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Boletim Informativo do Instituto Superior de Engenharia do Porto.
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BOLETIM INFORMATIVOSEGUNDO TRIMESTRE 2008 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Instituto Superior de Engenharia do Porto
Depois do ISEP
ÁLVARO VIEIRA
Destaque
VISITA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
À conversa com...
PAULA VIANA
ISEPNO ROTEIRO PARA A CIÊNCIA
DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
01 EditorialPresidente do Conselho Directivo
02 A ReterEquipa do ISEP segunda classificada no IMAGINE CUP
ISEP recebeu prémio GreenLight
Investigação distinguida internacionalmente
Praia de Matosinhos vigiada por robot do ISEP - Projecto SEASAFE
ISEP e Universidade Austral do Chile mais próximos
Novas comissões directivas tomaram posse
ISEP entre os melhores da Engenharia no consórcio CDIO
ISEP finalista na 1ª fase do programa COHITEC
+Lab pela promoção da ciência
12 De fora cá dentroParceria Salvador Caentano/ISEP
14 DestaqueISEP no Roteiro para a Ciência do Presidente da República
16 Investigação à Lupa CISTER
19 Depois do ISEPÁlvaro Vieira
21 A nossa TecnologiaGILT - Entrevista com Carlos Vaz de Carvalho
10 À Conversa com...Paula Viana - Assembleia de Representantes
22 Breves1ª conferência internacional sobre sustentabilidade empresarial
ISEP promoveu concurso de painéis solares
Seminário �Energias Renováveis e Políticas Energéticas�
Museu Parada Leitão acolhe o seminário
Laboratório automóvel volta a promover formação prática
Quartas à Tarde no DEI - inteligência artificial em discussão
ISEP acolhe escola de verão em redes neuronais
ISEP promove formação em segurança da informação
Eficiência na apresentação de projectos multimédia debatida no ISEP
ISEP recebe a 2ª reunião do projecto ALFA-CID
Jornadas técnicas de metrologia
DEM do ISEP oferece cursos avançados em solidworks
Colaboração entre ISEP e Casa da Música
DEM/ISEP realiza cursos de peritos qualificados
�Maio, mês do coração�
06 EventosHannover MESSE 2008
BLUE BEE
Alunos constroem Karts
ISEP inaugura health club
27 Provas de Doutoramento
MPL322OBJ
Modelo de Geometria Descritiva (1868)
Museu Parada Leitão | ISEP
BOLETIM INFORMATIVOEDITORIAL
Ficha técnica
PROPRIEDADE
Instituto Superior de Engenharia do Porto
EDIÇÃO
DCI - Divisão de Cooperação e Imagem
REDACÇÃO
Alexandra Trincão, Flávio Ramos e Mediana
PAGINAÇÃO E GRAFISMO
José Silva & Óscar Andrade
COLABORADORES ESPECIAIS
Paula Viana, Carlos Vaz de Carvalho, Álvaro Vieira,
Eduardo Tovar.
TIRAGEM
1000 exemplares
CONTACTOS
GCI - Gabinete de Comunicação e Imagem
Rua Dr. António Bernardino de Almeida, 431
4200- 072 Porto
Tel. 351 228 340 576 | Fax: 351 228 321 159
e-mail : [email protected]
EXECUÇÃO
Mediana Porto_7.2008
DEPÓSITO LEGAL
258 405/07
Nos corredores do ISEP já se vive o Verão. O frenesim diário deu lugar ao silêncio. É tempo
de férias. De descanso. De recuperar energia para os desafios do ano lectivo que rapidamente
entrará. Estes meses recentes foram muito intensos para a vida deste Instituto e a prová-lo
estão as muitas iniciativas que ficam registadas neste Boletim, com o óbvio destaque para
a visita do Presidente da Republica, no âmbito do Roteiro para a Ciência dedicada às
Tecnologias da Informação e Comunicação.
A vinda da mais alta figura do Estado português ao ISEP pôs os olhos do País nas nossas mais-
valias. O Presidente da República mostrou - e disse - aos portugueses, aos empresários e à
comunidade científica, que somos um dos melhores exemplos da investigação que se faz
em Portugal a nível do Ensino Superior. Mais do que a visita aos centros de investigação
reconhecidos pela FCT, mais do que tudo o que se disse e escreveu, esta passagem do
Presidente da República pelo ISEP permitiu-nos constatar que este é caminho a seguir: a
aposta na I&D, a abertura do ISEP à população em geral e às empresas em particular, a
preocupação constante com as exigências do país e do mundo.
E é desses projectos que interessam à comunidade que também falamos nesta edição. Desde
os karts desenvolvidos com três escolas secundárias do Porto aos painéis solares construídos
pelos alunos, passando pela concretização de um ecoponto modelo que é também uma
peça de design, são muitos os exemplos que revelam as preocupações alargadas do ISEP,
que não se cingem ao ensino mas acima de tudo à intervenção na sociedade, procurando
contribuir para um desenvolvimento sustentado e equilibrado.
A reter, também, a abertura de um health club com vantagens exclusivas para alunos e
funcionários. Somos, de resto, a primeira instituição de ensino superior a estabelecer uma
parceria para disponibilização de infra-estrutura deste género.
Porque o tempo é de férias, não são aconselháveis delongas. Contudo não posso deixar de
realçar outro grande passo que o ISEP deu no panorama educativo português: nomeou o
primeiro mestre do ensino politécnico a nível nacional. É um assunto que merece ser tratado
com outro cuidado e será, certamente, abordado num próximo Boletim. Não poderia, no
entanto, deixar de o mencionar já, tal é a sua importância.
Aos novos rumos de vida que agora se iniciam fora deste campus, aos outros que embora
noutras etapas continuarão a passar por aqui, aos que no dia-a-dia trabalham com dedicação
e afinco e que são os grandes responsáveis pelas distinções e notoriedade do ISEP, desejo
aos primeiros os maiores sucessos e aos outros umas óptimas férias.
Até Setembro!
.A RETER
O futuro dos três jovens passa pela informática. O presente, passa por
um glorioso segundo lugar no concurso Imagine Cup 2008. Entre
milhares de participantes, a equipa do ISEP constituída por Rui Neves,
Cláudio Maia e Nelson Reis arrecadou a segunda posição na Categoria
Software Design com o projecto r-Ecycled. .
O Imagine Cup é um concurso que desafia as competências técnicas
e criativas dos estudantes, num tema seleccionado anualmente pela
Microsoft, normalmente relacionado com problemas pertinentes da
sociedade. De certa forma, os alunos são convidados a resolver os
problemas do mundo através das suas ideias. Este ano, a base do
concurso era "imagine um mundo onde a tecnologia permita um
ambiente sustentável".
O projecto r-Ecycled, que arrecadou o segundo lugar do concurso,
é baseado no conceito de rede social e tem como finalidade principal
fomentar a participação activa da população para a obtenção de
um mundo menos poluído. Pretende-se que qualquer pessoa com
acesso à Internet, através de um computador ou de um dispositivo
móvel, possa, de uma forma muito simples, sinalizar um foco de
poluição. Essa informação ficará disponível para visualização no sítio
e será também encaminhada às entidades que a possam solucionar,
como autarquias e instituições públicas. Estas entidades, por sua vez,
poderão registar as medidas tomadas para a resolução do problema
através de uma aplicação própria.
De seguida, as pessoas que sinalizaram os problemas e demonstraram
o seu interesse recebem uma notificação, vendo assim a sua
participação gratificada.
Segundo os alunos responsáveis pelo r-Ecycled, o maior recurso que
dispuseram para a elaboração deste projecto foi �o tempo�. �Este
tipo de projecto, envolve muita dedicação e muito do nosso tempo
livre. O projecto equivale a um projecto empresarial, no qual temos
um limite temporal e todas tarefas inerentes, desde a análise até à
implementação e testes. Toda a dedicação e tempo livre são
necessários para avançar neste tipo de projecto, e uma coisa é certa:
se não tens estes dois �recursos� e a determinação necessária, não
vale a pena avançar�, explicaram os informáticos.
EQUIPA DO ISEP SEGUNDA CLASSIFICADANO IMAGINE CUPIMAGINAR UM MUNDO ONDE A TECNOLOGIAPERMITA UM AMBIENTE SUSTENTÁVEL, TROUXECRÉDITOS AO ISEP
O Instituto Superior de Engenharia do Porto foi o vencedor português
da edição 2008 do prémio internacional Greenlight, tornando-se assim
a primeira Instituição de Ensino Superior nacional a obter este galardão.
O prémio, atribuído pela Comissão Europeia, distingue organizações
que se destacam na área da eficiência energética dos edifícios. A
cerimónia de entrega foi em Frankfurt, no dia 10 de Abril no decorrer
da Feira Light+Building. .
O ISEP viu reconhecido internacionalmente o investimento de �50.000
feito no edifício I, onde aplicou um sistema de elevado rendimento,
em que o controlo e a economia são optimizados e as condições de
iluminação substancialmente melhoradas, com base num projecto
do próprio ISEP. Este sistema permite a poupança energética de cerca
de 55MW/ano, o que ronda �7.500/ano, prevendo-se o retorno no
investimento em cerca de 7 anos.
A preocupação do ISEP prende-se com o facto de Portugal, apesar
de possuir alguma variedade de recursos endógenos para produção
energética, ter uma dependência externa superior a 85% que se
reflecte na grande instabilidade nos preços da energia, ainda com
tendência a aumentar. Este facto é consequência da inexistência
em território nacional de petróleo e gás natural, mas também dos
elevados níveis de ineficiência e desperdícios verificados nos diversos
sectores, nos quais os edifícios apresentam um impacto importante.
ISEP RECEBEU PRÉMIO GREENLIGHTFOI A PRIMEIRA INSTITUIÇÃO DE ENSINOSUPERIOR COM DISTINÇÃO EM EFICIÊNCIAENERGÉTICA DOS EDIFÍCIOS
A aposta contínua que o Instituto Superior de Engenharia do Porto
tem feito na investigação voltou a ser reconhecida
internacionalmente. Filipe Azevedo e Nuno Silva constituem os mais
recentes exemplos ao serem premiados em conferências
internacionais de renome pela excelência dos trabalhos
desenvolvidos.
�275 A Short-term Risk Management Tool Applied to OMEL Electricity
Market Using Particle Swarm Optimization� foi o projecto que
destacou Filipe Azevedo, Assistente Doutorado do Departamento
de Engenharia Electrotécnica do ISEP, na principal conferência
mundial na área dos mercados de electricidade - EEM 08 � 5th
International Conference on the European Electricity Market, que
teve lugar no Centro de Congressos do Instituto Superior de
Engenharia de Lisboa, entre 28 e 30 de Maio.
Nuno Silva, investigador do Grupo de Investigação em Engenharia
do Conhecimento e Apoio à Decisão (GECAD) do ISEP, foi
distinguido na conferência EuroVis'08 � Eurographics / IEEE VGTC
Symposium on Visualization realizada entre 26 e 28 de Maio em
Eindhoven (Holanda). O investigador foi agraciado com o Best
Paper Award pelo artigo �From Web Data to Visualization via
Ontology Mapping�, realizado em colaboração com Owen Wilson,
Phil W. Grant e Min Chen.
INVESTIGAÇÃO DO ISEP NOVAMENTE DISTINGUIDA INTERNACIONALMENTE
.A RETER
Na sequência da 2ª Conferência Latino-Americana de Objectos de
Aprendizagem e do seu trabalho de doutoramento sobre a definição
de uma metodologia de ensino de medicina suportado por novas
tecnologias, António Vieira Castro, docente do Departamento de
Engenharia Informática do ISEP, foi convidado pela Universidade
Austral do Chile para partilhar com docentes e investigadores da
Faculdade de Medicina da UACh conhecimentos sobre tecnologias
paralelas para apoio às necessidades de �Long Life Learning� na área
da Saúde.
Na visita de trabalho, que decorreu no âmbito do projecto MECESUP
AUS0307 �Mejoramiento de la Calidad y Nivel de los Servicios
Tecnológicos de Apoyo a la Docencia�, António Vieira de Castro
realizou um curso de capacitações na LMS MOODLE a alguns docentes
e investigadores da UACh e outro sobre o uso de repositórios,
focalizando o MELOR (Medical Learning Objects Repository) do qual
é administrador suportado pelo DSPACE da MIT e HP. .
Decorrente desta visita, foi estabelecido um protocolo de cooperação
entre o IPP e a Universidade Austral do Chile, abrindo portas à
investigação conjunta das duas instituições, nomeadamente pelos
seus grupos de investigação GILT (ISEP) e GITA (UACh). .
ISEP E UNIVERSIDADE AUSTRAL DO CHILE MAIS PRÓXIMOS
É um projecto realizado em parceria entre o Instituto Superior de
Engenharia do Porto e a Câmara Municipal de Matosinhos e pretende
tornar as praias portuguesas mais seguras. A primeira a utilizar o
inovador sistema integrado de monitorização, detecção e salvamento
aquático que está a ser desenvolvido pelo ISEP é, já em 2009, a praia
de Matosinhos.
O projecto denominado SEASAFE, que resulta de um protocolo entre
a Câmara de Matosinhos e o Laboratório de Sistemas Autónomos
(LSA) do ISEP, tem em vista o desenvolvimento de um robot de
monitorização marítima de superfície na vertente de salvamento
aquático.
O ROAZ, recentemente apresentado pelo ISEP na Feira de Hanôver,
Alemanha, uma das mais importantes feiras mundiais de tecnologia,
é um robot de monitorização marítima de superfície que pode analisar
a qualidade da água e detectar náufragos.
O desenvolvimento deste sistema autónomo, na vertente de
salvamento aquático, envolve um investimento de cerca de 350 mil
euros. A intenção dos investigadores é obter um barco autónomo
que esteja permanentemente na água, mas que apenas seja activado
quando as câmaras instaladas na praia detectarem algum problema
no mar.
O robot pode atingir o banhista em perigo muito mais rapidamente
do que os nadadores-salvadores, disponibilizando-lhe uma bóia a
que este se pode agarrar até chegar o salvamento. .
O ideal é que o robot também possa, em determinadas circunstâncias,
trazer o banhista para terra. Este sistema, quando estiver desenvolvido,
apenas se justifica em praias com uma grande frente de mar, onde
a distância implique uma demora na chegada do nadador-salvador
junto do banhista em dificuldades.
Os investigadores admitem que o barco autónomo possa navegar a
cerca de 20 quilómetros por hora, o que lhe permitirá chegar
rapidamente à pessoa que necessita de socorro.
Nesse sentido, o sistema SEASAFE incluirá, além do veículo autónomo
de superfície para apoio ao salvamento aquático, um sistema
automático de detecção e aviso de situações de potencial risco,
que será instalado em torres de vigia.
PRAIA DE MATOSINHOS VIGIADA POR ROBOT DO ISEPO PROJECTO SEASAFE JÁ FOI APRESENTADO NA HANNOVER MESSE 2008
.A RETER
NOVAS COMISSÕES DIRECTIVAS DOSDEPARTAMENTOS DE MATEMÁTICA EENGENHARIA ELECTROTÉCNICATOMARAM POSSENo passado dia 9 de Maio teve lugar a cerimónia de tomada de
posse das Comissões Directivas dos Departamentos de Engenharia
Electrotécnica (DEE) e de Matemática (DMA) do ISEP, referente às
eleições de 29 de Abril. Este evento, que contou com a presença do
Presidente do Conselho Directivo, João Rocha, decorreu na Sala de
Actos.
Do Departamento de Engenharia Electrotécnica, tomaram posse José
António Beleza Carvalho (Presidente), Teresa Alexandra Ferreira Mourão
Pinto Nogueira (Vice-Presidente) e António Carvalho de Andrade
(Vogal). Já no Departamento de Matemática, a Comissão Directiva
passou a ser constituída por Alcinda Maria Sousa Barreira (Presidente),
Gisela Cristina Gonçalves Vieira Ramadas (Vice-Presidente) e Elsa
Maria de Carvalho Ferreira Gomes (Vogal).
No seu discurso, João Rocha focou a importância de um maior
envolvimento por parte das Comissões Directivas e dos Departamentos
no desenvolvimento de actividades regulares de formação, para
além das l icenciaturas e mestrados existentes no ISEP.
Para o Presidente do Conselho Directivo é fundamental �aumentar
o nível das receitas próprias� da Instituição e para tal é necessário
criar �actividades para gerar recursos financeiros�. Afirmou ainda que,
�do ponto de vista de gestão, é importante que as Comissões Directivas
contribuam na criação de acções de formação a nível de cursos de
pós-graduação e outros que não atribuam necessariamente grau
académico�. Uma maior oferta deste tipo de formação permitirá
garantir uma captação regular de receitas, contribuindo para limitar
os impactos negativos da redução do financiamento do ensino
superior por parte do orçamento de estado.
Arizona State University | California State University (Northridge) | Chalmers University of Technology | Daniel Webster College | École Polytechnique de Montréal
| Hogeschool Gent | Helsinki Metropolia University of Applied Sciences | Hochschule Wismar | Instituto Superior de Engenharia do Porto | Jönköping University
| Lancaster University | Linköping University | Massachusetts Institute of Technology | Metropolia University (Helsinki) | Politecnico di Milano | Queen's University
(Belfast) | Queen's University (Ontario) | Royal Institute of Technology | Shantou University | Singapore Polytechnic | Technical University of Denmark | Tsinghua
University | Turku University of Applied Sciences | U.S. Naval Academy | Umeå University | University of Auckland | University of Bristol | University of Calgary |
University of Colorado (Boulder) | University of Queensland | University of Leeds | University of Liverpool | University of Pretoria | University of Sydney
INSTITUIÇÕES DO CDIO
O Instituto Superior de Engenharia do Porto é a mais recente Instituição
a integrar o consórcio CDIO (Conceive � Design � Implement �
Operate). A adesão do ISEP resulta do pedido efectuado na 4ª
Conferência Internacional CDIO, que teve lugar entre 16 e 19 de
Junho em Gent (Bélgica). Esta notícia tem especial destaque já que
o ISEP passa a ser a primeira e única instituição portuguesa de Ensino
Superior a integrar um painel que conta já com a presença de algumas
das melhores escolas mundiais de Engenharia. Entre os membros do
consórcio encontram-se nomes como o Massachusetts Institute of
Technology, Linköping University, Politecnico di Milano ou Hogeschool
Gent.
O objectivo sustentador do CDIO é a reformulação do ensino da
engenharia de modo a produzir as próximas gerações de líderes na
área. A nova visão resulta da fusão de conhecimentos entre escolas,
empresas, engenheiros e estudantes e procura aplicar um programa
inovador que alia o conhecimento científico à experimentação
prática. A formação dos futuros engenheiros passa por dotá-los de
conhecimentos, competências e atitudes de modo a melhor responder
às reais necessidades do mercado.
A integração no consórcio se por um lado vem reforçar a imagem
da qualidade do ensino realizado no ISEP, por outro, apenas confirma
as boas práticas que já regiam a sua conduta do mesmo. O ISEP está
assim, uma vez mais, na linha da frente das escolas de engenharia
mundiais.
ISEP ENTRE OS MELHORES DA ENGENHARIA NO CONSÓRCIO CDIO
.A RETER
O Instituto Superior de Engenharia do Porto foi apresentado, no dia
3 de Junho, como um dos cinco finalistas na primeira fase da 5ª edição
do COHiTEC. Este programa da Cotec Portugal, visa estimular a criação
de empresas de base tecnológica e elevado potencial de crescimento
a partir do conhecimento gerado no ensino superior português. Esta
classificação dá ao ISEP a possibilidade de passar à segunda fase do
programa: constituição de empresa que comercialize o produto.
�GRIFO� é o nome do projecto apresentado no COHiTEC. Consiste
num sistema que integra veículos aéreos não tripulados com
processamento computacional a bordo e emissor de sinal de alerta.
As mais-valias provocadas pela enorme mobilidade e precisão
(posicionamento abaixo dos 10 metros e identificação de focos
inferiores a 2m2) permitem a detecção precoce e precisa de fogos
florestais. O tempo que o GRIFO poupa na detecção de incêndios
desempenha um papel relevante no combate aos mesmos, que em
2007, em Portugal e Espanha, resultaram em perdas a rondar os mil
milhões de euros a que se juntam os prejuízos sociais e ambientais.
O projecto da autoria do Laboratório de Sistemas Autónomos (LSA/ISEP)
prevê um investimento inicial de 2,5M�. O GRIFO nasceu da vontade
de colocar a tecnologia ao serviço das pessoas no combate aos
incêndios, enquanto permitia ao alunos do ISEP desenvolver projectos
e estágios mais estimulantes. �Os aviões não tripulados com
computação a bordo são sistemas interessantes a nível da engenharia
e com versatilidade, mobilidade e capacidade sensorial para servir
de ferramenta na detecção precoce de incêndios.� No LSA, a notícia
da passagem à segunda fase foi bem recebida, pois vai permitir a
constituição de uma empresa start-up que absorva as tecnologias
desenvolvidas no laboratório e crie soluções para as necessidades
do meio social e empresarial. Inicia-se assim o processo de colocação
do protótipo numa fase comercial que permitirá a prestação de
serviços, preferencialmente já em 2009/2010.
A pensar no futuro, a equipa analisa já novas metas que passam pela
expansão para os mercados da Península Ibérica, Sul da Europa,
Norte-americano e Australiano; a exploração de potenciais parcerias
com a indústria da madeira e das papeleiras na prevenção e detecção
de fogos florestais e o desenvolvimento de novas plataformas e
tecnologias a incorporar no GRIFO.
O LSA/ISEP oferece, através do GRIFO, mais um bom exemplo da
inovação que é feita em Portugal e de como a I&D das instituições
de ensino superior pode ser rentabilizada no mercado empresarial.
ISEP FINALISTA NA 1ª FASE DO PROGRAMA COHITEC
ISEP ESPEVITA OS MAIS PEQUENOS PARA A CIÊNCIA
+LAB PELA PROMOÇÃO DA CIÊNCIA
O ISEP inaugurou, em Abril, o +Lab. O projecto é uma ideia do
Departamento de Engenharia Mecânica do ISEP, com o apoio da
Habiserve, para permitir a troca de experiências entre alunos de
diferentes idades e espevitar os mais pequenos para a ciência. .
O +LAB é feito por alunos para os alunos. Os que frequentam o ensino
superior ensinam aos mais novos, do básico, o bê-à-bá dos fenómenos
do quotidiano, o tocar para aprender. No fim de tudo, cientistas e
estudantes, ainda vão conceber novos materiais. A ideia do ISEP é
despertar, junto dos mais pequenos, a sensibilidade para perceber o
porquê do que nos rodeia.
A abertura oficial contou com a presença do vereador da Educação
da Câmara Municipal do Porto, Vladimiro Feliz, do presidente do IPP,
Vitor Santos, do presidente do Conselho Directivo do ISEP, João Rocha,
e do administrador da Habiserve, Secca de Oliveira, parceira nesta
iniciativa.
O Laboratório de Ensino +LAB, do Departamento de Engenharia
Mecânica do ISEP, desenvolve a sua actividade na promoção e
divulgação da ciência, através de diversas actividades experimentais
para os alunos do 1º ciclo do ensino básico e a criação de recursos
educativos que promovam o ensino laboratorial em sala de aula. Os
objectivos passam por explorar e desenvolver metodologias de
ensino/aprendizagem inovadoras, abordando o ensino experimental
em sala de aula.
A actividade do +LAB distingue-se pelo facto de estar albergado
numa instituição de ensino superior e ser dirigido para o ensino
experimental no 1º ciclo do ensino básico, assim como a possibilidade
de interacção entre os alunos do ISEP e os alunos e professores do 1º
ciclo do ensino básico, num ambiente de colaboração e de
ensino/aprendizagem. O espaço será também de aprendizagem
para os alunos de Engenharia Mecânica do ISEP, que são os monitores
do +LAB. Terão a missão de, simultaneamente, conceber novos
materiais e estratégias no âmbito de uma das disciplinas da licenciatura.
.EVENTOS
O Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) foi a
única instituição portuguesa do ensino superior presente
numa das mais importantes mostras de tecnologia industrial,
HANNOVER MESSE 2008, que decorreu de 21 a 25 de Abril.
Para esta participação, o ISEP contou com o apoio da
Oficina de Transferência de Tecnologia do Instituto
Politécnico do Porto (IPP) com o objectivo fundamental
de estabelecer redes e parcerias para a transferência de
tecnologia a nível internacional.
O ISEP foi representado em Hanôver pelo Laboratório de Sistemas
Autónomos (LSA), que deu a conhecer alguns dos desenvolvimentos
mais recentes dos projectos de tecnologia para a robótica móvel. Os
protagonistas desta feira foram o FALCOS, uma aeronave não tripulada
para a detecção de fogos florestais e vigilância marítima e o ROAZ,
um robot de monitorização marítima de superfície, que pode realizar
levantamentos batimétricos (obter perfis do fundo do mar), medir a
qualidade da água e inclusivamente detectar náufragos. Estes sistemas
destacaram-se por apresentarem elevados níveis de autonomia,
elevada capacidade de decisão e análise, baixo consumo energético
e custos reduzidos. Além destes projectos, foram ainda apresentados
em Hanôver outros sistemas autónomos terrestres de busca e
salvamento desenvolvidos pelo LSA.
O objectivo desta participação consistiu em explorar o lançamento
de novas ideias, tecnologias e produtos num potencial mercado
mundial de elevado valor acrescentado, o mercado da robótica
associado à indústria das pescas, aquacultura, energia, indústria
extractiva, controlo do meio ambiente, transportes e recuperação
de catástrofes.
ROBÔS DO ISEP REPRESENTARAM PORTUGAL EM HANÔVERHANNOVER MESSE 2008
HANNOVER MESSE 08CAMPEONATO DE FUTEBOL ROBÓTICO
A equipa de futebol robótico do ISEP, ISePorto, participou
no RoboCup German Open 2008, na companhia de 48
equipas Universitárias de 14 diferentes países num total
de 850 participantes. Este ano o German Open decorreu
em simultâneo com a �Hannover Messe� associado a
um novo pavilhão dedicado à ciência e em particular
à Robótica Móvel e Sistemas Autónomos. O ISePorto
apresentou algumas evoluções técnicas que lhe
permitiram atingir a segunda fase de grupos da
competição.
BLUE BEEAPRESENTADO NO ISEP
.EVENTOS
Quatro docentes do ISEP foram responsáveis pelo desenvolvimento
do projecto de engenharia do �Blue Bee� com base num avançado
processo de identificação de necessidades dos vários grupos de
utilizadores e partes interessadas e de definição de atributos do
produto. O ecoponto, que também é uma peça de design, pretende
ser uma revelação surpreendente no sector do ambiente, não só pela
eficácia e funcionalidade, mas também por ser adaptável a diversos
espaços urbanos.
Neste processo de inovação, foram dados passos significativos,
utilizando técnicas de engenharia, para incorporar no produto
importantes funcionalidades que representam mais-valias para os
utilizadores e operadores deste tipo de equipamento, nomeadamente,
um processo mais higiénico na sua utilização através de um mecanismo
de pedal para abertura da tampa e uma entrada de grande dimensão
para deposição dos resíduos, maior rapidez na operação de recolha
(Quick-System) minimizando os congestionamentos da via pública e
uma redução significativa dos custos e tempo de instalação.
O ECOPONTO DO FUTURO É MAIS HIGIÉNICO E ESTETICAMENTE AGRADÁVEL
BLUE BEEAPRESENTADO NO ISEP
PUB
Foi apresentado no Instituto Superior de Engenharia do Porto
(ISEP) no passado dia 15 de Maio o novo ecoponto, o �Blue
Bee�, uma autêntica peça de design. O produto contou, para
além do ISEP, com a participação da SOPSA, de Henrique
Cayatte, presidente do Centro Português do Design e de uma
equipa de investigadores do CIDEM (Centro de Investigação e
Desenvolvimento em Engenharia Mecânica) do ISEP.
O ISEP juntou-se a três escolas para um desafio radical: a construção
de um chassis de kart de competição. O projecto teve início no final
do ano passado e foi, no passado dia 2 de Julho testado em Baltar,
Paredes. Foram três projectos diferentes que tiveram o apoio de
docentes de Engenharia Mecânica do ISEP.
Três grupos de alunos do 12º ano de três escolas da área metropolitana
do Porto, coordenados por professores de Engenharia Mecânica do
Instituto Superior de Engenharia do Porto, participaram no projecto
�Construção do Chassis de kart de competição�. O projecto teve
início em Novembro do ano passado, por sugestão de uma docente
da Escola Salesiana � Colégio de Órfãos do Porto. Mas logo se estendeu
a mais dois estabelecimentos de ensino: a Escola Secundária Filipa
de Viena e a Escola Secundária Inês de Castro. Contando com a
parceria de várias empresas do distrito do Porto que forneceram
alguns materiais, a construção dos karts foi orientada por três professores
do ISEP: Luís Miranda Torres, Alexandre Sottomayor e Manuel Pereira
Lopes.
Apesar de os projectos se diferenciarem bastante entre si, nomeada-
mente no que respeita a materiais usados na construção dos karts,
o certo é que foi crescendo um sentimento de competição entre as
escolas. Assim, no passado dia 2 de Julho, os alunos tentaram mostrar
que o seu kart é melhor do que os outros. Dois karts de corrida e um
kartcross exibiram as suas qualidades e mostraram que, com vontade
e determinação até os mais jovens podem ser �engenheiros
mecânicos�.
.EVENTOS
ALUNOSCONSTRUÍRAM KART DE COMPETIÇÃO
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08
COM A AJUDA DE DOCENTES DO ISEP
.EVENTOS
No Instituto Superior de Engenharia do Porto, o dia 16 de Junho, foi
marcado pela inauguração do �Fitness Worx� � Health Club
pertencente à rede outsourcing do Holmes Place. Este espaço, apesar
de aberto a toda a sociedade, foi criado a pensar especificamente
nas necessidades da comunidade ISEP. A cerimónia oficial de abertura
do ginásio contou com a presença do Conselho Directivo do ISEP, do
director executivo do Global Fitness e da directora do �Fitness Worx�
do ISEP, bem como de vários docentes, discentes e funcionários.
O �Fitness Worx� é um espaço apelativo que se revela já como um
sucesso. Na altura da inauguração contava já com 350 inscrições,
95% das quais correspondentes a elementos da comunidade ISEP. O
ginásio oferece aos seus membros condições muito vantajosas. Os
utilizadores podem frequentar o espaço as vezes desejadas, de
segunda a sábado, bem como usufruir dos planos mensais e, sem
qualquer custo adicional, da sauna e banho turco. Apenas algumas
aulas de modalidades, como o Body Combat e o Cycling são pagas
separa-damente, uma vez que têm limitação de participantes. .
A abertura deste espaço é mais um reflexo da aposta contínua, do
ISEP, em promover a qualidade de vida no seu Campus. .
HOLMES PLACE INAUGURADO NO CAMPUS DO ISEP
ABERTURAINSCRIÇÕES LIMITADAS
Assegure já o seu lugar!
Quer relaxar no seu localde trabalho?
Fitness Worx ISEP
O NOVO CONCEITO DO HOLMESPLACE AGORA NO ISEPGinásio, Ginástica de Grupo (BodyPump, Body Combat, Total Condi-cionamento, Ritmos, Aero-step,Aero-local, Pilates), Estúdio deCycle, Circuito Explosivo, TreinoPersonalizado, Sauna, BanhoTurco, Fitness Shop.
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Fitness Worx Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP)Rua Dr. António Bernardino de Almeida, 431 � 4200-072 Porto
ISEP INAUGURA HEALTH CLUB
PUB
{à conversa com...Paula Viana}
Quais são as funções primordiais que
são inerentes ao cargo que ocupa?
Paula Viana (P.V.)Sou presidente da mesa da
Assembleia de Representantes tendo por isso
como responsabilidade estabelecer ligação
com o Conselho Directivo, dirigir a Assembleia,
as reuniões e as agendas das reuniões.
Oficialmente, segundo os regulamentos, a
Assembleia deveria reunir de dois em dois
meses. No entanto, devido à dimensão e
heterogeneidade do órgão não temos
conseguido reunir com essa periodicidade.
Contudo, há reuniões sempre que temos
temas que consideremos importante discutir
e sempre que um membro solicite que seja
marcada uma reunião para analisar algum
assunto.
Quais são os principais objectivos deste
órgão?
P.V. O principal objectivo desta Assembleia é
dinamizar um órgão que em termos históricos
na Escola tinha sempre tido algumas
dificuldades de funcionamento, devido à sua
dimensão e à heterogeneidade dos
membros.Ao fim de três anos, temos ainda
conseguido ter quórum, o que eu diria que é
uma vitória.
Qual o contributo da AR para o
funcionamento do ISEP?
P.V. A Assembleia de Representantes não é
um órgão executivo. É um órgão que, apesar
de ter uma importância considerável na
Escola, não tem funções executivas na gestão
diária. O objectivo da Assembleia é observar
o funcionamento do Instituto e de todo o
meio ambiente e intervir sempre que alguma
questão possa influenciar negativamente o
funcionamento da Escola, a implementação
da sua missão e o futuro dos seus docentes e
discentes. A Assembleia é ainda responsável
pela aprovação do relatório de actividades
do Conselho Directivo referente ao ano
transacto e do orçamento e plano de
actividades para o ano seguinte.
Como define o ISEP actualmente?
P.V. É, indubitavelmente, uma Escola de
engenharia grande, reconhecida a nível
nacional mas que a nível internacional pode
ganhar pontos e impor-se, com toda a
certeza. No panorama nacional de escolas
de engenharia, considero que é uma
instituição de topo.
Quais as principais diferenças entre o
ISEP hoje e o ISEP de há dez anos?
P.V. Diria que cresceu muito. É uma Escola
muito maior, quer em termos de número de
alunos, quer em termos de docentes.
Desenvolveu-se em algumas vertentes que
há dez anos não existiam, como a área de
investigação. O crescimento da Escola tem
coisas positivas, embora, obviamente, isso
Paula Viana, l icenciada em Engenhar ia
Electrotécnica é, desde 2005, a presidente da
Assembleia de Representantes (AR) do Instituto
Superior de Engenharia do Porto (ISEP). Em entrevista
ao , a docente falou da sua experiência
profissional, do futuro e do passado do ISEP e dos
novos desafios que se colocam à educação no
ensino superior. Para a também investigadora,
docente do Departamento de Engenharia
Electrotécnica do ISEP, desde 1993, o ISEP tem todo
o potencial para se internacionalizar e marcar uma
posição forte. Revitalizar a AR tem sido uma aposta
ganha em todos os sentidos, no entanto, a maior
conquista é, sem dúvida, concertar diferentes e
múltiplas opiniões� e conseguir consensos!
Além de professora no Departamento de Engenharia Electrotécnica
do ISEP, Paula Viana ainda reparte com a Assembleia de Representantes
e a investigação.
.À CONVERSA COM
.À CONVERSA COM
acarrete o consequente distanciamento entre
as pessoas e diminua a sensação de famili-
aridade típica de uma instituição pequena.
Antes, os docentes conheciam-se todos e
agora, devido à dimensão da escola, não
nos conhecemos todos nem o trabalho que
cada um desenvolve. Mas estes senãos são
facilmente ultrapassáveis se pensarmos que
hoje o ISEP é um marco no ensino superior e
que a sua notoriedade é um facto
incontestável.
O que considera que distingue o ISEP?
P.V. Comparativamente com outras grandes
escolas de engenharia, como a Faculdade
de Engenharia da Universidade do Porto ou
o Instituto Superior Técnico, o ISEP tem um
corpo docente que é bastante novo, o que
se pode traduzir numdinamismo acrescido.
O que pesa na preparação dos alunos
para o mercado de trabalho?
P.V. Na minha opinião, uma parte importante
na formação dos alunos que frequentam a
nossa Escola é a capacidade de desenvolver
projectos práticos na área de engenharia. O
que é importante na formação deles, além
das boas bases teóricas, que depois lhes dão
capacidade para enfrentar novos problemas,
é desenvolverem a capacidade técnica.
Quando os alunos saem da Escola e entram
no mercado de trabalho, o empregador
espera que ele seja capaz de enfrentar
problemas técnicos, desenvolvê-los e procurar
soluções. Eu diria que ambas as componentes
têm peso. As bases teóricas são importantes
para que no futuro o engenheiro tenha
capacidade de enfrentar desafios novos e
não só aqueles que lhe foram apresentados
durante o seu percurso escolar.
Quais considera serem as mais-valias
que o ISEP tem para dar aos jovens
estudantes?
P.V. O ISEP tem um bom nível em termos de
formação. Os cursos foram todos remode-
lados, e creio que em termos técnicos e
científicos estão actualizados e cobrem os
aspectos mais importantes da tecnologia
actual. Estamos a falar de uma escola de
engenharia e isso implica que em algumas
áreas a evolução seja muito rápida. O ISEP
tem conseguido remodelar os seus cursos ao
longo dos anos, nomeadamente esta última
adequação no âmbito do processo de
Bolonha, conseguindo colocar a sua forma-
ção na linha dos tópicos que são neste mo-
mento importantes e já prevendo alguns dos
tópicos que virão a ser importantes no futuro.
Há mudanças que gostasse de ver
implementadas?
P.V. Em princípio qualquer mudança é sempre
positiva. Enquanto docente, noto algumas
dif iculdades na implementação das
actividades do dia-a-dia, nomeadamente
em termos de técnicos para apoiar no
desenvolvimento de trabalho laboratorial.
Temos também alguma dificuldade em termos
de apoio administrativo. Parece-me que os
professores desenvolvem demasiado trabalho
administrativo, quando deveriam estar
direccionados para outros objectivos.
O que pensa do panorama educacional
português?
P.V. O que tenho notado ao longo dos anos
é que a formação me parece deficiente, os
alunos chegam à nossa Escola com muitas
dificuldades, principalmente na área da
matemática e disciplinas afectas, como a
física, mas também na área de português. Os
alunos chegam com uma dificuldade muito
grande em ler um texto e interpretar o que é
pedido. Isto acontece quando há um texto
em que não tem uma pergunta directa e
pressupõe-se que os alunos deduzam a
questão a resolver...
O que acha que deveria mudar no nosso
panorama educacional?
P.V. Em termos do ensino secundário penso
que é essencial uma aposta mais forte nestas
duas áreas: o português e a matemática. Por
aquilo que vou acompanhando creio que o
currículo do ensino secundário tem vertentes
que me parecem não ser fundamentais. Tem
muitas disciplinas nas áreas das oficinas, que
tentam cobrir um conjunto de temas muito
diverso. Eu diria que a deveria haver uma
vertente mais forte nas disciplinas básicas
como matemática e português independen-
temente do percurso que o aluno quisesse
seguir em termos de ensino superior. Um outro
aspecto é a questão do respeito e da relação
professor aluno. Penso que o papel do
professor foi desvalorizado pela sociedade e
que era importante haver uma valorização
pela sociedade do papel do professor no
ensino secundário.
Concorda com a aplicação do processo
de Bolonha aqui no ISEP?
P.V. O ISEP não tinha outra alternativa e não
podia ficar para trás, visto que todo o país e
a Europa estavam a seguir esse percurso. Este
processo tem coisas positivas e coisas
negativas. Actualmente estamos ainda numa
fase que pode ser considerada de teste ou
avaliação. Apesar de não ter dados
concretos, porque essa avaliação ainda não
foi feita, eu diria que tem aspectos positivos
mas tem também alguns aspectos negativos.
A diminuição do número de aulas introduzida
pelo processo de Bolonha, obriga a que os
alunos trabalhem de forma autónoma um
maior número de horas. Isso implica um
empenho maior dos alunos e uma adaptação
que ainda está em curso.
�O meu percurso foiaquele que eu quispara mim�
Casada, mãe de um filho, Paula Viana tirou o
curso de Engenharia Electrotécnica e de
Computadores na Faculdade de Engenharia
da Universidade do Porto. Seguiu-se a ingresso
no INESC, onde esteve três anos como bolseira.
Em 1992 concorreu ao ISEP e foi seleccionada,
sendo, desde 1993, professora no Departamento
de Engenharia Electrotécnica, na área de
telecomunicações.
Nome
Paula Maria Marques de Moura Gomes Viana
Data Nascimento
16 de Outubro de 1966
Livro
1000 places to see before you die, de Patricia
Schultz
Filme
Goodbye Lenine, de Wolfgang Becker
Viagem
A um local com poucos turistas, boa gastronomia
e natureza
CURIOSIDADES
Tudo começou no ano de 1946, em Vila Nova
de Gaia. Com apenas vinte anos, Salvador
Fernandes Caetano decide enfrentar os
desafios do pós-guerra e funda, juntamente
com dois sócios, a fábrica de carroçarias para
autocarro �Martins, Caetano & Irmão�. Pouco
tempo depois os sócios decidem abandonar
o projecto, que fica entregue à liderança
determinada de Salvador Caetano.
Pioneira em Portugal, quer na técnica de
construção mista, usando perfis de aço e
madeira, quer posteriormente nas carroçarias
fabricadas integralmente em metal, que
introduz em 1955, a empresa depressa ganha
a confiança de importantes clientes. Em 1961
fornece 12 autocarros de 2 pisos ao Serviço
de Transportes Colectivos do Porto � uma
encomenda de peso, que abriu caminho à
exportação.
No século XXI, é intenção do Grupo Salvador
Caetano continuar a prosperar e a contribuir
para o desenvolvimento de Portugal, sem
nunca abdicar do respeito pelos recursos
naturais e humanos. Neste sentido existe, com
�PERFIL DOS ALUNOS RESPONDE ÀSEXIGÊNCIAS DO GRUPO�
DE FORA CÁ DENTRO
É uma das maiores empresas da região norte e conta com um prestígio
consolidado em todo o país. Ao Instituto Superior de Engenharia do Porto,
a Salvador Caetano vai colher os melhores engenheiros mecânicos e as
contrapartidas ao ISEP passam, entre muitas outras, por uma larga
disponibilização de material para as suas oficinas. Além de oferecer uma
experiência única aos alunos do ISEP, através do estágio, a passagem
pela empresa é uma mais-valia no currículo dos futuros engenheiros.
PARCERIA ENTRE ISEP ESALVADOR CAETANO RESULTAEM PERCENTAGEM ELEVADADE EMPREGABILIDADE
.DE FORA CÁ DENTRO
o ISEP, �uma relação muito estreita, sendo
que, para algumas disciplinas práticas espe-
cíficas da área automóvel, as aulas são leccio-
nadas no centro de treino em Vila Nova de
Gaia�, proporcionando uma experiência
única aos alunos.
A comprovar esta aposta está o facto de o
próprio responsável pelo departamento
técnico e formação ser também docente no
ISEP.
Além deste envolvimento, o grupo é convi-
dado frequentemente pelo ISEP a participar
e colaborar em eventos, nomeadamente
apresentações técnicas.
No que respeita aos estágios, a Toyota tem
um plano de educação técnica a nível
mundial, designado por T-TEP (Toyota
Technical Education Program). Através deste
programa, são estabelecidos protocolos com
escolas �técnicas�, no sentido de, no âmbito
de disciplinas da área automóvel, serem
ministradas tecnologias Toyota e utilizado
equipamento didáctico da mesma marca.
Quando este programa foi lançado em
Portugal, �o ISEP apareceu logo como
potencial candidato�. Actualmente, e
segundo os responsáveis, só existe no país
mais uma escola T-TEP, mas nesse caso a
empresa forma técnicos com habilitações ao
nível do 9º e 11º.
Para a Salvador Caetano a ligação como o
ISEP �é muito importante�, pois quando há a
necessidade de recrutar um novo colabora-
dor, recorrem �com grande frequência ao
ISEP�, pois sabem que o perfil dos seus alunos
se adequa às necessidades do grupo.
A prova é que, neste momento, �só a Empresa
Toyota Caetano Portugal emprega mais de
10 diplomados da Licenciatura em Engenharia
Mecânica de Transportes�.
Segundo a Salvador Caetano, �para o ISEP,
a ligação ao grupo permite ao Instituto ter,
nes te momento , um con junto de
equipamento didáctico, avaliado em mais
de 120.000� que é utilizado nos laboratórios
de engenharia automóvel.
Ao mesmo tempo, contam os responsáveis,
�foi disponibilizado ao ISEP uma ligação à
base de dados da Toyota Europa onde
podem ser consultados todos os manuais
técnicos das viaturas�.
Para os responsáveis da empresa a grande
vantagem desta ligação é que �em termos
de mercado de trabalho, a experiência de
aprendizagem em ambiente empresarial e
num modelo de aprender-fazendo com casos
reais e em equipa de trabalho, permite sem
dúvida uma vivência muito próxima do que
é a realidade, preparando para a inserção
no mercado de emprego, de forma mais estru-
turada e orientada�. Além disso, acreditam
ainda que �existem vantagens no plano do
desenvolvimento pessoal, nomeadamente
ao nível da consolidação da auto-confiança
da maturidade e da capacidade de trabalho
em equipa. E claro, traz uma �grande valo-
rização em termos de currículo profissional�.
Neste momento, a Salvador Caetano tem a
decorrer três estágios de alunos do ISEP,
provenientes da área de Engenharia
Mecânica, mas ao longo do tempo �já foram
mais de três dezenas de estagiários�. Este
elevado número está relacionado com a
valorização, por parte da empresa, da
�qualidade académica do ISEP e princi-
palmente a componente prática que os seus
cursos con-templam e que tem permitido aos
seus alunos um bom ajustamento� à realidade
do grupo.
Quanto a perspectivas de emprego depois
dos estágios, os responsáveis da Salvador
Caetano consideram que se regista �uma
taxa interessante de integrações após
estágio�, sendo que cerca de 60% dos estágios
decorridos progrediram para situações de
contrato de trabalho em empresas do Universo
do Grupo Salvador Caetano.
Os alunos que ingressam no grupo são, na
sua maioria, da área da Engenharia Mecâni-
ca, mas segundo os responsáveis, também
desenvolvem �projectos de estágio com
alunos de outros cursos do ISEP, nomeada-
mente Engenharia Química, Engenharia
Electrotécnica e de Computadores e
Engenharia de Instrumentação e Qualidade
Industrial�.
T-TEP OFERECE UMA HILUXNOVA AO ISEPO Laboratório Automóvel do ISEP recebeu, no passado dia 18 de Julho, uma viatura
da Toyota ao abrigo do programa T-TEP (Toyota Educational Program). A carrinha Hilux
passa a ser o mais recente instrumento pedagógico das aulas do laboratório e estará
ao dispor dos alunos que frequentam disciplinas ligadas à manutenção e mecânica
automóvel.
As equipas do Departamento de Engenharia Mecânica dispõem agora de três anos
para estudar e trabalhar todos os componentes técnicos, através da realização de
intervenções reais de manutenção e reparação. Após este período, a viatura deverá
ser destruída e o ISEP procederá à entrega do respectivo certificado de fim de vida
e chapa de identificação à Toyota.
.DESTAQUE
UM DOS BONSEXEMPLOS DEINVESTIGAÇÃO NOENSINO SUPERIORO Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) abriu as portas,
no passado dia 20 de Maio, a um convidado especial: Aníbal
Cavaco Silva. O Presidente da República, acompanhado de
Mariano Gago, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior,
visitou centros de investigação do ISEP: o Centro de Investigação
em Sistemas Confiáveis e de Tempo Real (CISTER), o Grupo de
Investigação em Engenharia do Conhecimento e Apoio à
Decisão (GECAD) e o Laboratório de Sistemas Autónomos (LSA),
no âmbito da quarta jornada do Roteiro para a Ciência dedicada
às Tecnologias da Informação e Comunicação. .
O Roteiro para a Ciência tem por objectivos �valorizar o papel dos
cientistas, mostrar os bons exemplos que merecem ser replicados,
convocar uma nova atitude no esforço nacional em torno da
investigação e desenvolvimento, convocar a cultura empreendedora
e dar visibilidade a alguns nichos de investigação, de desenvolvimento
e de inovação�.
Escolhido como um dos bons exemplos da investigação no ensino
superior, o ISEP viu três centros de investigação serem homenageados
ao mais alto nível, com a visita do Presidente da República. Cavaco
Silva veio conhecer in loco o Centro de Investigação em Sistemas
Confiáveis e de Tempo Real (CISTER), o Grupo de Investigação em
Engenharia do Conhecimento e Apoio à Decisão (GECAD) e o
Laboratório de Sistemas Autónomos (LSA). Se o robot guarda-redes
mais qualificado do mundo deixou entrar propositadamente o golo
de Cavaco Silva, numa demonstração prática da investigação do
ISEP, é um segredo bem guardado, mas a visita do representante
máximo nacional deu a vitória ao ISEP, que viu as suas competências
serem publicamente reconhecidas.
Com 10 Centros de Investigação, dois dos quais reconhecidos pela
Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), o ISEP vai dando cartas
VISITA FOCOU-SE NOS CENTROS DE INVESTIGAÇÃO - CISTER, GECAD E LSA
ISEP no Roteiro para a Ciênciado Presidente da República
nesta área, com muitos projectos desenvolvidos, com aplicabilidade
no quotidiano das pessoas e das empresas.
Cavaco Silva foi conhecer o Laboratório de Sistemas Autónomos (LSA)
que apresentou ao Presidente da República o �Falcos", um pequeno
avião que funciona autonomamente e que é capaz de detectar
incêndios florestais e realizar vigilância marítima e o �ROV�, um sub-
marino com capacidade de detectar náufragos ou fissuras na doca
do porto de Leixões.
Já o Centro de Investigação em Sistemas Confiáveis e de Tempo-Real
(CISTER), que pertence à rede de Unidades de I&D da Fundação para
a Ciência e Tecnologia (FCT), recebendo a classificação de "Excelente"
por parte de um painel de investigadores internacionais, mostrou as
suas inovações no campo das redes sensoriais.
O Grupo de Investigação em Engenharia do Conhecimento e Apoio
à Decisão (GECAD), o maior grupo de investigação do sub-sistema
do ensino superior politécnico, responsável pelo aclamado projecto
Flymaster, apresentou vários sistemas baseados em técnicas de
inteligência computacional e Data Mining, que podem até analisar
o risco de falência empresarial e alguns projectos desenvolvidos em
parceria com a Rede Eléctrica Nacional (REN).
.DESTAQUE
Cavaco Silva visitou as instalações do ISEP muito bem-disposto
e até aceitou o desafio lançado pelos responsáveis do
Laboratório de Sistemas Autónomos de enfrentar o melhor
guarda-redes do mundo de futebol robótico.
Depois da brincadeira, Cavaco Silva destacou, muito a sério a
importância dos Politécnicos e da sua especificidade, no caso
do ISEP baseada nos seus três centros de investigação. Alias, o
governante fez questão de admitir que ficou surpreendido pelo
trabalho do ISEP e afirmou na ocasião que �é uma das maiores
escolas do país". O exemplo da investigação realizada neste
Instituto serviu de mote para que Cavaco Silva apelasse a que
se desse um maior �destaque aos politécnicos" e à investigação
que realizam, contribuindo para o desenvolvimento do país.
Segundo referiu, a investigação dos politécnicos está
normalmente muito mais ligada à inovação empresarial. Isso é
de um benefício enorme para o país em termos de aumento
da produtividade, em termos de aumento da competitividade
e na preparação das empresas para a sua internacionalização,
acrescentou o Presidente da República.
O Presidente da República pode, ainda, levar para o Palácio
de Belém um chip especial desenvolvido pelo CISTER. O TELEIA
utiliza microprocessadores que podem monitorizar estruturas
críticas, como pontes e auto-estradas, mas tem um potencial
que permite até verificar ocupação de espaços só pela
temperatura corporal.
Após a visita ao ISEP, o Presidente da República almoçou no
círculo Universitário do Porto com cerca de 30 empreendedores
e investigadores do Porto e Norte, incluindo os professores do
ISEP Eduardo Tovar (CISTER) e Carlos Ramos (GECAD).
�Uma das maiores escolasdo País�
O CISTER dedica-se à análise, projecto e implementação de sistemas
computacionais embebidos e de tempo real, com ênfase em redes
de comunicação, redes de sensores, linguagens de programação,
sistemas operativos e sistemas multiprocessador.
Com uma actividade consolidada a nível nacional e internacional,
o CISTER é actualmente uma das unidades de investigação líderes
mundiais nos seus domínios de investigação e desenvolvimento,
conseguindo atrair para os seus quadros investigadores de reputação
internacional. O CISTER integra actualmente investigadores de 12
países diferentes, incluindo Suécia, Finlândia, Grécia, Índia, China,
Republica Checa e Brasil, dos quais vários com doutoramento nas
mais prestigiadas universidades, como as Universidades de York (Reino
Unido), da Virgínia (EUA), de Chalmers (Suécia), Técnica de Seul
(Coreia do Sul) ou de Nancy (França).
O CISTER desenvolve actividades de formação pós-graduada de
doutoramento e, simultaneamente, projectos em parceria com
empresas e instituições académicas. O CISTER faz também parte de
um conjunto de redes de investigação internacionais de excelência,
nomeadamente as redes ArtistDesign, CONET e Portugal-CMU, as
quais são sucintamente descritas mais à frente neste artigo.
Desde a sua criação, o CISTER tem assentado a sua estratégia de
desenvolvimento em 3 pilares fundamentais: (i) crescimento sustentado
e focado em áreas estratégicas, mas específicas, das tecnologias de
informação e comunicação; (ii) exigência e selectividade quer nas
parcerias (académicas e empresarias) quer nos resultados da
investigação e sua disseminação; (iii) aposta na investigação
competitiva a nível mundial como chave para a participação em
parcerias não académicas de desenvolvimento e exploração dos
resultados da investigação. Daqui resulta (mas também é a causa)
que a maioria dos investigadores doutorados da unidade são
internacionalmente reconhecidos como líderes nas suas áreas de
intervenção. Isso reflecte-se, por exemplo, na consistente participação,
desde há vários anos, como presidentes da organização ou dos
comités de programa, ou como membros dos comités de programa,
nos mais reputados eventos científicos internacionais nas suas áreas
de intervenção.
O Centro de Investigação em Sistemas Confiáveis e de Tempo-
Real teve a sua génese no grupo de investigação IPP-HURRAY,
criado em 1997 no ISEP por 4 investigadores, e conta,
actualmente, com cerca de 30 investigadores, dos quais 11
doutorados. A unidade de investigação rapidamente se
projectou a nível nacional e internacional para se tornar uma
das líderes mundiais na sua área de actuação. A nível nacional,
o reconhecimento veio em 2004: na área da Engenharia
Electrotécnica e Informática, foi a única unidade de investigação
da rede da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) a
receber, por um painel de avaliadores internacionais, a
classificação máxima de Excelente. É um feito notável para
uma unidade de investigação pertencente ao subsistema do
ensino superior politécnico.
A INVESTIGAÇÃO FUNDAMENTAL E DE VANGUARDAMUNDIAL COMO POTENCIADORA DA INOVAÇÃO E DASPARCERIAS EMPRESARIAS: A EXCELÊNCIA DA I&D NOISEP
.INVESTIGAÇÃO À LUPA
.INVESTIGAÇÃO À LUPA
O CISTER/IPP-HURRAY tem estado, desde a sua criação,
consistentemente envolvido em projectos de grande relevo. O director
do CISTER, Eduardo Tovar, recorda os projectos Europeus RFieldbus e
REMPLI. O RFieldbus, relacionado com as redes sem-fios de alto
desempenho para ambientes multimédia industriais, desenvolveu-se
de 2000 a 2003. O REMPLI, relacionado com a gestão de energia
sobre redes de comunicação, desenvolveu-se de 2003 a 2006. Estes
dois projectos foram marcantes pelos financiamentos envolvidos
(cerca de 3 milhões de Euros por consórcio), pela duração (de cerca
de 3 anos) e pelos parceiros académicos e industriais envolvidos,
nomeadamente a Siemens, a iAd e a Softing.
O RFieldbus e o REMPLI foram os primeiros grandes projectos de I&D
internacionais em curso no ISEP, mas trataram-se, acima de tudo, de
dois exemplos ilustrativos do sucesso da estratégia de desenvolvimento
da unidade, onde a liderança a nível internacional em áreas
específicas de investigação tem funcionado como alavanca para o
estabelecimento de parcerias empresariais. Estes projectos foram
também notáveis pelo sucesso que a unidade teve no envolvimento
de alunos do ISEP (essencialmente do Departamento de Engenharia
Informática e do Departamento de Engenharia Electrotécnica) nas
suas diferentes fases de execução, com ênfase na de desenvolvimento
de protótipos e implementação das arquitecturas e na de análise e
validação das soluções através de aplicações concretas em ambientes
reais de utilização. O CISTER pode orgulhar-se de ter sido percursor no
envolvimento de alunos do ISEP em projectos de I&D desta
envergadura, expondo-os a redes e práticas de excelência
internacionais. Alguns destes alunos tornaram-se membros permanentes
do grupo e outros integraram algumas das mais importantes empresas
nacionais nas áreas respectivas.
A participação em redes de excelência nas suas actividades de
investigação é também uma componente relevante das actividades
do CISTER. Para além de ser uma forma de aceder a financiamento,
o facto de o CISTER ser convidado por parceiros de renome
internacional é uma prova do seu reconhecimento. Isto é
particularmente verdade para as Redes Europeias de Excelência
financiadas pela Comissão Europeia no âmbito do sétimo programa
quadro, onde o número de parceiros é reduzido e portanto a
selectividade tem de ser bastante elevada. Estas redes são elas
próprias incubadoras de projectos em parceria entre as empresas e
as instituições académicas.
PROJECTOS
A rede de excelência (NoE) ArtistDesign, na área dos Sistemas
Computacionais Embebidos e de Tempo-Real, é co-financiada pela
Comissão Europeia e envolve 30 parceiros, dos quais se salientam a
Universidades de York, Técnica de Viena, de Lund, de Bologna, de
Uppsala, a EPF Lausana e o ETH Zurique. Salienta-se o facto de ser
liderada pelo Prof. Joseph Sifakis, vencedor, em 2007, do prestigiado
"Turing Award" da Association for Computing Machinery (ACM),
considerado o prémio Nobel das ciências da computação e
informática.
A NoE CONET, dedicada ao estudo e desenvolvimento de redes de
sensores (do inglês Wireless Sensor Networks) para aplicações de
computação colaborativa e ubíqua, na área das Redes Sensoriais,
Sistemas Móveis e Ubíquos, é também financiada pela Comissão
Europeia e conta com uma rede restrita de 16 parceiros, entre os
quais a SAP, a Boeing R&D Europe, a Schneider Electric, a Telecom
Italy, e as Universidade de Bona, Técnica de Delft, Técnica de Berlim,
Pisa e a University College de Londres.
Finalmente, uma menção ao protagonismo do CISTER no projecto-
programa entre Portugal e a Universidade Carnegie Mellon (CMU)
dos Estados Unidos, sendo a única unidade do subsistema politécnico
Português a ser referenciada no protocolo entre Portugal e a CMU.
O CISTER está a participar em projectos de investigação com a CMU
e com diversas empresas portuguesas prestadores e utilizadoras destas
tecnologias, nomeadamente no contexto do SensorAndrew, um
projecto liderado pela CMU e relacionado com as áreas do CONET,
que visa estudar a aplicação de redes de sensores em infra-estruturas
físicas críticas. Neste contexto, o CISTER tem colaborado activamente
com um dos investigadores da CMU que coordenou a participação
vitoriosa da equipa dessa universidade na edição de 2007 do DARPA
Urban Challenge. O CISTER está também colaborar no programa de
doutoramento dual (IST-CMU) em Engenharia Electrotécnica e de
Computadores (ECE), sendo responsável por disciplinas e pela
orientação de teses, conjuntamente com professores da CMU.
Na área das redes de sensores, a unidade tem tido grande impacto
internacional com os seus trabalhos relacionados com as tecnologias
IEEE 802.15.4/ZigBee. Para além das contribuições e estudos
relacionados com a tecnologia, a unidade disponibiliza para a
comunidade internacional uma implementação em código aberto
dos protocolos de comunicação, para diferentes plataformas
computacionais. Esta implementação é utilizada já por centenas de
parceiros académicos e industriais, incluindo já protótipos e potenciais
produtos.).
RESCORE investigação de ponta emsistemas multiprocessador
O CISTER participa também em projectos de âmbito nacional. O
Doutor Björn Andersson, doutorado pela Universidade de Chalmers
em Gotemburgo, Suécia, é investigador do CISTER/IPP-HURRAY desde
Abril de 2005. Ele é o investigador responsável pelo projecto de I&D
RESCORE (�Real-time Scheduling on Multicores�), financiado pela
Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), projecto esse que é
um dos maiores projectos da FCT (em termos de financiamento) em
curso na área das tecnologias de informação e comunicação (TIC).
Os multiprocessadores/multicores são uma tecnologia amplamente
presente nos computadores pessoais � apesar de que ainda em
pequena escala � e que cada vez mais se encontram nos dispositivos
móveis e embebidos (PDAs, telemóveis, iPod). Nestes dispositivos, a
eficiência na utilização dos recursos (processadores, memórias, baterias)
é um dos desafios mais importantes que se colocam às empresas do
sector (IBM, Intel, AMD, SUN, Freescale, Atmel) e grupos de investigação
internacionais. O CISTER tem nos seus quadros alguns dos mais
reputados investigadores a nível mundial nesta importante e emergente
área das TIC.
A história dos Sistemas Embebidos e de Tempo-Real confunde-se com
a história dos sistemas de controlo, particularmente nas aplicações
informáticas industriais, mas também nas áreas militar ou aero-espacial.
Esta área, de sistemas informáticos que interactuam com o meio
ambiente que os rodeia, é no entanto cada vez mais abrangente
tendo vindo a ser identificada como �sistemas ciber-físicos�, e influi
objectiva ou subjectivamente no dia-a-dia do cidadão comum.
A revolução a que actualmente assistimos, com o aumento das
capacidades e conectividade dos dispositivos actuais, em conjunto
com a diminuição do seu custo e tamanho, leva ao aumento da
utilização de dispositivos cada vez mais pequenos e poderosos e ao
aumento da exigência das aplicações, o que obriga a repensar os
conceitos genéricos de computação e comunicação, em que a
previsibilidade e fiabilidade se tornam importantes para os
computadores de utilização comum.
No âmbito do novo paradigma nas Tecnologias de Informação e
Comunicação , uma grande quantidade de minúsculos computadores
irão estar integrados (embebidos) no ambiente que nos rodeia, de
forma a se obterem maiores níveis de conforto, segurança,
produtividade ou entretenimento. As aplicações actuais incluem as
áreas tradicionais, com novos requisitos derivados da cada vez maior
dependência humana da sua disponibilidade, como a monitorização
e controlo de infra-estruturas críticas (redes rodoviárias/ferroviárias,
de telecomunicações, electricidade, água, gás e petróleo, transportes,
etc.), sistemas médicos, automóveis, entre outros, mas também novas
áreas em que os requisitos dos utilizadores são cada vez mais e de
maior complexidade, como a computação móvel, ubíqua, multimédia,
telemóveis, PDAs, domótica, etc.
Assim, os desafios de I&D actuais, vão desde os novos paradigmas
de computação (linguagens de programação fiáveis e concorrentes,
sistemas operativos previsíveis e modulares, modelos de abstracção
de hardware), passando pelos sistemas distribuídos (redes com
qualidade de serviço como atributo estruturante, middleware eficiente),
pela optimização de recursos (consumo de energia, processador,
memória), até à teoria de sistemas que combina conceitos físicos
(sistemas de controlo, processamento de sinal, etc.) com conceitos
computacionais (complexidade, escalonamento, etc).
De notar a crescente visibilidade em Portugal de projectos e empresas
nestes domínios, particularmente a crescente existência de PMEs
portuguesas (exemplos como a Critical Software, a Alert, ou a ISA) a
competir nesta área a nível internacional. A área dos sistemas
computacionais embebidos é considerada de importância estratégica
para a Europa, como prova o arranque da primeira parceria europeia
público-privada ARTEMIS/ARTEMISIA, que envolve avultados
financiamentos públicos (europeus e nacionais) e privados para
investigação neste domínio.
Sistemas computacionais embebidos e de tempo-real: dos sistemas industriais aossistemas ciber-físicos
.INVESTIGAÇÃO À LUPA
Em entrevista ao , Álvaro Vieira, antigo
aluno do ISEP, falou da sua actual experiência
profissional em Tarragona, na plataforma
petrolífera da Repsol. Matriculou-se em 2000
e a primeira opção era Engenharia
Informática. Hoje, Álvaro Vieira tem
consciência que a Geotecnia foi a escolha
acertada.
Oriundo do Marco de Canavezes, veio estudar
para o Porto, onde ficou a viver. Aqui, longe
da terra natal e da família, ficou marcado
pela experiência de �ter de aprender a viver
sozinho�, dificuldade que ultrapassou com a
ajuda das inúmeras amizades feitas no curso
de Engenharia Geotécnica e Geoambiente.
�Aprender a viver em grupo�, explica, foi uma
das mais valias da passagem pelo ISEP e fez
com que Álvaro crescesse �como pessoa�.
Hoje, com 27 anos, Álvaro Vieira põe em
prática na Repsol, em Tarragona, as
competências adquiridas no curso. .
Mas como surgiu a oportunidade de ir
trabalhar para a plataforma petrolífera? Álvaro
explica: �Tudo começou num congresso de
geotecnia. Houve uma ligação entre o
Departamento de Engenharia Geotécnica
do ISEP e a Faculdade de Minas da
Universidade Politécnica de Madrid, através
de um representante deles que esteve numa
palestra, o que me motivou a tentar a
experiência de trabalhar numa plataforma�.
Seguiu-se a oportunidade de fazer um curso
de Verão de nome �Gaviota�, no qual
participaram nove portugueses e cerca de
20 espanhóis. Desse grupo, Álvaro Vieira foi o
escolhido para integrar a equipa da
plataforma de petróleo em Tarragona. E
aceitou o desafio. E já lá vão 12 meses.
Enriquecedores. Gratificantes.
Estar a mais de 100 metros de altura no meio
do mar não é propriamente de fácil
habituação mas se �ao início foi assustador,
ÁLVARO VIEIRA, ENGENHEIROGEOTÉCNICO, INTEGRA EQUIPA DA
REPSOL, EM TARRAGONA
Sonhava ser jogador de futebol, mas foi na geotecnia que Álvaro Vieira
encontrou as portas abertas para o sucesso profissional. Diplomado no Instituto
Superior de Engenharia do Porto, em Engenharia Geotécnica e Geoambiente,
o jovem de 27 anos está destacado na plataforma petrolífera da Repsol, ao
largo de Tarragona, o único português de uma vasta equipa. A realizar um
sonho profissional, Álvaro Vieira é um dos muitos exemplos de sucesso do ISEP.
Nome
Álvaro Daniel Mendes Vieira
Idade
27 anos
Naturalidade
Santo Ildefonso, Porto
Matrícula no ISEP
2000
Formação
Licenciatura em Engenharia Geotécnica
e Geoambiente
Profissão
Engenheiro Geotécnico numa
plataforma de petrolífera
Cargo
Engenheiro de produção
.DEPOIS DO ISEP
DO ISEP PARA O...MEIO DO MEDITERRÂNEO
.DEPOIS DO ISEP
principalmente por causa das vertigens, com
o passar do tempo criam-se hábitos�, como
diz o engenheiro.
O contrato com a Repsol implica que o jovem
engenheiro cumpra, durante os dois primeiros
anos, um período de formação que passa
pelo desempenho de várias funções. Com
esta política, a empresa pretende promover
as capacidades de autonomia e liderança
dos seus futuros gestores de equipas. Neste
âmbito, as perspectivas de continuidade são
boas, pois tal como afirma o jovem, �após
este período é feito novo contrato em 99%
dos casos�. Ávaro Vieira espera, portanto, vir
a �orientar e incentivar um grupo de trabalho�
e deixar a marca de sucesso do ISEP.
Para Álvaro Vieira, os objectivos neste
momento são �crescer dentro da empresa�,
de modo a retribuir a confiança a quem
apostou nele e ajudar a companhia a atingir
os seus objectivos. A curto prazo, o engenheiro
confessa que pretende ainda �realizar um
Mestrado na área da Geotecnia e também
um MBA�, que lhe permitam alcançar novos
horizontes.
Dando asas ao seu espírito lutador e
empreendedor, Álvaro Vieira tem em curso
um projecto seu: o restaurante que está a
construir e ao qual dedica os 14 dias que
passa em Portugal. Quanto ao futebol,
também não foi esquecido. Nos tempos livres,
Álvaro Vieira ainda joga num clube amador
em Baltar, os Faíscas.
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Como grupo de investigação, o GILT procura estabelecer as bases
para um trabalho sistemático de investigação e desenvolvimento que
promova a missão do grupo, articulando-o com acções de pós-
graduação, nomeadamente ao nível de mestrado e doutoramento
e com iniciativas comuns com outras instituições, públicas ou privadas,
nacionais ou estrangeiras. As suas principais linhas de investigação
são a Computação Gráfica, a Realidade Virtual e Simulação Visual,
a Interacção Pessoa-Máquina e as Tecnologias de Aprendizagem.
A primeira grande vitória do GILT foi o seu processo de formação.
Como o GILT partiu da iniciativa comum de quatro professores
doutorados, isso obrigou desde logo a uma abordagem muito mais
democrática, baseada em objectivos e metas desenvolvidos em
conjunto, em vez de haver uma voz de comando única. Aliás, para
reforçar este aspecto, todos os anos a liderança do grupo é colocada
em discussão. O facto de que o grupo tem vindo a crescer de forma
sustentada, independentemente dos obstáculos que lhe são
colocados, parece comprovar a justeza da abordagem escolhida.
Com financiamento externo, o GILT coordena neste momento o
projecto CASPOE (FCT) e participa no projecto ALFA CID, com mais
doze Universidades Europeias e Latino-Americanas. O GILT está ainda
integrado na rede Europeia EIE-Surveyor, com mais de 100 Universidades
e seus Departamentos e Grupos de Investigação na área da
Informática e Electrotecnia. O GILT tem ainda alguns projectos internos,
dos quais destaco o MELOR, um repositório de objectos educativos
para a Medicina e o VIRLAB - um laboratório de demonstração de
Realidade Virtual.
O GILT acabou recentemente um projecto com parceiros na China
e em Inglaterra que foi um dos mais interessantes que tiveram, segundo
Carlos Vaz de Carvalho, o coordenador do grupo.
A Unidade de Ensino à Distância, com início em 1997 foi o
grande impulsionador para o nascimento do GILT � Graphics,
Interaction and Learning Technologies. Hoje, o GILT cresceu e,
além de inúmeros projectos reconhecidos nacional e
internacionalmente, conta ainda com parceiros como o Grupo
de Investigação em Gráficos da Universidad de Zaragoza, o
Departamento de Telecomunicações da Universidad de Vigo,
o grupo de Multimédia da Katholieke Hogeschool St. Lieven ou
a Universidade de Jiao Tong de Shangai.
ENSINO À DISTÂNCIA�TÃO PERTO DO ISEP
.A NOSSA TECNOLOGIA
Este projecto tinha como objectivo desenvolver e distribuir conteúdos
de e-learning, a nível de formação pós-graduada, para esses dois
países, o que foi muito aliciante e motivador pelas diferenças culturais
encontradas. Foi ainda um projecto que, segundo Carlos Vaz de
Carvalho, deu a oportunidade de colaborar com outros grupos do
ISEP o que nem sempre é fácil, �mas que se traduziu em excelentes
resultados�.
No que respeita a projectos futuros, �tem sido um ano pródigo em
candidaturas�. Segundo Vaz de Carvalho, já estão aprovados a rede
Europeia ELLEIC, que envolve a utilização do e-learning para a
promoção do empreendedorismo e o projecto ESPANT que visa utilizar
o e-learning no âmbito da formação avançada em redes de
comunicações. Aguardam ainda os resultados de uma candidatura
ao FP7 (projecto LEASE no âmbito da normalização de recursos e
cenários educativos) e ao programa CYTED (projecto SOLAR, no
âmbito da utilização de software livre para o e-learning). Foi também
submetida recentemente uma candidatura conjunta com a Câmara
Municipal do Porto ao programa SUDOE.
Para Carlos Vaz de Carvalho, �todos os projectos no GILT terminaram
com sucesso, cumprindo e excedendo os objectivos traçados no
início�. No entanto, há um que o engenheiro salienta: �o ALFA FADO,
uma vez que foi um projecto internacional coordenado pelo GILT,
com doze parceiros Europeus e Sul-Americanos. Aliás são muito poucos
os grupos de I&D que se podem orgulhar disto, em Portugal�. Através
deste projecto, o grupo de investigadores do GILT foi capaz de definir
metodologias e modelos de implementação do e-learning a nível
organizacional (ensino superior) adequados às características socio-
culturais das instituições dos dois continentes e aplicados em várias
Universidades.
.BREVES
A 1ª Conferência Internacional sobre Sustentabilidade Empresarial
�Business Sustainability 08� (BS�08) decorreu entre 25 e 27 de Junho,
no Hotel AXIS OFIR Beach Resort, em Ofir. Organizada em conjunto
pelo ISEP, Universidade do Minho e Instituto Politécnico do Cávado
e do Ave, a BS�08 contou com a presença de vários autores nacionais
e internacionais e diversas empresas e organismos, dos quais se
destacam os patrocinadores Apcer, Bureau Veritas, Cidem, Iproms,
IEEE Computational Intelligence Society, Kaisen Institute, Maismetal,
Masual, Segin e Tétatrês. No balanço da conferência, a forte
participação interactiva verificada, levou a organização a congratular-
se por atingir o objectivo de promover uma aproximação efectiva
do mundo académico e empresarial, relacionamento considerado
crítico no desenvolvimento da sustentabilidade dos negócios.
Factor de destaque foi a aposta que a organização fez em novas
plataformas de partilha do conhecimento gerado no contexto das
conferências. Apesar de disponibilizar seis revistas internacionais para
posterior publicação dos artigos de maior interesse, a BS�08 distinguiu-
se pela criação de novas abordagens para a difusão do conhecimento
gerado, condição que alicerçou, inclusive, o interesse em reedições.
Factores chave para o sucesso da iniciativa foram o clima informal
dos debates; o recurso a meios informáticos, potenciadores da
divulgação online e participação exterior (destaque para as duas
apresentações em vídeo-conferência com a Austrália e Rússia); a
apresentação e discussão de vários casos de estudo em empresas e
a apresentação das comunicações através de sessões de diálogo
(novo modelo de apresentação). As sessões de diálogo, com
apresentação do artigo por um reviewer e moderação a cargo do
dialogue leader, possibilitaram uma aproximação profícua entre
participantes e autores dos artigos apresentados. A discussão
construtiva é de resto defendida pela organização como um motor
para a participação em conferências.
A participação do ISEP como co-organizador, materializada através
do Conselho Directivo, DEM, CIDEM e alunos do Mestrado em
Engenharia Electrotécnica e de Computadores, na disponibilização
de significativos recursos humanos, materiais e de divulgação e na
apresentação de 15 artigos recebeu uma nota de especial destaque.
Contributo significativamente para o saldo positivo da BS�08 foi também
o posicionamento privilegiado do ISEP junto das empresas
patrocinadoras e participantes. A satisfação generalizada dos
participantes veio, uma vez mais, dignificar a nossa Instituição.
1ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL
Uma placa daquelas usadas nos cartazes publicitários, mangueiras
de jardim, um tubo de silicone, esferovite em spray e papel metalizado
são os ingredientes necessários para construir um painel solar. O
objectivo do ISEP foi demonstrar que, por apenas 45 euros, e sem
qualquer formação em engenharia, qualquer pessoa pode construir
um painel solar.
25 alunos do ISEP lançaram-se ao desfio de construir um painel solar
com uma condicionante: os materiais e a construção deveriam ser
acessíveis a qualquer um.
O concurso foi lançado no passado dia quatro de Julho e os painéis
concorrentes deveriam ficar durante doze horas colocados no topo
do Edifício E do ISEP, sem qualquer intervenção humana. Os painéis
foram assim testados das 12:00 do dia quatro, até às 12:00 do dia
cinco, tendo o vencedor conseguido aquecer água a 32,5 graus
centígrados. Facto que, segundo os responsáveis pela iniciativa foi
bastante significativo, dado que a temperatura ambiente se situava
nos 19 graus centígrados.
Dos seis painéis, construídos pelos 25 alunos finalistas da Licenciatura
em Engenharia Electrotécnica - Sistemas Eléctricos de Energia, dois
foram desclassificados, por não terem resistido às situações climatéricas
adversas que se fizeram sentir durante os dois dias do concurso.
O certo é que apesar de não ter havido muito sol, os quatro sistemas
que resistiram conseguiram aquecer a água. O projecto constituía a
avaliação final da disciplina de Sistemas Electromecânicos e, além
da componente pedagógica, o docente responsável, Nuno Gomes,
destacou a importância de demonstrar que qualquer pessoa pode,
com pouca técnica e materiais bastante acessíveis, construir um
painel solar que lhe permita tomar banho de água quente.
O objectivo, para o ano, é arranjar patrocinadores e alargar o concurso
a todo o ISEP.
ISEP PROMOVEU CONCURSO DE PAINÉIS SOLARES
.BREVES
O Laboratório Automóvel do Departamento de Engenharia Mecânica
do ISEP organizou nos dias 20 e 21 de Maio uma acção de formação
sobre �Competição Automóvel�. Esta iniciativa contou com a
participação das equipas ISEP/Mundauto e PRMiniracing. Nuno Duarte,
da ISEP/Mundauto que concorre com um Fiat Uno no Challenge
Desafio Único 2008, após a vitória na edição de 2007. Já a equipa
PRMiniracing, ao volante do JUNO SSE participa no Campeonato
Nacional de Montanha.
Na formação abordaram-se temas relacionados com a competição
automóvel, nomeadamente a regulamentação técnica e desportiva,
as características e preparação dos carros de competição presentes
e a interpretação de dados de telemetria. Os alunos do ISEP
participantes adquiriram ainda noções de pilotagem e assistiram à
demonstração de algumas afinações feitas no JUNO SSE de Paulo
Ramalho.
Para além da promoção do desporto automóvel esta formação, que
vai já na sua quarta edição, representou uma nova e apelativa
abordagem pedagógica à mecânica automóvel.
O Museu Parada Leitão do ISEP promoveu, no passado dia 19 de
Maio, o seminário �Museus da Ciência e da Técnica na Cidade do
Porto: Significados e Direcções�. A iniciativa, que assinalou o Dia
Internacional dos Museus, visou a divulgação dos acervos científicos
existentes na cidade do Porto, elementos ilustrativos da evolução
técnica e científica. �Museus Universitários�, �Normalização em Museus
de Ciência e Técnica�, �Arquitectura� e �Museus e Comunicação�
foram os temas debatidos pelos vários especialistas presentes.
A cerimónia de abertura contou com a presença do Vice-Presidente
do Conselho Directivo do ISEP, Barros Oliveira, que referiu ser objectivo
desta iniciativa �mostrar no exterior aquilo que é feito no Instituto�. O
Museu Parada Leitão representa um excelente veículo de informação,
pois �é a expressão viva de um dos nossos maiores orgulhos, os 155
anos da Instituição�. O Vice-Presidente congratulou ainda esta iniciativa
que se espera vir a servir de mote para acções futuras. De realçar
ainda a importância da colaboração com entidades autárquicas e
governos civis �para transpor para o exterior o que são os museus da
ciência�.
SEMINÁRIO �ENERGIAS RENOVÁVEIS EPOLÍTICAS ENERGÉTICAS� TRAZ EDP,INESC E VESTAS AO INSTITUTO SUPERIORDE ENGENHARIA DO PORTO
LABORATÓRIO AUTOMÓVEL VOLTA A PROMOVER FORMAÇÃO PRÁTICA
O Instituto Superior de Engenharia do Porto promoveu, a 9 de Abril
último, o seminário �Energias Renováveis e Políticas Energéticas�. A
organização ficou a cargo de dois discentes de Engenharia Mecânica,
Luís Martins e Carlos Azevedo, apoiados por docentes do mesmo
departamento.
O seminário, que contou com apresentações de representantes da
EDP, INESC e VESTAS, visou apresentar métodos alternativos de
produção energética. Durante as diversas apresentações foram
abordadas as vantagens do recurso a energias renováveis (hídrica,
eólica, fotovoltaica) e as suas limitações e desafios na superação de
barreiras. Entre as conclusões ficou vincada a aposta indispensável
no desenvolvimento de campanhas de sensibilização, numa maior
cooperação entre empresas e unidades de ensino/investigação e
na aposta em qualificar profissionais no ramo das energias e ambiente.
Além da sua vertente didáctica, esta iniciativa teve como objectivo
alertar os participantes para a realidade do �aquecimento global�,
dos seus efeitos no ambiente e para os problemas energéticos nacionais
e globais, realçando a importância da racionalização energética.
A iniciativa, que só conseguiu dar resposta a 250 das 450 inscrições
recebidas, deverá repetir-se no próximo ano, tendo em conta o
interesse gerado e a actualidade do tema. No seminário estiveram
presentes alunos do ISEP, colaboradores de empresas do sector
energético e afins e ainda alunos de outras instituições de ensino
superior.
MUSEU PARADA LEITÃO ACOLHEU O SEMINÁRIO �MUSEUS DA CIÊNCIA E DA TÉCNICANA CIDADE DO PORTO: SIGNIFICADOS E DIRECÇÕES�
.BREVES
QUARTAS À TARDE NO DEIINTELIGÊNCIA ARTIFICIAL EM DISCUSSÃOO ISEP recebeu, no passado dia 12 de Junho uma conferência
subordinada ao tema �Computadores emocionais�. Segundo Andrew
Ortony, principal convidado do Departamento de Engenharia
Informática do ISEP para esta tertúlia, os computadores poderão prever
um determinado comportamento humano através da introdução de
dados sociais e emocionais das pessoas.
A iniciativa resultou de uma parceria entre o Departamento de
Engenharia Informática, o Grupo de Investigação em Engenharia do
Conhecimento e Apoio à Decisão (GECAD) e a Associação Portuguesa
para a Inteligência Artificial. Um dos convidados da conferência,
Andrew Ortony, professor da Northwestern University, em Chicago,
considerou "em princípio" ser possível colocar um computador a prever
emoções, através da introdução de dados sobre reacções dos
humanos a determinadas situações, nomeadamente a felicidade.
O modelo do investigador norte-americano serviu de base à
investigadora do GECAD, Goreti Marreiros, que desenvolveu uma tese
de doutoramento criando um software para apoio à argumentação
e decisão em grupo. Goreti Marreiros explicou que o seu trabalho
teve por base o estudo da área de "uma tomada de decisão",
idealizando um simulador desse mesmo processo.
A investigadora afirmou que "houve necessidade de utilizar nos nossos
agentes aspectos emocionais" e acrescentou ter utilizado por base
o modelo de Ortony. Para a investigadora do GECAD, um agente é
credível se não falha as suas promessas, se a aposta que faz no início
da reunião é a que fica no final.
Andrew Ortony considera que o trabalho desenvolvido pela
investigadora portuguesa "é espantoso, muito criativo, interessante e
bem feito". E acrescentou que "desenhou de tal forma o assunto que
o torna muito convincente". Segundo referiu Ortony, apesar de não
existirem quaisquer sentimentos num computador, é já possível prever
emoções.
"Os computadores assimilam tudo, excepto os aspectos físicos", frisou
o investigador, acrescentando que é possível "manipular" a máquina
e, futuramente, "possivelmente exibir essas emoções através de robots".
O investigador norte-americano considerou a inteligência artificial
"como um estilo de jogo", onde se experimenta e explora "espaços
científicos, vendo como se desenvolvem boas teorias e modelos". .
O ISEP foi novamente anfitrião da Escola de Verão em Redes Neuronais.
Realizada entre 7 e 11 de Julho, a edição deste ano contou com a
presença de oradores internacionais que trabalham no sentido de
reproduzir o mecanismo de processamento do cérebro humano.
As Redes Neuronais, que têm vindo a ser exploradas pelo Laboratório
de Engenharia Matemática (LEMA), são uma área em desenvolvimento
no ISEP. Estas redes visam a resolução de problemas complexos através
de ferramentas computacionais potencialmente capazes de igualar
a inteligência humana. O evento, constituído por uma série de sessões
proferidas por especialistas da Alemanha, Reino Unido, Espanha e
EUA, foi complementado por uma componente prática de aplicação
a problemas concretos.
Classificar um tipo de carcinoma ou prever o risco envolvido num
empréstimo bancário são algumas das potencialidades da utilização
de redes neuronais, ilustrativos da sua vasta aplicabilidade.
Tendo em conta as mais-valias que estes sistemas proporcionam, o
ISEP organiza desde 2002 a Escola de Verão em Redes Neuronais,
tendo ainda no ano passado colaborado na organização de uma
Conferência Internacional em Redes Neuronais Artificiais.
ISEP ACOLHE ESCOLA DE VERÃO EMREDES NEURONAIS
O Instituto Superior de Engenharia do Porto promoveu uma
formação de 35 horas na área da Engenharia Informática
subordinada ao tema: �Segurança da Informação: da Tecnologia
aos Processos�. Durante um mês, especialistas em engenharia
informática ensinaram a compreender e identificar a verdadeira
origem dos problemas de segurança nas organizações no âmbito
da informação.
A informação é um bem de valor que frequentemente gerimos,
por isso, é prioritário identificar os correctos níveis de protecção
que requer, em termos de confidencialidade, disponibilidade e
integridade.
�Segurança da Informação: da Tecnologia aos Processos� pretende
ser o suporte para todos os que trabalham na área da informática,
na área da gestão de empresas, particularmente com
responsabilidade na gestão de risco.
Os participantes poderam observar de que forma a Comunidade
Europeia está a encarar este desafio, e que metodologias e
ferramentas estão disponíveis para serem utilizadas. Pretendeu-se
que, no final do curso, os formandos fossem capazes de identificar
e seleccionar os padrões internacionais aplicáveis a cada negócio,
definir o âmbito de segurança aplicável a cada necessidade e
identificar as boas práticas de Segurança da Informação.
ISEP PROMOVE FORMAÇÃO EM SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
.BREVES
A forma de apresentação de uma ideia ou projecto pode ditar o seu
sucesso ou o seu fracasso. No passado dia 28 de Abril, o Instituto
Superior de Engenharia do Porto promoveu a palestra �How to Make
an Effective Presentation for a Multimedia Project�. Esta iniciativa
orientada por Dominique Smets e Josiane Carre, do Departamento
de Informática da Haute École de la Province de Liège, resulta da
parceria entre ambas as instituições ao abrigo do programa LLP �
Erasmus.
Esta formação teve como objectivo divulgar técnicas eficazes para
a construção e realização de apresentações de projectos multimédia.
Entre os tópicos debateu-se quais as melhores ferramentas linguísticas
e estruturais a utilizar, uma vez que para uma mensagem ser aceite
é fundamental que seja compreendida. O seminário, com entrada
livre para todos os interessados, foi complementado com um workshop,
direccionado exclusivamente para os alunos do Mestrado em
Engenharia Informática do DEI/ISEP.
EFICIÊNCIA NA APRESENTAÇÃO DE PROJECTOS MULTIMÉDIA DEBATIDA NO ISEP�HOW TO MAKE AN EFFECTIVE PRESENTATION OF A MULTIMEDIA PROJECT�
Decorreu nas instalações do ISEP, entre 23 a 27 de Junho, a 2ª Reunião
do Projecto ALFA-CID. Este segundo encontro contou com a presença
de vários investigadores europeus e latino-americanos. .
O objectivo deste projecto visa estreitar laços de cooperação entre
as comunidades universitárias Europeias e da América Latina. Neste
sentido, fomenta a criação de uma rede de cooperação que
identifique e desenvolva boas práticas na expansão de metodologias
e procedimentos standards de difusão dos Objectos de Aprendizagem
de uso comum. A ideia é contribuir para a integração vertical e
transversal de conteúdos inter-culturais, através de materiais educativos
reutilizáveis e inter-operáveis.
Neste encontro organizado pelo ISEP participaram a Universidade de
Aveiro e Universidades de Espanha (U. de Vigo e U. Complutense de
Madrid), Chile (U. do Chile e U. Arica), Argentina (U. Buenos Aires) e
do México (U. Aguas Calientes e U. Virtual da Universidade de
Guadalajara).
ISEP RECEBE A 2ª REUNIÃO DO PROJECTO ALFA-CID
No dia 27 de Maio o Instituto Superior de Engenharia do Porto foi o
anfitrião das Jornadas Técnicas de Metrologia, uma iniciativa resultante
da colaboração entre o Departamento de Física do ISEP e o Instituto
de Soldadura e Qualidade (ISQ).
Com a realização destas Jornadas Técnicas visou-se esclarecer
questões relacionadas com a Metrologia, que surgem com
regularidade nas empresas. A Metrologia é a ciência dos pesos e
medidas. Abrange todos os aspectos teóricos e práticos que garantem
a precisão exigida no processo produtivo. No ISEP, é alvo de estudo
na Licenciatura em Engenharia de Instrumentação e Metrologia.
Os formadores Luís Gonçalves e Ricardo Ventura abordaram conteúdos
como a Análise de Certificados, os Critérios de Aceitação e a
Periodicidade de Calibrações, seguindo-se o habitual período de
esclarecimento de dúvidas e debate.
JORNADAS TÉCNICAS DE METROLOGIA
O Departamento de Engenharia Mecânica (DEM/ISEP) realizou,
entre Maio e início de Julho, cursos de formação para Peritos
Qualificados destinados a Arquitectos, Engenheiros ou
Engenheiros Técnicos. Os cursos de RCCTE (Regulamento das
Características de Comportamento Térmico dos Edifícios), RSECE-
Energia (Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização
em Edifícios) e RSECE-QAI (Regulamento dos Sistemas Energéticos
e de Climatização de Edifícios) contribuíram para a qualificação
de Técnicos de Certificação, de Auditorias Energética e da
Qualidade do Ar Interior.
A formação destes técnicos prende-se com a premente aposta
na Eficiência Energética, de modo a combater os desafios
causados pelas alterações climáticas. Neste sentido, o Sistema
Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar
Interior nos Edifícios, que transpõe parcialmente a Directiva
Comunitária relativa ao Desempenho Energético dos Edifícios,
ao impor a obrigatoriedade do certificado energético dos
edifícios e a qualificação de Peritos Qualificados veio abrir
novas oportunidades de trabalho. Os formandos, que passarão
a integrar a Bolsa de Peritos Qualificados, têm como missão
contribuir para a racionalização do consumo energético dos
edifícios portugueses, responsáveis por 28% da energia final.
De realçar que a boa adesão verificada ajudou a pautar com
sucesso esta iniciativa.
DEM/ISEP REALIZA CURSOS DEPERITOS QUALIFICADOS
O ISEP promoveu, nos dias 26 e 27 de Maio, um rastreio gratuito de
colesterol e tensão arterial. Esta iniciativa é mais um exemplo da
aposta que o ISEP tem vindo a efectuar na promoção da qualidade
de vida de toda a sua comunidade académica.
A acção de rastreio foi marcada por uma grande participação. Das
166 pessoas que visitaram o Gabinete Médico (edifício H), 91 optaram
pelo último dia para os respectivos exames. O corpo docente foi o
que contou com maior índice de afluência representando cerca de
45% dos participantes. 52 funcionários e 39 alunos fizeram também
testes de rastreio. No final do segundo dia a satisfação com os
resultados desta iniciativa eram generalizados.
Inserida na campanha �Maio, Mês do Coração�, esta iniciativa resulta
do protocolo de colaboração estabelecido em Março último com a
Farmácia de Santa Catarina. Além de outras acções de rastreio que
terão lugar durante o ano, esta parceria permite aos colaboradores
do ISEP adquirir localmente medicamentos e outros produtos de saúde
a preços mais competitivos.
�MAIO, MÊS DO CORAÇÃO�ISEP FAZ RASTREIOS AO COLESTEROL E TENSÃOARTERIAL
.BREVES
No dia 2 de Junho, o ISEP recebeu a visita de elementos do
Serviço Educativo da Casa da Música, que vieram apresentar
o projecto Digitópia � Plataforma para o Desenvolvimento de
Comunidades de Criação Musical em Computador. Esta
iniciativa, inserida no contexto das Aulas Abertas de CAMUL
(Concepção e Autoria Multimédia) teve como objectivo
demonstrar inovadoras perspectivas de trabalho aos alunos do
Mestrado em Engenharia Informática.
O Digitópia visa, pela simplicidade dos seus interfaces, transformar
a criação e exploração musical acessível a pessoas sem qualquer
formação em música, enquanto se mantém estimulante para
profissionais. Com o recurso à informática, pretende potenciar
novas tecnologias emergentes no sector da música, de modo
a dinamizar e promover a criatividade. Na apresentação foi
destacado o software livre, open source e multiplataforma
desenvolvido para o projecto: �Narrativas Sonoras, Digital Jam
e Políssonos�. Por fim, foi analisada a questão das comunidades
musicais que têm vindo a formar-se em torno do Digitópia e a
abertura do projecto à colaboração de toda a comunidade.
COLABORAÇÃO ENTRE ISEP E CASA DAMÚSICA TRAZ PROJECTO DIGITÓPIA ÀSAULAS ABERTAS DE CAMUL
O Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) do ISEP, em
colaboração com a Fundação IPP, promoveu, entre 17 de Maio e 25
de Junho, vários cursos avançados em Complementos de SolidWorks,
uma ferramenta CAD (computer aided design).
Dotar os formandos das capacidades de modelar peças em contexto
de conjunto, utilizar a biblioteca de peças normalizadas, criar peças
em chapa e planificá-las, criar estruturas tubulares e criar cavidades
macho/fêmea de moldes foram os principais objectivos dos cursos.
Direccionados fundamentalmente para alunos com alguma formação
na área de modelação sólida com SolidWorks, os cursos visaram
complementar esses conhecimentos com ferramentas avançadas,
através de temas como análise cinemática de mecanismos, foto-
realismo e animação de conjuntos.
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAMECÂNICA DO ISEP OFERECE CURSOSAVANÇADOS EM SOLIDWORKS
A tese de Doutoramento �Desenvolvimento de Estruturas Planas com
Caracterização Dinâmica de Forças em 3D� teve por principal objectivo
a caracterização tridimensional de forças que actuam num
determinado plano. Esta caracterização exigiu projectar e desenvolver
um sensor capaz de fornecer informação sobre a componente
perpendicular ao plano (pressão vertical) e simultaneamente as
componentes horizontais (forças de corte).
O sensor de dimensões reduzidas traz a dupla vantagem de permitir
que a medição da força a actuar, seja a tradução de uma força
aplicada num ponto e não a força média que actua numa
determinada área e a possibilidade de ser embebido numa sola de
sapato. A informação a recolher deverá ser dinâmica, o que implica
um sistema de aquisição de informação portátil com transmissão de
informação sem fios (wireless).
No âmbito deste projecto, o sensor será aplicado no estudo do pé
diabético. A importância deste tipo de sistemas reside no facto do
pacientes diabéticos terem como um dos primeiros sintomas da
doença alguma perda de sensibilidade nos membros inferiores, o que
poderá conduzir à formação de lesões por excesso de pressão. Os
sensores embebidos na sola de sapato, monitorizarão as forças
exercidas, durante o movimento do paciente � na marcha moderada
recta, na marcha esforçada recta, nas variações de direcção com
travagem e com aceleração, ao vencer desníveis (degraus), ao subir
e descer ladeiras. Essa informação, depois de recolhida e analisada,
permitirá ao médico adequar o tratamento e assim prevenir eventuais
lesões e a amputação dos membros. Existem já contactos com o
Hospital Geral de Santo António no sentido de criação de uma parceria
para os testes clínicos a efectuar numa segunda fase do projecto.
Neste momento, está em curso um pedido de registo de patente
nacional do sensor.
Nome: Arcelina MarquesÁrea científica: Ciências da Engenharia
Data da prova: 11 de Junho de 2008
Local: FEUP - Faculdade de Engenharia Universidade do Porto
�DESENVOLVIMENTO DE ESTRUTURAS PLANAS COM CARACTERIZAÇÃO DINÂMICADE FORÇAS EM 3D�
�ATMOSFERIC FLOW OVER FORESTED AND NON-FORESTED COMPLEX TERRAIN�
Nome: José Carlos Pereira Lopes da CostaÁrea científica: Engenharia Mecânica
Data da prova: 17 de Março de 2008
Local: FEUP - Faculdade de Engenharia Universidade do Porto
No estudo da implantação de um parque eólico e na sua exploração
recorre-se a ferramentas que permitem conhecer o regime de ventos
do local e das características do vento nesse mesmo local (intensidade,
turbulência, etc). Uma das ferramentas que cada vez mais é usada
são os software de CFD � Computational Fluid Dynamics (Mecânica
dos Fluidos Computacional).
Este trabalho pretendeu contribuir para o desenvolvimento deste tipo
de ferramentas, nomeadamente o software VENTOS�, destinado ao
estudo do vento sobre topografia complexa para aplicações de
energia eólica. Este software, com boa aceitação e reconhecimento
na área, tem vindo a ser desenvolvido por docentes do ISEP, integrados
no grupo de investigação CEsA � Centro de Estudos de Energia Eólica
e Escoamentos Atmosféricos.
O objectivo principal deste trabalho foi testar e ajustar o modelo de
turbulência k�e, baseado no método das médias de Reynolds aplicado
às Equações de Navier�Stokes (RaNS � Reynolds averaged Navier-
Stokes), sobretudo no que concerne à procura de um adequado
modelo de floresta. Este estudo envolveu diversas simulações
computacionais de vários tipos de escoamentos, indo desde
vegetação com geometrias idealizadas, até estudos sobre topografias
florestadas reais, tais como a Serra de Alvoaça em Portugal, e outras
localizações na Escócia e em França.
A progressão académica e formação especializada do corpo
docente são aspectos fundamentais na vida das instituições de
ensino superior.
Ao iniciar esta rubrica, o pretende dar visibilidade aos nossos
docentes que, através dos projectos desenvolvidos no decorrer
dos seus cursos de doutoramento, contribuem para elevar a
qualidade do ensino e investigação produzidos nesta casa.
Gostaríamos, portanto, de deixar um convite aberto à dinamização
deste espaço, que se pretende um veículo de divulgação de teses
de doutoramento.
Neste sentido, é com enorme orgulho que o ISEP congratula Arcelina
Marques, Carlos Lopes da Costa, Carlos Vinhais e Teresa Costa,
que, com a recente obtenção do grau de doutor, inauguram esta
secção. Esperamos estar a criar uma plataforma que sirva de
ponto de encontro para a destacar a excelência académica do
ISEP.
.PROVAS DE DOUTORAMENTO
Nome: Maria Teresa CostaÁrea científica: Ciências de Engenharia
Data da prova: 6 de Março de 2008
Local: FEUP - Faculdade de Engenharia Universidade do Porto
�NOVAS ABORDAGENS AO POSICIONAMENTO PERIÓDICO DE FIGURAS IRREGULARES�
O objectivo deste trabalho foi o estudo e desenvolvimento de
algoritmos para a colocação automática de formas irregulares,
baseados na criação de pré-agrupamentos das formas. A abordagem
e os algoritmos desenvolvidos neste trabalho estão especialmente
vocacionados para a resolução de instâncias industriais reais (vestuário,
calçado, máquinas-ferramenta). Há problemas nestas indústrias onde
existe um reduzido número de formas irregulares diferentes a colocar,
mas em que, em contrapartida, o número total de formas é muito
elevado (mais do que 100), inviabilizando a aplicação das poucas
abordagens de colocação automática conhecidas. Os problemas
Nome: Carlos VinhaisÁrea científica: Engenharia Electrotécnica e de Computadores
Data da prova: 16 de Janeiro de 2008
Local: FEUP - Faculdade de Engenharia Universidade do Porto
MEDICAL X-RAY IMAGES OF THE HUMAN THORAXSegmentation, Decomposition and Reconstruction
Inúmeros métodos de segmentação de imagens médicas têm sido
desenvolvidos para diferentes estruturas anatómicas usando dados
provenientes de diversas modalidades. Esta tese apresenta algoritmos
computacionais automáticos para segmentar, decompor e reconstruir
imagens médicas do tórax humano, nomeadamente radiogramas
torácicos em incidência postero-anterior (PA) e tomogramas
computorizados (TC).
Dois métodos de segmentação são propostos para identificar as
regiões que definem os campos pulmonares em radiogramas digitais
PA do tórax. O primeiro método consiste em delinear os contornos
pulmonares usando um algoritmo de pesquisa do trajecto óptimo
baseado em programação dinâmica. O segundo é baseado no
alinhamento não-rígido de um modelo deformável formulando a
segmentação dos campos pulmonares num problema de optimização.
Para o efeito, é usada uma estratégia flexível de optimização baseada
em algoritmos genéticos. Ambos os métodos podem ser usados em
sistemas computacionais de apoio ao diagnóstico médico, fornecendo
o pré-processamento necessário para que a análise à posteriori de
tais imagens possa ser aplicada com sucesso.
Algoritmos para a construção de fantomas 3D específicos de cada
paciente resultantes de tomogramas volumétricos são fornecidos.
Baseado na decomposição em materiais de base aplicada aos
números de TC, estas imagens são decompostas em materiais
conhecidos, fornecendo fantomas antropomórficos voxelizados,
apropriados para diversas simulações computacionais com aplicações
na radiologia diagnóstica e medicina nuclear. Uma outra aplicação
deste método é a extração da região de interesse pulmonar, requerida
pela grande maioria das aplicações de análise de imagem pulmonar.
É ainda proposto uma algoritmo robusto de detecção óptima de
superf ície 3D para a separação r igorosa dos pulmões.
Por último, é apresentada uma metodologia para a reconstrução 3D
da forma de estruturas anatómicas partindo de apenas um radiograma.
Fantomas voxelizados resultantes da decomposição de imagens TC
são usados para simular imagens radiológicas de densidade e estimar
mapas de espessuras de cada estrutura que se pretende reconstruir.
A relação formal entre dados TC e medidas radiológicas é deduzida
viabilizando a implementação de algoritmos de eliminação e
subtração de tecidos.
de colocação de formas irregulares (problemas de Nesting) pertencem
à classe dos problemas de Cortes e Empacotamentos (Cutting &
Packing). Estes problemas surgem em todas as indústrias e serviços
onde um ou mais pedaços de material ou espaço têm que ser divididos
em peças mais pequenas. Enquanto problemas de optimização
combinatória, os problemas de Nesting podem ser resolvidos usando
programação linear, heurísticas, meta-heurísticas, algoritmos de
pesquisa, programação por restrições, etc.
Infelizmente, dada a sua natureza combinatória, as técnicas exactas
não são capazes de lidar eficientemente com estes problemas para
instâncias de grande dimensão, pelo que se torna indispensável
recorrer à utilização de heurísticas. Além das dificuldades inerentes
à característica combinatória dos problemas de Cortes e
Empacotamento, os problemas de Nesting apresentam uma
dificuldade adicional: a dificuldade do problema geométrico intrínseco,
inerente à necessidade de lidar com formas irregulares. .
Neste trabalho, foi seguida uma estratégia de divisão do problema
inicial em dois, que consiste na criação de grupos de formas irregulares,
os quais são posteriormente posicionados. No posicionamento dos
grupos de formas irregulares, foram utilizados algoritmos anteriormente
desenvolvidos por membros da equipa de investigação, bem como
foram desenvolvidos novos algoritmos baseados na replicação
periódica de formas (Lattice Packing Problem).
.PROVAS DE DOUTORAMENTO
ENSINO SUPERIOR PÚBLICOWWW.ISEP.IPP.PT
Rua Dr. António Bernardino de Almeida, nº 431 » 4200-072 PortoTel. +351 228 340 500 Fax +351 228 321 159 [email protected]
InstitutoSuperior deEngenharia
do Porto
UMA INSTITUIÇÃO DE REFERÊNCIA...... NO ENSINO DA ENGENHARIA
Engenharia Electrotécnica» Infra-Estruturas de Telecomunicações, Segurança e Domótica
220 horas num total de 30 ECTS
» Instalações Eléctricas
360 horas num total de 60 ECTS
Engenharia Informática» Engenharia de Aplicações Empresariais
560 horas (180 presenciais, 136 em e-learning e 244 de tutória) num total de 30 ECTS
Engenharia Química» Projecto e Operação de Piscinas
645 horas num total de 60 ECTS
Engenharia Mecânica» Sistemas Integrados de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança
384 horas num total de 60 ECTS
Cursos depós-graduação
Sistema de Certificação Energética e Qualidade do Ar InteriorMódulos de RCCTE e RSECE - Energia - 21 horas
Módulo de RSECE - Qualidade do Ar Interior e Certificação - 15 horas
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Outraformação