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JM Rural - Fevereiro de 2011

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Caderno JM Rural, edição de 22 de Fevereiro de 2011

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Brasil RuralMinistério da Integração Nacional vai

priorizar produção irrigadaOMinistério da Integração Nacional passará por completa refor-

mulação em seu funcionamento, de modo a priorizar o uso dosrecursos hídricos e a fomentar a produção agrícola irrigada, con-forme determinação da presidenta Dilma Rousseff. As alteraçõesnecessárias à melhor operacionalização dessas áreas estão emcurso no ministério e o resultado do trabalho já está com a ministrado Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, paraaprovação. A irrigação é fator fundamental para o país aumentar aprodução agrícola, além de gerar empregos, combater a miséria econtribuir para fixar o homem no campo. Fatores que ajudam aconter o aumento populacional nas periferias dos grandes centrosurbanos. Segundo ele, a produção nacional utiliza irrigação em 4,5milhões de hectares, menos de 10% da área agrícola em uso, e aexpectativa do ministro é de irrigar pelo menos mais 250 milhectares até 2014. Mas o Brasil dispõe de mais 30 milhões dehectares potencialmente irrigáveis, principalmente nas regiõesNordeste, Centro-Oeste e Sul.

Nos dias atuais, o fenômenodo turismo em escala globalpode ser compreendido a par-tir dos aspectos socioeconômi-cos, políticos e culturais. Hajavista a sua complexidade deaglutinar estruturas distintas,porém, concomitantes, dentrode um mundo globalizado.

O turismo é praticado em umespaço geográfico concreto edinâmico. Daí sua forte relaçãocom o meio ambiente, entendi-do como conjunto de elemen-tos naturais e culturais. É umaatividade que ocupa atualmen-te, em tempos de mundializa-ção, um papel cada vez maissignificativo na dinâmica eco-nomia mundial.

Ofenômeno turístico tem pro-duzido alterações no espaço ge-ográfico e a ação humana vemimpactando em todos os aspec-tos do meio ambiente, onde asquestões ambientais decorren-tes deste fluxo são sentidas emescala local, regional e até global.

Este contexto de crescimen-to da preocupação ambiental,faz surgir modalidades alter-nativas mais brandas e susten-tadas de práticas turísticas,contrapondo com o turismo tra-dicional, caracterizado comoatividade de massa , onde o mo-delo praia-sol já está estagna-do, através da grande degra-dação ambiental e social.

É nesse cenário que se inserea modalidade turística alter-nativa denominada TurismoRural, com grande possibilida-de de harmonia entre a conser-vação/preservação da nature-za e de valores culturais.

Com planejamento, gestão eorganização efetivas podem-sedinamizar o desenvolvimento

Crédito farto na Expodireto deNão-Me-Toque

O presidente da Cotrijal, Nei Mânica, calcula que o crédito àdisposição para negócios durante a Expodireto, de 14 a 18 demarço, em Não-Me-Toque, possa chegar a R$ 1 bilhão. Banrisul,Banco do Brasil, Sicredi e BRDE já tinham anunciado, juntos,recursos de R$ 551 milhões para a mostra, cujo lançamentoaconteceu na segunda-feira com presença de lideranças do agrone-gócio, além de parlamentares.

China garante que seca não afetará pre-ços mundiais dos cereais

Márcio Balbino CavalcanteGeógrafo

A seca que afeta o Norte do país, o celeiro do país mais populosodo mundo, não terá efeitos nos preços mundiais dos cereais,garantiu o governo de Pequim, em resposta às preocupações dealgumas organizações internacionais. Segundo Ma Zhaoxu, porta-voz do ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, a situação atual,não vai afetar os preços dos bens alimentares. É possível que arecente seca tenha um impacto sobre a produção de trigo deInverno, mas as autoridades devem tomar medidas concretas paraminimizar essas consequências. A Agência da ONU para a Alimen-tação e Agricultura - FAO, alertou este mês para o impacto da secanas colheitas de trigo de Inverno na China, o principal produtor econsumidor deste cereal. Em resposta, o primeiro-ministro WenJiabao lançou um envelope financeiro de 13 mil milhões de yuan(1,44 mil milhões de euros) para combater a seca e aumentar aprodução agrícola, principalmente de arroz.

Conab antecipa propostas de preços mínimos

A Conab está antecipando a elaboração dos estudos de preçosmínimos de produtos da safra de inverno e regionais, como trigo,aveia, centeio, girassol, guaraná, castanha de caju, café e outros.A intenção é fechar as propostas dos preços mínimos até o fimdeste mês. O objetivo do trabalho é atender orientações doMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deantecipação do lançamento do Plano Safra 2011/2012 para oprimeiro semestre deste ano.

Subsídio da agricultura familiarcontempla 20 produtos em fevereiro

Os agricultores familiares terão, em fevereiro, a cobertura doPrograma de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar para 20produtos: açaí (fruto), arroz longo fino em casca, amêndoa de babaçu,banana, borracha natural (extrativista) do bioma Amazônia, borrachanatural (heveicultura), cará-inhame, castanha-de-caju, cebola, feijão,leite, mamona, pequi (fruto), fibra de piaçava, sisal, sorgo, tomate,trigo, triticale e umbu (fruto). O programa de garantia de preços dá umbônus que permite ao agricultor familiar pagar pelos financiamentosde custeio e investimento com desconto, correspondente a diferençaentre os preços garantidores e o preço de mercado, nos casos em queovalor do produto financiado esteja abaixo do preço de garantia.

local e regional, diversificar aeconomia, criar emprego e ren-da para a comunidade rural dolugar, promovendo neste senti-do, o desenvolvimento susten-tável no campo.

No espaço territorial brasilei-ro são enormes as possibilida-des para o exercício da ativida-de turística no campo: Clima

favorável, vegetação natural va-riada e exótica, diversificaçãogeológica-geomorfólogica e di-ferentes culturas regionais commúltiplos cenários e estilo devida regional do homem do cam-po, garantindo uma situaçãoprivilegiada para o nosso país.

A atividade turística ruralno Brasil é recente. A experi-ência pioneira é datada de1983, no município de Lages –SC, onde foram aproveitadasinfraestruturas já existentese tinha na criação de gado lei-teiro e de corte, os atrativosturísticos do local.

Com resultados positivos eamplo desenvolvimento, a ati-vidade se estende por outrosestados brasileiros.

O Turismo Rural propicia avalorização do ambiente ondeé “explorado” por sua capaci-dade de valorizar a cultura e adiversidade natural de uma re-gião e/ou localidade, proporci-onando a conservação e manu-tenção do patrimônio históri-co, cultural e natural.

Neste sentido, propriedadesque estão estagnadas e margi-nalizadas com as práticas tra-dicionais, podem, através daimplantação de atividades tu-rísticas, ser promissora fontede renda para seus proprietá-rios e para comunidade local.Ambos terão uma forma deagregar valor a produtos e ser-viços, resgatando e promoven-do o patrimônio cultural (fes-tas religiosas, mutirões, arte-sanatos e outras comemora-ções) e natural (rios, riachos,serras, vegetação entre outros).

É preciso medidas efetivascomo forma de subsidiar as ati-vidades de Turismo Rural e pre-servação/manutenção do meioambiente e da cultura local. As-sim, é preciso um conjunto demedidas como a atuação do Es-tado, o monitoramento dos im-pactos ambientais positivos enegativos decorrentes deste flu-xo, através da aplicação de ins-trumentos técnicos como o estu-do de impactos ambientais – EIAe o Relatório de Impactos Ambi-entais - RIMA; ouvir a comuni-dade local sobre essa prática tu-rística, buscando sua inclusão.

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O Brasil ruralvem perdendo

população tantoem termos

relativos comoabsolutos

Reconheço que não é fácil mudar. Se estamos nos sentindorazoavelmente confortáveis, porque deveríamos alterar nossasposições? É muito mais fácil transitarmos por caminhos já bemconhecidos do que nos aventurarmos por sendas estranhasonde poderemos perder nosso rumo. Aliás, a palavra "mudança"já trás embutido o sentido de novo, desconhecido e uma certasensação de aventura. Será que vai dar certo?. É... talvez sejamelhor ficarmos quietos no nosso canto e "o negócio é deixarrolar" como diz a letra de um samba da moda.

Mas ainda bem que não são todas as pessoas que concordamcom essas posições. Se assim fosse, estaríamos ainda vivendoem cavernas, caçando com tacapes e arrastando pedras. São osinconformados e inquietos que mudam o mundo. E essas mu-danças não ocorrem apenas pela vontade de algumas pessoascuriosas e inventivas, mas também por necessidades imperio-sas que nos são impostas pelo processo evolutivo da humani-dade. Questões demográficas, sociológicas, políticas, mercan-tis e tecnológicas, entre outras, fazem com que o ambiente social,econômico e comercial esteja em constante mutação. De novosocorro-me da música popular brasileira. Lembram daquelagravação do Tim Maia - "tudo o que se vê não é, igual ao que agente viu há um segundo / tudo muda o tempo todo no mundo"? Pois é, como estamos neste mundo, nos restam duas alterna-tivas: ou nos ajustamos às mudanças ou sucumbimos. Isto éválido tanto para pessoas como para empresas.

Por conservador, o setor primário brasileiro de um modo geral,sempre se mostrou reticente quanto a mudanças significativasno processo produtivo. No entanto o mundo continuou evoluindoe, particularmente na última década as mudanças vieram sobforma de ondas gigantescas alterando profundamente o cenárioonde atua o produtor rural. Rapidamente passamos de ummercado de aldeia para um mercado global que, ao mesmotempo em que nos ameaça, abre as portas do comércio interna-cional ampliando nossas oportunidades de negócios. Nessemesmo período o poder de decisão sobre os preços dos produ-tos primários saiu da mão dos produtores e das agroindústriase passou para o comando do consumidor. E estes, como se sabe,estão cada vez mais exigentes no que se refere a preços,qualidade e origem dos produtos. Expressões como "produtosecológicos ou orgânicos" antes raramente mencionadas, hojeestão definitivamente incorporadas ao vocabulário dos consu-midores.

Um exemplo ilustrativo está sendo veiculado neste momentopelos noticiários da TV. A União Europeia está impondo restri-ções à importação de carne bovina brasileira pelo fato de que amaioria absoluta dos pecuaristas ainda não se incorporou aoPrograma Nacional de Identificação de Animais (Rastreabilida-de). Outro exemplo: o mercado internacional está se abrindopara os lácteos brasileiros, mas para atender a essa demanda,será necessário que incrementemos a nossa produção de leite,que essa produção seja estabilizada ao longo do ano e que, eisto será fundamental, melhoremos de forma acentuada a qua-lidade tanto higiênica como composicional do leite produzido. Oque não será tarefa fácil para um número considerável deprodutores.

Do exposto infere-se que as mudanças maiores, que indepen-dem da nossa vontade, na medida em que modificam o ambienteonde atuamos, nos impelem a mudarmos também de modo a nosajustarmos à nova realidade. Repito, não é um processo fácil.Trata-se de alterar rotinas, romper paradigmas incrustados nanossa cultura ou nas empresas, mudar comportamentos e atitu-des. Mas, mudar é preciso, e para isso é importante que ofaçamos com calma e lucidez, após uma análise detalhada dasituação atual e futura, e de uma avaliação fundamentada econsistente das alternativas viáveis.

Para concluir, sirvo-me de uma antiga prece, de autor desco-nhecido, mas de uma atualidade impressionante:

Conceda-me Senhor...Serenidade, para aceitar as coisas que não posso mudar.Coragem, para mudar aquelas que posso mudar.Sabedoria, para distinguir umas das outras.

Algumas pessoas queremconvencer de que a agricul-tura é uma as principaisvilãs ambientais. No entan-to, pesquisas já compro-vam o contrário. Comovocê defende esta questão?

A agricultura é uma MegaUsina de transformação deCO2 e água em alimentos, gra-ças à energia solar no proces-so fotossintético. Na verdadeoCarbono do CO2, tão repudi-ado gás de efeito estufa, é oguardião da sustentabilidadeambiental. Mas é preciso soloprotegido e homem para ga-rantir a sustentação alimentarda humanidade num momen-to em que no Brasil 85% morana cidade e, portanto, um pro-dutor rural tem que produziralimentos para ele e mais 4 nacidade. A cada segundo nomundo nascem cinco e morreum. A área de produção cadavez diminui mais e precisamosaumentar a produtividade. Avida na cidade depende da agri-cultura do meio rural.

Uma das questões desta-cadas por você, durante oencontro em Tupanciretã,foi de que o não uso susten-tável da reserva legal seráum desastre ambiental,econômico e social. Co-mente esta questão.

Essa discussão está sendo fei-ta pelos ambientalistas de for-ma propositada para confun-dir a sociedade brasileira. Pri-meiro precisamos esclareceros conceitos de APPs e ReservaLegal. Área de PreservaçãoPermanente (APP) é uma áreacoberta ou não por vegetaçãonativa, com a função ambien-tal de preservar os recursos hí-dricos, a paisagem, a estabili-dade biológica, a biodiversida-de, o fluxo gênico de flora efauna, proteger o solo e "asse-gurar o bem-estar das popula-ções humanas". Reserva Legalé uma área além das APPs ne-cessária ao uso sustentável dosrecursos naturais à conserva-ção e reabilitação dos proces-sos ecológicos, à conservaçãoda biodiversidade e ao abrigo eproteção da flora e fauna nati-vas. Os conceitos são ambien-talmente os mesmos. Mas exis-tem dois termos utilizados deforma estratégica para a con-fusão: preservar e conservar.Os ambientalistas usam o ter-mo preservar no sentido de nãotocar. E usam conservar nosentido de uso sustentável. Noentanto, as APPs têm que pre-servar, mas garantir bem-estar

Almir Rebelo é o pre-sidente do ClubeAmigos da Terra deTupanciretã e defen-de os produtores ru-rais da região, solici-tando a votação dasalterações do novoCódigo Florestal. Elefoi, também, um dosprecursores do Esta-do na luta pelo de-senvolvimento biotec-nológico

ENTREVISTA Almir Rebelo

Mudanças

às populações humanas. Reser-va legal prega o uso sustentá-vel, mas não querem que use.Sabemos que o plantio direto jápreenche os requisitos de usosustentável e dá sustentaçãoambiental para a consolidaçãodas áreas cultivadas com essatecnologia. Portanto, reco-mendamos que no novo códi-go florestal o plantio diretocom Biotecnologia seja consi-derado no cômputo das APPs eReserva Legal para consolidaroconceito de sustentabilidadede Reserva Legal e de assegu-rar bem-estar às populaçõeshumanas das APPs. Somos to-dos conscientes de que deve-mos conservar nossas APPs .Mas se não usarmos a ReservaLegal de forma sustentável seráum desastre ambiental porquenão serão sustentáveis, seráum desastre econômico por-que haverá uma diminuiçãoentre 25 e 50% de área produ-tiva de alimentos comprome-tendo a já famigerada renda dosprodutores, com prejuízos al-tamente significativos para oscofres públicos, comércio lo-cal, balança de pagamentos,volta de inflação, falta de ali-mentos, e desastre social por-que haverá desemprego, êxo-do rural, aumento da margina-lidade, da criminalidade, pro-blemas de saúde e educaçãopúblicas, concentração de ter-ras com os grandes produto-res, pois os pequenos produto-res terão que vender suas pro-priedades e não será assegura-do o bem estar das populaçõeshumanas.

Qual a expectativa quan-to à votação da lei?

Os interesses internacionaiscontra o desenvolvimento bra-sileiro, através das ONGs quemanipulam deputados aindanão esclarecidos, tidos comobancada ambientalista, tenta-rão sensibilizar o governo paraa edição de um substitutivo ao

projeto do novo código relata-dopelo deputado Aldo Rebelo.Se isso prosperar, será umaagressão à nossa democracia eà nossa soberania. Mas eu en-tendo que deveremos chegar aum acordo que seja melhorpara o Brasil, que continuemosproduzindo, preservando omeio ambiente, pois nosso mo-delo de plantio direto com bio-tecnologia está sendo utiliza-do pelos ambientalistas comomodelo brasileiro para o mun-do. Basta que eles nos respei-tem e nos ouçam. Teremos atéjunho para votar ou prorrogaro prazo novamente.

Como você se posicionaquanto à questão do gover-no, de não dar mais financi-amento para o produtorque não estiver adequadoao Código Florestal?

Essa é mais uma agressão ànossa democracia e soberania.É inadmissível que uma ONGchamada Greenpeace alicie umdiretor de um Banco simpáticoà ONG e, num flagrante desres-peito à lei do crédito rural, emitauma norma bancária que, secumprida de forma ilegal, pode-rá comprometer o processo deprodução brasileira, gerandofalta de alimentos, falta de capa-cidade de pagamentos dos com-promissos dos produtores ru-rais, poderá provocar a volta dainflação, comprometendo o pla-no econômico do governo e pro-fundas consequências sociais.Dá uma sensação de descoman-do. Mas nós sabemos que essasONGs vão se infiltrando até nasinstituições de crédito, comoBanco Mundial, BNDS e outrospara impedir financiamentospara obras de hidrovias, ferro-vias, rodovias, hidroelétricas eprodução agrícola, pois é essedesenvolvimento que precisaser evitado para impedir que oBrasil se transforme na potên-cia que vai tirá-los do trono dodesenvolvimento mundial.

A Ceriluz Geração possui hojetrês usinas, duas em pleno funci-onamento e a terceira em obras. Aconstrução da usina Nilo Bonfan-ti, em Chiapetta, apesar de ser depequeno porte, foi desafiadora eexigiu coragem, afinal, era umaexperiência nova na cooperativaque até então havia trabalhadoapenas com distribuição de ener-gia. Construída entre julho de 1998e agosto de 1999, tem uma potên-cia instalada de apenas 680 kW.Anos depois, a Ceriluz construiu a-na época - maior usina do coope-rativismo brasileiro, a PequenaCentral Hidrelétrica José Barasuol,em Ijuí, que tem uma potênciainstalada de 13,5 MW. No corpoda barragem desta usina foi insta-lado mais tarde a minicentral com-posta por uma turbina com capa-cidade para gerar 830 kW, supe-rando apenas ali à Nilo Bonfanti.

Ceriluz: domínio das técnicasde construção de usinas

PLANTIO - há dois métodos:diretamente no canteiro definitivoou em bandejas; em ambos deve-semanter de 15 a 25 centímetros de espaça-mento entre linhas. Na semeadura direta,usa-se apenas 0,2 grama de semente por metrolinear. Em bandejas, o indicado é usar, de quatroa oito sementes, que germinarão entre três e quatro dias. Nashoras mais frescas do dia, faça o transplante assim que a mudaapresentar de três a quatro folhas.

AMBIENTE - os locais de temperaturas amenas são os maisindicados para o desenvolvimento da rúcula. A hortaliçaapresenta bom crescimento entre 15 e 18 graus, pois em faixascom temperaturas mais elevadas suas folhas ficam menores ecom textura inadequada para comercialização.

PRODUÇÃO - a hortaliça está pronta para o consumo entre30 e 40 dias após o plantio. Evite passar desse prazo, quando arúcula inicia o período reprodutivo e as folhas ficam maisfibrosas. A colheita é feita preferencialmente arrancando-se aplanta inteira, com folhas e raízes.

Como plantarrúcula

Agora a cooperativa constrói a usi-na RS-155, em Ijuí, que terá umacapacidade instalada de 5,7 MW.

Ogrande diferencial da constru-ção desta usina está sendo a auto-nomia do projeto, encabeçado porengenheiros da própria cooperati-va. Nas duas obras anteriores, oprojeto executivo foi desenvolvi-do pela empresa Rischbieter Enge-nharia. Desta vez, no entanto, de-senvolveu-se um projeto compar-tilhado entre a engenharia da Ceri-luz e a empresas Enebras Projetos,de Santa Catarina. A execução é deresponsabilidades dos profissio-nais da cooperativa, com a consul-toria da empresa catarinense.

Além do corpo técnico destasduas empresas, a obra ainda contacom o conhecimento de profissio-nais de outras empresas terceiri-zadas, contratadas para executarações específicas, fomentando o

conhecimento na área. Um exem-plo é o convênio assinado com aUnijuí, passando a usufruir dosserviços técnicos do Laboratóriode Engenharia Civil da universida-de pelos próximos dois anos. Umprojeto de usina precisa levar emconsideração questões como as ca-racterísticas do relevo, até o mate-rial utilizado, onde detalhes po-dem comprometer o seu potencialenergético. "Na casa de máquinasé importante ter um concreto dealta resistência e um plano de con-

cretagem muito bem feito, paraevitar infiltrações que podem cau-sar problemas estruturais futuros",exemplifica o engenheiro respon-sável pela obra, Juarez Bernardi.As equipes da universidade irãorealizar estudos sobre a resistên-cia à compressão do concreto uti-lizado, verificando se estão obede-cendo às especificações do proje-to. Testes serão realizados rotinei-ramente, retirando corpos de pro-vas aleatoriamente para análise. "Épreciso ter um cuidado muito apu-rado desde o projeto, até mesmopara evitar custos desnecessários

com manutenções e operações de-pois da usina pronta", salienta oengenheiro da cooperativa.

Através destas parcerias a coo-perativa não só garante a qualida-de de seu projeto, mas tambémpassa a disseminar conhecimen-tos, contribuindo para o desen-volvimento da região. O convêniocom a universidade, por exemplo,permite a alunos do curso de En-genharia Civil e Elétrica vivencia-rem experiências práticas que fa-rão parte de sua vida profissional,após formados, interagindo comprofissionais experientes.

Um projeto de usina precisa levar em consideração questões como as características do relevo, até o material utilizado,onde detalhes podem comprometer o seu potencial energético

O projeto técnico de uma obra é sua alma.É ali que são determinados os detalhes que

darão a personalidade da construção.Exige conhecimento dos engenheiros que o

desenvolvem, para evitar qualquer tipo deerro que possa comprometer a construção.

Produzir projetos na área da geração deenergia é um grande desafio, que os

engenheiros da Ceriluz já dominaram,tornando a cooperativa uma referência

consumoO momento e a localidade em

que o homem bebeu o primeirocopo de vinho continuam uma in-certeza. As antigas civilizações ho-menagearam seus deuses, Dioní-sio na Grécia, Osíris no Egito eBaco em Roma, com festas rega-das a vinho. No entanto, foi umaprática que passou de geração emgeração e até hoje é cultivada naregião, principalmente por des-cendentes italianos. Em Ijuí, o pro-dutor Domingos Pezzetta fabricavinho há cerca de 12 anos. "Tudocomeçou quando eu ainda mora-va em Vila Salto e tinha um vizi-nho que produzia vinho. Ajudan-do-o, passei a gostar da ativida-de", relata.

Depois que se mudou para Ijuí,passou a comprar os equipamen-tos para fabricar o vinho. A tecno-logia adquirida com o passar dosanos facilitou o processo: o moe-dor manual foi substituído porum moedor elétrico, que inclusi-ve separa a uva do cacho.

A uva, Domingos adquire deVeranópolis. Ele fabrica o vinho

com dois tipos de uva: a bordô e aNiágara branca. Mas não hesita aoafirmar que o vinho tinto é o seupreferido.

Nesse ano, já fez vinho com cer-ca de 1.300 quilos de uva. Tudoisso para consumo familiar.

Evitando o desperdício, com ascascas da uva Domingos faz o vi-nagre.

Além de garantir vinho para oano inteiro, a atividade tambémrepresenta um hobby para Domin-gos, professor aposentado.

O processo não é dos mais fá-ceis. Domingos explica que deixa

o vinho por quatro dias no fer-mentador, depois o transfere paraas pipas, onde ele fica por 21 dias.Posteriormente, ele retorna para ofermentador, por quatro dias enovamente retorna para as pipas.

Além desse processo, Domin-gos ainda precisa ficar atento aograu de doçura da uva. Para ele, oideal são 16 graus de doçura. "Nes-se ano a uva estava muito boa eveio com 14 graus de doçura. Maspara atingir a doçura ideal, preci-so acrescentar açúcar", explica,destacando que após os primei-ros frios do inverno já é possível

acondicionar o vinho nos garra-fões.

Para saber sobre todo o proces-so de fabricação da uva, além daaprendizagem com o vizinho, dointerior de Ijuí, ele também parti-cipou de cursos de capacitação, naSecretaria de Agricultura. "Tam-bém fomos, com um grupo de pro-dutores, à Colônia Santo Antôniopara conhecer o processo em umdos principais produtores de Ijuí".

Admitindo gostar da atividade,Domingos finaliza, destacando:"Se quiser fazer um bom vinho,tem que se dedicar".

Os benefíciosda bebida

Ideal para um jantar romântico,para celebrar bons momentos,antes ou depois das refeições, ovinho é sempre uma boa pedida.Mas além de uma bebida delicio-sa, o vinho tinto também é umgrande aliado para o funcionamen-to do metabolismo humano.

Oconsumo moderado de vinhopode trazer benefícios para a saú-de e prevenir diversas doenças.Motivos não faltam para incluir abebida no cardápio diário e garan-tir uma vida mais saudável.

Osegredo de tais benefícios estána uva, sua matéria-prima. Na cas-ca do fruto são encontrados os

polifenóis e outras substânciasmuito poderosas que tornam ovinho um ótimo antioxidante eanti-inflamatório.

O vinho ajuda a prevenir doen-ças no aparelho urinário e digesti-vo, problemas respiratórios, car-diovasculares e cerebrais, alémde câncer e diabetes. Entre outrosbenefícios do vinho para a saúde,podemos citar sua ação no contro-le do estresse e da depressão. Abebida também faz bem ao cora-ção, diminui os níveis de coleste-rol ruim (LDL), aumenta o coles-terol bom (HDL), evita coagula-ção de sangue em lugares errados,

O vinho, uma dasbebidas mais

populares eimportantes no

acompanhamentode vários pratos da

culinária mundial,desde a regional,

mais simples etradicional, até as

mais sofisticadas ecomplexas, possuiadeptos na região.

Em Ijuí, produtoresseguem as tradiçõese fabricam a bebida

que realça ossabores da boa

comida

O consumo moderado de vinho pode trazer benefícios paraa saúde e prevenir diversas doenças

Ovinho

Nesse ano, Domingos, que fabrica a bebida há cerca de 12 anos, já fez vinho com cerca de 1.300 quilos de uva

além do

prevenindo infartos.Mas para aproveitar o que o vi-

nho tem a oferecer para contribuircom boa saúde, é preciso modera-ção. O consumo de vinho deve sersem exageros, pois o álcool emexcesso pode causar danos à saú-de. O recomendado pelos médi-cos e o suficiente para ter umavida saudável é tomar uma taçaapós o almoço e outra no jantar.

Combate à cegueira

Segundo pesquisadores da Uni-versidade Washington em SaintLouis, o resveratrol, uma subs-tância presente na uva, interrom-pe o crescimento de vasos san-guíneos nos olhos. A descobertapoderá ter implicações na pre-venção de doenças que ocasio-nam cegueira, como a retinopatiadiabética e a degeneração macu-lar na velhice.

Pesquisa aponta para crescimento noconsumo de leite no Brasil em 2010

Nos últimos 30 anos, o consu-mo per capita de leite e derivadosno Brasil teve um aumento de 60%.Enquanto em 1980 o brasileiroingeriu em média 100 litros deleite e derivados por ano, em 2010este consumo aumentou para 161litros. De acordo com estudo rea-lizado pela Associação Leite Bra-sil, somente no ano passado, ocrescimento foi cerca de 4,4% emrelação a 2009.

Este acréscimo pode ser atri-buído ao crescimento populacio-nal assim como a melhoria narenda, trazida pelo reajuste dosalário mínimo acima da infla-ção. Além disso, a diversificaçãona produção de derivados, o au-mento na produção interna - querepresenta 97% do mercado lo-cal – e a melhoria na qualidade daprodução primária de leite im-

Doce de abóboraINGREDIENTES:

Massa:500 g de abóbora madu-ra descascada, cortadaem cubinhos2 cravos da índia4 cascas de canela600 mL de água1 xícara (chá) de Stevi-ta Culinária1 colher (chá) de sucode limão

MODO DE PREPARO:

Em uma panela, colo-que a abóbora, aágua, o suco de limão,o Stevita Culinária, oscravos e as cascas decanela. Leve ao fogoaté cozinhar a abóbo-ra, sem desmanchá-la(mais ou menos 20minutos). Deixe esfriare sirva gelado.

pulsionaram este avanço.Apesar do cenário, os consu-

midores brasileiros ainda con-somem pouco leite comparativa-mente aos maiores consumido-res mundiais. De acordo com oranking da FAO (Organização dasNações Unidas para Alimentaçãoe Agricultura), o Brasil ocupa 65°lugar, que é liderado pela Finlân-dia e Suécia. Segundo Jorge Ru-bez, presidente da AssociaçãoLeite Brasil, ainda há mercadopara crescer e a ausência de polí-ticas específicas e engajamentodo setor dificultam o desenvolvi-mento e o estímulo ao consumo.“Considerando a recomendaçãodo Ministério da Saúde, de trêsporções de lácteos diárias, ou seja,200 litros ao ano, a média dobrasileiro ainda tem um déficitde 25%.”

Ureia agrícola está 30% mais cara que no ano passadoDesde julho de 2010, o preço da

ureia agrícola subiu 31,4%, deacordo com um levantamento daScot Consultoria. Em algumas lo-calidades, a tonelada do aduboestá cotada a R$1,18 mil (preçomédio).

A ureia é usada como um fer-tilizante libertador de azoto,pois ela é hidrolizada. A utiliza-ção da ureia como fertilizante

apresenta muitas vantagenspois pode ser usada nos soloscomo sólido, solução ou spray,não apresenta riscos de forma-ção de incêndios ou explosão,reduz custos de armazenamen-to e de transporte, além de serpouco poluente.

Apesar da alta do insumo, o boivalorizado melhorou a relaçãode troca para o pecuarista, que

precisa de 4% menos arrobas paraacompra de uma tonelada de ureiaem relação a fevereiro do anopassado.

A expectativa é de que os pre-ços dos fertilizantes se mante-nham em patamares elevados. Ademanda está aquecida em fun-ção dos bons preços agrícolas e aoferta está reduzida em algunspaíses.

Ausência de políticas específicas e engajamento do setor dificultam o desenvolvimento e o estímulo ao consumo

As lavouras foram prejudicadas pelo aumento no preço da ureia agrícola

Produtoras rurais participam decapacitação em Augusto Pestana

Agropecuária é aliada na redução dos gases do efeito estufaAOrganização das Nações Uni-

das para Agricultura e Alimenta-ção (FAO) prepara um banco dedados mundial com informaçõessobre a emissão de gases de efei-to estufa lançados pela agricultu-ra e seu potencial para minimizaro aquecimento global.

O Brasil já está fazendo a suaparte ao incentivar o uso de tec-nologias que reúnem eficiênciaprodutiva e conservação ambi-ental. O programa Agricultura deBaixo Carbono (ABC), lançado em2010, permite que o produtorrural tenha acesso a financiamen-to a um custo baixo (5,5% dejuros anuais) para investir empráticas como recuperação depastagens e plantio direto queampliam a produtividade da la-voura e, ao mesmo tempo, redu-zem a emissão dos gases estufa.

Anova agricultura colocada emprática está voltada para dimi-nuir a quantidade de gases polu-

Durante a programação promovida pela unidade da Cotrijui de Augusto Pestana, as mulheres rurais realizaram ginástica

A aposta em projetos sustentáveis na agropecuária posicionou o Brasilentre os países mais adiantados no alcance das metas firmadas

A importância da mulher nos negócios dafamília e o poder de decisão na hora da

compra e dos investimentos na atividadeleiteira foram abordados durante o evento,

que contou com uma programaçãovariada e descontraída

Com o objetivo de proporcio-nar a melhoria na qualidade devida e qualificar as produtorasrurais ligadas à atividade leitei-ra, a unidade da Cotrijui de Au-gusto Pestana realizou na quinta-feira, dia 17, o 2º Encontro dasMulheres Produtoras Rurais deAugusto Pestana.

O evento foi realizado na Asso-ciação dos Funcionários da Co-trijui de Augusto Pestana. O even-to, que teve início às 9h30 se

Corte de R$ 51 bi no orçamento alerta lideranças gaúchasLideranças do agronegócio gaú-

cho estão preocupadas com o efei-to do corte de R$ 51 bilhões noorçamento da União deste anoanunciado pela presidente DilmaRousseff para frear o consumo e

conter a inflação no país. O princi-pal temor das cooperativas são asconsequências do enxugamentosobre as verbas e os juros de cus-teio do próximo Plano Safra a seranunciado até maio e sobre as

emendas no Congresso Nacional,uma delas que garante a manuten-ção de R$ 200 milhões para subsí-dio do seguro rural.

Ovalor estava previsto no orça-mento, mas como há um passivo

de R$ 160 milhões, sobrariam R$40 milhões, então foi preciso acomplementação.

No setor de máquinas e imple-mentos agrícolas, a incerteza sobreas novas taxas de juros gera apreen-

são, mas pelo menos uma garantiajá acalmou o empresariado. Há com-promisso de manutenção das con-dições do Programa Mais Alimen-tos, que tem garantido renovação dafrota nas propriedades familiares.

entes e tem como consequênciaum clima menos quente no mun-do. A atuação do Brasil está ali-nhada com o Projeto de Mitigaçãodas Mudanças Climáticas na Agri-cultura (Mitigation of ClimateChange in Agriculture - Micca) daFAO.

AONU utilizará os dados sobreas emissões para buscar ameni-zar o aquecimento global por meiode técnicas agrícolas adequadas.No início da semana, a FAO divul-gou que o Projeto MICCA receberáapoio de US$ 5 milhões da Noru-ega e Alemanha. O objetivo doprojeto é tornar pública a quanti-dade das emissões de todos ospaíses do mundo, facilitando oacesso às informações por repre-sentantes governamentais e agri-cultores.

A FAO também usará as infor-mações como ferramenta na ope-ração de linhas de financiamentointernacionais para projetos de

mitigação e redução das emis-sões provenientes da agriculturae de aumento da quantidade decarbono sequestrado nas explo-rações agrícolas.

Segundo especialistas, a apos-ta em projetos sustentáveis naagropecuária, como o programaABC, posicionou o Brasil entre ospaíses mais adiantados no alcan-ce das metas firmadas na 15ª Con-ferência das Partes da Convençãodo Clima (COP 15).

O programa brasileiro ofereceR$ 2 bilhões em financiamento aagricultores e promove estudos epesquisas, por meio da Embrapa.Apoia a capacitação profissionalpara facilitar a difusão de práti-cas como plantio direto na palha,fixação biológica de nitrogênio,recuperação de pastagens degra-dadas e o sistema Integração La-voura-Pecuária-Florestas (ILPF),que contribuem para a preserva-ção das áreas de produção.

estendeu até as 16h30, com umaprogramação variada e descon-traída. Dentre as atividades, pa-lestra sobre Comportamento daMulher Consumidora, abordan-do assuntos como a importânciada mulher nos negócios da famí-lia e o poder de decisão na hora dacompra e dos investimentos naatividade leiteira, além de apre-sentação dos produtos Mais Saú-de, ginástica laboral, gincana cul-tural e animações artísticas.

Expectativas para a colheita animam produtores

Boas condições climáticas sig-nificam que a safra de soja doBrasil deste ano poderá aumentarpara um novo recorde de 71 mi-lhões de toneladas. A previsão é 1milhão de toneladas superior àprojeção anterior, divulgada em 8de fevereiro. Também supera aestimativa da Companhia Nacio-nal de Abastecimento (Conab), de70,1 milhões de toneladas.

Os produtores brasileiros ex-pandiram a área plantada de sojapara 24,2 milhões de hectares, ante23,5 milhões no ano passado.

Aexpectativa dos produtores daregião é das melhores. Após preo-cupações iniciais quanto à estia-gem, em meio ao fenômeno climá-tico La Niña, as condições da safra

Produtores da região estão satisfeitos com o resultado das lavouras de soja e esperam que preço se mantenha

A safra brasileira de soja está em excelente condiçãona região e a colheita aponta para grandes

produtividades, o que deixa os produtores satisfeitos

melhoraram visivelmente. Quemestá satisfeito com os resultadosaté o momento é o agricultor JorgeBonfada, que reside em Bozano.Ele destaca que as chuvas razoá-veis contribuíram para o desen-volvimento da cultura. "Hoje opreço, de R$ 44,50, está bom eacredito que não vai baixar muitodisso, espero que fique nessamédia. Hoje, compensa plantarsoja, devido ao rendimento e aopreço", salienta, acrescentandoque para evitar prejuízos, estácombatendo as doenças atravésda aplicação de fungicidas.

Na região, a previsão de produ-ção da soja para a safra está sendosuperior a 50 sacas por hectarenas lavouras. Segundo o engenhei-

ro agrônomo do DepartamentoTécnico da Cotrijuí, Mario Jung, a

perspectiva é de que a produçãoseja superior à do ano passado e

que ultrapassará a projeção inici-al de quarenta e cinco sacas.