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Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000 Jornal Mensal Ano 13 - Nº168 MAIO 2014 PREÇO: 0,85 EUROS Guadiana Baixo Baixo Guadiana JORNAL DO PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS TAXA PAGA PORTUGAL CEM NORTE 25 de Abril comemorações dos 40 anos Foram várias as iniciativas, culturais e desportivas, levadas a cabo no Baixo Guadiana para comemorar o 40.º aniversário do 25 de Abril. Houve debates, tertúlias, espetáculos, cultura e desporto e muitos cravos na rua. Em texto e imagem ecoamos as vozes de quem saiu à rua para celebrar a data.

Jbg maio 2014

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Edição de maio

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MAIO 2014 | 1

Director: Carlos Luis FigueiraPropriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000

Jornal Mensal

Ano 13 - Nº168

MAIO 2014

PREÇO: 0,85 EUROS

GuadianaBaixoBaixo

Guadiana

JORNALDO

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADODE PLÁSTICO OU PAPELPODE ABRIR-SE PARAVERIFICAÇÃO POSTALDE 01132011 SNS/GSCS

TAXA PAGAPORTUGALCEM NORTE

25 de Abrilcomemorações dos 40 anosForam várias as iniciativas, culturais e desportivas, levadas a cabo no Baixo Guadiana para comemorar o 40.º aniversário do 25 de Abril. Houve debates, tertúlias, espetáculos, cultura e desporto e muitos cravos na rua. Em texto e imagem ecoamos as vozes de quem saiu à rua para celebrar a data.

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JBGJornal do Baixo Guadiana

Editorial

Como bem damos conta nesta edição no mês que findou comemoram-se quarenta anos do 25 de

Abril o que significou a queda de uma feroz ditadura de meio século, o fim das guerras coloniais e a instauração de um regime democrático cujos alicerces e objectivos continuam definidos na nossa Constituição. Quarenta anos é muito e pouco tempo num processo que, como muitos outros, teve e tem, avanços e recuos na sua consolidação. Todavia, apesar das enormes dificuldades que o País atravessa, da onda de uma emigração qualificada que deixou de ter oportunidades de vida no seu País é também justo assinalar que temos um País novo, diferente do atraso em se vivia e apesar do medo que a muitos sufoca dada a intranquilidade em que perma-nece o futuro, é significativo que mesmo entre as novas gerações, aquelas que já nasceram depois

de tal acontecimento , considerem que o mesmo é o mais importante da nossa história recente.

Em Maio teremos mais comemo-rações nas quais avulta o dia do trabalhador. Razões de sobra exis-tem para que se exprima de forma clara e volumosa a insatisfação de quanto os mais desprotegidos têm sido afectados nas suas vidas ao longo destes três últimos anos por politicas que tiveram como vér-tice a extrema austeridade, o corte em direitos sociais, o aumento do desemprego, e uma reforma da administração do Estado que se saldou pela eliminação de servi-ços de proximidade, alargando ao limite o isolamento de populações indefesas, na sua maior parte envelhecidas.

Mas em Maio também ocor-rem eleições para o Parlamento Europeu, acto que em sucessivas eleições já efectuadas, desde a adesão do País à EU em 1986, se verificou um vago interesse

dos portugueses pelas mesmas, traduzido em altíssimas taxas de abstenção. Compreende-se que os assuntos europeus e os órgãos que o compõem, estejam demasiado distantes da vida dos portugueses. Que os deputados europeus sejam vistos como confortáveis protago-nistas de uma vida que está longe de corresponder às penosas difi-culdades porque passa o cidadão comum. Contudo é na Comuni-dade Europeia que se decide muito da vida de cada País, decisões cuja repercussão nos atingem no plano do desenvolvimento económico, na estabilidade e oportunidades de emprego, na potenciação dos nossos recursos e por conseguinte não se trata de um acto menor. Votar no dia 25 de Maio, é acto cívico indispensável porque é do futuro que estaremos a tratar e assim sendo não há lugar para a indiferença ou para caprichos de circunstância.

Ainda em Maio, o Jornal Baixo

Guadiana completa 14 anos de vida. Não tem sido fácil ultrapassar dificuldades, sobretudo de ordem financeira, para manter de pé um projecto que se confunde com o território e com as suas gentes de Alcoutim a Vila Real mas, igualmente, se estende à outra margem, à margem esquerda do grande rio do sul até ao espraiar da sua imensa foz. Aos seus funda-dores, a todos os seus leitores, aos seus colaboradores: poetas, cro-nistas, repórteres, historiadores; em nome do corpo redactorial os meus agradecimentos.

Carlos Luis [email protected]

ABERTURA * O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Diretor:Carlos Luis Figueira

Sub-Diretor:Vítor Madeira

Chefe de Redação:Susana Helena de Sousa CPJ 9621

Redação:Antónia-Maria,Carlos Brito,Joana Germano,José CruzVictoria Cassinello

Colaboradores da Edição:Eusébio CostaFernando PessanhaHumberto FernandesJoão ConceiçãoJoão RaimundoJosé CruzFrancisco AmaralPedro PiresRui RosaAssociação AlcanceAssociação GUADIAssociação RodactivaCruz Vermelha Portuguesa VRSADECONEIPEurope Direct Algarve - CCDRAlge Associação Odiana

Departamento Comercial:[email protected]/[email protected]

Sede e Redação:Rua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21 8950-909Castro MarimTel: 281 531 171966 902 856Fax: 281 531 [email protected]

Propriedade:Associação OdianaRua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21,8950-909 CASTRO MARIMTel: 281 531 171Fax: 281 531 [email protected]

Pessoa Colectiva: 504 408 755

Direção Executiva:Associação Odiana

Design e Paginação:Rui Rosa

Impressão:FIG - Indústrias GráficasRua Adriano Lucas,3020-265 Coimbra,Tel: 239 499 922

Tiragem desta edição:3.000 exemplares

Registo no ICS: 123554

Depósito legal: 150617/00

JBG ONLINEhttp://issuu.com/jornalbaixoguadianaeFacebook

NIB: 00350 234 0000 586 353 080 Caixa Geral de Depósitos

Vox Pop

R: Considero que é super variado e importantíssimo. Venho sempre que posso. Na verdade a estas manifestações ligadas à cultura e conhecimento ainda continuamos a vir sempre os mesmos, mas pouquinho a pouquinho vamos sendo mais!

Nome: Celeste PalmaProfissão: Pintora

R: Desde logo quero referir que as biblio-tecas de hoje são espaços cada vez mais adaptado à sociedade em que vivemos. O projeto «Sinónimos de Leitura» tem muitas pernas para andar, sem dúvida, porque tem um conjunto de qualidades, como a diversi-dade, abrangência, duração, constituindo-se numa ponte para o conhecimento; de uma forma diferenciada porque também mais dinâmica.

Nome: Rui SoaresProfissão: Professor aposentado

R: Desde logo algo que gostaria de realçar tem que ver com o facto de esta biblioteca estar sempre muito ativa; isso é extraordinário! O projeto mostra-se estruturante para divulgar a cultura, sem dúvida.

Nome: Isabel CalheirosProfissão: Reformada da área social

R: Este tipo de projetos de leitura, sinó-nimos ou não, têm impacto na comunidade. Este é abrangente porque tem diversidade e prolonga-se por vários dias, permitindo opções de escolha. Chega a vários públicos que assim acedem a este equipamento tão importante em que se constiui a biblio-teca.

Nome: Marinela SoaresProfissão: Professora aposentada

«Sinónimos de Leitura» é um certame da biblioteca de VRSA que atrai cada vez mais público. Que importância tem, na sua opinião, este projeto?

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CRÓNICAS

Fundada nos ideais liberais e da fra-ternidade das bandas filarmónicas do século XIX e ancorada na vontade do povo castromarinense, a Sociedade Recreativa e Popular - Banda Musical Castromarinense nasceu a 4 de Maio de 1924, preenchendo uma lacuna da vida cultural de Castro Marim que existia há alguns anos, desde o desaparecimento das bandas “Canairinha” e “Eutérpe”.

A Banda Musical Castromarinense é a instituição cultural mais antiga do concelho e nos últimos 90 anos, fruto da coragem e da determinação de homens como Veloso dos Santos, Manuel Lopes Móia, Júlio dos Reis ou Manuel Samúdio Nogueira, tem honrado e prestigiado o nome de Castro Marim, cumprindo uma

nobre missão na democratização do ensino da música mas também na ele-vação do nível cultural das pessoas.

A vitalidade e a modernidade desta banda quase secular, que irradia melo-dia, harmonia e ritmo, reside na exis-tência de um corpo bastante jovem de 45 músicos, com idades compreendidas entre os 11 e os 75 anos, sendo que 20% têm menos de 18 anos. Para este facto, muito contribuiu a criação da Escola de Música, em 1976 e um dos motivos de orgulho da Banda Musical Castromari-nense, através da qual se tem operado

a renovação da filarmónica, com a for-mação de jovens músicos, alguns deles grandes talentos que integram já hoje bandas e orquestras nacionais.

O reconhecimento do prestígio e da qualidade da filarmónica castromari-nense estão bem patentes nos incon-táveis concertos e actuações que tem realizado no país e no estrangeiro, dos quais faço questão de destacar as deslocações à Ilha de São Miguel, nos Açores, em 2000 e 2005, a convite da Câmara Municipal do Nordeste, na sequência de um intercâmbio cultural

entre aquele município e o município de Castro Marim.

Nos últimos 17 anos, um dos eventos de maior notoriedade que tem afirmado a Banda Musical Castromarinense é a realização do Festival de Bandas que anualmente, traz à vila de Castro Marim algumas das melhores filarmónicas de Portugal, espelhando de modo inequí-voco a força cultural e a função sócio-económica da música, que importa apoiar e acarinhar.

Em 2001, a Câmara Municipal de Castro Marim agraciou a Banda Musi-

cal Castromarinense com a Medalha de Mérito Municipal – Grau Ouro, como forma de distinguir a importância do seu legado musical para a cultura filar-mónica.

Quando se comemoram os 90 anos da Banda Musical Castromarinense importa que os castromarinenses apoiem, incon-dicionalmente, a sua filarmónica e os novos desafios que se lhe colocam, como sejam a construção da sede social, equipamento fundamental para o seu crescimento artístico e melhoria das condições de funcionamento da Escola de Música, pois deles depende o futuro da banda.

Todavia, este desígnio só será cum-prido com o apoio financeiro e o envol-vimento das entidades públicas com responsabilidades no campo da cultura e que, ao fazê-lo, estão a defender uma marca indelével da cultura e da cidada-nia de Castro Marim.

[email protected]

Vítor Madeira

Trinta. Cinquenta. Setenta por cento de desconto. E, como se de um gigante aspirador humano se tratasse, somos sugados para dentro das lojas. Apelativas. Cheirosas. Viciantes. Entramos num mundo novo que nos faz sentir bem e nos convence de excelentes oportuni-dades. Já lá não ia há muito tempo mas ontem entrei em várias lojas. Circu-lei, olhei, toquei. E decidi fazer uma pequena lista antes de me permitir comprar algo.Posso?

Quantas dezenas, centenas, talvez milha-res de vezes, o Hospital de Faro (muda de nome frequentemente) esteve na ber-linda? E sempre por más razões, como convêm à comunicação social tabloide, sempre sequiosa de tiros, facadas, viola-ções e outros.

Umas vezes com razão outras, nem tanto, mas sempre com muita emoção à mistura como o cenário o aconselha. Quando no fundo, por detrás desta afli-

não tem época de saldos. Há incontá-veis experiências que nem sequer se pagam ( com dinheiro, pelo menos) e que, se estivermos atentos, pode-mos aproveitar. Com as vivências mudo a lista:Posso?Quero?Crescerei? Há muitas coisas que “decidimos” não poder, mas estamos redonda-mente enganados. Mentimos a nós mesmos dizendo “não posso” como quem conta a mais esfarrapada mentira. Nos “saldos” das vivências,

Em contrapartida, e ao lado destes ser-viços exangues de médicos-especialistas, que, naturalmente, fogem para a medicina privada, onde auferem mais em 3 ou 4 dias do que no mês inteiro no hospital do estado, existem também serviços de excelência neste hospital. Alguns até riva-lizam com altas clínicas sofisticadas e bem pagas da Europa.

Também não me recordo de se falar nestes serviços hospitalares em alguma comunicação social. Por exemplo, o serviço de cardiologia. Criado, entre outros, pelo Dr. Veloso Gomes, “a escopo e martelo” e com muitos murros na mesa. Estagiei nele

querer é mesmo poder. E quando queremos é porque a alma chama: porque sabe que, mesmo que a coisa dê para o torno, sairá enriquecida. De todas as perguntas, a mais importante é “crescerei?”. Sempre que percebermos que algo nos vai construir um pouco mais devemos “fechar tal negócio”. Dois exemplos muito simples: uma rápida fuga para um mergulho de mar a meio de um dia de trabalho. Se pudermos e quisermos, isso far-nos-á crescer... em boa energia, pelo menos. E um copo com os amigos?

ainda no tempo do Dr. Gago Leiria. Agora chefiado pelo Dr. Ilídio de Jesus. Há 20 anos visito-o quase todas as quintas-feiras. Esta última semana visitei-o na madru-gada de sexta, às 5 e meia da manhã.

Na horizontal. “Deu-me para aqui” e com muita emoção à mistura. Agora, mais racional, confirmei as virtualidades de excelência deste serviço, fim de linha da via verde. Esperava-me o Dr. Vítor Brandão, como já esperou por milha-res de algarvios e outros. E, em poucos minutos, transformou um problema com passaporte para o outro lado, numa estadia agradável de 2 dias de afetos. Milagres? Deuses? Não! Foram pessoas, gentes, médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares. Permitam-me que fale superfi-cialmente do colega Vítor Brandão. É uma pessoa simples, que passa despercebido.

Pode dizer-se que não? Claro. Mas estamos a perder uma das melhores oportunidades de nos sentir parte de algo, de rir e rejuvenescer as células, de aliviar o stress e partilhar bons momentos. Pode ser só meia hora, mas um copo (ou café) com amigos fará para sempre parte dos saldos da vida: daqueles que podemos, queremos e nos fazem crescer em alegria interior. Nunca pensei conseguir dizer isto sem que parecesse fútil, mas a verdade é que há mesmo saldos absolutamente imperdíveis!

Fumador. É, para mim, há muito tempo, a pessoa mais valiosa do Algarve.” Daqueles que por obras valorosas se vão da lei da morte libertando”. Este nadador- salvador já foi buscar milhares de aflitos “aos mares tormentosos nunca antes navegados”...

Quando penso nos vencimentos obsce-nos de certos administradores de empre-sas públicas ou “privatizadas”, geralmente “ boyada” rosa ou laranja que nos fazem pagar, por exemplo, a eletricidade a preço de ouro; quando penso na nacionaliza-ção rosa da “chulice” laranja do BPN que todos estamos a pagar; quando penso que nos querem privatizar a água, esse bem tão essencial à vida; quando penso nos médicos que nos faltam nos hospitais do estado porque não lhes pagamos justa-mente, digo:” que raio de mundo injusto é este”.

Quero?Gosto?Usarei?Preciso? Decidi só comprar algo se cada questão tivesse por resposta um “sim”. Após andar quase uma hora alheada da realidade, entre roupas e sapatos, vim-me embora com a cons-ciência de ter feito uma excelente aquisição: juízo por zero cêntimos! Se tivesse retirado da minha lista o “preciso” talvez não fosse bem assim, mas fiquei satisfeita na mesma. Satisfeita e a pensar que a vida

ção toda, está a crónica falta de médicos-especialistas nos Hospitais algarvios e uma crónica incapacidade e adinamia dos nossos governantes centrais para a resol-ver. E, milagres ninguém faz! Ou melhor, fazem alguns. Como é possível, com 1,2,3 médicos da mesma especialidade, colocar a funcionar um serviço hospitalar como dermatologia, oftalmologia, neurocirurgia, otorrinolaringologia, etc.?!...

É de louvar o trabalho árduo destes médicos. A comunicação social, a opinião pública em geral, emotiva ou não, já deu o justo valor e relevo a estes médicos? Não me parece!...

Francisco Amaral

Ana Amorim Dias

O Insubmisso

A vida em saldos

Milagre lusíada?

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Banda Musical Castromarinense – 90 anos ao serviço da cultura e da música

“A música é o vínculo que une a vida do espírito à vida dos sentidos. A melodia é a vida sensível da poesia.”

Ludwig Beethoven

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Baixo Guadiana assinalou dia de consciencialização do Autismo

CPCJ de VRSA assinalou prevenção de maus tratos na infância

EDUCAÇÃO

O dia para a sensibilização do Autismo foi criado em 2007 pela Organização das Nações Unidas e desde então têm proliferado iniciativas dedicadas à efeméride. Trata-se de um dia de consciencialização para a problemática que afeta a população mundial que deverá ser atingida em cerca de 70 milhões de pessoas.

Em Castro Marim uma caminhada pela consciencialização do autismo reuniu cen-tenas de pessoas nas principais artérias da vila, tendo culminado com o lançamento de balões. A organização foi levada a cabo pelo agrupamento de escolas de Castro Marim, mas contou com a participação de alunos, professores, funcionários, autarcas e sociedade civil.

Em Castro Marim existem duas salas da Unidade de Ensino Estruturado, sendo que a do primeiro ciclo acompanha duas crianças e a do segundo e terceiro ciclos acompanha 7 crianças.

VRSA: Obelisco azul, cor do autismo

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e o Agrupamento de Escolas D. José I associaram-se, igualmente, às iniciativas do Dia Mundial da Consciencialização do Autismo, através da iluminação simbólica do Obelisco da Praça Marquês de Pombal. O obleisco “vestiu-se” de azul, cor do autismo. O objetivo foi reforçar o conhecimento geral da população face à doença, bem como pretendeu partilhar informação rele-vante no que diz respeito à importância do diagnóstico e da intervenção precoces. No concelho de Vila Real de Santo António existem duas salas de ensino integrado no agrupamento de escolas D. José I. Na sala para o primeiro ciclo estão atualmente a ser acompanhadas cinco crianças. Já na sala para segundo e terceiro ciclos são quatro alvo de acompanhamento.

Ao que o JBG conseguiu apurar com do agrupamento de escolas de Alcoutim aqui não existem salas de ensino integrado por não terem crianças autistas.

Para assinalar o mês de Preven-ção dos maus-tratos na infância a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Vila Real de Santo Antó-nio associou-se ao Município, à Cruz Vermelha Portuguesa (delegação de VRSA) e ao Projecto Escolhas Vivas para a organização de actividades neste âmbito.

No dia 8 de Abril o JBG colaborou com uma tertúlia da organização que reuniu entidades e especialistas em torno da necessidade de travar os maus-tratos na infância.

Urgência em consciencializar comunidade

Sílvia Cardoso, presidente da Cruz Vermelha de Vila Real de Santo António lembrou a “urgente” necessidade de “cons-ciencializar a comunidade para a importância da prevenção dos maus-tratos na infância; o forta-lecimento das famílias, no sentido de uma parentalidade positiva e numa perspectiva de empowerment e o fortalecimento das próprias crianças”. Nesta tertúlia estive-ram vários membros da CPCJ e marcaram presença também algu-mas crianças que partilharam a sua opinião sobre o que é preciso

para se viver feliz.Dando voz aos mais novos foi

facilmente perceptível que clamam por atenção, querem espaço para se expressar e sabem a importância de fazer valer os seus direitos.

Mais uma vez foi evidente a falta

de participação dos pais em ini-ciativas esta índole. “Infelizmente há um grande absentismo da parte dos encarregados de educação”, lamentou Sílvia Cardoso.

Uma ideia para cada dia

Uma das outras iniciativas da CPCJ foi a criação de um calen-dário que agendou tarefas diárias entre pais e filhos [ver abaixo] com o objetivo de fomentar inte-ração e promover um crescimento

saudável. Tarefas para Abril que devem ser transpostas para o ano inteiro, defende a organização.

A CPCJ de VRSA realizou no mês passadi atividades várias, subsa-tancialmente, nas escolas e no pro-jeto social «Escolhas Vivas».

No passado dia 2 de Abril o Baixo Guadiana foi palco de diversas manifestações de consciencialização da problemática do Autismo. Pais, professores, alunos e comunidade em geral envolveram-se em diversas ações.

População saiu à rua em Castro MarimObelisco na Praça Marquês de Pombal, em VRSA, iluminou-se no dia 4 de Abril

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MAIO 2014 | 5

Reitor da UAlg conheceu inovações e problemáticas de Alcoutim

Alunos alcoutenejos vão frequentar «Universidade Júnior» durante as férias

EDUCAÇÃO

No salão nobre da câmara munici-pal de Alcoutim estiveram diversos antigos alunos da Universidade do Algarve que contaram como foi a sua integração no mercado de tra-balho depois de se terem formado naquela instituição. Partilharam-se experiências muito diversificadas, desde pessoas que não conseguiram trabalho na área em que se espe-cializaram, como contou Anabela Silva, até quem depois de uma larga experiência profissional e de vida decidiu inscrever-se na UAlg; foi o caso de José Manuel Simão, passando por quem teve oportu-nidade de usufruir de uma bolsa de investigação e de coordenação de um projeto estabelecido com a Universidade para fomentar o empreendedorismo local, tendo acabado mesmo por criar a sua própria empresa, no caso de Maria Luísa Francisco.

De seguida houve visita à entidade que gere os fundos comunitários do Baixo Guadiana. A «Associação Terras do Baixo Guadiana» (ATBG), presidida por José Manuel Simão e coordenada por Ricardo Bernardino mostrou-se à equipa reitoral como um exemplo de eficiência, tendo uma execução previsível na ordem dos 95% até ao final do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) 2007-2013, estando atual-mente nos 60%. Por estes resultados a ATBG beneficiou já de verba vinda diretamente da Reserva de Eficiên-cia do PRODER, num valor total de 1 milhão e 400 mil euros.

Esta associação tem uma área de influência nas freguesias do Inte-rior no Algarve e Alentejo e que se espalha entre os concelhos de Mér-

tola (Alentejo), Alcoutim, Castro Marim, Vila Real de Santo António e Tavira (Algarve). No total geriram 10 milhões de euros em projetos ligados, entre outros, ao Turismo, Produção e Apoio Social.

Cumeadas enfrenta risco no combate à desertificação

A associa-ção Cumea-das, localizada no Pereiro, na União de fre-guesias Alcou-t im-Pereiro, enfrenta uma “crise bastante acentuada” . Quem o afir-mou por oca-sião da visita da UAlg foi Telma Marques, pre-sidente desta Associação. A responsáve l contou as várias dif iculdades sentidas pelos proprietários e pela Cumeadas para fazer face à dura batalha de travar a desertificação e despovoamento acentuados que têm lugar nesta serra no nordeste algar-vio. A Associação de Proprietários Florestais das Cumeadas do Baixo Guadiana fez pedidos de auxílio à UAlg para ajudar a ultrapassar as dificuldades, nomeadamente, no que diz respeito ao setor produtivo e empresarial. “Os jovens agriculto-res são muito poucos e a formação é praticamente inexistente”, subli-

nhou Telma Marques. Entre outros serviços desenvolvidos, a Cumeadas elabora projetos de investimento nas explorações agrícolas, aquisição de equipamentos e alfaias agrícolas, acompanham projetos de floresta-ção de terras agrícolas, bem como apoiam na receção de candidatu-ras para a manutenção da atividade agrícola em zonas desfavorecidas.

Produção de óleos essenciais apostam em mercados de luxo

Foi na Universidade do Algarve que a empresa «Dandlen & Vas-ques» nasceu. Depois fixou-se em Alcoutim, porque é neste concelho que está a matéria-prima de que necessita para se constituir numa empresa de inovação. Localizada na zona industrial, dedica-se à produ-ção de óleos essenciais a partir de

flores locais, sendo que a Esteva é um exemplo emblemático quando se fala de plantas autóctones..

Vencedora do primeiro concurso de «Ideias em Caixa» em 2004 pro-movido pelo CRIA [Centro Regional para a Inovação da Universidade do Algarve]esta empresa, de que já fizemos notícia várias vezes, cresce a olhos vistos e está já em negocia-

ções com o mercado de luxo. Neste nicho pretende desenvol-ver óleos essenciais, mas também produ-tos de cosmética, indústria alimentar e farmacêutica.

Freguesia de Martinlongo acolhe olival de 80 hectares

Na freguesia de Martinlongo no futuro espera-se que o olival da «V. LuzAgro» cumpra 80 hectares. Numa

fase já intensa de plantação o seu responsável, ex-professor de educa-ção física, explica que desde muito cedo na sua vida contacta com a agricultura e que este é o grande projeto que abraçou. Os milhares de árvores já plantadas são clones de uma oliveira centenária qualidade maçanilha.

Mas recorrendo aos prodígios desta terra Valter Luz vai, em ter-reno anexo, plantar figueira-da-índia, mais um produto local.

Em breve este empresário pro-

mete surpreender com um projeto inovador ligado à sua plantação de olival. Projeto que para já está “no segredo dos deuses”.

Executivo dá tudo por tudo para segurar os jovens

No final da visita Osvaldo Gonçalves, presidente da câmara, regozijou-se pelo facto desta visita ter proporcionado “muitas trocas de contactos e um caminho aberto para maior pro-ximidade entre concelho e uni-versidade”. Questionado pelos jornalistas sobre a necessidade de captar população para o concelho o edil diz que o mais urgente nesta altura “é conseguir manter os que cá estão”.

UAlg não está voltada de costas para a região

No terreno de visita o reitor da UAlg ouviu elogios, mas também algumas críticas que encarou de forma construtiva, tentando expli-car sempre a atuação da UAlg no que diz respeito ao seu plano de for-mação para o mercado de trabalho e o apoio dado à investigação, bem como ao impulsionamento para a criação de empresas sustentáveis e inovadoras. Alcoutim foi o concelho escolhido para mais uma visita do périplo que o responsável máximo pela UAlg e membros da sua equipa estão a fazer e que os levará a todos os municípios do Algarve. Esta foi a sexta deslocação, depois de Loulé, Lagos, Castro Marim, São Brás de Alportel e Lagos.

A Câmara Municipal de Alcoutim apro-vou, recentemente, um protocolo de colaboração com a Universidade do Porto que procura fomentar a prosse-cução de estudos de nível superior.

O referido protocolo visa a participa-ção de jovens estudantes do município em cursos de verão da Universidade do Porto, no âmbito de um programa nacional de iniciação ao ambiente universitário, desenvolvido por esta instituição de ensino superior, deno-minado «Universidade Júnior». Os obje-

tivos principais deste programa são o desenvolvimento do gosto pelo conhe-cimento em diversas áreas, a familia-rização com o ambiente universitário e a contribuição para a escolha de um percurso vocacional.

Em 2014 os cursos de verão da «Uni-versidade Júnior» têm a duração de uma semana e decorrerão durante o mês de julho. As inscrições iniciaram a 27 de março e devem ser feitas através do site http://universidadejunior.up.pt

Ao longo de um dia inteiro a reitoria da Universidade do Algarve (UAlg) visitou o concelho de Alcoutim. Desde conhecer antigos alunos da instituição, passando pelo contacto com os gestores dos fundos comunitários até diversas empresas inovadoras que apostaram na produção a visita permitiu conhecer potencialidades e lacunas de um concelho desertificado onde agora se dá o tudo por tudo para fixar a população.

Reitor conheceu de perto empresas inovadoras instaladas em Alcoutim

O projeto promovido pelo GAAF (Gabinete de apoio ao aluno e à família) resultou em duas exposições nas escolas de Alcoutim

Projeto «Escola para todos»

Todas as turmas do agrupa-mento de escolas de Alcoutim refletiram sobre tema «Escola para todos» e traçaram o dese-nho da atividade que queriam apresentar. Este trabalho coo-perativo foi executado de forma

transversal entre as várias disci-plinas e os diferentes ciclos.

O projeto promovido pelo GAAF (Gabinete de apoio ao aluno e à família) resultou em duas exposições, uma em cada Escola, em atividades teatrais/

musicais e jogos lúdicos que decorreram no dia vinte e quatro de março na Escola Professor Joaquim Moreira em Martim Longo e no vinte e sete de março na Escola Básica Integrada de Alcoutim.

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6 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |MAIO 2014

EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

Más de 100 empresarios andaluces y portugueses se reúnen en Islantilla para abordar asuntos comunes

Exposición de la pintora Violeta Gill en Ayamonte

Se inician los tramites para la mejora de la carretera Isla Canela - Punta del Moral

El Palacio de Congresos del Hotel Asur Islantilla Suites & Spa acogió el pasado 25 de Abril, una jornada de convivencia empresarial orga-nizada por BNI (Business Network International) en la que ha par-ticipado más de un centenar de empresarios procedentes de Anda-lucía Occidental y el Algarve. La cita ha contado con la presencia del gurú de la motivación perso-nal y empresarial Emilio Duró, que ha ofrecido una ponencia bajo el título ‘Pasión, ilusión y optimismo’.

Se trata del primer encuentro de estas características que se cele-bra en Andalucía, y “la elección de

Islantilla obedece a las magníficas infraestructuras que ofrece este destino compartido por Lepe e Isla Cristina”, en palabras del Director Ejecutivo de BNI en Huelva, Víctor Javier Elena, quien fue el encar-gado de conducir el acto inaugural de la jornada esta mañana.

El objetivo de esta iniciativa internacional es establecer una red de contactos profesionales que redunden en la dinamización de la actividad empresarial de una zona. El grupo de Huelva es el segundo que ha sido lanzamiento en la provincia, pionera en Andalucía al crear el primer equipo de tra-bajo en octubre de 2012.

Bajo el título “Creo en la Naturaleza” La cafetería galería “Passage” de Ayamonte acoge una veintena de obras de distinto tamaño, de la artista Puntaumbrieña Violeta Gill.

Es la tercera exposición de la joven artista y segunda ya en la galería de la ciudad fronteriza.

La artista refleja en su obra la costa de Huelva, a través de sus playas, sus solitarios paisajes sin olvidar la figura humana y del perro siempre presen-tes en su obra, trabajada con trazos impresionistas espontáneos y limpios trabajando con distintas técnicas, desde la acuarela al acrílico pasando por el óleo o la tinta china

Vale la pena detenerse en la céntrica galería cafetería Passage, situada en la misma plaza de la Laguna para disfrutar con la obra suave y delicada de esta joven pero experimentada artista.

Esta semana se ha presentado en el Ayuntamiento de Ayamonte, el proyecto de expropiación para la ejecu-ción de la nueva carretera H-9021 desde la Glorieta Central de Isla Canela hasta Punta del Moral.

Este es el paso previo, para poder ejecutar pos-teriormente la nueva carretera H-9021, de aproxi-madamente cuatro kilómetros de longitud, donde, si se cumplen los plazos previstos, las obras de la nueva carretera comenzarán este mismo año, en el próximo otoño.

El Alcalde de Ayamonte y su equipo de gobierno han decidido dar este paso adelante y apostar firme-mente por poner fin a una problemática grave como era el deterioro de la H-9021, y las incomodidades para todos los ciudadanos de la Punta del Moral, así como para los muchos ayamontinos y turistas que visitan la playa de Punta del Moral.

En el nuevo vial, además de las obras de recupe-ración, se incluirán sendos carriles bici y peatonales, lo que aumentará la calidad de la infraestructura tanto para los vecinos de Ayamonte como de los visitantes.

Por el momento, y hasta que den inicio las obras, se ha realizado una obra de bacheo y en los pró-ximos días, se procederá a asfaltar las zonas más deterioradas.

Es la tercera exposición de la joven artista y segunda ya en la galería de la ciudad fronteriza

El objetivo de esta iniciativa internacional es establecer una red de contactos profesionales que redunden en la dinamización de la actividad empresarial de una zona

Arroz con Sardinas

Ingredientes para 4 personas:

•350 gr. de arroz.•300 gr. de sardinas.•1 cebolla y 1 guindilla.•zanahoria, apio, perejil•harina•1 lata de tomate de 300 g.•aceite, sal y pimienta.

Preparación

Limpiar las sardinas y quitarles las espinas, lavarlas y dejarlas escurrir. Poner una cacerola un litro de agua, la zanahoria y el apio, media cebolla, las raspas y los desperdicios del pescado. Dejar que rompa a hervir y dejarlo tapado y cociendo unos 20 minutos. Cortar la cebolla muy fina y dorarla ligeramente en una cacerola. Agregar el arroz, saltearlo un poco y añadir el caldo de pescado pasado por el chino. Enharinar los filetes y freí¬rlos en abundante aceite hasta que se doren. Escurrir las sardinas. Conservarlas calientes. Cuando el arroz esté cocido, agregar un picadillo de perejil, el tro-cito de guindilla. Colocar el arroz sobre una fuente para servir, colocar encima las sardinas y adornar con unas hojas de perejil.

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LOCAL

A Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim comemorou no pas-sado domingo o seu 523º aniversário. Tratando-se de uma data especial para a Irmandade, não quis a Mesa Admi-nistrativa deixar de a assinalar. Para o efeito, após a celebração da Eucaristia na Igreja de S. Sebastião em memória de Irmãos e Beneméritos já falecidos, assinalou-se um momento de suma importância para todos, numa ceri-mónia simples mas bastante emotiva Foram atribuídas Medalhas de Mérito Grau Ouro da Instituição a título pós-tumo aos antigos Provedores Padre António Oliveiros Henriques, Dr. José Afonso Gomes e José Guilhermino Ana-cleto. Ainda como forma de honrar e prestigiar o passado recente da Insti-

Filhos, netos e bisnetos, bem como-mais alguns familiares e amigos marcaram presença num aniversário muito singular. Maria Isabel Rodri-gues completou 100 anos numa data muito especial para todos. Esta senhora deixa muitos jovens boquia-bertos pela sua ginástica mental e a capacidade de realizar tarefas sem qualquer auxílio como é o caso da renda que ainda faz sem recorrer aos óculos. Preserva, ainda, a sua auto-nomia e embora rodeada de família vive sozinha na sua própria casa.

Ao JBG contou como era a vida de há tantos muitos anos atrás. Tra-balhou na agricultura primeiro e depois a sua vida profissional foi transferida para a indústria con-serveira. Também Maria Isabel R. “corria para as fábricas ao som da sirene para a fábrica da enchova

Foi uma plateia interessada e com muitos jovens aquela que assistiu à palestra sobre a problemática da depressão, no Salão Paroquial em Altura, tendo como convidado o psi-quiatra Francisco Assis, médico do serviço de psiquiatria do Hospital de Faro.

Numa análise científica e, ao mesmo tempo, descomplexada, o psiquiatra Francisco Assis fez uma caracterização dos vários tipos de depressão: a episódica, a recorrente e a crónica, para afirmar que só 20% dos doentes têm consciência do seu estado depressivo.

“As pessoas com esta patologia não convivem, não comunicam, sendo que 10% das depressões conduzem ao suicídio, daí a importância de um diagnóstico precoce. Todos temos de estar despertos para os primeiros sin-tomas”, alertou.

Mais à frente, e na sequência de um conjunto de questões e observações dirigidas pela assistência acerca desta doença que afeta 800 mil portugue-ses, Francisco Assis falou da depres-são enquanto doença orgânica e dos

tuição, foi atribuído ao Lar da Santa Casa o nome «Lar e Centro de Dia José Guilhermino Anacleto».

“Em meu entender, hoje, nesta ceri-mónia, estamos a homenagear pessoas, que certamente só poderiam ter dado o melhor de si próprias, para levar a bom porto as suas difíceis missões. É também graças a eles que nos encon-tramos, hoje aqui, a celebrar 523 anos e a prestar-lhes esta merecida homena-gem. Fazemo-lo, não por uma questão de exibicionismo, acreditamos até que nem gostariam de ser expostos porque cumpriram a sua missão de uma forma despretensiosa, mas sim para realçar as suas virtudes e fazer deles um exemplo a seguir. “ referiu o Provedor no seu discurso.

de António Rita”, como tão bem recorda. Para ali também levava os seus filhos nas cestas que se cria-vam assim mesmo, numa cultura de trabalho onde a vida na época não proporcionava comodidades de maior. “O tempo que mais gostei foi quando estive em Marrocos a trabalhar na conserva do atum”. Sem sombra de dúvidas garante que estes foram os seis anos de trabalho que mais a marcaram. “Era bom trabalhar lá!”

Diz sem pensar muito o número de filhos, netos e bis-netos. Teve três filhos, que lhe deram oito netos que por sua vez já proporcionaram 13 bisnetos. No passado dia 13 de Abril as velas eram 100, os abraços e os beijos de amor e felicidade foram mais que muitos.

fatores de risco a ela associados, bem como a relevância clínica, a incidência e prevalência, as consequências e os tratamentos. “Temos de saber que a depressão é uma doença que requer tratamento médico”, recordou.

Por seu turno, o médico e presidente

da autarquia castromarinense, Francisco Amaral, realçou o papel das câmaras municipais na promoção das políticas de saúde que melhorem o bem-estar e qualidade de vida dos cidadãos, aler-tando que é fundamental lutar contra o preconceito da depressão.

Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim comemorou 523.º aniversário

Maria Isabel Rodrigues completou a bonita idade de 100 anos

«Temos de saber que a depressão é uma doença que requer tratamento médico» defendeu o psiquiatra Francisco Assis, em Altura

A localidade da Fonte, na freguesia de Castro Marim, conta agora com uma senhora centenária. O dia da efeméride desta castromarinense foi a 13 de Abril.

Psiquiatra falou nos sinais e vários tipos de depressão

Senhora centenária natural de Castro Marim rodeada de netos e bisnetos

Lar de Castro Marim ganha nome de fundador José Guilhermino Anacleto

Castro Marim

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LOCAL

Decorreu a 27 de Abril na povoação de Furnazinhas, conce-lho de Castro Marim, a 1ª Feira do Campo, onde se realizaram diver-sas atividades lúdicas, entre as quais passeios pedestres, passeios de Burro, exposição de fotografia, animação de rua, tiro com arco, artesanato, doçaria, gastronomia, baile e workshop.

Tratou-se de uma iniciativa da Associação Alcance, para o desen-volvimento do nordeste algarvio, conjuntamente com a população local das Furnazinhas. O promotor foi a Associação Terras do Baixo Guadiana, com o apoio da Câmara Municipal de Castro Marim e da Junta de Freguesia de Odeleite. A iniciativa enquadra-se no pro-jeto Bienal de Turismo de Natu-reza (BTN), cofinanciado pelo programa PRODER, no âmbito do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural.

Os sabores da serra e do rio estão em destaque nos restaurantes do concelho de Alcoutim até ao dia 18 de maio. A cerimónia de aber-tura deste que é o primeiro festival gastronómico realizado no conce-lho de Alcoutim decorreu a 12 de abril na Escola Básica Integrada de Alcoutim.

A apresentação contou com a participação do presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), Desidério Silva; do pre-sidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Osvaldo dos Santos Gonçalves; do diretor da Escola de Hotelaria e Turismo de Vila Real de Santo António, David Murta; e de um representante da Confraria dos Gastrónomos do Algarve, José Graça.

De acordo com Osvaldo Gonçal-ves, presidente da Câmara Munici-pal, “a realização deste festival tem como principais objetivos a promo-ção e a valorização da gastronomia do concelho e surge da consciência plena de que a qualidade da nossa gastronomia há muito que merecia ser enaltecida desta forma”. “A Gas-tronomia é reflexo de cultura de um povo, e é essa cultura, a cultura do saber e do sabor que nós quere-mos potenciar”, declarou ainda o autarca na sua intervenção.

Desidério Silva, presidente da RTA, referiu que “o Algarve, com uma imagem forte em termos de sol, praia e golfe, tem também um conjunto de ofertas diversas, como a gastronomia, que as complemen-tam e que só podem ser aprovei-

tadas, em termos de captação de turistas, se forem dinamizadas”. Pelo que, enalteceu a iniciativa do município no sentido de “promo-ver aquilo em que melhor se pode diferenciar, que são as suas raízes, a sua identidade, a sua cultura, a sua gastronomia”. “Alcoutim com a realização deste festival está a dar um passo importante para a valorização desta serra, deste rio e, no fundo, deste Algarve”, sublinhou o presidente da RTA.

Seguiu-se um showcooking pelo conceituado chefe de cozinha Leonel Pereira que brindou público e convidados presentes com a sua eloquência na apresentação e mes-tria na elaboração de três pratos com os quais prestou homenagem ao tema do festival.

Como oradores estiveram ainda Maria Manuel Valagão, do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional que abordou o tema «O patrimó-nio gastronómico enquanto atra-tivo local» e Jorge Queiroz, diretor do Museu de Tavira e membro da comissão da candidatura reconhe-cida pela UNESCO, que falou sobre «A Dieta Mediterrânica enquanto Património Cultural Imaterial da Humanidade».

A inauguração terminou com a doçaria regional que esteve repre-sentada por um pudim de mel e azeite e uma torta de alfarroba e amêndoa em túnel caramelizado apresentados pela jovem chefe Milene Nobre e posteriormente degustados por todos os presen-tes.

Festival Gastronómico de Alcoutim prolonga-se em Maio

Furnazinhas recebeu «Feira do Campo»

A organização foi da associação do nordeste algarvio «Alcance» no âmbito da Bienal de Turismo de Natureza

Em cima o conceituado chefe Leonel Pereira, natural de Alcoutim. Em baixo momentos de inauguração do festival

Foram desenvolvidas muitas atividades na Reserva Natural

O Instituto da Conservação da Natu-reza e das Florestas e a Reserva Natu-ral do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António organizaram a 5 de Abril pela terceira vez, o Dia Aberto, comemorando, festivamente com a comunidade e a população em geral, o 39º aniversário da criação desta Área Protegida. Nesta edição, a organização apostou no alarga-mento do horário, das 09h até depois das 24h, bem como numa proposta de maior diversidade de activida-des (30 no total), que suscitou uma grande adesão do público. Estiveram directamente envolvidas em activida-des de visitas guiadas, desporto da

natureza, animação musical e dança, workshops, festival de cinema / docu-mentário, jogo ambiental e na feira de produtos tradicionais e de actividades do Baixo Guadiana cerca de 1500 pes-soas. Ao encerramento, no concerto de Domingos Caetano a cantar “Música Intemporal Portuguesa” e em apote-ose, assistiram mais de 200 pessoas. Para além do envolvimento directo nas actividades, muitos foram os que assistira, passearam, disfrutando da paisagem, enquadramento e ambiente que a Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António e o seu Centro Interpretativo e Informativo oferecem.

Dia Aberto da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e VRSA

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A 21 de Abril Carlos Brito, o lutador anti-fascista mais con-sagrado no Baixo Guadiana pela luta intensa, pelas torturas de que foi alvo, pela resistência e pela vontade em transformar Portugal num país livre, falou para uma audiência atenta na biblioteca municipal de Castro Marim. E

social se não fossem as câmaras municipais?”, questionou o pre-sidente, concluindo que “não foi para aquilo que se vive hoje em Portugal que os capitães fizeram o 25 de abril.”.

Depois de uma justa homena-gem aos capitães de abril, numa breve exposição de Carlos Brito sobre o Movimento das Forças Armadas (MFA) e nas palavras de poesia de Teresa Rita Lopes, a plateia interveio interessada, questionando os caminhos destes 40 anos de liberdade e o papel dos nossos jovens na construção de um melhor futuro, aos quais, segundo uma das intervenções do público “aqueles que vive-ram Abril não souberam dar um legado de esperança”. “Talvez não saibamos trazê-los cá”, sugeriu o ex-dirigente do PCP.

«Grândola, Vila Morena», na voz de Afonso Dias, e os poetas do Guadiana fecharam este debate de Liberdade, depois de muita

foi claro na sua apreciação: “O medo voltou”. Disse-o de forma peremtória e de lamento. Mas também disse que “um povo que fez o 25 de Abril não pode deixar que isto aconteça”. O ex-dirigente do Partido Comunista Português, no debate “40 Anos do 25 de Abril afirmou que estes são os “dias

música e poesia.

Recriou-se o símbolo de Abril

No dia 25 de Abril a Câmara Municipal de Castro Marim desa-fiou a comunidade local a recriar o símbolo da revolução que ins-taurou a democracia em Portu-gal, o cravo. Nesta campanha participaram o Lar da Santa da Misericórdia de Castro Marim, a Associação Cegonha Branca, a Associação Sapal Verde, a Asso-ciação dos Amigos e Naturais de Azinhal, a Associação Social da Freguesia de Odeleite, o Agrupa-mento de Escolas de Castro Marim e funcionários e colaboradores da autarquia. Foram recolhidos 1000 cravos que foram entregues à população pela Banda Musical Castromarinense durante a arru-ada, que passou por Castro Marim, Alta Mora, Furnazinhas, Odeleite, Azinhal, Junqueira, Monte Fran-

mais sombrios destes 40 anos de liberdade. O que o povo festejou no 25 de Abril foi a libertação, acabar-se com o medo. Hoje vivemos desemprego, há fome e o medo voltou”.

Na mesa estavam também a escritora e professora catedrática Teresa Rita Lopes, uma das maio-res especialistas contemporâneas de Fernando Pessoa, e Francisco Amaral, presidente da Câmara Municipal de Castro Marim; este o autarca mais antigo do país em funções.

Também nas palavras do pre-sidente da Câmara Municipal de Castro Marim destacou-se o descontentamento face aos caminhos da política nacional, uma política que, segundo o autarca, tem travado o progresso e o desenvolvimento de Portugal, agarrada áquilo a que ele costuma chamar de “espírito das capeli-nhas”. “O que seria da cultura, do desporto, da solidariedade

Foram várias as iniciativas, culturais e desportivas, levadas a cabo no Baixo Guadiana para comemorar o 40.º aniversário do 25 de Abril. Houve debates, tertúlias, espetáculos, cultura e desporto e muitos cravos na rua. Em texto e imagem ecoamos as vozes de quem saiu à rua para celebrar a data.

Susana H. de Sousa

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cisco, Rio Seco, S. Bartolomeu e Altura.

Tertúlia abordou dias difíceis de fascismo

O Jornal do Baixo Guadiana e a biblioteca municipal Vicente Campinas, em VRSA, levaram a cabo a tertúlia que convidou para lançar o mote da conversa Carlos Luís Figueira, Martins Coelho e José Cruz. As abordagens do tema foram diversificadas, tendo surgido vários contributos também de tertu-lianos presentes. Carlos Luís Figueira contou como foi viver seis anos como quadro clandestino do PCP. Falou sobre as identidades falsas, a necessidade de mudar constantemente de casa para não ser apanhado pela PIDE e ser sujeito à tortura, prisão ou exílio. Foi na primeira pessoa que o viveu e na primeira pessoa contou sobre a condição de clandestino. Aliás, está para breve o seu livro «A Casa» que nos fala de um episódio marcante da

sua vida clandestina. Por sua vez Martins Coelho trouxe

uma amostra daquela que é a sua autêntica coleção de documentos do tempo do fascismo. Documentos da PIDE, documentos do Partido Socia-lista em formação na altura, o jornal do Avante, do PCP. Este pintor colocou a dúvida substancial sobre a essência de Abril passados 40 anos. De resto, uma dúvida que foi colocada como um dos centros da tertúlia. José Cruz lembrou o medo que havia e a liberdade que chegou sem avisar e da qual desconfia-ram os vilarealenses, que não viveram de perto a «Revolução dos Cravos». “A liberdade a VRSA chegou devagar e cautelosamente”, lembrou, assim o dia 25 de Abril de 1974, atual vereador da oposição pelo PCP em VRSA.

O contributo de Mário Sousa, ex-vereador do desporto e cultura pelo PCP, deu-nos conta de nomes de vila-realenses que muito lutaram contra o fascismo. Lembrou-nos nomes e pediu que quem muito lutou fosse lembrado, homenageado. O mesmo

pediu efusivamente Martins Coelho que sugeriu que junto à Alfândega, onde funcionava a PIDE em VRSA, fosse colocada uma placa com o nome dos vilarealenses exilados pelo regime de Salazar.

Por outro lado, o contributo dos artistas para o 25 de Abril foi reivin-dicada por Pedro Santos, diretor artís-tico da companhia Fech’Ó Pano que lembrou a importância da arte para a revolução que comemora este ano 40 anos.

Aquilino Ribeiro: Republicano

Em Alcoutim a biblioteca muni-cipal de Alcoutim lembrou Aqui-lino Ribeiro, Republicano. A sua obra e a sua intervenção decisi-vas para Abril foram alvo de uma tertúlia que também contou com música.

Cantos e Poemas de Abril

A 24 de Abril o Arquivo Histó-rico de Vila Real de Santo António acolheu uma iniciativa que deu pelo nome (En) Canto de Abril, organizado por Ana Francisco e João Pereira, num acolhimento da Liga dos Amigos de Manuel Cabanas. Foram muitos os poetas que leram poemas alusivos à data. Bem como houve música dos músi-cos de intervenção.

A companhia «II Acto» apresen-tou a 25 de Abril um espetáculo musical alusivo, na Praça Marquês de Pombal.

Sessões Solenes em VRSA e Alcoutim

Alcoutim assinalou o 40º aniver-sário da Revolução de Abril com uma sessão solene no salão nobre da Câmara Municipal. A sessão foi mar-cada pelos discursos do presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Osvaldo dos Santos Gonçalves, do presidente da Assembleia Municipal,

António Amorim e de dois represen-tantes das bancadas do PSD e do PS, Abílio Encarnação e Francisco Xavier, respetivamente.

Todos os oradores relembraram os ideais de Abril, lamentando que a atual situação política, económica e social que o país atravessa esteja a pôr em causa muitos desses ideais e direitos adquiridos após o 25 de abril de 1974 e a exigir um esforço adicional a todos os portugueses.

Também VRSA acordou no dia de 25 de Abril preparado para uma sessão solene com os vários repre-sentantes políticos no município. As palavras foram homenagens a quem lutou, mas também se mostraram atentas ao risco que Abril corre nos dias de hoje onde a crise económico-financeira devasta a qualidade de vida, e por sua vez a liberdade, dos portugueses.

Estas e outras iniciativas mar-caram as comemorações dos 40 anos do 25 de Abril no Baixo Gua-diana.

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DESENVOLVIMENTO

Apesar da confiança no produto Luís Horta Correia, presidente da Cooperativa «Terras de Sal» disse ao JBG que a conquista das três medalhas de ouro, fazendo o pleno na competição, foi “surpreendente”. A «Terras de Sal» candidatou-se às três cate-gorias a concurso, arrecadando o primeiro lugar em todas; a saber Sal Marinho, Flor de Sal e Flor de Sal Aromatizada. A entidade estava disponível para levar a concurso também a mais recente inovação, o sal líquido, mas “não tinha enqua-dramento”, explicou-nos o dirigente.

O 1º Concurso Nacional de Sal, Ervas Aromáticas e Condi-mentos foi uma iniciativa da Qualifica – Associação Nacional de Municípios e de Produtores para a Valorização e Qualifica-ção dos Produtos Tradicionais Portugueses – em colaboração com o CNEMA - Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, S.A, cujo objetivo passou por premiar, promover, valorizar e divulgar o sal, as ervas aromáticas e os condimentos tradicionais portugueses.

Sal líquido faz furor

Quanto ao Sal líquido criado pela «Terras de Sal» é um produto que está a fazer furor, garante-nos Luís Horta Correia que tem recebido muitos pedidos dos clientes, sobretudo lojas de produtos gourmet ou dietéticas. “O sal líquido é a água-mãe [a que fica na salina depois de se apanhar o sal]. E essa água tem menos cinco vezes menos de sódio o que é uma boa notícia para os hipertensos. Por outro lado, e falamos sempre em relação ao sal, é mais rico em magnésio e potássio”. O responsável avança que se trata de “um substituto de medicamentos porque de forma natural repõe os minerais, sendo que é muito utilizado por questões de saúde e de desporto”. Quanto ao sabor “apesar de ser bastante forte tem tido boa aceitação”. Sendo uma inovação Luís H. Correia sabe que passar da curiosidade ao uso doméstico “é uma etapa que ainda terá de ser feita”. Este sal líquido é produzido em Agosto e atualmente está em comercialização sobretudo em Portugal.Para o sal líquido, bem como sal e flor de sal foi criada pela cooperativa a linha «Raw» cuja parte gráfica “tem sido muito bem aceite”, garante este presidente. Entretanto, estão a ser desenvolvidos novos produtos numa altura em que esta direção está a meio do mandato de quatro anos, numa cooperativa com 11 produtores associados. A prioridade para a equipa de Luís H. Correia é obter a Denominação de Origem Protegida (DOP) “muito importante para a afirmação do produto tanto a nível nacional como internacional”.

Produção de sal em Castro Marim duplicou em 2013

“Os produtores estão cada vez mais confiantes no produto, no trabalho da cooperativa e este é um momento de grande desafio para o escoamento”. Luis H. Correia conta que em 2013 a produção salineira em Castro Marim duplicou. No que diz respeito à exportação o maior mercado é a Alemanha, seguindo-se a Inglaterra e os Estados Unidos da América. “Em Portugal apesar da crise o escoamento é muito bom”, sendo que a cooperativa está a apostar forte na divulgação e na interação com os diversos setores económicos como é o caso do turismo. Tanto a equipa que dirige a cooperativa, bem como grande número dos produtores associados são jovens o que revela a “uma mudança de geração à frente da produção salineira no concelho de Castro Marim”. Luís Horta Correia recorda que “a Casa do Sal [cujas obras estão a decorrer no centro da vila medieval] pode ser um novo e forte impulso à produção salineira. No que toca a lacunas, persiste a falta de melhores condições de embalamento.

Promoção: Sal de Castro Marim à mesa da «Tertúlia Algarvia» em Faro

A qualidade do sal de Castro Marim foi experimentada na «Tertúlia Algar-via», espaço de res-tauração e cultura localizada no centro histórico de Faro, numa demonstração de cozinha ao vivo que reuniu sabores e tradição à mesa.

Através de um protocolo, durante dois anos, a autar-quia de Castro Marim oferece ao «Tertúlia Algarvia» este produto de quali-dade superior de produção local, agora um dos ingredientes chave na ementa do restaurante.

Este produto esteve em concurso no Centro Nacional de Exposições de Santarém

Obra vai decorrer ao longo de três meses e o investimento ascende a cerca de 230 mil euros

O contrato para execução da empreitada do «Espaço Guadiana», em Alcoutim já foi assinado. A obra ascende a cerca de 230 mil euros e levará três meses a exe-cutar. O segundo piso vai ser reabilitado; aqui funcionam as oficinas e o objetivo é transformar num espaço polivalente, com condições construtivas de qualidade e de conforto, para a sua utilização na promoção de eventos comemorativos, festas, convívios, conferências, congressos e animação. De acordo com o presidente da Câmara Municipal, Osvaldo Gonçalves, “esta era uma lacuna existente na sede de con-celho que o Partido Socialista há muito vinha revindicando e agora estou determinado a colmatar”.

“Do ponto de vista arquitetónico, pretende-se intervir no edifício, no sentido da sua integração na envolvente, bem como com a utilização do piso térreo, acentuando a sua identidade, relacionada com o uso do piso superior, contribuindo para assumir que se trata de um espaço de encontro, convívio e animação, pontuando e identificando a zona de entrada no equipamento, mas não introduzindo alterações significativas no edifício existente”, pode ler-se num comunicado à imprensa. Que acrescenta que a mentrada vai ser mais acessível e o arruamento de acesso ao edifício será também alvo de obras de requalificação que incluem a criação de passeios e reformulação da dimensão e desenho do canal viário de forma a contribuir para a requalificação do aglomerado urbano, neste local que constitui um dos mais importantes acessos à Vila de Alcoutim.

«Terras de Sal» conquista três medalhas de ouro

Empreitada do «Espaço Guadiana» vai iniciar em Alcoutim

A cooperativa «Terras de Sal», de Castro Marim veio triplamente medalhada a ouro depois de fazer o pleno no «1º Concurso Nacional de Sal, Ervas Aromáticas e Condimentos», que se realizou a 8 de abril, no Centro Nacional de Exposições, em Santarém.

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A rainha do Acordeão partiu a 4 de Abril aos 88 anos de idade. Uma vida dedicada ao instrumento que marcou inúmeras gerações e que hoje motiva execuções premiadas internacionalmente. Compôs centenas de músicas que atravessaram os seus 84 anos de carreira. Eugénia Lima começou a tocar acordeão apenas com 4 anos de idade. Ao Algarve veio pela primeira vez com 20 anos. Aqui voltava repetida e aclamadamente. Em 2011 apadrinhou a criação da Mito Algarvio – Associação de Acordeonistas do Algarve, com sede em Castro Marim. O seu presidente, João Pereira, revela-nos em entrevista neste Especial a gratidão pela obra da grande Eugénia Lima.

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A história da senhora Eugénia Lima escreve-se entre linhas de prodígio, sucesso, ousa-dia e muito vanguardismo. Em 2011 foi homenageada em Castro Marim pela escola de acordeão local. Foi uma oportunidade única para

quem esteve no auditório da Biblioteca Municipal desta vila medieval. Muitas das pessoas recordaram com a «diva do acordeão» nomes de locais e pessoas do Baixo Guadiana que ao longo de muitas décadas iam religiosamente aos bailes e espetáculos da famosa Eugénia Lima; a menina que aos quatro anos já pisava o palco.

Assim, desde bem cedo que a paixão pelo acordeão mexia com o coração da pequena, mas prodigiosa acordeonista. Deu asas à sua paixão, fazendo-o com tanta dedicação que viria, mais tarde, a revolucionar a forma de o tocar. Foi Eugénia Lima que introduziu todo um trabalho de compo-sição de melodia com a mão esquerda; até ali inexistente. Tal feito revolucionou a arte aordeonista e veio a revelar-se uma grande dose de esforço para a execução por parte dos seus discípulos.

Diplomada em paris

Foi em Paris que aos 55 anos viria a receber o diploma do Curso Superior de Acordeão na categoria de Professora pelo Conservatório de Acordeão da capital fran-cesa. Isto depois de aos 13 o seu pai ter tentado inscrevê-la no Conservatório de Lisboa, mas onde viu a inscrição ser

recusada. Eugénia Lima consta no «Dicionário Mundial de Mulheres

Notáveis» e teve, sem dúvida, um percurso de vida ímpar. Foi sempre uma grande apaixonada pelo Algarve, onde veio tocar pela primeira vez aos 20 anos. Tal como recordou em 2011, veio até à região para autuar 16 vezes e acabou por atuar 40 vezes!

Centenas de composições

Centenas de composições marcaram uma carreira que tornou a diva do acordeão numa artista vanguardista, tendo sido, por isso mesmo, nos tempos de antigamente uma mulher ousada porque era artista e porque tinha sucesso. Eram outros tempos que lhe deram outras lutas. Uma das suas frases mais célebres era a seguinte: «Se o Algarve fosse um homem eu seria uma mulher perdida!», tal não era o gosto com que vinha atuar nesta região mais a Sul de Portugal.

As assistências aplaudiam-na de pé. Eugénia Lima enchia recintos de baile, salas de concertos e nos últimos tempos era aclamada em homenagens, que se foram sucedendo.

Precioso legado

88 anos de vida, 84 anos de carreira. Esta circunstância ímpar tornaram-na a melhor acordeonista portuguesa de todos os tempos.

Os novos talentos reconhecem todo o legado deixado por

quem ousou um dia e entrou num território artístico tradicio-nalmente masculino.

Mas Eugénia Lima era uma um ser humano que guardava gratidão no seu coração e frequentemente lembrava os seus mestres: os algarvios João Ferreiro (pai) e João Ferreiro (filho).O primeiro ouviu tocar quando apenas tinha seis anos. Foi asso-berbado pelo deslumbramento e encanto. Graças a isso João Ferreiro (pai) transformou-se no grande responsável para que o pai de Eugénia Lima, então afinador de acordeãos, lhe comprasse o seu primeiro acordeão cromático. Desde que começou não mais parou.

Em 2011, em Castro Marim, Eugénia Lima revelou que muitas das suas composições surgiram no palco por impro-viso. Mas vieram a revelar-se sucessos que hoje são tocados vezes sem conta.

Eugénia Lima professora

Eugénia Lima foi fundadora da Orquestra Típica Albicastrense, em 16 de Julho de 1956. Tanto acompanhada à orquestra ou a solo, a acordeonista que se tornou popular com temas como Picadinho da Beira, Minha Vida e Fadinho de Silvares, percorreu o país e os palcos internacionais.

Nos últimos anos reservava espaço na sua casa para orga-nizar tertúlias onde estas recordações vinham à memória.

«Chegou, viu e venceu»

ESPECIAL EUGÉNIA LIMA (1926 - 2014)

Susana H. de Sousa

Fotos: Mito Algarvio

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“Perda irreparável na nossa cultura”Jornal do Baixo Guadiana: A rainha do acor-deão partiu a 4 de Abril. A senhora Eugénia Lima era a madrinha da Mito Algarvio e a grande referência nacional. Enquanto presi-dente da Mito, como viu a sua partida?

João Pereira: Foi com enorme consternação que recebemos a fatídica noticia poucos minutos após o seu falecimento, eram fortes os laços de amizade, admiração e respeito que nos uniam… É uma perda irreparável para a nossa cultura.

JBG: Fizeram um comunicado de imprensa onde se mostraram indignados pelo trata-mento dada ao mais alto nível institucional e da comunicação social no país. Como pode explicar esse tratamento? Sentiu que surtiu efeito?

JP: Algo vai muito mal na nossa sociedade, onde a ignorância e a falta de valores são predominantes, só assim se justifica tudo o que sucedeu… Foi uma enorme falta de respeito o tratamento dado no seu último adeus a uma senhora que tanto deu à nossa cultura, condecorada duas vezes pelo governo de Por-tugal, pela casa real, entre muitas outras condecorações e prémios, pela importante obra que nos deixa, mere-cia bem mais… As televisões nacionais resumiram a notícia do seu falecimento a uma simples notícia de rodapé no telejornal, em contrapartida inundaram sistematicamente os noticiários com outras notícias bem menos importantes para os portugueses e para a cultura portuguesa. De estranhar, ou não, foi a ausência de representantes do Governo na última despedida da D. Eugénia Lima…

Após a nota de imprensa onde manifestamos a nossa indignação, foram inúmeras as mensagens de apoio que nos chegaram… o objetivo principal foi alcançado, embora tudo o que se passou não possa ser reparável, a mensagem chegou a quem de direito, obtivemos respostas da Assembleia da República e do Gabinete do Sr. Primeiro Ministro…

JBG: Para além de vossa madrinha, Eugénia Lima foi a grande impulsionadora da criação da vossa associação?

JP: Sim, tudo partiu aquando da sua homenagem em Castro Marim, tendo a mesma sugerido e incen-tivado para que fosse dado este importante passo, pois segundo a mesma, foi daqui que o acordeão se propagou por todo o País, tendo ela própria tido o primeiro contacto com o instrumento através de dois acordeonistas algarvios que atuaram na sua terra natal “José Ferreiro Pai e Filho”. Portanto faria todo o sentido que fosse criado no Algarve uma Associação com o intuito de salvaguardar, dignificar e promover o acordeão e os Acordeonistas.

JBG: Em 2011 a Mito Algarvio realizou uma homenagem a Eugénia Lima, em Castro Marim. Foi, certamente, um momento mar-cante para a vossa associação?

JP. Foi uma tarde memorável para todos os que marcaram presença no auditório da Biblioteca Muni-cipal de Castro Marim, foi uma homenagem justa e merecida. Foi o mais completo registo jamais feito sobre a sua história de vida que ficou perpetuado em DVD, para mais tarde recordar.

Eugénia Lima estreou-se no Teatro Variedades, em 1935, na revista «Peixe Espada». Começou a gravar em 1943. Em 1947 venceu o concurso de acordeonistas da Emissora Nacional e, em 1956, fundou a Orquestra Típica Albicastrense. Em 1962 recebeu o «Oscar da Imprensa» como melhor solista de música ligeira. Em Maio de 1980 foi agraciada com o grau de Dama da Ordem Militar de Santiago de Espada. No mesmo ano recebe o diploma do Curso Superior de Acordeão na categoria de Professora pelo Conservatório de Acordeão de Paris. Em 10 de Setembro de 1986 foi condecorada pelo Ministério da Cultura com a medalha de Mérito Cultural. Em Outubro de 1995 foi agraciada pelo então Presidente da República Mário Soares, com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique. Em Setembro de 1986, foi condecorada pelo Ministério da Cultura com a medalha de Mérito Cultural.

Grande homenagem em 2011 em Castro Marim

Em 2011 Castro Marim foi palco da homenagem à embaixadora portuguesa do acordeão na Europa e no Mundo. Uma tarde de quatro horas com muita emoção, proporcionada pela Escola de Acordeão local e patrocinada pela câmara muni-cipal de Castro Marim. Na ocasião, Eugénia Lima revelou que sofria da doença de Parkinson, mas tocou para todos, tal como viria a fazer um ano depois por ocasião do primeiro aniversário da Associação de Acordeonistas do Algarve – Mito Algarvio. O seu presidente João Pereira revela-nos em entrevista o legado deixado para esta associação que tinha Eugénia Lima como madrinha. Este responsável lamenta grandemente que na hora da despedida o adeus por parte dos Governan-tes em Portugal e da comunicação Social “tenha sido praticamente inexistente” [leia entrevista ao lado].

JBG: Eugénia Lima marcou muitas gera-ções. No Algarve como encontra hoje a arte do acordeão?

JP: A arte do acordeão no Algarve está a seguir os seus passos para a obtenção do devido reconhe-cimento, pois é de facto um instrumento com fortes raízes na nossa tradição e o que melhor transmite a alma do nosso povo. Atualmente o Algarve tem dos melhores professores de acordeão a nível mundial como são os casos do Prof. Hermenegildo Guerreiro, Prf. Nelson Conceição, Prfa Anabela Silva, Prof. Ema-nuel Marçal, Profa Dulce Marçal, Prf Gonçalo Pes-cada, entre muitos outros. Tem muitos jovens com importantes prémios a nível nacional e internacional, temos um campeão do mundo João Frade que está a realizar um assinalável trabalho na divulgação do nosso corridinho pelos quatro cantos do mundo chegando a novos públicos, um vice-campeão do mundo João Filipe Guerreiro, vários campeões nacionais e ibéricos. Temos um dos poucos construtores de acordeão que existe no nosso país o Sr. José Domingos Horta. Em relação a recursos humanos estamos muito bem ser-vidos, agora falta isso sim, o devido reconhecimento por parte de algumas entidades e promover a nossa cultura em torno do acordeão com orgulho. Neste capítulo a Câmara Municipal de Castro Marim tem sido exemplar, assim como enalteço a disponibilidade sempre demonstrada por parte da Direção Regional de Cultura do Algarve.

JBG: Na sua opinião, os novos valores reconhecem e seguem os ensinamentos da diva?

JP: Sim, toda a sua obra e arranjos são uma refe-rência incontornável para todos os acordeonistas, é natural a absorção dos seus ensinamentos, que acabam por marcar de uma maneira ou de outra a identidade musical de cada acordeonista.

JBG: Daqui para a frente a vossa respon-sabilidade em manter viva a memória de Eugénia Lima é ainda maior. O que pensam fazer nesse sentido?

JP: A memória de Eugénia Lima ficará eterna-mente associada à história do acordeão. Deixou um enorme legado e iremos concertar todos os esforços para continuar a manter bem viva a sua obra. Recen-temente foi atribuído pelo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Castro Marim a sede da Associação de Acordeonistas do Algarve que ficará com o nome de “Eugénia Lima”, iremos a breve prazo editar o livro da sua autoria “Eugénia Lima homenagem a João César”, assim como outros grandes projetos que temos planeado associados a sua vida e obra, assim que for oportuno serão anunciados.

JBG: A associação comemorou o segundo aniversário. Que balanço e projetos futuros pode adiantar-nos sobre a Mito?

JP: O balanço é bastante positivo, embora tenhamos a consciência que ainda temos um longo caminho a percorrer para a dignificação e salvaguarda do ins-trumento.

Nestes dois anos de atividade para além da orga-nização/colaboração em inúmeros eventos sempre patenteados pelo enorme sucesso alcançado como são os casos do I Certame Internacional do Acordeão, as comemorações do Aniversário da Associação, Fes-tival de Acordeão de Giões, a colaboração com a Liga Portuguesa Contra o Cancro de Almodôvar, a repre-sentação da Região do Algarve no Festival INATEL 2013 onde alcançamos o 2º lugar, a colaboração com a Algarve Film Commission na realização do projeto “Documentar”, a colaboração na realização do filme do Realizador Tiago Pereira “Quem Manda Aqui sou eu”, o apoio na edição dos seguintes trabalhos discográficos “João Frade & Mounir Hossn – Piriquitos e Botonetes” que já foi apresentado no programa com maior audi-ência da televisão da Lituânia; CD “O acordeão pelas mãos dos jovens”, CD “Homenagem às obras de José Ferreiro Pai e Filho” e CD “Homenagem à obra de António Madeirinha” assim como o apoio na edição dos seguintes livros: “A Obra de João Barra Bexiga”, “A obra de António Madeirinha” e “ Eugénia Lima homenagem a João César”, etc… Num futuro próximo continuaremos na senda da salvaguarda e dignificação do instrumento, lançaremos um programa radiofónico entre inúmeras outras iniciativas, com o intuito de criar bases sólidas para a médio prazo conjuntamente com outras entidades avançar para uma candidatura do Corridinho a Património Imaterial.

ESPECIAL EUGÉNIA LIMA (1926 - 2014)

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DESENVOLVIMENTO

O Tribunal de Contas concedeu o visto que permitirá à Câmara Municipal de Vila Real de Santo António aceder à verba prevista no Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) no valor de 25,6 milhões de euros.

A par desta medida formalizaram-se os contratos de empréstimo junto de um sindicato bancário (composto por sete instituições de crédito), num mon-tante aproximado de 33,3 milhões de euros, concretizando a aplicação do plano de ajustamento financeiro do município de VRSA.

Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de VRSA, “está finalmente cumprido um dos prin-cipais objetivos deste executivo que era regularizar e normalizar a situação económico-financeira da autarquia, consolidando o passivo e conferindo mais estabilidade à gestão”.

Através do PAEL, a autarquia con-seguirá saldar as dívidas vencidas há mais de 90 dias e registadas até 31 de março de 2012, estimando-se uma parte substancial das verbas recebi-das se destinem a liquidar faturas a

A Associação Empresarial Turística do Baixo Guadiana - Uádi Ana - vai organizar o seu segundo jantar de Empresários no próximo dia 30 de Maio. Esta segunda edição decorrerá no Restaurante Arenilha em Vila Real de Santo António e terá, tal como no anterior, um palestrante convidado.

Desta vez o tema será «Crescimento e competitividade: que estratégias e desafios para as empresas?» e o orador será André Magrinho, Adjunto do Pre-sidente da Fundação AIP (Associação Industrial Portuguesa). É Doutorado em Gestão pela Universidade da Beira Interior (UBI), na área de «inteli-gência económica e competitiva».

fornecedores do concelho, injetando liquidez na economia local.

Também através do processo de ree-quilíbrio, a Câmara Municipal poderá saldar as dívidas com data de fatura até 31 de dezembro de 2012. “Com este financiamento, honraremos uma importante fatia dos compromissos há muito assumidos e permitiremos a efe-tiva estabilidade financeira do nosso concelho”, prossegue Luís Gomes.

Além desta verba, o plano de ajus-tamento contempla um programa de reequilíbrio financeiro, com um prazo de 20 anos, o que permitirá a recon-versão da dívida a curto prazo em dívida a longo prazo, estabilizando as contas municipais e aliviando a tesouraria.

Estas medidas juntam-se ao Plano de Contenção Financeira da Câmara Municipal de VRSA, em vigor há mais de dois anos, “o que permitiu uma poupança superior a 10 milhões de euros, resultado da aplicação de uma centena de medidas transver-sais a todas as divisões e setores da atividade”, afiança a edilidade.

Licenciado e Mestre em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG). É docente univer-sitário nas áreas de gestão e eco-nomia. Desempenhou funções de Assessor para a Industria, Comércio e Turismo do Gabinete do Primeiro-Ministro entre 1995 e 2001. É autor de vários artigos especializados, nomeadamente sobre a economia portuguesa; Cartas Regionais da Competitividade; Relações econó-micas luso-brasileiras; estratégia e internacionalização e competiti-vidade da economia portuguesa; inteligência económica e compe-titiva.

Já foi instalado o novo Conselho Cinegético Municipal de Castro Marim, que se destina a acompa-nhar a definição da política cine-gética do concelho.

Representados no Conselho Cine-gético Municipal estão então os agri-cultores, as zonas de caça turística, as zonas de caça associativa e as municipais e o Instituto de Conser-vação de Natureza e Florestas. Entre as diferentes competências que lhe estão atribuídas, o Conselho Cine-gético Municipal deve propor medi-das úteis à gestão e exploração dos recursos cinegéticos, assegurar que o fomento cinegético contribui para o desenvolvimento local, apoiar a fiscalização das normas legais sobre a caça e ajudar a definir medidas que evitem danos causados pela caça na agricultura.

Com 15 zonas de caça associa-tiva, 2 municipais e 2 turísticas, o concelho de Castro Marim tem 60% por cento do seu território integrado num regime cinegético ordenado, sendo a restante percentagem res-peitante ao território hidrográfico

e à área protegida. “Um território cinegeticamente

ordenado desempenha um papel fundamental na segurança de pes-soas e bens, nomeadamente na prevenção contra os incêndios”, sublinhou o vereador Nuno Pereira, referindo-se às ações de silvicultura

preventiva, limpeza e vigilância dos terrenos e à sensibilização das popu-lações, reforçadas pelas zonas de caça. Reconhecendo a importância destas ações preventivas, a Câmara Municipal de Castro Marim vai avan-çar brevemente com protocolos de colaboração com as zonas de caça.

25,5 milhões de euros do PAEL já foram desbloqueados para VRSA

Associação Empresarial Turística do Baixo Guadiana escolhe VRSA para realizar segundo Jantar de Empresários com Palestra

Conselho Cinegético Municipal de Castro Marim já foi instalado

Luz verde do Tribunal de Contas

Através do PAEL, a autarquia conseguirá saldar as dívidas vencidas há mais de 90 dias e registadas até 31 de março de 2012

Este Conselho destina-se a acompanhar a definição da política cinegética do concelho castromarinense

São 25,6 milhões de euros do PAEL mais 33,3 milhões de euros resultantes de contratos de empréstimo junto de um sindicato bancário. O presidente da câmara, Luís Gomes, fala em “objetivo cumprido”.

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DESENVOLVIMENTO

PCP quer abolição de portagens e obras na EN125 financiadas pelo Governo

“Faltam 350 enfermeiros no Algarve”

O Grupo Parlamentar do PCP apre-sentou uma proposta de abolição de portagens na Via do Infante/A22, no Algarve, e nas restantes ex-SCUT e exigiu a extinção da parceria públi-co-privada criada para requalificar a Estrada Nacional (EN) 125.

Em comunicado, citado pela Lusa, o PCP adianta que a pro-

O Bloco de Esquerda apresentou um Projeto de Resolução que reco-menda ao Governo a contratação de enfermeiros para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Os deputados do BE consideram que “o país vive um paradoxo no que concerne à enfermagem, pois faltam os profissionais para as uni-dades do SNS e, no entanto, muitos estão no desemprego e outros têm baixos salários ou são sujeitos à pre-carização laboral”.

Só da região do Algarve, estão em falta 350 enfermeiros, iden-tificam os parlamentares do BE e acrescentam “sobrecarregam-se os enfermeiros que atualmente tra-balham, enquanto se intensifica a contratação precária, seja a recibos verdes ou recorrendo a empresas de trabalho temporário”.

Esta situação - de absoluta indig-nidade laboral - tem levado muitos destes profissionais a optarem pela emigração, estimando-se que cerca de um terço daqueles que termina-ram a formação superior em enfer-magem já saíram do país.

Segundo um estudo da Ordem dos

posta recomenda ao Governo a abolição de portagens nas quatro antigas estradas sem custos para o utilizador (SCUT), a extinção das atuais parcerias público-privadas rodoviárias e o recurso à gestão pública para concluir as obras de requalificação da EN125 e outras infraestruturas.

Enfermeiros, o principal motivo que leva os enfermeiros a emigrar é a falta de emprego, seguido da ausên-cia de perspetivas de progressão na carreia e, em terceiro, o nível de remuneração salarial no país de emigração, sendo o Reino Unido o principal destino dos enfermeiros portugueses.

As deputadas e deputados do BE consideram haver um longo cami-nho a percorrer em Portugal, no que concerne à disponibilidade de cui-dados de saúde à população.

Para o PCP, o modelo adotado para a requalificação da EN125 é “desadequado e altamente lesivo do interesse público”, pelo que o Governo deve extinguir o atual con-trato de subconcessão e recorrer à gestão pública através da Estradas de Portugal para a conclusão, a curto prazo, das obras.

Enfermeiro de família

Uma das propostas do BE é a implementação do enfermeiro de família, sendo esta solução um pro-gresso inequívoco para o SNS.

Há dificuldades no SNS que “dependem apenas da decisão polí-tica para a sua efetivação. É o caso da enfermagem: há falta de enfer-meiras/as nas unidades do SNS e há enfermeiras/as qualificadas/as passíveis de serem contratados”, dizem os bloquistas.

EX-SCUT AMENTAM TRÁFEGO - As ex-Scut registaram um cres-cimento de tráfego no último tri-mestre de 2013. A Via do Infante a liderar a inversão nas quebras dos últimos anos, soma mais 9,3% de movimento diário face a igual perí-odo de 2012.

O Tráfego Médio Diário (TMD) foi de 6.015 viaturas - na média dos três meses -, o que representa um aumento de 9,3% face ao último tri-mestre de 2012.

Trata-se de uma das quatro anti-gas Scut que receberam portagens a 08 de dezembro de 2011. No caso concreto do Algarve, esta via chegou a liderar as quebras nacio-nais, com o movimento a cair para praticamente metade em trimestres e anos anteriores.

As restantes três vias, segundo dados do mesmo relatório do IMT, também inverteram as quebras consecutivas no movimento diário, registadas nos vários dados trimes-trais.

PCP CONTINUA A RECLA-MAR O FIM DAS PORTAGENS - Na Assembleia da República o PCP apresentou uma proposta de resolução com vista à abolição das portagens na Via do Infante e nas antigas autoestradas SCUT (A23 – Beira Interior, A24 – Interior Norte e A25 – Beira Litoral e Alta); a extin-ção das atuais parcerias público-privadas rodoviárias, recorrendo aos mecanismos legais e contratuais que garantam da melhor forma a salvaguarda do interesse público.

Tal medida dos governos PS e PSD/CDS, diz este partido, justi-ficada com o “princípio do utiliza-dor-pagador” e a necessidade de aumentar as receitas obtidas com a exploração das infraestruturas rodoviárias nacionais, na realidade visou apenas reduzir as despesas do Estado com as concessões rodoviá-rias sem, contudo, tocar nas fabu-losas rendas auferidas pelos grupos económicos que exploram, sem qualquer risco, essas mesmas con-cessões.

O PCP sustenta que o modelo de parceria público-privada adotado pelo anterior Governo do PS para a requalificação da EN 125 revelou-se completamente desadequado e alta-mente lesivo do interesse público, pelo que se exige que o Governo proceda de imediato à extinção do contrato de subconcessão Algarve Litoral (sem o pagamento de qual-quer indemnização) e recorra à gestão pública – através da empresa Estradas de Portugal – para a con-clusão, a curto prazo, das obras de requalificação da EN 125.

LÍNGUA PORTUGUESA HONRADA COM EXPOSIÇÃO - A Biblioteca da Universidade do Algarve (UAlg), no campus de Gam-belas vai acolher, a partir de 5 de maio, a partir das 18:00 horas, a exposição «Expoema», com imagem e texto de Álvaro de Mendonça, no âmbito das comemorações dos 8 Séculos da Língua Portuguesa no Algarve.

Esta iniciativa, organizada pela Associação 8 Séculos de Língua Por-tuguesa e integrada nas comemora-ções com o mesmo nome, contará com uma sessão de declamação de textos por Paulo Moreira e com um momento musical, ao som da gui-tarra portuguesa, assegurado por João Cuña.

NO ALGARVE

Carro voador da terceira geraçãoAeromobil é um “carro voador” que faz perfeitamente uso da infraestrutura existente, criado para automóveis e aviões, e abre as portas para a viagem real porta-a-porta. Em termos de configuração como automóvel, ele encaixa-se num espaço de estacionamento padrão, o motor permite que ele se abasteça em qualquer posto de gasolina, é totalmente adequado ao tráfego rodoviário e, como um avião, poderia tanto descolar como pousar em qualquer aero-porto do mundo. Com a ambição de se tornar um “carro voador” real, a versão atual - Aeromobil 2.5 é um protótipo da terceira geração. Aeromobil 3 é elegante e confortável para o motorista e o passageiro, e, excecionalmente, combina o desempenho de um carro desportivo com qualidades

de um ultraligeiro.Existem outras marcas. Uma

delas até anuncia que colocará à venda o seu primeiro modelo no início do ano 2015. Mas estes carros, embora possam utilizar normalmente as estrada, são

ainda o misto de uma avião e de um carro, como foi previsto em 1940 pelo construtor americano Henry Ford.Divirta-se vendo os voos em http://www.aeromobil.com/video

José Cruz

José Cruz

Bloco de Esquerda apresentou Projeto de Resolução sobre esta matéria

Eleições Europeias

Portugal: 25 de Maio

As Eleições Europeias realizam-se a 25 de Maio. A campanha de informação do parlamento Euro-peu está em marcha em todos os Estados Membro. No Algarve rea-lizam-se seis Sessões-Debate desti-nadas a diversos públicos.

Mais informações estão dispo-níveis em: Praça da Liberdade, 2 8000-164 Faro - Portugal Tel.: +351 289 895 272 Fax: +351 289 895 299 E-mail: [email protected] Site: http://ccdr-alg.pt/europedirect

QUEM PODE VOTAR?Cidadãos portugueses e cida-

dãos europeus a residir em Portu-gal, a partir dos 18 anos

COMO SE PODE RECENSEAR?A inscrição no Recenseamento

Eleitoral torna-se definitiva auto-maticamente quando atingir os 18 anos

COMO SABER O SEU NÚMERO DE ELEITOR?

www.recenseamento.mai.gov.pt ou enviar um SMS para 3838, escrevendo a mensagem

RE <espaço> nº de Identifi-cação civil sem check <espaço> data de nascimento AAAAMMDD. Ex.: RE 12344880 19891007

ONDE PODE VOTAR?Informe-se na sua Junta de Fre-

guesiaDO QUE PRECISA PARA

VOTAR, NO DIA 25 DE MAIO?O seu nº de eleitor e identifi-

car-se com o seu Bilhete de Identi-dade ou Cartão de Cidadão

«Perto da

Europa»

Centro de Informação Europe Direct do Algarve

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - CCDR Algarve

Rua do Lethes nº 32, 8000-387 Farotel: (+351) 289 895 272 fax: (+351) 289 895 [email protected]

www.ccdr-alg.pt/europedirect

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MAIO 2014 | 19

CULTURA

Porto Editora aposta em escritor do Baixo Guadiana

«Sinónimos de Leitura» promoveu o conhecimento, a cultura e a literatura

«VRSA: Capital das Portas» Arte para o turismo

A maior editora portuguesa criou uma chancela que se dedica exclu-sivamente à publicação de livros digitais. Chama-se «Coolbooks« e o escritor vilarealense Fernando Pes-sanha está em destaque na lista dos primeiros seis autores seleccionados e publicados nesta plataforma digi-tal da editora. Na categoria de fição erótica, ali está o livro a que o autor chamou «O Pianista e a Cantora», e que nos fala-nos de uma intensa relação entre os dois artistas. Ao JBG, o autor mostrou-se bastante satisfeito e clarificou que “o livro está classificado como fição erótica, mas o erotismo neste romance está presente em algumas cenas e não no livro todo”. Tendo sido dada pela editora esta classificação, tal não surpreende o autor que para além de erotismo promete uma “muito boa história”. O livro, como manda

Ao longo de uma semana a biblio-teca municipal de Vila Real de Santo António levou a cabo a terceira edição de «Sinónimos de Leitura». Um certame diversificado e para todas as idades com contos, apresen-tações literárias, ateliers, tertúlias e uma feira do livro promovido pela livraria Lusíada do livreiro Libânio Santos Jorge. De manhã à noite, os dias no «Sinónimos de Leitura», entre 23 e 31 de Abril, foram acontecendo com muitas atividades à mistura. O objetivo do projeto é dinamizar a biblioteca municipal Vicente Cam-pinas, oferecendo fruição cultural, conhecimento com atividades com qualidade. Para que o certame acon-teça são chamados muitos agentes culturais locais que apresentam os seus projetos, literários e não só, que contam os contos, que entretêm e que trazem as últimas novidades. Assunção Constantino e Mariana

Vila Real de Santo António lançou um projeto pioneiro que tem como grande objetivo recuperar as portas da cidade iluminista. Estagiários encabeçam ideia e criatividade, tendo apresentado a ini-ciativa «Cidade das Portas» a 6 de abril. no Salão Nobre da Câmara Municipal de VRSA, que pretendeu dar a conhe-cer o potencial das portas da cidade, as mais-valias que lhe estão subjacentes, bem como um conjunto de ideias para as promover e valorizar.

Esta apresentação foi precedida de uma pequena mostra fotográfica que deu a conhecer exemplos de portas de todos os cantos do mundo. Por outro lado, demonstrou a forma como estes elementos arquitetónicos estão ligados à memória urbanística do concelho.

O conceito «Cidade das Portas» pre-tende contribuir para a preservação e promoção turística do Centro Histórico de VRSA e insere-se nas diferentes ati-vidades levadas a cabo pelo município que já resultaram na criação de um Plano de Pormenor de Salvaguarda do Núcleo Pombalino e no lançamento

a regra dos e-book está disponível apenas na internet. “Para mim é uma honra constar na lista de novos autores selecionados pela maior edi-tora portuguesa”, diz-nos Pessanha autor em papel de dois livros e um conto. Ele, que também é pianista, mentor do projeto «In Tento Trio» e historiador.

Coolbooks revela talentos e dá alternativas à publicação

Com a Coolbooks a Porto Edi-tora quer revelar novos talentos e ser uma alternativa para a divul-gação de autores portugueses. A Coolbooks arrancou a 21 de Abril com sete títulos de ficção, que incluem vários formatos, do romance ao livro de contos, e abar-

Ornelas do Rego são as coordena-doras da biblioteca e responsáveis por todo o programa do certame que aconteceu pela terceira edição con-secutiva. O balanço feito é “muito positivo” convictas que o «Sinóni-mos de Leitura» “tem muitas pernas para andar, contando com cada vez maior fidelização do público”.

Poetas do Guadiana apresentaram «Desembocadura del Guadiana»

Os poetas do Guadiana apresenta-ram o seu segundo livro que compila poesia de 14 autores. Aconteceu no passado dia 26 de Abril e chama-se «Desembocadura del Guadiana». A apresentação do livro e entrevistas aos autores esteve a cargo de Fer-nando Cabrita e José Cruz.

Esta antologia poética surge numa

da marca «Centro Comercial a Céu Aberto». Jovens de comunicação, marketing, design e outras artes estão empenhados neste projeto.

cam os mais diversos sub-géneros, do policial à literatura erótica ou de terror.

altura em que o grupo ibérico está cada vez mais sólido e a crescer no número de membros. Do lado portu-guês integram este grupo poetas de Vila Real de Santo António, Castro Marim e Alcoutim. A antologia compila poemas de quem revisi-tam o universo da publicação, mas também apresenta novos autores que assim veem pela primeira vez publicados os seus poemas.

Nesta apresentação os amigos e poetas espanhóis também marca-ram presença e leram textos seus. E a poesia fluiu entre as vozes de Eladio Orta, Clemen Esteban, José Luís Rua, e Isabel Martin, em caste-lhano. José Cruz, António Cabrita, Ângela Mascarenhas, Sónia Alho, Diogo Francisco, Ana Francisco, o Pedro Tavares e Manuel Palma na língua de Camões. O também poeta do Guadiana João Pereira realizou dois vídeos alusivos ao projeto ibé-

Novo livro do escritor Fernando Pessanha publicado online

Tatiana Faleiro reabilita porta inspirada nas conservas

rico.

Miguel Real apresentou «A nova teoria do Sebastianismo»

A apresentação da obra e do autor ficou a cargo de Maria Luísa Francisco, que referiu que na obra é-nos dado a conhecer os autores que trataram o tema, desde Ban-darra e Padre António Vieira até aos filósofos contemporâneos, pas-sando por Fernando Pessoa, António Quadros, António Sérgio e Eduardo Lourenço.

Por sua vez, Miguel Real consi-dera que o mito sebastianista tem sido pouco estudado e até despre-zado pela elite cultural portuguesa. No entanto, espantosamente, o mito sebastianista, independentemente do juízo positivo ou negativo que sobre ele se faça, constitui um dos pontos

de referência culturais mais vinculati-vos da nossa identidade nacional.

O autor debrouçou-se sobre a ques-tão da decadência das elites e dos sebastianismos dos nossos dias.

Para Miguel Real a crença sebastia-nista tornou-se a última esperança do português. O Sebastianismo aposta num recomeço, reconstituindo a vida bloqueada pelas políticas do Estado. Hoje o sebastianismo possui uma vertente positiva, uma espé-cie de motor ético de futuro, que força o português a agir e a procurar algo ou alguém no exterior da deca-dente elite política e administrativa do País, emigrando, como o fazem actualmente 100 000 portugueses por ano.

Houve um momento de debate e o encontro terminou com uma poema de Fernando Pessoa alusivo a D. Sebastião dito por Maria Luísa Francisco.

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CULTURA E AGENDA

POR CÁ ACONTECE A G E N D A

18 de maioVII Grande Prémio de AtletismoLocal: Alcoutim 31 de maio e 01 de junhoBaja Terras de Alcoutim

Castro Marim

2 de maioBaile com o “Grupo + 2” em Monte Francisco Local: Sede do Campesino Recreativo Futebol Clube Hora: 21h30

3 de maioBaile com Ângelo Correia em Rio Seco Local: Sede do Grupo Desportivo e Cultural do Rio Seco Hora: 22h00

De 03 a 27 - Exposição de fotografia “Fronteiras”Local: Igreja do CasteloHora: Todos os dias, entre as 09h00 e as 19h00

De 09 a 11 - Feira Terra de MaioLocal: AzinhalHora: 17h-23h (dia 09) e 15h-23h (dias 10 e 11)

10 de maio Baile da Maia em Monte Francisco, com Ângelo Correia Local: Sede do Campesino Recreativo Futebol Clube Hora: 21h30

10 de maioMercado Mensal de Castro Marim Local: Castro Marim Hora: 08h00

18 de maioPeddy Paper do Rio Seco Local: Sede do Grupo Desportivo e Cultural do Rio Seco Hora: 09h00

31 e 31 | III Jornadas de Revalorização do Património da Raia TransfronteiriçaLocal: Castro Marim (auditório da Biblioteca Municipal)Hora: a definir

VRSA

«História da Cartografia»Orador Tenente-Coronel Manuel Rato 31 de maioHora: 10h00 Local: Arquivo Histórico Municipal VRSA

Exposição de arte de Ángelo Cama-rada-Carro Sánchez 5 > 31 maioHorário: segunda a sexta - 9h15 > 19h45 sábado - 14h00 > 19h45Local: Biblioteca Municipal Vicente Cam-pinas | VRSA

«Autoestima para uma vida de qualidade»9 maioHora: 18h00 > 19h30Local: Biblioteca Municipal Vicente Cam-pinas | VRSA

Apresentação do livro «A Gaveta da Memória - entre duas ditaduras» de Manuela Sabino e apresentação a cargo de Manuel MadeiraData: 8 maioHora: 18h00Local: Biblioteca Municipal Vicente Cam-

pinas | VRSA

Passos Contados - «Brincar com a cana e outros materiais vege-tais» *Ciclo de passeios pedestres, com o artesão Domingos Romeira Vaz11 maioHora: 9h30 Ponto de encontro: Santa RitaInscrição: 3€ p/pessoa*Marcação: CIIPC - Antiga Escola Pri-mária de Santa Rita | 281 952 600 | [email protected] | www.ciipcacela.wordpress.com

Oficina de modelação cerâmica para adultos - «A memória do Gesto»*Com Sara Navarro, atividade asso-ciada à exposição «Cosmos»17 maioHora: 10h30 > 17h00Local: CIIPC - Antiga Escola Primária de Santa RitaInscrição: 25€ (inclui participação na oficina de cozedura das peças “Da terra e do fogo” em junho) *Marcação: CIIPC - Antiga Escola Pri-mária de Santa Rita | 281 952 600 | [email protected] | www.ciipcacela.wordpress.com

Taça dos Clubes Campeões Euro-peus de Atletismo24 e 25 maioHora: 14h00 > 19h00Local: Complexo Desportivo | VRSA

Projeto «Marcha e Corrida» do con-celho de VRSAsegundas, quartas e sextas-feirasHora: 18h30 > 19h30

«Jornadas de História do Baixo Guadiana» - III Sessão *16 maio

Hora: 10h00 > 16h00Local: Arquivo Histórico Municipal | VRSA* Atividade por marcação no arquivo | 281 510 260 | [email protected]

«Arquivo entre Histórias» As Guarnições Militares nas Praças Portuguesas da Região da Duquela, no Algarve d’Além-Mar23 maio Hora: 18h00 Local: Arquivo Histórico Municipal | VRSA

Programa de Rádio Eurocidade do Guadiana - 107,70 FMsextas-feirasHora: 10h00 > 11h00Local: Rádio Ayamonte | Ayamonte

Aula Aberta - «VRSA e as suas ori-gens» Com o Arq. José Carlos Barros. Integrada no Curso de História do Algarve Data: 14 maioHora: 16h30Local: Universidade dos Tempos Livres – UTL | VRSA

I Jantar IluministaData: 17 maioHora: 20h00Local: Escola Secundária | VRSA

Roteiro Gastronómico de VRSAsegunda a sábadoHorário: 10h00 > 13h00 | 15h00 > 18h00Informação: IVRSA - Centro de informa-ção turístico

Alcoutim

Mercado do Pereiro25 de maioLocal: Pereiro Organização: União das Freguesias de Alcoutim e Pereiro Festival Gastronómico do Concelho de Alcoutim “Sabores da Serra ao Rio” De 12 de abril a 18 de maio

De 01 de abril a 15 de junhoConcurso de Fotografia

16 de maioApresentação do livro “ A Gaveta da Memória entre duas ditaduras”, de Manuel SabinoLocal: Casa dos Condes (Biblioteca Municipal de Alcoutim) Hora: 21h30

Participação na Romaria de Sanlúcar de Guadiana (Espanha)03 e 04 de maioLocal: Sanlúcar de Guadiana

Ação de formação “A poluição dos oceanos”06 de maio Horário: 17h00Local: Escola Básica Integrada de Alcoutim

Tarde Cultural17 de maioLocal: Farelos

De 06 a 28 de maioExposição de Joalharia de “Con L de Lola”Local: Casa dos Condes, em AlcoutimHora: de segunda a sexta-feira, entre as 08h30 e as 17h30

17 e 18 de maio - destaqueI Festival de Caminhadas de Alcoutim

Páscoa Doce e Feirinha da Páscoa animaram Altura e Castro Marim

Associação Grito d’Alegria

recebe apoio do Município de

Alcoutim

Decorreu a 19 de abril a primeira Feirinha da Páscoa em Altura. O evento, da Junta de Freguesia de Altura com o apoio da Câmara Municipal de Castro Marim, teve grande adesão e a organização já garantiu que vai repetir o evento em 2015.Incen-tivar a comercialização de produtos locais, como doces e artesanato, foi o grande objetivo da iniciativa, que decorreu junto à rotunda da avenida 24 de junho e animou os muitos visitantes que escolheram a localidade para estas miniférias da Páscoa. “O programa foi pensado para toda a família e as crianças puderam divertir-se em ateliers de confeção de folares e pintura de ovos de Páscoa. A música, a cargo do grupo “Mato Bravo” e do Rancho Folclórico do Azinhal, não deixou faltar animação ao evento”, lembra a organização.

Páscoa Doce na sede de concelho

Por sua vez, a Junta de Freguesia de Castro Marim levou a cabo a 19 e 27 de Abril o evento «Páscoa Doce». Um evento com mercadinho, música, produção de folares e de chocolate. Até à Praça 1.º de Maio afluíram muitos castromarinenses e não só que dançaram e aproveitaram para degustar os doces típicos da Páscoa. Esteve evento também uma semana depois da Páscoa, porque no fim-de-semana da Páscoa o mau tempo não permitiu que o Domingo tivesse a animação prevista.

Ao longo do ano a associação «Grito D’Alegria» vai receber um apoio financeiro da Câmara Municipal de Alcoutim. No total serão 4.500 euros, transferidas em

tranches de 1.500 euros quadrimestrais.“O apoio financeiro agora prestado a transferir possi-

bilitará a esta associação cultural e recreativa de Giões levar a efeito o seu plano anual de atividades, continu-ando assim o excelente trabalho até agora prestado à

comunidade”, diz a autarquia em comunicado.De entre os diversos eventos organizados pela Grito

existe o tradicional ensopado de borrego, seguido de animação e baile, no dia 1 de maio, o 3º Encontro de Grupos Corais de Cante Alentejano, a 2 de agosto, o

espetáculo de violas campaniças, agendado para 15 de agosto e o 2º Festival de Acordeão, a 16 de agosto.

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MAIO 2014 | 21

CULTURA

Luís Viegas escreveu livro sobre Monte Gordo

Sobre o dr. João Dias e o quadro L Angelus do pintor François Millet

Foi bastante concorrida, casa cheia mesmo, a apresentação na Biblioteca Muni-cipal Vicente Campinas, em Vila Real de Santo António do livro «Monte Gordo – Desenhando o azul do mar», da autoria de Luís Viegas Feliciano, ex-presidente da Junta de Freguesia de Monte Gordo.“Luís Viegas demonstra com este livro que não foi um mero autarca de rotina, mas um actor atento e interveniente, não apenas na resolução das carências da população, dentro do limite das competências de uma junta de freguesia, como anotou riquíssimos pormenores da vida da sua comunidade”, disse José Estêvão Cruz, coordenador da edição, que também anotou que o livro “ficará como testemunho inalienável para todos os interessados em conhecer esta terra tão peculiar que, com uma população de pescadores, conserveiras e pequenos comerciantes, se tornou um centro turístico de atração internacional”.Para o apresentador, Luís Viegas Feliciano “retrata com sensibilidade poética os filhos de Monte Gordo, as origens, as instituições, os falares, as histórias e historietas, as lendas, ditos, pragas e a religiosidade pagã, dentro da particular idiossincrasia da terra”.Luís Viegas, como é popularmente conhecido na sua terra, nasceu em 1952, concluiu as Secções Preparatórias para o Instituto Industrial em 1971 e desempenhou vários cargos autárquicos no concelho de Vila Real de Santo António. Ajuda na gestão de um pequeno negócio de família, o restaurante “Os Viegas” na praia de Monte Gordo.O livro é uma edição de autor e foi impresso pela Editora Guadiana, de Vila Real de Santo António.

O Dr. João Dias é considerado uma das figuras mais proeminentes do Nordeste Algarvio, na primeira metade do séc. XX. A partir de 1932, conseguiu organizar um pequeno hospital, na Santa Casa da Misericórdia de Alcoutim, onde, como médico-cirurgião, trabalhava de dia e de noite, minorando o sofrimento dos seus pacientes. Humano e generoso, fazia da sua vida de médico um verdadeiro sacerdócio.Para além das suas actividades clínicas, o Dr. Dias mantinha-se atento aos acontecimentos do país e do mundo, assim como aos diversos m o v i m e n t o s modernistas nas letras e nas artes. No seu consultório, dominava uma reprodução a óleo do quadro de J.Millet L’Angelus, uma obra de arte a óleo da autoria do pintor francês Jean- Françoise Millet, concluida em 1859. O Angelus é uma das mais conhecidas pinturas de Millet. Retrata dois camponeses curvando-se para fazer uma oração, a Oração do Angelus que, juntamente com o toque do sino da igreja no horizonte, marca o fim de um dia de trabalho. A seus pés encontramos uma pequena cesta de batatas e em torno deles una carreta e um tridente. É um trabalho que transmite paz espiritual. Actualmente, encontra-se em exibição permanente no Museu de Orsay, Paris.Millet (1814- 1875) Nascido na vila de Grunchy, na Normandia, era filho de um latifundiário. Recebeu aulas de pintura no estúdio de pintores consagrados, sendo um estudioso dos grandes Mestres do Louvre. Posteriormente abandona Paris e decide viver o resto da sua vida em ambientes rurais para se dedicar por inteiro a retratar, em obras de profundo sentido social, o mundo camponês nos seus gestos simples, nas acções humildes, nos ritmos imutáveis da vida camponesa e numa existência em consonância com a natureza.Em 1865, Millet declarava “A ideia para pintar L´Angelus ocorria-me quando me lembrava que a minha avó, ao ouvir o sino da igreja

Foi a 4 e 5 de Abril, em Tânger, que se realizou o Congresso Internacional Los Descendientes Andalusíes “Moriscos” en Marruecos, España y Portugal, grande encontro de História organizado pela Fundação al-Idrisi Hispano Marroquina, e que teve o patrocínio do rei Mohamed VI de Marrocos. O congresso internacional teve o apoio da autarquia vila-realense, e contou com a comunicação intitulada «Os mouriscos nos Algarves Portugueses» por parte do

investigador Fernando Pessanha, do Arquivo Histórico Municipal de VRSA, e com o concerto da banda de fado “Acordes de Fado”, agrupamento constituído por Miguel Drago, na guitarra portuguesa, Virgílio Lança, na viola, e Sara Gonçalves, na voz. O livro de actas do congresso conta ainda com a comunicação de Miguel Godinho (investigador do Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela) intitulada «Tecnologias Hidráulicas do Algarve Antigo (Portugal): as canhas/qanat».

tocando, enquanto estávamos trabalhando nos campos, sempre nos fazia parar de trabalhar para dizer a oração do Angelus”. Nessa altura, provavelmente, era apenas uma memória de infância que inspirava Millet e não o desejo de glorificar sentimentos religiosos, uma vez que não era frequentador da Igreja. Millet formava parte de um movimento artístico (o Realismo) que procurava retratar pessoas e situações da vida real, de todas as classes sociais, em situações que surgem na vida comum, não evitando aspectos

desagradáveis da vida. São n u m e r o s a s as suas obras consideradas de realismo social, a s s i n a l a n d o um forte posicionamento crítico em algumas das suas pinturas. Que sensações podiam transmitir ao Dr. João Dias este ícone da pintura universal, nas numerosas

horas de trabalho diário dedicado aos seus pacientes? Através da sua Biografia, publicada recentemente pela Câmara Municipal de Alcoutim, podemos conhecer facetas da Vida e Obra deste benemérito que nos permitem fazer algumas reflexões sobre a relação existente com o L’Angelus exposto em lugar de destaque no seu consultório. Para o Dr. João Dias as obras de Millet transmitiam-lhe as preocupações morais e sociais do pintor sobre o quotidiano dos camponeses e a ligação ao meio que o rodeava; a capacidade de reflectir os costumes, as ideias, as carências da sua época, através das suas vivências rurais e das suas memórias; ser não só pintor, mas também um Homem; numa palavra: fazer arte viva com Humanismo.Millet foi uma importante fonte de inspiração para numerosos pintores, poetas e músicos. As suas pinturas foram reproduzidas frequentemente, nos séculos XIX e XX. L’Angelus foi igualmente venerado por Salvador Dalí.

Ibn Qasi - o místico que procurou tornar o Algarve independente

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* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Do estudo da História do Algarve, durante o domínio islâmico, ressaltam uma série de personagens que se destacaram pelas suas qualidades políticas, diplomáticas, militares e culturais. Um desses personagens foi, indiscutivelmente, Abu-l-Qasim al –Husayn ibn Qasi, tradicionalmente conhecido por Ibn Qasi. Mas perguntemo-nos: quem foi este indivíduo? E porque razão se distinguiu na História do Algarve? Vejamos: o domínio almorávida chegou ao fim antes de termos chegado à segunda metade do séc. XII, voltando o al-Andaluz a fragmen tar-se em pequenos Estados independentes: os segundos reinos taifas. Porém, este foi um período de curta duração e caracterizado por diversas convulsões: traições, revoltas inter nas, e até coligações com os cristãos, pelo que uma insurreição sufi (revolta dos Muridines), levada a cabo contra a centralização almorávida, acabou por ter lugar no ocidente peninsular. Abu-l-Qasim al –Husayn ibn Qasi, nascido em Silves, rebelou-se em 1144, e se fez proclamar imam e governador de Mértola. Segundo investigadores como David Lopes e José Garcia Domingues, é a Ibn Qasi que se deve a construção do ribat da Arrifana, em Aljezur, mosteiro fortifi cado para onde, alegadamente, o mestre sufi se retirava com os seus discípulos e onde, alegadamente, terá escrito Os Dois Sapatos Descalços. Este filósofo, líder religioso, poeta, político e homem de guerra, procurou então tornar independente a região que com preende o actual Algarve. Um outro chefe seu aliado, Abu Walid Muhammad ibn al-Mundir, também de Silves, capturou no mesmo ano a sua cidade natal e logo depois Santa Maria de Harun. Faro, Silves e o restante Algarve estava perdido para os almorávidas, dando-se assim início a um segundo período de reinos taifas. Porém, este segundo período de relativa independência veio a ter vida efémera; os desentendimentos entre Ibn Qasi e os demais líderes locais dividiram o movimento de insurreição, pelo que Ibn Qasi se viu obrigado a pedir ajuda à nova dinastia marroquina liderada por Ibn Tumart: os almóadas. Em 1145, Ibn Qasi deslocou-se pessoalmente a Marraquexe, onde o califa almóada o recebeu. Voltou ao Algarve no ano seguinte, com o apoio da nova dinastia marroquina. Não obstante os almóadas terem atribuído o governo de Silves a Ibn Qasi, este acabou por rebelar-se por volta de 1150; era intenção do místico manter o Algarve independente e não enquanto parte integrante do império almóada. De modo a ob ter auxílio, fez uma aliança com Afonso Henriques em condições que desconhecemos. No final acabou por ser assas sinado, no seu próprio palácio, em 1151, pelos próprios muçul-manos que o acusaram de traição. A cabeça de Ibn Qasi foi passeada pelas ruas de Silves com o letreiro: “Eis aqui o mahdi dos cristãos”. Desta maneira, Mértola, Faro, Silves e quase todo o Algarve ficou em poder dos almóadas. Que ficou então para a História? Ficou a memória de Ibn Qasi, o místico que tentou tornar o Algarve independente.

Fernando PessanhaHistoriador

José Cruz disse na apresentação que este livro mostra que “Luís Viegas não foi um mero autarca de rotina, mas um actor atento e interveniente

Fotografia da reprodução a óleo de L´Angelus. Arquivo da Família Dias

Fotografia de esboços de Salvador Dalí sobre Millet. Museu Dalí. Figueras,Cataluña, España. Arquivo Família Dias

Victoria Cassinello

Comitiva de VRSA representou Portugal em Congresso Internacional sobre a História dos Mouriscos

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Como presidente da Comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas, Elea-nor Roosevelt foi a força impulsora na criação em 1948 da Carta da Declaração Universal dos Direitos do Homem, que sempre será o seu legado: Nascida em Nova Iorque, Eleanor casou–se com o político em ascensão, Franklin Delano Roosevelt, em 1905 e dedicu-se completamente ao serviço público. Quando chegaram à Casa Branca em 1933 como Presidente e Primeira–dama, ela já estava profundamente envolvida em questões de Direitos Humanos e de Justiça Social. Ao continuar o seu trabalho em nome de todas as pessoas defendeu os direitos iguais para a mulher, para os afro-americanos, trabalhadores da era da depressão dando muita atenção às suas causas. Valentemente frontal, apoiou publicamente Marian Anderson quando em 1939 foi negado à cantora negra o uso da Sala da Constituição de Washington devido à sua raça. Roosevelt ressolveu que em vez disso, Marian Anderson cantasse nas escada-rias do Monumento comemorativo a Lincoln, criando uma imagem imortal e de valentia pessoal e direitos humanos.Como Delegada das Nações UnidasEm 1946 Roosevelt foi nomeada como delegada das Nações Unidas pelo Presi-dente Harry Truman que sucedeu na casa Branca a Franklin Roosevelt em 1945. Como líder da Comissão dos Direitos Humanos, ela foi decisiva na formulação da Declaração Universal dos Direitos do Homem que apresentou à Assembleia-Geral das Nações Unidas com estas palavras:“Assomamos hoje ao umbral de um grande evento tanto na vida das Nações Unidas como na vida da humanidade. Esta declaração pode tornar-se na Carta Magna internacional para todos os homens em todos os lugares.”Denominada “Primeira–Dama do Mundo” pelo presidente Truman pelas suas actividades humanitárias ao longo de toda a sua vida, Roosevelt trabalhou até ao final da sua vida para conseguir a aceitação e implementação dos direitos estabelecidos na Declaração. O legado das suas palavras e do seu trabalho aparece nas constituições de grande número de nações e num corpo de lei internacional em evolução que agora protege os direitos dos homens e das mulheres por todo o mundo.“Faça o que achar no seu coração que é o correcto — já que será criticado de qualquer forma. Será condenado se o fizer e será condenado se não o fizer.” — Eleanor Roosevelt.

Maria Fernanda Barroca

Acabado de sair, com a chancela da ALETHEIA EDITORES, temos entre nós um excelente livro da autoria de Paulo Miguel Martins: “Uma Amizade com História”, Cartas entre Marcello Caetano e Laureano López Rodó.Esta obra conta-nos a história de uma amizade entre dois homens que, ao longo das suas vidas, pensaram, agiram e escreveram “Direito”, não obstante as curvas sinuosas das conjunturas políticas que os seus países-Portugal e Espanha- atravessavam então.São cartas, muitas cartas trocadas entre ambos, nelas perpassam o empenho dos seus trabalhos, das suas exigências académicas, dos seus afectos familiares, das perplexidades, das esperanças e dos desenganos, muito pródigos naquela época fortemente abalada pelas convulsões que se abateram sobre ambos os países, rescaldo de novas ideologias, presságio de tempos vindouros onde “ a loucura colectica” se preparava para encaminhar o futuro para o caos, numa vertigem alucinante, já sem a possibilidade de crenças nos homens e, quiçá, em Deus.

Uma amizade recheada de muitos episódios históricos que primorosamente elucidam do estado da nação em cenário pré 25 de abril de 1974. São reflexões profundas e dolorosas escritas por dois grandes amigos, homens íntegros, profissionais de excelência que tiveram o discernimento de compreender como nem sempre o homem tem a umbridade de saber usar a liberdade na construção do tão sonhado “mundo maior e melhor”.Uma obra indispensável e de leitura, tão obrigatória quanto acessível, a todos os portugueses neste colmatar dos 40 anos da “Revolução dos Cravos”.

Maria Susana Mexia

Sempre que assisto à Assembleia Municipal de Castro Marim e acho que já vi tudo, e do pior, eis que há sempre mais alguma coisa para me dar que pensar. Ontem dia 28 de Abril assim foi mais uma vez.O Sr. Dr. José Afonso Gomes foi Presidente da Assembleia Municipal por dois man-datos e teve direito a ver o seu nome inscrito numa das avenidas do futuro de Castro Marim. Igual sorte teve o Sr. General Lino Miguel que também foi Presidente daquele órgão por dois mandatos. Concordo com tais distinções, acho até de uma grande dignidade, um gesto louvável que teve origem em alguém que não tinha qualquer receio que estes dois grandes nomes ficassem para sempre inscritos na história de Castro Marim. Mas o melhor vem a seguir: o Sr. José Guilhermino Anacleto foi Presidente da Câmara Municipal durante 22 anos e, pasme-se, tem direito a ver o seu nome atribuído ao Pavilhão Desportivo Municipal, o que até será caricato por se tratar de um homem cujo desporto de eleição era a caça!É estranho, ou talvez não, que quando se trata de homenagear este grande homem, os seus pares sejam sempre tão pobres de espírito. Sempre pensei que a recusa da Medalha de Mérito Grau Ouro que o Município propôs atribuir a José Guilhermino Anacleto, deixasse antever uma homenagem ao nível da importância que este grande homem teve para o concelho. Não esqueço que este homem governou numa época de acesa luta política e de escassos recursos financeiros, em que não jorrava ainda dinheiro da Europa, e ainda assim, pelo trabalho que realizou à frente dos destinos dos castromarinenses merecia bem melhor por parte daqueles que um dia foram alguém à sua sombra. Na minha humilde opinião, a forma como este assunto foi tratado pelo Presidente da Assembleia Municipal revela que o Sr. José Guilhermino Anacleto ainda é uma pedra no sapato de algumas pessoas. Pena é que o filho, quando se trata destas pessoas aceite tudo com um sorriso nos lábios!

Valdemar Saúde

ARTIGOS DE OPINIÃO

O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor é uma data comemorada todos os anos no dia 23 de Abril, escolhida pela UNESCO para promover o prazer da leitura, a publicação de livros e a protecção do autor

Defensora dos Direitos Humanos

“Ele há quem faça cada figura!”CARTÓRIO NOTARIAL DE OLHÃO

Rua Patrão Joaquim Casaca, lote 1, r/c, Notário Lic. António Jorge Miquelino da Silva

Certifico narrativamente para efeito de publicação que por escritura de 04 de Abril de 2014, exarada a folhas 104 do livro de notas deste Cartório número 104-A, Cidália Maria Gonçalves Campos, solteira, maior, natural da freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, residente na Praceta Agostinho Ferreira Chaves, lote 33, Bloco B, 2.º esq., em Faro, contribuinte fiscal número 109 080 149, declarou-se dona e legítima possuidora, com exclusão de outrém, do prédio urbano térreo, destinado a habitação com diversas divisões e logradouro, sito em Preguiças, freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, com a superfície coberta de setenta metros quadrados e descoberta de cento e cinquenta e um metros quadrados, a confrontar do Norte com Florival Gomes Dias, do Sul com via pública, do Nascente com Almiro Nunes Gonçalves e do Poente com António Domingos, inscrito na matriz, em nome do antepossuidor José Campos, sob o artigo 1418, com o valor patrimonial tributável de três mil novecentos e sessenta euros, a que atribui igual valor, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim. Que entrou na posse do prédio por doação meramente verbal e nunca reduzida a escritura, feita em data incerta do ano de mil novecentos e oitenta por seus pais Cesaltina Maria Gonçalves e marido José Campos, casados que foram sob o regime da comunhão geral, residentes que foram em Preguiças, freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, actualmente falecidos; e que sem qualquer interrupção no tempo desde então, portanto há mais de vinte anos, tem estado ela, justificante, na posse do referido prédio, cuidando da sua manutenção e habitando-o, enfim, extraindo todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que adquiriu o prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito. Está conforme:

Cartório Notarial de Olhão sito na Rua Patrão Joaquim Casaca, lote 1, r/c, aos 04 de Abril de 2014.

O Notário,

Conta registada sob o n.º 701 / 2014.

1 DE MAIO DE 2014

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MAIO 2014 | 23

PATRIMÓNIO&PSICOLOGIA

O pastor, também conhecido no Baixo Guadiana como cabreiro, moiral ou maioral, é hoje, como ontem, o responsável pela guarda e condução do gado, seja ele cons-tituído por cabras, ovelhas, vacas, ou porcos, para as pastagens. Este ofício, de carácter nómada e soli-tário, ocupou outrora lugar de destaque no meio rural. Alguns começavam a guardar gado em tenra idade, como zagal. Trocavam a escola pela vida nos campos, aju-dando um pastor e guardando os borregos desmamados ou alguma

porca prenha, para ajudar na eco-nomia familiar. Tinham direito à alimentação e a umas solas nas botas.

A 29 de Junho, dia de São Pedro, pastor e patrão concer-tavam-se numa das feiras da região, naquele que era também o único dia livre do pastor durante todo o ano. O acordo era verbal, porém, escrupulosamente cum-prido. Nele, definia-se quantos animais do seu pegulhal – reba-nho do pastor – podia juntar ao rebanho do patrão. O soldo anual, meramente simbólico, era compensado com a alimen-tação e com alguns alqueires de trigo. Tinham direito à ganhoa, a melhor borrega das ovelhas do patrão, e a uma parte da lã do rebanho do patrão, quando se tratava de gado ovino. Também recebiam uma parte do leite: diariamente, se fossem cabras,

Pastores, cabreiros, moirais e maiorias no Baixo Guadiana

RUBRICA DE PATRIMÓNIO

ou semanalmente, se fossem ove-lhas. Os pastores tinham ainda direito a uma muda de roupa, composta por botas, chapéu, casaco, colete, calças, ceroulas, camisa e uma manta premedeira. Alguns usavam pelica e ceifões de lã, junto com o cajado e a funda, úteis para afastar animais inde-sejados.

À hora da refeição, sentavam-se onde podiam – abrigados do sol ou da chuva – sacavam o cani-vete e desatavam o taleigo ou a marmita em pele de cabra que transportava um bocado de pão, um naco de chouriça ou de tou-cinho, uma mão cheia de azeito-nas ou figos secos, algum tomate rijo, algum grão e pouco mais. A água potável era transportada na cabaça ou no barquino, feito em pele de chibo. A alimentação era garantida pelo patrão, mas quando a jornada era longa, abas-

teciam-se pelo caminho nalgum forno acabado de cozer, na venda do monte, ou de passagem por alguma horta desamparada, par-tindo de novo para tratar dos animais.

O sossego do campo, ani-mado pelo som das esquilas e badalos dos animais, era inter-rompido pelo silvo dos pastores que controlavam o rebanho. Os cães, esses, seguiam fielmente o pastor, ajudando-o a controlar os animais e a combater a solidão do ofício. Nas horas vagas, enquanto os animais pastavam ou bebiam nos barrancos e ribeiras, apro-veitavam a sombra para dormir a folga, ou entretinham-se a talhar com navalha palhetos para mexer as papas, pisadores usados para as açordas e gaspachos, colheres de madeira, entre outros.

Pela noite, os pastores pernoi-tavam junto do rebanho, resguar-

dados da chuva, do vento e da geada, com uma simples manta premedeira, nas cabanas ou mais vulgarmente nas cancelas, cons-truções provisórias de um só plano, com formato rectangular, feitas com lenha, palha de centeio ou esteva. Junto desta, crepitava a fogueira que ajudava a aquecer e afugentava a bicharada. Nal-guns casos, dormiam nos palhei-ros ou junto dos currais, não só para proteger o gado dos lobos, mas também para tratar dos ani-mais durante a noite.

Pedro PiresTécnico de Património

Cultural. Centro de Estudos de Património e História do Algarve da

Universidade do Algarve CEPHA/UAlg

Hoje as pessoas estão mais sensi-bilizadas para a importância dos psicólogos, para a necessidade de procurar ajuda psicológica mas por vezes mostram-se decepcio-nadas pela intervenção proposta ou com a falta de resultados ime-diatos.

A psicoterapia envolve um processo de mudança da pessoa, da forma de perspectivar a vida, de se relacionar com os outros e certamente uma mudança no seu eu, de modo a que a pessoa se encontre mais próxima daquilo que deseja ser e em se sinta mais em paz consigo própria.

Tal como nesta fase do ano as pessoas procuram estratégias para apresentar um corpo elegante no Verão, muitas procuram também formas de ser mais felizes, mais amadas, mais realizadas.

No que toca ao emagrecimento, sabemos que existem todo o tipo de produtos, mais de marketing do que outra coisa, que prometem dietas milagrosas, corpos escultu-rais, tudo sem dor, sem esforço e sobretudo sem ter de mudar nada no que toca ao estilo de vida.

Também no que toca ao bem-estar psicológico existem também

muitas promessas de soluções milagrosas, desde livros de auto-ajuda, a tratamentos express, tera-pias alternativas, medicamentos sem efeitos secundários, entre outros. Tanto num caso como noutro, quase todos tem duas

premissas em comum: a urgência dos resultados imediatos (não há tempo a perder!) e pouco esforço envolvido (sem compromissos nem cedências).

Sabemos pela experiência que os resultados obtém-se com a combinação de vários componen-tes: consulta a especialistas, medi-cação, auto-ajuda, mas que não dispensam dois factores importan-tíssimos: tempo (só intervenções

com a duração adequada permi-tem realizar alterações signifi-cativas e portanto duradouras) e compromisso com a mudança (a pessoa necessita estar empe-nhada de forma consistente com o esforço que é necessário para

mudar).Nesta fase, poderíamos compa-

rar o psicólogo a personal trai-ner. Ele trabalha com a pessoa, semanalmente, após ter feito um estudo aprofundado das melhores estratégias para atingir os resulta-dos propostos, acompanha os pro-gressos, exige o esforço, motiva para a mudança e monitoriza os resultados. Mas que tem de fazer o esforço (ou o exercício!) é a pró-

pria pessoa.Quando na consulta apresenta-

mos ao nosso cliente aquilo a que chamamos um contrato terapêu-tico, que no fundo remete para o compromisso que iremos estabe-lecer para efectivar as mudanças necessárias, deparamos com pes-soas surpresas, pouco disponíveis para investir o tempo necessário ou com dificuldade em iniciar o processo de mudança.

Uma vez ultrapassada esta bar-reira inicial, quando as pessoas que se conseguem comprometer-se e manter esse compromisso no tempo, obtém resultados, sente-se cada vez mais capazes de encarar e resolver os seus problemas, bem como tem relações mais estáveis e gratificantes com os outros. São pessoas menos surpreendi-das pelos acontecimentos da sua vida, capazes de uma maior auto-analise e que mesmo em momen-tos difíceis, conseguem não perder de vista o seu projecto de vida.

Mesmo depois de ter alta, muitos clientes mantém o psicó-logo como uma referência para momentos determinantes da vida (casamentos, divórcios, nasci-mento de filhos, ou processos de

luto). Outras trazem os familiares para que possam ser apoiados da mesma forma. O objectivo final, é que a pessoa consiga interiorizar um método de gerir a sua própria vida, aprendendo a reflectir, agir e relacionar-se mais de forma mais saudável.

Sabemos que são muitos aque-les que desistem antes de chegar a esta etapa, mas tal como no ginásio, arrisque a frequentá-lo por um ano inteiro e depois com-parar os resultados.

Psicoterapia: Tempo e Compromisso

NEIP (Núcleo de Estudos e Investigação Psicológica) – Ana Ximenes, Catarina Cle-

mente, Dorisa Peres, Fabrícia Gonçalves, Patrícia Santos,

Pedro Costa, Sílvia Cardoso. Colaboração: Andreia Alves,

Andreia Guerreiro, Inês Morais, Jorge Hilário

“A única coisa que se aprende e realmente faz diferença no comportamento da pessoa que aprende é a descoberta

de si mesma.” Carl Rogers

www.facebook.com/[email protected]

Page 24: Jbg maio 2014

24 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |MAIO 2014

PASSATEMPOS&LAZER

Há cerca de um ano e meio, a DECO escreveu ao Parlamento e ao Minis-tro das Finanças a denunciar as falhas no cálculo do IMI. No entanto, não obteve qualquer resposta. Por ser um assunto demasiado grave e porque os portugueses já estão sobrecarregados de impostos, a associação de defesa do consumidor pretende agora ser ouvida pelo Governo.

A cobrança excessiva de imposto deve-se ao facto de dois parâmetros do cálculo do IMI — a idade do imóvel e o preço por metro quadrado — não serem actualizados automaticamente pelas Finanças, conclui um estudo da revista DINHEIRO & DIREITOS. Resultado: há contribuintes a pagar o IMI correspondente a uma casa por estrear quando ela já não é nova e como se o valor de construção ainda fosse o mesmo de quando a compraram.

A DECO não compreende a dificuldade nem a demora das Finanças em corrigir esta falha, uma vez que os dados relativos aos imóveis estão infor-matizados. “Não haverá um certo aproveitamento do desconhecimento ou da inércia dos contribuintes?” Questiona, a associação de defesa do consumidor. “Afinal de contas, se não forem os proprietários a tomar a iniciativa de pedir a actualização destes parâmetros, o Governo também nada faz”, denuncia.

A DECO vai pedir uma audiência ao Governo, para o sensibilizar para as ineficiências no cálculo do IMI e também para quanto está a ser indevida-mente exigido aos portugueses.

Na página criada especialmente para esta iniciativa, em www.pague-menosimi.pt, a associação disponibiliza um simulador, onde o contribuinte pode ficar a saber se o valor patrimonial do seu imóvel está correto e se está a pagar imposto a mais. A poupança obtida por cada contribuinte será contabilizada num contador. Actualmente o valor total de todas as pou-panças dos portuguese no valor do IMI supera os € 7.500.226. Com esta quantificação a DECO pretende reunir com o Estado sobre os montantes que este tem vindo a arrecadar indevidamente.

Susana Correiajurista

“Sei que a DECO está a promover uma campanha sobre o IMI. O que estão a promover e

qual é o objectivo?”

Delegação Regional do Algarve

CONSULTÓRIO DO CONSUMIDOR / DECO

Quadratim - n.º119

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Jogo da Paciência n.º 125

ALIMENTOSAcabar em Portugal com miséria, fome, doenças, desemprego, falências e emigração forçada, para isso é preciso inteligência e saber. Sem produção e fabrico nacionais em larga escala não é possível. A economia esta estrangulada. É preciso isentar de IRS até 2.000 euros; baixar o IRC e taxas moderadoras; o IVA para 6% na Restauração e similares e para 17% a taxa máxima; aumentar já para 600 euros mensais o salário mínimo nacional; devolver os valores usurpados nos salários, pensões e reformas e fazer aumentar nos mesmos, superiores à inflação. Despesas são viagens e estadias internas e externas de órgãos de soberania e outros elementos.A austeridade e aumento de impostos só tem um final triste – empobrecimento da nação e dependência externa e esta afetando a soberania refeito este “discurso” e nunca é demais enquanto a inteligência e o saber forem medíocres e houver falta de solidariedade.Portugal é um pais dito democrático, mas sem democracia e ouve-se dizer que tem um governo democrático, mas não tem porque este é autoritário e ditador. Reduzir a carga horaria para as 35 horas semanais de 2ª a 6ª feiras só faz aumentar o emprego e a produção.Pelo caminho correto do Quadratim vá ao encontro de- Euros 600,00 mensais já, no mínimo.

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Page 25: Jbg maio 2014

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MAIO 2014 | 25

EDITAIS

CARTÓRIO NOTARIAL EM CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do artigo 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia três de Março de dois mil e catorze foi lavrada neste Cartório, de folhas quarenta e quatro a folhas quarenta e cinco verso do livro de notas para escrituras diversas número vinte e sete - A, uma escritura de justificação, na qual Carlos Manuel Pereira Martins, divorciado, natural da freguesia e concelho de Vila Real de Santo António, residente na Rua D. Carlos, em Odeleite, contribuinte fiscal número 191 052 493, declarou ser dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do prédio urbano destinado a estacionamento coberto e fechado, sito na Rua D. Carlos, número dois-A, na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, composto por edifício térreo, com uma divisão e logradouro, com a área total de cento e oitenta e dois metros quadrados, dos quais cinquenta são de área coberta, a confrontar a Norte com Rua D. Carlos, a Sul e Nascente com André Filipe Pereira Madeira, e a Poente com Estrada, não descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na respectiva matriz urbana sob o artigo 1819, da dita freguesia de Odeleite, pendente de avaliação, ao qual atribuem o valor de seis mil e quinhentos euros.Que o referido prédio entrou na posse do primeiro outorgante, ainda no estado de solteiro, maior, por compra verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do mês de Janeiro de mil novecentos e noventa e quatro, feita a Miguel Gonçalves Madeira, divorciado, e residente na Rua D. Carlos, n.º 2, na aldeia e freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim.E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, tem estado o justificante na posse do referido prédio, utilizando-o para guarda de objectos e para estacionamento de viaturas, cuidando da sua manutenção, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que o justificante adquiriu o referido prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.Está conforme o original.Castro Marim, aos 3 de Março de 2014.

A Colaboradora,

_________________________________(Ana Rita Guerreiro Rodrigues)

(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos Notários, nos termos

do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)

Conta registada sob o n.º 03/03Factura n.º 4102

1 DE MAIO DE 2014

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do artigo 100º, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia quinze de Abril de dois mil e catorze foi lavrada neste Cartório, de folhas cento e vinte e nove a folhas cento e trinta verso do livro de notas para escrituras diversas número vinte e sete - A, uma escritura de justificação, na qual Manuel Domingos Gonçalves e mulher, Aldina Maria Dias Gonçalves, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais, ele da freguesia de Odeleite, concelho Castro Marim, ela da freguesia de Tavira (Santa Maria), concelho de Tavira, residentes na Rua Engenheiro José Campos Coroa, Lote 19, 1º B, em Faro, contribuintes fiscais números 164 183 655 e 222 920 858, declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano destinado a arrecadações e arrumos, sito no Pego dos Negros, na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, composto por edifício térreo, com uma divisão, com a área total de cento e vinte metros quadrados, dos quais cinquenta são de área coberta, a confrontar a Norte com caminho, a Sul, a Nascente, e a Poente com Manuel Domingos Gonçalves, não descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na respectiva matriz urbana sob o artigo 2841, da dita freguesia de Odeleite, ao qual atribuíram o valor de mil setecentos e cinquenta euros.Que o referido prédio entrou na posse dos primeiros outorgantes, já no estado de casados, por compra verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e três, feita a Laurentina Maria Parreira Afonso Marques e marido, António Francisco Marques, casados sob o regime da comunhão geral de bens, e residentes na Rua Jornal do Algarve, n.º 60, em Faro.E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse do referido prédio, utilizando-o para guarda de objectos, de ferramentas agrícolas, cuidando da sua manutenção, pagando suas contribuições e impostos, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram o referido prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.Está conforme o original.Castro Marim, aos 15 de Abril de 2014.

A Notária,

[Lic. Maria do Carmo Correia Conceição]

Conta registada sob o n.º 41/04Factura/Recibo n.º 4184

1 DE MAIO DE 2014

NOTARIADO PORTUGUÊSJOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA

NOTÁRIO em TAVIRA

Nos termos do Artº. 100, número 1, do Código do Notariado, na redacção que lhe foi dada pelo Dec – Lei número 207/95, de 14 de Agosto, faço saber que no dia catorze de Abril de dois mil e catorze, de folhas setenta a folhas setenta verso, do livro de notas para escrituras diversas número cento e sessenta e nove – A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de rectificação, na qual: IDALINA MARIA GOMES, NIF 121.268.810, divorciada, natural da freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, residente na Rua dos Cortes Reais, número 7, Moncarapacho, Olhão, declarou:

Que outorgou neste Cartório Notarial, no dia vinte e um de Outubro de dois mil e treze, uma escritura de Justificação e Compra e Venda, exarada de folhas noventa e nove a folhas cento e uma, do livro de notas para escrituras diversas número cento e sessenta e seis – A.

Que, rectifica a mencionada escritura, no sentido de passar a constar que os dois prédios rústicos objectos da Justificação, que nessa escritura melhor se identificam, inscritos na matriz, respectivamente sob os artigos 66 secção 133 e 21 secção 132, foram por si adquiridos por partilha amigável e verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita com os demais interessados e já no estado de divorciada, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e dois e não em data imprecisa do ano de mil novecentos e sessenta e três, como por lapso declarou.Vai conforme o original.

Tavira, em 14 de Abril de 2014A funcionária por delegação de poderes;

___________________________________(Ana Margarida Silvestre Francisco – Inscrita na O.N. sob o n.º 87/1)

Conta registada sob o nº. _______________ Factura nº.

1 DE MAIO DE 2014

CARTÓRIO NOTARIAL DE OLHÃORua Patrão Joaquim Casaca, lote 1, r/c,

Notário Lic. António Jorge Miquelino da Silva

Certifico narrativamente para efeito de publicação que por escritura de 04 de Abril de 2014, exarada a folhas 106 do livro de notas deste Cartório número 104-A, Almiro Nunes Gonçalves e mulher Dilar Maria Afonso, casados sob o regime da comunhão geral, naturais da freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, onde residem no sitio das Preguiças, contribuintes fiscais números 166 496 359 e 166 496 367, declaram-se donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, do prédio urbano térreo, destinado a habitação com diversas divisões e logradouro, sito em Preguiças, freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, com a superfície coberta de quarenta e quatro metros quadrados e descoberta de quinze metros quadrados, a confrontar do Norte com via pública, do Sul e do Poente com João Jerónimo e do Nascente com Gertrudes Mestre, inscrito na matriz, em nome do antepossuidor Adelino Gonçalves (cabeça de casal da herança de), sob o artigo 413, com o valor patrimonial tributável de dois mil e trinta euros, a que atribuem igual valor, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim. Que entraram na posse do prédio, já no estado de casados, por compra meramente verbal e nunca reduzida a escritura, feita em data incerta do ano de mil novecentos e setenta a Adelino Gonçalves, solteiro, maior, residente que foi em Galachos, da referida freguesia de Vaqueiros, actualmente falecido; e que sem qualquer interrupção no tempo desde então, portanto há mais de vinte anos, tem estado eles, justificantes, na posse do referido prédio, cuidando da sua manutenção e habitando-o, enfim, extraindo todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorarem lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que adquiriram o prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito. Está conforme:Cartório Notarial de Olhão sito na Rua Patrão Joaquim Casaca, lote 1, r/c, aos 04 de Abril de 2014.

O Notário,

Conta registada sob o n.º 702 / 2014.

1 DE MAIO DE 2014

CARTÓRIO NOTARIAL DE OLHÃORua Patrão Joaquim Casaca, lote 1, r/c,

Notário Lic. António Jorge Miquelino da Silva

Certifico narrativamente para efeito de publicação que por escritura de 04 de Abril de 2014, exarada a folhas 108 do livro de notas deste Cartório número 104-A, Antónia Maria Teixeira Pedro, viúva, natural da freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, onde reside no sitio das Preguiças, contribuinte fiscal número 166 496 383, declarou-se dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do prédio urbano térreo, destinado a arrecadação e arrumos, composto por uma divisão, sito em Preguiças, freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, com a área de treze virgula sessenta metros quadrados, a confrontar do Norte com António Narciso, do Sul com via pública, do Nascente com Manuel Francisco e do Poente com José Faustino, inscrito na matriz, em nome do antepossuidor Adelino Gonçalves (cabeça de casal da herança de), sob o artigo 409, com o valor patrimonial tributável de quatrocentos e sessenta euros, igual ao atribuído, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim. Que entrou na posse do referido prédio por partilha meramente verbal e nunca reduzida a escritura feita com os demais herdeiros, em data incerta do ano de dois mil e sete, por óbito de seu marido António Domingos, casados sob o regime da comunhão geral, residente que foi em Preguiças, freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim; e que eles, por sua vez, haviam entrado na posse do referido prédio por compra meramente verbal e nunca reduzida a escritura, feita em data incerta do ano de mil novecentos e setenta a Adelino Gonçalves, solteiro, maior, residente que foi em Galachos, da dita freguesia de Vaqueiros, já falecido; e que sem qualquer interrupção no tempo desde a mais antiga daquelas datas, portanto há mais de vinte anos, têm estado, primeiro os antepossuidores António Domingos e ela e depois ela, justificante, na posse do referido prédio, cuidando da sua manutenção e utilizando-o, enfim extraindo todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que, invocando expressamente aquela posse iniciada, no ano de mil novecentos e setenta, na qual sucedeu, adquiriu o prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito. Está conforme:Cartório Notarial de Olhão sito na Rua Patrão Joaquim Casaca, lote 1, r/c, aos 04 de Abril de 2014.

O Notário,

Conta registada sob o n.º 703 / 2014.

1 DE MAIO DE 2014

Extrato de Escritura de Justificação

CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de Justificação outorgada em nove de Abril de dois mil e catorze, exarada a folhas cento e vinte e quatro e seguintes do Livro de notas para escrituras diversas número Quarenta e quatro–A, do Cartório Notarial em Tavira, do Notário privado Bruno Filipe Torres Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A:- Maria de Fátima Palma Cavaco Vito e marido António José Nobre Vito, naturais ela da freguesia do Pereiro, concelho de Alcoutim, e ele da freguesia e concelho de Albufeira, casados sob o regime comunhão de adquiridos, residentes na Rua do Malpique n.º 2-A, 8200-153 Albufeira, contribuintes fiscais números 188777202 e 135225310, declararam:- Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios, sitos na actual freguesia da União das Freguesias de Alcoutim e Pereiro, com origem na freguesia de Pereiro (extinta), do concelho de Alcoutim, não descritos na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim:Verba Um: prédio urbano composto por casa de habitação térrea, em condições muito deficientes de habitabilidade, com área total de sessenta e quatro vírgula trinta oito metros quadrados, sendo a área coberta de cinquenta e cinco vírgula sessenta e oito metros quadrados, e a área descoberta de oito vírgula setenta metros quadrados, sito em Vicentes, que confronta do Norte com herdeiros de António Martins e Maria dos Anjos Sebastião, do Sul com via pública, do Nascente com via pública e do Poente com via pública e herdeiros de António Martins, inscrito na matriz sob o artigo 1817 (com proveniência no artigo 1092 da anterior freguesia), em nome de Maria de Fátima Palma Cavaco Vito, com o valor patrimonial tributário de 1.234,63 €, igual ao atribuído;Verba Dois: prédio urbano composto por casa de habitação térrea, em condições muito deficientes de habitabilidade, com área total de cento e nove vírgula quarenta metros quadrados, sendo a área coberta de trinta e nove vírgula vinte metros quadrados e a área descoberta de setenta vírgula vinte metros quadrados, sito em Vicentes, que confronta do Norte com via pública, do Sul com António Anastácio Cavaco, do Nascente com Leonardo Anastácio Cavaco e do Poente com via pública e Amândio José Pires, inscrito na matriz sob o artigo 1819 (com proveniência no artigo 1093 da anterior freguesia), em nome de Maria de Fátima Palma Cavaco Vito, com o valor patrimonial tributário de 985,63 €, igual ao atribuído;Verba Três: prédio rústico composto por terra de cultura arvense de sequeiro e com diverso arvoredo, com a área de sete mil e seiscentos metros quadrados, sito em Cerro do Malhão, que confronta do Norte com Henrique Manuel Mestre Ruas e José Joaquim, do Sul com António Anastácio Cavaco, do Nascente com Manuel Cavaco Brás e do Poente com Januário António, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2 da Secção A037, em nome de Maria de Fátima Palma Cavaco Vito, com valor patrimonial tributário de 201,83 €, igual ao atribuído;Verba Quatro: prédio rústico composto por terra de cultura arvense de sequeiro, com a área de seis mil metros quadrados, sito em Cerro do Malhão, que confronta do Norte com via Estrada Municipal 507, do Sul com José Silvestre, do Nascente com Vitorino Brás e do Poente com António Anastácio Cavaco, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 4 da Secção A037, em nome de Maria de Fátima Palma Cavaco Vito, com valor patrimonial tributário de 61,10 €, igual ao atribuído;Verba Cinco: prédio rústico composto por terra de cultura com diverso arvoredo, com a área de duzentos e quarenta metros quadrados, sito em Horta da Fonte, que confronta do Norte com Maria Custódia Cavaco Pereira Romana e Maria Amália Mestra Afonso Teixeira, do Sul com Junta de Freguesia, do Nascente com António Anastácio Cavaco e do Poente com Isaura Francisca Dias Galrito e Maria Amália Mestra Afonso Teixeira, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 41 da Secção A030, em nome de Maria de Fátima Palma Cavaco Vito, com valor patrimonial tributário de 66,39 €, igual ao atribuído.- Que esses prédios, com a indicada composição e área, vieram à sua posse em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta, por partilha meramente verbal feita com os demais interessados, por óbito do pai da justificante mulher, António Cavaco, casado com Maria Catarina sob o regime da comunhão geral de bens e residente que foi em Vicentes, freguesia de Pereiro, concelho de Alcoutim, nunca chegando a outorgar a respectiva escritura, não tendo deste modo título que lhe permitam fazer o registo do prédio em seu nome.- Que, assim, justificam os referidos imóveis, porquanto há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência, nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesarem quaisquer direitos de outrem e ainda convencidos de serem os únicos titulares do direito de propriedade dos imóveis, e assim o julgando as demais pessoas, têm possuído aqueles prédios – sendo que nos urbanos fizeram obras de manutenção e reparação, limpando os respectivos quintais ou logradouros, e nos rústicos cultivaram-nos, amanharam a terra, trataram das árvores, colheram os respectivos frutos, nele pastando os animais, usufruindo dos seus rendimentos, suportando os encargos ou despesas com a sua manutenção e pagando os respectivos impostos; pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriram por USUCAPIÃO os referidos imóveis, o que invocam.

Tavira, 9 de Abril de 2014.

O Notário,

Conta registada sob o n.º 2/760

1 DE MAIO DE 2014

Page 26: Jbg maio 2014

26 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |MAIO 2014

DESPORTO

O Sporting Clube de Portugal sagrou-se o grande vencedor do Mundialito 2014, o maior torneio do mundo de futebol infantil, na categoria Infantis (2002/2003), ao derrotar o Real Betis Balompié por 2-0.

Numa tarde muito animada, 10 mil pessoas encheram por completo as ban-cadas do Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António, onde música, o fair play e a competição marcaram toda a tarde.

Na categoria 2004/2005, o Real Betis Balompié ganhou ao FC Barcelona por uns expressivos 5-0, impedindo o clube catalão de renovar o título dos dois anos anteriores nesta categoria.

Na final das pré-escolas (2006-2007), o Sevilha FC levou a melhor sobre o Atlético de Madrid, com os andaluzes a vencer por 4-3, renovando o título do ano passado nesta categoria.

Finalmente, no escalão Querubins (2008), os pequenos futebolistas do Sevilha FC voltaram a mostrar superio-ridade frente ao ED Ciudad de Aljara-que, ao vencerem por 12-3, revalidando o troféu nesta categoria.

Balanço muito positivo

No dia de encerramento do Mun-dialito, a 19 de Abril, a diretora do Mundialito, Nilda Gutierrez, fazia

A Associação de Defesa Pessoal do Algarve está também em Castro Marim através de um protocolo com o Grupo Desportivo, Recreativo e Cultural Leões do Sul Futebol Clube e tem já bastan-tes alunos. No dia 5 de Abril levou a cabo um workshop que permitiu a muitos interessados perceber o que se aprende nestas aulas, sendo que João Pacheco, daquela associação regional, explicou ao JBG que “quando se fala em Defesa Pessoal falamos também em saúde porque muita da aprendizagem implica exercício físico”. Segurança e saúde são as prioridades desta moda-lidade que pode ser praticada dos 8 aos 80. “Ainda não iniciámos aulas para crianças porque não reunimos número suficiente para formar uma turma, mas este é um projecto que já instalámos por várias partes do Algarve”, explica o trei-nador. João Pacheco. Procuram estas aulas interessados em novas experiên-cias desportivas, mas também “vítimas de violência doméstica e polícias”. Com as crianças a associação trabalha a não vitimização à prova de bullying”.

Para experimentar uma aula de Defesa Pessoal não há custo associado basta contactar o Leões do Sul Futebol Clube pelo 281957115

No Campeonato Nacional Culturismo 2014, que decorreu em Alhos Vedros a 27 de Abril, a atleta vilarelense Sílvia Corriente não atingiu o pódio como tanto desejava e para o qual trabalhou, mas mesmo assim, ao JBG diz-se “uma vencedora”. Fez o treino mais intenso da sua, ainda curta, vida de culturista, pois começou apenas há cerca de três anos Foi a terceira competição em que participou. Tem sido sempre treinada pelo marido, Edgar Corriente, garante que “ser profissional de algo é fazer com afinco, rigor e muito amor”, por isso, sublinha que “não atingir objeti-vos não leva à desistência, mas sim à vontade de fazer ainda melhor para a próxima”. Sílvia e Edgar são Per-sonal Trainer e são professores de Pilates porque “o desporto é uma paixão”

A praia de Monte Gordo recebeu, entre os dias 16 e 19 de abril, o «International Sports Meeting», um mega-evento que juntou des-porto, animação e experiências.

Nesta autêntica festa do des-porto estiveram cerca de 4000 jovens de várias nacionalidades, que se alojaram no Parque de Campismo Municipal de Monte Gordo.

Ao longo de quatro dias foram praticadas mais de 40 modali-dades desportivas, 12 torneios

de praia, 33 horas de fitness, 52 workshops e mais de 30 horas de música com festas e djs.

Atividades de paintball, corrida de orientação, provas de btt, cor-ridas de obstáculos, mergulho, canoagem, kitesurf, aquatlo, yoga ou rugby de praia foram algumas das muitas atividades ao dispor dos participantes deste evento.

O International Sports Meeting foi organizado pela Oxigénio e teve o apoio da Câmara Municipal de VRSA.

“um balanço muito positivo” de todo o torneio, lembrando que este é um “Mundialito da Paz que tem como grande objetivo promover a paz no mundo através do desporto”. Questio-nada pelo JBG porque não tem havido nos últimos dois anos futebolistas nem treinadores de renome internacional a “apadrinhar” este evento a responsável garante que “nada tem que ver com questões financeiras porque os joga-dores ou treinadores não recebem dinheiro em troca por dar a cara no Mundialito”, explicando que “a razão prende-se exclusivamente com as agen-das desses profissionais”.

É precido educar os pais

Por sua vez, Luís Romão, diretor regional do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) rasgou largos elogios a este “evento que move o mundo e milhares de pequenos atle-tas que no futuro serão, muitos deles com certeza, grandes jogadores de futebol”. O responsável assumiu que esta “é uma organização da qual o IPDJ gostava no futuro ser parceiro”, nomeadamente na formação para os pais. Luís Romão falou “na formação para os pais porque estes muitas vezes têm comportamentos completamente contrários ao espírito do desporto e que

mancham os princípios de organizações que através do futebol promovem a paz e solidariedade”.

150 voluntários de VRSA

Também a vice-presidente da câmara

municipal de Vila Real de Santo Antó-nio se mostrou desagradada “com alguns pais que na assistência “mos-travam alguma violência nas palavras e comportamentos”. A responsável considera que “não são esses valores que se devem passar às crianças”. Rele-vando o trabalho de centena e meia de voluntários a autarca destaca “empe-nho, responsabilidade e muita vontade de ajudar”, garantindo que “a dinâmica do voluntariado “está bem viva no con-celho de Vila Real de Santo António e é muito importante para eventos desta envergadura”.

Impulso económico importante

Durante a semana do evento, a taxa de ocupação hoteleira nos municípios de VRSA e Ayamonte atingiu os 100%, contribuindo para a dinamização eco-nómica das duas cidades. Em termos globais, o retorno financeiro para a eco-nomia local é de cerca dos 2 milhões de euros. “No quadro do Algarve, este é seguramente o evento com maior número de atletas envolvidos e com maior repercussão em termos económi-cos, constituindo sempre um ponto alto para a hotelaria e restauração”, afir-maLuís Gomes, presidente da Câmara Municipal de VRSA.

Sporting, Bétis e Sevilha conquistam as finais do Mundialito

Defesa Pessoal em Castro Marim tem cada vez mais adeptos

Sílvia Corriente coloca VRSA na rota do Culturismo feminino

Festa do desporto reuniu 4000 jovens e 40 modalidades em Monte Gordo

Futebolândia

E já estamos no mês de maio, o campeonato em Portugal já está entregue... Só não percebi a matemática de alguns adeptos nas últimas jornadas, mas no fundo acabo por entender porque eu também nunca fui forte nessa disciplina e se a conta não está certa, está errada... é uma ques-tão simples.

Por outro lado gostava de salientar que faz parte da cultura do nosso povo que se eu estou mal, mas o meu vizinho estiver mal também fico mais descan-sado. E passo a explicar:

Os adeptos do Sporting na reta final do campeonato e depois de o Benfica sagrar-se campeão nacio-nal, tornaram-se mais uma vez, como na época passada, adeptos das equipas rivais do Benfica...! Não sei se é uma tendência da nova geração se é uma cultura adquirida pelos nossos antepas-sados; situação essa que não me incomoda mas parece surreal porque até na Taça da Liga aca-baram por apoiar o F.C. do Porto sabendo o “carrossel” que foi o final da fase de grupos com o atraso no jogo do Marítimo no “Dragão” Até se tornaram adep-tos da Juventus e de certeza vão apoiar o Rio Ave na final da Taça de Portugal e na Final da Taça da Liga. Mas se resultar o Benfica ganha novamente, não que esse facto seja importante mas dá-me um certo gozo que as coisas às vezes não corram mal como na época passada.

Estamos a menos de um mês do início do Mundial de futebol do Brasil, sol, samba e mulatas são os ingredientes principais, além do dengue, claro!

Está muita gente curiosa em saber os 23 eleitos de Paulo Bento, se é o Quaresma se é o Fer-nando... Uma coisa é certa Passos Coelho, Cavaco Silva, Paulo Portas entre outros deste governo não vão perder de certeza a oportuni-dade com o dinheiro do corte das pensões e dos subsídios sociais ir à terra de Vera Cruz (nome dado pelos portugueses ao novo mundo que atualmente corresponde ao nordeste da costa brasileira). Mas... também é difícil de resistir ao calor tropical e ao samba e a uma água de coco fresquinha em Copacabana.

Já agora a nossa seleção merece o melhor, os “moços” ganham pouco, merecem ficar num “resort” de luxo com todas as comodidades e se as contas não baterem certo, cortem no subsídio de natal e de férias.

Eusébio Costa, técnico superior na área da

comunicação da junta de freguesia de VRSA

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Criança ergue troféu de melhor jogador no Mundialito

Foram realizadas mais de 40 modalidades

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MAIO 2014 | 27

Tanto no Hip Hop como no Contemporâneo alunos da Escola de Dança «Splash» foram os melhores em festival internacional do Porto

Luís Simão é mais um orgulho alcoutenejo

DESPORTO

Ana Avramenko, mentora da escola de Dança «Splash» conta-nos que desde Setembro de 2013 que os bailarinos trabalharam sobre as suas coreografias numa “grande dedicação e entusiamo”. Quando chegaram ao Porto e viram-se entre 1300 bailarinos, desde portugue-ses, espanhóis a brasileiros reforçaram a ideia de que tinham de dar o seu melhor. Assim o fizeram e conseguiram o melhor resultado possível. Arreca-daram o primeiro prémio nas duas categorias que levaram: Hip-Hop Avan-çado e Contemporâneo Intermédio. Os bailarinos – 6 de contemporâneo e 13 de hip hop – têm idades entre os 13 e os 25 anos. Conta-nos Ana que em palco a emoção de darem o tudo por tudo “fê-los chorar de emoção” e que depois de terminar o festival estive-ram até às 03 horas da manhã a enviar mensagens aos familiares e amigos. “É muita emoção vermos o nosso trabalho

Num fim-de-semana, 1 e 2 de Março, repleto de canoagem em Melres, Gondomar, o Grupo Desportivo de Alcoutim esteve em destaque. Desde as medalhas de Luís Simão (Campeão Nacional C1 Infantil) e Mariana Costa (Bronze K1 iniciado), como também as várias embar-cações no top 10 em que de 20 embarcações monolugares 14 entraram nos pontos. O dia 2 de abril começou com a prata de Beatriz Ribei-ros/Mariana Costa em k2 iniciado e fechou com a vitória do K4 Iniciado composto por Daniela Mestre/Mariana Costa/Beatriz Ribeiros/ Joana Ramos. Pelo meio muitas tripulações estiveram bem perto das medalhas: K4 Infantil João M/Luís S/Pedro L/Miguel A. 4º, K4 cadete Pedro J/João D/André M/Ricardo M 5º ou o K4 Júnior Hugo C/Bruno R/Micael M/João R. 5º entre muitos outros lugares de destaque. De salien-tar o exemplo do K2 júnior Hugo Carmo/ Micael Marques, que apesar de problemas técnicos lutou pelos lugares cimeiros da coletiva sendo os mesmos, determinantes

A Baja Terras de Alcoutim, prova organizada pelo Clube Automóvel do Algarve, vai decorrer nos dias 31 de maio e 1 de junho e será elegível para os principais campeonatos de TT.

A vila de Alcoutim acolhe os concorrentes tendo o cenário do Guadiana como pano de fundo. O traçado de prova alterna entre os bons pisos, planos e rápidos, e troços sinuosos com maior grau de dificuldade e exigência a nível de navegação.

entrando nos pontos e orgulhando o Gdansk e os alcoutenejos. Atingiram o sétimo lugar coletivo que muito orgulhou os atletas.

Hugo Carmo vence campeonato regional de Maratona

Entretanto, decorreu a 26 de Abril, na ilha de Faro, o Campeonato Regional de Fundo e simultaneamente uma prova de divulgação da modalidade para os escalões mais jovens, con-tando as duas com vários clubes do Algarve, Alentejo e também de Espanha. O grande des-taque do dia foi para o atleta Hugo Carmo K1 Júnior do Grupo Desportivo de Alcoutim que venceu no seu escalão e igualmente no abso-luto com uma grande margem, assim como para a dupla alcouteneja Pedro Jeremias/João Domingues, vencendo a sua prova e chegando lado a lado com o 1º k2 absoluto.

Martinlongo e Pereiro são palcos privilegiados

A ação divide-se entre as localidades de Martinlongo e Pereiro, onde decorrem as partidas e chegadas dos setores seletivos. O Parque de Partida e o Parque Fechado são no Cais do Guadiana, o secretariado e o Gabinete de Imprensa são acolhidos no Centro Náutico em Alcoutim.

reconhecido”, declarou ao JBG Ana A. na manhã seguinte à noite da vitória. A coreografia de Hip Hop é da autoria de Karussa e Contemporânea de Ana Avramenko. Contactado pelo JBG o coreógrafo Karussa mostrou-se bastante emocio-nado com a vitória, dando conta que este momento memorável é indiscri-tível, mas completamente motivador para seguir em frente.

Prémio é reforço positivo para trabalho que segue na escola

Estes dois primeiros prémios são para a academia «Animashow», que acolhe a Escola de Dança Splash, “um reforço muito positivo para pais, alunos e pro-fessores. Para Setembro esta academia vai levar a cabo mais uma edição do Festival de Dança «Arte sem frontei-

ras». De acordo com Ana Avramenki os resultados obtidos em concursos e atu-ações “vêm também ajudar nesta orga-nização do festival, desde logo porque nos faz acreditar ainda mais no nosso valor e depois porque foram estabele-cidos contactos muito importantes com diversas companhias de dança”. Este festival que poderá vir a ser apoiado pela Eurocidade Guadiana vai ter palco em Ayamonte, Castro Marim e Vila Real de Santo António.

Para já a 17 de Maio a celebração do aniversário da Splash vai acontecer no teatro de Ayamonte. Aqui a companhia vai estrear um novo espetáculo, bem como vai apresentar a coroegrafia de hip hop que venceu no Porto e que ali se estreou.

A escola de dança «Splash» tem 82 alunos e tem inscrições abertas o ano inteiro. À distância de um telefonema está o contacto 961152166.

Splash chegaram e venceram no Porto

Canoístas alcoutenejos venceram campeonato e taça nacionais e campeonato regional

Baja Terras de Alcoutim 31 de maio e 1 de junho

A companhia de dança Splash chegou, viu e venceu no Festival Dança Viana 2014 que teve lugar entre 25 e 27 de Abril no Porto. Ficaram em primeiro lugar nas duas coreografias que levaram até ao norte do país num certame que reuniu cerca de 1300 bailarinos, entre nacionais e estrangeiros.

Atletismo do Challenge Algarve deu ritmo à PáscoaAs vilas de Castro Marim e Altura foram palco de mais um Challenge Algarve durante o fim-de-semana prolongado da Páscoa. Foram três provas de corrida, em percursos diferentes, em três dias (de 18 a 20 de abril), numa organização do Clube Recreativo Alturense e da Xistarca, com o apoio da Câmara Municipal de Castro Marim.

O Challenge Algarve é uma iniciativa origi-

nal, já conhecida pelo desafio que propõe aos amantes da corrida, que podem participar nas três competições - uma em corta-mato, outra na

praia e a última em estrada – ou apenas numa das três propostas.

Este ano, no total, participaram cerca de 150 desportistas, tendo o atleta Hélio Fumo conquis-tado liderança geral final do Challenge.

“Esta iniciativa promove o município de Castro Marim, não só como destino turístico mas como um território que reúne ótimas condições naturais para a prática desportiva, do litoral ao interior”, distinguiu o vereador do Desporto da autarquia de Castro Marim, Nuno Pereira, que marcou presença no evento.

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Maio é mês em que o calor começa a apertar. Aproveite os primei-ros banhos de mar ou piscina, desfrute com a família e os amigos. Mas lembre-se: em lazer não faça polui-ção. respeite o meio-ambiente

A Biblioteca Municipal de Alcoutim desafia a interio-ridade ao continuar a trazer até à sede de freguesia inúmeras exposições e várias tertúlias. Até este con-celho chegam autores, conferencistas e artistas que oriundos dos vários pontos do país aqui apresen-tam histórias, contos e tertúlias. Assim, com as suas manifestações artísticas e de conhecimento esbatem a interioridade. Este é um espaço que serve os alcou-tenejos, os vizinhos de Sanlúcar, mas cada vez mais os turistas que por ali passam. A reserva da galeria de exposições por parte dos artitas é feita com grande antecedência, e cada vez mais. Aqui vão chegando os artistas, vão acontecendo as tertúlias e vai-se espa-lhando cultura num espaço que tem história – esta biblioteca é mais conhecida como «Casa dos Condes», lembrando os que marcam a história do lugar onde deixaram legado.

Recentemente aconteceu nesta biblioteca uma feira do livro que atraiu adultos e crianças, uma exposição com desperdício a que a artista plástica Joana Patrício deu o nome de «Nós de Ariane» e uma conferência dedicada aos 40 anos do 25 de Abril, lembrando o republicano Aquilino Ribeiro.

CartoonECOdica

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40 anos de Abril foram alvo de inúmeras comemorações por todo o Baixo Guadiana

Dia de sensibilização para o Autismo (2 de Abril) mexeu com a comunidade local

Só 2% da verba para investimento em transportes e infraestruturas vem para o Algarve

Biblioteca municipal de Alcoutim desafia interioridade

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