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CAROL DIECKMANN: OS BASTIDORES DO CASO DAS FOTOS, O ABALO EMOCIONAL, REMÉDIO PARA DORMIR E A VOLTA AO TRABALHO OS MELHORES LOOKS DO BAILE DO MET, EM NOVA YORK 9 7 7 1 5 1 6 8 2 0 0 0 0 2 6 6 0 0 ISSN 1516 -8204 R$ 9,90 16/mai/2012 ano 13 n° 662 SEMPRE AOS SÁBADOS! istoegente.com.br SEM SEGREDOS DE FAMÍLIA Solteira aos 49 anos, a atriz conta como cria os filhos Hugo e Júlia, fala de sexo, drogas e sobre o pai, Jonas Bloch Ela brilha na novela das 9 como mulher de um bígamo: “É uma deslealdade horrível. Eu me separaria”, diz DÉBORA BLOCH Foto ALÊ DE SOUZA ESPECIAL CASAS COMO VIVEM 6 ARQUITETOS DA MOSTRA BLACK CLEO PIRES LOIRÍSSIMA

ISTOÉ GENTE 662

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ISTOÉ GENTE 662, Débora Bloch

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Page 1: ISTOÉ GENTE 662

CAROL DIECKMANN: os bastidores do caso das fotos, o abalo emocional, remédio para dormir e a volta ao trabalho

Os MELhOREs LOOKs DO bAILE DO MEt, EM NOvA yORK

9 7 7 1 5 1 6 8 2 0 0 0 0 26600

I S S N 1 5 1 6 - 8 2 0 4

R$ 9,90

16/mai/2012ano 13

n° 662

Sempre

aoS sábados!

istoegente.com.br

SEM SEGREDOS DE FAMÍLIASolteira aos 49 anos, a atriz conta como cria os filhosHugo e Júlia, fala de sexo, drogas e sobre o pai, Jonas BlochEla brilha na novela das 9 como mulher de um bígamo:“É uma deslealdade horrível. Eu me separaria”, diz

DéBORABLOCH

Foto ALÊ DE SOUZA

ESPECIAL CASAS como vivem

6 Arquitetos dA mostrA blAck

CLEo PIrES loiríssimA

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Solteiríssima, como ela se define, e sem se preocupar em encontrar um novo amor, Débora bloch vive um momento de foco no trabalho, em si mesma e na educação dos filhos: Júlia, 18 anos, e hugo, 14. “Gosto de ser mãe”, ela dizPOR Samia mazzuccOfOtOS alê de SOuza & ian cOStaBeleza alê de SOuza

de

ma

famíliaDébora com a família reunida: os filhos, Hugo e Júlia, e o pai, Jonas. “Sou mais rígida com limites aos meus filhos do que meu pai foi comigo”, diz

Hug

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Gal

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do

Rock

. Deb

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Solteiríssima, como ela se define, e sem se preocupar em encontrar um novo amor, Débora bloch vive um momento de foco no trabalho, em si mesma e na educação dos filhos: Júlia, 18 anos, e hugo, 14. “Gosto de ser mãe”, ela dizPOR Samia mazzuccOfOtOS alê de SOuza & ian cOStaBeleza alê de SOuza

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famíliaDébora com a família reunida: os filhos, Hugo e Júlia, e o pai, Jonas. “Sou mais rígida com limites aos meus filhos do que meu pai foi comigo”, diz

Hug

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• Sentada ao lado do filho Hugo, 14 anos, Dé-bora Bloch mantém os olhos fixos no garoto. Aos 48 anos, a atriz ouve atentamente o rela-to do menino, quando, de repente, joga a ca-beça para trás e solta sua característica garga-lhada, que contrasta com a voz mansa. O motivo da diversão é uma lembrança engra-çada do caçula. Com um ar tímido e vez ou outra mexendo em sua volumosa cabeleira, ele fala da dificuldade que tinha na infância, para dormir sem a mãe por perto. “Eu ligava para ela 12 vezes por hora. Depois do divórcio (do ex-marido, o chef Olivier Anquier), ela saía bastante com os amigos, e eu não conse-guia dormir sozinho”, conta, rindo, o adoles-cente, que sonha em ser músico. “Eu tenho uma correção”, interrompe a atriz, com seu largo sorriso. “Ele diz que a mãe saía todo dia. Mas não era bem assim”, completa ela, às gar-galhadas, garantindo que sempre atendia ao chamado do filho nessas ocasiões.A cena marcada na lembrança de Hugo resu-me bem o zelo que Débora Bloch tem com a família, reunida neste ensaio exclusivo à Gen-te. Não importa quando nem onde, ela está sempre atenta às necessidades e anseios dos seus herdeiros. E se preocupa também com o próprio pai. “É mais fácil ela agir como minha mãe do que eu como pai dela”, diz, sorrindo, o ator Jonas Bloch, 73 anos, pai de Débora. Desde que se divorciou do chef de cozinha e

apresentador de tevê Olivier Anquier, 52 anos, em 2006, depois de 15 anos de relacio-namento, a atriz intensificou ainda mais sua dedicação à maternidade, já que Anquier mora em São Paulo e os filhos vivem com ela, no Rio de Janeiro. Mas mesmo tendo verda-deira paixão em exercer o papel de matriarca, ela reconhece, sem tom de queixa, as dificul-dades em educar sem ter uma figura masculi-na sempre por perto. Principalmente, na ado-lescência. “Dá trabalho em dobro. Mas é um trabalho bom. Às vezes, eu gostaria de ter al-guém para dar uma ajuda. Mas levo numa boa”, destaca. “Gosto de ser mãe, de estar com meus filhos, da minha relação com eles.”

O relacionamento sincero e transparente que tem com os filhos, Débora Bloch parece ter copiado da maneira como foi criada pelo pai. “Cresci num ambiente amoroso e com muita liberdade. Mas também com respon-sabilidade”, diz a atriz. E o pai completa: “Sempre fiz questão de não invadir muito a trajetória dela”, destaca Jonas. À sua manei-ra, Débora tenta repetir os acertos e apri-morar os ensinamentos que recebeu. “Pro-curo dar uma visão humanista para os meus filhos, que foi a educação que tive. Mas sou mais rígida com limites do que meu pai foi comigo”, diz ela, que aposta na mesma re-ceita usada por Jonas para amenizar as agru-ras adolescentes: diálogo aberto.

eM açãOConfira alguns trabalhos de destaque na carreira de Débora Bloch

Primeira novela: Jogo da Vida (Globo)Ano: 1981Personagem: Lívia era uma garota extrovertida e de bom caráter, mas sofria com a separação dos pais

Primeiro filme: Bete BalançoAno: 1984Personagem: O filme retratou o rock do País nos anos 80. A atriz interpretou Bete, uma cantora mineira em busca de sucesso no Rio

Primeiro papel de destaque na tevê: cambalacho (Globo)Ano: 1986Personagem: Apesar de linda, a personagem Ana Machadão tinha um jeito grosseiro, mas era romântica

Filme internacional: À derivaAno: 2009Personagem: Protagonizando o longa ao lado do ator Vincent Cassel, a atriz interpretou Clarice, uma esposa infeliz

Novela mais recente: cordel encantadoAno: 2011Personagem: Como a megera Úrsula, ela deu leveza ao papel com toque de humor. Os figurinos luxuosos eram um show à parte

‘‘Cresci num ambiente amoroso e com muita liberdade.

Mas com responsabilidade”Débora bloch

“É mais fácil ela agir como minha mãe do que eu como pai dela”

completa Jonas bloch

tal pai?

As diferenças entre a forma como Débora Bloch foi criada pelo pai – Jonas Bloch – e como ela cria os próprios filhos:

“Eu não tinha hora para voltar para casa”“Quando meus filhos saem, falo até que horas eles têm de chegar”

“Meu pai não ficava me controlando, querendo saber onde eu estava”“Eu monitoro meus filhos pelo celular. Quero sempre saber onde e com quem eles estão”

“Meu pai nunca se preocupou com o meu desempenho na escola”“Eu fico de olho nas notas dos meus filhos e nos trabalhos de casa”

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• Sentada ao lado do filho Hugo, 14 anos, Dé-bora Bloch mantém os olhos fixos no garoto. Aos 48 anos, a atriz ouve atentamente o rela-to do menino, quando, de repente, joga a ca-beça para trás e solta sua característica garga-lhada, que contrasta com a voz mansa. O motivo da diversão é uma lembrança engra-çada do caçula. Com um ar tímido e vez ou outra mexendo em sua volumosa cabeleira, ele fala da dificuldade que tinha na infância, para dormir sem a mãe por perto. “Eu ligava para ela 12 vezes por hora. Depois do divórcio (do ex-marido, o chef Olivier Anquier), ela saía bastante com os amigos, e eu não conse-guia dormir sozinho”, conta, rindo, o adoles-cente, que sonha em ser músico. “Eu tenho uma correção”, interrompe a atriz, com seu largo sorriso. “Ele diz que a mãe saía todo dia. Mas não era bem assim”, completa ela, às gar-galhadas, garantindo que sempre atendia ao chamado do filho nessas ocasiões.A cena marcada na lembrança de Hugo resu-me bem o zelo que Débora Bloch tem com a família, reunida neste ensaio exclusivo à Gen-te. Não importa quando nem onde, ela está sempre atenta às necessidades e anseios dos seus herdeiros. E se preocupa também com o próprio pai. “É mais fácil ela agir como minha mãe do que eu como pai dela”, diz, sorrindo, o ator Jonas Bloch, 73 anos, pai de Débora. Desde que se divorciou do chef de cozinha e

apresentador de tevê Olivier Anquier, 52 anos, em 2006, depois de 15 anos de relacio-namento, a atriz intensificou ainda mais sua dedicação à maternidade, já que Anquier mora em São Paulo e os filhos vivem com ela, no Rio de Janeiro. Mas mesmo tendo verda-deira paixão em exercer o papel de matriarca, ela reconhece, sem tom de queixa, as dificul-dades em educar sem ter uma figura masculi-na sempre por perto. Principalmente, na ado-lescência. “Dá trabalho em dobro. Mas é um trabalho bom. Às vezes, eu gostaria de ter al-guém para dar uma ajuda. Mas levo numa boa”, destaca. “Gosto de ser mãe, de estar com meus filhos, da minha relação com eles.”

O relacionamento sincero e transparente que tem com os filhos, Débora Bloch parece ter copiado da maneira como foi criada pelo pai. “Cresci num ambiente amoroso e com muita liberdade. Mas também com respon-sabilidade”, diz a atriz. E o pai completa: “Sempre fiz questão de não invadir muito a trajetória dela”, destaca Jonas. À sua manei-ra, Débora tenta repetir os acertos e apri-morar os ensinamentos que recebeu. “Pro-curo dar uma visão humanista para os meus filhos, que foi a educação que tive. Mas sou mais rígida com limites do que meu pai foi comigo”, diz ela, que aposta na mesma re-ceita usada por Jonas para amenizar as agru-ras adolescentes: diálogo aberto.

eM açãOConfira alguns trabalhos de destaque na carreira de Débora Bloch

Primeira novela: Jogo da Vida (Globo)Ano: 1981Personagem: Lívia era uma garota extrovertida e de bom caráter, mas sofria com a separação dos pais

Primeiro filme: Bete BalançoAno: 1984Personagem: O filme retratou o rock do País nos anos 80. A atriz interpretou Bete, uma cantora mineira em busca de sucesso no Rio

Primeiro papel de destaque na tevê: cambalacho (Globo)Ano: 1986Personagem: Apesar de linda, a personagem Ana Machadão tinha um jeito grosseiro, mas era romântica

Filme internacional: À derivaAno: 2009Personagem: Protagonizando o longa ao lado do ator Vincent Cassel, a atriz interpretou Clarice, uma esposa infeliz

Novela mais recente: cordel encantadoAno: 2011Personagem: Como a megera Úrsula, ela deu leveza ao papel com toque de humor. Os figurinos luxuosos eram um show à parte

‘‘Cresci num ambiente amoroso e com muita liberdade.

Mas com responsabilidade”Débora bloch

“É mais fácil ela agir como minha mãe do que eu como pai dela”

completa Jonas bloch

tal pai?

As diferenças entre a forma como Débora Bloch foi criada pelo pai – Jonas Bloch – e como ela cria os próprios filhos:

“Eu não tinha hora para voltar para casa”“Quando meus filhos saem, falo até que horas eles têm de chegar”

“Meu pai não ficava me controlando, querendo saber onde eu estava”“Eu monitoro meus filhos pelo celular. Quero sempre saber onde e com quem eles estão”

“Meu pai nunca se preocupou com o meu desempenho na escola”“Eu fico de olho nas notas dos meus filhos e nos trabalhos de casa”

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A atriz e o filho, Hugo, de 14 anos: relação sincera e com limites. “Falo com eles sobre tudo, inclusive drogas”, conta Débora

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A atriz e o filho, Hugo, de 14 anos: relação sincera e com limites. “Falo com eles sobre tudo, inclusive drogas”, conta Débora

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• Rigor e cumplicidade• Quando o assunto é a educação dos filhos, Débora Bloch parece estar sempre atenta a tudo. Tudo mesmo. Assuntos mais delicados como sexo e drogas, por exemplo, não ficam de fora das conversas em casa. “Faço questão de falar com eles. Droga é uma coisa proibida por lei. Eles têm de ter consciência disso. E também é uma coisa que pode fazer muito mal”, afirma a mãezona. “Eles precisam saber se preservar para não entrar em roubada.” Esse canal aberto de conversas, livre de julgamentos por parte da mãe, parece unir ainda mais a família e estreitar os laços de cumplicidade. “Conto tudo à minha mãe, sem vergonha nenhuma. É ótimo. Ela sempre me dá os melhores conselhos”, declara Júlia, que, diferentemente do irmão, confessa não ter nenhum ciúme da mãe. Muito pelo contrário. A primogênita até curte quando conhece um novo namorado de Débora. “Adoro quando entra alguém novo na família”, diz ela, que deve aumentar a lista de artistas na casa: a menina quer ser cineasta. Quando o assunto é amor, a cumplicidade e o carinho entre mãe e filha são recíprocos. Débora Bloch diz não ser “nada careta” e que festejou quando a filha, hoje sozinha, apresentou-lhe o primeiro namorado. “Eu acho ótimo que ela exercite o amor”, diz a mãe.

Mas quando fala dos próprios amores, Débora prefere manter sua habitual discrição sobre o tema. Solteira desde que terminou o relacionamento com o ator Sérgio Marone, 30 anos – 18 anos mais jovem do que ela –, em novembro passado, a atriz não assumiu nenhum novo relacionamento. “Estou solteiríssima e tranquila. Jamais à procura. Fico bem comigo mesma”, diz ela, desmentindo que o homem flagrado há duas semanas jantando com ela e os filhos no Rio seja seu novo amor. “Ele é um amigo meu de muito tempo. Não tem nada a ver”, garante a atriz, aos risos, mas sem revelar o nome do tal amigo.

Débora Bloch tem declarado que, neste momento, suas atenções estão voltadas à família e ao trabalho. No campo profissional, a propósito, ela vive ótima fase. Arrancando elogios pela interpretação da perua Verônica, na novela Avenida Brasil, da Globo, a atriz vem protagonizando cenas hilárias ao lado de Alexandre Borges, seu marido na trama e que é casado também com outra mulher. Situação considerada inimaginável por Débora. “Acho uma deslealdade horrível. Eu ficaria deprimida, me separaria”, conta. Além da ótima atuação da atriz, sua boa forma exibida em vestidos deslumbrantes, por vezes justos, também chama a atenção. O segredo do manequim 38? “Não tem mágica. É só você cuidar do que come e fazer exercícios”, ensina ela, que carrega sua marmita para onde quer que vá. Ela segue uma dieta sem glúten e pratica regularmente pilates, transport e power plate.

O gosto pelos exercícios, ela garante, não se atém apenas à busca pelo corpo enxuto. Nesta fase da vida, a saúde é sua preocupação primordial. “Não é fácil envelhecer. Você perde algumas coisas, ganha outras. Mas não me sinto velha. A outra opção é morrer. Então, é melhor envelhecer”, pontua ela, que completa 49 anos no dia 29 de maio. “O que importa é ter saúde.” E como saúde e bem-estar estão intimamente ligados aos pequenos prazeres da vida, Débora mantém ao menos um ritual de renovação anual de descanso ao lado dos filhos. Há 14 anos, nas férias de verão, eles embarcam para uma temporada numa praia próxima a Trancoso, na Bahia, onde ela tem uma casa. “Sempre faço uma foto dos meus filhos sentados no sofá. Do ano passado para este, eles mudaram muito. Hugo deu uma espichada enorme. Júlia virou uma moça. Parece que se passaram vários anos em um.” Para Débora Bloch, a vida é assim. Sempre em ritmo acelerado. E com atenção máxima à família. •

‘‘Não é fácil envelhecer. Você perde algumas coisas, ganha outras. Mas não me sinto velha. A outra opção é morrer. É melhor envelhecer’’ Débora

ediçãO de MOda • RodRigo gRunfeld e Alê dupRAt PROducãO de MOda • RenAto telles e MARco fRige

CONFIRA O MAKING OF EM WWW.ISTOEGENTE.COM.BR

“Conto tudo à minha mãe, sem vergonha nenhuma. Ela sempre me dá os melhores conselhos”Júlia bloch

Capa

Deb

ora

vest

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stid

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Em

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Pucc

i. Ju

lia v

este

bod

y ca

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• Rigor e cumplicidade• Quando o assunto é a educação dos filhos, Débora Bloch parece estar sempre atenta a tudo. Tudo mesmo. Assuntos mais delicados como sexo e drogas, por exemplo, não ficam de fora das conversas em casa. “Faço questão de falar com eles. Droga é uma coisa proibida por lei. Eles têm de ter consciência disso. E também é uma coisa que pode fazer muito mal”, afirma a mãezona. “Eles precisam saber se preservar para não entrar em roubada.” Esse canal aberto de conversas, livre de julgamentos por parte da mãe, parece unir ainda mais a família e estreitar os laços de cumplicidade. “Conto tudo à minha mãe, sem vergonha nenhuma. É ótimo. Ela sempre me dá os melhores conselhos”, declara Júlia, que, diferentemente do irmão, confessa não ter nenhum ciúme da mãe. Muito pelo contrário. A primogênita até curte quando conhece um novo namorado de Débora. “Adoro quando entra alguém novo na família”, diz ela, que deve aumentar a lista de artistas na casa: a menina quer ser cineasta. Quando o assunto é amor, a cumplicidade e o carinho entre mãe e filha são recíprocos. Débora Bloch diz não ser “nada careta” e que festejou quando a filha, hoje sozinha, apresentou-lhe o primeiro namorado. “Eu acho ótimo que ela exercite o amor”, diz a mãe.

Mas quando fala dos próprios amores, Débora prefere manter sua habitual discrição sobre o tema. Solteira desde que terminou o relacionamento com o ator Sérgio Marone, 30 anos – 18 anos mais jovem do que ela –, em novembro passado, a atriz não assumiu nenhum novo relacionamento. “Estou solteiríssima e tranquila. Jamais à procura. Fico bem comigo mesma”, diz ela, desmentindo que o homem flagrado há duas semanas jantando com ela e os filhos no Rio seja seu novo amor. “Ele é um amigo meu de muito tempo. Não tem nada a ver”, garante a atriz, aos risos, mas sem revelar o nome do tal amigo.

Débora Bloch tem declarado que, neste momento, suas atenções estão voltadas à família e ao trabalho. No campo profissional, a propósito, ela vive ótima fase. Arrancando elogios pela interpretação da perua Verônica, na novela Avenida Brasil, da Globo, a atriz vem protagonizando cenas hilárias ao lado de Alexandre Borges, seu marido na trama e que é casado também com outra mulher. Situação considerada inimaginável por Débora. “Acho uma deslealdade horrível. Eu ficaria deprimida, me separaria”, conta. Além da ótima atuação da atriz, sua boa forma exibida em vestidos deslumbrantes, por vezes justos, também chama a atenção. O segredo do manequim 38? “Não tem mágica. É só você cuidar do que come e fazer exercícios”, ensina ela, que carrega sua marmita para onde quer que vá. Ela segue uma dieta sem glúten e pratica regularmente pilates, transport e power plate.

O gosto pelos exercícios, ela garante, não se atém apenas à busca pelo corpo enxuto. Nesta fase da vida, a saúde é sua preocupação primordial. “Não é fácil envelhecer. Você perde algumas coisas, ganha outras. Mas não me sinto velha. A outra opção é morrer. Então, é melhor envelhecer”, pontua ela, que completa 49 anos no dia 29 de maio. “O que importa é ter saúde.” E como saúde e bem-estar estão intimamente ligados aos pequenos prazeres da vida, Débora mantém ao menos um ritual de renovação anual de descanso ao lado dos filhos. Há 14 anos, nas férias de verão, eles embarcam para uma temporada numa praia próxima a Trancoso, na Bahia, onde ela tem uma casa. “Sempre faço uma foto dos meus filhos sentados no sofá. Do ano passado para este, eles mudaram muito. Hugo deu uma espichada enorme. Júlia virou uma moça. Parece que se passaram vários anos em um.” Para Débora Bloch, a vida é assim. Sempre em ritmo acelerado. E com atenção máxima à família. •

‘‘Não é fácil envelhecer. Você perde algumas coisas, ganha outras. Mas não me sinto velha. A outra opção é morrer. É melhor envelhecer’’ Débora

ediçãO de MOda • RodRigo gRunfeld e Alê dupRAt PROducãO de MOda • RenAto telles e MARco fRige

CONFIRA O MAKING OF EM WWW.ISTOEGENTE.COM.BR

“Conto tudo à minha mãe, sem vergonha nenhuma. Ela sempre me dá os melhores conselhos”Júlia bloch

Capa

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“Foi a mais bem-vestida da noite. Optou por este cabelo para valorizar a fenda sexy do vestido.” Lethicia Bronstein

26/12/2011 | 27

Baile de Gala do Met

Lethicia Bronstein,

estilista

Manu Carvalho,

stylist

Marcos Proença,

hair stylist

Matheus Mazzafera,

stylist

O Metropolitan Museum em Nova York se tornou a maior passarela do planeta, no tradicional Baile de Gala do MET 2012. Gente escalou um time fashion para comentar o visual das musas mais elegantes e as derrapadas do red carpet

Walério Araújo, estilista

glamour!muitoÉ

BeyoncéGivenchy Haute couture por Riccardo Tisci

GiseLe BündcHen, com Tom BRady Vestido Givenchy Haute couture por Riccardo Tisci e joias david yurman

“Só deu ela e a cauda! Adoro este vestido, roxo com preto. Já vi muito assim no baile Gala Gay de Juiz de Fora.” Walério araújo

“Ela ficou moderna com este vestido bordado com o cinto de couro, que deu uma pegada rock’n’roll. O cabelo preso ficou um arraso. Até podia ficar careca que continuaria linda.” Walério araújo

“Amo o vestido, mas não nela. Não serve para o biotipo do corpo que ela tem. Achatou demais a silhueta.” matheus mazzafera

“Ela seguiu a tendência ‘wet hair do’ (efeito molhado para cabelos), que poucas podem usar.” marcos Proença

“Parecia mais roupa de show, não de baile. Melhoraria a proporção e usaria mais renda e forro para esconder o bumbum.” Lethicia Bronstein

Foto

s Tim

othy

A. C

lary

/AFP

Duas musas monopolizaram os flashes no red carpet: Gisele Bündchen – ao lado do marido, Tom Brady –, sexy

com fenda e decote generosos em um vestido todo bordado. E a cantora Beyoncé, em um look transparente

que marcava suas curvas. Os dois vestidos assinados por Riccardo Tisci para Givenchy Haute Couture.

As estrelAs da noite

Edição dE moda Bianca ZaramellaPor Simone BlaneS E ThaliTa PereS

poder 2 E O buMbuM

dE bEyONcé?

FOi A AlEGriA

dA NOitE

poderOlhA Só ESSA FENdA? GiSElE POdE tudO!

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“Foi a mais bem-vestida da noite. Optou por este cabelo para valorizar a fenda sexy do vestido.” Lethicia Bronstein

26/12/2011 | 27

Baile de Gala do Met

Lethicia Bronstein,

estilista

Manu Carvalho,

stylist

Marcos Proença,

hair stylist

Matheus Mazzafera,

stylist

O Metropolitan Museum em Nova York se tornou a maior passarela do planeta, no tradicional Baile de Gala do MET 2012. Gente escalou um time fashion para comentar o visual das musas mais elegantes e as derrapadas do red carpet

Walério Araújo, estilista

glamour!muitoÉ

BeyoncéGivenchy Haute couture por Riccardo Tisci

GiseLe BündcHen, com Tom BRady Vestido Givenchy Haute couture por Riccardo Tisci e joias david yurman

“Só deu ela e a cauda! Adoro este vestido, roxo com preto. Já vi muito assim no baile Gala Gay de Juiz de Fora.” Walério araújo

“Ela ficou moderna com este vestido bordado com o cinto de couro, que deu uma pegada rock’n’roll. O cabelo preso ficou um arraso. Até podia ficar careca que continuaria linda.” Walério araújo

“Amo o vestido, mas não nela. Não serve para o biotipo do corpo que ela tem. Achatou demais a silhueta.” matheus mazzafera

“Ela seguiu a tendência ‘wet hair do’ (efeito molhado para cabelos), que poucas podem usar.” marcos Proença

“Parecia mais roupa de show, não de baile. Melhoraria a proporção e usaria mais renda e forro para esconder o bumbum.” Lethicia Bronstein

Foto

s Tim

othy

A. C

lary

/AFP

Duas musas monopolizaram os flashes no red carpet: Gisele Bündchen – ao lado do marido, Tom Brady –, sexy

com fenda e decote generosos em um vestido todo bordado. E a cantora Beyoncé, em um look transparente

que marcava suas curvas. Os dois vestidos assinados por Riccardo Tisci para Givenchy Haute Couture.

As estrelAs da noite

Edição dE moda Bianca ZaramellaPor Simone BlaneS E ThaliTa PereS

poder 2 E O buMbuM

dE bEyONcé?

FOi A AlEGriA

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poderOlhA Só ESSA FENdA? GiSElE POdE tudO!

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“Adoro o mix do vestido de festa e o cabelo tipo ‘não fiz’, com ondas desmanchadas. Aprovo a força no batom peach (pêssego).” Marcos Proença

Scarlett JohanSSon Vestino Dolce&Gabbana, sapatos christian louboutin, brincos Fred leighton e clutch Judith leiber

“Como o vestido era cheio de brilhos, gostei de ela não ter abusado das joias. O cabelo deu um ar despretensioso. Chic and cool.” Matheus Mazzafera

“A cor do vestido ficou elegante e harmônico com as cores dela, mas esse corte na perna e a saia volumosa, encurtou o corpo.” Manu carvalho

“Glamour hollywoodiano anos 40 no cabelo, maquiagem e no vestido de lamê dourado. Mas poderia ter menos pano.” Manu carvalho

“Adoro o efeito do dourado envelhecido. E o corte sem volume, com o comprimento certo está ótimo.” Walério araújo

“Gostei, mas ela não saiu da zona de conforto. Não estava malvestida, mas não foi ousada. “lethicia Bronstein

Túnel do Tempo

UMA pErfEitA

JEAN HArlow

JeSSica alBa Vestido Michael Kors, sapatos Brian atwood, joias Wilfredo rosado e clutch roger Vivier

“Vestido de manga comprida, quando o clima permite, é muito elegante. Só a cauda está mais longa do que deveria.” Manu carvalho

“Gosto muito da ideia do vestido com capa, parece uma super-heroína. Um evento de moda, e desse porte, permite.” Manu carvalho

“Minha primeira impressão foi de Cleópatra. Era um baile de gala, não uma festa à fantasia!” Walério araújo

“Amei a ideia do turbante. A deixou bem interessante. para usar, tem que ter uma cabeça belíssima.” Walério araújo

“Gostei do vestido combinado com o cabelo. ficou chic e clean. “Matheus

Mazzafera

“Não gostei do recorte no quadril porque ela é magra e não tem muito bumbum.” lethicia Bronstein

TurbanTeUMA oUSAdiA pArA poUCAS

MUlHErES

Karolina KurKoVa

Vestido rachel Zoe collection

e joias Fred leighton

Bianca BranDolini Vestido Dolce&Gabbana

caMeron DiaZ Vestido Stella Mccartney, sapatos casadei e brincos Fred leighton

de Tirar o folêgo

dEz qUiloS

dE tirAS dE

StrASS NA bElA

CAMEroN

Túnel do Tempo 2 ClEópAtrA MorrEriA dE iNVEJA

sereia sexyoS oMbroS

à MoStrA

fizErAM todA

A difErENçA

“Um medo! o que era aquele cabelo? Se ela tivesse feito um coque seco, teria acertado muito mais.” lethicia Bronstein

O brilho metalizado reinou dos bordados combinados com tule, como o de Scarlett Johansson, ao look futurista da top Karolina Kurkova. São vestidos que dispensam acessórios.

Luz, riqueza e poder

Baile de Gala do Met

Div

ulga

ção

Div

ulga

ção

AP AP

AP

“Ela ressuscitou o topete! boa estratégia para um cabelo médio ou curto. Enfim, algo novo.”Marcos Proença

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“Adoro o mix do vestido de festa e o cabelo tipo ‘não fiz’, com ondas desmanchadas. Aprovo a força no batom peach (pêssego).” Marcos Proença

Scarlett JohanSSon Vestino Dolce&Gabbana, sapatos christian louboutin, brincos Fred leighton e clutch Judith leiber

“Como o vestido era cheio de brilhos, gostei de ela não ter abusado das joias. O cabelo deu um ar despretensioso. Chic and cool.” Matheus Mazzafera

“A cor do vestido ficou elegante e harmônico com as cores dela, mas esse corte na perna e a saia volumosa, encurtou o corpo.” Manu carvalho

“Glamour hollywoodiano anos 40 no cabelo, maquiagem e no vestido de lamê dourado. Mas poderia ter menos pano.” Manu carvalho

“Adoro o efeito do dourado envelhecido. E o corte sem volume, com o comprimento certo está ótimo.” Walério araújo

“Gostei, mas ela não saiu da zona de conforto. Não estava malvestida, mas não foi ousada. “lethicia Bronstein

Túnel do Tempo

UMA pErfEitA

JEAN HArlow

JeSSica alBa Vestido Michael Kors, sapatos Brian atwood, joias Wilfredo rosado e clutch roger Vivier

“Vestido de manga comprida, quando o clima permite, é muito elegante. Só a cauda está mais longa do que deveria.” Manu carvalho

“Gosto muito da ideia do vestido com capa, parece uma super-heroína. Um evento de moda, e desse porte, permite.” Manu carvalho

“Minha primeira impressão foi de Cleópatra. Era um baile de gala, não uma festa à fantasia!” Walério araújo

“Amei a ideia do turbante. A deixou bem interessante. para usar, tem que ter uma cabeça belíssima.” Walério araújo

“Gostei do vestido combinado com o cabelo. ficou chic e clean. “Matheus

Mazzafera

“Não gostei do recorte no quadril porque ela é magra e não tem muito bumbum.” lethicia Bronstein

TurbanTeUMA oUSAdiA pArA poUCAS

MUlHErES

Karolina KurKoVa

Vestido rachel Zoe collection

e joias Fred leighton

Bianca BranDolini Vestido Dolce&Gabbana

caMeron DiaZ Vestido Stella Mccartney, sapatos casadei e brincos Fred leighton

de Tirar o folêgo

dEz qUiloS

dE tirAS dE

StrASS NA bElA

CAMEroN

Túnel do Tempo 2 ClEópAtrA MorrEriA dE iNVEJA

sereia sexyoS oMbroS

à MoStrA

fizErAM todA

A difErENçA

“Um medo! o que era aquele cabelo? Se ela tivesse feito um coque seco, teria acertado muito mais.” lethicia Bronstein

O brilho metalizado reinou dos bordados combinados com tule, como o de Scarlett Johansson, ao look futurista da top Karolina Kurkova. São vestidos que dispensam acessórios.

Luz, riqueza e poder

Baile de Gala do Met

Div

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ção

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AP AP

AP

“Ela ressuscitou o topete! boa estratégia para um cabelo médio ou curto. Enfim, algo novo.”Marcos Proença

Page 14: ISTOÉ GENTE 662

“Lindo vestido com cor e fenda no lugar. Acertou na escolha dos delicados sapatos. Só os colares pesaram um pouco.” Manu Carvalho

Depois do Oscar, é no Baile do MET que as top models abusam mais de seu estilo e criatividade. E este ano não foi diferente. Foram elas que brilharam no tapete vermelho com suas apostas em rendas, bordados e cores.

Desfile De tops

A cor, sinônimo de sofisticação, surgiu em vestidos de cortes retos e discretos, como o da top Rosie Huntington-Whiteley e o da cantora Rihanna, e em looks ousados, como o modelo sereia da socialite Andrea Dellal, de Dolce&Gabbana.

Preto naDa básico

“Faltou renda ao vestido. A proposta da peça era linda, mas a execução do vestido é que não foi boa.” Lethicia Bronstein

“Um vestido leve na cor dos olhos da top. Com proporções perfeitas e bela combinação de acessórios.” Manu Carvalho

“O cabelo repartido com uma suave onda na franja e preso na nuca, destacou o vestido.” Marcos Proença

“Muito senhoril, parecia madrinha de casamento. Ela queria disfarçar o quê? É linda e magra!” Walério Araújo

“Um vestido Pucci com textura e brilho especial. O duo pink e preto é um dos clássicos de Schiaparelli.” Manu Carvalho

“Não entendi o vestido. Muito fechado, manga comprida, gola alta. Acho que por isso poderia ter usado um cabelo preso.” Walério Araújo

AndreA deLLAL Vestido e brincos dolce&Gabbana

rosie HuntinGton-WHiteLey Vestido Burberry, joias irene neuwirth e J/Hadley e clutch House of Harlow 1960

“Exuberante e elegante. Tudo estava impecável: modelagem, cores e texturas, acessórios e a beleza.” Manu Carvalho

“Maravilhosa! Só não precisava dessa pelerine. Ela é chiquérrima e este vestido de bordados dourados está super em alta.” Walério Araújo

“Maravilhosa. Um vestido todo bordado com um cabelo elegante, que deixou o rosto à mostra.” Matheus Mazzafera

“Estava com o melhor vestido. O modelo valorizou o corpo e o cabelo realçou ainda mais sua beleza.” Lethicia Bronstein

“Um vestido lindo e discreto. Com este cabelo escuro e beleza mais sóbria, ela aparece com um apelo mais adulto.” Manu Carvalho

“Virou sua marca registrada: camaleônica, fun e segura. Seu penteado conversa com o vestido.” Marcos Proença

“Estava sofisticada de manga comprida. Adorei a escolha do cabelo porque geralmente ela está parecida com a Alcione.” Walério Araújo

riHAnnA Vestido tom Ford e joias repossi

CAroL trentini Vestido e clutch

olivier theyskens

Heidi KLuM Vestido escada e sapatos Christian

Louboutin

isABeLi FontAnA Vestido emilio Pucci e clutch sW1

16/5/2012 | 31

na medidaMANgA

COMPridA E

COrTE rETO:

TUdO MUiTO

ELEgANTE

discreta

E NãO É

qUE ELA

CONSEgUiU?

closedO qUE TEM

dE LiNdA, TEM

ESSE VESTidO

dE FEChAdO

renda-seVALOrizOU

SEU COrPO dE

FOrMA SExy

diva LUxO, POdEr, riqUEzA E gLAMOUr

lady likePOdEriA SEr MENOS FOrMAL

Baile de Gala do Met

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“ganhou glamour com esse coque volumoso na cabeça. É atemporal e valoriza o make.” Marcos Proença

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“Lindo vestido com cor e fenda no lugar. Acertou na escolha dos delicados sapatos. Só os colares pesaram um pouco.” Manu Carvalho

Depois do Oscar, é no Baile do MET que as top models abusam mais de seu estilo e criatividade. E este ano não foi diferente. Foram elas que brilharam no tapete vermelho com suas apostas em rendas, bordados e cores.

Desfile De tops

A cor, sinônimo de sofisticação, surgiu em vestidos de cortes retos e discretos, como o da top Rosie Huntington-Whiteley e o da cantora Rihanna, e em looks ousados, como o modelo sereia da socialite Andrea Dellal, de Dolce&Gabbana.

Preto naDa básico

“Faltou renda ao vestido. A proposta da peça era linda, mas a execução do vestido é que não foi boa.” Lethicia Bronstein

“Um vestido leve na cor dos olhos da top. Com proporções perfeitas e bela combinação de acessórios.” Manu Carvalho

“O cabelo repartido com uma suave onda na franja e preso na nuca, destacou o vestido.” Marcos Proença

“Muito senhoril, parecia madrinha de casamento. Ela queria disfarçar o quê? É linda e magra!” Walério Araújo

“Um vestido Pucci com textura e brilho especial. O duo pink e preto é um dos clássicos de Schiaparelli.” Manu Carvalho

“Não entendi o vestido. Muito fechado, manga comprida, gola alta. Acho que por isso poderia ter usado um cabelo preso.” Walério Araújo

AndreA deLLAL Vestido e brincos dolce&Gabbana

rosie HuntinGton-WHiteLey Vestido Burberry, joias irene neuwirth e J/Hadley e clutch House of Harlow 1960

“Exuberante e elegante. Tudo estava impecável: modelagem, cores e texturas, acessórios e a beleza.” Manu Carvalho

“Maravilhosa! Só não precisava dessa pelerine. Ela é chiquérrima e este vestido de bordados dourados está super em alta.” Walério Araújo

“Maravilhosa. Um vestido todo bordado com um cabelo elegante, que deixou o rosto à mostra.” Matheus Mazzafera

“Estava com o melhor vestido. O modelo valorizou o corpo e o cabelo realçou ainda mais sua beleza.” Lethicia Bronstein

“Um vestido lindo e discreto. Com este cabelo escuro e beleza mais sóbria, ela aparece com um apelo mais adulto.” Manu Carvalho

“Virou sua marca registrada: camaleônica, fun e segura. Seu penteado conversa com o vestido.” Marcos Proença

“Estava sofisticada de manga comprida. Adorei a escolha do cabelo porque geralmente ela está parecida com a Alcione.” Walério Araújo

riHAnnA Vestido tom Ford e joias repossi

CAroL trentini Vestido e clutch

olivier theyskens

Heidi KLuM Vestido escada e sapatos Christian

Louboutin

isABeLi FontAnA Vestido emilio Pucci e clutch sW1

16/5/2012 | 31

na medidaMANgA

COMPridA E

COrTE rETO:

TUdO MUiTO

ELEgANTE

discreta

E NãO É

qUE ELA

CONSEgUiU?

closedO qUE TEM

dE LiNdA, TEM

ESSE VESTidO

dE FEChAdO

renda-seVALOrizOU

SEU COrPO dE

FOrMA SExy

diva LUxO, POdEr, riqUEzA E gLAMOUr

lady likePOdEriA SEr MENOS FOrMAL

Baile de Gala do Met

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“ganhou glamour com esse coque volumoso na cabeça. É atemporal e valoriza o make.” Marcos Proença

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16/5/2012 | 33

Apareceu em curtos e minimalistas, como o modelo eleito por Gwyneth Paltrow, longos e assimétricos como o de Amy Adams, ou ainda ousados como o da top model Anja Rubik, que causou polêmica este ano por estar nua sob o vestido.

Deu Branco

metalizadoe não é que o cinto de laço funcionou?

Amy AdAms Vestido

Giambattista Valli Haute Couture,

sapatos Brian Atwood, brincos

Fred Leighton e clutch Judith

Leiber

AnJA RuBik Vestido

Anthony Vaccarello e

joias Eddie Borgo

GwynEtH PALtRow Vestido Prada e joias Anna Hu

cuidado um passo em falso e tudo pode ficar à mostragata

usar curto

não é para

qualquer uma.

mas ela pode

“eu amei, mas parece que sobrou a parte da alcinha. e a fenda está exagerada, mas gostei da ideia de quebrar tudo com o salto preto.” walério Araújo

“a ideia de recortes é interessante, mas não funcionou. o busto dela não segurou as tiras do decote e ela ficou vulnerável.” manu Carvalho

“é clean e, ao mesmo tempo, tem uma atitude bem contemporânea no mix do branco com preto e o laço dourado.” manu Carvalho

“Gosto desse estilo old Hollywood que ela tem. amy não se fantasia, usa cabelos bem marcados e ficou linda.” Lethicia Bronstein

“Branco é difícil, mas nela ficou lindo. o vestido fluido ganhou modernidade com esse laço de metal.” walério Araújo

Em todo tapete vermelho, eles sempre aparecem. Do laço enorme nas costas de Christina Ricci até o look florido de Sarah Jessica Parker, muitas estrelas entraram na mira dos críticos de moda. Sobrou até para Marc Jacobs, que foi com um vestido de renda transparente deixando à mostra sua cueca branca.

Excêntricos Da noite

“a moda é livre, cada um faz o que quer e exercita suas ideias, então, às vezes dá nisso. não gostei e não usaria.” manu Carvalho

“deixaria brilhar as famosas que escolheram minhas roupas e não ao contrário. marc forçou a barra.” Lethicia Bronstein

“ele não precisa disso para aparecer. colocasse uma calça preta ou uma legging para combinar com o sapato medieval.” walério Araújo

“ela quis ousar, mas escolheu uma estampa sem graça. parece tecido de guarda-chuva. me lembrou a rosane collor.” walério Araújo

“parecia uma camponesa velha. não gostei! esperava uma coisa mais moderna. e o que falar do sapatinho com o mesmo forro do vestido?” Lethicia Bronstein

“este vestido tem volumes que são desproporcionais para o tamanho dela e parece uma escultura.” manu Carvalho

“parece um embrulho para presente. a roupa engoliu a atriz e não tinha proporção.” Lethicia Bronstein

“é bem ousado. muita gente pode ter confundido com um presente, mas achei moderno e chique.” walério Araújo

sARAH JEssiCA PARkER

Vestido Valentino Haute Couture

e joias VBH e Fred Leighton

mARC JACoBs Vestido Commes des Garçons

CHRistinA RiCCi Vestido thakoon Panichgul e joias tiffany & Co

surpresa!ela veio

emBrulHada

para presente, né?

ahn?não avisaram

que era um

Baile de Gala?

too much

muita estampa,

muito tecido,

muito exaGero

Baile de Gala do MetAP

AFP

AFP

AFP

Getty

Imag

es

“minimalismo e make nude são a marca registrada de Gwyneth. essa risca no meio com cabelo liso permite roupas com detalhes e brilhos.” marcos Proença

“não gosto de vestido curto para festa black-tie. por mais moderna que você queira ser, ainda tem que ter certos protocolos a seguir.” matheus mazzafera

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16/5/2012 | 33

Apareceu em curtos e minimalistas, como o modelo eleito por Gwyneth Paltrow, longos e assimétricos como o de Amy Adams, ou ainda ousados como o da top model Anja Rubik, que causou polêmica este ano por estar nua sob o vestido.

Deu Branco

metalizadoe não é que o cinto de laço funcionou?

Amy AdAms Vestido

Giambattista Valli Haute Couture,

sapatos Brian Atwood, brincos

Fred Leighton e clutch Judith

Leiber

AnJA RuBik Vestido

Anthony Vaccarello e

joias Eddie Borgo

GwynEtH PALtRow Vestido Prada e joias Anna Hu

cuidado um passo em falso e tudo pode ficar à mostragata

usar curto

não é para

qualquer uma.

mas ela pode

“eu amei, mas parece que sobrou a parte da alcinha. e a fenda está exagerada, mas gostei da ideia de quebrar tudo com o salto preto.” walério Araújo

“a ideia de recortes é interessante, mas não funcionou. o busto dela não segurou as tiras do decote e ela ficou vulnerável.” manu Carvalho

“é clean e, ao mesmo tempo, tem uma atitude bem contemporânea no mix do branco com preto e o laço dourado.” manu Carvalho

“Gosto desse estilo old Hollywood que ela tem. amy não se fantasia, usa cabelos bem marcados e ficou linda.” Lethicia Bronstein

“Branco é difícil, mas nela ficou lindo. o vestido fluido ganhou modernidade com esse laço de metal.” walério Araújo

Em todo tapete vermelho, eles sempre aparecem. Do laço enorme nas costas de Christina Ricci até o look florido de Sarah Jessica Parker, muitas estrelas entraram na mira dos críticos de moda. Sobrou até para Marc Jacobs, que foi com um vestido de renda transparente deixando à mostra sua cueca branca.

Excêntricos Da noite

“a moda é livre, cada um faz o que quer e exercita suas ideias, então, às vezes dá nisso. não gostei e não usaria.” manu Carvalho

“deixaria brilhar as famosas que escolheram minhas roupas e não ao contrário. marc forçou a barra.” Lethicia Bronstein

“ele não precisa disso para aparecer. colocasse uma calça preta ou uma legging para combinar com o sapato medieval.” walério Araújo

“ela quis ousar, mas escolheu uma estampa sem graça. parece tecido de guarda-chuva. me lembrou a rosane collor.” walério Araújo

“parecia uma camponesa velha. não gostei! esperava uma coisa mais moderna. e o que falar do sapatinho com o mesmo forro do vestido?” Lethicia Bronstein

“este vestido tem volumes que são desproporcionais para o tamanho dela e parece uma escultura.” manu Carvalho

“parece um embrulho para presente. a roupa engoliu a atriz e não tinha proporção.” Lethicia Bronstein

“é bem ousado. muita gente pode ter confundido com um presente, mas achei moderno e chique.” walério Araújo

sARAH JEssiCA PARkER

Vestido Valentino Haute Couture

e joias VBH e Fred Leighton

mARC JACoBs Vestido Commes des Garçons

CHRistinA RiCCi Vestido thakoon Panichgul e joias tiffany & Co

surpresa!ela veio

emBrulHada

para presente, né?

ahn?não avisaram

que era um

Baile de Gala?

too much

muita estampa,

muito tecido,

muito exaGero

Baile de Gala do Met

AP

AFP

AFP

AFP

Getty

Imag

es

“minimalismo e make nude são a marca registrada de Gwyneth. essa risca no meio com cabelo liso permite roupas com detalhes e brilhos.” marcos Proença

“não gosto de vestido curto para festa black-tie. por mais moderna que você queira ser, ainda tem que ter certos protocolos a seguir.” matheus mazzafera

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Diversão & Arte

16/5/2012 | 93

• Ney Matogrosso não é estreante no cinema, mas seu último longa foi Sonho de Valsa, lá nos anos 80. Ele retorna às telas na pele de um personagem icôni-co do cinema marginal em Luz nas Trevas – A Volta do Bandido da Luz Vermelha, que acaba de estrear. E atua sob a batuta da atriz Helena Ignez, viúva de Rogério Sganzerla, autor do original O Bandido da Luz Vermelha, de 1968. Na trama, o criminoso continua na prisão, enquanto o filho (o novato André Guerreiro Lopes) segue seus passos de ladrão glamouroso. Incansável aos 70 anos, Ney falou à Gente sobre sua faceta de ator.

• Como foi parar em Luz nas Trevas?• Helena (Ignez) foi ver meu show Inclassificáveis e me esperou na saída para fazer o convite. Aceitei imediata-mente. Gosto muito de cinema. Na ado-lescência, matava aula para ver filmes. É uma forma de exercitar meu lado ator.

• Buscou algo seu para ir de encontro ao personagem?• Claro, sou totalmente de acordo com o pensamento dele. Ambos somos trans-gressores e contestamos o mundo orga-nizado ao nosso redor. Esse é o elo.

• O que acha de um bandido fazer críti-cas sociais, contra a corrupção política e a violência policial?• Ele é um bandido diferente. É ficção,

como já era o primeiro filme, não um retrato do verdadeiro João Acácio. O personagem ficou trancafiado 35 anos e decidiu ser o melhor em tudo o que pudesse. Então, estudou, leu (os filósofos Immanuel) Kant, (Friedrich) Nietzsche, se tornou um cara preparado.

• Ele tem um olhar muito penetrante.• Perguntei à Helena se ele podia ter um olhar de cobra, uma coisa parada, fixa. Ela aprovou, foi muito maleável. Até mudamos um pouco o texto dele porque tinha coisas que se repetiam.

• Filmaram em um presídio?• Sim, em um presídio desativado em São Paulo. A energia era muito estranha. O sofrimento estava impregnado ali.

• Teve alguma resistência em fazer a cena de nudez?• Filmei até um nu frontal. Estava no roteiro, tinha de fazer e fiz, mas depois a Helena achou conveniente deixar de fora. Concordei, tirava o foco da cena. Não tive resistência, apenas comentei que gostava de ficar nu até quando era proibido (risos). Agora todo mundo fica. Vulgarizou.

• Sua boa forma ficou evidente na cena.• Faço ginástica não para ficar forte, mas para manter meu tônus muscular. Agora, sou um homem que exercita

coxas e nádegas. É idiotice exercitar os braços e não a bunda. Exercito o corpo inteiro, do pescoço ao pé.

• Quem a gente vê na tela: o homem ou artista?• Helena disse “quero você todo”. Queria que o Luz Vermelha tivesse meus dois “eus”, o da vida e o do palco. Acho que criei uma dualidade. O personagem tem uma coisa meio star.

• No filme, o filho segue a trajetória de bandidagem do pai. Já sentiu vontade de ter um filho para ver a sua continuidade?• Tive vontade, sim. Agora não mais. Dos 30 aos 40 anos, pensei nisso, mas não queria fazer com qualquer uma só para ter. Filho é uma responsabilidade para sempre. Era para eu ter com alguém com quem pudesse criar e estar junto. Mas minha vida me levava para outra banda. Não dava para ter e largar para trás. E eu não paro.

• Depois de tudo, o bandido diz sonhar ter uma padaria. A liberdade está nos desejos pouco ambiciosos?• Eu me perguntei o mesmo quando li o roteiro. Minha leitura é que ele está sendo cínico. Tentei colocar um deboche ligeiro na fala e fiz uma cara meio irônica.

• Você canta “Sangue Latino” ao final e

‘‘Dos 30 aos 40 anos, pensei nisso (em ter um filho), mas não queria fazer com qualquer uma, só para ter. Era para eu ter com alguém com quem pudesse criar e estar junto. Mas minha vida me levava para outra banda”

cinema • Ney Matogrossoavalia: ★★★★★ indispensável ★★★★ muito bom

★★★ bom ★★ RegulaR ★ fRaco

“Sou um homem que exercita coxaS e

nádegaS”, diz Sobre a boa forma exibida

em cena

O cantor põe o espírito

transgressor a serviço

do cinema ao reinventar

o célebre Bandido da Luz

Vermelha e conta que

fez até nu frontal

Suzana Uchôa itiberê

“GOSTAVA DE FiCAr Nu ATé QuANDO ErA

proibido”

cinema • teatro • música • livros • televisão • gastronomia

a voz do personagem está sobreposta à sua voz. Como pensaram a cena?• Gravei primeiro a minha voz normal, aguda, e depois fiz a grave, do Bandido, que soa mais como um rap. A Helena viu ali uma forma de fundir ele e eu. A música é uma síntese da história. • Você já teve um sentimento de prisão, a vontade de se libertar de alguém ou de alguma coisa? • Tive e me libertei, graças a Deus. Sabe o que acontece? A gente se liberta quando encara a situação e vai lá fuçar. Em geral, quando a coisa assusta, a gente foge. Eu não tenho esse medo, felizmente. Eu vou, eu quero entender, e a resposta está sempre dentro da gente. Só precisa buscar.

Não pensa em acalmar um pouco, agora, aos 70 anos?Já me fiz essa pergunta. Meu Deus, quanto mais velho fico, mais trabalho. Mas tenho saúde e as coisas surgem. Faço as que me interessam. Depois do Bandido, fiz dois filmes: o curta Gosto de Fel, de Beto Besant, e o novo longa do Domingos de Oliveira, a comédia Primeiro Dia de Um Ano Qualquer. Ainda dirigi a cantora Ana Cañas e fiz a iluminação do show da Mart’nália. Vou montar um show com a Marília Bessy aqui no Rio, e depois paro tudo para ensaiar meu novo espetáculo. •

Mar

cos M

ichae

l/Ag

. Isto

é

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Diversão & Arte

16/5/2012 | 93

• Ney Matogrosso não é estreante no cinema, mas seu último longa foi Sonho de Valsa, lá nos anos 80. Ele retorna às telas na pele de um personagem icôni-co do cinema marginal em Luz nas Trevas – A Volta do Bandido da Luz Vermelha, que acaba de estrear. E atua sob a batuta da atriz Helena Ignez, viúva de Rogério Sganzerla, autor do original O Bandido da Luz Vermelha, de 1968. Na trama, o criminoso continua na prisão, enquanto o filho (o novato André Guerreiro Lopes) segue seus passos de ladrão glamouroso. Incansável aos 70 anos, Ney falou à Gente sobre sua faceta de ator.

• Como foi parar em Luz nas Trevas?• Helena (Ignez) foi ver meu show Inclassificáveis e me esperou na saída para fazer o convite. Aceitei imediata-mente. Gosto muito de cinema. Na ado-lescência, matava aula para ver filmes. É uma forma de exercitar meu lado ator.

• Buscou algo seu para ir de encontro ao personagem?• Claro, sou totalmente de acordo com o pensamento dele. Ambos somos trans-gressores e contestamos o mundo orga-nizado ao nosso redor. Esse é o elo.

• O que acha de um bandido fazer críti-cas sociais, contra a corrupção política e a violência policial?• Ele é um bandido diferente. É ficção,

como já era o primeiro filme, não um retrato do verdadeiro João Acácio. O personagem ficou trancafiado 35 anos e decidiu ser o melhor em tudo o que pudesse. Então, estudou, leu (os filósofos Immanuel) Kant, (Friedrich) Nietzsche, se tornou um cara preparado.

• Ele tem um olhar muito penetrante.• Perguntei à Helena se ele podia ter um olhar de cobra, uma coisa parada, fixa. Ela aprovou, foi muito maleável. Até mudamos um pouco o texto dele porque tinha coisas que se repetiam.

• Filmaram em um presídio?• Sim, em um presídio desativado em São Paulo. A energia era muito estranha. O sofrimento estava impregnado ali.

• Teve alguma resistência em fazer a cena de nudez?• Filmei até um nu frontal. Estava no roteiro, tinha de fazer e fiz, mas depois a Helena achou conveniente deixar de fora. Concordei, tirava o foco da cena. Não tive resistência, apenas comentei que gostava de ficar nu até quando era proibido (risos). Agora todo mundo fica. Vulgarizou.

• Sua boa forma ficou evidente na cena.• Faço ginástica não para ficar forte, mas para manter meu tônus muscular. Agora, sou um homem que exercita

coxas e nádegas. É idiotice exercitar os braços e não a bunda. Exercito o corpo inteiro, do pescoço ao pé.

• Quem a gente vê na tela: o homem ou artista?• Helena disse “quero você todo”. Queria que o Luz Vermelha tivesse meus dois “eus”, o da vida e o do palco. Acho que criei uma dualidade. O personagem tem uma coisa meio star.

• No filme, o filho segue a trajetória de bandidagem do pai. Já sentiu vontade de ter um filho para ver a sua continuidade?• Tive vontade, sim. Agora não mais. Dos 30 aos 40 anos, pensei nisso, mas não queria fazer com qualquer uma só para ter. Filho é uma responsabilidade para sempre. Era para eu ter com alguém com quem pudesse criar e estar junto. Mas minha vida me levava para outra banda. Não dava para ter e largar para trás. E eu não paro.

• Depois de tudo, o bandido diz sonhar ter uma padaria. A liberdade está nos desejos pouco ambiciosos?• Eu me perguntei o mesmo quando li o roteiro. Minha leitura é que ele está sendo cínico. Tentei colocar um deboche ligeiro na fala e fiz uma cara meio irônica.

• Você canta “Sangue Latino” ao final e

‘‘Dos 30 aos 40 anos, pensei nisso (em ter um filho), mas não queria fazer com qualquer uma, só para ter. Era para eu ter com alguém com quem pudesse criar e estar junto. Mas minha vida me levava para outra banda”

cinema • Ney Matogrossoavalia: ★★★★★ indispensável ★★★★ muito bom

★★★ bom ★★ RegulaR ★ fRaco

“Sou um homem que exercita coxaS e

nádegaS”, diz Sobre a boa forma exibida

em cena

O cantor põe o espírito

transgressor a serviço

do cinema ao reinventar

o célebre Bandido da Luz

Vermelha e conta que

fez até nu frontal

Suzana Uchôa itiberê

“GOSTAVA DE FiCAr Nu ATé QuANDO ErA

proibido”

cinema • teatro • música • livros • televisão • gastronomia

a voz do personagem está sobreposta à sua voz. Como pensaram a cena?• Gravei primeiro a minha voz normal, aguda, e depois fiz a grave, do Bandido, que soa mais como um rap. A Helena viu ali uma forma de fundir ele e eu. A música é uma síntese da história. • Você já teve um sentimento de prisão, a vontade de se libertar de alguém ou de alguma coisa? • Tive e me libertei, graças a Deus. Sabe o que acontece? A gente se liberta quando encara a situação e vai lá fuçar. Em geral, quando a coisa assusta, a gente foge. Eu não tenho esse medo, felizmente. Eu vou, eu quero entender, e a resposta está sempre dentro da gente. Só precisa buscar.

Não pensa em acalmar um pouco, agora, aos 70 anos?Já me fiz essa pergunta. Meu Deus, quanto mais velho fico, mais trabalho. Mas tenho saúde e as coisas surgem. Faço as que me interessam. Depois do Bandido, fiz dois filmes: o curta Gosto de Fel, de Beto Besant, e o novo longa do Domingos de Oliveira, a comédia Primeiro Dia de Um Ano Qualquer. Ainda dirigi a cantora Ana Cañas e fiz a iluminação do show da Mart’nália. Vou montar um show com a Marília Bessy aqui no Rio, e depois paro tudo para ensaiar meu novo espetáculo. •

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16/5/2012 | 57

“Antigamente, o Brasil era muito mais chique”

• Suas primeiras agulhas, linhas e trapinhos de pano ela ganhou da mãe, aos 6 anos, um mimo de viagem comprado em São Paulo. À época, em plenos anos 50, a pequena Gloria vivia em Itabuna, no interior da Bahia e ali foi criada até a pré-adolescência. Naquela noite ela não conseguiu pegar no sono, ani-mada que estava com a cestinha de costura. Um sinal premonitório do que estaria por vir em sua vida.

Hoje, aos 59 anos, Gloria Coelho respira moda. Tem uma carreira sólida e identidade própria no mercado fashion. Fora isso, foi casada com um estilista e deu à luz outro, res-pectivamente Reinaldo e Pedro Lourenço. Tanto envolvimento com o tema a credencia para afirmar: “Antigamente, o Brasil era mui-to mais chique”. Ela explica. Ainda na infân-cia, ela lembra da mãe, sob o escaldante calor baiano, toda arrumada e usando luvas, “da-quelas de furinhos para a pele respirar”.

Desse período ela guarda muito mais do que lembranças. Nascida em Minas Gerais, em Pedra Azul, bem na divisa com a Bahia, ela foi criada no Estado vizinho e logo adquiriu certa baianidade em sua personalidade. “Mi-

nha mãe falava que baiano burro nasce morto! Os baianos são intelectuais, interessados e curiosos. Têm a cabeça aberta”, conta.

Filha de fazendeiro que se tornou empresá-rio do ramo dos transportes, ela estudou – jun-to com a irmã mais velha, Graça, em colégio interno. Depois, cursou o colegial no IAD-Instituto de Arte e Decoração, onde tomou lições de livre expressão, desenho arquitetôni-co e francês. Não era exatamente boa aluna, mas já fazia sucesso com as colegas vendendo as camisetas que ela mesma confeccionava. “Fazer roupas era uma diversão. Naquela épo-ca, eu já oferecia esse serviço às minhas ami-gas. Foi assim que tudo começou.”

Em seu ateliê, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, Gloria – acompanhada do ex-marido e do filho – recebeu Gente para con-tar do passado e do presente. Tudo sob a orientação dos astros – ela faz mapa astral semanalmente e tem até um aplicativo no celular para acompanhar as conjunções. Mais magra, solteira e feliz, a estilista fala da separação após 18 anos de união, da relação com o filho pródigo e de sua amizade com crianças: “Elas são mais puras e divertidas.”

Referência da moda brasileira, GloRia Coelho conta à Gente sua trajetória desde a primeira cestinha de costura, recebida de presente aos 6 anos, no interior da Bahia, até hoje. e acredita que, no passado, se vivia com mais elegância no PaísPOR Bianca ZaramellafOtOS joão castellano/ag. istoÉ

• Como começou seu interesse por moda?• Gloria. Aos 6 anos, eu gostava das aulas de bordado na escola em Itabuna, perto de Ihéus, na Bahia, onde morei na infância. Ajudava a me concentrar. Ficamos três anos lá e me lembro da noite que minha mãe chegou de São Paulo com meu pai, que, nessa época, organizavam nossa vinda para cá, e me trouxe uma cesta de costura. Nesse dia, fiquei brincando com os elementos de costura e não dormi a noite toda. Foi um sinal.

• Quando começou a costurar de fato?• Quando tinha 11 anos, no auge dos anos 60, começou a aumentar a boca das calças e fiquei emocionada com a moda. Naquela época, já morando em São Paulo, eu gastava todo o meu dinheiro em roupas. Minhas amigas tinham costureiras e era eu quem desenhava tudo para elas, escolhia os teci-dos e definia o que elas iam vestir.

• Nunca fez roupas para sua mãe?• Não. Quem a vestiu foi o Pedro. Ele pega-va os tecidos e fazia várias roupas para ela quando tinha 9 anos, ele dava de presente

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16/5/2012 | 57

“Antigamente, o Brasil era muito mais chique”

• Suas primeiras agulhas, linhas e trapinhos de pano ela ganhou da mãe, aos 6 anos, um mimo de viagem comprado em São Paulo. À época, em plenos anos 50, a pequena Gloria vivia em Itabuna, no interior da Bahia e ali foi criada até a pré-adolescência. Naquela noite ela não conseguiu pegar no sono, ani-mada que estava com a cestinha de costura. Um sinal premonitório do que estaria por vir em sua vida.

Hoje, aos 59 anos, Gloria Coelho respira moda. Tem uma carreira sólida e identidade própria no mercado fashion. Fora isso, foi casada com um estilista e deu à luz outro, res-pectivamente Reinaldo e Pedro Lourenço. Tanto envolvimento com o tema a credencia para afirmar: “Antigamente, o Brasil era mui-to mais chique”. Ela explica. Ainda na infân-cia, ela lembra da mãe, sob o escaldante calor baiano, toda arrumada e usando luvas, “da-quelas de furinhos para a pele respirar”.

Desse período ela guarda muito mais do que lembranças. Nascida em Minas Gerais, em Pedra Azul, bem na divisa com a Bahia, ela foi criada no Estado vizinho e logo adquiriu certa baianidade em sua personalidade. “Mi-

nha mãe falava que baiano burro nasce morto! Os baianos são intelectuais, interessados e curiosos. Têm a cabeça aberta”, conta.

Filha de fazendeiro que se tornou empresá-rio do ramo dos transportes, ela estudou – jun-to com a irmã mais velha, Graça, em colégio interno. Depois, cursou o colegial no IAD-Instituto de Arte e Decoração, onde tomou lições de livre expressão, desenho arquitetôni-co e francês. Não era exatamente boa aluna, mas já fazia sucesso com as colegas vendendo as camisetas que ela mesma confeccionava. “Fazer roupas era uma diversão. Naquela épo-ca, eu já oferecia esse serviço às minhas ami-gas. Foi assim que tudo começou.”

Em seu ateliê, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, Gloria – acompanhada do ex-marido e do filho – recebeu Gente para con-tar do passado e do presente. Tudo sob a orientação dos astros – ela faz mapa astral semanalmente e tem até um aplicativo no celular para acompanhar as conjunções. Mais magra, solteira e feliz, a estilista fala da separação após 18 anos de união, da relação com o filho pródigo e de sua amizade com crianças: “Elas são mais puras e divertidas.”

Referência da moda brasileira, GloRia Coelho conta à Gente sua trajetória desde a primeira cestinha de costura, recebida de presente aos 6 anos, no interior da Bahia, até hoje. e acredita que, no passado, se vivia com mais elegância no PaísPOR Bianca ZaramellafOtOS joão castellano/ag. istoÉ

• Como começou seu interesse por moda?• Gloria. Aos 6 anos, eu gostava das aulas de bordado na escola em Itabuna, perto de Ihéus, na Bahia, onde morei na infância. Ajudava a me concentrar. Ficamos três anos lá e me lembro da noite que minha mãe chegou de São Paulo com meu pai, que, nessa época, organizavam nossa vinda para cá, e me trouxe uma cesta de costura. Nesse dia, fiquei brincando com os elementos de costura e não dormi a noite toda. Foi um sinal.

• Quando começou a costurar de fato?• Quando tinha 11 anos, no auge dos anos 60, começou a aumentar a boca das calças e fiquei emocionada com a moda. Naquela época, já morando em São Paulo, eu gastava todo o meu dinheiro em roupas. Minhas amigas tinham costureiras e era eu quem desenhava tudo para elas, escolhia os teci-dos e definia o que elas iam vestir.

• Nunca fez roupas para sua mãe?• Não. Quem a vestiu foi o Pedro. Ele pega-va os tecidos e fazia várias roupas para ela quando tinha 9 anos, ele dava de presente

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para ela e ela amava. Minha mãe sempre foi muito elegante e antigamente o Brasil era muito mais chique. Recordo-me que, ainda na Bahia, ela usava luvas, com furinhos para a pele respirar. Eram os famosos anos 50 e 60, então tudo era muito chique. Talvez eu goste de linhas clássicas por isso. Hoje as pessoas evitam até o preto porque retém mais calor.

• A moda está enraizada na sua vida: você foi casada com um estilista (Reinaldo Lourenço) e tem um filho (Pedro) que é um talento fashion internacional. Aliás, como notou a afinidade dele com a moda?• Quando ele era criança eu achava que o Pe-dro ia odiar a moda porque a gente falava tanto disso em casa! Mas quando ele tinha 3 anos, a stylist Flávia Lafer nos visitou e esta-va usando uma saia de lenços do Martin Margiela. O Pedro virou para ela e disse: “Nossa linda sua saia! De onde é?”. Fiquei impressionada! A Flávia acabou virando a primeira musa do Pedro.

‘‘Eu tinha (medo da morte) mas perdi com a ajuda do Harry Potter. Com o último livro dele, na verdade. No filme, tem um momento em que ele morre (...) mas volta do céu e vê, sem medo, a figura ruim do Lorde Voldemort’’

‘‘Agora estou sozinha e gosto muito da minha companhia. Hoje sinto o paladar, os aromas e as imagens de outra forma. E tenho usado roupas de outras épocas. Roupas têm história e, de vez em quando, a gente gosta de voltar no tempo, não é?’’

bastante, mas depois entendi que era outro momento. O Reinaldo substituía aquela construção de amor e de marido que eu ti-nha por ele para uma construção de amigo querido que estava no coração. É muito im-portante no casamento a amizade, a cum-plicidade e o amor.

• E o Pedro, como lidou com a situação?• Superbem. A gente procura passar tudo de melhor para o filho, mas cada pessoa tem uma essência e acho que cada um é um.

• Como é a Gloria agora, nesse novo momento de vida? • Eu estive bem a vida inteira. Quando crian-ça, depois adolescente, melhor ainda! Ter um filho foi o máximo e, agora, busco descobrir o que eu quero. Isso é o mais difícil.

• Você está bem mais magra. Como conseguiu perder peso? • A questão é que quando você está cuidando dos outros, da família, às vezes você se entrega

à ansiedade das conversas da mesa e vai co-mendo sem sentir. Quando está sozinha, você cuida de si mesma, se concentra na comida e sente os sabores porque é só você ali.

• O que mudou com a troca de manequim?• Agora estou sozinha e gosto muito da mi-nha companhia. Hoje sinto o paladar, os aromas e as imagens de outra forma. E te-nho usado roupas de outras épocas. Esta mesmo de hoje é antiga. Roupas têm histó-ria e, de vez em quando, a gente gosta de voltar no tempo, não é?

• Está namorando? • Não estou namorando. Queria um compa-nheiro para ir ao cinema, trocar ideias e conversar. É muito bom cuidar um pouco também. Gosto de cuidar e ser cuidada. Todo mundo precisa namorar.

• Se não fosse estilista, o que seria?• Seria arquiteta e teria loteamentos e constru-toras para fazer casas. Ou quem sabe seria cientista e faria vitaminas? Ou teria uma grá-fica, para publicar livros de criança. Adoro crianças, adoraria ter netos. Sabia que tenho amigos crianças? Não sei por que, mas neste momento tenho três amigos de 12 anos.

• E do que conversa com eles? De tudo! Música, filmes... Um deles, por exemplo, gosta de moda. Os outros dois são belgas. A gente viaja junto, faz fotos, nada e se diverte! E tenho amigos “mais velhos”, de 16 anos e de 20, que são os filhos do (empre-sário) Marcus Elias. A gente é supergrudado. A Bárbara Elias me ensina muito. É da mi-nha personalidade. Sempre me relacionei bem com as crianças. Às vezes até prefiro fi-

car com elas que com os adultos. São mais puras e divertidas.

• O que faz para relaxar? Quando estou muito estressada coloco filmes de criança e fico assistindo em casa. Gosto das histórias dos lendários, como Harry Porter. Sabe que outro dia eu assisti Procurando Nemo? Achei a coisa mais linda do mundo!

• Tem medo da morte? Eu tinha, mas perdi com a ajuda do Harry Porter. Com o último livro dele, na verdade. Eu já gostava muito do personagem, mas des-cobri que a escritora ( J.K. Rowling) é leonina como eu e gosta de magia. No filme, tem um momento em que ele morre e encontra com o Dumbledore no metrô. Ele volta do céu e vê, sem medo, a figura ruim do Lord Voldemort.

•Você acredita em vida após a morte?Sim. Acho que é uma passagem e acredito que somos um só. Pela física quântica, somos todos entrelaçados por átomos. Tudo é energia. •

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No ateliê da estilista, em São Paulo, a presença do ex-marido Reinaldo Lourenço e do filho, Pedro, é constante: “É muito importante a amizade no casamento.”

“Sofri bastante (com a separação), mas depois entendi que o Reinaldo substituía aquela construção de amor e de marido para uma de amigo”

• Que dica daria para os jovens que querem entrar no mercado da moda? • Diria que existe muito trabalho e muitas opções interessantes e melhores do que o de estilista, que é escravo (risos). Só se for muito apaixonado e quiser trabalhar 24 horas por dia. É um ritmo tão louco que não indicaria.

• Você e Pedro moram em casas separadas. Como é a relação de mãe e filho?• Sim, moramos. O Pedro é muito indepen-dente. Falamos de trabalho, de organização e administração. Mas eu queria que ele en-tendesse mais de medicina naturalista, para fazer mais tratamentos naturais sem tantos remédios alopatas. Gosto de passar os con-ceitos que acho que são mais saudáveis.

• Queria ter tido mais filhos?• Queria sim e não veio.

• Como foi separar-se após 18 anos de união com Reinaldo? • Foi difícil. Durante um mês e meio sofri

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para ela e ela amava. Minha mãe sempre foi muito elegante e antigamente o Brasil era muito mais chique. Recordo-me que, ainda na Bahia, ela usava luvas, com furinhos para a pele respirar. Eram os famosos anos 50 e 60, então tudo era muito chique. Talvez eu goste de linhas clássicas por isso. Hoje as pessoas evitam até o preto porque retém mais calor.

• A moda está enraizada na sua vida: você foi casada com um estilista (Reinaldo Lourenço) e tem um filho (Pedro) que é um talento fashion internacional. Aliás, como notou a afinidade dele com a moda?• Quando ele era criança eu achava que o Pe-dro ia odiar a moda porque a gente falava tanto disso em casa! Mas quando ele tinha 3 anos, a stylist Flávia Lafer nos visitou e esta-va usando uma saia de lenços do Martin Margiela. O Pedro virou para ela e disse: “Nossa linda sua saia! De onde é?”. Fiquei impressionada! A Flávia acabou virando a primeira musa do Pedro.

‘‘Eu tinha (medo da morte) mas perdi com a ajuda do Harry Potter. Com o último livro dele, na verdade. No filme, tem um momento em que ele morre (...) mas volta do céu e vê, sem medo, a figura ruim do Lorde Voldemort’’

‘‘Agora estou sozinha e gosto muito da minha companhia. Hoje sinto o paladar, os aromas e as imagens de outra forma. E tenho usado roupas de outras épocas. Roupas têm história e, de vez em quando, a gente gosta de voltar no tempo, não é?’’

bastante, mas depois entendi que era outro momento. O Reinaldo substituía aquela construção de amor e de marido que eu ti-nha por ele para uma construção de amigo querido que estava no coração. É muito im-portante no casamento a amizade, a cum-plicidade e o amor.

• E o Pedro, como lidou com a situação?• Superbem. A gente procura passar tudo de melhor para o filho, mas cada pessoa tem uma essência e acho que cada um é um.

• Como é a Gloria agora, nesse novo momento de vida? • Eu estive bem a vida inteira. Quando crian-ça, depois adolescente, melhor ainda! Ter um filho foi o máximo e, agora, busco descobrir o que eu quero. Isso é o mais difícil.

• Você está bem mais magra. Como conseguiu perder peso? • A questão é que quando você está cuidando dos outros, da família, às vezes você se entrega

à ansiedade das conversas da mesa e vai co-mendo sem sentir. Quando está sozinha, você cuida de si mesma, se concentra na comida e sente os sabores porque é só você ali.

• O que mudou com a troca de manequim?• Agora estou sozinha e gosto muito da mi-nha companhia. Hoje sinto o paladar, os aromas e as imagens de outra forma. E te-nho usado roupas de outras épocas. Esta mesmo de hoje é antiga. Roupas têm histó-ria e, de vez em quando, a gente gosta de voltar no tempo, não é?

• Está namorando? • Não estou namorando. Queria um compa-nheiro para ir ao cinema, trocar ideias e conversar. É muito bom cuidar um pouco também. Gosto de cuidar e ser cuidada. Todo mundo precisa namorar.

• Se não fosse estilista, o que seria?• Seria arquiteta e teria loteamentos e constru-toras para fazer casas. Ou quem sabe seria cientista e faria vitaminas? Ou teria uma grá-fica, para publicar livros de criança. Adoro crianças, adoraria ter netos. Sabia que tenho amigos crianças? Não sei por que, mas neste momento tenho três amigos de 12 anos.

• E do que conversa com eles? De tudo! Música, filmes... Um deles, por exemplo, gosta de moda. Os outros dois são belgas. A gente viaja junto, faz fotos, nada e se diverte! E tenho amigos “mais velhos”, de 16 anos e de 20, que são os filhos do (empre-sário) Marcus Elias. A gente é supergrudado. A Bárbara Elias me ensina muito. É da mi-nha personalidade. Sempre me relacionei bem com as crianças. Às vezes até prefiro fi-

car com elas que com os adultos. São mais puras e divertidas.

• O que faz para relaxar? Quando estou muito estressada coloco filmes de criança e fico assistindo em casa. Gosto das histórias dos lendários, como Harry Porter. Sabe que outro dia eu assisti Procurando Nemo? Achei a coisa mais linda do mundo!

• Tem medo da morte? Eu tinha, mas perdi com a ajuda do Harry Porter. Com o último livro dele, na verdade. Eu já gostava muito do personagem, mas des-cobri que a escritora ( J.K. Rowling) é leonina como eu e gosta de magia. No filme, tem um momento em que ele morre e encontra com o Dumbledore no metrô. Ele volta do céu e vê, sem medo, a figura ruim do Lord Voldemort.

•Você acredita em vida após a morte?Sim. Acho que é uma passagem e acredito que somos um só. Pela física quântica, somos todos entrelaçados por átomos. Tudo é energia. •

16/5/2012 | 59

No ateliê da estilista, em São Paulo, a presença do ex-marido Reinaldo Lourenço e do filho, Pedro, é constante: “É muito importante a amizade no casamento.”

“Sofri bastante (com a separação), mas depois entendi que o Reinaldo substituía aquela construção de amor e de marido para uma de amigo”

• Que dica daria para os jovens que querem entrar no mercado da moda? • Diria que existe muito trabalho e muitas opções interessantes e melhores do que o de estilista, que é escravo (risos). Só se for muito apaixonado e quiser trabalhar 24 horas por dia. É um ritmo tão louco que não indicaria.

• Você e Pedro moram em casas separadas. Como é a relação de mãe e filho?• Sim, moramos. O Pedro é muito indepen-dente. Falamos de trabalho, de organização e administração. Mas eu queria que ele en-tendesse mais de medicina naturalista, para fazer mais tratamentos naturais sem tantos remédios alopatas. Gosto de passar os con-ceitos que acho que são mais saudáveis.

• Queria ter tido mais filhos?• Queria sim e não veio.

• Como foi separar-se após 18 anos de união com Reinaldo? • Foi difícil. Durante um mês e meio sofri

Page 24: ISTOÉ GENTE 662

• Por Silviane Neno

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Estilo CasaESPECIAL

Gabr

iel C

hiar

aste

lli/A

g. Is

toé

Raquel Silveira a criadora da Mostra Black

em seu apê em São Paulo com décor assinado

por ela

Gente mostra as casas e o life style de sete top designers que participam da mais exclusiva mostra de decoração do Brasil. De 22 de maio a 24 de junho, a Hyundai Mostra Black ocupa um casarão modernista em São Paulo, disposta a dar o que falar

o LUXomora assim

• Há dois anos a arquiteta Raquel Silveira teve um insight de que havia espaço para uma mos-tra mais exclusiva de decoração no Brasil.Algo de novo que reunisse, no mesmo lugar, arquitetos, decoradores e paisagistas brasilei-ros considerados bambas. Aqueles que vira-ram sinônimo de estilo, de grife, e também os novos talentos, os que representam o frescor do presente e futuro. Gente que fincou o pé direito nesse seleto time dos que arquitetam a arte de morar com bom gosto.

A mostra foi chamada de Black. Porque black virou sinônimo de melhor, do self- made, de um jeito de ser sofisticado. Black label, black card, black music, agenda black, black is beautiful…

E nada mais black do que a morada que abre esse Estilo Casa especial. Raquel Sil-veira em seu apartamento paulistano. Tão black quanto ela. Nas páginas a seguir, em casa também, 6 dos 22 arquitetos, decorado-res e paisagistas que vão mostrar, com seus espaços, porque viraram referência no que fazem.

Nao são Blacks por acaso. • (Colaborou JulIa lEÃo)

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• Por Silviane Neno

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Estilo CasaESPECIAL

Gabr

iel C

hiar

aste

lli/A

g. Is

toé

Raquel Silveira a criadora da Mostra Black

em seu apê em São Paulo com décor assinado

por ela

Gente mostra as casas e o life style de sete top designers que participam da mais exclusiva mostra de decoração do Brasil. De 22 de maio a 24 de junho, a Hyundai Mostra Black ocupa um casarão modernista em São Paulo, disposta a dar o que falar

o LUXomora assim

• Há dois anos a arquiteta Raquel Silveira teve um insight de que havia espaço para uma mos-tra mais exclusiva de decoração no Brasil.Algo de novo que reunisse, no mesmo lugar, arquitetos, decoradores e paisagistas brasilei-ros considerados bambas. Aqueles que vira-ram sinônimo de estilo, de grife, e também os novos talentos, os que representam o frescor do presente e futuro. Gente que fincou o pé direito nesse seleto time dos que arquitetam a arte de morar com bom gosto.

A mostra foi chamada de Black. Porque black virou sinônimo de melhor, do self- made, de um jeito de ser sofisticado. Black label, black card, black music, agenda black, black is beautiful…

E nada mais black do que a morada que abre esse Estilo Casa especial. Raquel Sil-veira em seu apartamento paulistano. Tão black quanto ela. Nas páginas a seguir, em casa também, 6 dos 22 arquitetos, decorado-res e paisagistas que vão mostrar, com seus espaços, porque viraram referência no que fazem.

Nao são Blacks por acaso. • (Colaborou JulIa lEÃo)

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14/01/2011 | 63

Estilo CasaESPECIAL

SIG BERGAMIN

O estilo Sig. Mais do que um nome, uma escola. Atrás dele vieram vários. Mas, poucos, pouquíssimos, sabem compor

misturas, arriscar e criar cenários tão ousados quanto

o paulista de Mirassol. Globotroter de carteirinha, ele recolhe de suas andanças pelo mundo as peças de sua

assemblage particular.Para a segunda edição da

mostra Black, ele construiu uma sala imaginada como

morada de um escritor americano no deserto da Califórnia nos anos 60.

Em 100 m² Sig vai propor uma viagem a uma

atmosfera modernista e atual. Lareira e terraço,

cores, madeira e veludo, bem no estilo Sig.

MURILO LOMAS

Um dos novos nomes da arquitetura, Murilo é um apaixonado pela beleza e estética do equilíbrio. Ao lado de Sig, ele também comunga da inovação de

texturas e liberdade no uso de materiais e etnias.

A dupla combina em tudo, até quando resolve não

combinar. Seu ambiente será a ‘Sala Pop’, inspirada em

Hollywood e na cultura dos anos 70. No espaço de

60 m², o destaque são os papéis de parede, espelhos,

couro, latão e aço.

Rom

ulo F

iald

ini

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Estilo CasaESPECIAL

SIG BERGAMIN

O estilo Sig. Mais do que um nome, uma escola. Atrás dele vieram vários. Mas, poucos, pouquíssimos, sabem compor

misturas, arriscar e criar cenários tão ousados quanto

o paulista de Mirassol. Globotroter de carteirinha, ele recolhe de suas andanças pelo mundo as peças de sua

assemblage particular.Para a segunda edição da

mostra Black, ele construiu uma sala imaginada como

morada de um escritor americano no deserto da Califórnia nos anos 60.

Em 100 m² Sig vai propor uma viagem a uma

atmosfera modernista e atual. Lareira e terraço,

cores, madeira e veludo, bem no estilo Sig.

MURILO LOMAS

Um dos novos nomes da arquitetura, Murilo é um apaixonado pela beleza e estética do equilíbrio. Ao lado de Sig, ele também comunga da inovação de

texturas e liberdade no uso de materiais e etnias.

A dupla combina em tudo, até quando resolve não

combinar. Seu ambiente será a ‘Sala Pop’, inspirada em

Hollywood e na cultura dos anos 70. No espaço de

60 m², o destaque são os papéis de parede, espelhos,

couro, latão e aço.

Rom

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iald

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Estilo CasaESPECIAL

JORGE ELIAS

Há 30 anos ele é referência de luxo no

mercado paulistano. Ao redor desse jardim ,com projeto do paisagista e

amigo Rubens Almeida, Jorge Elias mantém uma impressionante coleção de

obras de arte. A casa no estilo hôtel particulier, no Jardim Europa, foi inteira decorada por ele e é também cenário das festas mais elegantes da pauliceia. Nesta edição da mostra, ele preparou uma sala íntima inspirada nas décadas de 1940 e 1950.

O décor resgata o tropicalismo da época,

mesclado ao estilo barroco. Jorge usou palha, bambu e fibras naturais para compor um ambiente com natureza

sofisticada, como a dele.

Juca

Rod

rigue

s/Ag

. Isto

é

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Estilo CasaESPECIAL

JORGE ELIAS

Há 30 anos ele é referência de luxo no

mercado paulistano. Ao redor desse jardim ,com projeto do paisagista e

amigo Rubens Almeida, Jorge Elias mantém uma impressionante coleção de

obras de arte. A casa no estilo hôtel particulier, no Jardim Europa, foi inteira decorada por ele e é também cenário das festas mais elegantes da pauliceia. Nesta edição da mostra, ele preparou uma sala íntima inspirada nas décadas de 1940 e 1950.

O décor resgata o tropicalismo da época,

mesclado ao estilo barroco. Jorge usou palha, bambu e fibras naturais para compor um ambiente com natureza

sofisticada, como a dele.

Juca

Rod

rigue

s/Ag

. Isto

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DAVID BASTOS

O arquiteto mais famoso da Bahia ganhou o mundo.

David começou criando projetos de habitação popular

e planejamento urbano e hoje tem obras assinadas em várias cidades brasileiras, em Londres, Miami, Nova York

e Dubai. Saíram de suas pranchetas as casas de praia

de outros baianos ilustres como Ivete Sangalo, Daniela

Mercury e do publicitário Nizan Guanaes. E foi com o pé na areia que ele se criou

seu espaço “Estar Praia” para a mostra. Foi buscar inspiração na moda, arte e fotografia e usou réplicas

antigas de barcos, objetos em forma de coral e os papéis de parede em tons de azul,

branco e vermelho.

16/5/2012 | 67

Estilo CasaESPECIAL

ANA MARIA VIEIRA SANTOS

Com 30 anos de mercado, a mineira é conhecida pelo seu estilo neutro, atemporal

e classudo. Na sua casa de praia no litoral de São Paulo ela tira proveito da

paisagem para criar um dos ambientes mais agradáveis

da construção. Para a mostra Black, Ana Maria

criou uma sala voltada para o universo masculino, com uma adega para 200

garrafas, mesa de jogos e um jardim. Todo o vidro usado no espaço é reciclável e as fotos expostas são de suas

viagens ao redor do mundo.

Mar

celo

Liso

/Ag.

Isto

é

Mar

celo

Nav

arro

/Ag.

Isto

é

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DAVID BASTOS

O arquiteto mais famoso da Bahia ganhou o mundo.

David começou criando projetos de habitação popular

e planejamento urbano e hoje tem obras assinadas em várias cidades brasileiras, em Londres, Miami, Nova York

e Dubai. Saíram de suas pranchetas as casas de praia

de outros baianos ilustres como Ivete Sangalo, Daniela

Mercury e do publicitário Nizan Guanaes. E foi com o pé na areia que ele se criou

seu espaço “Estar Praia” para a mostra. Foi buscar inspiração na moda, arte e fotografia e usou réplicas

antigas de barcos, objetos em forma de coral e os papéis de parede em tons de azul,

branco e vermelho.

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Estilo CasaESPECIAL

ANA MARIA VIEIRA SANTOS

Com 30 anos de mercado, a mineira é conhecida pelo seu estilo neutro, atemporal

e classudo. Na sua casa de praia no litoral de São Paulo ela tira proveito da

paisagem para criar um dos ambientes mais agradáveis

da construção. Para a mostra Black, Ana Maria

criou uma sala voltada para o universo masculino, com uma adega para 200

garrafas, mesa de jogos e um jardim. Todo o vidro usado no espaço é reciclável e as fotos expostas são de suas

viagens ao redor do mundo.

Mar

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Liso

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Isto

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Mar

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/Ag.

Isto

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Estilo CasaESPECIAL

ALEx HANAzAkI

Na primeira edição da Black no ano passado, os jardins de Hana, como ele é chamado

pelos amigos, foi um dos ambientes mais elogiados da mostra. Este ano, não deve

ser diferente. Os 800 m² de seu espaço foram

inspirados em sua infância em Presidente Prudente, interior de São Paulo, e aguçam a curiosidade do público com dois espelhos

d’água, que dão a impressão de que o visitante está

flutuando. Alex também usou 700 mudas de

bambu da fortuna, duas cerejeiras sexagenárias, uma

magnóloia centenária e um ipê roxo. A obra leva o nome de Hana Zaki, que

significa em japonês resgatar as coisas simples numa

versão contemporânea. Não foi à toa a indicação pela

revista americana Garden Design como “o homem

capaz de transformar simples ambientes em

magníficos jardins”. Mar

celo

Nav

arro

/Ag.

Isto

é

BETO GALVEz

Ao lado da sócia e amiga Nórea De Vitto, ele

forma uma das duplas mais bem-sucedidas do universo do décor. Além disso, os dois são chiques,

discretos e elegantes, como os ambientes que assinam, em São Paulo ou Nova York. São craques no contraste entre o claro e o escuro e o clássico e o moderno. Para a Black eles criaram uma

sala inspirada na casa de uma colecionadora de arte. Para valorizar as

peças, usaram tons neutros como o off-white. O

design contemporâneo do mobiliário foi equilibrado

com peças clássicas, em madeira e couro,

que imprimem a marca da dupla.

Rafa

el H

upse

l/Ag

. Isto

é

Rafa

le H

upse

l/Ag

. Isto

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Estilo CasaESPECIAL

ALEx HANAzAkI

Na primeira edição da Black no ano passado, os jardins de Hana, como ele é chamado

pelos amigos, foi um dos ambientes mais elogiados da mostra. Este ano, não deve

ser diferente. Os 800 m² de seu espaço foram

inspirados em sua infância em Presidente Prudente, interior de São Paulo, e aguçam a curiosidade do público com dois espelhos

d’água, que dão a impressão de que o visitante está

flutuando. Alex também usou 700 mudas de

bambu da fortuna, duas cerejeiras sexagenárias, uma

magnóloia centenária e um ipê roxo. A obra leva o nome de Hana Zaki, que

significa em japonês resgatar as coisas simples numa

versão contemporânea. Não foi à toa a indicação pela

revista americana Garden Design como “o homem

capaz de transformar simples ambientes em

magníficos jardins”. Mar

celo

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Isto

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BETO GALVEz

Ao lado da sócia e amiga Nórea De Vitto, ele

forma uma das duplas mais bem-sucedidas do universo do décor. Além disso, os dois são chiques,

discretos e elegantes, como os ambientes que assinam, em São Paulo ou Nova York. São craques no contraste entre o claro e o escuro e o clássico e o moderno. Para a Black eles criaram uma

sala inspirada na casa de uma colecionadora de arte. Para valorizar as

peças, usaram tons neutros como o off-white. O

design contemporâneo do mobiliário foi equilibrado

com peças clássicas, em madeira e couro,

que imprimem a marca da dupla.

Rafa

el H

upse

l/Ag

. Isto

é

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Especial

16/5/2012 | 53

IsabelI Fontana leva os filhos ZIon e lucas para o trabalho, diz preferir que os meninos tenham carreiras mais anônimas e sugere que seu casamento com o jamaicano Rohan Marley seja em uma cerimônia apenas civil. e no brasilPOR Simone BlaneS

• Levar os filhos para conhecer o ambiente de trabalho da mamãe é hábito comum nos dias de hoje. Mas fazê-los participar direta-mente do ganha-pão já são outros quinhen-tos. A top Isabeli Fontana aceitou o desafio e colocou-se diante das câmeras com os filhos Zion, 9 anos, e Lucas, 5, para a campanha de verão 2013 da grife Joy. Em um estúdio em São Paulo, uma cozinha foi montada para a farra que acabou virando a sessão de fotos. “Já tinham me convidado antes, mas foi a primeira vez que faço fotos com eles. Quis fazer também para congelar a imagem, sabe? Colocar um quadro no meio da minha sala com eles assim, crianças. Foi uma tarde de brincadeiras, como se estivéssemos em casa, mas com hora para tomar leite, brincar um pouquinho. Fiquei feliz porque eles curti-ram”, contou a top.

Lucas, o mais novo, não entendeu o por-quê de tantos cliques e flashes. “Mas mamãe, para que você tem que tirar tanta foto? Já não tem o suficiente?” O argumento de Isabeli foi irrefutável e deu mais ânimo ao guri. “Quanto mais fotos a mamãe faz, mais di-nheiro eu ganho para poder dar as coisas para vocês: presentes, aula de natação, o mo-torista que leva vocês...” O menino, pronta-mente, revigorou o sorriso. M

idor

i de l

ucca

/Div

ulga

ção

Lucas, Isabeli e Zion fazem farra

na cozinha armada para a campanha:

trabalho em famíliaPURADIVERSÃO

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Especial

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IsabelI Fontana leva os filhos ZIon e lucas para o trabalho, diz preferir que os meninos tenham carreiras mais anônimas e sugere que seu casamento com o jamaicano Rohan Marley seja em uma cerimônia apenas civil. e no brasilPOR Simone BlaneS

• Levar os filhos para conhecer o ambiente de trabalho da mamãe é hábito comum nos dias de hoje. Mas fazê-los participar direta-mente do ganha-pão já são outros quinhen-tos. A top Isabeli Fontana aceitou o desafio e colocou-se diante das câmeras com os filhos Zion, 9 anos, e Lucas, 5, para a campanha de verão 2013 da grife Joy. Em um estúdio em São Paulo, uma cozinha foi montada para a farra que acabou virando a sessão de fotos. “Já tinham me convidado antes, mas foi a primeira vez que faço fotos com eles. Quis fazer também para congelar a imagem, sabe? Colocar um quadro no meio da minha sala com eles assim, crianças. Foi uma tarde de brincadeiras, como se estivéssemos em casa, mas com hora para tomar leite, brincar um pouquinho. Fiquei feliz porque eles curti-ram”, contou a top.

Lucas, o mais novo, não entendeu o por-quê de tantos cliques e flashes. “Mas mamãe, para que você tem que tirar tanta foto? Já não tem o suficiente?” O argumento de Isabeli foi irrefutável e deu mais ânimo ao guri. “Quanto mais fotos a mamãe faz, mais di-nheiro eu ganho para poder dar as coisas para vocês: presentes, aula de natação, o mo-torista que leva vocês...” O menino, pronta-mente, revigorou o sorriso. M

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Lucas, Isabeli e Zion fazem farra

na cozinha armada para a campanha:

trabalho em famíliaPURADIVERSÃO

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Especial mães

O esforço dos meninos foi recompensado e ambos receberam cachê, devidamente guar-dado pela mãe. “Já está na conta, rendendo para eles. Mas como são crianças, a gente saiu do trabalho direto para uma loja de brinque-dos, onde cada um escolheu dois presentes. O Lucas é muito econômico e quis dois carros do McQueen, mesmo repetidos. O Zion quer tudo o que vê e sempre tenta negociar”, diver-te-se a top, que contou estar pensando em dar uma mesada ao primogênito. “Vou conversar com ele sobre isso, mas vai depender do me-recimento dele”, sentencia.

• Carreira discreta• Apesar da experiência, Isabeli prefere que os filhos tenham carreiras longe das câmeras. Filho artista? “De jeito nenhum. Quero que eles estudem e tenham uma profissão mais sólida, e por isso eu dou tudo de mim para que tenham a melhor educação. O lado artís-tico vem depois de construírem carreiras.” Por enquanto, Zion quer ser piloto de avião caça e Lucas só pensa em videogame. A veia artística dos pais – o modelo Álvaro Jaco-mossi, de Zion, e o ator Henri Castelli, de Lucas, – até agora não despertou a vontade dos meninos.

O quesito assédio, por conta dos pais fa-mosos, já faz parte da rotina dos garotos. Isabeli diz que eles estão acostumados. “Claro que tem os amiguinhos na escola que

falam, mas eles lidam bem”, conta ela. “Outro dia o Zion, que é mais sentimental, ficou bravo com um amiguinho que disse: ‘Estou apaixonado pela mamãe do Zion’. Ele me viu em uma revista”, diverte-se.

A rotina da top, sempre viajando muito, também não atrapalha a criação deles. Ela já tentou morar em Nova York com os dois e estabelecer uma vida lá, mas não deu cer-to. Nem ela, nem eles se adaptaram à cida-de. “Não tinham tempo para brincar, nem conseguiam se expressar. Uma vez o Zion foi repreendido na escola porque abraçava e beijava os coleguinhas, algo comum aqui no Brasil”, conta. “Briguei com todo mundo, tirei da escola. Criança é criança. A menta-lidade suja é dos adultos.”

A ideia de Isabeli é se fixar no Rio, onde o contato com a natureza é maior. “Quero que seja logo. Aproveito que eles ainda são pe-quenos e fazem amizade rápido.” Com tan-tos planos, porém, a top acabou desacele-rando com os preparativos para o seu casamento com Rohan Marley, mas garante que no final de 2013, sai. Agora, aquela his-tória de ser na Etiópia e na religião dele... “Quer saber? Acho até que é capaz de me casar é no Brasil. Algo bem simples, só no cartório. Vamos ver”, deixa no ar. •

“Quero que eles (filhos) estudem

e tenham uma profissão mais

sólida, e por isso eu dou tudo de mim para que tenham a

melhor educação. O lado artístico

vem depois de construírem uma

carreira”Isabeli Fontana

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Foto

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Os meninos passaram o dia fotografando e ganharam até

cachê. Depois do trabalho, a trupe

foi direto a uma loja de brinquedos

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Especial mães

O esforço dos meninos foi recompensado e ambos receberam cachê, devidamente guar-dado pela mãe. “Já está na conta, rendendo para eles. Mas como são crianças, a gente saiu do trabalho direto para uma loja de brinque-dos, onde cada um escolheu dois presentes. O Lucas é muito econômico e quis dois carros do McQueen, mesmo repetidos. O Zion quer tudo o que vê e sempre tenta negociar”, diver-te-se a top, que contou estar pensando em dar uma mesada ao primogênito. “Vou conversar com ele sobre isso, mas vai depender do me-recimento dele”, sentencia.

• Carreira discreta• Apesar da experiência, Isabeli prefere que os filhos tenham carreiras longe das câmeras. Filho artista? “De jeito nenhum. Quero que eles estudem e tenham uma profissão mais sólida, e por isso eu dou tudo de mim para que tenham a melhor educação. O lado artís-tico vem depois de construírem carreiras.” Por enquanto, Zion quer ser piloto de avião caça e Lucas só pensa em videogame. A veia artística dos pais – o modelo Álvaro Jaco-mossi, de Zion, e o ator Henri Castelli, de Lucas, – até agora não despertou a vontade dos meninos.

O quesito assédio, por conta dos pais fa-mosos, já faz parte da rotina dos garotos. Isabeli diz que eles estão acostumados. “Claro que tem os amiguinhos na escola que

falam, mas eles lidam bem”, conta ela. “Outro dia o Zion, que é mais sentimental, ficou bravo com um amiguinho que disse: ‘Estou apaixonado pela mamãe do Zion’. Ele me viu em uma revista”, diverte-se.

A rotina da top, sempre viajando muito, também não atrapalha a criação deles. Ela já tentou morar em Nova York com os dois e estabelecer uma vida lá, mas não deu cer-to. Nem ela, nem eles se adaptaram à cida-de. “Não tinham tempo para brincar, nem conseguiam se expressar. Uma vez o Zion foi repreendido na escola porque abraçava e beijava os coleguinhas, algo comum aqui no Brasil”, conta. “Briguei com todo mundo, tirei da escola. Criança é criança. A menta-lidade suja é dos adultos.”

A ideia de Isabeli é se fixar no Rio, onde o contato com a natureza é maior. “Quero que seja logo. Aproveito que eles ainda são pe-quenos e fazem amizade rápido.” Com tan-tos planos, porém, a top acabou desacele-rando com os preparativos para o seu casamento com Rohan Marley, mas garante que no final de 2013, sai. Agora, aquela his-tória de ser na Etiópia e na religião dele... “Quer saber? Acho até que é capaz de me casar é no Brasil. Algo bem simples, só no cartório. Vamos ver”, deixa no ar. •

“Quero que eles (filhos) estudem

e tenham uma profissão mais

sólida, e por isso eu dou tudo de mim para que tenham a

melhor educação. O lado artístico

vem depois de construírem uma

carreira”Isabeli Fontana

16/5/2012 | 55

Foto

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Os meninos passaram o dia fotografando e ganharam até

cachê. Depois do trabalho, a trupe

foi direto a uma loja de brinquedos

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16/mai/2012ano 13

n° 662

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