ÍSIS SEM VÉU_Vol.IV_H.P.BLAVATSKY

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Obra escrita a partir de setembro de 1875 e publicado em 1877.

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ISIS

SEM VEU

UMA CHAVE-MESTRA PARA OS MIsrRIos DA cnrucn E DA TEoI-ocIA ANTIGAS E MODERNAS

de

H. P. BI-AVATSKYFLTNDADoRA DA socIEDADe

rBosrrce

VOLI.JME

IV _

TEOI.,OGIA

src snn.t vu

VOLI'ME

IV -

TEOLOGIA

AUTORA DEDICA ESTA OBRA

A

SOCIEDADE TEOSFICA, FOI FUNDADA EM NOVA YORK, NO ANO DE 1875' QUE A FIM DE ESTUDAR OS ASSUNTOS NELA ABORDADOS.

Digitalizado por:

Os filhos de Hermes

SUMRIO

VOLUME tr TOMO II

CAPTULO VIII. - JESUITISMO E MAONARIAO Zohrtr e o Rabino Simo A Ordem dos Jesutas e a sua relao com algumas ordens manicas Os crimes permitidos aos seus membros Os princpios do Jesuitismo comparados com os dos moralistas pagos A trindade do homem to Livro dos Mortos egpcio

A franco-maonaria, no mais esotrica A perseguio dos Templirios peta IgrejaO cdigo secreto manico Jeov no o "Nome Inefvel"

CAPTULO IX. - OS VEDAS E A BBLIAQuase todos os mitos baseiam-se em alguma grande verdade A origem do domingo cristo

56

A antiguidade dosVedas A doutrina pitagrica das potencialidades dos nmeros Os "Dias" da Gnese e os "Dias" de Brahm A queda do homem e o dilvio nos livros hindus

A antiguidade do MahbhrataEram os antigos egpcios de raa ariana? Samuel, Davi e Salomo, personagens mticos O simbolismo da Arca de No Os Patriarcas, idnticos aos signos do zodaco Todas as lendas bblicas referem-se histria universal

CAPTULO X. - O MITO DO DEMNIOO demnio oficialmente reconhecido pela Igreja Sat, o esteio do sacerdotalismo

r12

A identidade de Sat com o Tfon egpcio sua relao com o culto da serpente O Livro de J e o Livro dos Mortos

A

O demnio hindu, uma abstrao metafsica Sat e o Prncipe do Inferno no Evangelho de Nicodemo

CAPTULO XI. - RESULTADOS COMPARADOS DO BUDISMO E

DO

CRISTIANISMO

159

A idade da filosofia no produziu ateus As lendas dos trs Salvadores A doutrina crist da Expiao ilgica Por que os missionirios falham ao tentar convencer budistas e bramanistas Nem Buddha, nem Jesus deixaram relatos escritos Os grandes mistrios da religio na Bhagavad-Gt O sentido da regenerao explicado no atapatha-Brhnnna Interpretao do sacrifcio do sangue A desmoralizao da ndia Britnica pelos missionrios cristos A Bblia menos autntica do que qualquer outro livro sagrado Os conhecimentos sobre qumica exibidos pelos prestidigitadores indianos CAPTULO XII. -

CONCLUSESEEXEMPLOS

207

Resumo das proposies fundamentais A vidncia da alma e do esprito O fenmeno da chamada mo espiritual A diferena entre mdiuns e adeptos Dilogo entre um embaixador ingls e um Buddha reencarnado O vo do corpo astral de um lama relatado pelo Abb Huc Escolas de magia nas lamaserias budistas A raa desconhecida dos Tdas hindus O poder da vontade dos faquires e dos yogis A domesticao de animais selvagens por faquires A evocao de um esprito vivo por um xam, testemunhada pela autora Bruxaria pela respirao de um padre jesuta Porque o estudo damagSa quase impraticvelna Europa Concluso

Bibliografia

CAPTULO

VIII

"Os filhos cristos e catlicos podem acusar seus pais peo crime de na heresia, ainda que saibam que por isso os acusados tenham de morrer fogueira... E no s podem negar-lhes at o aimento se tratam de aprta-tot da f catLic, mas tamm podem com todajustia dar-lhes morte." (P re ceito J esutic o.) F . Esteban Fagundez: Precepta Dacalogi' Lug-dumi' I 640'"O SaPienssimo - Que horas so? "O Rspeit. C. S. Giardio - A da alba' A hora em que se rasgou-o vu ecipsou do templo e as tevas se derramaram pela consternada terra e se estrela a uz e se quebraram os utensflios da Maonaria e se ocultou a flamgera e se despedaou a pedra cbica e se perdet a palavra '" . ,. ( nituat 6ol3e lRosu-iruz), Rito Escocs, Jurisdio Meridional') Magnaes veritas et Praevalebit.

En?f Enw jj^v lrDA

Ln^tLt-JAH-BLIH.LL]I{.

foi maior, dentre as obras cabalsticas dos hebreus - o Zohar, '1 Rabino Shimon ben Yohai. De acordo com alguns crticos, esse tracompilada pelo aps a destruio balho foi feito alguns anos antes da era crist; segundo outros, s s foi completado pelo fitho de Shimon, o Rabino Eleazat,e do templo. Todavia, ele tratapor se; secretrio, o Rabino Abba, pois a obra to imensa e os assuntos nela que nem mesmo a vida inteka desse Rabino, chamado o Prndos so to abstrusos, de se saber que cipe dos cabalistas, seria suficiente paa essa tarefa. Devido ao fato elepossuaesseconhecimento,comoodaMerkabah'qvelheassegurouorecebipara o deserto' mento da "Palavra", sua vida foi posta em perigo e ele teve de fugirfiis, at a sua onde viveu numa caverna durante doze anos, cercado por discpulosmorte, assinalada por sinais e maravilhasl ' principais Todavia, embora sua obra seja to volumosa e contenha os pontos no abrange tudo. sabido que esse venervel cabada tradio secreta e oral, ela a no lista nunca partilhou, por escrito, os pontos mais importantes da sua doutrina' um nmero muito limitado de amigos e discser oralmente, e, ainda assim, a apenas na Merkabah, pulos, incluindo-se a seu pfprio filho. Portanto, sem a iniciao final e a Merkabah s pode ser ensinada "na o estudo da cabala ser sempre incompleto de Shimon ben escuido, num lugar deserto e aps muitas provas", Desde a morte um segredo inviolado para o mundo externo' yohai, essa doutrina oculta tem sido

primeiro

confiada dpercs como um mistrio, era comunicada oralmente ao candidato ,,cara a cara e lbios no ouvdo". Esse preceito manico - "lbios no ouvido e a palavra em voz baixa" - uma herana dos tannaim e dos antigos mistrios pagos. seu uso moderno deve-se certamente indiscrio de algum cabalista renegado, embora a .,palavra,, em si mesma seja apenas um "substituto" para a "pavra perdida,' e uma inveno relati_ vamente moderna, como veremos a seguir. A sentena verdadeira sempre esteve em poder dos adeptos de virios pases dos hemisfrios oriental e ocidental. Apenas um nmero linitado, dentre os chefes dos Templrios e alguns Rosa-cruzes do sculo XVII, sempre em relaes estreitas com os alquimistas abes e os iniciados, podem vangloriar-se de sua posse. Do sculo vII ao XV, ningum na Europa podia dizer que a possua; e, embora tenham existido alquimistas antes de paracelso, ele foi o

a

passar pela verdadeira iniciao,

Taverna da Macieira, na rua charles, no covent Garden, em Londres, Foi ento

tornou mais tarde; no era uma instituio poltica, nem crist, mas uma verdadeira organizao secreta, que admitia no seu seio todos os homens ansiosos de obter a ddiva inestimvel da liberdade de conscincia e escapar perseguio cle/rcal2. At cerca de trinta anos aps a sua morte, aquilo que atualmente se chama de moderna Franco-maonaria havia sido instituda. Ela nasceu no dra 24 de junho d,e 1717, na

bezerro de ouro no fogo, transform-lo em p e mistur-lo gua". Na verdade, ento, essa gua mtgica e a "palavra perdida" ressuscitaram mais de um dos Adoniram, Gedaliah e Hiram Abiff pr-mosaicos. A palavra verdadeira, atualmente substituda por Mac Benac e Mah, foi usada muito antes que seu efeito pseudomgico fosse tentado sobre os "filhos da viva" dos dois ltimos sculos. euem foi, de fato, o primeiro maom ativo de alguma importncia? Elias Ashmole, o ltimo rosacruz e alquimrrl7. Admitido ao privilgio da companhia dos Maons Ativos, em Londres, em 1646, morreu em 1692. quela poca, a Maonaria no era o que se

adepto o poder de se aproximar da "sara ardente" sobre o solo sagrado e ,,fundir o

a ltma cerimnia que conferia

ao

cia por parte de todo o corpo da fraternidade espalhada por todo o mundo, como mostra, queles que a quiserem ver, a inscrio latina gravada sobre a lmina colo-

que, como nos relatam as constitutions de Anderson, as nicas quatro lojas do sul da Inglaterra elegeram Anthony Sayer como o primeiro Gro-Mestre dos maons. No obstante a sua idade, essa grande loja reivindicou o reconhecimento de sua suprema-

Em La Kabbale, de Franck, o autor, seguindo os "delrios esotricos,' dos cabalistas, d-nos, alm das suas tradues, os seus comentrios. Falando dos seus predecessores, diz que shimon Ben yohai menciona repetidamente o que os ,.companheiros" ensinaram nas obras antigas.Hamnuna, o velho"s. Mas nada diz sobre o que significam esses dois ,.velhos,', nem sobre quem foram, na verdade, pois tambm ele no sabe. Na venervel seita dos tannaim, os homens sbios, houve aqueles que ensinaram, na prtica, os segredos e iniciaram alguns discpulos no grande mistrio final. Mas o Mishnah Haggh, segunda seo, diz que o contedo da Merkabah "s deve ser confiado aos sbios ancies"a. A Gemara fdo Haggh] ainda mais dogmtica. "os segredos mais importantes dos mistrios no eram revelados a todos os sacerdotes. S os iniciados os recebiam"s. E vemos ento que o mesmo grande sigilo prevalecia em toda religio antiga.10

cada abaixo da pedra angular do Salo dos Maons, em Londres. porm, h mais.

E o autor cita um "Teba, o

velho,

e

Mas, como vemos, nem o Zohar nem qualquer outro tratado cabalstico contm doutrina purmente judaica. A prpria doutrina, sendo um resultado de milnios de pensamento, patrimnio comum dos adeptos de todas as naes que viram o Sol, No obstante, o Zohrtr ensina mais ocultismo prtico do que qualquer outra obra sobre esse assunto; no como ele foi traduzido e comentado por vrios crticos, mas com os sinais secretos de suas margens. Esses sinais contm as instrues ocultas necessrias s interpretaes metafisicas e aos absurdos aparentes em que acreditou to completamente Josefo, que nunca foi iniciado e que exps a letramorta tal como a recebera6. A verdadeira magia prtica contida no Zohar e em outras obras cabalstcas s deve ser utizada por aqueles que as podem ler interioftrznte. Os apstolos cristos - pelo menos aqueles que operavam "milagres" vontadeT - deviam estar inteiados desta cincia. No convm, pois, a um cristo tachar de superstio os talisms, amuletos e pedras mgicas com que seu possuidor consegue exercef em outra pessoa aquela misteriosa influncia chamada vulgarmente "mau-olhado". H um nmero muito grande desses amuletos encantados em cole&s arqueolgicas pblicas e particulares da Antiguidade. Muitos colecionadores exibem ilustraes de pedras convexas, com legendas enigmticas - cujo significado frustra toda pesquisa cientfica. King apresenta muitas delas em sou Gnostics e descreve uma cornalina branca (calcednia), coberta de ambos os lados com inscries interminveis, que interpretar seria arriscar um fracasso - a no ser que um estudioso hermetista ou adepto o fizesse. Mas remetemos o leitor sua interessante obra e aos talisms descritos em suas lminas, para mostrar que at mesmo o prprio "Vidente de Patmos" fora instrudo na cincia cabalstica dos talisms e das gemas. So Joo alude claramente poderosa "cornalina branca" - uma gema bastante conhecida pelos adeptos como "alba petra" ou pedra da iniciao, sobre a qual se gravava quase sempre a palavra "prmio" e que era dada ao candidato que vencia com sucesso s provas preliminares por que um nefito deveria passar. o fato que nada rnenos do que o Livro de J,bem como o Apocalipse, simplesmente uma narrativa alegrica dos mistrios e da iniciao ali de um candidato, que o prprio Joo. Nenhum maom de grau

superior, versado nos diferentes gaus, o compreender de maneira diferente. Os nmeros sete, doze e outros so outras tantas luzes lanadas sobre a obscuridade da obra. Paracelso afi-rmava a mesma coisa alguns sculos atris. E quando vemos "o semelhante ao Filho de um homem" dizer (Apocalipse II, 17): "Ao vencedor darei de comer o man oculto e uma PEDRA BRANCA com um novo nome escrito" - a palavra - "que no conhece seno quem o recebe", qual Mestre maom titubear emreconhecer nessa inscrio a mesma com que epigrafamos este captulo?

Nos mistrios mtricos pr-cristos, os candidatos que triunfavam intrepidamente das "doze provas", que precediam a iniciao, recebiam um pequeno bolo redondo ou hstia de po zimo que simbolizava, em um dos seus sgnificados, o disco solar, e era tido como po celeste ou "man" e que tinha figuras desenhadas sobre ele. Um carneiro oI m touro era mortg e, Com o Seu SangUe' o Candidato era aspergido, como no caso da iniciao do imperador Juliano. As sete regras ou mistrios representados no Apocalipse como sete selos que so abertos "em ordem" (ver captulos V e VI) - eram ento confiados ao "nascido de novo". No h dvida de que o Vidente de Patmos referia-se a essa cerimnia. A origem dos amuletos catlicos romanos e das "relquias" abenoadas pelo

I

Papa a mesma do "conjuro Efsio", ou caracteres mgicos gravados numa pedra ou desenhados sobre um pedao de pergaminho, dos amuletos judaicos com versculos da Lei, chamados phylacteria, t)ar'rlpe, e dos encantamentos maometa-

nos com versos do coro. Todos eles eram usados como conjuros mgicos protetores e utizados por todos os crentes. Epifnio, o digno ex-marcosiano, que fala desses encantanentos - quando eram usados pelos maniqueus como amuletos, isto , coisas colocadas ao redor do pescoo (perapta) - e dessas "encantaes e tapaas semelhantes", no pode lanar uma ndoa sobre a "tropaa" dos cristos e dos gnsticos sem incluir a os amuletos catlicos romanos e papais. Mas a consistncia uma virtude que teenos estar perdendo, sob a influncia jesutica, a mnima ascendncia que deve ter exercido sobre a Igreja. A astuta, erudita, sem conscincia e terrvel alma do jesuitismo, dentro do corpo do romanismo, est lenta mas certamente tomando posse de todo o presgio e poder espiritual que lhe inerente. Para uma melhor exemplificao de nosso tema, ser necessrio contrastar os princpios morais dos tannaim e teurgos antigos com aqueles que so professados pelos jesutas modernos, que praticamente controlam o romanismo hoje e so o inimigo oculto que os reformadores devem enfrentar e vencer. Em toda a Antiguidade, onde, em que pas, podemos encontrar algo semelhante a essa Ordem ou que se aproxime dea? Devemos um captulo aos jesutas neste .captulo sobre sociedades secretas, pois mais do que qualquer outra, eles so um corpo secreto e tm uma velha ligao mais estreita com a Maonaria atual - na Frana e na Alemanha pelo menos - do que as pessoas geralmente sabem. o clamor de uma moralidade pblica ultrajada ergueu-se contra essa ordem desde o seu nascimentos. Apenas quinze anos haviam passaclo desde a bula [papal] que promulgara a sua constituio, quando os seus membros comearam a ser transferidos de um lugar para outro. Portugal e os Pases-Baixos desfizerarn-se deles em 1578; a Frana em 1594; veneza em 1606; Npoles e:n 1622. De So Petersburgo, eles foram expulsos emI 8 I 6, [*

] e, de toda a Rssra, em I 820.

Foi uma criana promissora desde os anos de sua adolescncia. Todo o mundo sabe do adulto que ela deveria ser. Os jesutas causaram mais danos morais neste mundo do que todos os exrcitos infernais do mtico Sat. Toda extravagncia dessa observao desaparecer quando os nossos leitores da Amrica, que sabem pouco sobre eles, forem inteirados dos seus princpios trincpa) e regras quc constam devrias obras escritas pelos prprios jesutas. Pedimos licena para lembrar ao pblico que cada uma das afirmaes que seguem foram extradas de manuscritos autnticos ou flios impressos por esse distinto corpo. Muitas delas foram copiadas de um grande Quartoe publicado, verificado e coligido pelos Comissrios do Parlarnento Francs. As afirmaes ali reunidas foram apresentadas ao Rei a fim de que, como enuncia o Anest du Parlement du 5 Mars 1762, "o filho mais velho da Igreja fosse conscientizado da perversidade dessa doutrina. (.. .) uma doutrina que autoriza o Roubo, a Mentira, o Perjrio, a Impureza, toda Paixo e Crime, que ensina o

compilador a ele apensadas. H uma coincidncia considervel entre o artigo mencionado acimao texto de lser sem vu. (N. do Org.)

* Informao abrangente sobre a Ordem dos Jesutas pode ser encontrada no volume IX dos collected witings de H. P. B., em seu famoso argo "Theosophy or Jesuitism?" e nas notas doe

l2

Homicdio, o Parricdio e o Regicdio, destruindo a religio a fim de substitu-la pea superstio, favorecendo a Feitiara, a Blasfmia, a Irreligio e a Idolatria (...), etc." Examinemos as idias dos jesutas sobre a magia. Escrevendo a esse respeito em suas instrues secretas, Antonio Escobar diz: " cito (. . .) fazer uso da cincia adquirida por meio do aulio do dabo, desde que seja preservada e no utilizada em proveito do diabo, pos o conhecimento bom em si mesmo e o pecado de adquiri-lo foi eliminado"10. Portanto' por que umjesuta no enganaria o Diabo, j que engana to bem os leigos? "Os asfflogos e os adivinhos esto ou no obrigados a resttttr o prmio de sua adivinhao, quando o evento no sz realizar? Eu reconheo" - observa o bom Padre Escobar - "que a primeira opinio no me agrada de nmneira aguma, porque, quando o astrlogo ou adivinho exerceu toda diligncia nn arte dfublica que essencial a seu propsito, ele cumpriu a sua tarefa, seja qual for o resultado. Assim como o mdico (. . .) no obrigado a restitut os honorrios (. . .) se o paciente morrer, tampouco o astrlogo deve devolver os seus (...) exceto quando ele no se esforou ou ignora sua arte diablica, porque, quando ele se empenha, ele no falha"1 1

.

seguinte sobre a Astrologia: "Se algum afirma, por conjecturas fundamentadas na influncia dos astros e no carter' na disposio e nas maneiras de um homem, que ele ser um soldado, um sacerdote ou um bispo, essa adivinhao estar isenta de todo pecado, porque os astros e a disposio do homem podem ter o poder de inclinar a vontade humana num determinado sentido,

Alm disso, encontramos

o

mas no o de constran E-la"

tz

.

Busembaum e Lacroix, em Theologia Moralisls, dizem: "A quiromancia deve ser considerada Lcita, se das linhas e das divises das mos se puder avaliaf a disposio do corpo e conjecturar, com probabilidade, sobre as propenses e afeies da alma (. . .)"14. Essa nobre fraternidade, qual muitos pregadores tm negado veementemente o fato de se secreta, tem provado s-lo. Suas constituies foram traduzidas para o latim pelo jesuta Polanco e impressas, no colgio da companhia, em Roma, em 1558. ..Elas foram zelosamente mantidas em segredo e a maior parte dos prprios jesutas s conhecia extratos delas. Elas nunca.foram reveladas antes de 1761' quando publicadas pelo Parlamento Francs lem 1,76I, 1762), no famoso processo do Padre La Valette"1s. Os graus da Ordem so: I. Novios; II. Irmos Leigos ou Coadjutores temporais; III. Escolsticos; IV. Coadjutores espirituais; V. Professos de Trs Votos; VI. Professos de Cinco Votos. "H tambm uma classe secreta, conhecida apenas do Geral e de alguns poucos jesutas fiis, que, talvez mais do

que qualquer outra, tenha contribdo para o poder terrvel e misterioso

da

Ordem", diz Nicolini. Os jesutas reconhecem, dentre as maiores consecues de sua Ordem, o fato de Loiola ter conseguido, por um memorial especial do Papa, uma petio paa a reorganizao daquele instrumento abominvel e repugnante de carnificina por atacado - o infame tribunal da Inquisio. Essa Ordem dos Jesutas agora todo-poderosa em Roma. Eles se einstalaram na Congregao dos Negcios Eclesisticos Extraordinrios, no Departamento da Secretaria de Estado e no Ministrio dos Negcios Estrangeiros. O Governo

Pontifcio esteve completamente em suas mos durante anos' antes que VctorEmanuel ocupasse Roma.

A

Companhia congrega agora 8.584 membros. Mas13

devemos ver quais so as suas regras principais. Pelo que vimos acima, familiarizando-nos com seu modo de ao, podemos armar o que todo esse corpo catlico deve ser. Diz MacKenzie: "A Ordem poss sinais secretos e senhas diferentes para cada

um dos graus a que os membros pertencem e, como no levam nenhuma vestimenta particular, difcil reconhec-los, a menos que eles prprios se revelem como membros da ordem; eles podem apresentar-se como protestantes ou catlicos, democratas ou aristocratas, infiis ou beatos, segundo a misso especial que lhes foi confiada. seus espies esto por toda parte, pertencem a todas as classes da sociedade e podem parecer cultos e sbios ou simplrios e mentecaptos, confoime mandarem as regras. H jesutas de ambos os sexos e de todas as idades; bastante conhecido o fato de que membros da ordem, de famflia distinta e de educao refinada, trabalham como criados para famflias protestantes e fazem outras coisas de n.atlueza similar para melhor servir aos interesses da sociedade. Nunca nos preveniremos suficientemente contra a sua influncia, pois toda a companhia, fundada numa lei de obedincia cega, pode dirigir sua fora para um ponto qualquer comexatido certeira e fatal" l 6. os jesutas aflrmam que "a companhia de Jesus no uma inveno humana, mas procedeu daquele cujo nome ela ostenta. Pois o prprio Jesus descreveu a regra de vida que a Sociedade segue, em primero lugar por seu exemplo, e depois por suts Pala.was"17.

vejamos, ento, esta "regra de da" e esses preceitos de seu Deus, exemplificados pelos jesutas, e que todos os cristos piedosos deles se inteirem. padre Alagona diz: "Por ordem de Deus, lcito matar uma pessoa inocente, roubar ou fornicar (. . .) (Ex mandato Dei lcet occidere innocentem, furari, fornican), porque ele o senhor da vida e da Morte e de todas as coisas: e devemos curnprir as suasordens"18.

"um homem de uma ordem religiosa, que temporariamente se despoja do hbito com algum propsito crminoso, est livre de crime hediondo e no incorre napenalidade da excomunho"1

e.

questo: "Est um juiz obrigado a restituir o estipndio que recebeu por ditar uma sentena?" Resposta: "se recebeu o estipntlio por ditar uma sentena injusta, provvel que possa ficar com ele (. . .) Esta opinio mnntida e defendida por cnqenta e oito tratadislas" (esutas,)20.

Joo Baptista Taberna (synopsis Theologiae practicae) formula a seguinte

Abstemo-nos de seguir em frente. Esses preceitos, em sua maioria, so to repulsivamente licenciosos, hipcritas e desmoralizadores, que impossvel pr muitos deles em letra impressa, a no ser em latim21. citaremos apenas os mais decentes, para efeito de comparao. Mas o que devemos pensar do futuro do mundo catlico, se ele continuar a ser controlado por palavras e por aes por essa sociedade nefanda? ser ele muito lisonjeiro, do que duvidamos, na medida em que o cardeal Arcebispo de cambrai ergue a sua voz em prol dos jesutas? A sua pastoral fez um certo barulho na Frana; e, embora tenham transcorrido dois sculos desde o expos desses princpios infames, os jesutas tiveram tanto tempo de sobra para arranjar manhosamente a sua defesa com mentiras, que a maioria dos catlicos jamais acreditar em tal coisa. o Papa infalvel, clemente XIV (Ganganelli), extinguiu-os a 23 de julho de 17'73 e eles reviveram; e um outro papa igualmente infalvel, Pio

VII,

os restabeleceu a 7 de agosto de 1814.

t4

lvlas ouamos

o que o Monsenhor de Cambrai proclamou em 1876. Citamos

..Entre outras coisas, ele afirma qlue o clericalismo, o transmontanismo e o jesuitismo so uma coisa s - isto , catolicismo - e que as distines entre eles foram criadas pelos inimigos da regio. Houve um tempo, diz ele, em que uma certaopinio teolgica era anplmente professada na Frana, a respeito da autoridade do Papa. Ela se restringia nossa nao e tinha origem recente. O poder civil, durante um sculo e meio, assumiu a instruo oficial. Aqueles que professavam essas opinies eram chamados galicanos, e aqueles que protestalaln elam chamados de transmontanos, porque o seu centro doutrinrio estava alm dos Alpes, em Roma. Hoje, a distino entre as duas escolas no mais admissvel. O galicanismo teolgico no deve existir, dado que essaopinio deixou de ser toleradapelalgreja. Elafoisolenemente condenada, no presente e no passado, pelo Conchio Ecumnico do Vaticano'No se pode ser catlico sem ser transmontano - e iesuta"22. Isto define a questo. Prescindimos dos comentrios, e compaamos algumas prticas e alguns preceitos dos jesutas, com os de castas e sociedades msticas e rganizadas dos tempos antigos. Assim, o leitor imparcial pode ser colocado em posio de julgar qual tendncia dessas doutrinas beneficia ou degrada a Humanidade. o Rabino Yoshua ben Hananyah, que morreu por volta de 72 d.C., declarou publicamente que operava "milagres" por meio do Livro do Sepher Yetzrah e que esafiava qualquer incrdulo23. Franck, citando do Talmude babilnico, nomeia dois outros taumaturgos, os Rabinos Hanina e Oshaia2a. simo, o Mago, era sem dvida um discpulo dos tannaim da Samaria; a reputao que adquiriu com os seus prodgios, que lhe valeram o ttulo de "o Grande

de uma comunicao secular:

Poder de Deus", testemunha eloqentemente em favor da habilidade dos seus mestres. As calnias to cuidadosamente disseminadas contra ele pelos autores e compiladores desconhecidos dos /o.r e de outros escritos no podem danificar a verdade a ponto de ocultar o fato de que nenhum cristo podia rivalizar com ele em um vo aes tumatrgicas. absolutamente ridcula a histria de que ele, durante areo, teria cado e quebrado as pernas e cometido suicdio. Em vez de pedir mentalmente que isso acontecesse, por que os apstolos no pediam que thes fossepermitido superar Simo em maravilhas e milagres, para assim provarem facilmente a superioridade de seu poder e converterem milhes ao Cristianismo? A posteridade s ouviu um lado da histria. Tivessem tido os discpulos de Simo uma nica oportunidade, e acharamos, talvez, que foi Pedro que quebrou as suas pernas' se no soubssemos que esse apstolo era prudente demais para se aventurar at Roma. Segundo a confisso de muitos escritores eclesirfuticos, nenhum apstolo piedosas diro operou essas "maravilhas sobrenaturais". Naturalmente as pessoas por intermdio de qoe isso prova precisamente que foi o "Diabo" que operou Simo foi acusado de blasfmia contra o Esprito Santo, porque o apresentou Mas encontranos como o "Esprito Santo, a Mens (Tntehgncia) ou a me de tudo". a mesma expresso \o Livro de Enocz,, em que, em conaposio ao "FilhO dO bem Homem,,, ele diz "Filho da Mulher". No Codex dos nazarenos, e no Zohar, Evangelho dos como nos Livros de Hermes, a expresso usual; e at no apcrifo ao usar a Hebreus lemos que o prprio Jesus admitiu o sexo do Esprito Santoexpresso "Minh-a me, o Prwuna Santo"26'15

Simo.

Mas o que a heresia de simo, ou o que so as blasfmias de todos os hereges, em comparao com as dos mesmos jesutas que agora dominaram to completamente o Papa, a Roma eclesistica e todo o mundo catlico? ouamos novamente sua profisso de f.

"Fazei o que vossa conscincia diz ser bom e lcito: se, por erro invencvel, acreditais que Deus vos manda mentir ou blasfemar, btasfemai."zz "omiti o que vossa conscincia diz ser proibido: omiti a adorao de Deus, se acreditais firmemente que ela proibida por Deus."28

"H uma lei ampliada (.. .) obedecei a um ditado errneo invencvel da conscincia. Se acreditais que vos foi ordenada uma mentira, menti."2e"Suponhamos que um catlico acredite invencivelmente que a adorao de imagens proibida: nesse caso, nosso senhor Jesus cristo ser obrigado a lhe dizer: Afasta-te de mim, maldito, etc., porque adoraste a mnhn imagem. (. . .) Assim, no h nenhum absurdo (em supor) que Cristo possa dizer: Vem, bendito, etc., porque mentiste acreditando invencivelmente que eu ordene a mentira,"3o Isso no - no! No h palavras suficientemente expressivas que faam justia s emoes que esses preceitos espantosos despertam no peito de qualquer pessoa honesta. Que

o

silncio, resultante

do desgosto invencvel, seja o tributo

mais

adequado a essa obliqdade moral sem paralelo.

O sentimento popular em Veneza (1606), quando os jesutas foram expulsos daquela cidade, expressou-se violentamente. Multides enornes acompanharam os exilados at o cais e o grito de despedida que ressoou aps eles sobre as ondas foi "Ande in malorat" (Ide embora! E que a desgraa esteja convosco!). '.Esse grito ecoou pelos dois sculos seguintes", diz Quinet, de quem tomamos essa afirmao, "na Bomia, em 1618 (...) na ndia, em 1623 (...) e por toda a cristandade, em 1773"31.Como possvel, ento, acusar Simo, o Mago, de ser ele um blasfemador, se ele apenas fez aquilo que a sua conscincia invencivelmente lhe ordenou ser verdadeiro? E, em que aspecto os hereges, ou mesmo os infiis da pior espcie, so mais repreensveis do que os jesutas - os de Caen32, por exemplo - que dizem: "(A religio crist) (...) evidentemente crvel, mas no evidentemente verdadeira. Ela evidentemente crvel, pois evidente que quem quer que a abrace prudente. Ela no evidentemente verdadeira, porque ou ela ensina obscuramente ou as coisas que ela ensina so obscuras. E aqueles que afirmam que a religio crist evidentemente verdadeira vem-se obrigados a confessar que ela evidentemente falsa(Posio 5).

"Dondemundo.

se

infere

"1. Que no

evidente

-

que haja agora qualquer religio verdadeira no

"2. Que no evidente - que, de todas as religies existentes sobre a terra, a religio catlica seja a nica verdadeira; viajastes por todos os pases do mundo,,ouconheceis as religies que a se professam? (. . .)

(......

evidente que as previses dos profetas fossem fundadas por inspirao de Deus; pois que refutao fareis contra mim, se nego que eram profecias verdadeirzs, ou se afirmo que eram apenas conjecturas?

"4. Que no

........)

l6

evidente que os milagres eram reais, que foram elaborados por Cristo; embora ningum possa prudentemente neg-los (Posio Q' .,Tampouco necessria aos cristos uma crena explcita em Jesus Cristo, na em todos os Artigos de F e no Declogo. A nica crena explcita que

..5.

Que no

Trindade,

era necessria aos ltimos (os cristos) 1, Em Deus; 2, Em um Deus recompensador" (Posido &. Por isso, tambm mais do que "evidente" que h momentos na vida do permaior mentiroso do mundo em que ele pode dizer algumas verdades. Exemplo podermos perceber de onde saiu a solene feito o dos "bons padres", a ponto de conclenao, feita no Concflio Ecumnico de 1870, contra certas "heresias", e a defique nio de outros artigos de f nos quais ningum acreditava menos do que os '[alvez a Histria tenha de saber que o Papa inspiraram o Papa a torn-los pblicos.

octogenrio, intoxicado com os vapores da sua infalibilidade recm-vigente, era up"nu, o eco fiel dos jesutas. "um velho homem ergue-se estremecido no pavois do quinze (. Vaticano", diz Michelet, "tudo se absorveu nele e se confinou nele. . .) Por jugo espiritual da Igreja. (. . .) Mas esse jugo sculos a cristandade submeteu-se ao no foi suficiente para eles; eles queriam que todo o mundo esvesse nas mos de um mestre. Minhas palavras so demasiado dbeis; emprestarei a de outros. Eles pelo Bispo de Paris, [os jesutas] queriam (essa a acusao atirada em suas faces de l'pouse de Jsus christ une prostitue attx em pleno concflio de Trento) fairevolonts d' un homme" 33. Eles se vingaram. A Igreja, da por diante, um instrumento inerte e o Papa um agente servil nas mos dessa ordem. Mas por quanto tempo? At que venha o fim, os cristos sinceros recordaro as lamentaes profticas do trs vezes grande Trismegisto sobre o seu prprio pas: "Ai, ai, meu filho, dia vir em que os hierglifos sagrados sero apenas dolos. O mundo tonnr os emblemns da cincia como o grande Egito de ter adorado monstros infernais. Mas aqueles que

detnes e acusa nos caluniaro, eles adoraro a Morte em vez da Vida, a loucura em vez da sabedoria; denunciaro o amor e a fecundidade, enchero os templos com ossos de homens mortos, como relquias, e destruiro a sua juventude em solido e lgrimas. saas virgerc sero vivas lmonias) antes de serem esposas e se consumiro em dor' porque os homens desdenharo e profanaro os mistrios sagrados de sis"sn.

A

prova da correo dessa profecia est no seguinte preceito jesutico, que

extramos do Relatrio dos Comissrios ao Parlamento de Paris: "A opinio mais verdadera a de que todas as coisas inanimadas e irraciopodem ser legtimamente adorad6s", d:n o Padre Gabriel Vsquez, tratando da nais Idolatria. "Se a doutrina que estabelecemos for corretamente entendida, no s uma imagem pintada e toda representao de coisas santas aprovada pela autoridade pbca para a adorao de Deus pode ser adorada como se fosse o prprio Deus' mas tambm qualquer outra coisa deste mundo, de natureza inanimada ou irracional, ou em sua natuezaracional e isenta de perigo"es. ..Por que no podemos adorar e venerar como a Deus. sem perigo algum' qualquer coisa deste mundo, posto que Deus est nela em essr-;ia [isto precisa*ni" o que afirmam os pantestas e a filosofia hindul e a preserva continuamente com o seu poder? E quando nos inclinamos diante dela e a beijamos, apresentamonos diante de Deus, seu Autor, com toda nossa alma, considerando-a o prottipo da imagem [seguem-se exemplos de relquias, etc.]. (. . .) A essas instncias podemos

t7

acrescentar uma quarta. Posto que tudo que existe neste mundo obra de Deus e Deus est sempre morando ou trabalhando nela, mais fcil ser conhecer Deus pelas coisas do mundo, do que um santo pelas vestes que lhe pertenceram. E, portanto, sem levar em co'nsiderao de maneira alguma a dgnidade da coisa rada, no vo, nem supersticioso, nuis ctto de religio pura, dirigir nossos penssrnentos a Deus, enqanto lhe oferecemos o sinal e a ffnrc() tle nossa submisso por meio de um beijo ou uma prostrao"3. Preceito que, fazendo honra ou no Igreja crist, poderia ser citado proveitosamente por qualquer gentio hindu, japons ou qualquer outro que fosse censurado por adorar dolos. citamos propositadamente esse preceito para benefcio de nossos respeitados amigos "gentios" que lerem estas linhas. A profecia de Hermes menos equvoca do que as alegadas profecias de Isaas, que facilitaram um pretexto para que se qualificasse de demnios, os deuses de todas as naes. Mas os fatos so mais fortes, s vezes, do que a f mais robusta. Tudo que os judeus aprenderam, eles g receberam de naes mais velhas que a deles. Os magos caldaicos foram.os seus mestres na doutrina secreta e foi durante o cativeiro da Babrlnia que aprenderam os preceitos, tanto metafsicos, quanto prticos. Plnio menciona trs escolas de magos: uma fundada em uma poca desconhecida; outra, estabelecida por osthanes e zoroastro; a terceira, por Moiss e Jannes37. E todo o conhecimento possudo por essas escolas diferentes, fossem elas mgicas, egpcias ou judaicas, derivou da ndia, ou antes de ambos os lados do Himalaia. Mais do que um segredo perdido repousa sob as vastas extenses de areia do deserto de Gobi, no Turquesto Oriental e os sbios do Khotan preservam tradies estranhas e o conhecimento da Alquimia. o Baro Bunsen demonstra que "a origem das preces e dos hinos antigos do Livro dos Mortos egpcio anteror a Menes e pertence, provavelmente, dinastia

pr-menita de Abydos, entre 3100 e 4500 a.c." o erudito egiptlogo remonta a era de Menes, ou Imprio Nacional, ao ano 3059 a.c. e demonstra que ..o sistema de adorao e da mitologia osiriana j estava formado" antes da era de Menes3s. Encontramos nos hinos dessa poca pr-ednica cientificamente estabelecida (pois Bunsen leva muitos sculos para trs o ano da criao do mundo, 4.oo4 a.c., fixado pela cronologia bbca) es precisas de moralidade, idncas em substncia

e na forma e na expresso muito parecidas, com aquelas que foram pregadas porJesus no seu Sermo da Montanha. o que se pode inferir das invesgaes levadas a efeito pelos egiptlogos e hierologistas mais eminentes. "As inscries da dcima segunda Dinastia esto plenas de frmulas ritualistas", diz Bunsen. Extratos dos Livros Hermticos foram encontrados em monumentos das dinastias mais angas e

"no so incomuns os trechos de um ritual antigo, nos da dcima segunda dinastia. (. . .) Alimentar o faminto, dar de beber ao sedento, vestir o nu, cremar o morto (. . .) cowtituam a primeira tarefa de um homem piedoso. (. . .) A doutrina da imortalidade da alma to anga quanto este peodo (Tablete, Brit. Mus.,56Z),'ss. mais antiga ainda, tzlvez. Ela data da poca em que a alma era um *r objetivo e, portanto, no podia ser negada por si mesma,' em que a Humanidade era umaraa espiritual

e a morte no existia. Por volta do decnio do ciclo da vida, o

homcm-esprito etreo caiu no doce cochilo da inconscincia temporria em uma esfera para despertar na luz ainda mais brilhante de uma esfera mais elevada. Mas ao passo que o homem espiritual se esfora continuamente para ascender cada vez18

mais

passando pelos ciclos e esferas da da individual, o homem fsico tem de descer com o grande ciclo da criao universal at se revestir fsidas vestes terrestres. Ento a alma foi de tal maneira sepultada sob a vestimenta exceto nos casos de naturezas mais ca, na tentativa de reafirmar a sua existncia, espirituais, que, em cada ciclo, ela se tornou cada vez mais rara. Embora nenhuma das naes pr-histricas tivesse pensado em negar a existncia ou a imortlidade do homem interior, o "eu" real. Devemos ter em mente os ensinamentos dos antigos filsofos: s o esprito imortal - a alma, per se, no eterna, nem divina. Quando ligada muito estreitamente ao crebro fsico do seu envoltrio terrestre, torna-se gradualnente uma mente finita, o mero princpio da vida animal e senciente' o

sua fonte original,

neplrcsh da Bblia hebraicaao.

doutrina da natureza trina do homem est to claramente definida nos livros hermticos quanto no sistema platnico, ou ainda nas filosofias budista e

A

bramnica. E este um dos ensinamentos mais importantes e menos conhecidos das doutrinas da cincia hermtica. Os mistrios egpcios, to imperfeitamente conhecidos pelo mundo, e aos quais poucas e breves aluses so feitas nas Metamorfoses de Apuleio, ensinaram as maiores virtudes. Eles revelaram ao aspirante aos mistrios ,.mais elevados" da iniciao aquilo que muitos dos nossos estudantes hermetistas modernos procuram em vo nos vros cabalsticos e que os ensinar.nentos obscuros da Igreja, sob a direo da ordem dos Jesutas, nunca podero revelar. Comparar, ento, as antigas sociedades secretas dos hierofantes, com as alucinaes artificialmente produzidas desses poucos seguidores de Loiola, por mais sinceros que eles fossem no comeo de sua carreira, um insulto para com as primeiras. Apesar disso, para lhes fazer justia, somos compelidos a isso. um dos obstculos mais difceis para a iniciao, entre os egpcios, como entre os gregos , era ter cometido um assassinato em qualquer grau' Um dos maiores jesuittulos para admisso na Ordem dos Jesutas um assassnato efi defesa do oS seus pais, se estes as compelirem a abandonar a tismo. "As crianas podem matar

f cat6ltca."

.,os filhos cristos e catlicos", diz Estban Fagundez, "podem acusal

os

que seus pais do crime de heresia, se eles quiserem desvi-los da f, embora saibar queimados pelo fogo e levados morte por essa razo, como seus pais possam ser ensina Tolet. (...) E no s podem recusar comida a eles (. . .) como tambm at podem justamente mat-los."41

sabido que Nero, o

imperador, jamas se atreveu

a solicitar iniciao nos

mistrios, em virtude do assassinato de Agripinal

Na Seo XIV dos Principles of the Jesuits, encontramos sobre Homicdio os seguintes princpios cristos ensinados pelo Padre Henrique Henriquez: "Se umadltero, mesmo que seja eclesistico (. . .) for atacado pelo marido da mulher, matar o seu agressor (. . .) ele no consideraclo irregular (non videtur irregularis)"42. ..(...) se um pai for antiptico ao Estado [estando ele banido] e sociedade' e se no houver outro meio de se evitar essa injria, ento eu aprovaria a opinio dos autores acima referitlos (pelo fato de um filho matar seu pai), diz a Seo XV, sobre P arrcdio e H omcdo43. "Ser lcito a um eclesiistico, ou a algum da ordem religiosa, matar um caluniador que ameaa espalhar acusaes atrozes contra ele ou a sua religio (...)"44 a regra emitida pelo jesuta Francis Amicus.

t9

At aqui, tudo bem. Fomos informados pelas maiores autoridades sobre o que um homem de comunho catlica pode fazer em relao quilo que a lei comum e a moralidade pblica caracteizam como criminosos e ainda continuar a exalar o olor da santidade jesutica. Suponhamos agora que viramos a medalha e vejamos quais princpios foram inculcados pelos moralistas egpcios pagos antes que o mundo fosse ferido com esses progressos modernos datica. No Egito, todas as cidades importantes estavam separadas do cemitrio por um lago sagrado. A mesma cerimnia de julgamento que o Livro dos Mortos descreve como ocorrendo no mundo do Esprito etarealzada na terra, durante o sepultamento da mmia. Quarenta e dois juzes ou assessores reuniam-se na margem do lago e julgavam a "alma" falecida segundo as suas aes praticadas quando estava no corpo; s depois de uma aprovao unnime por parte do jri post-mortem qve o barqueiro, que representava o Esprito da Morte, poderia levar o corpo do defunto absolvido at o local do seu ltimo repouso. Depois, os sacerdotes retornavam aos recintos sagrados e instruam os nefitos sobre o provvel drama solene que se desenrolava no reino invisvel para o qual a alma se dirigia. A imortalidade do esprito era fortemente inculcada pelo Al-om-jahas. O Crata Repoa46 descreve,como segue, os rele graus da iniciao.

Depois de um julgamento preliminar em Tebas, onde o nefito deveria passar

por muitas provas, chamadas de "Doze provas", era-lhe ordenado governar suas paixes e nunca, em momento algum, devia afastar de seu pensamento a idia deDeus. Depois, como um smbolo da peregrinao da alma impura, ele devia subir vrias escadas e vagar s escuras numa caverna com muitas portas, todas fechadas. Se triunfava dessas terrveis provas, recebia o grau de Pastophoros, sendo que o segundo e o terceiro graus eram chamados de Neocoris e Melanphoros. Levado a uma vasta cripta subterrnea abundantemente povoada de mmias ali colocads com muito aparato, ele era deixado defronte a um atade que continha o corpo mutilado de Osris coberto de sangue. Esse era o salo chamado "Portes da Morte" e com certeza a esse mistrio que aludem algumas passagens do Livro de J (XXXyill], 17) e pores da Bblia quando nela se fala desses portesa7. No captulo X,damos a interpretao esotrica do Lvro de J, que um poema da iniciao par excellence."Os portes da morte se abriram para vs? Ou vistes as portas da sombra da moe?"

-

pergunta o "Senhor"

-

isto , o Al-om-jah, o Iniciador

terceiro grau da iniciao.

-

de J, aludindo a esse

Quando o nefito vencia os terrores desse julgamento, era conduzido ao ..Salo dos Espritos" para ser. por eles julgado. Entre as regras nas quais era instrudo, era-lhe ordenado "nunca desejar ou procurar vingana; estar sempre pronto a ajudar um irmo em perigo, rrcsmo com risco de sua prpria vida; enterrar todos os mortos; honrar seus pais acima de tudo; respetar os ancies e proteger os mais fracos que ele e, finalmente, ter sempre em mente a hora da morte e a da ressurreio num corpo novo e imperecvel"48. Pureza e castidade eram altamente recomendadaseo

adultro era punido com a marte.

Ento o nefito egpcio tornava-se tm Kistophoros. Nesse grau, o nomemistrio IA era comunicado a ele. o quinto grau era o de Balahate e ento ele20

era instrudo por Horus em alquimia, chem. No sexto, era-lhe ensinada a dana

-

sacerdotal no crculo, ocasio em que era instrudo em Astronomia' pois a dana representava o curso dos planetas. No stimo gra:u, era iniciado nos mistrios finais. Aps uma aprovao final num edifcio isolado, o Astronomos' como ea agoa chamado, emergia desses aposentos sagrados chmados Maneras e recebia uma cruz o Tao que, por ocasio de sua morte, devia ser colocada sobre seu Peito. Ele era

-

um hierofante.

Lemos acima as regras desses santos iniciados da Companhia Crist de Jesus. Comparai-as com aquelas que foram aplicadas ao postulante pago e com a moralidade crist (l) que foi inculcada naqueles mistrios dos pagos contra os quais a Igreja invoca os troves de uma Divindade vilgativa. No teve esta ltima os seus prprios mistrios? Ou eram eles mais puros, mais nobres ou mais propcios a uma vida santa e virtuosa? Ouamos o que Nicolini tem a nos dizer, em sua competentssvna History of the Jesuits, sobre os mistrios modernos do claustro cristoae. "Na maioria dos mosteiros, e mais particularmente nos dos capuchinhos e reformados (Reformati), tem incio no Natal uma srie de festas que prossegue at esplndidos Quaresma. Todas as espcies de jogos so realizadas, os banquetes mais so oferecidos e, nas cidades pequenas, o refeitrio do convento o melhor local para o divertimento de um grande nmero de habitantes. Por ocasio do carnaval, realizavarn-se dos ou trs festins magnficos; a mesa ea to profusImente posta que se poderia imaginar que Cpia, a Abundncia, ali houvesse derramado todo o contedo do seu corno. preciso lembrar que essas duas ordens viviam de esmolas50. O silncio sombrio do claustro substitudo por um som confuso de brincadeiras,

e as abbadas ttricas agora ecoam com outras canfus que no as dos salmistas. Um baie anima e termina a festa; mas antes, para torn-la ainda mais animada, e taJwez para mostra qudnto o Seu voto de casrtdade hnva extirpado delestodo apetite carnal, alguns dos monges jovens surgem coquetemente vestidos de mulher e comeam a danar com outros, transformados em cavalheiros folgazes' Descreyer a cent escandalosa que se segue repugnaria os meus leitores' Direiapenas que com freqncia presenciei tais Saturnais."

O ciclo est em descida e, medida que desce, a natueza fsica e besal

do

homem desenvolve-se mais e mais s expensas do Eu Superiorsl. Comquedesgosto no afastaremos a vista dessa farsa religiosa chamada cristianismo moderno paranos voltarmos s nobres crenas da Anguidadel

No Ritual Funerrio dos egpcios, encontrado entre os hinos do Livro dos Mortos, e que chamado por Bunsen de "esse livro precioso e misterioso", lemos um discurso do defunto, agora sob a forma de Horus, que detalha tudo o que elerealizou para seu pai Osris. Entre outras coisas, a divindade diz: "3O. Dei-vos Espito. 31. Dei-vosAza.

tr? ""2:_:zii!";,,*.

Em outro lugar, a entidade, chamada de "Pai" pela alrna desencarnada, repfesenta o "esprito" do homem; pois o versculo diz: "Fiz minha alma falar comseu Pai"

,

selu

Esprto '

Os egpcios consideravam

o

rert

Rinal como uma inspirao

essencialmente

2l

Divina; em sntese, o mesmo que os hindus modernos em relao aos vedas e os judeus modernos quanto aos vros mosaicos. Bunsen e Lepsius mostram que o termo hermtico significa inspirado, porque Thoth, a prpria Divindade, que fala e revela ao seu eleito entre os homens a vontade de Deus e os arcanos das coisas divinas. Nesses livros h passagens inteiras que se diz terem sido "escritas pela prprio dedo de Thoth, so obra e composio do grande Deus"s3. "Num perodo posterior, o seu carter hermtico ainda mais distintamente reconhecido e, num atade

da

26e

no Deuteronmio (IX, l0) que "E o Senhor me entregou duas tbuas de pedra escritas pelo dedo de DEUS"; ou que leiamos no xodo, XXXI, 18 que ,.E Ele [o senhor] deu a Moiss (. . .) duas tbuas do testemunho, tbuas de pedra, escritas pelo dedo do Deus". Nas noes egpcias, como nas de todas as outras fs fundamentadas na filosofia, o homem no era apenas, como afirmam os cristos, uma unio de alma e corpo; ele era uma trindade de que o esprito fazia parte. Alm disso, aquela doutrina o considerava composto de kha - corpo; khaba - forma astral, ou sombra; ka - alma animal ou princpio vital; ba - a alma superior; e akh - inteligncia terrestre. Havia ainda um sexto princpio chamado sah - ou mmia; mas as suas funes s tinham incio aps a morte do corpo[*]. Aps a devida purificao, durante a qual a alma, separada do seu corpo, visitava com freqncia o cadver mumificado do seu corpo fsico, essa alma astral "tornava-se um Deus", pois ela era finalmente absorvida na "Alma do mundo". Transformava-se numa das divindades criadoras, "o deus do Pht", o Demiurgo, um nome genrico para os criadores do mundo, traduzido na Bblia como Elohim. No Ritual, a alma boa ou purificada, "em conjuno com seu esprito superior ou no-criado", mais ou menos a vtima da influncia tenebrosa do drago Apophis. Se chegou ao conhecimento final dos mistrios celestiais e infernais - a gnosis, isto , reunio completa com o esprito -, ela triunfar dos seus inimigos; se no, a alma no pode escapar sra segunda morte,,. Ela ..o lago ardente de fogo e de enxofre" (elementos) em que eles foram atirados para sofrer a "segunda morte"s. Essa morte a dissoluo gradual da forma astral nos seus elementos primrios, aos quais j aludimos diversas vezes ao longo desta obra. Mas essa sorte terrvel pode ser evitada pelo conhecimento do "Nome Misterioso" -a "Palavra"57, dizem os cabstas.

Dinastia, Horus anuncia ao morto que 'o prprio Thoth lhe trouxe os livros das suas obras divinas', ou escritos hermticos"sa. Dado que sabemos que Moiss era um sacerdote egpcio, ou que pelo menos ele era versado em toda a sua sabedoria, no devemos nos espanta que ele escrevesse

+ Os egiptlogos diferem entre si em relao a esse assunto, Muitos pontos penanecem incertos na interpreto dos textos hieroglficos. Alguns apontaram a seguinte seqncia de pores constituintes do homem: l. khnt corpo fsico; 2. sahu o ftftar transformado pela mumificao; 3. ka - o "duplo" (tambm "alma material"); 4, ba - a alma., 5. akh espirito conscincia.

glorificado;6. khabit -asombra;7. ren- onome; 8. sekhzm-opoder;9. ib-ocorao,ou

be intitulado weishcit der AegypterAlemanha; ed. pelocom diagramas e tabelas. (N. do Org.)

Um dos estudos mais valiosos nesse campo de pesquisa um artigo seriado de Franz Lam-

Dr. Wm. Hbbe-Schleim), vol. VII, janeiro, fevereiro, abril

(sabedoria dos egpcios) e publicado em sphinx (Leipzig, e junho, fgg,

22

Mas, ento, qual a pena vinculada negligncia do seu conhecimento? Quan-

do um homem leva uma vida naturalmente pura e virtuosa, no h castigo

algum,

exceto uma permanncia no mundo dos espritos at que se encontre suficientemente purificado para receb-la do seu "Senhor" Espiritual, um da Hoste poderosa. Por outro lado, se a "alm4"[*, enquanto um princpio semi-animal, queda-se imvel e cresce inconsciente da sua metade subjetiva - o Senhor - e proporcionalmente ao desenvolvimento sensual do crebro e dos nervos, ela mais cedo ou mais tarde se esquecer da sua misso divina na Terra. Como o Vurdalak, ou Vampiro, do conto srvio, o crebro se alimenta e vive e se fortifica s expensas do seu parente espiritual. Ento, a almaj semi-inconsciente, agora completamente embriagada pelos vapores da vida terrena, perde os sentidos e a esperana de redeno. rncapaz de vislumbrar o esplendor do esprito superior, de ouvir as admoestaes do "Anjo guardio" e de seu "Deus", Ela s pretende o desenvolvimento e uma compreenso mais completa da vida natural, terrena; e, assim, s pode descobrir os mistrios da ratlJeza fsica. Suas penas e seus temores, Sua esperana e sua alegria - tudo isso est estreitamente ligado sua existncia terrestre. Ela ignora tudo o que pode ser demonstrado pelos rgos de ao ou sensao. Comea por se torna virtualmente morta; morre completamente. Est aniquilada. Tal catstrofe pode ocorrer, mtas vezes, muitos anos antes da separao final do princpio vital do corpo. Quando chega a morte, seu frreo e pegajoso domnio se debate com a vida; mas no h mais alma a liberar. A nica essncia dessa ltima j foi absorvida pelo sistema vital do homem fsico. A morte implacvel libera apenas um cadver espiritual; no melhor dos casos, um idiota. Incapaz de se elevar para regies mais altas ou de despertar daletargia, ela se dissolve rapidamente nos elementos da atmosfera terrestre. Os videntes, homens corretos que lograram a cincia mais elevada do homem interior e do conhecimento da verdade, tm, como Marco Antonino, recebido instrues "dos deuses", em sonhos ou por outros meios. Auxiados pelos espritos mais puros, aqueles que moram nas "regies da bem-aventurana eterna", eles observaram o processo e advertiram repetidamente a Humanidade. O ceticismo pode provocar com zombarias; a f, baseada no conhecmento e a cincia espiritual, acredita e afirma. atravessanos amiudam-se os casos dessas mortes de almas. tropeamos com homens e mulheres desalmados. No estranho, A todo momento portanto, no presente estado de coisas, o gigantesco fracasso dos ltimos esforos de Hegel e Schelling no sentido de elaborar a construo metafsica de um sistema. Quando os fatos, os fatos palpveis e tangveis do Espiritismo fenomenal, acontecem todo o dia e a toda hora e, no obstante, so negados pela maior parte das naes "civilizadas", existe pouca chance para a aceitao de uma metafsica puramente abstrata por parte dessa massa sempre crescente de materialistas.

No sculo que

*

2 de fevereiro de 1883, o Mestre

Na carta XXV, em The Mahatmn Letters to A. P. Sinnett (p. 196; 3e ed., p. 193), recebida em K. H. insere uma nota de rodap: ..Ver ,srs, vot. 2, p. 368 e 369. A palavra Alma est ali por Alma 'Espiritul'; naturalmente que, quando abandona uma pessoa 'Sem alma', torna'se causa do quinto princpio (Alma Animai), deslizando para a oitava esfera". (N. do Org')23

No livro intulado La maniftstation ln lumire, de Champollion, h umcaptulo sobre o Ritual q:ue est cheio de dilogos misteriosos que a alma mantm com vrios "Poderes". [*] Num desses didogos mais do que expressiva a poten-

cialidade da "Palavra". A cena ocorre na "Cmara das Duas Verdades". O "Portal", a "Cmara da Verdade", e mesmo as vrias partes do porto, dirigem-se

alma, que se apresenta para admisso. Todos lha negam, a menos que ela thes pronuncie os nomes misteriosos. Que estudioso das Doutrinas Secretas no reconheceria nesses nomes a identidade, em significao e propsito, com aqueles que se encontram nos Vedas, nas ltimas obras dos brmanes e na Cabala? Magos, cabalistas, msticos, neoplatnicos e teurgos de Alexandria, que ultrapassaram os cristos em suas consecues na cincia secreta; brmanes ou samaneus (xams) da Antiguidade e brmanes modernos; budistas e lamastas - todos eles declararam que um determinado poder se a9rega a esses vrios nomes, que pertencem a uma nica Palavra inefvel. Mostramos, por experincia prpria, quo profundamente est ewavada at em nossos dias na mente popular de toda a Rssias8 a crena de que a Palavra opera "milagres" e est no centro de toda faanha mgica- Os cabalistas conectam misteriosamente a F com ela. Assim hzeram os apstolos baseando as suas afirmaes nas palavras de Jesus, que diz: "Se tiverdes f, como um gro de mostarda (. . .) nada vos ser impossvel" lMateus, XVII, 201; e Paulo, repetindo as palavras de Moiss, afirma que "perto est a PALAVRA na tua boca e no teu corao; esta a palavra da f' (Romanos, X, 8). Mas quem, exceto os iniciados, pode orgulhar-se de compreender sua significao total? Da mesma maneira que na Antiguidade, acreditar hoje nos "milagres" bbcos exige f; mas ser capacitado para oper-los requer um conhecimento do significado esotrico da "palavra". "Se Cristo", dizem o Dr. F. W. Farrar e Canon B. F. Westcott, "no operava milagres, ento os Evangelhos no so dignos de confiana". Mas, mesmo que suponhamos que ele no os operou, isso provaria que os evangelhos escritos por outros que no ele so mais dignos de confiana? E, se no forem, para que serviria esse argumento? Atm disso, essa linha de raciocftrio asseguraria a analogia segundo a qual os milagres operados por taumaturgos de religio diferente da crist tornariam dignos de confiana os seus evangelhos. Isto no implicaria pelo menos uma igualdade entre as Escrituras crists e os Livros sagrados budistas? Estes ltimos esto igualmente cheios de fenmenos do carter mais espantoso. Alm disso, os cristos no operaram magres genunos, porque seus padres perderam a Palavra. Mas muitos dos lamas budistas e dos talapes siameses - a menos que todos os viajantes conspirassem para uma mentira - foram e so capazes de duplicar todo fenmeno descrito ro Novo Testamento; e fazem mais: sem qualquer pretexto de suspenso da lei natural ou de interveno divina. Na verdade, o Cristianismo prova que est morto, tanto em f, quanto em obras, ao passo que o Budismo est pleno de vitalidade e o demonstra em provas prticas.

x

O ttulo La manifesntion Ia lwnre apenas a traduo de Champollion em francs do ttulo descritivo egpcio: "Reu nu pe em hru", que significa "Captulo da passagem para o dia". Esses textos chegaram a ser conhecidos como o Livro dos nbrtos e esse ltimo nome devido a uma traduo do rabe "Kitb al-Maggitum", nome com que alguns papiros encontrados junto smmias foram vendidos pelos ladres egpcios de tmulos. (N. do Org.)

24

repousa melhor argumento em favor da veracidade dos "milagres" budistas ou de os tatar como no fato de que os missionrios catlicos, em vez de os negar protestantes -, viram-se simples prestidigitao - como fazem alguns missionrios eles ao Diabo' E to oUigaOos a adoar a alternativa desesperada de atribuir todos genunos servos de Deus, diminudos se sentiram os jesutas, nas presena desses e de budistas, agindo de lu", "o- uma astcia sem igual, disfararam-se quetalapes se movia para ele, o no ela como Maom em relao montanha. "E vendo profeta dirigiu-se para a montanha." Acreditando que no poderiam atrair os crists, eles se disfarsiameses com a rede de suas doutrinas perniciosas em vestes pobres e ignorantes como as pessoas aam e, durante sculos, aparecerm entre resoluo, at que foram descobertos. Eles haviam votado e adotado uma talapes o srio", dizem os qo" ,"rn agora toda a fora de um antigo artigo de f. "Naaman, joelhos com o rei na jesutas de caen, "no dissimulou a sua f quando dobrou os quando adoram o casa de Rimmon; tampouco os Padres da Companhia de Jesus' s. J. Talapoinorum instituto e o hbito de nlapes do sio (nec dissimulant Patres

o

5e' Siamensium institutum vestemque af fectantes)"

A

hoje fora contida nos Mantras e na vch dos brmanes to acreditada

quantonocomeodoperodovdico.o..InefvelNome,,detodopaSedetoda

que religo relaciona-se quilo que os maons afirmam ser os caracteres misteriosos pelos quais a Divindade era conhecida pelos simbolizam os nove nomes ou atributos ouro purssimo, iniciados. A Palavra Omnfica traada por Henoc nos dois deltas de misteriosos' talvez seja mais conhecida sobre os quais gravou dois dos caractefes Gro z. dos pelos ..genios" humildes e incultos do que pelos Gro-sacerdotes e Europa e da Amrica. Mas no entendemos porque os comaptuls Supremos da perda' A da Arca Real lamentariam to amarga e to continuamente a sua purrt "i.o, M., como eles mesmos diro, s contm consoantes. Por isso, duvidamos pauu.u M. se' em vez que agum deles tenha aprendido a pronunci-la, ou a tivessem aprendido extrada da abbada secreta". Todavia, acredita-se u rrornp"r, ela tivesse sido

i"

queonetodeHamconduziuaopasdeMezraimodeltasagradodoPatriarca ser "rro". portanto, s no Egito e no Oriente que a "Palavra" misteriosa deveprocurada.

Mas,considerando-sequemuitosdossegredosimportantesdamaonariajnenhuma malcia ou de animosidade, que, desde a infausta catstrofe dos templrios, ..Loja,' da Europa, menos ainda da Amrica, soube de algo que devesse pernanecer Loja, oculto. No estando dispostos a ser mal-compreendidos, dizemos nenhwa furiosas da Arte deixando algns irmos escolhidos fora da questo. As denncias por escritores catlicos e Protestantes parecem simplesmente ridculas,

foramdivulgadosporamigoseporinimigos,nopodemosdizer,semsuspeitade

que os nossos como tambm a ahrmao do Abade Barruel de que tudo "indica As Memoirs of franco-maons descendem do Templrios" proscritos em 1314. da primeira Jacobinism\o, escritas por esse Abade, testemunha ocular dos horrores manirevoluo, tratam extensanente dos Rosa-cruzes e de outras fraternidades e apont-los cas. Mas s o fato de remontar os maons modernos aos Templrios demonstra quo como assassinos secretos, perpetradores de homicdios polticos, poucoeleconheciaarespeitodeles,mastambmquoardentementeeledesejava,ao ^-"rrrro para tempo, transformar essas sociedades em bodes expiatrios convenientes25

feitas

As acusaes contra os maons foram em sua maioria meras conjecturas, mera malcia insacivel e difamao premeditada. No se pde aduzir contra eles nenhuma prova conclusiva de culpabilidade. Nem mesmo o seqestro de Morgan se constituiu em matria de conjectura, o caso foi usado na poca como convenincia poltica por politiqueiros. Quando um cadver irreconhecvel foi encontrado no rio Nigara, um dos chefes dessa classe inescrupulosa, ao ser informado de que a identidade era extremamente questionvel, exps descuidadamente todo o cerne dessa conspirao: "Bem, no importa, ere um bom Morgan para depois das ereesr,, Por outro lado, a ordem dos jesutas no s permitiu, em certos casos, mas tambm ensina e incta "Alta Traio e ao Regicdio,,61 , Est diante de ns uma srie de confernc.ias sobre a Franco-maonaria e seus perigos, pronunciadas em 1862, por James Burton Robertson, professor de Histria Moderna na Universidade de Dublin. Nelas, o conferencista cita profusamente como suas autoridades, o j referido Abade Bamrel (um inimigo natural dos maons, que no pde ser apanhado no confessionrio) e Robison, um conhecido maon renegado de 1798. como usual em toda faco, tanto do lado manico quanto do lado antimanico, o traidor do campo oposto saudado com louvao e estmulo e absolvido de toda culpa. euo conveniente, por determinadas razes polticas, o famoso comit da conveno Antimanica de lg30 (Estados unidos) deve ter considerado adotar essa proposio absolutamente jesutica de pufendorf de que "o juramento a nada obriga quando absurdo e impertinente,, e uma outra que ensina que "um juramento no obriga a aceitar o que Deus n-o u""'ru,,62, mbora nenhum homem verdadeiramente honesto possa aceitar essa sofisticaria. Acreditamos sinceramente que a melhor poro da Humanidade sempre ter em mente que existe um cdigo moral de honra que obriga a mais do que um juramento prestado sobre a Bbla, o coro o' os vedas. os essnios nunca juraram sobre nada, mas seus "sins" e "nos" valiam tanto ou mais do que um juramento. Alm disso, parece extraordinariamente estranho encontrar naes que se chamam de crists que instituem costumes em cortes civis e eclesisticas, diametralmente opostos ordem de seu Deus63, que probe claramente qualquer juramento, ..nem pelo cu (. . .) nem pela terra (...) nem pela cabea". parece-nos ser anticristo no sentido pleno da palavra, alm de ser um absurdo, afirmar que "um juramento no obriga se Deus no o aceita" - pois nenhum homem vivo, seja ere falvel ou infarver, pode aprender coisa alguma dos pensamentos secretos de Deus6a. Este argumento J levantado s porque conveniente e explica o assunto. os juramentos nunca tero bra suficiente para que nos unamos enquanto o homem no compreender completamente que a Humanidade , sobre a Terra, a manifestao mais elevada da Divindadesentido de responsabi)tdade pessoal for to grande no homem, que lhe repugne o perjrio como o maior agravo a si mesmo e aos seus semelhantes. Nenhum juramento hoje obriga a nada, a menos que seja tomado por algum que, no o considesuprema Inobservada e que cada homem uma encarnao de seu Deus; e quando o

os crimes e pecados de outra sociedade secreta que, desde o seu surgimento, abrigou mais de um assassino poltico perigoso a Companhia de Jesus. -

rando um juramento, tome-o apenas como palavra de honra. por conseguinte, apoiar-se em autoridades como Barruel e Robison simplesmente obter a confiana pblica sob falsas pretenses. No se trata do "esprito d.a nnlcia manica, em cujo corao so cunhadas as calnias", mas o do clero catlico e dos seus paladinos;26

e o homem que reconciliar

essas duas idias de honra

e perjrio, em qualquer caso,

no digno de confiana. Ruidoso o clamor do sculo

XIX no sentido de reivindicar a preeminncia em

civilizao sobre os sculos precedentes e ainda mais clamorosa a presuno das igrejas e dos seus bajuladores de que o Cristianismo redimiu o mundo do barbarismo e da idolatria. Mas nenhum deles, Igreja e sculo, tm razo, como tentanos provar nestes dois volumes. A luz do Cristianismo serviu apenas para mostrar quanta hipocrisia e quanto vcio os seus ensinamentos trouxeram ao mundo, desde o seu advento, e quo imensamente superiores a ns eram os antigos no conceito de honra65. O clero, ao ensinar o desamparo do homem, sua dependncia em face da Providncia e a doutrina da expiao, desvaneceu nos seus seguidores fis todo tomo de autoconfiana e de auto-respeito. Isso to certo, que se est tornando um axioma o fato de que os homens mais honorveis esto entre os ateus e os chamados "inhis". Hiparco nos conta que, na poca do gentilismo, "a vergonha e a desgraa que resultaram da olao de seu juramento lanalam o infeliz num acesso de loucura e de desespero, que ele cortou sua garganta e morleu por suas prprias mos, e a sua memria foi to odiada aps a sua morte, que o seu corpo repousou sobre a praia da ilha de Samos e no teve outra sepultura seno as areias da praia"66. Mas no nosso sculo vemos noventa e seis delegados da Conveno Antimanica dos Estados Unidos, cada um deles sem dvida um membro de alguma Igreja protestante, que exigem o respeito devido aos homens de honra e Cavalheiros, oferecendo os argumentos mais jesuticos contra a vdade de um juramento manico. O Comit, pretendendo citar a autoridade dos "guias mais distintos da filosofia da moral e solicitando o apoio mais amplo dos inspirados6T (. . .) que escreveram antes que a Franco-maonaria existisse", resolveu que, dado que um juramento era "um convnio entre o homem e o Juiz Todo-Poderoso", e como os maons eram todos infiis e "indignos de confiana civil", ento seus juramentosdeviam ser considerados ilegais e sem obrigao alguma68.

Mas voltaremos a essas Conferncias de Robertson e s suas cagas contra a maonaria. A maior acusao feita contra esta ltima a de que os maons rejeitam um Deus pessoal (acusao apoiada na autoridade de Bam-rel e Robison) e de que eles afirmam possuir um "segredo paa faze os homens melhores e mais felizes do que Cristo, seus apstolos e a Igreja os fizeram". Se essa ltima acusao tivesse algo de verdade, ela permitiria a esperana consoladora de que eles realmente tivessem descoberto o segredo ao se desligarem do Cristo mstico da Igreja e do Jeov oficial. Mas ambas as acusaes so to mciosas, quanto absurdas, comoveremos a seguir.

Ningum deve imaginar que estamos influenciados por qualquer sentimento pessoal em nenhuma de nossas reflexes sobre a Maonaria. Muito-pelo contrrio, proclamamos resolutamente nosso maior respeito pelos propsitos originais da Ordem, que pertencem alguns dos nossos amigos mais valiosos. Nada dizemos contra uma maonaria que poderia existir, mas denunciamos aquilo que ela' graas ao cleo intrigante - catlico e. protestante ', comea a ser. Dizendo ser a mais

absoluta das democracias, ela praticamente o apangio da aristocracia, da riqueza e

da ambio pessoal. Dizendo ser a mestra da verdadeira tica, est reduzida a u1a popaganda da teologia antropomrica. O aprendiz seminu, levado presena do mestre durante a iniciao do primeiro grau, aprende que porta da Loja 27

abandonada toda a distino social e que o irmo mais pobre o par dos outros, sem distino entre um soberano reinante ou um prncipe imperial. Na prtica, a Arte, em todos os pases monrquicos, bajula todo e qualquer herdeiro real que se possa

dignar, para us-lo como instrumento poltico e vestir um dia simblico velocino. A Fraternidade manica desou-se mto dessa direo; podemos julg-lo com as palavras de uma das suas maiores autoridades. John Yarker, Jr., da Ingla-

terra

Swedenborg, e tambm Gro-mestre do Antigo e Primitivo Rito da maonaria, e sabe Deus o qu mais6e - diz que a Maonaria nada perderia "com a adoo de um modelo mais elevado (no pecunirio) de companheirismo e moralidade, com excluso da 'prpura' de todos aqueles que inculcam fraudes, simulao, concesso de graus e outros abusos imorais" (p. 158). E p. 157: "Tal como hoje governada a Fraternidade manica, a Arte est se tornando o paraso do bon vivant; do hipcrita'caridoso', que esquece a verso de So Paulo e decora o seu peito com a Jia da caridade' (tendo obtido a 'prpura' por meio dessa despesa criteriosa, ele desdenha os irmos dotados de mais habilidade e moralidade, embora menos ricos); do fabricante do miservel ouropel manico; do mercador desonesto que trapaceia centenas, e at milhares de vezes, apelando s dceis conscincias daqueles poucos que fazem caso de suas O. B.; e dos 'Imperadores' manicos e de outros charlates que obtm poder ou dinheiro graas s pretenses aristocrticas com que captam a vontade do vulgo - ad captandum vulgus". No nossa inteno expor segredos j h muito tempo apregoados a todo o mundo por maons perjuros, Tudo o que for vital - seja nas representaes simblicas, nas cerimnias rituais, seja nas senhas, empregadas pela Franco-maonaria moderna - sabido das fraternidades orientais, embora no parea haver relao ou conexo entre estas e aquela. Se Ovdio descreve Media "desnuda de braos, peito e pernas e com o p esquerdo em posio descuidada", e se Virgflio, falando de Dido, mostra essa "Rainha (...) determinada morte, com um p descalo, etc."70

-

Guardio Maior da Grande Loja da Grcia, Gro-mestre do Rito

de

-

porque duvidar que no Oriente existam "Patriarcas dos Vedas sagrados" que explicam o esoterismo da teologia hindu e do bramanismo to completamentequanto os "Patriarcas" europeus?

Mas, se alguns maons h que aprenderam um pouco de maonaria esotrica, graas ao estudo de obras cabalsticas e ao trato pessoal com "Irmos" do Oriente remoto, no ocorre a mesma coisa com as centenas de Lojas americanas. Enquanto trabalhvamos neste volume, recebemos imprevistamente, como gentileza de um amigo, um exemplar do volume do Sr. Yarker, do qual citamos acima algumas passagens. Ele excede em erudio e, o que melhor, em conhecmento, como nos parece. extremamente valioso nesse momento, dado que corrobora, em muitos particulares, o que temos dito nesta obra. Assim, lemos o seguinte: "Acreditamos ter estabelecido suficientemente o fato da conexo da Francomaonaria com os outros Ritos Especulativos da Antiguidade, bem como o da antiguidade e da pureza do antigo Rito Templrio ingls de sete graus e o da derivao espria de muitos dos outros ritos"71. Esses maons superiores no devem ser advertidos, embora os peritos o faam, de que chegou a hora de remodelar a maonaria e restaurar os antigos limites, tomados dos sodalcios primordiais, que os fundadores da Franco-maonaria especulativa do sculo28

XVIII

diziam ter incorporado fraternidade. No h segredos

que no tenham sido publicados; a Ordem est degenerando numa convenincia utilizadapa homens egostas e envilecida por homens malvolos. S foi recentemente que a maioria dos membros do Concflio Supremo do Rlto Antigo e Aceito, reunido em Lausanne, justamente revoltada contra a crena blasiseguintes palavras: "A Franco-maonaria proclama, como vem proclamando desde a sua origem, a existncia de um Princpio crador denominado Grande Arquiteto do Universo". Uma pequena minoria protestou contra essa afirmao, dizendo que "a crena fi)n Princpio criador que a Franco-maonaria erige de todo candidato antes que ele atravesse o hmiar, no a crena em Deus" ' Essa confisso no soa como a rejeio de um Deus pessoal. Se tivssemos a menor dvida sobre o assunto, ela seria completamente desfeita pelas palavras do Geral Albert Pike, talvez a maior autoridade da poca, entre os maons anericanos, que se ergue o mais violentamente possvel contra eSSa inovao. Nada melhor doque citar as suas prprias palavras:

fema numa Divindade pessoal investida de atributos humanos, pronunciou

as

"Esse Principe Crateur no um termo novo - trata-se de um antigo termo agora revivido. Os nossos adversrios, numerosos e formidves, diro, e tero o direito de dizer, que nosso Principe Crateur idntico ao Principe Gnrateur dos indianos e dos egpcios e pode ser perfeitamente simbolizado, como era simbolizado antigareente, pelo Linga. (. . ') Aceit-lo, em vez de um Deus pessoal, ABANDONAR O CRISTIANISMO e a adorao de Jeov e voltar a chafurdarnas pocilgas do Paganismo"72.

E as do jesuitismo, por sinal, so mais limpas? "Os nossos adversrios, numerosos e formidveis". Essa frase diz tudo. So os catlicos romanos e alguns pesbiterianos reformados. Em vista do que as duas faces escrevem uma sobre a outra, podemos perguntar qual adversrio tem mais medo do outro. Mas de que vale atacar uma fraternidade que ainda no ousa ter uma crena prpria com medo de suscitar querelas? Se os juramentos manicos significam algo, e se as penadades manicas confinam com o burlesco, podem os adversrios - numerosos ou poucos,frgeis ou fortes - saber o que ocorre na Loja ou passa pelo "irmo terrvel, ou o ladrilheiro, que guarda, com uma espada desembainhada, os portais da Loja"? Existe, ento, um "irmo terrvel", mais formidvel do que o General Boum de Offenbach, com sua pistola fumegante, suas esporas tintilantes e Se penacho alto? Pafa que servem os milhes de homens que compem essa grande fraternidade, que se estende por todo o mundo, Se eles no podem manter-se unidos para desafiar todos os seus adversrios? Ser que o "lao mstico" apenas um cordel de argila e a maonaria apenas um brinquedo que alimenta a vaidade de alguns poucos lderes que se comprazem em ostentar fitas e insgnias? Sua autoridade to falsa quanto a sua antiguidade? Parece, na verdade; mas como "at mesmo as pulgas tm as suaspulgas", h catlicos alarmistas, aqui mesmo, que pretendem assustar a maonaria! Esses mesmos catlicos, com toda a serenidade da sua impudncia tradicional, meaam publicamente a Amrica e seus 500.000 maons e 34.000.000 de protestantes, com a unio da Igreja e do Estado sob a direo de Romal O perigo que ameaa as instituies livres dessa repblica, disseram-nos, vil dos "princpios do Protestantismo logicamente desenvolvidos". Tendo o atual Secretrio da Marinha R. W. Thompson, de Indiana - ousado publicar recentemente, em seu prprio pas protestante, um livro intitulado The Papacy and the civil Power, cuja linguagem29

h mais: um membro representativo da Companhia de Jesus, o Padre F. X, Weninger D. D., despeja sobre a sua devotada cabea um frasco de clera que parece ter sido trazido diretamente das celas vaticanas. "As afirmaes", diz ele, "que o Sr. Thompson tece sobre o antagonismo necessrio entre a Igreja Catlica e as Instituies Livres so caacterizadas por uma ignorncia digna de pena e uma audcia cega. Faltam a ele lgica, histria, senso comum e caridade; ele surge diante do leal povo americano como um beato de inteligncia minguada. Nenhum erudito se aventuraria a repetir essas calnias to batidas que to freqentemente tm sido refutadas. (. . .) Em resposta s suas acusaes contra a Igreja como inimigo da liberdade, digo-lhe que, se este pas se convertesse em um pas catco, ou se os catlicos a chegassem a ser maioria e tivessem o controle do poder poltico, ento ele veria os princpios da nossa Constituio desenvolvidos amplamente; ele veria que esses Estados seriam realnente 'Unidos'. Ele contemplaria um povo vivendo em paz e harmonia, amparado por uma nica f, os coraes das pessoas batendo em unssono com o amor pela ptria, com caridade e indulgncia para com tudo e respeito aos direitos de conscincia mesmo dos seus caluniadores"T3. Em benefcio dessa "Companhia de Jesus", ele aconselha o Sr. Thompson a enviar o seu liwo ao Czar Alexandre II e a Frederico Guilherme, Imperador da Alemanha. Poderia esperar deles, como mostra de suas simpatias, as ordens de Santo Andr e da guia Negra. "De americanos de inteligncia lmpida, que pensam por si mesmos e so patriotas, ele s deveria esperar a condecorao do seu desprezo. Enquanto os coraes americanos baterem nos peitos americanos e o sangue de seus pais correr em suas veias, esforos como o de Thompson no tero sucesso. Os americanos verdadeiros, genunos, protegero a Igreja catlica desse pas e por ltimo se uniro a ela". Depois disso, julgando, como ele parece pensar, ter atirado sobre o cho o cadver de seu antagonista mpio, esvaza a borra da sua garrafa com as seguintes palavras: "Deixamos este livro, cujo argumento acabamos de matar, como uma cacaa a ser devorada pelos desprezveis texanos - essas aves malcheirosas - isto , essa espcie de homens que gostan de se alimentar da corrupo, de calnias e de mentiras e so atrados pelo seu fedor". Essa ltima frase digna de ser anexada como apndice aos Discorsi del Sommo Pontefice Pio IX, de Don Pasquale de Franciscis, imortalizados no desprezo do Sr. Gladstone -Tel matre, tel valetl Moral: Tudo isto ensinar aos escritores imparciais sbrios e cavalheirescos que nem mesmo um antagonista to bem-educado, quanto o Sr. Thompson mostrou ser no seu livro, pode escapar da nica arma disponvel no arsenal catlico - Billingsgate. Toda a argumentao do autor mostra que, embora violento, ele pretende ser justo; mas ele poderia perfeitamente ter atacado com violncia tertuana, que o tratamento recebido no seria pior. Que lhe sirva de consolo o fato de ter sido colocado na mesma categoria dos imperadores e reis cismticos e infiis. Enquanto os americanos, inclusive os maons, esto agora avisados para se prepararem para se unirem Santa Igreja Catlica Apostlica Romana, ns nos comprazemos em saber que h algumas pessoas leais e respeitadas na maonaria que aceitam as nossas opinies. Notvel dentre eles, o Sr. Leon Hyneman P. M., membro da Grande Loja da Pensilvnia, pertenceu por oito ou nove anos ao Masonic30

to moderada quanto cavalheiresca e imparcial, um padre catlico romano de Washington, D. C. - o centro mesmo do Governo - aaca-o com violncia. Porm

l\inor and Keystone e um autor de renome. Ele nos

declara pessoalmente que combateu durante quase trinta anos a tendncia de se erigir em dogma manico a crena num Deus pessoaL Na sua obra Ancient York and London Grand Lodges, ele diz: "A maonaria, em vez de se desenvolver progressivamente com o avano intelectual do conhecimento cientfico e da inteligncia geral, afastou-se dos objetivos originais da fraternidade e se inclina aparentemente para uma sociedade sectria. Isto est evidente (. . .) [na] determinao persistente de no eliminar as inovaes sectrias que foram interpoladas no Ritual. (...) Poderia parecer que a fraternidade manica deste pas to indiferente aos antigos landmarks e costumes da maonaria como o e$tiveram os maons do sculo passado f,liados Grande Loja de Londres"Ta. Foi essa convico que o levou, em 1856, quando Jacques tienne \{arconis de Ngre, Grande Hierofante do Rito de Mnfis, veio Amrica para lhe oferecer a Grande Mestria do Rito dos Estados Unidos e quando o Rio Antigo e Acito lhe ofereceu o 33e Honorrio - a recusar ambos. A Ordem do Templo foi a ltima organrzao secreta europia que, como um corpo, teve em sua posse alguns dos mistrios do Oriente. De fato, existiam no sculo passado (e talvez ainda existam) alguns "Irmos" isolados trabalhando fiel e secretamente sob a direo das irmandades orientais. Mas eles, quando no pertenciam a sociedades europias, invariavelmente se filiavam a elas com objetivos desconhecidos da fraternidade, embora ao mesmo tempo a beneficiassem. Foi atravs deles que os maons modernos aprenderam tudo o que sabem de importante e, tambm, por meio deles que se explica a simiaridade que existe entre os Ritos Especulativos da Antiguidade, os mistrios dos essnios, gnsticos e hindus' Os graus manicos mais elevados e mais antigos provam esse fato. Se esses irmos misteriosos tivessem possudo o segredo das sociedades, eles nunca teriam trocado entre si o segredo, embora em suas mos tais segredos estivessem mais seguros, talvez, do que nas dos maons europeus. Quando alguns destes ltimos eram considerados dignos de se farem ao Oriente, eram instrudos e iniciados secretanente, sem que os outros soubessem uma palavra a mais do que sabiam.

Ningum jamais conseguiu surpreender a atuao dos rosa-cruzes, e, apesar das pretensas descobertas de "cmaras secretas", velrios chamados "T" e de fsseis cavalheiros de lmpadas perptuas, essa associao antiga e os seus verdadeiros objetivos so ainda um mistrio. Pretensos templrios e falsos rosa-cruzes, alm de alguns cabalistas genunos, foram ocasionalmente mortos na fogueira, e alguns tesofos e alquimistas infelizes foram apanhados e submetidos a torturas; confisses enganadoras eram arrancadas deles pelos meios mais ferozes, mas a Sociedade contilua a existir at hoje, como sempre existiu, desconhecida de todos, especialmente do seu inimigo mais cruel - a lgreja. Quanto aos modernos cavalheiros templrios e s Lojas manicas que pretendem descender diretamente dos templrios antigos, a sua perseguio pela Igreja foi uma farsa desde o princpio. Eles no possuam, nem nunca possuram, segredos que fossem perigosos para a Igreja, Ao contrrio - pois, como diz J. G. Findel, "os graus escoceses, ou o sistema templrio, datam de 1735-1740 e, seguindo a tendncia catlica, estabeleceram sua residncia principal no colgio jesuta de Clermont, em Paris, e por isso foram chamados de sistema Clermont". O sistema sueco atual tambm possui alguns elementos templrios, mas est livre da influncia dos jesutas e da interferncia na poltica; todavia, afirma que possui o Testamento de Molay no

3t

original, pois um certo Conde Beaujeu, sobrinho de Molay, sobre o qwl nunca se ouviu nada em parte alguma, transplantou o templarismo Franco-maonaria e, assim, pde erigir para as cinzas do seu tio um sepulcro misterioso. Para provar que tudo isso no passa de uma fbula manica, basta a considerao de que o funeral de Molay foi realizado no dia 11 de maro de 1313, ao passo que ele morreu no dia 19 de maro de 1313... Esse produto esprio, que no nem templarismo genuno, nem Franco-maonaria genuna, nunca deitou razes na Alemanha. Mas o caso foi completamente outro na Frana. . .75 Escrevendo sobre esse assunto, ouamos o que Wilcke76 tem a dizer a respeito de tais pretenses: "Os atuais cavalheiros templrios de Paris pretendem descender diretamente dos antigos cavalheiros e tentam prov-lo por documentos, regulamentaes internas e doutrinas secretas. Foraisse diz que a Fraternidade de franco-maons foi fun-

dada

no Egito, comunicando Moiss o ensino secreto aos israelitas, Jesus aos Apstolos e por este caminho chegou aos cavalheiros templrios. Essas invenes

so necessrias (...) para a afirmao de que os templrios parisienses so a descendncia da antiga ordem. Todas essas asseveraes, que no tm o apoio da histria, foram fabricadas no Alto Capnlo de Clermont [ao amparo dos jesutas] e preservadas pelos templrios parisienses como uma herana deixada pelos revolucionrios poticos, os Stuart e os jesutas". Da que os Bispos Grgotre77 e Mnter78 os apiem.

Entre os tempkrios modernos e antigos no existe, no melhor dos casos, outra analogia seno a adoo de certos ritos e certas cerimnias de carter puranente eclesistico astutamente incorporados pelo clero Grande Ordem antiga. Aps essa desconsagrao, ela foi perdendo gradualmente seu carter primitivo e simples at a sua runa total. Fundada em 1118 pelos cavalheiros Hugues de Payens e Geoffroy de Saint-Adhmar, com o fito nominal de proteger os peregrinos, o seu verdadeiro objetivo era a restaurao do primitivo culto secreto. A verso verdadeira da histria de Jesus e do Cristianismo primitivo foi revelada a Flugues des Payens pelo Grande-Pontfice da Ordem do Templo (da seita nazarena ou joanita), chamado Teocletes, que a ensinou depois a outros cavalheiros da Palestina, dentre os membros mais elevados e mais intelectuais da seita de So Joo, que foram iniciados nos seus mistrios7e. A liberdade de pensamento intelectual e a restaurao de uma religio universal erm seu objetivo secreto. Presos ao voto de obedincia, pobreza e castidade, eles foram no incio os verdadeiros cavalheiros de Joo Baptista, vivendo no deserto e se amentando de mel e gafanhotos. Assim afirma a tradio e a verso cabalstiva verdadeira. um erro afirmar que a Ordem s se tornou anticatlica posteriormente. Ela o era desde o princpio e a cvz vermelha sobre manto branco, a veste da Ordem, tinha a mesma significao para os iniciados de todos os outros pases. Ela apontava para os quatro pontos cardeais do compasso e era o emblema do universoso. Quando, mais tarde, a Irmandade foi transformada numa Loja, os templrios, a im de escapar s perseguies, tinham de realizar as suas prprias cerimnias no maior segredo, geralmente

no salo de alguma corporao, mais freqentemente

em

cavernas isoladas ou choas erguidas no meio de bosques, ao passo que a forma eclesistica de culto era celebrada publicamente nas capelas pertencentes Ordem. Embora fossem infamemente caluniosas muitas das acusaes feitas contra32

ponto de eles por ordem de Felipe IV, os seus pontos principais eram coetos, do atuais, aderindo vista do que considerado como heresia pela Igreja. Os templrios

to estreitamente como fazem Bblia, no podem pretender ser

descendentes

diretos daqueles que no acreditavam em Cristo, seja como homem-Deus, seja como o Salvador do mundo; que rejeitavam o milagre do seu nascimento e os que foram reloperados por ele; que no acreditavam na transubstanciao, nos santos, nas sua opinio' um falso quias sagradas, no purgatrio, etc. O Jesus Cristo era, em profeta, mas o homem Jesus era um lrmo. Consideravam Joo Baptista como seu as patrono, mas nunca o tiveram no conceito em que o tem a Bblia. Revetenciavam e seguiam doutrinas da Alquimia, da Astrologia, da Magia, dos talisms cabalsticos os ensinamentos secretos dos seus chefes do Oriente. "No ltimo sculo", diz Findel, .,quando a Franco-maonaria sups erroneamente ser uma fllha do templarismo, era muito difcil acreditar na inocncia da ordem dos cavalheiros templrios'

Com essa inteno, no s lendas e acontecimentos sem registro foram fabricados dos, mas tambm se tentou sufocar a verdade. os admiradores manicos judicial publicada cavalheiros templrios recolheram todos os documentos da ao

(...)

por Mohldenhauer, porque provavam a culpabilidade da Ordem"81 ' RomaEssa culpabidade consistia em sua "heresia" contra a Igreja catlica os irmos na. Enquanto os "Irmos" verdadeiros moeram de morte ignominiosa, devem esprios formaram uma seqela dos jesutas. os maons sinceros e honestos com sua ascenrejeitar com horror toda relao com eles, deixando-os sozinhosdncia.

..os cavalheiros de So Joo de Jerusalm", escreve o comandante Gourdin,

,,s vezes chamados de cavalheiros hospitaleiros, e os cavalheiros de Malta no eram pois, em maons. Ao contririo, eles parecem ter sido inimigos da Franco.maonaria, XII ser pubcada 1140, o Gro-mestre da ordem de Malta fez a B:ula de clemente

expulsou os lheiros e muitos cidados abandonaram a ilha; e, em 1741, a Inquisio assemblias sob sevefranco-maons de Malta. o Gro-mestre prosceveu as suas por terem ras penalidades e seis cavalheiros foram banidos da ilha, perpetuanente, eles nem mesmo participado de uma reunio. De fato, ao contrrio dos templrios, porruiuln uma forma secreta de recepo. Reghellini afirma que lhe foi impossvel bvia encontrar uma cpia do ritual secreto dos cavalheiros de Malta. tazono havia nenhum!"82

naquela ilha

e proibiu as reunies dos franco-maons. Nesta ocasio alguns cava-

Contudo, o templarismo americano compreende trs graus: 1' cavalheiro trazido cruz vermelha;2, caialheiro templrio; e 3, cavalheiro de Malta. Foi

da da

FranaparaosEstadosUnidoseml80seoprimeiroGrandeAcampamznto de Geral foi organizado a 2I de junho de 1816, com o Governador De witt clinton,Nova York, como Gro-mestre. Se os cavalheiros Essa herana dos jesutas no deve ser motivo de orgulho' escolher entre uma devem templirios desejam tornar aceitveis as suas reivindicaes, ou uma dos templrios "hereges", anticristos, cabsticos e primitivos descendncia sobre a plaunio com os jesutas e estender seus tapetes marchetados diretamente passaro de do transmontanismo! Se no o fizerem, suas reivindicaes no

taforma

pura pretenso. dos To impossvel tornou-se para os criadores da pseudo-ordem eclesistica

dos Stuart' Templrios, inventada, segundo Dupuy' na Frana, pelos partidrios-J -1

evitar ser considerada um ramo da Ordem dos Jesutas, que no nos surpreendemos ao ver um autor annimo, altanente suspeito de pertencer ao Captulo Jesutico de Clermont, publicar uma obra em 1751, em Bruxelas, sobre a ao judicial dos cavalheiros templrios. Nesse volume, em vrias notas mutiladas, em acrscimos e comentrios, ele defende a inocncia dos templrios em face da acusao de "heresia", com o gue tira desses livres-pensadores e mrtires primivos a aurola de respeitoque haviam conquistado.

Essa pseudo-ordem foi instituda em Paris, a 4 de novembro de 1804, em razo de uma Constituio forjada e desde ento "tem contaminado a Franco-maonaria genuna", segundo declaram os maons mais conspcuos. A Carte de transmission (tabula aurea Larmen) apresenta ares de uma antiguidade to extrema, "que Grgoire confessa que, se todas as outras relquias do tesouro parisiense da Ordem no tivessem silenciado zs suas dvidas a respeito de sua descendncia, a viso dessa carta o persuadiria de imediato"83. O primeiro Gro-mestre dessa Ordem espria foi um mdicb em Paris, o Dr. Fabr-Palaprat, que assumiu o nome de Bernard Raymond.

O Conde M. A. Ramsay, um jesuta, f