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Turismo Militar: dos recursos ao produto João Pinto Coelho [email protected] 28 de março 2014 1

Joao Pinto Coelho

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Turismo Militar: dos recursos ao produto

João Pinto Coelho [email protected]

28 de março 2014 1

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Emerging Realities in the Market

Place and

Shift

New Consumers DEMAND TRENDS

The transformation of Consumer Behaviour

Domestic and Visiting Friends and Relatives Tourism

Alternative tourism and the moralisation of tourism

CONFERENCE TOURISM – MICE Market and Business tourism

Mass Market vs Exclusive market

Culture, heritage and art driven tourism

Third Age tourism

Youth and adventure tourism

New Products: EMERGING INDUSTRY SOLUTIONS

Reengineering established products & destinations Fashion and accessibility based emerging destinations Experience based products Nature based products, Ecotourism and Adventure tourism Sport and events tourism Urbanisation and second homes tourism New Age Travel / Tourism: spiritual experiences Shopping and tourism Gastronomy, Food & Wine Thanatourism and Dark Tourism (include Spiritual and Pilgrimage tourism) Space Tourism

New Industry SUPPLY TRENDS

Hospitality Megatrends Transport and transit: Air, Land and Sea Attractions Megatrends Intermediaries: Travel Agencies & Tour Operators Culture, Heritage and Visiting Attractions Entertainment and new leisure Destination Management Organisations and Actors Tourism Futures: Conclusions

New Trends

Demographics Safety and Security and World Peace Crisis management and tourism Climate Change Monitoring as an Approach to Sustainable Tourism Ethics, social responsibility Media and communications Corporate Responsibility and Tourism: market driven approach Liberalisation and deregulation for tourism Research: New approaches and knowledge creation

New Management

Organisations and Management in the future The Future of Work and Employment in Tourism Policy related Networks and Partnerships in Tourism Destination based business Networks and Partnerships Innovation, Creativity and competitiveness Managing Globalisation Complexity and Network Theories for tourism destinations Chaos theory and managerial approaches Human Resources Developments Education and Training: Models / approaches SMEs in Tourism Resource Management: social, cultural, physical environment and the optimization of impacts

New Tools

Consumer Centric Tourism Marketing Cross-Cultural Hospitality & Tourism Marketing Information Communication Technologies Tourism Marketing Information System Decision Support for the Tourism Manager Planning, development and the territory Managing Economic Impacts, Satellite Accounts and Observatories Quality control, enforcement, improvement Forecasting methodologies for Tourism

Tourism Futures

Framework

(Buhalis & Costa, 2006)

Segundo Buhalis e Costa (2006), existe um novo conjunto de produtos turísticos a assumirem-se enquanto tendências emergentes na indústria turística.

Face a esta realidade, é possível reconhecer que o futuro encarregar-se-á de exigir uma alteração à natureza dos atuais produtos turísticos (Goeldner & Ritchie, 2006).

A aplicação da inovação no sector do turismo deve ser considerada como crucial para o posicionamento competitivo de qualquer destino turístico (Hjalager, 2010).

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O turismo é o gosto pelas viagens. Exploral-o é uma industria que, no sentido geral, aproveita a muitos, quer pela produção de riqueza, criando-se em muita parte verdadeiras fontes, próprias ou por derivação, quer porque as mesmas viagens venham a dar, qualquer que tenha sido o móvel d´ellas, um contingente ao desenvolvimento d´uma economia social de efeitos positivos.

A.B. (1917)

Ilustração Portuguesa, n. 898, Maio de 1923

Revista de Turismo, n.30, 20 de setembro de 1917

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Decreto - Lei N.191/2009, 17 de Agosto

É inequívoco que existe uma relação entre o turismo, a cultura e o património (Costa, 2005), cuja correta articulação tende a potenciar o sucesso da atividade turística.

O desenvolvimento de sinergias entre o Turismo e a Cultura não é, no nosso tempo, uma questão de mera vontade política; é de facto, e entre outras, uma questão de sobrevivência (Figueira, 2007).

Lei N.107/2001, 8 de Setembro 2001

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- Segundo o Plano Estratégico Nacional do Turismo (2007:5) “(…) a proposta de valor de Portugal irá apostar nos factores que mais nos diferenciam de outros destinos concorrentes – «Clima e luz», «História, Cultura e Tradição», «Hospitalidade» e «Diversidade concentrada»(…)” .

- Aferimos a intenção de utilização da História e da Cultura Portuguesa, com o objectivo de reforçar os conteúdos de “(…) museus, monumentos e áreas urbanas, e como elementos de interligação entre conteúdos (…)“ e, entre outras potenciais linhas de actuação, a “(…) celebração dos principais acontecimentos históricos através de eventos (ex. Expo 98) e animação (ex. reconstituições históricas) (…)” (PENT, 2007:96).

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Projeto 21

Desenvolver o Turismo Militar

Fundamento Existem em Portugal diversas instalações militares, ativas ou não,

que demonstram um forte potencial de exploração turística, quer pelo

seu significado histórico-cultural, quer pela possibilidade de

construção na temática, de propostas integradas de experiências

turísticas diferenciadas e características, permitindo o acesso a

novos segmentos de mercado e perfis de consumo.

Estes elementos, constituem, não só um fator de diversificação da

nossa oferta e de mercado, mas também um fator de qualificação da

imagem do destino Portugal. Atividades

• Realização do inventário do património militar com vocação para a atividade turística;

• Elaboração de uma proposta de Rede Nacional de Roteiros de História Militar que integre o

património militar com vocação turística, classificado por tipologia, por período histórico e outros

critérios considerados pertinentes;

• Criação de uma imagem de marca para o produto Turismo Militar, declinada do sistema de

identidade do turismo português;

• Preparação de um Plano de Promoção do Turismo Militar;

• Desenvolvimento de propostas de caráter educativo e formativo que valorizem o conhecimento da

História de Portugal;

• Desenvolver um modelo integrado de gestão e operação da Rede Nacional de Roteiros de História

Militar.

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“O Turismo Militar assume-se, ou pode assumir-se tal como todas as outras diferentes formas de turismo, à exacta e correcta articulação do já referido binómio «Procura – Oferta». No centro deste binómio conceptual encontramos os conteúdos temáticos centrais, dos acervos militares, transformados posteriormente num conjunto de actividades e atractivos, passíveis de serem apresentados nas mais variadas formas lúdicas e de entretenimento, possuindo um fio comum que se expressa, em mercado turístico, de uma forma peculiar – o símbolo militar. COELHO, J. P.; FIGUEIRA, L. M. (2009), “Turismo Militar como segmento do Turismo Cultural: activação turístico-cultural do património militar nacional”, Documento de trabalho, Escola Superior de Gestão de Tomar, Instituto Politécnico de Tomar.

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Diferentes produtos resultantes da articulação do Turismo Militar (Coelho & Figueira, 2010)

Co

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Mili

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História Militar

Património Edificado

Campos de batalha

Empresas (outros) de recriação

Museus Militares

Unidades Militares

Recursos nacionais de conteúdo militar: iniciativas militares e empresariais.

(Coelho & Figueira, 2010)

Acervos Documentais

Acervos de material militar

Procura

Oferta

Geografia

Operadores

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5 Autarcas do Médio Tejo

5 Empresas de Turismo

5 Oficiais – Generais das FAP

Indicadores Exploratórios 2011

TURISMO MILITAR 1) Contribuição para a

imagem turística do país 2) Proposta de atividades 3) Posicionamento no PENT

a)

Decisores Políticos 5 Autarcas do Médio Tejo

SIM Palavras-chave:

História de Portugal Património Edificado Diversidade Cultural

- Em Museus - Centros de Interpretação - Através de Recriações históricas

Touring Cultural e Paisagístico

b)

Empresários 5 Empresas de Turismo

SIM Palavras-chave:

História Património Diversidade Cultural

- Abertura de espaços militares - Eventos - Evocações históricas - Recriações históricas - Visitação - Team Building

Touring Cultural e Paisagístico

c)

Militares 5 Oficiais – Generais das FA

SIM Palavras-chave:

“Obra de Soldados”

História Militar Património Cultural Militar

- Difusão turística da História Militar - Museus e Coleções Visitáveis - Parcerias (entidades públicas e privadas) - Introdução de novas tecnologias - Recriações históricas - Visitação

Touring Cultural e Paisagístico

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5 Empresas de Turismo

5 Oficiais – Generais das FAP

O Turismo Militar, enquadrado no Turismo Cultural, reúne todas as condições para ser considerado como um objeto criado por uma ação organizada sob objetivos turístico – culturais para apropriação de recursos nacionais, nomeadamente de índole histórica e militar, que após um processo de transformação se tornam atrativos turísticos (Coelho, 2011).

•Uso da História de Portugal e dos recursos associados. •Exploração da vertente de animação, entretenimento, entre outras. •Fomento do sentido de pertença nas comunidades locais e coesão social. •Criação de parcerias para a valorização dos recursos patrimoniais. •Contribuição para a Economia da Cultura. •Reforço dos fluxos turísticos, interno e externo.

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5 Autarcas do Médio Tejo

5 Empresas de Turismo

5 Oficiais – Generais das FAP

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5 Autarcas do Médio Tejo

5 Empresas de Turismo

5 Oficiais – Generais das FAP

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5 Autarcas do Médio Tejo

5 Empresas de Turismo

5 Oficiais – Generais das FAP

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5 Empresas de Turismo

5 Oficiais – Generais das FAP

Turismo Militar Ativação Turística do Património Militar Nacional existente nas

Unidades Militares do Exército

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RECURSO TURÍSTICO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO RECURSO/ATRACTIVO RESULTADOS EXPECTÁVEIS

Recurso

APRESENTAÇÃO - INTERPRETAÇÃO Experiência

Cultural tourism involves four elements: 1. Tourism 2. Use of cultural heritage assets 3. Consumption of experiences and products 4. The tourist

Fonte: McKercher, B., Cros, H., (2002)

Processo de Transformação Recurso/Atractivo Fonte: Elaboração Própria (2010)

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RECURSO TURÍSTICO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO RECURSO/ATRACTIVO RESULTADOS EXPECTÁVEIS

Fortificação

Campo de Batalha

Museu

(…)

APRESENTAÇÃO- INTERPRETAÇÃO Nova estratégia de imagem e comunicação.

Inclusão de meios multimédia. Contacto com profissionais e relatos na primeira pessoa.

(Entre outras possibilidades)

De Recurso Endógeno a Atractivo Militar

Experiência turística e cultural - singular e

inovadora – de índole histórico-militar.

Processo de Transformação Recurso/Atrativo - Exemplos Fonte: Elaboração Própria (2010)

Ativação turística é um processo de transformação de recursos endógenos em atrativos turísticos, através da realização da Oferta no destino turístico, mediante ações de inventariação com identificação, classificação, apresentação - interpretação e adequação desses mesmos recursos à fruição turístico-cultural nos seus vários segmentos de Procura e orientada aos Mercados (Coelho & Figueira, 2012).

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• A interpretação deve ser mais que uma mera forma de comunicação;

• A interpretação deve procurar que os recetores

percebam um espaço ou uma cultura, sendo contextualizados com os conceitos de conservação, proteção e sustentabilidade ;

• A interpretação deve providenciar a informação

necessária para encorajar, de um ponto de vista do consumo turístico, comportamentos turísticos mais apropriados e sustentáveis.

Adaptado de (Tilden, 1977; Jafari, 2000)

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Objetivos Apresentar uma proposta de “Carta Nacional do Turismo Militar”, através da reunião de contributos de especialistas nos domínios associados ao "Turismo Militar", assim como da comunidade em geral, passível de ser declarada como um conjunto de considerações e intenções assertivas, para um melhor entendimento do conceito em estudo e para uma interpretação estratégica das possibilidades e limites da sua operacionalização sustentada no território nacional.

• Suscitar a participação de diferentes entidades e da comunidade em geral, na

edificação de uma proposta orientadora comum para o “Turismo Militar”; • Promover uma ação de sensibilização nacional para a importância estratégica

e pertinente do desenvolvimento de produtos, projetos e ações, responsáveis e sustentáveis, que combinem o Património e o Turismo;

• Contribuir para o desenvolvimento concetual e operacional do “Turismo Militar” em Portugal;

• Realizar o princípio de transferência de conhecimento – entre orientações governamentais, académicas, militares e empresariais, numa base de reciprocidade e de sustentação do conceito “Turismo Militar”;

• Sensibilizar o sector do Turismo e outros, para abordagens que fortaleçam os princípios propostos em sede do Plano Estratégico Nacional do Turismo.

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Este estudo é constituído por três prioridades essenciais para o desenvolvimento (enquadramento europeu): • Crescimento Inteligente, Crescimento Sustentável e Crescimento Inclusivo (CE,

2010); • Aposta na globalização positiva (ONU, 2000); • Estímulo para o desenvolvimento do turismo sustentável e para o

investimento empreendedor no turismo cultural (UN, 2012).

A “(…) cooperação para o desenvolvimento constitui um vetor essencial da política externa do país e a afirmação de Portugal como protagonista ativo no cenário internacional passará pela capacidade de aprofundar o binómio identidade nacional/pertença internacional” (ENDS, 2008, p. 49).

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Tais fatos e ilações, quando integrados na atual conjuntura nacional e internacional, são observados enquanto indicadores favoráveis para a realização de uma verdadeira aposta estratégica no desenvolvimento de relações e condições (Moreira, 2011) que privilegiem e efetivamente despoletem uma conexão entre o Turismo, Património e Cultura, no espaço Lusófono (Lopes, 2011).

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