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JANE AUSTEN - UMA VIDA REVELADA

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Uma biografia contundente, perspicaz e divertida como uma legítima obra de Jane Austen, a vida revelada da escritora mais importante do século XIX. Embora seja uma das escritoras mais amadas de todos os tempos, JANE AUSTEN ainda é uma figura de grande mistério. Seria ela a gentil e doce tia Jane? Ou uma moça de língua afiada, ardilosa, como sugere sua escrita? Como passava seus dias? E, se ela nunca alcançou o mesmo final feliz de suas personagens, teria ao menos encontrado o amor verdadeiro? Ambientando sua narrativa no contexto da aristocracia inglesa do século XIX, Catherine Reef extrai informações de cartas escritas por Austen para conceber um relato íntimo da vida e dos sentimentos da escritora. A narrativa inclui detalhes dos seis fascinantes romances publicados pela escritora.

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São Paulo 2014

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Coordenação Editorial Mateus Duque Erthal

Tradução Kátia Hanna

Preparação Silvia Almeida

Diagramação Project Nine

Revisão Lílian Moreira Mendes

2014Proibida a reprodução total ou parcial.

Os infratores serão processados na forma da lei.Direitos exclusivos para a língua portuguesa cedidos à

Novo Século Editora Ltda.Alameda Araguaia, 2190 — 11º andar

Alphaville Industrial, Barueri — SP — CEP 06455-000 Tel. (11) 2321-5080

[email protected]

Jane Austen – a life revealedCopyright © 2011 by Catherine Reef

Copyright © 2014 by Novo Século Editora Ltda.All rights reserved.

Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (Decreto Legislativo nº 54, de 1995)

Índices para catálogo sistemático:1. Romancistas : Século 19 : Biografia :

Literatura inglesa 823.7

Reef, CatherineJane Austen : uma vida revelada / Catherine Reef ; [tradução Kátia Hanna]. -- Barueri, SP : Novo Século Editora, 2014.

Título original: Jane Austen : a life revealed. 1. Austen, Jane, 1775-1817 - Literatura juvenil 2. Romancistas ingleses - Século 19 - Biografia - Literatura juvenil I. Título.

14-01089 CDD-823.7

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P a r a J e n n i f e r G r e e n e

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um . Gentil tia Jane? 13

dois . Nasce uma romancista 27

tr ê s . Amores e amarguras 57

qua tro . Desenraizada 81

cinco . Um destino extraordinário 107

s eis . Leve, alegre e animado 12 9

s e t e . Vício e vir tude 149

oito . “Se eu viver para ser velha...” 169

nove . Palavras duradouras 19 3

p o s f ácio . Nossa Jane Austen 211

S U m á r i o

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rebecca Walter

Fanny (1793–1882)

Edward (1794–1879)

George Thomas (1795–1867)

Henry (1797–1843)

William (1798–1873)

Elizabeth (1800–1884)

marianne (1801–1896)

Charles Bridges (1803–1867)

Louisa (1804 –1889)

Cassandra Jane (1806–1842)

Brook John (1808–1878)

Eliza de Feuillidemary Lloyd (1771–1843)

Anne mathew (d. 1795)

Anna (1793–1872)

James Edward (1798–1874)

Caroline (1805–1880)

James Austen (1765–1819)

Tysoe Saul Hancock (1723–1775)

Philadelphia Austen (1730–1792)

George Austen (1731–1805)

Jean-François Capot de Feuillide(ca. 1750–1794)

Hastings de Feuillide (1786–1801)

Elizabeth Bridges(1773–1808)

Henry Austen

Elizabeth “Eliza” Hancock (1761–1813)

George Austen (1766–1838)

Edward Austen Knight (1767–1852)

Henry Austen (1771–1850)

William Austen (1701–1737)

Família Austen

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Thomas Leigh (1696–1763)

Jane Walker (1704–1768)

Cassandra Esten (1808–1897)Harriet Jane (1810–1865)Frances Palmer (1812–1882)Elizabeth (1814)

mary Jane (1807–1836)Francis William (1809–1858)Henry Edgar (1811–1854)George (1812–1903)Cassandra Eliza (1814–1849)Herbert Grey (1815–1888)Elizabeth (1817–1830)Catherine Anne (1818–1877)Edward Thomas (1820–1908)Frances Sophia (1821–1904)Cholmeley (1823–1824)

Frances Palmer(1790–1814)

Harriet Palmer

Cassandra Leigh (1739–1827)

James Leigh-Perrot (1735–1817)

Jane Cholmeley (1744–1836)

Jane Leigh (1736–1783)

Edward Cooper (1728–1792)

Jane Cooper(1771–1798)

indica continuidade do ramo

Conexão por matrimônio

Conexão por nascimento

Thomas Williams(ca. 1762–1841)

mary Gibson (1785–1823)

martha Lloyd (1765–1843)

Cassandra Austen (1773–1845)

Francis “Frank” Austen (1774–1865) Jane Austen

(1775–1817)

Charles Austen (1779–1852)

Família Leigh

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Em todo caso, não posso mais considerar as pessoas agradáveis.

– Jane Austen, 13 de maio de 1801

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. 13 .

u m

G E N T i L T i A J A N E ?

Seja sincero: o que você admirava em mim era a insolência?

– OrgulhO e PrecOnceitO

Charlotte Heywood, vinte e dois anos, cresceu sau-

dável, prestativa e atenciosa. Longe de casa pela primeira

vez, a jovem aguarda na sala de estar da mansão Sanditon

para ser recebida pela anfitriã e duas vezes viúva Lady

Denham. O século XIX apenas começou, e, enquanto

aguarda, Charlotte pondera. Por que um quadro grande,

de corpo inteiro, do segundo marido de Lady Denham

está pendurado sobre a lareira? Por outro lado, por que

o eminente primeiro marido, Sr. Hollis, o homem que

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A maioria dos manuscritos de Jane Austen se perdeu, mas o último romance inacabado é um dos que sobreviveram. Austen lhe deu o título de Os Irmãos, mas após sua morte a família mudou para Sanditon.

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construiu a mansão Sanditon, está representado numa

miniatura que caberia na palma da mão de Charlotte? E

o que o sobrinho de Lady Denham, Sir Edward, estaria

dizendo, naquele exato instante, à pobre Clara Breton?

Charlotte entrevira os amantes secretos do lado de fora,

mantendo uma conversa particular, ao se aproximar da

ampla e elegante mansão Sanditon...

Naquele momento, os personagens de Jane Austen

foram enfeitiçados. Quando ela soltou a caneta, doente

demais para acrescentar outra palavra à história, em 18

de março de 1817, suspendeu o tempo para Charlotte e

os outros. Por dois séculos, nenhum relógio fez tique-

taque na mansão de Lady Denham ou na pequena

cidade da redondeza; nenhuma partícula de pó caiu

no local. Pensativa, Charlotte Heywood aguarda, os

olhos pregados no pequenino retrato do Sr. Hollis, sem

jamais piscar. Lady Denham permanece congelada no

lugar, um pé erguido, posicionada para entrar na sala

de espera. Clara e seu pretendente estão sentados lado a

lado, imóveis, para sempre.

Como Austen teria terminado seu último romance,

Sanditon, permanece um mistério, um dos muitos que

intrigam os fãs dessa autora tão adorada. Ao redor do

mundo, milhões de pessoas leem e apreciam os livros

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de Austen; ela e seus romances são temas de incontáveis

filmes e adaptações. Entretanto, sabe-se muito pouco

sobre a mulher em si. Qual a sua aparência? Seus cabe-

los eram “finos e naturalmente cacheados, nem claros

nem escuros”, como se recorda uma de suas muitas

sobrinhas, ou eram “cabelos negros, compridos até os

joelhos”, como é lembrada por outra? Embora certa vez

um sobrinho tenha eleito Austen e a irmã, Cassandra,

“duas das mais bonitas moças da Inglaterra”, uma

sobrinha escreveu que a escritora não se sentia tão

segura “de ser decididamente uma mulher bonita”.

Jane Austen morreu antes da invenção da fotografia. A

única pintura de Austen que sobreviveu é uma aquarela

Cassandra Austen pintou o único retrato autêntico da irmã. Aqueles que conheceram Jane Austen não a reconhecem nessa mulher séria e circunspecta.

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de autoria de Cassandra Austen, mas os que conheciam

a autora alegavam que o retrato era pouco condizente

com a realidade.

Ninguém sabe as opiniões de Jane Austen sobre

religião ou política, ou mesmo o que fizera ou pensara

por semanas ou meses durante determinados períodos.

Cartas e antigos diários podem revelar muito sobre

pessoas famosas do passado, mas Austen não deixou

nenhum diário. Após sua morte, os parentes destruí-

ram muitas das cartas que a autora escreveu, por razões

que podemos apenas supor. Seriam pessoais demais?

Poderiam ferir o sentimento de alguém ou revelar uma

faceta de Jane Austen que sua família preferia esconder?

Pelo fato de seus romances terem sido publicados

anonimamente, quando Jane morreu, aos quarenta

e um anos, os leitores estavam apenas começando a

descobrir que a filha de um pároco do interior – esta

modesta solteira – havia escrito Razão e Sensibilidade,

Orgulho e Preconceito e outros romances populares

que perscrutavam o coração humano. Sua família a

descreveu para o mundo da forma como gostaria que

fosse lembrada. “A doçura de seu temperamento nunca

falhou. Ela sempre foi amável”, escreveu o sobrinho

Edward Austen-Leigh. “Ela mesmo sendo impecável,

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tanto quanto é permitido à natureza humana, sempre

buscava, diante da falta dos outros, algo para descul-

par, perdoar ou esquecer”, descreveu o irmão Henry.

“Acredito que ela nunca tenha dito uma única palavra

áspera”, declarou uma das sobrinhas.

Nunca? É difícil acreditar que uma criatura tão

amável e bondosa tenha escrito linhas como estas:

Não quero que as pessoas sejam muito agradá-

veis, assim fico livre do problema de gostar muito

delas.

Para que vivemos, se não para divertirmos nossos

vizinhos e rirmos deles quando for a nossa vez?

A senhorita Allen pertencia à numerosa classe de

mulheres cujo único sentimento que conseguiam

provocar na sociedade era o espanto de haver no

mundo algum homem que pudesse gostar delas o

suficiente para desposá-las.

A sagacidade e os comentários cortantes sobre a

natureza humana tornam divertida a leitura de seus

romances.

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Jane Austen viveu e escreveu quando o século XVIII

chegava ao fim e um novo se iniciava. Os romances

ainda eram uma forma nova de literatura, popularizada

na Inglaterra por escritores como Daniel Defoe e Henry

Fielding. Em 1719, Defoe escreveu sobre o sobrevi-

vente de um naufrágio vivendo numa ilha em Robinson

Crusoé. Em 1749, Fielding entreteve leitores com as

aventuras cômicas e audaciosas de Tom Jones, um jovem

forçado a abrir seu próprio caminho no mundo. No iní-

cio do século XIX, Sir Walter Scott recorre à história

para escrever livros emocionantes, como Ivanhoé e Rob

Roy, repletos de romance, torneios e assaltos a castelos.

Os romances desses autores são ricos em ação. Eles

transportam os personagens para locais exóticos, onde

escapam, por pouco, de perigos mortais. São retratos

pintados em telas de grandes proporções, mas Austen

faz seus esboços em “um pouco (cinco centímetros) de

marfim”, como expressou a autora, trabalhando “com

um pincel muito delicado”. Jane Austen escreveu sobre

o tipo de gente que ela conhecia bem, ladies e gentlemen

da Inglaterra rural. A trama é confinada ao âmbito da

vida familiar, dos círculos de amizades, dos galanteios e

casamentos. Seus romances oferecem aos leitores “breves

impressões da verdade humana, breves lampejos de uma

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visão inabalável, breves golpes de mestre da imaginação”,

declarou o romancista norte-americano Henry James.

Jane Austen começou a escrever histórias durante a

infância, na residência paroquial do pai. A escritora lapi-

dou seu trabalho, e, em 1811, aos trinta e cinco anos, é

publicado seu primeiro romance. Razão e Sensibilidade

apresenta uma visão desacreditada de uma sociedade

em que o dinheiro tem mais valor do que o caráter e

as pessoas fazem o melhor que podem para esconder

os seus sentimentos daqueles com quem se relacionam.

Razão e Sensibilidade, a exemplo de todos os outros

romances de Austen, ocupa-se de mulheres em idade

para o casamento e sua busca por um matrimônio feliz

com o marido ideal.

Entre os romances que se seguiram estão o espi-

rituoso Orgulho e Preconceito, em que a articulada e

sem papas na língua Elizabeth Bennet ensina o rico

e bonito Fitzwilliam Darcy a superar sua arrogância,

enquanto vai aprendendo a amá-lo; Emma, que des-

creve um ano numa aldeia, durante o qual Emma

Woodhouse adquire a maturidade necessária para se

casar com o homem certo; e Persuasão, em que a hero-

ína mais velha de Austen ganha uma segunda chance

no amor.

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No livro As Aventuras de Robert Drury (1807), de Daniel Defoe, um navio nau-fraga na costa de madagascar. os leitores da época de Jane Austen saborea-vam histórias de perigo em terras distantes.

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Jane Austen escrevia numa linguagem simples e

concentrava-se nos personagens. Os romances revelam

um profundo entendimento psicológico de como as pes-

soas pensam, se comportam e se expressam. Embora

ela tenha escrito sobre homens e mulheres do seu pró-

prio tempo e lugar, seus personagens ainda soam ver-

dadeiros, pois a autora capturou a essência da natureza

humana.

Keira Knightley e matthew macfadyen representam Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy na versão de 2005 de Orgulho e Preconceito. os dois per-sonagens estão destinados a se apaixonar, apesar do desagrado inicial que sentiram um pelo outro.

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Um leitor do século XXI que inicia a leitura de um

romance de Jane Austen entra num mundo distante,

onde dinheiro e classe social tornavam alguns melho-

res do que outros. O tema do casamento quase sempre

se resume à questão econômica: para muitas pessoas,

escolher o marido certo ou a mulher certa tinha mais a

ver com obter um rendimento do que com o amor. As

opções para as mulheres eram limitadas. O casamento

dava a elas segurança social e financeira, com ou sem

amor romântico, mas trazia o fardo das constantes ges-

tações e da criação dos filhos. Uma mulher solteira, sem

proventos, tinha pouca liberdade, porque dependia da

família para abrigo e sustento. As mulheres qualificadas

podiam ensinar ou cuidar dos filhos dos outros, mas

ensinar era um trabalho árduo e pouco remunerado, e

o trabalho de governanta estava na base da pirâmide

social. “Mulheres solteiras possuem uma terrível pro-

pensão à pobreza”, escreveu Austen.

Jane Austen pertencia a esse mundo e a uma família

numerosa, com muitas ramificações. Não recebeu quase

nenhuma educação formal e nunca se aventurou fora dos

limites de um pequeno condado da Inglaterra. A escritora

viveu num pequeno nicho, mas encontrou ali uma rica

fonte de inspiração para sua ficção. Reunir personagens

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os ornamentos delicadamente drapeados vistos na antiga arte greco-romana inspiraram a moda graciosa e simples da época de Jane Austen. muitas mu-lheres optavam por vestidos de musselina, um tecido fi no de algodão, dando preferência aos tons claros e pálidos, ao invés das cores escuras e sombrias. os vestidos tinham cintura alta e decote baixo, e as mangas passavam dos cotovelos. Esta ilustração é de uma revista de moda publicada em 1800.

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e assistir a como se misturavam tornou-se “o prazer da

minha vida”, declarou. “Três ou quatro famílias em uma

aldeia é tudo de que preciso para trabalhar.”

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