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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DAS LARANJEIRAS D EZEMBRO 2012 N EWSLETTER 3 J ANELA A BERTA NESTA EDIÇÃO: NESTA EDIÇÃO: ÁRVORES DE NATAL NA ESDPV 2 CONSTRUÍMOS UM PAI NATAL 2 A NOSSA ÁRVORE DE NATAL 3 CONSTRUÍMOS UM PRESÉPIO 3 NOITE DE NATAL 4/6 O SONHO DO PAI NATAL 7 UMA PRENDA ESPECIAL 7 NATAL 8 FESTAS FELIZES 9 A MÁQUINA DO PAI NATAL 9 CONTO DE NATAL 10/11 O PAI NATAL E O MENINO 12 O MENINO E O PAI NATAL 12 NATAL TECNOLÓGICO 13 O PAI NATAL NÃO DORMIA 14 ARIEL 15 ALDA, MINHA MÃE 16/17 UM CONTO DE NATAL 17 AS IRMÃS NUM NATAL 17 A MENINA DO MAR 18 TEATRO NA ESDPV 18 AS TRÊS CIDRAS DO AMOR 19 A ESTRELINHA AZUL 19 ALI BABÁ E OS LADRÕES 19 O DOC. DE ARQUIVO E O DOC. DE BIBLIOTECA 20/21 FERNANDO PESSOA NAS LARANJEIRAS 21 O MASSACRE DOS INOCENTES 22 SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO 23 MEO KANAL 23 ATIVIDADES DESPORTIVAS 24 DAR O LAMIRÉ 24 EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESDPV 25 CINEMA NA ESDPV 25 VISITA DE ESTUDO 26 I DA AO TEATRO 27 O PIOR CEGO 27 NOVO ENDEREÇO DO JA 27 ESPECTÁCULO DE QUALIDADE 27 E SCOLA EB1/JI FLS 28 U M A GRUPAMENTO I NCLUSIVO dos alunos, envolvendo autonomias e aprendi- zagens funcionais, pro- curando, em simultâ- neo, a sua inclusão no ensino regular e perspe- tivando o seu encami- nhamento para respos- tas futuras de vida ativa diversificadas. O trabalho realizado com estes alunos radica nos seus currículos espe- cíficos, sendo estes con- cretizados nas aulas re- gulares, propriamente ditas, e em projetos co- mo a estufa, a horta pedagógica, as expres- sões e a culinária, para além de outras ativida- des desenvolvidas em diferentes espaços es- O Agrupamento de Es- colas das Laranjeiras constitui-se como uma escola de referência para alunos com Pertur- bação do Espetro do Autismo, com duas Uni- dades de Ensino Estrutu- rado para o Autismo (UEEA): uma na escola do 1º ciclo António No- bre e outra na EB 2.3 Professor Delfim Santos. A UEEA, que funciona na EB 2.3 Professor Del- fim Santos, tem 7 alunos, com uma faixa etária entre os 13 e os 20 anos. A Unidade tem como meta essencial respon- der adequadamente e com qualidade às ne- cessidades individuais colares, como a pape- laria e o refeitório. As saídas ao espaço circundante da escola e visitas de estudo são momentos privilegiados de aprendizagens e vivências, que dão sen- tido e reforçam a sua integração e inclusão na comunidade. Damos hoje notícia da visita de estudo ao Mu- seu de S. Roque, no dia 5 de Dezembro, aqui referida pelo seu interes- se artístico e formativo. Fomos de autocarro da Carris, atividade que pe- los seus aspetos práticos — como sejam a com- pra do bilhete, o arranjar lugar ou o ficar de pé — constituem para estes jovens momentos muito ricos de aprendizagem e convivência na co- munidade. Pelo caminho apreciá- mos a beleza da nossa cidade, no miradouro de S. Pedro de Alcânta- ra, vista privilegiada de jardins, do rio, da Baixa lisboeta e do Castelo de S. Jorge. As professoras de educação especial, Helena Godinho e Palmira Alexandrino da EB 2.3 Prof. Delfim Santos EQUIPA TÉCNICA: EQUIPA TÉCNICA: Coordenação do projeto: Equipa da BECRE da ESDPV Revisão de artigos: Equipa da BECRE da ESDPV Conceção e montagem gráfica: Equipa da BECRE da ESDPV

Janela Aberta nº 3

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Boletim do Agrupamento

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Page 1: Janela Aberta nº 3

AG

RU

PA

MEN

TO

D

E

ESC

OLA

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AS LA

RA

NJEIR

AS

D E Z E M B R O 2 0 1 2

NEWSLETTER 3

JANELA ABERTA

N E S T A E D I Ç Ã O :N E S T A E D I Ç Ã O :

ÁRVORES DE NATAL NA ESDPV 2

CONSTRUÍMOS UM PAI NATAL 2

A NOSSA ÁRVORE DE NATAL 3

CONSTRUÍMOS UM PRESÉPIO 3

NOITE DE NATAL 4/6

O SONHO DO PAI NATAL 7

UMA PRENDA ESPECIAL 7

NATAL 8

FESTAS FELIZES 9

A MÁQUINA DO PAI NATAL 9

CONTO DE NATAL 10/11

O PAI NATAL E O MENINO 12

O MENINO E O PAI NATAL 12

NATAL TECNOLÓGICO 13

O PAI NATAL NÃO DORMIA 14

ARIEL 15

ALDA, MINHA MÃE 16/17

UM CONTO DE NATAL 17

AS IRMÃS SÓ NUM NATAL 17

A MENINA DO MAR 18

TEATRO NA ESDPV 18

AS TRÊS CIDRAS DO AMOR 19

A ESTRELINHA AZUL 19

ALI BABÁ E OS LADRÕES 19

O DOC. DE ARQUIVO E O

DOC. DE BIBLIOTECA 20/21

FERNANDO PESSOA NAS

LARANJEIRAS 21

O MASSACRE DOS INOCENTES 22

SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO 23

MEO KANAL 23

ATIVIDADES DESPORTIVAS 24

DAR O LAMIRÉ 24

EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESDPV 25

CINEMA NA ESDPV 25

VISITA DE ESTUDO 26

IDA AO TEATRO 27

O PIOR CEGO 27

NOVO ENDEREÇO DO JA 27

ESPECTÁCULO DE QUALIDADE 27

ESCOLA EB1/JI FLS 28

U M A G R U P A M E N T O I N C L U S I V O

dos alunos, envolvendo

autonomias e aprendi-

zagens funcionais, pro-

curando, em simultâ-

neo, a sua inclusão no

ensino regular e perspe-

tivando o seu encami-

nhamento para respos-

tas futuras de vida ativa

diversificadas.

O trabalho realizado

com estes alunos radica

nos seus currículos espe-

cíficos, sendo estes con-

cretizados nas aulas re-

gulares, propriamente

ditas, e em projetos co-

mo a estufa, a horta

pedagógica, as expres-

sões e a culinária, para

além de outras ativida-

des desenvolvidas em

diferentes espaços es-

O Agrupamento de Es-

colas das Laranjeiras

constitui-se como uma

escola de referência

para alunos com Pertur-

bação do Espetro do

Autismo, com duas Uni-

dades de Ensino Estrutu-

rado para o Autismo

(UEEA): uma na escola

do 1º ciclo António No-

bre e outra na EB 2.3

Professor Delfim Santos.

A UEEA, que funciona

na EB 2.3 Professor Del-

fim Santos, tem 7 alunos,

com uma faixa etária

entre os 13 e os 20 anos.

A Unidade tem como

meta essencial respon-

der adequadamente e

com qualidade às ne-

cessidades individuais

colares, como a pape-

laria e o refeitório.

As saídas ao espaço

circundante da escola

e visitas de estudo são

momentos privilegiados

de aprendizagens e

vivências, que dão sen-

tido e reforçam a sua

integração e inclusão

na comunidade.

Damos hoje notícia da

visita de estudo ao Mu-

seu de S. Roque, no dia

5 de Dezembro, aqui

referida pelo seu interes-

se artístico e formativo.

Fomos de autocarro da

Carris, atividade que pe-

los seus aspetos práticos

— como sejam a com-

pra do bilhete, o arranjar

lugar ou o ficar de pé —

constituem para estes

jovens momentos muito

ricos de aprendizagem

e convivência na co-

munidade.

Pelo caminho apreciá-

mos a beleza da nossa

cidade, no miradouro

de S. Pedro de Alcânta-

ra, vista privilegiada de

jardins, do rio, da Baixa

lisboeta e do Castelo

de S. Jorge.

As professoras de educação

especial, Helena Godinho e

Palmira Alexandrino da

EB 2.3 Prof. Delfim Santos

EQ UI P A T É C NI C A:EQ UI P A T É C NI C A:

Coordenação do projeto:

Equipa da BECRE da ESDPV

Revisão de artigos:

Equipa da BECRE da ESDPV

Conceção e montagem

gráfica:

Equipa da BECRE da ESDPV

Page 2: Janela Aberta nº 3

Á R V O R E S D E N A T A L N A B E C R E D A E S D P V

vessem uma frase

iniciada por “Um

livro é…”. Algumas

delas já estão a ser

publicadas no bole-

tim Janela Aberta.

Presentemente, as

árvores de Natal

expostas nos vidros

da biblioteca e da

sala de estudo são

constituídas por es-

sas frases. É interes-

sante e curioso ver

os grupos de alunos

à procura do seu

papelinho!

Por outro lado, a

equipa decidiu, es-

te ano, solicitar aos

discentes e docen-

tes uma frase ou um

No início do ano

letivo, os alunos dos

7.º e 10.º anos visita-

ram a biblioteca

para tomarem co-

nhecimento do mo-

dus operandi do

espaço. Foi-lhes soli-

citado que escre-

poema sobre o Na-

tal, para enfeitar,

de um modo dife-

rente, a árvore da

BECRE. A originali-

dade da ideia foi

aceite por inúmeros

alunos. É de louvar

a atitude espontâ-

nea e voluntária de

duas alunas do 11.º

ano, Daniela Santos

e Daniela Botnariuc,

que não só a enfei-

taram, como fize-

ram a estrela cimei-

ra e bonecos, nos

cartões, alusivos à

quadra. Até há flo-

cos de neve recor-

tados em papel!

Equipa da BECRE da ESDPV

C O N S T R U Í M O S U M P A I N A T A L EB1/JI Frei Luís de Sousa

se chama massa fina.

Diluímos essa massa

fina com água e de-

mos pinceladas por

todo o corpo para

ficar mais duro.

A professora com-

prou tecido vermelho

e preto. Com o teci-

do fizemos um molde

e cortámos o casaco

e as botas do Pai Na-

tal.

Foi uma experiência

muito engraçada,

porque até aprende-

mos a coser a roupa

do Pai Natal. Espera-

mos que gostem do

resultado final.

Gabriela, Daniel, Susana,

Raquel, Micaela, Luís, Ângelo,

Solange e Rúben da EB1/JI Frei

Luís de Sousa

No gabinete da pro-

fessora Virgínia, cons-

truímos um Pai Natal.

Primeiro fizemos uma

estrutura de arame

fininho com a ajuda

da professora. Depois

começámos a enro-

lar papel de jornal e

tentámos moldar um

corpo. Moldámos a

cabeça, os braços, o

corpo e as pernas do

Pai Natal.

Quando já estava

todo moldado, o Da-

niel trouxe de casa

um pó branco, que

J A N E L A A B E R TA

Página 2

Page 3: Janela Aberta nº 3

C O N S T R U Í M O S U M P R E S É P I O EB1/JI das Laranjeiras

A N O S S A Á R V O R E D E N A T A L EB 2,3 Prof. Delfim Santos

entre as nossas ne-

cessidades e a pre-

servação do ambi-

ente constitui, cada

vez mais, um desafio.

Os recursos naturais

não são inesgotáveis

mas, com uma boa

gestão, podemos

continuar a usufruir

deles, sem contudo

comprometer a nos-

sa qualidade de vi-

da e a dos nossos

filhos. A preservação

do meio ambiente

passa, assim, por re-

ciclar, reutilizar e re-

duzir!

Assim, numa parce-

ria entre as ciências

naturais e as ciências

físico-químicas, foi

abordado o tema

“Gestão Sustentável

dos Recursos — Pro-

teção e Conserva-

Tem-se vindo a verifi-

car que o ambiente

global se encontra

seriamente ameaça-

do, nas últimas dé-

cadas, devido à ati-

vidade humana,

causadora da polui-

ção do ar e da

água, da destruição

de espécies de ani-

mais e dos seus habi-

tats, bem como a

ameaça crescente

da alteração climáti-

ca.

Os recursos naturais,

muitas vezes explora-

dos de modo insus-

tentável, incluem

tudo o que ajuda a

manter a vida. Hoje,

somos muitos milhões

e todos necessita-

mos de espaço, de

alimentos e de com-

bustíveis para viver.

Encontrar o equilíbrio

ção da Natureza”,

pelas turmas A, B, C

e D do 7º e do 8º

anos, através da rea-

lização de uma ár-

vore de Natal, pro-

jeto este que consta-

va dos seus PTT.

Este projeto teve co-

mo objetivo sensibili-

zar os alunos para a

necessidade de reci-

clar, de explorar de

forma lúdica o tema,

de dar conhecimen-

tos aos alunos do

que é reciclar, de

fomentar a interiori-

zação de valores e

das práticas de cida-

dania, que contribu-

em para um ambi-

ente e uma qualida-

de de vida melhor,

fomentando a sua

preservação.

Os alunos realizaram

este projeto com

muito empenho,

com um espírito de

entreajuda e de co-

operação e pensa-

mos que ficaram

mais conscientes da

importância fulcral

da reciclagem e

que do lixo se pode

fazer arte.

Maria João Cardoso, Luísa

Constantina, Rosário Simões e

Solange Rola, docentes da

EB 2.3 Prof. Delfim Santos

cer a todos os

professores e fun-

cionários da es-

cola, um postal

de Boas Festas

com votos de um

Feliz Natal.

EB1/JI das Laranjeiras

Presépio feito pe-

las crianças, em

pasta de papel,

do JI das Laranjei-

ras.

As crianças das

salas 1/3/4 da

EB1/JI das Laran-

jeiras foram ofere-

N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3

Página 3

Page 4: Janela Aberta nº 3

As Crianças estão

sempre a nascer.

Às vezes nascem

de explos ivas

a l e g r i a s , d e

achados incríveis,

de deslumbramen-

tos únicos, mas o

mais frequente,

uma vez após

outra, é nascerem

de cada tristeza

sofrida em silêncio,

de cada desgosto

padecido, de

cada frustração

imerecida. Há que

ter muito cuidado

com as Crianças,

nunca me cansarei

de o dizer.

José Saramago in Deste

Mundo e do Outro (excerto

do conto História de um

muro branco e de uma

neve preta)

aberto naquele dia

festivo. À meia-noite,

houve bolo. Ming

soprou as velas e re-

cebeu um presente

dos pais, no meio de

muita alegria.

Voltaram a pé para

casa, caminhando

d e s p r e o c u p a d o s

pela avenida. Um

grupo de jovens

conversava à volta

de uma árvore gran-

de e brilhante e, à

frente de algumas

lojas, um modelo

vestido de vermelho,

com uma longa bar-

ba branca como

neve, assinalava a

quadra.

Ming estava feliz,

mas cansado, e vira-

ram por um caminho

curto e remoto por

onde ninguém pas-

sava. O vento era

forte e frio e a luz

dos candeeiros tre-

meluzia, vacilante. A

noite estava em si-

lêncio.

Chegaram ao cruza-

mento fatídico e es-

peraram o sinal ver-

de. Avançaram.

Não ouviram o som

do carro, não ouvi-

ram a voz que gritou

“Cuidado!”, não vi-

ram que o carro se

aproximava a uma

velocidade alar-

mante... Quando o

olhar se cruzou com

o feixe de luz do car-

N O I T E D E N A T A L (1.º PRÉMIO - 3.º CICLO)

Ming está sentado

num banco de jar-

dim, perto de uma

grande árvore de

Natal, um pinheiro

gigante vestido de

festa. Ao longe, avis-

ta-se o casario de

Lisboa e, lá em bai-

xo, por entre a nebli-

na, o rio. Os seus co-

legas de escola cor-

rem na relva e jo-

gam, felizes, pois é

Natal! Ele contempla

o infinito, de olhar

vazio. A seu lado,

uma cadeira de ro-

das espera.

Tudo acontecera há

três anos, estava ele

no seu oitavo aniver-

sário. Era um menino

feliz: tinha uma mãe

terna e amiga e um

pai trabalhador e

empenhado. Nunca

duvidara, então,

que esta vida não

iria durar para sem-

pre! Mas o Sempre

não existe, apren-

deu mais tarde,

quando um aciden-

te trágico veio des-

truir o seu mundo.

Era dia 24 de de-

zembro, véspera de

Natal. Aquele era,

para si, o dia de to-

das as ilusões: o dia

do seu aniversário.

Comemoraram-no,

como habitualmen-

te, num pequeno

restaurante chinês,

acolhedor, o único

ro, era já demasiado

tarde.

-— Ming, em que

estás a pensar?

O rapaz volta à reali-

dade, levanta a ca-

beça, e vê Liang e

Hong, seus colegas

de escola.

— Nada. — Respon-

de-lhes.

Ming sobrevivera ao

trágico acidente,

porque a mãe o em-

purrara e o carro só

lhe atingira as per-

nas. Depois do fune-

ral dos pais, tinha

entrado num orfana-

to onde passara dois

longos anos solitá-

rios. A sua vida mu-

dara, apenas, há

seis meses, quando

um casal o adotou.

Tinha novamente

uma família: um pai

e uma mãe cuida-

dosos e um irmão

que o enchia de

atenções. Ming revia

-se em Liang: eram

ambos adotados,

tinham a mesma

idade e eram cole-

gas de turma. Tudo

parecia coinciden-

temente perfeito!

Mas o rapaz não

conseguia abrir a

porta do seu cora-

ção à nova família...

Quando dizia Pai,

Mãe, a sua voz era

gelo, negando qual-

quer emoção. Liang

notava-o e sofria

com isso.

O tempo passou

muito rapidamente

e setembro che-

gou. Com ele, a es-

cola e os novos co-

legas. De início,

convidavam-no pa-

ra conversar e fazer

parte do grupo,

mas logo se esque-

ceram de que exis-

tia. Só Liang, seu

colega e irmão, e a

doce Hong perma-

J A N E L A A B E R TA

Página 4

Page 5: Janela Aberta nº 3

N O I T E D E N A T A L (cont.) (1.º PRÉMIO - 3.º CICLO)

conde. Ming ignora

o bolo em cima da

mesa, dirige-se ao

quarto e fecha a

porta.

Naquele instante,

não resiste mais e

uma lágrima desliza

pelo seu rosto como

conta de um colar

quebrado. Hoje é

um dia terrível para

um rapaz de cadei-

ra de rodas brinca

com os outros, guia-

do por dois amigos.

Ouve-se o riso dos

meninos, as palmas,

os gritos de entusias-

mo... Ming, no en-

tanto, não sorri.

Porque é Natal, to-

dos regressam a ca-

sa mais cedo. Ming

neceram a seu lado,

sem que percebesse

exatamente porquê.

— Vamos jogar,

Ming! É Natal! — in-

sistem Liang e Hong,

incitando-o.

— Não consigo jogar

com a cadeira de

rodas...

— Não interessa! —

çam!!!

Ouve a voz da mãe

a chamá-lo para a

mesa, para acen-

derem as velas do

bolo. Esconde a ca-

beça debaixo do

edredom e a voz

diminui, até já não

se ouvir.

Acorda com o som

de passos. Quem

será? Só pode ser

Liang... Ouve, en-

tão, uma voz femini-

na que lhe é famili-

ar... Hong.

— Estás a dormir,

Ming? Se estás

acordado, respon-

de-me...

Permanece em si-

lêncio. Pensa em

levantar-se, mas

antes de o fazer já

Hong está sentada

a seu lado.

— Queria dizer-te

uma coisa. É um

pensamento que

nunca partilhei com

ninguém! Só consi-

go fazê-lo porque

estás a dormir... Mas

se estiveres acorda-

do, diz! Se não, fico

zangada!... Sabes,

mal te conheci,

soube que tinhas

vivido a mesma ex-

periência que eu...

Tens o mesmo olhar

que eu tinha, cati-

vo!

O corpo de Ming

estremece.

também. Liang não

o acompanha logo,

tem algo ainda a

fazer. O menino en-

tra em casa, finge

uma expressão neu-

tra e os pais adoti-

vos nada dizem. Sa-

bem que por detrás

daquela camufla-

gem, muito se es-

ele. É o dia mais irri-

tante do ano: aque-

le que arrebatou os

seus pais, a sua feli-

cidade, tudo o que

tinha. Porque have-

ria de ficar feliz?!

Despe-se e vai para

a cama. Natal?! Ani-

versário?! Quero que

todos desapare-

diz Hong, ajudando

Liang a instalarem-no

na cadeira de rodas.

— Vamos, Liang! —

grita a rapariga —

Empurra a cadeira

que eu vou à frente!

Por entre a neblina

que aumenta, três

silhuetas avançam:

N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3

Página 5

Page 6: Janela Aberta nº 3

N O I T E D E N A T A L (cont.) (1.º PRÉMIO - 3.º CICLO)

tagonista parece

viver a sua vida!

Tem uma família

muito boa e é feliz,

quando tudo é des-

truído por um aci-

dente trágico! Ela

não consegue su-

portar o choque e

fica deprimida...

Prossegue a leitura.

Após um ano, a me-

nina redescobre a

alegria. Não esque-

cendo, compreen-

de. Afinal, os pais

tinham sacrificado

as suas vidas para

salvar a sua! Ficara

um ano deprimida,

mas continuar a

abandonar-se ao

desespero, seria

abandonar os seus

pais ao desespero

também! Nesse ins-

tante, aceita. E o nó

no seu coração de-

sata-se de imediato.

Renasce.

Ming fecha o livro e

chora lágrimas de

chuva. Lembra as

palavras do médico

e dos pais adotivos:

— As pernas eviden-

ciam antigas fratu-

ras, mas nada inul-

trapassável.

— Então por que

não consegue ainda

levantar-se?

— Problemas de co-

ração não são fá-

ceis de superar... Só

ele próprio consegui-

— Falei com o Liang

e confirmei as mi-

nhas suspeitas. Ele

ainda me pergun-

tou, surpreso, como

é que eu tinha adivi-

nhado... Depois de

me ouvir, pediu-me:

Podes ajudá-lo? E

eu concordei. De-

morei ainda dois

meses a escrever

este texto. São as

minhas experiências

reais. Espero que

possam ajudar-te,

meu amigo.

Quando ela se cala,

ele acha que ela

pousa alguma coisa

na mesa de cabe-

ceira.

— É o meu presente

de Natal. Merry

Christmas!

Leva muito tempo a

ter coragem de en-

carar o presente.

Quando o olha, vê o

sapatinho. E há algo

dentro dele... um

livro!

Soube que tinhas

vivido a mesma ex-

periência que eu...

Recorda as palavras

da amiga e o seu

corpo estremece de

novo. Acende a luz

ao seu lado e abre o

livro. É fino e tosco,

mas consegue ver

que foi feito com

muito cuidado.

Lê-o com redobra-

da surpresa: a pro-

Um livro é mais

que uma história

ou um conjunto de

folhas: é um

sentimento que

perdura escrito e

g r a v a d o n a

memória de quem

o lê.

Catarina Freire, 10.º 5, n.º 5

Um livro é um

companheiro, um

amigo, um apoio.

Um livro é uma

a g r a d á v e l

companhia, tanto

para uma tarde

de sol como para

uma noite fria. O

livro é um amigo.

Um livro, às vezes,

é tudo.

Sara E., 10.º 9

rá vencer os seus

fantasmas.

Ming respira fundo.

Apoia-se no suporte

da cama, ergue-se...

e cai. Junta todas as

forças e tenta de

novo... e volta a cair.

As suas articulações

e os seus músculos

estão fracos, mas

consegue finalmen-

te soerguer-se. Che-

ga ao corredor

cambaleante e,

apoiado na ombrei-

ra da porta, espreita

a sala. A cadeira de

rodas permanece,

inerte, no quarto.

— Já... já consegues

andar, Ming?!... —

Diz a mãe, num fio

de voz.

— Sim, mãe, pai,

Liang, CONSIGO!

Liang sorri. A voz de

Ming já tem alma.

Obrigada Hong,

murmura. Ming ouve

o sino da igreja cha-

mando para a Missa

do Galo e sorri, ilumi-

nado:

- Não me dão os pa-

rabéns? Hoje, mais

do que nunca, tam-

bém eu nasci.

Os pais e o irmão

dizem, em uníssono,

Parabéns! enquanto,

lá longe, o sino

ecoa...

Guanqun Zhang, n.º 13, 8.º A,

Escola 2.3 Prof. Delfim Santos

J A N E L A A B E R TA

Página 6

Page 7: Janela Aberta nº 3

frio e da noite.

O Pai Natal sonhou

um sonho lindo, tão

lindo, que não que-

ria acordar. E, no seu

sonho, não havia ins-

tituições para aco-

lher crianças maltra-

crescer e ser Homem

ou mulher.

O Pai Natal sonhou

um sonho lindo, tão

lindo, que não queria

acordar. E, no seu

sonho, não havia

barracas, com água

O S O N H O D O P A I N A T A L (1.º PRÉMIO -2.º CICLO)

brilhantes de felicida-

de. Todas as crianças

tinham acabado de

tomar um esplêndido

pequeno-almoço e

preparavam-se para

ir para a escola, on-

de todos aprendiam

a difícil tarefa de

O Pai Natal tinha um

sonho lindo, tão lindo

que não queria acor-

dar. E não queria

acordar, porque nes-

te ano os Humanos

encheram-se de boa

vontade e fizeram

um acordo de Paz,

que silenciou todas

as armas. Em todos

os cantos do plane-

ta, mesmo nos luga-

res mais recônditos

da Terra, as armas

calaram-se para

sempre e os carros

de combate e outras

máquinas de guerra

foram entregues às

crianças, para nelas

pintarem flores bran-

cas de paz.

O Pai Natal sonhou

um sonho lindo, tão

lindo, que não queria

acordar. E não que-

ria acordar, porque

nesse sonho não ha-

via fome: em todas

as casas havia comi-

da, havia até algu-

mas guloseimas para

dar aos mais peque-

nos. Mesmo as crian-

ças de países outrora

pobres tinham, ago-

ra, os olhos brilhantes,

a escorrer pelas pa-

redes e ratos pelo

chão, nem gente

sem teto, a dormir

ao relento. No sonho

do Pai Natal, todos

tinham uma casa,

um aconchego, pa-

ra se protegerem do

tadas e abandona-

das pelos pais nem

pequeninos e pe-

queninas à espera

de um carinho, de

um beijo… de

AMOR. Todas as cri-

anças tinham uma

família: uma mãe ou

um pai ou ambos os

pais, todas as crian-

ças tinham um colo

à sua espera.

O Pai Natal sonhou

um sonho lindo, tão

lindo que não que-

ria acordar. E no seu

sonho não havia

palavrões ou outras

palavras feias, não

havia empurrões,

má educação e

desentendimentos.

Toda a gente se

c u m p r i m e n t a v a

com um sorriso nos

lábios. Nas estradas,

os automobilistas

não circulavam

com excesso de ve-

locidade, cumpriam

as regras de trânsito

e não barafusta-

vam uns com os ou-

tros.

Sara Pontes, n.º 22, 5.º G,

Escola 2.3 Prof. Delfim Santos

U M A P R E N D A E S P E C I A L

Era uma vez um me-

nino chamado Ós-

car, que queria dar

uma coisa à mãe.

Estava quase a che-

gar o Natal e ele es-

tava tão nervoso,

que resolveu ir dar

um passeio à floresta.

A certa altura, en-

controu uma flor de

Natal.

Foi a correr até lá e

disse:

— Esta flor é ótima

para dar à mãe.

A mãe ficou tão con-

tente, que lhe deu

um beijinho. Gabriela, 4.º C

da EB1/JI Frei Luís de Sousa

N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3

Página 7

Page 8: Janela Aberta nº 3

N A T A L EB1 / JI das Laranjeiras

J A N E L A A B E R TA

Página 8

Page 9: Janela Aberta nº 3

F E S T A S F E L I Z E S

Os meninos do Jardim

de Infância Frei Luís de

Sousa estão a viver,

como todas as crian-

ças, a magia do Natal

e desejam, juntamen-

te com a sua educa-

dora e a sua assistente

operacional, FESTAS

FELIZES a toda a co-

munidade educativa.

A M Á Q U I N A D E P R E S E N T E S D O P A I N A T A L

xou de funcionar. Na

Lapónia todos pen-

savam que se tinha

soltado uma peça

da máquina, mas

todos os dias desa-

parecia mais uma

peça, outra e outra.

0 Pai Natal decidiu

Era uma vez um Pai

Natal, que levava

prendas aos meni-

nos e tinha uns du-

endes e umas renas

muito lindas. Como

o Pai Natal tinha

muito trabalho, eram

os duendes que o

ajudavam a fazer e

a embrulhar as pren-

das.

Mas, um dia, o Pai

Natal teve um gran-

de problema: o dia

de Natal estava a

chegar e o Pai Natal

não tinha as prendas

todas preparadas.

Foi então que o Pai

Natal decidiu, com

os duendes, construir

uma máquina de

fazer brinquedos e

outras prendas.

Como o dia de Natal

estava a chegar, os

meninos de todo o

Mundo montaram a

árvore de Natal. Mas

o Pai Natal tinha,

agora, outro proble-

ma... A máquina de

fazer brinquedos dei-

Montou uma rede

invisível com uma

alavanca e pôs em

cima um prato com

biscoitos. Qual não

foi o espanto quan-

do a alavanca dis-

parou e o Pai Natal

descobriu um duen-

Pai Natal perguntou

ao duende, porque

é que ele tinha tira-

do as peças e o du-

ende disse que

queria ser o Pai Na-

tal e, por isso, tinha

feito com que a

máquina parasse

para o Pai Natal ser

despedido.

0 Pai Natal, então,

disse-lhe que basta-

va o duende ter pe-

dido, para ele lhe

ensinar a ser como

o Pai Natal. 0 duen-

de pediu desculpa

e prometeu voltar a

montar as peças

na máquina. Tam-

bém perguntou se

podia ter umas au-

las de Pai Natal e o

Pai Natal disse que

sim.

0 duende, que per-

cebeu que tinha

sido mau, passou a

ser bem comporta-

do e a ajudar o Pai

Natal em tudo.

Trabalho coletivo, sala 4 da

EB1/JI das Laranjeiras

investigar. Procurou,

procurou, mas nin-

guém sabia onde

estavam as peças.

Foi então que o Pai

Natal montou uma

armadilha para des-

cobrir quem é que

estava a fazer aque-

la maldade.

de na armadilha.

0 Pai Natal ficou furi-

oso com o duende

e o duende muito

envergonhado. 0

N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3

Página 9

Page 10: Janela Aberta nº 3

C O N T O D E N A T A L

Era uma bela ma-

nhã, uma manhã

especial… Era o dia

pelo qual todos tan-

to ansiavam.

A neve caía sobre os

telhados das casas,

formando um tapete

de branco puro so-

bre todas as superfí-

cies e dispersava. As

crianças brincavam

lá fora construindo os

mais bonitos bonecos

de neve. Faziam

montes, bem redon-

dos, para modelar

aquela personagem

característica da

época. Para os olhos,

utilizavam grandes

botões pretos de ca-

misas antigas, para o

nariz, uns usavam

uma pequena ce-

noura, enquanto ou-

tros usavam peque-

nos ramos, de que

também faziam a

boca e os braços do

tão desejado bone-

co de neve.

Tudo promovia um

cenário calmo, feliz,

para todas as famílias

que já se apronta-

vam para um belo

dia, um dia de amor,

de partilha, aquele

dia do ano pelo qual

todos anseiam e es-

peram. Afinal, é esse

o aspeto característi-

co do Natal, o dito

medidas.

A sua mãe dizia sem-

pre: “Oh meu traqui-

na…O Pai Natal dá

prendas simples, es-

senciais e especiais…

Existem muitos meni-

nos! Um dia, quem

sabe, vais entender

que existem peque-

nas coisas, que po-

des desejar que irão

fazer a diferença, ou

que teriam feito a

diferença, se as tives-

ses pedido ao Pai

Natal, se tivesses da-

do valor… O que te-

mos hoje e não senti-

mos falta, podemos

não ter amanhã! E,

aí, percebemos que

pedimos pelo errado

e que já não pode-

mos ter aquilo que

realmente queremos

Manuel, perplexo,

ficou parado a olhar

para a mãe e por

mais que pareces-

sem palavras impor-

tantes ele não as en-

tendera, nem procu-

rava entender. Tudo

lhe parecia banal,

comparado com o

que esperava rece-

ber. Naquele dia,

Manuel exigira à

mãe, que lhe com-

prasse uma pista de

comboios, que vira

exposta numa das

montras do centro

comercial, a mais

bela e a mais cara.

Manuel fez tal pranto

que a mãe não teve

outra solução senão

ir comprá-la.

Escurecia lá fora e já

estava próxima a ho-

ra, a lareira já estava

acesa e a família

reunida para festejar

a tão aguardada

noite. Todos estavam

reunidos, mas a mãe

de Manuel não tinha

regressado ainda do

centro comercial.

Estava escuro, lá fora

caía a neve sobre os

candeeiros, as deco-

rações das casas…

Por todo o sítio cinti-

lavam as luzes mais

coloridas e as mais

belas, e, no céu, a

lua brilhava rodeada

de tantas estrelas,

mas uma, em espe-

cial, brilhava com

mais intensidade,

com mais fulgor que

todas as outras, essa

que despertara a

atenção de Manuel.

Naquela noite, Ma-

nuel perdera a

mãe… Com a mãe

perdera também o

desejo de todas

aquelas coisas exu-

berantes e materialis-

tas que desejava.

Perdera a mãe num

acidente de carro e

espírito natalício típi-

co da época.

Para Manuel, que

adm i rav a to do

aquele aparato da

janela ampla da sala

de estar, era só mais

um dia. Um dia de

aparências, um dia

em que punha em

evidência todo o

materialismo do ser

humano, um dia em

que já não era domi-

nado pelo carinho,

pelo amor, pela

compaixão, mas sim

um dia dominado

pela oferta, pelos

bens materiais.

Manuel relembrava

como todo aquele

dia significara tanto

para ele, não agora,

mas há uns anos. Co-

meçou a lembrar-se

do seu Natal anterior

e foi dominado por

uma sensação ins-

tantânea de angús-

tia, de revolta. Para

Manuel, naquela altu-

ra, o Natal reduzia-se

às prendas, aos bens

que recebia, aos brin-

quedos que toda a

família lhe dava…

Exigia à sua mãe tudo

do mais caro e do

melhor. Todas as car-

tas que escrevia para

o Pai Natal visavam

todas essas coisas

materialistas e des-

J A N E L A A B E R TA

Página 10

Page 11: Janela Aberta nº 3

C O N T O D E N A T A L (cont.)

perdeu-a porque a

sua ganância, o seu

desejo por aquela

pista fora maior. Nes-

se mesmo momento,

lembrou-se do que a

mãe lhe dissera ante-

riormente: “O que

temos hoje e não

sentimos falta, pode-

mos não ter amanhã!

E aí percebemos que

enquanto recordava

todas aquelas me-

mórias.

Naquela mesma jane-

la, Manuel ouviu uma

voz que lhe pergun-

tou: “Se pudesses pe-

dir outro desejo ao Pai

Natal, que pedirias?...”

Manuel olhou fixa-

mente para todas as

crianças que brinca-

tudo o resto que te

pedi, porque perdi a

coisa mais valiosa! O

que é o Natal? O

que é ele sem ti?”

Escurecia lá fora e já

estava próxima a ho-

ra. A lareira já estava

acesa e a família

reunida, para feste-

jar a tão aguardada

noite. Lá fora caía a

neve sobre os can-

deeiros, as decora-

ções das casas… Por

todo o sítio cintila-

vam as luzes mais

coloridas e mais be-

las, e, no céu, a lua

brilhava rodeada de

tantas estrelas, mas

uma, em especial,

brilhava com mais

intensidade, com

mais fulgor que to-

das as outras, essa

mesma que desper-

tara a atenção de

Manuel no ano an-

terior.

Manuel deslumbra-

va-se com aquela

estrela, quando dis-

se: “ Poderei não te

receber como pren-

da, mãe… Mas sei

que serás sempre a

estrela mais brilhante

que iluminará todas

as minhas noites de

Natal… Afinal, o que

é o Natal sem ti,

mãe?”

Márcia Filipa Ribeiro, n.º15,

11.º 1 da ESDPV

cou a admirar a es-

trela. Todos pareciam

distraídos e aterrados,

que nem ligaram à

indiferença falaciosa

do menino.

Era uma bela ma-

nhã, uma manhã es-

pecial… Era o dia

pelo qual todos tan-

to ansiavam. A neve

caía sobre os telha-

pedimos pelo errado

e que já não pode-

mos ter aquilo que

realmente quere-

mos…”

Manuel finalmente

percebera as pala-

vras que a mãe lhe

dissera e, com tama-

nha dor que carrega-

va ao peito, encos-

tou-se à janela e fi-

vam lá fora e disse:

“Se pudesse, eu pedi-

ria, para que aqui

estivesses mãe! Afinal

já tinha a prenda

mais preciosa de to-

das…Tinha-te a ti e o

que é que significa

agora o Natal sem os

que mais amamos?

Já não me interes-

sam as prendas, nem

dos das casas, for-

mando um tapete de

branco puro sobre

todas as superfícies

em que tombava e se

dispersava. As crian-

ças brincavam lá fo-

ra, construindo dos

mais bonitos bonecos

de neve. Manuel con-

tinuava a apreciar

todo aquele aparato,

Marina Puzyrenko

N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3

Página 11

Page 12: Janela Aberta nº 3

O P A I N A T A L E O M E N I N O P O B R E

Era uma vez um Pai

Natal que vivia no

céu.

Ele entregava pre-

sentes às crianças.

Mas um dia de Na-

tal, havia um meni-

no muito pobrezi-

nho, que não tinha

presentes, nem

mesmo uma cane-

ta, porque não sa-

bia ler nem escre-

ver.

Então, o Pai Natal,

que sabia que na-

quela casa estava

um menino pobre,

atirou presentes lá

para dentro. Ele

Ele foi para a esco-

la e portava-se

muito bem nas au-

las. Aprendeu mui-

to depressa a ler.

Como ele fazia os

trabalhos rapida-

mente, ficava a

fazer desenhos no

quadro.

No Natal seguinte

o Pai-Natal deu-lhe

mais presentes: um

carro a fingir, uns

patins com quatro

rodas, uma bici-

cleta, uma pista

rolante e um ca-

valo-madreiro.

Um dia ele foi ao

parque e levou os

brinquedos todos.

Estavam lá muitos

meninos que fica-

ram amigos dele,

porque ele parti-

lhou os brinquedos.

João Silva, Rodrigo Palminha,

Martim Caetano, Rodrigo Diniz,

Salima Cisse e Simão Cunha -

1.º A da EB1/JI Frei Luís de

Sousa

ouviu barulho e foi

ver.

Abriu os presentes

e viu que eram ma-

teriais para a esco-

la: canetas, folhas,

cadernos de linhas,

lápis, tesouras, co-

las e quadros.

O menino ficou

muito contente.

O M E N I N O E O P A I N A T A L

Era uma vez um Pai

Natal que vivia no

Pólo Norte e tinha

uma fábrica de

brinquedos. Os me-

ninos de todo o

mundo mandavam

-lhe cartas no Natal

a pedir prendas.

Um dia foi à cida-

de de Lisboa mas,

no caminho, as re-

nas recusaram-se a

voar.

Então aterraram no

chão e disseram ao

Pai Natal:

— Temos fome, não

temos força para

voar.

— Mas eu não te-

nho comida para

vos dar. — respon-

tou rapidamente.

Depois de comer,

ficaram com mais

força e decidiram

retomar o caminho.

O menino pergun-

tou:

— Posso ir com vo-

cês?

— Podes. — respon-

deu o Pai Natal.

Chegaram a Lisboa

e foram distribuir as

prendas, mas o me-

nino não conseguia

sair do trenó. O Pai

Natal ajudou-o e

ele saiu.

Quando acaba-

ram, voltaram para

a terra do Pai Natal.

O menino não sa-

bia como se faziam

os brinquedos e o

Pai Natal foi com

ele à fábrica mos-

trar-lhe.

O menino ficou a

viver com o Pai Na-

tal. Todos os dias

brincava com brin-

quedos novos e vi-

veram felizes para

sempre.

David, António Silva e Tomás

Campos – 3.º B da EB1/JI Frei

Luís de Sousa

deu o Pai Natal.

De repente, apare-

ceu um menino

que falou com ele:

— O que é que

aconteceu?

— As renas estão

com fome.

Então o menino te-

ve uma ideia:

— Vou a casa bus-

car bolachas.

Ele foi a correr e vol-

J A N E L A A B E R TA

Página 12

Page 13: Janela Aberta nº 3

N A T A L T E C N O L Ó G I C O

A tecnologia tem

evoluído muito e ra-

pidamente desde há

50 anos atrás — até

demasiado! — com

consequências preo-

cupantes, como o

desaparecimento de

muitos postos de tra-

balho, devido à in-

trodução de máqui-

nas e robôs. Assim,

até um dos postos

mais importantes e

simbólicos do plane-

ta estava prestes a

eclipsar-se...

Um dia, estava o Pai

Natal a dar despacho

às cartas que lhe ti-

nham enviado, quan-

do o duende-chefe

irrompeu pelo seu ga-

binete, furibundo,

com o seu IPad 3 na

mão e o avisou de

que tinha acabado

de receber um mail

do Ministério dos As-

suntos Natalícios,

que dava conta da

extinção das suas

funções! Sim, com o

avanço da tecnolo-

gia, o trenó passaria

a executar todas as

tarefas natalícias em

metade do tempo,

tornando-se o Pai

Natal e todo o seu

gabinete obsoletos:

verdadeiras relíquias

dignas de museu!

O Pai Natal, as renas

e os duendes fica-

ram atordoados

com a notícia, visto

que aquele era o

trabalho de toda

uma vida, a única

função em que

eram verdadeira-

mente especializa-

dos e apaixonada-

mente competentes.

Até que um dia, um

grupo de três duen-

des afoitos, os mais

matreiros, começou

a ter umas ideias…

Vamos sabotar o tre-

nó! Mas como? —

sugeriu um deles.

Temos de conseguir

chegar à fonte de

energia! — disse ou-

tro, triunfante.

Bem, hoje é dia 13,

ainda temos 11 dias

até à véspera de

Natal…

No dia seguinte, esti-

veram horas e horas

a trabalhar no plano:

… e depois cortamos

os cabos e voltamos

para a fábrica sem

dar nas vistas! — afir-

mou um deles.

É como se já estives-

se feito! — confirma-

ram os outros.

Dia 18, dia em que o

Pai Natal ficava ha-

bitualmente a des-

pachar no gabinete

até tarde, deram

início ao plano. Um

dos duendes foi ba-

ter à porta para dis-

traí-lo, pedindo que

fosse tratar de uma

emergência na fábri-

ca. Mal o Pai Natal

virou costas, os ou-

tros duendes entra-

ram para levar em-

prestada a chave

da sala do trenó.

Um minuto decorri-

do, ainda estavam à

procura. Já não ti-

nham muito tempo e

a pressão aumenta-

va!!! Até que, entre

suspiros de alívio, en-

contraram o molho

de chaves, bem na

altura certa, dado

que o Pai Natal aca-

bava de regressar.

Chegaram à porta

da sala do trenó e,

após quinze deses-

peradas tentativas,

lá consegui ram

achar a chave cer-

ta! Abriram então a

porta e, bem no

centro da sala, esta-

va o trenó topo de

gama: luzidio e con-

fiante...

Num grande traba-

lho de equipa, esca-

laram o trenó, acha-

ram a fonte de ener-

gia e tentaram, afa-

nosamente, abrir a

tampa. Mas, para

grande espanto de

todos, deu erro no

ecrã incorporado,

que pedia o código

de acesso à fonte

de energia! Os duen-

des, diligentes, tenta-

ram umas duzentas

vezes, mas sem gran-

de êxito.

Até que um excla-

mou:

— Já sei! Introduzam

o código secreto da

sala das prendas!

Então, para espanto

de todos, a tampa

abriu-se! Lá dentro,

encontrava-se uma

grande confusão de

cabos e fios multico-

lores...

— Como vamos cor-

tar tudo isto?! — per-

guntou um deles.

Não havia tempo a

perder e, numa lu-

fa-lufa, lá foram

cortando um, de-

pois outro... e, após

uma hora, o trenó já

não possuía uma

única fonte de ener-

gia! A missão deu-se

por completa e

bem-sucedida.

Na Véspera de Na-

tal, quando o trenó

estava a ser verifica-

do, foi descoberto o

problema. Ninguém

pensou duas vezes e

o Pai Natal e as re-

nas foram rapida-

mente avisados do

sucedido e recruta-

dos para resolver,

de emergência, a

situação.

No final das entre-

gas, foi decidido a

nível do Ministério

dos Assuntos Natalí-

cios que, a partir da-

quele dia, ninguém

poderia substituir o

trabalho do Pai Na-

tal e das renas. E foi

assim que, para alí-

vio de todos, foi

mantida a tradição.

Guilherme António Vieira Fer-

reira, 8.ªA, n.º14, EB 2.3 Prof.

Delfim Santos

N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3

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Page 14: Janela Aberta nº 3

O P A I N A T A L Q U E N Ã O C O N S E G U I A D O R M I R EB1 / JI das Laranjeiras

J A N E L A A B E R TA

Página 14

Page 15: Janela Aberta nº 3

A R I E L

Era uma vez uma ra-

pariga chamada

Ariel. Era uma criança

doce, bondosa e leve

como um anjo ou um

espírito do ar. Seus

pais, dinamarqueses,

quiseram dar-lhe um

nome bíblico, proféti-

co até: Ariel... o leão

de Deus!

A menina veio para

Portugal viver com

gos. Comia, dormia,

estudava e brincava,

praticamente só. So-

brevivia.

Os pais telefonavam-lhe,

é um facto, mas só

perguntavam pelos

seus estudos. Se tinha

maus resultados, zan-

gavam-se; se progre-

dia, só falavam disso.

Pais!...

Chegou a véspera de

adormeceu.

Primeiro, sonhou que

os pais tinham volta-

do! Na sua imagina-

ção, havia prendas,

beijos, ceia e muitas,

muitas canções! Mas,

no final, os pais desa-

pareciam inexplica-

velmente. Ela corria,

corria, corria, mas não

os encontrava. Quan-

do acordou, a meni-

na chorava ainda.

Viu a hora: ainda não

era meia-noite. Deitou

-se de novo e ador-

meceu. Desta vez,

sonhou que estava

num local onde tudo

era negro, tão escuro

que nem conseguia

ver os próprios dedos!

Ela caminhava muito

até encontrar uma

luz. Então, sorrindo,

percebia que à sua

frente estava o meni-

no Jesus.

Ele ficava encantado

por vê-la e tratava-a

por Ariel, como se a

conhecesse! Ela con-

fessava-lhe, chorosa,

que o seu maior dese-

jo era que os pais vol-

tassem da Dinamarca

na véspera de Natal!

E ele sorria, traquinas.

Ariel levantou-se ce-

do e percorreu toda

a casa: nada! Correu

rapidamente até à

porta e abriu-a... mas

não viu os pais. Espe-

rou todo o dia: em

vão. Já era 25 de de-

zembro! Desconsola-

da, percebeu que

afinal a sua esperan-

ça não passara de

uma quimera.

À noite, estava ela a

ver televisão quando,

de repente, alguém

bateu à porta: três

pancadas fortes que

ecoaram, assustado-

ras. A tia olhou-a,

apavorada, e Ariel,

leão de Deus, recor-

dou as palavras dos

pais: Tens de ser forte

e corajosa! Agarrou

num chapéu de chu-

va, bem pesado, e

abriu a porta de re-

pente, surpreenden-

do o ladrão com a

pancada.

- Aiiii! Por que razão

me bates, minha fi-

lha?!...

Ariel e os pais caíram

nos braços uns dos

outros! Choraram,

riram, beijaram-se e

Ariel recebeu uma

linda prenda e can-

tou É Natal!, maravi-

lhada por estarem de

novo juntos. Para

sempre...

No Céu, o menino

Jesus, enroscado nu-

ma nuvem, riu-se, fe-

liz, e bateu palmi-

nhas! Adorava reen-

contros, ainda que

estivesse a ficar algo

trapalhão com a pro-

gramação das horas.

Afinal, a distração do

século XXI, também

fazia vítimas no Céu...

Iulia Anastas, n.º 18, 8.º A, Yon-

gjiao Xia , n.º 23, 8.º A e Nádia, n.º

18, 9.º C, EB 2.3 Prof. Delfim Santos

uma tia distante e fria,

quando tinha apenas

sete anos. Os pais fi-

caram a trabalhar na

Dinamarca, lá longe,

prometendo que um

dia viriam ter com ela.

Tinha de ser forte e

corajosa, disseram-lhe.

À medida que o tem-

po passava, Ariel sen-

tia-se cada vez mais

triste. Os pais não

chegavam e, na es-

cola, não tinha ami-

Natal. Ariel jantou

com a tia e deitou-se

na cama, esconden-

do-se do mundo. Pela

janela, chegava-lhe a

alegria vivida nas ou-

tras casas: as crianças

recebendo prendas,

o afeto dos pais, o

jantar de festa em

família, os cânticos de

Natal. A felicidade

delas doía e Ariel cho-

rou lágrimas de triste-

za até que, exausta,

Susan Mitchell

N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3

Página 15

Page 16: Janela Aberta nº 3

A L D A , M I N H A M Ã E

Esta é a história ver-

dadeira de Alda Pe-

reira, mulher de co-

ragem são-tomense,

que tudo sacrificou

para salvar a sua

filha, minha irmã.

Na Cidade de São

Tomé, distrito de

Água Grande, numa

casinha pintada de

rosa, vivia Alda com

os seus pais. Tinha a

leveza que só o po-

vo daquelas para-

gens conhece. Os

seus dois filhos, Joana

e José, eram crianças

alegres, que caça-

vam passarinhos, tre-

pavam aos coqueiros

e corriam pela rua,

sadios como nin-

guém. E o seu mari-

do, homem bom e

generoso, partira um

dia para longe, em

busca de sustento,

na terra dos navega-

dores portugueses,

que há muito tempo

tinham descoberto a

ilha.

Porém, num Natal

de má memória, a

doença que ensom-

brava a ilha veio ba-

ter à sua porta, co-

mo cobra preta de

mau agoiro. Atingiu

a sua filha. A meni-

na andava mortiça,

com febres, tremu-

ras teimosas e cala-

frios, mas nada fazia

prever o pior.

À medida que o

nha irmã sobreviveu.

A cobra preta que

durante tanto tem-

po se alimentara de

medos, angústias e

receios, rastejando,

deixou as nossas vi-

das.

Doze Natais passa-

ram e minha mãe

ansiava por regres-

sar com a minha ir-

mã à sua terra natal.

Era a saudade do

filho. Era a saudade

dos pais. Era a recor-

dação do verde

quente da selva, do

cheiro a terra molha-

tempo passava, Al-

da desesperava,

vendo que os sinto-

mas ruins não aban-

donavam a filha. Re-

solveu, então, levá-la

ao Hospital. Os médi-

cos, sábios e sisudos,

diagnosticaram o

perigo e fizeram-lhe

tratamentos, mas

nada evitou o seu

estado. Deram-lhe,

então, a notícia: a

doença atingira fa-

talmente o cérebro

da criança.

No Hospital, a meni-

na piorava de dia

para dia e era um

desconsolo de alma

vê-la ali, ora arran-

cando os cabelos

num acesso inexpli-

cável, ora paralisa-

da e caída, como se

uma rajada de ven-

to a tivesse arranca-

do à vida.

Um dia, quando já

nem o amor nem a

ciência pareciam

vencer a doença,

minha mãe deixou

São Tomé. Para trás,

ficavam os pais —

meus avós — e eu,

ainda muito peque-

no. Levava consigo

uma menina grave-

mente doente, rumo

a um horizonte de

esperança.

Em Portugal, minha

mãe viria a saber

que o paludismo era

incurável, mas mi-

da depois da chuva,

da onda a bater na

praia...

Mas não podia vol-

tar. Os medicamen-

tos em São Tomé

não existiam ou eram

demasiado caros.

Arriscar era-lhe proi-

bido.

Outro dezembro

chegou. Frio, cin-

zento, chuvoso. E

minha mãe reinven-

tou o quente natal

são-tomense, como

só ela sabia fazer.

Organizou a casa

para receber os

Peter Mitchev

J A N E L A A B E R TA

Página 16

Page 17: Janela Aberta nº 3

Um livro é uma

porta para o

imaginário de

outrem, desperto e

ressuscitado em

cada um de nós.

Marta Santos, 10.º 1

A S I R M Ã S S Ó N U M N A T A L

Era uma vez duas

irmãs, que se chama-

vam Jéssica e Nádia.

Elas estiveram a pre-

parar o Natal. Puse-

ram as bolas, as fitas

e as estrelas na árvo-

re de Natal.

Depois decidiram o

que iam vestir na fes-

ta: um vestido azul

bebé com brilhantes.

Receberam milhares

e milhares de brin-

quedos e roupas,

comeram bolo-rei,

perú e sonhos de

Natal.

E viveram felizes pa-

ra sempre.

Nádia, 4.º C

da EB1/JI Frei Luís de Sousa

U M C O N T O D E N A T A L

Era uma vez uma

árvore de Natal gi-

gante com vinte e

um meninos à volta.

Depois apareceram

os pais dos meninos.

Todos juntos enfei-

taram a árvore de

Natal.

Depois foram para

casa dormir. Então,

de noite, apareceu

o pai Natal e dei-

xou prendas para

todos.

Quando eles viram

ficaram muito con-

tentes. Foi a melhor

noite de Natal!

Carolina, Catarina, Mário,

Tomás André, Vasco Sousa do

1.º B da EB1/JI Frei Luís de Sousa

A L D A , M I N H A M Ã E (cont.)

amigos, preparou

calulu de peixe se-

co, blá-blá, funge,

angu de banana,

quizaca, azagoa e

izaquente doce. E

esperou.

Sentada à janela,

mirou o horizonte

possível na cidade

grande. Mas, para lá

das nuvens sombrias,

viu surgir a sua praia

deserta de areia

branca rodeada de

coqueiros até à bei-

ra-mar. E sentiu o ca-

lor ameno do inver-

no no rosto e a cali-

dez da água azul. E

desbravou selvas im-

penetráveis, onde

reinam macacos,

papagaios e as terrí-

veis cobras pretas

que aprendera a

ignorar.

E viu-me, então,

criança pequena de

bracitos nus a pedir

colo, como me vira,

em São Tomé, pela

última vez... Fechou

os olhos e ousou so-

nhar. Era eu quem

chegava agora, ra-

paz de catorze anos

feitos, conservando

no rosto os traços de

menino e o sorriso

encantador.

E eu cheguei. Vinha

estudar para Portu-

gal. Meu pai escon-

dera de minha mãe

a surpresa. Quando

abriu os olhos e me

encarou de novo,

teve a certeza de

que, naquele Natal

português, era a

força de África que

lhe batia de novo

no peito.

José Pereira, n.º 20, 9.º B, Escola

Básica 2.3 Prof. Delfim Santos

N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3

Página 17

Page 18: Janela Aberta nº 3

A M E N I N A D O M A R

de Freguesia. Quan-

do chegámos, sen-

támo-nos nas cadei-

ras e uma senhora

pediu que fizéssemos

silêncio.

A peça começou

com música. A seguir

apareceram duas

No dia 12 de dezem-

bro de manhã, fo-

mos ao teatro à es-

cola D. Pedro V, ver

a peça “A menina

do mar“, representa-

da pelos alunos do

10º ano. Fomos no

autocarro da Junta

dança.

A seguir, fomos co-

mer um lanche deli-

cioso, que nos ofere-

ceram.

Entretanto, aparece-

ram os atores e de-

ram-nos autógrafos.

Adorámos o teatro e

o convívio com os

atores.

Mariana e Carolina – 4.º B da

EB1 /JI Frei Luís de Sousa

sereias que iniciaram

a história. De repen-

te, apareceu um ra-

paz com um balde e

uma pá. No dia se-

guinte, o rapaz en-

controu um caran-

guejo, um peixe,

dois polvos. A meni-

na viu o rapaz e

pensou que ele os ia

fritar. O caranguejo,

o peixe e os polvos

fugiram, menos a

menina. O rapaz dis-

se que não os ia fri-

tar e a Menina do

Mar ficou aliviada.

No final da peça,

ainda na sala de es-

petáculos, os atores

ensinaram-nos uma

T E A T R O N A E S C O L A D . P E D R O V

mo-nos logo que a

nossa turma já tinha

trabalhado essa his-

tória de Sophia de

Mello Breyner An-

dresen.

No fim da repre-

sentação, ensina-

ram-nos a dança do

“Caranguejo”. A se-

guir, outros alunos

organizaram para

nós um lanche deli-

cioso. Entretanto,

chegaram os atores

e atrizes e fizeram

uma sessão de au-

tógrafos connosco.

Todas as turmas gos-

No dia doze de de-

zembro a nossa tur-

ma, com o 4.º B e os

terceiros anos, fo-

mos à escola D. Pe-

dro V ver a peça de

teatro “A Menina do

Mar”, representada

pelos alunos do 10.º

ano.

Quando a peça

começou, lembrá-

cebidos!

Beatriz Álvares e Diogo Coelho,

4.º A da EB1/JI Frei Luís de Sousa

taram imenso do

espetáculo e da for-

ma como fomos re-

J A N E L A A B E R TA

Página 18

Page 19: Janela Aberta nº 3

A S T R Ê S C I D R A S D O A M O R

sentada pelos alunos

do 10.º ano, havia

um rei, um príncipe,

uma bruxa, dois dra-

gões, duas princesas,

No dia 12 dezembro

de tarde, a nossa

turma e as duas do

1º ano fomos ao tea-

tro à Escola D. Pedro

V, no autocarro da

Junta de Freguesia

de S. Domingos de

Benfica.

Na peça “As três ci-

dras do amor” repre-

teatros feitos por

eles.

Andreia, Afonso e a turma do

2.º A da EB1/JI Frei Luís de Sousa

duas empregadas, o

vento e uma velhi-

nha.

No final oferece-

ram-nos um lanche

com um pão, chá e

bolos. Entretanto che-

garam os atores e

brincaram connosco.

Adorámos! Gostáva-

mos de ver outros

A L I B A B Á E O S Q U A R E N T A L A D R Õ E S

No dia sete de de-

zembro, fomos com

o 3.º B ver uma pe-

ça de teatro cha-

mada “Ali Babá e os

quarenta ladrões”,

no Papa Léguas.

Fomos no autocarro

da Junta de Fregue-

sia de S. Domingos

de Benfica.

A peça de teatro foi

gira, porque o Ali

Babá encontrou

umas joias de ouro e

depois ele levou-as

para sua casa e dis-

se que ficava rico

com a Morgana, a

sua escrava.

Não achámos bem

só aparecerem qua-

tro ladrões, mas mes-

mo assim foi bom.

Adorámos a peça

de teatro.

Sebastião Santos e David Pati-

nha, 3.º A da EB1/JI Frei Luís de

Sousa

A E S T R E L I N H A A Z U L

Era uma vez uma

estrelinha azul, que

não se queria lavar,

porque ela não gos-

tava.

Ela vivia no céu com

as suas amiguinhas

estrelas e com a lua.

A estrelinha azul es-

tava cheia de pó,

porque andou no

escorrega das nu-

vens.

A lua disse à estreli-

nha azul que tinha

de tomar banho, pa-

ra brilhar como as

outras estrelinhas.

A estrelinha azul res-

pondeu: — eu não

quero tomar banho!

Ela foi para um sítio

escuro do céu e não

se via na terra, por-

que estava cheia de

pó.

Depois todas as es-

trelinhas e a lua es-

conderam-se numa

nuvem, porque o

vento tinha dito que

ia chover, mas a es-

trelinha azul não se

escondeu porque

estava muito longe.

A lua gritou: — vai

para debaixo da nu-

vem, porque vai co-

meçar a chover!

Ela começou a cho-

rar com medo e as

lágrimas espalha-

ram-se no corpo de-

la e o pó começou

a sair; ela começou

a ficar brilhante.

As nuvens fizeram

chover, ela lavou-se

e cantou e ficou to-

da a brilhar.

Foi para ao pé das

outras estrelinhas e

da lua e todas fica-

ram felizes, porque a

estrelinha azul já ti-

nha tomado banho.

Os meninos da terra,

quando olharam pa-

ra o céu, viram mais

uma estrelinha bri-

lhante e eles diziam

que era uma estreli-

nha nova e era azul!

Alunos do Jardim de Infância

da EB1/JI António Nobre, grupo

da Educadora Esperança Mo-

reira

Reconto da estória – A estreli-

nha azul – no âmbito do Projeto

de parceria com o Centro de

Saúde de 7 Rios

N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3

Página 19

Page 20: Janela Aberta nº 3

O D O C U M E N T O D E A R Q U I V O E O D O C U M E N T O D E B I B L I O T E C A Divulgação Científica

conservados os do-

cumentos de arqui-

vo.

Conjunto documen-

tal

Arquivo é um ou

mais conjuntos de

documentos, qual-

quer que seja a sua

data e suporte ma-

terial, acumulados

num processo natu-

ral por uma pessoa,

instituição pública

ou privada, no de-

curso da sua ges-

tão; são conserva-

dos respeitando a

sua ordem original,

O CONCEITO DE BI-

BLIOTECA

Instituição

Organismo ou parte

de uma organização

cujo objetivo princi-

pal é organizar cole-

ções, atualizá-las e

facilitar o acesso a

documentos, que

respondam às ne-

cessidades dos utili-

zadores nos aspetos

de informação, edu-

cação ou lazer.

Edifício

Edifício destinado a

abrigar coleções de

livros e documentos,

devidamente orde-

nados, para consulta

pública ou particu-

lar.

Conjunto documental

Qualquer coleção

organizada de livros

e de publicações

em série e impressos

ou de quaisquer do-

cumentos gráficos

ou audiovisuais, dis-

poníveis para em-

préstimo ou consul-

ta.

O conceito de Arqui-

vística

Ciência que tem por

objeto os arquivos,

os princípios e os

métodos da sua

constituição, conser-

vação, organização

e comunicação.

para servir como

testemunho e infor-

mação, para a

pessoa ou institui-

ção que os produz,

para os cidadãos

ou para servir como

fonte para a Histó-

ria.

1. QUANTO AO TIPO

O documento de

Arquivo é, na sua

maior parte, ma-

nuscrito, mas tam-

3. QUANTO À ORIGEM

O documento de

arquivo resulta da

atividade da enti-

dade produtora.

O documento de

biblioteca tem ori-

gem na compra,

doação e/ ou per-

muta.

4. QUANTO AO NÚMERO

O documento de

Arquivo é único.

O documento de

Biblioteca existe em

vários exemplares,

consoante a tira-

gem de uma edi-

ção.

5. QUANTO AO VALOR

CULTURAL

O documento de

Arquivo tem um

valor cultural a pos-

teriori.

O documento de

Biblioteca tem um

valor cultural a prio-

ri.

6. QUANTO À CLASSIFICA-

ÇÃO

A classificação de

um documento de

Arquivo resulta de

um plano orgânico

e funcional.

A classificação de

um documento de

Biblioteca resulta

de um esquema

temático como, por

exemplo, a Classifi-

cação Decimal Uni-

bém iconográfico e

de suporte informá-

tico.

O documento de

Biblioteca é, na sua

maior parte, impres-

so.

2. QUANTO À QUANTIDA-

DE

O documento de

Arquivo resulta da

maior ou menor ati-

vidade da institui-

ção.

O documento de

Biblioteca depende

da maior ou menor

verba orçamental

da instituição.

O CONCEITO DE AR-

QUIVO

Instituição

Instituição responsá-

vel pela aquisição,

conservação, orga-

nização e comuni-

cação dos docu-

mentos de arquivo.

Edifício

Edifício, ou parte de

um edifício, onde

são recebidos e

J A N E L A A B E R TA

Página 20

Page 21: Janela Aberta nº 3

arquivo é, por este

motivo, oposta à de

coleção, cuja for-

mação e crescimen-

to deriva de critérios

subjetivos.

O arquivo é produzi-

do com documen-

tos de todo o tem-

po, isto é, indepen-

dentemente da da-

ta da sua criação e

como são produzi-

dos num processo

contínuo, organi-

zam-se por séries

documentais.

Os documentos de

arquivo são conser-

vados para prestar

um serviço, sendo

usados ou como

prova de direitos ou

como informação

de antecedentes.

Equipa da BECRE da ESDPV

O D O C U M E N T O D E A R Q U I V O E O D O C U M E N T O D E B I B L I O T E C A Divulgação Científica

As características do

documento de ar-

quivo

Considera-se como

DOCUMENTO qualquer

testemunho da ativi-

dade humana, fixa-

do num suporte per-

durável.

A formação dos do-

cumentos de arqui-

vo é resultante de

um processo natural,

isto é, são produto

da atividade de

uma pessoa ou insti-

tuição.

Como as pessoas e

as instituições estão

sujeitas a leis e regu-

lamentos, os docu-

mentos de arquivo

são produzidos de

acordo com proce-

dimentos normati-

vos, resultando daí

uma organização

própria. A noção de

versal (CDU).

7. QUANTO À DESCRIÇÃO

A descrição de um

documento de ar-

quivo é multinível.

A descrição de um

documento de bi-

blioteca é feita pe-

ça a peça.

8. QUANTO AOS INSTRU-

MENTOS DE DESCRIÇÃO

Os principais instru-

mentos de descri-

ção arquivísticos são

os Guias, Inventários,

Catálogos, etc.

Os instrumentos de

descrição bibliote-

conómicos são os

Catálogos — ono-

másticos, de títulos,

ideográficos, topo-

gráficos, sistemáti-

cos, etc. — e Biblio-

grafias.

F E R N A N D O P E S S O A N A B I B L I O T E C A D A S L A R A N J E I R A S

O serviço educativo da

Casa Fernando Pessoa

tem uma atividade

para as escolas do 1.º

ciclo. A Equipa da

Biblioteca das Laran-

Fernando António No-

gueira Pessoa”, assim se

chama Fernando Pessoa,

por ter nascido no dia do

santo do mesmo nome,

Fernando António

jeiras convidou-os e

eles realizaram duas

sessões na Biblioteca,

uma para as duas

turmas do 4.º ano e

outra para o 3.ºA.

Os alunos ficaram a

conhecer mais sobre

a vida e obra de Fer-

nando Pessoa, os he-

terónimos e o seu

amor por Ofélia.

EB1/JI das Laranjeiras

A Casa onde

nasceu, no dia

13 de Junho de

1888, no Largo

de S. Carlos

N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3

Página 21

Page 22: Janela Aberta nº 3

PIETER BRUEGEL PINTOU VÁRIAS VERSÕES DE O MASSACRE DOS INOCENTES Divulgação Científica

1565-67, O Massacre dos Inocentes, Museu de Belas Artes de Viena

1565-67, O Massacre dos Inocentes, Royal Colection, Londres

Rodolfo II Habsbourg mandou repintar o quadro para parecer uma cena de pilhagem e não

uma alegoria sobre as perseguições religiosas do Duque de Alba nos Países Baixos, por or-

dem de Filipe II de Espanha.

Isabel Ferreira de Almeida, docente da ESDPV

J A N E L A A B E R TA

Página 22

Page 23: Janela Aberta nº 3

M E O K A N A L

te. A programação

ainda é pouco varia-

da e, para superar-

mos tal facto, con-

tamos com o contri-

buto de todos! Envi-

em-nos os vossos ví-

deos (em formato

avi ou mp4) para o

email multimedia-

[email protected] ,

acompanhados da

ficha técnica, onde

se mencionem os no-

mes de todos os en-

volvidos (professores

organizadores e tur-

mas participantes).

Foi criado um Meo

Kanal para o Agrupa-

mento de Escolas

das Laranjeiras no n.º

178064. Todos os utili-

zadores do Meo po-

derão assistir aos con-

teúdos, que o AEL dis-

ponibiliza diariamen-

Podem utilizar a pla-

taforma de envio de

ficheiros WeTransfer,

que é muito fácil de

manusear. Os vídeos,

que são colocados

neste canal, ficam

também disponíveis

no canal do AEL, no

youtube, em http://

www.youtube.com/

u s e r /

AGEscolasLaranjeiras.

O Curso de Multimé-

dia fica à espera das

vossas imagens!

Ana Nunes, técnica de

multimédia

S E R M Ã O D E S A N T O A N T Ó N I O A O S P E I X E S

A modernidade da

atuação e da men-

sagem de Padre

António Vieira, atra-

vés da alegoria dos

peixes, é evidente.

Na minha opinião,

era necessário haver

hoje alguém que,

com a mesma cora-

gem que ele teve,

mostrasse aos ho-

mens aquilo que eles

realmente são e os

chamasse à razão.

Tudo o que Vieira

aponta como defei-

tos dos homens

mantém-se na atua-

lidade. Infelizmente,

os homens continuam

a não ser como o sal

e, em vez de impedi-

rem a degradação

e a corrupção, fo-

mentam-nas. À pri-

meira oportunidade,

tudo fazem para

dor que Judas.

Um Padre António

Vieira não foi sufi-

ciente para mudar

os homens e impe-

dir a exploração

dos índios pelos co-

lonos brancos. Os

homens vão conti-

nuar a ignorar quem

está disposto a curar

a sua cegueira e

alumiar a sua vida,

tal com aconteceu

com Santo António,

em Arimino.

Joana Anglin Ferreira,

11.º 1 da ESDPV

melhorar a sua con-

dição, ignorando os

meios para alcan-

çarem os seus fins.

Tal como no Sermão,

a rémora é, ainda

hoje, uma crítica ex-

plícita aos homens,

que se deixam guiar

pelas vontades em

vez de ouvirem a voz

da razão. Os ho-

mens continuam ce-

gos de tanta vaida-

de, ignorância e

conformismo. Não

distinguindo o bem

do mal, lição que o

peixe quatro-olhos

tão bem ensinou, os

homens continuam

oportunistas, como

os pegadores e arro-

gantes como os ron-

cadores. No topo de

tudo isto, tal como

no sermão, temos os

hipócritas que, tal

como o polvo, apa-

rentam a bondade

e a inocência, mas,

nas nossas costas,

traem a nossa con-

fiança, muitas vezes

«vestindo-se de co-

res» e agindo «às es-

curas», como o pol-

vo, ainda mais trai-

NÃO ENTENDER PATAVINA

Significado: Não saber

n a d a s o b r e

determinado assunto.

Nada mesmo.

Histórico: Tito Lívio,

natural de Patavium

(hoje Pádua, na Itália),

usava um latim

horroroso, originário

da sua região. Nem

todos entendiam. Daí

surgiu o Patavinismo,

que originariamente

s i g n i f i c a v a n ã o

entender Tito Lívio,

n ã o e n t e n d e r

patavina.

Equipa da BECRE da ESDPV

N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3

Página 23

Page 24: Janela Aberta nº 3

A T I V I D A D E S D E S P O R T I V A S N A E B 2 . 3 P R O F . D E L F I M S A N T O S

pantes, árbitros e

acompanhantes das

turmas de 5.º ano,

além dos professores

de Educação Física.

Ao organizar estas

atividades, a escola

tem como objetivo

envolver o maior nú-

mero possível de alu-

nos e encorajá-los a

ter interesse na práti-

ca e organização de

eventos desportivos.

Cremos ter criado

uma influência positi-

va sobre todos os

participantes.

O Grupo de Educa-

ção Física da Escola

Delfim Santos reali-

zou, nos passados

dias 12, 13 e 14 de

dezembro, as ativi-

dades de final de

período nas modali-

dades de voleibol

(6.º, 8.º e 9.º anos),

basquetebol (5.º ano)

e andebol (7.º ano).

Foram 3 dias de in-

tensa prática des-

portiva, muita parti-

cipação e grande

entusiasmo. Estive-

ram envolvidos 400

alunos, entre partici-

No final do ano, va-

mos premiar as tur-

mas que consegui-

rem melhores resulta-

dos no conjunto dos

3 períodos, por ano

de escolaridade.

Aqui ficam as turmas

vencedoras do 1.º

período: 5.º H; 6.º G;

7.º A; 8.º E e 9.º D.

EB 2.3 Prof. Delfim Santos

D A R O L A M I R É

Esta expressão utili-

za-se para dar o sinal

de começo de qual-

quer ação, para indi-

car um caminho ou

dar uma pista, um

aviso, ou um indício.

Trata-se da forma

aglutinada da expres-

são "lá, mi, ré," (notas

musicais), que desig-

na o diapasão, instru-

mento musical usado

na afinação de instru-

mentos ou vozes. A

expressão foi-se po-

pularizando, aca-

bando por designar

qualquer sinal que dê

começo a uma ativi-

dade. Equipa da BECRE da ESDPV

J A N E L A A B E R TA

Página 24

Page 25: Janela Aberta nº 3

No dia 13 de dezembro realizou-se o torneio

de badminton, sendo responsável a professora

Maria João Crespo.

E D U C A Ç Ã O F Í S I C A N A E S D P V

Teve lugar, no dia 11 de dezembro, o corta

mato escolar da responsabilidade da docen-

te Raquel Rodrigues.

C I N E M A N A B E C R E D A E S D P V Filme: A Turma

No dia 15 de janeiro,

na BECRE, pelas oito

horas e dez minutos,

passaremos o filme A

Turma, do realizador

Laurent Cantet, ven-

cedor da Palma de

Ouro no Festival de

Cannes.

Baseado no livro do

professor François

Bégaudeau, o filme

consegue tocar um

conjunto surpreen-

dente de questões

pessoais e sociais ao

focar um ano de

uma turma de alu-

nos, de um bairro

problemático, de

Paris, microcosmos

da população fran-

cesa, espelho dos

contrastes multicul-

turais dos grandes

centros urbanos de

todo o mundo.

A escola é o tema

dos temas, por isso o

desafio de ensinar e

o conflito na sala de

aula são constantes,

ao longo do filme.

A TURMA cativa pela

sua energia física e

torna-se a prova feliz

de um pensamento

em ação. Um filme a não perder.

Equipa da BECRE da ESDPV

N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3

Página 25

Page 26: Janela Aberta nº 3

V I S I T A D E E S T U D O A O M U S E U D A E L E T R I C I D A D E

particular relevo pa-

ra as energias reno-

váveis, uma exposi-

ção dedicada aos

cientistas, que mais

contribuíram para a

descoberta e desen-

volvimento dos fenó-

menos da eletricida-

de, além de maque-

tas sobre todo o

processo de produ-

ção, transporte e

distribuição de ele-

tricidade. Fizeram

muitas experiências

relacionadas com a

eletricidade. Foi,

também, interessan-

te compreender a

As turmas B e C do

8º ano participaram

numa visita de estu-

do ao Museu da

Eletricidade. Esta

visita integra o pro-

grama da C.M.L.

“Escola a Escola Pró

Ambiente”. Os alu-

nos foram acompa-

nhados pelas pro-

fessoras de ciências

naturais e de ciên-

cias físico-químicas

e, ainda, das profes-

soras de história do

8º B e de português

do 8º C. Estes pude-

ram visitar as instala-

ções e compreen-

der o funcionamen-

to desta antiga cen-

tral termo elétrica

de Lisboa, desde a

identificação dos

seus diversos com-

ponentes, até à ex-

plicação do seu

funcionamento. Ti-

veram, ainda, a hi-

pótese de observar

um espaço dedica-

do às diversas fon-

tes de energia, com

No dia 14 de de-

zembro, as turmas

do 8.º B e do 8.º C

foram a uma visita

de estudo promovi-

da pela C.M.L. ao

Museu da Eletricida-

de. Fomos de auto-

carro e, quando

chegámos, um mo-

nitor veio ter connos-

co para nos guiar na

visita. Falou-nos so-

bre a eletricidade e

fizemos algumas ex-

periências para per-

cebermos um pou-

co do que trata a

eletricidade. O mo-

perspetiva histórica

relacionada com os

recursos energéti-

cos. Esta temática

inclui-se no âmbito

dos recursos naturais

– utilização e conse-

quências, do pro-

grama do 8º ano.

Os alunos participa-

ram com empenho

e interesse nesta visi-

ta colaborando ati-

vamente em todas

as atividades.

Rosário Simões – DT do 8.º B

Maria João Cardoso – DT do 8.º C

nitor mostrou-nos o

museu enquanto ia

explicando os pro-

cessos de produção

da eletricidade na

Central Tejo e como

antigamente lá se

trabalhava. Foi uma

visita muito boa e

aprendemos bas-

tante.

Marta Penteado, n.º 17, 8.º B da

EB 2.3 Prof. Delfim Santos

J A N E L A A B E R TA

Página 26

Page 27: Janela Aberta nº 3

caram no céu até

hoje, transformados

em gordas estrelas

brilhantes...» Se qui-

seres ler os contos

desta importante

escritora de língua

portuguesa, consul-

ta este endereço:

h t t p : / /

p o r t u -

gues.seed.pr.gov.br

/ a r q u i v o s / F i l e /

ClariceLispector.pdf

Ana Correia – PB da Escola

Básica 2.3 Prof. Delfim Santos

I D A A O T E A T R O C O M O C L U B E D E L E I T U R A “ L E T R A V I V A ”

do folclore brasileiro,

realçadas por músi-

ca instrumental to-

cada ao vivo.

«...Quando as índias

voltaram, ficaram

assustadas vendo os

filhos subindo pelo

ar. Resolveram, es-

sas mães nervosas,

subir atrás dos meni-

nos e cortar o cipó

em baixo deles.

Aconteceu uma coi-

sa que só acontece

quando a gente

acredita: as mães

caíram no chão,

t rans fo rmando -se

em onças. Quanto

aos curumins, como

já não podiam vol-

tar para a terra, fi-

Os membros do Clu-

be de Leitura, dia 14

de dezembro, foram

ver uma peça de

teatro ao Teatro Na-

cional D. Maria II. A

peça chama-se

"Como nascem as

estrelas", de Clarice

Lispector. São recon-

tados seis das lendas

O P I O R C E G O É O Q U E N Ã O Q U E R V E R

muito melhor. Pediu

ao cirurgião que ar-

rancasse os seus

olhos. O caso foi

acabar no tribunal

de Paris e no Vatica-

no. Angel ganhou a

causa e entrou para

a história como o

cego que não quis

ver.

Equipa da BECRE da ESDPV

genrt fez o primeiro

transplante de cór-

nea num aldeão de

nome Angel. Foi um

sucesso da medicina

da época, menos

para Angel, que as-

sim que passou a ver

ficou horrorizado

com o mundo. Disse

que o mundo que

ele imaginava era

Significado: Diz-se da

pessoa que não

quer ver o que está

mesmo à sua frente.

Nega-se a ver a ver-

dade.

Histórico: Em 1647,

em Nimes, na Fran-

ça, na universidade

local, o doutor Vi-

cent de Paul D'Ar-

ESPETÁCULO DE

QUALIDADE

Dia 14 de dezembro,

pelas 21 horas no Au-

ditório Chaves Santos,

houve espetáculo de

qualidade. Atuaram

o Gospel Choir e o

Coro D. Pedro V.

Luís Correia,

Presidente da CAP

N O V O E N D E R E Ç O D O J A N E L A A B E R T A

ser enviados em for-

mato word, sem for-

matações.

Equipa da BECRE da ESDPV

eletrónico para en-

vio de artigos é: ja-

[email protected]

.p. Os artigos devem

A equipa coordena-

dora do projeto Ja-

nela Aberta comuni-

ca que o endereço

N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3

Página 27

Page 28: Janela Aberta nº 3

Escola Secundária D. Pedro V

Escola Básica 2. 3. Prof. Delfim Santos

EB1 / JI Frei Luís de Sousa

EB1 / JI António Nobre

EB1 / JI Laranjeiras

Estrada das Laranjeira, 122 1600-136 Lisboa

Rua Maestro Frederico Freitas 1500-400 Lisboa

Rua Raul Carapinha 1500-542 Lisboa

Rua António Nobre, 49 1500-046 Lisboa

Rua Virgílio Correia, 30 1600-224 Lisboa

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DAS LARANJEIRAS

[email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

SEM EIRA NEM BEIRA

Significado: Pessoas

sem bens, sem pos-

ses.

Histórico: Eira é um

terreno de terra bati-

da ou cimento onde

os grãos ficam ao ar

livre para secar. Beira

é a beirada da eira.

Quando uma eira

não tem beira, o ven-

to leva os grãos e o

proprietário fica sem

nada.

Dizem que antiga-

mente as casas das

pessoas ricas tinham

um telhado triplo: a

eira, a beira e a tri-

beira como era cha-

mada a parte mais

alta do telhado. As

pessoas mais pobres

não tinham condi-

ções de fazer este

telhado triplo, então

construíam, somente,

a tribeira ficando as-

sim sem eira nem bei-

ra.

Equipa da BECRE da ESDPV

E S C O L A E B 1 / J I F R E I L U Í S D E S O U S A

A atual Escola EB1/JI

Frei Luís de Sousa, an-

teriormente designa-

da por Escola n.º 49,

foi construída no ano

de 1961. É formada

por dois blocos isola-

dos e dois pátios se-

parados, de modo a

integrar as antigas

escolas masculina e

feminina, como ain-

da se pode ver na

inscrição da entrada

de um dos portões.

Depois do 25 de Abril

de 1974, para con-

cretizar a coeduca-

ção, foi derrubado o

muro que separava

os pátios, de modo a

unir os dois espaços.

Enquanto instituição,

remonta à Primeira

República, como tes-

temunham os livros

de ponto existentes

no seu espólio, para

além de outros ma-

teriais didáticos da

época. Nessa altura,

desdobrava-se em

dois edifícios, de acor-

do com a separa-

ção de géneros: a

Escola n.º 49, para o

sexo masculino, situa-

da à entrada do Jar-

dim Zoológico e a

Escola n.º 50, para o

sexo feminino, no

início da Estrada de

Benfica.

No ano letivo

2004/2005, foi inte-

grada no Agrupa-

mento de Escolas

Delfim Santos, altura

em que passou a

designar-se de EB1

Frei Luís de Sousa. A

escolha deste patro-

no provém do facto

de Frei Luís de Sousa

ter passado parte da

sua vida na zona

que atualmente

constitui a Freguesia

de S. Domingos de

Benfica, encontran-

do-se sepultado na

Igreja de Nossa Se-

nhora do Rosário.

No ano letivo

2012/2013, começou

a funcionar, nas suas

instalações, o Jardim

de Infância Frei Luís

de Sousa. Foi tam-

bém, neste ano, que

passou a fazer parte

do Agrupamento de

Escolas das Laranjei-

ras, com sede na Es-

cola Secundária D.

Pedro V.

Inácia Santana, docente da

EB1/JI Frei Luís de Sousa

N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3 N E W S L E T T E R 3

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