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JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO | 2009 | Nº 23 www.apcd-saude.org.br REGIONAL SAÚDE Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas RUA RONDINHA, 54 - C. INGLESA SãO PAULO - SP - CEP 04140-010 IMPRESSO Pode ser aberto pela ECT PREVENÇÃO E TRATAMENTO GARANTEM BEM ESTAR À TERCEIRA IDADE PROGRAMAçãO CIENTíFICA 2009 : Cursos abrangentes para formação profissional ODONTOPEDIATRIA: produtos naturais são aliados no tratamento de lesões ODONTOPEDIATRIA: produtos naturais são aliados no tratamento de lesões PROGRAMAçãO CIENTíFICA 2009: Cursos abrangentes para formação profissional GRÂNULOS DE FORDYCE E GLOSSITE ROMBÓIDE MEDIANA PACIENTES COM FIBROMIALGIA E DESORDENS TEMPOROMANDIBULARES ODONTOLOGIA DOMICILIAR: UMA MUDANÇA DE PARADIGMA CARREIRA: PERSPECTIVAS FUTURAS PARA ACADÊMICOS

JANEIRO FEVEREIRO | MARÇO 2009 Nº 23 · Exemplificando, o pólipo pulpar, quando presente, identifica a altera-ção da polpa denominada de inflamação pulpar crônica (fig. 1

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JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO | 2009 | Nº 23

www.apcd-saude.org.brREG IONAL SAÚDEAssociação Paulista de Cirurgiões Dentistas

RuA RONdINhA, 54 - C. INglEsAsãO PAulO - sP - CEP 04140-010

IMPRESSOPode ser aberto pela ECT

PREVENÇÃO E TRATAMENTO

GARANTEM BEM ESTAR à

TERCEIRA IDADE

Programação científica 2009:

cursos abrangentes para formação profissional

odontoPediatria: produtos naturais

são aliados no tratamento de lesões

odontoPediatria: produtos naturais

são aliados no tratamento de lesões

Programação científica 2009:

cursos abrangentes para formação profissional

GRâNulOS DEFORDyCE EGlOSSITE ROMBóIDEMEDIANA

PACIENTES COM FIBROMIAlGIA EDESORDENS TEMPOROMANDIBulARES

ODONTOlOGIA DOMICIlIAR:uMA MuDANÇADE PARADIGMA

CARREIRA:PERSPECTIVAS FuTuRAS PARA ACADêMICOS

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APCD SAÚDE | jAn | fEv |mAr | 2009 | �

dr. sérgio YunesEditor

Foto

cap

a: M

okra

saúde bucalnão tem idade

Gostaria de agradecer o envio do artigo Grâ-

nulos de Fordyce e Glossite Rombóide Mediana

de autoria do doutor Sergio Kignel e parabenizá-

lo pela conquista do prêmio Jabuti, na categoria

Ciências Naturais e Ciências da Saúde, com a

obra Estomatologia - Base do Diagnóstico para

o Clínico Geral.

dois extremos que envolvem um

ciclo de vida serão abordados

nesta edição. De um lado a Odon-

topediatria e do outro a Odontogeriatria. Goiaba,

mamão e camomila agora são utilizados no tra-

tamento e prevenção da cárie. Pesquisadoras da

Faculdade de Odontologia da Uninove, Unimes,

Unicastelo e UMC apontaram vantagens no uso

de produtos naturais no tratamento de lesões

de cárie em crianças.

Num artigo realizado a quatro mãos, os

doutores Ruy Fonseca Brunetti e Fernando Luiz

Montenegro explicam a importância da saúde

bucal na Terceira Idade.

O doutor Marcelo Gurgel, esspecialista em

Prótese Dental (APCD-SP) e professor assistente

da equipe de Prótese Dental do Prof. Dr. Eduardo

Miyashita nos mostra quais as vantagens dos

copings de eletrodeposição.

Rua Rondinha, 54 - Chácara InglesaSão Paulo - SP - CEP 04140-010Fone (11) 5078-7960www.apcd-saude.org.brcontato@[email protected] Atendimento: 2ª a 6ª das 9h às 18h

PresidenteGilberto Machado Coimbra1º vice-PresidenteTakashi Yagui2º vice-PresidenteWagner Nascimento MorenoSecretária GeralArne Aued Guirar Ventura1º SecretárioDurval Paupério SérioTesoureiro GeralOssamu Massaoka1º TesoureiroKunio ShimabokuroDepto. Assessor de rel. InternacionaisAdmar KfouriDepto. Assessores E.A.P.Milton de Souza TeixeiraSamuel CecconiDepto. Assessor de BenefíciosAuro Massatake MineiDepto. Assessores CientíficoCheng Te HuaLuci FinottiDepto. Assessor de ComunicaçõesMoacyr Nunes LeiteDepto. Assessores de Congressos e feirasLuis IdeLuis Afonso de Souza LimaDepto. Assessores de Defesa de ClasseHelenice Formentin IkegamiElizabeth Aparecida BragaDepto. Assessores de EsportesCarlos Teruo ItabashiMauricio FazuraDepto. Assessores de PatrimônioPaulo NagamineShindi Nakajima Depto. Assessores de TurismoRicardo Ugayama Arnaldo Baptista Ferreira Junior Depto. Assessores de CulturalSonia Maria Moraes Ceccone Depto. de PrevençãoNicola Bempensante Depto. Assessores SocialJulia Uchida Mauricio Nishimura Depto. Assessor de Tecnologia e InformaçãoSérgio Yunes Depto. Assessores da PresidênciaValsuir José Vessoni Admar Kfouri Depto. Assessor CulturalMarta Tashiro jornalista responsávelIsrael Correia de Lima (Mtb 14.204) - Tel. 3477-4156Edição de ArteGuilherme GonçalvesImpressãoGT Editora e Gráfica

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expediente

REG IONAL SAÚDEAssociação Paulista de Cirurgiões Dentistas

editoRiaL

ÍndiceGrânulos de Fordyce e Glossite .............4Diagnóstico em Endodontia ..................6Pacientes com Fibromialgia e DTM .......7Saúde bucal na terceira idade ...............8Odontologia domiciliar ....................... 10Tratamento com eletrodeposição ........ 14

Cursos - 1º semestre - 2009 ............... 16Aliados da Odontopediatria ................ 18Festa de Confraternização .................... 20Aniversariantes .................................. 22Administrando sua carreira ................ 24Indicador Profissional ........................ 26

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Todo clínico já recebeu um dia o tele-fonema de um paciente desesperado contando que por alguma razão estava

olhando sua boca e descobriu uma lesão que com certeza jamais estivera lá. A consulta é marcada com urgência, geralmente no mesmo dia em face da importância do assunto, ao examiná-lo verifica-se a presença de alguma variação de normalidade. Se o clínico não tiver a absoluta con-vicção do fato, muitas vezes ocorre do paciente convencer o profissional que a lesão representa alguma patologia.

A cavidade bucal apresentam uma grande variedade de aspectos no que diz respeito à coloração, consistência, superfície e morfologia. O colega deve estar familiarizado e saber explicá-las ao paciente. Vamos citar duas das variações de normalidade que aparecem com bastante freqüência em nossa clinica.

Grânulos de Fordyce: ocorrem em quase 70% da população e são decorrência de deposição de glândulas sebáceas ectópicas. Clinicamente apre-sentam-se como pápulas de coloração amarelada e de pequeno diâmetro (1mm, aproximadamen-te). Apresentam-se distribuídos principalmente em mucosa jugal, e labial inferior podendo ser encontrados em grande ou pequena quantidade. Há um aumento significativo da prevalência dos grânulos de fordyce com a idade (fig. 1).

Glossite rombóide mediana: existem con-trovérsias sobre sua etiologia, alguns autores a consideram como sendo uma anomalia congênita resultante da não fusão das metades laterais da língua, outros acreditam que sua etiologia esteja relacionada com uma infecção crônica causada pela candida albicans. Não tem predileção por sexo ou raça, estando presente em aproxima-damente 3,35% da população. Clinicamente apresenta-se como uma zona avermelhada, des-papilada, de forma rombóide ou oval, localizada na linha média do dorso lingual, imediatamente à frente das papilas valadas.

Para estas duas entidades o diagnóstico é clínico e não há necessidade de tratamento.

Lesão

Dr. Sergio KignelProf. Titular de Semiologia da Faculdade de Odontologia da UNIARARAS; Mestre e Doutor em Diagnóstico bucal pela FOUSP.

grânulos de Fordyce eGlossite rombóide mediana

� | APCD SAÚDE | jAn | fEv |mAr | 2009

Figura 1

Figura 2

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APCD SAÚDE | jAn | fEv |mAr | 2009 | �

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uma das áreas mais complexas na ciência médica nos dias atuais é a exatidão do diagnóstico. A partir deste tem-se com mais comodidade a noção do tra-

tamento a ser realizado bem como a avaliação do prognóstico a ser transmitido ao paciente. Em endodontia o domínio desta arte leva certamente o profissional a receber, por parte do paciente, uma maior colaboração no ato terapêutico devido a confiança transmitido em função do conhecimento percebido por este.

O conhecimento prévio das ciências como anatomia, biologia, microbiologia, bioquímica, fisiologia e patologia humana, represen-ta juntamente com a interpretação dos métodos de exame clínico e dos exames complementares, a base apropriada para a elaboração mental, correlacionando os sinais e os sintomas das doenças pulpares e periapicais, proporcionando a correta identificação da patologia e a escolha precisa da terapia a ser empregada.

O conjunto de manifestações da doença (sinais e sintomas) deve ser identificado e valorizado, pois é o único caminho para a formulação do diagnóstico preciso.

Os sinais correspondem às manifestações clínicas das doen-ças, como por exemplo a mudança da coloração da gengiva ou dente, e edemas percebidos visualmente (inspeção intra-oral) ou pela sensação táctil (palpação). Já, os sintomas referem-se às alterações da normalidade que somente o paciente tem a capa-cidade de avaliar, como a sensibilidade dolorosa. Deve-se lembrar que a dor é um fenômeno amplo, individual e subjetivo, mas que seguramente permite uma leitura.

Algumas vezes, se identificará a doença em estágio subclínico, evitando-se que evolua até manifestações perceptíveis. Por exem-plo, os achados radiográficos nos casos de lesões periapicais crônicas possibilitam o tratamento endodôntico sem que ocorra a agudização desse processo.

O diagnóstico das alterações pulpares e periapicais deve ser confirmado durante e após o tratamento endodôntico instituído e executado.

O processo de elaboração do diagnóstico fica facilitado quando a doença apresentar sinal característico, isto é, sinal patognomônico. Exemplificando, o pólipo pulpar, quando presente, identifica a altera-ção da polpa denominada de inflamação pulpar crônica (fig. 1 e 2).

Entretanto, o prognóstico é o juízo médico baseado no diag-nóstico, no dano anatômico e funcional gerado, nas condições de saúde física e psíquica do paciente e nas possibilidades tera-pêuticas, acerca da duração, evolução e termo de uma doença. Este procedimento é multitemporal, obrigando o dentista a prever a evolução da situação clínica.

endodontia

Diagnóstico em Endodontia

� | APCD SAÚDE | jAn | fEv |mAr | 2009

A presença da alteração patológica gera a necessidade do seu tratamento. Assim, os recursos terapêuticos e a condição sócio-eco-nômica do paciente são fatores que modulam e viabilizam a realiza-ção concreta do tratamento. Na seqüência, deve-se sempre fazer o controle clínico e radiográfico no qual verifica-se a cura, o controle da doença e a necessidade ou não de reintervenção terapêutica.

Prof. Dr. José Luiz Lage-MarquesGraduado na Faculdade de Odontologia da PUC/Campinas. Vem desen-volvendo atividades de ensino e pesquisa na Faculdade de Odontologia da USP na qualidade de Professor Livre Docente de Endodontia.

Extraído do Projeto Técnica Endodôntica

Figura 1

Figura 2

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Dra. Simone SilveiraEspecialista em DTM e Dor Orofacial pela Unifesp; Especialista em prótese dental; Membro da Equi-pe de DTM e Dor Orofacial - [email protected]

APCD SAÚDE | OUT | nOv |DEZ | 2008 | �

O objetivo deste estudo foi avaliar o tratamento para DTM em pacientes que apresentam Fibromialgia e Desordem Tempo-romandibular muscular.

Materiais e Métodos: Foram selecionados 60 pacientes no Instituto da Cabeça do Hospital São Paulo entre maio e agosto de 2004, com idade média de 40 anos.

Foram comparados dois grupos de pacientes, grupo 1: pacientes com DTM muscular e que apresentaram Fibromialgia sob tratamento há 5 anos e que também apresentaram DTM muscular e o grupo 2: pacientes que apresentaram somente DTM muscular.

Os pacientes com Fibromialgia foram selecionados na Clínica de Reumatologia do Hospital São Paulo de acordo com os critérios da Aca-demia Americana de Reumatologia em 1990. O diagnóstico da DTM foi realizado no Instituto da Cabeça do Hospital São Paulo seguindo o eixo 1 do RDC (Research Diagnostic Criteria).

Ambos os grupos foram submetidos ao tratamento conservador para DTM muscular (terapia comportamental cognitiva, para eliminar a para-função diurna e hábitos parafuncionais com a mandíbula, termoterapia, aplicando compressa morna três vezes ao dia e o uso de uma placa estabilizadora de uso noturno.

tRatamento

Pacientes com Fibromialgia e desordens Temporomandibulares

Os pacientes foram reavaliados após três meses de tratamento.resultados: Observamos no grupo 1 que 17% apresentaram sem

sintomas, 61% melhora dos sintomas, 18% inalterado e 4% pioraram. No grupo 2 que 52% apresentaram sem sintomas, 43% melhora dos sintomas e 3% inalterado e 2% pioraram.

Conclusão: Quando comparamos os resultados, observamos que a doença de base teve interferência no tratamento, pois a porcentagem dos pacientes sem sintomas foi menor no grupo 1 (pacientes com Fibromialgia e DTM muscular) do que no grupo 2 (pacientes com DTM muscular).

Autores: Vivian B. Kechfi, Simone Silveira, Fernanda Zugaib, Antô-nio Sérgio Guimarães. Oral Surgery, Oral Medicine, Oral Pathology, Oral Radiology & Endodontics. 99 (4):443-444, April 2005. Apresentado no Congresso da AAOP no Arizona - EUA - 2005.

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Importância da saúde bucalna terceira idade

O número de pessoas acima de 65 anos está crescendo em todo o mundo, por conta de uma maior expectativa de vida e se projeta que no

período do ano de 1950 até 2025, o número de idosos terá crescido cerca de 1514,3%, muito acima de qualquer outra faixa de idade de toda a população.

Quando comparamos que na Roma Antiga esperava-se viver 22 anos e hoje a média é cerca de 65 anos no Brasil, pode-se ver o quanto evoluíram as condições das comunida-des mesmo em um país de terceiro mundo como o nosso, com locais de grande progresso e inúmeros bolsões de pobreza comparáveis à África.

Também nosso Sistema Público de Saúde está com-balido, mas foi com alegria que vimos a Associação dos Dentistas de Itapetininga divulgar que houve uma redução de 70% das cáries observadas em seus escolares, quando em São Paulo (Capital) a diminuição foi de 48%, um patamar que já julgávamos excelente para o terceiro mundo.

Nunca se pode esquecer que o que investimos em pre-venção dos males bucais implica em um gasto muito menor por parte do Estado ou entidade fornecedora dos serviços. Segundo a Organização Mundial da Saúde, para cada dólar que se investe em prevenção, uma economia de cerca de 40 dólares teremos em tratamentos curativos no futuro,

um valor nada desprezível em termos comunitários.Estes percentuais só puderam ser obtidos graças à

dedicação dos profissionais ligados à escolas daqui, pelo uso de flúor na água de abastecimento da cidade e pelos cuidados preventivos odontológicos que vem sendo divul-gados por todos os meios de comunicação e pelos den-tistas de toda a cidade e também por você, caro cidadão, que hoje se preocupa mais com seus dentes do que seu bisavô ou tataravô, que não tiveram, infelizmente, acesso às informações preventivas odontológicas que você pode ter à sua mão atualmente.

Mas porque ter dentes sadios e em especial na terceira idade? Muitas são as razões e todas estão envolvidas com uma melhor qualidade de vida. Pense conosco: todos os órgãos do organismo são interligados e o mau funciona-mento de um deles, acaba por criar problemas para os demais. Veja os dentes: se você não consegue mastigar direito (porque tem dentes quebrados, faltantes, moles ou próteses mal adaptadas à sua boca), os alimentos fibrosos, importantíssimos para o bom funcionamento do intestino, por exemplo, serão retirados de sua dieta e aca-barão sendo substituídos por outros mais macios (bolos, biscoitos, tortas, massas) que não têm os bons nutrientes dos alimentos mais consistentes. Se você não come o que

prevenção

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APCD SAÚDE | jAn | fEv |mAr | 2009 | �

Dr. Ruy Fonseca Brunetti

te dá saúde física, fica cada dia mais fraco e subir uma escada vira, muitas vezes, um sacrifício enorme. Mais fraco organicamente, ficamos mais propensos a doenças e para nos “curarmos” delas tomamos remédios diversos que SEMPRE TÊM muitos efeitos colaterais/secundários por todo o corpo. Quanto mais doença e remédios, mais debilitados vamos ficando e assim nossa qualidade de vida cai bastante, em um círculo vicioso que só acabará com a morte ou indo ao dentista. Como? Indo ao Dentista??? Me explique!!!

Lembra-se que começamos falando de dentes quebra-dos, mastigação ruim etc...? Veja ao seu redor. Quando você vê um idoso adoentado, não observou sua boca? Geralmente ela está “murcha”, porque suas próteses não se adaptam mais (quando se perde muito peso ou se a diabete não está controlada até os tecidos da boca que suportam as próteses diminuem de volume e as próteses, mesmo as “pontes móveis” se tornam “frouxas, soltas”). Se não usa as próteses, não consegue comer os bons alimentos e aí tudo começa de novo. Mas mesmo tendo muitos dentes, mas em estado ruim de conservação, os problemas começam quando não comemos o quê nosso organismo precisa e optamos por uma dieta INADEQUADA às nossas necessidades reais.

Ter os dentes bem restaurados e as próteses bem adaptadas são condições fundamentais para o bem estar do idoso, já que nestas idades, uma melhor condição nu-tricional é uma enorme garantia contra doenças diversas a que estamos expostos diariamente. Muitos dentistas têm tentado mostrar isto aos seus pacientes de terceira idade, mas o mais importante é você estar CONSCIENTE que o início de sua saúde orgânica começa pela boca e pelo bom funcionamento do Sistema Mastigatório.

Além disto, ter seus dentes bonitos e estéticos pode permitir conseguir uma colocação profissional que é ge-ralmente muito difícil na terceira idade, mas pode ajudar bastante na hora do empregador escolher você. Ganhando um salário ,além da aposentadoria, você viverá melhor, co-

mendo alimentos saudáveis e assim vivendo mais e mais anos em sua plenitude e bem integrado na sua família e comunidade.

A vida é muito curta para você perder tempo se lamen-tando de tudo. Vá à luta! E comece pela boca, se lá existe um problema, pois você estará melhorando uma boa parte de suas questões orgânicas, pois hoje se pesquisa muito uma relação entre problemas nas gengivas e alterações no coração, só para se ver como tudo é integrado no nosso corpo.

Quando chegaremos aos 120 anos de vida que fala a Bíblia, não é possível dizer com precisão, mas que a saúde bucal é também vital para alcançar este objetivo, isto já é uma certeza. Isto sem contar os futuros benefícios do Projeto Genoma para os seres humanos, como hoje já ocorre na Agricultura.

Dr. Fernando Luiz Brunetti [email protected]

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10 | APCD SAÚDE | jAn | fEv |mAr | 2009

será que os profissionais da saúde envolvidos no atendi-mento domiciliar bem como os familiares e responsáveis têm o conhecimento a respeito do importante papel do

cirurgião-dentista nesse contexto?A falta de conhecimento dos profissionais e familiares a res-

peito desse tipo diferenciado de se praticar Odontologia, faz com que muitos problemas decorrentes da cavidade bucal interfiram na saúde geral (sistêmica) na maioria dos pacientes que utilizam esse tipo de serviço individualizado (2).

Realizar a odontologia domiciliar com responsabilidade é fugir dos padrões de formação do cirurgião-dentista, ou seja, o atendimento odontológico a esses pacientes é caracterizado pela adaptação ao seu ambiente com todas as dificuldades possíveis no intuito de proporcionar a saúde como um todo (15).

O atendimento desses pacientes em domicílio surge como uma odontologia ALTERNATIVA, como mais uma DIFERENCIAÇÃO PROFIS-SIONAL que o cirurgião-dentista CAPACITADO pode atuar (22).

O maior público alvo desse tipo de atendimento são os idosos (semi e dependentes) em domicílio, pacientes portadores de neces-sidades especiais impossibilitados de se adaptarem ao consultório e pacientes hospitalizados (UTI, enfermaria) que necessitam da manu-tenção da saúde bucal como parte integrante da saúde geral (9).

O cirurgião-dentista nesse tipo de atendimento deve ter o co-nhecimento geral do paciente, ou seja, saber dos seus problemas sob os aspectos biológico, clínico, histórico, psicológico, econômico e social, preocupando-se em integrar o atendimento odontológico ao contexto social e familiar, caráter humanista (2, 12).

A importância do aprendizado das demais áreas envolvidas no tratamento da saúde do paciente é de vital responsabilidade do cirurgião-dentista para possíveis interações profissionais com médicos (geriatras, psiquiatras, clínicos gerais...), psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, cuidadores e, principalmente, a família (6).

Saber das principais patologias envolvidas nesses pacientes suas características, bem como dos fármacos e suas implicações na saúde bucal determina a necessidade do profissional da odon-tologia estar sempre se atualizando e pesquisando sobre saúde. Estimula o cirurgião-dentista estar sempre associado a outro profissional, seja na discussão dos casos, seja no planejamento adequado e condizente com a melhor maneira de se proporcionar o bem estar para essas pessoas (4, 20).

A responsabilidade ética, nesse tipo de atendimento, faz-se necessária e obrigatória. O consentimento livre e esclarecido ao responsável legal e o preenchimento da ficha de desenvolvimento clínico com cada procedimento realizado assinado pelo profissional e pelo responsável, faz com que esse tipo de atendimento seja mais credibilizado pelos familiares e demais profissionais envolvidos. E, o mais importante, é a proteção legal do profissional diante do plano de tratamento elaborado e sua execução (3,11).

Os principais problemas de caráter odontológico encontrado nas visitas domiciliares são a presença de placa bacteriana, periodon-topatias, perdas dentárias decorrentes de problemas periodontais e da doença cárie, próteses mal adaptadas e higienizadas e lesões decorrentes de trabalhos protéticos mal feitos e ajustados, hábitos

Odontologia domiciliar:uma mudança de paradigma

odontogeRiatRia

Figura 1 - Escovação dentária orientada, controle

de placa bacteriana.Promoção de saúde bucal e adaptação profissional

em domicílio

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deletérios e relacionadas a problemas sistêmicos. As principais áre-as de atuação do cirurgião-dentista estão direcionadas à odontologia preventiva, periodontia, prótese, estomatologia (lesões na cavidade bucal) e cirurgia (caráter emergencial), se necessária (1, 18).

No tratamento odontológico domiciliar deve ser feito APENAS os procedimentos essenciais, por isso a grande importância de um plano de tratamento bem elaborado e em conjunto com os outros profissionais e familiares para o sucesso do tratamento (13).

A valorização da estética passa a ser de último plano, ante-cedida pela função necessária ao paciente para desempenhar funções como mastigação e fala, SEMPRE objetivando a eliminação de qualquer tipo de foco de inflamação, infecção e sintomatologia dolorosa no paciente, proporcionando o BEM-ESTAR e QUALIDADE DE VIDA do mesmo (2, 8, 21)!

O atendimento domiciliar, conforme muitos pensam, não ne-cessitam diretamente do uso do consultório portátil. Porém, certos procedimentos necessários nesses pacientes não requerem a presença afinca de equipamentos. Por isso o odontólogo deve estar preparado a se submeter a possíveis adaptações de trabalho, de materiais auxiliares e facilitadores durante o atendimento (5).

Porém, existem equipamentos odontológicos portáteis que contribuem bastante para a ação clínica do cirurgião-dentista. O

Figura 2 - Adaptação profissional. Tratamento

periodontal básico - raspagem supragengival em paciente idosa dependente

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odontogeRiatRia

odontológo deverá se instruir melhor para o uso de tais equipa-mentos que apresentam custos menores do que a montagem de um consultório particular, por exemplo (10).

Uma das maiores dificuldades de implantação das ações odontológicas nessa situação, é a falta de conhecimento específico dos cuidadores, normalmente técnicos de enfermagem e familiares despreparados em relação aos princípios básicos de higienização bucal, controle de placa bacteriana e medidas preventivas para a manutenção da saúde bucal (2, 7, 23).

A família assume uma significativa parcela no sucesso do tra-tamento, sua participação efetiva durante o atendimento e a busca constante do conhecimento em prol da saúde do familiar debilitado corresponde a um grande incentivo para a atuação profissional de todas as áreas da saúde envolvidas na recuperação ou manutenção da saúde desses pacientes (19).

É certo que nenhum profissional da saúde atua sozinho, exis-tindo a real necessidade da multidisciplinariedade e interação dos profissionais com a família como fator preponderante ao melhor tratamento dos pacientes que necessitam de atendimento domiciliar. Surge a capacidade do cirurgião-dentista participar das diversas áreas envolvidas no atendimento domiciliar, ou seja, o profissional da Odontologia é parte integrante e necessária ao planejamento da promoção da saúde desses pacientes assistidos em domicílio (14, 16, 17).

COnCLUSÃOA falta de profissionais da Odontologia capacitados em inte-

grarem o sistema de saúde do paciente assistido em domicílio e ambiente hospitalar (ambulatorial e em tratamento intensivo), determina a odontologia domiciliar como mais uma dimensão para o cirurgião-dentista explorar e vivenciar nos dias de hoje.

Figura 4 - Cirurgia de caráter emergencial. Eliminação de foco

de infecção dentária. Adaptação profissional

Figura 3 - Restauração atraumática – ionômero de vidro (VITREMER). Eliminação de tecido

cariado

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Dr. Alexandre Franco MirandaMestrando em Ciências da Saúde – UnB; Centro de Medicina do Idoso - Hospital Universitário de Brasília (HUB) – UnB; Odontologia domiciliar e hospitalar (Enfermagem e UTI) [email protected]

rEfErÊnCIAS BIBLIOGrÁfICAS1. ALZHEIMER’S SOCIETY INFORMATION SHEET (ASIS). Dental care and dementia. Information sheet, p. 448-451, October. 2001.2. BRUNETTI, R.F, MONTENEGRO, F.L.B. Odontogeriatria: noções de interesse clínico. Artes Médicas. São Paulo, 2002.3. CARLOS, M.R., KAMEN, S. The interface between dentistry and medicine: a shared perspective. J. Calif. Dent. Assoc., Sacramento, v.63, n.1, p.42-45, Jan. 1997.4. CARVALHO, C. Odontologia domiciliar. Rev. Bras. Odontol., Rio de Janeiro, v.59, n.2, p.108-111, mar./abr, 2002.5. COLUSSI, C.F.; FREITAS, S.F.T. Aspectos epidemiológicos de saúde do idoso no Brasil, Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.18, n.5, p.1313-1320, 2002.6. 16. DE SOUZA, A. C. A. R.; ROSA, C. F. B. D.; ELIAS, R. Doença de Alzheimer: Protocolo de atendimento odontológico. CISPRE, 2006. URL: http://www.cispre.com.br/acervo_print.asp?Id=52. Acessed in 20 Dec 2007.7. DOLAN, T. A., ATCHISON, K. A. Implications of access, utilization and need for oral health care by the non-institutionalized and institutionalized elderly on the dental delivery system. J. Dent. Educ., Washington, v. 57, n. 12, p.876-887, 1993.8. 18. ETTINGER, R. L. Dental management of patients with Alzheimer’s disease and other dementias. Gerodontology, v. 17, n. 1, p. 8-16. 2000.9. FLORIANI, C. A.; SCHRAMM, F. R. Atendimento domiciliary ao idoso: problema ou solução?. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n. 4, p. 986-994, jul/ago. 2004.10. 23. FRENKEL, H. Alzheimer’s disease and oral care. Spec Care Dent; Dent Update, v. 31, p. 273-278, Jun. 2004.11. GHEZZI, E. M.; SHIP, J. A.; MICH, A. A. Dementia and oral health. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod, St Louis, v. 89, n. 1, p. 2-5, Jan. 2000.12. GITTO, C. A.; MORONI, M. J.; TEREZHALMY, G. T.; SANDU, S. The patient with Alzheimer’s disease. Quintessence Int, v. 32, n. 3, p. 9-11. 2001.13. GRIFFITHS, J. et al. Oral health care for people with mental health problems guidelines and recommendations. British Society for Desability and Oral Health. jan , 2000.14. HENRY, R. G. Alzheimer’s disease and cognitively impaired elderly: providing dental care. Copyright 1999 Journal of the California Dental Association. URL: http: http://www.cda.org/library/cda_member/pubs/journal/jour999/alzheime.html. Acessed in 28 Dec 2007.

15. HILGERT, J. B; BERTUZZI, D.; HUGO, F. N.; PADILHA, D. M. P. Saúde bucal em portado-res de doença de Alzheimer e em seus cuidadores. Centro de referência e documentação sobre envelhecimento da Universidade Aberta da Terceira Idade, UnATI. Textos sobre envelhecimento, v. 6, n. 1, p. 1-15, Rio de Janeiro. 2003.16. KOCAELLI, H.; YALTIRIK, M.; YARGIC, L. I.; OZBAS, H. Alzheimer’s disease and dental management. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod , v. 93, p. 521-524. 2002.17. LITTLE, J.W., FALACE, D.A. Dental managemt of the medically compromised patient. 4.ed. St Louis: Mosby-Year Book, Inc., 1993, p.347.18. MONTENEGRO, F.L.B.; BRUNETTI, R.F.; MANETTA, C.E. Interações entre a medicina e a odontologia no tratamento do paciente geriátrico – parte II. Atual. Geriatria, v.3, n.20, p.5-12, dez.1998.19. MURRAY, K. G. Oral health and dementia: strategies and protocols. Research and Education Program – MAREP, University of Waterloo, v.5, n.2, p.2-4, summer, 2006.20. NUNES, L.M.; PORTELLA, M. R. O idoso fragilizado no domicílio: a problemática encontrada na atenção básica em saúde. Boletim da Saúde. Porto Alegre, v. 17, n. 2, p. 109-121, jul/dez. 2003.21. ODOM, J. G.; ODOM, S. S.; JOLLY, D. E. Informed consent and the geriatric dental patient. Spec Care Dentistry, v. 12, n. 5, p. 202-206. 1992.22. VARJÃO, F.M. Dental care with Alzheimer’s disease. Revista Odonto Ciência - Fac. Odonto/PUCRS, v.21, n.53, p.284-288, jul/set. 2006.23. ZULUAGA, D. J. M. Manejo odontológico de pacientes com demências. Revista de la Federación Odontológica Colombiana, v. 203, p. 28-39, Ago-Oct. 2002.

AGRADECIMENTO: Ao Prof. Dr. Fernando Luiz B. Montenegro (SP) pelo suporte na divulgação deste trabalho, sem o qual o mesmo não poderia chegar a um número maior de colegas.

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A eletrodeposição é um processo que ocorre através de um banho galvânico onde, por solução eletrolítica, o troquel é colocado dentro de um aparelho específico,

vai ocorrendo o processo de eletrodeposição, até atingir a espes-sura da camada desejada (geralmente 0,2mm) para confeccionar a infra-estrutura dos copings.

Qual a vantagens dos copings de eletrodeposição?1. Excelente adaptação marginal: devido a justeza do coping

obtendo uma adaptação ao redor de toda margem em torno de 26,779 m, BUSO (2002).

2. Biocompatibilidade com os tecidos periodontais: por ser uma liga nobre o ouro não sofre o processo de corrosão, o qual é responsável pelo manchamento do tecido periodontal.

3. Estética favorável: devido a cor aurica do coping, favorece ao técnico a aplicação de uma camada mais fina de cerâmica opaca, consequentemente dando maior espaço para cerâmica de revestimento estético, conseguindo uma maior naturalidade a

ReabiLitação

Figura 1 Moldagem do núcleo indireto Núcleo tri-partido em ouro fundido

Núcleo cimentado repreparado e término em chanfro arredondado

Coping de eletrodeposição pronto Aspecto interno da coroa

Tratamento comeletrodeposição

coroa BOTTINO et al 2004.4. Cimentação com cimento Fosfato de Zinco: Bontioli et al.

(2004) afirmaram que o sistema de eletrodeposição que utiliza a tecnologia do galvanismo para formação de uma infra-estrutura, possibilitando a confecção de forma direta de uma base com um material extremamente nobre: o ouro. Esta infra-estrutura pode ser, então, cimentada de forma convencional (fosfato de zinco) na região localizada dentro do sulco gengival.

5. Longevidade: Erpenstein, Borchad, Kerschbaum (2000) rea-lizaram uma pesquisa onde acompanharam o desempenho clínico, de coroas unitárias confeccionadas pela técnica de eletrodeposição, avaliando a longevidade na cavidade oral. Foram confeccionadas 769 coroas de eletrodeposição em ouro que foram cimentadas em 322 pacientes. Os autores obtiveram os seguintes resulta-dos: 96,5% das coroas feitas pela técnica de eletrodeposição em molares e pré-molares, 92% realizadas com a mesma técnica em caninos e incisivos, estavam intactas após um acompanhamento clínico de 7 anos.

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relato de caso ClínicoPaciente de 20 anos compareceu a clínica, apresentado queixa

que o único dente que ele tinha feito uma restauração e tratamento de “canal” havia quebrado, verificando radiograficamente a situação do tratamento endodôntico normal e clinicamente através de testes de percursão, foi verificado três situações clínicas importantes:1. paciente jovem com grande perspectiva de vida;2. intimidade do tecido periodontal com o remanescente dental (fig. 1);3. remanescente dental sem estrutura coronária (fig. 1).Verificando a situação clínica ilustrada, fora oferecido ao paciente uma alternativa de tratamento com uma maior perspectiva de longe-vidade, então fora proposto um núcleo tri-partido em ouro fundido, e sobre o mesmo uma coroa com coping eletrodeposição.

Considerações finaisAs coroas de eletrodeposição são sem dúvidas a melhor alter-

nativa reabilitadora para casos onde queremos oferecer ao nosso paciente, uma perspectiva de longevidade, pois possuem um excelente

Dr. Marcelo GurgelEspecialista em Prótese Dental (APCD-SP); Professor Assistente da equipe de Prótese Dental do Prof. Dr. Eduardo [email protected]

Fina camada de cimentação (justeza do coping) Cimentação final

Vista oclusal da coroa harmonia da cerâmica em relação aos dentes hígidos

Caso clínico realizado no curso de atualização em Prótese fixa

CEAO-PE, pela aluna Joana Barbosa e Professores Eduardo Miyashita e Marcelo gurgel. Etapa laboratorial:

laboratório Vagner.

adaptação marginal, devido ao sistema que confecciona os copings diretamente sob o troquel, evitando etapas laboratoriais como en-ceramento e fundição, biocompatibilidade com os tecidos moles, favorecida pelo material, ouro com 99,99% de pureza, além do mais uma estética rica, pela menor quantidade de cerâmica opaca e maior quantidade de cerâmica de revestimento aplicada pelo técnico.

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CuRsos aPCd saúde

CUrSOS APCD SAÚDE 2009CuRSo DE IMPLAntE – MóDuLo PRotétICo E/ou CIRúRGICo: tuRMA BáSICA E AvAnçADA Início: 2 de março de 2009Dia da semana: segundas-feirasHorário: 14h às 18h (Prótese) / 18h às 22h30 (Cirurgia)Carga horária: 160 hs/aula vagas: 21natureza: teórico / prático / laboratorialDuração: 10 mesesvalor: 10 x R$ 400,00 - cada módulo (sócio efetivo)10 x R$ 200,00 - cada módulo (sócio recém-formado e acadêmico)Coordenador: Paulo Yataro Kawakami CRO 43505- Especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial - Mestre em Implantodontia- Todos são professores do Curso de Implantodontia do Centro de Qualificação Profissional Biomet 3i.objetivo do Módulo Cirúrgico: Capacitar o cirurgião-dentista nos planejamentos e execuções das cirurgias básicas e avançadas na implantodontia com a utiliza-ção do sistema BIOMET.objetivo do Módulo Protético: Capacitar o aluno a gerenciar riscos e complicações restauradoras através do conhecimento de oclusão e biomecânica em implan-todontia, tipos de próteses sobre implantes, seleção de componentes protéticos, técnicas de moldagem e manutenção peri-implantar.Professores:- Luis Macedo Mangueira CRO 39556Especialista em Periodontia Mestre em Implantodontia - Maurício Duarte CRO 37157Especializando em Implantodontia - José Luiz Takashi Yassui CRO 16623Professor do Curso de Implantodontia do Centro de Qualificação Profissional Biomet 3i.- Julio Kawakami CRO 25231Especialista em Anatomia Cirúrgica da FaceMestrando em Ciência da Saúde - Sabrina Hatayama CRO 85337Especialista em Periodontia - Ricardo Mitsuo Saito CRO 71392Especialista em Prótese - Claudia Barreiros Pera CRO 55251Especialista em Implantodontia- Paulo Hitoshi Ueda CRO 48276Especialista em Implantodontia- Edson Yassuo Bajou CRO 36339Especialista em Cirurgia Traumatologia Buco-Maxilo FacialEspecialista Ortopedia Funcional dos Maxilares- Odair Borghi Especialista em Implantodontia- Tânia Umequita Suzuki- Peter Shiu CRO 48154Mestre e Doutor em Dentística - Luiz Carlos Suzuki CRO 48810Especialista em Prótese

- José Marcelo de Moraes Salles- Especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo Facial

CuRSo AvAnçADo EM EnDoDontIA CLínICAInício: 4 de março de 2009Dia da semana: quartas-feirasHorário: 17h00 às 20h00Carga Horária: 60 hs/aulavagas: 8natureza: teórico / prático / demonstrativo com atendimento a pacientesDuração: 5 mesesvalor: 5 x R$ 300,00 (sócio efetivo)5 x R$ 150,00 (sócio recém-formado e acadêmico)Coordenador: Prof. Dr. Sergio T. Maeda (Especialista, Mestre e Doutor em Endodontia pela FOB – USP);Ministradores: - Prof. Dr. Marcio B. Lauretti (Especialista, Mestre e Doutor em Endodontia pela FOUSP);- Prof. Dr. José Lauriere H. Guimarães (Especialista, Mestre e Doutor em Endodontia pela FOUSP);- Prof. Ms. Kleber K. T. de Carvalho (Especialista, Mestre em Endodontia pela UMESP);- Prof. Ms. Sergio K. Kamei (Especialista, Mestre em Endodontia pela UMESP);- Prof. Ms. Luis M. Mansi (Especialista, Mestre em Endodontia pela UMESP);Profs. Colaboradores: Dra. Deborah Calvo e Dr. Keiji Nishikawa (Especialista em Endodontia)Conteúdo Programático: Conceitos e parâmetros da instrumentação rotatória de NiTi; Sistemas rotatórios: K3 r Twisted files (Sybron Endo), Race (FKG), Protaper (Dentsply), Densell, Driller (WORKSHOP e HANDS ON); Localizadores eletrônicos foraminais (Root II, Triauto ZX, Sybron, NSK, NOVAPEX). Obs.: Atividade pré-clinica (hands on) – Para o treinamento em dentes naturais das técnicas dos sistemas apresentados serão ofere-cidos gratuitamente todos os instrumentos rotatórios de NiTi e motores elétricos e pneumáticos.

CuRSo DE AtuALIZAção E APERFEIçoAMEnto EM EnDoDontIA CLínICA Início: 4 de março de 2009Dia da semana: quartas-feirasHorário: 19h às 22h00Carga Horária: 120 hs/aulanatureza: teórico / prático / demonstrativo com atendimento de pacientesDuração: 10 mesesvalor: 12 x R$ 250,00 (sócio efetivo)12 x R$ 125,00 (sócio recém-formado e acadêmico)Coordenador: Prof. Dr. Sergio T. Maeda (Especialista, Mestre e Doutor em Endodontia pela FOB – USP);Ministradores: - Prof. Dr. Marcio B. Lauretti (Especialista, Mestre e Doutor em Endodontia pela FOUSP);- Prof. Dr. José Lauriere H. Guimarães (Especialista,

Mestre e Doutor em Endodontia pela FOUSP);- Prof. Ms. Kleber K. T. de Carvalho (Especialista, Mestre em Endodontia pela UMESP);- Prof. Ms. Sergio K. Kamei (Especialista, Mestre em Endodontia pela UMESP);- Prof. Ms. Luis M. Mansi (Especialista, Mestre em Endodontia pela UMESP);Profs. Colaboradores: Dra. Deborah Calvo e Dr. Keiji Nishikawa (Especialista em Endodontia)Conteúdo Programático: Anatomia interna dos canais radiculares relacionando-a com as diversas fases do tratamento endodôntico; Diagnóstico Clínico e tratamento das alterações pulpares e periapicais; Técnicas de instru-mentação manual, oscilatória e rotatória; Medicação intra canal e Medicação sistêmica; Urgências em Endodontia; Obturação de canais radiculares – materiais e técnicas convencionais e termoplásticas; Tratamento de dentes com rizogênese incompleta – polpa viva e polpa mortifica-da; Localizadores eletrônicos foraminais; Reintervenção endodôntica; Considerações clínicas sobre a complemen-tação cirúrgica ao tratamento endodôntico.

CuRSo DE APERFEIçoAMEnto PARA CLínICo GERAL – “EStétICA E Função oDontoLóGICA BASEADA EM EvIDênCIAS”Início: 6 de março de 2009Dia da semana: sextas-feirasHorário: 17h às 22h00Carga Horária: 190 hs/aulanatureza: teórico / prático Duração: 10 mesesvagas: 8valor: 12 x R$ 250,00 (sócio efetivo)12 x R$ 125,00 (sócio recém-formado e acadêmico)Ministrador: Prof. Dr. Luis Ide (Mestre em Periodontia - USP)Colaboradores: Luiz Carlos Serrano Lima; José Maria de Oliveira de Castro; Luiz Afonso de Souza Lima e Wagner Moreno; Valsuir José Vezzoni; Alzira Kyomi Suzuki e professores convidados.objetivo: Oferecer conhecimento científico e clínico para planejar e executar o tratamento odontológico. Serão submetidos a treinamentos personalizados para que possam aprender com mais eficiência e com total segurança. Prepará-los para ter um bom relacionamen-to ético e profissional. Orientá-los claramente a impor-tância da Prática Odontológica Baseada em Evidências, para auxiliar o processo de decisão, conduzindo a melhores resultados para os pacientes.

CuRSo BáSICo DE oRtoPEDIA FunCIonAL DoS MAxILARESInício: 24 de março de 2009Dia da semana: terças-feirasHorário: 20h às 23hCarga Horária: 40 hs/aulanatureza: teórico / prático / laboratorialDuração: 4 mesesvagas: 21

1º SEmESTrE

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valor: 5 x R$ 175,00 (sócio efetivo)5 x R$ 87,50 (sócio recém-formado e acadêmico)Coordenador: Prof. Dr. Auro M. Minei.Professores: Dra. Maria Regina de Campos Brandão; Dr. Eduardo Sakai e Dra. Arne Guirar Ventura.Programa: Histórico da O.F.M.; Princípios Fundamentais da O.F.M.; Leis Planas de Desenvolvimento; Tipos de Aparelhos; Casuísticas-Bimler, Planas, SNs;Diagnóstico Gnatostático Sintomatológico Planas; Análise de Bimler; Confecção de Aparelhos Planas e Bimler (confecção de pistas indiretas do aparelho de Planas, Técnica Dr. Minei).

CuRSo DE APERFEIçoAMEnto EM CIRuRGIA oRAL MEnoRInício: 12 de março de 2009Dia da semana: quintas-feirasHorário: 19h às 22h30Carga Horária: 62 hs/aulavagas: 16natureza: teórico / prático / demonstrativo com atendimento de pacientesDuração: 5 mesesvalor: 5 x R$ 350,00 (sócio efetivo)5 x R$ 175,00 (sócio recém-formado e acadêmico)Ministradores: - Prof. Dr. Glácio Avólio (Doutor em Ciências pela Escola Paulista de Medicina – UNIFESP e Mestre em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial pela FOUSP);- Prof. Dr. Marcelo Marcucci (Doutor em Ciências pela Es-cola Paulista de Medicina – UNIFESP e Mestre em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial pela FOUSP).objetivo: Trata-se de um curso eminentemente prático que visa o desenvolvimento e aperfeiçoamento do aluno no âmbito da cirurgia oral menor.Serão abordados aspectos referentes ao diagnóstico, planejamento, técnica cirúrgica, complicações e terapêutica medicamentosa, priorizando o tratamento cirúrgico dos dentes retidos. O objetivo final é habilitar o aluno no planejamento e execução da prática cirúrgica nas mais diversas situações possíveis de ocorrer em consultório.

CuRSo DE ACuPuntuRA: BáSICo E AvAnçADoInício: março de 2009Dia da semana: Carga Horária: 80hs/aulavagas: Limitadasnatureza: teórico / prático Duração: 5 meses valor: 5 x R$ 290,00 (sócio efetivo)5 x R$ 145,00 (sócio recém-formado e acadêmico)Ministrador: Prof. Dr. Robson Campos Gutierre (Vice-presidente da World Federation of Chinese Medicine Societies, Beijing – China (2004 a 2007); mestre e doutorando em ciên-cias pelo Departamento de Morfologia e Genética da Escola Paulista de Medicina; diretor geral do Primeiro Conselho do Journal of World Chinese Medicine).objetivo: Fornecer as bases teórico-práticas para

a utilização da acupuntura auricular como método terapêutico; Compreender as bases da acupuntura sistêmica; Entender o contexto medicina/chinesa e sua utilidade como técnica complementar aos métodos terapêuticos ocidentais.Programação: Histórico da medicina tradicional chinesa/acupuntura; Interação medicina tradicional chinesa e métodos terapêuticos ocidentais; Bases da legislação brasileira; Compreendendo os termos Tui-na, Shiatsu, Do-in, Qigong, Auriculomedicina, Fitoterapia, etc; Bases teóricas da acupuntura; Diagnóstico sin-drômico energético em acupuntura; Diferenciação das síndromes energéticas; A acupuntura auricular como terapêutica; Tecnologia em acupuntura auricular; Bases da acupuntura. obs. Todas as aulas terão atividades práticas e teóricas.

CuRSo DE AuxILIAR DE SAúDE BuCAL (REConHE-CIDo PELo CFo/CRo)Início: 16 de fevereiro de 2009Dia da semana: segundas-feiras / quintas-feiras Horário: 19h às 22h30vagas: Limitadas (25 alunas)natureza: teórico / prático Duração: 6 mesesvalor: R$ 110,00 - mensal (inclui material didático) - uma vez por semana.valor: R$ 155,00 - mensal (inclui material didático) - duas vezes por semana.Ministradora: Profa. Dra. Arne Aued Guirar Ventura (Especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares, Membro da Equipe de professores do curso de Ortopedia Funcional dos Maxilares da EAP, Colaboradora Voluntária no Concurso “A Saúde Bucal”).Programa: Atividades Privativas de ACD - Funções Complementares - Riscos Ocupacionais e formas de Prevenção - Noções de Secretariado e Administração:- agendamento de consultas, atendimento (de visitas, vendedores, cobradores, etc.),controle do material (estoque, compra, reposição, validade), organização de fichas clínicas, guias, arquivos, serviços bancários).- Assistência em Clínica: preparação de equipamentos (de bandeja clínica, instrumentais, manipulações de materiais), técnicas atuais para: higienização, limpeza, manutenção, desinfecção do material, instrumentos e espaço odontológico. Instrumentalização e auxílio efetivo ao Cirurgião Dentista - Atualização em relação social com o paciente-recepção na sala de espera com noções de normas sociais, encaminhamento e acomodação do paciente à sala de atendimento.- Noções de biossegurança.

CuRSo DE oRtoDontIA – “téCnICA StRAIGHt WIRE”Início: março de 2009Dia da semana: quintas-feiras (quinzenal)Horário: 9h às 18hnatureza: teórico / prático / clínicoDuração: 24 mesesvagas: 16

valor: 24 x R$ 400,00 (sócio efetivo)24 x R$ 200,00 (sócio recém-formado e acadêmico)Coordenador: Prof. Dr. Cidney Hiroaki Cato (graduado FOSJC-UNESP, mestre em Ortodontia - UNICID, douto-rando em Radiologia Odontológica pela FOSJC-UNESP, especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares - CFO e membro do programa de aperfeiçoamento continuado - PROAC - da FOSJC-UNESP - disciplina de Ortodontia);Professoras Assistentes: - Prof. Dra. Cristiane Y. Shimura - Prof. Dra. Andréa Kato - Prof. Dra. Patrícia TakahamaPrograma: Cefalometria Análise de USP; Cefalometria Análise de Mc Namara; Análise de modelos; Análise de Bolton; Análise de Superposição de Arcos; Etiologia e correção das Maloclusões; Typodont – Técnica Roth; Clínica (aparatologia removível e fixa).

CuRSo DE oRtoDontIA – “otIMIZAnDo o tRA-tAMEnto oRtoDôntICo EM SIStEMAS StRAI-GHt-WIRE: uSo DE RECuRSoS AuxILIARES DA DISCIPLInA DE ALExAnDER, téCnICA Do ARCo SEGMEntADo (tAS) E AnCoRAGEM ABSoLutA CoM MInI-IMPLAntES”Início: maio de 2009Dia da semana: quintas-feiras (quinzenal)Horário: 9h às 18hnatureza: teórico / prático em typodont / clínicoDuração: 12 mesesvalor: 12 x R$ 400,00 (sócio efetivo)12 x R$ 200,00 (sócio recém-formado e acadêmico)Coordenador: Prof. Dr. Cidney Hiroaki Cato (graduado FOSJC-UNESP, mestre em Ortodontia - UNICID, douto-rando em Radiologia Odontológica pela FOSJC-UNESP, especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares - CFO e membro do programa de aperfeiçoamento continuado - PROAC - da FOSJC-UNESP - disciplina de Ortodontia).Ministradores: - Prof. Dr. Rogerio Ferrante Cardoso (graduado FOUSP, membro do programa de aperfeiçoamento continuado - PROAC - da FOSJC-UNESP - disciplina de Ortodontia, aluno do curso de especialização em Ortodontia do Instituto de Ensino e Pesquisa de Cruzeiro – IEPC); - Profa. Dra. Suzana Nakamura Cardoso (graduada FOUSP, membro do programa de aperfeiçoamento continuado - PROAC - da FOSJC-UNESP - disciplina de Ortodontia, aluna do curso de especialização em Ortodontia do Instituto de Ensino e Pesquisa de Cruzeiro – IEPC);- Profa. Dra. Cristiane Yano Shimura (graduada FOUSP, membro do programa de aperfeiçoamento continuado - PROAC - da FOSJC-UNESP - disciplina de Ortodontia, aluna do curso de especialização em Ortodontia do Instituto de Ensino e Pesquisa de Cruzeiro – IEPC).Programa: “Otimizando o tratamento ortodôntico em sistemas Straight-Wire: uso de recursos auxiliares da disciplina de Alexander, técnica do arco segmentado (TAS) e ancoragem absoluta com mini-implantes”.

Maiores InformaçõesTel./fax: (11) 5078-7960

E-mail: [email protected]: www.apcd-saude.org.br

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Goiaba, mamão e camomila são aliados da odontopediatria

goiaba, mamão e camomila agora são utilizados no tratamento e prevenção da cárie. A novidade vem da Odontopediatria e foi divulgada durante o 27º Con-

gresso Internacional de Odontologia, no Anhembi. Sandra Kalil Bussadori, doutora em Odontopediatria (FOUSP) e professora do programa de mestrado em ciências da reabilitação (UNINO-VE) explicou que o verniz feito a partir do extrato da goiaba, patenteado recentemente pelo grupo de pesquisa do mestrado, por exemplo, é um recurso eficiente no tratamento da doença, quando ela atinge apenas o esmalte do dente. O gel à base de casca de mamão é outro produto natural usado com sucesso pelos dentistas quando a lesão de cárie atinge o dente, espe-cialmente em lesões profundas de cárie.

Outros produtos naturais que aparecem no tratamento odontopediátrico são a camomila e a pasta à base de caseí-na, proteína extraída do leite, conforme explica a profissional. “A camomila presente em lenços umedecidos tem efeito no processo de cicatrização. Já a caseína tem ação protetora no dente. Ambos são indicados para lesões causadas por cárie em estágio inicial, para remoção do biofilme, assim como para o tratamento de aftas e mucosites”.

Além desses produtos, a Odontopediatria tem optado por

odontoPediatRia

técnicas menos invasivas de tratamento. A professora Sandra Kalil conta que o ultrassom, a remoção química, o uso de ozô-nio, o laser e o selamento de lesões de cárie estão entre as principais.

Estes métodos também são defendidos pela doutora Elai-ne Marcílio Santos, mas ela questiona a forma de aplicação. “Atualmente esses procedimentos têm sido utilizados de forma padronizada, mas é preciso entender que a doença se manifesta diferentemente em cada paciente. Os profissionais devem indicar conforme a necessidade, escolhendo um tratamento individua-lizado para cada caso”.

PrótesesApesar dos benefícios trazidos por estes tratamentos, eles

ainda não excluíram o uso de próteses dentárias. Elas são indi-cadas quando ocorrem lesões graves nos dentes da criança, que têm menos esmalte e dentina que os de um adulto.

“Isso pode acontecer no período de aleitamento, devido à permanência das substâncias do leite materno por muito tempo na boca da criança. Outro motivo é o consumo de doce, já que algumas mães, ao adicionarem mel na chupeta, por exemplo, aumentam a quantidade de açúcar ingerida pelas crianças”,

Pesquisadoras da Faculdade de Odontologia da UNINOVE, UNIMES, UNICASTELO e UMC apontaram vantagens no uso de produtos naturais no tratamento de lesões de cárie em crianças.

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exemplifica a doutora Sandra.Elaine relata que o uso de próteses

tem diminuído nos consultórios. Porém, ainda há grande demanda no âmbito

da saúde pública. “Neste caso, há um fator sócio-econômico que indi-ca que pessoas com menos acesso à educação não praticam a higieni-

zação bucal de forma correta”.Neste sentido, a profissional

enfatiza a importância da realização de programas educativos. “Além disso,

ações como a fluoretação da água em âmbito nacional e outras medidas efetivas

que previnam tanto o aparecimento de doen-ças, quanto a evolução daquelas pré-existentes

são extremamente necessárias”.

Outra preocupação recorrente dos pais diz respeito à possibi-lidade de diagnósticos, ainda na infância, de possíveis doenças as quais as crianças estariam vulneráveis. A professora Sandra Kalil explica que testes salivares e biópsias podem detectar a probabilidade de uma pessoa ter algum mal. “Mas é importante salientar que o melhor mesmo é seguir as dicas dos programas de prevenção”.

Esses recursos e ações têm colaborado para que ocorra melhoras nos dados referentes aos problemas bucais em crian-ças. As três últimas pesquisas do Ministério da Saúde sobre o assunto datam de 1986, 1996 e 2003, respectivamente, e indicam queda do índice CPO, que mede a média de dentes permanentes cariados, perdidos e obturados em crianças de 12 anos de idade. “Os números caíram de 6,7, em 1986, para 2,8 em 2003. É uma redução importante porque a meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o ano 2000 era de, no máximo, 3”.

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Festa de Confraternizaçãode final de ano

dePaRtamento soCiaL

A sinergia e a alegria entre os convidados se fez

notar antes, durante e depois da confraternização.

No dia 13 de dezembro, às 20 horas, aconteceu na sede da APCD Regional Saúde, Festa de Confraternização de final de ano, com a participação de associados e familiares. Logo na entrada, o dr. Ossamu Massaoka fazia a recepção aos convidados. Durante a festa, Papai Noel, dr. Gilberto Coimbra, Pureza e dra. Júlia Uchida distribuíram vários presentes às crianças.

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Algumas crianças deram trabalho aos pais, no afã de

conseguir rapidamente o seu presente.

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aniveRsaRiantes

AniversAriAntes de JAneiro

1....ELIANE TAKARA1....THELMA REGINA OLIVEIRA FONSECA FERNANDES1....KARENINA SAMANTHA KATONA2....SATIKO FUJIWARA2....JANETE ALINE NOMOTO2....DEBORA JUNKO OKA2....WAGNER NASCIMENTO MORENO2....SERGIO KOITI KAMEI2....IONE IUKIE TOMITA2....JUDITH CAMARGO NETA2....CARLA LURIKA SANO3....ELIANA PASSOS MOLINA3....LIVIA FARAH TEMER BARBOSA3....CAROLINE GOMES PAIXAO4....HSU HUI MIN5....SEVIM DENIZ ASLAN DE GENNARO5....ROSANA CASTANHO SANT’ANNA5....FERNANDA ORNELAS VIEIRA5....RENATO TETSUO YENDO MINOWA5....PAULA DORNELLAS DO NASCIMENTO6....JULIA HICAE UCHIDA6....ERNESTO KARL SHIDA6....ANA CLAUDIA AZEVEDO6....TATIANA COSTA RIBEIRO7....THELMA KEIKO YNAMASSU7....IVONE M. CARVALHO7....MITIE KOBAYASHI7....DIEGO GABRIEL GOMES GIL8....QUEIJI MIASIRO8....RENATA DORIGUELLO FRANCISCO GOMES9....MERCIA LULI NISHIOKA12..ELAINE MARA PIERDONA13..YOSHIRO HYAKUTAKE13..SIDNEY RYO KOMATSU14..VIVIAN RUMI TABATA15..MARKO MASSAO NISHIOKA15..RAFAEL ESPINHA MARQUES DE OLIVEIRA15..CAIO FELLIPE GOMES LIMA15..TATIANA HOSHIKA16..MOON WON CHANG CARVALHO DA CUNHA16..MARIA LUCIA MONTEROSSI16..REGINALDO LUCCHESI16..SERGIO DO NASCIMENTO17..RENATA DE OLIVEIRA GUARE ROMANO18..ANTONIO ALBERTO DE CARA18..MARA REJANE BARRETO A ROCHA18..DANIEL DE BARROS ITIKAWA18..ALEXANDRE SERRANO LIMA18..ANDRE HAYATO SAGUCHI18..FLAVIO AUGUSTO IRIKAWA18..ALEX JUN AOYAMA19..FRANCISCO EDUARDO FERRAZ AMARAL20..AURO MASSATAKE MINEI21..VIVIANE MIE LOVERRO ARCAS22..ROSELENA GODOY RODRIGUES

22..FERNANDA BANDEIRA DE OLIVEIRA22..THAIS DE CASTRO PUGGINA23..MARIA CRISTINA PANOSSO MACEDO23..LUIZ HENRIQUE DE SOUZA JUNQUEIRA24..EDEL FUMELLI MONTI24..MONICA STRUFFALDI DE VUONO24..MAURICIO TAKANO KUNITAKE25..ALIX MARIA GREGORY SAWAYA DE CASTRO25..ELZA GLORIA INOCENCIO25..JUCIANE GIBRAN25..DOMICIANO CESAR PROTETTI25..ELSA HELENA SCHNEIDER CHADUD26..NEUSA MARIA ALVES LESSIO26..ANA PAULA FREIRE26..ACHILLES NICIDA SOARES26..KARINA OKURA26..CLAUDIA MARA MARASCO27..OSCAR NISHIHATA27..VALERIA DA ANUNCIACAO VILHENA27..ANTONIO CESARIO DE LIMA HORTA JR.27..RODRIGO ANICELLI SAID28..GIUSEPPE MANNIS28..GUSTAVO VARGAS DA SILVA SALOMAO29..PERSIO GOLONI29..ANDRE LUIS SCHMIDT DE CARVALHO30..TATIANE JACOBSEN MACHADO30..DANIEL REZENDE DE MAGALHAES CASTRO31..ALEXANDRE VIVIANI TURCI31..FABIANA MONTE CALLADO

AniversAriAntes de Fevereiro

1....WILLIAM ROGERIO DOMINGOS DE OLIVEIRA2....HIROSHI MIASIRO2....ALCEU MEIBACH ROSA JUNIOR2....SAMUEL MORAES CECCONI3....ADALTO MASSANORI TOMA4....LUIS FERNANDO FROELICH FERREIRA5....HELENICE FORMENTIN IKEGAMI5....FILIPPO CALIMERA5....DEISE DANIELA NAKAMURA5....PATRICIA HATSUE MAKINO6....ANGELA BEATRIZ CHAVES DE AGUIAR VANNUCCI6....MARYLENE DE CRESCI EIRAS PIERI6....IRAI BARSANTI DE CAMARGO7....CARLOS DINIS DOS SANTOS7....DANIELLE MONSORES VIEIRA7....MARCIA YURIKO UENO8....INDAIÁ SOARES LEIBOVITCH8....ALEXANDRE BITTENCOURT PINHEIRO8....TANIA FUJIKAWA8....CLAUDIA ROBERTA SANTOS AZUMA9....MARY ONO FUKUDA9....PAULO FRANCISCO CESAR9....FABIANA SILVEIRA MARQUES FERRAZ9....LISSANDRO YAMATO9....JULIANA SIMOES

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7....JOAO CARLOS FERREIRA PRATES8....DEBORA TOKAREWICZ9....ROSARIA LAURENTI10..WILSON BATELOCHIO10..PRENTICE SIDINEI DE OLIVEIRA10..DENIS MARCOS MACCARE11..LUCIANA TERADA NAKAMURA11..ARIANE SHARA PIERI11..CRISTIANE YURI NAGASHIMA12..PAULO TARCIO DA SILVA12..RODRIGO BRAGA MARCONDES12..CRISTHIANE HATSUSHIKA YAMAMOTO14..MARY GRACE UZUM14..MARCOS MARTINS CURI15..MARCIA NAKAMURA15..THAIS LIGIA SALES DE SOUZA15..FELIPE AUGUSTO RODRIGUES ROSSI16..EDISON DE AVILA VILHENA16..ROBERTO MERCANTE JUNIOR16..ADELIA JEAN MALUF16..ADAILDES FERNANDES PINHEIRO ZILLI17..NATALIA AMADO GAMBA17..MARINA SILVEIRA PRADO19..PAULO ALCEU AVILA RAMOS20..MIRELA DEODATO DE OLIVEIRA BINELLI20..RICARDO KOMOGUCHI OGATA21..DILSON DIAS DE OLIVEIRA21..RUBENS WATARU NISHIMURA22..TOMOKO OTTA22..INGRID ORELLANA PANOZO24..RAUL FELIPPE MARQUES25..NEUSA ETSUKO UTIAMA26..CARLA ALVES DE SIQUEIRA ALCIATI26..LUCIANO RUSSO26..CIBELLI HITOMI SUMIDA27..DANIELA CRISTINA LEAL TEIXEIRA27..SIMONE CUNHA CESAR27..THIAGO AUGUSTO PICOSSE MILANI27..DANIEL MAURICE FRANCO27..CAROLINA LUIZ MAURO27..LUCIANA CRISTINE CARVALHO GONCALVES28..DANILO ANTONIO DUARTE28..MAIANE CARDOSO DE ALMEIDA28..JULIANA YUKI HAYASHI28..GABRIEL PAGLIUSI CARMONA28..REGINALDO CESAR SOUSA DE CARVALHO29..JOSE ROBERTO SPILIMBERGO29..ROSA TSUNEYO YANO29..SONIA MARIA MORAES CECCONI29..IVANISE DE JULIO RIZZO29..FABIO DE MORAES PUGLIANO29..EDUARDO YAMAGUTI30..MARA COPPOLA RUSSO30..LUCIANA MARY KAWAGUCHI30..LUIS ALBERTO SADALLA31..DIOGO CARMONA

10..VITOR HUGO FARINA10..MARTA TASHIRO11..OSMAR ANTONIO PEIXOTO11..ANA AMELIA DE OLIVEIRA VALENTE11..MARIA HAYAKAWA11..NILTON ALVES12..RAGDA EL ANDERE12..DAVI NICOLINI BREANZA12..FLAVIA ZORTEA13..ANA CECILIA COQUEIRO MIRANDA13..JOSE ANTONIO PAGLIUSO DE PAGLIUSO13..ERIKA OCCHINERI ALBERTIN13..GLAUCE RITA DE OLIVEIRA14..SILVIA CRISTINA RAMOS COIMBRA14..ANDREIA CERVERA14..ANA CAROLINA DOS ANJOS PEREIRA CASTRO15..LENA KOKOZIAN15..FABIANO FUNARI VIVOLO16..THAIS CRISTINA GARCIA17..FELICIA SATSIKO SASAKI17..FABIANA NARDELLI DO AMARAL17..RAQUEL YOSHIE YASUKAWA17..SUELI TAKAGI19..JOAO CARLOS VIEIRA DE SOUZA20..TAKASHI YAGUI20..MARIA LUIZA MARCONDES DOS S. INOUE21..LUIS IDE21..MARCOS VENTURINI FERREIRA21..ANDREZZA DE ABREU QUINTANILHA22..FABIO MONTEIRO KUNINARI23..FERNANDA DIODATTI DIAS DE OLIVEIRA24..TOSHIRO FUKUHARA26..POMPILIO DE CASTRO26..JAQUELINE FERREIRA MASCARENHAS27..TATHIANA SOUZA MELLO27..ANGELICA MASSUMI WATANABE MARUBAYASHI28..KARIN MAYUMI KAWAKAMI29..RODRIGO AVERALDO GUIGUET LEAL

AniversAriAntes de MArço

1....PHILLIP JANCU2....RICARDO YUDI TATENO3....HIROMI EDUARDO SAKAMOTO3....MARJORY DE ARAUJO GRACA3....LAERCIO DA SILVA DOS PASSOS3....GUILHERME MARQUES TEDESCO3....MILENE MANEO DE OLIVEIRA3/ ..RENATA MERLY GONTIJO4....MICHEL FARHAT JUNIOR4....MARCILIO ROGERIO BUENO TITO4....ANA KARINA PINTO DE ANDRADE4....VIVIAN NAVARRO5....FRANCISCO ANTONIO SAMMARTINO5....FELIPE OTO BALIEIRO6....TOSHIE ONITSUKA ISHII6....RICARDO TORRES NETO

Teodora Vlaicu

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Como começar a falar de carreira sem lembrar-se da nossa? O que me levou para odontologia foi uma série de fatores comuns para quem se formou faz mais de

20 anos: autonomia de tempo, trabalhar com pessoas, curando-as; sucesso financeiro... Bem, não entraremos no mérito dos meus sonhos de acadêmica.

É muito bom ser dentista e receber um “obrigado”. Verificar que você fez um trabalho excelente naquela sala de emergência em que a paciente estava completamente desesperada - criança, adulto com dor ou fratura dental anterior.

Cuidar de idosos com a paciência que alguns não dispõem mais para ouvi-los; ensinar “aquele” adolescente a cuidar melhor da sua saúde bucal.

Acadêmicos estão com as mãos no diploma, e agora? Férias? Trabalho já em janeiro? Clínica de parentes? Em qual direção eu gostaria de dirigir minha vida? Meu destino profissional está claro? Tenho tempo e dinheiro para me dedicar à evolução da minha carreira? Quê recursos preciso?

Atualmente temos duas grandes possibilidades: trabalho assalariado e consultório próprio. Trabalho assalariado: Clínicas, Serviço Público, Serviço militar, Sindicatos, Empresas, Docente em área da Saúde, Pesquisador, Divulgador, Consultor, Trabalho por conta própria.

Para realizar esta pesquisa entrei em vários sites de empregos, com palavras de busca como: odontologia, clínica e vagas (todas juntas): www.google.com.br, www.catho.com.br, www.manager.com.br, www.curriculum.com.br.

Encontrei ofertas no Brasil todo, inclusive muitas clínicas que empregam estagiários que ainda estão cursando odontologia, o que pode ser bom para experiência profissional ou simplesmente trabalho de uma auxiliar. Deve-se verificar qual a finalidade na entrevista.

O acesso ao serviço público tem tido uma boa oferta de vagas devido ao Programa de Saúde da Família - PSF, que está formando equipes para trabalhar em todo Brasil, algumas prefeituras ofe-recem vagas através de concursos públicos associando o salário base aos benefícios do PSF.

O serviço militar tem o mesmo caminho para acesso através de concurso, porém tem também a prova de aptidão onde o can-didato irá realizar exame físico. Seguir a carreira militar pode ser um caminho para um jovem que pretende construir uma carreira com emprego sólido. Alguns sindicatos ou empresas têm consul-tórios odontológicos dentro de suas instalações. Este dentista que irá trabalhar nestes locais em regime de 20 horas pode ser funcionário direto da instituição (empresa ou sindicato) ou pode ser um funcionário terceirizado e trabalhar para um seguro saúde como convênios odontológicos que servem estes funcionários. Para complementar a renda de quem quer montar consultório, é

meRCado

uma boa oportunidade.A aptidão para docência é descoberta ainda nos campos da

Universidade. Começa-se com a monitoria, o estágio e daí para professor assistente é um caminho natural. Com o numero redu-zido de alunos nas faculdades de odontologia temos a opção de lecionar em áreas afins da saúde. Tem que ter o dom de estudar, aprender cada dia mais e saber passar seus conhecimentos e experiências aos alunos.

A pesquisa tem sido um campo novo tanto para o cirurgião- dentista, como para em outras áreas da saúde. Estar ligado a um laboratório farmacêutico ou a uma instituição de ensino é primordial. Desenvolver um projeto de pesquisa onde se tem como objetivo descobrir as qualidades de um material ou realizar uma pesquisa na área de epidemiologia, entrevistas e exames com a população. A partir daí conseguir verba em instituições que fornecem incentivo a pesquisa e trabalhar por alguns anos em cima destas respostas.

O divulgador estará ligado a grandes empresas que fornecem medicação ou material para área. Este profissional vai ser o elo que liga a empresas ao profissional que trabalha diretamente com os pacientes. Vai realizar visitas em consultórios e introduzir novos produtos para o profissional liberal, por exemplo, medicamentos ou resinas compostas. Tem que estudar e ter vontade de trabalhar fora do consultório.

O consultor pode fornecer seus conhecimentos odontológicos num processo de apresentação de um novo equipamento a empre-sas ou clínicas. Pode dar sua opinião sobre determinado material sem estar ligada diretamente a empresa que o fabrica. Também pode exercer a função de coadjuvante dentro de consultórios odontológicos na melhorar a qualidade dos serviços prestados, quando já tem uma experiência maior e detecta áreas onde podem ser incrementadas técnicas que aumentarão a qualidade dos serviços do consultório.

O profissional que trabalha por conta própria, “free lancer”, deve desenvolver uma especialidade e trabalhar em consultórios, quando da sua necessidade. Por exemplo: realizar implantes para outros profissionais, auxiliar em cirurgias de grande porte para o cirurgião buco-maxilo. Tem que ter flexibilidade de horário e disciplina para manter uma renda mensal.

Consultório próprio, o desafio de montar um consultório era um dos principais alvos dos dentistas que se formavam alguns anos atrás. Novos fatores alteram este alvo. O numero crescente de clínicas e consultórios, o alto custo da montagem de um con-sultório e o tempo de formação de uma clientela que mantenha este consultório em pleno funcionamento fazem pesar na balança: trabalho assalariado ou consultório próprio.

Quais as providências para montar um novo consultório?

Administrando sua carreira: perspectivas futuras para acadêmicos

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Equipamento, Instalação, Imóvel, Contabilidade (regularização do consultório). As possibilidades para viabilizar este custo inicial são uma sociedade entre outros profissionais ou incentivos bancários como o da Caixa Econômica Federal que dispõe de capital para empréstimos de montagem ou reforma de consultório. Devemos verificar como ficará este incentivo em períodos difíceis. Existe a alternativa de comprar um consultório já instalado, sempre verificando a causa da venda.

O custo mensal de um consultório pode ser calculado da seguinte maneira:• Aluguel, condomínio, IPTU ..................................... 1.500,00• Secretária registrada ............................................ 1.000,00• Dental .................................................................... 300,00• Protético ................................................................. 500,00• Água, luz, telefone ................................................... 380,00• Divulgação do consultório (cartão, folder, site) ........... 250,00• total mensal (R$) ................................................ 3.930,00

Este gasto ocorrerá faça chuva ou sol, você trabalhando ou não, portanto, mantenha o consultório funcionando, alugue horários para outros profissionais ou divida as despesas, cada um tem a sua sala, mas os custos do consultório são divididos.

Podemos verificar que temos grandes e boas possibilidades de se iniciar a carreira. Devemos tirar um dia e verifica se tomamos um rumo ou o outro ou os dois trabalhando como assalariado meio período e dedicando-se aos seus clientes em outro.

O trabalho voluntário é uma possibilidade de conhecer novos caminhos que não devem ser desprezados.

Sobreviver e prosperar, aprender com as dificuldades, pedir ajuda aos colegas e saber ajudá-los.

Boa sorte!

Dra. Maria teresa RattoFormada pela Faculdade de Odontologia da UNISA em 1986.Especialista em Dentística Restauradora pela APCD.www.clinicamteresaratto.com.br

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Dr. Takashi YaguiCrOsP 20637Cirurgião-DentistaRua Lourenço Nunez, 72Cidade AdemarTel. (11) 5562-3765

Dr. LuCi FinOTTiCrOsP 21700Periodontia / implantadontia /Cirurgia Plástica / Periodontal/ Estética Dental (tratamento a laser)Av. Prof. Noé de Azevedo, 208 - Cj. 22 (Metrô V. Mariana)Tel. (11) 5572-5605

Dra. arnE auED guirar VEnTura CrOsP 15.186Ortopedia Funcional dos Maxilares / OrtodontiaAv. Pedroso de Moraes, 677Cj. 83 - CEP 05419-001Tel. (11) [email protected]

Dr. sErgiO YunEs - CrOsP 20563OrtodontistaAv. Prof. Noé de Azevedo, 208 - Cj. 73 (Metrô Vila Mariana)Tel. (11) 5083-6943 / [email protected]

Dr. sErgiO T. MaEDaCrOsP 8256EndodontiaCirurgia ParendodônticaAv. Iraí, 393 - Cj. 12 - MoemaCEP 04082-001 - Tel. (11) [email protected]

Dr. saMuEL MOraEs CECCOniCrOsP 74351Ortopedia Funcional dos Maxilares / Clínica geralRua Santa Cruz, 690 - Vila MarianaCEP 04122-000 - Tel. (11) [email protected]

Dr. niCOLa F. BEMPEnsanTECirurgião-DentistaRua Augusta, 2192CEP 01412-000 - JardinsTel. (11) [email protected]

Dra. sônia Maria MOraEs CECCOniCrOsP 12998Pacientes com necessidades especiais / OdontopediatriaRua Santa Cruz, 690CEP 04122-000 - Vila MarianaTel. (11) 5579-6262

Dr. Luiz CarLOs sErranO LiMaCrOsP 20445Ortodontia / Odontologia EstéticaRua Pedro de Toledo, 897CEP 04039-032 - V. ClementinoTel. (11) 5083-5690

Dra. hELEniCE FOrMEnTin ikEgaMi - CrOsP 25639Cirurgiã-DentistaRua Padre Raposo, 171 - MoócaCEP 03118-000 - SP - Tel. (11) 3881-7399 / 2698-5443 / 9846-4905 [email protected]@zipmail.com.br

Dr. Luis iDE - CrOsP 20811PeriodontiaimplantodontiaR. Afonso Celso, 1.173CEP 04119-061 - Vila MarianaTel. (11) 5589-3269

Dr. Luiz aFOnsO sOuza LiMaCirurgião-DentistaRua José Antonio Coelho Lima, 281 Paraíso - CEP 04011-060Tel. (11) 5572-9445

Dr. MauriCiO nishiMuraCrOsP 14862Cirurgião-DentistaRua Napoleão de Barros, 599Vila ClementinoTel. (11) 5571-0031 / [email protected]

Dr. MauriCiO Fazzura - CrOsP 52126Ortodontia / Clínica geralR. Ramon Penharrubia, 130 - Cj. 303 - Paraíso - Tel. (11) 3285-0973Av. Cupecê, 6062 - Bl. 04 - Sl. 02Jd. Miriam - Tel. (11) 5623-7632 / 6856-0717

Dr. DurVaL PauPériO sériOEndodontistaRua Rio Grande, 785CEP 04018-002 - Vila MarianaTel. (11) 5579-1108

Dr. ChEng TE huaCrOsP 21421Cirurgião-DentistaRua Santa Cruz, 1838CEP 04122-002 - Vila GumercindoTel. (11) 5062-0380Fax (11) 5063-3757

Dra. LuCiana kFOuriCrOsP 58635EndodontiaRua das Glicínias, 49 - Vila MarianaCEP 04048-050Tel. (11) 276-0001 / 276-4166

Dra. CLauDia BOsquê sChnEiDEr CrEFiTO 11747-FFisioterapia em DTM / DOF / rPgMobilização articularAv. Cursino, 422 - V. GumercindoAv. Ibirapuera, 2907 - Sl. 415Tel. (11) 5061-1841

Dr. arnaLDO B. FErrEira Jr.Odontologia Estética implantesRua Joaquim de Almeida, 478Planalto PaulistaTel. (11) 5583 -3005 / [email protected]

Dr. CarLOs TEruO iTaBashiCirurgião-DentistaRua Lourenço Nunes, 72Tel. (11) 5564-7057

Dr. aurO MassaTakE MinEiClínica geralEspecialista em PróteseDental e OrtopediaFuncional dos MaxilaresAv. Sen. Casemiro da Rocha, 693CEP 04047-001 - Tel. (11) [email protected]

Dr. aDMar kFOuriPeriodontiaimplantodontiaPróteseRua das Glicínias, 49Tel. (11) 2276-0001 / 2276-4166

indicador proFiSSionaL

Dr. MauríCiO BEnTO Da siLVaCrO 60.980Cirurgia Buco Maxilo FacialRua Vergueiro, 2045 - Cj. 507/510Vila Mariana - São Paulo - SPTel. (11) [email protected]

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