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Home Page: www.bancariosce.org.br – Endereço Eletrônico: [email protected] – Telefone geral : (85) 3252 4266 – Fax: (85) 3226 9194Tribuna Bancária: [email protected] – (85) 3231 4500 – Fax: (85) 3253 3996 – Rua 24 de Maio, 1289 - 60020.001 – Fortaleza – Ceará

Presidente: Carlos Eduardo Bezerra – Diretor de Imprensa: Marcos Aurélio Saraiva Holanda – Jornalista Resp: Lucia Estrela CE00580JP – Repórter: Sandra Jacinto CE01683JPEstagiária: Cinara Sá – Diagramação: Normando Ribeiro CE00043DG – Impressão: Expressão Gráfi ca – Tiragem: 11.500 exemplares

DICA CULTURAL

CONVÊNIO

Bancários do Nordeste discutem SA 8000 e lutas

para 2013

O Memorial da Cul-tura Cearense, do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, apresenta a ex-posição “O Sagrado Cora-ção do Ceará”, que pode ser vista até o próximo dia 19/3. Uma refl exão sobre a fé e suas manifestações, ancorada na diversidade cultural cearense, pondo em valor tanto as mani-festações do catolicismo tradicional – como de sua vertente sertaneja ou po-pular, – ressaltando ainda aspectos das culturas indígenas e africanas.

A mostra lança luzes sobre a relação do cea-rense com o sagrado e seus ritos religiosos. São mais de 200 peças cedidas por importantes coleções, como: Museu Diocesano Dom José de Sobral, Museu de Arte Sacra de Aquiraz, Museu Jaguariba-no de Aracati, Museu Padre Cícero do Horto de Juazeiro Norte, Casa dos Milagres Juazeiro do Norte, Museu do Ceará de Fortaleza, Casa dos Milagres, Memorial Padre Antônio Vieira, de Viçosa do Ceará e Museu de Canindé.

A exposição prima por uma refl exão sobre os vastos cami-nhos da religiosidade cearense e suas múltiplas manifestações, representadas na diversidade própria da fé nordestina, reunindo em um único conjunto signos das tradições: católica portuguesa, com seus inúmeros padroeiros espalhados pelos municípios cearenses; indígena, que nos fas-cina com suas danças dramáticas tão cheias de política, o manto tapeba e todo o legado deixado ao longo dos quase 513 anos de Brasil; africana, com seus cantos e ritos, da calunga e da história de resistência; cultos e santos populares e, por fi m, a beleza fl exível das crenças sobrepostas, como o maracatu e a umbanda, que atrelam signos indígenas e afros e nos remete à ideia de quão

Exposição sobre arte sacra do Ceará é atração do Centro Dragão do Mar

articulada e grandiosa é a fé no coração do cearense.

A exposição é estruturada em cinco núcleos, o que reforça a pluralidade e o respeito por todas as cenas religiosas. “O Juazeiro do Padre Cícero” visita a Ladeira do Horto e as suas romarias; “São Francisco de Canindé” mostra como um santo europeu ganhou cidadania sertaneja e se transformou em um vaqueiro, com gibão, perneiras, chapéu, enfrentando a rês desgarrada nos confi ns das terras mais áridas; “Sobral de Dom José Tupinambá da Frota” apresenta o apogeu dos rituais e a força do catoli-cismo canônico, fi el às normas de Roma, com toda a ortodoxia vigente; “São José e os Santos Padroeiros” passeia pela diver-sidade dos oragos protetores de vários municípios, evidenciando, através das imagens, devoções, gratidões e fi delidades; “Crenças e Cultos” aborda expressões das nossas raízes, desde as missões jesuíticas, até a cultura africana.

Serviço: (85) 3488 8600 / (85) 3488 8608

Facebook: www.facebook.com/dragaodomar

Twitter: @_dragaodomar

A Faculdade CDL está com inscrições abertas para cursos de extensão e pós-graduação a serem iniciados ainda neste mês de feve-reiro. Por conta de convênio com o Sindicato, bancários sindicalizados, cônjuges e fi lhos têm desconto de 10% nas mensalidades.

Os cursos ofertados são: Cons-truindo Indicadores Logísticos no Ex-cel; Cálculos Trabalhistas; Gerência de Vendas; Técnicas de Negociação em Compras; Gestão de Estoque; Administração e Recuperação de Créditos Inadimplentes; Ferramentas da Qualidade: Gestão por Resul-tados; Comunicação Interna como Estratégia de Negócios; Atendimento ao Cliente; Inglês e Espanhol voltado para setor do Comércio e Serviços

Cursos de MBA também oferta-dos: Gestão Estratégica de Pessoas; Marketing e Gestão do Varejo; Logís-tica: Gestão Estratégica da Cadeia de Suprimento; Gestão de Comércio Exterior e Negócios Internacionais (início das aulas em março); ICMS (início das aulas em março).

Faculdade CDL abre inscrições para cursos de extensão e MBA

O convênio – Além dos 10% no valor da mensalidade, serão con-cedidos ainda descontos especiais tendo em vista o quantitativo de ma-trículas de acordo com as seguintes condições:

• Desconto de mais 5% para o Sindicato que matricular a partir de 5 alunos na Graduação, Extensão ou Pós-Graduação, totalizando 15% de desconto;

• Desconto de mais 10% para o Sindicato que matricular a partir de 10 alunos na Graduação e Extensão, totalizando 20% de desconto;

• Desconto de mais 15% para o Sindicato que matricular mais de 15 alunos na Graduação e Extensão, totalizando 25% de desconto.

Pra mais informações sobre os cursos:

Faculdade CDLRua 25 de março, 882 – Centro –

Fortaleza/CE (85) 3464-5514 ou 3464.5550

www.faculdadecdl.edu.br

Nos dias 31/1 e 1º/2 aconteceu o Seminário de Dirigentes Sindicais do Bradesco no Nordeste, com a defi nição de reivindicações e estra-tégias de luta para 2013. O evento foi realizado na sede do Sindicato dos Bancários de Pernambuco e contou com a participação da diretora da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão Nacional de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Elaine Cutis, e de sindicalistas de Pernambuco, Ceará, Alagoas, Piauí e Paraíba. Representando o Ceará estiveram os diretores Carmem Amé-lia, Carlos Henrique, Telmo Nunes, Erotildes Teixeira, Rita Ferreira e Léa Albuquerque.

SA 8000 – A programação do primeiro dia contou com a partici-pação do consultor Adriano Diniz Costa, que apresentou uma palestra sobre a SA 8000, um certifi cado de responsabilidade social concedido internacionalmente para as empre-sas e garantido parcialmente pelo Bradesco. O objetivo deste debate é entender o que é a SA 8000.

Os sindicalistas querem saber por que o Bradesco está tão interes-sado em implantar essa certifi cação. A partir daí, irão cobrar do banco coerência com a SA 8000, que tem várias divergências entre a teoria e a prática do Bradesco. De acordo com todos os participantes, o banco precisa avançar muito para obter decentemente essa certifi cação.

Segundo o consultor, este certifi -cado é uma ferramenta internacional que busca “assegurar o monitora-mento das relações de trabalho para garantir os direitos fundamentais dos trabalhadores em organizações do mundo inteiro”. O palestrante falou ainda sobre a importância da participação dos sindicatos na tentativa de se obter a certifi cação. “Os sindicatos têm um papel funda-mental no processo de certifi cação da SA 8000. Os representantes dos trabalhadores estão entre as partes que devem ser consultadas no pro-cesso de certifi cação, que também conta com a avaliação de clientes, fornecedores e organizações não governamentais externas à empresa. É obrigatório para um auditor de SA

8000 contatar o sindicato para avaliar como está sendo feito o processo de certifi cação”, afi rma o consultor.

Seminário – Elaine Cutis está participando do Seminário e destacou a importância do evento para a orga-nização dos trabalhadores. “É impor-tante porque, primeiramente, infor-mação é conhecimento. E quando se tem conhecimento a gente consegue se organizar melhor, nacionalmente. Com isso, podemos elaborar ações mais contundentes para pressionar os bancos a atender as reivindicações dos trabalhadores”, disse.

Segundo dia de debates – No dia 1º/2 foi debatida a pauta perma-nente de negociações específi cas com o Bradesco, quando foram avaliadas, ponto a ponto, as questões referentes à remuneração comple-mentar; Plano de Cargos, Carreiras e Salários; desvio de função; horário estendido em algumas agências do Nordeste; plano de saúde; Programa de Reabilitação Profi ssional; parcela-mento de Férias; segurança; Auxílio-Educação; assédio moral e Treinet.

“Para debater prioritariamente com o banco, elencamos pontos como Remuneração e o plano de cargos, o parcelamento do adian-tamento de férias e sistematizar um programa de reabilitação profi ssional que conste em acordo específi co”, explica o diretor do SEEB/CE, Carlos Henrique Colares.

Ele explica que, com relação ao plano de cargos, hoje existem

discrepâncias e distorções salariais dentro do Bradesco, com funcioná-rios ganhando salários diferentes mesmo fazendo o mesmo trabalho. Além disso, ele informou que existem várias denúncias de desvio de função e transferências sem promoção. “Nós queremos com esse debate melhorar o piso do comissionado, discutir a remuneração complementar e incen-tivar as denúncias de discrepâncias salariais, podendo até mesmo, após estudos, acionar o banco judicial-mente”, disse.

Carlos Henrique destacou que o parcelamento do empréstimo de férias já é um benefício praticado por outros bancos e é viável também no Bradesco. Além disso, os represen-tantes dos funcionários do banco querem debater com a direção da empresa as garantias e direitos dos trabalhadores que estando afasta-dos, retornam ao trabalho. “Apesar de já existir uma cláusula referente ao tema na Convenção Coletiva, queremos discutir com o Bradesco as especifi cidades dos funcionários do banco”, afi rmou.

Encontro Nacional – Outra importante deliberação do encontro foi a realização de um Encontro Na-cional dos Funcionários do Bradesco a ser realizado nos dias 19, 20 e 21/3, em São Paulo, com a participação de todas as federações do País. Nesse evento será elaborado um calendário nacional de mobilização, como preparativo para a Campanha Salarial 2013.

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DESRESPEITO

BALANÇOS

Muita alegria e forró para co-memorar os 80 anos do Sindicato dos Bancários do Ceará, comple-tos no dia 21 de fevereiro. A festa acontece no próximo dia 23 de fevereiro (sábado), no Pirata Bar (Rua dos Tabajaras, 325 – Praia de Iracema), a partir das 22h, com a energia contagiante de Elba Ramalho, o autêntico forró pé de serra de Chico Pessoa e a alegria da Banda do Pirata.

Por motivos de segurança, como a capacidade do local é limitada, o bancário sindicaliza-do que desejar ir à festa deverá fazer sua pré-inscrição no site da entidade (www.bancariosce.org.br/pre_inscricao.php) e ga-rantir o seu convite, com direito a um acompanhante. O convite, pessoal e intransferível, será entregue ao bancário na véspera da festa, dia 22/2, na sede do Sindicato.

Caso as inscrições ultrapas-sem a capacidade máxima do local da festa, os bancários ficarão aguardando numa lista de espera, cujo resultado será divulgado no sábado pela manhã, dia da festa, na sede do SEEB/CE.

Mesmo de posse do convite, o bancário e seu acompanhante devem se identificar na portaria do clube.

80 anos em defesa dos bancários – O Sindicato dos Bancários do Ceará foi fundado em 21 de fevereiro de 1933, tendo participado ativamente de momentos importantes da história do Brasil. A entidade sobreviveu a dois golpes de Es-tado (o Estado Novo de Getúlio Vargas e o golpe militar de 1964) e a vários planos econômicos governamentais. O suicídio de Getúlio Vargas, a renúncia de Jânio Quadros e o impeachment do presidente Fernando Collor, luta de que participou ativamente no Ceará – são eventos ocorridos no decorrer de sua trajetória.

Em sua existência, o Sindi-cato sofreu três intervenções. A primeira foi durante o Estado

Sindicato comemora 80 anos de lutas e conquistas com grande festa no Pirata Bar

Novo (1937-1945) e duas vezes no período da ditadura militar (1964-1985).

Foi somente em 1979 que uma frente política de oposição à ditadura ganha a eleição no Sindicato, assumindo a presi-dência Maria da Natividade, ligada ao PCB, e funcionária do Banco do Brasil. A predominân-cia do PCB/PCdoB na diretoria do Sindicato permanece até 1988, quando uma chapa liga-da à CUT (Central Única dos Trabalhadores) vence a disputa.

Conquistas históricas – Em 1985, ocorre a primeira gran-de greve nacional dos bancários após o golpe de 64. Naquela campanha salarial conseguiu-se unificar a data-base da categoria. Seguiriam até 1989 uma série de greves e conquistas que se incorporam às convenções co-letivas dos bancários: o Plano de Cargos e Salários (PCS) para os bancos oficiais, equiparação do BB ao BNB e a criação de pisos salariais para os bancos privados. É também em 1989 que, em uma assembleia histó-

rica, o Sindicato dos Bancários do Ceará filia-se à CUT.

Durante o governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso e Tasso Jereissati, o Sindicato dos Bancários do Ceará travou ferrenha luta contra as demissões em massa nos bancos públicos, a privatização do sistema finan-ceiro estatal e o desmonte das conquistas históricas da catego-ria. Ressalte-se no período de 1998 a 2002, a realização das Caravanas da Solidariedade, que percorreram todo o Ceará pregando contra as privatizações do setor público.

A partir de 2003, o Sindicato vem acumulando uma série de conquistas importantes para a categoria, entre elas, o aumento real de salários, por nove anos consecutivos; ampliação da PLR, cesta alimentação e 13ª cesta, ampliação da licença materni-dade, pagamento de passivos trabalhistas relativos a direitos usurpados no governo FHC, a luta pela igualdade de direitos para homoafetivos, luta pela isonomia entre novos e antigos funcionários, entre outras.

O Itaú informou a Contraf-CUT que depositará a segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) somente no dia 1º de março, último dia do pagamento estabelecido pela Convenção Coletiva dos bancá-rios do ano passado. O Bradesco, ao contrário, já pagou a segunda parcela da PLR na sexta-feira, 8/2, véspera do Carnaval, enquanto que o Santander pagará no próximo dia 20/2.

Pelo resultado do Itaú anunciado de R$ 14 bilhões de lucro líquido em 2012, cada funcionário do Itaú deve receber 2,2 salários pela regra básica da PLR, limitada a R$ 18.511 e descontada a antecipação da pri-meira parcela (54% do salário mais R$ 924,60), além da parte adicional.

A Convenção Coletiva assinada após a greve do ano passado esta-belece que a regra básica da PLR é de 90% do salário mais uma parcela fi xa de R$ 1.540 com teto de R$ 8.414,34. Mas o valor da regra básica deve ser majorada até a distribuição de 5% do lucro líquido, com teto de 2,2 salários ou R$ 18.511,54, o que ocorrer primeiro. E o Itaú se encaixa nesse caso.

Além da regra básica, será cre-ditada a segunda parte da parcela adicional da PLR, correspondente à distribuição linear de 2% do lucro líquido do ano todo, limitado a R$

Itaú pagará segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados

só no último dia, 1º de março3.080, descontado o que já foi pago na primeira parte, em outubro do ano passado.

Isenção do IR – No pagamen-to, os bancários serão benefi ciados pela primeira vez com a nova tabela de Imposto de Renda sobre a PLR. Pela nova regra, quem recebe até R$ 6 mil ao ano de PLR fi ca isento de IR e os descontos são progressivos a partir desse valor, mas todos pagarão menos imposto. Nos ganhos até R$ 10 mil, o desconto do imposto cai de R$ 1.993,47 para R$ 375. Para quem recebe até R$ 15 mil, o IR cai de R$ 3.368,47 para R$ 1.338,75. E para a PLR de R$ 20 mil, o desconto que era de R$ 4.743,47, vai para R$ 2.704,37.

O desconto, com base na nova tabela, será na fonte. Posteriormente, no recebimento da primeira parcela da PLR 2013, a ser paga no segundo semestre deste ano, os dois valores (segunda parcela da PLR 2012 e primeira da PLR 2013) serão soma-dos e o imposto será recalculado e descontado novamente na fonte. As novas regras só valem para a PLR recebida em 2013. Ou seja, os valores pagos como primeira parcela de 2012, creditados dez dias após a assinatura da CCT, não serão restituídos.

Em comunicado enviado à Contraf-CUT, o Santander anunciou os valores da segunda parte da PLR a seus funcionários: regra básica mais majoração de 1,2649771 e parcela adicional de R$ 2.461,75, respei-tados os tetos estabelecidos pela Convenção Coletiva e descontado o pagamento da antecipação em outu-bro do ano passado. Também será pago o Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS), no valor de R$ 1.600,00 sem com-pensação na PLR.

O Santander reafi rmou que fará o crédito na folha de pagamento que sai na próxima quarta-feira, dia 20. No entanto, o banco não aceitou a proposta feita pela Contraf-CUT de marcar uma reunião para esclarecer dúvidas sobre os dados do balanço e os valores da PLR, impactados pelas excessivas provisões para devedores duvidosos (PDD).

“Mais uma vez o Santander dá uma demonstração de desrespeito a seus trabalhadores, que não são valorizados na mesma proporção de seu empenho ao longo do ano”, critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. “O banco se recusa a discutir as dúvidas sobre o balanço, demonstrando mais uma vez falta de transparência nas relações de traba-lho, negando o direito à informação de seus trabalhadores”.

Maquiagem no balanço – O balanço de 2012 apontou um lucro líquido gerencial de R$ 6,329 bilhões. "Este resultado é fruto do empenho e dedicação dos bancários brasilei-ros, responsáveis por 26% do lucro mundial do Santander", afi rma Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT. Mas, repetindo a es-tratégia de todo o sistema fi nanceiro nacional no ano passado, o Santan-der mais uma vez superdimensionou as provisões para dívidas superiores a 90 dias, que nos últimos 12 meses passaram de R$ 11,5 bilhões para R$ 14,9 bilhões, um aumento de 30,11%.

Santander anuncia valores da PLR e PPRS, mas não marca negociação

O que vem no dia 20 – A regra básica da PLR estabelece o pagamento de 90% do salário mais uma parcela fi xa de R$ 1.540,00 com teto de R$ 8.414,34, descon-tada a antecipação já ocorrida de 54% do salário mais uma parcela fi xa de R$ 924,00, limitada a R$ 5.408,60. Conforme a convenção coletiva, a regra básica deverá ser majorada até a distribuição de 5% do resultado, com teto de 2,2 salá-rios ou R$ 18.511,54, o que ocorrer primeiro. Mas segundo o informe do Santander, a regra básica será acrescida até 1,2649771 salário, fi cando bem abaixo do teto.

Além da regra básica, será cre-ditada a parcela adicional da PLR, correspondente à distribuição linear de 2% do lucro líquido entre todos os funcionários do Santander. Con-forme a convenção coletiva, o teto é de R$ 3.080,00. Pelos cálculos do banco, o valor será de R$ 2.461,75, fi cando igualmente bem abaixo do teto. Desse total será descontada a antecipação feita no ano passado de R$ 1.265,13.

Além da PLR, o banco fará o crédito do PPRS de R$ 1.600,00 e dos programas próprios de renda variável do segundo semestre de 2012. O banco informou ainda que pagamento da PLR e do PPRS aos funcionários desligados, elegíveis ao recebimento, será feito no próximo dia 28.

Isenção do IR – No pagamento, os bancários serão benefi ciados pela primeira vez com a nova tabela de IR sobre a PLR. Pela nova regra, quem recebe até R$ 6 mil ao ano de PLR fi ca isento de IR e os descontos são progressivos a partir desse valor, mas todos pagarão menos imposto. Nos ganhos até R$ 10 mil, o desconto do imposto cai de R$ 1.993,47 para R$ 375. Para quem recebe até R$ 15 mil, o IR cai de R$ 3.368,47 para R$ 1.338,75. E para a PLR de R$ 20 mil, o desconto que era de R$ 4.743,47, vai para R$ 2.704,37.

A Contraf-CUT enviou ofício na quinta-feira, 7/2, às direções do Itaú, Bradesco e Santander pedindo reuniões em caráter de urgência para esclarecer dúvidas sobre dados dos balanços das três instituições financeiras e so-bre os valores da PLR que serão distribuídos aos trabalhadores. Segundo informação dos três bancos, parte dos funcionários poderão não atingir os tetos na regra da PLR.

“Queremos tirar essas dúvi-das. Por isso pedimos as reuniões de emergência aos três grandes bancos privados que já divul-

Contraf-CUT pede reunião com bancos para discutir PLR dos bancários

garam os balanços. Vamos levar os técnicos do Dieese e conferir os dados com os técnicos das empresas”, afirma o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

A Contraf-CUT tem questio-nado o que considera as exces-sivas provisões para devedores duvidosos, que impactam de forma negativa a distribuição da PLR aos bancários. O Itaú, por exemplo, provisionou no ano passado R$ 24 bilhões para os atrasos supe-riores a 90 dias, o que representa quase o dobro do líquido de R$ 14 bilhões e um aumento de 20,6% em relação ao ano anterior, para

uma inadimplência que no mes-mo período cresceu apenas 0,1 ponto percentual.

Já o Bradesco separou R$ 13,9 bilhões de PDD, para um lucro líquido de R$ 11,3 bilhões, o que representa um incremento de 15,3% em relação a 2011 diante uma inadimplência superior ao ano anterior em apenas 0,2 ponto percentual.

E o PDD do Santander em 2012, de R$ 14,9 bilhões, é mais que o dobro do líquido (R$ 6,3 bi). Foi um aumento de 30,1% no PDD, enquanto a inadimplência cresceu apenas 1 ponto percentual.

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ITAÚ UNIBANCO

ENCONTRO

A Contraf-CUT, federa-ções e sindi-catos retomam n e g o c i a ç ã o pe rmanen t e com a Caixa Econômica Fe-deral na quarta-feira (20/2), às 14h, em Bra-sília. Nesta se-gunda rodada de negociações de 2013, (a pri-meira aconte-ceu dia 15/1), um dos prin-cipais pontos de discussão será a criação de regras para o descomissionamento dos em-pregados, uma conquista dos bancários garantida no Acordo Aditivo da Caixa à Convenção Coletiva 2012-2013.

“Garantimos no acordo que o banco deve apresentar um estudo até 31 de março. Hoje quem determina unilateralmente o descomissionamento é o gestor sem qualquer critério, o que dei-xa o bancário em uma situação de completa vulnerabilidade. Precisamos de regras claras de modo a dar mais segurança aos ocupantes de função”, defen-de Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora o Comando Nacional

Empregados retomam negociação permanente

no dia 20/2

nas negociações com o banco. “Este é um pleito do movimen-to sindical desde 2010, quando o Plano de Função Gratificada (PFG) foi implantado”.

O acordo aditivo prevê ainda que as regras sejam criadas com a participação das entidades representativas dos empregados. “Vamos entregar ao banco um documento com as contribuições dos trabalha-dores, resultado dos nossos debates e congressos. Nossa contribuição é no sentido de que as regras sejam transpa-rentes. Queremos que sejam incluídos pontos como tempo de avaliação e que o empre-gado tenha um retorno sobre

sua atuação, para que não seja pego de surpresa”, saliente Jair.

Na pauta estão ainda temas como condições de trabalho, saúde do trabalhador, a implan-tação do Sistema de Automação de Produtos e Serviços de Agên-cias (Sisag), em andamento em 243 unidades, abertura de novas agências sem contratação de novos bancários, além da rotina de trabalho dos tesoureiros, mar-cada por fortes demandas, por alto grau de responsabilidade e pala exposição a riscos.

Antes da rodada, a Contraf-CUT promove uma reunião da CEE/Caixa. O encontro ocorre no mesmo dia, às 10 horas, na sede da Fenae, na capital federal.

Na reunião mantida dia 5/2 com a direção da CUT Nacional, no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff acatou a proposta da Contraf-CUT para a realização de uma conferência nacional sobre o sistema fi nanceiro e sugeriu que seja ampliada para discutir também os direitos dos consumidores. Dilma ordenou ainda ao ministro da Fazen-da, Guido Mantega, que receba o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, para discutir o processo de demissões e a reestruturação no sistema fi nanceiro.

“A presidenta da República não só concordou com a proposta, como disse que vai trabalhar por ela e propôs ampliar a abrangência da conferência nacional. Além da discussão do papel dos bancos, da ampliação e do barateamento do crédito, a presidenta quer debater também na conferência os direitos dos consumidores, tanto no que diz respeito aos juros do cartão de crédi-to, do cheque especial e das tarifas, quanto em relação ao consumo das novas classes emergentes de todos os tipos de serviços, incluídos os dos celulares e telecomunicações em geral”, detalhou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Dilma acata proposta da Contraf-CUT de conferência sobre sistema fi nanceiro

Audiência com o ministro da Fazenda – Vagner Freitas tam-bém cobrou da presidenta Dilma o pedido de audiência ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, feito em dezembro do ano passado (logo após as demissões em massa no Santander) e reiterado no último dia 10 de janeiro. “A presidenta mandou o ministro Mantega receber a Contraf-CUT para discutir as demandas dos bancários”, informou o presidente da CUT. Nas cartas enviadas a Mantega, a Contraf-CUT reforçou a necessidade de debater o emprego no setor bancário, ameaçado com a redução de postos de trabalho nos bancos privados.

A intenção é buscar medidas para garantir a proteção do emprego dos bancários e a defesa dos interes-ses da sociedade. “Não aceitamos pagar a conta da pequena redução de juros. Os bancos podem aumentar os lucros emprestando mais com juros e spread ainda menores. Queremos um sistema fi nanceiro sólido e forte, que amplie o crédito e que trate o empre-go como fator de desenvolvimento”, afi rma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Voz dos trabalhadores no

G20 – Vagner pediu ainda que a presidenta Dilma ajudasse o movimento sindical a ter espaço e voz na próxima reunião de cúpula do G20, que acontece nos dias 5 e 6 de setembro, em São Peter-sburgo, na Rússia. Dilma disse que vai trabalhar para que uma delegação sindical internacional tenha direito de fala na próxima reunião do G20 e também para que os líderes sindicais sejam recebi-dos pelos chefes de Estado. Com a presidenta Dilma, a audiência já está garantida.

Marcha das centrais sindi-cais – Vagner Freitas classifi cou de “muito proveitosa” a reunião com a presidenta Dilma, no Palácio do Planalto, na qual ela também se comprometeu a receber os presi-dentes das centrais sindicais duran-te a marcha do dia 6 de março, em Brasília. “Isso nos dá a possibilidade de iniciarmos a discussão da pauta da classe trabalhadora, que inclui a jornada de 40 horas, o fi m do fator previdenciário, o direito ao modelo de negociação salarial do setor público, a ratifi cação da Convenção 158 da OIT e a reforma agrária”, afi rma o presidente da CUT.

O lucro líquido recorrente do Itaú Unibanco, divulgado dia 5/2, atingiu R$ 14,043 bilhões, o que representa uma queda de 4,03% em relação a 2011. Esse foi o segundo maior lucro do setor no País. O maior foi o resultado do próprio Itaú em 2011, quando bateu R$ 14,640 bilhões, de acordo com levantamento do Dieese, subseção da Contraf-CUT.

Embora o lucro tenha sido menor do que o apurado em 2011, ele teria sido muito maior se o banco não usasse outra vez a manobra contábil de superdimensionar as provisões para devedores duvidosos (PDD), que apresentou um crescimento de 20,66%, passando de R$ 19,9 bilhões em 2011 para R$ 24,025 bilhões em 2012.

“Essa maquiagem é um velho truque dos bancos para diminuir os lucros. As instituições fi nanceiras perseguem vários objetivos com essa mágica, como a redução da PLR dos bancários, a tentativa de justifi car a contenção da oferta de crédito e a manutenção das altas taxas de juros, spreads e tarifas bancárias”, critica o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Enquanto isso, a taxa de inadimplência real de dezembro de 2012 diminuiu 0,1 ponto percentual em relação a dezembro de 2011. Na comparação de dezembro em relação a setembro de 2012 a va-riação foi de -0,2 ponto percentual, o que demonstra estabilidade, ava-lia Cordeiro. “Nem a desculpa da inadimplência pode ser usada para justifi car o altíssimo provisionamen-to”, observa Cordeiro.

“Com essa manobra contábil de reduzir o lucro líquido superdimensio-nando as provisões para uma inadim-plência que na verdade é baixa, os bancos atingem vários objetivos simultaneamente. Chantageiam o governo e a sociedade para justifi car as demissões e os juros, spreads e tarifas altíssimos”, avalia Ribamar Pacheco, diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará.

Os ativos totais do Itaú em 2012

Mesmo com segundo maior lucro do setor bancário, banco corta empregos

chegaram a R$ 1,014 bilhão, um crescimento de 19,16% em relação a 2011, quando alcançou R$ 851,3 milhões.

Menos 7.935 postos de tra-balho – Apesar do lucro bilionário, o banco segue a política de demissões praticada em 2011. Em 2012, o Itaú fechou 7.935 postos de trabalho, uma redução de 8,08% de seu qua-dro. Desde março de 2011, já são 13.699 postos a menos, quando eram 104.022 bancários.

“É inadmissível que um banco que lucra tanto dê como contrapartida àqueles que mais contribuem para esses resultados, os funcionários, o corte de seus empregos”, avalia o diretor do Sindicato, Alex Citó.

Receitas com tarifas cres-cem – A renda de tarifas bancárias cresceu 13,44%, passando de R$ 5,13 bilhões para R$ 5,83 bilhões. As receitas de prestação de serviço também apresentaram crescimento, de 4,14%. Chegando a R$ 14,49 bilhões. Já as despesas de pessoal tiveram crescimento de 5,02%, pas-sando de R$ 13,36 bilhões para R$ 14,03 bilhões.

“O balanço mostra que o banco paga todas as despesas de pessoal apenas com receitas de serviços e tarifas e ainda apresenta um ex-cedente de 44,8% da soma destas receitas”, ressalta o presidente da Contraf-CUT.

“Ainda que os bancários tenham conquistado na Campanha 2012-2013 reajuste de 7,5% no salário e 8,5% no piso da categoria, e, na Campanha 2011-2012, 9% no salário e 12% no piso, os dados do balanço mostram que não houve impacto na mesma proporção na despesa com pessoal. Isso comprova a denúncia que a Contraf-CUT vem fazendo sobre a prática perversa de rotativi-dade praticada pelo banco. As de-missões e contratações por menores salários é uma prática que provoca o enfraquecimento dos ganhos da categoria”, ressalta Cordeiro.

A retomada do processo de negociação entre a Contraf-CUT, federações e sindicatos com o HSBC, que estava agendada para o dia 6/2, em Curitiba, foi remarcada para a terça-feira, 19/2, a pedido do banco. Os principais temas em pauta serão emprego, plano de saúde, previdên-cia complementar e PPR/PSV.

As demissões efetuadas pelo banco inglês têm sido um dos gran-des problemas enfrentados pelos trabalhadores. Apesar dos lucros astronômicos, o HSBC eliminou 1.836 postos de trabalho entre junho de 2011 e junho de 2012, de acordo com os dados do balanço.

“A falta de funcionários é gritante nas agências e departamentos do banco. Não é à toa que as condições de trabalho estão péssimas, beirando o insuportável. A cada dia, o nível de adoecimento cresce. E quando o bancário fi ca doente, ele ainda é dis-criminado e perseguido pelo banco, como apontou a denúncia feita pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba ao Ministério Público do Trabalho.

O diretor do Sindicato e funcioná-rio do HSBC, Humberto Filho, ressal-tou outro ponto importante da pauta. “O banco também fez alterações unilaterais no plano de saúde neste início de ano que são extremamente

prejudiciais para os funcionários, retirando direitos do pessoal da ativa e dos aposentados”, disse.

“Além dos reajustes que enca-recerão o custo dos trabalhadores, o banco está criando uma nova divisão entre os bancários: os que são bene-fi ciados pela Lei Federal nº 9.656/98 e têm direito a manutenção do plano de saúde (seis meses a dois anos) por contribuírem mensalmente e os que não terão a chance de contribuir e, por isso, não poderão usufruir da manutenção para além do que deter-mina a convenção coletiva (máximo de 270 dias)”, alerta Alan Patrício, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT.

O plano de previdência do banco também é alvo de cobrança dos tra-balhadores. Lançado no começo do ano passado, o novo plano tem como característica o benefício apenas aos bancários que recebem remuneração acima de R$ 3.500,00 e em poucos meses o banco fechou a possibilidade de adesão.

Os trabalhadores cobram ainda do banco uma valorização na Par-ticipação dos Lucros e Resultados (PLR). Além disso, a empresa insiste em descontar da PLR os valores pagos no programa próprio de re-muneração (PPR/PSV).

HSBC

Contraf negocia emprego, saúde, previdência e PPR no dia 19/2

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. 5Manifestação ESTRATÉGIA

COMBATE À FOME

BANCO DO BRASIL

Bancários de Fortaleza se mo-bilizaram na quin-ta-feira, dia 7/2, em manifestação contra redução de salário e outras medidas causadas pelo sistema im-posto pelo Banco do Brasil. Um ato organizado pelo Sindicato dos Ban-cários do Ceará mostrou a indigna-ção e a revolta da categoria contra a imposição do pla-no de funções pela direção do banco, em frente à agência na Avenida Heráclito Graça, na Aldeota.

Esse foi um ato sob orienta-ção da Contraf-CUT, organizado a partir da Comissão de Empresa do BB e visa dar notoriedade pública ao plano de funções que o Banco fez, sem negociação com o movimento sindical, nem com os funcionários, com redu-ção de salários. Os principais problemas que se evidenciaram contra o plano do BB, aparece-ram quando o banco disse que ninguém iria ter perdas, mas o banco reduziu em 16,25% um dos itens principais de um dos cargos, que é a principal função que gera problemas jurídicos pelo Brasil inteiro.

O BB trouxe a jornada do bancário efetivamente para 6 horas, mas trouxe perda de sa-

Bancários protestam contra plano de funções imposto

pelo Banco do Brasil

lário de 16.25%. O banco fez o plano com amarra jurídica, feito por escritório renomado no País, tão amarrado juridicamente, inclusive com consulta ao TST, para não dar brechas legais para que o banco não perdesse mais na Justiça. O BB é o principal passivo trabalhista do Brasil, entre as empresas ativas.

Presentes à manifestação, em Fortaleza, os diretores do Sindicato, Bosco Mota, Rochael Almeida, Plauto Macedo, Lea Albuquerque, Alex Citó, Marcos Francelino, Rita Ferreira, Mateus Neto e José Eduardo, juntos com outros apoiadores, lembraram que a mobilização foi importante para continuar a luta contra a implantação do plano de funções pelo BB, feito sem negociação com o movimento sindical.

Pressão – “Essa é uma de-monstração de força muito im-portante dos trabalhadores para a direção do Banco do Brasil, mostrando a insatisfação contra esse absurdo que a empresa está fazendo”, disse José Eduardo Marinho, diretor do SEEB/CE e funcionário do Banco do Brasil, ressaltando que a manifestação faz parte da mobilização nacional para pressionar a instituição a rever o plano.

Os dirigentes sindicais res-saltaram a importância da uni-dade da categoria e do papel do Sindicato na luta em defesa dos bancários. “O banco mexeu com várias áreas em todo o Brasil e nós do Sindicato, não vamos no calar, vamos em frente até que o BB reveja esse plano de maldades” disseram.

O Ministério Público do Tra-balho (MPT) vai abrir processo investigatório contra o Banco do Brasil para apurar possível prática antissindical do banco. A decisão foi tomada durante audiência no MPT na sexta-feira (1º/2), em Brasília, depois de contínuas tentativas do órgão para que o banco reavaliasse a prática de alterar unilateralmente férias, abonos e licenças progra-madas dos grevistas da última Campanha Nacional.

A mediação do MPT ocorreu no sentido de que o banco alte-rasse a Instrução Normativa 361, especifi camente no item em que dá margem para tal alteração unilateral de afastamentos abonados (férias, abonos e licenças prêmio) ou que o BB emitisse um informe esclare-cendo que a prática estaria proibida pelos gestores das unidades.

“Durante a audiência, o banco informou que nenhuma providência foi tomada no sentido de colocar em prática a recomendação do MPT, feita na última reunião, no dia 3/12”, afi rma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e co-ordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. “O banco

MPT abre investigação para apurar práticas antissindicais

manteve uma posição intransigente e, após várias tentativas da procuradora (Paula de Avila e Silva Porto Nunes), não houve mediação”.

De acordo com William, um fator importante e decisivo para o prosseguimento da investigação foi a Contraf-CUT ter agregado ao proces-so de intermediação do Ministério um boletim do BB, emitido após a última audiência no MPT, que desvirtuava a orientação da procuradora e chance-lava a prática antissindical do banco.

Orientação – A Contraf-CUT orienta que os bancários que tiveram férias, abono ou licença alterados no período de 4 de outubro a 15 de dezembro encaminhem documentos que comprovem tal prática à Confe-deração. A entidade vai entregar ao MPT estas provas para que sejam agregadas à investigação. A intenção é que esta mobilização para compi-lação das provas seja feita o quanto antes possível.

A entidade pede ainda que os sindicatos que fi zeram homologação de demissões com a ressalva de que horas da greve foram descontadas encaminhem estes documentos à Contraf-CUT, de modo a denunciar

que o banco desrespeitou a Con-venção Coletiva.

Acordo – Uma das condições para que os bancários assinassem o acordo coletivo 2012/2013 com o BB foi a de não haver o descon-to dos dias de greve ou mesmo qualquer outra medida contra os trabalhadores que exerceram esse direito assegurado pela Constitui-ção. “Mas o banco extrapolou o que está previsto na cláusula 56ª da Convenção Coletiva de Trabalho ao soltar uma instrução normativa mandando seus administradores alterarem férias e demais licenças dos grevistas que já estavam pré-agendadas”, denuncia William.

Mais denúncia – As entidades sindicais também denunciaram o banco ao assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopes Feijó, durante reunião ocorrida no dia 14 de novembro, em Brasília. Três documentos foram entregues para ele com denúncias de problemas graves de gestão no BB, entre elas as perseguições aos bancários grevistas.

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), reunida pela Contraf-CUT na quinta-feira (7/2), em São Paulo, orienta 20 de fevereiro como o Dia Nacional de Luta para denunciar o ataque aos direitos dos trabalhadores que o banco vem empreendendo com a implantação unilateral do novo plano de funções comissionadas. A CEBB esteve reunida para avaliar a mobilização dos bancários em todo o País nas últimas semanas e traçar novas estratégias contra os problemas já identifi cados no plano de função do BB.

“Não concordamos com a redu-ção dos direitos dos trabalhadores. Queremos abertura de negociação para discutir o plano, conforme su-geriu o próprio Ministério do Trabalho e Emprego ao banco, em dezembro. Diante de mudanças tão importantes e que atingem mais de 100 mil fun-cionários, o BB deveria agir com mais responsabilidade”, critica William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcio-nários do BB.

Seguindo orientação da Contraf-CUT, as entidades sindicais estão realizando reuniões e plenárias com participação massiva de funcionários do BB em todo o País. “As mobiliza-ções em todo Brasil têm sido positi-vas e estão mostrando a força dos bancários. O poder de pressão dos trabalhadores está em sua capacida-de de unidade. Portanto, orientamos que os bancários de todo o País

Dia Nacional de Luta para denunciar plano de funções será no dia 20/2

continuem mobilizados e agindo em conjunto com seus sindicatos”, ressalta William.

O Comando Nacional se reunirá com a CEBB no dia 22 de fevereiro para avaliar a melhor estratégia a seguir. Entretanto, já está certo que a Contraf-CUT acionará o Ministério Público do Trabalho questionando a redução de direitos dos trabalhadores com a implantação do novo plano.

Redução de direitos – Ao im-plantar o novo plano, o BB extinguiu todas as funções comissionadas de 8h e criou novas nomenclaturas nas verbas de gratifi cação de função. Todos os comissionados conside-rados de Função de Confi ança (FC) foram migrados compulsoriamente, unilateralmente.

Já o chamado público-alvo da Função Gratifi cada (FG) tem a opção de migrar para as novas funções de 6h com remuneração 16,25% menores que as antigas de 8h, a qualquer mo-mento, ou permanecer na função de 8h em extinção. “Para quem migrar, o BB oferece um ‘incentivo ilusório’. Ou seja, para ‘compensar’ a perda salarial da FG, o banco autorizou horas extras pelo período de um ano”, salienta William.

“A remuneração dos adicionais de função (6h e 8h) não pode ser reduzida (é ABF+ATFC+25%), esta é a remuneração que unifi ca os trabalhadores das mesmas funções e que se refere à vida funcional jun-tamente com as verbas pessoais”, afi rma William.

A crise na Europa fez com que doadores tradicionais como França, Espanha e Itália tivessem uma retra-ção nas verbas. O Brasil, porém, fez a maior doação repassada ao World Food Programme (WFP) de sua histó-ria em 2012, terminando o ano como o 10º maior doador, com mais de US$ 82 milhões. Isso representa duas posições à frente comparado a 2011, quando fi cou em 12º lugar com US$ 70,5 milhões doados; e 34 posições à frente que em 2007, primeiro ano em que o Brasil apareceu no ranking dos 100 maiores doadores, em 44º lugar e US$ 1,1 milhão doado.

Dentro de um armazém no distri-to de Mkuranga, Tanzânia, um saco de açúcar com a escrita Product of Brazil não deixa dúvidas: as doações de alimentos do Brasil ao Programa Mundial Alimentar (PMA) chegam à África. Não bastassem os fi nan-ciamentos em espécie, em 2012 o Brasil também fez grandes doações de commodities. Já em outubro do ano passado, durante o primeiro encontro da nova secretária execu-tiva do PMA, Etharin Cousin, com a imprensa estrangeira em Roma, ela anunciara que o Brasil estaria entre os maiores doadores do ano.

De fato, desde que o ex-ministro brasileiro José Graziano da Silva foi eleito diretor-geral da FAO, Organi-zação da ONU para Agricultura e Ali-mentação, em 2011, o Brasil passou a exercer um novo papel nas decisões que concernem às agências da ONU em Roma. Além da FAO e do PMA, também tem sede na capital italiana o FIDA, Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura.

Mas não são somente as doa-ções em dinheiro e de alimentos que aumentam a responsabilidade do Brasil diante da comunidade interna-

Brasil exporta Fome Zero e se torna 10º maior doador mundial

cional. O reconhecimento maior, seja da África ou dos países europeus, aparece muitas vezes na forma de respeito às conquistas do País, dentro de casa, no combate à fome e à pobreza. As experiências bem sucedidas do Fome Zero colocado em prática por Graziano durante o governo Lula vão além das fronteiras do Brasil. Principalmente em direção à África, confi rmando as intenções da FAO em dar atenção especial a assim chamada Cooperação Sul-Sul. Tanto que um Centro de Excelência no Combate à Fome foi construído em Brasília em parceria do PMA com o governo.

Irene Del-Río é espanhola e tra-balha no escritório regional do PMA no Malauí. Ela esteve no Centro de Excêlencia e de lá trouxe modelos de combate à fome que já estão em prática, como é o caso da escola do distrito de Mbwadzulu, distante cerca de 300km da capital Lilongwe. Ali, ao menos 600 crianças e adolescentes são benefi ciados por um projeto inspirado no Fome Zero de investir na produção e consumo local. O PMA repassa verbas para as esco-las e estas, por sua vez, compram os alimentos produzidos pelos pais dos alunos.

“O programa é uma continua-ção do Fome Zero. Estivemos dois meses no Brasil para aprender as práticas dos programas existentes no Brasil. Nosso enfoque aqui é na alimentação escolar. Dentre todas as experiências que o Brasil tem na luta contra à pobreza e contra à fome, a alimentação escolar é uma das coisas que se poderiam melhor implementar no Malauí”, completa Del-Río.

Apesar das semelhanças na aplicação dos projetos, é preciso dar um rosto africano aos projetos.

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Metas Abusivas BANCO DO NORDESTE DO BRASILSindicato dos

Empregados em Estabelecimentos

Bancários no Estado do Ceará

Rua 24 de Maio, 1289 – Centro – CEP

60.020-001

Arquivo

A direção do Banco do Bra-sil no Ceará tem seguido uma nefasta política de descomissio-namentos. Na contramão do seu discurso publicitário de respon-sabilidade social, o BB retalia funcionários de forma injusta, tirando comissão e prejudicando claramente os funcionários que não atingem as metas impostas pela Superintendência. Recente-mente, mais um gerente perdeu sua comissão por não conseguir cumprir essas metas inatingíveis.

Bosco Mota, diretor do Sin-dicato e funcionário do BB, diz que a lógica seguida pelo banco é terrorista. “Desde que Eloi Medei-ros chegou à Superintendência Estadual, o terror se instalou aqui no Ceará. É maior a cobrança de metas abusivas, o assédio moral, os descomissionamentos. A po-lítica é: se não cumpriu a meta na integralidade, ou o gerente é rebaixado para uma agência menor, com redução salarial, ou perde a comissão. Ou seja, se o gerente atingir 99% já será penalizado”, denuncia o dire-tor, destacando que diante do cenário de escassez no Estado, resultante da maior seca dos últimos 30 anos, fica impossível alcançar os melhores resultados, já que as vendas dos produtos e serviços são ainda mais difíceis.

Outra manobra – No últi-mo dia 31/1, o Sindicato já havia denunciado outra manobra do banco para justificar os desco-missionamentos: desvirtuar o uso da GDC (Gestão de Desempenho por Competência – antigo GDP) para avaliar o cumprimento de metas, enquanto o sistema deve

Superintendência do BB descomissiona mais um

gerente no Ceará

avaliar somente o desempenho das competências funcionais.

“Quem não atingir as metas inatingíveis recebe nota insatisfa-tória mesmo sem ter um desem-penho ruim. A GDP não é sistema para avaliar alcance de metas e o banco tem se utilizado dela para justificar a retirada de comissão ou migrar, compulsoriamente, gerentes para agências menores e reduzir seus salários”, denunciou José Eduardo Marinho, diretor do Sindicato e funcionário do BB.

Esse novo “manual” de descomissionamentos é cruel e desrespeitoso, além de burlar claramente a Convenção Cole-tiva dos bancários – que pro-tege os comissionados contra a perda de função, que só pode ocorrer após três avaliações negativas e consecutivas. Os funcionários prejudicados de-vem procurar o Sindicato, que tem o Departamento Jurídico à disposição para garantir os direitos da categoria.

UFC entre as melhoresO Brasil tem 12 universidades entre as 500

melhores do mundo, de acordo com o Ranking Web of Universities ou Webometrics. O levantamento é baseado no impacto que as publicações científi cas

das instituições de ensino têm na internet. O primeiro lugar brasileiro coube à USP (19º lugar geral); em 2º vem a Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (129º), seguida da UNICAMP (177º), UnB (181º), Federal de Santa Catarina - UFSC (205º), Federal do Rio de Janeiro – UFRJ (241º), Federal de Mi-nas Gerais - UFMG (254º), Unesp (294º), Federal

Fluminense – UFF (312º), Federal do Paraná – UFPR (364º), Federal da Bahia – UFBA (444º) e Universida-

de Federal do Ceará – UFC (482º).

Leitura nas escolasUm levantamento divulgado em janeiro pelo movimento Todos

Pela Educação mostra que o Brasil precisa construir 128 mil bibliotecas escolares em sete anos para cumprir uma lei federal que vigora desde 2010. Segundo a pesquisa, faltam 128 mil bibliotecas no País. Para sa-nar esse défi cit até 2020, deveriam ser erguidos 39 espaços por dia, em unidades de ensino públicas e particulares. Atualmente, a defi ciência é maior nas escolas públicas (113.269), o que obrigaria a construção de

34 unidades por dia até 2020.

Nome SujoOs consumidores agora podem descobrir de maneira gratuita se o

nome está sujo na praça. O serviço é oferecido pela Boa Vista Servi-ços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Basta acessar o site da empresa (http://www2.boavistaservicos.com.br/consumidorpositivo/) e se cadastrar na parte consulta de débito. Feito isso, basta inserir o login e senha. Ainda é possível encontrar detalhes

sobre dívidas.

“A presidenta Dilma vai receber

as centrais sindicais para

discutir a pauta dos trabalhadores, como jornada de 40 horas, fim do fator

previdenciário, direito a

negociação salarial do setor público, a ratificação da

Convenção 158 da OIT e a reforma

agrária”Vagner Freitas, presidente da CUT

Forró – patrimônio da HumanidadeEstudantes pedem que o forró seja reconhecido

como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, a exemplo do que ocorreu com o frevo recentemen-te. Na 8ª Bienal de Arte e Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE), músicos e especialistas dis-cutem a importância do ritmo e do grande homena-

geado do evento, Luiz Gonzaga. O forró é o principal ritmo nativo do sertão nordestino. Como patrimônio

imaterial da humanidade, o forró será protegido a fi m de que permaneça vivo para as gerações futuras. O

título é concedido pela Unesco. A lista de patrimônios culturais imateriais reúne, atualmente, 232 elementos

de 86 países.

Ainda abalado por denúncias de corrupção e, escândalos e pela substituição de presidente e dire-tores, o BNB segue fragilizado em sua gestão por uma sangrenta e silenciosa disputa interna pelo poder, envolvendo diretores, funcionários de carreira e dirigentes oriundos de outras instituições, recentemente nomeados pelo Governo Dilma.

A disputa, segundo fontes externas e internas do Banco, tem suas raízes nos próprios confl itos existentes hoje na base aliada do Governo, onde se digladiam na busca de cada vez mais espaço político partidos como o PMDB, o PSB e o PT, principalmente, além de outras siglas de menor densidade e expressão política.

Por trás de uma diretoria que se apresenta como técnica, pois formada por funcionários de carreira e bancários vinculados a instituições como o Banco do Brasil e a CEF, estão padrinhos políticos fortes, guindados recentemente a postos da mais alta relevância política no País, como é o caso do atual presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, ungido ao cargo por forças políticas conservadoras que manietam e manobram o go-verno Dilma.

Segundo apurou o Sindicato dos Bancários do Ceará, os chamados “diretores da casa” – assim desig-nados dirigentes que são funcioná-rios de carreira do BNB – seriam “afi lhados” de Renan Calheiros.

Briga interna pelo poder fragiliza gestão do BNB

Seu objetivo principal: derrubar os diretores que não são do BNB, inclusive o presidente, que ocupam as funções designados diretamente pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O SEEB/CE recebeu infor-mações de que o vazamento de denúncias envolvendo Ary Joel Lan-zarin faz parte do chamado “fogo amigo”, pois a meta fi nal do “grupo da casa” é ocupar a presidência do BNB. E adverte: por trás de uma falsa retomada do fortalecimento do Banco pode estar um projeto de desfi guramento da verdadeira missão desenvolvimentista do BNB, que levaria o Banco a uma disputa varejista incompatível com a sua estrutura de Banco misto, mais vol-tada para o fomento. A tão temida reestruturação do BNB, guardada a sete chaves pela direção da Empresa, viria para dar suporte a esse processo de bancarização, com sérios prejuízos para o corpo funcional e para a nobre função do BNB.

O SEEB/CE teme que essa verdadeira carnifi cina política, que já se arrasta há quase dois anos, possa vir a servir de pretexto para o esvaziamento e até a extinção do BNB. O Sindicato lamenta o silêncio de entidades internas e externas sobre o assunto e avisa que continuará alerta em defesa do BNB, pelo que o Banco repre-senta para o Nordeste e a sua sofrida população.

Caos no atendimento das agências do BNB