina Providência na qual se apoia a nossa obra”.
Estimadas Irmãs, oblatos, formandas,
Informando – Março/Abril e Maio 2012 12
www.beneditinasdp.org.br
Venho partilhar com vocês um momento especial, acontecido no dia 08 de março de 2012. O sonho, o desejo de
50 crianças e Irmãs, e de muitas outras pessoas que almejaram ver, estar o nosso lugar.
As crianças repletas de vida e alegria vibraram como não se via, quando foi anunciado que na quinta-feira
estariam no novo prédio do Projeto Ciranda. Eles não sabiam a quem agradecer de tão felizes que estavam.
Chegando a quinta-feira, as crianças já se dirigiram para lá, mesmo ainda não estando acabado. A obra ainda
tinha muitos reparos a serem feitos, inclusive na casa das Irmãs, porém este detalhe não apagava a chama que
havia nos corações.
Chegamos mais cedo neste dia, com as vestimentas mais batidas, para fazermos a mudança. E assim se deu.
As crianças foram orientadas pela Ir. Elisete Mendes Neto, no portão de entrada. O monitor Anderson e a
coordenadora Rosilene acompanharam estes “anjos de Deus”. Não se podia olhar para cada criança, sem sentir
alegria; isso era contagiante.
Então fomos nós fazer a mudança. Meu Deus! Nunca pensei que naquela casa pudesse haver tantas coisas. Nós
éramos insuficientes para tanto. Então, alguns trabalhadores da obra, muito prestativos, vieram nos ajudar. As
crianças também queriam ajudar.
Em nossas mãos e roupas se encontravam as marcas de uma passagem. O cansaço chegou, e terminamos de
descer as coisas que suportávamos, ficando para sexta-feira ainda algumas coisas.
No prédio novo as crianças conheceram o ambiente e viram até onde poderiam ir e onde estava preparado para
eles, pois só conseguimos limpar duas salas, sendo uma para a TV e os banheiros e corredores. Eles gostaram
muito, mas continuaram na expectativa de usar a quadra de esportes e o teatro, mas ainda não era possível;
afinal são crianças que gostam de encenar, dançar... São seres repletos de energia e que gostam de se descontrair
se divertindo.
Depois de conhecer o ambiente retornaram para a sala para um delicioso lanche. O refeitório e a cozinha ainda
não estavam prontos, mas graças ao Pai Providente deu tudo certo. Após a higiene pessoal, deram início as suas
atividades.
Assim se foi mais um dia onde conviviam pedreiros, mestre de obras, pintores, eletricistas, encanadores... Auxiliar
de serviços gerais, monitor, coordenadora, Irmãs, crianças, todos unidos na mais bela harmonia, cuidado, zelo e
respeito uns pelos outros.
Este foi um breve relato da vinda das crianças para o novo prédio do Projeto Ciranda, que desejamos partilhar
com vocês.
Pela comunidade,
Noviça Flaviana Gomes Pereira
No último dia 06/04 a Paróquia Mãe de Deus e dos órfãos vivenciou um
momento de espiritualidade e oração profundamente especial.
Dois meses antes, começamos o trabalho, entusiasmados e alegres para
prepararmos este dia. A juventude mostrou-se interessada e comprometida.
Lido o roteiro, dividido os papéis, os personagens começaram a ganhar vida. Às
Informando – Março/Abril e Maio 2012 13
www.beneditinasdp.org.br
vezes, duvidávamos se daria certo mesmo, pois a descontração, própria da juventude, fazia este momento um
tanto divertido demais para aquilo que ele lembrava. No entanto, era o momento de deixar que as ideias,
brincadeiras, e nervosismos viessem à tona, o que tornaria mais leve o dia da apresentação.
Pouco a pouco, os jovens começaram a encarnar o papel assumido, a dar palpite sobre mudanças. Assim, muito
foi suprimido, posto, alterado por iniciativa dos próprios jovens; neste momento se tinha certeza de que não
importavam as piadas e exageros nas cena durante o ensaio; no dia, tudo daria certo .
No último ensaio, fizemos uma reflexão sobre a Paixão de Cristo. Sobre o
espírito daquilo que eles encenariam. Ficou claro que não era mais uma
apresentação. Não iriam mais fazer um teatro, mas fazer memória de um
momento sagrado. Refletimos, rezamos e assistimos um clipe, preparado
por uma das jovens, com uma linda canção e cenas bastante fortes sobre
a Paixão de Jesus. Isso causou um grande impacto nos jovens ali
presentes, que começaram, dessa vez, o ensaio tendo presente a
grandeza daquilo que representariam e num espírito muito mais
recolhido.
Assim, entregamos nas mãos da Providência Divina e da Mãe dos órfãos este dia de oração e evangelização:
Sexta-feira Santa! Após a celebração da Adoração da Santa Cruz conduzida pelo Pároco Pe. Carlos Alberto M.
Almeida- CRS, o povo saiu em procissão pelas ruas da redondeza e ao retornar lotou a Igreja Matriz.
Os jovens, numa ansiedade comum para este momento foram acalmados e após mais um momento de oração, os
ânimos foram serenando. Então foi apresentado o teatro da Paixão do Senhor, desde a Santa Ceia até o
sepultamento.
Cada detalhe foi vivido intensamente pelo povo e mais que isso pela
juventude envolvida. Os personagens, definitivamente mais que vida,
ganharam alma. Os jovens improvisavam, e colocavam parte deles no que
encenavam ; quando algum imprevisto acontecia, eles me surpreendiam
com imprevistos certeiros e firmes. O povo se emocionou e rezou
naqueles instantes tão preciosos para cada um de nós.
Chegada à última cena : o personagem Jesus , carregado por Nicodemos,
José de Arimatéia e alguns guardas sai. O Padre faz uma pequena reflexão
com o povo e então entra, carregado pelos guardas, a imagem de Jesus
morto e atrás dele a de Nossa Senhora das Dores.
A partir deste momento foi feito o beijo do Cristo morto. Após o povo, cada jovem que participou ativamente do
teatro em seus bastidores fez também o seu momento de oração. Foi uma noite muito bonita, que deu uma vida
diferente àquele dia. As pessoas voltaram para casa, degustando cada cena, cada palavra, cada oração, cada
canção e vivenciando este momento com mais vida e fé.
Agradeço à Providência Divina que se mostrou, como sempre, muito pródiga para conosco e conduziu com mãos
ternas esse momento. Agradeço também à minha Comunidade Betânia que apoia e acompanha sempre com
orações esse trabalho pastoral ,que tenta fazer a diferença na vida desses jovens que buscam na mãe Igreja o seu
lugar.
Irmã Kelle Pereira de Souza
Informando – Março/Abril e Maio 2012 14
www.beneditinasdp.org.br
Estimadas Comunidades, com alegria desejo partilhar este momento de reflexão realizada na faculdade de
Educação Santa Terezinha-Fest.
No dia 30 de abril p.p. fui convidada pelo meu professor de Economia do Trabalho para fazer um momento de
reflexão com os acadêmicos, em comemoração aos dez anos da mesma, a reflexão era sobre Jesus o Bom pastor
o qual havíamos celebrado no domingo anterior. A Faculdade é Católica mas a maioria dos acadêmicos são
protestantes, outros são católicos não atuantes, outros não tem religião e alguns são atuantes e ouvintes da
palavra de Deus.
Foi um momento muito rico e proveitoso. Percebi que todos estavam atentos ao acontecimento e demonstravam
interesses pela escuta da palavra.
Os Bispos do Brasil, reunidos recentemente em Assembleia, mais uma vez se debruçaram
sobre o valor infinito da Palavra de Deus, desejando transmiti-la sempre e com
crescente profundidade ao povo de Deus. A Palavra de Deus é fonte inesgotável de
vida para toda a humanidade. Como sempre faz, a Igreja quer empreender
de novo, com crescente zelo, o anúncio da Palavra, que tem seu lugar
privilegiado, para animar a vida de todos e o serviço apostólico a ela confiado. A
chave que abre a porta da Sagrada Escritura é Nosso Senhor Jesus Cristo,
com Sua Morte e Ressurreição, o mistério pascal que celebramos nos
tempos correntes. Amar e conhecer a Cristo são nosso dever, nossa honra e
nossa alegria; deixemo-nos provocar por Ele .
A presença de Jesus suscitou e suscitará sempre interrogações e muita perplexidade. Nós o sabemos verdadeiro
Deus e verdadeiro homem e podemos encontrar, além da graça redentora que só pode chegar por intermédio
d'Aquele que é Caminho, Verdade e Vida, a referência de valores a serem assumidos para uma vida plenamente
humana e digna. A Igreja nos convida a olhar sempre para o Senhor, seguindo-O de perto para fazer tudo o que
Ele nos disser!
Aproximemo-nos do Cristo Ressuscitado e da riqueza de Sua personalidade. Em Nazaré, onde Jesus fora criado, as
pessoas se interrogam a respeito d'Ele: “De onde lhe vêm essa sabedoria?” (Mt 13, 54). Noutra ocasião, “surgiu
uma divisão entre o povo por causa dele. Alguns queriam prendê-lo, mas ninguém lhe pôs as mãos. Os guardas
então voltaram aos sumos sacerdotes e aos fariseus, que lhes perguntaram: Por que não o trouxestes?
Responderam: Ninguém jamais falou como este homem” (Jo 7,43-46). Suas palavras, mais doces do que o mel,
atraem as pessoas, mesmo quem tem a tarefa de prendê-Lo. Tantas vezes quantas forem lidas, acolhidas e
vividas, nelas se encontra a vida eterna. Seu som se espalha e ecoa por todo o universo.
Se buscarmos outro valor, como a beleza, aqui está: "Tu és o mais belo entre os filhos dos homens, sobre teus
lábios difunde-se a graça (Sl 144,3)". “A Igreja lê o salmo cento e quarenta e quatro como a representação
poético-profética do relacionamento esponsal entre Cristo e a Igreja. Reconhece Cristo como o mais belo entre
os homens; a graça sobre os lábios indica a beleza interior da sua palavra, a glória do seu anúncio. Assim, não é
apenas a beleza exterior da aparição do Redentor a ser glorificada: nele aparece muito mais a beleza da Verdade,
Informando – Março/Abril e Maio 2012 15
www.beneditinasdp.org.br
a beleza do próprio Deus que nos atrai a si e ao mesmo tempo nos causa a ferida do Amor, a santa paixão (“Eros”)
que nos faz ir ao encontro, junto e com a Igreja-Esposa, ao Amor que nos chama” (“Beleza de Cristo”, Joseph
Ratzinger/ Bento XVI).
Na festa do Bom Pastor, celebrada pela Igreja no Quarto Domingo da Páscoa, é possível descortinar algumas
características da personalidade de Jesus (cf. Jo 10,1-18). O Evangelho de São João apresenta três belíssimas
parábolas, que vieram a ser consideradas como “Parábola do Bom Pastor”, no quadro do difícil confronto de Jesus
com adversários ferrenhos que O pressionavam. De fato, as palavras do Senhor “causaram nova divisão entre os
judeus” (Jo 10,19).
A imagem utilizada por Jesus é a do pastor de ovelhas, rica de significado para o ambiente em que se encontrava,
mas ainda atual em nossos dias. Ele é a porta das ovelhas: “quem entrar por mim será salvo; poderá entrar e sair,
e encontrará pastagem” (Cf. Jo 10,7-9). Portas abertas, clareza para expressar as coisas, nada de complicações!
Todos se impressionam com gente assim e se sentem atraídos!
“Conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem” (Jo 10,15). Ele conhece cada uma das ovelhas pelo nome (cf. Jo
10,3), é capaz de estabelecer relacionamento pessoal, não apenas com a massa! Todos são importantes para Ele e
suas necessidades ressoam em Seu coração. “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas” (Jo
10,11). Bondade e entrega de vida. Só quem é plenamente realizado e feliz pode chegar a tais alturas, pois é
Aquele que veio “para que tenham vida, e a tenham em abundância” (cf. Jo 10,10). Jesus Cristo, acolhido e
amado, oferece tudo o que as pessoas de qualquer tempo procuram.
Jesus olha longe, num grande horizonte aberto: “Tenho ainda outras ovelhas, que não são deste redil; também a
essas devo conduzir, e elas escutarão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor” (Jo 15,16). Portas e
janelas abertas, os confins da terra. O universo inteiro, sem fechamentos e exclusivismos!
N'Ele, Nosso Senhor Jesus Cristo, está nossa vida e nossa missão. Hoje é o nosso tempo para conhecer Sua voz e
seguir Aquele que vai à nossa frente (cf. Jo 10,4). Entretanto, sendo limitados, parece-nos muito alto o ideal: dar a
vida, conhecer pelo nome, dar exemplo, ir à frente dos outros, abrir-se para todos, enfim, acolher e espelhar a
beleza e a bondade do Pastor! Sabendo disso, a Igreja nos leva a pedir com confiança: “Deus eterno e todo-
poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir, apesar de sua
fraqueza, a fortaleza do Pastor”. Assim seja!
Agradeço a Deus pela oportunidade concedida, é por proporcionar este momento para eu estar levando a sua
palavra a estes Jovens que vive em meio à correria de uma sociedade, mas que busca um ideal e um objetivo para
suas vidas.
Ir. Ângela Maria Medina de Souza.
ESPERANÇA NÃO ENGANA (ROMANOS 5. 5).
No dia 4 de maio de 2012. Saímos na nossa paróquia de Cátio com 30 jovens para
participar do encontro Diocesano jornada de juventude na Buba. Todos os nossos
jovens estavam animados cantando e batendo tambor. Chegamos na Buba as 4h.
Organizamos-nos as equipes e fomos com alguns jovens para preparar o jantar,
quando os outros foram tomar banho. As 18h, jantamos e fomos no lugar preparado
Informando – Março/Abril e Maio 2012 16
www.beneditinasdp.org.br
para jornada perto da comunidade das irmãs Hospitaleiras.
Dom Pedro, Bispo da nossa diocese de Bafatá fez abertura acolhendo
todos os jovens e agradecendo as pessoas que contribuíram para que esta
jornada se realizasse. Começou com concurso musical entre paróquias. Cada
paróquia precisava compor uma música sobre “Esperança não engana”, para
apresentar no dia. A nossa Paróquia era a sétima para fazer apresentação.
Depois de todas as paróquias esperamos o resultado. Oba! A surpresa é que a
nossa Paróquia ganhou o concurso. Ficamos muito felizes, vendo o resultado
do esforço que nos fizemos juntos com os jovens apesar das dificuldades que fazem parte da missão.
Depois do concurso musical, seguiu-se adoração do Santíssimo Sacramento
animada pela nossa Paróquia.
Fomos dormir quase à meia note. Dia 15 de maio, começamos com uma
oração dirigida pelo padre Fábio, do Pimi. Tomamos café e voltamos para a
segunda sessão com Dom Pedro, que começou com a mensagem do Papa. ( Fl
4. 4 ) Falou para os jovens começar a se prepararem para a jornada mundial
de juventude que vai acontecer no próximo
ano no Brasil, Rio de janeiro. Ele avisou
para os jovens que o tema da jornada é “Alegrai- vos sempre no senhor”. O
tema da jornada da diocese sendo: ”A esperança não engana” , o Bispo falou
para os jovens serem esperança. Ser como os primeiras cristãos sustentados
pela esperança, confiar sempre no Senhor. Há momentos onde vivemos as
experiências de noite escura, por causa de pouca fé, mas com a esperança do
Sábado santo, sabemos que não estamos sozinhos.
Pediu para os jovens ter o hábito de leitura da bíblica. Deu exemplo de Santa Bakhita e santa Jena Bereta Mola
que escolheu viver e se doar para Cristo. “Eu sou definitivamente amada.
Encontrei alguém que faz feliz meu coração, quero seguir até a cruz. Ela falou 3
coisas para os jovens : Não entrar no caminho da droga. Deu o exemplo de
uma rapaz no Brasil que se matou com a corda porque não conseguia sair do
caminho da droga por causa do medo dos outros mata-lo. Evitar o álcool e
sexo. Pediu para os jovens se os primeiros a procurar Cristo. Um cristão triste é
um triste cristão. Falou para eles ser pessoas de
alegria para que animem outros jovens.
Na parte da tarde, os jovens do Sul e os do Oeste foram jogar bola, onde os jovens
de Sul, que inclui nossa Paróquia, também ganharam; recebemos um tambor para
nossa Paróquia e uma bola. No domingo, tivemos santa Missa, almoçamos e
voltamos para casa. Os jovens se organizaram para comunicar aos cristãos da
Paróquia o que eles aprenderam lá na jornada da juventude. Foi uma experiência
muito bonita que nós fizemos.
Irmãs :Alice Namenge Kanuty, Margrgaret Nanjala Mang’oli e Odiliah Imbulah Sengo.
Informando – Março/Abril e Maio 2012 17
www.beneditinasdp.org.br
Queridas Irmãs, nós irmãs da Comunidade Maria de Nazaré,
Cabeceira Grande Maranhão, as nossas crianças, professores e
funcionários do Educandário Anjo da Guarda. Com muita ênfase
queremos compartilhar com vocês, a nossa grande alegria, no
dia 4/4/12, recebemos a visita de um grupo de alunos e
professores acompanhados da Irmã Jussara Diretora do Colégio
Divina Providencia.
O motivo da visita foi compartilhar com as crianças do Educandário o
que eles arrecadaram no período da Quaresma, Campanha da Fraternidade
deste ano em curso, doação de alimentos, roupas e calçados. As irmãs e
alunos do Colégio Divina Providência, nossos sinceros agradecimentos.
Que o Pai Providente, os recompense a todos.
Pela Comunidade: Irmã Leah Kemunto Gwaro
12/02 A 23/03/2012 – MANAUS – AM
É com alegria que agradeço ao Pai Providente pela dádiva que me concede: minha comunidade (Borba), a pessoa
de Irmã Bárbara Cristina Ferreira Britto, Superiora Provincial e a comunidade
de Manaus pelo acolhimento à minha pessoa no período em que mais
necessitei, sendo verdadeiras testemunhas do Amor a Deus e ao próximo,
sendo boas samaritanas.
Participar do CERNE 105 foi para mim a realização de um sonho antigo, o qual
abracei, pois o meu ser fragilizado necessitava de beber da fonte da água viva.
Meu ser necessitava de uma revitalização tanto espiritual como consagrada.
Experienciei momentos profundos de encontro com Deus, comigo mesma e
com o outro, pois as dinâmicas vivenciadas favoreciam o meu crescimento
pessoal e comunitário; eu me havia permitido ser machucada, precisava curar
as minhas feridas. Graças à misericórdia Divina e à minha predisposição em ser
ajudada, pude me recompor, para abraçar uma nova missão em minha vida: ir
além-fronteiras . A Sabedoria de Deus se fez presente: preparou-me,
revigorou-me, revitalizando-me, fez-me renovar com mais ardor o meu “SIM”,
fazendo-me, no meu dia a dia, professar a minha Fé e renovar os meus Votos de Obediência, Castidade e
Informando – Março/Abril e Maio 2012 18
www.beneditinasdp.org.br
Pobreza, não como algumas pessoas os vê, mas como aquilo que eles de fato são e representam para a vida
consagrada, como compromisso e missão.
Tudo o que é contrário à vida cristã e ao seguimento a Jesus Cristo, que é sinal
de morte, tudo o que fere a dignidade do outro e o que não se vive de fato como
verdadeiro amor, o egoísmo, egocentrismo, o orgulho, resistência ao novo,
estruturas rígidas criadas por nós, à qual muitas vezes as transferimos para a
outra (o), para a Instituição, a Congregação... O que é incômodo deve ser
refletido, meditado e contemplado à Luz da Palavra de Deus, para que tenhamos
o discernimento necessário, atitude de transparência, de sermos verdadeiras
(os) conosco mesmas (os). Tomar consciência de que a diferença deve ser respeitada, a mudança deve partir de
cada um (a) de nós, porque se cada um de nós se permite mudar a sua visão no ver, sentir e agir, seremos capazes
de ver nossas coirmãs, a nossa comunidade com olhos mais humanos, com os olhos de Deus, sendo presença de
transformação, de perdão e conversão; tudo o que não está integrado em nós acabamos projetando para fora, o
que acaba destruindo e não construindo.
Nosso fio condutor, para garantirmos um crescimento pessoal e comunitário, é a busca constante de nos integrar
como ser humano-espiritual-social-sexual, dando a nós uma liga consistente, com uma aceitação dinâmica de si
mesma (o), harmonizando-se, ligando todos os aspectos da vida: nossas emoções, nossos desejos, nossas relações
a nível real e ideal, nossa história, da qual somos protagonistas e, deixando-se conduzir pelo processo natural de
encontro, de enfrentar desafios, que tem as suas exigências, ter ousadia, avançar e dar respostas novas, para
perguntas antigas e nunca nos acomodarmos, dando respostas antigas, para perguntas novas. Necessitamos
ajustar as velas de nossos barcos, para sermos capazes de irmos para águas
mais profundas e, com o Mestre, realizarmos uma abundante pesca.
O CERNE 105 deixou em mim marcas profundas, deu-me a oportunidade de
retomar a minha própria vida, para continuar sendo uma presença alegre,
aonde quer que eu esteja, uma presença de um ser consagrado que se ama,
que ama e se deixa amar; reacendeu com mais força a chama do meu
dinamismo, do meu encantamento e do meu amor por Jesus Cristo na pessoa
do meu próximo, do mais próximo de mim, aquela ou aquele que está ao meu lado. Quero fazer do meu dia a dia
uma ação de graças, colocando a serviço os meus dons e procurando conhecer-me cada vez mais, estando
centrada n’Aquele que por amor deu a vida por mim e por cada um (a) de nós. Não há maior testemunho
vocacional do que aquele de SER UMA PESSOA REALIZADA E FELIZ!
“VASO QUE DESEJA SER SEMPRE USADO NECESSITA SER SEMPRE RESTAURADO.”
Irmã Mirian Celeste Jeronimo
Estimadas Comunidades é com muita alegria que queremos partilhar com vocês a nossa experiência de missão.
No dia 1º de abril p.p. nós Ir. Ângela Maria, Ir. Odir Terezinha e Ir. Sandra Lustoza, partimos para Fortaleza com o
Serviço de Animação Vocacional
Informando – Março/Abril e Maio 2012 19
www.beneditinasdp.org.br
objetivo de realizarmos a missão vocacional, em Maranguape Município de Fortaleza Ceará. Ao chegarmos fomos
acolhidas pelos Irmãos Maristas com residência fixa em Maraponga.
No dia seguinte, pela tarde, fomos com os postulantes e o Ir. Evangelista, visitar a escola social onde os mesmos
desenvolvem seus trabalhos com jovens e adolescentes do 5º ao 9º ano. Nós nos apresentamos e falamos sobre
os símbolos da Páscoa, juntamente com a equipe docente da mesma. Após este momento fomos conhecer a
cidade, visitamos alguns centros culturais e históricos em especial a Catedral, que tem como padroeiro São José.
Ao voltarmos fomos para a residência das Irmãs Lourdinas que nos hospedaram por dois dias, partilhamos
carismas, apostolados, vivenciamos momentos comunitários, e foi muito gratificante para nós conhecer a historia
de outra Congregação que se dedica ao trabalho pastoral naquela comunidade. Após a santa Missa da quarta
feira pela manhã, nos dirigimos para Maranguape, a fim de conhecer onde iriamos ficar, depois de uma breve
visita a senhora Denise.Fomos,então, encontrar o Padre Arildo que nos acolheu muito bem e nos enviou a Vilares
da Serra no novo Maranguape, uma pequena comunidade que está se construindo como Igreja viva e atuante.
Conhecemos a Senhora Natividade, Coordenadora da Comunidade que nos acolheu durante o Tríduo Pascoal. Em
seguida retornamos a Maraponga e no dia seguinte fomos visitar a Comunidade São Francisco de Assis, a convite
do Postulante Jean, que realiza seu trabalho pastoral, nesta localidade. Conhecemos um grupo de Jovens e
adolescentes daquela comunidade e saímos em visita às famílias e encontramos pessoas sedentas por uma
palavra de esperança, jovens em busca de um sentido para sua vida. À tarde voltamos para Villares da Serra, onde
realizamos nossos trabalhos, celebrações, visitas as famílias, encontros com crianças e Jovens.
Participar da missão é algo que nos fortalece e nos faz voltar no tempo e relembrar a nossa caminhada de
comunidade, fazer a experiência de ser discípula missionário de Jesus Cristo. Um encontro com um Deus simples,
cuja existência missionaria constitui em amar e servir sem limites, sem medo de se entregar de conhecer
realidades, ideias e ideais ,sonhos de um povo que mesmo diante de tantas dificuldades não perde o encanto,
gente simples, humilde e sofrida, mas que não deixa de sorrir e abrir as portas para nos acolher.
Temos a lembrança do sorriso contagiante do jovem, o simples aceno da criança, as dúvidas e curiosidades que
nos faz perceber seus desejos, anseios e medos.
Agradecemos a Deus por nos conceder a graça de realizar este trabalho com alegria, à Província pela
oportunidade de vivenciar esta experiência que foi muito gratificante para nós, e a todas as pessoas que nos
acolheram e participaram conosco deste trabalho.
Pelo Grupo Ir. Ângela Maria Medina de Souza
Com o tema da mensagem do Papa para o 49º Dia Mundial de Oração
pelas Vocações, Solenidade do Bom Pastor: "As vocações, dom do amor de
Deus", o Serviço de Animação Vocacional (SAV) da Arquidiocese de
Ribeirão Preto divulgou a programação da Semana de Oração pelas
Vocações, nos dias 29 de abril; 2, 3 e 4 de maio. A programação abrange os
níveis arquidiocesanos, fornias e paróquias:
Programação:
Informando – Março/Abril e Maio 2012 20
www.beneditinasdp.org.br
29 de abril - Abertura nas Paróquias
02 de maio - Encontro – Crismando e Jovens - Fornias
03 de maio - Hora Santa Vocacional - Paróquias
04 de maio - Encerramento - Momento Mariano - 20h - Seminário Maria
Imaculada-Brodowski
No dia 29 de abril, o Serviço de Animação Vocacional (SAV) da Paróquia de
Santa Rosa de Viterbo, promoveu o 1º Encontrão da Juventude, com o
tema: Salve Juventude cheia de Vida e Esperança. O encontro teve início
às 8h: 30min onde o ministério de música da Paróquia acolhia os jovens
que aos poucos iam chegando. Contamos com a presença de 200 jovens e
vários leigos que trabalham em outras pastorais e movimentos da
Paróquia que também nos ajudaram na organização desse encontro.
O 1º Encontrão da juventude teve como objetivo:
Despertar os jovens para a vida na Igreja.
Conduzir os jovens ao conhecimento e amizade da pessoa de Jesus
Cristo.
Criar equipes de trabalho com pessoas de outras pastorais. Isso acaba
atraindo a toda igreja a se comprometer com o trabalho com a
juventude e pelas vocações.
Foi um dia de graça. Momentos fortes de espiritualidade, palestras,
partilhas e experiências vocacionais, dinâmicas, poesias, teatros, e
muita alegria e animação que é próprio da juventude cheia de vida e
esperança. Terminamos o encontrão às 17h com a celebração da Santa
Missa, agradecendo a Jesus Bom Pastor pela vida da nossa juventude e por todas as vocações existentes no seio
da Igreja.
Momento Mariano:
No dia 4 de maio, participamos do encerramento da IV semana de Oração pelas Vocações, que aconteceu no
Seminário Maria Imaculada de Brodowski, com o tema proposto pelo Papa Bento XVI: As Vocações dom do amor
de Deus. Durante essa semana aconteceram diversas atividades nas paróquias e fornias de nossa Arquidiocese,
momento de oração, adoração eucarística, encontros com a juventude e partilhas vocacionais. O documento de
Aparecida nos ensina que todo o povo de Deus precisa ser responsável pela Pastoral Vocacional. “É necessário
intensificar de diversas maneiras a oração pelas vocações, com a qual também se contribui para criar maior
sensibilidade e receptividade diante do chamado do Senhor; assim como promover e coordenar diversas
iniciativas vocacionais”. (DA 314)
É urgente, todos nos unirmos em oração pelas vocações, pois a vocação é sempre uma resposta ao amor de Deus
Providente a uma comunidade orante, como nos ensinaram os bispos em Puebla em 1979, no México.
O nosso olhar deve se dirigir aos nossos jovens. Certamente, eles são a esperança de nossa caminhada eclesial,
como um testamento do Reino de Deus que deixamos para os futuros cristãos.
Que sob a intercessão de Nossa Senhora, Rainha das Vocações, nossa oração e ação evangelizadora despertem
numerosas vocações para a Messe do Senhor.
Fraternalmente,
Ir. Daiana de Oliveira Silva
Informando – Março/Abril e Maio 2012 21
www.beneditinasdp.org.br
Queridos leitores, é com muita satisfação que venho partilhar com cada um, o momento especial que houve na
noite do dia 28 de abril, na Paróquia Mãe de Deus e dos Órfãos.
Estimados, houve neste dia uma vigília vocacional direcionada aos jovens,
tendo como tema: “As vocações, Dom do Amor de Deus”! Neste belíssimo
encontro dos jovens com o Cristo Senhor, presente no Santíssimo
Sacramento, foi admirável como Ele é reconhecido com seu real e
verdadeiro sentido, tendo sim aqueles que ainda não o compreendeu, mas
estão irmãos na caminhada da busca, se colocando em momentos de
encontro com Ele.
Rezemos por eles para que, como Santo Agostinho, possam sentir a beleza do
encantar-se por Deus, e dizerem sim ao seu Projeto. E que como Ir. Kelle bem frisou: possam
ser cristãos autênticos, não só na Igreja, pois dentro do templo é bom e fácil, mas que sejam também fora. É aqui
que se encontra o desafio para ser coerente, na sociedade.
Irmãos na fé, neste momento de adoração, fomos convidados a nos
colocarmos sem máscaras, fingimentos diante do Senhor, mas nos
apresentarmos com aquilo que temos e somos. A nos abrirmos, a
experimentar o tão encantador amor de Deus, este amor que nos sustenta,
e crer que é com este mesmo amor que Deus Pai está a nos olhar, e por
meio dele possamos realizar mudanças profundas e verdadeiras em nossas
vidas. Cada vocação é um dom do amor de Deus, é uma iniciativa do
próprio Senhor e cabe a cada um por amor, aonde não há, para assim
recolher amor.
Nesta vigília refletimos sobre o Evangelho: Mat 18,18-23. O Reino é uma partilha. Ir. Kelle fez
uma breve reflexão sobre o mesmo e deixou uma pergunta: O que o Senhor me pede para deixar? O que ainda
me falta para segui-lo? E deixou-nos esta frase conhecida, porém interessante: “Com Deus não se brinca, de Deus
não se foge”.
Esta vigília proporcionou um momento de encontro do Senhor com os
jovens pois eles rezaram, cantaram, se renovaram e Padre Carlos
encerrou este momento com a benção do Santíssimo Sacramento.
E assim, ao partilhar essa experiência queridos irmãos em Cristo, deixo a
cada um, um forte abraço e deixo as minhas orações.
Noviça: Flaviana Gomes Pereira
Informando – Março/Abril e Maio 2012 22
www.beneditinasdp.org.br
“Em Deus cuja Palavra me entusiasma, em Deus eu me apoio”.
Deus em sua plenitude nos convida a anunciar o seu amor por nós, Ele nos
conhece antes mesmo de nos formar no ventre materno, e nos constitui
vocacionadas ao seu amor.
Conscientes deste chamado, iniciamos uma nova etapa
em nossas vidas, passamos não só a conhecer, mas a
vivenciar a espiritualidade e o Carisma da Congregação
das Irmãs Beneditinas da Divina Providência, em uma
opção livre e consciente de nos consagrar a Deus.
No dia 19 de março iniciou-se o Aspirinter, o nosso primeiro encontro na CRB, tendo como
tema: Formação Humana, o que nos levou a um crescimento pessoal e comunitário.
Conhecemos varias Congregações.
Retornando a casa (Projeto Ciranda) as Irmãs Elisete
Mendes Neto, Maria Aparecida Barcellos da Silva, Sandra
Regina Ribeiro Lustoza e a Noviça Flaviana Gomes
Pereira haviam preparado uma pequena cerimônia ao som da musica: “Tudo
Posso” (Celina Borges), marcando nossa entrada no Aspirantado.
A verdade é que ficamos mais felizes que “pinto no lixo”, mas para chegar até
aqui “rebolamos mais que bolacha na boca de banguelo”.
Aspirantes:
Angélica Maria de Freitas e Monica Ferreira da Silva
No dia 23 de abril estivemos no Curso de Iniciação a Oração para noviços(as)na casa dos Freis Carmelitas
Descalços, em São Roque- SP. Lá encontremos com noviças e noviços de várias congregações com seus
Formação em foco
Informando – Março/Abril e Maio 2012 23
www.beneditinasdp.org.br
respectivos formadores e formadoras e vivenciamos dias de muita reflexão e descobertas, nos quais queremos
partilhar com vocês.
“Oração que reza só é somente oração
Oração que reza junto se torna o
Evangelho encarnado”
Antes deste momento, estávamos hospedadas desde o dia 20 na comunidade
do Pio X, onde passamos um agradável fim de semana junto com a
Comunidade. Acolhidas com alegria e atenção. E foi, neste revigoramento
fraterno que fomos para São Roque/SP, participar deste providencial curso de
oração.
O curso de iniciação foi dirigido por Frei Geraldo Luis Bolentini, que dialogou
muito conosco a cerca da oração verdadeira, que é sempre refletida na prática. Falou-nos sobre as diferentes
formas de oração existentes no mundo, da importância da oração universal, do sentido de voltarmos sempre à
essência que é Jesus Cristo; que é a motivação principal para estarmos e vivermos a partir da oração. Tivemos
muitos momentos para refletirmos sobre nossa vida de oração pessoal e também muitos momentos bons de
partilha, de animação com todo o grupo participante. Momentos estes que, com certeza foram importantes para
o crescimento de cada uma de nós no seguimento de Jesus Cristo, ao qual somos chamadas.
Somos chamadas como cristãs e como religiosas a buscarmos viver em comunhão com Deus que se faz presente
no próximo, a cada instante de nossa vida. Assim, somos chamadas a ser pedagogas na vida de oração, a levar o
cristianismo com convicção e termos todo o cuidado de não cairmos na superficialidade, pois a verdadeira vida de
oração tem a capacidade de lapidar a nossa humanidade, se nos deixamos ser conduzidas pelo amor de Deus que
cuida que ensina que revela quem somos.
Falou-se muito da autêntica oração, do valor que se dá a este encontro. E
fica visível a grande necessidade de abertura de coração, de entrega, de
avaliação, de desprendimento, pois como disse o Frei Geraldo: “Uma
oração autenticamente cristã jamais produz distanciamento; ao contrário, a
oração cristã é comunhão, é sempre unidade”. E como será que está nossa
vida de oração? Será que estamos vivenciando de fato o nosso encontro
com Deus?
Fica para nós a certeza de que estamos caminhando, caminhando sempre na busca de sermos mais
autenticamente cristãs, autenticamente consagradas ao único necessário, Jesus Cristo.
Busquemos, pois, a fonte de água viva e, deixemo-nos modelar pelas mãos do Pai Providente que nos ama
intensamente.
Somos muito gratas a Ir. Clara que nos acompanhou e a nossa Congregação pela oportunidade. Obrigada!
“Que Cristo habite pela fé em vossos corações e que sejais arraigados e fundados no amor.
Assim tereis condições para compreender com todos os santos qual é a largura e o comprimento e a altura e a
profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede a todo conhecimento, para que sejais plenificados com
toda a plenitude de Deus”
(Ef 3,17-19)
Noviças:
Lilian dos Santos Soares e Lucy Mary Awuo
Informando – Março/Abril e Maio 2012 24
www.beneditinasdp.org.br
Uma vez pediram a um peixe para falar do mar.
-Fala-nos do mar- disseram-lhe.
- Dizem que é muito grande o mar- respondeu o peixe.
-Dizem que sem ele morreríamos. Não sou o peixe mais indicado para vos falar do mar. Eu, do mar, o que
conheço bem são só estes dez metros à superfície. É só deles que vos posso falar. É aqui que passo o meu tempo,
quase sempre distraído. Ando de um lado para outro, à procura de comida ou simplesmente às voltas com o meu
cardume. No meu cardume não se fala do mar. Fala-se das algas, das rochas, das marés, dos peixes grandes e
perigosos, dos peixes pequenos e saborosos e de que temperatura fará amanhã. O meu cardume é assim: eles
vão e eu vou atrás deles.
-Mas tu, que és peixe, nunca sentistes o mar?
- Creio que o sinto, às vezes, passar por minhas guelras.
Umas vezes o sinto, outras não. Às vezes o sinto, quando não me distraio com outras coisas. Fecho os olhos e fico
sentindo o mar. Isso tudo de noite, claro, para que os outros não vejam. Diriam que sou louco por dar tempo ao
mar.
- Conheces o mar, portanto. Podes falar-nos do mar?
- Sei que é grande e profundo, mas não vos quero enganar. Sei de peixes que já desceram ao fundo do mar.
Perguntai a eles, que vos saberão falar do mar. Eu nunca desci muito fundo. Bem, talvez uma ou duas vezes... Um
dia as ondas eram tão fortes que eu tive de me deixar levar muito fundo,
para não morrer. Nunca tinha estado lá e nunca esquecerei que lá estive.
Apenas vos sei falar bem da superfície do mar...
-Foi ruim, quando desceste? Por que voltaste à superfície?
- Não foi ruim. Foi muito bom. Havia muita paz, muito silêncio. Era como se
lá fosse a minha casa, como se ali eu estivesse inteiro.
- Por que não voltaste lá para o fundo? Por preguiça?
-Às vezes acho que é preguiça, outras vezes acho que é medo.
-Medo? Mas tu não dissestes que era bom? Medo de quê?
- Medo do desconhecido, medo de me perder. Aqui à superfície já estou habituado. Adquiri um certo estatuto
para mim mesmo. Controlo as coisas ou, pelo menos, tenho a sensação de as controlar. Lá embaixo não sei bem o
que pode me acontecer. Estou todo nas mãos do mar.
- Tiveste medo quando chegaste ao fundo do mar?
- Não tive medo algum. Era tudo muito simples... E no entanto agora tenho medo... Mas eu não cheguei ao fundo
do mar! Apenas estive menos à superfície.
- E o que dizem os outros, o que lá estiveram?
- Dizem coisas que eu não entendo. Dizem que é preciso ir para saber. E dizem que não há nada importante na
vida de um peixe.
- E explicam como se vai?
- Aí é que está. Explicam que não se chega lá por esforço, que só podemos fazer esforço em deixar-nos ir. Que é
só o mar que nos leva ao mar.
Informando – Março/Abril e Maio 2012 25
www.beneditinasdp.org.br
Então veio uma corrente mais forte que o fez descer. O peixe tentou lutar contra ela com todas as forças que
tinha, à medida que via distanciarem-se as coisas da superfície. Talvez para sempre... Mas depois fechou os olhos,
confiou e já sem medo deixou-se ir.
Contribuição da noviça Lilian dos Santos Soares
Estimadas, Irmãs e formandas e queridos oblatos.
É com alegria que desejo partilhar com cada um de vocês a formação que tive no
novínter da CRB-SP, nos dias 10 a 14 de Abril, tendo como tema este encontro a “Cristologia”,
sendo abordado por Pe. Mauro Negro,OJ.
Tendo de inicio uma breve apresentação de todos ali presentes na qual possibilitou a
oportunidade de nos conhecermos. Tendo neste encontro noviços do 1º ano e do 2º ano,
havendo alguns rostos conhecidos. Foi interessante a forma descontraída e
esclarecedora de como a Pe. Mauro desenvolveu e se expressou em suas explicações ao
falar sobre a Salvação (mudança de estado; sendo uma atitude ativa),Mistério ( um conhecer e
ter mais a descobri, dando como exemplo: o ser humano), símbolo ( aquilo que uni) Evento ( algo que marcou e
prolonga-se) a memória ( algo que é histórico e real) o partir das cortinas do templo no momento em quem Jesus
estava na Cruz, ( sendo uma forma de representar que Deus se faz presente em Cristo, saindo do templo de
Jerusalém e se fazendo acessivo a todos.) sobre a fé ( na qual se dar em dois trilhos: inteligência e o afeto, sendo
importante os 2 para que não seja hipócrita e fanático).
Fazendo um paralelo com o AT e o NT, sendo que ambos se completam porém o AT resume se em 1 ponto a
unicidade de Deus (Dt 6, 4) e o NT em resume-se na vinda de Cristo Jesus. (Jo 1, 14). Deixando como apelo o
cuidar da imagem que possuímos de Deus, a inteligência ( de criar a parte de algo ) a vontade e liberdade e do
mistério do ser humano daquilo que é e daquilo que faço.
Houveram muitos aspectos vistos mais deixo- vos estes poucos relatos, deixando também a experiência fraterna
que se foi possível vivermos nestes momentos. Pois fui acompanhada pela Ir. Cleidinei. Sendo este grupo
constituído de pessoas de uma espiritualidade e caminhada enriquecedora, deixando como marcas a
descontração, espontaneidade, veracidade e alegria.
Cristologia em poucas palavras é o reconhecimento que somos filhos de Deus, somos predestinados ou seja
temos um chance em sermos santos; irrepreensíveis de pecados.
Deixo com cada um que decorreu a leitura destas poucas linhas, um forte fraterno e carinhoso abraço.
Noviça: Flaviana Gomes Pereira
Informando – Março/Abril e Maio 2012 26
www.beneditinasdp.org.br
Estimados Irmãos pela fé.
Nós as noviças, Claire e Flaviana, desejamos partilhar convosco da formação que tivemos no prédio da CRB-SP,
nos dias 15 a 18 de Maio, cujo tema: “A ética Cristã e a experiência da sexualidade”. Sendo abordado por Pe. Luis,
da Ordem dos Agostinianos.
Ao chegarmos havia uma entusiasmada recepção, na qual fomos
bem recebidas e acolhidas. Após esse afetuoso momento, se deu a
palestra, havendo uma breve apresentação por Congregação.
Temos Irmãos, já de inicio a frase instigante: “Não fazemos sexualidade,
somos sexualidade”, pois é todo o nosso corpo, movimentos, contatos,
afetos... e é por meio dela que construímos as nossas relações. Porém é
necessário acolhermos os nossos sentimentos, história de vida e
limitações. Frisado que é de suma importância que se aproveite os momentos apropriados para trabalhar, não só
se dedicar aos estudos de constituições ou referentes ao instituto.
Caríssimos, este encontro deixou-nos grandes reflexões porém partilharemos em poucas palavras entre adjetivos
e verbos o sentido da Ética Cristã: o amor, a justiça, o quere bem, o viver bem, a comunhão, a abertura e a
solidariedade. Elementos essências para um bom viver eticamente. Porém não deixemos de lado a moral, pois
são elas as nossas atitudes e posturas. No terceiro dia, tivemos a presença da Professora Isabel, na qual falou-nos
um pouco do Gênero, nos aspectos de ser, agir, pensar e estar do ser homem e ser mulher. Relembrando a luta
pela igualdade feminina, que, porém, hoje há a sua desculturação e desnaturação, não só neste ramo, mas em
toda a história se percebe este fato de perca da identidade e valor. Diante disso frisou a importância do senso
critico, o rever a nossa postura em relação ao rompimentos dos paradigmas, as normas.
Iniciando o quarto dia, o PE. Luis fez uma síntese da ética cristã e da moral no decorrer dos anos, vendo nos
aspectos: da centralidade (o que era considerado importante para o ser humano), a relação entre Deus e o
homem ( como era visto e como o homem se colocava), o mundo e a Igreja ( como era a visão e postura do em
relação mesmos).
“ ...o amor é como uma borboleta quanto mais se buscar, elas fogem e se paramos elas pousam”.
Deixamos essa frase que se prolongou neste nosso encontro e que nos deixou individualmente uma reflexiva
mensagem.
É com muito carinho que enceramos estar nossa participação.
Noviças: Claire Khabayi Misango e Flaviana Gomes Pereira.
Informando – Março/Abril e Maio 2012 27
www.beneditinasdp.org.br
Estimadas Irmãs este ano marcado por acontecimentos importantes em nossa Família Religiosa: Capítulos
Provinciais e Geral, nós Junioristas da Província da “Divina Providência” no Brasil, partindo do tema abordado no
nosso Capítulo Provincial (Constituições - Fundamento da Formação), decidimos partilhar convosco as riquezas
que recebemos na formação feita na CRB. Esperamos que seja de grande proveito para todas assim como o tem
sido para nós.
Estamos divididas em três oficinas distintas:
1. Relações Interpessoais e Vida Fraterna
2. Mariologia
3. Consagração definitiva
Será dentro destes temas que faremos nossas partilhas:
Entre os dias 24 e 25 de março, houve o encontro Juninter organizado pela
CRB de São Paulo.
A assessora Marilene Brandão e sua irmã a psicóloga Dra. Maria Aparecida
Brandão, nos falaram sobre relações interpessoais e vida fraterna; foram
ensinamentos valiosos que muito nos ajudaram a refletir sobre nossas vidas.
Destacamos frases, e colocações que mais nos chamaram a atenção. Slides:
: ...mas prometeu não me abandonar.
Se eu lhe pedir, se eu confiar,
Se não parar de aprender,
Na sua graça hei de crescer (2x)
“não há amor sem cruz”
“para encontrar o amor tem que esquecer-te de ti mesma”
Pensamos através destas, sobre a confiança que devemos ter Naquele que é a nossa segurança. Sabemos que não
é fácil de ser vivenciada, requer opção constante, renúncia, compromisso com Cristo e consigo mesma.
Depois fomos interpeladas sobre qual é nosso papel enquanto Junioristas e sobre a importância do nosso
testemunho e se estamos inspirando outras pessoas à Vida Religiosa através da música de Mariani: Saudade do
amanhã:
Viver o agora importa, mas não esquecendo o amanhã.
Qualquer escolha agora refletirá em suas manhãs.
Ela nos fez pensar sobre nossas escolhas, sobre nosso ideal de vida que é Cristo, sobre como estamos utilizando
nossa liberdade e se a vivenciamos com fidelidade.
Foram-nos apresentadas algumas ferramentas úteis para nos tornarmos pessoas melhores, como a coragem que
não é a ausência de medo, mas é enfrentar as coisas; a fé, que nos proporciona equilíbrio, serenidade , nos dá
Informando – Março/Abril e Maio 2012 28
www.beneditinasdp.org.br
forças para encarar os desafios, e nos ajuda nas relações interpessoais, pois das nossas relações com as pessoas
reflete a nossa relação com Deus ; a importância do saber ouvir, pois quem sabe ouvir os outros sabe ouvir a si
mesmo; e o caráter, que é uma qualidade importantíssima para se relacionar bem com as pessoas.” O caráter
pode se manifestar em momentos grandiosos, mas é construído nas pequenas atitudes.”(Philips Brooks)
Irmã Beatriz Dias da Silva e Irmã Francinete de Oliveira da Silva
Maria na bíblia: panorama
Na realidade, depois que Maria se tornou reconhecida na comunidade cristã, a partir do século III, aconteceu uma
releitura dos textos bíblicos. Ampliou-se o sentido original. Assim, algumas imagens e alegorias, como “a
descendência da mulher que esmaga a cabeça da serpente” (Gn 3,15), passaram a ser compreendidas em relação
à Mãe de Jesus.
Nos escritos de Paulo não há referência direta a Maria. Somente o texto de Gálatas 5,5 faz uma ilusão à Mãe de
Jesus, ao falar que Deus “enviou seu filho, nascido de uma Mulher”.
No evangelho de Marcos, o primeiro a ser escrito, Maria aparece no
meio dos familiares de Jesus, sem qualquer destaque. O evangelista mostra
com clareza que, para Jesus importa, sobretudo uma nova família, não
mais formada por laços de parentesco. A verdadeira família de Jesus
será, de agora em diante, a dos seus seguidores, ou seja, os discípulos e
discípulas que fazem a vontade do Pai.
Já Mateus acrescenta um dado novo. Ele prepara o anúncio da vida pública
de Jesus com os “relatos de infância”, que estão centrados na figura de
José, o homem justo que sempre age de acordo com o apelo de Deus. Assim,
José acolhe Maria como sua esposa e não tem relações íntimas com ela
até o nascimento. Adota Jesus como seu filho, mesmo não sendo o pai
biológico e protege a ambos dos perigos que surgem. Maria é apresentada como aquela que concebe pela ação
do Espírito e está unida ao filho, como mostra a expressão “o menino e sua mãe”, repetida vezes.
O evangelho que mais se refere à Maria é Lucas. A começar pela quantidade dos relatos nos quais ela aparece ou
se diz algo sobre a Mãe de Jesus: anunciação, visita a Isabel, cântico do Magnificat, nascimento de Jesus,
apresentação no templo, profecia de Simeão, desencontro no templo aos 11 anos, a vida em Nazaré, as palavras
de Jesus sobre a família, o diálogo com a mulher na multidão, a presença de Maria na comunidade nascente,
preparando a vinda do Espírito Santo. Através de todos estes relatos, Lucas nos apresenta Maria como a figura
da/o perfeito discípulo de Jesus, que ouve a Palavra de Deus, a guarda no coração e dá frutos na perseverança.
Além disso, Maria trilha um caminho na fé. Totalmente entregue aos projetos de Deus, ela não entende tudo o
que lhe acontece, e por isso mesmo precisa continuamente meditar o sentido dos acontecimentos. Passa por
momentos belos e difíceis, alegres e sofridos. O fato de ter que aprender o “jeito novo” de ver o mundo que Jesus
propõe causa-lhe conflitos, que lhe atravessam o coração como uma espada. Como mulher proveniente de
Nazaré da Galiléia, Maria vive e anuncia a opção preferencial de Deus pelos pobres, tal como Jesus o vive e
anuncia no sermão da planície.
Informando – Março/Abril e Maio 2012 29
www.beneditinasdp.org.br
Por fim, Maria é uma pessoa especialmente contemplada pelo Espírito Santo, que a cobre com sua sombra na
concepção de Jesus e atua na comunidade dos discípulos em Pentecostes, como línguas de fogo. “Nuvem” e
“fogo” são os símbolos da presença de Deus junto de seu povo peregrino, desde a libertação do Egito. Nuvem
quer dizer proteção e fecundidade. Já o fogo alude a energia, amor e vitalidade. Este é perfil de Maria em Lucas:
perfeita discípula, peregrina na fé, sinal da opção de Deus pelos pobres, mulher contemplada pelo Espírito Santo.
João completa o perfil de Lucas acrescentando duas outras características. Ao apresentar Maria no início da
missão de Jesus (bodas de Caná) e no momento derradeiro (junto à cruz), expressa que é uma pessoa significativa
para Jesus e sua comunidade. Nos dois relatos, Jesus não a chama de “mãe”, e sim de “mulher”, como o faz com
outras mulheres importantes, como a Samaritana e Madalena. Em Caná, Maria é apresentada como a “pedagoga
da fé”, que orienta os servidores para “fazer tudo o que Jesus disser”. Ajuda a reunir os discípulos em torno a
Jesus. Possibilita a realização do primeiro sinal, que inicia o processo de acreditar em Jesus e compreender quem
ele é. Já na cruz, Maria aparece junto com as mulheres e o discípulo amado, perseverante na fé, no momento em
que cessam os sinais. Por vontade de Jesus, há uma adoção recíproca. Ela assume a missão de mãe da
comunidade cristã, representada pelo “discípulo amado”, e a comunidade a acolhe como tal.
O texto de Apocalipse 12 não é originalmente mariano. A mulher, revestida de sol, com as estrelas debaixo dos
pés e as doze estrelas significa, em primeiro lugar, a comunidade-igreja, que já experimenta neste mundo os
frutos da glorificação de Jesus. De outro lado, também sofre os ataques das forças do mal na história, é frágil, vive
no deserto (lugar de tentação e de encontro com Deus) e sente a solidariedade da Terra. Como aconteceu com
textos do Antigo Testamento, houve, posteriormente, uma releitura de Ap 12, dando-lhe uma conotação
mariana. Ela se apoia no fato de Maria ser mulher e Mãe do Messias. Nas comunidades cristãs do século IV nasce
assim a intuição de que ela participa, de forma singular, da glorificação que será concedida a todos os seguidores
de Jesus.
Maria Modelo da Igreja
O Concílio Vaticano II apresenta Maria, Mãe de Jesus Cristo, como "protótipo e modelo para a Igreja", e descreve-
a como mulher humilde que escuta a Deus com confiança e alegria. Com essa mesma atitude temos de escutar a
Deus na Igreja atual.
“Alegra-te". É o que Maria escuta de Deus, primeiro; é o primeiro que temos de escutar também hoje. Entre nós
falta alegria. Com frequência, deixamo-nos contagiar pela tristeza de uma Igreja envelhecida e gasta. Já não é
Jesus a Boa Nova? Não sentimos a alegria de sermos os Seus seguidores? Quando falta a alegria, a fé perde o
frescor, a cordialidade desaparece, a amizade entre os crentes arrefece. Tudo fica mais difícil. É urgente despertar
a alegria nas nossas comunidades e recuperar a paz que Jesus nos deixou de herança.
"O Senhor esteja contigo". Não é fácil a alegria na Igreja dos nossos dias. A alegria só pode nascer da confiança
em Deus. Não estamos órfãos. Vivemos invocando cada dia a um Deus Pai que nos acompanha, nos defende e
procura sempre o bem de todo o ser humano.
Esta Igreja, às vezes tão desconcertada e perdida, que não acerta em voltar ao Evangelho, não está só. Jesus, o
Bom Pastor, procura-nos. O Seu Espírito nos atrai. Contamos com o seu alento e compreensão. Jesus não nos
abandonou. Com Ele tudo é possível.
"Não temas". São muitos os medos que nos paralisam, os seguidores de Jesus. Medo do mundo moderno e da
secularização. Medo de um futuro incerto. Medo da nossa debilidade. Medo da conversão ao Evangelho. O medo
está nos fazendo muito mal. Impede-nos de caminhar para o futuro com esperança. Encerra-nos na manutenção
estéril do passado. Crescem os nossos fantasmas. Desaparece o realismo e a sensatez cristã. É urgente construir
uma Igreja da confiança. A força de Deus não se revela numa Igreja poderosa, mas sim humilde.
Informando – Março/Abril e Maio 2012 30
www.beneditinasdp.org.br
“Darás à luz um filho que se chamará Jesus". Também a nós, como a Maria, é-nos confiada uma missão:
contribuir para pôr luz no meio da noite. Não estamos chamados a julgar o mundo, mas a semear a esperança. A
nossa tarefa não é apagar a pavio que se extingue, mas acender a fé que, em não poucos, está querendo brotar:
Deus é uma pergunta que humaniza.
A partir das nossas comunidades, cada vez menores e mais humildes, podemos ser fermento de um mundo mais
são e fraterno. Estamos em boas mãos.
Sete alegrias de Maria
Todo ser humano, na medida em que faz uma opção de vida e persevera nela, enfrenta oposição e passa por
dificuldades. Assim aconteceu também com Maria. Por outro lado, quem escolhe o caminho do Bem, mesmo que
siga um caminho pedregoso, experimenta belos momentos de consolo, prazer, contentamento e confirmação
interior. A pessoa, que se faz aprendiz da vida, aprende tanto com as alegrias quanto com as dores.
No entanto, a tradição católica deu muito mais ênfase às dores de Maria do que às suas alegrias. É momento de
resgatar com intensidade as suas alegrias. A partir dos Evangelhos, lidos com o olhar de hoje, podemos identificar
ao menos sete alegrias de Maria.
(1) O contentamento na anunciação (Lc 1,26): A primeira palavra dirigida a Maria é exatamente esta. O anjo de
Deus a convida a alegrar-se em Deus. Aliás, todo o relato da infância em Lucas está encharcada por este
sentimento de alegria. Quando o Messias vem, o povo se alegra. Maria prova uma imensa alegria ao receber o
convite de Deus. Sente-se de fato agraciada e envolvida num convite encantador.
(2) A alegria do encontro com Isabel: Maria se dirige às pressas para visitar sua parenta. Quando se encontram,
Isabel é tomada de euforia. Proclama que Maria é “bendita entre as mulheres”, título no qual ecoa a participação
de Maria no projeto salvífico de Deus. Que cena linda a ser contemplada: o encontro das duas mulheres, o
cuidado cotidiano de uma com a outra, os sonhos e as esperanças em torno do Filho que vai nascer. Maria
experimenta a alegria de ser missionária, de partilhar seu tempo e suas energias com alguém, que necessita de
proteção e ajuda. De fato, há mais alegria em dar do que em receber!
(3) O cântico alegre de Maria: Lucas coloca nos lábios de Maria um belo cântico, durante a visita a Isabel. Este
canto de louvor de Maria foi chamado de “Magnificat”, primeira palavra da sua tradução latina, que significa
“engrandecer”, ou “cantar as maravilhas”. Maria está cheia do Espírito Santo e proclama as grandezas de Deus na
sua história pessoal e na história de seu povo. É um cântico de alegria e de consciência profética. Maria nos
ensina a exercitar a ação de graças, a reconhecer e a proclamar com alegria os sinais de Deus na existência
pessoal e nas práticas coletivas.
(4) O nascimento de Jesus: Lucas nos diz que o nascimento de Jesus foi motivo de alegria para todo o povo, a
começar dos mais pobres, representados pelos pastores. Há alegria no céu e na terra! Todas as pessoas de Bem
sentem-se amados por Deus, no momento em que o Filho assume a natureza humana. Maria participa desta
alegria de maneira única, como protagonista. Ela é a Mãe do Filho de Deus Encarnado. Gerou, gestou e deu à luz
Jesus. O Natal é festa de alegria!
(5) Alegria na missão de Jesus: Pouca gente descobriu este contentamento especial que Maria provou ao ver seu
Filho anunciar o Reino de Deus, curar os doentes, acolher os pobre e marginalizados, formar os discípulos e
discípulas. Esta alegria não está descrita nos Evangelhos, a não ser na cena de Caná. Maria e os discípulos
experimentam um imenso prazer, quando percebem que Jesus é o vinho novo! Ele realiza as grandes esperanças
de seu povo. Quanta alegria Maria viveu, ao acompanhar a missão de seu Filho, como a perfeita discípula!
(6) Euforia da ressurreição: Depois de viver a decepcionante e trágica experiência da morte de Cruz, Maria e os
seguidores de Jesus provaram uma alegria sem par. Jesus está vivo! Ele nos dá a paz. Ele venceu a morte! A
ressurreição fez a comunidade de Jesus compreender que este Homem de Nazaré é o Filho de Deus! Com este
Informando – Março/Abril e Maio 2012 31
www.beneditinasdp.org.br
novo olhar, compreenderam tantas coisas que Jesus fez e disse. Maria participa da ressurreição de Jesus de forma
original: refaz lembranças, ilumina fatos, nutre sua fé, está presente como Mãe da comunidade.
(7) Alegria de Pentecostes: O mesmo Espírito de Deus, que fecundou Maria e acompanhou Jesus, agora fecunda a
comunidade cristã. Cria a comunhão na diversidade, reúne o novo Povo de Deus para além das fronteiras do
judaísmo. Maria, que junto com outras mulheres e os familiares de Jesus, esteve em oração com os onze
discípulos, acompanha a comunidade de forma discreta. É o tempo da história! A alegria de Maria e dos outros
seguidores de Jesus se transforma na nossa alegria.
Ao percorrer as sete alegrias de Maria, cada cristão se reconhece nelas. Nossa vida de fé está marcada por estes
sinais de Deus que nos consolam, nos fortalecem e nos estimulam. Com Maria, cantamos alegres: “O Senhor fez
em nós maravilhas, Santo é o seu nome”.
Pelo Grupo: Irmã Daiana de Oliveira Silva
De inicio foi-nos feito os seguintes questionamento:
Que tipo de Vida Religiosa você sonha?
Da experiência de juniorista, o que gostaria que mudasse para aproximar do sonho?
Como você sonha ser uma Religiosa(o)?
Após refletirmos em individual, partilhamos em grupos, onde fizemos uma pequena síntese da partilha,
colocamos para toda turma.
Sonhos da Vida Religiosa
Profética
Fraterna
Uma vida normal
Conhecer-se melhor para servir
Ser sinal de presença
Abertura
Vivência
Relação Deus
Outro
Mundo
Sonhos Pessoais
Integridade – afetiva, fraterna e humano
Sinal de Deus pessoa livre, ser humano solidário,
Valorizar o ser
Depois da reflexão e exposição do grupo foi-nos questionado: Como estou vivendo o que foi apontado, pela
reflexão do grupo?
Fomos convidados a:
- Fazer síntese da nossa vida,
Informando – Março/Abril e Maio 2012 32
www.beneditinasdp.org.br
- Olhar para traz e rever os momentos que nos deram forças,
- Chamado dinâmico ter respostas dinâmicas,
- Somos chamados e Vocacionados,
- Duas liberdades Deus nos chama
Eu responsável
O que é ser Chamada (o)
Para entrar neste caminho do chamado somos convidados a percorrer, lembrar e combater o esquecimento –
esquecer as raízes. Uma das coisas mais perigosas na vida espiritual é o esquecimento, o acostumar-se e já não
sentir a novidade a surpresa daquilo que nos pós a caminho do Primeiro Amor.
Evangelho MT ( 28, 7) apresenta caminho espiritual. E o caminho da volta a Galiléia.
Recordar o chamado significa recordar quem fomos, e quem somos hoje, supõe empreender constantemente a
voltar a nossa Galiléia, as nossas raízes.
Galiléia é:
O frescor dos inícios;
A ingenuidade do primeiro amor;
A experiência dos primeiros passos;
Da ilusão de deixar tudo.
O primeiro amor nos deu a audácia de acreditar que se pode viver somente de Jesus. Os discípulos deixaram tudo
porque Jesus os olhou, um olhar que perpassou todo a sua existência.
1. Quem sou eu? Reviver a experiência do primeiro amor, da ilusão, do encanto e do entusiasmo.
2. Como fui descobrindo minha vocação? O que e quem me ajudou?
3. O que me motivou para dar os primeiros passos como resposta ao chamado?
4. Que motivo hoje tenho para continuar?
E seguimos falando das motivações que podem ser:
Consciente - conhecida
Inconsciente – desconhecida
Todo nosso agir é movido por motivação. Motivação – sincera, mais clara ou ambígua
O que move meu agir?
O mistério da aliança
O chamado se situa no mistério da aliança, o ser de Deus. Um Deus, que é reciprocidade, amor, dialogo,
interpreta.
Um Deus que fala e escuta.
Em (Gn 1 -26) façamos mulher e homem à nossa imagem.
A imagem de Deus é ser aliança, é escutar e responder. Isto se vai fazendo num processo de identificação,
caminhando cada vez mais na aliança – compromisso. No centro da nossa historia a tua palavra,
A iniciativa do chamado é de Deus, é um chamado pessoal a serviço do povo. ( Mc 3 – 13).
“Chamou aos que ele quis, e foram a ele e constituiu os dozes em comunidade, para estar com ele e enviá-los a
pregar”.
Releitura do Carisma. Cada geração tem época diferente.
V.R Empresa
Tomemos cuidado com o capitalismo e o reprodutivismo.
Todos nós temos a liberdade de escolha, portanto nos quem escolhemos o que queremos para nós mesmos.
Informando – Março/Abril e Maio 2012 33
www.beneditinasdp.org.br
Com isso ouvimos a história de Pepe, Mau humor ou bom humor, ele sempre estava de bem com a vida porque
fazia a escolha de estar de bem, com isso era admirados pelas pessoas e dizia que ele escolhia ser assim.
Baseado na historia foi-nos feito a seguinte a pergunta: Como quero viver a vida Religiosa?
Refletimos sobre: O chamado de Jesus aos seus discípulos. Jesus chama os que ele quer, eles se aproximam para
responder.
Somos enviados a missão.
3 pilares da Vida Consagrada:
Experiência com Deus
Missão
Vida Comunitária.
Diferenciar na VRC de SER / FAZER.
Integrar vida religiosa com minha vida pessoal. Olhar o que faço e porque faço.
A oração deve me motivar, não devo rezar para agradar. Não tenho que fazer da minha missão uma mera
atividade, mostrar que trabalha para se sentir valorizado, viver de aparência pelo trabalho, tenho que produzir
para ter valor.
Refletimos em relação ao Carisma. Carisma expressa faceta de Cristo.
1 – o que ganhei neste processo de Vida Religiosa Consagrada?
2 – o que pedir e por quê?
3 – o que fui adquirindo nestes anos de VRC? Que preciso deixar?
4 – O que motiva hoje para seguir Jesus e dar um sim definitivo?
5 – O que ofereci a Congregação?
Traços do seguimento de Jesus
A gratuidade – chamado gratuito de Deus, que nos leva a experimentar a gratuidade em ajudar na
missão.
A sedução – seguimento vai se dando um processo de crescimento e enamora mento.
No inicio Jesus é como um ídolo e aos poucos vai-se dando a sedução, o apaixonamento em
exclusividade. Todas as energias vão-se centrando em Jesus.
- sinto-me apaixonada por Jesus? Que indicadores o expressam?
- Para onde estão direcionando-se as minhas energias?
A radicalidade – seguir Jesus não é somente entregar os furtos da arvore, e entregar-lhe a arvore toda,
E entregar a árvore toda implica:
- Ruptura com os irmãos – presente assumir outros irmãos.
Ruptura com as possibilidades de ter seus filhos – Futuro
- outro tipo de fecundidade.
A radicalidade estar em assumir o estilo de vida como o de Jesus itinerante ao encontro do irmão.
A comunhão com Jesus.
Exige despojar-se do poder do prazer na comunhão e na identificação constitui o dinamismo profundo da
vocação. Daqui surge a possibilidade e a exigência da entrega total de si mesmo a na profissão dos conselhos
evangélicos vivido não acolhido do ministério de Cristo.
O compromisso profético evangelizador.
Ir atrás de Jesus é assumir a sua causa que é o plano de salvação. Assumir sua causa como minha. O seguimento
sempre é mística, apostólico e profético.
Informando – Março/Abril e Maio 2012 34
www.beneditinasdp.org.br
Vivencia a partir do Carisma
O Carisma dom vivo que manteve um núcleo do tempo e do espaço.
1- Quais são os elementos essenciais do Carisma da sua Congregação?
2- Quais os valores fundamentais da sua Congregação?
3- O que supõe viver cada um desses valores, a nível pessoal, comunitário e na missão?
- Quais a marca do Carisma que mais destaca em Você?
- Qual minha característica carismática?
- Carisma – Como levo dentro de mim?
Tarefa de casa
Fazer uma declaração do Carisma, não deixar os elementos fundacionais.
Quais os novos elementos para atualizar o Carisma na realidade de hoje?
Vida Consagrada
Consagração: Deus consagra e nós nos deixamos ser conduzidas por ele.
V.R.C é dom do pai dado à Igreja por meio do espírito
A consagração é um movimento no qual Deus tem a iniciativa de chamar, porém respeitando a liberdade da
pessoa responder. O essencial da consagração é nos entregarmos a Deus. Pela profissão nos consagramos e
somos consagradas. É ser sinal e instrumentos do amor de Deus.
Consagração Batismal
Pelo batismo somos chamados a ser filhos de Deus. A consagração batismal está na base da vida cristã.
A Consagração religiosa surge na historia como alternativa.
1- Como é apresentada Maria nas constituições da sua Congregação?
2- 2- O que mais te atrai na vida de Maria?
3- Quem é Maria para Você?
Maria modelo de Consagração e por sua acolhida fiel à palavra e sua aceitação.
Maria inaugura essa presença.
Irmã Perpétua Machado Góes
Nos dias 14 e 15 de abril foi realizado na casa provincial o encontro da Formação
permanente; éramos 27 irmãs, dispostas a ouvir, refletir, estudar e partilhar
sobre o texto-base do nosso VIII Capítulo Provincial. O encontro iniciou-se com a
santa Missa presidida pelo Pe.Vinicius, missionário redentorista, que também fez
algumas colocações no 1º momento fazendo recordando o sentido da palavra
Liberdade “A liberdade constitucional não é fazer o que eu quero e sim ser livre
para viver o carisma.” E nos motivou a não nos esquecermos do essencial de nossa
Experiência Partilhada
Informando – Março/Abril e Maio 2012 35
www.beneditinasdp.org.br
vida consagrada, que é a pessoa de Jesus Cristo, que nos chama ao “Vinde e Vide” e permanecer com ele: “Foram
aonde Ele morava e permaneceram com ele...” e nos questionou sobre a autenticidade do nosso testemunho e se
realmente o damos, lembrando-nos de que a Vida Religiosa é chamada a testemunhar, ser sinal, construir , ser
exemplo....
Após o almoço, rezamos e refletimos sobre a introdução do texto-base, ouvimos Ir.Sandra que nos falou sobre os
aspectos social, econômico e religioso da nossa sociedade pós-moderna, uma realidade que nos atinge, nos
questiona e requer de nós uma posição diante dela. Como a própria tese nos diz: “Apesar de estarmos em um
período de constantes desafios, ele não é melhor ou pior do que os outros. Cada época tem suas luzes e sombras.
Precisamos estar preparadas para acolher o novo e conviver com ele sem perder a tradição, sem nos fecharmos”.
Ir. Cleidinei nos falou sobre os fundamentos da formação, de forma dinâmica.
Formamos grupos para depois partilharmos com todas o que lemos. Na noite de sábado fizemos uma divertida
recreação, com muitas risadas.
No domingo, iniciamos o nosso dia, ouvindo sobre “o caminho formativo da Irmã Beneditina da Divina
Providencia.” Tema exposto pela Ir. Sandra . Depois Irmã Maria José, falou sobre a instituição, e sobre o ser
humano, na visão da sagrada Escritura e na compreensão da comunidade do conhecimento, ilustrando com uma
comparação do Libânio, que diz que a nossa realidade humana é como uma árvore que tem suas raízes firmes na
terra, porém cresce em busca do alto, é a imanência e a transcendência juntas em nós. Ir. Maria Della Giustina
Finalizou o encontro dando continuidade ao tema falando sobre o autocontrole, a integralidade da pessoa, a
importância da comunidade e a arte de relacionar-se: ”Todos os seres-humanos, especialmente os de Vida
Consagrada, são desafiados a controlar os seus pensamentos, apetites, vocabulários, temperamentos e desejos. A
tomar consciência dos próprios sentimentos...”. A Irmã Márcia conduziu os momentos de oração e nos alegrou
com os seus cantos animados. As considerações finais foram rezadas, nos levando a comprometer –nos com o
nosso caminho formativo. Fizemos a nossa partilha e uma breve avaliação do Encontro.
“A autêntica formação, de fato, é um processo transformador, capaz de mudar radicalmente a vida da pessoa, se
esta se coloca a caminho.” E por falar em caminho, um caminho colocado ao centro do salão, nos falou com a sua
simbologia, durante esses dois dias, com suas pedras, galhos, flores, luzes e elementos que nos ajudam a
caminhar (constituições), nos mostrava uma meta: O Mestre Jesus de Nazaré. Obrigada a toda a equipe da
formação permanente e da elaboração da tese, que nos levou a esse momento riquíssimo de reflexão, oração e
comprometimento.
Pelo grupo
Irmã Beatriz Dias da Silva
Estimadas Irmãs, nos dias 21 e 22 de abril tivemos a graça
de participar do nosso encontro de formação permanente,
trazendo a certeza de que quanto mais partilhamos, tanto
mais nos descobrimos iguais na diversidade e nos
Informando – Março/Abril e Maio 2012 36
www.beneditinasdp.org.br
edificamos reciprocamente. Foram dois dias de muitas graças e reflexão.
No dia 21 o Padre Vinícius, com muita sabedoria e profundidade nos ajudou a refletir sobre a nossa própria
vida trazendo presente o tema do capítulo: Código Fundamental lei de liberdade - As Constituições -
Fundamento da Formação.
De forma simples e muito concreta enfatizou alguns pontos da nossa realidade enquanto Vida Religiosa
Consagrada:
• Devemos recuperar a nossa alegria.
• Resgatar o valor da conversa, da prosa na comunidade.
• Cultivar a nossa espiritualidade.
• Problema da onipotência na vida religiosa.
Diante das diversas realidades que nos encontramos, as nossas atividades e o nosso cotidiano ativista, nos
impedem muitas vezes de escutar a voz de Deus para acolher o seu apelo. Devemos está atenta para
perceber que a Divina Providência faz parte do nosso ser Beneditino e deve fazer parte do nosso cotidiano.
“Seja só Irmã Beneditina da Divina Providência, o resto virá por acréscimo” assim nos convidava o padre
Vinícius.
A nossa história é marcada pela simplicidade e com simplicidade demos continuidade ao nosso encontro. A
Irmã Ana Maria Gomes e Irmã Clara Rosa com muita criatividade foi conduzindo outros momentos,
sobretudo na dimensão formativa, humana e espiritual de forma dinâmica e produtiva.
À noite fomos fazer a nossa recreação. Muita alegria, gargalhadas, histórias, lembranças, saudades. Ouvindo
das nossas irmãs mais experientes o valor da vida religiosa e que vale a pena continuar mesmo em meios as
dificuldades e sofrimentos. Somos gratas a Deus pela sua imensa bondade e pela sua presença providente em
nossas vidas.
Irmã Leah Kemunto
Não existe fruto mais doce para uma escola do que o reconhecimento e o sucesso
oriundos de um aluno. Mais ainda, quando essa constatação é compartilhada pela
família dele.
Assim ocorre com a autora do depoimento abaixo, jovem cuja história de vida se
entrelaça à do Instituto Pio XI, a escola mais antiga da Rede Beneditina, mas que
mantém o viço dos primeiros anos, justamente por cultivar, diariamente, a boa
semente de uma árvore cujo fruto se resume em três palavras: Acolher, Assistir,
Educar.
Carisma em ação
Informando – Março/Abril e Maio 2012 37
www.beneditinasdp.org.br
Fiéis aos ideais das Servas de Deus Maria e Giustina Schiapparoli, as Irmãs Beneditinas da Divina Providência,
unidas, em todos os momentos aos educadores que, assim como elas, abraçaram a missão de educar com amor e
qualidade, mantém, com energia inabalável, essa obra, testemunho vivo de Oração e de Trabalho, voltado para
uma sociedade melhor.
Carta- Depoimento ao Instituto Pio XI
Meu nome é Paula Maria Queiroz Pereira da Silveira, tenho 23, e a minha história no Instituto Pio XI começou
ainda muito antes do meu nascimento. Eu sequer tentarei contá-la em detalhes, porque mesmo me lembrando
de todos, será impossível dimensionar, completamente, esses anos de trajetória nesse espaço escolar.
O amor da minha família pela instituição e pela Congregação das Irmãs Beneditinas da Divina Providência, desde
os meus avós, Maria e Paulo Pereira, foi herdado como uma tradição. São incontáveis os meus tios e primos que
estudaram e ainda estudam no Instituto.
Desde sempre, eu aprendi que o Pio XI era a minha segunda casa, que as Irmãs eram, também, parte da família, e
quando comecei a estudar lá, em 1992, esses laços apenas foram fortalecidos progressivamente, à medida que eu
ia crescendo, amadurecendo e formando a minha personalidade. Toda essa fase do meu desenvolvimento foi
marcada por intensa influência da deliciosa vivência com as Irmãs, com os mais que professores e funcionários,
meus grandes amigos, além dos muitos colegas de turma, que se tornaram, também, indispensáveis para toda a
vida.
O Pio XI, para mim e para muitos que estudaram nele, é um lugar mágico, ou melhor, abençoado, que faz isso
com a gente: deixa uma saudade gostosa, recheada de excelentes lembranças e um gosto de quero mais. Acho
que esta vontade de querer mais se reflete na fala tão presente da maioria dos ex-alunos, que é a seguinte:
“meus filhos também irão estudar lá!”
Eu falei assim quando comecei a estudar lá, no Jardim de Infância, com 3 anos e me esqueci de citar quando
terminei o Ensino Médio, em 2005, com 17 anos. Assim, totalizei 14 anos como aluna. Apesar de ter concluído
essa fase há alguns anos, nunca deixei de acompanhar cada progresso do colégio, mesmo que às vezes não
consiga fazer isso tão de pertinho como gostaria, já que hoje estou cursando a faculdade de Medicina, o que
requer de mim um dispêndio considerável de energia e de tempo.
Esse carinho e reconhecimento incondicional devem-se, também, a um fato que precisa ser ressaltado: essa
instituição é diferente por ser mais que fonte de conhecimento, de boa base e alto nível, mas também por ser
uma escola de vida, uma raridade nos dias de hoje; nela, agregam-se valores éticos e morais, essenciais para a
formação de um profissional bem qualificado e, principalmente, de um bom cidadão, alguém de bom caráter.
Modéstia à parte, sinto orgulho ao dizer que tudo isso faz parte de mim, e por tal sensação, sinto-me
imensamente grata a tudo e a todos os que também fazem parte dessa história.
Gostaria de agradecer, beijar e abraçar cada uma dessas pessoas, principalmente
aquelas que me apoiaram no momento mais difícil da minha vida, quando minha
madrinha faleceu. Tenho certeza de que ela estaria muito satisfeita hoje, por eu
estar aqui escrevendo esse depoimento, já que também era um desejo dela.
Por isso, Pio XI, pela vida jamais te esquecerei, saberei honrar sempre teu nome,
porque acredito profundamente na tua missão nobre e gigante. É esse o
pensamento que transmitirei aos meus filhos, quando os tiver, já que prezo muito
essa linda história entre o Instituto Pio XI, a Congregação das Irmãs Beneditinas da
Divina Providência e a minha família. Espero que ela não tenha fim e que continue
sendo feita com o mesmo apreço de sempre, porque eu te amo, “templo do saber”!
Informando – Março/Abril e Maio 2012 38
www.beneditinasdp.org.br
À Direção e a todos os funcionários – os atuais e os do futuro – ofereço minha oração, para que Deus continue
doando força, fé e sabedoria para que conduzam essa instituição de caridade com amor, carinho e dedicação, a
fim de que ela progrida sempre, cresça sem limites e seja fonte de tudo o que foi para mim, também, para todas
as crianças e jovens afortunados que por aí passarem.
Texto I Fidelidade a toda prova; confiar.
Reflexão retirada de eclesiástico 2, 1-18.
Numa sociedade permeada por inumeráveis projetos idolátricos, a perseverança na fé implica em muitos
sofrimentos e provações. A grande tentação consiste em abandonar a fidelidade a Deus e ao seu projeto, para
pagar o alto preço de “viver em paz”, o que longe de Deus é impossível.
A confiança é a expressão da relação com um Deus único e absoluto. Ele, por sua vez, jamais, abandona seu filho,
seu fiel. Os que confiam em Deus não devem temer os males que afligem sua vida, deve perseverar na fé, ser
confiante.
Confia em Deus, põe tua esperança nas mãos de Deus e ele tudo fará, e tudo lhe será dado.
Texto II
Em várias passagens da Bíblia podemos nos deparar com o tema da partilha, e logo percebemos sua real
importância para a religião cristã. O mestre Jesus nos mostra a necessidade de repartir o que temos com nosso
próximo, mesmo a oferta sendo pouca, se for de coração, será valida, tornando-se um ato de solidariedade.
O milagre da multiplicação dos Cinco pães e dois peixes demonstra o interesse de Jesus pela caridade, e nos
coloca não apenas como observadores na ação do Filho de Deus mas impossibilitados de realizar a partilha entre
nós mesmos. Assim como devemos partilhar coisas de necessidades físicas, também devemos partilhar
sentimentos como, alegria, amor, compreensão, carinho. Todos esses sentimentos fazem bem para o convívio
pessoal dos seres humanos.
Acima de qualquer sentimento a felicidade e a paz, movem a existência de todo e qualquer ser humano que
busque a bondade e a vida plena em Cristo.
Alunos do 3° ano do EM – Colégio Divina Providência
Informando – Março/Abril e Maio 2012 39
www.beneditinasdp.org.br
Ingredientes:
500 gramas de polvilho azedo
1/2 copo americano de leite
1/2 copo americano de óleo
1 ovo
200 gramas de queijo ralado
sal a gosto (+ ou – 1 colher de sopa, rasa de sal)
a forma não precisa ser untado, somete passar água
Modo de preparo:
1. Em uma bacia umedece o polvilho com água fria (somente para abaixar o pó);
2. Ferva o leite e óleo e o sal e escalde o polvilho, quando conseguir sove, quando a massa estiver morna acrescente
o queijo e os ovos, amasse novamente;
3. Coloque na forma com auxilio de uma colher, ou se preferir modele com cuidado, deixe um espaço entre os pães
de queijo, pois ele vai crescer enquanto assa;
4. Asse até que eles fiquem dourados;
Irmã Olímpia Bett
Falecimentos:
Em 10/02/2012 faleceu Lúcia Ferreira Teodoro, cunhada da Irmã Susana da Silva.
Em 20/04/2012 faleceu Celito Gava, irmão das Irmãs Amélia e Joseane Gava.
Em 26/04/2012 faleceu Odair Mendes, sobrinho da Irmã Adélia Serafina.
Em 26/04/2012 faleceu Lázaro Sobrinho Firmino, irmão da Irmã Maria Madalena Firmino
Em 11/05/2012 faleceu Maria Polese, irmã da Irmã Glicéria Polese.
Em 29/05/2012 faleceu Antônio de Mattia, irmão da Irmã Márcia de Mattia
Culinária
Fique por dentro