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Marta Barbosa Escola Camilo Castelo Branco 2012/2013 Cultura

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Marta Barbosa

Escola Camilo Castelo Branco

2012/2013

Cultura

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Seres Humanos

Dimensão Cultural

Biologia

Estrutura Cultural

Dimensão Social

+

Ligação entre a

participação dos

contextos sociais e

culturais particulares

Modos como nos tornamos humanos

tornamo-nos humanos através da

aprendizagem de formas partilhadas e

reconhecíveis de ser e de nos

comportarmos.

Fatores no processo de tornar-se humano

“Será preciso admitir que os homens não são homens fora do ambiente social, visto que

aquilo que consideramos ser próprio deles, como o riso ou o sorriso, jamais ilumina o rosto

de crianças isoladas”

Lucien Malson, As crianças selvagens

A utilização de capacidades, como comunicar através de linguagens complexas, a

escrita, a pintura, a ornamentação do corpo, entre outros, conduziu à criação de

modos particulares de ser e de viver em conjunto.

O mundo em que vivemos (mundo construído), embora em permanente relação com

o mundo natural, constitui o ambiente de suporte e proteção dos seres humanos e

das suas formas de vida. Os seres humanos organizam sociedades e criam culturas.

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Cultura

Crenças

Teorias

Construções e objetos

produzidos

Valores Leis e normas

Artes

Costumes

Na totalidade cultural, os diversos elementos estão

profundamente interligados.

Elementos simbólicos:

As crenças, os valores e as normas, encontram expressão, isto é,

materializam-se nas múltiplas produções

culturais.

Construção simbolica:

Nas teorias, nos valores ou nas leis de uma determinada

cultura.

É a cultura que confere ao indivíduo características humanas.

Cultura Para Edward B. Taylor cultura é a totalidade dos conhecimentos, das crenças, das artes, dos

valores, leis, costumes e de todas as outras capacidades e hábitos adquiridos pelo Homem

enquanto membro da sociedade. A cultura é uma totalidade onde se conjugam estes diversos

elementos materiais e simbólicos.

Para além de produtos da cultura, somos também os seus produtores. A influência entre os processos

psicológicos e a cultura é mútua, dinâmica e permanente.

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Cultura difere:

Tempo

Espaço

Épocas e momentos históricos

Lugar

As “crianças selvagens”

O termo “crianças selvagens” é utilizado para referir as crianças que cresceram privadas de

todo o contacto humano, ou cujo contacto com outros seres humanos foi mínimo. Abandonadas,

perdidas ou vítimas de situações de abuso, estas crianças sobreviveram em isolamento ou na

companhia de animais até terem sido encontradas ou recolhidas por outros seres humanos.

As crianças selvagens, no momento em que são encontradas, possuem uma linguagem

sobretudo mímica, em alguns casos imitativa dos sons e gestos dos animais com que conviveram. A

sua linguagem verbal é quase sempre nula ou muito reduzida. O seu comportamento social não é,

em geral, orientado para outros seres humanos. As crianças selvagens não choram, nem riem,

manifestam dificuldades no controlo emocional e têm de aprender a exprimir as suas emoções e a

reconhecer emoções no rosto das pessoas com quem interagem.

Nem sempre é fácil reconhecer a humanidade destas crianças.

Múltiplas Culturas

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Diferentes Culturas

Organização Integração Formas de viver

em conjunto

Acontecimentos Históricos

Necessidades de

sobrevivência

Exigências do meio em que

vivem

Reflete as diferentes maneiras

Fatores (emergencia as

diferentes culturas)

Constrangimentos geográficos e

ecológicos (habitat)

Criações que vão desenvolvendo

O que acontece ao longo do tempo

Contactos que vão estabelecendo com

outras culturas

A resposta às várias necessidades e situações não é uniforme: não há uma cultura, mas culturas.

Todos estes fatores concorrem para que as diversas culturas se transformem e adquiram

especificidades próprias

Diversidade Cultural

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Padrões culturais

A cultura de cada comunidade ou grupo social especifica formas particulares e padronizadas de

ser e de viver.

Conjunto de comportamentos, práticas, crenças e valores comuns aos membros de uma

determinada cultura

(vestuário, forma de cumprimentar, alimentação)

Padrão Cultural

Muito importante no enquadramento da construção de

significados em muitos domínios da vida social

Ao influenciarem as atividades, os modos de relação entre as pessoas e os significados que lhes

estão associados, ajudam a determinar, para um dado grupo cultural, quais são as experiências

comuns e o que estas experiências podem significar.

A cultura a que pertencemos exerce uma grande influência na forma como pensamos e agimos e

nos nossos valores, definindo o que achamos normal e anormal. Por isso, devemos ter os padrões

culturais em conta, para que, quando virmos algo/alguém que não nos é familiar, não julguemos

negativamente.

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Aculturação

(processos)

Contato entre elementos culturais

Pessoas pertencentes a diferentes culturas

Socialização

Aprende Interioriza

Ser Humano

Conceito de aculturação

Socialização

A aculturação diz respeito ao conjunto dos fenómenos resultantes do contacto contínuo entre

grupos de indivíduos pertencentes a diferentes culturas, assim como às mudanças nos padrões

culturais de ambos os grupos que decorrem desse contacto.

Os padrões de comportamento, normas, práticas

e valores da comunidade em que se insere

No entanto, cada pessoa não se limita a integrar as práticas, normas e valores do

seu grupo. Enquanto membro desse grupo, participa ativamente na produção, recriação e

transmissão dos seus padrões de cultura e de socialização.

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Ser Humano (nascimento) Acumula Conjunto

de experiencias

Atribui cada vez mais importância

Marcam cada ser humano tornando-nos únicos e distintos

de todos os outros

Socialização primária e secundária

A socialização ocorre ao longo de toda a vida e divide-se em dois tipos de socialização:

A história pessoal: fatores internos e externos

O ser humano, enquanto ser com capacidade de autodeterminação, escapa à determinação

biológica e sociocultural.

História pessoal

Socialização Primária:

aprendizagens básicas da vida em comum

(comportamentos considerados adequados e reconhecidos como formas

de pensar, sentir, fazer e exprimir próprias de um

determinado grupo social). Ocorre com muita

intensidade durante os períodos de crescimento,

com as pessoas que nos são mais próximas (família,

grupo de pares, vizinhos, jardins de infância, etc)

grupos primários.

Socialização Secundária:

ocorre sempre que a pessoa tem de se adaptar e integrar em situações específicas, novas para o indivíduo

(mudança de escola, primeiro emprego,

passagem à reforma, casamento, divórcio, etc).

Exigem, de cada um, a criação de novas formas de

ser que se adequem aos novos contextos socioculturais e

experiências de vida que neles surgem grupos

secundários.

Cada um tem uma história pessoal, uma história de vida singular que nos individualiza.

Reconhecemo-nos como humanos, fazemos parte de uma cultura, de uma sociedade e temos uma

história de vida que marca a nossa identidade pessoal.

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Papel dos significados

As experiências vividas (experiências do mundo, experiências dos outros, e de nós mesmos)

constituem um elemento fundamental da nossa vida psíquica, que marcam a história de cada um de

forma única, sendo que uma mesma situação é encarada de forma diferente por diferentes indivíduos.

A ligação destas experiências

Dos significados que cada um lhes atribui

É no significado que se realiza a síntese entre a singularidade que cada pessoa

e a sua situação ou contexto, quer biológico, quer sociocultural.

Há em todos estes processos um movimento do sujeito para o exterior – o sujeito atribui significados

pessoais às experiências que vive – e um movimento em sentido oposto dado que as experiências

vividas são interiorizadas e integradas na individualidade de cada um.

A história pessoal desenrola-se, portanto, na relação entre fatores internos, entre o que é

objetivamente percebido e o que é subjetivamente construído. A história pessoal escreve-se num

diálogo, único para cada um, entre o que se é, o que acontece e o que se experiência. É neste diálogo

que a experiência adquire significados pessoais.

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Ser Humano (criação

sociocultural)

Ordenamos a nossa história

Organizamos a nossa

história

Pensamos Sentimos

Atuamos nela

Auto-organização e criação sociocultural

No nosso encontro com o mundo construímos significados pessoais. Mas o mundo que encontramos

não é um mundo vazio. Existem nele todo o tipo de significados culturais (histórias preexistentes,

instituições, regras, entre outros).

Através da ação dos nossos esquemas organizadores

É esta ação que integra e organiza as experiências e as torna compreensíveis.

.

Através da ação dos processos de auto-organização sobre o seu fluxo de experiências, os

seres humanos constroem-se agindo no mundo, organizando-se no seu envolvimento com o

mundo. A capacidade que temos de integrar as experiências na nossa história pessoal, de as

organizar e de lhes atribuir um significado, permite-nos construir permanentemente a

continuidade e a coerência de um sentido de nós próprios no mundo.

.

Através dos processos de auto-organização, as diversas experiências são integradas na

história pessoal adquirindo significado.

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Seres Humanos

Capacidade de determinação de si e dos seus ambientes

socioculturais

Capacidade de participar nos processos de

transformação

Adaptação e autonomia

Apesar de capazes de autonomia, esta não existe no vazio. Faz parte de uma teia de outras opções,

outras histórias, outras situações, outros significados que circunscrevem determinadas

possibilidades e favorecem outras.

A adaptação é frequentemente entendida como uma resposta do indivíduo ao seu contexto. Face

ao seu contexto, os indivíduos desenvolvem formas de responder às pressões e aos desafios que se

colocam à sua sobrevivência. Contudo, não podemos encarar este processo de uma forma

mecânica considerando os seres vivos como organismos meramente reativos que apenas

respondem às condições ambientais, às pressões de um contexto que existe antes deles e perante

eles.

As características que emergem e se desenvolvem dependem sempre da forma como organismo e

ambiente interagem. Nessa integração atuam os processos de auto-organização e de autonomia de

que os seres humanos são capazes.

A adaptação processa-se na interação entre o indivíduo e o seu meio, resultando uma evolução.

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Seres Humanos

Tem características humanas que os torna distintos de qualquer outra espécie

São todos diferentes (diversidade física; cultural;

psicológica)

Sem Cultura

Sem as possibilidades de desenvolvimento que nos proporciona crescermos num contexto cultural

particular

O Homem seria um ser incompleto, inacabado

Riqueza da diversidade humana Todos partilhamos das características comuns que nos tornam distintos de qualquer outra

espécie. Mas, ao mesmo tempo, todos somos diferentes.

Diversidade biológica

Diversidade cultural

Aquilo que trazemos escrito no nosso código genético não é suficiente para crescermos

como humanos.

Enquanto pertencentes à espécie humana, todos temos um cérebro, que apresenta as características

e funcionalidades comuns. Contudo, esta estrutura do sistema nervoso central não é igual em

todos os indivíduos.

O processo de desenvolvimento que ocorre em contexto social vai aprofundar as diferenças que a

hereditariedade já se encarregava de assegurar.

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Diversidade individual

Cultura

Não determina aquilo que somos

Somos, mesmo biologicamente, seres sociais e culturais.

O processo de integração numa sociedade e cultura particular (processo de socialização),

indispensável para todos nós, faz com que a diversidade cultural, dos contextos

socioculturais onde nos inscrevemos, se traduza em formas distintas de estar, de ser e de

nos comportarmos.

Todos somos seres diferentes e semelhantes. Não só diferem os nossos corpos como o que

neles se inscreve à medida que crescemos num determinado lugar, numa determinada

comunidade com as suas culturas específicas. Mas também nos assemelhamos: todos os

povos, todas as comunidades, têm cultura. A cultura tem um impacto muito poderoso

naquilo que somos.

Somos produtos da nossa cultura, mas também somos

produtores de cultura. Agimos sobre o nosso corpo e com ele

nos diversos contextos em que existimos. E é aí que se compõe

a nossa singularidade, é aí que se reflete a diversidade de cada

um.

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Para desenvolvermos as nossas capacidades e potencialidades enquanto seres humanos autónomos e livres

Necessitamos de crescer e de viver em meios que nos permitam exercer e praticar as capacidades de autonomia e liberdade

Precisamos de nos sentir apoiados e desafiados, compreendidos e respeitados,

estimulados nas nossas capacidades de aprender e de transformar, quer a nós

mesmos, quer às relações e aos contextos onde vivemos.

Vantagens da diversidade humana

Neste lugar de encontro entre cultura e biologia, o ser humano, autónomo e capaz de auto-

organização, inscreve-se enquanto singular. Embora os códigos genéticos sejam parte constitutiva

de si, cada um ordena a sua experiência e organiza os significados daquilo que lhe acontece,

tornando-se um ser diferente e particular. Construir a sua história pessoal implica encontrar

significado para o que se vai sucedendo, para a maneira como acontece, para as suas ações e as

dos outros, para aquilo que pensa e sente relativamente a tudo isto. Ao fazê-lo, cada pessoa torna

parte de si, utiliza e recria não só o seu corpo e o seu cérebro, mas também o seu património

cultural e as suas aprendizagens e vivências sociais.

É, por isso, importante que todos nos tornemos mais atentos às diferenças, mais dispostos a

escutá-las e a percebê-las: para que se promova um mundo mais justo, mais integrador e mais

rico; para que seja possível uma compreensão mais abrangente de nós e dos outros, dos

problemas e soluções que os seres humanos encontram; para que sejamos capazes de apreciar de

forma mais lúcida e mais crítica as possibilidades, desafios e responsabilidades que nos

apresentam. Para que nos possamos desenvolver de forma mais completa, mais humana e mais

digna.