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Boletim do Agrupamento
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AG
RU
PA
MEN
TO
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E
ESC
OLA
S D
AS LA
RA
NJEIR
AS
D E Z E M B R O 2 0 1 2
NEWSLETTER 3
JANELA ABERTA
N E S T A E D I Ç Ã O :N E S T A E D I Ç Ã O :
ÁRVORES DE NATAL NA ESDPV 2
CONSTRUÍMOS UM PAI NATAL 2
A NOSSA ÁRVORE DE NATAL 3
CONSTRUÍMOS UM PRESÉPIO 3
NOITE DE NATAL 4/6
O SONHO DO PAI NATAL 7
UMA PRENDA ESPECIAL 7
NATAL 8
FESTAS FELIZES 9
A MÁQUINA DO PAI NATAL 9
CONTO DE NATAL 10/11
O PAI NATAL E O MENINO 12
O MENINO E O PAI NATAL 12
NATAL TECNOLÓGICO 13
O PAI NATAL NÃO DORMIA 14
ARIEL 15
ALDA, MINHA MÃE 16/17
UM CONTO DE NATAL 17
AS IRMÃS SÓ NUM NATAL 17
A MENINA DO MAR 18
TEATRO NA ESDPV 18
AS TRÊS CIDRAS DO AMOR 19
A ESTRELINHA AZUL 19
ALI BABÁ E OS LADRÕES 19
O DOC. DE ARQUIVO E O
DOC. DE BIBLIOTECA 20/21
FERNANDO PESSOA NAS
LARANJEIRAS 21
O MASSACRE DOS INOCENTES 22
SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO 23
MEO KANAL 23
ATIVIDADES DESPORTIVAS 24
DAR O LAMIRÉ 24
EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESDPV 25
CINEMA NA ESDPV 25
VISITA DE ESTUDO 26
IDA AO TEATRO 27
O PIOR CEGO 27
NOVO ENDEREÇO DO JA 27
ESPECTÁCULO DE QUALIDADE 27
ESCOLA EB1/JI FLS 28
U M A G R U P A M E N T O I N C L U S I V O
dos alunos, envolvendo
autonomias e aprendi-
zagens funcionais, pro-
curando, em simultâ-
neo, a sua inclusão no
ensino regular e perspe-
tivando o seu encami-
nhamento para respos-
tas futuras de vida ativa
diversificadas.
O trabalho realizado
com estes alunos radica
nos seus currículos espe-
cíficos, sendo estes con-
cretizados nas aulas re-
gulares, propriamente
ditas, e em projetos co-
mo a estufa, a horta
pedagógica, as expres-
sões e a culinária, para
além de outras ativida-
des desenvolvidas em
diferentes espaços es-
O Agrupamento de Es-
colas das Laranjeiras
constitui-se como uma
escola de referência
para alunos com Pertur-
bação do Espetro do
Autismo, com duas Uni-
dades de Ensino Estrutu-
rado para o Autismo
(UEEA): uma na escola
do 1º ciclo António No-
bre e outra na EB 2.3
Professor Delfim Santos.
A UEEA, que funciona
na EB 2.3 Professor Del-
fim Santos, tem 7 alunos,
com uma faixa etária
entre os 13 e os 20 anos.
A Unidade tem como
meta essencial respon-
der adequadamente e
com qualidade às ne-
cessidades individuais
colares, como a pape-
laria e o refeitório.
As saídas ao espaço
circundante da escola
e visitas de estudo são
momentos privilegiados
de aprendizagens e
vivências, que dão sen-
tido e reforçam a sua
integração e inclusão
na comunidade.
Damos hoje notícia da
visita de estudo ao Mu-
seu de S. Roque, no dia
5 de Dezembro, aqui
referida pelo seu interes-
se artístico e formativo.
Fomos de autocarro da
Carris, atividade que pe-
los seus aspetos práticos
— como sejam a com-
pra do bilhete, o arranjar
lugar ou o ficar de pé —
constituem para estes
jovens momentos muito
ricos de aprendizagem
e convivência na co-
munidade.
Pelo caminho apreciá-
mos a beleza da nossa
cidade, no miradouro
de S. Pedro de Alcânta-
ra, vista privilegiada de
jardins, do rio, da Baixa
lisboeta e do Castelo
de S. Jorge.
As professoras de educação
especial, Helena Godinho e
Palmira Alexandrino da
EB 2.3 Prof. Delfim Santos
EQ UI P A T É C NI C A:EQ UI P A T É C NI C A:
Coordenação do projeto:
Equipa da BECRE da ESDPV
Revisão de artigos:
Equipa da BECRE da ESDPV
Conceção e montagem
gráfica:
Equipa da BECRE da ESDPV
Á R V O R E S D E N A T A L N A B E C R E D A E S D P V
vessem uma frase
iniciada por “Um
livro é…”. Algumas
delas já estão a ser
publicadas no bole-
tim Janela Aberta.
Presentemente, as
árvores de Natal
expostas nos vidros
da biblioteca e da
sala de estudo são
constituídas por es-
sas frases. É interes-
sante e curioso ver
os grupos de alunos
à procura do seu
papelinho!
Por outro lado, a
equipa decidiu, es-
te ano, solicitar aos
discentes e docen-
tes uma frase ou um
No início do ano
letivo, os alunos dos
7.º e 10.º anos visita-
ram a biblioteca
para tomarem co-
nhecimento do mo-
dus operandi do
espaço. Foi-lhes soli-
citado que escre-
poema sobre o Na-
tal, para enfeitar,
de um modo dife-
rente, a árvore da
BECRE. A originali-
dade da ideia foi
aceite por inúmeros
alunos. É de louvar
a atitude espontâ-
nea e voluntária de
duas alunas do 11.º
ano, Daniela Santos
e Daniela Botnariuc,
que não só a enfei-
taram, como fize-
ram a estrela cimei-
ra e bonecos, nos
cartões, alusivos à
quadra. Até há flo-
cos de neve recor-
tados em papel!
Equipa da BECRE da ESDPV
C O N S T R U Í M O S U M P A I N A T A L EB1/JI Frei Luís de Sousa
se chama massa fina.
Diluímos essa massa
fina com água e de-
mos pinceladas por
todo o corpo para
ficar mais duro.
A professora com-
prou tecido vermelho
e preto. Com o teci-
do fizemos um molde
e cortámos o casaco
e as botas do Pai Na-
tal.
Foi uma experiência
muito engraçada,
porque até aprende-
mos a coser a roupa
do Pai Natal. Espera-
mos que gostem do
resultado final.
Gabriela, Daniel, Susana,
Raquel, Micaela, Luís, Ângelo,
Solange e Rúben da EB1/JI Frei
Luís de Sousa
No gabinete da pro-
fessora Virgínia, cons-
truímos um Pai Natal.
Primeiro fizemos uma
estrutura de arame
fininho com a ajuda
da professora. Depois
começámos a enro-
lar papel de jornal e
tentámos moldar um
corpo. Moldámos a
cabeça, os braços, o
corpo e as pernas do
Pai Natal.
Quando já estava
todo moldado, o Da-
niel trouxe de casa
um pó branco, que
J A N E L A A B E R TA
Página 2
C O N S T R U Í M O S U M P R E S É P I O EB1/JI das Laranjeiras
A N O S S A Á R V O R E D E N A T A L EB 2,3 Prof. Delfim Santos
entre as nossas ne-
cessidades e a pre-
servação do ambi-
ente constitui, cada
vez mais, um desafio.
Os recursos naturais
não são inesgotáveis
mas, com uma boa
gestão, podemos
continuar a usufruir
deles, sem contudo
comprometer a nos-
sa qualidade de vi-
da e a dos nossos
filhos. A preservação
do meio ambiente
passa, assim, por re-
ciclar, reutilizar e re-
duzir!
Assim, numa parce-
ria entre as ciências
naturais e as ciências
físico-químicas, foi
abordado o tema
“Gestão Sustentável
dos Recursos — Pro-
teção e Conserva-
Tem-se vindo a verifi-
car que o ambiente
global se encontra
seriamente ameaça-
do, nas últimas dé-
cadas, devido à ati-
vidade humana,
causadora da polui-
ção do ar e da
água, da destruição
de espécies de ani-
mais e dos seus habi-
tats, bem como a
ameaça crescente
da alteração climáti-
ca.
Os recursos naturais,
muitas vezes explora-
dos de modo insus-
tentável, incluem
tudo o que ajuda a
manter a vida. Hoje,
somos muitos milhões
e todos necessita-
mos de espaço, de
alimentos e de com-
bustíveis para viver.
Encontrar o equilíbrio
ção da Natureza”,
pelas turmas A, B, C
e D do 7º e do 8º
anos, através da rea-
lização de uma ár-
vore de Natal, pro-
jeto este que consta-
va dos seus PTT.
Este projeto teve co-
mo objetivo sensibili-
zar os alunos para a
necessidade de reci-
clar, de explorar de
forma lúdica o tema,
de dar conhecimen-
tos aos alunos do
que é reciclar, de
fomentar a interiori-
zação de valores e
das práticas de cida-
dania, que contribu-
em para um ambi-
ente e uma qualida-
de de vida melhor,
fomentando a sua
preservação.
Os alunos realizaram
este projeto com
muito empenho,
com um espírito de
entreajuda e de co-
operação e pensa-
mos que ficaram
mais conscientes da
importância fulcral
da reciclagem e
que do lixo se pode
fazer arte.
Maria João Cardoso, Luísa
Constantina, Rosário Simões e
Solange Rola, docentes da
EB 2.3 Prof. Delfim Santos
cer a todos os
professores e fun-
cionários da es-
cola, um postal
de Boas Festas
com votos de um
Feliz Natal.
EB1/JI das Laranjeiras
Presépio feito pe-
las crianças, em
pasta de papel,
do JI das Laranjei-
ras.
As crianças das
salas 1/3/4 da
EB1/JI das Laran-
jeiras foram ofere-
N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3
Página 3
As Crianças estão
sempre a nascer.
Às vezes nascem
de explos ivas
a l e g r i a s , d e
achados incríveis,
de deslumbramen-
tos únicos, mas o
mais frequente,
uma vez após
outra, é nascerem
de cada tristeza
sofrida em silêncio,
de cada desgosto
padecido, de
cada frustração
imerecida. Há que
ter muito cuidado
com as Crianças,
nunca me cansarei
de o dizer.
José Saramago in Deste
Mundo e do Outro (excerto
do conto História de um
muro branco e de uma
neve preta)
aberto naquele dia
festivo. À meia-noite,
houve bolo. Ming
soprou as velas e re-
cebeu um presente
dos pais, no meio de
muita alegria.
Voltaram a pé para
casa, caminhando
d e s p r e o c u p a d o s
pela avenida. Um
grupo de jovens
conversava à volta
de uma árvore gran-
de e brilhante e, à
frente de algumas
lojas, um modelo
vestido de vermelho,
com uma longa bar-
ba branca como
neve, assinalava a
quadra.
Ming estava feliz,
mas cansado, e vira-
ram por um caminho
curto e remoto por
onde ninguém pas-
sava. O vento era
forte e frio e a luz
dos candeeiros tre-
meluzia, vacilante. A
noite estava em si-
lêncio.
Chegaram ao cruza-
mento fatídico e es-
peraram o sinal ver-
de. Avançaram.
Não ouviram o som
do carro, não ouvi-
ram a voz que gritou
“Cuidado!”, não vi-
ram que o carro se
aproximava a uma
velocidade alar-
mante... Quando o
olhar se cruzou com
o feixe de luz do car-
N O I T E D E N A T A L (1.º PRÉMIO - 3.º CICLO)
Ming está sentado
num banco de jar-
dim, perto de uma
grande árvore de
Natal, um pinheiro
gigante vestido de
festa. Ao longe, avis-
ta-se o casario de
Lisboa e, lá em bai-
xo, por entre a nebli-
na, o rio. Os seus co-
legas de escola cor-
rem na relva e jo-
gam, felizes, pois é
Natal! Ele contempla
o infinito, de olhar
vazio. A seu lado,
uma cadeira de ro-
das espera.
Tudo acontecera há
três anos, estava ele
no seu oitavo aniver-
sário. Era um menino
feliz: tinha uma mãe
terna e amiga e um
pai trabalhador e
empenhado. Nunca
duvidara, então,
que esta vida não
iria durar para sem-
pre! Mas o Sempre
não existe, apren-
deu mais tarde,
quando um aciden-
te trágico veio des-
truir o seu mundo.
Era dia 24 de de-
zembro, véspera de
Natal. Aquele era,
para si, o dia de to-
das as ilusões: o dia
do seu aniversário.
Comemoraram-no,
como habitualmen-
te, num pequeno
restaurante chinês,
acolhedor, o único
ro, era já demasiado
tarde.
-— Ming, em que
estás a pensar?
O rapaz volta à reali-
dade, levanta a ca-
beça, e vê Liang e
Hong, seus colegas
de escola.
— Nada. — Respon-
de-lhes.
Ming sobrevivera ao
trágico acidente,
porque a mãe o em-
purrara e o carro só
lhe atingira as per-
nas. Depois do fune-
ral dos pais, tinha
entrado num orfana-
to onde passara dois
longos anos solitá-
rios. A sua vida mu-
dara, apenas, há
seis meses, quando
um casal o adotou.
Tinha novamente
uma família: um pai
e uma mãe cuida-
dosos e um irmão
que o enchia de
atenções. Ming revia
-se em Liang: eram
ambos adotados,
tinham a mesma
idade e eram cole-
gas de turma. Tudo
parecia coinciden-
temente perfeito!
Mas o rapaz não
conseguia abrir a
porta do seu cora-
ção à nova família...
Quando dizia Pai,
Mãe, a sua voz era
gelo, negando qual-
quer emoção. Liang
notava-o e sofria
com isso.
O tempo passou
muito rapidamente
e setembro che-
gou. Com ele, a es-
cola e os novos co-
legas. De início,
convidavam-no pa-
ra conversar e fazer
parte do grupo,
mas logo se esque-
ceram de que exis-
tia. Só Liang, seu
colega e irmão, e a
doce Hong perma-
J A N E L A A B E R TA
Página 4
N O I T E D E N A T A L (cont.) (1.º PRÉMIO - 3.º CICLO)
conde. Ming ignora
o bolo em cima da
mesa, dirige-se ao
quarto e fecha a
porta.
Naquele instante,
não resiste mais e
uma lágrima desliza
pelo seu rosto como
conta de um colar
quebrado. Hoje é
um dia terrível para
um rapaz de cadei-
ra de rodas brinca
com os outros, guia-
do por dois amigos.
Ouve-se o riso dos
meninos, as palmas,
os gritos de entusias-
mo... Ming, no en-
tanto, não sorri.
Porque é Natal, to-
dos regressam a ca-
sa mais cedo. Ming
neceram a seu lado,
sem que percebesse
exatamente porquê.
— Vamos jogar,
Ming! É Natal! — in-
sistem Liang e Hong,
incitando-o.
— Não consigo jogar
com a cadeira de
rodas...
— Não interessa! —
çam!!!
Ouve a voz da mãe
a chamá-lo para a
mesa, para acen-
derem as velas do
bolo. Esconde a ca-
beça debaixo do
edredom e a voz
diminui, até já não
se ouvir.
Acorda com o som
de passos. Quem
será? Só pode ser
Liang... Ouve, en-
tão, uma voz femini-
na que lhe é famili-
ar... Hong.
— Estás a dormir,
Ming? Se estás
acordado, respon-
de-me...
Permanece em si-
lêncio. Pensa em
levantar-se, mas
antes de o fazer já
Hong está sentada
a seu lado.
— Queria dizer-te
uma coisa. É um
pensamento que
nunca partilhei com
ninguém! Só consi-
go fazê-lo porque
estás a dormir... Mas
se estiveres acorda-
do, diz! Se não, fico
zangada!... Sabes,
mal te conheci,
soube que tinhas
vivido a mesma ex-
periência que eu...
Tens o mesmo olhar
que eu tinha, cati-
vo!
O corpo de Ming
estremece.
também. Liang não
o acompanha logo,
tem algo ainda a
fazer. O menino en-
tra em casa, finge
uma expressão neu-
tra e os pais adoti-
vos nada dizem. Sa-
bem que por detrás
daquela camufla-
gem, muito se es-
ele. É o dia mais irri-
tante do ano: aque-
le que arrebatou os
seus pais, a sua feli-
cidade, tudo o que
tinha. Porque have-
ria de ficar feliz?!
Despe-se e vai para
a cama. Natal?! Ani-
versário?! Quero que
todos desapare-
diz Hong, ajudando
Liang a instalarem-no
na cadeira de rodas.
— Vamos, Liang! —
grita a rapariga —
Empurra a cadeira
que eu vou à frente!
Por entre a neblina
que aumenta, três
silhuetas avançam:
N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3
Página 5
N O I T E D E N A T A L (cont.) (1.º PRÉMIO - 3.º CICLO)
tagonista parece
viver a sua vida!
Tem uma família
muito boa e é feliz,
quando tudo é des-
truído por um aci-
dente trágico! Ela
não consegue su-
portar o choque e
fica deprimida...
Prossegue a leitura.
Após um ano, a me-
nina redescobre a
alegria. Não esque-
cendo, compreen-
de. Afinal, os pais
tinham sacrificado
as suas vidas para
salvar a sua! Ficara
um ano deprimida,
mas continuar a
abandonar-se ao
desespero, seria
abandonar os seus
pais ao desespero
também! Nesse ins-
tante, aceita. E o nó
no seu coração de-
sata-se de imediato.
Renasce.
Ming fecha o livro e
chora lágrimas de
chuva. Lembra as
palavras do médico
e dos pais adotivos:
— As pernas eviden-
ciam antigas fratu-
ras, mas nada inul-
trapassável.
— Então por que
não consegue ainda
levantar-se?
— Problemas de co-
ração não são fá-
ceis de superar... Só
ele próprio consegui-
— Falei com o Liang
e confirmei as mi-
nhas suspeitas. Ele
ainda me pergun-
tou, surpreso, como
é que eu tinha adivi-
nhado... Depois de
me ouvir, pediu-me:
Podes ajudá-lo? E
eu concordei. De-
morei ainda dois
meses a escrever
este texto. São as
minhas experiências
reais. Espero que
possam ajudar-te,
meu amigo.
Quando ela se cala,
ele acha que ela
pousa alguma coisa
na mesa de cabe-
ceira.
— É o meu presente
de Natal. Merry
Christmas!
Leva muito tempo a
ter coragem de en-
carar o presente.
Quando o olha, vê o
sapatinho. E há algo
dentro dele... um
livro!
Soube que tinhas
vivido a mesma ex-
periência que eu...
Recorda as palavras
da amiga e o seu
corpo estremece de
novo. Acende a luz
ao seu lado e abre o
livro. É fino e tosco,
mas consegue ver
que foi feito com
muito cuidado.
Lê-o com redobra-
da surpresa: a pro-
Um livro é mais
que uma história
ou um conjunto de
folhas: é um
sentimento que
perdura escrito e
g r a v a d o n a
memória de quem
o lê.
Catarina Freire, 10.º 5, n.º 5
Um livro é um
companheiro, um
amigo, um apoio.
Um livro é uma
a g r a d á v e l
companhia, tanto
para uma tarde
de sol como para
uma noite fria. O
livro é um amigo.
Um livro, às vezes,
é tudo.
Sara E., 10.º 9
rá vencer os seus
fantasmas.
Ming respira fundo.
Apoia-se no suporte
da cama, ergue-se...
e cai. Junta todas as
forças e tenta de
novo... e volta a cair.
As suas articulações
e os seus músculos
estão fracos, mas
consegue finalmen-
te soerguer-se. Che-
ga ao corredor
cambaleante e,
apoiado na ombrei-
ra da porta, espreita
a sala. A cadeira de
rodas permanece,
inerte, no quarto.
— Já... já consegues
andar, Ming?!... —
Diz a mãe, num fio
de voz.
— Sim, mãe, pai,
Liang, CONSIGO!
Liang sorri. A voz de
Ming já tem alma.
Obrigada Hong,
murmura. Ming ouve
o sino da igreja cha-
mando para a Missa
do Galo e sorri, ilumi-
nado:
- Não me dão os pa-
rabéns? Hoje, mais
do que nunca, tam-
bém eu nasci.
Os pais e o irmão
dizem, em uníssono,
Parabéns! enquanto,
lá longe, o sino
ecoa...
Guanqun Zhang, n.º 13, 8.º A,
Escola 2.3 Prof. Delfim Santos
J A N E L A A B E R TA
Página 6
frio e da noite.
O Pai Natal sonhou
um sonho lindo, tão
lindo, que não que-
ria acordar. E, no seu
sonho, não havia ins-
tituições para aco-
lher crianças maltra-
crescer e ser Homem
ou mulher.
O Pai Natal sonhou
um sonho lindo, tão
lindo, que não queria
acordar. E, no seu
sonho, não havia
barracas, com água
O S O N H O D O P A I N A T A L (1.º PRÉMIO -2.º CICLO)
brilhantes de felicida-
de. Todas as crianças
tinham acabado de
tomar um esplêndido
pequeno-almoço e
preparavam-se para
ir para a escola, on-
de todos aprendiam
a difícil tarefa de
O Pai Natal tinha um
sonho lindo, tão lindo
que não queria acor-
dar. E não queria
acordar, porque nes-
te ano os Humanos
encheram-se de boa
vontade e fizeram
um acordo de Paz,
que silenciou todas
as armas. Em todos
os cantos do plane-
ta, mesmo nos luga-
res mais recônditos
da Terra, as armas
calaram-se para
sempre e os carros
de combate e outras
máquinas de guerra
foram entregues às
crianças, para nelas
pintarem flores bran-
cas de paz.
O Pai Natal sonhou
um sonho lindo, tão
lindo, que não queria
acordar. E não que-
ria acordar, porque
nesse sonho não ha-
via fome: em todas
as casas havia comi-
da, havia até algu-
mas guloseimas para
dar aos mais peque-
nos. Mesmo as crian-
ças de países outrora
pobres tinham, ago-
ra, os olhos brilhantes,
a escorrer pelas pa-
redes e ratos pelo
chão, nem gente
sem teto, a dormir
ao relento. No sonho
do Pai Natal, todos
tinham uma casa,
um aconchego, pa-
ra se protegerem do
tadas e abandona-
das pelos pais nem
pequeninos e pe-
queninas à espera
de um carinho, de
um beijo… de
AMOR. Todas as cri-
anças tinham uma
família: uma mãe ou
um pai ou ambos os
pais, todas as crian-
ças tinham um colo
à sua espera.
O Pai Natal sonhou
um sonho lindo, tão
lindo que não que-
ria acordar. E no seu
sonho não havia
palavrões ou outras
palavras feias, não
havia empurrões,
má educação e
desentendimentos.
Toda a gente se
c u m p r i m e n t a v a
com um sorriso nos
lábios. Nas estradas,
os automobilistas
não circulavam
com excesso de ve-
locidade, cumpriam
as regras de trânsito
e não barafusta-
vam uns com os ou-
tros.
Sara Pontes, n.º 22, 5.º G,
Escola 2.3 Prof. Delfim Santos
U M A P R E N D A E S P E C I A L
Era uma vez um me-
nino chamado Ós-
car, que queria dar
uma coisa à mãe.
Estava quase a che-
gar o Natal e ele es-
tava tão nervoso,
que resolveu ir dar
um passeio à floresta.
A certa altura, en-
controu uma flor de
Natal.
Foi a correr até lá e
disse:
— Esta flor é ótima
para dar à mãe.
A mãe ficou tão con-
tente, que lhe deu
um beijinho. Gabriela, 4.º C
da EB1/JI Frei Luís de Sousa
N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3
Página 7
N A T A L EB1 / JI das Laranjeiras
J A N E L A A B E R TA
Página 8
F E S T A S F E L I Z E S
Os meninos do Jardim
de Infância Frei Luís de
Sousa estão a viver,
como todas as crian-
ças, a magia do Natal
e desejam, juntamen-
te com a sua educa-
dora e a sua assistente
operacional, FESTAS
FELIZES a toda a co-
munidade educativa.
A M Á Q U I N A D E P R E S E N T E S D O P A I N A T A L
xou de funcionar. Na
Lapónia todos pen-
savam que se tinha
soltado uma peça
da máquina, mas
todos os dias desa-
parecia mais uma
peça, outra e outra.
0 Pai Natal decidiu
Era uma vez um Pai
Natal, que levava
prendas aos meni-
nos e tinha uns du-
endes e umas renas
muito lindas. Como
o Pai Natal tinha
muito trabalho, eram
os duendes que o
ajudavam a fazer e
a embrulhar as pren-
das.
Mas, um dia, o Pai
Natal teve um gran-
de problema: o dia
de Natal estava a
chegar e o Pai Natal
não tinha as prendas
todas preparadas.
Foi então que o Pai
Natal decidiu, com
os duendes, construir
uma máquina de
fazer brinquedos e
outras prendas.
Como o dia de Natal
estava a chegar, os
meninos de todo o
Mundo montaram a
árvore de Natal. Mas
o Pai Natal tinha,
agora, outro proble-
ma... A máquina de
fazer brinquedos dei-
Montou uma rede
invisível com uma
alavanca e pôs em
cima um prato com
biscoitos. Qual não
foi o espanto quan-
do a alavanca dis-
parou e o Pai Natal
descobriu um duen-
Pai Natal perguntou
ao duende, porque
é que ele tinha tira-
do as peças e o du-
ende disse que
queria ser o Pai Na-
tal e, por isso, tinha
feito com que a
máquina parasse
para o Pai Natal ser
despedido.
0 Pai Natal, então,
disse-lhe que basta-
va o duende ter pe-
dido, para ele lhe
ensinar a ser como
o Pai Natal. 0 duen-
de pediu desculpa
e prometeu voltar a
montar as peças
na máquina. Tam-
bém perguntou se
podia ter umas au-
las de Pai Natal e o
Pai Natal disse que
sim.
0 duende, que per-
cebeu que tinha
sido mau, passou a
ser bem comporta-
do e a ajudar o Pai
Natal em tudo.
Trabalho coletivo, sala 4 da
EB1/JI das Laranjeiras
investigar. Procurou,
procurou, mas nin-
guém sabia onde
estavam as peças.
Foi então que o Pai
Natal montou uma
armadilha para des-
cobrir quem é que
estava a fazer aque-
la maldade.
de na armadilha.
0 Pai Natal ficou furi-
oso com o duende
e o duende muito
envergonhado. 0
N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3
Página 9
C O N T O D E N A T A L
Era uma bela ma-
nhã, uma manhã
especial… Era o dia
pelo qual todos tan-
to ansiavam.
A neve caía sobre os
telhados das casas,
formando um tapete
de branco puro so-
bre todas as superfí-
cies e dispersava. As
crianças brincavam
lá fora construindo os
mais bonitos bonecos
de neve. Faziam
montes, bem redon-
dos, para modelar
aquela personagem
característica da
época. Para os olhos,
utilizavam grandes
botões pretos de ca-
misas antigas, para o
nariz, uns usavam
uma pequena ce-
noura, enquanto ou-
tros usavam peque-
nos ramos, de que
também faziam a
boca e os braços do
tão desejado bone-
co de neve.
Tudo promovia um
cenário calmo, feliz,
para todas as famílias
que já se apronta-
vam para um belo
dia, um dia de amor,
de partilha, aquele
dia do ano pelo qual
todos anseiam e es-
peram. Afinal, é esse
o aspeto característi-
co do Natal, o dito
medidas.
A sua mãe dizia sem-
pre: “Oh meu traqui-
na…O Pai Natal dá
prendas simples, es-
senciais e especiais…
Existem muitos meni-
nos! Um dia, quem
sabe, vais entender
que existem peque-
nas coisas, que po-
des desejar que irão
fazer a diferença, ou
que teriam feito a
diferença, se as tives-
ses pedido ao Pai
Natal, se tivesses da-
do valor… O que te-
mos hoje e não senti-
mos falta, podemos
não ter amanhã! E,
aí, percebemos que
pedimos pelo errado
e que já não pode-
mos ter aquilo que
realmente queremos
Manuel, perplexo,
ficou parado a olhar
para a mãe e por
mais que pareces-
sem palavras impor-
tantes ele não as en-
tendera, nem procu-
rava entender. Tudo
lhe parecia banal,
comparado com o
que esperava rece-
ber. Naquele dia,
Manuel exigira à
mãe, que lhe com-
prasse uma pista de
comboios, que vira
exposta numa das
montras do centro
comercial, a mais
bela e a mais cara.
Manuel fez tal pranto
que a mãe não teve
outra solução senão
ir comprá-la.
Escurecia lá fora e já
estava próxima a ho-
ra, a lareira já estava
acesa e a família
reunida para festejar
a tão aguardada
noite. Todos estavam
reunidos, mas a mãe
de Manuel não tinha
regressado ainda do
centro comercial.
Estava escuro, lá fora
caía a neve sobre os
candeeiros, as deco-
rações das casas…
Por todo o sítio cinti-
lavam as luzes mais
coloridas e as mais
belas, e, no céu, a
lua brilhava rodeada
de tantas estrelas,
mas uma, em espe-
cial, brilhava com
mais intensidade,
com mais fulgor que
todas as outras, essa
que despertara a
atenção de Manuel.
Naquela noite, Ma-
nuel perdera a
mãe… Com a mãe
perdera também o
desejo de todas
aquelas coisas exu-
berantes e materialis-
tas que desejava.
Perdera a mãe num
acidente de carro e
espírito natalício típi-
co da época.
Para Manuel, que
adm i rav a to do
aquele aparato da
janela ampla da sala
de estar, era só mais
um dia. Um dia de
aparências, um dia
em que punha em
evidência todo o
materialismo do ser
humano, um dia em
que já não era domi-
nado pelo carinho,
pelo amor, pela
compaixão, mas sim
um dia dominado
pela oferta, pelos
bens materiais.
Manuel relembrava
como todo aquele
dia significara tanto
para ele, não agora,
mas há uns anos. Co-
meçou a lembrar-se
do seu Natal anterior
e foi dominado por
uma sensação ins-
tantânea de angús-
tia, de revolta. Para
Manuel, naquela altu-
ra, o Natal reduzia-se
às prendas, aos bens
que recebia, aos brin-
quedos que toda a
família lhe dava…
Exigia à sua mãe tudo
do mais caro e do
melhor. Todas as car-
tas que escrevia para
o Pai Natal visavam
todas essas coisas
materialistas e des-
J A N E L A A B E R TA
Página 10
C O N T O D E N A T A L (cont.)
perdeu-a porque a
sua ganância, o seu
desejo por aquela
pista fora maior. Nes-
se mesmo momento,
lembrou-se do que a
mãe lhe dissera ante-
riormente: “O que
temos hoje e não
sentimos falta, pode-
mos não ter amanhã!
E aí percebemos que
enquanto recordava
todas aquelas me-
mórias.
Naquela mesma jane-
la, Manuel ouviu uma
voz que lhe pergun-
tou: “Se pudesses pe-
dir outro desejo ao Pai
Natal, que pedirias?...”
Manuel olhou fixa-
mente para todas as
crianças que brinca-
tudo o resto que te
pedi, porque perdi a
coisa mais valiosa! O
que é o Natal? O
que é ele sem ti?”
Escurecia lá fora e já
estava próxima a ho-
ra. A lareira já estava
acesa e a família
reunida, para feste-
jar a tão aguardada
noite. Lá fora caía a
neve sobre os can-
deeiros, as decora-
ções das casas… Por
todo o sítio cintila-
vam as luzes mais
coloridas e mais be-
las, e, no céu, a lua
brilhava rodeada de
tantas estrelas, mas
uma, em especial,
brilhava com mais
intensidade, com
mais fulgor que to-
das as outras, essa
mesma que desper-
tara a atenção de
Manuel no ano an-
terior.
Manuel deslumbra-
va-se com aquela
estrela, quando dis-
se: “ Poderei não te
receber como pren-
da, mãe… Mas sei
que serás sempre a
estrela mais brilhante
que iluminará todas
as minhas noites de
Natal… Afinal, o que
é o Natal sem ti,
mãe?”
Márcia Filipa Ribeiro, n.º15,
11.º 1 da ESDPV
cou a admirar a es-
trela. Todos pareciam
distraídos e aterrados,
que nem ligaram à
indiferença falaciosa
do menino.
Era uma bela ma-
nhã, uma manhã es-
pecial… Era o dia
pelo qual todos tan-
to ansiavam. A neve
caía sobre os telha-
pedimos pelo errado
e que já não pode-
mos ter aquilo que
realmente quere-
mos…”
Manuel finalmente
percebera as pala-
vras que a mãe lhe
dissera e, com tama-
nha dor que carrega-
va ao peito, encos-
tou-se à janela e fi-
vam lá fora e disse:
“Se pudesse, eu pedi-
ria, para que aqui
estivesses mãe! Afinal
já tinha a prenda
mais preciosa de to-
das…Tinha-te a ti e o
que é que significa
agora o Natal sem os
que mais amamos?
Já não me interes-
sam as prendas, nem
dos das casas, for-
mando um tapete de
branco puro sobre
todas as superfícies
em que tombava e se
dispersava. As crian-
ças brincavam lá fo-
ra, construindo dos
mais bonitos bonecos
de neve. Manuel con-
tinuava a apreciar
todo aquele aparato,
Marina Puzyrenko
N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3
Página 11
O P A I N A T A L E O M E N I N O P O B R E
Era uma vez um Pai
Natal que vivia no
céu.
Ele entregava pre-
sentes às crianças.
Mas um dia de Na-
tal, havia um meni-
no muito pobrezi-
nho, que não tinha
presentes, nem
mesmo uma cane-
ta, porque não sa-
bia ler nem escre-
ver.
Então, o Pai Natal,
que sabia que na-
quela casa estava
um menino pobre,
atirou presentes lá
para dentro. Ele
Ele foi para a esco-
la e portava-se
muito bem nas au-
las. Aprendeu mui-
to depressa a ler.
Como ele fazia os
trabalhos rapida-
mente, ficava a
fazer desenhos no
quadro.
No Natal seguinte
o Pai-Natal deu-lhe
mais presentes: um
carro a fingir, uns
patins com quatro
rodas, uma bici-
cleta, uma pista
rolante e um ca-
valo-madreiro.
Um dia ele foi ao
parque e levou os
brinquedos todos.
Estavam lá muitos
meninos que fica-
ram amigos dele,
porque ele parti-
lhou os brinquedos.
João Silva, Rodrigo Palminha,
Martim Caetano, Rodrigo Diniz,
Salima Cisse e Simão Cunha -
1.º A da EB1/JI Frei Luís de
Sousa
ouviu barulho e foi
ver.
Abriu os presentes
e viu que eram ma-
teriais para a esco-
la: canetas, folhas,
cadernos de linhas,
lápis, tesouras, co-
las e quadros.
O menino ficou
muito contente.
O M E N I N O E O P A I N A T A L
Era uma vez um Pai
Natal que vivia no
Pólo Norte e tinha
uma fábrica de
brinquedos. Os me-
ninos de todo o
mundo mandavam
-lhe cartas no Natal
a pedir prendas.
Um dia foi à cida-
de de Lisboa mas,
no caminho, as re-
nas recusaram-se a
voar.
Então aterraram no
chão e disseram ao
Pai Natal:
— Temos fome, não
temos força para
voar.
— Mas eu não te-
nho comida para
vos dar. — respon-
tou rapidamente.
Depois de comer,
ficaram com mais
força e decidiram
retomar o caminho.
O menino pergun-
tou:
— Posso ir com vo-
cês?
— Podes. — respon-
deu o Pai Natal.
Chegaram a Lisboa
e foram distribuir as
prendas, mas o me-
nino não conseguia
sair do trenó. O Pai
Natal ajudou-o e
ele saiu.
Quando acaba-
ram, voltaram para
a terra do Pai Natal.
O menino não sa-
bia como se faziam
os brinquedos e o
Pai Natal foi com
ele à fábrica mos-
trar-lhe.
O menino ficou a
viver com o Pai Na-
tal. Todos os dias
brincava com brin-
quedos novos e vi-
veram felizes para
sempre.
David, António Silva e Tomás
Campos – 3.º B da EB1/JI Frei
Luís de Sousa
deu o Pai Natal.
De repente, apare-
ceu um menino
que falou com ele:
— O que é que
aconteceu?
— As renas estão
com fome.
Então o menino te-
ve uma ideia:
— Vou a casa bus-
car bolachas.
Ele foi a correr e vol-
J A N E L A A B E R TA
Página 12
N A T A L T E C N O L Ó G I C O
A tecnologia tem
evoluído muito e ra-
pidamente desde há
50 anos atrás — até
demasiado! — com
consequências preo-
cupantes, como o
desaparecimento de
muitos postos de tra-
balho, devido à in-
trodução de máqui-
nas e robôs. Assim,
até um dos postos
mais importantes e
simbólicos do plane-
ta estava prestes a
eclipsar-se...
Um dia, estava o Pai
Natal a dar despacho
às cartas que lhe ti-
nham enviado, quan-
do o duende-chefe
irrompeu pelo seu ga-
binete, furibundo,
com o seu IPad 3 na
mão e o avisou de
que tinha acabado
de receber um mail
do Ministério dos As-
suntos Natalícios,
que dava conta da
extinção das suas
funções! Sim, com o
avanço da tecnolo-
gia, o trenó passaria
a executar todas as
tarefas natalícias em
metade do tempo,
tornando-se o Pai
Natal e todo o seu
gabinete obsoletos:
verdadeiras relíquias
dignas de museu!
O Pai Natal, as renas
e os duendes fica-
ram atordoados
com a notícia, visto
que aquele era o
trabalho de toda
uma vida, a única
função em que
eram verdadeira-
mente especializa-
dos e apaixonada-
mente competentes.
Até que um dia, um
grupo de três duen-
des afoitos, os mais
matreiros, começou
a ter umas ideias…
Vamos sabotar o tre-
nó! Mas como? —
sugeriu um deles.
Temos de conseguir
chegar à fonte de
energia! — disse ou-
tro, triunfante.
Bem, hoje é dia 13,
ainda temos 11 dias
até à véspera de
Natal…
No dia seguinte, esti-
veram horas e horas
a trabalhar no plano:
… e depois cortamos
os cabos e voltamos
para a fábrica sem
dar nas vistas! — afir-
mou um deles.
É como se já estives-
se feito! — confirma-
ram os outros.
Dia 18, dia em que o
Pai Natal ficava ha-
bitualmente a des-
pachar no gabinete
até tarde, deram
início ao plano. Um
dos duendes foi ba-
ter à porta para dis-
traí-lo, pedindo que
fosse tratar de uma
emergência na fábri-
ca. Mal o Pai Natal
virou costas, os ou-
tros duendes entra-
ram para levar em-
prestada a chave
da sala do trenó.
Um minuto decorri-
do, ainda estavam à
procura. Já não ti-
nham muito tempo e
a pressão aumenta-
va!!! Até que, entre
suspiros de alívio, en-
contraram o molho
de chaves, bem na
altura certa, dado
que o Pai Natal aca-
bava de regressar.
Chegaram à porta
da sala do trenó e,
após quinze deses-
peradas tentativas,
lá consegui ram
achar a chave cer-
ta! Abriram então a
porta e, bem no
centro da sala, esta-
va o trenó topo de
gama: luzidio e con-
fiante...
Num grande traba-
lho de equipa, esca-
laram o trenó, acha-
ram a fonte de ener-
gia e tentaram, afa-
nosamente, abrir a
tampa. Mas, para
grande espanto de
todos, deu erro no
ecrã incorporado,
que pedia o código
de acesso à fonte
de energia! Os duen-
des, diligentes, tenta-
ram umas duzentas
vezes, mas sem gran-
de êxito.
Até que um excla-
mou:
— Já sei! Introduzam
o código secreto da
sala das prendas!
Então, para espanto
de todos, a tampa
abriu-se! Lá dentro,
encontrava-se uma
grande confusão de
cabos e fios multico-
lores...
— Como vamos cor-
tar tudo isto?! — per-
guntou um deles.
Não havia tempo a
perder e, numa lu-
fa-lufa, lá foram
cortando um, de-
pois outro... e, após
uma hora, o trenó já
não possuía uma
única fonte de ener-
gia! A missão deu-se
por completa e
bem-sucedida.
Na Véspera de Na-
tal, quando o trenó
estava a ser verifica-
do, foi descoberto o
problema. Ninguém
pensou duas vezes e
o Pai Natal e as re-
nas foram rapida-
mente avisados do
sucedido e recruta-
dos para resolver,
de emergência, a
situação.
No final das entre-
gas, foi decidido a
nível do Ministério
dos Assuntos Natalí-
cios que, a partir da-
quele dia, ninguém
poderia substituir o
trabalho do Pai Na-
tal e das renas. E foi
assim que, para alí-
vio de todos, foi
mantida a tradição.
Guilherme António Vieira Fer-
reira, 8.ªA, n.º14, EB 2.3 Prof.
Delfim Santos
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O P A I N A T A L Q U E N Ã O C O N S E G U I A D O R M I R EB1 / JI das Laranjeiras
J A N E L A A B E R TA
Página 14
A R I E L
Era uma vez uma ra-
pariga chamada
Ariel. Era uma criança
doce, bondosa e leve
como um anjo ou um
espírito do ar. Seus
pais, dinamarqueses,
quiseram dar-lhe um
nome bíblico, proféti-
co até: Ariel... o leão
de Deus!
A menina veio para
Portugal viver com
gos. Comia, dormia,
estudava e brincava,
praticamente só. So-
brevivia.
Os pais telefonavam-lhe,
é um facto, mas só
perguntavam pelos
seus estudos. Se tinha
maus resultados, zan-
gavam-se; se progre-
dia, só falavam disso.
Pais!...
Chegou a véspera de
adormeceu.
Primeiro, sonhou que
os pais tinham volta-
do! Na sua imagina-
ção, havia prendas,
beijos, ceia e muitas,
muitas canções! Mas,
no final, os pais desa-
pareciam inexplica-
velmente. Ela corria,
corria, corria, mas não
os encontrava. Quan-
do acordou, a meni-
na chorava ainda.
Viu a hora: ainda não
era meia-noite. Deitou
-se de novo e ador-
meceu. Desta vez,
sonhou que estava
num local onde tudo
era negro, tão escuro
que nem conseguia
ver os próprios dedos!
Ela caminhava muito
até encontrar uma
luz. Então, sorrindo,
percebia que à sua
frente estava o meni-
no Jesus.
Ele ficava encantado
por vê-la e tratava-a
por Ariel, como se a
conhecesse! Ela con-
fessava-lhe, chorosa,
que o seu maior dese-
jo era que os pais vol-
tassem da Dinamarca
na véspera de Natal!
E ele sorria, traquinas.
Ariel levantou-se ce-
do e percorreu toda
a casa: nada! Correu
rapidamente até à
porta e abriu-a... mas
não viu os pais. Espe-
rou todo o dia: em
vão. Já era 25 de de-
zembro! Desconsola-
da, percebeu que
afinal a sua esperan-
ça não passara de
uma quimera.
À noite, estava ela a
ver televisão quando,
de repente, alguém
bateu à porta: três
pancadas fortes que
ecoaram, assustado-
ras. A tia olhou-a,
apavorada, e Ariel,
leão de Deus, recor-
dou as palavras dos
pais: Tens de ser forte
e corajosa! Agarrou
num chapéu de chu-
va, bem pesado, e
abriu a porta de re-
pente, surpreenden-
do o ladrão com a
pancada.
- Aiiii! Por que razão
me bates, minha fi-
lha?!...
Ariel e os pais caíram
nos braços uns dos
outros! Choraram,
riram, beijaram-se e
Ariel recebeu uma
linda prenda e can-
tou É Natal!, maravi-
lhada por estarem de
novo juntos. Para
sempre...
No Céu, o menino
Jesus, enroscado nu-
ma nuvem, riu-se, fe-
liz, e bateu palmi-
nhas! Adorava reen-
contros, ainda que
estivesse a ficar algo
trapalhão com a pro-
gramação das horas.
Afinal, a distração do
século XXI, também
fazia vítimas no Céu...
Iulia Anastas, n.º 18, 8.º A, Yon-
gjiao Xia , n.º 23, 8.º A e Nádia, n.º
18, 9.º C, EB 2.3 Prof. Delfim Santos
uma tia distante e fria,
quando tinha apenas
sete anos. Os pais fi-
caram a trabalhar na
Dinamarca, lá longe,
prometendo que um
dia viriam ter com ela.
Tinha de ser forte e
corajosa, disseram-lhe.
À medida que o tem-
po passava, Ariel sen-
tia-se cada vez mais
triste. Os pais não
chegavam e, na es-
cola, não tinha ami-
Natal. Ariel jantou
com a tia e deitou-se
na cama, esconden-
do-se do mundo. Pela
janela, chegava-lhe a
alegria vivida nas ou-
tras casas: as crianças
recebendo prendas,
o afeto dos pais, o
jantar de festa em
família, os cânticos de
Natal. A felicidade
delas doía e Ariel cho-
rou lágrimas de triste-
za até que, exausta,
Susan Mitchell
N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3
Página 15
A L D A , M I N H A M Ã E
Esta é a história ver-
dadeira de Alda Pe-
reira, mulher de co-
ragem são-tomense,
que tudo sacrificou
para salvar a sua
filha, minha irmã.
Na Cidade de São
Tomé, distrito de
Água Grande, numa
casinha pintada de
rosa, vivia Alda com
os seus pais. Tinha a
leveza que só o po-
vo daquelas para-
gens conhece. Os
seus dois filhos, Joana
e José, eram crianças
alegres, que caça-
vam passarinhos, tre-
pavam aos coqueiros
e corriam pela rua,
sadios como nin-
guém. E o seu mari-
do, homem bom e
generoso, partira um
dia para longe, em
busca de sustento,
na terra dos navega-
dores portugueses,
que há muito tempo
tinham descoberto a
ilha.
Porém, num Natal
de má memória, a
doença que ensom-
brava a ilha veio ba-
ter à sua porta, co-
mo cobra preta de
mau agoiro. Atingiu
a sua filha. A meni-
na andava mortiça,
com febres, tremu-
ras teimosas e cala-
frios, mas nada fazia
prever o pior.
À medida que o
nha irmã sobreviveu.
A cobra preta que
durante tanto tem-
po se alimentara de
medos, angústias e
receios, rastejando,
deixou as nossas vi-
das.
Doze Natais passa-
ram e minha mãe
ansiava por regres-
sar com a minha ir-
mã à sua terra natal.
Era a saudade do
filho. Era a saudade
dos pais. Era a recor-
dação do verde
quente da selva, do
cheiro a terra molha-
tempo passava, Al-
da desesperava,
vendo que os sinto-
mas ruins não aban-
donavam a filha. Re-
solveu, então, levá-la
ao Hospital. Os médi-
cos, sábios e sisudos,
diagnosticaram o
perigo e fizeram-lhe
tratamentos, mas
nada evitou o seu
estado. Deram-lhe,
então, a notícia: a
doença atingira fa-
talmente o cérebro
da criança.
No Hospital, a meni-
na piorava de dia
para dia e era um
desconsolo de alma
vê-la ali, ora arran-
cando os cabelos
num acesso inexpli-
cável, ora paralisa-
da e caída, como se
uma rajada de ven-
to a tivesse arranca-
do à vida.
Um dia, quando já
nem o amor nem a
ciência pareciam
vencer a doença,
minha mãe deixou
São Tomé. Para trás,
ficavam os pais —
meus avós — e eu,
ainda muito peque-
no. Levava consigo
uma menina grave-
mente doente, rumo
a um horizonte de
esperança.
Em Portugal, minha
mãe viria a saber
que o paludismo era
incurável, mas mi-
da depois da chuva,
da onda a bater na
praia...
Mas não podia vol-
tar. Os medicamen-
tos em São Tomé
não existiam ou eram
demasiado caros.
Arriscar era-lhe proi-
bido.
Outro dezembro
chegou. Frio, cin-
zento, chuvoso. E
minha mãe reinven-
tou o quente natal
são-tomense, como
só ela sabia fazer.
Organizou a casa
para receber os
Peter Mitchev
J A N E L A A B E R TA
Página 16
Um livro é uma
porta para o
imaginário de
outrem, desperto e
ressuscitado em
cada um de nós.
Marta Santos, 10.º 1
A S I R M Ã S S Ó N U M N A T A L
Era uma vez duas
irmãs, que se chama-
vam Jéssica e Nádia.
Elas estiveram a pre-
parar o Natal. Puse-
ram as bolas, as fitas
e as estrelas na árvo-
re de Natal.
Depois decidiram o
que iam vestir na fes-
ta: um vestido azul
bebé com brilhantes.
Receberam milhares
e milhares de brin-
quedos e roupas,
comeram bolo-rei,
perú e sonhos de
Natal.
E viveram felizes pa-
ra sempre.
Nádia, 4.º C
da EB1/JI Frei Luís de Sousa
U M C O N T O D E N A T A L
Era uma vez uma
árvore de Natal gi-
gante com vinte e
um meninos à volta.
Depois apareceram
os pais dos meninos.
Todos juntos enfei-
taram a árvore de
Natal.
Depois foram para
casa dormir. Então,
de noite, apareceu
o pai Natal e dei-
xou prendas para
todos.
Quando eles viram
ficaram muito con-
tentes. Foi a melhor
noite de Natal!
Carolina, Catarina, Mário,
Tomás André, Vasco Sousa do
1.º B da EB1/JI Frei Luís de Sousa
A L D A , M I N H A M Ã E (cont.)
amigos, preparou
calulu de peixe se-
co, blá-blá, funge,
angu de banana,
quizaca, azagoa e
izaquente doce. E
esperou.
Sentada à janela,
mirou o horizonte
possível na cidade
grande. Mas, para lá
das nuvens sombrias,
viu surgir a sua praia
deserta de areia
branca rodeada de
coqueiros até à bei-
ra-mar. E sentiu o ca-
lor ameno do inver-
no no rosto e a cali-
dez da água azul. E
desbravou selvas im-
penetráveis, onde
reinam macacos,
papagaios e as terrí-
veis cobras pretas
que aprendera a
ignorar.
E viu-me, então,
criança pequena de
bracitos nus a pedir
colo, como me vira,
em São Tomé, pela
última vez... Fechou
os olhos e ousou so-
nhar. Era eu quem
chegava agora, ra-
paz de catorze anos
feitos, conservando
no rosto os traços de
menino e o sorriso
encantador.
E eu cheguei. Vinha
estudar para Portu-
gal. Meu pai escon-
dera de minha mãe
a surpresa. Quando
abriu os olhos e me
encarou de novo,
teve a certeza de
que, naquele Natal
português, era a
força de África que
lhe batia de novo
no peito.
José Pereira, n.º 20, 9.º B, Escola
Básica 2.3 Prof. Delfim Santos
N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3
Página 17
A M E N I N A D O M A R
de Freguesia. Quan-
do chegámos, sen-
támo-nos nas cadei-
ras e uma senhora
pediu que fizéssemos
silêncio.
A peça começou
com música. A seguir
apareceram duas
No dia 12 de dezem-
bro de manhã, fo-
mos ao teatro à es-
cola D. Pedro V, ver
a peça “A menina
do mar“, representa-
da pelos alunos do
10º ano. Fomos no
autocarro da Junta
dança.
A seguir, fomos co-
mer um lanche deli-
cioso, que nos ofere-
ceram.
Entretanto, aparece-
ram os atores e de-
ram-nos autógrafos.
Adorámos o teatro e
o convívio com os
atores.
Mariana e Carolina – 4.º B da
EB1 /JI Frei Luís de Sousa
sereias que iniciaram
a história. De repen-
te, apareceu um ra-
paz com um balde e
uma pá. No dia se-
guinte, o rapaz en-
controu um caran-
guejo, um peixe,
dois polvos. A meni-
na viu o rapaz e
pensou que ele os ia
fritar. O caranguejo,
o peixe e os polvos
fugiram, menos a
menina. O rapaz dis-
se que não os ia fri-
tar e a Menina do
Mar ficou aliviada.
No final da peça,
ainda na sala de es-
petáculos, os atores
ensinaram-nos uma
T E A T R O N A E S C O L A D . P E D R O V
mo-nos logo que a
nossa turma já tinha
trabalhado essa his-
tória de Sophia de
Mello Breyner An-
dresen.
No fim da repre-
sentação, ensina-
ram-nos a dança do
“Caranguejo”. A se-
guir, outros alunos
organizaram para
nós um lanche deli-
cioso. Entretanto,
chegaram os atores
e atrizes e fizeram
uma sessão de au-
tógrafos connosco.
Todas as turmas gos-
No dia doze de de-
zembro a nossa tur-
ma, com o 4.º B e os
terceiros anos, fo-
mos à escola D. Pe-
dro V ver a peça de
teatro “A Menina do
Mar”, representada
pelos alunos do 10.º
ano.
Quando a peça
começou, lembrá-
cebidos!
Beatriz Álvares e Diogo Coelho,
4.º A da EB1/JI Frei Luís de Sousa
taram imenso do
espetáculo e da for-
ma como fomos re-
J A N E L A A B E R TA
Página 18
A S T R Ê S C I D R A S D O A M O R
sentada pelos alunos
do 10.º ano, havia
um rei, um príncipe,
uma bruxa, dois dra-
gões, duas princesas,
No dia 12 dezembro
de tarde, a nossa
turma e as duas do
1º ano fomos ao tea-
tro à Escola D. Pedro
V, no autocarro da
Junta de Freguesia
de S. Domingos de
Benfica.
Na peça “As três ci-
dras do amor” repre-
teatros feitos por
eles.
Andreia, Afonso e a turma do
2.º A da EB1/JI Frei Luís de Sousa
duas empregadas, o
vento e uma velhi-
nha.
No final oferece-
ram-nos um lanche
com um pão, chá e
bolos. Entretanto che-
garam os atores e
brincaram connosco.
Adorámos! Gostáva-
mos de ver outros
A L I B A B Á E O S Q U A R E N T A L A D R Õ E S
No dia sete de de-
zembro, fomos com
o 3.º B ver uma pe-
ça de teatro cha-
mada “Ali Babá e os
quarenta ladrões”,
no Papa Léguas.
Fomos no autocarro
da Junta de Fregue-
sia de S. Domingos
de Benfica.
A peça de teatro foi
gira, porque o Ali
Babá encontrou
umas joias de ouro e
depois ele levou-as
para sua casa e dis-
se que ficava rico
com a Morgana, a
sua escrava.
Não achámos bem
só aparecerem qua-
tro ladrões, mas mes-
mo assim foi bom.
Adorámos a peça
de teatro.
Sebastião Santos e David Pati-
nha, 3.º A da EB1/JI Frei Luís de
Sousa
A E S T R E L I N H A A Z U L
Era uma vez uma
estrelinha azul, que
não se queria lavar,
porque ela não gos-
tava.
Ela vivia no céu com
as suas amiguinhas
estrelas e com a lua.
A estrelinha azul es-
tava cheia de pó,
porque andou no
escorrega das nu-
vens.
A lua disse à estreli-
nha azul que tinha
de tomar banho, pa-
ra brilhar como as
outras estrelinhas.
A estrelinha azul res-
pondeu: — eu não
quero tomar banho!
Ela foi para um sítio
escuro do céu e não
se via na terra, por-
que estava cheia de
pó.
Depois todas as es-
trelinhas e a lua es-
conderam-se numa
nuvem, porque o
vento tinha dito que
ia chover, mas a es-
trelinha azul não se
escondeu porque
estava muito longe.
A lua gritou: — vai
para debaixo da nu-
vem, porque vai co-
meçar a chover!
Ela começou a cho-
rar com medo e as
lágrimas espalha-
ram-se no corpo de-
la e o pó começou
a sair; ela começou
a ficar brilhante.
As nuvens fizeram
chover, ela lavou-se
e cantou e ficou to-
da a brilhar.
Foi para ao pé das
outras estrelinhas e
da lua e todas fica-
ram felizes, porque a
estrelinha azul já ti-
nha tomado banho.
Os meninos da terra,
quando olharam pa-
ra o céu, viram mais
uma estrelinha bri-
lhante e eles diziam
que era uma estreli-
nha nova e era azul!
Alunos do Jardim de Infância
da EB1/JI António Nobre, grupo
da Educadora Esperança Mo-
reira
Reconto da estória – A estreli-
nha azul – no âmbito do Projeto
de parceria com o Centro de
Saúde de 7 Rios
N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3
Página 19
O D O C U M E N T O D E A R Q U I V O E O D O C U M E N T O D E B I B L I O T E C A Divulgação Científica
conservados os do-
cumentos de arqui-
vo.
Conjunto documen-
tal
Arquivo é um ou
mais conjuntos de
documentos, qual-
quer que seja a sua
data e suporte ma-
terial, acumulados
num processo natu-
ral por uma pessoa,
instituição pública
ou privada, no de-
curso da sua ges-
tão; são conserva-
dos respeitando a
sua ordem original,
O CONCEITO DE BI-
BLIOTECA
Instituição
Organismo ou parte
de uma organização
cujo objetivo princi-
pal é organizar cole-
ções, atualizá-las e
facilitar o acesso a
documentos, que
respondam às ne-
cessidades dos utili-
zadores nos aspetos
de informação, edu-
cação ou lazer.
Edifício
Edifício destinado a
abrigar coleções de
livros e documentos,
devidamente orde-
nados, para consulta
pública ou particu-
lar.
Conjunto documental
Qualquer coleção
organizada de livros
e de publicações
em série e impressos
ou de quaisquer do-
cumentos gráficos
ou audiovisuais, dis-
poníveis para em-
préstimo ou consul-
ta.
O conceito de Arqui-
vística
Ciência que tem por
objeto os arquivos,
os princípios e os
métodos da sua
constituição, conser-
vação, organização
e comunicação.
para servir como
testemunho e infor-
mação, para a
pessoa ou institui-
ção que os produz,
para os cidadãos
ou para servir como
fonte para a Histó-
ria.
1. QUANTO AO TIPO
O documento de
Arquivo é, na sua
maior parte, ma-
nuscrito, mas tam-
3. QUANTO À ORIGEM
O documento de
arquivo resulta da
atividade da enti-
dade produtora.
O documento de
biblioteca tem ori-
gem na compra,
doação e/ ou per-
muta.
4. QUANTO AO NÚMERO
O documento de
Arquivo é único.
O documento de
Biblioteca existe em
vários exemplares,
consoante a tira-
gem de uma edi-
ção.
5. QUANTO AO VALOR
CULTURAL
O documento de
Arquivo tem um
valor cultural a pos-
teriori.
O documento de
Biblioteca tem um
valor cultural a prio-
ri.
6. QUANTO À CLASSIFICA-
ÇÃO
A classificação de
um documento de
Arquivo resulta de
um plano orgânico
e funcional.
A classificação de
um documento de
Biblioteca resulta
de um esquema
temático como, por
exemplo, a Classifi-
cação Decimal Uni-
bém iconográfico e
de suporte informá-
tico.
O documento de
Biblioteca é, na sua
maior parte, impres-
so.
2. QUANTO À QUANTIDA-
DE
O documento de
Arquivo resulta da
maior ou menor ati-
vidade da institui-
ção.
O documento de
Biblioteca depende
da maior ou menor
verba orçamental
da instituição.
O CONCEITO DE AR-
QUIVO
Instituição
Instituição responsá-
vel pela aquisição,
conservação, orga-
nização e comuni-
cação dos docu-
mentos de arquivo.
Edifício
Edifício, ou parte de
um edifício, onde
são recebidos e
J A N E L A A B E R TA
Página 20
arquivo é, por este
motivo, oposta à de
coleção, cuja for-
mação e crescimen-
to deriva de critérios
subjetivos.
O arquivo é produzi-
do com documen-
tos de todo o tem-
po, isto é, indepen-
dentemente da da-
ta da sua criação e
como são produzi-
dos num processo
contínuo, organi-
zam-se por séries
documentais.
Os documentos de
arquivo são conser-
vados para prestar
um serviço, sendo
usados ou como
prova de direitos ou
como informação
de antecedentes.
Equipa da BECRE da ESDPV
O D O C U M E N T O D E A R Q U I V O E O D O C U M E N T O D E B I B L I O T E C A Divulgação Científica
As características do
documento de ar-
quivo
Considera-se como
DOCUMENTO qualquer
testemunho da ativi-
dade humana, fixa-
do num suporte per-
durável.
A formação dos do-
cumentos de arqui-
vo é resultante de
um processo natural,
isto é, são produto
da atividade de
uma pessoa ou insti-
tuição.
Como as pessoas e
as instituições estão
sujeitas a leis e regu-
lamentos, os docu-
mentos de arquivo
são produzidos de
acordo com proce-
dimentos normati-
vos, resultando daí
uma organização
própria. A noção de
versal (CDU).
7. QUANTO À DESCRIÇÃO
A descrição de um
documento de ar-
quivo é multinível.
A descrição de um
documento de bi-
blioteca é feita pe-
ça a peça.
8. QUANTO AOS INSTRU-
MENTOS DE DESCRIÇÃO
Os principais instru-
mentos de descri-
ção arquivísticos são
os Guias, Inventários,
Catálogos, etc.
Os instrumentos de
descrição bibliote-
conómicos são os
Catálogos — ono-
másticos, de títulos,
ideográficos, topo-
gráficos, sistemáti-
cos, etc. — e Biblio-
grafias.
F E R N A N D O P E S S O A N A B I B L I O T E C A D A S L A R A N J E I R A S
O serviço educativo da
Casa Fernando Pessoa
tem uma atividade
para as escolas do 1.º
ciclo. A Equipa da
Biblioteca das Laran-
Fernando António No-
gueira Pessoa”, assim se
chama Fernando Pessoa,
por ter nascido no dia do
santo do mesmo nome,
Fernando António
jeiras convidou-os e
eles realizaram duas
sessões na Biblioteca,
uma para as duas
turmas do 4.º ano e
outra para o 3.ºA.
Os alunos ficaram a
conhecer mais sobre
a vida e obra de Fer-
nando Pessoa, os he-
terónimos e o seu
amor por Ofélia.
EB1/JI das Laranjeiras
A Casa onde
nasceu, no dia
13 de Junho de
1888, no Largo
de S. Carlos
N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3
Página 21
PIETER BRUEGEL PINTOU VÁRIAS VERSÕES DE O MASSACRE DOS INOCENTES Divulgação Científica
1565-67, O Massacre dos Inocentes, Museu de Belas Artes de Viena
1565-67, O Massacre dos Inocentes, Royal Colection, Londres
Rodolfo II Habsbourg mandou repintar o quadro para parecer uma cena de pilhagem e não
uma alegoria sobre as perseguições religiosas do Duque de Alba nos Países Baixos, por or-
dem de Filipe II de Espanha.
Isabel Ferreira de Almeida, docente da ESDPV
J A N E L A A B E R TA
Página 22
M E O K A N A L
te. A programação
ainda é pouco varia-
da e, para superar-
mos tal facto, con-
tamos com o contri-
buto de todos! Envi-
em-nos os vossos ví-
deos (em formato
avi ou mp4) para o
email multimedia-
acompanhados da
ficha técnica, onde
se mencionem os no-
mes de todos os en-
volvidos (professores
organizadores e tur-
mas participantes).
Foi criado um Meo
Kanal para o Agrupa-
mento de Escolas
das Laranjeiras no n.º
178064. Todos os utili-
zadores do Meo po-
derão assistir aos con-
teúdos, que o AEL dis-
ponibiliza diariamen-
Podem utilizar a pla-
taforma de envio de
ficheiros WeTransfer,
que é muito fácil de
manusear. Os vídeos,
que são colocados
neste canal, ficam
também disponíveis
no canal do AEL, no
youtube, em http://
www.youtube.com/
u s e r /
AGEscolasLaranjeiras.
O Curso de Multimé-
dia fica à espera das
vossas imagens!
Ana Nunes, técnica de
multimédia
S E R M Ã O D E S A N T O A N T Ó N I O A O S P E I X E S
A modernidade da
atuação e da men-
sagem de Padre
António Vieira, atra-
vés da alegoria dos
peixes, é evidente.
Na minha opinião,
era necessário haver
hoje alguém que,
com a mesma cora-
gem que ele teve,
mostrasse aos ho-
mens aquilo que eles
realmente são e os
chamasse à razão.
Tudo o que Vieira
aponta como defei-
tos dos homens
mantém-se na atua-
lidade. Infelizmente,
os homens continuam
a não ser como o sal
e, em vez de impedi-
rem a degradação
e a corrupção, fo-
mentam-nas. À pri-
meira oportunidade,
tudo fazem para
dor que Judas.
Um Padre António
Vieira não foi sufi-
ciente para mudar
os homens e impe-
dir a exploração
dos índios pelos co-
lonos brancos. Os
homens vão conti-
nuar a ignorar quem
está disposto a curar
a sua cegueira e
alumiar a sua vida,
tal com aconteceu
com Santo António,
em Arimino.
Joana Anglin Ferreira,
11.º 1 da ESDPV
melhorar a sua con-
dição, ignorando os
meios para alcan-
çarem os seus fins.
Tal como no Sermão,
a rémora é, ainda
hoje, uma crítica ex-
plícita aos homens,
que se deixam guiar
pelas vontades em
vez de ouvirem a voz
da razão. Os ho-
mens continuam ce-
gos de tanta vaida-
de, ignorância e
conformismo. Não
distinguindo o bem
do mal, lição que o
peixe quatro-olhos
tão bem ensinou, os
homens continuam
oportunistas, como
os pegadores e arro-
gantes como os ron-
cadores. No topo de
tudo isto, tal como
no sermão, temos os
hipócritas que, tal
como o polvo, apa-
rentam a bondade
e a inocência, mas,
nas nossas costas,
traem a nossa con-
fiança, muitas vezes
«vestindo-se de co-
res» e agindo «às es-
curas», como o pol-
vo, ainda mais trai-
NÃO ENTENDER PATAVINA
Significado: Não saber
n a d a s o b r e
determinado assunto.
Nada mesmo.
Histórico: Tito Lívio,
natural de Patavium
(hoje Pádua, na Itália),
usava um latim
horroroso, originário
da sua região. Nem
todos entendiam. Daí
surgiu o Patavinismo,
que originariamente
s i g n i f i c a v a n ã o
entender Tito Lívio,
n ã o e n t e n d e r
patavina.
Equipa da BECRE da ESDPV
N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3
Página 23
A T I V I D A D E S D E S P O R T I V A S N A E B 2 . 3 P R O F . D E L F I M S A N T O S
pantes, árbitros e
acompanhantes das
turmas de 5.º ano,
além dos professores
de Educação Física.
Ao organizar estas
atividades, a escola
tem como objetivo
envolver o maior nú-
mero possível de alu-
nos e encorajá-los a
ter interesse na práti-
ca e organização de
eventos desportivos.
Cremos ter criado
uma influência positi-
va sobre todos os
participantes.
O Grupo de Educa-
ção Física da Escola
Delfim Santos reali-
zou, nos passados
dias 12, 13 e 14 de
dezembro, as ativi-
dades de final de
período nas modali-
dades de voleibol
(6.º, 8.º e 9.º anos),
basquetebol (5.º ano)
e andebol (7.º ano).
Foram 3 dias de in-
tensa prática des-
portiva, muita parti-
cipação e grande
entusiasmo. Estive-
ram envolvidos 400
alunos, entre partici-
No final do ano, va-
mos premiar as tur-
mas que consegui-
rem melhores resulta-
dos no conjunto dos
3 períodos, por ano
de escolaridade.
Aqui ficam as turmas
vencedoras do 1.º
período: 5.º H; 6.º G;
7.º A; 8.º E e 9.º D.
EB 2.3 Prof. Delfim Santos
D A R O L A M I R É
Esta expressão utili-
za-se para dar o sinal
de começo de qual-
quer ação, para indi-
car um caminho ou
dar uma pista, um
aviso, ou um indício.
Trata-se da forma
aglutinada da expres-
são "lá, mi, ré," (notas
musicais), que desig-
na o diapasão, instru-
mento musical usado
na afinação de instru-
mentos ou vozes. A
expressão foi-se po-
pularizando, aca-
bando por designar
qualquer sinal que dê
começo a uma ativi-
dade. Equipa da BECRE da ESDPV
J A N E L A A B E R TA
Página 24
No dia 13 de dezembro realizou-se o torneio
de badminton, sendo responsável a professora
Maria João Crespo.
E D U C A Ç Ã O F Í S I C A N A E S D P V
Teve lugar, no dia 11 de dezembro, o corta
mato escolar da responsabilidade da docen-
te Raquel Rodrigues.
C I N E M A N A B E C R E D A E S D P V Filme: A Turma
No dia 15 de janeiro,
na BECRE, pelas oito
horas e dez minutos,
passaremos o filme A
Turma, do realizador
Laurent Cantet, ven-
cedor da Palma de
Ouro no Festival de
Cannes.
Baseado no livro do
professor François
Bégaudeau, o filme
consegue tocar um
conjunto surpreen-
dente de questões
pessoais e sociais ao
focar um ano de
uma turma de alu-
nos, de um bairro
problemático, de
Paris, microcosmos
da população fran-
cesa, espelho dos
contrastes multicul-
turais dos grandes
centros urbanos de
todo o mundo.
A escola é o tema
dos temas, por isso o
desafio de ensinar e
o conflito na sala de
aula são constantes,
ao longo do filme.
A TURMA cativa pela
sua energia física e
torna-se a prova feliz
de um pensamento
em ação. Um filme a não perder.
Equipa da BECRE da ESDPV
N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3
Página 25
V I S I T A D E E S T U D O A O M U S E U D A E L E T R I C I D A D E
particular relevo pa-
ra as energias reno-
váveis, uma exposi-
ção dedicada aos
cientistas, que mais
contribuíram para a
descoberta e desen-
volvimento dos fenó-
menos da eletricida-
de, além de maque-
tas sobre todo o
processo de produ-
ção, transporte e
distribuição de ele-
tricidade. Fizeram
muitas experiências
relacionadas com a
eletricidade. Foi,
também, interessan-
te compreender a
As turmas B e C do
8º ano participaram
numa visita de estu-
do ao Museu da
Eletricidade. Esta
visita integra o pro-
grama da C.M.L.
“Escola a Escola Pró
Ambiente”. Os alu-
nos foram acompa-
nhados pelas pro-
fessoras de ciências
naturais e de ciên-
cias físico-químicas
e, ainda, das profes-
soras de história do
8º B e de português
do 8º C. Estes pude-
ram visitar as instala-
ções e compreen-
der o funcionamen-
to desta antiga cen-
tral termo elétrica
de Lisboa, desde a
identificação dos
seus diversos com-
ponentes, até à ex-
plicação do seu
funcionamento. Ti-
veram, ainda, a hi-
pótese de observar
um espaço dedica-
do às diversas fon-
tes de energia, com
No dia 14 de de-
zembro, as turmas
do 8.º B e do 8.º C
foram a uma visita
de estudo promovi-
da pela C.M.L. ao
Museu da Eletricida-
de. Fomos de auto-
carro e, quando
chegámos, um mo-
nitor veio ter connos-
co para nos guiar na
visita. Falou-nos so-
bre a eletricidade e
fizemos algumas ex-
periências para per-
cebermos um pou-
co do que trata a
eletricidade. O mo-
perspetiva histórica
relacionada com os
recursos energéti-
cos. Esta temática
inclui-se no âmbito
dos recursos naturais
– utilização e conse-
quências, do pro-
grama do 8º ano.
Os alunos participa-
ram com empenho
e interesse nesta visi-
ta colaborando ati-
vamente em todas
as atividades.
Rosário Simões – DT do 8.º B
Maria João Cardoso – DT do 8.º C
nitor mostrou-nos o
museu enquanto ia
explicando os pro-
cessos de produção
da eletricidade na
Central Tejo e como
antigamente lá se
trabalhava. Foi uma
visita muito boa e
aprendemos bas-
tante.
Marta Penteado, n.º 17, 8.º B da
EB 2.3 Prof. Delfim Santos
J A N E L A A B E R TA
Página 26
caram no céu até
hoje, transformados
em gordas estrelas
brilhantes...» Se qui-
seres ler os contos
desta importante
escritora de língua
portuguesa, consul-
ta este endereço:
h t t p : / /
p o r t u -
gues.seed.pr.gov.br
/ a r q u i v o s / F i l e /
ClariceLispector.pdf
Ana Correia – PB da Escola
Básica 2.3 Prof. Delfim Santos
I D A A O T E A T R O C O M O C L U B E D E L E I T U R A “ L E T R A V I V A ”
do folclore brasileiro,
realçadas por músi-
ca instrumental to-
cada ao vivo.
«...Quando as índias
voltaram, ficaram
assustadas vendo os
filhos subindo pelo
ar. Resolveram, es-
sas mães nervosas,
subir atrás dos meni-
nos e cortar o cipó
em baixo deles.
Aconteceu uma coi-
sa que só acontece
quando a gente
acredita: as mães
caíram no chão,
t rans fo rmando -se
em onças. Quanto
aos curumins, como
já não podiam vol-
tar para a terra, fi-
Os membros do Clu-
be de Leitura, dia 14
de dezembro, foram
ver uma peça de
teatro ao Teatro Na-
cional D. Maria II. A
peça chama-se
"Como nascem as
estrelas", de Clarice
Lispector. São recon-
tados seis das lendas
O P I O R C E G O É O Q U E N Ã O Q U E R V E R
muito melhor. Pediu
ao cirurgião que ar-
rancasse os seus
olhos. O caso foi
acabar no tribunal
de Paris e no Vatica-
no. Angel ganhou a
causa e entrou para
a história como o
cego que não quis
ver.
Equipa da BECRE da ESDPV
genrt fez o primeiro
transplante de cór-
nea num aldeão de
nome Angel. Foi um
sucesso da medicina
da época, menos
para Angel, que as-
sim que passou a ver
ficou horrorizado
com o mundo. Disse
que o mundo que
ele imaginava era
Significado: Diz-se da
pessoa que não
quer ver o que está
mesmo à sua frente.
Nega-se a ver a ver-
dade.
Histórico: Em 1647,
em Nimes, na Fran-
ça, na universidade
local, o doutor Vi-
cent de Paul D'Ar-
ESPETÁCULO DE
QUALIDADE
Dia 14 de dezembro,
pelas 21 horas no Au-
ditório Chaves Santos,
houve espetáculo de
qualidade. Atuaram
o Gospel Choir e o
Coro D. Pedro V.
Luís Correia,
Presidente da CAP
N O V O E N D E R E Ç O D O J A N E L A A B E R T A
ser enviados em for-
mato word, sem for-
matações.
Equipa da BECRE da ESDPV
eletrónico para en-
vio de artigos é: ja-
.p. Os artigos devem
A equipa coordena-
dora do projeto Ja-
nela Aberta comuni-
ca que o endereço
N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3
Página 27
Escola Secundária D. Pedro V
Escola Básica 2. 3. Prof. Delfim Santos
EB1 / JI Frei Luís de Sousa
EB1 / JI António Nobre
EB1 / JI Laranjeiras
Estrada das Laranjeira, 122 1600-136 Lisboa
Rua Maestro Frederico Freitas 1500-400 Lisboa
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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DAS LARANJEIRAS
SEM EIRA NEM BEIRA
Significado: Pessoas
sem bens, sem pos-
ses.
Histórico: Eira é um
terreno de terra bati-
da ou cimento onde
os grãos ficam ao ar
livre para secar. Beira
é a beirada da eira.
Quando uma eira
não tem beira, o ven-
to leva os grãos e o
proprietário fica sem
nada.
Dizem que antiga-
mente as casas das
pessoas ricas tinham
um telhado triplo: a
eira, a beira e a tri-
beira como era cha-
mada a parte mais
alta do telhado. As
pessoas mais pobres
não tinham condi-
ções de fazer este
telhado triplo, então
construíam, somente,
a tribeira ficando as-
sim sem eira nem bei-
ra.
Equipa da BECRE da ESDPV
E S C O L A E B 1 / J I F R E I L U Í S D E S O U S A
A atual Escola EB1/JI
Frei Luís de Sousa, an-
teriormente designa-
da por Escola n.º 49,
foi construída no ano
de 1961. É formada
por dois blocos isola-
dos e dois pátios se-
parados, de modo a
integrar as antigas
escolas masculina e
feminina, como ain-
da se pode ver na
inscrição da entrada
de um dos portões.
Depois do 25 de Abril
de 1974, para con-
cretizar a coeduca-
ção, foi derrubado o
muro que separava
os pátios, de modo a
unir os dois espaços.
Enquanto instituição,
remonta à Primeira
República, como tes-
temunham os livros
de ponto existentes
no seu espólio, para
além de outros ma-
teriais didáticos da
época. Nessa altura,
desdobrava-se em
dois edifícios, de acor-
do com a separa-
ção de géneros: a
Escola n.º 49, para o
sexo masculino, situa-
da à entrada do Jar-
dim Zoológico e a
Escola n.º 50, para o
sexo feminino, no
início da Estrada de
Benfica.
No ano letivo
2004/2005, foi inte-
grada no Agrupa-
mento de Escolas
Delfim Santos, altura
em que passou a
designar-se de EB1
Frei Luís de Sousa. A
escolha deste patro-
no provém do facto
de Frei Luís de Sousa
ter passado parte da
sua vida na zona
que atualmente
constitui a Freguesia
de S. Domingos de
Benfica, encontran-
do-se sepultado na
Igreja de Nossa Se-
nhora do Rosário.
No ano letivo
2012/2013, começou
a funcionar, nas suas
instalações, o Jardim
de Infância Frei Luís
de Sousa. Foi tam-
bém, neste ano, que
passou a fazer parte
do Agrupamento de
Escolas das Laranjei-
ras, com sede na Es-
cola Secundária D.
Pedro V.
Inácia Santana, docente da
EB1/JI Frei Luís de Sousa
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