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CURSO DE PORTUGUÊS – TRE/SC Prof. Odiombar Rodrigues www.pontodosconcursos.com.br Página 1 de 38 TRE/SC Cargo – Técnico Judiciário – Área administrativa Nível – Médio Banca – Consultec Sumário Apresentação ..................................................................................... 1 Programa........................................................................................... 3 Questões comentadas ......................................................................... 4 IBFC – Fundação Hemominas – Administrador – 2013 (superior) ........... 4 A pipoca....................................................................................... 4 Gabarito..................................................................................... 14 Questões de revisão .......................................................................... 14 CONSULTEC – PM Fagundes/PB – Médico – 2009 - Superior ................ 14 A internet e o sintoma contemporâneo........................................... 14 Aspectos teóricos .............................................................................. 21 Abordagem de texto ....................................................................... 21 Ideia Central ................................................................................. 23 Conclusão ........................................................................................ 24 Índice remissivo ............................................................................... 24 Relação de questões sem comentários................................................. 26 IBFC – Fundação Hemominas – Administrador – 2013 (superior) ......... 26 CONSULTEC – PM Fagundes/PB – Médico – 2009 - Superior ................ 32 Apresentação Olá pessoal Este é um curso de Língua Portuguesa voltado para o concurso do TRE/SC. Um curso desta natureza tem mais foco em cada assunto do programa do edital e permite aprofundamento maior, mas tudo isto depende do seu engajamento em nosso projeto. Todas as provas estudadas são de nível superior. O programa do edital é muito amplo, mas as poucas provas analisadas revelam a recorrência de determinados pontos.

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    TRE/SC

    Cargo Tcnico Judicirio rea administrativa

    Nvel Mdio

    Banca Consultec

    Sumrio Apresentao ..................................................................................... 1

    Programa........................................................................................... 3

    Questes comentadas ......................................................................... 4

    IBFC Fundao Hemominas Administrador 2013 (superior) ........... 4

    A pipoca ....................................................................................... 4

    Gabarito..................................................................................... 14

    Questes de reviso .......................................................................... 14

    CONSULTEC PM Fagundes/PB Mdico 2009 - Superior ................ 14

    A internet e o sintoma contemporneo ........................................... 14

    Aspectos tericos .............................................................................. 21

    Abordagem de texto ....................................................................... 21

    Ideia Central ................................................................................. 23

    Concluso ........................................................................................ 24

    ndice remissivo ............................................................................... 24

    Relao de questes sem comentrios................................................. 26

    IBFC Fundao Hemominas Administrador 2013 (superior) ......... 26

    CONSULTEC PM Fagundes/PB Mdico 2009 - Superior ................ 32

    Apresentao

    Ol pessoal

    Este um curso de Lngua Portuguesa voltado para o concurso do TRE/SC. Um curso desta natureza tem mais foco em cada assunto do programa do edital e permite aprofundamento maior, mas tudo isto depende do seu engajamento em nosso projeto. Todas as provas estudadas so de nvel superior. O programa do edital muito amplo, mas as poucas provas analisadas revelam a recorrncia de determinados pontos.

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    Estamos iniciando um novo trabalho: vocs o estudo para o concurso e eu a elaborao deste curso que dever auxili-los na dura tarefa de estudar para a prova. O incio de cada curso sempre complicado, pois o momento de estabelecermos as bases de todo o trabalho. Por tal razo, inicio com algumas propostas, espero que deem retorno atravs do frum.

    Uma palavrinha sobre a banca. Pelas provas que analisei, apenas duas e antigas, pude perceber que ela bem tradicional, voltada para a gramtica normativa. Para aqueles que saram h pouco do ensino mdio, com lingustica de texto ou teorias comunicativas, encontraro alguma dificuldade, pois no esto acostumados com o sistema lingustico de forma normativa. Este aspecto no um problema, pois h mais segurana nos estudos gramaticais do que no modo amplo da lingustica de texto.

    A utilizao das provas ocorre de duas formas: a) atravs de questes comentadas e b) atravs de questes de reviso que objetivam levar para o frum as discusses. No frum temos a possibilidade de fazer comentrios especficos sobre as dificuldades de cada um.

    Os mdulos esto organizados da seguinte maneira: Um sumrio que contm todas as partes do texto, facilitando a localizao dos contedos. No final h um ndice remissivo que localiza os comentrios das questes, partindo do assunto abordado. um modo de organizar o material a fim de facilitar o estudo de cada um. Como exposto acima, temos questes comentadas e questes de reviso, no final h uma seo destinada reviso dos aspectos tericos. Por fim, h uma relao de todas as questes sem comentrios a fim de permitir estudos posteriores.

    Vamos nos conhecer um pouco. Inicio falando sobre mim. Sou professor h mais de 40 anos! (sim no estou blefando....). Trabalho com o Ponto dos Concursos h 5 anos (+ou-), j tendo produzido mais de 30 cursos. uma experincia da qual me orgulho.

    Nasci em Santa Maria (RS), fiz graduao na UFSM e pela mesma universidade aposentei-me como professor de portugus em 2000. Hoje resido em Canoas (RS). Meu hobby fotografia e viagens. So duas diverses afins...... viajar e fotografar. Com certeza, utilizo parte do meu tempo livre para ler, o que natural para um professor de portugus. Acredito que estas informaes sejam suficientes. Agora, aguardo a palavra de vocs, contando um pouco de cada um.

    Feita a minha apresentao e no aguardo da de vocs, inicio uma exposio sobre o nosso curso. Ele composto por oito mdulos, sendo este de apresentao e mais sete de contedos. O programa o mesmo do edital, apenas com algumas alteraes de ordem a fim de facilitar a abordagem dos aspectos tericos.

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    Programa

    Mdulo 00

    Interpretao de textos.

    Sinnimos, antnimos e homnimos

    Mdulo 01

    Ortografia oficial.

    Acentuao grfica.

    Separao de slabas.

    Ocorrncia de crase

    Mdulo 02

    Classes de palavras: substantivo, adjetivo, verbo, artigo, preposio, advrbio, conjuno, numeral e pronomes.

    Mdulo 03

    Pronomes: colocao, uso, formas pronominais de tratamento.

    Flexo nominal e verbal.

    Mdulo 04

    Estrutura do vocbulo: radicais e afixos.

    Formao de palavras: composio e derivao

    Mdulo 05

    Concordncia nominal e verbal.

    Emprego de tempos e modos.

    Vozes do verbo.

    Mdulo 06

    Regncia nominal e verbal.

    Mdulo 07

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    Termos da orao.

    Tipos de sujeito.

    Estrutura do perodo: coordenao e subordinao.

    Questes comentadas

    Tenho dificuldade para conseguir provas desta banca, o que tenho uma prova de 2009 e outra de 2001, so muito antigas, inclusive anteriores reforma ortogrfica. Pela prova de 2009 que incluo neste mdulos como reviso, vocs podem perceber que a banca preza questes de grafia.

    Para tornar nosso curso mais atualizado, busquei uma prova do IBFC que tem estrutura muito parecida com a Consultec. Caso vocs tenham provas mais recentes desta banca, postem no frum que terei prazer em coment-las.

    Vamos nossa prova de hoje.

    IBFC Fundao Hemominas Administrador 2013 (superior)

    A pipoca

    Rubem Alves

    A culinria me fascina. De vez em quando eu at me atrevo a cozinhar. Mas o fato que sou mais competente com as palavras do que com as panelas.

    Por isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-me a algo que poderia ter o nome de "culinria literria". J escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nobis, picadinho de carne com tomate, feijo e arroz, bacalhoada, sufls, sopas, churrascos.

    Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poticofilosfico a uma meditao sobre o filme A Festa de Babette, que uma celebrao da comida como ritual de feitiaria. Sabedor das minhas limitaes e competncias, nunca escrevi como chef. Escrevi como filsofo, poeta, psicanalista e telogo porque a culinria estimula todas essas funes do pensamento.

    As comidas, para mim, so entidades onricas.

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    Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu.

    A pipoca, milho mirrado, gros redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimenses metafsicas ou psicanalticas. Entretanto, dias atrs, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas ideias comearam a estourar como pipoca. Percebi, ento, a relao metafrica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisvel.

    A pipoca se revelou a mim, ento, como um extraordinrio objeto potico. Potico porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se ps a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela. Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem. Para os cristos, religiosos so o po e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, s vida, sem alegria, no vida...). Po e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas.

    Lembrei-me, ento, de lio que aprendi com a Me Stella, sbia poderosa do Candombl baiano: que a pipoca a comida sagrada do Candombl...

    A pipoca um milho mirrado, subdesenvolvido. Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos grados aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato que, sob o ponto de vista de tamanho, os milhos da pipoca no podem competir com os milhos normais. No sei como isso aconteceu, mas o fato que houve algum que teve a ideia de debulhar as espigas e coloc-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os gros amolecessem e pudessem ser comidos.

    Havendo fracassado a experincia com gua, tentou a gordura. O que aconteceu, ningum jamais poderia ter imaginado.

    Repentinamente os gros comearam a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinrio era o que acontecia com eles: os gros duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que at as crianas podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, ento, de uma simples operao culinria, em uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianas. muito divertido ver o estouro das pipocas!

    E o que que isso tem a ver com o Candombl? que a transformao do milho duro em pipoca macia smbolo da grande

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    transformao porque devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca no o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos ns: duros, quebra-dentes, imprprios para comer, pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa voltar a ser crianas! Mas a transformao s acontece pelo poder do fogo.

    Milho de pipoca que no passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre.

    Assim acontece com a gente. As grandes transformaes acontecem quando passamos pelo fogo. Quem no passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. So pessoas de uma mesmice e dureza assombrosa. S que elas no percebem. Acham que o seu jeito de ser o melhor jeito de ser.

    Mas, de repente, vem o fogo. O fogo quando a vida nos lana numa situao que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pnico, medo, ansiedade, depresso sofrimentos cujas causas ignoramos. H sempre o recurso aos remdios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformao.

    Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, l dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela no pode imaginar destino diferente. No pode imaginar a transformao que est sendo preparada. A pipoca no imagina aquilo de que ela capaz. A, sem aviso prvio, pelo poder do fogo, a grande transformao acontece: PUF!! e ela aparece como outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.

    Na simbologia crist, o milagre do milho de pipoca est representado pela morte e ressurreio de Cristo: a ressurreio o estouro do milho de pipoca. preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro.

    "Morre e transforma-te!" dizia Goethe.

    Em Minas, todo mundo sabe o que piru. Falando sobre os pirus com os paulistas, descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozao minha, que piru palavra inexistente. Cheguei a ser forado a me valer do Aurlio para confirmar o meu conhecimento da lngua. Piru o milho de pipoca que se recusa a estourar.

    Meu amigo William, extraordinrio professor pesquisador da Unicamp, especializou-se em milhos e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicao

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    cientfica para os pirus. Mas, no mundo da poesia, as explicaes cientficas no valem.

    Por exemplo: em Minas "piru" o nome que se d s mulheres que no conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: "Fiquei piru!" Mas acho que o poder metafrico dos pirus maior.

    Pirus so aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que no pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.

    Ignoram o dito de Jesus: "Quem preservar a sua vida perd-la-". A sua presuno e o seu medo so a dura casca do milho que no estoura. O destino delas triste. Vo ficar duras a vida inteira. No vo se transformar na flor branca macia. No vo dar alegria para ningum. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os pirus que no servem para nada. Seu destino o lixo.

    Quanto s pipocas que estouraram, so adultos que voltaram a ser crianas e que sabem que a vida uma grande brincadeira...

    "Nunca imaginei que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu".

    1) Quanto ideia central do texto, assinale a alternativa correta:

    a) A intencionalidade discursiva do autor divagar sobre a culinria e a origem da pipoca.

    b) A pipoca usada como metfora para a transformao de pessoas fisicamente feias em bonitas.

    c) O autor emprega a palavra piru para pessoas duras que no se transformam em algo melhor.

    d) O autor considera que s as pessoas no religiosas tornam-se pirus.

    Comentrio Interpretao de texto -

    Um fato interessante que esta banca prioriza textos longos, mas pouco explorados na prova. Havendo, inclusive, questes sem relao com o texto.

    Os comentrios abrangem todas as alternativas, no s as corretas, pois, muitas vezes, aprendemos mais com o erro do que com o acerto.

    O enunciado da questo fala em ideia central, portanto, refere-se intencionalidade do autor ao produzir o texto.

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    A A pipoca entre no texto como elemento ilustrativo, a fim de mostrar um paralelo entre as pessoas que se renovam e as que permanecem piru. No resposta correta.

    B O texto no faz referncia beleza das pessoas. O paralelo traado (processo metafrico) em relao resistncia das pessoas em mudar de estado. No correta.

    C Esta a correta, pois o texto fala nas pessoas que so duras como piru, isto , resistentes transformao.

    D Esta alternativa est totalmente fora do texto, a questo religiosa no discutida, portanto errada tambm.

    2) Assinale a alternativa que indica outra forma correta de se reescrever o perodo abaixo:

    Lembrei-me, ento, de lio que aprendi com a Me Stella.

    a) Me lembrei, ento, de lio que aprendi com a Me Stella.

    b) Lembrei, ento, a lio que aprendi com a Me Stella.

    c) Lembrei-me, ento, lio que aprendi com a Me Stella.

    d) Lembrei, ento, de lio que aprendi com a Me Stella.

    Comentrio Regncia verbal -

    O nosso trabalho gradual, mas no deixamos de comentar as questes que surgem, abordando assuntos fora do proposto pelo mdulo. Neste caso, temos uma questo de regncia verbal, assunto que vamos tratar no mdulo 07. Aqui vamos apenas comentar a questo e a discusso terica vir mais tarde no mdulo apropriado. Deste modo, o nosso comentrio referente ao verbo empregado.

    A questo apresenta o verbo lembrar que transitivo direto.

    A Nesta alternativa aparece a preposio de antes de lio, por isso no pode ser a alternativa correta. Alm do mais, a frase apresenta um erro de colocao pronominal, pois inicia com o pronome oblquo me.

    B Agora o verbo lembrar tem objeto direto lembrei (...) a lio. Esta a correta.

    C O verbo lembrar pode ser pronominal, no sentido de recordar-se, mas, neste caso, exige a preposio de. A frase ficaria correta se fosse: Lembrei-me, ento da lio.... errada a construo, no serve como resposta.

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    D Como vimos acima, o verbo lembrar transitivo direto, portanto no pode ter preposio antes de lio. Errada a alternativa.

    3) Considere o perodo abaixo:

    No sei como isso aconteceu, mas o fato que houve algum que teve a ideia de debulhar as espigas e coloc-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os gros amolecessem e pudessem ser comidos.

    O pronome isso refere-se:

    a) Ao fato de haver milhos mirrados.

    b) Ao modo como foi inventada a pipoca.

    c) Ao sentido religioso da pipoca.

    d) Aos gros que no estouram no fogo.

    Comentrio Referenciao -

    A referenciao um assunto muito importante e diz respeito s relaes dos termos na frase. Aqui, necessitamos identificar o elemento referencial para o pronome isso.

    Sempre que surge uma questo desta natureza, no deixem de retomar o texto e conferir a substituio.

    A Qual o fato que aconteceu? Foi uma pessoa substituir a gua pelo leo e perceber a transformao da pipoca. Os milhos mirrados no aconteceram pela experincia, eles j o eram antes do processo. No serve como resposta correta.

    B O que aconteceu foi o processo pelo qual a pipoca foi transformada. A passagem do milho para a pipoca que foi o acontecimento. Esta a alternativa correta.

    C O sentido religioso apenas um dos exemplos do texto, mas no o fato transformador da pipoca. No correta.

    D Os gros que no estouraram so as pirus, mas isto no o acontecimento. O importante da experincia so os que se transformaram em pipoca. No a resposta correta.

    4) Assinale a alternativa que indica corretamente a classe gramatical da palavra destacada no trecho abaixo:

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    Mas o extraordinrio era o que acontecia com eles: os gros duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que at as crianas podiam comer.

    a) Substantivo.

    b) Adjetivo.

    c) Advrbio.

    d) Verbo.

    Comentrio Classe gramatical -

    A questo exige o conceito de classe gramatical. O problema o candidato confundir classe gramatical com funo sinttica. A classe corresponde posio da palavra dentre as categorias como substantivo, adjetivo, pronome, verbo, advrbio etc. A funo sinttica refere-se posio assumida pela palavra na frase. Vejamos alguns exemplos:

    O candidato estuda para a prova. O o :

    a) Classe gramatical artigo, masculino, singular

    b) Funo sinttica adjunto adnominal.

    Eu canto uma linda cano.

    O canto do pssaro melodioso.

    A palavra canto, nos dois casos a mesma, mas no primeiro caso verbo e no segundo substantivo, como classe gramatical. Como funo sinttica, no primeiro caso a palavra predicado verbal e no segundo sujeito.

    Vamos ao caso da questo. A expresso os gros duros quebra-dentes tem dois adjetivos que qualificam o termo gro: ser duro e quebrar-dentes, ambos so adjetivos.

    A -

    5) Considere as oraes abaixo:

    I. Nesta semana, eu j tinha chegado tarde ao escritrio.

    II. Ele deixou claro a sua opinio.

    De acordo com a norma culta,

    a) somente I est correta.

    b) somente II est correta.

    c) I e II esto corretas.

    d) nenhuma est correta.

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    Comentrio Concordncia nominal -

    A grande maioria das questes desta banca deste tipo. O candidato deve prestar ateno aos dois enunciados. Vamos examinar cada um e descobrir a alternativa correta.

    I Esta frase est correta, observem que o verbo chegar est acompanhado da preposio a chegado tarde ao escritrio.

    II Agora vamos observar o seguinte: O que que fica claro? Todos concordam que a opinio. A palavra opinio do gnero feminino, portanto o adjetivo deve concordar: Ele deixou clara a sua opinio. Est errada a construo.

    Como temos apenas a I como correta, a alternativa escolhida deve ser a a.

    6) Assinale a alternativa em que a palavra deve ser obrigatoriamente acentuada:

    a) Publica.

    b) Ironia.

    c) Malefico.

    d) Analise.

    Comentrio Acentuao. -

    Esta questo oferece uma dificuldade. As palavras publica e analise, podem ser: verbo (publica, analisa) ou adjetivo (pblica) e substantivo (anlise). O problema fica resolvido pela ordem da questo que exige obrigatoriamente acentuada, ora apenas a palavra malfico no tem alternativa, s pode ser o adjetivo.

    uma questo muito simples, mas com este complicador. Quem no prestar ateno ao detalhe da obrigatoriedade, vai ficar confuso, pois pblica, malfico e anlise so formas corretas. Esta questo, resolvemos com um comentrio nico, mas mais extenso.

    7) Considere o perodo e as afirmaes abaixo.

    A adoo de projetos bem elaborados fazem-se necessrios para o bem da comunidade.

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    I. H um erro de concordncia nominal.

    II. H um erro de concordncia verbal.

    Est correto o que se afirma em

    a) somente I.

    b) somente II.

    c) I e II.

    d) nenhuma.

    Comentrio Concordncia nominal e verbal - -

    Vamos examinar a frase para percebermos os erros. Primeiro observemos que o ncleo do sujeito da forma verbal fazem-se a palavra adoo feminino singular. Como singular, a concordncia verbal deve ser faz-se. O adjetivo necessrio refere-se palavra adoo, portanto deve estar no feminino singular, tambm, por isso a concordncia est errada.

    A frase correta : A adoo de projetos bem elaborados faz-se necessria para o bem da comunidade. Como as duas afirmativas so corretas a alternativa escolhida a c.

    8) Considere o perodo e as afirmaes abaixo:

    O jovem aspirava em seus sonhos, uma vida muito confortvel.

    I. A pontuao est correta.

    II. H um problema de regncia verbal.

    Est correto o que se afirma em

    a) somente I.

    b) somente II.

    c) I e II.

    d) nenhuma.

    Comentrio Pontuao e Regncia verbal - -

    I A pontuao no est correta, pois a expresso em seus sonhos est intercalada entre o verbo e o objeto direto, portanto falta uma vrgula aps a palavra aspirava O jovem aspirava, em seus sonhos, uma vida muito confortvel. A I uma afirmativa errada.

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    II O verbo aspirar tem duas regncias: no sentido de cheirar transitivo direto, mas no sentido de almejar, desejar transitivo indireto, deve ser acompanhado de preposio. A frase tem sentido de desejar, portanto deve apresentar preposio: O jovem aspirava, em seus sonhos, a uma vida muito confortvel. A afirmativa II correta, pois prev erro de regncia verbal.

    Como apenas a II correta, a alternativa escolhida a b.

    9) Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas:

    No diga ____ ela que eu fui ______ academia.

    a) a

    b) a a

    c)

    d) a

    Comentrio Crase -

    Vamos examinar os dois espaos: O primeiro no pode ter crase, pois o que segue um pronome pessoal reto. No se usa crase diante deste tipo de pronome. Com esta explicao, temos de decidir apenas entre as alternativas a e b.

    O segundo espao traz o verbo ir que exige preposio a, como a palavra academia do gnero feminino e singular, devemos usar a crase. Os espaos so corretamente preenchidos da seguinte forma: No diga a ela que eu fui academia.

    Conclumos, portanto, que a letra a a correta.

    10) Considere o perodo e as afirmaes abaixo:

    Meu amigo, nunca encontrei-o to preocupado!

    I. A colocao pronominal est incorreta.

    II. A pontuao est correta.

    Est correto o que se afirma em

    a) somente I.

    b) somente II.

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    c) I e II.

    d) nenhuma.

    Comentrio Colocao pronominal e pontuao - -

    I O pronome oblquo o est mal colocado, pois deveria estar logo aps o advrbio nunca. Os advrbios de negao obrigam a prclise. A afirmativa I verdadeira.

    II A pontuao no apresenta problema.

    Sendo assim a alternativa correta a opo c.

    Gabarito 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 C B B B A C C B A C

    Questes de reviso

    Agora vamos s questes de reviso. Observem que esta prova tem a mesma estrutura da anterior, o que indica que as bancas tm uma certa semelhana.

    Resolvam cada questo, observem o gabarito e entrem no frum, principalmente para descobrirmos o porqu dos erros de cada um. Atravs deste procedimento possvel tornarmos o curso bem mais particularizado.

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    A internet e o sintoma contemporneo

    Reinaldo Pamonet Psicanalista-membro da Escola Brasileira de

    Psicanlise Membro da Associao Mundial de Psicanlise (Paris)

    Freud, em 1930, no seu famoso trabalho O mal-estar na civilizao, denunciava a difcil relao do homem consigo mesmo e com o seu semelhante, evocando a, o que em 1960, Jacques Lacan, psicanalista francs, chamou os impasses do sujeito com o real.

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    O real o que pe questes para todo sujeito, aquilo com o qual o sujeito no consegue harmonizar-se. O real tem como representantes mximos na cultura, o sexo e a morte. O real um limite. Diante do real, h sempre uma impossibilidade a ultrapassar.

    No Mal-estar na civilizao, Freud convoca os psicanalistas a se ocuparem do mal-estar do homem no mundo civilizado e a se interessarem pela subjetividade contempornea. E, em 1953, Lacan, fiel seguidor de Freud, vai nos dizer que a psicanlise tem um papel a desempenhar na direo da subjetividade moderna, papel esse que somente poder ser garantido, ajustando a psicanlise s novas invenes da cincia.

    Sabemos da grande atrao que o novo, a novidade exerce sobre o homem. grande o interesse do homem pelos novos objetos da cincia, pelas rpidas, interessantes e atraentes invenes da cincia, pelos objetos modernos que o discurso capitalista no para de inventar.

    Na srie dos novos objetos da cincia, vamos refletir sobre o uso do computador, refletir sobre a relao do sujeito com esse objeto top de linha que proporcionou ao homem comunicar-se separado do vivo da palavra e nos permitiu acesso a um mundo virtual via Internet. A Internet til, engenhosa e eficaz para o sujeito engajado na modernidade, para todo sujeito identificado com o mundo contemporneo, contudo, essa eficcia depende do modo e da finalidade como cada um dela faz uso.

    A questo do sujeito com a Internet, que interessa aos psicanalistas, refere-se ao valor que cada um retira do uso que faz da mquina. Que valor tem para o sujeito essa mquina moderna que chamamos computador?

    Bem, a psicanlise uma prxis interessada no mal-estar do sujeito no mundo, j dissemos. Dizendo de outra maneira: a psicanlise est interessada na causa da insatisfao e da angstia do sujeito com o mundo dos objetos. O interesse da psicanlise orientar o sujeito, pela via do saber inconsciente, at os impasses com o real, conduzir o sujeito a construir uma relao menos discordante com os objetos que lhe trazem satisfao. A psicanlise de hoje tem a pretenso de fazer o sujeito trabalhar os seus conflitos para que possa funcionar melhor diante dos impasses que a vida cotidiana no para de nos colocar. Nesse sentido, privilegia a palavra, a expresso viva do sujeito como meio para libertar-se da dor de existir e da angstia. A psicanlise deve ajudar o sujeito a sair da posio de ignorncia com tudo aquilo que est lhe causando infelicidade ou desprazer. A psicanlise pretende despertar o sujeito que acorda para continuar dormindo, despert-lo para celebrar a vida. Uma psicanlise um despertar para o vivo da existncia humana.

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    O prejuzo que traz o uso do computador, se pudermos falar assim, reside, justamente, na finalidade do seu uso. Essa novidade, esse mundo moderno que a Internet, onde as imagens se pluralizam com rapidez e facilidade como verdades do sujeito para tentar enganar o real, faz a palavra serva da imagem. Porm, ao sacrificar as palavras s expensas da imagem, o sujeito torna-se, muitas vezes, um devoto da imagem, dos jogos, da distrao, das solues prontas, das cpias, em detrimento do vivo da expresso falada e escrita, da leitura, do teatro, do cinema, da interlocuo com o semelhante e de tudo aquilo que exige esforo para poder apreender e se sentir realizado.

    Numa palavra - o prejuzo quando o sujeito se isola, confina-se e emudece, dedicando grande parte do seu tempo Internet, quando personaliza o computador, faz do computador o seu melhor amigo, a sua melhor companhia. Assistimos, nesse sculo, a uma mudana de valor do homem, uma troca de companhia: do amigoco para o amigo-computador.

    Assim procedendo, o sujeito equivoca-se, porque confunde o valor de uso com o valor de gozo. Fazendo da Internet seu partenaire, fazendo dela a sua melhor parceira, retira satisfao da mquina em detrimento da satisfao com a mulher, os filhos e os amigos. E, acaba, inexoravelmente, sentindo-se cada vez mais solitrio e isolado daquilo que verdadeiramente humano.

    Assim, tentando recobrir o real com a tela das imagens, surge para o sujeito esse sintoma da modernidade que conhecemos com o nome de Depresso. Procedendo dessa maneira, privilegiando o objetivo, no lugar do subjetivo, submetendo-se ao time is money, tentando defender-se das emoes e da responsabilidade do universo das palavras, o sujeito acaba fazendo da Internet o seu Sintoma - um Sintoma Contemporneo, que Freud no conheceu, deixando-nos, contudo, como legado, a direo da sua cura.

    (http://www.espacoacademico.com.br/004/04internet.htm)

    01. Considerando a tipologia, podemos dizer que esse texto predominantemente:

    a) narrativo

    b) injuntivo

    c) argumentativo

    d) exemplificativo

    e) descritivo

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    02. Dentre outros argumentos, o texto afirma que a Internet:

    a) no tem nada a contribuir com o cotidiano das pessoas na contemporaneidade.

    b) um sinnimo de tristeza e isolamento para todas as pessoas.

    c) pode ser um recurso til para as empreitadas do dia-a-dia, dependendo, claro, do uso que se faa dela.

    d) pode/deve satisfatoriamente substituir relaes do ambiente scio-afetivo, conduzindo a uma dimenso de gozo e prazer.

    e) faz parte do advento contemporneo, sem a qual os cidados no conseguiriam viver, pois traz benefcios concretizados no clich tempo dinheiro.

    03. O real, categoria utilizada pela psicanlise lacaniana, pode ser entendido como:

    a) o interlocutor das relaes dirias.

    b) a zona limtrofe que serve de obstculo para o sujeito.

    c) a morte e a ressurreio, materializadas no mito da fnix.

    d) o uso normal que se faz de ferramentas tecnolgicas da modernidade.

    e) as conquistas amorosas de cunho eminentemente sexual, ou seja, de prticas que levam ao orgasmo.

    04. Acerca do texto correto afirmar:

    a) Freud e Lacan so os exclusivos representantes da teoria psicanaltica.

    b) A psicanlise junguiana pode ser usada como meio atravs do qual o sujeito pode vir a se livrar das angstias do cotidiano.

    c) A Internet a causadora principal de vrios tipos de depresso.

    d) As novidades exercem um grande fascnio sobre o ser humano.

    e) O que o ser humano , em termos profissionais, se deve, na grande maioria das vezes, ao uso da Internet.

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    05. (...) o sujeito acaba fazendo da Internet o seu Sintoma - um Sintoma Contemporneo, que Freud no conheceu, deixando-nos, contudo, como legado, a direo da sua cura. O termo sublinhado expressa a ideia de:

    a) consequncia

    b) adio

    c) causa

    d) consecutividade

    e) oposio

    06. Em Diante do real, h sempre uma impossibilidade a ultrapassar, o verbo haver :

    a) intransitivo

    b) transitivo indireto

    c) transitivo direto

    d) transitivo direto e indireto

    e) de ligao

    07. Assinale a alternativa que contm um porqu escrito em desconformidade com as normas ortogrficas vigentes.

    a) No se sabe por que motivo Carlos foi ao cemitrio meia noite.

    b) Os outros agentes ainda no procederam como lhes ordenei por que?

    c) As repostas no serviram porque todas eram baseadas em hipteses infundadas.

    d) Qual dos porqus lhe parece mais favorvel?

    e) Por que, depois de tanto tempo, voc j no v que estou falando a verdade?

    08. Uma das oraes abaixo contm o sinal indicativo de crase usado incorretamente. Assinale-o.

    a) Nada foi dito em relao carta que voc me mandou.

    b) Quero comer um camaro baiana.

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    c) uma da manh, excepcionalmente, o galo comeo a cantar.

    d) Vou Frana no prximo ano.

    e) Estamos cara cara agora.

    09. Sobre a crase podemos afirmar o seguinte:

    a) A crase a fuso entre duas vogais, ou seja, uma preposio e um artigo qualquer ou um pronome demonstrativo.

    b) A crase serve para indicar nfase.

    c) O sinal indicativo da crase o mesmo do acento agudo.

    d) Representa-se graficamente a crase pelo acento grave.

    e) Ocorrer a crase sempre que houver um termo que exija a preposio a e outro termo que aceite o artigo o.

    10. Observe os perodos abaixo e escolha a melhor alternativa.

    I- Eles no vem bem sem culos.

    II- No fique assim toa.

    III- Se ele ver bem sem lentes, no precisa coloclas.

    IV- Quando a gente vier do campo, tudo ficar resolvido.

    a) Apenas I e II corretos.

    b) Somente III e IV esto corretos.

    c) Somente I, II e III esto corretos.

    d) Apenas I, II e IV esto corretos.

    e) Todos esto corretos.

    11. Marque a opo incorreta quanto forma verbal.

    a) Mago aqueles que me so caros quando digo que quero me embriagar.

    b) Se coubessem todos l no quarto, teriam dormido juntos.

    c) Todos punham o dinheiro no mesmo lugar.

    d) Caibo tambm onde couberam aqueles que amei.

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    e) Se ele pr mais acar no caf, acho que no vou tom-lo.

    12. Assinale opo que complete os espaos convenientemente:

    __________ anos no __________ vejo. Mas, a partir de agora, o que couber __________ mim, farei de tudo para reencontr-la.

    a) A, a, a

    b) H, a, a

    c) H, ,

    d) H, a,

    e) A, ,

    13. Assinale a alternativa que possui, pelo menos, um problema com o uso da vrgula.

    a) Na busca da emoo, para provocar o observador, o artista abusa da verossimilhana das cenas retratadas, da a importncia tambm na observao da natureza.

    b) Marta, o que voc quer comigo agora?

    c) Suas principais caractersticas so a teatralidade das obras, o dinamismo, a urgncia, o conflito e o forte apelo emocional.

    d) A questo da harmonia tambm importante para o Barroco. Entretanto, ela vista numa obra de forma diferente do Renascimento.

    e) Por favor sirva logo o caf. Estamos todos famintos.

    14 Nos perodos a seguir, h uma palavra que no est de acordo com as normas ortogrficas vigentes. Assinale-a.

    a) Comi a paoca e fiquei com infeco intestinal.

    b) O povo muumano encontra algumas dificuldades do Ocidente.

    c) Se a gente quisesse ficar, poderia se acomodar naquele quarto.

    d) Quando eu fizer o bolo, servirei o lanche.

    e) No gosto do cachorro do vizinho. Ele rabugento.

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    15. S existe uma palavra escrita corretamente. Escolha-a.

    a) encaichar

    b) ferrujem

    c) nogento

    d) insosso

    e) ressucitar

    Aspectos tericos

    Os contedos gramaticais, aqui expostos, no tm funo de estabelecer discusses alentadas, mas oferecer subsdios para a melhor compreenso dos aspectos envolvidos nas questes. Em cada mdulo, desenvolvemos alguns contedos de acordo com o programa estabelecido.

    No frum, temos espao para ampliar as digresses tericas e atender s necessidades de cada um.

    Abordagem de texto

    Ler, compreender e interpretar um texto uma atividade que envolve muito mais do que a decifrao de caracteres de linguagem, pois depende da intencionalidade do autor e da capacidade do leitor em compreender a mensagem. A leitura , pois, um processo de interao social que depende, tambm, do contexto em que o texto foi produzido e lido. Digamos que estes trs fatores so fundamentais: autor mensagem leitor.

    Outro aspecto importante para a interpretao de texto o perigo que ronda o leitor ao imaginar que esta uma tarefa subjetiva. Dispomos de recursos tericos objetivos para evitarmos totalmente os achismos. Sempre que estamos diante de um texto, devemos ter a conscincia de que cada um exige conhecimento tcnico capaz de intermediar as relaes autor/leitor. A prtica da leitura, aliada ao conhecimento prvio, que nos d segurana para alcanarmos o sucesso nas provas de concursos.

    Como primeiro passo, vamos estabelecer uma classificao da postura que podemos assumir diante de um texto. Para interpretarmos bem, devemos ter clareza quanto complexidade que a prova envolve, pois, dependendo do enunciado da questo, assim ser a nossa ao interpretativa.

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    Muitas vezes, as pessoas fazem confuso entre compreenso e interpretao de texto. Distinguirmos estes dois nveis de abordagem fundamental para que consigamos ter uma viso mais clara do que a banca pede. Agora vamos verificar os vrios nveis de abordagem de texto.

    Para abordarmos um texto, importante que o consideremos como um objeto, pois assim temos condies de distanciamento para melhor observao. Sobre o texto podemos desenvolver quatro aes bsicas: compreenso, interpretao, anlise e crtica.

    A compreenso ocorre no nvel do enunciado, ou seja, depende do que est escrito, expresso no texto. Neste nvel de abordagem, devemos manter-nos nos limites do texto, no sentido de no fazermos nenhuma extenso do que est dito. a forma mais simples de abordagem. Nos concursos, costuma aparecer em questes que tratam de sinnimos, substituies de termos, mudanas de estrutura frasal, sem que se altere o sentido.

    A interpretao o nvel que mais surge em concursos, pois possibilita avaliar o grau de desempenho do concursando em questes de leitura. A interpretao depende de nossa capacidade de aproximao com o texto, quanto melhor interpretamos, mais prximos chegamos de seu sentido. Na interpretao, h necessidade de desenvolvermos um raciocnio sobre o texto e descobrirmos suas relaes.

    A anlise o nvel em que avaliamos o texto, tendo como parmetro algum campo terico. Assim, a anlise uma postura bem objetiva, pois depende de nossa capacidade de estabelecermos relaes entre a teoria e o texto, verificando as suas relaes. Este nvel no se faz presente em provas de concurso, pois exigiria o estabelecimento prvio de alguma classificao.

    A crtica o campo dos valores. Neste nvel a nossa funo emitir juzo de valor sobre o texto, podemos dizer que este um nvel avaliativo. Tambm no comum surgir em questes de concursos.

    Pelo que expomos, podemos deduzir que, para ns, a compreenso e a interpretao so os dois campos mais importantes. Por esta razo, o nosso curso ficar restrito a atividades de compreenso e interpretao de texto, deixando de lado a anlise e a crtica. Isto no significa considerarmos estes dois nveis como menos importantes, mas apenas consider-los dispensveis para os nossos propsitos.

    A interpretao est presente em questes que apresentam, no enunciado, termos como: ideia central, objetivo do texto, inteno do autor, inferncia e tantos outros que tenham por

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    objetivo avaliar a capacidade do sujeito para descobrir a intencionalidade do texto.

    A compreenso est presente, em especial, em questes que exigem avaliaes como: d continuidade frase, avalie a sequncia correta de acordo com o texto examine a referncia de um termo e tantos outros modos de perceber se o candidato tem condies de reconhecer as relaes internas do texto. As questes de compreenso envolvem, em geral, aspectos do lxico, da morfologia e da sintaxe.

    No podemos estabelecer esta tipologia como absoluta, mas ela muito til para auxiliar-nos na identificao dos procedimentos exigidos pela ordem da questo. O que se pode, tambm, observar que esta classificao tem certa hierarquia, pois ningum conseguir interpretar, sem antes ter compreendido plenamente o texto. Podemos, assim, dizer que o nvel de compreenso antecede o de interpretao.

    Ideia Central

    Na questo um, a banca utiliza o termo ideia central, importante tecermos alguns comentrios tericos a fim de esclarecer este termo e outros necessrios abordagem de texto. Vamos iniciar pelo conceito de tese.

    Para entendermos a tese necessrio estabelecer alguns pressupostos tericos que a fundamentam. Quando falamos em tese estamos nos referindo, especialmente, ao texto dissertativo-argumentativo, conforme aula sobre tipologia de texto. Assim, nos textos descritivos e narrativos falamos em ideia central, porm nos textos argumentativos h uma transformao da ideia em tese, pois o que importa convencer o leitor. Agora podemos entender que a tese a prpria ideia central embasada em argumentos que objetivam o convencimento do leitor.

    As bancas de concursos, na inteno de simplificar, eliminam esta distino e usam termos genricos para designar ora a ideia central ora a tese. Nos concursos pblicos a maioria dos textos so dissertativo-argumentativos e, portanto, os enunciados visam identificar a tese do texto. A tese est intimamente ligada intencionalidade, pois ambas revelam o objetivo do escritor ao produzir o texto.

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    Concluso

    Que tal? Voc gostou da nossa primeira aula?

    Ela o seu contato inicial com o nosso trabalho, durante o curso voc ter oportunidade de interagir conosco e contribuir, de forma decisiva, para que se torne cada vez melhor e mais focado no interesse dos concurseiros.

    A nossa meta sempre auxiliar voc na tarefa de compreender os mecanismo de linguagem e responder, com segurana e proficincia, s questes da prova. Torne-se partcipe de nosso grupo de trabalho. Ser um prazer contar com voc em nossa classe. Caso algum contedo tenha ficado um pouco nebuloso para voc, no se preocupe, pois as aulas que seguem so repletas de informaes e exerccios que, com certeza, desenvolvero em voc habilidades importantes na rea de linguagem.

    Neste mdulo de apresentao, voc pode praticar em questes de provas da banca do concurso. Durante o curso, a nossa meta trabalhar com mais questes em cada mdulo, o que significa incremento da prtica. Os comentrios ficaram um pouco longos, pois a nossa inteno tornar o raciocnio o mais claro possvel.

    No se esquea de manter o seu material atualizado e o desempenho registrado. Toda dvida encaminhe ao frum, teremos prazer em auxili-lo com respostas pessoais e bem fundamentadas. No nosso curso, voc se comunica diretamente com o professor, no h monitores ou assistentes como intermedirios.

    Encerramos aqui e esperamos encontrar voc em nosso prximo mdulo.

    At l.

    Odiombar Rodrigues

    ndice remissivo

    Contedo dos comentrios Acentuao ........................................................................... 11 Classe gramatical .................................................................. 10 Colocao pronominal ............................................................ 14 Concordncia nominal ...................................................... 11, 12 Concordncia verbal ............................................................... 12 Crase ................................................................................... 13 Interpretao de texto .............................................................. 7 Pontuao ....................................................................... 13, 14

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    Referenciao .......................................................................... 9 Regncia verbal ................................................................. 8, 13

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    Relao de questes sem comentrios

    IBFC Fundao Hemominas Administrador 2013 (superior)

    A pipoca

    Rubem Alves

    A culinria me fascina. De vez em quando eu at me atrevo a cozinhar. Mas o fato que sou mais competente com as palavras do que com as panelas.

    Por isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-me a algo que poderia ter o nome de "culinria literria". J escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nobis, picadinho de carne com tomate, feijo e arroz, bacalhoada, sufls, sopas, churrascos.

    Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poticofilosfico a uma meditao sobre o filme A Festa de Babette, que uma celebrao da comida como ritual de feitiaria. Sabedor das minhas limitaes e competncias, nunca escrevi como chef. Escrevi como filsofo, poeta, psicanalista e telogo porque a culinria estimula todas essas funes do pensamento.

    As comidas, para mim, so entidades onricas.

    Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu.

    A pipoca, milho mirrado, gros redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimenses metafsicas ou psicanalticas. Entretanto, dias atrs, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas ideias comearam a estourar como pipoca. Percebi, ento, a relao metafrica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisvel.

    A pipoca se revelou a mim, ento, como um extraordinrio objeto potico. Potico porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se ps a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela. Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem. Para os cristos, religiosos so o po e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a

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    mistura de vida e alegria (porque vida, s vida, sem alegria, no vida...). Po e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas.

    Lembrei-me, ento, de lio que aprendi com a Me Stella, sbia poderosa do Candombl baiano: que a pipoca a comida sagrada do Candombl...

    A pipoca um milho mirrado, subdesenvolvido. Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos grados aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato que, sob o ponto de vista de tamanho, os milhos da pipoca no podem competir com os milhos normais. No sei como isso aconteceu, mas o fato que houve algum que teve a ideia de debulhar as espigas e coloc-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os gros amolecessem e pudessem ser comidos.

    Havendo fracassado a experincia com gua, tentou a gordura. O que aconteceu, ningum jamais poderia ter imaginado.

    Repentinamente os gros comearam a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinrio era o que acontecia com eles: os gros duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que at as crianas podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, ento, de uma simples operao culinria, em uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianas. muito divertido ver o estouro das pipocas!

    E o que que isso tem a ver com o Candombl? que a transformao do milho duro em pipoca macia smbolo da grande transformao porque devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca no o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos ns: duros, quebra-dentes, imprprios para comer, pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa voltar a ser crianas! Mas a transformao s acontece pelo poder do fogo.

    Milho de pipoca que no passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre.

    Assim acontece com a gente. As grandes transformaes acontecem quando passamos pelo fogo. Quem no passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. So pessoas de uma mesmice e dureza assombrosa. S que elas no percebem. Acham que o seu jeito de ser o melhor jeito de ser.

    Mas, de repente, vem o fogo. O fogo quando a vida nos lana numa situao que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego,

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    ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pnico, medo, ansiedade, depresso sofrimentos cujas causas ignoramos. H sempre o recurso aos remdios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformao.

    Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, l dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela no pode imaginar destino diferente. No pode imaginar a transformao que est sendo preparada. A pipoca no imagina aquilo de que ela capaz. A, sem aviso prvio, pelo poder do fogo, a grande transformao acontece: PUF!! e ela aparece como outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.

    Na simbologia crist, o milagre do milho de pipoca est representado pela morte e ressurreio de Cristo: a ressurreio o estouro do milho de pipoca. preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro.

    "Morre e transforma-te!" dizia Goethe.

    Em Minas, todo mundo sabe o que piru. Falando sobre os pirus com os paulistas, descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozao minha, que piru palavra inexistente. Cheguei a ser forado a me valer do Aurlio para confirmar o meu conhecimento da lngua. Piru o milho de pipoca que se recusa a estourar.

    Meu amigo William, extraordinrio professor pesquisador da Unicamp, especializou-se em milhos e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicao cientfica para os pirus. Mas, no mundo da poesia, as explicaes cientficas no valem.

    Por exemplo: em Minas "piru" o nome que se d s mulheres que no conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: "Fiquei piru!" Mas acho que o poder metafrico dos pirus maior.

    Pirus so aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que no pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.

    Ignoram o dito de Jesus: "Quem preservar a sua vida perd-la-". A sua presuno e o seu medo so a dura casca do milho que no estoura. O destino delas triste. Vo ficar duras a vida inteira. No vo se transformar na flor branca macia. No vo dar alegria para ningum. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os pirus que no servem para nada. Seu destino o lixo.

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    Quanto s pipocas que estouraram, so adultos que voltaram a ser crianas e que sabem que a vida uma grande brincadeira...

    "Nunca imaginei que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu".

    1) Quanto ideia central do texto, assinale a alternativa correta:

    a) A intencionalidade discursiva do autor divagar sobre a culinria e a origem da pipoca.

    b) A pipoca usada como metfora para a transformao de pessoas fisicamente feias em bonitas.

    c) O autor emprega a palavra piru para pessoas duras que no se transformam em algo melhor.

    d) O autor considera que s as pessoas no religiosas tornam-se pirus.

    2) Assinale a alternativa que indica outra forma correta de se reescrever o perodo abaixo:

    Lembrei-me, ento, de lio que aprendi com a Me Stella.

    a) Me lembrei, ento, de lio que aprendi com a Me Stella.

    b) Lembrei, ento, a lio que aprendi com a Me Stella.

    c) Lembrei-me, ento, lio que aprendi com a Me Stella.

    d) Lembrei, ento, de lio que aprendi com a Me Stella.

    3) Considere o perodo abaixo:

    No sei como isso aconteceu, mas o fato que houve algum que teve a ideia de debulhar as espigas e coloc-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os gros amolecessem e pudessem ser comidos.

    O pronome isso refere-se:

    a) Ao fato de haver milhos mirrados.

    b) Ao modo como foi inventada a pipoca.

    c) Ao sentido religioso da pipoca.

    d) Aos gros que no estouram no fogo.

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    4) Assinale a alternativa que indica corretamente a classe gramatical da palavra destacada no trecho abaixo:

    Mas o extraordinrio era o que acontecia com eles: os gros duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que at as crianas podiam comer.

    a) Substantivo.

    b) Adjetivo.

    c) Advrbio.

    d) Verbo.

    5) Considere as oraes abaixo:

    I. Nesta semana, eu j tinha chegado tarde ao escritrio.

    II. Ele deixou claro a sua opinio.

    De acordo com a norma culta,

    a) somente I est correta.

    b) somente II est correta.

    c) I e II esto corretas.

    d) nenhuma est correta.

    6) Assinale a alternativa em que a palavra deve ser obrigatoriamente acentuada:

    a) Publica.

    b) Ironia.

    c) Malefico.

    d) Analise.

    7) Considere o perodo e as afirmaes abaixo.

    A adoo de projetos bem elaborados fazem-se necessrios para o bem da comunidade.

    I. H um erro de concordncia nominal.

    II. H um erro de concordncia verbal.

    Est correto o que se afirma em

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    a) somente I.

    b) somente II.

    c) I e II.

    d) nenhuma.

    8) Considere o perodo e as afirmaes abaixo:

    O jovem aspirava em seus sonhos, uma vida muito confortvel.

    I. A pontuao est correta.

    II. H um problema de regncia verbal.

    Est correto o que se afirma em

    a) somente I.

    b) somente II.

    c) I e II.

    d) nenhuma.

    9) Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas:

    No diga ____ ela que eu fui ______ academia.

    a) a

    b) a a

    c)

    d) a

    10) Considere o perodo e as afirmaes abaixo:

    Meu amigo, nunca encontrei-o to preocupado!

    I. A colocao pronominal est incorreta.

    II. A pontuao est correta.

    Est correto o que se afirma em

    a) somente I.

    b) somente II.

    c) I e II.

    d) nenhuma.

    Gabarito

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    01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 C B B B A C C B A C

    CONSULTEC PM Fagundes/PB Mdico 2009 - Superior

    A internet e o sintoma contemporneo

    Reinaldo Pamonet Psicanalista-membro da Escola Brasileira de

    Psicanlise Membro da Associao Mundial de Psicanlise (Paris)

    Freud, em 1930, no seu famoso trabalho O mal-estar na civilizao, denunciava a difcil relao do homem consigo mesmo e com o seu semelhante, evocando a, o que em 1960, Jacques Lacan, psicanalista francs, chamou os impasses do sujeito com o real.

    O real o que pe questes para todo sujeito, aquilo com o qual o sujeito no consegue harmonizar-se. O real tem como representantes mximos na cultura, o sexo e a morte. O real um limite. Diante do real, h sempre uma impossibilidade a ultrapassar.

    No Mal-estar na civilizao, Freud convoca os psicanalistas a se ocuparem do mal-estar do homem no mundo civilizado e a se interessarem pela subjetividade contempornea. E, em 1953, Lacan, fiel seguidor de Freud, vai nos dizer que a psicanlise tem um papel a desempenhar na direo da subjetividade moderna, papel esse que somente poder ser garantido, ajustando a psicanlise s novas invenes da cincia.

    Sabemos da grande atrao que o novo, a novidade exerce sobre o homem. grande o interesse do homem pelos novos objetos da cincia, pelas rpidas, interessantes e atraentes invenes da cincia, pelos objetos modernos que o discurso capitalista no para de inventar.

    Na srie dos novos objetos da cincia, vamos refletir sobre o uso do computador, refletir sobre a relao do sujeito com esse objeto top de linha que proporcionou ao homem comunicar-se separado do vivo da palavra e nos permitiu acesso a um mundo virtual via Internet. A Internet til, engenhosa e eficaz para o sujeito engajado na modernidade, para todo sujeito identificado com o mundo contemporneo, contudo, essa eficcia depende do modo e da finalidade como cada um dela faz uso.

    A questo do sujeito com a Internet, que interessa aos psicanalistas, refere-se ao valor que cada um retira do uso que

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    faz da mquina. Que valor tem para o sujeito essa mquina moderna que chamamos computador?

    Bem, a psicanlise uma prxis interessada no mal-estar do sujeito no mundo, j dissemos. Dizendo de outra maneira: a psicanlise est interessada na causa da insatisfao e da angstia do sujeito com o mundo dos objetos. O interesse da psicanlise orientar o sujeito, pela via do saber inconsciente, at os impasses com o real, conduzir o sujeito a construir uma relao menos discordante com os objetos que lhe trazem satisfao. A psicanlise de hoje tem a pretenso de fazer o sujeito trabalhar os seus conflitos para que possa funcionar melhor diante dos impasses que a vida cotidiana no para de nos colocar. Nesse sentido, privilegia a palavra, a expresso viva do sujeito como meio para libertar-se da dor de existir e da angstia. A psicanlise deve ajudar o sujeito a sair da posio de ignorncia com tudo aquilo que est lhe causando infelicidade ou desprazer. A psicanlise pretende despertar o sujeito que acorda para continuar dormindo, despert-lo para celebrar a vida. Uma psicanlise um despertar para o vivo da existncia humana.

    O prejuzo que traz o uso do computador, se pudermos falar assim, reside, justamente, na finalidade do seu uso. Essa novidade, esse mundo moderno que a Internet, onde as imagens se pluralizam com rapidez e facilidade como verdades do sujeito para tentar enganar o real, faz a palavra serva da imagem. Porm, ao sacrificar as palavras s expensas da imagem, o sujeito torna-se, muitas vezes, um devoto da imagem, dos jogos, da distrao, das solues prontas, das cpias, em detrimento do vivo da expresso falada e escrita, da leitura, do teatro, do cinema, da interlocuo com o semelhante e de tudo aquilo que exige esforo para poder apreender e se sentir realizado.

    Numa palavra - o prejuzo quando o sujeito se isola, confina-se e emudece, dedicando grande parte do seu tempo Internet, quando personaliza o computador, faz do computador o seu melhor amigo, a sua melhor companhia. Assistimos, nesse sculo, a uma mudana de valor do homem, uma troca de companhia: do amigoco para o amigo-computador.

    Assim procedendo, o sujeito equivoca-se, porque confunde o valor de uso com o valor de gozo. Fazendo da Internet seu partenaire, fazendo dela a sua melhor parceira, retira satisfao da mquina em detrimento da satisfao com a mulher, os filhos e os amigos. E, acaba, inexoravelmente, sentindo-se cada vez mais solitrio e isolado daquilo que verdadeiramente humano.

    Assim, tentando recobrir o real com a tela das imagens, surge para o sujeito esse sintoma da modernidade que conhecemos com o nome de Depresso. Procedendo dessa maneira, privilegiando o

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    objetivo, no lugar do subjetivo, submetendo-se ao time is money, tentando defender-se das emoes e da responsabilidade do universo das palavras, o sujeito acaba fazendo da Internet o seu Sintoma - um Sintoma Contemporneo, que Freud no conheceu, deixando-nos, contudo, como legado, a direo da sua cura.

    (http://www.espacoacademico.com.br/004/04internet.htm)

    01. Considerando a tipologia, podemos dizer que esse texto predominantemente:

    a) narrativo

    b) injuntivo

    c) argumentativo

    d) exemplificativo

    e) descritivo

    02. Dentre outros argumentos, o texto afirma que a Internet:

    a) no tem nada a contribuir com o cotidiano das pessoas na contemporaneidade.

    b) um sinnimo de tristeza e isolamento para todas as pessoas.

    c) pode ser um recurso til para as empreitadas do dia-a-dia, dependendo, claro, do uso que se faa dela.

    d) pode/deve satisfatoriamente substituir relaes do ambiente scio-afetivo, conduzindo a uma dimenso de gozo e prazer.

    e) faz parte do advento contemporneo, sem a qual os cidados no conseguiriam viver, pois traz benefcios concretizados no clich tempo dinheiro.

    03. O real, categoria utilizada pela psicanlise lacaniana, pode ser entendido como:

    a) o interlocutor das relaes dirias.

    b) a zona limtrofe que serve de obstculo para o sujeito.

    c) a morte e a ressurreio, materializadas no mito da fnix.

    d) o uso normal que se faz de ferramentas tecnolgicas da modernidade.

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    e) as conquistas amorosas de cunho eminentemente sexual, ou seja, de prticas que levam ao orgasmo.

    04. Acerca do texto correto afirmar:

    a) Freud e Lacan so os exclusivos representantes da teoria psicanaltica.

    b) A psicanlise junguiana pode ser usada como meio atravs do qual o sujeito pode vir a se livrar das angstias do cotidiano.

    c) A Internet a causadora principal de vrios tipos de depresso.

    d) As novidades exercem um grande fascnio sobre o ser humano.

    e) O que o ser humano , em termos profissionais, se deve, na grande maioria das vezes, ao uso da Internet.

    05. (...) o sujeito acaba fazendo da Internet o seu Sintoma - um Sintoma Contemporneo, que Freud no conheceu, deixando-nos, contudo, como legado, a direo da sua cura. O termo sublinhado expressa a ideia de:

    a) consequncia

    b) adio

    c) causa

    d) consecutividade

    e) oposio

    06. Em Diante do real, h sempre uma impossibilidade a ultrapassar, o verbo haver :

    a) intransitivo

    b) transitivo indireto

    c) transitivo direto

    d) transitivo direto e indireto

    e) de ligao

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    07. Assinale a alternativa que contm um porqu escrito em desconformidade com as normas ortogrficas vigentes.

    a) No se sabe por que motivo Carlos foi ao cemitrio meia noite.

    b) Os outros agentes ainda no procederam como lhes ordenei por que?

    c) As repostas no serviram porque todas eram baseadas em hipteses infundadas.

    d) Qual dos porqus lhe parece mais favorvel?

    e) Por que, depois de tanto tempo, voc j no v que estou falando a verdade?

    08. Uma das oraes abaixo contm o sinal indicativo de crase usado incorretamente. Assinale-o.

    a) Nada foi dito em relao carta que voc me mandou.

    b) Quero comer um camaro baiana.

    c) uma da manh, excepcionalmente, o galo comeo a cantar.

    d) Vou Frana no prximo ano.

    e) Estamos cara cara agora.

    09. Sobre a crase podemos afirmar o seguinte:

    a) A crase a fuso entre duas vogais, ou seja, uma preposio e um artigo qualquer ou um pronome demonstrativo.

    b) A crase serve para indicar nfase.

    c) O sinal indicativo da crase o mesmo do acento agudo.

    d) Representa-se graficamente a crase pelo acento grave.

    e) Ocorrer a crase sempre que houver um termo que exija a preposio a e outro termo que aceite o artigo o.

    10. Observe os perodos abaixo e escolha a melhor alternativa.

    I- Eles no vem bem sem culos.

    II- No fique assim toa.

    III- Se ele ver bem sem lentes, no precisa coloclas.

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    IV- Quando a gente vier do campo, tudo ficar resolvido.

    a) Apenas I e II corretos.

    b) Somente III e IV esto corretos.

    c) Somente I, II e III esto corretos.

    d) Apenas I, II e IV esto corretos.

    e) Todos esto corretos.

    11. Marque a opo incorreta quanto forma verbal.

    a) Mago aqueles que me so caros quando digo que quero me embriagar.

    b) Se coubessem todos l no quarto, teriam dormido juntos.

    c) Todos punham o dinheiro no mesmo lugar.

    d) Caibo tambm onde couberam aqueles que amei.

    e) Se ele pr mais acar no caf, acho que no vou tom-lo.

    12. Assinale opo que complete os espaos convenientemente:

    __________ anos no __________ vejo. Mas, a partir de agora, o que couber __________ mim, farei de tudo para reencontr-la.

    a) A, a, a

    b) H, a, a

    c) H, ,

    d) H, a,

    e) A, ,

    13. Assinale a alternativa que possui, pelo menos, um problema com o uso da vrgula.

    a) Na busca da emoo, para provocar o observador, o artista abusa da verossimilhana das cenas retratadas, da a importncia tambm na observao da natureza.

    b) Marta, o que voc quer comigo agora?

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    c) Suas principais caractersticas so a teatralidade das obras, o dinamismo, a urgncia, o conflito e o forte apelo emocional.

    d) A questo da harmonia tambm importante para o Barroco. Entretanto, ela vista numa obra de forma diferente do Renascimento.

    e) Por favor sirva logo o caf. Estamos todos famintos.

    14 Nos perodos a seguir, h uma palavra que no est de acordo com as normas ortogrficas vigentes. Assinale-a.

    a) Comi a paoca e fiquei com infeco intestinal.

    b) O povo muumano encontra algumas dificuldades do Ocidente.

    c) Se a gente quisesse ficar, poderia se acomodar naquele quarto.

    d) Quando eu fizer o bolo, servirei o lanche.

    e) No gosto do cachorro do vizinho. Ele rabugento.

    15. S existe uma palavra escrita corretamente. Escolha-a.

    a) encaichar

    b) ferrujem

    c) nogento

    d) insosso

    e) ressucitar