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ISTITUTO DE ZOOTECIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL LEVEDURA ATIVA (Saccharomyces cerevisiae) A DIETA DE OVIOS. DIGESTIBILIDADE APARETE DOS UTRIETES E PARÂMETROS RUMIAIS. Milena Hama Totake Watanabe ova Odessa Fevereiro - 2011

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I�STITUTO DE ZOOTEC�IA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL

LEVEDURA ATIVA (Saccharomyces cerevisiae) �A DIETA DE OVI�OS. DIGESTIBILIDADE APARE�TE DOS �UTRIE�TES E PARÂMETROS

RUMI�AIS.

Milena Hama Totake Watanabe

�ova Odessa

Fevereiro - 2011

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GOVER�O DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIME�TO AGÊ�CIA PAULISTA DE TEC�OLOGIA DOS AGRO�EGÓCIOS

I�STITUTO DE ZOOTEC�IA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL

LEVEDURA ATIVA (Saccharomyces cerevisiae) �A DIETA DE OVI�OS. DIGESTIBILIDADE APARE�TE DOS �UTRIE�TES E PARÂMETROS

RUMI�AIS.

Milena Hama Totake Watanabe

Mauro Sartori Bueno

Nova Odessa Fevereiro, 2011

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação do Instituto de Zootecnia, APTA/SAA, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Produção Animal Sustentável.

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Ficha elaborada peloNúcleo de Informação e Documentação do Instituto de Zootecnia

Bibliotecária responsável – Ana Paula dos Santos Galletta - CRB8/7166

W294s Watanabe, Milena Hama Totake

Levedura ativa (Saccharomyces cerevisiae) na dieta de ovinos. Digestibilidade aparente dos nutrientes e parâmetros ruminais. / Milena Hama Totake Watanabe. Nova Odessa - SP, 2011.

40p. : il.

Dissertação (Mestrado) - Instituto de Zootecnia. APTA/SAA.

Orientador: Mauro Sartori Bueno.

1. Ovinocultura. 2. �utrição animal. 3. Fisiologia animal. I. Bueno, Mauro Sartori. A.. II. Título.

CDD 636.3

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GOVER�O DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DA AGRICULTURA E ABASTECIME�TO AGÊ�CIA PAULISTA DE TEC�OLOGIA DOS AGRO�EGÓCIOS

I�STITUTO DE ZOOTEC�IA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL

CERTIFICADO DE APROVAÇÃO

LEVEDURA ATIVA (SACCHAROMYCES CEREVISIAE) �A DIETA

DE OVI�OS. DIGESTIBILIDADE APARE�TE DOS �UTRIE�TES E

PARÂMETROS RUMI�AIS.

AUTOR: MILE�A HAMA TOTAKE WATA�ABE

Orientador: Mauro Sartori Bueno

Aprovado como parte das exigências para obtenção de título de MESTRE em Produção

Animal Sustentável, pela Comissão Examinadora:

PqC Dr. Mauro Sartori Bueno

PqC Dra. Cecília José Veríssimo (Instituto de Zootecnia- APTA/SAA)

PqC Dra. Cristina Maria Pacheco Barbosa (UPD-Itapetininga - APTA/SAA)

Data da realização: 07 de Fevereiro de 2011

Presidente da Comissão Examinadora Prof. Dr. Mauro Sartori Bueno

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Dedicatória:

Aos meus pais Iveth e Carlos que sempre me apoiaram nas minhas decisões e que nunca mediram esforços para oferecer às suas filhas educação de qualidade.

À minha irmã Bianca que me ofereceu carinho e atenção nas horas difíceis.

À minha tia Yu que foi responsável em grande parte pela minha formação acadêmica, à minha tia Shi, meu tio Toshio, minha prima Ana e meu primo Jun pelos incentivos e conselhos úteis durante todo o

mestrado.

À minha avó Toshina que sempre me recebe com muito carinho em casa e adorou os animais do meu experimento.

Ao meu namorado pela compreensão em momentos difíceis e pelo amor que me ajudou a concluir os trabalhos do mestrado.

Amo muito vocês!

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Agradecimentos:

Aos meus animais que foram pacientes e comportados durante todo o experimento.

À pós graduação do Instituto de Zootecnia pela criação do curso e possibilidade de qualificar mestres em Produção Animal Sustentável.

À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP pelo apoio financeiro para execução deste projeto.

Ao PqC Mauro Sartori Bueno pelos ensinamentos, orientação, incentivo e amizade durante todo o curso do mestrado e espero que após também.

À PqC Rosana Aparecida Possenti pelos ensinamentos e pelo auxílio na fase experimental principalmente na avaliação dos parâmetros ruminais.

À PqC Cecília José Veríssimo pela pelo apoio e contribuição.

Aos funcionários da Unidade de Ovinos Makina, Paulo, Beth, Estér e João pela importante ajuda durante todo o período experimental e que não mediram esforços para que todo o ensaio fosse

realizado da melhor maneira possível.

Ao PqC Luis Eduardo dos Santos e à PqC Márcia Marise Cação Rodrgiues pelas valiosas sugestões e contribuições realizadas para o enriquecimento desta pesquisa.

Aos colegas Juliano, Érika e Heverton pela troca de experiências e auxílio na condução do experimento.

Aos colegas de pós graduação Fernanda, Érica, Luciano, Marcos, Elaine, Tiago, e a todos os outros pelos momentos inesquecíveis durante todo o período do mestrado.

Ás funcionárias da biblioteca, Eneida, Edna, à secretária de pós-graduação Marta e à Verônica pela dedicação para que as atividades da pós-graduação fossem realizadas sempre com sucesso.

Às grandes amigas Daniela e Ivana pela amizade que nasceu durante o mestrado e vai perdurar durante toda minha vida.

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SUMÁRIO

RESUMO ............................................................................................................................... ix

ABSTRACT ........................................................................................................................... xi

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 1

2.REVISÃO DE LITERATURA............................................................................................ 4

2.1 Probiótico .......................................................................................................................... 4

2.2 Características do rúmen.....................................................................................................5

2.3 Efeito de dietas rica em concentrado................................................................................. 5

2.4 Manipulação da fermentação ruminal............................................................................... 6

2.5 Consumo voluntário .......................................................................................................... 8

2.6 Digestibilidade aparente dos nutrientes............................................................................. 9

2.4.Parâmetros ruminais.......................................................................................................... 10

2.5 Digestibilidade in vitro...................................................................................................... 11

3. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 13

3.1 Digestibilidade aparente..................................................................................................... 14

3.2 Parâmetros ruminais........................................................................................................... 16

3.2.1 Colheita do líquido ruminal............................................................................................ 16

3.2.2 Determinação do pH ...................................................................................................... 17

3.2.3 Determinação da concentração de amônia (N-H3)......................................................... 17

3.3 Digestibilidade in vitro da matéria seca............................................................................. 17

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES............ .......................................................................... 19

4.1 Consumo voluntário................ .......................................................................................... 19

4.2 Digestibilidade aparente dos nutrientes............................................................................. 21

4.3 Nutrientes Digestíveis Totais .............................................................................................24

4.4 Balanço de Nitrogênio .......................................................................................................24

4.5 Parâmetros ruminais ......................................................................................................... 25

4.5.1 pH ............................. .................................................................................................... 25

4.5.2 Nitrogênio amoniacal (N-NH3)...................................................................................... 27

4.6 Digestibilidade in vitro da matéria seca ........................................................................... 28

5. CONCLUSÕES ................................................................................................................. 32

6. REFRÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 33

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RESUMO

Levedura ativa (Saccharomyces cerevisiae) na dieta de ovinos. Digestibilidade aparente dos nutrientes e parâmetros ruminais.

Foi avaliada a suplementação da dieta de cordeiros alimentados com diferentes relações concentrado:volumoso com adição de levedura ativa (Saccharomyces cerevisiae) sobre a digestibilidade aparente dos nutrientes, a digestibilidade in vitro da matéria seca dos alimentos e das dietas e sobre os parâmetros fermentativos ruminais. Os animais foram alimentados com ração concentrada (C) e feno (V) em duas proporções distintas (80:20 ou 60:40), com a presença ou ausência da levedura ativa. Foi utilizado um delineamento em blocos ao acaso em esquema fatorial 2 X 2 (duas dietas X com ou sem levedura). No ensaio da digestibilidade aparente, foram utilizados 20 cordeiros, ao redor de 120 dias de idade, alojados em gaiolas de metabolismo, com coletor e separador de fezes e urina e foi avaliado o consumo de matéria seca e os coeficientes de digestibilidade aparente (CDA) da MS, MO, PB, FDN, FDA, HEM, EE. A digestibilidade in vitro e os parâmetros fermentativos ruminais foram avaliados utilizando o liquido ruminal proveniente de quatro ovinos machos adultos fistulados, alojados em baias individuais, suplementados ou não com levedura ativa. Não houve efeito de dietas no consumo voluntário de MS (p>0,05), contudo foi encontrado efeito significativo (P<0,05) nos coeficientes de digestibilidade aparente (CDA) da MS, MO e FDN para as dietas com diferentes proporções de concentrado:volumoso. A suplementação com levedura ativa causou aumento significativo (P<0,05) do CDAMS, do CDAFDN e da CDAHEM, sem afetar significativamente (P>0,05) o consumo de MS. Não houve modificação significativa (P<0,05) no pH ruminal na presença da levedura ativa, entretanto as dietas com maior proporção de ração concentrada apresentaram pH mais baixo (P<0,05). O nitrogênio amoniacal não sofreu efeito (P>0,05) nem de dieta nem de levedura ativa. Os valores de digestibilidade in vitro da MS foram mais elevados para a dieta com maior proporção de ração concentrada e não houve efeito da levedura ativa. A suplementação de dietas de cordeiros com levedura ativa melhora a digestibilidade da MS e da parede celular.

Palavras-chave: Ovinos, levedura, probiótico, amônia ruminal, pH ruminal

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ABSTRACT

Active yeast (Saccharomyces cerevisiae) in sheep’s diet. Apparent digestibility coefficients and ruminal parameters.

The supplementation of lambs diet with active yeast (Saccharomyces cerevisiae) on the apparente digestiibility of nutrients of diets, in vitro DM digestibility and ruminal parameters was evaluated. The animals were fed with diets comprising concentrate rations (C) and hay (V) with two different proportion (80C:20V or 60C:40V), supplemented or not with active yeast. A completely randomized blocks design, on a 2 x 2 factorial arrangement (2 proportion of concentrate with presence or absence of active yeast) was used. On the digestibility trial, 20 lambs, averaging 120 days old, kept on metabolic crates with feces and urine collector were used to evaluate the coefficient of apparent digestibility of DM, OM, CP, NDF, ADF, HEM, EE. The in vitro digestibility and the ruminal parameters were evaluated with ruminal liquid from four canulated male sheep, kept on individual pens, supplemented or not with active yeast. There was not effect of diets on the voluntary intake of DM (P>0.05), although, there was significantly effect for coefficient of apparent digestibility (CDA) of DM, OM, and FDN for the diets with different proportion of concentrate. The supplementation with active yeast led to a significantly increase (P<0.05) of the CDADM, CDANDF and CDAHEM, without effect (P>0.05) of the DM intake. There was not effect (P>0.05) of supplementation of active yeast on ruminal pH and the diets with greater proportion of concentrate showed lower pH values (P<0.05). The ammonia nitrogen was not affected (P>0.05) neither by concentrate proportion nor by yeast. The values of in vitro digestibility were greater for higher concentrate diets and there was no effect of active yeast. The supplementation with active yeast on lambs’ diets improve the digestibility of DM and of the cell wall.

Key-words: Sheep, yeast, probiotics, ruminal ammonia, ruminal pH

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1. I�TRODUÇÃO

O rebanho brasileiro de ovinos conta com pouco mais de 15 milhões de ovinos,

ocupando o 17º lugar em termos mundiais (BRASÍLIA, 2007). O Brasil possui enorme

potencial de expansão e crescimento da ovinocultura, que possibilitaria, em poucos anos, ter

um dos maiores rebanhos comerciais do mundo, produzindo carne, pele, leite e lã com

excelente qualidade, e que atendesse a grande demanda do mercado interno e externo,

principalmente pela possibilidade que o Brasil tem de produzir com qualidade, produtos

ecologicamente corretos e dentro das exigências dos principais mercados consumidores

mundiais.

No Brasil, a produção de carne ovina ainda pode ser considerada pouco expressiva, já

que não passa de 78.000 toneladas, menos de 1% da produção mundial (FAO, 2007). Aliado a

isso, o consumo interno de carne ovina de 30g/pessoa/ano é considerado muito baixo se

comparado com países como Austrália e Nova Zelândia que consomem cerca de 20

kg/pessoa/ano (SILVA SOBRINHO, 2001). Ainda assim, a produção de carne é uma

atividade em ascensão na ovinocultura brasileira (SIQUEIRA et al., 2001), embora o mercado

consumidor seja exigente quanto à sua qualidade.

Nos últimos anos ocorreram mudanças significativas na indústria de alimentação

animal, com a finalidade de adaptar-se às novas exigências do mercado consumidor e à

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legislação pertinente. As recentes mudanças visam oferecer produtos de boa qualidade e com

uma maior segurança alimentar aos consumidores.

A crescente pressão para proibir o uso de antibióticos como promotores de

crescimento em rações animais é baseada na possibilidade de reações alérgicas, disfunções

intestinais, desenvolvimento de células cancerígenas e indução de resistência cruzada de

cepas bacterianas patogênicas ao homem, devido à presença de resíduos na carne, leite e ovos

(SANTOS, 2003). Com isso, a busca por alternativas naturais para melhorar a produtividade e

promover a sanidade animal nos modernos sistemas de produção vem se transformando num

grande desafio.

Algumas alternativas têm sido empregadas com estes objetivos, tais como, adição de

mananoligossacarídeos, frutoligossacarídeos, probióticos, ácidos orgânicos e extratos de

microrganismos ou plantas na ração ofertada aos animais. Uma das vantagens desses aditivos

beneficiadores de crescimento, em relação aos antibióticos, é a ausência do fenômeno da

resistência bacteriana. Esse fator representa um aspecto importante em relação aos riscos de

saúde pública e segurança dos produtos finais.

Aditivos em dietas para ruminantes têm sido usados visando melhorar a relação

simbiótica entre os microrganismos presentes no rúmen e seu hospedeiro, melhorando os

processos fermentativos no rúmen em animais que recebem dietas com altos níveis de ração

concentrada (FRANZOLIN et al., 2004).

Cordeiros jovens, entre 60- 150 dias, em acabamento, necessitam de dietas com

elevado teor energético e protéico. O NRC (2007) e o AFRC (1993) indicam valores ao redor

de 16% de PB e 70-75% de NDT, o que dificilmente pode se conseguido em dieta exclusiva

de volumosos. A utilização de ingredientes concentrados, com menor teor de fibra e ricos em

energia prontamente solúvel, como amido, é necessária para atender seu requerimento

nutricional. Esta categoria tem ingestão voluntária de matéria seca elevada, entre 3,5-4,5% do

peso vivo, devido ao seu maior requerimento nutricional por unidade de peso vivo e maior

velocidade de passagem do alimento pelo trato digestório (VAN SOEST, 1994).

Assim, a utilização de probióticos para esta categoria de animais pode aumentar a

eficiência alimentar, que leva a um incremento na produção de ovinos, trazer benefícios para

a saúde animal, principalmente para o ambiente ruminal, e levar para o consumidor um

produto seguro e de qualidade garantida.

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Dessa maneira, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da suplementação do

probiótico Saccharomyces cerevisiae na dieta de cordeiros alimentados com duas relações

concentrado:volumoso distintas sobre o consumo voluntário de MS, os coeficientes de

digestibilidade aparente dos nutrientes das dietas e o balanço de nitrogênio. E ainda, avaliar a

digestibilidade in vitro da matéria seca dos alimentos e das dietas e avaliar os parâmetros

fermentativos ruminais em ovinos fistulados no rúmen.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1- Probióticos

O termo probiótico foi usado pela primeira vez na década de 60 para descrever

promotores de crescimento produzidos por microrganismos que estimulavam o crescimento

de outros microrganismos (LILY E STILLWELL, 1965). No entanto, isso não reflete o

conceito atual, sendo redefinido por Parks (1974) como um suplemento microbiano capaz de

exercer um efeito benéfico sobre a microbiota intestinal do hospedeiro.

Como essas substâncias incluem também os antibióticos, ocorreu um estreitamento na

definição: probiótico é um suplemento alimentar microbiano vivo capaz de afetar

beneficamente o hospedeiro, melhorando o equilíbrio da sua microbiota intestinal (FULLER,

1989). O “Food and Drug Administration” (FDA) dos EUA descreve que probiótico é uma

fonte de microrganismos viáveis que ocorrem naturalmente, os quais podem ser utilizados

diretamente na ração de animais.

Os probióticos têm sido constantemente utilizados visando ação reguladora da flora

intestinal e manutenção do equilíbrio entre flora benéfica e microorganismos patogênicos no

intestino.

A levedura Saccharomyces cerevisiae é um organismo eucariota unicelular que

pertence ao Reino dos Fungos. Apresenta-se como uma levedura comercial utilizada em

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diversos segmentos da agroindústria, como fabricação de pão e também de cerveja, além de

ser usada para a produção de etanol de cana de açúcar.

A levedura comercial utilizada como probiótico em dietas de ruminantes é uma cepa

especialmente desenvolvida em laboratório para suportar a adversidade do ambiente ruminal e

permanecer ativa. A levedura inativa presente no resíduo da produção de álcool pode ser

utilizada na alimentação animal, todavia seu efeito seria como fonte de proteína e alguns

nutrientes específicos que agiriam como prebiótico.

2.2- Características do rúmen

O rúmen é considerado um ecossistema aberto e contínuo, que proporciona um

ambiente favorável ao desenvolvimento contínuo da população microbiana como resultado de

anos de seleção. Ele atua como câmara de fermentação, pelos seguintes fatores: 1)

temperatura entre 38 a 42ºC (média de 39ºC); 2) anaerobiose; 3) pH tampão variando entre

5,5 a 7,0 (média de 6,8); 4) presença de bactérias, protozoários e fungos; 5) suplemento de

nutriente e contínua remoção de digesta e dos produtos de fermentação; 6) outros: matéria

seca entre 10 a 15%, gravidade específica entre 1,022 e 1,055, tensão superficial do líquido de

50 dinas/cm e pressão osmótica constante (LANA, 2005).

As condições anaeróbicas no rúmen são mantidas pelos gases produzidos durante a

fermentação como CO2, metano e traços de hidrogênio. Um pouco de oxigênio associado ao

alimento ingerido pelo animal entra no rúmen e é utilizado pelos microrganismos anaeróbios

facultativos presentes, assim, uma condição anaeróbica perfeita é gerada e mantida. Além

disso, devido à ausência de oxigênio e ao excesso de potencial redutor, apenas os

microrganismos que toleram um ambiente com baixo potencial redox (entre -250 e - 450mV)

sobrevivem no rúmen, os outros são eliminados do sistema. A alta capacidade tamponante e a

pressão osmótica (ideal mantida em 280mOsm) também limitam o crescimento de

microrganismos invasores (KAMRA, 2005).

2.3- Efeito de dietas ricas em concentrado

A dieta é provavelmente o fator mais importante que influencia o número e a

proporção relativa das diferentes espécies de microrganismos ruminais. A mudança da dieta

de um animal resulta num período de transição na população ruminal, em que a proporção das

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diferentes espécies ruminais varia para um novo balanço, que melhor se ajuste às mudanças

dietéticas. Esse fato refere-se à adaptação da população que pode demorar dias ou semanas,

dependendo de quanto drástica é a mudança na dieta (OWENS E GOETSCH, 1993).

A atividade das enzimas das bactérias ruminais, que atuam na quebra do alimento

ingerido, depende da superfície de contato do alimento, logo, o tamanho das partículas do

alimento oferecido ao animal influência diretamente no nível de fermentação (HUNGATE,

1966). Tratamentos como peletização, trituração, picagem, moagem, diminuem o tamanho das

partículas dos alimentos o que aumenta a taxa de fermentação, e também a taxa de passagem,

com isso, partículas pequenas podem passar diretamente pelo rúmen para serem digeridas

apenas no intestino. Se a taxa de passagem exceder o aumento na taxa de fermentação, toda a

extensão da fermentação pode ser reduzida (WALDO E SMITH, 1972) e a digestão total do

animal é então mais dependente da digestão pós ruminal fermentativa e enzimática.

O excesso de açúcares na dieta (20-30%) pode diminuir a digestibilidade da fibra

(HUNGATE, 1966) que pode ser causado pela depleção dos nutrientes não-carboidratos pela

bactéria sacaroclástica, em uma produção excessiva de ácidos, ou em inibição da celulase pelo

açúcar.

O amido é fermentado mais lentamente do que os açúcares solúveis, porém, mais

rapidamente que a celulose. Em um pH de 6,0, o amido exibe uma alta porcentagem na

conversão em produtos da fermentação e células e os resíduos indigestíveis são menores. O

aumento de amido na dieta resulta em um aumento na acidez e em uma maior proporção de

propionato (RUSSEL E WALLACE, 1997).

O excesso de carboidratos prontamente solúveis fornecidos ao animal sem um período

de adaptação resulta em uma diminuição das bactérias utilizadoras de lactato e um aumento

nas produtoras de lactato, logo, ocorre um excesso na produção de ácido láctico. A acidose

láctica, que surge nessas condições, parece ser resultado da incapacidade de aumento das

bactérias que utilizam esse composto, então, ocorrendo sem acúmulo no rúmen e,

consequentemente, a redução no pH ruminal (OWENS E GOETSCH, 1993).

Dietas baixas em fibra e que tendem a ter altas taxas de digestão e produção de ácidos

graxos voláteis requerem um maior grau de tamponamento no sistema ruminal; tais condições

favorecem espécies capazes de tolerar algum abaixamento do pH ruminal. Geralmente

microrganismos celulolíticos e metanogênicos são menos tolerantes a tais mudanças

(SLYTER, 1976).

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2.4- Manipulação da fermentação ruminal

A modificação na fermentação ruminal pode ocorrer em três níveis: dietético, animal e

microbiano. Em termos simplificados, os principais objetivos da manipulação ruminal seriam:

melhorar os processos benéficos; minimizar, deletar ou alterar os processos ineficientes; e

minimizar, deletar ou alterar os processos prejudiciais para o animal hospedeiro. Exemplos de

processos cuja maximização seria válida em todas as circunstâncias são degradação da fibra,

utilização do lactato e conversão de compostos nitrogenados não protéicos em proteína

microbiana, enquanto os processos que deveriam ser minimizados incluem a produção de

metano, degradação da proteína e absorção de amônia (NAGARAJA et al., 1997).

A fermentação ruminal pode ser afetada por diversos fatores, principalmente nos

animais alimentados com dietas com grande proporção de alimento concentrado, rico em

amido. Esse tipo de dieta leva a aumento da produção de ácidos graxos voláteis e lactato, com

decréscimo do pH, o que interfere nas quantidade de bactérias celulolíticas e diminui a

digestibilidade da fibra e a produção de massa microbiana (MACKIE et al., 2002).

A adição de levedura ativa (Saccharomyces cerevisiae) na dieta de ruminantes tem

sido utilizada há anos, com resultados contraditórios, e há evidências que pode causar alguma

melhora no ambiente ruminal favorável ao melhor aproveitamento dos nutrientes dos

alimentos. Seu uso deve ser contínuo, via oral, pois, segundo Kung et al. (1997) este

microorganismo não se multiplica no ambiente ruminal, todavia pode sobreviver e ser

metabolicamente ativo.

O pH para crescimento ótimo da Saccharomyces cerevisiae está com

aproximadamente 4,5 (ROSE, 1996). No rúmen, em pH entre 6,0 e 6,5, a taxa de crescimento

do fungo é reduzida, porém, capacita-o à secreção de compostos químicos como nucleotídeos,

aminoácidos e enzimas, assim como de enzimas hidrolíticas, mesmo que o pH ruminal não

seja favorável para o aumento da população da levedura, sua presença no rúmen pode

influenciar no desenvolvimento de outros microrganismos.

Apesar do rúmen ser considerado um ambiente anaeróbio, existem pequenas

quantidades de oxigênio advindas dos alimentos ingeridos, o que prejudica o crescimento de

muitas bactérias necessárias para a digestão do animal que são estritamente anaeróbias. A

Saccharomyces cerevisiae possui atividade respiratória (200 a 300mmol/min/g) de ordem de

magnitude maior que a concentração de oxigênio no fluído ruminal e, assim, pequenas

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quantidades de levedura (1,33g/L) incluídas às dietas de ruminantes poderiam ser benéficas

(NEWBOLD et al., 1995).

O mecanismo de ação da Saccharomyces cerevisiae no rúmen basicamente consiste na

diminuição do oxigênio presente, que pode afetar o ambiente ruminal e o aproveitamento dos

alimentos, controlando o pH, diminuindo a produção do lactato e estimulando as bactérias

celulolíticas. Segundo Ørskov e Ryle (1990), as degradabilidades da matéria seca e da fibra

em detergente neutro aumentam quando o pH ruminal é maior que 6,2 e, segundo esses

autores, a levedura promove um aumento no pH o que causa melhora na degradabilidade da

matéria seca no rúmen. Logo, produtos com Saccharomyces cerevisiae são usados para

melhorar a digestibilidade da fibra e os seus efeitos podem estar associados ao aumento das

bactérias celulolíticas (CABRERA et al., 2000).

Pesquisas têm mostrado um aumento na taxa inicial, mas não na extensão, de

degradação da fibra no rúmen com o uso da levedura na dieta (CHADENAMA E OFFER,

1990; WILLIANS et al., 1991; ERASMUS et al., 1992). Esse efeito tem sido mais

pronunciado em dietas ou sistemas de alimentação que podem comprometer a celulólise,

como em dietas com maior participação de concentrado (WILLIANS et al., 1991).

Ainda, além dos efeitos relacionados ao melhor desempenho de alguns tipos de

bactérias, outros foram citados como o fornecimento de fatores de crescimento – vitaminas

(complexo B, ácido para-aminobenzóico etc), ácidos dicarboxílicos (fumarato, malato etc) e

redução do número de protozoários (CALLAWAY E MARTIN, 1997).

2.5- Consumo voluntário

As pesquisas com a Saccharomyces cerevisiae encontradas na literatura mostram

resultados contraditórios, pois nem sempre foi detectado efeito na sua utilização.

Nos artigos revisados a adição da levedura na dieta influenciou o consumo de matéria

seca de maneiras diferentes. Alguns autores observaram aumento da variável em questão

(ABD EL-GHAN, 2004; DANN et al., 2000; PÉREZ et al., 2004; VALINOTE, et al. 2007;

FADEL ELSEED E ABUSAMRA, 2007), outros não relataram efeito do probiótico no

consumo de MS (SANTOS et al., 2006; ZEOULA et al., 2008; PEREIRA et al., 2001;

QUEIROZ et al., 2004; CARVALHO, 2006; GATTASS, 2005; PINHEIRO et al., 2007;

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NEUMAN et al., 2008; GOMES, 2009; FERELI et al., 2010) e há, ainda, aqueles que

obtiveram como resultado queda no consumo de MS (SCHINGOETHE et al., 2004;

ALSHAIKH, et al., 2002; OLIVEIRA, 2008).

Abd El-Ghan (2004) encontrou efeito positivo da adição de leveduras para caprino.

Foi avaliado a suplementação com levedura em dietas de caprinos da raça Zaraibi alimentados

com dietas a base de fenos de alfafa palha de trigo e concentrado, sem adição de levedura ou 3

ou 6 g de leveduras, em ensaio de digestibilidade com cabritos e no desempenho de cabras

leiteiras. O ensaio de digestibilidade mostrou aumento do consumo de MS e nos coeficientes

de digestibilidade em relação ao controle. Houve aumento do pH ruminal nos animais

suplementados e diminuição da amônia ruminal e aumento da AGV em relação ao controle.

Houve aumento da produção de leite e modificação da sua composição, com aumento da

energia, proteína e sólidos totais do leite. Foi concluído que o aumento da quantidade

levedura administrada (6 g) diariamente aos animais não causou efeito em relação a

quantidade recomendada (3 g).

A suplementação de S. cerevisiae (10 g/dia), em dietas à base de cana-de-açúcar foi

avaliado, por Pereira et al. (2001), em 4 novilhos mestiços fistulados no rúmen e abomaso e

não foram encontradas diferenças significativas no consumo e na digestibilidades de MS,

MO, PB, EE, CT, CNE, FDN.

150 vacas lactantes, multíparas, no pós-pico de lactação, foram utilizadas no

experimento realizado por Alshaikh et al. (2002) para avaliar o efeito da suplementação de

levedura na dieta nas proporções de 15 g/animal/dia e 50 g/animal/dia sobre a produção e

composição do leite e fermentação ruminal. Os resultados indicaram que as vacas

suplementadas com levedura tendiam a reduzir o consumo de MS e aumentar a produção de

leite. A concentração de nitrogênio amoniacal ruminal diminuiu significativamente após a

suplementação com cultura de levedura enquanto que a produção de AGV não sofreu

alteração.

2.6- Digestibilidade Aparente dos �utrientes

A adição da levedura na dieta está associada com melhora na digestibilidade dos

nutrientes da dieta, principalmente da fibra (ABD EL-GHAN, 2004; FADEL ELSEED E

ABUSAMRA, 2007; FERELI et al., 2010), entretanto, em alguns estudos realizados não

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houve efeito do probiótico nos coeficientes de digestibilidade aparente dos nutrientes

(OLIVEIRA, 2008; GOMES, 2009; GATTASS, 2005; QUEIROZ, 2004; PEREIRA, 2001).

A adição de S. cerevisiae, Monensina e a combinação dos dois aditivos na dieta de

bovinos alimentados com 30% de silagem de milho e 70% de concentrado foi estudada por

Fereli et al. (2010). Os resultados da digestibilidade aparente intestinal e total da MS e da MO

comprovaram que as dietas contendo 5 g/dia de probiótico foram mais eficientes (P<0,05) que

aquela contendo apenas o ionóforo (100I) com um adicional de 14% na digestibilidade total.

A digestibilidade aparente do FDN não diferiu entre os tratamentos, contudo, a digestão e a

digestibilidade ruminal da FDN foram maiores quando o probiótico foi adicionado à dieta.

Zeoula et al., 2008 avaliaram os efeitos do ionóforo e do probiótico em rações com

50:50% de volumoso:concentrado de bovinos e bubalinos, observaram que com exceção do

coeficiente de digestibilidade total (CDT) da PB, que foi inferior (P<0,05), os CDT da FDN,

da FDA e do amido foram superiores (P<0,05) e os CDT da MS e MO, semelhantes (P>0,05)

aos da ração testemunha e concluíram que a adição de probiótico (Saccharomyces cerevisiae

+selênio + cromo) tem efeito positivo sobre a fermentação ruminal e a utilização da fração da

fibra, principalmente àquela ligada à lignina, e propicia maior absorção intestinal do amido

em bovinos e bubalinos.

A suplementação com Saccharomyces cerevisiae cepa KA500 de vacas leiteiras

confinadas alimentadas com silagem de milho e ração concentrada foi avaliada por Oliveira

(2008). Não foi observada influência da levedura sobre os coeficientes de digestibilidade

aparente dos nutrientes, no entanto, a adição do probiótico resultou em ganho em eficiência

alimentar, por resultar na mesma produção de leite que a dieta sem levedura em um menor

consumo de matéria seca.

Gomes (2009) testou o uso de duas marcas de monensina sódica (Rumensin® e

Rumenfort®) e duas cepas comerciais de S. cerevisiae (Yea Sacc 1026® e Biosaf SC47®) na

dieta de 100 bovinos Nelore, alimentados com 15% de silagem de cana-de-açúcar, 40% sorgo

moído e 41% de polpa cítrica peletizada. Os aditivos testados não afetaram as digestibilidades

da MS, MO, FDN e PB das rações, o autor concluiu que bovinos confinados com rações com

altos teores de concentrado ricos em co-produtos como polpa cítrica e glúten de milho não

apresentam melhora na digestibilidade quando suplementados com monensina sódica ou

microrganismos probióticos.

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2.7- Parâmetros ruminais

A adição da levedura no rúmen deveria melhorar a fermentação ruminal através da

estabilização do pH, principalmente em dietas ricas em concentrado, além de promover a

alteração do metabolismo do nitrogênio ruminal refletindo em menor concentração de amônia

ruminal e aumento de concentrações de bactérias ruminais seguido de maior fluxo de

nitrogênio bacteriano para o intestino delgado como relatam alguns autores (KAMRA et al.,

2002; FADEL ELSEED E ABUSAMRA, 2007). Entretanto, na maioria das vezes, o efeito da

suplementação com leveduras sobre o pH e a concentração de amônia ruminal é pequeno ou

não ocorre (WALLACE E NEWBOLD, 1992).

A suplementação com levedura ativa pode ter efeito positivo no ambiente ruminal,

segundo Kamra et al. (2002) ao avaliarem o efeito da suplementação de leveduras no

metabolismo ruminal de bezerros em dieta com 35% de palha de trigo mais concentrado. Os

autores observaram diminuição do teor de lactato e amônia ruminais, assim como aumento do

pH ruminal, sem afetar a produção de ácidos graxos nos animais suplementados com a

levedura, embora não constataram diferença no ganho e peso diário, conversão alimentar e

digestibilidade da dieta em relação à dieta sem levedura. Também não observaram

modificação no número e tipos de protozoários ciliados, assim como em algumas enzimas

ruminais (amilase, xilanases, caroximetil celulase, urease e alanina tranferase e B glucosidade.

A diminuição da acidose ruminal não ficou evidente no trabalho realizado por

Brossard et al. (2006), ao avaliar o efeito da adição de dois níveis de levedura (Levucell® SC,

Saccharomyces cerevisiae CNCM I-1077) em ovinos texel canulados, alimentados com deitas

com alto concentrado. Foi observado um aumento da população de protozoários e no

consumo de MS, sem afetar o pH ruminal e os padrões de fermentação ruminal, assim como

a atividade das polissacaridase e das bactérias metabolizadoras de lactato nas dietas com

levedura. Foi concluído que o aumento da concentração de levedura na dieta não melhora o

desempenho em relação aos níveis recomendados.

Franco et al. (2008) trabalharam com quatro novilhos canulados e alimentados com

feno e 1,0 kg de concentrado suplementados com enzimas fibrolíticas e leveduras. Os autores

não observaram diferenças nos valores de N-NH3 ruminal, no entanto, a interação enzima e

levedura levou à queda de pH ruminal, porém, com valores numa faixa normal de 6,63 a 6,48.

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2.8- Digestibilidade In Vitro

A técnica da digestibilidade in vitro tem como objetivo avaliar a qualidade do

alimento através da reprodução em laboratório do que ocorre in vivo, durante 24 à 48h de

fermentação, possui vantagens de baixo custo, economia de tempo e por ser uma técnica não-

invasiva. (KAMALAMMA et al., 1996).

Beleze et al. (2007) avaliaram a digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) de

rações com cinco teores de concentrado (0, 5, 10, 20 e 50%) e ausência ou presença de

aditivos (rações testemunha, com ionóforo e com probiótico), também, foi avaliada a DIVMS

de rações com 50:50% volumoso:concentrado, sem e com a adição de ionóforo, probiótico e

antibiótico e sua combinação, foram utilizados os líquidos ruminais de um bubalino e de um

bovino. Para os bubalinos, a ração com ionóforo apresentou valor máximo para a DIVMS

(64,8%) para 41,9% de concentrado, em relação às rações-testemunha e com probiótico, que

apresentaram comportamento semelhante. Para os bovinos, verificou-se superioridade do

probiótico em relação ao ionóforo em rações com até 50% de concentrado.

Ao avaliarem o efeito da levedura e de enzimas fibrolíticas na digestibilidade in vitro e

produção de gases sobre o resíduo (palha) de cereais de baixa qualidade, Tang et al. (2008 )

observaram aumento na produção cumulativa de gás, no máximo teórico de produção de gás,

na taxa de produção de gás, na DIVMS e digestibilidade in vitro da MO (DIVMO), e

diminuiu o tempo de latência para cada tipo de palha. Os resultados desta pesquisa indicaram

que adição de enzimas fibrolíticas e leveduras podem melhorar in vitro a produção de gás da

fermentação de palhas de cereais.

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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1- Digestibilidade aparente

O experimento foi conduzido na Unidade de Ovinos do Instituto de Zootecnia, em

Nova Odessa, localizado no Estado de São Paulo.

Os animais foram alimentados com dieta isoproteica, com 16% de PB e 70-75% de

NDT, com 0,45% de Ca e 0,3% de P, segundo o NRC 2007. As dietas foram compostas por

feno de gramínea e a ração concentrada constituída de milho moído, farelo de soja, fosfato

bicálcico, sal mineral para ovinos e sal branco (Tabela 1).

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Tabela 1 - Proporção dos ingredientes das rações concentradas e a composição bromatólogica

dos componentes das dietas.

Ingredientes

Ração concentrada tratamento A e B

Ração concentrada tratamento C e D

Feno

Proporção dos ingredientes (%)

Proporção dos ingredientes (%)

Milho 76,2 71,4 - Farelo de Soja 21,0 25,0 - Mistura Mineral* 0,9 1,3 - Cloreto de Sódio 0,5 0,7 - Calcário Calcítico 1,4 1,6 -

Composição Química

MS (%) 84,90 84,68 87,64 PB (%) 18,70 20,50 8,91 EE (%) 3,20 2,60 1,50 FDN (%) 17,96 20,38 78,38 FDA (%) 4,06 3,82 38,30 MM (%) 4,50 6,20 6,10 Hem (%) 62,95 57,79 40,09

MS = Matéria seca; PB = Proteína Bruta; EE = Extrato etéreo; FDN = Fibra em detergente Neutro; FDA = Fibra em detergente ácido; MM = Matéria mineral; Hem = Hemicelulose. *Composição do produto: Cálcio 120,00g/Kg; Fósforo 87,00g/Kg; Sódio 147,00g/Kg; Enxofre 18,00g/Kg; Cobre 590,00mg/Kg; Cobalto 40,00mg/Kg; Cromo 20,00mg/Kg; Ferro 1.800,00mg/Kg; Iodo 80,00mg/Kg; Manganês 1.300,00mg/Kg; Selênio 15,00mg/Kg; Zinco 3.800,00mg/Kg; Molibdênio 300,00mg/Kg; Flúor (máx.) 870,00mg/Kg.

Os tratamentos constaram de duas dietas, com diferentes relações

volumoso:concentrado, na presença e ausência da levedura ativa Saccharomyces cerevisiae,

cepa 1026, Yea Sacc 1026® (Alltech. Inc).

Trat A: 20 % de volumoso : 80% de concentrado sem levedura;

Trat B: 20 % de volumoso : 80% de concentrado com levedura;

Trat C: 40 % de volumoso : 60% de concentrado sem levedura;

Trat D: 40 % de volumoso : 60% de concentrado com levedura.

No ensaio de digestibilidade aparente foram utilizados 20 borregos lanados, com idade

ao redor de 120 dias, com peso vivo médio de 33,84 ± 5,98 kg, com cinco repetições por

tratamento. Os animais foram alojados em gaiolas de metabolismo, com coletor de fezes e

urina durante 26 dias, sendo 10 dias de adaptação à dieta, oito dias de determinação do

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consumo voluntário, seguido por oito dias coleta de fezes, segundo metodologia de Schneider

e Flat (1975) para mensurar os coeficientes de digestibilidade aparente da MS, MO, PB, FDN,

FDA, EE, HEM e CEL.

No período de medição do consumo voluntário, os animais foram alimentados

diariamente com feno e ração concentrada, de maneira que a ingestão da dieta atingisse a

relação pretendida, conseguidos através de ajustes diários da quantidade de ração concentrada

e nível de sobra do feno. Foi permitido sobras entre 15 - 20% de feno, para garantir a ingestão

voluntária máxima. Foram colhidas amostra dos alimentos oferecidos e sobras e armazenadas.

Após esse período, efetuou-se o cálculo de consumo médio diário no período e

forneceu-se aos animais 90% desse valor durante oito dias. No segundo dia depois da

restrição da oferta da dieta, foi mensurada a produção total de fezes e urina por seis dias. A

produção de fezes foi pesada diariamente, pela manhã, e uma alíquota de 10% foi armazenada

em congelador. Posteriormente as amostras diárias de fezes foram descongeladas, juntadas

por animal, misturadas e uma amostra composta foi retirada e seca em estufa de ventilação

forçada até peso constante.

A urina colhida em recipiente com cinco ml de solução 1:1 de água e ácido clorídrico,

para sua acidificação para pH próximo a três; foi mensurada diariamente e uma alíquota de 10

% foi retirada, armazenada e congelada. Posteriormente, as amostras diárias de urina de cada

animal foram descongeladas e, assim como as fezes, uma amostra composta de cada animal

foi enviada ao laboratório para determinação do teor de nitrogênio.

As amostras dos alimentos oferecidos, das sobras e das fezes foram pesadas, colocadas

em estufa de circulação de ar, mantidas a 55o C até peso constante (72 horas). Foram pesadas

novamente, depois de voltarem a temperatura ambiente, moídas em moinho tipo “Wiley”

provido de peneira com malha de dois mm. As análises foram realizadas no Laboratório de

Análises Bromatológicas e Minerais do Instituto de Zootecnia/NO-SP. Foram determinados

os teores de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), matéria mineral

(MM) de acordo com A.O.A.C. (1990), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em

detergente ácido (FDA), de acordo com o método de Van Soest et al. (1991), e Hemicelulose

(Hem) através da diferença entre FDN e FDA.

Foi utilizado o delineamento em blocos ao acaso, em esquema fatorial do tipo 2x2

(duas proporções de ração concentrada, com presença ou ausência de levedura ativa), com

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cinco animais por tratamento. As variáveis estudadas foram submetidas à análise de

variância ao nível de 5% de significância utilizando o "General Linear Models Procedure"

(PROC GLM) do "Statistical Analysis Sistem" (SAS) institute 2001. As variáveis que não

apresentaram interação entre os fatores foram novamente analisadas, retirando-se o efeito

da interação do modelo estatístico.

3.2- Parâmetros Ruminais

Para avaliação dos parâmetros ruminais foram utilizados quatro ovinos machos

inteiros adultos, fistulados no rúmen, alojados em baias individuais, durante 32 dias. Os

animais forma alimentados com feno e concentrado (Tabela 1) conforme os tratamentos

descritos anteriormente

Foi introduzido no rúmen dos animais, diariamente, pela manhã, uma dose de 10

gramas da levedura ativa comercial Saccharomyces cerevisiae, cepa 1026, Yea Sacc 1026®

(Alltech. Inc) embrulhada em papel toalha.

Os animais tiveram período de adaptação à dieta de sete dias e no oitavo dia foi

realizada a coleta de líquido ruminal, após esse período as dietas foram trocadas e iniciou-se

um novo período de adaptação, esse procedimento repetiu-se durante quatro semanas.

3.2.1- Colheita do Líquido Ruminal

O líquido ruminal foi colhido em béquer de plástico, que permaneceu envolto em gelo

durante o tempo de amostragem dos quatro animais. Foi centrifugado imediatamente após e

preparado de acordo com sua utilização posterior.

Amostras do líquido ruminal foram colhidas para determinações do pH e concentração

de amônia no oitavo dia de cada subperíodo, sendo as amostragens realizadas em cinco

horários distintos: antes da alimentação (0), 2, 4, 6 e 8 h após alimentação.

3.2.2- Determinação do pH

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O pH foi mensurado imediatamente após a colheita de aproximadamente 100 mL de

fluído ruminal, nos mesmos tempos descritos anteriormente . Os valores foram obtidos de um

peagâmetro digital instalado próximo às baias dos animais, calibrado com soluções tampão de

pH 4,0 e 7,0.

3.2.3- Determinação da concentração de amônia (�H3):

A determinação da concentração de amônia (NH3) no líquido ruminal foi realizada

segundo procedimentos descritos por Fenner (1965). Após a centrifugação do líquido ruminal

foram retiradas amostras de cinco mL, adicionados 0,5 mL de ácido sulfúrico concentrado,

congeladas, em seguida, para posterior análise.

Após descongelamento das amostras para análise, foi utilizado um mL de cada uma

delas, às quais foram adicionados 15 mL de hidróxido de sódio (18N), sendo o tubo

imediatamente acoplado ao aparelho de destilação de micro kjedhal. A solução receptora foi o

ácido bórico (2%) e titulação realizada com ácido sulfúrico (0,05 N).

O delineamento utilizado foi o quadrado latino em esquema fatorial (2x2) com quatro

repetições por tratamento. A análise estatística foi efetuada utilizando-se o SAS (2001).

3.3- Digestibilidade in vitro da matéria seca

Para a determinação da digestibilidade in vitro, foram utilizados quatro carneiros

canulados no rúmen como doadores de líquido ruminal, conforme descrito anteriormente. Os

animais foram alojados em baias individuais durante oito dias, sendo sete de adaptação à dieta

e no oitavo dia feita a colheita de líquido ruminal. A levedura foi introduzida, pela manhã, em

apenas dois animais, antes da alimentação, através da fístula ruminal em envelopes de papel

toalha, com 10 g de levedura ativa comercial. Uma hora após a introdução da levedura no

rúmen, o líquido ruminal foi colhido, antes da primeira alimentação dos animais. A segunda

colheita foi realizada no início da tarde, antes da segunda alimentação dos animais para que

não houvesse perdas, o líquido ruminal foi armazenado dentro de uma garrafa térmica, após

ser filtrado, e levado imediatamente ao laboratório para análise

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Foram avaliados os coeficientes de digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS)

das rações concentradas, do feno e também das duas dietas (80:20 e 60:40 relação

concentrado:volumoso), com líquido ruminal de animais que receberam ou não levedura

ativa.

A avaliação da digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) dos alimentos (feno e

rações concentradas) e dietas (80C:20V , 60C: 40V) foi realizada com dez repetições. As

amostras permaneceram em contato com do líquido ruminal de cada tratamento (com e sem

levedura), mais solução tampão de McDougall, no interior de um tubo de vidro (com rolha de

borracha e válvula tipo Bunsen para escape de gás); durante 24 horas e ou 48 horas, em

banho-maria a 39° C, de acordo com a metodologia descrita por Silva (2009), com base nos

trabalhos de Tilley e Terry (1963) e Baumgardt et al. (1962).

Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial (2X2)

com 10 repetições por tratamento. A análise estatística foi efetuada utilizando-se o programa

SAS (2001).

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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

As médias das variáveis de consumo, valores de coeficiente de digestibilidade

aparente, nutrientes digestíveis totais da dieta e o balanço de nitrogênio são mostradas na

Tabela 2. Não foi encontrado significância estatística (P≥0,05) para a interação entre os

fatores alimentos e levedura, dessa maneira os fatores principais não foram desdobrados.

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Tabela 2: Médias corrigidas pelos quadrados mínimos dos Coeficientes de Digestibilidade

Aparente (CDA, %) da matéria seca (MS), proteína bruta (PB), matéria orgânica (MO),

extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA),

celulose (CEL), hemicelulose (HEM), carboidratos não estruturais (CNE) e cálculo dos

nutrientes digestíveis totais das dietas, valores de consumo de MS em gramas/dia (g/dia), em

função da % do peso vivo (%PV) e em função da % do peso metabólico (%PV 0,75) e valores

da quantidade de nitrogênio retido em gramas/dia (g/dia), em gramas de nitrogênio retido por

quilogramas de peso vivo com presença ou ausência de levedura ativa.

Médias Dietas P>F

Levedura P>F

Erro padrão 80C:20V 60C:40V Sem Com

CDAMS 79,78 76,42 0,0075 76,86 79,35 0,0352 0,74 CDAMO 80,70 77,25 0,0068 77,80 80,15 0,0469 0,75 CDAPB 75,66 75,08 0,6838 73,88 76,87 0,0524 0,98 CDAEE 90,52 88,82 0,0482 89,40 89,93 0,5034 0,54 CDAFDN 58,40 64,15 0,0269 58,55 63,99 0,0344 1,61 CDAFDA 63,28 64,70 0,4254 62,99 64,99 0,2690 1,21 CDACEL 70,97 72,54 0,3889 70,63 72,88 0,2246 1,24 CDAHEM 54,36 63,62 0,0304 54,87 63,11 0,0497 2,67 CDACNE 79,78 76,42 0,0075 76,86 79,35 0,0352 0,74 NDT 72,73 70,21 0,0838 69,85 73,10 0,0320 0,95 Consumo (kg/dia) 1,29 1,17 0,1193 1,25 1,21 0,5863 0,05 Consumo (% PV) 3,37 2,89 0,0039 3,15 3,12 0,8127 0,09 Consumo (%PV 0,75) 83,66 72,93 0,0097 78,93 77,66 0,7219 2,47 N retido (g/dia) 11,42 9,85 0,3778 11,10 10,17 0,5968 1,21 N retido diário (g/kg PV)

0,29 0,24 0,2957 0,28 0,26 0,6287 0,03

N retido diário (g/kg PV 0,75)

0,73 0,61 0,3120 0,70 0,64 0,6178 0,08

PV-Peso vivo em kg.

4.1- Consumo voluntário

As médias de consumo de MS durante todo o período experimental, de forma geral,

encontram-se um pouco abaixo da média recomendada pelo NRC 2007 para ovinos desta

categoria, a qual varia de 1,3 a 1,6 kg MS/animal/dia.

O consumo voluntário de MS entre as dietas com diferentes proporções concentrado:

volumoso, em quilogramas por dia (kg/dia) não apresentou diferença significativa, ao nível de

5% de probabilidade (P>0,05), contudo os consumos de MS em relação à % do peso vivo e do

peso metabólico encontrados apresentaram valores de P significativos (P=0,0039 e P=0,0097,

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respectivamente) a 1% de probabilidade, sendo maiores para a dieta com maior quantidade de

concentrado. Segundo Owens e Goetsch (1993), aumentos da participação de grãos na dieta

elevam o consumo, devido a uma maior densidade física do alimento, da diminuição do

tamanho de partícula e dos reflexos na velocidade de passagem. Os consumos mais baixos de

matéria seca nos animais recebendo dietas contendo 60% de concentrado e 40% de volumoso,

podem ser explicados devido ao efeito de enchimento ocasionado pelo aumento do consumo

de FDN das dietas com maiores teores de feno (VAN SOEST e MERTENS, 1984).

Esses resultados corroboram com os obtidos por Cardoso et al. (2006) que utilizaram

20 cordeiros machos, não castrados, cruzados Ile de France x Texel, submetidos a quatro

níveis de fibra em detergente neutro (FDN): 25%, 31%, 37% e 43% e observaram que a

adição de níveis crescentes de FDN à dieta ocasionou um decréscimo linear nos consumos de

matéria seca, cujos valores variaram entre 0,968 kg/dia e 3,80% PV para a dieta com 25% de

FDN e 0,765 kg/dia e 3,12% PV para a dieta com 43% de FDN, resultados abaixo dos

encontrados no presente trabalho para consumo em kg/dia.

Resultados semelhantes foram obtidos por Carvalho et al. (2006) que avaliaram o

consumo de MS em 50 cabras da raça alpina em lactação alimentadas com ração concentrada

e níveis de 20, 27, 34, 41 ou 48% de FDN proveniente de forragem (FDNF). Com o aumento

da FDNF das dietas, houve redução linear dos consumos de MS em kg/dia, que variaram entre

2,784 kg/dia para 20% de FDNF e 2,383 kg/dia para 48% de FDNF, e em % do PV, cujo

valor mínimo foi de 4,2% PV para a dieta com 48% de FDNF e o máximo de 4,86% PV para

a dieta com 20% de FDNF.

Contudo, outros autores (PEREIRA et al., 2006; MISSIO et al., 2009) não observaram

aumento no consumo de MS em kg/dia com o aumento de concentrado na dieta de bovinos.

Os autores atribuíram os resultados obtidos para aos níveis de concentrado acima de 50%,

sendo que a ingestão de matéria seca, provavelmente, foi controlada pela demanda energética

do animal.

Não foram encontradas diferenças (P>0,05) no consumo total de MS em g/dia, assim

como em porcentagem do peso vivo e do peso metabólico, com a suplementação da dieta com

levedura ativa. Esses resultados mostram que a adição da levedura não modificou a

quantidade de alimento ingerida pelos animais.

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Pinheiro et al. (2007) também não notaram aumento no consumo de MS ao

adicionarem o probiótico na ração de creep feeding de cordeiros lactentes criados com acesso

a comedouros privativos, até atingirem 17 kg de peso corporal. Neumann et al. (2008)

também trabalharam cordeiros Ile de France desmamados, em sistema de creep feeding, com

peso médio de 19,5 kg e suplementados com níveis de 0; 0,4 e 0,8 g/animal/dia da S.

cerevisiae. Não houve diferenças sobre o consumo de concentrado 635,7 g/dia e ganho de

peso 418 g/dia.

Entretanto, Pérez et al. (2004) trabalharam com borregos Tabasco em terminação,

alimentados com volumoso e ração concentrada na proporção de 50:50 e suplementados com

monensina ou levedura ou a associação dos dois e observaram valores superiores (1,36

kg/dia) de consumo de MS para a dieta com adição da levedura, em relação à dieta controle

(1,27 kg/dia), para a dieta com monensina (1,23 kg/dia), e para a dieta com associação dos

dois aditivos (1,128 kg/dia). Os valores obtidos por esses autores para consumo de MS foram

semelhantes aos do presente trabalho.

Já Schingoethe et al. (2004) suplementaram 60g de leveduras para vacas em meio de

lactação sob estresse calórico, alimentadas com 28% de silagem de milho, 21% de feno de

alfafa e 51% de ração concentrada e observaram queda no consumo sendo de 22,1 kg nos

animais suplementados e 23,1 kg no controle.

Os efeitos dos aditivos microbianos no consumo são variáveis por causa da

diversidade de composição dos produtos microbianos, dietas e categoria dos animais

estudados (OLIVEIRA et al., 2005).

4.2- Digestibilidade Aparente dos �utrientes

As dietas com diferentes proporções concentrado:volumoso causaram efeito

significativo nos coeficientes de digestibilidade aparente (CDA) de alguns nutrientes.

A dieta com 80% concentrado e 20% de volumoso apresentou maiores (P≤0,05)

coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca (CDMS), coeficiente de digestibilidade

aparente da matéria orgânica (CDAMO), coeficiente de digestibilidade aparente do extrato

etéreo (CDAEE) e coeficiente de digestibilidade aparente dos carboidratos não estruturais

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(CDACNE) do que a dieta com 60% de concentrado e 40% de volumoso, devido,

provavelmente, aos maiores teores de componentes solúveis presentes na dieta.

Os valores obtidos no presente experimento para CDAMS (79,79 e 76,40%) e

CDAMO (80,70 e 77,25%), tanto para a dieta com 20% quanto para a dieta com 40% de

volumoso, respectivamente, foram superiores aos encontrados por Kozloski et al. (2006),

(CDAMS: 76 e 68%; CDAMO: 78 e 69%) provavelmente devido à qualidade inferior do

volumoso utilizado por esses autores. Valores mais elevados de CDAMS e CDAMO devido a

aumento da proporção de concentrado na dieta de bovinos também foram observado por

outros autores (ÍTAVO et al., 2002; SILVA et al., 2005), no entanto, Pereira et al. (2006) não

observaram influência dos níveis de concentrado nos CDAMS e CDAMO.

O coeficiente de digestibilidade aparente da fibra em detergente neutro (CDAFDN) e o

coeficiente de digestibilidade aparente da hemicelulose (CDAHEM) foram maiores (P≤0,05)

nas dietas com maior proporção de volumoso, devido, provavelmente, ao efeito depressivo do

aumento da proporção de concentrado à digestibilidade da fibra. Dados sumarizados por Van

Soest (1994), para forragens e outros alimentos, indicam a parede celular como principal

constituinte que afeta a digestibilidade.

Os coeficientes de digestibilidade aparente da proteína bruta (CDAPB) das duas dietas

não diferiram significativamente (P>0,05) e apresentaram valores elevados. O fornecimento

de dietas isoprotéicas para os animais poderia ter contribuído para os valores similares entre

tratamentos. Outros autores (ÍTAVO et al., 2002; COSTA et al., 2005), que avaliaram

diferentes níveis de concentrado na dieta de bovinos também, não observaram diferença na

digestibilidade aparente da PB.

Os coeficientes de digestibilidade aparente da fibra em detergente ácido (CDAFDA) e

da celulose (CDACEL) não apresentaram diferença significativa (P>0,05) entre as dietas,

provavelmente, devido à menor digestibilidade desses compostos independente da quantidade

de concentrado presente na dieta.

A suplementação com leveduras na dieta dos cordeiros causou efeito significativo

(P≤0,05) nos CDAMS, CDAMO, CDAFDN, CDAHEM. CDACNE e também no CDAPB

(P=0,0524) devido, provavelmente, às melhores condições no ambiente ruminal

proporcionado pela adição do probiótico, com estímulo ao crescimento das populações de

bactérias responsáveis pela digestão dos alimentos.

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Não foram encontradas diferenças significativas (P>0,05) nos CDAEE, CDAFDA e

CDACEL com a suplementação das dietas, com levedura ativa.

Esses resultados foram semelhantes aos de Haddad e Goussous (2004), que avaliaram

o consumo de nutrientes, a digestibilidade aparente e o desempenho de 24 cordeiros da raça

Awassi alimentados com uma dieta basal e com adição de 0, 3 e 6 gramas por dia da levedura

ativa (YC; Diamond V® YC) e concluíram que a adição de 3 g/dia da S. cerevisiae na dieta

de cordeiros em terminação aumenta a digestibilidade da MS, MO, PB e FDN sem afetar o

consumo de matéria seca.

Aumento de CDA de nutrientes também foi encontrado por Fadel Elseed e Abusamra

(2007), que trabalharam com 12 cabritos da raça Nubian alimentados com uma dieta basal

composta de feno da planta de sorgo à vontade e suplementação de 0, 2,5 e 5 g/dia da S.

cerevisiae (Diamond V Yeast Culture YC) e observaram maiores valores de digestibilidade da

MO e FDN, porém, com aumento no consumo de MO.

Entretanto Queiroz et al. (2004) concluíram que o fornecimento de diferentes níveis de

enzima e levedura para bovinos de corte não traz benefícios nutricionais já que quando

adicionados à dieta (65% de silagem e 35% de concentrado) de 18 bovinos machos mestiços

de origem leiteira na proporção de 5 g de enzima + 5 g de levedura ou 10g de enzima + 5 g de

levedura não alteraram os coeficientes de digestibilidade aparente da MS, PB, EE, CHOT,

FDN, FDA nem o consumo de MS. Esses resultados corroboram com os encontrados por

Gattas et al. (2008), que utilizaram bovinos suplementados com o probiótico e alimentados

com 50% de silagem de sorgo e 50% de ração concentrada e concluíram que a adição da

levedura não influenciou a digestibilidade aparente dos nutrientes da dieta.

4.3- �utrientes Digestíveis Totais

A porcentagem de concentrado na dieta não influenciou os valores dos nutrientes

digestíveis totais (NDT) das dietas, pois os valores obtidos pela dieta com 80% de

concentrado e 20% de volumoso não diferiram significativamente (P>0,05) dos valores de

NDT encontrados nos animais que consumiram a dieta com 60% de concentrado e 40% de

volumoso. Apesar de a dieta com 80% de concentrado possuir uma quantidade maior de

nutrientes digestíveis totais no alimento oferecido, os valores inferiores do CDAFDN obtidos

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pelos animais que consumiram maior quantidade de concentrado tornaram os valores NDT

calculados das dietas iguais a um nível de significância de 5% de probabilidade.

Costa et al. (2005) e Ítavo et al. (2002) avaliaram o aumento nos níveis de concentrado

na dieta de bovinos e observaram aumento nos valores de NDT das dietas com a adição de

maior quantidade de concentrado. Os valores de NDT encontrados para a dieta com 80%

(72,73%) e para a dieta com 60% de concentrado (70,21%) no presente estudo, foram abaixo

dos relatados por Ítavo et al. (2002) para bovinos alimentados com 80% (79,44%) e 60% de

concentrado na dieta (75,59%).

A adição de levedura na dieta aumentou significativamente (P≤0,05) os valores de

NDT da dieta, cujos valores foram de 73,10% para a dieta com a adição do probiótico e

69,85% para a dieta sem a suplementação com S cerevisiae. Os valores de NDT superiores

para a dieta com a levedura podem ser explicados pelos CDAPB, CDAFDN e CDACNE

também superiores com o fornecimento do probiótico.

Esses resultados são semelhantes aos obtidos por Ferreli et al. (2010) que trabalhou

com adição de monensina sódica e/ou S. cerevisiae na dieta de bovinos e obtiveram os

maiores valores de NDT quando apenas o probiótico foi adicionado em maior quantidade na

dieta. Contudo Queiroz et al (2004) não relataram diferenças nos valores de NDT ao

suplementarem bovinos com levedura e enzima em diferentes níveis.

4.4- Balanço de �itrogênio

Os níveis de concentrado na dieta não alteraram significativamente (P>0,05) os

valores de balanço de nitrogênio em g/dia, em g/kg PV/dia e em g/kg PV0,75/dia. Mouro et al.

(2007) trabalharam com ovinos alimentados com duas proporções de volumoso (40% e 70%)

e duas fontes de carboidratos (casca de soja e milho em grão) e não encontraram diferença

significativa para o balanço e nitrogênio (g/dia) para os diferentes níveis de volumoso, o

valor médio obtido para N retido foi de 5,72g/dia, inferior aos valores encontrados no

presente experimento que variaram entre 9,85 e 11,42g de N/dia.

A suplementação com S. cerevisiae também não influenciou significativamente

(P>0,05) na quantidade de nitrogênio retido em g/dia, em g/kgPV/dia e em g/kg PV0,75/dia.

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Resultados semelhantes foram relatados por Pereira et al. (2001) que não observaram

diferença no balanço de nitrogênio com a adição de probiótico na dieta de bovinos.

É importante ressaltar que apesar de os tratamentos não terem influenciado na

quantidade de nitrogênio retida, não se verificou BN negativo para os tratamentos, o que pode

indicar que as exigências proteicas dos animais foram atendidas e, provavelmente, houve

deposição proteica nos tecidos, resultando em crescimento muscular.

4.5- Parâmetros ruminais

4.5.1- pH

Os valores de pH nos diferentes horários pós alimentação são mostrados na tabela 3.

Não foi encontrado significância estatística (P≥0,05) para a interação entre os fatores

alimentos e levedura, dessa maneira os fatores principais não foram desdobrados.

Tabela 3: Valores do pH ruminal de ovinos antes (0) e nos tempo 2, 4, 6 e 8h pós alimentação,

em dietas com duas relações concentrado:volumoso (80C:20V e 60C:40V) suplementados

(C/) ou não (S/) com levedura ativa

Dietas Tempo (h) Média EPM P>F

0 2 4 6 8 R.L R.Q. R.C

C/ levedura 5,86 5,89 5,82 6,10 6,29 5,99 a 0,03

S/ levedura 5,89 5,86 5,99 6,18 6,27 6,04 a 0,05

80C:20V 5,65 5,62 5,78 6,02 6,14 5,84 b 0,03

60C:40V 6,10 6,13 6,03 6,27 6,41 6,19 a 0,03

Média 5,88 5,88 5,91 6,14 6,28 <0,001 0,009 0,344

EPM 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05

R.L; R.Q e R.C referem-se à regressão linear, quadrática e cúbica, respectivamente. Médias para levedura ou dietas, seguidas de letras diferentes, diferem entre si, pelo teste F (P≤0,05).

Houve diferença estatística significativa (P≤0,05) para os valores médios de pH

ruminal entre as dietas com diferentes proporções de ração concentrada. Os valores de pH do

líquido ruminal foram menores para a tratamento com maior proporção de concentrado,

provavelmente, devido à maior produção de ácidos graxos voláteis e lático, nessa dieta.

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Segundo Ørskov (1986), a alimentação com grãos de cereais moídos resulta em alguns

problemas, dentre os quais, encontram-se a inadequada secreção de saliva para manter o pH

entre 6 e 7 e a inadequada estrutura física para estimular a mobilidade ruminal em dietas com

elevadas quantidades de grãos.

Os valores médios de pH encontrados para as duas dietas, 5,84 para a dieta com 80%

de concentrado e 6,19 para a dieta com 60% de concentrado, são semelhantes aos relatados

por Gonçalves et al. (2001) que trabalharam com cabras alimentadas com relações

volumoso:concentrado de 100:0, 80:20, 60:40, 40:60 e 20:80 e observaram decréscimo sobre

o pH, cujos valores médios decresceram mais drasticamente em níveis de concentrado de 60%

(6,12) e de 80% (5,76). Owens e Goetsch (1993) reportam que o pH do fluido ruminal varia

entre 5,5 e 6,5 para dietas concentradas, e de 6,2 a 7,0 para dietas constituídas exclusivamente

de volumosos.

A adição da levedura não afetou (P>0,05) os valores de pH do líquido ruminal que

variaram entre 5,85 e 6,29. Ainda que os valores de pH tenham sido abaixo de 6,7,

considerado pH normal do rúmen, estes se mantiveram na faixa fisiológica, entre 5,7 a 7,4

(NRC, 2007). Além disso, os valores obtidos no presente experimento foram superiores aos

valores de 5,5 que causam redução na eficiência de síntese microbiana (HOOVER E

STOKES, 1991). Esses resultados são semelhantes aos encontrados por Fereli et al. (2010),

Rivera et al. (2010) e Gattass et al. (2008) que adicionaram levedura à dieta de bovinos e não

observaram diferenças no pH ruminal em relação à dieta sem a adição da levedura ativa.

Também, Ortolan (2005) que avaliou o efeito da Monensina, salinomicina e levedura sobre os

parâmetros ruminais de bovinos alimentados com silagem de sorgo e concentrado na

proporção de 30:70 e não encontraram efeito dos aditivos sobre os valores de pH ruminal.

Apesar de o efeito desejado da levedura ser de aumento no pH, como relatam alguns

autores (KAMRA et al., 2002; FADEL ELSEED E ABUSAMRA, 2007), os valores de pH

mais frequentemente relatados em dietas suplementadas com levedura são semelhantes aos

encontrados no presente trabalho, entretanto, relatos de queda no pH com o uso do probiótico

também são comuns na literatura. Como ocorreu em experimento conduzido por Tabeleão et

al. (2008) que adicionaram ionóforo e levedura à dieta de cordeiros semiconfinados

suplementados com ração concentrada na proporção de 2% do PV e observaram menor pH

ruminal dos animais alimentados com probiótico em relação aos que não receberam aditivos.

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Essas diferenças nas literaturas revisadas podem estar relacionadas ao tipo de

alimentação básica fornecida aos animais nos diferentes estudos, bem como às espécies

bacterianas selecionadas pelo ambiente ruminal (CASTRO et al., 2002).

4.5.2- �itrogênio Amoniacal (�-�H3)

Os valores para concentração de amônia do líquido ruminal nos diferentes horários de

colheita são apresentados na Tabela 4. Não foi encontrado significância estatística (P≥0,05)

para a interação entre os fatores alimentos e levedura, dessa maneira os fatores principais não

foram desdobrados.

Tabela 4: Valores de nitrogênio amoniacal (mg/100mL) no rúmen de ovinos antes (0) e 2, 4, 6

e 8h pós alimentação em dietas com duas relações concentrado:volumoso (80C:20V e

60C:40V) suplementados (C/) ou não (S/) com levedura ativa.

Dietas Tempo (h) Média EPM P>F

0 2 4 6 8 R.L R.Q. R.C

C/ levedura 31,1 38,4 30,9 23,3 24,5 29,6 a 0,01

S/ levedura 39,2 37,8 31,6 25,1 30,7 33,4 a 0,01

80C:20V 34,3 38,1 31,4 25,9 26,1 31,4 a 0,01

60C:40V 36,1 38,5 30,8 21,2 29,5 31,7 a 0,01

Média 35,5 38,3 31,5 24,2 27,9 <0,0001 0,839 0,0003

EPM 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02

R.L; R.Q e R.C referem-se a regressão linear, quadrática e cúbica, respectivamente. Médias para levedura ou dietas, seguidas de mesma letra, não diferem entre si, pelo teste F (P>0,05).

Os microrganismos utilizam peptídeos e aminoácidos para crescimento ou podem

fermentar aminoácidos quando há deficiência de carboidratos produzindo amônia. O

nitrogênio amoniacal é removido do rúmen pela incorporação à matéria microbiana, por

absorção pelo epitélio ruminal ou passando para outras partes do trato digestório (PEREIRA

et al.2001).

A concentração de amônia do líquido ruminal não foi afetada (P>0,05) pelas

proporções de concentrado das dietas e nem pela adição da levedura (Tabela 4). A maior

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concentração de amônia no rúmen foi de 39,2 mg/100 mL antes da alimentação e a

concentração mínima foi de 21,2 mg/100mL, 6 horas após a alimentação. Os valores

encontrados no presente estudo ficaram bem acima do valor de 13 mg/100 mL de liquido

ruminal, que podem afetar a disponibilidade de nitrogênio para os microrganismos e

comprometer a ingestão e a digestibilidade da fibra (VAN SOEST,1994). Segundo o NRC

(2007), embora a concentração de amônia ruminal ideal para um ótimo crescimento

microbiano não esteja claramente definida, valores acima de 5 a 10 mg/100mL não têm efeito

na produção de proteína microbiana. Os altos valores de concentração de amônia encontrados

no presente estudo ocorreram, provavelmente, devido à alta porcentagem de proteína bruta da

dieta e, também, devido ao fato de a amônia ser essencialmente utilizada para o crescimento

dos microrganismos fibrolíticos (NRC, 2007), assim, por ser uma dieta rica em concentrado,

grande parte da população constituiu-se de microrganismos amilolíticos que preferem

aminoácidos ou peptídeos para síntese de proteína microbiana.

Bueno (2010) também obteve valores de nitrogênio amoniacal de ovinos entre 25 e 30

mg/100mL quando os animais foram alimentados com alfafa, e valores mais baixos entre 0 e

5 mg/100mL quando receberam braquiária.

Esses resultados são semelhantes aos encontrados por Possenti et al. (2008) que

trabalharam com a adição de S. cerevisiae na dieta de bovinos alimentados com feno de Tifton

e níveis crescentes de leucena e, também, observaram aumento nas concentrações de amônia

ruminal 2 horas após a alimentação, com declínio constante até as oito horas após

alimentação, retornando aos valores próximos do tempo zero e justificou que os valores

elevados de concentração de amônia ocorreram provavelmente devido ao elevado teor

protéico das dietas. Outros autores (FRANCO et al., 2008; ORTOLAN, 2005; PEREIRA et

al., 2001) também não observaram influência da levedura nos níveis de N-NH3 ruminal.

No entanto, Alshaikh et al. (2002), Erasmus et al. (1992) e Enjalberta et al. (1998)

relataram redução nos níveis de amônia ruminal com a suplementação de S. cerevisiae na

dieta de bovinos. Esses autores relacionaram os resultados obtidos ao aumento na

incorporação da amônia na proteína microbiana que podem, por sua vez, ser o resultado direto

do estímulo da atividade microbiana (WILLIAMS E NEWBOLD, 1990).

4.6- Digestibilidade in vitro

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Os valores da digestibilidade in vitro da matéria seca das dietas e dos alimentos estão

apresentados na Tabela 5. Não foi encontrado significância estatística (P≥0,05) para a

interação entre os fatores alimentos e levedura, dessa maneira os fatores principais não foram

desdobrados.

Tabela 5: Valores de Digestibilidade in vitro da matéria seca (%) das dietas e alimentos com

presença (C/) e ausência (S/) de levedura ativa.

DIVMS (%) P C.V.

Alimento

Concentrado 96,32 < 0,0001

3,32 Feno 38,34 S/ levedura 67,27

0,8627 C/levedura 67,39

Dieta

80C:20V 85,08 < 0,0001

4,97 60C:40V 70,92 S/ levedura 76,84

0,0666 C/ levedura 79,16

A DIVMS da ração concentrada foi maior (P≤0,01) que do feno, devido às suas

características bromatológicas (Tabela 1), como menor teor de FDN, FDA, lignina e maiores

teores de PB e CNF.

Os valores de DIVMS para feno de tifton (38,34) encontrados no presente estudo estão

bem abaixo dos relatados na literatura. Oliveira et al. (2000) avaliaram o rendimento e o valor

nutritivo do capim-tifton 85 (Cynodon spp.) colhido às idades de 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56, 63

e 70 dias de rebrota e obtiveram valores para DIVMS que variaram entre 44,2 a 74,4%. Assim

como Santos et al. (2000) que avaliaram as digestibilidades in vitro da MS e da MO de

cultivares de Cynodon com o uso do sistema DAISYII da ANKOM® Technology

Corporation em relação ao método tradicional proposto por Tilley e Terry (1963) e

observaram valores que variaram entre 66,01 e 62,88% para DIVMS do Tifton 85.

Entretanto, os valores de DIVMS da ração concentrada (96,32%) obtidos nesse

experimento foram semelhantes aos encontrados por Zambom et al. (2001) que avaliaram o

valor nutricional da casca do grão de soja, farelo de soja, milho moído e farelo de trigo através

da DIVMS desses alimentos separadamente e relataram valores de 97,87% de DIVMS do

farelo de soja e 95,15% para a DIVMS do milho moído.

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A adição de levedura não apresentou efeito (P≥0,05) sobre a DIVMS desses alimentos

individualmente, provavelmente, devido ao efeito desse probiótico ser mais pronunciado

sobre a fração fibra em dietas com alta proporção de concentrado e estímulo ao crescimento

de bactérias celulolíticas.

Esses resultados foram semelhantes aos encontrados por Possenti (2006) que avaliou a

digestibilidade in vitro da matéria seca de dois tipos de feno (coast-cross e leuceuna)

utilizando o líquido ruminal de bovinos suplementados ou não com S. cerevisiae e não

encontrou efeito da levedura sobre a DIVMS.

A DIVMS apresentou diferença significativa (P≤0,01) para as dietas. Os valores foram

maiores para a dieta com maior proporção de concentrado, devido às suas características

bromatológicas, com menores teores de FDN, FDA e lignina (Tabela 1), que resultou em

maior valor de DIVMS da ração concentrada (Tabela 5).

A adição da levedura resultou em aumento da DIVMS (P=0,066) das dietas,

independentemente da relação concentrado:volumoso. O aumento da digestão da matéria seca

nas dietas com diferentes proporções de concentrado:volumoso provocadas pela presença da

levedura ativa ocorreu, provavelmente, devido ao estimulo ao crescimento da população

bacteriana e conseqüentemente, maior degradação de seus nutrientes (Newbold, 1996).

Resultados positivos com a adição do probiótico também foram alcançados por Beleze

et al. (2007) ao avaliarem a DIVMS de rações com vários teores de concentrado e ausência ou

presença de levedura ativa com líquido ruminal de bovinos. Carro et al. (1992) utilizaram o

equipamento Rusitec® para avaliação das digestibilidades da MS e FDN de dietas com três

relações concentrado:volumoso (30:70, 50:50 e 70:30) com adição ou não da levedura ativa e

observaram efeito do probiótico apenas na dieta com alto teor de concentrado.

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5- CO�CLUSÕES

A adição de levedura na dieta de ovinos melhora a digestibilidade dos nutrientes

independente da relação concentrado:volumoso, sem alterar o consumo de MS. Contudo, não

foi possível determinar claramente a forma de ação do probiótico no ambiente ruminal já que

a suplementação com a levedura não alterou o pH nem o nitrogênio amoniacal.

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