O que precisamos fazer para voltar a andar tranquilamente pelas ruas do Jardim Botânico? (Páginas 4 e 5)

Estética da Gambiarra A exposição de Cao Guimarães é uma das atrações do Parque

Lage durante a Rio + 20. (Página 6)

Ex-Barão é Ilustre Jardim Botânico e Horto formam o microcosmo

do baixista e produtor musical Dé Palmeira. (Página 7)

jb folhasj u n h o / j u l h o 2012 | ano 8 | nº45

distribuição gratuita

Jardim Botânico

Horto | Gávea | Humaitáem

o informativo do jardim botânico

Em busca da segurança perdida

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ExpedienteO JB em Folhas é uma publicação bimestral, editadapelo Armazém Comunicação Projetos Jornalísticos Ltda.

www.armazemcomunica.com.br

Editora Responsável: Christina Martins (Mtb 15185 -RJ)

Redação: Betina Dowsley

Projeto Gráfico: Paulo Pelá - www.bolaoito.com.br

Revisão: Carla Paes Leme

Publicidade: Célia Medeiros - 9433-8321

Impressão: CMYK Gráfica - 2581-8406

Secretária de Redação: Sheila Gomes

Fotos da Capa: Chris Martins/ divulgação (Parque Lage)

Tiragem: 5.000 exemplares

Telefone: 2294-4926

e-mail: jbemfolhas@armazemcomunica.com.br

site: www.jbemfolhas.inf.br

Caro Leitor,

Todo ano é a mesma coisa: em algum momento, rola uma onda de violência no bairro. Já tivemos

em outros anos arrastão, furto e, esse ano, a modalidade preferida é o assalto a residência. Para

saber como anda a segurança na região, a equipe do JB em Folhas entrevistou o novo comandante

do 23º Batalhão da Policia Militar tenente-coronel Luiz Octávio da Rocha Lima, como você poderá ler

na matéria de capa, nas páginas 4 e 5. Os índices, segundo ele, não são alarmantes, mas também

não confortam, pois muito do que acontece nem sempre é registrado. Agora mesmo, durante o fe-

chamento do jornal, tomamos conhecimento de alguns furtos e roubos, que certamente não estarão

relacionados na próxima estatística. Só nos resta ficar de olhos bem abertos e seguir algumas dicas

de segurança oferecidas pela polícia, que podem ser úteis tanto na rua, como em casa.

Como não se fala em outra coisa na cidade a não ser na Rio + 20, reunimos na coluna JB Indica

os lançamentos de livros e eventos relacionados à conferência da ONU que vai discutir a sustenta-

bilidade do planeta.

A coluna Folhas do Jardim, na página 3, aponta algumas novidades no bairro: das gastronômi-

cas - com a mudança de dono de alguns restaurantes - às novas atividades oferecidas pela Jardim

Botânico Educação Infantil.

E como tudo acaba em música, entrevistamos o baixista Dé Palmeira para o Ilustre Morador, na

página 7. O músico – que agora, por conta de trabalho, anda curtindo mais o Horto – mistura lazer

e trabalho e, por isso mesmo, consegue curtir diferentes pontos do bairro.

Até agosto!

Christina Martins e Betina Dowsley

Distribuição:Bancas de jornais, galerias e prédios comer ciais do Jardim Botânico, Bibi Sucos, Cavídeo, Jardim Botânico, Parque Lage, Agência dos Correios da rua Jardim Botânico. Display: Galeria da Rua Maria Angélica.

Telefones úteisBombeiros 193 / 3399-1234Cedae (água e esgoto) 195 / 0800 281195CEG (emergência) 0800 240197CET-Rio 2286- 8010Comlurb 2204-9999Defesa Civil 199 / 2576-5665Disque-Denúncia 2253-1177Disque-Luz (Iluminação urbana) 2535-5151Disque-Barulho e Patrulha Ambiental 2503-2795Guarda Municipal 153Light 0800 21019615ª DP 2332-2871Polícia Militar 190Subprefeitura da Zona Sul 2274-4049 / 2511-0501Vigilância Sanitária 2503-2280Tele-Dengue 3553-4025Tele-gripe 0800 2810 100Procon 151Atendimento ao Cidadão 1746

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Thiago Lemos Vasconcelos fez administração de empresas, mas ganha a vida olhando peixe. Aos 27

anos, ele é aquarista, responsável pela manutenção do aquário do Parque Lage. O espaço, que já passou

por períodos de abandono, foi revitalizado em 2009 e hoje faz sucesso no parque, com sua variedade

de espécies, distribuídas em diferentes reproduções de biomas. A paixão pelo trabalho foi passada pelo

avô e pela mãe, que o tinham como hobby. Coube a Thiago profissionalizar tal paixão e criar a Belaqua

Aquários e Lagos Ornamentais, que cuida também do aquário do Centro Pediátrico da Lagoa. Orgulhoso

de seu trabalho no Parque Lage, no qual atuou como voluntário em 2004, Thiago só lamenta a falta de

respeito das pessoas, que insistem em bater no vidro para chamar os peixes. “Algumas espécies se as-

sustam com facilidade e acabam se machucando. Fico impressionado com alguns pais que não chamam

a atenção dos filhos”, observa indignado.

Cara do JB Thiago Lemos Vasconcelos

AULAS DE PIANO – professora formada na França, com

mais de 10 anos de experiência, especializada em aulas para crianças a partir de 4 anos.

Em domicílio ou na Rua Pacheco Leão. Béatrice: 2512-1940

VAGA DE GARAGEM – Não deixe seu carro dormir na rua! Alugo vaga de garagem men-

sal, próximo à ABBR. Informações: 2294-9810

IDOSOS LEGAIS – O projeto ainda está no começo, mas a ideia é boa.

Criado pelo economista Paulo Rêgo, Idosos Legais tem como objetivo criar uma rede de voluntários

para melhorar o acolhimento dos idosos de baixa renda e facilitar o acesso das famílias a estes ser-

viços. Para ter mais informações ou participar como voluntário, acesse www.idososlegais.com.br ou

www.facebook.com/idososlegais. O e-mail para contato é participe@idososlegais.com.br.

CLASSIFICADOS

Cidadania

Editorial Segurança em alta

Adote um canteiroA campanha “Adote um canteiro da Pio XI”, pro-

movida pelo JB em Folhas, está indo bem. Já fo-

ram adotados seis dos 16 canteiros da praça, que

receberão plantas e flores até o final de junho.

Entre os que já reservaram seus canteiros para

adoção estão o Mercado Afonso Celso, o Tabladi-

nho, a Jardim Botânico Educação Infantil, o bloco

Último Gole e dois moradores da região. Ainda dá

tempo de participar. Basta entrar em contato com

a redação do jornal, por telefone 2294-4926 ou e-

mail jbemfolhas@armazemcomunica.com.br.

AnarriêO esquema da Subprefeitura de impedir a rea-

lização de eventos durante o mês de junho por

conta da Rio+20 atrapalhou um pouco o calendá-

rio de festas juninas no bairro. De todo modo, já

está confirmada para o dia 30 de junho, sábado,

o tradicional arraial da rua Visconde da Graça. Em

julho, é a vez do Clube Militar armar suas barra-

quinhas, nos dias 14 e 15 de julho.

Colônias de FériasEstá aberta a temporada de colônias de férias no

bairro. A Escola do Pônei (www.poneiclubebrasil.

com.br), que fica dentro da Sociedade Hípica Brasi-

leira, está recebendo inscrições para as atividades

que acontecerão entre 3 e 27 de julho, direciona-

da a crianças de 5 a 12 anos. No Lunático Café e

Cultura de 16 a 27 de julho, tem acrobacia aérea,

de solo e teatro para crianças a partir de 3 anos

(www.lunaticocafeecultura.com). Já a arteeduca-

dora Rosa Geszti também prepara novidades para

mais uma edição do projeto Dedo Verde, que inte-

gra o Ateliê da Floresta. A nova temporada aconte-

cerá de 16 de julho a 3 de agosto, no Jardim Botâ-

nico do Rio de Janeiro (www.jbrj.gov.br).

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no estabelecimento, como ar condicionado e TV

LED para jogos do campeonato brasileiro. Tam-

bém no ramo gastronômico, tem novidade no

parque. O La Bicyclette abriu um bistrô no Jardim

Botânico, ao lado do Espaço Tom Jobim. O horário

de funcionamento é das 8h30 às 18h, podendo

se estender em dias de eventos no teatro.

Outras novidades no bairroO comércio também anda movimentado no

Jardim Botânico. Será inaugurada, até o fim de

junho, a papelaria Ponto do Lápis, na rua Jardim

Botânico 647. Perto dali, na galeria 719, já está

funcionando em regime de soft open a “Berim-

bau e arte”, loja de roupas de ginástica.

Hospital da ABBR reabrirá em 2014 Fechado há seis anos, o hospital localizado na

Associação Brasileira Beneficente de Reabilita-

ção (ABBR), no Jardim Botânico, será reaberto

ao público em 2014. Especializado em cirurgias

ortopédicas e de plástica reconstrutora, ele terá

parte de suas edificações ociosas alugadas para

a Amil, que também administrará a nova unida-

de. Batizado com o nome de Hospitalys, o hos-

pital começou a funcionar com parte da nova

estrutura no final de maio.

Estacionamento Jardim BotânicoDevido à realização de eventos relacionados à

Rio + 20 no Jardim Botânico do Rio de Janeiro,

o estacionamento do parque estará reservado

somente para autoridades no período de 11 a

23 de junho. Os visitantes, funcionários e cola-

boradores poderão utilizar o estacionamento do

Jockey Club, do lado oposto da rua.

Folhas do Jardim

Arte na Educação InfantilCom 14 anos de experiência, a Jardim Botânico

Educação Infantil acaba de criar o Ateliê das Artes

da Jardim Botânico, que oferece mais imaginação

e criatividade no dia a dia das crianças. Funcio-

nando desde o começo do ano, o ateliê oferece

dentro da sua programação oficinas de artes plás-

ticas, psicomotricidade, música e literatura, garan-

tindo o contato com as diferentes linguagens de

forma lúdica e desafiadora. Os ateliês funcionam

diariamente, das 8h30 às 11h, e são abertos ape-

nas às crianças matriculadas na escola.

Refeição com causa nobreO Ambulatório Praia do Pinto promove rifa de

refeições (almoço ou jantar para duas pessoas,

sem bebida alcóolica) em restaurantes da cida-

de, sendo seis aqui do bairro: Lorenzo Bistrô, Mr

Lam, Gula Gula, Frontera, Opinião Pública e Le

Pain du Lapin. O sorteio será em julho e o valor

da rifa – promovida há 14 anos pelo Ambulatório

– é de R$ 50, sendo a renda revertida para a ins-

tituição. www.ambpraiadopinto.webnode.com

Fome de quê?

A Bibi Sucos avisa que a Galeteria Mormaço foi

vendida e não pertence mais ao grupo. O restau-

rante foi comprado por uma rede de self-service

e, em breve, entrará em reforma. Outro que mu-

dou de dono foi o Bar Jóia. Depois de dois anos

anunciando, o estabelecimento foi vendido há um

mês a um grupo de empresários, também donos

do Bar Belmiro, do Galeto Copa Rio e do Vila Rica.

A partir de junho, passa a se chamar Bar Jóia Ca-

rioca, com inovações no cardápio, como filé mig-

non e doces para sobremesa, além de melhorias

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Paz ameaçadaVerde, ar puro, clima de interior e tranquilidade

– estes são os predicados apontados como de-

terminantes na hora de escolher morar no Jardim

Botânico. Mas a paz que costumava reinar por aqui

já não é mais a mesma. Do início do ano para cá,

temos nos deparado com o aumento de roubos

e assaltos a residências e a estabelecimentos co-

merciais. Certamente, os casos de polícia não são

exclusividade de nosso bairro, mas isso não é mo-

tivo para que a gente fique de braços cruzados.

Nesta luta por maior segurança, a informação é

nossa maior aliada, daí o assunto ter virado tema

da matéria principal desta edição.

- Os assaltos a residências são os que mais

angustiam os cidadãos. Ter sua casa invadida e

suas coisas reviradas e roubadas fragiliza muito

as pessoas. Numa situação destas, podemos en-

tender o desespero e a histeria das vítimas, ob-

serva o comandante do 23º Batalhão da PM, te-

nente-coronel Luiz Octávio da Rocha Lima, que

tem 22 anos na PM e experiência semelhante

no Grajaú, onde atuou recentemente.

No mês de abril, em particular, vários casos fo-

ram registrados no JB. Somente no dia 21, sábado,

foram dois casos localizados em pontos opostos

do bairro: um na rua Eurico Cruz, sem reféns, e o

outro na rua Gerondino Esteves. Neste último, três

adolescentes foram rendidos ao sair de casa e obri-

gados a voltar para facilitar o assalto. A repercussão

do caso foi tão grande que provocou mudanças

imediatas no esquema de segurança do bairro.

Atualmente, segundo o tenente Edilton Bezerra

Filho, responsável pelo patrulhamento do JB desde

o ano passado, há quatro viaturas no bairro com

dois homens cada. Elas rodam pelas ruas e fazem

paradas estratégicas em frente ao Clube Militar,

na rua Estela e nas esquinas da Jardim Botânico

com as ruas Professor Saldanha e Faro. Outros veí-

culos adotados recentemente para o policiamento

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aqui são dois quadriciclos e duas motopatrulhas.

Ainda segundo o oficial, reforçam o patrulhamen-

to 12 homens, além dos quatro policiais que já

atuavam por aqui. A novidade fica por conta das

seis duplas de policiais femininas, que que fazem

ronda na rua Jardim Botânico, no trajeto entre a

ruas Faro e Pacheco Leão, área com maior con-

centração de roubos na rua (pedestres, ônibus...).

Pudera! Em abril, houve pelo menos mais três

casos ocorridos numa mesma data e – pasmem! –

na mesma rua. A primeira vítima foi Nilton Souto

da Silva, de 43 anos, que trabalha com reformas

em geral. Nilton mora em São Cristóvão, mas há

nove anos atende clientes no Jardim Botânico

onde foi porteiro de dois prédios na rua Afonso

Celso. O faz-tudo foi furtado no final do fatídico

mês. Abriram a mala de seu carro estacionado na

Praça Pio XI e levaram todas suas ferramentas de

trabalho, além de seu material de pesca. Ao todo

foram seis máquinas – dentre as quais furadeira e

maquita –, somando um prejuízo em torno de R$

3 mil. Para ele, a culpa é das UPPs: “Os ladrões

saíram do morro e agora estão no asfalto. Quem

roubou conhecia o movimento. Agora não dei-

xo mais o equipamento no porta-malas”, afirma

lembrando que, no mesmo dia, foi roubada tam-

bém uma bicicleta elétrica no prédio número 70.

O porteiro Gleidon Evaristo, que trabalha há

dois anos no 57 da rua Oliveira Rocha, conta o ter-

ceiro caso: um caminhão pequeno parou na porta

do prédio, durante sua folga, e fez uma verdadei-

ra ‘mudança’ de um apartamento, cuja moradora

passa boa parte do tempo em São Paulo. Para ele,

quem roubou sabia direitinho a rotina do lugar.

Gleidon ficou sabendo sobre o curso de segu-

rança para porteiros oferecido pelo 23º Batalhão

pela reportagem do JB em Folhas. Recentemen-

te, ele fez um curso de primeiros socorros no

Corpo de Bombeiros do Humaitá. “Acho que a

gente tem de ser melhor preparado para todo

tipo de situação”, avalia.

O curso para porteiros é organizado e minis-

trado pelo próprio Ten Cel Luiz Octávio, no bata-

lhão, uma vez por semana, para 25 profissionais,

e tem quatro horas de duração. Os requisitos

são: ser funcionário com carteira de trabalho as-

sinada; recomendação do síndico do condomínio

em que trabalha; uma foto 3 x 4; e cópia da car-

teira de identidade.

Uma coisa é certa: é preciso registrar queixa

de todo e qualquer caso, mesmo que o roubo

pareça pequeno. O deslocamento de efetivo po-

licial para determinada região depende da de-

manda. Por enquanto, a pressão por uma aten-

Dicas de SegurançaASSALTOS: Não reaja a assaltos, ligue 190 e a Polícia Militar vai lhe orientar.

CASA: Fique atento ao chegar e ao sair de casa. Se desconfiar de alguma coisa, dê uma volta no quarteirão e chame a Polícia Militar.

NA RUA: Evite ficar sozinho em pontos isolados, especialmente à noite. Evite namorar ou ficar parado dentro do carro por um período longo.

ILUMINAÇÃO PÚBLICA: Cobre das empresas responsáveis boa iluminação das ruas.

INFORMAÇÕES: Sempre que precisar de informações, procure a autoridade mais próxima.Evite pedir informações a pessoas estranhas.

VALORES: Previna-se contra a ação de marginais, não ostentando valores como relógios, pulseiras, colares e outras joias. Se perceber que está sendo seguido, entre em um estabelecimento comercial ou atravesse a rua. Não saia com grandes quantias de dinheiro ou cartão de crédito, se não for necessário.

ção maior para o Jardim Botânico é grande, mas,

à medida que as queixas diminuem, o bairro

sai do foco e os recursos humanos são alocados

para outra região. Para estreitar a comunicação

entre polícia e cidadão, o 23º PM está trabalhan-

do em duas frentes: com o Café Comunitário e

o Conselho de Segurança. O primeiro acontece

na segunda quarta do mês, no próprio batalhão,

enquanto o segundo reúne, na última quinta do

mês, delegados, subprefeituras e autoridades

para apresentar índice e discutir problemas com

a violência na zona sul. Ambos são abertos aos

moradores e associações. Mais informações po-

de ser obtidas pelo telefone 2334-6733.

1_Café Comunitário da PM 2_Nilton comprou novas ferramentas 3_Prédio assaltado em pleno sábado 4_Reforço feminino da PM no bairro

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Meu Meio reabre Museu do Meio AmbienteA exposição “Meu Meio” inaugura o novo

espaço reformado do Museu do Meio Am-

biente, no Jardim Botânico do Rio de Ja-

neiro, no dia 13 de junho. Segunda edição

do projeto Marco Universal, a série – pro-

duzida pela XBrasil – une a diversidade da

linguagem audiovisual a temas de apelo

universal. Carlos Nader, Angelo Venosa e

as duplas Leandro Lima e Gisela Mota, e

Maurício Dias e Walter Riedweg produzi-

ram uma linguagem visual para sistemas

ambientais criados ou não pelo homem,

como corpo, florestas, água e cidades, res-

pectivamente. Com o selo da Conferência

das Nações Unidas para o Desenvolvi-

mento Sustentável, Rio+20, “Meu Meio”

tem curadoria de Marcello Dantas e estará

aberta ao público de 15 junho a 12 agosto.

http://www.marcouniversal.com.br

Estética da Gambiarra nas CavalariçasEm “Estética da Gambiarra”, Cao Guimarães,

um dos nomes brasileiros de maior êxito no

cruzamento entre cinema e artes plásticas,

mostra sua produção mais recente, nas Ca-

valariças do Parque Lage. São 15 fotografias

e 4 vídeos, que formam uma conversa e de-

monstram como essa instalação poderia ser

chamada de ‘estética da gambiarra’. A expo-

sição fica em cartaz até 1º de julho.

JBF INDICA

Programação Verde no JBRJProgramação verde é o que não vai faltar no

Jardim Botânico do Rio de Janeiro em junho,

quando o parque comemora 204 anos de exis-

tência. Paralelamente à Conferência Interna-

cional da ONU, alguns eventos serão abertos

ao público no JBRJ. O Espaço Tom Jobim vai

abrigar, de 11 a 14 de junho, o Ciclo de Deba-

tes do Ministério do Meio Ambiente, enquanto

o Centro de Visitantes apresenta, dias 16 e 17,

a mostra Natureza no Cinema, com filmes e

debates sob a curadoria de Walter Lima Junior.

A programação verde fecha com uma exposi-

ção sobre o Acre, no Centro de Visitantes, de

19 a 24 de junho. www.jbrj.gov.br

Novos tempos de Ana Lúcia AzevedoTambém em junho, a jornalista especializada em

ciência e meio ambiente do jornal O Globo Ana

Lucia Azevedo lança o livro “Novos Tempos”.

Fascinada por nuvens e tempestades, ela entre-

vistou cientistas, agricultores, pescadores, espor-

Praça boa é praça ocupada por crianças.

São elas o que dão colorido e charme

ao espaço público. Nesse quesito, a Praça Pio XI é nota 10, muito embora a

localização ajude bastante. Já a praça Dan Hammark Kjoeld, situada no alto

da Rua Lopes Quintas, tem espaço de sobra, um superparquinho, com direito

a cesta de basquete e casa de boneca, mas vive deserta. Uma pena!

Flagrante

tistas e também caçadores de tempestade –

gente de todo tipo de ofício que, por profis-

são ou paixão, está mais próxima do tempo

e seus elementos. Ana Lucia fala do céu, do

ar, das ondas, mas, acima de tudo, sobre o

Brasil e sobre cada um de nós, ao fazer uma

viagem pelo nosso corpo, analisando as rea-

ções a cada pequena mudança de tempera-

tura, umidade ou pressão do ar.

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Microcosmo – assim o baixista Dé Palmeira defi-

ne o Jardim Botânico. A reunião de várias classes

em um mesmo espaço é para o músico o grande

charme do bairro, onde mora há 12 anos. Para

ele, não tem programa melhor do que sair para

andar de bicicleta na Lagoa, passear com a cade-

la Galega, uma golden retriver e tomar uma cer-

veja com os amigos em algum ponto do Horto,

depois de ensaiar.

“Sou muito caseiro. E não tem lugar melhor

pra mim do que a minha casa, ficar curtindo o

silêncio gelado da mata e, vez ou outra, ainda

contar com a visita de um tucano na minha vara-

da. Isso é realmente incrível”, confessa o baixista,

que integrou a formação original do grupo Barão

Vermelho e incentivou Adriana Calcanhoto a tirar

o projeto Partimpim da gaveta, quando integrava

a banda da cantora. Acabou sendo responsável

pela direção musical do infantil, que rendeu dois

CDs e dois DVDs.

A parceria ainda vai render mais um fruto. A du-

pla pretende lançar, em outubro, uma nova versão

do clássico “Arca de Noé”, de Vinicíus de Moraes,

com destaque para as músicas que falam dos bi-

chos. Para esse projeto, em fase de pré-produção,

já estão convocados Zeca Pagodinho, Marisa Mon-

te, Arnaldo Antunes e Ivete Sangalo, que cantarão

as músicas do pinguim, da abelha, do peru e da

galinha d’angola, respectivamente.

- Vinicius compôs o musical para ajudar os

filhos a entenderem poesia. Ele e Adriana têm

uma característica em comum: a comunicação

sem frescura as crianças. Acho que vai ficar bem

legal, observa animado com a possibilidade de

gravar com a cantora em um estúdio no Horto.

Com sua vida praticamente centralizada no

bairro, Dé Palmeira une o trabalho ao lazer. No

Horto, faz terapia e frequenta o estúdio do amigo

Dado Villa-Lobos, junto com Toni Platão e Char-

les Gavin. Os quatro formaram uma banda – ain-

da sem nome – com repertório de rock latino e

ensaia para gravar um DVD e fazer shows ainda

esse ano. “A gente se diverte muito nos ensaios

e troca muitas ideias. E depois tem a happy hour

no Jôjô Bistrô para os últimos comentários”.

O Horto, aliás, traz boas lembranças para o

baixista. Foi no antigo Public Co. (atual Bar Horto)

que ele estreou e residiu por quatro anos como

DJ, logo após sua saída do Barão. “Em 95, o Hor-

to era meio Barra da Tijuca. Hoje a região é mais

agitada, mas mantém esse jeito de cidade de

interior, que cativa”, atesta.

Dé costuma circular com sua cadela pela rua

Jardim Botânico, perto da sorveteria Itália, e

guarda boas recordações do antigo comércio lo-

cal. “Eu gostava muito do armarinho do Wilson,

era a cara do bairro. Mas fico feliz que ele agora

esteja tendo lucro com a sorveteria”, atesta. As

noites são reservadas para visitar o restaurante

da amiga Roberta Sudbrack - eleito o 71º me-

lhor do mundo e único do Rio a constar na lista

da Restaurant Magazine.

A rua Jardim Botânico é o único lugar da re-

gião que ele mudaria. O ideal para Dé seria

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colocar um linha de metrô subterrânea para

diminuir a quantidade de ônibus e desafogar

o trânsito. “O bairro que leva nome de jardim

deveria ser um exemplo para o meio ambiente,

mas sua via principal acaba tendo ares de “Ave-

nida Brasil”. É um contra-senso absurdo”, afirma

o baixista. Mesmo isso não lhe tira o orgulho do

morar no pulmão da Zona Sul e ter o Jardim Bo-

tânico bem perto. Embora seja sócio, não sabe

explicar por que não frequenta o lugar.

Em outro extremo do bairro, no alto Maria

Angélica, Dé frequenta o estúdio Nas Nuvens.

Ali ele se encontra com os parceiros Liminha

e Barone, com quem forma o grupo The Sil-

vas, que aposta na linha surf rock. O trio agora

prepara uma trilha sonora para o documentá-

rio sobre o surfista Rico, que deve ser lançado

em novembro.

Em 2013, mais trabalho espera por Dé. Ele vai

se reunir aos antigos companheiros do Barão pa-

ra uma turnê comemorativa dos 30 anos do gru-

po. Até lá, vai levando sua vida tranquilamente

pelas ruas do Jardim Botânico.

Ilustre Morador

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ECO DICA

Nesse momento de Rio+20, reciclar é pre-

ciso. E alguns estabelecimentos do bairro

dão sua colaboração ao meio ambiente,

recebendo material para reciclagem. É o

caso do supermercado Pão de Açúcar, que

mantém uma urna verde na sua

entrada, para o morador deposi-

tar as embalagens logo após o ato

da compra. Mas também recebem

garrafas pets e plásticos em geral.

É fundamental que as embalagens

estejam sempre secas e limpas.

PRÓXIMA EDIÇÃO AGOSTO/SETEMBRO 2012. RESERVE JÁ O SEU ESPAÇO: 2294-4926