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JORNAL SEMANÁRIO REGIONAL EDITADO EM BEJA E DISTRIBUÍDO NO BAIXO ALENTEJO Trigaches aguarda por barragem e aeroporto Mértola inaugura novo relvado sintético P.05 FREGUESIAS P. 12 DESPORTO DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 1 // N 25 // 0,70 [IVA INCLUÍDO] P.03 SAÚDE Hospital de Beja terá entrada só para ambulâncias semanário regional // ÀS SEXTAS // 2006.09.22 Feira. Parques de Feiras e Exposições acolhe mostra com 90 expositores até ao próximo domingo pub. Beja é capital do turismo activo Patinar numa pista de gelo em pleno Baixo Alentejo ou realizar voos em balões de ar quen- te são algumas aventuras disponíveis na Feira de Turismo e Aventura (Fertur), que começou quinta-feira, 21, em Beja, para promover as po- tencialidades turísticas da região. Promovida pela empresa alentejana Campo dos Media, a Fertur vai decorrer no Parque de Feiras e Exposições de Beja até domingo, 24. Apresenta-se como a “grande feira de turismo activo do país” e pretende ser “uma aposta di- ferente e dinâmica na actividade turística”, ex- plicou Miguel Correia, um dos responsáveis da organização. P. 24 | ÚLTIMA Luís Pita Ameixa “BAAL 21 tem carácter partidário” O deputado do Partido Socialista eleito por Beja, Luís Pita Ameixa, responde à letra às declarações do comunista José Soeiro na úl- tima semana: “O BAAL 21 não goza de independência e tem um carácter partidário e de mera oposição ao Governo”. Duro com as posições do PCP, Ameixa de- fende ainda que a Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral tem como grande desafio a mudança para Comuni- dade Urbana, tal como o PS sem- pre defendeu. E advoga que “a grande marca desta nova maioria parlamentar é a determinação e coragem para resolver os proble- mas do país”. P. 11 | CONTRA_FACTOS pub. Lagar moderno às portas de Beja Equipamento está capacitado para a totalidade da produção de azeitona do Grupo Cameirinha O Grupo Cameirinha tem quase pronto o seu mais recente investimento no sector agrícola. O novo la- gar, situado na Herdade do Monte Novo e Figueirinha, está a receber os últimos equipamentos e, dentro de poucas semanas, estará pronto para receber toda a azeitona colhida na propriedade e outra que chegará de olivais da região. Filipe Cameirinha Ramos, gestor da exploração agrícola do grupo bejense, explica ao “CA” que, depois da vinha, da adega e da plantação do olival, “era ine- vitável” não construir o lagar. “Começa a ser uma quantida- de muito grande de azeitona para transportar ou vender”, sublinha. P. 02 | BAIXO ALENTEJO 7 JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

IVA INCLUÍDO] Beja é capital do turismo activo · Joana Palminha Presidente da Junta de Freguesia de Trigaches PS FALA COM A EDIA A concelhia de Beja do PS reuniu quar-ta-feira,

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Page 1: IVA INCLUÍDO] Beja é capital do turismo activo · Joana Palminha Presidente da Junta de Freguesia de Trigaches PS FALA COM A EDIA A concelhia de Beja do PS reuniu quar-ta-feira,

JORNAL SEMANÁRIO REGIONAL EDITADO EM BEJA E DISTRIBUÍDO NO BAIXO ALENTEJO

Trigaches aguardapor barrageme aeroporto

Mértola inaugura novo relvado sintético

P.05 FREGUESIAS P.12 DESPORTO

DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 1 // N 25 // € 0,70 [IVA INCLUÍDO]

P.03 SAÚDE

Hospital de Bejaterá entrada sópara ambulâncias

semanário regional // ÀS SEXTAS // 2006.09.22

Feira. Parques de Feiras e Exposições acolhe mostra com 90 expositores até ao próximo domingo

pub.

Beja é capitaldo turismo activoPatinar numa pista de gelo em pleno Baixo Alentejo ou realizar voos em balões de ar quen-te são algumas aventuras disponíveis na Feira de Turismo e Aventura (Fertur), que começou quinta-feira, 21, em Beja, para promover as po-

tencialidades turísticas da região. Promovida pela empresa alentejana Campo dos Media, a Fertur vai decorrer no Parque de Feiras e Exposições de Beja até domingo, 24. Apresenta-se como a “grande feira de turismo

activo do país” e pretende ser “uma aposta di-ferente e dinâmica na actividade turística”, ex-plicou Miguel Correia, um dos responsáveis da organização.P. 24 | ÚLTIMA

Luís Pita Ameixa

“BAAL 21 tem carácter partidário”O deputado do Partido Socialista eleito por Beja, Luís Pita Ameixa, responde à letra às declarações do comunista José Soeiro na úl-tima semana: “O BAAL 21 não goza de independência e tem um carácter partidário e de mera oposição ao Governo”. Duro com as posições do PCP, Ameixa de-fende ainda que a Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral tem como grande desafi o a mudança para Comuni-dade Urbana, tal como o PS sem-pre defendeu. E advoga que “a grande marca desta nova maioria parlamentar é a determinação e coragem para resolver os proble-mas do país”.P. 11 | CONTRA_FACTOS

pub.

Lagar moderno às portas

de BejaEquipamento está capacitado

para a totalidade da produção de azeitona do Grupo Cameirinha

O Grupo Cameirinha tem quase pronto o seu mais recente investimento no sector agrícola. O novo la-gar, situado na Herdade do Monte Novo e Figueirinha, está a receber os últimos equipamentos e, dentro de poucas semanas, estará pronto para receber toda a

azeitona colhida na propriedade e outra que chegará de olivais da região. Filipe Cameirinha Ramos, gestor da

exploração agrícola do grupo bejense, explica ao “CA” que, depois da vinha, da adega e da plantação do olival, “era ine-vitável” não construir o lagar. “Começa a ser uma quantida-de muito grande de azeitona para transportar ou vender”, sublinha. P. 02 | BAIXO ALENTEJO

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02 REGIÃO BAIXO ALENTEJOsexta-feira2006.09.22

PRESSÕES NO ISSS DE BEJA Funcionários do Instituto Superior de

Serviço Social de Beja queixam-se de pressões para rescisão voluntária dos contratos sem termo e de lhe estaren a ser propostos contratos a prazo.

“Há mais interesse pela barragem [de Pisão] do que pelo aeroporto”

Joana Palminha

Presidente da Junta de Freguesia de Trigaches

PS FALA COM A EDIA A concelhia de Beja do PS reuniu quar-

ta-feira, 20, com a administração da EDIA. O encontro surge na sequência de outros já realizados, nomeadamen-te com o governador civil.

ALJUSTREL • ALMODÔVAR • ALVITO • BARRANCOS • BEJA • CASTRO VERDE • CUBA • FERREIRA DO ALENTEJO • MÉRTOLA • MOURA • ODEMIRA • OURIQUE • SERPA • VIDIGUEIRA

Lagar moderno às portas de Beja

Lagar da Herdade da Figueirinha já rece-be azeitona da próxima campanha.

OGrupo Cameirinha tem quase pronto o seu mais recente in-vestimento no sector agríco-

la. O novo lagar, situado na Herdade do Monte Novo e Figueirinha, está a receber os últimos equipamentos e, dentro de poucas semanas, estará pronto para receber toda a azeitona colhida na propriedade e outra que chegará de olivais da região.

Filipe Cameirinha Ramos, gestor da exploração agrícola do grupo be-jense, explica ao “CA” que, depois da vinha, da adega e da plantação do olival, “era inevitável” não construir o lagar. “Começa a ser uma quantida-de muito grande de azeitona para transportar ou vender”, explica.

O novo equipamento está capacitado para a totalidade da produção de azeitona da herdade da família Cameiri-nha, mas essa renta-bilidade só será tirada “ao longo dos próximos quatro ou cinco anos”,

uma vez que os olivais plantados na Figueirinha ainda são jovens. “Den-tro de cinco ou seis anos esperamos ter uma produção na casa das duas mil toneladas, que é exactamente a capacidade do lagar”, esclarece Filipe Cameirinha Ramos.

O facto de o vinho ser um sector muito próximo do azeite, foi uma das razões para o investimento no lagar. Contudo, explica o jovem gestor, nes-te momento o mercado do azeite “é bastante mais aliciante”.

“Há um excesso muito grande de produção de vinho em Portugal, onde estão a praticar-se preços, no-meadamente as adegas cooperativas e também alguns particulares, muito abaixo daqueles que são razoáveis. E o consumo do vinho está a descer um bocadinho. Portanto, o sector está a atravessar algumas difi culdades, embora esteja a haver uma pequena retoma, porque há casas que estão a exportar mais. A exportação é aliás o nosso principal mercado”, esclarece.

Por outro lado, o empre-sário diz que o mercado do azeite “acaba

por ser muito paralelo ao do vinho” e, nesse enquadramento, “quase todos os distribuidores e importadores [do vinho da Herdade do Monte Novo e Figueirinha] têm interesse no azeite, pois trata-se de um mercado com grande procura lá fora”. A exportação será, por isso, o principal mercado do azeite produzido no novo lagar.

Ao contrário de outros sectores, o azeite é altamente consumido em Portugal, que precisa de recorrer à importação para dar resposta às so-licitações. Enquanto no vinho exis-te uma concorrência muito grande por parte dos australianos, chilenos, argentinos, franceses e italianos, no caso do azeite o mundo está a des-pertar para o seu consumo. Neste contexto, Filipe Cameirinha lamen-ta não haver já azeite porque, neste momento, há “várias encomendas de vários sítios”.

O empresário bejense admite que a agricultura está com um problema muito grande, porque o agricultor

“não tem o que produzir”. E explica porquê: “No se-

queiro, os cereais e o girassol são culturas muito pouco rentá-veis e há falta de alter-

nativas. No regadio, o milho é importado dos Estados Unidos a preços mais baixos

e a beterraba está a preços impraticáveis e

deixa de compensar pro-duzi-la”.

“Há uma falta muito grande de

alternativas. O futuro passa pelo oli-val, porque é uma cultura altamente rentável. Mesmo sem subsídio é ren-tável”, garante.

Por outro lado, na região existe uma falta de capacidade de transfor-mação de azeitona. Há mais olivais plantados e maior produção do que aquela que se pode laborar. Daí que, na óptica do gestor, um lagar cons-truído agora vai dar resposta às cultu-ras da herdade Cameirinha e de “al-guns vizinhos que não têm para onde as encaminhar”. “Neste momento há uma falta de lagares e é uma mais va-lia para a região”, diz.

Neste momento o investimen-to no Monte Novo e Figueirinha já ascende aos oito milhões de euros (plantações de vinha e olival, charcas e rede de drenagem, furos de capta-ção de água). O lagar custa cerca de um milhão e 250 mil euros. A adega representa um investimento de três milhões.

Para 2007, tal como o “CA” noti-ciou, deverá arrancar um novo pro-jecto, constituído por uma unidade hoteleira com aparthotel, restauran-tes, sala de espectáculos e um court de ténis.

“Temos grandes expectativas com o Alentejo. Tem havido problemas de crescimento e desenvolvimento, mas esperamos que cheguem melhores dias. Tenho esperança que melho-res dias virão, porque há aqui novos projectos que poderão trazer grande desenvolvimento, como o aeroporto ou as vertentes agrícola e turística de Alqueva”, explica Filipe Cameirinha Ramos.

Investimento. Grupo Cameirinha está prestes a concluir investimento no sector agrícola

A cidade e a burocraciaNascido e criado em Beja, Filipe Cameirinha Ramos acha que a cidade “está diferente” mas, ressalva, “a evolução não tem sido muito signifi ca-tiva.” A cidade está no centro do Sul do país, equidistante de Évora, Sines,

Lisboa, Algarve e Sevilha. Precisa de tirar vantagens desta localização. Mas, por outro lado, Beja tem sido muito prejudicada. Veja-se agora o exemplo do comboio Intercidades – não faz sentido que a cidade deixe de o ter”, declara.Outra das críticas contundentes do empresário vai para o excesso de burocracia do Estado português: “A burocracia é absolutamente desmobilizadora e é um grande inimigo. Muitas vezes atrapalha e outras tantas impossibilita”.

“O processo da adega foi muito complicado e, no caso do lagar, há mais de um ano que estamos a tratar do processo de licenciamento. Lidamos

com cerca de 20 organismos diferentes e alguns não se dão com os outros. Às vezes temos de servir de elo de ligação e muitas vezes deparamos com or-

ganismos que só passam uma licença se um terceiro passar outra licença. Re-sultado: temos os dois a lutar à espada e nenhum passa a licença”, descreve.

A Adega da Figueirinha acaba de ser distinguida com mais al-guns prémios para a qualidade dos vinhos produzidos. Desta vez foi na Alemanha, no famoso concurso “Mundus Vini – Gre-at International Wine Awards”, onde foram apresentados a pro-va um total de 4.495 vinhos de 33 países.

Neste concurso foram atribu-ídas duas Medalhas de Ouro aos vinhos apresentados pela Adega da Figueirinha, nomeadamente ao Fonte Mouro Reserva Tinto 2003 e ao Fonte Mouro Garra-feira Tinto 2003. Em função da pontuação alcançada, também o vinho Herdade da Figueirinha Syrah 2004 foi distinguido neste concurso com a menção “Apro-vado”.

Recorde-se ainda que, já este ano, o Fonte Mouro Reserva Tinto 2003 recebeu uma Me-dalha de Prata no “Challenge International du Vin 2006” em França, uma Medalha de Bron-ze no “The International Wine Challenge 2006” em Londres e outra Medalha de Bronze no “Wine Masters Challenge 2006 - VIII World Wine Contest” no Estoril.

Alemanha

VinhosCameirinhapremiados

Filipe Cameirinha Ramos vê muito potencial no azeite nos próximos anos

ANTÓNIO JOSÉ BRITO

JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

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REGIÃO BAIXO ALENTEJO sexta-feira2006.09.2203

O Hospital Distrital de Beja vai passar a ter uma nova entrada, que fi cará localizada na avenida Comandante Ramiro Correia, exclusivamente para ambulâncias. A intervenção está a ser preparada e poderá estar pronta no primeiro trimestre de 2007.A necessidade de criação desta nova entrada é uma consequência das

O acesso de ambulâncias ao Hospital de Beja vai passar a ser feito por uma nova entrada a criar na avenida Comandante Ramiro Correia.

Obras do Programa Polis na rua António Sar-dinha complicaram o acesso normal das ambu-lâncias pela entrada actual.

Hospital. Unidade bejense vai ter entrada para ambulâncias na avenida Comandante Ramiro Correia

Ambulâncias mudam de rota

obras feitas na rua António Sardi-nha, no âmbito do Programa Polis, que provocam regularmente limi-tações no acesso de ambulâncias ao hospital. A Câmara Municipal de Beja (CMB) chegou a negociar com a administração liderada por Cunha Rêgo, mas não houve entendimen-to para a cedência de uma faixa de terreno do hospital, de modo a criar uma terceira via na rua António Sar-dinha.

“O problema de acesso foi criado pela intervenção do Polis e pelo não acordo entre o anterior conselho de administração e o executivo da CMB, que ainda hoje estou para perceber como é que foi possível, porque nes-tas coisas deve haver um primado do interesse público”, afi rma Rui Sousa Santos, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Baixo Alentejo.“Houve uma birra de parte a parte que não promoveu o acordo e levou a esta enormidade que é potencial-mente muito lesiva do principal acesso ao hospital”, acrescenta.Face à situação criada – “basta que avarie um carro na António Sardinha e complica tudo, e já houve o caso de uma ambulância que galgou o separador com prejuízos grandes” – a administração do hospital fez um contacto com a autarquia no sentido de criar uma alternativa. Inicialmente, explica Rui Sousa San-

ANTÓNIO JOSÉ BRITO

Ferreira do Alentejo

A piscina olímpica de ar livre de Ferreira do Alentejo fecha no dia 30 deste mês, estando prevista para o dia 2 de Outubro a rea-bertura da piscina aquecida, cujo funcionamento decorrerá até fi -nais de Maio de 2007. Para além das actividades com as escolas do concelho, estão abertas inscrições para aulas de natação orientada, aulas para bebés e hidroginástica. A piscina de Inverno é também utilizada na modalidade de nata-ção livre pelos idosos do conce-lho. Os interessados em frequen-tar a piscina neste novo período podem contactar os Serviços de Desporto da autarquia. Entretan-to, estão igualmente abertas, nes-tes serviços, as inscrições para au-las de aeróbica, step e ginástica de manutenção, actividades que de-correm no Pavilhão de Desportos a partir de 3 de Outubro de 2006.

Escola de natação

Beja

O Governo vai criar um grupo de trabalho que, até ao fi nal do ano, apresentará propostas para a reforma do Direito da Família e Menores, disse à Agência Lusa o secretário de Estado adjunto e da Justiça. Segundo Conde Rodri-gues, este grupo, que estará cons-tituído em Outubro, deverá avan-çar com uma actualização da Lei Tutelar Educativa, em particular no que respeita aos menores em risco, que não sofreu alterações na legislação publicada em 2000.O objectivo, explicou, é procurar agilizar processos e aperfeiçoar matérias relacionadas com a lei da adopção e com a organização do poder paternal. Esta intenção governamental foi transmitida quinta-feira, 21, pelo secretário de Estado Adjunto e da Justiça e pela secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, na abertura do 1º Encontro de Co-missões de Menores, que decorre em Vila Real de Santo António. Na reunião de dois dias, tem estado em análise o trabalho desenvolvi-do pelas comissões de protecção de crianças e jovens dos distritos de Faro, Beja, Portalegre, Évora, Setúbal e Lisboa.

Direito da Família

Odemira

Depois de uma pequena pausa nos meses de Verão, a partir do próximo dia 1 de Outubro a Câ-mara de Odemira volta a desafi ar os odemirenses a calçar as sapati-lhas e a praticar desporto. “Venha caminhar pela sua saúde!”. Este é o lema do projecto “Caminha-das” que desde 2001 tem levado pessoas de todas as idades a prati-car regularmente exercício físico, ao mesmo tempo que lhes tem dado a conhecer diversos recan-tos do concelho. A partir de 1 de Outubro, todos os domingos de manhã, entre as nove e as 11 ho-ras, vão realizar-se caminhadas por percursos que levam os par-ticipantes à descoberta da vila de Odemira e arredores.

Desporto regular

tos, ponderou-se a hipótese de fazer uma rotunda descentrada, no cru-zamento da rua António Sardinha com a avenida Comandante Ramiro Correia, mas concluiu-se que não há espaço que permita fazer essa rotun-da, porque os autocarros não conse-guem fazer a curva. Deste modo, a solução passará por um sistema de semaforização, dando prioridade às ambulâncias.“Foi adoptada uma solução alterna-tiva que passa pela criação de uma faixa própria para entrada no hos-pital. A rua Ramiro Correia é o sítio mais fácil e considera a arrumação dos equipamentos que estamos em vias de começar a construir, nomea-damente o hospital de dia. Por outro lado, há ainda o objectivo da ‘céle-bre’ segunda fase de expansão [do hospital]”, acrescenta Sousa Santos, confi rmando também que, apesar deste novo acesso, a entrada princi-pal fi cará nas condições em que está actualmente.

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REGIÃO BAIXO ALENTEJOsexta-feira2006.09.22 04

Beja

O Partido Socialista criticou esta semana a Câmara Municipal de Beja por estar a “tentar vender” a mudança temporária de alunos das escolas do 1º ciclo da cidade para o Regimento de Infantaria (RI 3), “qualifi cando-a como uma ex-celente solução”. Segundo o PS de Beja, a autarquia está deste modo a “esconder as responsabilidades políticas que originaram” esta si-tuação.

“Outros municípios, como Odemira e Vidigueira, que candi-dataram escolas dos seus conce-lhos a programas que visavam a obtenção de apoios fi nanceiros para a recuperação de escolas do primeiro ciclo, fi zeram e termina-ram as obras em tempo oportuno, de modo a que se iniciasse nas instalações apropriadas, o espaço escolar, o ano lectivo. A Câmara de Beja falhou”, acusa a concelhia socialista.

No mesmo comunicado, o PS elogia o “grande esforço” dos mili-tares do RI 3 por terem impedido que “centenas de crianças fi cassem sem aulas por tempo indetermina-do devido à incapacidade da Câ-mara Municipal de Beja em fazer as obras necessárias e pôr as esco-las a funcionar em tempo útil”.

PS criticaatitude da Câmara

A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo inaugurou na passada sex-ta-feira, 15, o novo Parque de Expo-sições e Feiras daquela vila, orçado em cerca de 500 mil euros. A cerimó-nia de inauguração do novo espaço coincidiu com o arranque de mais uma edição da tradicional feira anu-al, que animou Ferreira do Alentejo até domingo, 17.

Ladeado pelos vereadores Fran-cisco Simão e Nuno Pancada, e pelo presidente da Assembleia Munici-pal de Ferreira do Alentejo, Luís Pita Ameixa, o presidente do município ferreirense não escondeu a satisfação pelo momento, que classifi cou de “muito importante” para o concelho e suas gentes.

“Conseguimos realizar uma as-piração de há muitos anos. […] Este Parque de Exposições e Feiras é uma ambição de há muito no concelho de Ferreira do Alentejo, pois há muitos anos que os habitantes do concelho pretendiam que as feiras pudessem ter um espaço próprio, o que conse-guimos de forma decidida e deter-minada”, sublinhou no seu discurso Aníbal Reis Costa.

Garantiu ainda o edil ferreirense que com a inauguração do Parque

Inauguração decorreu no dia em que se ini-ciou mais uma edição da feira anual de Ferreira do Alentejo.

Câmara Municipal quer arrancar com as obras da segunda e terceira fases do projecto ainda este ano.

Investimento. Primeira fase da obra custou à Câmara Municipal cerca de 500 mil euros

Ferreira valoriza feiras

de Exposições e Feiras será possível dar “outra projecção” à feira anual de Ferreira do Alentejo. “Este ano apostámos no espaço e penso que para o próximo ano estão reunidas as condições para começarmos a apostar na Feira de Setembro de uma forma mais efectiva. É uma feira com séculos de existência que estava na eminência de se transformar em algo descaracterizado e sem qualquer tipo de segurança, quer para visitantes quer para expositores”, acrescentou.

O novo Parque de Feiras e Expo-sições de Ferreira do Alentejo ocupa uma área de pouco mais de quatro hectares, junto à antiga ermida de São Sebastião, e custou aos cofres do município pouco mais de 500 mil eu-ros, já que a autarquia não conseguiu mobilizar fi nanciamentos comunitá-rios ou estatais para a intervenção.

“Esta obra foi inteiramente su-portada pelo orçamento municipal, o que se traduz num esforço consi-derável. Contudo, o facto de se ter recorrido a meios próprios permitiu racionalizar os custos e pouparmos bastante”, revelou o autarca socia-lista.

Nesse sentido, Aníbal Reis Costa sublinhou o “grande empenhamen-

to” dos funcionários da Câmara Mu-nicipal e também “a teimosia” do ve-reador Francisco Simão. “Sem a sua grande força de vontade, difi cilmente teríamos agora um espaço com esta grandeza”, disse.

Nova feira para a juventude. Já inaugurado, o novo Parque de Expo-sições e Feiras de Ferreira do Alentejo vai passar a ser o palco de todos os certames do género que se realizem na vila, caso da feira anual e da Feira Nacional da Água e do Regadio.

“A partir de agora, todos os even-tos sócio-culturais e espectáculos

que mereçam um grande espaço ao ar livre irão realizar-se aqui”, garan-tiu ao “Correio Alentejo” Aníbal Reis Costa, revelando que às duas feiras já existentes a Câmara Municipal quer acrescentar uma outra, a realizar entre Março ou Abril e vocacionada para a juventude.

Até lá, a autarquia conta avançar no terreno com a segunda e terceira fases do projecto do Parque de Ex-posições e Feiras. A segunda fase da intervenção prende-se com o em-belezamento do parque e zonas en-volventes (o que poderá, inclusive, implicar mexidas mais profundas na

Rua do Movimento das Forças Arma-das, sobretudo ao nível da rede de es-gotos), tendo um custo estimado em cerca de 300 mil euros.

Para a terceira fase, que prevê a construção de alguns equipamentos de apoio ao parque, a Câmara não calculou ainda um custo, embora Aníbal Reis Costa não esconda que gostaria de estabelecer, nesse âmbito, “parcerias público-privadas”.

O presidente da Câmara de Fer-reira do Alentejo pretende avançar com estas duas fases do projecto ain-da este ano, por forma a que estejam concluídas no decorrer de 2007.

Equipa autárquica de Ferreira assinalou a abertura do novo espaço de feiras da vila

Penha D’Águiainaugura novocais no rio

A Câmara de Mértola inaugura hoje, 22 de Setembro, às 17h00, o cais na Penha d’Águia, um equipamento “fun-damental no apoio” aos pescadores do Guadiana e às muitas embarca-ções de recreio que percorrem o rio, sendo este o único ponto em que é possível atracar entre o Pomarão e a vila de Mértola. O cais fl utuante está localizado na margem direita do Guadiana, tem 40 me-tros de comprimentos e irá permitir a acostagem de várias embarcações em simultâneo. A obra de construção, segundo divulgou a autarquia, representou um inves-timento na ordem dos 166 mil euros, apoiados em 75% pelo programa comunitário MARIS.

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sexta-feira2006.09.2205

A fama de Trigaches vem de longe e o seu nome fi cou fortemente as-sociado à extracção de mármores que, nos anos 60 e 70, deram vida a esta pequena aldeia do concelho de Beja. Hoje, com cerca de 600 habitantes, Trigaches já não tem extracção dos famosos mármores mas acalenta a esperança de tirar proveitos da futura albufeira de Pi-são, integrada no Empreendimen-to de Fins Múltiplos de Alqueva. Já quanto ao aeroporto de Beja, também situada nas imediações da aldeia, o optimismo é bastante menor.

Instituída há apenas 18 anos, em Maio de 1988, a freguesia de Trigaches parece estar em vias de atingir a maioridade, mas as di-fi culdades persistem. Como em todas as pequenas localidades do Alentejo, a população está enve-lhecida. Apesar disso, as escolas parecem querer renascer e, no ano lectivo que agora arrancou, 39 alu-nos frequentam os diversos graus de aprendizagem.

A agricultura, algumas ofi cinas de serralharias e de cantaria são as actividades económicas mais rele-vantes. A par disso, muitas pessoas prestam serviços em Beja e, segun-do declara a presidente da Junta de Freguesia, Joana Palminha, “o desemprego é muito baixo”.

Um dos segredos para dar res-posta a esse problema foi, há cin-co anos, a fundação da Associação

Muito próxima da cidade de Beja, a aldeia de Trigaches é sede de uma pequena freguesia de 14 km2. Com cerca de 600 habitantes, a esperan-ça mora na proximidade com o futuro aeroporto de Beja e na albufeira de Pisão, cuja construção avança em bom ritmo.

Freguesias. Trigaches reclama obras profundas em todas as estradas de acesso à aldeia

Pisão e aeroporto sãoPisão e aeroporto sãoesperança de Trigachesesperança de Trigaches

Amigos de Trigaches (AAT), que criou vários postos de trabalho para prestar apoio domiciliário a idosos e outros serviços.

Segundo explica a presiden-te da Junta, que esteve ligada ao nascimento da associação, a AAT é uma instituição particular de solidariedade social que age como empresa de inserção, fi nanciada pelo Centro de Emprego e com um protocolo celebrado com a Segurança Social. Com seis mu-lheres ao serviço, a associação de-senvolve apoio domiciliário (só na freguesia), lavagem de roupa, con-fecção de comida, pinturas, lim-peza de casas e transporta pessoas

ao médico. No caso das pinturas e limpeza de casas a actividade es-tende-se à cidade de Beja e outros locais. Joana Palminha acha que esta foi “a melhor coisa” que fez desde que tem responsabilidades autárquicas

Mais espaços verdes. Apesar de jovem, com apenas 41 anos, Joa-na Palminha é presidente da Junta de Freguesia desde 1993. Quando chegou, segundo conta, “a única coisa que existia era o edifício-sede da junta”. “As ruas estavam péssimas e difi cultavam a circula-ção”, acrescenta.

“Hoje temos as infra-estrutu-ras essenciais criadas: campo de futebol, balneários, casa mortuá-ria, pavilhão multiusos e escolas primárias com obras feitas recen-temente. Temos espaços verdes, uma cozinha e lavandaria social, polidesportivo nas escolas, 40% dos arruamentos alcatroados e posto público de Internet”, descre-ve a jovem autarca.

Por tudo isto, Joana Palminha acredita que Trigaches está “no

REGIÃO REPORTAGEM

bom caminho” mas, por outro lado, não deixa de reivindicar com urgência a realização de obras nos arruamentos e outras intervenções de embelezamento.

“Para dar outra imagem da nossa terra, [precisamos de] mais espaços verdes e um centro de noite para idosos. Precisamos, so-bretudo, de melhorar os serviços prestados à comunidade, nomea-damente ocupar os tempos livres, com ginástica de manutenção e animação sociocultural”, reclama.

Segundo Joana Palminha, há muito tempo que faz falta nascer uma associação cultural e, com esse objectivo, está a haver traba-lho em conjunto com os jovens para ser criada uma associação juvenil. Neste enquadramento vai nascer a Facir – por outras pala-vras, Força Associativa com Ins-tinto Radical. “É uma associação muito infl uenciada pelos jovens”, sublinha a autarca socialista.

HABITAÇÃO

MÁRMORES

ESTRADAS

Barragem e aeroportoTrigaches é uma vizinha privilegiada da Base Aérea de Beja, onde está pre-visto nascer o futuro aeroporto. Apesar dessa vizinhança, a presidente da Junta quer ver para crer e mostra-se algo céptica com o projecto. “Sou das pessoas que sinceramente não acredita que isso se venha a concretizar. Na aldeia existem expectativas, mas queremos aguardar, porque a nossa freguesia iria benefi ciar muito”, diz ao “CA”. Apesar do pessimismo, a esperança mais imediata da autarca é a barra-gem de Pisão, cuja construção avança em bom ritmo. “Acho que há mais in-teresse pela barragem do que pelo aeroporto. Há um entusiasmo maior”, afi ança Joana Palminha, crente que a construção da barragem “po-derá interferir ao nível do sector agrícola, provavelmente com a chegada de novos agricultores”. Por outro lado, acrescenta, a indústria do lazer “poderá mexer muito” e, para as freguesias de Trigaches, S. Brissos e Berin-gel “seria extremamente importante”.

Joana Palminha

IDADE: 41 anos

NATURALIDADE: Trigaches

CARGOS: Presidente da Junta

eleita pelo PS e jurista na Segurança Social

PERCURSO: Eleita desde 1993.

Cumpre o quarto mandato que diz

esperar “ser o último”

PERFIL

Trigaches não tem perdido po-pulação e tem poucas casas de-volutas. A presidente da Junta garante que há pessoas a querer morar na aldeia e afi ança que muitas outras já asseguraram uma casa de fi m-de-semana. Mas Joana Palminha gostaria que fossem bastantes mais. “A Junta não tem terrenos nem baldios. Mas no Plano Director Municipal (PDM) estão pre-vistas áreas para construção. Vejo isso com bons olhos mas gostaria muito mais de ver a chegada de pessoas ao centro da aldeia”, declara, ao mesmo tempo que testemunha não ter havido infl ação no preço dos terrenos, apesar da proximida-de com o aeroporto e a barra-gem de Pisão.

Trigaches ganhou fama por causa dos seus mármores. Em muitos locais ainda há quem faça questão de usar na construção civil o mármore de Trigaches. Actualmente, a indústria extractiva está “completamente parada e não tem qualquer peso”, depois de nos anos 60 e 70 ter mexido bastante com a freguesia. “Para fazer extracção obrigava a uma profundidade que teria muitos custos e pouca rentabilidade”, explica a presidente da Junta de Freguesia.

O número de acessos a esta pequena aldeia do concelho de Beja “é satisfatório”, mas, para a presidente da Junta “a forma como eles se encontram não satisfaz nada”. “A estrada de Beringel está caótica, mas em parte isso deve-se à cons-trução da barragem do Pisão. A estrada de S. Brissos deveria ser alargada. Para Cuba [a estrada] precisa de obras profundas”, relata Joana Palminha.

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EDITORIAL • COMENTÁRIOS • DEBATES • BLOGS • RECORTES DA IMPRENSA

ANÁLISES & OPINIÃO

RECORTES FRASES FEITAS

Jornal regional semanário editado em BejaDirector: António José BritoEditor: Carlos PintoRedacção: Luís Lourenço, Paulo Nobre, José Tomé Máximo (fotografi a)Paginação: Pedro MoreiraInfografi a: I+G - www.imaisg.com Secretariado: Ruben Figueira RamosColaboradores Permanentes: Cláudia Gonçalves e Napoleão MiraColunistas: António Revez, Carlos Monteverde, João Espinho, Jorge Serafi m, Miguel Rêgo, Paulo Barriga, Rodeia Machado, Rui Sousa Santos, Sandra Serra e Vítor EncarnaçãoProjecto Gráfi co: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: Fernando Cotovio [967 818 953]

Redacção, administração e publicidadeRua Dr. Diogo Castro e Brito, 6 – 7800-498 BejaTel. 284 329 400 | 284 329 401 Fax 284 329 402 | e-mail: [email protected]

Propriedade: JOTA CBS – Comunicação e Imagem Lda. - NIF 503 039 640Depósito Legal nº 240930/06Registo ICS: 124.893Tiragem semanal: 3.000 exemplaresImpressão: Gráfi ca Funchalense

Beja promove até domingo uma feira dedicada ao tu-rismo e aos desportos de aventura. Durante quatro

dias, a cidade e a região despertam para dois sectores cuja margem de crescimento e dinamização econó-mica é muito relevante. Daí que, a nosso ver, a oportunidade de rea-lizar desta mostra não podia ser melhor.

Numa região onde há muitas re-sistências ao que é novo e muitos velhos do Restelo a augurar insu-cesso para tudo o que quer romper o marasmo, a coragem da empresa bejense Campo dos Media merece ser realçada e elogiada. Não só por meter ombros a este exigente desa-fi o mas, sobretudo, por fazê-lo com algum arrojo e criatividade.

A feira, em primeiro lugar, apro-veita e valoriza o excelente parque de feiras da cidade, que precisa de uma dinâmica de rentabilização mais persistente. E, ao mesmo tempo, dá protagonismo a sectores emergentes, que começam a ter muita importância no Baixo Alen-tejo.

Estamos assim perante um exemplo de criatividade e cora-gem. Uma demonstração de que é possível remar contra a maré e abanar uma certa pasmaceira que se instalou entre nós.

Espera-se agora que os poderes e a própria sociedade civil saibam perceber que a inovação e a coragem de inovar é funda-mental para fazer a viragem. Muito sinceramente, achamos que por vezes esse desafi o é quase impossível. Sobretudo quando nos deparamos com algumas mentalidades que resistem e comba-tem inconscientemente o que é novo e precisa de apoios e portas abertas para vingar.

Infelizmente, muitos centros de decisão estão lotados dessa gente. Pessoas de um tempo que se esgotou e que precisa de uma lufada de ar fresco, dinâmico e corajoso. Até irreverente, se for preciso!

Esperamos assim que a FERTUR seja uma semente. E que no-vos empreendimentos e ideias, em todas as áreas, sejam acolhi-dos como contributos para dar a volta a uma região que precisa de trilhar outros caminhos.

Esperamos que a FERTUR seja uma semente. E que novos empreendimentos e ideias, em todas as áreas, sejam acolhi-dos como contributos para dar a volta a uma região que precisa de trilhar outros cami-nhos

ANTÓNIO JOSÉ BRITO

ponto cardealtradutor-correspondente*

Cidade moribunda

A imagem que ilustra esta crónica mostra a Praça da República, em Beja.

Parece ser uma praça qualquer, à noi-te, de madrugada adiantada, deserta, com

uma iluminação híbrida – o moderno a subalter-nizar-se ao antigo – e um arvoredo sem sombras e sem uso. É uma imagem desfocada, eu sei. Mas ela representa, em pleno, o estado a que deixaram che-gar uma cidade.

Numa noite de Agosto – era uma quinta-feira – pelas 9 da noite, os fantasmas que habitualmente, e em pleno sol, povoam e atravessam o local, deram lugar ao vazio, ao deserto sem oásis, a um sítio sem gente e sem alma.

Por ali poderiam andar, naquela noite de Verão, os arquitectos da morte e do abandono, de mão dada com os escribas da certidão de óbito de uma cidade. Porém, até esses se refugiam noutros locais, vizinhos, nas aldeias e vilas onde vão desembocar as ruas e estradas que, invariavelmente, levam os incautos e também alguns prevenidos a sair da cidade.

É verdade. As ruas da urbe convergem para os si-nais que nos indicam a saída, que para uns é volun-tária, para outros uma fatalidade.

A Praça – esta Praça - já não é da República, das res publica, já não é dos cidadãos, dos seus bejenses. Esta Praça é um ponto fi nal.

Pessimista? Não!Atente-se ao que foram as noites de Verão de uma

cidade que se diz capital e que esperneia e protesta pela perda de centralidade. Onde deveria haver es-planadas e animação, onde se deveria assistir à arte dos espectáculos de rua, onde e quando tudo convi-dava a vir para a rua, a cidade trancou-se no ar con-dicionado dos lares, no conforto do zapping televisi-vo, na frescura dos terraços e espaços livres de outras urbes. A cidade fugiu, deixando para trás e ao aban-dono a Praça, as ruas e um centro mais deserto.

Nesta Praça, a da República, a quem lavaram a cara e poliram o solo, as ideias refugiam-se em ca-dernos de encargos, em orçamentos rectifi cativos, em fi nanças de propaganda, em articulações e ver-dades ocultas, em vigilâncias encobertas, em purifi -cações estranhas e em deslumbramento de poderes assessorados.

É nesta Praça, a da República, que o governo da ci-dade nos esquarteja o futuro e que meticulosamente nos indica os caminhos da sinalização de trânsito. Que, constantemente, nos apontam a saída, a por-ta da rua. É ali que as ideias, também elas, fugiram para longe, substituídas agora pela palavra promes-sa, pelo jargão da gestão participada, pela astúcia da culpa alheia na obra que não aparece.

Desta Praça, em Beja, transpiram odores de inca-pacidade em olhar, ver e compreender o que reserva

“No concelho de Beja, não conhecemos nenhuma grande obra que esteja a ser feita ou projectada. É o ram-ram do dia-a-dia, a gestão corrente, não há desenvolvimento que es-teja a ser feito, com ideias e obras, pela Câmara de Beja”

Luís Pita Ameixain “Diário do Alentejo” 15.09.2006

“O mais absurdo é que todos exigem a mesma moralização: os presidentes indiciados, os árbitros sus-peitos, os comentadores, os ex-presidentes, os jogado-res. Culpados e inocentes, sejam quem forem, defen-dem a moralidade como meninos de coro. É uma pescadinha de rabo na boca ridícula.”

Pedro Rolo Duartein “Diário de Notícias” 20.09.2006

“Com o pacto da justiça fi cam todos a ganhar. Ca-vaco faz de pai da Pátria, Sócrates paralisa defi -nitivamente a oposição depois de ter paralisado o seu próprio partido e Marques Mendes ilude-se, fi ngindo que existe.“

Daniel Oliveirain “Expresso” 16.09.2006

EDITORIAL

Rompero marasmo

sexta-feira2006.09.22 06

a todos aqueles que perderem o lugar numa carru-agem do comboio do futuro, este também em fuga para outras estações, transformando a sua cegueira e intolerância num apeadeiro sem pessoas, sem obras, sem vida.

Esta Praça, outrora da cidade, é agora um refl e-xo. De quem nela tomou assento para dali falar em nome daqueles e para aqueles a quem indica o per-curso da partida.

Porém, os caminhos de regresso, aqueles que le-vem a uma nova Praça, a uma cidade ressuscitada, são possíveis. Para tal é preciso que se unam aqueles que lutam contra uma Beja moribunda, para isso é necessário fazer desaparecer as fronteiras dos bair-ros onde estão refugiados os que desejam inverter este caminho para o abandono.

E porque há quem ache que as metáforas levam à indefi nição, e porque gosto de escrever claro, di-rei tão só que essa conjugação de forças e esforços é possível.

Haja vontade política de quem hoje faz oposição aos desgovernos deste burgo e encontraremos um novo rumo para a cidade e para a região.

Amanhã poderá ser tarde e também nós seremos culpados pelo êxodo. Todos nós seremos culpados.

JOÃO ESPINHO*

Amanhã poderá ser tarde e também nós seremos culpados pelo êxodo. Todos nós seremos culpados.

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ANÁLISES & OPINIÃO

Em mais de vinte anos de profi ssão, depois de centenas e centenas de páginas impressas nos jornais e nas revistas, após todo o tipo de chala-

dices, traquinices e javardolices jornalísti-cas, e quando já se pensava que não havia terreno para a surpresa ou para a maravi-lha, eis que sim! Eis que a alucinação e a doidura regressaram à minha existência impressa. Contra tudo o que seria prová-vel ou imaginável, fui título de um artigo inserto aqui neste mesmo jornal cuja tinta, por certo, agora lhe estará a sujar as mãos. “SIM ODEMIRA, não Paulo Barriga” é um texto muito cómico que foi escrito por um político, afi nal, também bastante divertido. Gostei muito, fartei-me de rir e aconselhei. Assinou o artigo António Camilo, que é presidente do Município de Odemira, elei-to pelo Partido Socialista.

Um político com muita graça, afi nal, festivo, patusqueiro, recreativo e jovial. Um eleito, detentor de cargos públicos, com muito jeito para a arte literária e para a defesa intransigente da sua gente, do seu concelho, da sua região. Apesar de gracioso e de tolerante, o autor do artigo não gostou mesmo nada de ler um outro texto onde eu (mais tarde título de jornal) disse às pesso-as que a região de Odemira, o mais ima-culado pedaço de litoral da Europa, corria sérios riscos em função da construção de três grandes projectos betoneiros: cinco mil camas para velhos ingleses cravados em graveto.

Numa notável partida democrática - própria dos jornais democráticos e dos políticos democráticos - teve o ofendido mais do dobro do espaço que o “ataque” augurou ter. E ainda bem que o teve, pois que saudável e fresca é a sua escrita e que temerosa e assustadora é a sua visão futura para aquele concelho.

Em minha opinião – e isto não é nada de particular – gosto muito quando os políti-cos fi cam muito irritados quando a gente os belisca assim com um pedacinho mais de força na unha, ui-ui se fi cam! É sinal que algo se passa no reino de Odemira. Algo que democraticamente o ofendido asse-gurou tratar-se de desenvolvimento, ainda que não tenha percebido que o progresso pertence às grandezas graduais, progres-sivas: não dá para fazer de um dia para o outro, à brutalhota, como pretende o autor da visão. De outra forma não se chamaria progresso, mas antes imediato, instantâ-neo, ou assim. Nunca progresso.

O progresso é algo próprio da Huma-nidade, dos justos e da lógica. Imagine-se que a vila de Odemira, milenar, tem capa-cidade para as mesmas cinco mil camas que o seu presidente agora quer fazer de lavado de uma só vez. Levou o Homem odemirense, desde a ancestralidade, lar-gas centenas de anos para chegar a este conceito e dimensão de vila. É a isto que se chama progresso ou desenvolvimento integrado como os políticos agora gostam de dizer fi rmemente.

Não é então de estranhar que um ho-mem só, de uma só vez, crie da sua notá-vel e incomparável e iluminada iniciativa e sabedoria três ricos dormitórios maiores em grandeza do que aquilo que a própria Humanidade conseguiu construir em Odemira?

Esta é a redonda metáfora do cientis-ta que criou um monstro quando se quis substituir a Deus na concepção laborato-rial de um Homem perfeito. A metáfora de Frankenstein. Em Odemira, e noutros locais ambiciosos em tijolo e cimento,

crónica da cidade

PAULO BARRIGA*

jornalista*

Frankenstein

Os empreendimentos urbanísticos que an-dam a fazer em água a cabeça dos autarcas do Alente-jo não provêm do amor, do sentimento, da sensibilida-de, da natureza, do bem. São projectos envenenados e bastante nefastos em termos ambientais e, mais ainda, sociológicos.

07 sexta-feira2006.09.22

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sul suave

E a promoção?A realização de uma feira de turismo este fi m-de-se-mana na cidade de Beja, felizmente alguém teve o bom senso de não avançar com o outro evento entretanto também agendado, é um bom motivo para trazermos aqui dois ou três comentários em torno da questão do Turismo. A região, este Baixo Alentejo da planície e dos trigos do antigamente, corre os seus limites entre a Es-panha e o Oceano Atlântico, entre a margem esquerda do Guadiana e as águas eternas de azul da costa de Ode-mira. Entre Barrancos e Mértola, naquela extensa linha raiana, por entre a infi ndável sucessão de serros, peque-nas ribeiras, propriedades de milhares e milhares de hectares, está localizada uma das mais ricas e potenciais zonas cinegéticas do nosso país. Os olivais de Moura e Serpa, estendendo-se serra da Adiça, Preguiça e Ficalho acima, trazem uma visão quase telúrica de uma região que oferece uma gastronomia única na sensibilidade, nos odores, na suavidade. As vinhas quase douradas que se estendem por toda a região, oferecem, cada vez mais, razões de sobra para procurar novas experiências e sabores, marcar eventos e oferecer passeios a amigos por entre vinhas intermináveis, com a separação das diversas castas, os sistemas de rega, os sons dos espan-ta-pássaros, com os olhares simpáticos e sabedores de novos gestores que apostam na região (económica e socialmente) de uma forma como nunca antes se tinha visto. Aljustrel, Mina de S. Domingos e Neves Corvo têm uma oferta única na área da arqueologia industrial e do sempre fascinante mundo das minas que fazem regres-sar qualquer um ao sonho de infância de encontrar o tesouro. O Campo Branco dá guarida a espécies únicas na Europa decepada das suas raízes rurais. A abetarda, o cortiçol, o tartaranhão, o peneireiro das torres… A vila de Mértola e os seus museus… As espantosas muralhas de Serpa… Aquele triângulo Cuba, Alvito, Vidigueira… Mais do que Alqueva, o extraordinário espelho de água que se estende aos pés do Pedrógão, uma aldeia quase transmontana arrancada cada casa por entre medo-nhos penedos graníticos. A Serra de Almodôvar com cada canto sempre diferente, e agora que se aproxima o tempo da apanha do medronho… Os cantes das terras de Ourique… Corte Malhão, Aldeia de Palheiros. O vale de Sabóia e as árvores centenárias que recobram o Sol escuso deste início de Outono. São só algumas pincela-das desta região que recebe uma feira de turismo. Numa cidade que é “capital de distrito”. Que é, sem sombra de dúvidas, uma região potencialmente apta à actividade turística. E não apenas pela paisagem. Também pelas actividades de animação. As Palavras Andarilhas são agora… a Planície Mediterrânica e a Feira do Vale do Poço a semana passada. O Festival Islâmico, as Festas de Barrancos, a Semana Santa em Serpa, a Feira de Cas-tro, os Santos em Alvito, a Feira da Água, a Senhora da Cola, S. Teotónio... a Ovibeja. Infi ndável a listagem. No entanto, todo este leque de oferta esbate-se num pro-blema profundo. A divulgação. A passagem da informa-ção para o exterior. E o exterior não é o concelho do lado nem a diáspora de cada um dos concelhos. Por motivos de saúde estou em Lisboa há uma semana e ainda não vi um (1) único anúncio da feira de turismo. Uma única referência a Beja, capital da região, por qualquer coisa que se passe aí. Nada. A única referência ao Alentejo em oito dias de depósito nesta cidade foi numa rádio local, para a semana dos Amigos da Mina de S. Domin-gos. De resto, nada. Ouve-se falar de Évora, de Portale-gre, de Castelo Branco, de Mirandela, de Guimarães, do Gil Vicente… mas de Beja, da Planície Dourada, nada. ZERO. Assim como aqueles iogurtes para manter a li-nha. Ninguém sabe que existe. Não sei o programa da feira de Turismo… mas espero que um dos assuntos em discussão nos painéis de debates (há debates, não há?) seja exactamente esse da promoção. Da promoção de uma região que tem oferta para todos os 365 dias do ano e, acima de tudo, oferta de qualidade, de muita qualida-de. É necessário Beja assumir a liderança deste processo de promoção. É urgente que se assuma como capital do império. É aí que está sedeada a Região de Turismo, as Associações de Municípios, os poucos subserviços re-gionais. É necessário que alguma coisa seja feita para mostrar que essa região não é só a ponte para o Algarve e o novo paraíso (agrícola) dos espanhóis.

MIGUEL RÊGO*

*arqueólogo

em nome de uma certa necessidade de progresso, estão para nascer monstros urbanísticos. Seres que, como o próprio Frankenstein, terão tudo menos o mais importante: o amor.

Os empreendimentos urbanísticos que andam a fazer em água a cabeça dos au-tarcas do Alentejo não provêm do amor, do sentimento, da sensibilidade, da natu-reza, do bem. São projectos envenenados e bastante nefastos em termos ambientais e, mais ainda, sociológicos. Certo engenheiro do ambiente algum dia dirá ao presidente que os impactos na natureza são mínimos. Mas nenhum doutor dos homens poderá aferir por antecipação o que ali vai acon-tecer ao nível desta fauna que, em certos casos, parece ainda não ter emancipado os polegares dos restantes dedos da mão.

É preciso criar condições para que os jovens se fi xem, dirão, ou dirá. Muito bem. Mas com este modelo de progresso não será. Vejam o que aconteceu nos últimos anos no sul de Espanha. Vejam os aten-tados que se cometeram em nome deste progresso. Vejam os guetos ricos com cin-

turas miseráveis que se construíram. Ve-jam os mamarrachos inomináveis que se edifi caram para nada. Vejam o abandono. E vejam, antes de mais, como apenas mui-to poucos enriqueceram com a aventura e como os tais que seriam os principais be-nefi ciários tiveram que abandonar ainda mais depressa as suas terras.

Este é um modelo de desenvolvimento esgotado, experimentado em abundância, sem mercado, e os seus impulsionadores são verdadeiros vendilhões da banha da cobra. Por norma nem são os autores dos projectos, são intermediários que já com-param a ideia e que a querem passar a todo o custo a algum incauto. Neste caso a algum desatento, embora bem intencio-nado autarca.

Já agora: isto não tem nada de pesso-al, nem de desrespeitoso. O que agora me move em afastamento ao presidente da Câmara, é o que sempre a ele me apro-ximou: um amor desmedido por aquele pedaço de terra. O mesmo amor que cer-tamente ambos mantemos, apesar dos ângulos inversos.

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POSITIVO Dinamizar a exportação de

produtos alentejanos, neste caso em Macau, é uma boa medida para internacionalizar as empresas da região.

NEGATIVO A Farpibe previa uma manifesta-

ção com 1.000 idosos nas ruas de Beja. Afi nal apareceram apenas 130... A quem serve este tipo de demagogia vergonhosa?

NÚMERO

737.774. É o total de funcionários públicos, 70% dos quais na administração directa e indirecta do Estado.

DINHEIRO & NEGÓCIOSECONOMIA • BOLSAS • COTAÇÕES • EMPRESAS • SECTORES COMERCIAIS • DÚVIDAS FISCAIS • MARCAS • OPORTUNIDADES • AGENDA • OPINIÕES

A PROPOSTA O grupo parlamentar do PCP entregou um

projecto de resolução que prevê um au-mento do Salário Mínimo Nacional (SMN) de 6,25% em 2007, o que representaria mais 24,1 euros por mês.

Exportação. Comitiva tenta seduzir mercado macaense para produtos da região

Baixo Alentejo quer seduzir Macau

Trinta empresários da região baixo-alente-jana promovem produ-tos locais e dinamizam relações comerciais com Macau.

Missão seduz mer-cado para produtos regionais, como o presunto “pata negra”, azeite, vinho, enchidos e porco alentejano.

Uma delegação de 30 empresá-rios do Baixo Alentejo partiu quarta-feira, 20, para Macau

numa missão empresarial com o objectivo de promover alguns pro-dutos da região, como o vinho e o azeite, junto dos mercados asiáticos durante a Macau International Fair (MIF).

Segundo explica o governador civil de Beja, Manuel Monge, esta missão assume como objectivo principal “conquistar novos mer-cados para a exportação de produ-tos como os enchidos, presunto de “pata negra”, azeite e azeitona, vi-nho, queijo e carne de porco alente-jano fresca”.

A organização desta participação baixo alentejana na MIF surgiu na sequência da visita a Beja, em Maio passado, de uma delegação de res-ponsáveis do Centro de Promoção e Informação Turística de Macau em Portugal, a convite do governador civil de Beja. Na altura, para lá da manifestação do interesse em di-vulgar Macau em certames alenteja-nos, foi organizado um jantar com a participação de diversas entidades, tendo o mesmo servido para estrei-tar laços de amizade entre regiões e como primeiro passo para o estabe-lecimento de relações comerciais.

Nesse sentido, e também na se-quência da visita a Portugal de Ed-mund Ho, chefe do executivo da Região Administrativa Especial de Macau, foi lançado o repto para que a região do Baixo Alentejo estivesse presente na MIF 2006, uma vez que em simultâneo se vai realizar o Fó-

Produtos tradicionais do Alentejo e Ovibeja estarão em destaque na viagem a Macau

rum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Paí-ses de Língua Portuguesa.

ACOS promove Ovibeja. A coorde-nação da comitiva baixo alentejana está a cargo do assessor do gover-nador civil de Beja para a área agrí-cola, António Loução, cuja princi-pal preocupação passou por reunir um elevado número de empresas e entidades com interesse em novos mercados e, em simultâneo, que se-leccionassem um conjunto de pro-dutos de qualidade.

Na missão, que vai decorrer até dia 27, seguiram várias empresas e associações do distrito de Beja, bem como elementos da Associação de Criadores de Ovinos do Sul (ACOS), organizadora da Ovibeja, que vão preparar a participação de Macau na edição de 2007 do certame, na qual este país asiático será a região convidada.

“Os empresários, essencialmente ligados à produção de vinho e azei-te, vão desenvolver contactos em Macau, que, acreditamos, pode ser a base de lançamento dos produtos alentejanos no mercado asiático”, explicou Manuel Castro e Brito, pre-sidente da ACOS.

A missão empresarial alentejana,

sexta-feira2006.09.22 08

Comércio

O grupo Carrefour vai passar a apresentar mais uma dezena de produtos nacionais de frescos nos seus hipermercados, no âm-bito do projecto Fileira de Quali-dade, que representa, este ano, 15 milhões de euros de vendas. Os protocolos respeitantes à dezena de produtos portugueses agora angariados foram assinados no Monte da Chaminé, na zona de Elvas, entre o grupo francês e os respectivos produtores.

“Tínhamos 18 acordos fi rma-dos, que envolviam 190 produ-tores, mas, a partir de agora, os hipermercados do grupo passam a apresentar mais estes 10 produ-tos portugueses, o que, tudo so-mado, representa 216 produtores nacionais”, explicou Maria Sousa e Silva, directora de marketing do grupo Carrefour. À insígnia Fileira de Qualidade aderiram fabrican-tes de queijo Serpa, de morango (Odemira), meloa (Beja), borre-go (Évora), vitela (Elvas), citrinos (Algarve), alface (Estremadura), castanha (Bragança), bacalhau (Aveiro e Alcobaça) e atum (S. Mi-guel, Açores).

Carrefour compramais produtosdo Baixo Alentejo

Alcácer do Sal

Visitas guiadas, descontos no comércio tradicional e espectá-culos de grupos tradicionais são propostas do município de Alcá-cer do Sal, que vai dedicar uma semana ao turismo para atrair mais visitantes ao concelho “fora de época”. Associada às comemo-rações do Dia Internacional do Turismo, a 27 de Setembro, a ini-ciativa arranca sábado, depois da época alta de afl uência de turis-tas, oferecendo passeios de barco pelo Rio Sado e mostras de pro-dutos locais até ao fi nal do mês.

O programa prevê também visitas guiadas gratuitas às ruí-nas romanas da aldeia de Santa Catarina de Sítimos, à adega da Herdade da Comporta, ao Cais Palafítico da Carrasqueira e à vila do Torrão. A vereadora da cultura do município, Isabel Vicente, jus-tifi cou a iniciativa com a neces-sidade “aumentar o número de visitantes no concelho, durante e fora da época alta”.

“Alcácer do Sal é um diamante por delapidar em termos de tu-rismo e o objectivo da autarquia é fazer do concelho um verda-deiro roteiro a visitar por todos”, explicou.

Concelho querter mais turistas

Delegação numerosaSão várias as associações e empresas que se encontram a partici-par nesta missão empresarial. Além da ACOS, no ramo agrícola também estão presentes a Associação dos Agricultores do Baixo A1entejo, Associação de Criadores de Porco Alentejano e Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito. Na comitiva seguiram também representantes da Agrodelta, Herdade Grande, Bar-rancarnes, Casa Agrícola Santos Jorge, Cooperativas Agrícolas de Brinches, Moura e Barrancos e Vidigueira, Damicarnes, Herdade da Mingorra, Manuel Rui Azinhais Nabeiro, Monte do Trevo, Mon-taraz de Garvão, Seatur, Herdade do Monte Novo e Figueirinha, Sociedade Agrícola dos Pelados e Sociedade Agro-Pecuária das Caneiras do Gato.

apoiada pela Agência Portuguesa para o Investimento (API) e inte-grada numa delegação mais vasta com um total de 50 empresários portugueses, surge depois de uma delegação de empresários de Ma-cau, ligados ao turismo, ter visitado a edição deste ano da Ovibeja, onde se encontrou com congéneres por-tugueses.

“Além de ter discutido e avaliado as várias oportunidades de investi-mento na região, a delegação come-çou a preparar a presença de empre-sários de Macau na edição de 2007 da feira”, precisou Castro e Brito.

Quanto aos elementos da ACOS, segundo Castro e Brito, “vão con-tinuar os contactos com os em-presários macaenses que vão estar presentes na próxima Ovibeja, num espaço próprio que será dedicado a Macau”.

Estes contactos e a presença de Macau, continuou o responsável, fazem parte de uma “estratégia de internacionalização” da Ovibeja.

“É preciso internacionalizar cada vez mais a feira para colocar Beja, o Alentejo e os seus produtos no mapa também através do certame”, rematou.

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Saúde. Dois dias de refl exão e debate sobre a saúde que temos e a saúde que queremos

Alvito debate a saúde

José Álvaro Pereira Saúde oral

“Queremos melhoraros cuidados de saúde”

Consulta no dentista assusta portugueses

Mais saúde representa mais desenvolvimento e mais desenvolvimento signifi ca melhor saúde para os cidadãos. Esta foi uma das tónicas do Fórum Alentejo - Saúde, uma iniciativa promovida pelos Estudos Gerais de Alvito que decorreu naquela vila nos dias 18 e 19, no Centro Cultural.

Entrevista. Presidente da ARS - Alentejo

Urgências básicas nos centros de saúdeEm entrevista ao “CA” a presidente da ARS - Alentejo, Rosa Matos Zorrinho, revela que, neste momento, no Baixo Alentejo, “está a trabalhar-se na criação da Unidade Local de Saúde, com a integração do Centro Hospitalar do Baixo Alentejo e dos 14 centros de saúde”. Por outro lado estão a ser reorganizados vários centros de saúde, com cobertura de 24 horas. “Ao nível dos cuidados continuados para idosos, temos uma rede a nível regional e para a sub-região de Beja está prevista uma unidade de convalescença a abrir ainda este ano. Temos também duas unidades de média e longa dura-ção em Mértola e em Ferreira do Alentejo, estando previsto para 2007 a abertura de outros equipamentos nessa área”, revela.

ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA EDIÇÃO NÚMERO 25 DO JORNAL SEMANÁRIO CORREIO ALENTEJO | SEXTA-FEIRA | 2006.09.22 DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO

HospitaisRanking só faz sentido seutentes puderem escolher

GovernoVêm aí novas taxas moderadoras

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CADERNO SAÚDEsexta-feira2006.09.22 02

Governo pode criarmais taxas moderadoras

Medida poderá aplicar-se a sectores que actu-almente são gratuitos como o internamento ou a cirurgia de ambulatório.

Oministro da Saúde admitiu a criação de novas taxas moderadoras para sectores

que actualmente são gratuitos para os utentes, como o internamento ou a cirurgia de ambulatório.

Em entrevista à Agência Lusa, António Correia de Campos reve-lou que a medida poderá ser apli-cada em breve, mas que não tem apenas fundamentos económicos.

“Este tipo de receitas é mínimo” para o Serviço Nacional de Saú-de, disse o ministro, justifi cando a criação destas novas taxas com objectivos mais estruturais, como a moderação do acesso e a valori-zação do serviço prestado.

O ministro está consciente do impacto de uma medida destas e afi rma-se “preparado” para a ce-leuma.

“É claro que a medida vai levan-tar celeuma, como sempre levan-tou, mas o povo não é estúpido, faz as contas e verifi ca que, apesar do que muitos partidos políticos disseram, pouparam 20 milhões de euros no ano passado” com as medidas aplicadas pelo Governo no sector do medicamento.

Algumas dessas medidas, espe-cifi cou António Correia de Cam-pos, foram igualmente polémicas, como a diminuição da comparti-cipação dos fármacos para doentes crónicos de 100 para 95%.

Sobre as únicas taxas modera-doras que actualmente existem - que representam uma receita de 40 milhões de euros por ano – o mi-nistro disse que serão actualizadas no próximo ano, consoante o valor da infl ação, tal como aconteceu

este ano.Em relação ao modelo de fi -

nanciamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que actualmente está a ser avaliado por uma comis-são, que apresentará um relatório em Novembro, António Correia de Campos remeteu para essa data a apresentação das propostas.

“A minha preocupação é cum-prir o Orçamento de Estado para 2006 e o que for aprovado para 2007”, disse.

A única alteração para 2007 que já é conhecida é a redução de cin-co por cento do orçamento de 80 milhões de euros do Ministério da Saúde, destinado ao pagamento do funcionamento dos gabinetes e despesas com os directores.

O próximo ano avizinha-se como “mais exigente” e com outras diminuições, como a redução de 20% da verba do Plano de Investi-mento e Despesas de Des envolvi-mento da Administração Central (Piddac).

Segundo o ministro, este corte irá afectar sobretudo as novas ini-ciativas, mas não a construção dos novos hospitais, nomeadamente os que já foram objecto de com-promisso, como o Hospital Pediá-trico de Coimbra, o Hospital de La-mego e o Centro Materno-Infantil do Norte.

Os outros novos hospitais públi-cos serão fi nanciados através das Parcerias Público Privadas (PPP).

Apesar destes cortes, António Correia de Campos afi rmou que, “com um pequeníssimo acréscimo (proveniente de receitas próprias e de anos anteriores)”, será possível

prosseguir o programa traçado.Com o oitavo mês de execução

orçamental cumprido, o ministro congratula-se pelo controlo do crescimento da despesa, realçando que o crescimento da despesa com os medicamentos vendidos em far-mácias é inferior a zero (conforme acordado com a indústria farma-cêutica).

Maiores difi culdades são sen-tidas no controlo da despesa com fármacos nos hospitais.

Citando um estudo iniciado em Julho deste ano e que abrangeu 26 hospitais - que representam 84% de gastos com medicamentos nes-tas unidades de saúde -, o ministro anunciou que a variação média mensal do consumo total foi de 3,4%, entre 2005 e 2006.

Contudo, existem quatro hospi-tais onde a despesa com os me-dicamentos está a crescer a dois dígitos: Instituto Português de Oncologia de Lisboa (15%), IPO do Porto (13%), Hospital Joa-quim Urbano, no Porto (10,4%) e Hospital São Teotónio, em Vi-seu (10%).

Sete hospitais têm um cres-cimento entre os

cinco e os dez por cento: Guima-rães (9,5%), Matosinhos (9,2%), Centro Hospitalar de Lisboa Oc idental (8,9%), Barreiro (8,7%), IPO de Coimbra (sete por cento), Faro (5,9%), Setúbal (5,1%) e Centro Hospitalar de Coimbra (5,1%).

O Centro Hospitalar de Coimbra tem um crescimento da despesa de 4,8%, Santarém 4,8% e Santa Maria 4,4%.

Para os hospitais mais gastado-res, o ministro deixou um recado: “Têm três meses para se corrigir”.

António Correia de Campos

Medicina

A Associação Nacional de Es-tudantes de Medicina (ANEM) manifestou-se contra a eventual abertura de novos cursos de me-dicina, alegando que as actuais escolas médicas já disponibili-zam “um excesso de vagas” em relação às necessidades do país. “Em causa está a ideia que se tem generalizado nos últimos anos de que são precisos novos cur-sos de medicina, mas criticamos em particular a recente petição da JSD/Algarve a pedir um cur-so de medicina na Universidade do Algarve”, disse a presidente da ANEM, Rita Rapazote. Para a associação, a recente petição da JSD-Algarve “é pautada por uma desinformação evidente”.

Estudantes contra novos cursos

Protesto II

O coordenador do Movimento dos Utentes dos Serviços de Saúde (MUSS) considerou que a introdução de novas taxas moderadoras, me-dida admitida pela tutela, é “mais um passo para acabar com o Serviço Nacional de Saúde”.

Castro Henriques manifestou-se “indignado” e “surpreendido” com a aplicação de novas taxas moderadoras para sectores que actualmente são gratuitos, como o internamento ou a cirurgia de ambulatório, uma medida admitida pelo ministro da Saúde numa entrevista à Agência Lusa [ver texto acima].

“Estão a trabalhar para a privatização, mas os utentes não deixarão de contestar fortemente estas medidas”, frisou o coordenador do MUSS.

Remetendo para mais tarde uma posição ofi cial do movimento, o dirigente do MUSS entende desde já que esta “é mais uma medida de direita de um governo que se diz socialista”.

“Para que é que pagamos impostos? As pessoas estão a fi car fartas porque as suas condições de vida estão a fi car impossíveis”, frisou Cas-tro Henriques. O coordenador do MUSS, Castro Henriques, considera lamentável que se criem novas taxas para moderar o acesso dos utentes aos serviços de saúde. “O Sr. ministro deve achar que os portugueses vão ao hospital como se fossem ao circo”, disse.

Utentes dos Serviços de Saúdenão aceitam mais taxas moderadoras

Protesto I

A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) anunciou ter apresentado queixa à Autoridade da Concor-rência contra algumas segurado-ras de saúde por prestações de cuidados médicos “quer abaixo dos custos, quer gratuitos”. Em comunicado, a OMD refere que entre as situações que detectou encontram-se “consultas, urgên-cias, raios-x, limpezas e extracções de dentes a título gratuito”. “A exis-tência detectada, mais ou menos generalizada, de tratamentos em que aos médicos dentistas são pagos muito abaixo dos custos mínimos necessários à sua exe-cução condiciona, desde logo, a prestação adequada de cuidados de saúde oral”, refere a OMD,

Dentistas contraseguradoras

Genética

Investigadores franceses poderão ter aberto caminho a novas for-mas de tratamento da depressão ao descobrirem que a supressão de um gene torna os ratinhos re-sistentes à doença, segundo um novo estudo. “Quando submeti-dos a condições semelhantes às da depressão humana, ratinhos a que retirámos um gene resistem ao stress como se estivessem sob os efeitos de um antidepressivo”, explicou Michel Lazdunski, chefe da equipa de investigadores. As conclusões dos trabalhos destes cientistas do Instituto de Farma-cologia Molecular da Universidade de Nice vêm publicadas na última edição da revista norte-americana “Nature Neurosciences”.

Depressão temnova esperança

afi rmou que a mudança da gestão, e até o regresso ao Sector Público Administrativo (SPA), no caso dos hospitais que são Entidades Públi-cas Empresariais (EPE), são alguns dos “castigos” para as unidades in-cumpridoras.

O ministro quer aumentar o número de empresas (da indústria farmacêutica) que aderiu ao proto-colo que visa conter a despesa com medicamentos nos hospitais até um máximo de quatro por cento ao ano.

Actualmente, cerca de 40% das empresas do sector aderiu ao pro-tocolo, estando representadas as

mais fortes.

Medida. Ministro da Saúde admite deste modo moderar os acessos e valorizar os serviços prestados

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MINI-ENTREVISTA

Que mudanças estão previstas no Alentejo em geral, e no Baixo Alentejo em particu-lar, no âmbito da re-organização que está em marcha no sector público da Saúde?

Pensamos na região como um todo e na articulação entre os diferentes distritos. Neste momento, no Baixo Alentejo, está a trabalhar-se na criação da Unidade Local de Saúde, com a integração do Centro Hospitalar do Bai-xo Alentejo e dos 14 centros de saúde. Estamos também a reorganizar os centros de saúde no que diz respeito às suas consultas e às suas Urgências. E vamos criar Urgências básicas em vários centros de saúde, com cobertura de 24 horas. Ao nível dos cuidados continuados para idosos, temos uma rede a nível regional e para a sub-região de Beja está prevista uma unidade de convalescença a abrir ainda este ano. Temos também duas unidades de média e longa dura-ção em Mértola e em Ferreira do Alentejo, estando previsto para 2007 a abertura de outros equipamentos nessa área.

Estas mudanças vão traduzir-se na melhoria efectiva dos cuidados prestados à população?Só têm como objectivo melhorar os cuidados de saúde da população, obviamente.

Vão encerrar serviços na região devido a essas mu-danças?Há serviços que vão sofrer uma reorganização diferente. Não gosto de falar em encerrar, porque o meu papel como presidente da ARS do Alentejo é servir cada vez melhor as populações. Nesse contexto, não pretendo fechar mas sim reorganizar, para melhor servir a população em termos de cuidados de saúde.

Estas mudanças devem-se a razões estritamente economicistas?Não. E a própria população é um testemunho vivo de que isso não é assim. Estas mudanças vão permitir aos centros de saúde ter um maior número de consultas, estarem abertos mais tempo. Vamos re-organizar os serviços de maneira diferente, aproximando-os cada vez mais das populações e das necessidades destas. Porque é importante saber quais são as necessidades da população e estarmos ao serviço dessas necessidades.

Continuam a faltar profi ssionais de saúde na re-gião…Isso é um problema com que nos continuamos a debater. Por exem-plo, no hospital de Évora falta um otorrinolaringologista e em Portale-gre falta um cardiologista. Tal como falei com o presidente da Câmara de Alvito, é preciso trabalhar no sentido de juntar esforços para captarmos profi ssionais de saúde para a região…

Como?

Isso é um trabalho conjunto das autarquias, da ARS do Alentejo, do Governo Civil, da população em geral. Temos de encontrar soluções.

Nesse sentido, deve também a região ser discrimina-da positivamente?É importante. Porque saúde gera desenvolvimento e o desenvolvi-mento gera mais saúde. É neste binómio que é preciso trabalhar e saber como avançar a partir de agora.

Rosa Matos Zorrinho,presidente da Administração Regional

de Saúde do Alentejo

CADERNO SAÚDE sexta-feira2006.09.2203

Uma região que apresente bons cuidados de saúde tem mais possi-bilidades de se desenvolver rapida-mente. E esse mesmo desenvolvi-mento irá potenciar a melhoria dos cuidados de saúde prestados no seu território.

Esta foi a tese defendida pelo economista Pedro Pita Barros du-rante o debate “Saúde e Desenvol-vimento Regional”, realizado no primeiro dia do Fórum Alentejo – Saúde, iniciativa promovida pelos Estudos Gerais de Alvito e que entre segunda e terça-feira, dias 18 e 19, se realizou no Centro Cultural da-quela vila.

No debate, moderado pela pre-sidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo, Rosa Matos Zorrinho, participaram também, além de Pedro Pita Barros, professor na Universidade Nova de Lisboa, Antoine Bailly, da Universidade de Genéve (Suiça) e da Sociedade de Médicometria, Jorge Simões, da Universidade de Aveiro, e António Serrano, professor na Universidade de Évora e presidente do conselho de administração do Hospital do Espírito Santo, de Évora.

Debate. Fórum Alentejo – Saúde debateu sector ao longo de dois dias em Alvito

Saúde como factor de desenvolvimento

Mais saúde representa mais desenvolvimento e mais desenvolvimento signifi ca melhor saúde para os cidadãos.

Presidente do Hospital de Espírito Santo, de Évora, defende discriminação positiva para a região no âmbito da saúde.

Mais saúde, mais desenvolvimen-to. Na sua intervenção, Pedro Pita Barros defendeu a saúde como pólo catalisador do desenvolvimento regional. Isto porque, na sua lógi-ca, mais desenvolvimento signifi ca mais saúde e melhor saúde repre-senta uma maior disponibilidade para a produção, logo, capaz de ge-rar mais desenvolvimento.

Considerando que saúde e de-senvolvimento regional fortalecem mutuamente os seus “efeitos positi-vos”, já que “há um reforço virtuoso dos dois aspectos”, Pita Barros de-fendeu a necessidade de se avaliar os recursos disponíveis, sugerindo a implementação de sistemas de saú-de regionais “a la carte” ou em sis-tema “horses for courses”, uma vez que se deve “ligar desenvolvimento e saúde e não desenvolvimento e despesa em cuidados de saúde”.

Nesse sentido, o especialista em economia da saúde utilizou como meio de comparação a imagem de um “alfaiate”, para argumentar que cada região, dada a sua especifi ci-dade singular, deve possuir o seu próprio sistema de saúde, embora sempre regulado mediante as nor-

mas de um sistema de saúde de âm-bito nacional.

Antes de Pedro Pita Barros havia intervido Jorge Simões. Para este professor na Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro e antigo conselheiro de Jorge Sam-paio na Presidência da República, são os “ciclos económicos” que mais infl uenciam as políticas im-plementadas e os resultados alcan-çados na saúde.

A conclusão de Jorge Simões teve por base um estudo realizado sobre o sector entre 1954 e 2004, o que o levou a concluir que existe em Por-tugal, desde 1971, uma continuida-de “ideológica” no sistema de saúde português.

Discriminação positiva. A concluir o debate sobre “Saúde e Desenvol-vimento Regional” interveio o pre-sidente do conselho de administra-ção do Hospital do Espírito Santo, em Évora, que defendeu vincada-mente uma discriminação positiva para o Alentejo em face da sua “es-pecifi cidade regional”.

“É importante que regiões como esta sejam discriminadas positiva-mente”, disse António Serrano, não escondendo as difi culdades sen-tidas na mobilização de “recursos humanos” para o Alentejo. “Essa é a área mais difícil de lidar numa insti-tuição da região”, garantiu.

Tudo isto levou António Serrano a concluir que urge “aplicar uma discriminação positiva” ao Alente-jo, até porque a saúde “é um pilar económico da região”, que para se desenvolver necessita de “um bom sistema de saúde”.

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CADERNO SAÚDEsexta-feira2006.09.22 04

Ranking só faz sentido se utentes puderem escolher

A criação de um ranking dos hospitais traz vantagens para os utentes, mas só faz sentido se estes tive-rem liberdade de esco-lha nas especialidades “mais vulgares”.

O presidente da Associação dos Ad-ministradores Hospitalares (AAH), Manuel Delgado, considera que a criação de um ranking dos hospi-tais traz vantagens para os utentes, mas só faz sentido se estes tiverem liberdade de escolha nas especiali-dades “mais vulgares”.

Em entrevista à Agência Lusa, o ministro da Saúde, António Correia de Campos, anunciou que quer criar, já no próximo ano, uma lista hierárquica dos hospitais públicos, que avaliará o seu funcionamen-to global, com base em critérios como a efi ciência, equidade no tratamento, taxas de re-hospita-lização, conforto e satisfação dos pacientes.

Manuel Delgado está de acordo com o projecto, mas defende que o ranking só terá “utilidade” se os utentes puderem escolher o hospi-tal onde querem ser tratados.

“Não faz sentido ter um ranking se não houver liberdade de esco-lha. Se o cidadão fi ca amarrado ao seu hospital de residência então o ranking não tem utilidade”, disse o responsável, acreditando que actu-almente essa obrigação “já não se coloca com tanta rigidez”.

O presidente da Associação dos Administradores Hospitalares de-fende que a possibilidade de optar deve ser apenas “para as especiali-dades mais vulgares”, estando con-

Hospitais. Opinião manifestada pelo presidente da Associação dos Administradores Hospitalares

tra a “total liberdade”, porque tal poderia entupir alguns hospitais.

Desta forma, o responsável con-sidera que o ranking “vai trazer vantagens para os cidadãos, que fi cam a conhecer melhor os hospi-tais e a ter um acesso mais diver-sifi cado”.

Além disso, o presidente da AAH entende que a criação deste tipo de listagem tem também a vantagem de “premiar os melhores em ter-mos de imagem” e “tornar os hos-pitais mais competitivos, puxando para cima os que estão piores”.

Manuel Delgado concordou também com o projecto anuncia-do segunda-feira por Correia de Campos de avançar com a criação

de mais sete Entidades Públicas Empresariais (EPE).

Em declarações à Lusa, Manuel Delgado acredita que o projecto vai “evidenciar mais as necessida-des de aumentar a efi ciência dos Hospitais”, assim como “tornar a gestão menos burocrática”.

De acordo com o ministro, as EPE serão constituídas, até ao fi nal do ano, a partir da união da gestão de vários hospitais.

É o caso do Centro Hospitalar de Lisboa Central (que agrega S. José, Capuchos, Santa Marta e D. Estefânia), o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes (que inclui os hos-pitais de Vila Real, Lamego, Régua e Chaves), e o Centro Hospitalar

de Coimbra (agregando o Hospital Pediátrico, a maternidade Bissaya Barreto e a unidade dos Covões).

O novo estatuto de EPE vai ser também atribuído ao Centro Hos-pitalar do Vale do Ave (hospitais de Famalicão e Santo Tirso), à Uni-dade de Saúde Local do Nordeste Alentejano (hospitais de Portalegre e Elvas), ao hospital de Évora e ao Centro Hospitalar Guimarães/Fafe.

O conceito de EPE aplicado aos hospitais surgiu em Junho de 2005, quando este estatuto foi atribuído a 31 unidades de saúde que o an-terior Governo PSD/ CDS-PP havia transformado em Sociedades Anó-nimas em 2002.

Homens

Cerca de 30% dos homens portugueses com mais de 50 anos têm cancro da próstata e anualmente surgem quatro mil novos casos em Portugal, revelou a Associação Portu-guesa de Urologia (APU). Para combater estes dados, a Asso-ciação Portuguesa de Urologia promove uma campanha de sensibilização a nível nacional, que incluiu a distribuição de centenas de milhar de carta-zes e folhetos informativos nos centros de saúde, hospitais e farmácias, além da circulação pelo país de automóveis com decoração alusiva à iniciativa.

Em comunicado, a APU explica que a campanha teve como objectivo sensibilizar as pessoas para as doenças da próstata e para a importância do diagnóstico precoce na efi -cácia do seu tratamento. De acordo com a associação, o rastreio para todos os homens com mais de 50 anos é defen-dido pelos especialistas e, no caso de antecedentes familia-res de cancro da próstata, o exame é recomendado a partir dos 45 anos.

A campanha, que percorreu 30 cidades do país, terminou a 15 de Setembro, em Lisboa, quando se assinalou o Dia Eu-ropeu das Doenças da Prósta-ta.

Além de Portugal, campa-nhas semelhantes vão também decorrer noutros países euro-peus.

A mortalidade por cancro da próstata tem vindo a aumentar na Europa desde os anos 80, representando o tipo de cancro mais frequente no homem em Portugal, logo a seguir a cancro do pulmão.

Com uma prevalência de 3,2%, esta doença afecta cer-ca de 30% da população mas-culina portuguesa com idade superior a 50 anos, ou seja, 130 mil homens.

Na Europa, um homem é diagnosticado com cancro da próstata a cada três minutos e perde-se uma vida a cada seis minutos devido a esta doença.

O risco do cancro da prós-tata aumenta à medida que os homens envelhecem, devido à história da família e à alimen-tação, dieta rica em gordura animal e pobre em fruta, vege-tais e peixe.

Cancro da próstataafecta 30% com mais de 50 anos

Alvito. Germano de Sousa participou no Fórum Saúde - Alentejo

O antigo bastonário da Ordem dos Médicos (OM) defendeu em Alvito, na primeira das conferências intro-dutórias do Fórum Alentejo – Saúde, a reforma urgente do Sistema Nacio-nal de Saúde (SNS), sob pena deste não resistir no futuro. “É preciso que tudo mude para que o SNS conti-nue”, sintetizou Germano de Sou-sa no fi nal da sua intervenção, que versou “O futuro difícil da Saúde em Portugal”.

Considerando que está na altura de “dar o salto” para “o futuro que já começou”, Germano de Sousa mos-trou-se convicto na necessidade do fi m do acesso aos cuidados de

Antigo bastonário dos médicos defende reforma do SNS

saúde de forma gratuita, até porque “tudo o que vem aí vai ser extrema-mente difícil de distribuir equitati-vamente”.

O antigo bastonário da OM refe-ria-se de forma concreta aos cons-tantes avanços da tecnologia – cada vez mais cara – e também aos contí-nuos aumentos nas contas do SNS, já que, garante Germano de Sousa, nos últimos anos se têm verifi cado grandes alterações de foro demográ-fi co e nos estilos de vida das pessoas, os consumidores estão mais exigen-tes e tem vingado uma gestão “inefi -ciente” dos recursos disponíveis.

“Tudo isto leva a que o SNS possa

falecer de forma precoce”, resumiu o clínico, que aproveitou a oportu-nidade para elogiar a determinação do ministro da Saúde, Correia de Campos, ao decidir-se pelo encer-ramento de maternidades e serviços de Urgência “desnecessários”.

Germano de Sousa elencou logo de seguida dois dos objectivos do que deve ser, na sua opinião, “uma ideal política saúde”: o acesso aos cuidados de saúde deve ser equitati-vo e tem existir nesse mesmo sistema uma efi ciência “macro-económica”.

Para tal, defendeu Germano de Sousa, entre as mudanças a aplicar no SNS encontra-se a necessidade

de liberalizar o sector e fomentar a concorrência entre as diversas uni-dades hospitalares, mas sempre com o Ministério da Saúde como entida-de reguladora e fi scalizadora.

O antigo bastonário da OM foi mais longe e advogou ainda, entre outras medidas, a contratualização a terceiros de certos serviços de saú-de (como, por exemplo, as análises laboratoriais), a regularização dos seguros de saúde, um maior contro-lo na aquisição de equipamentos ou a avaliação das novas tecnologias, em que só as realmente efi cazes de-vem ser comparticipadas no acto de aquisição pelo Estado.

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CADERNO SAÚDE sexta-feira2006.09.2205

“Queremos melhorar os cuidados de saúde”

Enfermeiros são o maior grupo profi ssional do hospital de Beja, mas ainda assim faltam re-cursos humanos na instituição.

Enfermeiro-director sustenta que triagem de Manchester deve ser adaptada às necessidades dos doentes da região.

“Vontade de mudar algumas situ-ações” e de “melhorar os cuidados de saúde” prestados pelo Cen-tro Hospitalar do Baixo Alentejo (CHBA). É esta a intenção do enfer-meiro-director da instituição, que não esconde ser um “compromisso assumido” a criação da Unidade Local de Saúde de Beja (ULS).

Em declarações ao “Correio Alentejo”, José Álvaro Pereira, que iniciou funções a 31 de Dezembro de 2005, revela que a criação da ULS “terá um grande impacto na forma como os enfermeiros têm vindo a trabalhar”, já que permite “uma continuidade de cuidados efectiva” aos doentes.

“A ULS traz grandes mudanças ao nível da continuidade de cuida-dos e do acompanhamento contí-nuo de doentes, com metodologias de trabalho idênticas e objectivos comuns. […] Estamos num distrito com uma área geográfi ca bastante extensa, mas hoje temos instru-mentos que permitem uma co-municação efectiva e uma troca de impressões entre os profi ssionais de saúde, por forma a que em todo momento possamos estar docu-mentados para melhor cuidar dos nossos doentes”, precisa este res-ponsável.

Tendo à sua responsabilidade o maior grupo profi ssional do CHBA – ao todo, são 374 enfermeiros, en-tre Beja e Serpa –, o enfermeiro-di-rector não esconde ainda, embora sem quantifi car, que faltam recur-sos em alguns serviços do hospital.

“Temos vindo corrigir algumas dotações por serviço. Essencial-mente nos dois serviços de medi-cina, que eram onde as dotações de enfermeiros eram mais baixas”, adianta José Álvaro Pereira, escla-recendo que o objectivo destas mudanças se deve a uma perspec-tiva de prestar “cuidados de saúde com mais qualidade”.

Protocolo com a Escola Superior de Saúde. A contínua formação dos enfermeiros do CHBA é outra das preocupações de José Álvaro Pereira. Sublinhando o facto da instituição estar, a esse nível, “or-

Hospital de Beja. Enfermeiro-director do Centro Hospitalar do Baixo Alentejo revela ambições

ganizada”, o enfermeiro-director revela que em cada serviço existe um enfermeiro responsável pela formação, que procura depois “dar resposta aos problemas reais de cada serviço”.

“Esta formação em serviço tem--nos resolvido muitos problemas nos serviços e é uma mais-valia para a nossa profi ssão. Por isso mesmo, a formação sempre foi e vai continuar a ser uma prática corrente nesta casa”, acrescenta.

Nesse sentido, adianta José Ál-varo Pereira, o CHBA está “em vias de assinar um protocolo com a Escola Superior de Saúde de Beja”. “Será uma mais-valia essa abertura da instituição aos alunos de enfer-magem. É um cruzar da teoria com a prática que favorece as duas par-tes”, esclarece.

O protocolo é, contudo, mais vasto e segundo explica o enfer-meiro-director do CHBA ao “Cor-reio Alentejo”, “vai da partilha de espaços para eventos nas duas or-ganizações até à possibilidade de organização de eventos em parce-ria ou a participação em estudos científi cos e trabalhos de investi-gação”.

Triagem de Manchester. Instalada no serviço de Urgências do CHBA há pouco mais de um ano, a Tria-gem de Manchester tem dado azo a muitas críticas por parte de pro-fi ssionais de saúde e de utentes da instituição.

Para o enfermeiro-director do hospital de Beja, “a informática tem de ser vista como uma solu-ção para os problemas e um ins-trumento de trabalho” e, por isso mesmo, considera “natural” existir alguma preocupação e inseguran-ça por parte dos utilizadores do sistema, até “porque nem todos os profi ssionais de saúde dominam a informática”.

Acrescenta ainda José Álvaro Pereira que se tem verifi cado nos últimos tempos um aumento no número médio de casos de Urgên-cia registados, o que prejudica “um pouco a qualidade dos cuidados que aí são prestados”. “Não pode-mos culpabilizar também a tria-gem de Manchester por este facto. Devemos, e é o que estamos a fazer, é ver porque é que isto acontece e

arranjar soluções”, afi ança.Embora crente de que com a

adaptação à Triagem de Manches-ter e ao sistema informático Alert os profi ssionais de saúde vão pas-sar a ter “mais tempo para estar com o utente”, José Álvaro Pereira não deixa de defender a necessi-dade de “adequações às realidades regionais” por parte de ambos, so-bretudo a Triagem de Manchester.

“As necessidades dos doentes não são iguais em toda a parte e tudo isto acaba por ter impacto no Serviço de Urgência. O que é cer-to é que temos de dar resposta às pessoas que vêm ter connosco e o processo da Triagem de Manches-ter, que quer ser transversal a estas coisas todas, aqui e ali poderia ser alvo de algumas adaptações às rea-lidades locais”, conclui.

José Álvaro Pereira admite que triagem de Manchester podia sofrer algumas adaptações “regionais”

O papel do enfermeiroO enfermeiro é aquele com quem os doentes partilham os seus momentos “mais difíceis”. A opinião é de José Álvaro Pereira, con-siderando que o reconhecimento da profi ssão e da sua importância surge, precisamente, “no dia-a-dia, no contacto com os utentes”.“O grande parceiro do enfermeiro sempre foi e há-de ser o utente. Está intimamente ligado a ele, partilha com ele a actividade labo-ral e está com o doente em momentos difíceis, criando uma grande intimidade. O reconhecimento nasce daí”, acrescenta o enfermeiro- -director do CHBA.Por isso mesmo, continua José Álvaro Pereira, não se devem hierar-quizar os profi ssionais de saúde mediante “patamares” ou funções. “Sempre vi as organizações de saúde como estruturas organizadas, bastante complexas. E para a prestação de cuidados de saúde são precisas equipas multidisciplinares, em que todos são muito im-portantes. Todos têm o seu papel, todos têm as suas funções e só se conseguem prestar bons cuidados de saúde se houver uma grande articulação na equipa multidisciplinar”, afi ança.

CARLOS PINTO

JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

José Álvaro Pereira

NOME: José Álvaro Guerreiro Pereira

IDADE: 41 anos

NATURALIDADE: Castro Verde

ESTADO CIVIL: Casado, um fi lho

HABILITAÇÕES: Formado em Enfermagem em 1985 pela Escola de Enfermagem de Beja

CARGO: Enfermeiro-director do Centro Hospitalar do Baixo Alen-tejo desde 31 de Dezembro de 2005

PERFIL

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CADERNO SAÚDEsexta-feira2006.09.22 06

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CADERNO SAÚDE sexta-feira2006.09.2207

Estudo. Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária investiga hábitos em Portugal

Dentista “assusta” portugueses

Três em cada cinco portugueses com dores de dentes não vão ao dentista e mais de metade das crianças entre os oito e os 16 anos já têm cáries na dentição perma-nente, revela um estudo apresen-tado esta semana.

Este estudo da Sociedade Portu-guesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) foi divulgado em conjunto com a apresentação do 7º Mês da Saúde Oral, iniciativa que a SPEMD desenvolve em Ou-tubro, promovendo rastreios den-tários gratuitos em todo o país.

Segundo a SPEMD, com base no rastreio de 11 mil pessoas durante a iniciativa Mês de Saúde Oral de 2005, 36% dos adultos portugueses têm sintomas de dor ou abcesso, mas apenas 40% deles procura-ram tratamento para os problemas dentários.

A SPEMD revela ainda que ape-nas 46% dos participantes adultos não apresentavam problemas nas gengivas.

O estudo realça ainda que 42% das crianças até aos sete anos apre-sentavam cáries e 55% das crianças entre os oito e os 16 anos apresen-tavam cáries dentárias na dentição permanente.

“É um número altíssimo e mos-tra que o padrão continua e vale a pena preocuparmo-nos com os dentes de leite”, salientou José Pedro Figueiredo, presidente da SPEMD, lembrando que a ideia en-raizada de que não há que ter pre-ocupação com os dentes de leite “é errada”.

O rastreio da SPEMD realça ain-da que apenas 37% das crianças até aos sete anos tem uma denti-ção saudável.

“Isto é, apenas uma em cada três crianças desta faixa etária tem uma saúde oral razoável”, realçou o

Mais de metade das crianças portuguesas com idade entre os oito e os 16 anos já têm cáries na dentição permanente.

Estudo apreesentado pela SPEMD revela que apenas 37% das crianças até aos sete anos tem uma dentição saudável.

presidente da SPEMD.Durante o rastreio, 15% das

crianças indicaram que nos três meses anteriores tinham tido sin-tomas de infecções, dor ou sensibi-lidade e só 40% das crianças com dores ou infecções dentárias pro-curaram ajuda profi ssional.

“Isto quer dizer que 60%destas crianças em sofrimento não pro-curaram tratamento”, concluiu José Pedro Figueiredo, acentuando que “o sofrimento com a saúde oral está implicitamente aceite pela sociedade, embora a esmagadora maioria das doenças da cavidade oral sejam de prevenção fácil”.

“Eu penso que o ideal era re-correr a parcerias com entidades privadas para proporcionar tra-tamentos dentários”, defendeu o presidente da SPEMD, admitindo que “a realidade mostra que gran-de parte da população portuguesa não tem capacidade económica para recorrer ao dentista”.

Em 2005 foram observadas por dentistas voluntários durante o Mês de Saúde Oral, uma iniciativa que a SPEMD promove em conjun-to com a Colgate, cerca de 11.000 pessoas de todo o país, quase 50% das quais com idades entre os oito e os 30 anos.

Paralelamente, a Colgate reali-zou em Maio deste ano um estu-do sobre a saúde oral das crianças portuguesas, concluindo que uma em cada quatro crianças vai ao dentista pela primeira vez aos seis anos e apenas 19% das escolas pro-movem actividades de higiene oral junto dos alunos.

O estudo abrangeu 5.500 crian-ças dos cinco aos 12 anos de cerca de uma centena de jardins-de-in-fância e escolas do ensino básico de todo o país.

Segundo o estudo, 24% das

O Plano Nacional contra a Droga e as Toxicodependências e o respecti-vo plano de acção que prevê, entre outras medidas, a criação até 2008 de salas de injecção assistida foi publicado esta semana em “Diário da República”. O plano vai vigorar até 2012 e o seu plano de acção tem 2008 como limite para a concretização de várias medidas. Entre estas, conta-se a regulamentação das estruturas e programas previstos em legislação de 2001, sobre redução de riscos e minimização de danos, como os locais de consumos vigiados (locais onde o toxicodependente pode consumir droga sob a vigilância de técnicos). As salas de injecção assistida (também conhecidas por “salas de chuto”) deverão ser criadas até 2008, depois de identifi cados locais prioritários, o mesmo estando defi nido para a insta-lação de máquinas de troca de seringas. Outra das medidas previstas será a colocação de máquinas de troca de seringas nas prisões e a defi nição de tempos de espera clinicamente aceitáveis para entrada em programas de tratamentos. Prevista está também a criação de espaços experimentais de intervenção em situação de overdose, nomeadamente de ambulâncias preparadas para intervenção nestas situações.

Medida

Plano combate droga nas prisões

A proibição de manequins profi s-sionais demasiado magras, que será aplicada em Espanha, é um caminho possível para combater as doenças do comportamento alimentar, como a anorexia, que estão a aumentar em Portugal, disse à Lusa um especialista. Es-panha é o primeiro país a aplicar normativas que regulam o sector da moda, proibindo manequins profi ssionais demasiado magras e abaixo de valores considerados “nutricionalmente” saudáveis, apostando na defi nição de pa-drões comuns para o tamanho da roupa.

Anorexia

Espanha combate

Os complementos de vitamina D reduzem para quase metade o risco de cancro do pâncreas e os cientistas estão a investigar se o mesmo acontece quando a vita-mina provém do Sol ou dos ali-mentos. A conclusão consta de um estudo dirigido por Halcyon Skinner, da Universidade Nor-thwestern de Chicago (EUA), publicado na revista “Cancer Epidemiology Biomarkers and Prevention”. O corpo humano produz a vitamina D quando a pele é exposta à luz do Sol e obtém-na de alguns alimentos, como peixe, ovos e fígado.

Vitamina D

Menos cancro

Os portugueses poderão recusar legalmente submeter-se a tra-tamentos médicos com vista ao prolongamento da fase terminal de doença ou a manobras de rea-nimação se o Parlamento aceitar uma proposta a apresentar pela Associação Portuguesa de Bioé-tica (APB). A APB vai entregar aos deputados uma proposta de lei que defi ne como “uma ajuda para o legislador” . O que se pretende é “dar a hipótese de cidadãos cons-cientes fazerem as suas escolhas para o caso de virem a estar in-conscientes e, desta forma, verem respeitada a sua vontade”.

Bioética

Saúde terminal

crianças nunca visitou um dentista e destas 81% não o fez porque con-sidera que não houve necessidade.

Quarenta e cinco por cento das crianças só faz a primeira visita a um profi ssional dentário entre os cinco e os seis anos, altura em que já está com a dentição de transição, e 36% das crianças procurou um profi ssional dentário por proble-mas de cárie e dor ou abcesso.

Trinta e nove por cento das crianças vão ao dentista menos de uma vez por ano, 56% não o fazem porque não é considerado neces-sário e 28% porque é caro.

O estudo concluiu ainda que 27% das crianças começa a escovar os

dentes aos dois anos, 47% dos dois aos três e 13% só depois dos três, quando a idade recomendada é por volta dos seis meses, quando come-ça a aparecer a dentição de leite.

Quase metade das crianças (48%) utilizam a escova mais tem-po do que os três meses recomen-dados, 79% não utiliza nem elixir nem fi o de ntário, e 57% escova os dentes duas vezes ao dia, mas uma em cada três lava os dentes sem a supervisão de um adulto.

O Mês da Saúde Oral, que a SPEMD realiza desde há sete anos em Outubro, conta este ano com a participação de cerca de dois mil consultórios dentários de todo o

país, que farão de forma voluntária rastreios dentários gratuitos à po-pulação, sem incluir tratamentos ou radiografi as.

Segundo os organizadores, além de tornar os rastreios dentá-rios acessíveis a pessoas de recur-sos económicos mais limitados, a iniciativa pretende “sensibilizar as pessoas para os hábitos correctos de Higiene Oral e traçar um quadro geral da Saúde Oral em Portugal, a partir dos resultados dos rastreios efectuados”.

Para inscrição e informações so-bre o check-up gratuito, está a fun-cionar a ‘linha azul’ 808 205 206, entre as 9h00 e as 23h00.

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CADERNO SAÚDE 08 sexta-feira2006.09.22

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09284 329 400 PUBLICIDADE sexta-feira2006.09.22

Herdades / Propriedades

COMPROCom ou sem casas

Só aos proprietários - CONFIDENCIAL

Contactar 937 202 331 para visita imediata

Dr. Orlando Borges, Presidente do Instituto da Água, em cumprimento do preceituado no n.º 3 do artigo n.º 48 do Decreto-Lei n.º 380/99, 22 de Setembro, com a redacção dada pelo Decre-to-Lei n.º 310/2003, de 10 de Dezembro, faz saber que entre 6 de Outubro e 17 de Novembro de 2006, fi ca patente para consulta no âmbito da Discussão Pública o Plano de Ordenamento da Albufeira da Tapada Pequena nos seguintes locais:

MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL

INSTITUTO DA ÁGUA

AVISO

DISCUSSÃO PÚBLICA

Plano de Ordenamento da Albufeira da Tapada Pequena

Correio Alentejo nº 25 de 22/09/2006 Única Publicação

podendo o plano também ser consultado através do site do INAG – http://www.inag.pt

A consulta decorrerá entre 6 de Outubro e 17 de Novembro de 2006, devendo os interessa-dos participar por escrito nos locais acima referidos. Durante o período da discussão pública realizar-se-á uma sessão pública de esclarecimento no dia 26 de Outubro de 2006, pelas 18 horas, no Edifício da Escola Primária, na localidade “Minas de S. Domingos”.

Lisboa, em 11 de Agosto de 2006

O Presidente do Instituto da Água(assinatura ilegível)

(Dr. Orlando Borges)

Instituto da ÁguaAvenida Almirante Gago Coutinho, n.º 30 1049-066 LISBOATelefone: 218430000E.mail: [email protected]

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do AlentejoEstrada das Piscinas, n.º 1937000-758 ÉVORATelefone: 266740300

Câmara Municipal de MértolaPraça Luís de Camões7750-329 MÉRTOLATelefone: 286610100

Junta de Freguesia de Corte de PintoRua Dr. Santos Martins, n.º 27750 CORTE DE PINTOTelefone: 286647138

Correio Alentejo nº 25 de 22/09/2006 Única Publicação

Por ter saído com inexactidão o aviso nº 147 de 18/08/06, respeitante à concessão do alvará de loteamento nº 7/06, em nome de FAMIGESTE, Gestão Imobiliária S.A. e GOIVO Sociedade Imobiliária de Restauração e Recuperação S.A., rectifi ca-se que, onde se lê:

«Área total de construção do loteamento: 6338 m²- Zonas Verdes com a área de 808,44 m2.»deve ler-se:«Área total de construção do loteamento: 6157,63 m²- Zonas Verdes com a área de 798,45 m2.»

Odemira, 12 de Setembro de 2006,

O VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA(Assinatura Ilegível)

(José Alberto Candeias Guerreiro)

CÂMARA MUNICIPAL DE ODEMIRA

Loteamento Urbano Com Obras de UrbanizaçãoPROCESSO Nº7/2001

Sociedade de Mediação Imobiliária, Lda, CASTRO VERDE: 286 322 060 / 914 909 397MOURA: 285 253 460 / 919 385 103, www.predialalentejana.pt | AMI: 6114

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150.000.00 € Ref. UAL00012

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325.000.00 € Ref. UO00003

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APOLINO LIDERA LIGA DE AMIGOS Apolino de Almeida é o novo presidente da

Liga dos Amigos do Hospital de Beja. O antigo director do Hospital pretende aumentar o voluntariado e estender a acção da liga ao Hospital de Serpa.

SKYLANDER ADMITE BEJA Beja pode vir a receber uma secção na área

da manutenção do “Projecto Skylander”, noticiou a Rádio Voz da Planície. A produção do avião bimotor é trazida para Portugal pela empresa francesa “Geci Internacional”.

DUAS BRASILEIRAS EXPULSAS Mais de 20 brasileiras foram fi scalizadas

numa operação policial realizada em Beja. Duas foram expulsas de Portugal. A operação incidiu em estabelecimentos “conotados com alterne”.

“Quem mandou construir isto não sabia o que estava a fazer. Isto é só para prejudicar quem

sempre cá viveu e trabalhou”. O de-sabafo, genuíno, da octogenária Ma-ria Modesto resume na perfeição o sentimento da quase totalidade dos 56 moradores da Funcheira, no con-celho de Ourique, que não se confor-mam com a colocação, por parte da Refer, de barreiras acústicas junto à li-nha ferroviária que passa pela aldeia.

As obras de colocação das barrei-ras começaram no início do Verão e desde então que uma comissão de moradores tem lutado contra esta intervenção da Refer. Tudo porque entre os locais persiste na memória as cheias de 1997, o que os faz temer nova e maior catástrofe em caso de intenso dilúvio devido às barreiras agora colocadas, que poderão causar uma espécie de dique naquela zona.

“Estou convencido que ninguém se lembrou, quando discutiram isto, que em 1997 houve aqui uma cheia que matou pessoas. Esqueceram- -se, pura e simplesmente”, exclama Adolfo Vitorino, de 65 anos e um dos membros da comissão de moradores que a 9 de Junho apresentou na As-sembleia Municipal de Ourique um abaixo-assinado com 53 assinaturas, entretanto entregue à Refer.

Para este gestor de empresas, a “luta” entre a Refer e os moradores da Funcheira assemelha-se à de “um gigante com um pigmeu”. Contudo, Adolfo Vitorino diz que a comissão conta com a lei de seu lado e lembra o facto da aldeia se situar em leito de cheia, zonas onde é proibido cons-truir.

Além do mais, acrescenta este res-ponsável, a população não terá sido previamente alertada para o projecto em causa – cuja sessão de discussão

Refer colocou junto à linha ferroviária que passa pela Funcheira barreiras acústicas.

População contesta intervenção da Refer e promete lutar contras as barreiras colocadas.

Caminhos-de-ferro. População da aldeia teme pela sua segurança em caso de cheia

Funcheira contestavedação da ferrovia

Populares da Funcheira não se conformam com vedação colocada pela Refer

VIDA ACTUAL SOCIEDADEPOLÍTICA > Estado | parlamento | câmaras municipais | juntas de freguesia • SOCIEDADE • SAÚDE • URBANISMO • EMPREGO • TECNOLOGIA

sexta-feira2006.09.22 10

Ferreira do Alentejo

A Câmara de Ferreira do Alentejo inaugurou na passada semana, na Sala de Sessões, a Galeria dos Presidentes da Câmara Municipal no período compreendido entre 1974 e 2005. A iniciativa do actual executivo é uma “forma de contri-buto de registo histórico às gera-ções vindouras” e integrou-se nas comemorações dos 30 Anos do Poder Local Democrático. Na Sala de Sessões do Município constam, a partir de agora, as fotografi as dos ex-presidentes de Câmara. Fran-cisco José Palma Gonçalves Lopes (1974/1976), José Luís Cara Nova Ameixa (1977/1982), José João Lança Guerreiro (1982/ 1993) Luís Pita Ameixa (1994/ 2005) e Josué Ferreira dos Santos (2005).

Homengem aos presidentes

Castro Verde

“Castro Verde, Actividade Com’Vida”. Assim se chama a ini-ciativa da Câmara de Castro Verde com o objectivo de “promover um estilo de vida activo e reforçar uma política de desporto”. Em destaque neste projecto estão as Escolas de Natação e Actividades Aquáticas, cujas inscrições podem ser feitas até ao fi nal do mês nas piscinas municipais. Adaptação ao meio aquático, aprendizagem, aperfei-çoamento, hidrofi tness, bebés, idosos e reabilitação são as acti-vidades previstas com o objectivo de “oferecer um leque variado de actividades ao nível do ensino da natação, do lazer e da recreação, tendo como espaço físico a água”.

Natação de voltaem Outubro

pública ocorreu a 14 de Dezembro de 2001 na Câmara de Ourique, não existindo, de acordo com Adolfo Vito-rino, uma acta da reunião – nem terá tido conhecimento da realização de qualquer estudo de impacte ambien-tal do mesmo, o que a Refer desmen-te [ver caixa].

Por tudo isto, este morador diz es-tar disposto a levar o caso até às últi-mas instâncias, encontrando-se, nes-se sentido, uma exposição do caso em análise na Comissão de Ordenamento

do Território da Assembleia da Repú-blica e outra no Tribunal de Contas.

“Neste momento, as nossas reivin-dicações já estão na posse do prove-dor de Justiça e estamos dispostos a ir até ao Tribunal Europeu”, acrescenta Adolfo Vitorino.

Portas noutros lugares. O tom con-testatário de Adolfo Vitorino encon-tra eco nos restantes moradores da Funcheira, que não escondem ao “Correio Alentejo” o seu desagrado

pela intervenção da Refer.“A Refer está a ter um comporta-

mento de maldade. Se não fosse por maldade, os trabalhos não tinham acelerado depois do nosso abaixo-assinado”, refere Aníbal Assunção, 61 anos e proprietário do único café da aldeia, localizado precisamente na estação ferroviária onde trabalhou durante muitos anos.

“Além do mais, isto é uma falta de respeito por quem aqui vive. Se se protege os animais quando cons-troem auto-estradas, porque é que aqui não se protegem aqui os seres humanos e os seus bens?”, questiona este morador, apoiado com um ace-no de cabeça pela vizinha Felismina Pereira.

Apesar da contestação, são já pou-cas as esperanças dos moradores da Funcheira em verem as barreiras re-tiradas. “O que agora se deve fazer, ao nível da população e dos órgãos autárquicos, é pressionar o Governo para que se faça a regularização do leito de cheia. Não há mais solução nenhuma, porque eles já puseram isto aqui”, desabafa Adolfo Vitorino.

Este morador pretende agora que a Refer coloque as passagens de emergência para a passagem de pe-ões noutros pontos que não os esco-lhidos inicialmente, além de assumir a regularização do leito de cheia da Ribeira de São Romão.

“É uma aspiração justa das pesso-as, uma vez que há dinheiro para fa-zer isto que ninguém pediu, que não faz falta nenhuma e só nos prejudica”, conclui Adolfo Vitorino.

Refer rejeita críticasInstada a pronunciar-se sobre a contestação dos moradores da Fun-cheira, a Refer, através da sua Direcção de Comunicação e Imagem, garantiu ao “Correio Alentejo” não estar “provado” que as barreiras acústicas colocadas “acresçam os riscos para as populações em caso de cheia”.Sublinhando terem sempre mantido “uma postura de diálogo com a população, envolvendo também a autarquia de Ourique, em diversas visitas locais dos técnicos e projectistas”, a empresa responsável pela gestão da rede ferroviária portuguesa sustenta que as barreiras coloca-das na Funcheira “são efectivamente necessárias”, uma vez que respei-tam as medidas de minimização do ruído impostas pelo Instituto do Ambiente através da Declaração de Impacte Ambiental na Componen-te Acústica, no âmbito da modernização da ligação Lisboa-Algarve.Na discussão e posterior consulta pública do projecto, assegura a Refer, estiveram presentes todas as entidades públicas e privadas nele interessadas, sendo que a “discussão e consulta pública obrigatória que decorreu durante os estudos de impacte ambiental, e sobre a qual existem registos, foi amplamente divulgada pelos meios e nos locais habituais”.Assevera ainda a empresa que o projecto “já está a ser objecto de alterações, designadamente em relação à criação de aberturas do tipo ‘labirinto’, para a passagem de pessoas, acordadas no local em conjun-to com a Câmara Municipal de Ourique”.

Moura

Desde segunda-feira, 18, e até 9 de Outubro, a Junta de Fregue-sia de Santo de Santo Agostinho (Moura) promove a fase de apre-sentação de candidaturas para entrega dos subsídios “Crescer Estudante”. Deste modo, aque-la freguesia pretende prestar apoio às famílias com menores recursos de alunos do ensino básico do 2.º, 3.º ciclos e se-cundário em Moura. Com este contributo, a Junta de Freguesia pretende “minimizar o esforço destas famílias” na aquisição dos materiais escolares, conce-dendo-lhes um subsídio de 75 euros por aluno apoiado.

Santo Agostinhoapoio estudantes

CARLOS PINTO

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Ambaal “deve ser” Comunidade Urbana

O deputado socialista Luís Pita Ameixa entende que a Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal) deve rapidamente dar passos para transformar-se numa Comunidade Urbana (Comurb). Se assim não for, existe o risco de não ter capacidade para gerir os fundos do próximo quadro comunitário de apoio. Ameixa insiste que a Ambaal “foi afunilada para não ter poder” e aponta responsabilidades ao PCP. “[A Ambaal] Devia ser uma Comurb para ter estas possibilidades de actuação e capacidade de representação política do território. O PCP boicotou isto ferozmente. A região fi ca prejudicada por não ter um actor político que estabeleça as suas relações”, declara.Para o parlamentar socialista, o Baixo Alentejo “precisa de ter uma voz política” e o poder local é o único com essa capacidade. “Há uma solução para isso, proposta pelo PS há três anos, que é a Ambaal não ser uma associação de fi ns específi cos, como os comunistas obrigaram que fosse, mas sim uma Comurb. O PCP recusou e boicotou ferozmente essa solução. E agora vem com um movimento que é um acto de ilusionismo, para fi ngir que quer fazer uma coisa que na verdade não quis, para ter poder”, acusa Ameixa.No futuro próximo, as associações de municípios, desde que cumpram determinados requisitos, podem gerir parte das verbas e dos programas de candidatura a fundos comuni-tários. Segundo Ameixa, a Ambaal “não cumpre esse desiderato porque está sujeita aos fi ns específi cos”.Por outro lado, em breve vão ser retiradas algumas competências ao Estado central e atribu-ídas aos municípios. Pela sua dimensão, estes só podem agir em conjunto. Também para isso, assegura Ameixa, a Ambaal “não está capacitada”.Outra das desvantagens pode estar no domínio tributário. O Governo prepara-se para dar poderes às câmaras municipais para liquidar e cobrar impostos, de modo a terem receitas próprias. Como isso não pode ser feito individualmente, vai ser assumido por conjuntos de municípios organizados em associações com certos requisitos. Requisitos que, afi ança Pita Ameixa, “a Ambaal não tem”.

em 2007 a obra vai avançar?Há dois problemas associados nessa ques-tão. Um deles é que, num momento pré- -eleitoral, o Governo anterior, do PSD, as-sinou um papel que prometia um envelope vazio. O segundo problema é que o nosso Politécnico tem vindo a perder alunos em quantidade bastante apreciável. Isso obri-ga a um repensar do que estava previsto. O que é importante é encontrar estratégias para que o Politécnico, e a Estig também, possam ter mais alunos. É uma forma de enganar as pessoas tentar fazer crer que a resolução dos problemas está na constru-ção de um edifício. Isso é uma ilusão.

Que problemas existem?O problema não é um edifício. O problema é ter atractividade e conseguir aumentar o número de alunos. A nossa preocupação é que todo o Politécnico tenha instalações condignas e adequadas às suas necessi-dades. Mas por outro lado é preciso uma estratégia de actuação do Politécnico para o futuro, no sentido de ter mais alunos. Porque se continuar pelo actual caminho, qualquer dia desaparece.

Está excluído fazer novas instalações?A solução será apresentada pelo Governo. Não está nada excluído nem nada incluído. Mas o problema principal não é as insta-lações. É importante, tem de ser resolvido, mas a questão principal é defi nir uma estratégia para travar a queda consecutiva de alunos. Isso sim, põe em causa a so-brevivência do Politécnico.

Por que é que contesta a criação do BAAL 21?Esse movimento apareceu de uma forma completa-mente inadmissível, por

LUÍS PITA AMEIXA

Luís Pita Ameixa, deputado eleito pelo PS no círculo de Beja, aponta como marca do Governo a determinação e coragem para resolver os problemas do país, mesmo ferindo susceptibilidades de diversos organismos e classes profi ssionais

“BAAL 21 tem carácter partidário”

FORMAÇÃO: Licenciatura em Direito

CURRÍCULO: Presidente da Câmara de Ferreira do

Alenteho (1993/2005); líder do PS do Baixo Alentejo desde 1999; deputado na Assembleia da República desde 2005

NOME COMPLETO: Luís António Pita Ameixa

IDADE: 46 anos

NATURALIDADE: Ferreira do Alentejo

O deputado do PS eleito por Beja, Luís Pita Ameixa, responde à letra às declarações do comunista José Soeiro na última semana: “O BAAL 21 não goza de independência e tem um carácter partidário e de mera oposição ao Governo”. Duro com as posições do PCP, Ameixa defende ainda que a Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Li-toral tem como grande desafi o a mudança para Comunidade Urbana, tal como o PS sempre defendeu.

Que balanço faz da acção do Governo?Até agora tínhamos vivido difi culdades de diversa ordem que precisavam de ser en-frentadas no sentido reestruturar a admi-nistração do Estado e de pôr em ordem a economia e as fi nanças públicas. Faltava até agora uma determinação forte para que isso se fi zesse. A grande marca desta nova maioria parlamentar é a determinação e coragem para resolver os problemas do

• CONTRA FACTOS É UM ESPAÇO DE ENTREVISTA COM EDIÇÃO NO “CORREIO ALENTEJO” E EMISSÃO NA RÁDIO PAX À QUINTA-FEIRA DAS 18 ÀS 19H00

[a entrevista é retransmitida nas rádios Castrense, Singa e Vidigueira]

CONTRA FACTOS

país, mesmo ferindo susceptibilidades de diversos organismos e classes profi ssionais.

Há quem diga que a acção do Governo tem muita parra e pouca uva...Não é verdade. As decisões estão tomadas e os resultados estão a ser alcançados.

Tem mantido algum diálogo com o deputado do PCP, José Soeiro?Nós fomos eleitos por plataformas políticas distintas. O objectivo da democracia é que cada um defenda as suas posições e, em geral, as posições do PCP são de protesto e propaganda contra os governos, quaisquer que eles sejam. Na fi losofi a da sua acção, o PCP procura sobretudo criar nas pessoas inquietação e inimizade contra os poderes públicos. No nosso caso é diferente. Procu-ramos que a população compreenda que não é possível tudo para todos e ao mesmo tempo. O PCP diz que é possível tudo para todos e já. E engana alguns.

O Governo recuou na construção de novas instalações para a Estig, de Beja. Acha que

ANTÓNIO JOSÉ BRITO FRANCISCO PALMA CARVALHO (RÁDIO PAX)

via da Associação de Municípios do Distrito de Beja, onde o conselho de administração tem cinco elementos, dois são presidentes de câmara do PS e não foram vistos nem achados no assunto. Parece-me inadmissí-vel que a administração toma decisões des-sas no desconhecimento da opinião de dois dos seus membros. Foi feito um truque para criar um movimento de oposição política e partidária ao Governo. Mas esse movimen-to não apresentou nenhuma ideia nova e válida. E tem um objecto, que é criar uma plataforma regional de oposição política e partidária ao Governo.

Mas o BAAL 21 conta com o Instituto Politéc-nico, a EDAB e o Nerbe.Sem dúvida que o PCP é a génese do mo-vimento. As entidades que referiu não são determinantes na condução política do movimento. São entidades de boa fé, que querem o melhor para a região e estão dis-poníveis para enveredarem por todos os convites. E por vezes podem correr o risco de ser instrumentalizadas. A verdade é que o BAAL 21 não goza de independência e tem um carácter partidário e de mera oposição ao Governo.

É verdade que Beja vai ter duas direcções regionais?É preciso combater um novo centralismo regional e a política do Governo aponta

para que as direcções regionais não fi quem numa única localização.

O Governo vai fazer isso e os governadores civis vão ter um papel fundamental, pois terão de encontrar um consenso sobre a localiza-

ção das direcções regionais. Como estão todas em Évora, algumas terão de vir para Beja. Isso acontecerá no ano

que vem.

Será a Agricultura e o Empre-go?

Isso depende da concertação en-tre os governa-dores civis [de Beja, Évora e

Portalegre].

sexta-feira2006.09.2211

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CORREIO DESPORTIVO

ENCARNADOS NA CAPITAL DO MÓVEL Na véspera de receber os ingleses do Man-

chester United para a Liga dos Campeões, o Benfi ca desloca-se ao Norte do país, onde vai defrontar um motivado Paços de Ferrei-ra. O jogo é na sexta-feira, às 21h30.

SPORTING VISITA VILA DAS AVES Depois da mal digerida derrota diante

do Paços de Ferreira, o Sporting vai tentar redimir-se frente ao Desportivo das Aves. O jogo realiza-se no sábado, a partir das 20h30.

JARDEL DE REGRESSO AO PORTO O brasileiro Mário Jardel está de re-

gresso ao Porto, mas para defrontar os dragões com a camisola do Beira Mar. A partida é na sexta, às 19h30, e antecede a viagem do FC Porto a Londres.

Mértola inaugura relvado sintético

Três torneios de futebol vão assinalar, no fi m-de-semana, a inauguração do novo relvado sintético.

Equipamento cus-tou cerca de 590 mil euros e integra-se no projecto do novo Par-que Urbano.

ACâmara Municipal de Mérto-la inaugura este sábado, 23, a partir das 16h30, o novo rel-

vado sintético do Estádio Municipal local. Caberá às equipas de escolas do Clube de Futebol do Guadiana a honra de serem as primeiras a pisar o novo tapete relvado, obra que re-presenta um investimento de pouco menos de 590 mil euros. O projecto engloba também a vedação de todo o espaço, a melhoria da iluminação e a cobertura da bancada do Estádio Municipal.

Depois da exibição dos jovens jo-gadores mertolenses, está prevista a realização de um torneio triangular de veteranos com as equipas do Gua-diana de Mértola, do Sport Lisboa e Saudade e do Sporting Clube de Portugal. A cerimónia de inaugura-ção estende-se até domingo, 24, dia em que se realiza um outro torneio triangular, desta feita com as equipas seniores do concelho: Guadiana de Mértola, São Domingos FC e Alca-riense.

“Pensaríamos que nunca seria possível fazer uma coisa destas aqui. Vai ser um dia histórico, do qual mui-to nos orgulhamos”, sintetiza com emoção o presidente do Guadiana de Mértola, João Baiôa [ver caixa].

Dias de festa. A inauguração do novo e moderno relvado sintético do Está-dio Municipal de Mértola é sinónimo de “festa” para as gentes e colectivi-dades desportivas do concelho.

Quem o garante é o vereador responsável pelos pelouros do De-senvolvimento Social, Educação, Cultura, Desporto e Juventude. Em declarações ao “Correio Alentejo”, João Miguel Serrão Martins adianta que a festa do fi m-de-semana signi-

fi ca, igualmente, “um grande avanço a nível desportivo” no município.

“Quando este executivo tomou posse, há cinco anos, achámos que havia que dar prioridade aos nos-sos jovens e aos nossos desportistas, possibilitando-lhes melhores condi-ções. Ao fi m de cinco anos e muito trabalho conseguimo-lo. E de certe-za que este campo vai permitir um maior desenvolvimento dos nossos jovens”, disse.

Sublinhando o “enorme esforço” da Câmara Municipal ao concretizar uma obra que coloca Mértola “em pé de igualdade com os outros con-celhos”, Serrão Martins revela que o investimento vai, também, abrir novas oportunidades ao concelho do “ponto de vista do turismo des-portivo”.

“Mértola tem vindo a trabalhar na parte do turismo desportivo a ní-vel náutico, mas o relvado abre boas e novas perspectivas. É uma ideia a seguir, sobretudo com as equipas nórdicas que nas alturas de Inverno

FUTEBOL • MODALIDADES • CLUBES • ASSOCIAÇÕES • DESPORTO ESCOLAR

sexta-feira2006.09.22

procurarão sítios melhores e Mérto-la já tem algumas dessas condições”, vinca.

Parque urbano. O arrelvamento do campo de futebol do Estádio Muni-cipal de Mértola, juntamente com a construção de uma vedação em todo o espaço, a melhoria da iluminação e a cobertura da bancada fazem parte de um projecto mais global por par-te da Câmara Municipal, intitulado Parque Urbano de Mértola.

“Este projecto irá ser construída entre Mértola e a zona do campo de futebol, com zonas para mini-golf, circuitos de manutenção, um par-que infantil e zonas verdes. O campo polidesportivo irá também ser refor-mulado no âmbito deste projecto, além de ir ser criado um parque para desportos radicais. Em suma, é um projecto a médio-longo prazo, mas que já está a ser preparado”, adiantou João Miguel Serrão Martins, sem no entanto precisar datas e prazos rela-tivos ao projecto.

Novo relvado sintético e obras no Estádio Municipal de Mértola custaram 590 mil euros

Futebol

FC Castrense, FC São Marcos, En-tradense e Desportivo de Almo-dôvar são os quatro emblemas que vão lutar pela conquista da sexta edição do Torneio de Fu-tebol da Rádio Castrense, que a estação de Castro Verde promove este fi m-de-semana, 23 e 24, no Estádio Municipal 25 de Abril.

A iniciativa pretende assina-lar o início de mais uma época desportiva e segundo revelou o director da Rádio Castrense, Fer-nando Cotovio, ao “Correio Alen-tejo”, tem todos “os ingredientes necessários para poder ser uma grande festa do futebol, onde se incluem todos, de jogadores a di-rigentes, passando por treinado-res, árbitros e, porventura o mais importante, o público”.

As quatro equipas participan-tes no sexto Torneio de Futebol da Rádio Castrense vão dispu-tar jogos de uma hora, divididos em duas partes de meia-hora. No sábado (23) realizam-se as meias-fi nais, estando o primeiro jogo agendado para as 16 horas. O jogo de atribuição do 3º e 4º lugar e a grande fi nal realizam-se depois no domingo (24), também a partir das 16 horas. Todos os jo-gos terão relato directo e integral na Rádio Castrense.

Torneio da rádioanima Castro Verde

1ª Divisão

A pouco mais de uma semana do início do campeonato maior da Associação de Futebol de Beja, as 14 equipas participantes conti-nuam a ultimar os preparativos e a proceder, igualmente, a alguns ajustes nos seus plantéis.

Em Moura, depois dum perí-odo de observações, o clube che-gou a acordo com Carlos (ex-FC Serpa), Ricardo Neves (ex-Vitória de Setúbal), Rui Santos e Cata (ambos ex-Algarve United). Estes quatro atletas juntam-se na lista de reforços do emblema mou-rense a Rui Rosindo (ex-Guia), Mauro (ex-Barrancos), Letto (ex-Aldenovense) e Gonçalo Coelho, que trocou o futsal – alinhava no Núcleo Sportinguista de Moura – pelo futebol.

Por sua vez, em Pias, há a regis-tar a entrada do experiente defesa Carlos Troncão (ex-Desportivo de Beja) no plantel às ordens de Fer-nando Piçarra, enquanto que em Almodôvar o Desportivo chegou a acordo com o médio Luís Balta-zar (ex-Louletano) e com o pon-ta-de-lança Mário Gorjão (ex-FC Castrense).

Reforços em Pias,Moura e Almodôvar

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Inauguração. Novo equipamento foi comparticipado pela União Europeia e custou cerca de 590 mil euros

“Um dia histórico”“Pensaríamos que nunca se-ria possível fazer uma coisa destas aqui. Vai ser um dia histórico, do qual muito nos orgulhamos”. As palavras emocionadas do presidente do Guadiana de Mértola ilus-tram quase na perfeição o que representa para a popu-lação do concelho de Mértola a inauguração do relvado sin-tético do Estádio Municipal.Garante João Baiôa que o novo equipamento vai permi-tir “dar melhores condições de trabalho” aos jovens que alinham nos escalões de for-mação do clube e, também, “para alguns seniores, que em fi nal de carreira podem orgulhar-se de utilizar uma obra destas em Mértola”.

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CORREIO DESPORTIVO

Vasco da Gama defronta Barreirense na 2ª eliminatória da Taça de Portugal

““O sonho comanda a vida”É com grande confi ança e muito optimismo que o Vasco da Gama da Vidigueira defronta no domingo, 24, a partir das 15h00, o Barreirense, em jogo a contar para a segunda elimi-natória da Taça de Portugal.Depois de terem eliminado na pri-meira ronda da prova o Lusitano VRSA, da 3ª Divisão Nacional, após marcação de grandes penalidades, os vidigueirenses deslocam-se à Margem Sul, onde vão defrontar o Barreirense, emblema histórico do futebol nacional, que conta no seu currículo seis títulos nacionais da 2ª Divisão e que na última temporada competiu na Liga de Honra, não evi-tando, contudo, a despromoção.Tudo isto leva a que favoritismo re-caia quase na totalidade nos ombros

Sabemos que [ganhar no Barreiro] já é sonhar muito alto, mas o sonho coman-da a vida e é nisso que vamos acreditar até ao fi m.” Arlindo Morais | treinador do Vasco da Gama da Vidigueira

suplentes: Hugo Alves, Marinho, Esteves, Bruno Severino, Miguel Paixão, Marco Véstia e Tomané

treinador: Paulo Torres

André

Mário Verdades

Luís MadeiraBruno

Furão

Sanina

Fernando

Emanuel Pestana

Nelson Prego

Toy Campaniço

Nuno Vicente

João

Luís Pina

Bruno Costa

Rolo

António Alves

Nelson Moutinho

MiguelMiguel Gama

Canoa

Sandro

Campo D. Manuel de MelloBarreiro2ª Eliminatória Taça de Portugal

jogo do fi m-de-semana. BARREIRENSE - VASCO DA GAMA DA VIDIGUEIRA

Domingo, 15 horas

suplentes: Hugo, Belbute, Acácio, Sérgi-nho, Tiago Tareco, José Feio e Cacau

treinador: Arlindo MoraisCarioca

Tozé

sexta-feira2006.09.22

AGENDA

FUTEBOL | 9

Sábado, 23 Juniores | 2ª Div. Nacional > jornada 3

Quarteirense - Despertar [16h]

Torneio da Rádio Castrense Meias-fi nais [16h]

Domingo, 24 Taça de Portugal > 2ª Eliminatória

Atlético - FC Serpa [15h] Barreirense - Vasco da Gama [15h]

Juvenis | Camp. Nacional > jornada 2 Juventude de Évora - Odemirense [11h]

Iniciados | Camp. Nacional > jornada 2 Louletano - Sp. Cuba [11h] Olhanense - Despertar [11h]

Torneio da Rádio Castrense Jogo de atribuição do 3º e 4º lugar [16h] Final [17h30]

série F III DIVISAO

JORNADA | 2

FC Ferreiras - Lusitano de Évora ......................2-0 Amora - At. Reguengos .................................0-0 Silves - FC Serpa .............................................1-2 Lusitano VRSA - Almansilense ........................1-2 Campinense - Beira Mar MG ..........................0-0 Desportivo de Beja - Lagoa .............................1-2 Juventude de Évora - Vit. Setúbal B ................2-0 Descansou: Cova da Piedade

J V E D M-S P 1 FC Ferreiras 2 2 0 0 5-1 6 2 Juventude 2 2 0 0 4-1 6 3 Lagoa 2 2 0 0 4-2 6 4 Almansilense 2 2 0 0 4-2 6 5 Beira Mar MG 2 1 1 0 3-0 4 6 Amora 2 1 1 0 1-0 4 7 FC Serpa 2 1 0 1 2-2 3 8 Vit. Setúbal B 2 1 0 1 1-2 3 9 Campinense 2 0 1 1 1-2 1 10 At. Reguengos 2 0 1 1 1-3 1 11 Cova da Piedade 1 0 0 1 1-2 0 12 Silves 2 0 0 2 2-4 0 13 Desportivo Beja 2 0 0 2 1-3 0 14 Lusitano Évora 1 0 0 1 0-2 0 15 Lusitano VRSA 2 0 0 2 1-5 0 16 Vasco da Gama 0 0 0 0 0-0 0

Próxima Jornada | 01.10.2006 FC Ferreiras-Amora; At. Reguengos-Silves; FC Serpa-

- Lusitano VRSA; Almansilense-Campinense; Beira MG-Desportivo de Beja; Lagoa-Juventude de Évora; Lusitano de Évora-Cova da Piedade

Descansa: Vit. Setúbal B

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dos jogadores comandados pelo eborense Paulo Torres, mas o técnico do Vasco da Gama da Vidigueira não coloca de parte a possibilidade dos seus jogadores conseguirem repetir a “gracinha” da primeira eliminatória.“O objectivo é tentar fazer o melhor e procurar alguma transcendência da nossa parte, em que os jogadores se mostrem, dêem o melhor deles e que o melhor deles seja sairmos do Barreiro com uma vitória. Sabemos que já é sonhar muito alto, mas o sonho comanda a vida e é nisso que vamos acreditar até ao fi m”, sublinha o técnico vidigueirense ao “Correio Alentejo”.O jogo entre Barreirense e Vasco da Gama surge no calendário da época 2006-2007 uma semana depois do

emblema da Margem Sul ter sofrido uma pesada derrota caseira diante do Odivelas (0-3) na Série D do cam-peonato nacional da 2ª Divisão.A partida com os vidigueirenses será, portanto, encarada pelos barreiren-ses como forma de escape a esse desaire, mas Arlindo Morais confi a na qualidade e motivação da sua equipa.“Os jogadores estão super-motiva-dos. Já lhes disse que estes jogos da Taça de Portugal são a nossa pro-moção, em que podemos jogar com equipas doutro gabarito e com outra qualidade. Temos de mostrar o nos-so melhor e não há que ter ansiedade ou nervosismo. Há, sim, que desfru-tar o momento e fazer o nosso me-lhor”, sublinha.

No Barreiro, o Vasco da Gama não vai poder, contudo, apresentar-se na sua máxima força, devido a al-gumas contrariedades inesperadas surgidas durante a semana. “Vamos tentar que até domingo as coisas se normalizem. Houve algumas contra-riedades durante a semana que não estávamos a prever, mas elas acon-tecem, e por isso vamos tentar que no domingo a gente apresente todo o nosso plantel disponível”, garante Arlindo Morais.Também presente na segunda eli-minatória da Taça de Portugal vai estar o FC Serpa. Depois de ter eli-minado O Elvas, a formação da ci-dade-branca defronta na Tapadinha o Atlético, outro histórico do futebol português.

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EXPOSIÇÃO EM ALJUSTREL A sala de exposições da Biblioteca

Municipal de Aljustrel recebe, a partir desta sexta-feira, 22, a ex-posição “Levantado do Chão”, da autoria da pintora Eunice Leal.

CICLOMOTORES EM ALMODÔVAR Almodôvar recebe domingo, 24, a 3ª

edição do Encontro de Ciclomotores Antigos. A iniciativa é promovida pelo Moto Clube local e deve juntar cerca de 200 participantes.

CAMINHADA NO DIA DO CORAÇÃO A Juventude Desportiva das Neves promove no

domingo, 24, uma caminhada pelas ruas da vila, por forma a assinalar mais um Dia Mundial do Coração. A partida está agendada para as 8h00, no Largo Catarina Eufémia.

GUIA CULTURAL

Contadores de “estórias” dos “quatro cantos do mundo” vão transformar Beja no “reino do

faz de conta” durante a oitava edição das “Palavras Andarilhas”, tradicional Encontro de Aprendizes do Contar que começou ontem, quinta-feira, e termina este sábado.

A iniciativa, promovida pela Bi-blioteca Municipal José Saramago e pela Associação para a Defesa do Pa-trimónio Cultural da Região de Beja, inclui uma Estafeta de Contos, um Encontro de Aprendizes do Contar, um Festival de Narração, ofi cinas e, novidade este ano, um ciclo de docu-mentários.

Em declarações à Agência Lusa, Cristina Taquelim, contadora profi s-sional e organizadora das “Palavras Andarilhas”, realçou a importância do encontro, único a nível nacional. “Trata-se de uma iniciativa ímpar na promoção do conto, do livro e da lei-tura, através da partilha de experiên-cias e projectos entre bibliotecas pú-blicas que normalmente trabalham isoladas”, explicou.

A Estafeta dos Contos começa, quinta-feira, em Beja, durante a “Noi-te dos Andarilhos”, na qual 15 con-tadores de “estórias”, numa sessão privada, vão “contar contos” uns aos outros.

Depois da primeira sessão de con-tos em Beja, as palavras e os contos

“Palavras Anda-rilhas” incluem uma Estafeta de Contos, um Encontro de Apren-dizes do Contar, um Festival de Narração, ofi cinas e, novidade este ano, um ciclo de documentários.

Encontro. “Palavras Andarilhas” decorrem até sábado na Biblioteca Municipal

“Estórias” do mundoencantam cidade de Beja

Beja recebe contadores de “estórias” vindos de todo o mundo

Festival. Jazzmin começa esta sexta-feira e apresenta concertos até domingo

Jazz dá ritmo às noites de Aljustrel

vão “andar” de boca em boca, per-correndo, até fi nal de Novembro, 48 bibliotecas de Norte a Sul do país. O contador da Biblioteca de Beja, que vai fazer a primeira sessão da estafe-ta, sairá de seguida para uma outra biblioteca, levando consigo o “tes-temunho”: um livro gigante onde se registam as “estórias” e que será en-tregue ao contador e ao público pre-sente na biblioteca seguinte.

“A história repete-se nas várias bi-bliotecas participantes onde estará sempre alguém para receber o teste-munho, contar um conto e dar con-tinuidade ao itinerário da estafeta”, explicou Cristina Taquelim.

“No fi nal, teremos um livro cheio de ‘estórias’ que testemunham o percurso da estafeta, ímpar na pro-moção da tradição oral em Portugal”, acrescentou.

Com o Festival de Narração Oral, “Eu conto para que tu sonhes”, as Pa-lavras Andarilhas abrem-se ao públi-co em geral.

Considerado um dos pontos al-tos do evento, o festival promete en-cher as escadarias da biblioteca, nas noites de 22 e 23 – hoje e amanhã –, com sessões de contos para “miúdos e graúdos” a cargo de contadores de Portugal, Brasil, Espanha, Colômbia e Gana.

No Encontro de Aprendizes do Contar, 50 “especialistas do conto”, nacionais e estrangeiros, vão ensinar novas práticas de animação da leitu-ra e de narração oral em 14 ofi cinas de formação.

Os 250 participantes inscritos, entre bibliotecários, contadores, ani-madores, agentes educativos e pais, poderão, por exemplo, aprender a “Contar no hospital” com Bia Quin-tela, a “Leitura em voz alta - princí-pios”, por Maria do Céu Guerra, a “A Poesia como Estratégia”, por José António Franco, ou “Orquestra de Pa-lavras - leitura sensorial e inteligência criativa: mini-ofi cina da sombra”, por

EXPOSIÇÕES | 6

BEJA Museu Regional de Beja

Até 30 de Setembro“Imaginário Medieval dos Monumentos de Beja”

FERREIRA DO ALENTEJO Museu Municipal

Até 30 de Novembro “Meninos de Ontem e de Hoje - Sonhos e Brincadeiras”

Posto de Turismo Até 15 de Novembro Exposição de Aguarelas de Ana Pereira

Galeria de Arte da Capela de Santo António

Até 10 de Outubro Exposição de Fotografi a de Ana Pereira

MÉRTOLA Convento de S. Francisco

Até 31 de Dezembro“Arte Cinética de Christaan Zwannikken”

MOURA Museu Municipal de Moura

Até 31 de Dezembro “Artes e Ofícios Tradicionais”

CINEMA | 11

ALMODÔVAR Cine-Teatro Municipal

Os Piratas das Caraíbas 2 Sexta | dia 22 | 21h30

O Matador Sábado | dia 23 | 21h30

BEJA Pax Júlia Teatro Municipal

Candy Sexta | dia 22 | 21h30

A Criança Segunda | dia 25 | 21h30

CASTRO VERDE Cine-Teatro Municipal

O Matador Sexta | dia 22 | 21h30

O Pirata das Caraíbas 2 Domingo | dia 23 | 21h30

CABEÇA GORDA Espaço Jódicus

Mr. & Mrs. Smith Sexta | dia 22 | 21h30

FERREIRA DO ALENTEJO Cine-Teatro Municipal

Piratas das Caraíbas 2 Sexta a domingo | dia 22 a 24 | 21h30

MÉRTOLA Cine-Teatro Marques Duque

Super-Homem - O Regresso Sexta | dia 22 | 21h30

MOURA Cine-Teatro Caridade

Super-Homem - O Regresso Sexta a domingo | dia 22 a 24 | 21h45

SERPA Cine-Teatro Municipal

Miami Vice Sexta e Domingo | dias 22 e 24 | 21h45

ESPECTÁCULOS | 3

ALJUSTREL Auditório da Biblioteca Municipal

Orquestra JazzMin e Desbundixie Sexta | dia 22 | 22h00

Quarteto Carlos Martins Sábado | dia 23 | 22h00

Marta Hugon Domingo | dia 24 | 22h00

GUI’ ARTECULTURA • ESPECTÁCULOS > teatro | cinema | música | tv | tv | rádio | vídeo] • GENTES • MODAS • SAÍDAS > festas | discotecas] • PRAZERES > viagens | restaurantes | livros] • SERVIÇOS > farmácias | telefones úteis] • TEMPO

O festival de música Jazzmin, pro-movido pela Câmara Municipal de Aljustrel, realiza-se entre hoje e do-mingo no auditório da Biblioteca Municipal, com a presença de Des-bundixie - Dixieland Band, Carlos Martins Quarteto e Marta Hugon Quarteto.

Nesta sexta-feira, o evento ar-ranca ao som do grupo de Dixie-

land “Desbundixie” composto por André Venâncio (trompete), Flávio Cardoso (clarinete), César Cardoso (saxofone tenor), Ricardo Pereira (trombone), Pedro Santos (ban-jo), Daniel Marques (tuba) e João Maneta (bateria) que prometem transportar o público para os anos 20 e 30 da cidade norte-americana de Nova Orleães.

Paulo Condessa.A grande novidade da edição des-

te ano das “Palavras Andarilhas” é um ciclo que inclui a projecção de quatro documentários dedicados à arte de contar “estórias”.

Além dos espaços da Biblioteca de Beja, as “Palavras Andarilhas” vão “percorrer” todas as escolas básicas e secundárias do concelho com ses-sões de contos através das iniciativas

“Era uma vez nas EB2,3” e “Contos Andarilhos”. Uma feira do livro e “O Brincador”, uma exposição de origi-nais de ilustração de José de Guima-rães, no átrio da biblioteca, são outras iniciativas programadas.

As “Palavras Andarilhas” decorrem anualmente em Beja, desde 1998, contando com a colaboração do Ins-tituto Português das Bibliotecas e da Fundação Calouste Gulbenkian.

Sábado, 23, Carlos Martins, fi gura cimeira do jazz nacional, tendo já passado por quase todos os festivais, apresenta-se pela pri-meira vez em Aljustrel com um trio de luxo: Mário Delgado (guitarra), Nelson Cascais (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria).

A encerrar o JazzMin vai estar uma das grandes revelações do

jazz português, a cantora Marta Hugon, que apresenta no espectá-culo o seu trabalho “Tender Trap”. A música de Marta acompanhada por Filipe Melo (piano), Bernardo Moreira (contrabaixo) e André Ma-chado (bateria) faz com que o jazz chegue a todos e a emoção com que interpreta cada tema dá nova vida aos clássicos.

14sexta-feira2006.09.22

TEATRO | 1

BEJA Pax Júlia Teatro Municipal

Ávida Quarta e quinta | dias 27 e 28 | 22h00

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SEXTA 22.09.2006 MÁ

XIM

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MÍN

IMA TEMPO PARA HOJE. Céu pouco nublado, temporariamente muito nublado.

Pequena descida da temperatura mínima. Neblina ou nevoeiro matinal.

p.02 REGIÃO > Baixo Alentejo • p.06 ANÁLISES & OPINIÃO • p.08 DINHEIRO & NEGÒCIOS • p.10 VIDA ACTUAL > Sociedade • p.11 CONTRA FACTOS • p.12 CORREIO DESPORTIVO • p.14 GUI’ARTE • suplemento SAÚDE

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no Cine-Teatro Municipal de Castro Verde a Festa do Patri-mónio.

DOMINGO [08H00] CAMINHADA PELO CORAÇÃO No Dia Mundial do Coração,

aproveita para participar na já tradicional caminhada da Juven-tude Desportiva das Neves.

Luís Pita Ameixa DEPUTADO DO PS NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA [pág.11]

Patinar numa pista de gelo em ple-no Alentejo ou realizar voos em balões de ar quente são algumas aventuras disponíveis na Feira de Turismo e Aventura (Fertur), que começou quinta-feira, 21, em Beja, para promover as potencialidades turísticas da região.Promovida pela empresa alenteja-na Campo dos Media, a Fertur vai decorrer no Parque de Feiras e Ex-posições de Beja até domingo, 24. Apresenta-se como a “grande feira de turismo activo do país” e pre-

Na fi losofi a da sua acção o PCP procura sobretudo criar nas pes-soas inquietação e inimizade contra os poderes públicos.“

Iniciativa. Parque de Feiras e Exposições acolhe 90 expositores

Feira de Turismoem Beja até domingo

Iniciativa apresenta-se como a “grande fei-ra de turismo activo do país”.

tende ser “uma aposta diferente e dinâmica na actividade turística”, explicou Miguel Correia, um dos responsáveis da organização.Na área dos negócios, continuou, “a feira, além de promover o turis-mo activo a nível nacional, aposta essencialmente nos grandes poten-ciais turísticos do Alentejo”.Com 90 expositores de todo o país, de Macau e do Brasil, a feira vai proporcionar oportunidades de negócio em turismo activo, explo-rando áreas como viagens, anima-

ção turística, saúde e bem-estar, enoturismo, gastronomia, despor-tos de aventura, caça, pesca e golfe. A Bolsa de Emprego da Fertur, um serviço gratuito de procura e oferta de emprego na área do turismo, é outra das ofertas do certame.Quanto às aventuras disponíveis, os visitantes vão poder passear calma-mente de burro, voar pelos céus de Beja em balões de ar quente ou pa-tinar num pista de gelo. De acordo com Miguel Correia, a pista, insta-lada no Pavilhão Multiusos, tem 500 m2 e vai ser mantida a uma tempe-ratura de 11 graus negativos, sendo permitida a sua utilização por 300 patinadores em simultâneo.

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Escavações no Castro dos Ratinhos

Achado arqueológicoimportante em AlquevaUma equipa de arqueólogos portugueses e espanhóis desco-briu parte de um molde de pedra para fundição de espadas, um achado único a nível Ibérico, durante escavações num povoado fortificado do Bronze Final junto à Barragem de Alqueva. O fragmento foi encontrado, recentemente, na terceira cam-panha de sondagens e escavações arqueológicas no Castro dos Ratinhos, a qual termina no final deste mês e junta arqueólogos do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) e da Universidade Autónoma de Madrid (Espanha).O projecto, iniciado em 2004 e que terá uma última campanha no próximo ano, é promovido pela Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA), com o apoio da Câmara Municipal de Moura, enquadrado nas acções de ordenamento turístico e ambiental da envolvente da barragem.António Carlos Silva, o arqueólogo português que coordena os trabalhos - em conjunto com o professor da universidade espanhola Luíz Berrocal-Rangel -, explicou à Agência Lusa que, até agora, em escavações na Península Ibérica, “nunca tinha sido encontrado um molde de fundição de espadas datado do perío-do do Bronze Final”.