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INTRODUO

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I NTRODUOA ISO 9000 surgiu h dez anos, fazendo um desafio s empresas que no pretendiam ficar fora do mundo globalizado. A implementao desse conjunto de normas de gesto, padronizadas pela International Organization for Standardization, a ISO, com sede em Genebra, tornou-se cada vez mais necessria para atender a exigncias internacionais de qualidade. Reflexos disso so sentidos diretamente nos produtos e servios, na competitividade e na produtividade. Para obter um certificado IS0 9000, exige-se um grande nmero de formulrios, planilhas e documentos, muitas vezes resultando no engessamento da empresa e na desmotivao de pessoal. "Toda essa burocracia acabou fazendo com que as empresas se perdessem um pouco em meio a tantos documentos a preencher"

I SO 9000A ISO - International Organization for Standardization- um organismo normatizador com sede em Genebra, na Suca. Foi fundado em 1947 e, a partir do final da dcada passada, quando foram criadas as normas da srie 9000 (1987), passou a imperar na Europa e posteriormente em todo o mundo como referncia de excelncia em Sistemas de Qualidade. A ISO tem como objetivo fixar normas tcnicas essenciais de mbito internacional . Aproximadamente 113 pases j adotaram a ISO como norma essencial e, dados recentes, nos mostram que cerca de 95% da produo industrial de todo o planeta so oriundas de pases que adotam as normas ISO srie 9000 como normas oficiais. No mundo inteiro, j so mais de 120.000 certificados emitidos pela ISO, sendo que o Brasil j conta com 1.300 certificados e possivelmente outros tantos em vias de emisso. Como a ISO define regras iguais para todos, as empresas competem igualmente. Apesar do grande nmero de normas da famlia ISO 9000, somente trs delas estabelecem os requisitos mnimos obrigatrios de um Sistema de Qualidade. Estas normas so as chamadas Normas Contratuais:

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ISO 9001, 9002 e 9003, sendo que as empresas so certificadas em uma delas de acordo com a sua atividade comercial. Alguns estudiosos se referem a ISO 9000 como um passo obrigatrio em busca da QUALIDADE TOTAL. Outros j dizem que so atividades distintas, sem elo entre elas. Porm, todos so unnimes em afirmar que a ISO 9000 uma importante ferramenta.

CERTI FI CAO DE CONFORM I DADE DE ACORDO COM AS NORM AS I SO 9000A certificao pode ser de primeira parte quando a prpria empresa atesta que seu sistema de Qualidade atende aos requisitos de uma norma. Pode ser de segunda parte quando o atestado fornecido pelo contratante da empresa que para tal realiza auditorias no sistema de Qualidade da empresa. o caso da certificao de sistemas de Qualidade realizada pela Petrobrs e Telebrs junto com seus fornecedores. A certificao pode ser tambm de terceira parte quando um rgo independente, denominado OCC Organismo de Certificao Credenciado, reconhecido pelo INMETRO (Instituto de Normalizao, Metrologia e Qualidade Industrial), realiza auditorias no sistema de gesto da qualidade da empresa e comprova sua conformidade aos requisitos de uma dada norma da srie ISO 9000. No Brasil existem vrias entidades certificadoras de terceira parte operando no mercado, a maioria delas de origem estrangeira. Tais entidades j concederam um total de 1.650 certificados de conformidade a empresas brasileiras. O sistema da Qualidade da empresa certificado apenas de acordo com as normas ISO 9001, ISO 9002 ou ISO 9003. A empresa certificada de acordo com a norma ISO 9001 quando tem um sistema da qualidade que abrange a concepo e o desenvolvimento do produto, a fabricao e montagem desse produto e a assistncia tcnica ps-entrega. Quando o sistema da Qualidade da empresa abrange apenas a fabricao e montagem do produto e a assistncia tcnica ps-entrega, ela certificada de acordo com a norma ISO 9002. J a certificao ISO 9003 destina-se a empresas que focam seu sistema da qualidade apenas nas inspees e ensaios finais do produto. A norma ISO 9003 uma norma que tende a desaparecer pois no tem o carter preventivo essencial para a gesto da Qualidade. No caso das empresas construtoras, a norma aplicvel a ISO 9002, devendo a empresa definir qual o escopo da sua certificao, ou seja, os produtos e processos para os quais a empresa tem implantado seu sistema da Qualidade e deseja ser certificada por uma OCC. Nesse sentido o escopo de certificao pode ser uma tipologia de obra: obras habitacionais da CDHU ou ter um escopo mais amplo: construo de edifcios, por exemplo.

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A norma ISO 9000 no se presta certificao de sistemas da Qualidade, mas sim ao estabelecimento de diretrizes de uso das demais normas da srie. Tambm a norma ISO 9004 no se destina certificao mas sim ao estabelecimento de orientaes para que as empresas implantem seus sistemas de gesto da Qualidade.

QUALIDADEExistem diversas definies para Qualidade. Algumas pessoas que tentaram uma definio simples chegaram a frases como: Qualidade estar em conformidade com os requisitos dos clientes Qualidade antecipar e satisfazer os desejos dos clientes Qualidade escrever tudo o que se deve fazer e fazer tudo o que foi escrito Segunda a atual norma brasileira sobre o assunto (NBR ISO 8402), qualidade : A totalidade das caractersticas de uma entidade que lhe confere a capacidade de satisfazer s necessidades explcitas e implcitas Esta definio formal exige alguns complementos, principalmente para definir o que so as entidades, as necessidades explcitas e as necessidades implcitas. A entidade o produto do qual estamos falando, que pode ser um bem ou um servio. As necessidades explcitas so as prprias condies e objetivos propostos pelo produtor. As necessidades implcitas incluem as diferenas entre os usurios, a evoluo no tempo, as implicaes ticas, as questes de segurana e outras vises subjetivas. Por exemplo, a qualidade de um prato de comida (a entidade, o produto) est relacionada com a satisfao de necessidades (requisitos) tais como: sabor, aparncia, temperatura, rapidez no servio, preo, higiene, valor nutricional, etc... Para avaliar a qualidade de um produto, voc deve fazer uma lista destas necessidades e analisar cada uma destas necessidades. Qualidade um tema muito discutido e estudado. Na rea de software, h uma urgente necessidade de uma maior preocupao sobre o tema. Qualidade Certificao de Qualidade Qualidade de Produto x Qualidade de Processo Qualidade de Software

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Engenharia de Software Qualidade de Produtos de Software - ISO 9126 Mtricas de Software Guias para a Avaliao da Qualidade - ISO 14598 Qualidade de Pacotes de Software - ISO 12119 Qualidade de Processos A Srie ISO 9000 CMM - Capability Maturity Model PSP - Personal Software Process Processos do Ciclo de Vida do Software - ISO 12207 SPICE - Software Process Improvement and Capability dEtermination - ISO 15504 CERTIFICAO DE QUALIDADE

Um aspecto interessante da qualidade que no basta que ela exista. Ela deve ser reconhecida pelo cliente. Por causa disso, necessrio que exista algum tipo de certificao oficial, emitida com base em um padro. Alguns certificados mais comuns: O selo do SIF de inspeo da carne O selo da ABIC nos pacotes de caf O certificado da Secretaria de Sade para restaurantes (classe "A" so os melhores) A classificao em estrelas dos hotis (hotis com cinco estrelas so timos) Os certificados de qualidade da srie ISO-9000 Existem muitas propagandas de empresas falando de sua certificao ISO-9000. Isto nada mais do que um padro de qualidade (reconhecido mundialmente) pelo qual esta empresa foi avaliada e julgada. Para que seja possvel realizar uma avaliao e um julgamento, necessrio haver um padro ou norma. Existem alguns organismos normalizadores reconhecidos mundialmente: ISO - International Organization for Standardization IEEE - Instituto de Engenharia Eltrica e Eletrnica ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas A norma ISO-9000, por exemplo, foi criada pela ISO para permitir que todas as empresas do mundo possam avaliar e julgar sua qualidade. Existindo um padro nico mundial, uma empresa do Brasil, mesmo no tendo nenhum contato com uma outra empresa na Europa, pode garantir a ela a qualidade de seu trabalho. A Certificao em uma norma ou padro a emisso de um documento oficial indicando a conformidade com esta determinada norma ou padro. claro que, antes da emisso do certificado, preciso realizar todo um processo de avaliao e julgamento de acordo com uma determinada norma. Embora uma empresa possa auto-avaliar-se ou ser avaliada por seus prprios clientes, o termo

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Certificao costuma ser aplicado apenas quando efetuado por uma empresa independente e idnea, normalmente especializada neste tipo de trabalho. No Brasil, o INMETRO o rgo do governo responsvel pelo credenciamento destas instituies que realizam a certificao de sistemas de qualidade. QUALIDADE DO PRODUTO X QUALIDADE DO PROCESSO

Uma das evolues mais importantes no estudo da qualidade est em notar que a qualidade do produto algo bom, mas que qualidade do processo de produo ainda mais importante. Esta descoberta aconteceu durante a prpria evoluo dos conceitos de qualidade, ao longo dos anos. Observe na tabela abaixo como aconteceu esta evoluo:

Inspeo ps-produo 1900 Controle estatstico da produo 1940 Procedimento de produo 1950 Educao das pessoas 1960 Otimizao dos processos 1970 Projeto robusto 1980 Engenharia simultnea

Avalia o produto final, depois de pronto Avalia os subprodutos das etapas de produo Avalia todo o procedimento de produo Avalia as pessoas envolvidas no processo Avalia e otimiza cada processo Avalia o projeto de produo Avalia a prpria concepo do produto1990

Hoje em dia, podemos consultar normas e padres tanto para produtos quanto para processos. Obviamente, os certificados mais valiosos so aqueles que certificam o processo de produo de um produto e no aqueles que simplesmente certificam o produto. Entretanto, comum encontrar empresas que perseguem os dois tipos de padro de qualidade. QUALIDADE DE SOFTWARE

Podemos aplicar as normas de qualidade tambm aos software mesmo que muitas pessoas achem que criar programas uma arte e no tem como encaix-los em alguma norma. Produtos de software so complexos, at mais do que o hardware onde executam Software no tm produo em srie. Seu custo est no projeto e desenvolvimento Software no se desgasta e nem de modifica com o uso O Software invisvel. Sua representao em grafos e diagramas no precisa. A Engenharia de Software ainda no est madura, uma tecnologia em evoluo No h um acordo entre os profissionais da rea sobre o que Qualidade de Software O problema no est no Software em si, mas na forma como as pessoas tem desenvolvido software at os dias de hoje. Atualmente, muitas instituies se preocupam em criar normas para permitir a correta avaliao de

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qualidade tanto de produtos de software quanto de processos de desenvolvimento de software. Apenas para ter uma uma viso geral, observe o quadro abaixo com as principais normais nacionais e internacionais nesta rea: Norma Comentrio ISO 9126 NBR 13596 ISO 14598 ISO 12119Caractersticas da qualidade de produtos de software

Verso brasileira da ISO 9126 Guias para a avaliao de produtos de software, baseados na utilizao prtica da norma ISO 9126 Caractersticas de qualidade de pacotes de software (software de prateleira, vendido com um produto embalado) IEEE P1061 Standard for Software Quality Metrics Methodology (produto de software)

ISO 12207

Software Life Cycle Process. Norma para a qualidade do processo de desenvolvimento de software. Desenvolvimento, Instalao e Assistncia Tcnica (processo)NBR ISO 90003Gesto de qualidade e garantia de qualidade. Aplicao da norma ISO 9000 para o processo de desenvolvimento de software.

NBR ISO 9001 Sistemas de qualidade - Modelo para garantia de qualidade em Projeto,

NBR 10011

ISO Auditoria de Sistemas de Qualidade (processo) CMM Capability Maturity Model.Modelo da SEI (Instituto de Engenharia de Software do Departamento de Defesa dos EEUU) para avaliao da qualidade do processo de desenvolvimento de software. No uma norma ISO, mas muito bem aceita no mercado. ISO Projeto da ISO/IEC para avaliao de processo de desenvolvimento de software. Ainda no uma norma oficial ISO, mas o processo est em andamento.

SPICE 15504

ENGENHARIA DE SOFTWARE A disciplina que vai nos ajuda a entender o processo de desenvolvimento de software a Engenharia de Software. atravs dela que poderemos chegar qualidade. Existe, entretanto, um grande problema a ser resolvido: tecnicamente, ela no existe. O problema que, para que uma disciplina seja considerada realmente uma Engenharia, necessrio atender a alguns requisitos bsicos que a Engenharia de Software, pelos menos at agora, no atende. Veja a definio de Engenharia:

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"A Engenharia deve criar solues com uma relao custo-benefcio adequada para problemas prticos, pela aplicao de conhecimentos cientficos, para construir coisas a servio da humanidade." Dentro destes conceitos, a Engenharia de Software falha principalmente no que diz respeito adequao do custo-benefcio e aplicao, em toda a sua extenso, de conhecimentos cientficos. Atualmente, estes requisitos so atendidos apenas em parte. necessrio definir, portanto, o que exatamente a Engenharia de Software. Veja algumas tentativas de definio: "... a disciplina que integra mtodos, ferramentas e procedimentos para o desenvolvimento de software para computadores." "... uma coleo de processos de gerenciamento, ferramental de software e atividades de projeto para o desenvolvimento de software. " "... um termo usado para referir-se a modelos de ciclo de vida, metodologias de rotina, tcnicas de estimativa de custo, estruturas de documentao, ferramentas de gerenciamento de configurao, tcnicas de garantia de qualidade e outras tcnicas de padronizao da atividade de produo de software."

QUALIDADE DE PRODUTOS DE SOFTWARE - ISO 9126 Quando se pensa em qualidade de um "produto fsico", fcil imaginar padres de comparao, provavelmente ligado s dimenses do produto ou alguma outra caracterstica fsica. Quando se trata de software, como podemos definir exatamente o que a qualidade? Parece difcil... Felizmente, para ns, a ISO (Organizao Internacional de Padres) j pensou bastante sobre o assunto. O suficiente para publicar uma norma que representa a atual padronizao mundial para a qualidade de produtos de software. Esta norma chama-se ISO/IEC 9126 e foi publicada em 1991. Ela uma das mais antigas da rea de qualidade de software e j possui sua traduo para o Brasil, publicada em agosto de 1996 como NBR 13596. Mas, afinal de contas, o que est escrito nesta norma ISO/IEC 9126 ou na NBR 13596? Bem, estas normas listam o conjunto de caractersticas que devem ser verificadas em um software para que ele seja considerado um "software de qualidade". So seis grandes grupos de caractersticas, cada um dividido em algumas subcaractersticas.

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Os nomes dados pelo ISO/IEC para as caractersticas e subcaractersticas so um pouco complexos. Entretanto, uma pessoa que trabalha com software no ter dificuldade em entend-las. Observe na tabela abaixo a lista completa:

Caracterstica Funcionalidade (satisfaz as necessidades?) Confiabilidade ( imune a falhas?) Usabilidade ( fcil de usar?) Eficincia ( rpido e "enxuto"?)

Subcaracterstica Adequao Acurcia Interoperbilidade Conformidade Segurana de acesso Maturidade Tolerncia a falhas Recuperabilidade Intelegibilidade Apreensibilidade Operacionalidade Tempo

Recursos Analisabilidade Modificabilidade M anutenibilidade ( fcil de modificar?) Estabilidade Testabilidade Adaptabilidade Capac. para ser Portabilidade ( facil de usar em instalado outro ambiente?) Conformidade Capac. para substituir

Pergunta chave para a subcaracterstica Prope-se a fazer o que apropriado? Faz o que foi proposto de forma correta? Interage com os sistemas especificados? Est de acordo com as normas, leis, etc.? Evita acesso no autorizado aos dados? Com que freqncia apresenta falhas? Ocorrendo falhas, como ele reage? capaz de recuperar dados em caso de falha? fcil entender o conceito e a aplicao? fcil aprender a usar? fcil de operar e controlar? Qual o tempo de resposta, a velocidade de execuo? Quanto recurso usa? Durante quanto tempo? fcil de encontrar uma falha, quando ocorre? fcil modificar e adaptar? H grande risco quando se faz alteraes? fcil testar quando se faz alteraes? fcil adaptar a outros ambientes? fcil instalar em outros ambientes? Est de acordo com padres de portabilidade? fcil usar para substituir outro?

MTRICAS DE SOFTWARE Embora a atual norma ISO 9126/NBR 13596 enumere as caractersticas e subcaractersticas um software, ela ainda no define como dar uma nota a um software em cada um destes itens. Se voc no est familiarizado com o processo de avaliao de software, pode ter dificuldades em tentar utilizar a norma. Se voc pretende avaliar um software segundo esta norma, deve tentar atribuir valores (como se fossem notas ou conceitos) a cada uma das subcaractersticas. Algumas caractersticas podem ser realmente medidas, como o tempo de execuo de um programa,

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nmero de linhas de cdigo, nmero de erros encontrados em uma sesso de teste ou o tempo mdio entre falhas. Nestes casos, possvel utilizar uma tcnica, uma ferramenta ou um software para realizar medies. Em outros casos, a caracterstica to subjetiva que no existe nenhuma forma bvia de med-la. Ficam, portanto, as questes: como dar uma nota, em valor numrico, a uma caracterstica inteiramente subjetiva? O que representa, por exemplo, uma "nota 10" em termos de "Segurana de Acesso"? Quando se pode dizer que a "Intelegibilidade" de um software pode ser considerada "satisfatria"? Criou-se, ento, uma rea de estudo parte dentro da Qualidade de Software conhecida como Mtricas de Software. O que se pretende fazer definir, de forma precisa, como medir numericamente uma determinada caracterstica. Para avaliar uma determinada subcaracterstica subjetiva de forma simplificada, por exemplo, voc pode criar uma srie de perguntas do tipo "sim ou no". Crie as perguntas de forma tal que as respostas "sim" sejam aquelas que indicam uma melhor nota para a caracterstica. Depois de prontas as perguntas, basta avaliar o software, respondendo a cada pergunta. Se voc conseguir listar 10 perguntas e o software obtiver uma resposta "sim" em 8 delas, ter obtido um valor de 80% nesta caracterstica. Obviamente, a tcnica acima no muito eficiente. Para melhor-la, entretanto, voc pode garantir um nmero mnimo perguntas para cada caracterstica. Alm disso, algumas perguntas mais importantes podem ter pesos maiores. possvel, ainda, criar perguntas do tipo ABCDE, onde cada resposta indicaria um escore diferenciado. Alguns estudiosos sugerem formas diferentes de medir uma caracterstica, baseada em conceitos do tipo "no satisfaz", "satisfaz parcialmente", "satisfaz totalmente" e "excede os padres". Estes conceitos, emboram parecem muito subjetivos, no deixam de ser uma forma eficiente de medir uma caracterstica. Em todos os casos, um fato fica claro: nada ajuda mais a avaliar caractersticas de um software do que um avaliador experiente, que j realizou esta tarefa diversas vezes e em diversas empresas diferentes. Afinal, medir comparar com padres e um avaliador experiente ter maior sensibilidade do que um profissional que acaba de ler uma norma pela primeira vez. Atualmente, a norma ISO/IEC 9126 est sendo revisada. A reviso, que dever estar pronta nos prximos anos, no dever modificar nenhuma das caractersticas bsicas da 9126. A maior modificao ser a incluso de dois documentos adicionais para descrever mtricas externas (relativas ao uso do produto) e mtricas internas (relativas arquitetura do produto). Veja algumas das modificaes previstas para esta reviso: Algumas novas subcaractersticas. Conformidade far parte de todas as caractersticas. Atratividade ser uma subcaracterstica de usabilidade. Capacidade de coexistir ser uma subcaracterstica de

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portabilidade. A norma ser dividida em trs partes. A primeira (9126-1) incluir definies e caractersticas. As duas seguintes descrevero mtricas externas (9126-2) e internas (9126-3). A verso brasileira da reviso desta norma dever ser chamada de NBR 9126-1, 9126-2 e 9126-3, segundo a numerao original da ISO/IEC. GUIAS PARA A AVALIAO DA QUALIDADE - ISO 14598 Todos notaram a necessidade de mais detalhes sobre como avaliar a qualidade de um software. As caractersticas e subcaractersticas da norma ISO/IEC 9126 apenas comearam o trabalho. Faltava definir, em detalhes, como atribuir um conceito para cada item. Afinal, sem uma padronizao, que valor teria uma avaliao? A ISO, consciente deste problema, est finalizando o trabalho em um conjunto de Guias para a Avaliao da Qualidade segundo a norma ISO/IEC 9126. Estes guias descrevem, detalhadamente, todos os passos para que se avalie um software. Embora o trabalho nesta norma ainda no esteja totalmente pronta, j existem informaes detalhadas sobre o que ser esta norma, quando for oficialmente publicada. Esta nova norma trar muitos recursos interessantes aos avaliadores, j que trata o processo de avaliao em grande detalhe. Ela leva em conta a existncia de trs grupos interessados em avaliar um software, o que define os trs tipos bsicos de certificao: Certificao 1a. parte 2a. parte 3a. parte Quem realiza Finalidade

Empresas que Melhorar a qualidade de seu prprio produto desenvolvem software Empresas que adquirem Determinar a qualidade do produto que iro software adquirir Empresas que certificao fazem Emitir documento oficial sobre a qualidade de um software

Esta norma se constituir, na verdade, de seis documentos distintos, relacionados entre si. Veja: Norma/Nome/Finalidade 14598-1 Viso Geral Ensina a utilizar as outras normas do grupo; 14598-2 Planejamento e Gerenciamento Sobre como fazer uma avaliao, de forma geral; 14598-3 Guia para Desenvolvedores Como avaliar sob o ponto do vista de quem desenvolve ; 14598-4 Guia para Aquisio Como avaliar sob o ponto de vista de quem vai adquirir ; 14598-5 Guia para Avaliao Como avaliar sob o ponto de vista de quem certifica;

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14598-6 Mdulos de Avaliao Detalhes sobre como avaliar cada caracterstica; Em resumo, esta nova norma complementar a ISO/IEC 9126 e permitir uma avaliao padronizada das caractersticas de qualidade de um software. importante notar que, ao contrrio da 9126, a 14598 vai a detalhes mnimos, incluindo modelos para relatrios de avaliao, tcnicas para medio das caractersticas, documentos necessrios para avaliao e fases da avaliao. Como um exemplo, observe um modelo de relatrio de avaliao, segundo um anexo da norma 14598-5:

Seo Itens 1 Prefcio Identificao do avaliador Identificao do relatrio de avaliao Identificao do contratante e fornecedor 2 Requisitos Descrio geral do domnio de aplicao do produto Descrio geral dos objetivos do produto Lista dos requisitos de qualidade, incluindo - Informaes do produto a serem avaliadas Referncias s caractersticas de qualidade - Nveis de avaliao 3 Especificao Abrangncia da avaliao. Referncia cruzada entre os requisitos de avaliao e os componentes do produto Especificao das medies e dos pontos de verificao Mapeamento entre a especificao das medies com os requisitos de avaliao 4 - Mtodos e componentes nos quais o mtodo ser aplicado

5 - Resultados da avaliao propriamente ditos Resultados intermedirios e decises de interpretao Referncia s ferramentas utilizadas As normas 14598-1, 14598-4 e 14598-5 j foram publicadas. As demais esto em processo de finalizao. Est sendo feito pela ABNT um trabalho de traduo desta norma (tanto dos itens j publicados quanto das verses preliminares dos itens restantes). Com isso, esta norma ter sua verso brasileira pouco tempo depois do final de sua publicao pela ISO. QUALIDADE DE PACOTES DE SOFTWARE - ISO 12119 Esta norma foi publicada em 1994 e trata da avaliao de pacotes de software, tambm conhecidos como "software de prateleira". Alm de estabelecer os requisitos de qualidade para este tipo de software, ela tambm destaca a necessidade de instrues para teste deste pacote, considerando estes

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requisitos. A norma divide-se em itens, da seguinte forma: Item Descrio 1. Escopo 2. Definies 3. Requisitos de qualidade 3.1. Descrio do Produto Descreve o produto, de forma a ajudar o comprador em potencial, servindo como base para testes. Cada declarao deve ser correta e testvel. Deve incluir declaraes sobre funcionalidade, confiabilidade, usabilidade, eficincia, Manutenibilidade e portabilidade. 3.2. Documentao do usurio Deve ser completa, correta, consistente, fcil de entender e capaz de dar uma viso geral do produto. 3.3. Programas e dados Descreve em detalhes cada uma das funes do software, incluindo declaraes sobre funcionalidade, confiabilidade, usabilidade, eficincia, Manutenibilidade e portabilidade. 4. Instrues para teste 4.1. Pr-requisitos de teste Lista de itens necessrios ao teste, incluindo documentos includos no pacote, componentes do sistema e material de treinamento. 4.2. Atividades de teste Instrues detalhadas sobre os procedimentos de teste, inclusive instalao e execuo de cada uma das funes descritas. 4.3. Registro de teste Informaes sobre como os testes foram realizados, de tal forma a permitir uma reproduo destes testes. Deve incluir parmetros utilizados, resultados associados, falhas ocorridas e at a identidade do pessoal envolvido. 4.4. Relatrio de teste Relatrio incluindo: identificao do produto, hardware e software utilizado, documentos utilizados, resultados dos testes, lista de no conformidade com os requisitos, lista de no conformidade com as recomendaes, datas, etc. Um dos grandes mritos desta norma est na profundidade com que so descritas cada uma das caractersticas e subcaractersticas mencionadas na norma 9126. A norma inclui detalhes que devem estar presentes no produto, tais como: Documentao do usurio de fcil compreenso Um sumrio e um ndice remissivo na documentao do usurio Presena de um Manual de instalao com instrues detalhadas Possibilidade de verificar se uma instalao foi bem sucedida Especificao de valores limites para todos os dados de entrada, que devero ser testados Operao normal mesmo quando os dados informados esto fora dos limites especificados Consistncia de vocabulrio entre as mensagens e a documentao Funo de auxlio (help) com recursos de hipertexto

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Mensagens de erro com informaes necessrias para a soluo da situao de erro Diferenciao dos tipos de mensagem: confirmao, consulta, advertncia e erro Clareza nos formatos das telas de entrada e relatrios Capacidade de reverter funes de efeito drstico Alertas claros para as conseqncias de uma determinada confirmao Identificao dos arquivos utilizados pelo programa Identificao da funo do programa que est sendo executada no momento Capacidade de interromper um processamento demorado Outras caractersticas importante so a nfase nos testes e os modelos de relatrios includos. Tudo isso facilita grandemente o trabalho do avaliador.

QUALIDADE DO PROCESSO DE SOFTWARE Os estudos sobre qualidade mais recentes so na sua maioria voltados para o melhoramento do processo de desenvolvimento de software. No que a qualidade do produto no seja importante, ela . Mas o fato que, ao garantir a qualidade do processo, j se est dando um grande passo para garantir tambm a qualidade do produto. O estudo da Qualidade do Processo de Software uma rea ligada diretamente Engenharia de Software. O estudo de um ajuda a entender e aprimorar o outro. Em ambas as disciplinas, estuda-se modelos do processo de desenvolvimento de software. Estes modelos so uma tentativa de explicar em detalhes como se desenvolve um software, quais so as etapas envolvidas. necessrio compreender cada pequena tarefa envolvida no desenvolvimento. Entre os estudos nesta rea de maior importncia, podemos citar: ISO 9000-3 - Normas para aplicao da srie ISO 9000 em processos de software ISO 12207 - Processos do Ciclo de Vida do Software CMM - Capability Maturity Model PSP - Personal Software Process ISO 15504 - SPICE - Software Process Improvement and Capability dEtermination Modelo Trillium Metodologia Bootstrap Engenharia de Software Cleanroom Dentre os trabalhos na rea de Qualidade de Processo de Software, o nico que realmente norma oficial o ISO 9000-3, que faz parte da srie ISO 9000. Os demais modelos so normas no-oficiais criados por empresas e institutos ou ento so normas em estgio de desenvolvimento. Muitos dos

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modelos esto disponveis na Internet, em texto integral. A SRIE ISO 9000 Esta srie um conjunto de normas da ISO que define padres para garantia e gerenciamento da qualidade. Veja algumas destas normas a seguir: 1) ISO 9001 - Modelo para garantia da qualidade em projeto, desenvolvimento, produo, instalao e assistncia tcnica. 2) ISO 9002 - Modelo para garantia da qualidade em produo e instalao 3) ISO 9003 - Modelo para garantia da qualidade em inspeo e ensaios finais ISO 9000 -1 Diretrizes para escolher entre as normas ISO 9001, 9002 e 9003ISO 9000-3 Orientao para a aplicao da ISO 9001 em Software Entre as normas 9001, 9002 e 9003, a primeira a que mais se adequa ao desenvolvimento e manuteno de software. Como toda norma deste grupo, ela usada para garantir que um fornecedor atende aos requisitos especificados nos diversos estados do desenvolvimento. Estes estgios incluem projeto, desenvolvimento, produo, instalao e suporte. A norma ISO 9000-3 (no confundir com a ISO 9003) traz os roteiros para aplicar a ISO 9001 especificamente na rea de desenvolvimento, fornecimento e manuteno de software. Todas as orientaes giram em torno de uma "situao contratual", onde uma outra empresa contrata a empresa em questo para desenvolver um produto de software. Veja abaixo os processos definidos na ISO 9000-3: Grupo Atividade Estrutura do Sistema de Qualidade Responsabilidade do fornecedor Responsabilidade do comprador Anlise crtica conjunta Atividades do Ciclo de Vida Anlise crtica do contrato Especificao dos requisitos do comprador Planejamento do desenvolvimento Projeto e implementao Testes e validao Aceitao Cpia, entrega e instalao Manuteno Atividades de Apio Gerenciamento de configurao Controle de documentos Registros da qualidade Medio Regras, convenes Aquisio Produto de software includo

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Treinamento O processo de certificao de uma empresa de software segundo as normas ISO 9001 / 9000-3 segue um conjunto de passos bem definidos: 1.A empresa estabelece o seu sistema de qualidade 2.A empresa faz uma solicitao formal a um rgo certificador, incluindo detalhes do negcio da empresa, escopo da certificao solicitada e cpia do manual de qualidade 3.O rgo certificador faz uma visita empresa, colhe mais dados e explica o processo de certificao 4.O rgo certificador verifica se a documentao do sistema de qualidade est de acordo com a norma ISO 5.O rgo certificador envia uma equipe empresa com fins de auditoria. Nesta visita, ser verificado se todos na empresa cumprem o que est documentado no manual de qualidade. 6.O rgo certificador emite o certificado de qualidade 7.O rgo certificador realiza visitas peridicas empresa para assegurar que o sistema continua sendo efetivo ISO 12207 - PROCESSOS DO CICLO DE VIDA DO SOFTWARE Este padro formaliza a arquitetura do ciclo de vida do software, que um assunto bsico em Engenharia de Software e tambm em qualquer estudo sobre Qualidade do Processo de Software. Esta norma possui mais de 60 pginas e detalha os diversos processos envolvidos no ciclo de vida do software. Estes processos esto divididos em trs classes: Processos Fundamentais, Processos de Apoio e Processos Organizacionais.

Veja a lista completa dos processos abaixo: Processos Fundamentais: Incio e execuo do desenvolvimento, operao ou manuteno do software durante o seu ciclo de vida. Aquisio: Atividades de quem um software. Inclui: definio da necessidade de adquirir um software (produto ou servio), pedido de proposta, seleo de fornecedor, gerncia da aquisio e aceitao do software. Fornecimento: Atividades do fornecedor de software. Inclui preparar uma proposta, assinatura de contrato, determinao recursos necessrios, planos de projeto e entrega do software. Desenvolvimento: Atividades do desenvolvedor de software. Inclui: anlise de requisitos, projeto, codificao, integrao, testes, instalao e aceitao do software. Operao: Atividades do operador do software. Inclui: operao do software e suporte operacional aos usurios.

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Manuteno: Atividades de quem faz a manuteno do software. Processos de Apoio Auxiliam um outro processo. Documentao: Registro de informaes produzidas por um processo ou atividade. Inclui planejamento, projeto, desenvolvimento, produo, edio, distribuio e manuteno dos documentos necessrios a gerentes, engenheiros e usurios do software. Gerncia de Configurao: Identificao e controle dos itens do software. Inclui: controle de armazenamento, liberaes, manipulao, distribuio e modificao de cada um dos itens que compem o software. Garantia da Qualidade: Garante que os processos e produtos de software estejam em conformidade com os requisitos e os planos estabelecidos. Verificao: Determina se os produtos de software de uma atividade atendem completamente aos requisitos ou condies impostas a eles. Validao: Determina se os requisitos e o produto final (sistema ou software) atendem ao uso especfico proposto. Reviso Conjunta: Define as atividades para avaliar a situao e produtos de uma atividade de um projeto, se apropriado. Auditoria: Determina adequao aos requisitos, planos e contrato, quando apropriado. Resoluo de Problemas: Analisar e resoluo dos problemas de qualquer natureza ou fonte, descobertos durante a execuo do desenvolvimento, operao, manuteno ou outros processos. Processos Organizacionais: Implementam uma estrutura constituda de processos de ciclo de vida e pessoal associados, melhorando continuamente a estrutura e os processos. Gerncia: Gerenciamento de processos. Infra-estrutura Fornecimento de recursos para outros processos. Inclui: hardware, software, ferramentas, tcnicas, padres de desenvolvimento, operao ou manuteno. Melhoria: Atividades para estabelecer, avaliar, medir, controlar e melhorar um processo de ciclo de vida de software. Treinamento: Atividades para prover e manter pessoal treinado.

A norma detalha cada um dos processos acima. Ela define ainda como eles podem ser usados de diferentes maneiras por diferentes organizaes (ou parte destas), representando diversos pontos de vista para esta utilizao. Cada uma destas vises representa a forma como uma organizao emprega estes processos, agrupando-os de acordo com suas necessidades e objetivos. As Vises tm o objetivo de organizar melhor a estrutura de uma empresa, para definir suas gerncias e atividades alocadas s suas equipes. Existem cinco vises diferentes: contrato, gerenciamento, operao, engenharia e apoio. A ISO/IEC 12207 a primeira norma internacional que descreve em detalhes os processos, atividades e tarefas que envolvem o fornecimento, desenvolvimento, operao e manuteno de produtos de software. A principal finalidade desta norma servir de referncia para os demais

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padres que venham a surgir. Lanada em agosto de 1995, ela citada em quase todos os trabalhos relacionados Engenharia de Software desde ento, inclusive aqueles relativos qualidade. A futura norma ISO 15504 (SPICE), por exemplo, organiza seu trabalho segundo o que est descrito na 12207. A verso brasileira da norma foi encaminhada para votao na ABNT em junho de 1997 e a expectativa da comisso encarregada da traduo que ela se transforme em norma brasileira ainda em 1997. CMM - CAPABILITY MATURITY MODEL Este "Modelo de Maturidade da Capacidade" uma iniciativa do SEI (Software Engineering Institute) para avaliar e melhorar a capacitao de empresas que produzem software. O projeto CMM foi apoiado pelo Departamento de Defesa do Governo dos Estados Unidos, que um grande consumidor de software e precisava de um modelo formal que permitisse selecionar os seus fornecedores de software de forma adequada. Embora no seja uma norma emitida por uma instituio internacional (como a ISO ou o IEEE), esta norma tem tido uma grande aceitao mundial, at mesmo fora do mercado americano. O modelo, publicado em 1992, no extenso e pode ser obtido na prpria Internet com facilidade. O CMM tambm chamado de SW-CMM (Software CMM). Maturidade O CMM um modelo para medio da maturidade de uma organizao no que diz respeito ao processo de desenvolvimento de software. A definio do que "Maturidade" pode ser melhor compreendida atravs da anlise do quadro a seguir: Organizaes maduras Papis e responsabilidades bem definidos Existe base histrica possvel julgar a qualidade do produto Organizaes imaturas Processo improvisado No existe base histrica No h maneira objetiva de julgar a qualidade do produto

A qualidade dos produtos e processos Qualidade e funcionalidade do produto monitorada sacrificadas O processo pode ser atualizado No h rigor no processo a ser seguido Existe comunicao entre o gerente e seu Resoluo de crises imediatas grupo Nveis O CMM classifica as organizaes em cinco nveis distintos, cada um com suas caractersticas prprias. No nvel 1, o das organizaes mais imaturas, no h nenhuma metodologia implementada e tudo ocorre de forma desorganizada. No nvel 5, o das organizaes mais maduras, cada detalhe do processo de desenvolvimento est definido, quantificado e acompanhado e a organizao consegue

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at absorver mudanas no processo sem projudicar o desenvolvimento.

Nvel CMM Descrio 1) I nicial O processo de desenvolvimento desorganizado e at catico. Poucos processos so definidos e o sucesso depende de esforos individuais e hericos. 2) Repetvel Os processos bsicos de gerenciamento de projeto esto estabelecidos e permitem acompanhar custo, cronograma e funcionalidade. possvel repetir o sucesso de um processo utilizado anteriormente em outros projetos similares. 3) Definido Tanto as atividades de gerenciamento quanto de engenharia do processo de desenvolvimento de software esto documentadas, padronizadas e integradas em um padro de desenvolvimento da organizao. Todos os projetos utilizam uma verso aprovada e adaptada do processo padro de desenvolvimento de software da organizao. 4) Gerenciado So coletadas medidas detalhadas da qualidade do produto e processo de desenvolvimento de software. Tanto o produto quanto o processo de desenvolvimento de software so entendidos e controlados quantitativamente. 5) Otimizado o melhoramento contnuo do processo conseguido atravs de um "feedback" quantitativo dos processos e pelo uso pioneiro de ideais e tecnologias inovadoras. Uma empresa no nvel 1 no d garantia de prazo, custo ou funcionalidade. No nvel 2, a empresa j consegue produzir bons softwares, no prazo e a um custo previsvel. O nvel 3 garante um excelente nvel de qualidade, tanto no produto quanto no processo de desenvolvimento como um todo. No h, no mundo, muitas empresas que tenham chegado aos nveis 4 e 5... reas-chave de processo (Key Process Areas ou KPAs) Exceto no nvel 1, todos os nveis so detalhados em reas-chave de processo. Estas reas so exatamente aquilo no que a organizao deve focar para melhorar o seu processo de desenvolvimento de software. Para que uma empresa possa se qualificar em um determinado nvel de maturidade CMM, deve estar realizando os processos relacionados s reas-chave daquele determinado nvel. Todas as reas-chave esto citadas a seguir:

Nvel CMM Foco reas-chave de processo 1) Inicial Pessoas competentes e heris

2) Repetvel Processos de gerenciamento de projetos

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Gerenciamento de requisitos Planejamento do projeto Viso geral e acompanhamento do projeto Gerenciamento de subcontratados Garantia da qualidade do software Gerenciamento de configurao 3) Definido Processos de engenharia e apoio Foco do processo organizacional Definio do processo organizacional Programa de treinamento Gerenciamento de software integrado Engenharia de produto de software Coordenao intergrupos Reviso conjunta 4) GerenciadoQualidade do produto e do processo Gerenciamento quantitativo dos processos Gerenciamento da qualidade de software 5) OtimizadoMelhoramento contnuo do processo Preveno de defeitos Gerenciamento de mudanas tecnolgicas Gerenciamento de mudanas no processo Objetivos das reas-chave de processo O modelo CMM define um conjunto de dois a quatro objetivos para cada rea-chave. Estes objetivos definem aquilo que deve ser alcanado no caso dos processos desta rea-chave serem realmente realizados. Veja a seguir a lista destes objetivos. Nvel CMM reas-chave de processo Objetivos 1) Inicial 2) Repetvel Gerenciamento de requisitos os requisitos do sistema definidos para o software so controlados de forma a estabelecer um perfil mnimo a ser utilizado pela engenharia de software e pela administrao Os planos, produtos e atividades do software so sempre consistentes com os requisitos de sistema definidos para o software Planejamento do projeto Estimativas relativas ao software so documentadas para uso no planejamento e acompanhamento do projeto do software. As atividades de projeto de software e compromissos assumidos so planejados e documentados.

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Grupos e pessoas afetadas concordam com seus compromissos relacionados ao projeto do software. Viso geral e acompanhamento do projeto Resultados reais so acompanhados de acordo do com o planejamento do software Quando os resultados apresentam um significativo desvio do planejamento do software, so tomadas aes corretivas que so acompanhadas at o final do projeto Mudanas nos compromissos assumidos so feitas em comum acordo com os grupos e indivduos afetados Gerenciamento de subcontratados o contratante seleciona subcontratos qualificados O contratante e os subcontratatos esto de acordo no que diz respeito aos compromissos assumidos um com o outro. O contratante e os subcontatados mantm uma comunicao constante O contratante acompanha os resultados reais do subcontratado de acordo com os compromissos assumidos Garantia da qualidade do software as atividades de garantia de qualidade de software so planejadas. A conformidade dos produtos de software e atividades com os padres, procedimentos e requisitos verificada objetivamente. Os grupos e indivduos afetados so informados das atividades de garantia de qualidade de software e de seus resultados. Questes relacionadas no conformidade que no so resolvidas dentro do projeto de software so encaminhadas gerncia geral gerenciamento de configurao as atividades de gerenciamento de configurao so planejadas. Os produtos de trabalho de software so identificados, controlados e esto disponveis. Mudanas nos produtos de trabalho identificados so controladas. Os grupos e pessoas afetadas so informados da situao atual e projetada dos produtos de trabalho de software. 3) Definido Foco do processo organizacional so coordenadas atividades de desenvolvimento e melhoramento do processo de software em toda a organizao Os pontos fortes e fracos do processo de desenvolvimento de software utilizado so identificados, de acordo com um padro de processo. So planejadas atividades de desenvolvimento e melhoramento do processo, a nvel de organizao. Definio do processo organizacional o processo padro de desenvolvimento de software da organizao desenvolvido e mantido. A informao relacionada ao uso do processo padro de desenvolvimento de software coletada, revisada e disponibilizada. Programa de treinamento As atividades de treinamento so planejadas fornecido treinamento para o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos necessrios para realizar o gerenciamento do software e as funes tcnicas. As pessoas no grupo de engenharia de software e outros grupos relacionados a software recebem o treinamento necessrio para realizar as suas funes Gerenciamento de software integrado o processo de software definido para o projeto uma verso adaptada do processo padro de desenvolvimento de software da organizao O projeto planejado e gerenciado de acordo com o processo de desenvolvimento de software

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definido para o projeto Engenharia de produto de software as atividades de engenharia de software so definidas, integradas e consistentemente realizadas para produzir o software. Os produtos de trabalho do software so mantidos consistentes entre si. Coordenao intergrupos todos os grupos de trabalho afetados concordam com os requisitos dos cliente. Todos os grupos de trabalho afetados concordam com os acordos entre os grupos de engenharia Os grupos de engenharia identificam, acompanham e resolvem todas as questes intergrupos. Reviso conjunta atividades de reviso conjunta so planejadas Defeitos nos produtos de trabalho so identificados e removidos. 4) Gerenciado Gerenciamento quantitativo dos processos as atividades de gerenciamento quantitativo dos processos so planejadas. A performance do processo de desenvolvimento de software definido para o projeto controlada quantitativamente. A capacidade do processo desenvolvimento de software padro da organizao conhecida em termos quantitativos. Gerenciamento da qualidade de software As atividades de gerenciamento da qualidade de software do projeto so planejadas. Objetivos mensurveis da qualidade do produto de software e suas prioridades so definidos. O progresso real em direo realizao dos objetivos de qualidade para os produtos de software quantificado e gerenciado. 5) Otimizado Preveno de defeitos as atividades de preveno de defeitos so planejadas As causas comuns de defeitos so procuradas e identificadas As causas comuns de defeitos so priorizadas e sistematicamente eliminadas. Gerenciamento de mudanas tecnolgicas a incorporao de mudanas tecnolgicas planejada Novas tecnologias so avaliadas para determinar seu efeito na qualidade e na produtividade Novas tecnologias adequadas so incorporadas na prtica normal de toda a organizao. Gerenciamento de mudanas no processo o melhoramento contnuo do processo planejado. Toda a organizao participa das atividades de melhoramento do processo de software O padro de processo de software da organizao e os processos de software de cada projeto definido so melhorados continuamente. Caractersticas comuns e prticas-base As caractersticas comuns so itens a serem observados para que se possa verificar a implementao e institucionalizao de cada rea-chave de processo. Elas podem indicar se a rea-chave de processo eficiente, repetvel e duradoura. So cinco as caractersticas comuns no modelo CMM e cada uma possui suas prticas-base a serem realizadas. Caracterstica Comum Descrio Prticas-base relacionadas a Compromisso de realizar Atitutides a serem tomadas pela organizao para garantir que o processo se estabelea e seja duradouro. Estabelecimento de polticas e apadrinhamento de um gerente experiente. Capacidade de realizar Pr-requisitos que devem existir no projeto ou na organizao para implementar o processo de forma competente. Alocao de recursos, definio da estrutura organizacional e de treinamento.

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Atividades realizadas Papis e os procedimentos necessrios para implementar uma rea-chave de processo. Estabelecimento de planos e procedimentos, realizao do trabalho, acompanhamento do trabalho e tomada de aes corretivas, se necessrio. Medies e anlise Necessidade de medir o processo e analisar as medies. Realizao de medies para determinar o estado e a efetividade das atividades realizadas. Implementao com Verificao Passos para garantir que as atividades so realizadas de acordo com o processo estabelecido. Reviso, auditoria e garantia de qualidade. As prticas-chave descrevem as atividades que contribuem para atingir os objetivos de cada reachave do processo. Em geral so descritas com frases simples, seguidas de descries detalhadas (chamadas de subprticas) que podem at incluir exemplos. As prticas-base devem descrever "o que" deve ser feito e no "como" os objetivos devem ser atingidos. O modelo CMM inclui um extenso documento em separado, chamado "Prticas-base para o CMM", que lista todas as prticaschave e subprticas para cada uma das reas-chave de processo. Estrutura Em resumo, o CMM definido em funo de um conjunto de Nveis de maturidade reas-chave de processo Caractersticas comuns Prticas-base

CMM v2.0 At este ponto tnhamos falado da o CMM verso 1.1, que a verso atual. Entretanto, o modelo CMM est sendo revisado. Foi publicado em 20/ago/97 uma segunda verso preliminar (draft B) do novo CMM v2. O SEI (Software Engineering Institute) promete a verso definitiva do novo modelo ainda para 1997. Esta verso promete corrigir e atualizar o modelo atual, alm de compatibiliz-lo com padres (ou propostas de padres) que surgiram aps o lanamento do CMM 1.1, como ISO 9000-3, ISO 12207 e ISO 15504. PSP - PERSONAL SOFTWARE PROCESS O Modelo CMM muito interessante, mas aplica-se mais a grandes empresas de software. O pessoal do Software Engineering Institute (SEI) acabou percebendo que havia a necessidade de definir um modelo mais simples, voltado para pequenas empresas ou at para um nico indivduo. Foi da que surgiu o PSP, que significa "Processo Pessoal de Sofware". Assim como o CMM, no modelo PSP, existem diversos nveis com caractersticas prprias. O

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modelo PSP possui os seguintes nveis:

Nvel Nome Atividades PSP0 PSP0.1 Medio Pessoal Registro de tempo Registro de defeitos Padro de tipos de defeitos Padro de codificao Medida de tamanho Proposta de melhoramento do processoPSP1 PSP1.1 Planejamento Pessoal Estimativa de tamanho Relatrio de testes Planejamento de tarefas Cronogramas PSP2 PSP2.1 Qualidade Pessoal Revises de cdigo Revises de projeto Padres de Projeto PSP3 Processo Cclico Pessoal Desenvolvimento cclico No nvel de Medio Pessoal, voc aprende a registrar o tempo gasto em cada etapa do ciclo do desenvolvimento, registrando ainda os defeitos encontrados. Isto conseguido atravs do uso de formulrios adequados. O nvel PSP0.1 inclui o uso de um padro de codificao, de medidas padronizadas e do formulrio de proposta de melhoramento do processo. No nvel de Planejamento Pessoal, voc aprende a planejar. A idia geral obter a capacidade de estimar quanto tempo levar para realizar uma tarefa baseado nas medies feitas em tarefas semelhantes anteriormente. Neste nvel aprende-se a assumir compromissos que podem realmente ser cumpridos. O nvel PSP1.1 inclui o planejamento de tarefas e a elaborao de cronogramas. No nvel de Qualidade Pessoal voc aprende a lidar com seus erros. Deve-se ter uma idia precisa de quantos erros so cometidos (em mdia) em cada fase do ciclo de desenvolvimento. O modelo PSP mostra que a forma mais adequada para tratar erros evit-los desde a sua origem. Voc deve utilizar os dados sobre defeitos j coletados para criar uma lista de verificao (checklist) a ser utilizada em suas revises de projeto e de cdigo. O nvel PSP2.1 inclui a criao de padres de projeto, bem como mtodos de anlise e preveno de defeitos. O nvel de Processo Cclico Pessoal a ltima etapa do PSP. Neste nvel, o PSP sai do desenvolvimento de pequenos programas para tratar do desenvolvimento de projetos maiores, embora ainda em nvel pessoal. A idia dividir os grandes projetos em pequenos projetos que possam ser tratados no PSP2. Neste caso, o desenvolvimento acontece em passos incrementais.

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O treinamento do PSP realizado atravs de 10 exerccios de desenvolvimento de programas. Alm servirem como exemplos de desenvolvimento, os exerccios propostos pelo treinamento do PSP so pequenos utilitrios que ajudam voc a aplicar o PSP, pois permitem medir o nmero de linhas e objetos nos seus programas, calcular desvio padro, prever intervalos etc.

SPICE - SOFTWARE PROCESS DETERMINATION - ISO 15504

IMPROVEMENT

AND

CAPABILITY

Introduo O SPICE uma norma em elaborao conjunta pela ISO e pelo IEC. Ela constitui-se de uma padro para a avaliao do processo de software, visando determinar a capacitao de uma organizao. A norma visa ainda orientar a organizao para uma melhoria contnua do processo. Ela cobre todos os aspectos da Qualidade do Processo de Software e est sendo elaborada num esforo conjunto de cinco centros tcnicos espalhados pelo mundo (EUA, Canad/Amrica Latina, Europa, Pacfico Norte e Pacfico Sul). Um grupo de estudos da ABNT est participando do processo de desenvolvimento, alm de trabalhar na traduo das verses preliminares da norma para o portugus. O SPICE inclui um modelo de referncia, que serve de base para o processo de avaliao. Este modelo um conjunto padronizado de processos fundamentais, que orientam para uma boa engenharia de software. Este modelo dividido em cinco grandes categorias de processo: ClienteFornecedor, Engenharia, Suporte, Gerncia e Organizao. Cada uma destas categorias detalhada em processos mais especficos. Tudo isso descrito em detalhes pela norma. Alm dos processos, o SPICE define tambm os 6 nveis de capacitao de cada processo, que pode ser incompleto, executado, gerenciado, estabelecido, previsvel e otimizado. O resultado de uma avaliao, portanto, um perfil da instituio em forma de matriz, onde temos os processos nas linhas e os nveis nas colunas. Categorias e Processos Uma das contribuies do modelo SPICE definir em seu modelo de referncia todos os processos envolvidos no desenvolvimento de software, agrupados em categorias. Processo Descrio CUS - Cliente-Fornecedor

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Processos que impactam diretamente os produtos e servios de software na fornecedor para o cliente. CUS.1Adquirir Software CUS.2Gerenciar necessidades do Cliente CUS.3Fornecer Software CUS.4Operar Software CUS.5Prover Servio ao Cliente

ENG - Engenharia Processos que especificam, implementam ou mantm um sistema ou produto de software e sua documentao ENG.1Desenvolver requisitos e o projeto do sistema ENG.2Desenvolver requisitos de software ENG.3Desenvolver o projeto do software ENG.4Implementar o projeto do software ENG.5Integrar e testar o software ENG.6Integrar e testar o sistema ENG.7Manter o sistema e o software SUP - Suporte Processos que podem ser empregados por qualquer um dos outros processos SUP.1Desenvolver a documentao SUP.2Desempenhar a gerncia de configurao SUP.3Executar a garantia da qualidade SUP.4Executar a verificao dos produtos de trabalho SUP.5Executar a validao dos produtos de trabalho SUP.6Executar revises conjuntas SUP.7Executar auditorias SUP.8Executar resoluo de problemas MAN - Gerncia Processos que contm prticas de natureza genrica que podem ser usadas por quem gerencia projetos ou processos dentro de um ciclo de vida de software MAN.1Gerenciar o projeto MAN.2Gerenciar a qualidade MAN.3Gerenciar riscos MAN.4Gerenciar subcontratantes

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ORG - Organizao Processos que estabelecem os objetivos de negcios da organizao ORG.1Construir o negcio ORG.2Definir o processo ORG.3Melhorar o processo ORG.4Prover recursos de treinamento ORG.5Prover infra-estrutura organizacional A norma define detalhes de cada um dos processos mencionados acima. Para cada um deles existe uma definio mais detalhada, uma lista dos resultados da sua implementao bem sucedida e uma descrio detalhada de cada uma das prticas bsicas. Nveis de Capacitao O SPICE, entretanto, no se limita a listar categorias e processos. Seu principal objetivo, na realidade, avaliar a capacitao da organizao em cada processo e permitir a sua melhoria. O modelo de referncia do SPICE inclui seis nveis de capacitao. Cada um dos processos mencionados acima deve ser classificado nestes nveis. Os nveis so descritos a seguir: Nvel Nome Descrio 0 I ncompleto H uma falha geral em realizar o objetivo do processo. No existem produtos de trabalho nem sadas do processo facilmente identificveis. 1 Realizado O objetivo do processo em geral atingido, embora no necessariamente de forma planejada e controlada. H um consenso na organizao de que as aes devem ser realizadas e quando so necessrias. Existem produtos de trabalho para o processo e eles so utilizados para atestar o atendimento dos objetivos. 2 Gerenciado o processo produz os produtos de trabalho com qualidade aceitvel e dentro do prazo. Isto feito de forma planejada e controlada. Os produtos de trabalho esto de acordo com padres e requisitos. 3 Estabelecido o processo realizado e gerenciado usando um processo definido, baseado em princpios de Engenharia de Software. As pessoas que implementam o processo usam processos aprovados, que so verses adaptadas do processo padro documentado. 4 Predizvel o processo realizado de forma consistente, dentro dos limites de controle, para atingir os objetivos. Medidas da realizao do processo so coletadas e analisadas. Isto leva a um entendimento quantitativo da capacitao do processo a uma habilidade de predizer a realizao. 5 Otimizado a realizao do processo otimizada para atender s necessidade atuais e futuras do negcio. O processo atinge seus objetivos de negcio e consegue ser repetido. So estabelecidos objetivos quantitativos de eficcia e eficincia para o processo, segundo os objetivos da organizao. A monitorao constante do processo segundo estes objetivos conseguida obtendo feedback

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quantitativo e o melhoramento conseguido pela anlise dos resultados. A otimizao do processo envolve o uso piloto de idias e tecnologias inovadoras, alm da mudana de processos ineficientes para atingir os objetivos definidos. Os 9 manuais do SPICE Esta norma se constituir de um conjunto de 9 manuais, totalizando quase 400 pginas, baseado na atual verso preliminar (draft). Recentemente, os trabalhos do SPICE evoluram bastante. Os otimistas acreditam que a norma sair dentro de mais um ou dois anos. Tecnicamente, o trabalho pode alongar-se at o ano de 2001.

Podemos entender que as normas para garantia da qualidade muito importante para as empresas que querem disputar o mercado. Uma vez que a empresa esta certificada ela pode concorrer com outras empresas, tambm certificadas, pois apresentam as mesmas conformidades. Quando falamos em qualidade em informtica torna-se um pouco difcil pois as pessoas entendem que programar uma arte e no deve ter padres a serem seguidos. Conclumos que isso no verdade, pois existem vrias normas para qualidade do software.

CONCLUSO

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