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Proposta para Jardim Botanico em Teresina PIEstudo Preliminar UFPI. Universidade Federal do PiauíCT. Centro de TecnologiaArquitetura e UrbanismoPROJETO 6. 2007Prof. Alcília AfonsoGrupo 1.Ana NegreirosCíntia BartzDanielle DantasLívia MacedoValério Araújo
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CT. CENTRO DE TECNOLOGIA | UFPIARQUITETURA E URBANISMOPROF. ORIENTADORA -ALCÍLIA AFONSO
ANA ROSA S. NEGREIROS FEITOSACÍNTIA BARTZ MACHADODANIELLE ARÊA LEÃO DANTASVALÉROI DE ARAÚJO SILVA
PROJETO VI.JARDIM BOTÂNICO DE TERESINA | PI
2007
MUSEU | FACHADA SUL
SUSTENTABILIDADE NA ARQUITETURA E NO URBANISMO:Uma proposta para criação do Jardim Botânico de Teresina
O objetivo deste trabalho é apresentar uma proposta para a criação do Jardim Botânico de Teresina. Aproposta conta inclusive, com o aval do IBAMA e da secretaria Municipal de Planejamento, através dos técnicosda Agenda 21 e trabalha como base conceitual, a arquitetura sustentável e bioclimática, relacionada com aracionalidade arquitetônica.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamenteequilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público eà coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes gerações futuras”.
Dessa forma, o projeto de criação do Jardim Botânico de Teresina tem como objetivos, promover apesquisa, a conservação, a preservação, a educação ambiental e o lazer compatível com a finalidade dedifusão da flora e sua utilização sustentável; proteger espécies raras ou silvestres, ameaçadas de extinção;promover intercâmbio cientifico, técnico e cultural com entidades e órgãos nacionais estrangeiros, estimulandoe promovendo a capacitação de recursos humanos, além de desenvolver uma política de educação ambiental:uma área que além de preservar o meio-ambiente, possa proporcionar ao cidadão, opções de lazer, ócio e aomesmo tempo, inseri-lo no processo de educação ambiental.
A metodologia trabalhada vem a ser a aplicada na disciplina de projetos arquitetônicos, trabalhandoinicialmente com o reconhecimento da realidade construída, levantando dados in loco, sobre as condições doentorno, do terreno, da quadra e o bairro, bem como os aspectos históricos e culturais que estão relacionadoscom aquela região urbana. Posteriormente, foi realizado um estudo sobre a legislação e uso do solo, e umaavaliação sobre os condicionantes naturais: dados climatológicos, topografia, vegetação e tipo de solo.
Após o diagnóstico realizado na primeira etapa do projeto, foi elaborado um programa de necessidades,no qual ouviu-se os agentes diretamente envolvidos com o futuro Jardim Botânico.
O programa de necessidades do Jardim Botânico de Teresina proposto abarca um setor administrativo;núcleos de educação ambiental, composto por oficinas de arte educação e ambiente, bibliotecas, auditório emuseu de ciências naturais; núcleo de pesquisa ambiental, composto por laboratórios para estudo da fauna eflora, herbários, biblioteca setorial; jardim dos sentidos com infra-estrutura para apoiar a visitação dedeficientes físicos como opção de lazer e tratamentos para sensibilização de odores, sons, toques; uma praçade alimentação para apoiar as visitações dos estudantes à área, com refeitórios, baterias sanitárias e cozinhade apoio; além de um tratamento paisagístico adequado para as trilhas, trabalhando com a limpeza das vias,sinalização e mobiliário urbano (lixeiras, bancos, postes e iluminação) das mesmas, além de beneficiar tambémo acesso a deficientes físicos para que possam usufruir da área.
A intervenção arquitetônica nos edifícios projetados trabalhou baseada nos princípios desustentabilidade ambiental, dado ênfase desde o inicio à correta implantação dos novos edifícios, privilegiandoa escolha de áreas, que minimizassem os problemas de extensão da infra-estrutura, também, levando-se emconsideração a recuperação de áreas degradadas no parque, que necessitam de imediatas intervenções, apósanálises realizadas pelo diagnóstico.
Sem dúvida, no caso da cidade de Teresina, possuidora de uma latitude de 5º sul, a orientação solar é oelemento mais importante para o desempenho energético dos edifícios projetados. Por isso, a atenção dada àcorreta orientação dos edifícios foi fundamental no partido arquitetônico adotado, a fim de solucionar oproblema climático teresinense, que chega a temperaturas dos 40º, com a inexistência de uma ventilaçãoconstante, uma vez que a capital piauiense está implantada a 350km do litoral, possuindo característicasgeográficas que favorecem o aquecimento.
A questão das aberturas dos edifícios e seus devidos fechamentos também foi outro ponto importanteconsiderado no projeto, observando-se a compatibilidade destes com a orientação dos mesmos.Complementando-se tais recursos, com a utilização correta de especificações de materiais, estudando-se nãosomente a energia acumulada durante o uso, mas também aquela eventualmente absorvida em sua produção,evitando a utilização de materiais inadequados para a realidade sócio-cultural e econômica local.
TERESINA- PI | JARDIM BOTÂNICO | 05° 05' 20" S 42° 48' 07" O
LEGENDA.1-ADMINISTRAÇÃO 2-QUÍOSQUE 3-FARMÁCIA|NUPA 4-VIVEIRO 5-ANFITEATRO|AUDITÓRIO 6-RESTAURANTE7-MUSEU 8- TÍPICA MORADA PIAUIENSE (RESTAURADA ) 09-BIBLIOTECA 10-JARDIM DOS SENTIDOS
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Av. Prefeit
o Freitas Neto
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o Freitas Neto
Av. Duque
deC
axias
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JARDIM BOTÂNICO DE TERESINA |PI
Clareza e simplicidade. São as palavras que melhor definem a natureza arquitetônica dos edifícios erguidospara abrigar as funções e serviços do Jardim Botânico do Mocambinho.
A obra procurou sempre uma abordagem racional que pudesse guiar o processo. O sistema construtivoadotado foi misto (concreto e aço), escolhido por ser mais fácil a manutenção e a conservação. Foram utilizadosmódulos de 12m x 12m, com pilares 30cm x 30cm bem marcados de modo que a planta se tornasse livre para serorganizada e trabalhada. Razão pela qual foram usadas divisória em Dry Wall facilitando a liberdade de layoutefuturas modificações, típicas de instituições públicas.
Em geral a disposição da planta baixa seguiu um padrão, onde a bateria sanitária se repetiria em outrosblocos e em cada pavimento, dispota de uma maneira que facilita a instalação hidráulica, diminuindo assim oscustos. Elas também servem como barreira para a propagação do calor incidente nas fachadas laterais, tendo emvista que a implantação das edificações foi de tal forma que essa fachada, a menor, ficou voltada para o oeste eleste, sentidos mais críticos da insolação.
Os panos de vidro que marcam a fachada, assim como as janelas rasgadas, permitem que a natureza e aluz envolvam de fato as edificações propostas. Nos banheiros dos prédios da Administração, do NUPA e do Museuisso ocorre de forma particular: há vidro atrás dos espelhos, cuja transparência faz vislumbrar o jardim que corre nalateral. Jardim este que serve de barreira para o calor do oeste, trabalhando em conjunto a parede dupla.
Houve toda uma preocupação em relação à incidência direta da luz solar e a circulação dos ventos atravésdos prédios, já que o clima de Teresina exige soluções práticas que amenizem a sensação térmica. Foi propostauma varanda de 3m a fim de que esta provocasse um sombreamento nas fachadas geralmente envidraçadas, alémda utilização de brises metálicos. Em relação à ventilação, foi elaborado uma solução com laje dupla que permite apassagem livre de ar entre elas, bem como a elevação das edificações de 40 ou 60cm do solo que permite acirculação por baixo delas. Essa elevação também causa menor impacto ao meio ambiente, uma vez que a alturade sua laje de piso permite que as raízes das árvores existentes nas proximidades continuem respirando e crescendo,sem prejudicar o desenvolvimento das mesmas.
A cobertura é feita com telhas termo-acústicas, dispostas em duas águas e escondidas por uma platibandae fazendo uso de calhas centrais. O sistema de laje dupla foi utilizado em quase todos os edifícios afim de quepermita a circulação do ar, diminuído a temperatura interna.
Para facilitar o acesso de todos, principalmente dos portadores de necessidades especiais, todos os blocospossuem uma rampa. Essa preocupação também existiu com as trilhas que receberam reforma e possibilitarão asessas pessoas um contato mais próximo com a natureza e um acesso facilitado entre todos os prédios.
8:00h 10:00h
22.06 - SOLSTÍCIODE INVERNO
8:30h e 15:30h
22.06 - SOLSTÍCIODE VERÃO
7:45h e 16:15h
07-CIRCULAÇÃO08-DML09-CÂMARA FRIA
10-DESPENSA11-CIRCULAÇÃO EXTERNA12-JARDIM
A
BB
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LEGENDA01-ÁREA EXTERNA02-ÁREA INTERNA03-BAR
04-COZINHA05-BWC06-BWC PNE's
RESTAURANTE | PLANTA TÉRREA0 1.5 6 12
SOLSTÍCIO DE INVERNO
10:30h e 13:30h
RESTAURANTE |FACHADA LESTE
0 1.5 6 12
SOLSTÍCIO DE VERÃO
7:45h e 16:15h
10:30h e 13:30h
8:30h e 15:30h
10h no Equinócio
21.03 / 23.09 - EQUINÓCIO
RESTAURANTE| FACHADA SUL1261.50
8h no Equinócio
JARDIM BOTÂNICO DE TERESINAPARTIDO ARQUITETÔNICO
22.12 - SOLSTÍCIO DE VERÃO7:45 h 16:45h
22.06 - SOLSTÍCIO DE INVERNO8:30 h e 15:30h
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LEGENDA
01 - Passagem livre de Ar02 - Saída de Ar quente03 - Brises protegem a
circulação da insolação04 - Sombreamento de esquadrias
evita incidência solar direta
CORTE ESQUEMÁTICO DA ESTRUTURABÁSICA DE TODOS OS BLOCOS
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ACESSO PRINCIPAL
NUPA | PLANTA PAVIMENTO 00 1.5 6 12
LEGENDA
01-RAMPA ACESSO02-VARANDA03-VENDAS04-ESTAR05-LAVAGEM06-PESAGEM07-CONTROLE08-VESTIÁRIO09-BWC PNE10-ALMOXARIFADO11-LÍQUIDO12-SÓLIDO13-CIRCULAÇÃO14-HALL15-PASSARELA COBERTA16-PRAÇA DE INTEGRAÇÃO
17-RECEPÇÃO18-DIREÇÃO19-DEPÓSITO20-TAXIDERMIA21-PESQUISA22-LABORATÓRIO23-ESPERA24-SEPARAÇÃO25-FREEZER26-ALMOXARIFADO27-RECEPÇÃO DE MATERIAIS28-COPA29-CÂMARA FRIA30-EMBALAGEM31-DESTILAÇÃO
NUPA | FACHADA NORTE
JARDIM BOTÂNICO DE TERESINA
NÚCLEO DE PESQUISA AMBIENTAL . NUPA
O NUPA é o edifício chave do Jardim Botânico cujoobjetivo é desenvolver pesquisas ambientais e proferir palestrasjunto à comunidade vizinha. Este é composto por três prédios, oViveiro, o Centro de Pesquisa e a Farmácia.
O viveiro é um criatório de espécies vegetais que serãoanalisadas,
trabalhadas
Esta é uma edificação de apenas um pavimento. Liga-secom o centro de pesquisa através deuma praça elevada a 40 cm do solo criando uma área deconvivência entre os dois edifícios.
catalogadas, bem como feito a seleção de folhas esementes, pelo Herbário, outro bloco existente no Jardimbotânico. Posteriormente elas são no Centro dePesquisa, onde é feita a manipulação dessas espécies e odesenvolvimento de produtos que estarão disponíveis àpopulação através
da farmácia. Além da flora lá também são desenvolvidasatividades ligada à fauna como a taxidermização de espéciesanimais da região.
uma passarela coberta e
O centro de pesquisa é formado por dois pavimentos equatro módulos (de 12 x 12m). Ele possui brises que marcamtoda a fachada, em ambos os pavimentos e exercem a função deproteção ao pano de vidro existente.
NUPA | CORTE 00 1.5 6 12 LEGENDA
01- LAJE MACIÇA02- TELHA TERMO-ACÚSTICA I=05%03-
04-
05-
06-
07-08-
09-
TERMOBRISES COM PERFIL DEALUMÍNIO
VIDRO DUPLO INSULADO COMPERFIL QUADRO EM ALUMÍNIO
TELA DE ARAME GALVANIZADOLAJE IPERMEABILIZADA GUARDA CORPO EM AÇO
CROMADOLAJE MACIÇAPILAR METÁLICO REVESTIDO EM
CHAPAS DE AÇO
20
02
04
08
09
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0706
03
01
NUPA | CORTE 00 1.5 6 12
JARDIM BOTÂNICO DE TERESINA
NUPA - NÚCLEO DE PESQUISA AMBIENTAL
ADMINISTRAÇÃO
VIVEIRO
BIBLIOTECA
RESTAURANTE
MUSEU
AUDITÓRIO
QUIOSQUE
IMAGENS
JARDIMBOTÂNICO
DE TERESINA