ISA Como Modelo de Salubridade Ambiental em Rio Paranaíba/MG

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Aplicação do modelo ISA em municípios de pequeno porte.

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIOSA

    DIAGNSTICO DO SANEAMENTO AMBIENTAL DO MUNICPIO

    DE RIO PARANABA MINAS GERAIS

    RIO PARANABA MINAS GERAIS

    2014

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIOSA

    ANA LUIZA MELO RODRIGUES

    DIAGNSTICO DO SANEAMENTO AMBIENTAL DO MUNICPIO

    DE RIO PARANABA MINAS GERAIS

    Relatrio Final, referente ao perodo de agosto 2013 agosto de 2014, apresentado Universidade Federal de Viosa, como parte das exigncias do Programa Jovens Talentos/(CAPES). Orientador: Frederico Carlos Martins de Menezes Filho.

    RIO PARANABA MINAS GERAIS

    2014

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    Dedico este trabalho primeiramente

    a Deus a minha famlia e a todos

    que em mim confiaram.

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    AGRADECIMENTOS

    Aps tanto esforo dedicado a elaborao deste trabalho, encontro-me

    na responsabilidade de agradecer a todos aqueles que tornaram possvel sua

    realizao.

    - A Deus que ilumina todos os meus passos.

    - toda minha famlia que me apoiou na superao das dificuldades no

    medindo esforos para que eu pudesse chegar at aqui.

    - Ao Professor Frederico Carlos Martins de Menezes Filho pela sua

    maravilhosa orientao, direcionamento e pelos ensinamentos passados.

    Agradeo a todos os puxes de orelha que recebi, pois eles fizeram com que

    eu me dedicasse cada vez mais a este trabalho.

    - Ao professor Marcus Vinicius Santanna pelas dicas e correes feitas

    neste trabalho.

    - Prefeitura Municipal de Rio Paranaba e a COPASA pela boa

    recepo a mim prestada e pelos dados que foram passados, os quais se

    constituram como a alma deste projeto.

    - Aos meus colegas e amigos e moradores do municpio os quais

    contriburam de forma significativa me apoiando, tirando dvidas e auxiliando

    nos trabalhos em campo.

    A todos vocs meu sincero obrigada e saibam que este trabalho s foi

    possvel devido a ajuda de cada um de vocs.

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIOSA

    CAMPUS RIO PARANABA

    INSTITUTO DE CINCIAS EXATAS E TECNOLGICAS

    CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

    RESUMO

    DIAGNSTICO DO SANEAMENTO AMBIENTAL DO MUNICPIO

    DE RIO PARANABA MINAS GERAIS

    O projeto consistiu em um diagnstico do Saneamento Ambiental no municpio

    de Rio Paranaba MG, visando retratar as condies de atendimento

    referentes s reas do Saneamento Ambiental: abastecimento de gua,

    limpeza urbana e manejo de resduos slidos, esgotamento sanitrio, e manejo

    de guas pluviais. As informaes a respeito das condies atuais do municpio

    foram obtidas atravs de trabalhos de campo, pesquisa bibliogrfica a outros

    trabalhos realizados envolvendo uma ou mais reas do saneamento, e

    verbalmente junto empresa distribuidora de gua, COPASA, e a Prefeitura

    Municipal. Complementarmente foram pesquisados dados do Instituto

    Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) sobre o Saneamento Ambiental

    permitindo uma abordagem sobre o histrico e caractersticas do municpio.

    Elaborou-se, ento, uma adaptao do ISA (Indicador de Salubridade

    Ambiental), criando o ISA/RP, de forma a analisar a situao atual de

    Saneamento da cidade. Como resultados, destaca-se a precariedade do

    sistema de drenagem, o qual obteve a menor pontuao, 0,588 seguido do

    sistema de esgotamento sanitrio com 0,476. O manejo de resduos urbanos,

    apesar de apresentar falhas, como a falta de coleta seletiva e reciclagem,

    obteve pontuao 0,600 e o sistema de abastecimento de gua obteve 0,770,

    sendo este mais prximo unidade considerado salubre.

    Palavras-chave: Saneamento Ambiental, Indicadores, Salubridade.

    ________________________ _______________________________ Ana Luiza Melo Rodrigues Frederico Carlos M. de Menezes Filho

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    SUMRIO

    1. INTRODUO ............................................................................................... 8

    2. OBJETIVOS ................................................................................................. 10

    2.1 Objetivo Geral ............................................................................................ 10

    2.2 Objetivo Especfico ..................................................................................... 10

    3. JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 10

    4. REFERENCIAL TERICO ........................................................................... 11

    4.1 A Cidade de Rio Paranaba ....................................................................... 14

    4.2 Estrutura dos Componentes do Saneamento Ambiental ............................ 15

    4.2.1 Sistema de Abastecimento de gua (SAA) ............................................. 15

    4.2.2 Sistema de Esgotamento Sanitrio ......................................................... 16

    4.2.3 Sistemas de Limpeza Urbana e Manejo de Resduos Slidos ................ 18

    4.2.4 Sistema de Drenagem Urbana ................................................................ 20

    4.3 DIAGNSTICO .......................................................................................... 21

    4.3.1 Diagnstico .............................................................................................. 21

    4.3.1.1 Abastecimento de gua ....................................................................... 22

    4.3.1.2 Esgotamento Sanitrio ......................................................................... 22

    4.3.1.3 Limpeza Urbana e Manejo de Resduos Slidos .................................. 23

    4.3.1.4 Drenagem Urbana ................................................................................ 23

    4.3.2 O modelo ISA Indicador de Salubridade Ambiental ............................. 24

    5. METODOLOGIA ........................................................................................... 25

    5.1 O Modelo ISA/RP Indicador de Salubridade Ambiental para o Municpio

    de Rio Paranaba/MG ....................................................................................... 25

    5.1.1 Indicador de Abastecimento de gua ...................................................... 26

    5.1.2 Indicador de Esgotamento Sanitrio ....................................................... 27

    5.1.3 Indicador de Resduos Urbanos .............................................................. 27

    5.1.4 Indicador de Drenagem Urbana .............................................................. 28

    6. RESULTADOS E DISCUSSES ................................................................. 29

    6.1 Abastecimento de gua ............................................................................. 29

    6.2 Esgotamento Sanitrio ............................................................................... 29

    6.3 Limpeza dos Resduos Urbanos ................................................................ 30

    6.4 Drenagem Urbana ...................................................................................... 30

    6.5 Clculo ISA/RP ........................................................................................... 34

    6.5.1 Abastecimento de gua .......................................................................... 34

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    6.5.2 Esgotamento Sanitrio ............................................................................ 34

    6.5.3 Resduos Urbanos ................................................................................... 35

    6.5.4 Drenagem Urbana ................................................................................... 35

    7. CONCLUSO ............................................................................................... 36

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ................................................................. 38

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    1. INTRODUO

    Segundo o Ministrio das Cidades (BRASIL, 2006), saneamento

    ambiental representa o conjunto de aes tcnicas e socioeconmicas, tendo

    como objetivo aumentar a salubridade ambiental. Essas aes para a

    sociedade buscam o acesso ao abastecimento de gua potvel, coleta e

    disposio sanitria de resduos lquidos e slidos, disciplina sanitria de uso

    do solo, manejo de guas pluviais e o controle de doenas transmissveis afim

    de proteger e melhorar as condies de vida da populao.

    Para que haja um saneamento adequado populao, esta deve ter

    participao fundamental na tomada de decises. necessrio deixar claro

    que o PMS (Plano Municipal de Saneamento) no da administrao em vigor,

    mas sim da comunidade, a qual o agente efetivo de manuteno e

    cumprimento das diretrizes previstas.

    Este projeto de pesquisa consiste na obteno de informaes atravs

    de diagnsticos em campo, pesquisa bibliogrfica em relatrios recentes sobre

    a situao do municpio, e tambm dados junto companhia de gua,

    COPASA e a Prefeitura Municipal. A pesquisa foi elaborada com base em

    questes fundamentais ligadas ao saneamento com objetivo de localizar e

    diagnosticar as deficincias do Saneamento Ambiental no municpio de Rio

    Paranaba Minas Gerais. Alm da pesquisa de campo, sero coletados dados

    do IBGE relacionados ao saneamento ambiental.

    O diagnstico consistiu em estudar cada um dos componentes do

    saneamento ambiental de forma isolada e posteriormente com o auxlio do

    Indicador de Salubridade Ambiental, ISA, uni-los para definir o nvel de

    salubridade do municpio.

    O ISA, um modelo de indicadores e sub indicadores criado pelo estado

    de So Paulo, o qual busca a partir de dados j existentes quantificar os nveis

    de salubridade de cada componente do saneamento ambiental, no que dita a

    cobertura destes sistemas, frequncia e atendimento a demanda (PIZA, 2000).

    Ressalta-se que o modelo ISA recomendado somente para reas urbanas.

    Para melhor caracterizao e ponderao dos dados obtidos em cada sistema

    do saneamento ambiental e melhor adequao ao porte do municpio em

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    questo, houve uma adaptao no modelo ISA para o modelo proposto

    denominado ISA/RP, tendo como base adaptaes do ISA para outros

    municpios mineiros, como por exemplo Belo Horizonte e Juiz de Fora.

    No captulo 2 so listados os objetivos que se pretendem alcanar com

    a elaborao deste trabalho.

    No captulo 3 justifica-se a importncia do estudo do tema e os motivos

    que levaram a escolha de Rio Paranaba como local de estudo.

    No captulo 4, denominado Reviso Bibliogrfica, descreve-se um pouco

    do cenrio atual de saneamento no Brasil e os principais problemas que a falta

    de salubridade pode gerar aos municpios e cidados. Neste captulo

    mostrado tambm a importncia de se realizar um bom diagnstico, pois dele

    partiro todos os outros trabalhos para elaborao do PMS.

    O captulo 4 divido em 3 sees, onde a primeira, Histrico da Cidade,

    contm a forma como surgiu o municpio de Rio Paranaba, a chegada do

    campus da UFV, bem como dados sobre IDH e condies de saneamento

    obtidas junto ao IBGE. A segunda, Estrutura dos Componentes do Saneamento

    Ambiental, foi apresentada de forma resumida os servios de Abastecimento

    de gua, Esgotamento Sanitrio, Manejo de Resduos Urbanos e Drenagem

    Urbana. A terceira, Diagnstico, apresentou-se o que era importante conhecer

    sobre cada sistema, bem como detalhes sobre o modelo ISA e suas

    pontuaes.

    A Metodologia apresentada no captulo 5 a forma com que se pode

    obter os dados utilizados no trabalho e a elaborao do ISA/RP.

    No captulo 6, so mostrados os Resultados e Discusses onde expe-

    se os dados obtidos durante a execuo do projeto bem como as pontuaes

    do ISA obtidos pelo municpio.

    Por fim apresentam-se as concluses obtidas com a elaborao do

    projeto juntamente com uma perspectiva sobre a condio atual do municpio.

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    2. OBJETIVOS

    2.1 Objetivo Geral

    Diagnosticar a situao atual do Saneamento Ambiental no municpio de

    Rio Paranaba-MG.

    2.2 Objetivo Especfico

    I. Diagnosticar a situao atual do Saneamento Ambiental

    do municpio de Rio Paranaba por meio coleta de

    dados municipais e informaes sobre o saneamento

    ambiental no IBGE e junto a prefeitura municipal e a

    Copasa;

    II. Adaptar o modelo de indicadores ISA para aplicao no

    municpio de Rio Paranaba, como forma de anlise

    quantitativa dos dados obtidos para classificao da

    salubridade do municpio em questo.

    3. JUSTIFICATIVA

    O conceito de Saneamento Ambiental possui uma abrangncia que

    historicamente foi construda com o objetivo de alcanar nveis crescentes de

    salubridade ambiental, compreendendo o abastecimento de gua, o

    esgotamento sanitrio, o manejo de resduos slidos urbanos, o manejo de

    guas pluviais, o controle de vetores e a disciplina de ocupao do solo a fim

    de promover a melhoria das condies de vida urbana e rural (BRASIL, 2006).

    Ao se caminhar pela cidade de Rio Paranaba-MG, notvel a carncia

    do municpio em termos de salubridade. Nos perodos chuvosos os

    alagamentos so frequentes nas vias principais de escoamento de trnsito,

    grande parte do lixo armazenado em caladas estando disposio das

    primeiras chuvas para serem carreados jusante e, por muitas vezes,

    elementos da microdrenagem como bocas de lobo sofrem da ausncia de

    manuteno. Destaca-se tambm a frequncia da interrupo de

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    abastecimento de gua a alguns bairros da cidade demonstrando a

    necessidade de planejamento frente situaes de escassez deste recurso

    mineral.

    Figura 1 Escoamento superficial aps chuva e associao de bocas de lobo com resduo slido na rua Capito Franklin de Castro, Rio Paranaba/MG. Fonte: Arquivo pessoal do autor.

    A Figura 1 retrata a situao atual de alguns componentes do

    saneamento ambiental no municpio.

    O saneamento ambiental de extrema importncia na preveno de

    diversas doenas, visto que vrias dessas enfermidades podem ser

    provocadas pelo contato com o esgoto ou at mesmo com o lixo exposto nas

    ruas e consumo de alimentos ou gua contaminada. Estima-se que cerca de

    6% de todas as doenas no mundo sejam causadas pela falta de saneamento,

    o que provoca a morte de mais de 15 milhes de pessoas anualmente por

    doenas infecciosas (CERQUEIRA, 2012).

    O projeto de pesquisa objetiva traar um diagnstico da situao atual

    do municpio e propor diretrizes para atenuar essa deficincia no planejamento

    municipal.

    4. REFERENCIAL TERICO

    O Saneamento Ambiental um direito garantido a todos os cidados

    pela Lei 11.445 de 05 de janeiro de 2007 (BRASIL, 2007), a qual determina que

    os municpios elaborem seus planos de saneamento, dentro de uma viso

    integrada com a participao da sociedade. Estes planos devem abranger os

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    servios de abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem urbana,

    limpeza urbana e manejo dos resduos slidos.

    A gua por sua relao com a vida, no poderia ficar de fora da cidade.

    Com a chuva, s guas pluviais se tornam agentes de limpeza a servio da

    populao carregando tudo o que encontram em seu caminho.

    A inexistncia de redes de drenagem ou dispositivos que atenuem o

    escoamento superficial como as tcnicas compensatrias - sejam elas

    pavimentos permeveis, telhados verdes ou micro reservatrios domiciliares

    possibilitam que as guas das chuvas alm de avanarem sobre as caladas

    alagando determinados pontos do municpio tambm causem danos ao

    pavimento, gerando fissuras e posteriormente buracos, incorrendo em altos

    custos administrao municipal e reduzindo a qualidade de vida da

    populao.

    A impermeabilizao decorrente da ocupao urbana desenfreada

    acelera o escoamento superficial e, em mdia, o pico da cheia numa bacia

    urbanizada pode chegar a ser 6 vezes superior ao pico na mesma bacia em

    condies pr-urbanizao (TUCCI,2004).

    A expanso urbana sem o devido planejamento gera a ocupao de

    reas sem infraestrutura adequada para a moradia.

    No municpio em questo, com a instalao da Universidade Federal de

    Viosa a cidade passou a receber uma grande quantidade de alunos,

    professores e tcnicos. Sendo assim a cidade cresceu em um ritmo

    desenfreado sem haver, em muitos locais, o mnimo de planejamento e

    infraestrutura.

    Integrante ao quadro catico do saneamento ambiental, a disposio

    inadequada dos resduos slidos contribuem para a proliferao de insetos e

    roedores favorecendo a condio de insalubridade ambiental.

    O crescimento econmico no Brasil segue um modelo gerador de

    concentrao de renda e infraestrutura pontuais, levando a ocorrncia de

    doenas infecto-parasitrias onde se encontram as populaes mais pobres, as

    quais sofrem com as precrias condies sanitrias e ambientais (HELLER et

    al, 2013). As deficincias no setor de Saneamento Ambiental, agravadas pela

    intensificao da urbanizao so causadores muitos problemas de sade na

    Amrica Latina. (BRASIL, 2004).

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    Diante de todos os problemas apresentados pelo setor, preciso intervir

    em defesa do meio ambiente, promoo da sade pblica, e melhores

    condies de vida a populao. Verifica-se ento a necessidade de criar-se o

    planejamento municipal, com enfoque na rea urbana, onde se encontram

    majoritariamente a populao brasileira, buscando a melhoria do atendimento

    dos servios (BRASIL, 2006).

    Os governos, alegando elevados gastos para implantao desse servio,

    no conseguem estruturar a cidade de acordo com o ritmo de crescimento

    populacional. Contudo, importante ressaltar que os gastos com saneamento

    ambiental so extremamente vantajosos, pois este proporciona a reduo de

    casos de doenas infecciosas e da taxa de mortalidade infantil, diminui os

    impactos ambientais, alm de oferecer ambientes saudveis para a populao,

    garantindo, assim, maior qualidade de vida (BRASIL, 2006).

    Destarte, a elaborao do plano de saneamento, demanda de um

    investimento financeiro inicial. Porm para Matus apud Heller (2013), sua

    estruturao focaliza a realizao de aes por meio de iniciativas planejadas

    evitando improvisaes, gastos com reparos e sendo possvel preparar-se para

    mudanas futuras. Sabe-se tambm que a falta de planejamento municipal

    contribui para a fragmentao das aes voltadas para o setor, causando

    desperdcio de recursos e ineficincia dos servios (BRASIL, 2005). Portanto

    aps a elaborao de um plano adequado as realidades do municpio este

    investimento inicial passa a ser visto como uma possvel soluo para a

    escassez de recursos vivenciada pelo setor de saneamento nos municpios.

    A importncia de planejar o setor est em conhecer a real necessidade

    da populao e meios de se alcanar os melhores resultados, aumentando o

    envolvimento e participao social. (HELLER, 2013). A participao social tem

    sido vista como fundamental para a elaborao de um diagnstico confivel e

    execuo de um bom planejamento. (BRASIL, 2006). Ao participar do

    planejamento as pessoas poderiam colaborar com as aes dos rgos de

    saneamento, inclusive evitando a necessidade de contratao de outros

    profissionais muitas vezes no residentes no municpio. (BRASIL, 2006;

    HELLER 2013).

    Visto a necessidade de se ter um PMS, torna-se imprescindvel um

    diagnstico para saber as atuais condies do setor, fazendo-se necessria a

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    participao da populao nesta etapa, a fim de se obter a perspectiva da

    populao sobre o oferecimento dos servios.

    Para obteno de um diagnstico confivel, necessrio que primeiro

    se tenha um conhecimento prvio das condies bsicas do municpio acerca

    dos servios oferecidos pela prefeitura ou prestadora de servios. Para Gil

    (2002, p. 17):

    a pesquisa requerida quando no se dispe de informao suficiente para responder ao problema, ou ento quando a informao disponvel se encontra em tal desordem que no possa ser adequadamente relacionada ao problema.

    4.1 A CIDADE DE RIO PARANABA-MG

    A histria do municpio de Rio Paranaba-MG comea quando

    garimpeiros vindos de diversos pontos de Minas Gerais acamparam no local

    aps o nascimento do filho do chefe da expedio Jos Mendes Rodrigues. Por

    volta de 1760 j habitavam no local cerca de 500 pessoas, e as terras eram

    divididas entre duas famlias dominantes, os Rodrigues e os Oliveira. Com a

    chegada do Padre Missionrio Jos Pascualine, foi construda a Igreja do

    Rosrio na divisa entre as duas terras. E ao pequeno arraial que se formava foi

    dado o nome de So Francisco das Chagas do Campo Grande. Em 1923, por

    sugesto do ento Presidente de Estado, Doutor Olegrio Maciel, recebeu o

    nome de Rio Paranaba, devido a nascente do Rio Paranaba em suas terras.

    Com o passar dos anos a cidade passou a receber novos moradores, e

    teve que crescer. Porm essa expanso da cidade se deu de forma

    desorganizada e sem o devido planejamento, deixando de lado a infraestrutura

    bsica, para que se evitassem problemas hoje comuns na cidade, como falta

    de gua em perodo de seca, excesso de resduos slidos e domsticos nas

    caladas, alagamentos e em menor escala, vazamentos de esgoto.

    Consoante dados do ltimo censo do IBGE (IBGE, 2010), a cidade

    localizada na regio do Alto Paranaba, com 1.352,353 km possui cerca de

    11.885 habitantes e sua principal atividade econmica a agropecuria com

    enfoque da produo oriunda do PADAP (Programa de Assentamento Dirigido

  • 15

    do Alto Paranaba). O municpio possua um ndice de desenvolvimento

    humano de 0,709.

    No mesmo censo constam que 26,4% dos domiclios possuem saneamento

    inadequado, e 10,4% o possuem de forma inadequada. Da populao

    residente em domiclios com saneamento inadequado: 26,5% possuem renda

    mdia mensal de salrio mnimo per capita, 6,8% possuem renda mdia

    mensal de salrio mnimo per capita e 19,5% possuem um rendimento

    nominal domiciliar per capita mdio mensal de at 60% da mediana. Esses

    dados resultam que 52,8% da populao residente em domiclios com

    saneamento inadequado so de baixa renda.

    4.2 ESTRUTURA DOS COMPONENTES DO SANEAMENTO

    AMBIENTAL

    Antes de se fazer uma anlise sobre as condies atuais em que se

    encontram os sistemas integrantes do Saneamento Ambiental fundamental

    entender como estes operam, suas particularidades e funes.

    4.2.1 Sistema de Abastecimento de gua (SAA)

    Para BRASIL (2014), um SAA composto por uma sequncia coordenada

    de processos que, atravs da implantao de estruturas e equipamentos, iro

    cumprir com o objetivo de fornecer gua potvel s unidades consumidoras.

    Ou seja, SAA, trata-se do componente do saneamento responsvel pela

    captao e distribuio de gua a todo municpio. A partir da figura 2, ser

    possvel caracterizar as etapas deste componente.

    Durante o processo, a gua captada de seu reservatrio (1), e conduzida

    a uma Estao de Tratamento de gua (ETA) (2), onde ocorrer uma mistura

    rpida geralmente de Sulfato de Alumnio, Cal e Cloro. Aps a rpida mistura

    das substancias citadas, a gua passa por um processo de floculao (3), onde

    devido aos componentes qumicos presentes e uma agitao lenta, ocorrer a

    aglutinao das impurezas presentes na gua as quais iro se sedimentar.

    Essas impurezas decantadas devido gravidade iro afundar, esse processo

    conhecido como decantao (4), e geralmente realizado em grandes

  • 16

    tanques, semelhantes a piscinas. Aps o processo de decantao, a gua

    passa para o processo de filtrao (5). Quanto melhor a decantao melhor

    ser a filtrao. A etapa 5, consiste na passagem de gua por vrias camadas

    de materiais de diversas granulometrias.

    Figura 2 Representao do sistema de abastecimento de gua. Fonte: http://www.agua.bio.br/botao_d_L.htm Acesso em 24/07/2014.

    Ao final da filtrao, a gua segue para o processo de desinfeco (6) afim

    de se garantir que no haja micro-organismos na gua bem como feita a

    adio de flor e controle do pH da gua. Tendo a gua completado o ciclo de

    tratamento, ela no ser imediatamente distribuda s casas, mas passar por

    um processo de reservao feito em duas etapas, sendo um reservatrio

    grande (7) localizado prximo a ETA e outras menores (8) localizadas em

    pontos estratgicos da cidade. Este processo tem como objetivo assegurar a

    distribuio de gua aos usurios em horrios de maior consumo. Por fim a

    gua segue para a rede de distribuio (9) ligada as residncias por meio de

    tubulaes. Dependendo do relevo do municpio, pode-se fazer necessrio o

    uso de bombas (boosters) para darem presso a gua.

    4.2.2 Sistema de Esgotamento Sanitrio

    Consoante BRASIL (2014), o sistema de esgotamento sanitrio tem por

    objetivo fundamental dar destinao adequada s guas residurias, isto , aos

  • 17

    esgotos ou efluentes, garantindo o devido tratamento antes de ocorrer a

    disposio final.

    Primeiramente os efluentes so coletados nas casas atravs de uma

    ligao domiciliar, sendo encaminhados a uma rede coletora e posteriormente

    a redes maiores denominadas coletores-tronco, os quais conduzem os

    efluentes a um interceptor que os encaminhar para a estao de tratamento.

    necessrio notar que, o escoamento do esgoto pela rede feito

    primeiramente por ao da gravidade, caso necessrio, devido a topografia

    local, ser necessrio o uso de bombas, ou estaes elevatrias.

    Na figura 3, esto representados de forma simples os componentes da

    coleta do esgoto por meio de uma rede coletora.

    Figura 3 Representao do sistema de esgotamento sanitrio. Fonte: SABESP (2013).

    Em muitos municpios ainda so usados os sistemas de fossas coletivas.

    O esgoto encaminhado a uma rede domiciliar, passa para uma rede coletora

    que o transporta para uma fossa sptica.

    O tratamento de esgoto acontece nas Estaes de Tratamento de Esgoto

    (ETE). Faz-se importante lembrar que o processo de tratamento varia de

    acordo com a origem do efluente, sendo necessria a diferenciao entre

    esgoto domstico e industrial.

    O processo de tratamento geralmente ocorre na execuo das seguintes

    etapas:

  • 18

    1- Pr-tratamento: chamado de gradeamento ocorre a separao de

    slidos grosseiros presentes no esgoto como sacolas plsticas, garrafas

    pet, etc.

    2- Tratamento Primrio: semelhante aos processos de floculao e

    decantao h a remoo de slidos em suspenso na gua alm de

    leos e graxas.

    3- Tratamento Secundrio: durante este processo os efluentes passam por

    tratamentos biolgicos em tanques chamados de reatores onde haver a

    remoo da matria orgnica presente.

    4- Tratamento Tercirio: remoo de nutrientes nocivos e de vrus e

    bactrias presentes.

    Para Brasil (2014), necessrio lembrar que o tratamento visa tornar o

    esgoto no nocivo ao rio receptor, no havendo a necessidade de torn-lo

    potvel.

    Alm do tratamento do esgoto, necessrio tambm se planejar no

    tratamento e disposio final do lodo.

    4.2.3 Sistemas de Limpeza Urbana e Manejo de

    Resduos Slidos

    Segundo a ABNT, a partir da norma NBR 10004 de 2004 apud Queiroz

    (2014), define Resduos Slidos Urbanos, RSU, como:

    Resduos nos estados slido e semisslidos, que resultam de atividades de origem industrial, domstica, hospitalar, comercial, agrcola, de servios e de varrio. Ficam includos nesta definio os lodos provenientes de sistemas de tratamento de gua, aqueles gerados em equipamentos e instalaes de controle de poluio, bem como determinados lquidos cujas particularidades tornem invivel o seu lanamento na rede pblica de esgotos ou corpos de gua, ou exijam para isso solues tcnicas e economicamente inviveis em face melhor tecnologia disponvel.

    A lei 12.305 de agosto de 2010 apud Queiroz (2014) possui como objetivos

    a reduo, reutilizao, reciclagem e tratamento dos resduos slidos alm de

    incentivar a indstria de reciclagem. A lei prev tambm a criao de

  • 19

    programas e aes para a participao de grupos interessados, e disposio

    final adequada aos rejeitos.

    O gerenciamento dos RSU pode ser resumido s etapas a seguir:

    1- Acondicionamento: consiste no armazenamento dos RSU em recipientes

    adequados, para posterior coleta, seja ela de porta em porta, ou

    mecanizada atravs de contineres.

    2- Coleta: durante a coleta em que se feita a separao do lixo, sendo

    o lixo comum normalmente despejado em caminhes compactadores e

    o reciclvel em caminhes caamba afim de no danificar o material.

    3- Triagem: consiste no processo de separao dos materiais reciclveis

    do rejeito, separando o que possui valor de venda.

    4- Reciclagem: transformao do resduo em matria prima. Assim, o

    mercado de reciclagem deve analisar a existncia de um mercado que

    receba o resduo selecionado.

    5- Disposio Final: distribuio dos rejeitos aos aterros, os quais devem

    seguir as normas de segurana sade e ao meio ambiente.

    Atravs da figura 4, possvel observar o ciclo da matria.

    Figura 4 Gerenciamento adequado de resduos slidos. Fonte: http://www.hmdoctors.com/index.php/2013/09/politica-nacional-de-residuos-solidos/ Acesso em 24/07/2014.

  • 20

    4.2.4 Sistema de Drenagem Urbana

    As intervenes humanas no meio ambiente, em especial a

    impermeabilizao do solo, fazem com que a gua das chuvas no mais infiltre

    no solo e sim escoe sobre ele. Este escoamento quando em excesso, causa

    diversos problemas cidade, desde inundaes, enchentes at formao de

    fissuras no solo. Quando em associao a outros sistemas do saneamento,

    como o sistema de limpeza urbana, ocorre o carregamento dos resduos

    slidos presentes nas caladas, at leito de rios, crregos e reservatrios. J

    ao sistema de abastecimento de gua, pode haver o transporte de

    componentes qumicos nocivos a sade presentes no solo.

    A excessiva impermeabilizao do solo aumenta do escoamento superficial

    da gua precipitada e consequentemente diminui o escoamento subterrneo.

    Essa reduo do volume de gua que infiltra no solo, reduz a capacidade dos

    lenes freticos, prejudicando assim a manuteno da bacia hidrogrfica. No

    somente a reduo da infiltrao da gua gera problemas a bacia, como o

    aumento da gua superficial prova eroses e intensificao da dimenso da

    frequncia das inundaes urbanas.

    Em vista de todos estes problemas gerados pelo escoamento superficial,

    surge a necessidade de se drenar esta gua. Para Pinto et al. (2006),

    O sistema de drenagem deve ser entendido como o conjunto da infraestrutura existente em uma cidade para realizar a coleta, o transporte e o lanamento final das guas superficiais. Inclui ainda a hidrografia e os talvegues. constitudo por uma srie de medidas que visam a minimizar os riscos a que esto expostas as populaes, diminuindo os prejuzos causados pelas inundaes e possibilitando o desenvolvimento urbano de forma harmnica, articulada e ambientalmente sustentvel.

    O sistema de drenagem urbana geralmente composto por bocas de lobo

    (bueiros) em pontos estratgicos, que captam a gua que escoa sobre a

    superfcie e a levam para tubulaes e galerias que transportam a gua das

    regies urbanas at rios e arroios que a conduzam para fora. Na figura 5,

    possvel notar de forma simplificada, como ocorre este processo.

  • 21

    Figura 5 Representao do sistema de drenagem urbana. Fonte: https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/3779572093393/ducp_FF_parte1.pdf Acesso em 25/07/2014.

    Atualmente o sistema de drenagem convencional tem se mostrado

    insuficiente para atender a expanso das cidades e impedir a ocorrncia de

    inundaes e enchentes. Em vista deste novo problema, tem-se adotado

    mtodos para reaproveitamento da gua das chuvas, dentre eles,

    armazenamento da gua das chuvas em reservatrios para uso posterior

    geralmente para limpeza. Outra tcnica tambm bastante utilizada a criao

    de parques lineares para a recuperao de vrzeas e renaturalizao de

    cursos de gua.

    4.3 DIAGNSTICO

    4.3.1 Diagnstico

    O diagnstico consiste em uma descrio das condies atuais de um

    determinado objeto de estudo, como uma espcie de fotografia. A abrangncia

    e detalhamento deste diagnstico podem variar de acordo com as

    necessidades futuras. Em um diagnstico que antecipar a elaborao de um

    Plano Municipal de Saneamento, PMS, deve-se identificar e caracterizar os

    diversos problemas, a partir do levantamento de dados bibliogrficos do

    municpio, pesquisa em loco, e tambm a participao da prefeitura municipal,

  • 22

    companhias prestadoras de servio e moradores do municpio estudado. A

    identificao destes problemas, a sua gravidade e extenso, devero permitir

    hierarquiz-los de acordo com a sua importncia para que, em fase posterior,

    prioridades sejam definidas e intervenes sejam realizadas. Em um

    diagnstico necessrio tambm abordar as causas das deficincias

    encontradas.

    Obviamente, essa hierarquizao resultar em uma anlise comparativa

    entre as diferentes unidades de planejamento. Nessa fase sero estabelecidos

    indicadores, cuja agregao permitir definir um ndice global de desempenho

    do setor de saneamento. Os indicadores podem ser quantitativos, categricos

    ou qualitativos.

    Durante e elaborao do diagnstico, os sistemas que compem o

    Saneamento Ambiental sero tratados individualmente, porm no se deve

    ignorar a influncia que um sistema impe sobre o outro.

    Segue abaixo, caractersticas mnimas que devem ser estudas durante

    um diagnstico em cada um dos componentes do saneamento.

    4.3.1.1 Abastecimento de gua

    I. A qualidade da gua distribuda.

    II. O volume disponvel.

    III. A frequncia do abastecimento.

    IV. A eficincia no atendimento aos servios prestados.

    V. Se h manuteno preventiva da infraestrutura existente.

    VI. Os ndices de perda do sistema.

    VII. Verificar a frequncia de ocorrncia destes problemas.

    VIII. Verificar a relao entre a evoluo populacional e a

    quantidade de ocorrncia dos problemas.

    4.3.1.2 Esgotamento Sanitrio

    I. Identificar os principais tipos de problemas (obstruo de

    rede, refluxo do esgoto para moradia, mau cheiro, etc.).

  • 23

    II. Verificar a frequncia de ocorrncia destes problemas.

    III. Frequncia de limpeza da rede.

    IV. Periodicidade das operaes de manuteno preventiva da

    infraestrutura.

    V. Eficincia nos servios prestados.

    VI. Tempo de instalao da rede.

    4.3.1.3 Limpeza Urbana e Manejo de Resduos Slidos

    I. Identificar os principais tipos de problemas.

    II. Verificar a frequncia de ocorrncia destes problemas.

    III. Frequncia de limpeza urbana.

    IV. Tipos de servio de limpeza urbana prestados

    comunidade.

    V. importante conhecer o sistema de coleta e destinao

    final de resduos slidos.

    VI. Equipamentos utilizados para o acondicionamento do lixo.

    VII. Estruturas utilizadas para a disposio final dos resduos.

    VIII. Frequncia da coleta dos resduos domiciliares.

    4.3.1.4 Drenagem Urbana

    I. Identificar os principais tipos de problemas observados na

    rea urbana.

    II. Verificar a frequncia de ocorrncia destes problemas.

    III. Verificar a relao entre a evoluo populacional e a

    quantidade de ocorrncias de inundaes.

    IV. Frequncia de limpeza da rede.

    V. A eficincia nos servios prestados.

    VI. Periodicidade das operaes de manuteno preventiva da

    infraestrutura.

    VII. O tempo de instalao da rede.

  • 24

    4.3.2 O modelo ISA Indicador de Salubridade Ambiental

    Os indicadores consistem em informaes que nos permitem mensurar

    elementos de interesse. Deve-se ressaltar ainda que os indicadores no so

    informaes explicativas ou descritivas, mas pontuais no tempo e espao, cuja

    integrao e evoluo permitem o acompanhamento dinmico da realidade.

    (Magalhes et al, 2003).

    De acordo com Batista (2006) a construo atual de sistemas de

    indicadores relativos salubridade ambiental tem permitido olhar para os

    sistemas que compe o Saneamento Ambiental de forma objetiva com o intuito

    de prover informaes que melhorem a qualidade de vida urbana.

    O modelo ISA composto por indicadores e sub indicadores obtidos a

    partir de dados e informaes j disponveis, que permitem avaliar, de maneira

    uniforme, as condies atuais de salubridade do municpio. Sendo assim,

    recomenda-se que o ISA seja aplicado em reas urbanas e/ou expanso

    urbana dos municpios, pois em zonas rurais no h prestao de dados que

    subsidiem uma avaliao dos sistemas pelo modelo proposto. O ISA foi

    desenvolvido pela Cmara Tcnica de Planejamento do Conselho Estadual de

    Saneamento do Estado de So Paulo CONESAN.

    O ISA/SP composto por indicadores selecionados da rea de

    saneamento ambiental, socioeconmico, da sade e dos recursos hdricos.

    Foram escolhidas as variveis disponveis e de fcil tabulao no sentido de

    facilitar a elaborao do relatrio. Formado por seis grupos de indicadores:

    Indicador de Abastecimento de gua (IAB); Indicador de Esgoto Sanitrio (IES);

    Indicador de Resduos Slidos (IRS); Indicador de Controle de Vetores (ICV);

    Indicador de Riscos de Recursos Hdricos (IRH) e Indicador Socioeconmico.

    De acordo com o Manual Bsico do ISA (So Paulo, 1999) apud PIZA

    (2000), o ISA/SP calculado pela mdia ponderada de indicadores especficos

    e relacionados, direta ou indiretamente, com a salubridade ambiental, atravs

    da seguinte frmula:

    ISA = 0,25IAB + 0,25 IRS + 0,10ICV + 0,10 IRH + 0,05 ISE (1)

  • 25

    5. METODOLOGIA

    A metodologia consistir em uma anlise descritiva e exploratria do

    tema saneamento ambiental no municpio de Rio Paranaba a partir de dados

    municipais, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), bem

    como pesquisa de campo em bairros da cidade, visita Prefeitura Municipal e

    a Copasa.

    Durante a execuo deste trabalho, foram feitas visitas a determinados

    pontos da cidade, onde se pode saber dos prprios moradores, a partir de um

    dilogo estruturado, alguns problemas frequentes enfrentados pela populao.

    Foram obtidos dados tambm junto a COPASA, a Prefeitura Municipal e a

    partir de projetos e relatrios realizados no municpio destacando os setores

    que compe o saneamento ambiental individualmente.

    5.1 O Modelo ISA/RP Indicador de Salubridade Ambiental para o

    Municpio de Rio Paranaba/MG

    Para avaliao do desempenho dos componentes do Saneamento

    Ambiental no municpio de Rio Paranaba, procurou-se desenvolver um modelo

    de indicadores com base no modelo ISA acima citado. Como base para a

    criao do indicador ISA/RP, utilizou-se os modelos ISA/JP utilizado no

    municpio de Joo Pessoa/PB, ISA/JF para o municpio de Juiz de Fora/MG,

    ISA/BH para o municpio de Belo Horizonte/MG e por fim ISA/CR para o

    municpio de Cricima/SC.

    O modelo ISA/RP composto por uma mdia ponderada dos servios

    analisados durante a execuo deste trabalho. Em todos os trabalhos

    consultados, procurou-se dividir o municpio em diversos setores censitrios,

    porm no municpio em questo, a prestao de servios se d de forma

    integrada, no havendo a necessidade da diviso do municpio em setores.

    Os sub indicadores escolhidos para esta avaliao so Indicador de

    Abastecimento de gua, Indicador de Esgotamento Sanitrio, Indicador de

    Resduos Urbanos e por fim Indicador de Drenagem Urbana. Os indicadores de

    controle de vetores, riscos de recursos hdricos e socioeconmicos no sero

  • 26

    utilizados por no serem de fundamental importncia para determinar o

    desempenho dos componentes do Saneamento Ambiental, que quando bem

    executados garantem o controle de vetores e os riscos dos recursos hdricos.

    O ISA/RP se dar pela seguinte mdia aritmtica simples, pois jugou-se

    que todos os componentes possuem a mesma importncia.

    (2)

    Sendo:

    IA = Indicador de Abastecimento de gua

    IE = Indicador de Esgotamento Sanitrio

    IR = Indicador de Resduos Urbanos

    ID = Indicador de Drenagem Urbana

    A pontuao do ISA/RP variar de 0 a 1 obedecendo aos seguintes

    parmetros:

    Tabela 1: Situao de salubridade por faixa de situao

    Situao da salubridade Pontuao do ISA

    Insalubre 0 a 0,2550

    Baixa Salubridade 0,2551 a 0,5050

    Mdia Salubridade 0,5051 a 0,7550

    Salubre 0,7551 a 1

    5.1.1 Indicador de Abastecimento de gua

    O indicador de abastecimento de gua foi divido em trs indicadores

    tercirios: indicador de cobertura, indicador de qualidade da gua distribuda e

    indicador de saturao do sistema.

    (3)

    O indicador de cobertura (IC) busca avaliar a quantidade de domiclios

    que recebem gua tratada em relao a todos os domiclios da rea urbana.

    (4)

  • 27

    O indicador de qualidade da gua distribuda visa a relao entre a

    quantidade de amostras dentro dos padres em relao quantidade total de

    amostras segundo critrios da portaria 2914/Ministrio da Sade.

    (5)

    O ndice de saturao do sistema busca a relao entre a demanda de

    gua da populao com relao a quantidade de gua que chega aos

    domiclios.

    -

    - (6)

    5.1.2 Indicador de Esgotamento Sanitrio

    O indicador de esgotamento sanitrio (IE) se dar pela mdia aritmtica

    simples dos seguintes indicadores tercirios: indicador de coleta e indicador de

    tratamento.

    (7)

    O indicador de coleta relaciona quantidade de domiclios atendidos a

    quantidade total de domiclios no municpio.

    (8)

    O indicador de tratamento visa a quantidade de esgoto coletado que

    sofre tratamento.

    (9)

    5.1.3 Indicador de Resduos Urbanos

    O indicador de resduos urbanos se dar pela mdia aritmtica dos

    seguintes critrios:

  • 28

    ndice de Coleta = 0 a 1

    ndice de Coleta seletiva = 0 a 1

    ndice de Reciclagem = 0 a 1

    Se municpio possui aterro = 0 a 1

    diria = 1

    3 vezes = 0,5

    Frequncia de coleta = 2 vezes = 1,25

    1 vez = 0

    Aps as devidas pontuaes, ser feita a media aritmtica simples dos

    critrios os quais formaram o indicador de resduos urbanos.

    5.1.4 Indicador de Drenagem Urbana

    Sabe-se que a drenagem urbana deve ocorrer de forma uniforme em

    todo o municpio e no que fiquem concentrados em um local, logo para se

    obter um melhor diagnstico deste servio, optou-se por dividi-lo em setores

    que correspondem aos bairros do municpio.

    Portanto o indicador de drenagem urbana ser a mdia aritmtica da

    pontuao obtida por cada bairro. A pontuao de cada bairro obedecer o

    seguinte indicador tercirio: indicador de presena de bocas de lobo.

    Segundo Orsini et. Al apud Santos (2014), a densidade recomenda de

    bocas de lobo por rea pavimentada deve ser pelo menos 1 boca de lobo a

    cada 400 ou 800m. Sendo a cada 400m considerado mais conservador e

    800m o menos conservador. Para clculo do indicador de presena de bocas

    de lobo, ser considerado o critrio de 1 boca de lobo a cada 800m. Portanto

    se o bairro possuir o nmero mnimo de bocas de lobo exigidas receber

    pontuao 1, caso contrrio receber pontuao 0.

  • 29

    6. RESULTADOS E DISCUSSES

    Aps a obteno dos dados junto companhia distribuidora de gua,

    COPASA, a Prefeitura Municipal, trabalhos in loco e reviso bibliogrfica a

    trabalhos executados no local, obteve-se os dados apresentados a seguir. Este

    captulo se dar primeiramente por um resumo dos dados obtidos em cada

    setor do Saneamento Ambiental e logo aps os resultados para clculo do

    ISA/RP.

    6.1 Abastecimento de gua

    A captao de gua no municpio de Rio Paranaba se d em forma de

    captao em mina com uma vaso mdia de 39L/s, porm devido seca

    anormal nos anos de 2013/2014, a vaso diminuiu para 21L/s. A Copasa afirma

    que a eficincia no atendimento aos servios prestados da ordem de 96%, e

    a manuteno preventiva da infraestrutura diria e semestralmente em

    reservatrios. A companhia afirma tambm que o ndice de perda do sistema

    de 16% e que o municpio em questo no possui captao da gua da chuva.

    Atualmente h cerca de 3.667 ligaes o que corresponde a 95,22% de

    abrangncia ao municpio cuja demanda mdia de 21L/s.

    Quanto qualidade da gua distribuda so divulgado site da Copasa

    (www.copasa.com.br) dados anuais, portanto os dados de 2013 e durante este

    perodo a companhia afirma que das 15600 amostras nenhuma comprometeu a

    qualidade da gua distribuda.

    6.2 Esgotamento Sanitrio

    Quanto ao sistema de esgotamento sanitrio, a responsvel a

    Prefeitura Municipal, a qual afirma que existem 3.667 domiclios ligados a rede

    pblica de esgoto, correspondendo a 95,22% dos domiclios no municpio. A

    maior parte da rede de esgoto do municpio foi instalada durante os anos 1977

    a 1983 no recebendo manuteno preventiva desde ento, ou qualquer

    medida ampliadora. Sendo feitas manutenes apenas quando necessrias.

  • 30

    O sistema sanitrio do municpio encontra-se totalmente independente

    do sistema de drenagem urbana e se compe de fossas coletivas as quais so

    limpas diariamente e os dejetos encaminhados ao crrego Lava Ps, sem

    qualquer tipo de tratamento. A prefeitura ainda afirma que possvel a

    existncia de fossas individuais presentes em domiclios mais antigos, porm

    estas no esto de acordo com as normas tcnicas e so consideradas

    clandestinas.

    6.3 Limpeza dos Resduos Urbanos

    A responsvel pelo sistema de limpeza dos resduos urbanos a

    Prefeitura Municipal a qual afirma que a limpeza de resduos domsticos feita

    diariamente em todo o municpio, no possui coleta seletiva e no so

    utilizados equipamentos para acondicionamento do lixo. Os resduos so

    encaminhados a um aterro controlado aos arredores do municpio. Rio

    Paranaba produz cerca de 0,4 kg de lixo domstico por habitante, no

    havendo dados sobre a quantidade de resduos slidos por habitante.

    A coleta de resduos slidos, como materiais de construo feita de

    forma terceirizada e feita de forma separada ao lixo urbano. Outros servios de

    limpeza so disponibilizados aos moradores como garis e jardineiros.

    6.4 Drenagem Urbana

    A responsvel por este servio atualmente a Prefeitura Municipal,

    porm esta no possui um projeto de dimensionamento da rede de drenagem

    pluvial, a qual segundo a prefeitura foi instalada durante os anos de 1977 a

    1983. Portanto para a melhor obteno de dados buscou-se referncia a

    trabalhos realizados com foco neste setor.

    Segundo Santos (2014):

    A rede de drenagem no abrange toda

    extenso urbana e este fato pode gerar

    grandes reas de contribuio nas bocas de

    lobo. A primeira hiptese de que as bocas de

    lobo no drenam todo volume de gua

  • 31

    superficial solicitado, ocasionando um volume

    adicional para os pontos de curva de nvel

    inferior causando um efeito cascata no

    sistema.

    Constatou-se problemas comuns decorrentes da falta de manuteno

    em elementos do sistema como a obstruo e/ou danificao das grelhas das

    bocas de lobo alm de lminas dgua em vias no assistidas pelo sistema de

    drenagem das guas pluviais. Essa situao dificulta a utilizao da via por

    veculos e pedestres, alm de, trazer risco sade pblica.

    Segue abaixo uma tabela onde-se expressa a quantidade de bocas de

    lobo existentes em cada bairro e o dficit das mesmas.

    Tabela 2: Densidade de Bocas de Lobo

    Bairro rea (m) Quantidade de bocas de lobo recomendadas (1BL/800m)

    Quantidade atual

    Dficit

    Jardim Primavera 191.770,1 240 0 240

    So Francisco 133.969,2 168 5 163

    Novo Rio 97.947,7 123 70 53

    Centro 90.214,3 113 128 -15

    Alto de Santa Cruz 60.271,2 76 0 76

    Olhos dgua 51.336,9 65 0 65

    Erival C. de Resende 47.942,5 60 0 60

    Bela Vista 40.460,3 51 0 51

    So Cristvo 37.342,2 47 2 45

    Loteamento Paranaba

    36.371,0 46 0 46

    Novo Horizonte 35.301,0 45 0 45

    Samambaia 31.193,2 39 0 39

    Universitrio 25.703,7 33 0 33

    Prado 24.601,2 31 0 31

    Progresso 16.795,2 21 0 21

    Vila dos Professores 16.354,3 21 0 21

    Francisco Moreira 11.574,6 15 0 15

    Valores Totais 949.157,6 1.194 205 989 Fonte: Santos (2014) adaptado.

    A seguir apresenta-se uma tabela com o resumo dos dados obtidos de

    cada setor componente do Saneamento Ambiental.

  • 32

    Tabela 3: Resumo dos dados obtidos por setor

    Abastecimento de gua

    Qualidade da

    gua

    distribuda

    Volume

    disponvel

    Frequncia do

    Abastecimento

    Eficincia dos

    servios

    prestados

    Manuteno

    preventiva

    ndices de

    perda

    Frequncia

    de Ocorrncia

    destes

    problemas

    Relao entre a

    evoluo

    populacional e a

    ocorrncia deste

    problemas

    Dentro dos

    padres 39L/s Contnua 96%

    Diariamente em

    tanques de

    tratamento e

    semestralmente

    em

    reservatrios

    16% * *

    Esgotamento Sanitrio

    Principais

    problemas

    Frequncia destes

    problemas

    Frequncia de

    limpeza da rede

    Manuteno

    preventiva

    Eficincia nos

    servios prestados

    Tempo de

    instalao da rede

    Vazamentos e

    entupimentos * No h limpeza No manuteno *

    31 anos

  • 33

    Resduos Urbanos

    Principais

    problemas

    Frequncia destes

    problemas

    Frequncia de

    limpeza da rede Destinao Final

    Acondicionamento

    do Lixo

    Frequncia de

    coleta domiciliar

    * * * Aterro controlado No h Diria

    Drenagem Urbana

    Principais

    problemas

    Frequncia de

    destes

    problemas

    Relao entre a

    evoluo da

    populao e

    ocorrncia dos

    problemas

    Frequncia de

    limpeza da rede

    Eficincia dos

    servios

    prestados

    Manuteno

    Preventiva

    Tempo de

    instalao da

    rede

    Obstruo e

    falhas no

    gradeamento

    * * No h. * No h. 31 anos.

    No h informaes.

  • 34

    6.5 Clculo ISA/RP

    O clculo do ISA/RP se dar aps o clculo dos sub indicadores

    individualmente.

    6.5.1 Abastecimento de gua

    O indicador de abastecimento composto pela mdia aritmtica de trs

    indicadores tercirios, os quais suas pontuaes so apresentadas a seguir:

    Tabela 4: Pontuao ISA

    Indicador Tercirio Pontuao

    IC 0,9522

    IQ 1

    IS 0,359

    Portanto obteve-se a pontuao de 0,770 para o Indicador de

    Abastecimento de gua.

    6.5.2 Esgotamento Sanitrio

    O indicador de esgotamento sanitrio composto pela mdia aritmtica

    de dois indicadores tercirios, os quais suas pontuaes so apresentadas a

    seguir:

    Tabela 5: Pontuao ISA

    Indicador Tercirio Pontuao

    IC 0,9522

    IT 0

    Portanto obteve-se a pontuao de 0,4761 para o Indicador de

    Esgotamento Sanitrio.

  • 35

    6.5.3 Resduos Urbanos

    O indicador de resduos urbanos composto pela mdia aritmtica de

    da pontuao do seguinte ndices:

    Tabela 5: Pontuao ISA

    Indicador Tercirio Pontuao

    ndice de Coleta 1

    ndice de Coleta Seletiva 0

    ndice de Reciclagem 0

    Se municpio possui aterro 1

    Frequncia de coleta 1

    Portanto obteve-se a pontuao de 0,6 para o Indicador de Resduos

    Urbanos.

    6.5.4 Drenagem Urbana

    O indicador de drenagem composto pela mdia aritmtica dada a

    pontuao obtida em cada bairro a respeito a quantidade de bocas de lobo

    por cada 800m.

    Tabela 6: Pontuao ISA

    Bairro Pontuao

    Jardim Primavera 0

    So Francisco 0

    Novo Rio 0

    Centro 1

    Alto de Santa Cruz 0

    Olhos dgua 0

    Erival C. de Resende 0

    Bela Vista 0

    So Cristvo 0

    Loteamento Paranaba

    0

    Novo Horizonte 0

    Samambaia 0

    Universitrio 0

    Prado 0

    Progresso 0

    Vila dos Professores 0

    Francisco Moreira 0

  • 36

    Portanto obteve-se a pontuao de 0,0588 para o Indicador de

    Drenagem Urbana.

    Portanto a partir da pontuao atribuda aos sub indicadores conclui-se

    que o ISA/RP possui pontuao de 0, 476 sendo o municpio considerado

    como de BAIXA SALUBRIDADE.

    7. CONCLUSO

    Aps apurao dos dados, juntamente com algumas visitas in loco,

    possvel notar que no municpio em questo os servios de saneamento no se

    do de forma homognea, mas sim de forma isolada na parte mais antiga e

    central do municpio. Aps a instalao do campus da Universidade Federal de

    Viosa, pouco se tem feito, em termos de infraestrutura nos bairros criados

    para atender os novos moradores.

    Mesmo em loteamentos considerados particulares, as condies de

    saneamento, em especial de drenagem urbana esto em estado de

    calamidade. Como apresentado anteriormente, existem bairros em que no h

    a presena de nenhuma boca de lobo.

    Um grande responsvel por este problema a falta de investimento e

    tambm de interesse por parte da administrao e moradores na resoluo do

    problema. Os problemas com drenagem no s geram danos ao asfalto,

    laminas dgua, barro e enxurradas como tambm contribuem para a

    proliferao de vetores.

    importante salientar tambm no que se refere ao servio de

    abastecimento de gua, nos perodos de seca do ano de 2013, e deste ano

    houve uma diminuio considervel da vazo de captao de gua, havendo

    inclusive perodos em que os moradores chegaram a ficar sem gua por

    algumas horas. A companhia distribuidora afirma que est tomando medidas

    mitigadoras para combater os perodos de seca que tem se tornado cada vez

    maiores.

    No que compete ao servio de esgotamento sanitrio, ainda no h no

    municpio nenhuma forma de tratamento do esgoto, e ainda h reclamaes

  • 37

    por parte da populao de locais com problemas na rede, principalmente pelo

    fato desta ser muito antiga e no haver manuteno preventiva na mesma.

    J para o servio de limpeza urbana, h a passagem diria de caminhes

    de lixo domstico pela cidade, o que contribui para a no proliferao de

    vetores, porem os resduos slidos so de responsabilidade dos moradores, os

    quais devem entrar em contato com uma companhia terceirizada para a

    remoo dos mesmos. Tambm no h qualquer tipo de compostagem,

    reciclagem, prensa ou separao dos resduos slidos.

    Conclui-se portanto que o nvel de Baixa Salubridade obtido pelo ISA/RP

    adequado ao municpio, e que deve-se haver a priorizao do servio de

    Drenagem Urbana, o qual apresentou o menor resultado, e encontra-se

    totalmente subdimensionado.

  • 38

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    BATISTA, Marie Eugnie Malzac Batista, SILVA, Tarcsio Cabral, O modelo

    ISA/JP Indicador de Performance para diagnstico do Saneamento

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    BRASIL. Guia para a Elaborao de Planos Municipais de Saneamento.

    Braslia: Ministrio das Cidades. 2006.

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    Diretor de Desenvolvimento Estratgico de Cuiab, CUIAB, 2007.

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    Disponvel em: , acesso em 19/05/2014

    LISBOA, Severina, HELLER, Lo, SILVEIRA, Rogrio, Desafios do

    planejamento municipal de saneamento bsico em municpios de

    pequeno porte: a percepo dos gestores, Revista de Engenharia Sanitria

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  • 39

    INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA, IBGE, Cidades,

    Rio Paranaba cdigo 315550. <

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    Universidade Federal de Juiz de Fora, 2014.

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