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1974 1974… Foi o ano em Ben E. King fez uma “Supernatural Thing” quando apareceu nas tabelas dos mais ouvidos junto dos Commodores que empunhavam uma “Machine Gun” pronta a disparar para tudo o quanto era lado. Mas parece que não chegaram a vias de facto ao ponto de matar alguém, contrariamente a Eric Clapton que, como sabem, apareceu nas rádios a confessar um dos crimes mais famosos de sempre. “I Shot The Sheriff” dizia ele cheio de orgulho e sem ponta de remorso, lembram-se? Vá lá… pelo menos o coitado do adjunto foi poupado ás balas! Digo-vos… é nisto que dá andar em “Bad Company”! Os Jackson 5, apesar de tão jovens que eram, apresentavam-se como uma autêntica “Dancing Machine”, nada como o America, porque esse, em questões de movimento, parecia mais um “Tin Man” que outra coisa qualquer… . Mas tudo aprende-se com o tempo, não é verdade? Vejam por exemplo os Supertramp; Esses não faltavam por nada uma ida á “School”, e por isso é que foram longe! Elton John, neste ano de 74, andava de nariz torcido à conta de uma jovem qualquer que nunca ninguém soube dizer quem era. Só se ouvia ele a resmungar “The Bitch Is Back”. Mau feitio, não acham? E não digam que estou a ser injusto com ele. É que este homem queixava-se de tudo! Houve até alguém (o primo de uma tia minha que é casado com a nora de um cunhado do irmão do meu pai) que o viu estendido na praia da Madalena em pleno mês de Agosto a deixar bem clara uma ordem aos seus seguranças: “Don´t Let The Sun Go Down On Me”, gritava ele em maus modos. Queria milagres, não? Os Nazareth, por esta altura, andavam de coração partido. “Love Hurts”, cantavam

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eles entre lágrimas e soluços sobre uma jovem desconhecida. “Hang On In There Baby” disse o amigo Jonhny Bristol à banda oferecendo ao mesmo tempo um ombro amigo para chorar. “I Can Help”, apareceu também Billy Swan a dizer, mas não havia mais solução para este coração destroçado. O amor “Already Gone”, e os Eagles sabiam-no… Quem andava também a passar por uma “Bad Time” eram os Grand Funk. Se era assunto de amor ou dinheiro, isso já não sei. Mas ao menos parece que não estavam tão “Down Down” como os Status Quo. Mas se querem que vos diga, acho que estes Status Quo deveriam ter “Shame Shame Shame“ na cara, igualzinha áquela que Shirley & Company tinha! Onde já se viu alguém andar em tão baixo de forma, enquanto a sua carreira sobe à velocidade de bala rumo ao estrelato? Coisas de artista, digo eu… Bem… chegou a altura da despedida. A minha mensagem, como já é habitual, é sempre a mesma, e, como sabem, nela tento sempre pôr o “Best Of My Love”. Tentem encontrar “Some Kind Of Wonderful” em tudo o que fazem na vida, e “Be Thankful For What You Got”. Lembrem-se que o “Fire” da existência nunca se extingue, apesar da “Black Water” que teima de vez em quando a aparecer…

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“PRIMÁRIA 2” Depois dos primeiros dias de aulas de primária que, naquela década de 70, e no meu caso, aconteciam só da parte da manhã, lá foram acontecendo momentos que ficaram para sempre na retina: - Uma colega, que pela sua altura, metia medo aos rapazes, acertou em cheio com a cana nas costas do professor, ao pensar que quem estava a entrar na sala era um outro aluno. - Um outro colega, por norma, nunca tirava menos de 20 erros ortográficos em cada ditado, o que representava reguadas em número idêntico, também por norma. Mas existem inúmeros episódios, tais como o livro “Pasteur” que recebi de prenda do professor Sílvio por ter feito uma redacção que ele considerou excelente (eu adorava inventar!), os chocolates enormes que ele nos oferecia em dia de aniversário, as visitas de estudo, mesmo quando feitas nas redondezas, o “Dia da Árvore” e por aí fora… Tudo bons momentos, simples, autênticos e especiais. Com mais ou menos familiaridade em relação a estes “retalhos”, todos plantamos episódios interessantes na nossa memória, daqueles que hoje nos fazem sorrir com especial prazer. Eram outros tampos, também! Fosse pela troca de cromos de futebol comprados na “Porfirinha”, fosse pelo jogar ao berlinde naqueles 30 minutos de intervalo, fosse, já agora, pelo primeiro enamoramento pela Maria João, que tinha aulas na sala ao lado, fosse pelo pão

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com manteiga ou com mortadela (que adorava, menos naquele parte do “picar” a língua), tudo era suficientemente importante. A vida na escola primária tinha um sabor especial, ao ponto de, depois de eventualmente cansados de tantas férias grandes, ansiarmos pelo primeiro dia de uma nova classe, vivido já com menos receios do que o primeiro dia de aulas de sempre, o da primeira classe. Criaram-se amizades que ficaram para sempre, como o caso do Vitó, o “craque” da matemática por quem eu copiava as contas de dividir, conseguindo acabar antes dele, porque, enquanto ela ia confirmar, eu já sabia que ele estava certo. (consegui várias vezes ir mais cedo para casa por ser o primeiro a acabar, embora copiando cada digito). Entretanto, enquanto escrevo este texto, e porque a vida também é feita de desencontros, tenho alguma nostalgia em mente porque a grande maioria dos que integraram aquela turma “desapareceram” do meu horizonte… Faz parte, consta-se. E que pena não poder reuni-los a todos só para poder, cada um, apresentar as suas memórias de um espaço que nos ajudou a crescer ao longo daqueles quatro anos, enquanto cada um e enquanto todo. • Estou em crer que o período da escola primária é o mais belo, mesmo que ingénuo, de todo o percurso de estudante. Estarei errado? Talvez sim, talvez não. * Esta crónica, ou melhor, estas crónicas, são dedicadas ao Professor Sílvio e à Dª Porfirinha, dois seres especiais com quem me cruzei quase todos os dias ao longo de 4 anos. E faço-o pela essência especial que me deixaram, quer um, quer o outro. E fica o registo, mesmo já tendo ambos partido.

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ELTON JOHN Bom dia, Bom dia!!! E quem é que eu vos trago hoje, quem é? Entre espirros e fungadelas, lembrei-me de um ranhoso com músicas buéda giras! Ele é o Homem dos mil óculos de sol, figura extravagante, temperamento ainda pior (quem se lembra do célebre episódio do massagista no Casino Estoril?) mas com um dom para escrever músicas que nos embalam, como poucos têm. Cresci ao som de Goodbye Yellow Brick Road, Candle in The Wind, Sorry Seems to be The Hardest Word, Your Song e tantas, tantas outras..... cada uma mais bonita que a anterior e, quase todas elas, músicas para constituir família! E que família se constituía.... era só deixarmo-nos levar pelo embalo. Mais tarde, presenteou-nos com Sacrifice (e que bela interpretação Sinead O'Connor fez desta música, mas vai ter que ficar para outro dia), Daniel e a sua tão famosa Nikita. Com Sacrifice no ouvido vos deixo, mas não podia deixar aqui passar em branco a Magistral interpretação de George Michael (quem é amiga Liliana Amaral?) em Dont Let the Sun Go Down On Me. Enjoy.... Beijinhos, abraços e outras manifestações de carinho a quem de direito,

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“VAMOS JOGAR?” - Mamã dá licença? - Dou. - Quantos passos? - 3 Passos a bebe e 5 a caranguejo. - Tinha de ser… Quem se lembra deste jogo? Joguei muitas vezes na minha infância, já não me lembro do nome mas sei que não gostava dos passos a caranguejo (mas porque raio tem o caranguejo de andar para trás? Como diria a minha irmã o caranguejo não anda para trás, anda para o lado, dahh). Era sem dúvida batotice, assim nunca mais acabava o jogo. Em outros tempos não muito longínquos havia muitos jogos que nos divertiam, fazia-se muita ginástica, tínhamos o salto ao eixo, as caçadinhas, o rebenta (que muitas vezes não rebentava e me estatelava no chão), a macaca, bem estes jogos sempre tiveram nomes estranhos, mas eram sem dúvida divertidos (quando não se ia para casa com dói-dói). Depois havia os jogos mais intelectuais, a forca, o stop (passava tardes a jogar com os meus irmãos e admito que inventava nomes de cidades e de utensílios tínhamos a Etalia e a Italia que eram países diferentes e a correr bem também existia a Hitalia), a batalha naval e o jogo do galo (não me orgulho de admitir que recentemente este jogo deu me muito jeito numa reunião extremamente chata da empresa,(espero que o patrão não leia esta crónica)).

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Muitos destes jogos foram se perdendo com o tempo, os que ainda se vão mantendo são os jogos de cartas, jogar à bisca, aos peixinhos e claro ao burro (tivemos o prazer de ensinar este jogo ao meu sobrinho e depois de aprender não pegou mais na wii, o que eu achei fantástico) e para os “expert” temos o poker (que ainda não aprendi, mas ainda vou a tempo). E como nos divertíamos e aprendíamos uns com os outros, há pequenas coisas nesta vida que nunca se deveria perder, uma delas são estes jogos, agora as máquinas fazem tudo por nós, chamam-lhe evolução. É bom evoluir mas às vezes deixa-me azul (clubes à parte) como os amiguinhos que colecionava, em pequenita, no meu tempo chamava-se os “Os Estrunfes”, hoje em dia mudaram de nome são chiques são “Os Smurfs” (modernices com estrangeirismos). Estes seres azuis muito queridos que vivem em casas cogumelos no meio da floresta foram criados pelo ilustrador belga Pierre Culliford em 1958 para a história “A flauta de 6 Estrunfes” de Johan et Pirlouit. Estrearam em Portugal na década de 1980 na RTP e na TVI em 2005, muito recentemente (ano passado) foram adaptados para cinema. Azul ou sem azul, com jogos físicos ou intelectuais o importante é continuar a viver e aprender. Recordar o passado é bom mas criar novas recordações ainda é melhor. Vamos criar novas recordações para o amanhã, e sejam felizes hoje (agora).

Até à semana. Beijinhos

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“...EM 1978” Este foi um ano que, parecendo calmo à primeira vista, nos trouxe alguns acontecimentos de grande importância que viriam, sem dúvida, a mudar o mundo. Já lá iremos. Comecemos pelos nascimentos importantes: - A 25 de Julho nasceu, em Inglaterra, Louise Brown. Assim pelo nome não vos dirá nada. Pois, mas se vos disser que se trata do primeiro bebé-proveta, aí a coisa muda de figura. O primeiro milagre da tecnologia na ajuda à continuação da espécie… - A 22 de Novembro nasce, na Nigéria, o portuguesíssimo Francis Obikwelu. Descoberto nas obras, viria a protagonizar grandes feitos atléticos em favor desta pátria que, em boa hora, escolheu como sua; - A 2 de Dezembro nasce Nelly Furtado, a cantora Luso-Canadiana cheia de “Força” que todos conhecemos. O que muitos não saberão é que, com nove anos, a donzela já tocava trombone. Imaginem… Passando à necrologia, esticaram o pernil alguns personagens bem interessantes: - A 20 de Fevereiro morre Vitorino Nemésio, distinto poeta e intelectual açoriano. Ficou célebre a sua frase “Se bem me lembro…”, tantas vezes repetida num programa que passava na RTP e que, pessoalmente, acompanhava com grande interesse; - A 7 de Setembro (tinha que ser, bolas!), morre Keith Moon, baterista dos The Who. Grande Maluco! Cansado de tanto beber, abusou dos medicamentos que tomava para se curar do alcoolismo. Bem se pode dizer que não morreu da doença… morreu da cura;

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- A 11 de Setembro (outra data que tal…) morre Ronnie Peterson, piloto de Fórmula 1 de quem eu era fã incondicional. Tudo por causa da estreia dos semáforos de partida na Fórmula 1, vejam lá… Falando da nossa vidinha neste “cantinho à beira-mar plantado”, coisas curiosas e quiçá, premonitórias, iam acontecendo: - Não é que o PS, liderado por Mário Soares, se alia ao CDS para formar Governo? E que, meses depois, o mesmo CDS força a queda do Governo, alegando divergências sobre a política da reforma agrária? Pois é! O método mantém-se, ainda hoje. Parece é que há gente que ainda não os conhece… Cala-te boca! - Relevante ainda o facto de Alberto João Jardim passar a presidir ao Governo Regional da Madeira. Até hoje… Mudemos de assunto e passemos a coisas verdadeiramente importantes: - A 7 de Setembro (desculpa lá, ó Keith Moon) este vosso amigo completava 18 anos. Passava a Oficialmente Adulto. Se bem que me considerasse como tal, agora já tinha o estatuto. E já podia votar o voto e tudo. E o mundo, pelo menos o meu, nunca mais foi o mesmo… - Na Igreja Católica, após a morte de Paulo VI e o breve pontificado de João Paulo I (o Papa do sorriso), Karol Wojtyla é eleito, a 16 de Outubro, como Papa João Paulo II. E, aqui sim, o mundo mudou. Católicos, e não só, renderam-se à força e ao querer deste Homem de Deus. Um dos tais que faz a vida acontecer… Nos assuntos diversos, alguns merecem destaque e, por isso, os quero partilhar convosco: - A 27 de Janeiro foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos dos Animais. Que, tal como os Direitos do Homem, tantas vezes não passam de uma carta de boas intenções… - A 11 de Junho, o FC Porto vence o Campeonato de Futebol, depois de vinte anos de jejum. Mas bem se pode dizer que não há fome que não traga fartura… - A 19 de Junho é publicada pela primeira vez uma Banda Desenhada do Garfield. Aqui há gato… - A 1 de Outubro, é proclamada a independência de Tuvalu, um Estado da Polinésia, cuja capital é Vaiaku (vá lá, leiam direitinho). Vocês eram bem capazes de viver sem saber isto. Mas não era a mesma coisa… Beijos e abraços e até para a semana.

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“BICLA” Estou em crer que a primeira emancipação de um “homem”, naquela idade pós-5/6 anos, é largar de vez as rodinhas extra na bicicleta. Ou seja: passava-se pela primeira vez a “homem” quando se conseguia andar de bicicleta mais de 25 metros em linha recta sem batota. E comigo aconteceu precisamente o mesmo. Mal pude, com mais vergonha do que coragem, armei-me em crescido e pedi para que as rodinhas, feias, por sinal, me deixassem à minha sorte. Nos primeiros dias, claro que o álcool, água oxigenada e uns pensos assumiram papel preponderante no estancar do sangue que fazia questão de sobressair entre as pisaduras conquistadas nas inúmeras quedas. “Dores do ofício”, argumentava eu, mesmo sem me convencer, nem aos outros. Na verdade, acho que nunca tive grande jeito para andar de bicicleta, mesmo sabendo fazê-lo, refira-se. Sempre tive a tentação de descer a minha Rua da Pitada a uma velocidade jeitosa, especialmente quando havia público, mesmo que composto por um ou dois elementos. É que foram várias as quedas, ou melhor, vários "espalhanços" contra a parede, tão simplesmente por não conseguir dar uso ao guiador, indo sempre em frente. Naquela altura, meados da década de 70, estou em crer, havia uma qualquer força estranha que me fazia não reagir, mesmo vendo e confirmando que, se não desse uso ao guiador e aos travões, certamente que acabaria por aterrar nos paralelos, provocando lágrimas, embora sempre disfarçadas, claro.

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A minha bicicleta da altura, nada comparável à da imagem que aqui anexo, por estranho que pareça, sofria menos danos do que eu, principalmente quando passava do portão para dentro, já que, ao contar “a choramingar” à minha mãe que tinha caído - daí estar sujo e aleijado, ainda acabava por chorar mais, já que me eram servidas umas chineladas. (a bicicleta limita-se a assistir, em silêncio) Sempre gostei de ter uma bicicleta e do processo de ir ao “garanjeiro” (oficina de motociclos e bicicletas) tapar os furos ou afinar os travões, sendo obrigado, amiúdas vezes, a esperar uma semana para ver o assunto resolvido… É, era interessante ter bicicleta, principalmente por podermo-nos aventurar para lá dos 500 metros que nos distanciavam de nossa casa e, já agora, por se ter a hipótese de tentar sentar uma rapariga no quadro e dar-lhe boleia, mesmo que caíssemos 5 vezes durante as curtíssimas viagens… Era giro! Ainda hoje, para ser verdadeiro, acho que nunca consegui atingir uma relação demasiado próxima com a minha bicicleta de então, eventualmente pelo respeito e desrespeito que lhe fui ganhando com as quedas que coleccionei. E isso traduz-se no simples facto de, ao contrário dos outros, eu tratá-la por bicicleta e não por “bicla”, como se dizia.

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Com a expedição temporal desta semana, “amaramos” bem no meio dos gloriosos anos 80 e, numa viagem a que vos convido enquanto (pelo menos quando escrevo estas linhas) “lá fora a chuva cai”, como na canção que ADELAIDE FERREIRA então levou à Eurovisão, rumemos a 1985... No ano em que desaparece YUL BRYNNER, o “Rei do Sião”, que me ensinou a dar um ar pomposo à expressão ‘et coetera’, o Brasil liberta-se da bota militar que o oprimira durante 21 anos, enquanto MANDELA recusa a liberdade que lhe é oferecida em troca do abandono da luta armada do ANC contra o ‘apartheid’ (que, ainda assim, afrouxa o nó, passando a aceitar os casamentos inter-raciais). Mas se aí se avança, já a luta ambientalista sofre rude golpe, quando o “Rainbow Warrior”, com cujas acções nos habituáramos a ver a Greenpeace nos telejornais, é afundado pelos franceses. E enquanto o vaivém Atlantis sobe ao espaço pela primeira vez, encontro uma janela de oportunidade para lembrar que 1985 foi também o ano de lançamento do... ‘Windows 1.0’. Pouco (ou nada, dizem) acontece por acaso, e terá sido por tudo menos acaso que já há algum tempo pensei escrever acerca do disco que hoje vos trago. É que, mesmo se não integra o lote das minhas favoritas, esta banda acorre amiúde à minha memória, e decerto não apenas por, algum tempo mais tarde, os ter recebido num dos hotéis em que trabalhei – como não foi por acaso que começámos por “amarar” nesta crónica... é que os rapazes de hoje são os WATERBOYS, com o seu “This is The Sea”. Se nunca esqueci o álbum, menos esqueci esse tema que também já vos aflorou à memória, a imponência musical e literária desse magnífico “The Whole of The

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Moon”, a cuja elaborada letra (de que ainda hoje sei vários trechos de cor) os metais acrescem grandiloquência – e se MIKE SCOTT nela procura musa inspiradora, é bem evidente que ela não lhe falhou... Mas há bem mais neste belo álbum, como aliás se adivinha na abertura de “Don’t Bang The Drum”, a prenunciar – à imagem daquelas bandas sonoras de filmes históricos – momentos épicos: num daqueles temas que terão potenciado as comparações com os U2, é fácil imaginar a banda, sob um céu talvez não tão azul quanto o de que a letra fala, a tocar junto a um daqueles penhascos da costa britânica, decerto bem mais imutáveis do que a velha Albion, por quem os sinos dobram no sempre crescente´requiem’ de “Old England”, onde a crítica ao consulado de THATCHER surge polvilhada de referências literárias a JAMES JOYCE e a YEATS, poetas que podem ilustrar também a elevação da condição humana celebrada, curta mas eloquentemente, em “Spirit”. É também essa ânsia de elevação que, talvez metaforicamente, transparece em “Medicine Bow”, cuja determinada batida ‘rock’ há-de ser ainda mais acelerada em “Be My Enemy”, onde – para além de algumas vocalizações ‘à la’ BONO (que integra este álbum no seu ‘Top Ten’ pessoal) – me acodem à mente reminiscências de alguns dos temas fortes de NICK CAVE. Já o piano ressonante e os metais com que o amor é cantado em “Trumpets” me trazem uma clara lembrança do som dos SUPERTRAMP, ainda que SCOTT não os tenha invocado como influência do álbum... À crítica que granjeou o epíteto de “épico” ao álbum não terá sido alheia a intensidade sonora do tema-título, já que “This is The Sea”, mesmo que num tom mais baixo que outras faixas, apresenta um som quase tão cheio como o do mar que o inspira, numa apoteótica promessa de futuro em que marcam presença os violinos que hão-de sublinhar vivamente a viagem à espiritualidade que “The Pan Within” inicia enquanto me serve... de fim. Até p’rá semana!

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“IMAGINEM...” Completam-se, amanhã, trinta e dois anos sobre a trágica e inesperada morte de John Lennon, em Nova Iorque, assassinado por um jovem que, nesse mesmo dia, lhe havia pedido um autógrafo. John Lennon tinha apenas 40 anos… John Winston Lennon nasceu em Liverpool, a 9 de Outubro de 1940, filho único de Alfred Lennon e Julia Stanley. A sua infância não foi feliz e acabou por ser criado pela sua tia “Mimi”, irmã da mãe. A mãe morreu atropelada quando John Lennon tinha apenas 18 anos e do pai, com quem pouco conviveu até aos seis anos, só teve notícias quando os Beatles se tornaram conhecidos. A sua entrada no mundo da música aconteceu em 1956, ano em que fundou a sua primeira banda, The Quarrymen, que tocava skiffle, um tipo de música popular entre a juventude britânica na década de 1950. Foi nessa altura que conheceu Paul McCartney com quem, mais tarde, conjuntamente com George Harrison e Ringo Starr, formaria os Beatles. Os quatro de Liverpool viriam a marcar a cena musical da década de 60, uma ascensão meteórica que deu origem ao fenómeno da Beatlemania, marcado, não só, pela histeria das fãs adolescentes, mas por um crescente interesse pela banda a nível mundial. Canções simples e melodiosas como "She Loves You" e "Twist and Shout" rapidamente chegaram aos tops e fizeram furor entre a juventude britânica e norte-americana. Sucederam-se as gravações de novos discos, os concertos, as participações em programas televisivos que batiam recordes de audiências, os filmes…

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Foi no meio deste turbilhão de sucesso e fama que, em 1966, John Lennon conheceu e se envolveu sentimentalmente com Yoko Ono, uma artista plástica japonesa. Tornam-se inseparáveis e a sua relação, oficializada em 1969, marcaria uma nova etapa na vida de John Lennon... Quem não se recorda dos famosos “bed-in”, em que o casal se deixou fotografar, em plena lua-de-mel, como forma de protesto contra a Guerra no Vietnam. Terá sido durante a segunda bed-in que Lennon terá composto “Give peace a chance”. Em 1970, Paul McCartney anuncia o fim dos Beatles. O casal decide mudar-se para Nova Iorque. Depois de uma curta separação, Lennon e Yoko Ono reconciliam-se e nasce o segundo filho do cantor, Sean (John Lennon já tinha um filho do primeiro casamento, Julian). O cantor decide, então, abandonar a carreira para se dedicar à mulher e ao filho. Mas, em 1980, quando foi morto, Lennon estava de volta à música e encontrava-se a gravar aquele que foi o seu último álbum “Double Fantasy” que inclui temas inesquecíveis como “Woman” e "(Just Like) Starting Over". De John Lennon, resta-nos a imagem de um artista talentoso, de um homem empenhado política e socialmente, de alguma forma visionário. Um homem que ousou imaginar, cantando, um mundo novo, um mundo radicalmente diferente daquele em que vivemos, o tal mundo que ainda buscamos... Mas, se como ele mesmo afirmou, "Um sonho que sonhes sozinho é apenas um sonho. Um sonho que sonhes em conjunto com outros é realidade”, vamos acreditar que, um dia, será possível deixarmos simplesmente de imaginar…

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MERCADO DO BOLHÃO

Uma das coisas mais típicas das cidades, é o mercado. A maioria das pessoas que passam por uma cidade, fazem questão de conhecê-lo. E no Porto não é diferente, deve ser difícil encontrar um Portuense que por lá não tenha passado. O Mercado do Bolhão também faz parte do circuito turístico da cidade, tem bem ao lado uma estação do metro com o seu nome, está no coração da cidade. É um edifício monumental, de arquitetura neoclássica e é típico, muito típico... O nome pelo qual é largamente conhecido deriva da existência, nas suas imediações, de uma bica designada, precisamente, de "Fonte do Bolhão". O Mercado do Bolhão é um dos mercados mais emblemáticos da cidade do Porto. A construção caracteriza-se pela sua monumentalidade, própria da arquitetura neoclássica. Bolhão significa, " bolha grande ". O nome é originário do próprio local onde foi edificado o mercado, que foi construído, sobre uma nascente de água. O Bolhão é por vezes referido como "Mercado colorido", dado o seu ambiente ser envolvido por uma paleta de cores que derivam da imensa quantidade e qualidades de frutos, flores, aves e verduras. Tem uma forma quadrangular com três pisos, possuindo um amplo pátio central subdividido em dois espaços exteriores por uma galeria coberta de dois pisos e é um excelente exemplar da arquitetura civil comercial. O Mercado do Bolhão é vocacionado sobretudo para produtos frescos, sobretudo alimentares. Os vendedores estão divididos em diferentes secções especializadas, designadamente: zona de peixarias, talhos, hortícolas e florais. Na parte exterior do edifício existem lojas de outras variedades, como vestuário, cafetaria, perfumarias, tecidos, etc.

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Se não conhece este mercado, não deixe de o visitar pelo menos enquanto a tradição, ainda é como "era".

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