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Ano 2 - Agosto de 2011 - Número 23 - Distribuição gratuita MENU- A deliciosa história da pizza Pág. 15 PERFIL ESTILO HIPERLINK - A nova tentativa do Google nas redes sociais Pág. 13 Richards Moura, o montanhista da Gleba Em novembro, ele escalará a Cordilheira dos Andes pela segunda vez. Pág. 03 GLEBA Pedestres reclamam da falta de faixas de segurança nas ruas da Gleba Pág. 04 As tendências da moda masculina para as próximas estações. Veja entrevista com Nando Freitas. Pág. 05 A 1ª Festa Julina da Gleba Palhano foi um sucesso Pág. 11 ZOOM Arquivo pessoal Imagem Ilustrativa Imagem Ilustrativa Imagem Ilustrativa Marcela Lima e Tiago Girotto eram só animação na barraca das argolas, durante a Festa Julina da Gleba Jornal da Gleba Jornal da Gleba

JG23 - AGO2011

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ESTILO PERFIL Ano 2 - Agosto de 2011 - Número 23 - Distribuição gratuita As tendências da moda masculina para as próximas estações. Veja entrevista com Nando Freitas. Pág. 05 MENU- A deliciosa história da pizza Marcela Lima e Tiago Girotto eram só animação na barraca das argolas, durante a Festa Julina da Gleba Pág. 03 Pág. 15 Pág. 04 Pág. 11 Imagem Ilustrativa Imagem Ilustrativa Imagem Ilustrativa Jornal da Gleba Jornal da Gleba Arquivo pessoal

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Ano 2 - Agosto de 2011 - Número 23 - Distribuição gratuita

MENU- A deliciosa história da pizza Pág. 15

PERFIL

ESTILO

HIPERLINK - A nova tentativa do Google nas redes sociais Pág. 13

MENU- A deliciosa história da pizza

Richards Moura, o montanhista da Gleba

Em novembro, ele escalará a Cordilheira dos Andes pela segunda vez.

Pág. 03

GLEBA

Pedestres reclamam da falta de faixas de segurança nas

ruas da GlebaPág. 04

As tendências da moda masculina para as próximas estações. Veja

entrevista com Nando Freitas. Pág. 05

A 1ª Festa Julina

da Gleba Palhano

foi um sucesso

Pág. 11

ZOOM

Arquivo pessoal

Imagem Ilustrativa

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em Il

ustra

tiva

Imag

em Il

ustra

tiva

Marcela Lima e Tiago Girotto eram só animação na barraca das argolas, durante a

Festa Julina da Gleba

Jornal da Gleba

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JORNAL DA GLEBA - Agosto de 20112

EXPEDIENTE

Jornal da GlebaProdução: 4Ideias Comunicação

Jornalistas responsáveisRafael Montagnini

(MTB 7239/PR)Talita Oriani

(MTB 7358/PR)

Programação VisualEduardo Massi

DiagramaçãoCarolina Chueire

Impressão: Grá� ca Idealiza

Tiragem: 5 mil exemplares

Periodicidade: Mensal

Distribuição gratuita

C O N T A T O S

3027-4125 / 9976-6417 / 9976-0243

[email protected]

jornaldagleba.blogspot.com

www.twitter.com/jornaldagleba

O Jornal da Gleba é distribuído gratuitamente em todos os edifícios e condomínios horizontais da Gleba Palhano e região. Se você não recebe o Jornal da Gleba em casa entre em contato conosco ou retire seu exemplar nos pontos de distribuição:

Edifício Torre Montello – Av. Ayrton Senna da Silva, 550. Mercatto di Carne – Av. Maringá, 321.Padaria Domenico – Av. Garibaldi Deliberador, 94.Padaria Santa Ceia – R. Caracas, 181.Posto Bela Suíça – Av. Higienópolis, 2685Viscardi Premium – Rodovia Mábio Palhano, próximo ao Alphaville.

Diariamente, trafegam centenas de veículos leves e pesados na Avenida Ayrton Senna. Pequenos congestionamentos são formados nos horários de pico, mas nada que atrapalhe o fl uxo na avenida. Se, por um lado, motoristas e motociclistas dispõem de uma boa via de acesso ou saída da Gleba Palhano, com bom asfalto e sinalização, o mesmo não se pode dizer para as centenas de pedestres que transitam pelo local.

Não existem faixas de pedestres ao longo da avenida, que começa na Rua Bento Munhoz da Rocha Neto e termina na Avenida Madre Leônia Milito. A situação piora para quem quer atravessar próximo às rotatórias da avenida. Muitos transeuntes reclamam do tempo de espera até conseguir atravessar a via e da sensação de insegurança que a travessia proporciona. Confi ra a matéria da repórter Talita Oriani, que conversou com representantes dos órgãos municipais, responsáveis pela manutenção da avenida, questionando sobre quais medidas poderão vir a ser adotadas.

Nesta edição de agosto de 2011 também vamos contar a história de Richards Moura, o aventureiro morador da Gleba, que se prepara para subir o Monte Aconcágua (Argentina), o ponto mais alto das Américas, em dezembro deste ano. Ele contou um pouco da sua história no montanhismo e de seus planos para novas aventuras. Veja a reportagem na página 03.

Agosto é o mês dos pais, por isso, o Jornal da Gleba preparou uma matéria especial sobre moda masculina. Quem sabe você já não usa alguma das nossas dicas para encontrar o presente do papai. Desejamos a todos os papais da Gleba Palhano um ótimo mês, com muita saúde e alegria.

Boa leitura!

Pontos de Distribuição

Dia 28 de agosto é dia de diversão na Gleba Palhano. A partir das 16 horas, na Praça Pé-Vermelho, Rua Jerusalém – nº 300, será realizado mais um Domingo na Praça. Música ao vivo, recreação infantil, e outras atrações. Venha se divertir! Realização Jornal da Gleba e Plaenge.

Domingo na Praça

O sobrenome do jornalista e escritor Paulo Briguet foi publicado de maneira errônea em nossa capa de julho de 2011. De acordo com próprio escritor seu sobrenome é de origem franco-belga. Pedimos desculpas ao entrevistado e aos nossos leitores.

Erramos

A próxima reunião do Conselho de Condomínios Residenciais da Gleba Palhano (ConGP) acontecerá no dia 30 de agosto, última terça-feira do mês. Para conferir o local, acesse o blog

www.jornaldagleba.blogspot.com.

Reunião do ConGP

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Agosto de 2011 - JORNAL DA GLEBA 3

A 500 metros e quatro horas do AconcáguaRichards Moura é montanhista e, em novembro, subirá a Cordilheira dos Andes pela segunda vez

Por Eliane [email protected]

Logo após o Natal de 2009, no dia 26, Richards Moura tomou um voo para Buenos

Aires. De lá, viajou toda uma noite de ônibus até a cidade de Mendoza. E de Mendoza partiu para encarar o “Sentinela de Pedra”: o Monte Aconcágua. Três anos antes, Richards havia escolhido o Aconcágua como meta. Chegou a pregar uma foto da montanha na porta do guarda-roupa para que ela ilustrasse o passar dos dias. E começou a treinar muito para conseguir suportar a altitude, de 6.962 metros, do segundo maior pico do mundo (perde apenas para o Everest).

Richards chegou ao monte andino com ótimo preparo físico e se aclimatou rápido. Havia estudado exaustivamente a rota escolhida – a Noroeste - e elaborado vários planos de ação. O início da subida foi tranquilo. Tudo ia bem até a virada do ano. Em 31 de dezembro, Richards estava no acampamento Nido de Condores, quando presenciou a chegada de oito mexicanos que haviam sido resgatados.

“Três deles estavam muito debilitados. Um estava inchado, roxo, com edema cerebral... Outro estava sem visão momentânea... Outro, com os pés congelados.

Aquilo me deu um ‘baque’. Decidi que iria tentar o cume uma única vez. ‘Se Deus quiser, eu vou; se Ele não quiser, eu volto’.”

Pois nessa única tentativa, no último trecho do percurso – que os montanhistas chamam de “ataque ao cume” -, houve uma nevasca. Richards estava a cerca de 500 metros do cume, que pode parecer um percurso curto, mas que é feito muito lentamente por causa da altitude. É um percurso que se torna ainda mais difícil e perigoso com tempo ruim.

“Para chegar ao cume, eu precisava de mais umas quatro horas. Mas começou a nevar e, quando acontece isso – se você é uma pessoa responsável e quer voltar bem –, você desce.”

Richards desceu. E como havia prometido para si mesmo que só tentaria uma vez, assim o fez. E é disso que se arrepende. Não ter chegado ao cume é um detalhe, o grande problema é não ter tentado mais vezes. Sentiu-se frustrado.

“Pensei em tudo que treinei, tudo em que investi, o tempo que deixei de fi car com minha família... Errei demais, joguei nas mãos de Deus algo que não precisava. Devia, sim, ter descido quando nevou. Mas devia ter tentado de novo no dia seguinte.”

Richards explica que isso lhe ensinou que não é só “se Deus quiser”, mas que também devemos fazer por merecer e fazer nossa parte. Em cerca de cinco anos de prática, o montanhismo já lhe ensinou isso e muito mais.

Ele já subiu cerca de 30 montanhas e costuma ir sozinho. Geralmente, não encontra companhia, mas aprendeu que não pode fi car esperando os outros para ir atrás dos seus sonhos. Aprendeu também que deve estabelecer objetivos e, para isso, estudou logística e programação. Aprendeu, por fi m, que se um objetivo não for atingido numa primeira vez, deve-se tentar de novo.

Foi assim que ele se recuperou da frustração que sentiu pelo

Aconcágua/2009. Agora, vai tentar o Aconcágua/2011. Conseguiu ajuda fi nanceira de algumas empresas e tem o incentivo da família. Divide seu tempo entre esposa, dois fi lhos pequenos, a profi ssão de personal trainer e o treino diário.

“Domingo, faço um treino longo de corrida. Segunda-feira, treino natação. Terça, musculação e bike. Quarta, corrida. Quinta, natação. Sexta, corrida e pilates. Sábado, às vezes, descanso.”

A viagem para a Cordilheira dos Andes deve ser em 14 de novembro. A partir de setembro, Richards intensifi ca seu treino,

passando a fazer caminhadas com peso, já que no Aconcágua pode chegar a carregar até 50 kg. Também deve fazer viagens frequentes para serras próximas em que possa praticar o montanhismo. É cansativo, é difícil e é até perigoso.

“Tenho medo de [durante a subida a uma montanha] passar por uma grande difi culdade... Mas é preciso ter esse medo, senão acontecem as coisas erradas. Você tem de arriscar e tentar, mas com responsabilidade.”

Em novembro ele tentará alcançar o “teto” das Américas mais uma vez

Richards Moura no monte Aconcágua em 2009

Fotos: Arquivo pessoal

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JORNAL DA GLEBA - Agosto de 20114

Falta de sinalização atrapalha o fl uxo do trânsitoMoradores da Gleba Palhano e usuários do Lago Igapó 2 têm di� culdade em atravessar com segurança as ruas do bairro

Por Talita [email protected]

A Gleba Palhano pode ser considerada uma região nova na cidade, já que sua urbanização é recente, comparada com a de outros bairros de Londrina. No

entanto, esse bairro parece que não foi tão bem planejado. O fl uxo de carros na região vem aumentando a cada dia, assim como o de pedestres e, devido à falta de sinalização, o risco de acidentes nas vias locais é cada vez maior.

Para a aposentada Elza dos Santos, moradora da Gleba e que caminha diariamente pelas imediações do Lago Igapó 2, as ruas Bento Munhoz da Rocha Neto, João Wyclif e Ayrton Senna da Silva são as mais perigosas para travessia, devido à falta de faixa de pedestre e intenso fl uxo de veículos. “Grande parte dos carros trafega em alta velocidade, daí para atravessar sem faixa fi ca complicado. O perigo é maior”, conta.

A observação tem razão de ser. Basta dar uma volta pelo bairro para perceber que falta faixa de pedestre em praticamente todas as ruas. Atravessar com segurança na Gleba é quase impossível. Mas qual o motivo da ausência de sinalização?

Segundo o assessor de comunicação da Companhia

Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Leandro Rosa, a execução das pinturas ocorre de acordo com o projeto enviado pelo IPPUL (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano). “Se não têm faixas é porque não

existe essa solicitação no projeto enviado para nós. A CMTU apenas executa o serviço”, explica.

De acordo com Hirak Ohara, arquiteto do IPPUL, o projeto do bairro é um tanto antigo, porém, na rotatória da Av. Ayrton Senna com Bento Munhoz da Rocha, um dos locais de maior fl uxo de pedestres, devido ao Lago Igapó 2 e ao Ecomercado Palhano, a solicitação da faixa está incluída no projeto. “Várias ruas do bairro realmente não têm o pedido de faixa, mas vamos implantar isso no projeto em até 15 dias. Quanto à faixa da Bento Munhoz com Ayrton Senna, só falta a CMTU executar”, diz.

Segundo Leandro Rosa, não é possível dar data para realizar as pinturas, já que a adequação do projeto ainda não foi feita, porém, revelou que o trabalho será executado o quanto antes. Já com relação à faixa da ‘’famosa’’ rotatória, o assessor nos garantiu que dentro de uma semana, a contar da data de contato do JG (19 de julho), a pintura estará pronta. Vamos aguardar.

Rotatória da Av. Ayrton Senna com Bento Munhoz da Rocha

Jornal da Gleba

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Agosto de 2011 - JORNAL DA GLEBA 5

Tendências na moda masculina primavera-verão

Atitude, elegância e descontração ressurgem com toda força

Por Jéssica [email protected]

A moda masculina deixou de ser preto e branco e tem oferecido diversas opções. Nando Freitas é empresário e acompanha há anos o que é

tendência na moda masculina. Com a nova coleção primavera-verão 2012, ele explica que o branco, os tons pastel e principalmente o navy (cores referentes ao mar) são as tonalidades em alta.

“O algodão é o tecido mais confortável para ser usado em camisas e camisetas. Algumas cores predominam como o amarelo, azul, verde e vermelho”, disse. Entretanto, para quem costuma usar listras e estampas, o empresário avisa que “não perderão a força no verão e o grafi smo também está voltando”.

Os cortes não mudaram muito, comparados aos da coleção verão 2011. “As peças continuam mais ajustadas ao corpo, calças skinny denim são amaciadas e estruturadas e quem tem pode continuar usando”, lembra Nando. As calças são amplas e retas, com lavagem mais desgastada. A diferença, desta vez, são os detalhes. “Algumas virão com um comprimento mais curto e, com certeza, dobrar a barra vai ser tendência”, enfatiza o empresário.

Não importa se a modelagem é justa ou ampla. Como, na moda, há muitas peças que vão e vêm, a tendência da nova coleção é ter de volta um produto conhecido. “Agora, a ‘pegada’ é o blazer em tecido leve. O que era mais forte nos anos 80 está voltando com tudo, principalmente em tons claros para ser usado com jeans, calça sarja dobrada ou até mesmo com bermuda de alfaiataria”, explica Nando Freitas.

O empresário também aproveita para dar a dica na composição de um look . “O blazer cabe em qualquer horário. De dia, para quem é mais despojado, pode usar

uma camiseta gola V ma-rinho, como pode ser gola redonda para quem é mais comportado; blazer branco ou tons pastel, que são neutros, bermuda de alfaiataria ou calça dobrada, óculos, chi-nelo ou

mocassim sem meia. Para a noite, blazer e calça em tons claros com sapato mocassim”, orienta.

Por falar em gola U e V, nos cortes grandes também continua em alta, mas é preciso ter cuidado. “Para quem tem muito pelo no peito, minha sugestão é depilar, passar a maquininha para não fi car feio, porque gola V grande e pelo não combinam”, destaca Nando Freitas.

Quanto aos acessórios, valem todos. Homens podem, sim, usufruir deles, desde que não fi que pesado. Cintos e colares estão de volta, mas bem clean. Chinelos e sandálias fi cam a gosto de cada um. Podem ser abertos ou mais fechados, enquanto os tênis são baixos. Além disso, os detalhes ajudam a dar um toque diferencial. Bolsos das calças poderão ter detalhes e botões da camisa e blazer fi carão em evidência. “O importante é saber fazer a mistura do chique com o descontraído”, fi naliza o empresário.

Imagens Ilustrativas

Nando Freitas, empresário do ramo da moda

Jornal da Gleba

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JORNAL DA GLEBA - Agosto de 20116

Por Isabela GradeAluna do 5º semestre matutino de jornalismo

Supervisão: Prof. Reinaldo ZanardiFoca é o apelido dado ao jornalista em início de carreira e ainda inexperiente

Marcas do “Esquadrão da Morte”Vinte e cinco anos não foram su� cientes para apagar da

memória dos cidadãos de Guarabira (PB) o massacre feito por policiais na década de 1980

Tensão, angústia e medo eram sentimentos comuns no dia a dia dos moradores de Guarabira, na Paraíba,

que, nos anos 1980, presenciaram uma série de crimes brutais cometidos pelo “Esquadrão da Morte”, grupo formado por policiais militares.

O grupo era liderado pelo capitão Givanildo Fernandes da Silva que, em 2003, foi condenado a 111 anos e 9 meses de prisão. O promotor de justiça que atuou no caso, Marinho Mendes, contou em entrevista ao programa Linha Direta (Rede Globo) que, no início, os policiais matavam apenas jovens acusados de pequenos furtos, mas que, com o tempo, passaram a matar por prazer e por dinheiro.

Segundo o vigário da época, Francisco Adelino, a cidade vivia em estado de terror. “Todos estavam apavorados. À noite ninguém mais saía às ruas. As casas e até mesmo as escolas estavam fechadas e sem previsão de volta”, conta o vigário que teve de deixar o Brasil. Com a ajuda da Igreja Católica, ele se refugiou na Itália, onde morou por cinco anos. “Permaneci lá até que esse bandido fosse preso, mas confesso que pensei que iam me achar e me matar.”

De acordo com Adelino, o capitão Givanildo e os soldados que faziam parte do grupo sempre compareciam aos velórios das vítimas, prestando condolências e prometendo uma solução para o caso. “Apesar da aparente boa vontade dos soldados, os assassinos não eram presos e os moradores da cidade continuavam em pânico.”

Assim que o capitão Givanildo foi preso,

Adelino voltou ao país, mas como ainda tinha medo de ser morto, resolveu fugir para cidades do interior. E foi em meio a essas fugas que ele conheceu Londrina, cidade onde morou e atuou como padre por três anos.

A aposentada Lourdes Meireles, 82 anos, que viveu em Guarabira na época dos crimes, diz que, por mais que os anos passem, sempre vai manter vivo na memória o sofrimento que presenciou. “O medo, as lágrimas e a agonia que via nos olhos das pessoas são imagens que vou carregar comigo para sempre.”

Pouco se sabe sobre os soldados que foram condenados e sobre o capitão Givanildo, sentenciado a mais de 110 anos de prisão. Ele morreu em 2009, aos 54 anos, por conta de diabetes no presídio do Roger, que fi ca em João Pessoa, na Paraíba.

Moradores de Guarabira (PB) ainda remoem os sentimentos gerados pela violência do

“Esquadrão da Morte”

Isabela Grade

Estudo de Impacto de Vizinhança e planejamento urbano

Nas últimas décadas, a preocupação com a qualidade de

vida nas cidades tem se intensifi cado, uma vez que o elevado ritmo de urbanização e o adensamento populacional sem planejamento têm gerado uma série de consequências negativas à vida urbana, tais como enchentes, tráfego intenso de veículos, demanda de estacionamento, ruído, sobrecarga do transporte público, geração de resíduos sólidos, poluição visual, da água e ar etc.

O Estatuto das Cidades, lei federal que instituiu a política urbana de que tratam os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, criou um sistema de normas e institutos de política pública urbano-ambiental, dentre eles o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), que é um dos instrumentos de gestão das cidades e que deve ser regulamentado pelos municípios, para permitir a avaliação dos impactos causados por empreendimentos e atividades urbanas. Trata-se de um instrumento contemporâneo, que permite a análise dos impactos (positivos e negativos) e a avaliação da pertinência da implantação de determinado empreendimento ou atividade no local pretendido e também aponta medidas de mitigação do impacto gerado.

A sociedade moderna está assistindo ao escasseamento dos recursos naturais, à degradação ambiental e das relações de vizinhança e busca melhor qualidade de vida. Nesse contexto, a implantação de empreendimentos e atividades que possam causar grande impacto urbanístico

e ambiental passou a se submeter ao exame sobre

a possibilidade fática de absorção da atividade/empreendimento no local proposto, bem como da compatibilidade com o local no qual pretende se instalar, os quais são analisados no EIV. Citam-se,

como exemplos, uma casa de shows que proporciona entretenimento, mas é fonte de poluição sonora insuportável para a vizinhança das imediações e um shopping center, que gera emprego e movimenta a cidade, mas ocasiona transtornos no tráfego e demanda de estacionamento.

Na cidade de Londrina, o Estudo de Impacto de Vizinhança está previsto na Lei Municipal nº 10.637/2008, que instituiu as diretrizes do Plano Diretor Participativo do Município e condiciona a aprovação de atividades, consideradas polos geradores de tráfego e de risco e geradoras de ruído diurno e noturno, à elaboração e aprovação prévia do EIV, a exemplo de supermercados, shopping centers, agências bancárias, locais de culto religioso, faculdades, bares com música, boates, clínicas veterinárias, dentre outros.

Em suma, o Estudo de Impacto de Vizinhança é um instrumento importante, que deve ser utilizado pelos municípios para uma melhor gestão e sustentabilidade urbano-ambiental, de modo a assegurar o direito a cidades sustentáveis para as atuais e futuras gerações.

Por Andresa Rezende BeniniAdvogada Especialista em Direito e

Gestão AmbientalDiretora da Geopar Ambiental

Consultoria e Planejamento

as últimas décadas, a preocupação com a qualidade de

vida nas cidades tem

gerado uma série de

e ambiental passou a se submeter ao exame sobre

a possibilidade fática de absorção da atividade/empreendimento no local proposto, bem como da compatibilidade com o local no qual pretende se instalar, os quais são analisados no EIV. Citam-se, Imagem Ilustrativa

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Por Talita [email protected]

Baby RoomRafael, Lívia e Rogério Elias receberam amigos e convidados, com muita satisfação, na inauguração de sua

loja e atelier Lilibety Baby Room, especializada em decoração para quarto de bebê. Com criações artesanais e atendimento personalizado, a loja conta com um espaço aconchegante para receber as famílias.

Durante a inauguração, os convidados foram recepcionados com doces e cupcakes da Doceria Fura Bolo e encantaram-se com o mix de produtos confeccionados pelo atelier: kit berço, almofadas, enfeites de porta maternidade, ursos, bonecas, bailarinas, ovelhinhas, abajures, quadros, lembrancinhas e outros.

Fernando, Ana Beatriz e Henrique Lopes Raquel e Tiago Forte, Livia Elias

Melissa e Julio Ceranto Eduardo Cury, Cesar Gomes, Rodrigo Milanez, Rafael e Rogério Elias

Fotos: Andreia Fernandes

Ecomercado PalhanoRecentemente inaugurado, o Ecomercado Palhano tem

atraído a atenção dos londrinenses. Com um belíssimo projeto arquitetônico, o espaço vem se tornando um dos principais locais de compra e lazer da cidade.

O arquiteto Guilherme Torres e Raul Fulgêncio

Toni Minighini

4 mil visitantes

Kimiko Yoshii e Márcia Manfrim

O II OutLev Marcas reuniu durante três dias mais de 60 lojas referenciais com descontos que chegaram a 80%, consolidando a proposta de opção de lazer para toda a família. Segundo a organizadora do evento, Mity Shiroma, cerca de quatro mil pessoas visitaram a Chácara Graciosa e os mais de 60 estandes movimentaram cerca de 500 mil reais em negócios. O evento é promovido pelo Instituto Atsushi e Kimiko Yoshii em prol da Guarda Mirim de Londrina, que atende cerca de 450 crianças em situação de vulnerabilidade social.

Bruno Ferraro

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SucessoMuita gente compareceu à praça Pé-Vermelho para conferir o Domingo na Praça Especial Festa Julina, realizado pelo

Jornal da Gleba e Plaenge, com apoio da Academia Action, ConGP e Escola de Dança Royale. As barracas com comidas típicas e as barracas de brincadeiras divertiram o público, que ainda curtiu um supershow da

Orquestra Londrinense de Viola Caipira São Domingos Sávio. Confira alguns registros do fotógrafo Gabriel Teixeira. No Facebook do Jornal da Gleba você confere mais fotos. Vale à pena acessar!

Dia 11, o personal trainer Daniel Zani e a psicóloga Vera Vargas comemoram nova idade. A apresentadora Cloara Pinheiro assopra as velinhas no dia seguinte, 12. Já no último dia do mês, 31, quem recebe as felicitações é a apresentadora Juli Bicas. Congratulations!!!

Birthday

Michele, Nicole e Edson Iramina

Ana Luiza e Andréa Estevão dos Santos

Beatriz e Eloísa Franco Hamasaki

Ricardo, Samuel, Juliana e Moisés Santos

Parte da Orquestra São Domingos Sávio

Elias, Laura e Cibele Arcenio

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JORNAL DA GLEBA - Agosto de 201112

E como anda a alfabetização?A redução do analfabetismo entre

brasileiros com 15 anos ou mais tem acontecido de forma lenta. Foi o que apontou um recente estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Isso só reforça que o problema na educação do país permanece.

Segundo a pesquisa, 93% dos analfabetos estão concentrados na faixa de renda de até dois salários mínimos. A análise foi feita com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Municípios (PNAD) 2009.

É na categoria de baixa renda que se “evidenciam as maiores disparidades entre as taxas de analfabetismo no país”, considera o “Comunicado 70” do IPEA.

A maior porcentagem de analfabetos (19,2%) está na faixa de renda de até um quarto de salário

mínimo. Se somados, os segmentos de sem declaração de rendimentos ou sem rendimentos chegam a

17,1%. Caso a redução do analfabetismo

continue no mesmo ritmo dos últimos cinco anos, ou seja, lenta, o país não chegará à taxa prevista na Conferência Mundial de Educação de Dacar, de 6,7%, em 2015.

Caro leitor, neste momento você deve estar se perguntando por que deveria se interessar por esses dados, já que essa “realidade” parece estar bem distante. Será mesmo? Olhe no entorno, preste mais atenção em seu cotidiano, seja por erros gramaticais do passado ou por erros do “internetês” do presente.

Por José Antônio LimaDiretor-geral pedagógico do Colégio Universitário de Londrina. Mestre em Psicologia Educacional pela PUC de São Paulo e consultor da Unesco.

Refl exo da Gleba - Walter NeyEnvie suas fotos para [email protected] e apareça neste espaço.

Imagem Ilustrativa

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Agosto de 2011 - JORNAL DA GLEBA 13

Você não precisa da nova rede social do Google

Por Vinicius [email protected]

Estive em Londrina em julho durante minhas férias. Não retornava à cidade havia dois anos. Como tenho visto on-line, cada vez mais antigos

contatos reaparecem no Facebook. O mesmo acontece com restaurantes, bares, lojas e outras iniciativas de pé-vermelho que aderem à rede social criada por Mark Zuckerberg em 2004.

Pois saiba que o Facebook agora está velho, amigo. Mas, calma. Não há motivo para alarde.

A grande novidade no mundo das redes sociais é a Plus, ou Google+ (plus.google.com), como é grafada a nova aposta do Google para combater o Facebook. O serviço foi apresentado no fi nal de junho passado e traz bons recursos.

Entre eles, destacam-se o Círculos, que permite dividir seus contatos em grupos específi cos, como Família, Faculdade, Trabalho etc., e evita o compartilhamento de conteúdo de forma indesejada – sua mãe não irá ver suas fotos de bêbado na balada. O Hangout também é legal, pois possibilita realizar videoconferências com até dez pessoas simultaneamente.

Outras iniciativas como a Sparks, que fornece notícias sobre áreas específi cas (fotografi a, cinema, música, carros

etc.), são menos interessantes. Já o visual da Plus deixa a desejar, apostando na estética clean, porém, pouco criativa do Google. Estruturalmente, é um Facebook vestido de branco, com a lista de atualizações no centro da tela.

Eu e meus colegas muito já discutimos se a Plus pode vencer o Facebook. Ninguém aposta nem duvida. O fato é que, diferentemente das tentativas anteriores do Google, com o Wave e com o Buzz, a Plus é um produto bem acabado.

Porém, ninguém migra de uma rede social onde está satisfeito e onde estão todos os seus amigos – hoje, uma em cada nove pessoas da Terra tem uma conta no Face – para outra que oferece, a grosso modo, os mesmos recursos.

Por outro lado, do meu ponto de vista, seria negativo para a web se o Google possuísse também a maior rede social do mundo. Já imaginou buscas, mapas, tradução, planilhas, vídeos (o YouTube pertence ao Google), rede social, entre outras, no domínio de uma única empresa? Com quem ela iria concorrer?

Portanto, amigos, não tenham pena de deixar de lado sua velha conta no Orkut e esquecer o hype da Plus. E continuem prestigiando os eventos para os quais vocês são convidados via Facebook. Até a próxima!

Imagem Ilustrativa

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JORNAL DA GLEBA - Agosto de 201114

Uma cidade são seus edifícios históricos, suas ruas, suas esquinas, suas praças, seus

monumentos. Uma cidade é também sua gente, seus costumes, suas tradições, seus sotaques. Já para o escritor portenho Jorge Luis Borges (Buenos Aires, 1899 – Genebra, 1986), além de tudo isso, uma cidade (a sua cidade dos sonhos) é a percepção sensível do homem em seu mundo, os ecos imortais de sua história.

A profícua obra de Borges, desde seus primeiros poemas até seus mais metafísicos contos, revela uma Buenos Aires universal, que dialoga com o homem de qualquer tempo, de qualquer espaço. Através dos olhos, mas principalmente das íntimas sensações do poeta, o leitor se vê diante de um eterno simulacro. Ali, o poeta guarda suas memórias mais sensíveis; ali, o poeta quer fi xar para sempre um luminoso quadro que imortalize essa sua metrópole dos amigáveis bairros suburbanos, das estreitas ruas de pavimento, das quadras simetricamente distribuídas, do jogo de luz e de sombras dos pátios internos das

casas geminadas. É uma Buenos Aires no limite entre a tradição e a vanguarda, o campo e a cidade, o sonho e a realidade.

Borges, pelo que verte em sua literatura, transmite a sensação de que basta conhecer uma dessas ruas, uma dessas casas, para que se conheçam todas

as demais. Apresenta a cidade como um espelho ilusório de suas histórias, como se pertencesse a um tempo que é sempre cíclico, voltado sobre si mesmo.

Quem não conhece a obra de Borges, quem jamais leu Fervor de Buenos Aires ou Funes, o memorioso ou Homem da esquina rosada,

caminha sem se deter pela Recoleta, pela Praça San Martín, pelos arrabaldes de Palermo; talvez que se encante com sua arquitetura, com suas cores vivas; talvez que se deixe contagiar pela sua melodia e pelos seus aromas. Mas apenas quem conhece sua obra caminhará por Buenos Aires como se caminhasse por uma terra mágica, mítica, Troia ou Alexandria de nossos dias.

Por Thiago Ferreira de [email protected]

Fotos: Imagens Ilustrativas

A mítica Buenos Aires de Jorge Luis Borges

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Agosto de 2011 - JORNAL DA GLEBA 15

Por Rafael [email protected]

A milenar história da pizzaDifundida pelos imigrantes italianos, a pizza é um dos

pratos mais populares e consumidos do mundo

Margherita, cala-bresa, mozzarella, toscana ou esca-

rola? Massa fi na ou grossa? Entre tantas delícias fi ca até difícil escolher a melhor opção para o seu próximo jantar. O certo mesmo é que, independentemente do sabor e da espessura, comer pizza é sempre muito bom.

Basicamente, a pizza moderna consiste em um disco de massa fermentada de farinha de trigo, coberta com molho de tomates, queijo e diversos recheios. De preferência deve ser assada em forno à lenha. Mas nem sempre foi assim.

As ancestrais da pizza que você devora no conforto da sua casa já foram muito mais rústicas do que as atuais. Elas nasceram há 5 mil anos, provavelmente com as primeiras civilizações do Oriente Médio. Mas foi na cidade de Nápoles que nasceu a pizza como conhecemos hoje. Círculos de massa, recobertos com ervas e especiarias, eram um alimento muito popular entre os pobres do sul da Itália, no início do primeiro milênio. Foi ali que surgiu pela primeira vez o termo “picea”, que indicava um disco de massa assada com ingredientes por cima. Não muito tempo depois

apareceria a palavra pizza. Em 1780, surge a

primeira pizzaria do mundo nas cercanias do palácio real de Nápoles, inaugurada por Pietro Colicchio. Cem anos após a inauguração, o produto é tão popular e conhecido que até a aristocracia italiana queria consumi-lo. Em junho de 1889, Raff aele Esposito, considerado o melhor pizzaiolo daquele tempo, foi convidado ao palácio real de Capodimonte para preparar sua especialidade para os reis da Itália, Umberto I de Saboia e sua esposa, a rainha Margherita, que estavam de visita a Nápoles. Para agradar a rainha, Esposito preparou uma receita com as cores da bandeira italiana (vermelho, verde e branco), molho de tomate, mozzarella de búfala e manjericão. Além disso, batizou a iguaria com o nome da soberana.

A história se espalhou por toda a Itália e a receita foi levada pelos imigrantes, que partiam para todas as direções do mundo. Hoje, os dois maiores consumidores de pizzas são os Estados Unidos e o Brasil. Coincidência ou não, os dois países abrigam as maiores colônias italianas do mundo.

O jeito londrinense de comer pizza

Dinho e Judson

Marques (foto acima) são proprietários de uma pizzaria na Gleba Palhano e revelam as preferências dos pés-vermelhos na hora de escolher a pizza ideal. De acordo com os empresários, 99% dos clientes preferem a massa bem fi na e com bastante recheio. “Tem de ser fi ninha e crocante, senão o pessoal reclama”, revela Judson.

Judson e Dinho explicam que o segredo de uma boa pizza está nos detalhes, como o tempo de fermentação, a temperatura do forno e a qualidade dos ingredientes da cobertura.

Apesar de possuir opções com ingredientes mais refi nados, as pizzas mais vendidas são as tradicionais frango com catupiry, calabresa, mozzarella e portuguesa.

Jornal da Gleba

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