IT 15 Controle de Fumaca Parte3

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Controle de fumaça parte 3

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  • Instruo Tcnica n 15/2011 - Controle de fumaa Parte 3 Controle de fumaa natural em indstrias... 331

    SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGCIOS DA SEGURANA PBLICA

    POLCIA MILITAR DO ESTADO DE SO PAULO

    Corpo de Bombeiros

    INSTRUO TCNICA N 15/2015

    Controle de fumaa

    Parte 3 Controle de fumaa natural em indstrias,

    depsitos e reas de armazenamento em comrcios

    SUMRIO

    9 Disposies gerais relativas ao controle de fumaa

    com extrao natural

    ANEXOS

    B Eficincia dos exaustores

    C Tabela 4: Lista de classificao de riscos comerciais,

    industriais e depsitos

    D Tabela 5: Determinao de risco para as ocupaes

    E Tabela 6: Taxa de porcentagem para determinao

    das aberturas

    F Exemplos de aplicao

    Atualizada pela Portaria n _____________publicada no Dirio Oficial do Estado, n _____________________.

    Texto para consulta pblica - 2015

  • 332 Regulamento de segurana contra incndio das edificaes e reas de risco do Estado de So Paulo

  • Instruo Tcnica n 15/2011 - Controle de fumaa Parte 3 Controle de fumaa natural em indstrias... 333

    9 DISPOSIES GERAIS RELATIVAS AO CONTROLE DE

    FUMAA COM EXTRAO NATURAL

    9.1 O controle de fumaa por extrao natural realizado por

    meio da introduo do ar externo e extrao de fumaa, seja

    diretamente, seja por meio de dutos para o exterior, disposto

    para assegurar a ventilao do local (ver Figuras 11 e 12).

    Figura 11: Exemplo de controle de fumaa por extrao natural e

    entrada de ar natural

    9.5.1 Aberturas na fachada;

    9.5.2 Portas dos locais onde a fumaa extrada e que dem

    para o exterior;

    9.5.3 Escadas abertas ou ao ar livre;

    9.5.4 Aberturas de introduo posicionadas na fachada ou

    ligadas a dutos de captao de ar externo.

    9.6 As aberturas de introduo de ar devem ser dispostas em

    zonas resguardadas da fumaa produzida em um incndio.

    9.7 Para edifcios com sistema de controle de fumaa natural

    com impossibilidade tcnica de prever entrada de ar no

    acantonamento, esta poder ser prevista ou complementada

    pelas aberturas de extrao de fumaa dos acantonamentos

    adjacentes rea incendiada.

    9.8 Parmetros de projeto

    9.8.1 Os parmetros abaixo se aplicam em edificaes tr-

    reas, grandes reas isoladas em um pavimento e edificaes

    que possuam seus pavimentos isolados por lajes.

    9.8.1.1 Nas edificaes trreas que possuam reas que ne-

    cessitam de sistema de controle de fumaa, estas devem ser

    divididas em acantonamentos com uma superfcie mxima

    de 1.600 m2 (Figura 13).

    9.8.1.2 O comprimento mximo de um lado da rea de

    acantonamento no deve ultrapassar 60 m (Figura 13).

    Figura 12: Exemplo de controle de fumaa por extrao mecnica e

    entrada de ar mecnica

    9.2 A extrao da fumaa pode ser realizada por qualquer

    um dos seguintes meios:

    9.2.1 Aberturas na fachada;

    9.2.2 Exaustores naturais;

    9.2.3 Aberturas de extrao (ligadas ou no aos dutos).

    9.3 Os exaustores naturais e as outras aberturas exteriores

    de extrao de fumaa devem ser instalados de forma que a

    distncia, medida na horizontal, a qualquer obstculo que

    lhes seja mais elevado, no seja inferior diferena de altu-

    ra, com um mximo exigido de 8 m.

    9.4 Com relao divisa do terreno e a propriedade adja-

    cente, os exaustores e outras aberturas de descarga de fu-

    maa devem distar horizontalmente, no mnimo, 4 m.

    9.4.1 Caso a condio acima no possa ser atendida, deve-

    r ser criado um anteparo (alpendre), de forma a evitar a

    propagao do incndio edificao vizinha.

    9.5 A abertura de introduo de ar para o controle de fumaa

    pode ser realizada por qualquer um dos seguintes meios:

    Figura 13: Diviso em reas de acantonamento

    9.8.1.3 As reas de acantonamento devem ser delimitadas:

    9.8.1.3.1 por barreiras de fumaa;

    9.8.1.3.2 pela configurao do telhado;

    9.8.1.3.3 pela compartimentao da rea, desde que a rea

    compartimentada atenda aos parmetros descritos nos itens

    9.8.1.1 e 9.8.1.2.

    9.8.1.4 As barreiras de fumaa devem ter altura:

    a. igual a 25% da altura mdia sob o teto (H), quando

    esta for igual ou inferior a 6 m;

    b. no mnimo igual a 2 m para edificaes que possuam

    altura de referncia superior a 6 m;

    c. para fins de dimensionamento, a barreira de fumaa

    deve conter a camada de fumaa.

    9.8.1.5 As superfcies das aberturas destinadas a extrao

    da fumaa devem se situar no ponto mais alto possvel, den-

    tro da zona enfumaada (Hf). (Figura 14)

  • 334 Regulamento de segurana contra incndio das edificaes e reas de risco do Estado de So Paulo

    9.8.1.11 A distncia citada no item anterior no deve exceder

    a 30 m.

    9.8.1.12 Nos acantonamentos nos quais a inclinao dos

    telhados ou tetos for superior a 10%, as sadas de extrao

    de fumaa devem ser implantadas no ponto mais alto poss-

    vel, a uma altura superior ou igual altura de referncia.

    9.8.1.13 No acantonamento que possuir telhado com

    descontinuidade de altura, deve ser calculada a mdia das

    diversas alturas sob o teto ou telhado (H) (Figura 16).

    Figura 14: Altura de referncia, livre de fumaa e da zona enfumaada

    9.8.1.6 As superfcies das aberturas destinadas a introduo

    de ar devem se situar na zona livre de fumaa no ponto mais

    baixo possvel.

    9.8.1.7 A superfcie geomtrica total das reas destinada

    entrada de ar deve ser ao menos igual quelas destinadas a

    extrao de fumaa.

    9.8.1.8 No caso de locais divididos em vrios acanto-

    namentos, a entrada de ar pode ser realizada pelos acanto-

    namentos perifricos.

    9.8.1.9 Na impossibilidade de se prever aberturas para intro-

    duo de ar nas fachadas da edificao, podem ser conside-

    radas as aberturas de extrao de fumaa dos acantona-

    mentos vizinhos.

    9.8.1.10 Todo acantonamento no qual a inclinao do telhado

    ou teto for inferior a 10%, a distncia entre as sadas de extrao

    deve ser de at sete vezes a altura mdia sob o teto (Figura 15).

    Figura 16: Altura de referncia diversificada por acantonamento

    9.8.1.14 Quando, no mesmo local, existirem exaustores na-

    turais no teto e aberturas de extrao na fachada, estas lti-

    mas apenas podem contribuir com um tero da rea total til

    das aberturas de extrao.

    9.8.1.15 No caso de aberturas de extrao ligadas a dutos

    verticais, o comprimento dos dutos deve ser inferior a 40 ve-

    zes a razo entre a sua seco e o seu permetro (Figura 17).

    9.8.1.16 A superfcie til de um exaustor natural a ser consi-

    derada deve ser minorada ou majorada, multiplicando-se um

    coeficiente de eficcia, baseada na posio (acima ou abai-

    xo) deste exaustor em relao altura de referncia (H).

    9.8.1.17 Nesse caso, a altura dos dutos est limitada a 10

    dimetros hidrulicos (Dh = 4 x seo do duto / permetro do

    duto), salvo justificao dimensionada por clculo.

    Figura 15: Distncias entre sadas

    Observao:

    1) d = distncia horizontal da abertura superior EX de extrao at

    a barreira de fumaa ou parede limite do acantonamento;

    2) d1 = distncia horizontal da abertura de extrao, localizada na fa-

    chada EX at a barreira de fumaa ou parede limite do acantonamento;

    3) d e d1 7H;

    4) H a Altura de Referncia conforme definido em 5.4 (Parte 2).

    Figura 17: Dimetro hidrulico

    9.8.1.18 Esse coeficiente de eficcia (E) encontra-se no Ane-

    xo B, considerando-se a altura da zona enfumaada (Hf) e da

    altura de referncia (H).

    9.8.1.19 O mesmo coeficiente de eficcia se aplica superf-

    cie til das aberturas de extrao.

  • Instruo Tcnica n 15/2011 - Controle de fumaa Parte 3 Controle de fumaa natural em indstrias... 335

    9.8.1.20 Para as aberturas nas fachadas, esse coeficiente se

    aplica superfcie til dessa abertura situada dentro da zona

    enfumaada.

    9.8.1.21 O valor de H representa a diferena de nvel entre

    a altura de referncia e a mdia das alturas dos pontos alto e

    baixo da abertura contida na zona enfumaada.

    9.9 Parmetros de dimensionamento

    9.9.1 Para obter a rea de extrao de fumaa a ser previs-

    ta, deve-se, preliminarmente:

    a. para as edificaes comerciais industriais e depsi-

    tos, classificar o risco por meio da Tabela 4 (Anexo C);

    b. com a classificao de risco, obter o grupo no qual a

    edificao se enquadra por meio da Tabela 5 (Anexo D);

    Observao:

    Nos casos de depsitos e reas de armazenamento, o grupo de

    risco depende, tambm, da altura de estocagem, conforme se ob-

    serva na Tabela 5.

    c. obtido o grupo no qual a edificao se enquadra e

    baseando-se na altura de referncia e na altura que

    se pretende ter livre de fumaa (dados de projeto),

    obtem-se a taxa (porcentagem) de extrao de fuma-

    a com o emprego da Tabela 6 (Anexo E).

  • 336 Regulamento de segurana contra incndio das edificaes e reas de risco do Estado de So Paulo

    1

    ANEXO B

    Eficincia dos exaustores

    E

    2

    1 ) 2

    f

    1

    ABAIXO E = (1 H) 2 H f

    0

    0 1 2

    H/H f

    3 4

    Se H H ento H = H 2 2

    Notas:

    1. Grfico que indica a eficincia dos exaustores naturais;

    2. Na determinao da superfcie til de qualquer exaustor, a superfcie dever ser fornecida pelo fabricante, aps ensaio em laboratrio credenciado, contendo a

    influncia do vento e das deformaes provocadas pela elevao de temperatura;

    3. O ensaio deve ser realizado conforme regra que consta Rgles relatives a la conception et a linstallation dexutores de fume et de chaleur edition mai 07.2006.0

    (julho de 2006) - Frana; ou outra norma de renomada aceitao;

    4. Para os sistemas que no forem objetos de ensaio, a superfcie livre de passagem de ar ser afetada por um coeficiente de 0,5.

  • Instruo Tcnica n 15/2011 - Controle de fumaa Parte 3 Controle de fumaa natural em indstrias... 337

    ANEXO C

    Tabela 4: Lista de classificao de riscos comerciais, industriais e depsitos

  • 338 Regulamento de segurana contra incndio das edificaes e reas de risco do Estado de So Paulo

    ANEXO C

    Tabela 4: Lista de classificao de riscos comerciais, industriais e depsitos (cont.)

  • Instruo Tcnica n 15/2011 - Controle de fumaa Parte 3 Controle de fumaa natural em indstrias... 339

    ANEXO C

    Tabela 4: Lista de classificao de riscos comerciais, industriais e depsitos (cont.)

  • 340 Regulamento de segurana contra incndio das edificaes e reas de risco do Estado de So Paulo

    ANEXO C

    Tabela 4: Lista de classificao de riscos comerciais, industriais e depsitos (cont.)

  • Instruo Tcnica n 15/2011 - Controle de fumaa Parte 3 Controle de fumaa natural em indstrias... 341

    ANEXO C

    Tabela 4: Lista de classificao de riscos comerciais, industriais e depsitos (cont.)

    Referncias: (1) Classificaes vlidas segundo a natureza das embalagens, sendo RE2 para embalagens de papelo e RE3 para embalagens de espuma/plstico; (2) Classificao vlida para embalagens de papelo, caso sejam embalagens de plstico para risco RE2;

    (3) Classificao - RC1, quando a pea metlica no possuir embalagem; RC2, quando a pea metlica possuir embalagem de papelo; RC3, quando a pea metlica possuir embalagem de plstico.

    (4) Considerado RC para as reas comuns de shoppings e lojas menores de 300 m2, sendo que para as lojas maiores que 300 m2 e riscos especiais devero ser classificados pelo risco predominante;

    (5) Para armazenamento de papel e rolos de papel, considerar RE2 quando armazenado horizontalmente e RE3 quando armazenado verticalmente.

  • 342 Regulamento de segurana contra incndio das edificaes e reas de risco do Estado de So Paulo

    ANEXO D

    Tabela 5: Determinao de risco para ocupaes

  • Instruo Tcnica n 15/2011 - Controle de fumaa Parte 3 Controle de fumaa natural em indstrias... 343

    ANEXO E

    Tabela 6: Taxa de porcentagem para determinao das reas de aberturas

  • 344 Regulamento de segurana contra incndio das edificaes e reas de risco do Estado de So Paulo

    ANEXO E

    Tabela 6: Taxa de porcentagem para determinao das reas de aberturas (cont.)

  • Instruo Tcnica n 15/2011 - Controle de fumaa Parte 3 Controle de fumaa natural em indstrias... 345

    ANEXO E

    Tabela 6: Taxa de porcentagem para determinao das reas de aberturas (cont.)

  • 346 Regulamento de segurana contra incndio das edificaes e reas de risco do Estado de So Paulo

    ANEXO E

    Tabela 6: Taxa de porcentagem para determinao das reas de aberturas (cont.)

  • Instruo Tcnica n 15/2011 - Controle de fumaa Parte 3 Controle de fumaa natural em indstrias... 347

    ANEXO E

    Tabela 6: Taxa de porcentagem para determinao das reas de aberturas (cont.)

  • 348 Regulamento de segurana contra incndio das edificaes e reas de risco do Estado de So Paulo

    ANEXO E

    Tabela 6: Taxa de porcentagem para determinao das reas de aberturas (cont.)

  • Instruo Tcnica n 15/2011 - Controle de fumaa Parte 3 Controle de fumaa natural em indstrias... 349

    ANEXO E

    Tabela 6: Taxa de porcentagem para determinao das reas de aberturas (cont.)

  • 350 Regulamento de segurana contra incndio das edificaes e reas de risco do Estado de So Paulo

    ANEXO E

    Tabela 6: Taxa de porcentagem para determinao das reas de aberturas (cont.)

  • Instruo Tcnica n 15/2011 - Controle de fumaa Parte 3 Controle de fumaa natural em indstrias... 351

    ANEXO E

    Tabela 6: Taxa de porcentagem para determinao das reas de aberturas (cont.)

  • 352 Regulamento de segurana contra incndio das edificaes e reas de risco do Estado de So Paulo

    ANEXO F

    Exemplo de aplicao

    1. Clculo do controle de fumaa de um galpo industrial

    1.1 Caractersticas

    atividade fbrica de automveis

    dimenses 250 m x 100 m x 9 m

    teto falso na totalidade do galpo a 8 m do solo

    pontes rolantes funcionamento a uma altura mxima do solo de 6 m

    armazenamento altura de 5 m

    portas de acesso 2 portes com reas de 16 m2 cada e 4 portas com 2 m2 cada nas paredes maiores

    2. Resoluo

    2.1 Geral:

    rea total do galpo:

    S = 250 m x 100 m = 25.000 m2

    os acantonamentos centrais de fumaa devem ter reas compreendidas entre 1.000 m a 1.600 m2 e dimenses lineares

    inferiores a 60 m.

    pode adaptar-se a criao de 16 acantonamentos com uma rea aproximada de 1.550 m2 cada.

    2.2 Para extrao de fumaa natural

    a altura de referncia H ser de 8 m, tendo em conta a existncia de teto falso.

    H = 8 m.

    a zona livre de fumaa ter uma altura de 6 m, condicionada pelo trabalho das gruas a 6 m de altura, o que impe a

    instalao de painis de acantonamento com 2 m de altura.

    pela Tabela 4, baseado na atividade exercida:

    - categoria de risco RF2 para rea industrial.

    - categoria de risco RE3 para rea de depsito.

    da Tabela 5 e 6, para H = 8 e H = 6 m.

    - GR = 3 para rea industrial, com % de abertura de 1,22.

    - GR = 6 para rea de depsitos, com % de abertura de 2,58 para acantonamento da rea industrial.

    NA REA INDUSTRIAL

    - A superfcie til de exausto deve ser de:

    1.550 x 1,22 = 18,91 m2

    100

    - podendo ser utilizados 6 exaustores naturais de 3 m2 ou 8 exaustores de 2,5 m2.

    NA REA DE DEPSITOS

    1.550 x 2,58 = 39,99 m2

    100

    - podendo ser utilizado 10 exaustores naturais de 4 m2 ou 14 exaustores naturais de 3,5 m2.

    ENTRADA DE AR

    - Dever haver no mnimo 19 m2 e 40 m2 de rea de abertura para entrada de ar para parte industrial e de depsitos,

    respectivamente;

    - Essas aberturas devem estar localizadas abaixo da camada de fumaa.