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Job 26 - Publicidade doente

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Nesta edição, a revista do curso de Publicidade & Propaganda - FURB enaltece o seu posicionamento crítico frente às práticas mercadológicas ultrapassadas da área.

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Por Lucas Sutter Freitas

Atada à curativos infeccionados por estereótipos fúnebres, engessada com talas de prazos “é pra ontem”.

Internada nas convencionais redações enjoadas, depressiva na paúra da psicologia das cores.O estágio terminal do chatismo pode começar agora.

Hipocondríaco será aquele que tentar remediar qualquer mudança.Uma revolução no mercado não é loucura de doente.

Camisa de força aos diretores de arte que se enchem de orgulho por virarem madrugadas na agência.

Cavar o túmulo com a pen tool enterra os sobreviventes da criação execução.

Sejamos cirúrgicos para bater as botas desta linguagem comercial embalsamada de frieiras.

A leitura desta “semirresma”redige o atestado de óbitodesta semipublicidade.

Publicidade da criação enferma.

A Job é uma revista experimental publicada semestralmente pelos alunos da 6ª fase do curso de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda da FURB, sob a disciplina de Planejamento Visual e Produção Gráfica Publicitária.

Comercial: Amanda Pereira, Eduardo Burgardt, Evandro Dias Fogaça, Jeferson José Ortunio, Jéssica Pinheiro e Luan Lucas Schernikau. Direção de arte: Bárbara Stefânia Siewert, Diego Henrique Ern, Gabriel Rodrigo Hoffmann, Gabriela Luísa Dallabrida, Jean Rafael Ehrat, José Lucas dos Santos, Marcus Aurélio Dias Junior, Ricardo Agostinho e Robson Gonçalves. Projeto Gráfico: Ricardo Agostinho. Redação: Ana Maria Gavioli, Andrielle da Rosa Correia, Bruna Koegler Pereguda, Caio Henrique Tobias Marezi, Cândida Delling, Cintia Costa, Emily de Novais Xavier, Greice Samara Fischer, Inah Louise Wruck, Jéssica Pinheiro, Juliane Regina Schmitt, Karem Andressa Machado, Letícia Kondlatsch, Lucas Machado da Silva, Lucas Oliveira de Freitas, Lucas Sutter Freitas, Luís Henrique Beber, Luiz Felipe Figueroa, Luiza dos Santos Machado, Manuela Corrêa Fernandes, Maria Fernanda Tottene, Marina Testoni, Milena Parno, Rodrigo Geraldo, Sarah Engel Ferreira, Tâmara Cálippo Chuffi, Tássia Damaris Grahl, Tuane Caroline Faust Koffke. Revisão: Andrielle da Rosa Correia, Jefferson Figueiredo, Lucas Sutter Freitas, Luís Henrique Beber. Coordenação: Luciano Alessandro Duque. Redação da segunda capa: Lucas Sutter Freitas. Redação do editorial de moda: Lucas Sutter Freitas. Capa: Ricardo Agostinho. Ilustrações Internas: Lucas Machado. Impressão: Gráfica Tipotil. Tiragem: 1.000 exemplares.

A Job 26 chega com uma temática inusitada que foi definida pelos alunos do 6º semestre de Comunicação Social da FURB: um questionamento ácido - porém bem-humorado - dos sintomas que estão afetando a publicidade regional e nacional.

As ilustrações, o projeto gráfico e as matérias, pontuam essa temática e nos levam a questionar o que queremos melhorar nessa profissão que adoramos. Essa desconstrução e reconstrução crítica é imprescindível para sempre evoluirmos como publicitários.

A equipe Job realmente espera que vocês gostem do resultado!

Prof. Luciano Duque - Coordenador da Revista Job

EXPEDIENTE

EDITORIAL

EU RECOMENDO

A ENXAQUECA DA EXPECTATIVA PROFISSIONAL

SELO DE CONFIANÇA TEM NOME: PEÇA CRUELTY FREE

FICHA TÉCNICA

O EXCESSO DA “CELEBRICIDADE”

A PUBLICIDADE QUE DESCE QUADRADA

A LAYER OCULTA DO JOB DA ALIMENTAÇÃO

Indice

SHUTTERBOY

É PRA ONTEM

O QUADRO CLÍNICO DO HÁBITO NO CONSUMO INDUZIDO

MERCHANDISING SOCIAL: A DOSAGEM CERTA

AFINAL, O QUE VOCÊ ACHA QUE É PUBLICIDADE E PROPAGANDA?

EDITORIAL DE MODA

TEM BOCA, MAS NÃO FALA

Indice

Por Cíntia Costa eKarem Andressa Machado

O Nossa Toca é um canal de uma galera de Balneário Camboriú que traz experiências musicais super saudáveis. Desde 2014, Giba Moojen (produtor e apresentador), recebe artistas de todo o Brasil para criarem suas versões de músicas conhecidas. Vale a pena se inscrever neste canal nada genérico.

Indicação da Bárbara Siewert, aluna do 6° semestre de Publicidade e Propaganda.

O Blumenauense Guilherme Frodo fala de uma forma engraçada e divertida sobre livros de ficção e fantasia. Seus vídeos prometem ser uma injeção de ânimo para quem está procurando uma boa leitura.

Indicação do Ricardo Agostinho, aluno do 6° semestre de Publicidade e Propaganda.

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O Choosic é um aplicativo muito bacana pra você descobrir novas músicas e bandas.

Como se fosse flor, você me chei-ra. Atchim. Muito semelhante à praticidade do Tinder, o app mos-tra músicas a partir de estilos defi-nidos pelo usuário. Se você curtir o som, arraste para a direita. Se não gostar, esquerda nele. Com o tem-po, o Choosic irá criar uma base de filtros através das suas escolhas, deixando o app ainda melhor.

Apesar de ser oferecido somente na versão em inglês, o Be my eyes é um daqueles aplicativos social-mente úteis. Seu objetivo é ajudar pessoas cegas. Inicialmente, você se cadastra como voluntário ou porta-dor de deficiência visual.

Quando uma pessoa cega pedir assistência, o app direciona o pedi-do para um voluntário online.

Os auxílios são feitos por uma cha-mada de vídeo, e abrangem verifica-

Apenas para

Apenas para

Apenas para

O PicsArt é um editor de fotos bem fácil de mexer e muito com-pleto. Ótimo para fazer correções de iluminação e imperfeições (#es-pinha), tem várias opções de fil-tros, molduras, desenhos e textos.

ChoosicBe My Eyes

PicsArt

O Jout Jout é um canal que aborda temas inusitados. Julia To-lezano fala de uma forma simples e divertida sobre absolutamente tudo o que você pode imaginar. As risadas são garantidas. É de curar qualquer mau humor.

Indicação da Mônica Keller, formada em Publicidade e Propaganda.

ções da validade de um produto à interpretação de placas de rua.

O aplicativo foi lançado em janeiro desse ano e já registrou mais de 64 mil assistências.

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Peça: Campanha de incentivo à doação de órgãosAgência: Propague FlorianópolisCidade: FlorianópolisCliente: APAR

Peça: Tem sempre um Job que quer te f*&#$Agência: IsobarCliente: Escola CucaChief Creative Officer: Fred SaldanhaDiretor Executivo de Criação: Eduardo Battiston,Diego AraújoRedator: Alexandre FreireDiretor de Arte: Maicon PinheiroAssistente de arte: Ivan RomainDesign: Danilo Rodriguese Diego MoralesMotion Design: Fábio Del Rio, Lucas LourençoAssistente de Motion Design: Micael SchuenkerIlustração: Domingos Octaviano, Sofia Franco

Por Cíntia Costa e Karem Andressa Machado

APAR

ESCOLA CUCA

Atendimento: Priscilla Altoé, Juliana DantasRTV: Thieny Prates, Lucca MinelliProd. de áudio: Dahouse ÁudioProdutor Musical: Lucas MayerLocução: Flavio FastinoniAprovação: Ana Bemfica, Miguel Bemfica, Marcela Moreira

Associação dos pacientes renais de SCDireção de Criação: Rogério Alves Redação: Rogério Alves, Jason Braun e Alexis Leiria Direção de Arte: Marcel Ferreira Prod. de RTVC: Adriano Martins Mídia: Daniele Machadoe Vivian Bueno Atendimento: Patrícia Alves Produtora de Filme: MFX Direção do Filme: Thomas Ventura Produtora de Áudio: Fujii Áudio Direção de Áudio: Ricardo Fujii Aprovação: Juarez Alves Nunes

Peça: It’s English. it’s Cool. Agência: Sambba PropagandaCliente: Cultura Inglesa Cidade: FlorianópolisAtendimento: Manuela Crepaldie Alencar Decker Dir. de Criação: Francisco Decker Direção de Arte: Sal Santos Redação: Francisco Decker Produção: Leonardo Moukarzel

Peça: Não se arrisque com o “portunhol” Agência: NBSCliente: CCAA VP de Criação e Planejamento: André LimaDiretor Nacional de Criação: Carlos André EyerDiretor de Criação: Marcello Noronha, André Lima e Carlos André EyerCriação: João Resende e Luiz Cesar FariaAtendimento: Antonino Brandão, Fernanda Galluzzi, Julia Barros, Sabrina Andrade, Hannah Carvalho, Carolina Pessino e Marco CoelhoPlanejamento: Paula Lagrotta,

CULTURA INGLESA

CCAA

Bruno Altieri e Aline AlonsoProdução Gráfica: João Eudes, Marcelo Andrade e Zeca MoreiraArtbuyer: Marcia Santos, Andrea Hedler e Carmem Cardoso

Ilustração: Estúdio ÍconeAprovação do Cliente: Ana Salim, Waldyr Lima Filho, Adolfo Souza, José Cazar, Camila Nascimento, Diane Kienen e Brenno Eccard

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Por Milena Parno e Rodrigo Geraldo

Cursar Publicidade e Propaganda pode resultar numa forma avan-çada de enxaqueca que dura até quatro anos. Do latim, Calourus Expectativus Doluridus*: a Enxa-queca da Expectativa. Ela atinge principalmente os estudantes que nunca tiveram contato com o mer-cado de trabalho, e geralmente se manifesta nos primeiros meses de curso. O que o acadêmico espera da graduação nem sempre está es-crito na bula das suas pretensões.

Por Milena Parno e Rodrigo Geraldo

Se preparar para entrar no mercado de trabalho pode ser uma tremenda dor de cabeça.

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Alunos tímidos, chegando cedo, com o caderno novinho. Roupas irreverentes e estilos completa-mente distintos. Rostos de mane-quins, maquiagens delineadas nas meninas, e neles, a barba super bem aparada. Até parece entre-vista de emprego. A exceção está nos grupos que já se conhecem, dando algumas risadas, um pouco menos engessados. A Enxaqueca da Expectativa já começa a dar os seus primeiros sinais.

O professor pergunta, tentando conhecer seus alunos, mas espera uma sequência de respostas pa-drões. E elas realmente não variam muito do “dinamismo”, “produzir” e “fotografar”. Poucos trabalham na área (para estes, a Expectativus se manifesta com menos intensi-dade) e alguns acham que traba-lham na área, mas não chegam nem perto disso.

Diogo Coutinho,Aluno do 2º semestre do curso.

Bruno Jankauskas,Aluno do 2º semestre do curso.

“Eu escolhi P&P depois de conversar muito com amigos e ver que trabalhar com pessoas era mais minha área.”

“O principal motivo de cursar P&P é a minha paixão por compor. E minha meta [...] é trabalhar com jingles e trilhas sonoras, além da produção de outras artes visuais.”

SINTOMAS ASSOCIADOS AO QUADRODA ENXAQUECA DA EXPECTATIVA:

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Ah, o primeiro dia de aula!

Por que você escolheu Publicidade e Propaganda?

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Os professores trazem diversos autores para ajudar na ambienta-ção aos conceitos da comunica-ção. Ao final do semestre, o diag-nóstico para alguns se estende durante meses, enquanto outros desistem por uma complicação da nossa Expectativus: a frustração.

Nota: A Calourus Expectativus Doluridus é uma enxaqueca fictícia, criada pelos autores apenas para descrever a expectativa ao redor do curso.

Júlia Henn Christianne,Aluna do 1º semestre do curso.

Ahaynna Rodrigues C.,Aluna do 1º semestre do curso.

“Minhas expectativas eram de um curso dinâmico onde pode-ríamos expor nossa criatividade e estimular o pensamento [...] Estou gostando do curso, porém não é tão dinâmico quanto eu achava que seria.”

“Meu pai era fotógrafo e publicitário e sempre me despertou interesse na área.”

Os dias vão passando e os traba-lhos aparecem, assim como provas desesperadoras. Quem foi mesmo que disse que P&P era fácil? Prova-velmente alguém de fora, que não foi contaminado pela publicidade.

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Quem disse que P&P é fácil?!

Aristóteles, Eco, Kotler, Olivetto...

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Aprendendo redação, fotografia, produção de áudio, vídeo e várias disciplinas diferentes, compreen-demos um pouco de cada função que a nossa área oferece. Satisfa-zer a necessidade de um trabalho com a realização pessoal eviden-cia hábitos profissionais nos mo-mentos de lazer: “Bastante das aulas práticas fazem parte do meu universo do trabalho e de hobbies, [...] o que é muito positivo”, declara Catherine Kraetzer, formada pela FURB em dezembro de 2013 na área, quando perguntada sobre os bons aspectos do curso.

Ao entendermos como funcio-nam os aspectos da propaganda, aperfeiçoamos nossas experiên-cias como comunicador social, desenvolvendo uma análise críti-ca quanto aos diversos anúncios dispostos ao nosso redor. Perce-bemos as influências da psicolo-gia no processo de consumismo, do poder persuasivo das estru-turas textuais, da importância da observação no comportamento do nosso público-alvo.

Nos dias atuais, tão dominados pela tecnologia, é essencial para di-versos publicitários, que pretendem trabalhar em áreas como criação e produção de conteúdo (sejam áudios, vídeos, social web), ter ex-periência em softwares de criação. “O profissional tem poucas (e super-ficiais) aulas que tratam de direção de arte e, praticamente nada, sobre o básico dos softwares encontrados no mercado, tais como: Illustrator, Photoshop e InDesing.” declara João Tonn, que se formou no curso em Dezembro de 2014.

Outro problema encontrado é a generalização de conteúdos abor-dados no curso, não preparando o

O CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL EM ALTA

SITUAÇÃO INSTÁVEL

acadêmico diretamente para o mer-cado de trabalho. Quer entender bem este aspecto, leitor?

Leia essa edição da JOB até o final.

P.s: foi feita toda no Corel.

O curso de Comunicação So-cial pode ser bem interativo. Por abranger muitas áreas, a diversi-dade de pessoas que acaba op-tando pelo estudo da publicidade traz um dinamismo nem sempre presente numa sala de aula.

João Gabriel Tonn, formado em Publicidade pela FURB e atu-ante da área desde o primeiro

semestre, considera o dinamis-mo um dos melhores aspectos do curso: “Você acaba conhe-cendo muitas pessoas com focos e vivências diferentes da sua. Também tive ótimos professores que me ensinaram várias coisas incríveis que não estavam neces-sariamente dentro do escopo de suas matérias”.

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Sol, homens comuns sentados esperando um copo de cerveja e uma mulher de corpo “perfeito” vestindo trajes minúsculos servin-do de modelo pra essa publicidade hepática. É assim que a maioria dos comerciais de cerveja ainda ex-plora a figura feminina.

Campanhas publicitárias com essa visão sobre a mulher estão sendo debatidas à exaustão nas redes sociais. Sinal que as con-sumidoras estão cada vez mais engajadas e já não toleram mais a forma antiquada com que são representadas pela maioria dos anunciantes. E não são apenas os comerciais de cerveja que vomi-tam esses estereótipos.

Muitas marcas que trabalham com um público exclusivamente feminino parecem estar sofrendo de uma cegueira crônica. Simples-mente ignoram os valores de suas próprias consumidoras. E não é uma minoria que está insatisfei-

ta com isto, 65%* das brasileiras afirmam não se identificarem com a forma com que são retratadas pela publicidade.

O motivo dessa falta de sintonia com o público feminino pode es-tar dentro das próprias agências de comunicação: a mesma pes-quisa aponta que apenas 10% dos criativos dentro das agências do país são mulheres.

Pois é, chegou a hora de pro-curar a cura para essa doença e apostar numa comunicação mais criativa e alinhada às tendências da sociedade.

Para Grace Sudbrack, Mídia da Free Multiagência, é importante estimular o interesse das publicitá-rias pela área de criação: “Na agên-cia em que trabalho hoje, a Diretora de Criação é uma mulher, e isso faz diferença. Se levarmos em conta a pesquisa que diz que 65% das bra-sileiras não se identificam com a

publicidade e com a forma com que são retratadas nela, podemos fazer uma ligação direta com a pouca representatividade das mulheres na Criação das agências de propa-ganda. Muitas vezes são homens que criam peças para campanhas, onde o público-alvo é feminino. Mais mulheres trabalhando na Cria-ção poderiam mudar esse cenário, o que seria ótimo para as marcas, que venderiam mais porque falariam com as mulheres de uma forma mais adequada”.

Há dez anos no mercado publi-citário, Grace já presenciou alguns casos de machismo por parte dos colegas de trabalho: “Atualmen-te não sofro preconceito por ser mulher, mas já sofri no passado, principalmente através de comen-tários inadequados e machistas. Já presenciei um superior sugerir a uma colega que usasse uma roupa mais provocante para aprovar uma campanha mais facilmente com um cliente homem”.

Por Bruna Koegler Peregudae Inah Louise Wruck

A publicidade é um reflexo da sociedade. Se vivemos num mun-do machista, os anúncios ten-dem a perpetuar isso. Trabalham exaustivamente um conceito que agrava sérios problemas, como a violência contra a mulher. É o que argumenta a publicitária Thaís Fabris, em entrevista à Agência Pública de Jornalismo: “Nós pu-blicitários temos que perceber a responsabilidade que temos en-quanto criadores de comunica-ção em massa. Não é porque uma coisa funciona, e as pessoas com-pram, que a gente pode reforçar estes estereótipos muito perigo-sos. Quando a gente fala em ‘mu-lher objeto’, essa mulher está lá na outra ponta, com o homem se

Referências para construção do texto:http://agenciapatriciagalvao.org.br/concurso1minuto/pesquisa-mulher-e-propaganda.htmlhttp://apublica.org/2015/03/machismo-e-a-regra-da-casa/http://www.thinkeva.com.br/#!/c1sehttp://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/03/1599860-tendencia-publicitaria-trata-mulheres-como-seres-humanos-enfim.shtmlhttp://noticias.r7.com/brasil/a-cada-uma-hora-e-meia-uma-mulher-morre-vitima-de-violencia-masculina-no-brasil-diz-ipea-25092013https://www.youtube.com/watch?v=Il0nz0LHbcMhttps://www.youtube.com/watch?v=XjJQBjWYDTshttps://www.youtube.com/watch?v=rzL-vdQ3ObA

achando dono dela e acreditan-do que se aquele brinquedo não funcionar do jeito que ele quer, ele pode quebrar. E você tem uma mulher morrendo a cada 90 minu-tos no Brasil”.

Felizmente, essa situação está mudando. A sociedade começa a cobrar marcas na transmissão de valores. As empresárias Juliana de Faria (Jules), Maíra Liguori, e Nana Lima perceberam essa necessida-de de posicionamento e decidi-ram fundar a Think Eva. A empresa presta consultoria para agências, instituições, ONGs e órgãos públi-cos que queiram dialogar com as mulheres de um “jeito não ofensi-vo, mais efetivo e respeitoso”.

Marcas como a Dove, com sua campanha pela “Real Beleza” e Always ao criar a campanha ”Like a Girl”, desafiam estereótipos ne-gativos relacionados ao público feminino e contribuem para uma mudança benéfica neste cenário.

Outro exemplo positivo é a cam-panha “Shine Strong”, da Pantene. Ao apresentar um retrato mais complexo das mulheres, a marca teve um aumento de 3% em sua participação no mercado. Para Ju-liana de Faria, da Think Eva, “criar produtos que levam a mulher a sério, que a tratem como alguém inteligente e responsável, é a novi-dade que tem dado mais resulta-dos - sociais e financeiros”.

Construir a comunicação a partir de novos conceitos é arriscado, mas ignorar os desejos dos con-sumidores e apostar em fórmulas antigas é investir num modelo ul-trapassado de pensamento social.

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A ascensão do veganismo no Bra-sil interna o conceito de “natureba da minoria” e valoriza possibilida-des comerciais com este público.

O interesse dos brasileiros pelo estilo de vida vegano aumentou consideravelmente. É o que mostra uma análise feita pelo Portal Vista-se com o auxilio do Google Trends. Segundo a ferramenta, a popula-ridade das buscas por esse termo no Google vem crescendo bastante nos últimos cinco anos.

A filosofia de vida vegana tem como base motivações éticas, que visam respeitar e promover a defe-sa dos direitos dos animais. Ativida-des que envolvam o sofrimento de qualquer espécie - seja no processo de fabricação ou testagem - são ex-cluídas dos hábitos veganos.

Pensando em atingir esse pú-blico-alvo, já existem várias em-presas trabalhando em novos posicionamentos de marca, che-gando a desenvolver métodos alternativos na realização de tes-tes e a promover projetos de pre-servação ambiental. De acordo com o PEA - Projeto Esperança Animal, Vult, Impala, Natura, Ypê, Granado e Viscaya, são alguns exemplos nacionais que já não testam mais seus produtos em animais. No site da instituição, existe uma lista disponível com tantas outras marcas - cosméti-cos, limpeza e alimentação - que não praticam a crueldade.

Apesar das ONGs de defesa aos animais disporem de listas detalha-das na internet para orientarem o consumidor na hora da compra, as

próprias marcas ainda não explo-ram esse conteúdo na divulgação de seus produtos.

A Vizcaya é uma exceção, já que traz o selo Cruelty Free em todas as suas embalagens. O selo é com-posto pela ilustração de um coelho e a frase “Produto não testado em animais”. Esse selo foi criado pela ONG internacional Cruelty Free e é concedido às empresas que se comprometem a não realizar testes em animais e não comprar ingredientes de fornecedores que façam uso desses procedimen-tos. Os métodos de fiscalização utilizados para a empresa obter o selo são extremamente rigorosos. O objetivo de colocá-lo nas emba-lagens é também poder facilitar a escolha por produtos veganos nos pontos de venda.

Por Bruna Koegler Peregudae Inah Louise Wruck

Referências para construção do texto:http://features.peta.org/cruelty-free-company-search/index.aspxhttp://vista-se.com.br/interesse-da-populacao-brasileira-pelo-veganismo-aumentou-mais-de-500-nos-ultimos-5-anos/http://vista-se.com.br/tipos-de-vegetarianos-entenda-as-principais-diferencas-entre-os-grupos-de-vegetarianos/http://www.pea.org.br/crueldade/testes/naotestam.htmhttps://www.vizcaya.com.br/blog/vizcaya-pelo-bem-0http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/10/opcao-por-cosmeticos-sem-testes-em-bichos-esbarra-na-falta-de-informacao.htmlhttp://www.crueltyfreeinternational.org/en/http://www.dw.de/uni%C3%A3o-europeia-pro%C3%ADbe-venda-de-cosm%C3%A9ticos-testados-em-animais/a-16664123

Mas afinal, apostar em um posi-cionamento “Cruelty Free” é lucra-tivo para as marcas? Analisando as afirmações de Kotler em seu livro “Marketing 3.0”, podemos afirmar que sim. O marketing voltado para os valores é uma tendência nessa nova fase 3.0, que ainda estamos nos adequando. Fazer do mundo um lugar melhor deve ser o obje-tivo de uma empresa que deseja atingir os consumidores, que estão cada vez mais engajados e ansiosos por mudanças: “Os profissionais de marketing precisam identificar as ansiedades e desejos dos con-sumidores e, então, almejar suas mentes, corações e espíritos. No pa-radoxo da globalização, a ansieda-de e o desejo genérico dos consu-midores consistem em transformar a sociedade - e o mundo como um todo - em um lugar melhor e talvez até mesmo ideal de se viver. Por-tanto, as empresas que pretendem ser ícones devem compartilhar do mesmo sonho com os consumido-res e fazer a diferença.”

Um exemplo foi a retirada de animais utilizados como cobaias em testes do Instituto Royal por ativistas, em 2013, o que colocou em evidência o debate sobre a ne-cessidade do uso dos mesmos em testes de laboratório. Com o tema sendo discutido abundantemente nos meios de comunicação, os con-sumidores começaram a adquirir interesse por essa questão, cobran-do um posicionamento “Livre de Crueldade” das marcas. Foi o que aconteceu na Europa: desde 2009, a União Europeia proibiu a utilização de testes de cosméticos em animais devido à manifestações e pedidos da população.

Neste contexto, essa aplicação po-lítica da Europa pode ser referência para a implementação da mesma prática no Brasil. O Selo Cruelty Free traz possibilidades para a comuni-cação das empresas engessadas no comodismo invisível da tortura ani-mal. A exigência e a conscientização do consumidor aliada às mudanças propostas pelo Marketing 3.0, pro-vam que o exemplo deve ser segui-do por marcas que desejam inovar e atingir seu público-alvo da forma mais eficiente.

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Por Sarah Engel e Lucas Sutter Freitas

Chamada sem gerúndio, psd com overlay, plano de mídia den-tro da verba, planejamento inte-grado eficaz, jingle com 4 acordes, foto com ISO baixo, locução femi-nina - 30 anos, vinheta colorida no VT cartão. Se você é publicitário, bata palmas entende um pouco desse transtorno prazeroso diário da nossa profissão.

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Mas e quando o problema estiver no exagerado number of the jobs e na falta de tempo para cuidar da alimentação? Uma refeição com deficiência ou excesso de nutrien-tes influencia (pra carvalho) na rotina corrida de quem precisa da criatividade para trabalhar.

Muitos costumam dizer que a mente só funciona depois da pri-meira xícara de café. De fato, a be-bida é um ótimo combustível para a atividade cerebral. A nutricionis-ta Marina Egert enfatiza isso e aler-ta sobre alguns perigos do consu-mo exagerado do estimulante:

O consumo irregular pode causar ansiedade e até insônia”.

Mas não é só o café que fica na lista de bebidas que dão um boost no cérebro. Bebidas alcoólicas po-dem ajudar com insights.

Estudos realizados por pesqui-sadores na Universidade de Illi-nois, em Chicago, mostram que beber um pouco pode aumentar a capacidade mental de uma pessoa para resolver problemas, além de trazer aquela desinibição que só uns copos de cerveja con-seguem oferecer.

“O café é um aditivo para a men-te. Ele atua como um ótimo aliado na prevenção do mal de Alzheimer, mas como a cafeína é uma espécie de droga, pode levar à dependên-cia. Em seu consumo excessivo, o organismo acaba produzindo uma quantidade desnecessária de adrenalina e cortisol, fazendo com que os vasos sanguíneos e o cora-ção se sobrecarreguem, aumen-tando a pressão arterial.

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Referências para construção do texto:http://doutissima.com.br/2013/06/07/12-alimentos-que-estimulam-a-inteligencia-7278/http://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/11850-memoria-em-dia-alimentos-que-estimulam-o-cerebrohttp://www.medicaldaily.com/drinking-alcohol-may-significantly-enhance-problem-solving-skills-240105http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20182040http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjop.12025/abstracthttp://exame.abril.com.br/negocios/noticias/brainstorming-em-grupo-e-um-fracasso-diz-susan-cain

Bob era um cara legal e adorava vestir social. Em sua cabeça havia uma pequena planta gigante. Co-nhecido internacionalmente como Bobonsai, decidiu aparecer no meio da matéria para dizer “olá” (essa parte foi escrita após alguns goles de goró).

Agora imagine a situação: seu deadline está chegando e nada de você ter ideias. O arquivo do Word 2003 está em branco, a tela do photoshop está pálida, plano de mídia incompleto, planejamen-to indefinido, jingle com 1 acorde, foto com a câmera “vamos falar de coisa boa”, locução rouca, vinheta estática no VT cartão. Nestes ca-sos, Egert sugere, na dose certa, goma de mascar: “O hábito de mascar chiclete aumenta a frequ-ência cardíaca, e assim, o fluxo de sangue no cérebro. Mas deve-se tomar muito cuidado. A formação de saliva acaba fazendo o estôma-go produzir suco gástrico sem ali-mentos, potencializando uma gas-trite ou úlcera, assim como o café.”

É preciso respeitar o condicio-namento do seu corpo e entender que ele funciona com diferentes estímulos. A pauta da sua alimen-tação precisa de prioridades. A layer oculta deste job deve ficar tão ativa quanto à dedicação pro-fissional de qualquer publicitário.

“E isso é tudo, pessoal.”

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Por Juliane R. Schmitt

Por Juliane R. Schmitt

Na publicidade, é muito comum associar um artista de prestígio a um produto comercial. Essa estra-tégia visa mesclar a imagem da ce-lebridade com o posicionamento das marcas. Mas e quando aconte-ce a repetição dessa imagem com vários anunciantes diferentes no mesmo período?

A confusão dessa representativi-dade pode evidenciar muito mais o artista que o anunciante.

A exaustão na utilização de artistas na publicidade.

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Em 2014, segundo um ranking elaborado pelo Controle da Con-corrência, o jogador de futebol apareceu 6.095* vezes em comer-ciais na TV aberta para sete em-presas, de ramos diferentes, que se aproveitaram dos conceitos transmitidos pelo craque.

Neymar ficou atrás apenas da modelo Gisele Bündchen, que liderou com 7.082 aparições. Ro-naldo Fenômeno, Vitor Belfort e Rodrigo Faro também marcaram presença na lista.

Será que as celebridades têm relação com os produtos anuncia-dos? Se não, as propagandas po-dem ser consideradas enganosas? Karine Alfarth, mídias sociais da agência Escala, Metra acredita que:

ENJOO: “AQUELA É SÓ MAIS UMAPROPAGANDA COM O NEYMAR...”

RANKING FAMOSO ANUNCIANTE INSERÇÕES

1º Gisele Bündchen Carolina Herrera, Editora Carta Editorial, Editora Globo, Procier & Gamble, SKY. 7082

2º Neymar Ambev, Childhood Brasil, Claro, Editora Carta Editorial, Nike, Unilever, Volkswagen. 6095

3º Ronaldinho Fenômeno Claro, Fiat, Grupo Pão de Açúcar, Neo Química, Nike, Pokerstars.net. 43044º Vitor Belfort SKY. 4058

5º Rodrigo Faro Centauro, Chevrolet, Colombo, General Motors do Brasil, Jequiti Cosméticos, Khan Academy, Procter & Gamble, Record, Sabesp (GE). 3874

6º Fátima Bernardes Seara. 36647º Ivete Sangalo Bombril, Brasil Kirin, Malwee, Procter & Gamble. 32208º Zezé di Camargo e Luciano Grupo Embracon, Grupo Tenda Atacado, Marabraz, Oi. 31129º Tata Verneck Oi. 2925

10º Bruno de Luca Decolar.com, SKILL. 2700

Karine Alfarth, 23 anosMídias Sociais - Escala, Metra

“As celebridades representam a marca como um todo, não somente um produto específico. Claro que o consumidor sabe que muitos dos produtos anunciados não são de fato utilizados por determinado artista. Porém, não acredito que se encaixe em propaganda enganosa, afinal, se o artista “vendeu” sua imagem para “defender” tal marca, o consumidor associa a atitude como confiança. Sobre o excesso de aparições, os profissionais de comunicação, que precisam propor ideias novas, até mesmo, com pessoas “alternativas” para atingir seu público com outras variáveis.”

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Essa escolha depende da relação “características pessoais” X “reco-nhecimento do público”. Usando os exemplos anteriores, a Gisele Bündchen transmite o conceito de beleza universal.

Já Neymar, por ser jovem e um fe-nômeno do esporte, tem sua atra-tividade explícita pela irreverência.

Examinando o fato, podemos considerar que o investimento traz resultados positivos para a divulgação do produto ou servi-ço, além de colaborar no recall e no nível de atenção.

POR QUE A ESCOLHA DA CELEBRIDADE? 33

Em alguns casos, o uso da cele-bridade pode representar um ris-co: o de associação com sua vida privada, ou seja, uma atitude, um pronunciamento ou até um des-lize pode comprometer a marca e os produtos anunciados. Um caso recente do “ex-garoto propa-ganda” da Friboi, Roberto Carlos, deu o que falar com o comercial em que ele diz ter voltado a co-mer carne. A repercussão foi mais negativa do que positiva, tanto para imagem da marca quanto do próprio artista, pois ambos rece-beram diversas críticas. Na partici-pação do comercial, o cantor nem sequer comeu o pedaço de carne. Esse comportamento deixou dúvi-das se ele teria realmente deixado de ser vegetariano, fato que pode (ou não) ter sido o motivo da que-bra de contrato.

Embora o uso de famosos possa agregar valor às campanhas, mui-tos cases de sucesso já usaram modelos bem comuns.

Um dos possíveis diagnósticos para o excesso da “celebricidade” é a insuficiência de criatividade ou até mesmo o medo de arriscar em novos personagens. Uma figura desconhecida exige um trabalho maior na construção do perfil ide-al para a marca, mas nada melhor do que uma boa dose de criativi-dade. É preciso lembrar que, inde-pendente do job, todo excesso é prejudicial à saúde.

A Vivo utilizou João Côrtes, “o menino ruivo”, para estrelar seus comerciais. Mesmo atuando com celebridades, a atenção é toda voltada para o humor e a esponta-neidade do jovem ator. A criação é da Y&R.

A saga do Garoto Bombril entrou no Guinness Book pelo tempo de permanência no ar. O personagem interpretado por Carlos Moreno fi-cou 16 anos no ar e teve mais de 340 filmes. Criação de Francesc Pe-tit e Washington Olivetto, na DPZ.

CONTRAINDICAÇÕES:

EXEMPLORECENTE:

EXEMPLOOLD SCHOOL:

O que é Controle da Concorrência?

É uma empresa que monitora o mer-cado publicitário, uma ferramenta que faz análises de mídia/marketing, para assim identificar, quantificar e auditar as veiculações na mídia televisiva.

Fonte: Controle da Concorrência.

*Dados numéricos retirados da matéria do G1:http://goo.gl/CW50qZ

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Por Emily de Novais Xavier e Luiz Felipe Figueroa

Ele é padeiro, construtor, ma-rinheiro, pipoqueiro, marcenei-ro, porteiro, pedreiro, jardineiro, encanador, soldador, carpintei-ro, pintor, médico, enfermeiro e coveiro da publicidade regional. Dono de um sorriso meia boca e um distúrbio de múltipla perso-nalidade. Com vocês, o nada na-tural, garoto Shutter.

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Bancos de imagens são acervos virtuais de fotos e vídeos na inter-net, sendo o mais famoso deles, o Shutterstock. Estes bancos vendem fotos e vídeos para serem utilizados principalmente em campanhas publicitárias. Geralmente, as em-presas recorrem a este recurso por ser uma solução mais rápida para a criação de peças e campanhas.

Um portfólio repleto de shutters-boys é contraindicado em caso de suspeita criativa.

O problema acontece quando a mesma pessoa aparece em várias campanhas diferentes. O paizão da família feliz no outdoor da constru-tora se veste de médico no cartaz do hospital. O público pode não perceber essa repetição de mode-los, mas quem é da área reconhece.

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O efeito colateral pode ser senti-do pelo cliente. O site de compras Bom Negócio sofreu desse mal, quando em um anúncio infeliz, disse que a Joana e seu marido compraram um carro em seu site. Curiosamente, “Joana e seu mari-do” são mais dois integrantes da família do Shutterboy.

Até que ponto vale a pena pagar por uma imagem pronta e genérica, ao invés de produzir algo próprio e que passe mais credibilidade? Na região, temos vários fotógrafos e agências de modelos de qualidade. Ao optar por produzir sua própria foto, além de garantir a exclusivi-dade da imagem, você também vai contribuir para o desenvolvimento do mercado regional.

Shutterboy com certeza não é o garoto que a publicidade quer, mas é o que ela precisa em muitas situações. O pau-pra-toda-obra da publicidade vai ficar aí por um bom tempo, só esperamos que ele pare de trocar tanto de emprego.

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“Publicidade e Propaganda é um curso que tende a estudar as formas de mídias de divulgação de todas as formas de bens de consumo materiais e culturais. Mesclando diferentes campos das artes visuais, musicais e cênicas em sua divulgação. Estudando o mercado e atingindo determi-nado público-alvo, ou inovando e lançando tendência. P&P é o campo de conhecimento que ela-bora de forma teórica e prática a apresentação de algum bem de forma atrativa a sua aquisição.”

“Olhando pelo lado de fora, as-sim como a maioria das pessoas que são atingidas pelo trabalho dos profissionais de Publicidade e Propaganda, mas não possuem condições de compreender a complexidade que envolve todo o processo criativo e suas interli-gações com o mercado, que é o que no final das contas vai dire-cionar a intenção de uma cam-panha, percebo que o curso de Publicidade e Propaganda tem um papel central como reprodu-tor do modo de vida atual. É ele o responsável pela formação de

“Na minha concepção, o curso de Publicidade e Propaganda é um curso com o intuito de for-mar profissionais capacitados a ofertar produtos de forma mais

Solano Lenfers, 29 anosCurso de Música

Luiz Eduardo P. Fernandes, 28 anosCiências Sociais

João Henrique, 19 anosEducação Física

atrativa e eficiente, por meio de técnicas de comunicação especí-ficas, apresentando ao público--alvo, algo que eles possam vir a usufruir; sejam produtos, serviços ou ideologias.”

pessoas que no fundo são os ver-dadeiros formadores de opinião e propagadores de estilos de vida.

Em tempos em que “ter” é muito mais importante do que “ser”, se tornou imprescindível a existên-cia de profissionais capazes de vender coisas, sejam elas produ-tos concretos, ou mesmo ideias.

Com isso, não quero dizer que o curso tem um caráter maquiavé-lico, que existe para formar pes-soas manipuladoras, muito pelo contrário, com isso, ressalto a im-portância que o curso de Publici-dade e Propaganda possui.

Uma importância que deve ser seguida sempre do sentimento de responsabilidade que a opor-tunidade de lidar com o imaginá-rio das pessoas traz.

A publicidade já serviu à gover-nos totalitários e já serviu à cam-panhas humanitárias.

Penso que a questão principal é criar mecanismos em que a pro-paganda cada vez mais sirva às pessoas, e não o contrário.”

“Publicar e propagar, em várias mídias diferentes, como rádio, TV, impressos, Internet, na rua, no boca a boca, ações promocio-nais, de produtos diversos que têm como fim o consumidor que pertence a um determinado pú-blico-alvo ou nicho de mercado.”

No nosso curso, compreende-mos Publicidade e Propaganda como uma das ferramentas do composto de Marketing. Eu, parti-cularmente, considero Publicida-de e Propaganda uma ferramenta de extrema importância, indis-pensável para que a comunica-ção de uma determinada marca chegue, de fato, aos ouvidos do seu público (da maneira certa, como realmente deve ser enten-dida).Isto envolve, principalmen-te uma compreensão muito clara do target da marca, da sua essên-cia, e de seus objetivos. É claro que não para por aí.

Antes de promover, outros itens devem estar muito bem definidos: marca (target, conceito, posicio-namento), produto (para quem é, porque existe, para que serve), preço (considerando não só o pú-blico, mas o valor que será perce-

“A primeira palavra que me vem à mente quando penso no curso de Publicidade e Propaganda é criativi-dade. Mas não aquela onde a mente viaja solta, e sim uma criatividade ob-jetiva, realista e inteligente. Algo que você observa e se pergunta “como eu não havia pensado nisso antes?”

É essa arte cheia de técnica e nú-mero por trás, que não está lá para ser interpretada diferentemente por cada um, mas para passar uma mensagem a todos.”

Ruan R. Rosa, 23 anosPsicologia

Jessica Fenske, 21 anosMarketing

Alice K. Gramkow, 19 anosJornalismo

bido). É aí que entra a chamada “promoção”, onde usamos Publi-cidade e Propaganda, para fazer com que o consumidor/cliente entenda o que a marca/produto/serviço oferece. Sendo assim, a definição de cada item é essencial, mas de nada adiantaria se isto não chegasse “na hora certa, para as pessoas certas”.

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Por Letícia Kondlatsch

Nossos hábitos regem nossas vidas. Têm impactos enormes na nossa saúde, produtividade, segu-rança financeira e felicidade. A par-tir deles “decidimos” (seguimos os padrões mentais pra determinar) por onde andar, o que e como falar, de que forma lidar com situações. Assim como são os responsáveis por nos induzir aos serviços e pro-dutos que consumimos.

No começo da década de 1900, quase ninguém escovava os dentes. A nação americana enriquecia e pas-sava a ter acesso a uma maior quan-tidade de produtos processados e com açúcar. A saúde dentária dos americanos piorava rapidamente. Quando o governo passou a fazer o recrutamento para a Primeira Guerra Mundial, tantos homens com dentes podres evidenciaram que a má higie-ne dentária era um risco para a segu-rança nacional. O que mudou essa baforenta realidade? O que fez da es-covação dental um hábito mundial? Antes de respondermos estes ques-

tionamentos, é fundamental enten-dermos como os hábitos funcionam.

O Massachusetts Institute of Tech-nology, realizou experimentos para monitorar cérebros de ratos através de sensores. Os animais percorriam um trajeto depois de um clique (dei-xa), atrás de uma recompensa. Exa-minando os resultados, os cientistas perceberam que na medida em que a atividade se repetia, ela exigia me-nos do cérebro pra ser realizada.

O percurso se tornou automático, ou seja, um hábito.

Porém, um século antes dos expe-rimentos do MIT descobrirem como os hábitos funcionam, alguém havia os colocado em prática numa es-cala global. Claude C. Hopkins era um executivo de sucesso que estava no topo de uma recente indústria em rápida expansão: a publicidade. Depois de muita insistência de um amigo, topou ajudar na campanha de promoção nacional da pasta de dente Pepsodent. Existiam diversos

vendedores que batiam de porta em porta oferecendo pós e elixires den-tais duvidosos (a maioria beirando a falência). Hopkins não via um jeito de educar os leigos sobre as teorias técnicas da pasta de dente. Então, sentou-se para ler uma pilha de livros técnicos sobre saúde dental, e “... no meio de um dos livros achei uma refe-rência às placas de mucina nos den-tes, que depois eu chamei de ‘a pelí-cula’. Isso me deu uma ideia atraente. Resolvi anunciar essa pasta de dente como um criador de beleza. Lidar com essa película turva.”, escreveu na sua autobiografia My Life in Advertising [Minha vida na publicidade].

“É só você passar a língua nos dentes”, dizia um anúncio. “Vai sentir uma película - é isso que faz seus dentes parecerem ‘sem vida’ e facilita o apodrecimento.” “Note quantos dentes bonitos são vistos por toda parte”, ressaltava mos-trando beldades sorridentes. “Mi-lhões de pessoas estão usando um novo método de limpeza dentária.

Referências para construção do texto:DUHIGG, Charles. O Poder do Hábito. Rio de Janeiro: EDITORA OBJETIVA LTDA, 2012.HOPKINS, Claude. My Life In Advertising. United States: HARPER & BBROTHERS PUBLISHERS, 1927

Por que uma mulher gostaria de ter uma película opaca nos dentes? Pepsodent remove a película!”

A película dentária é uma deixa simples, que leva à rotina de esco-vação, levando aos ansiados den-tes limpos e brilhantes. Um anún-cio podia fazer com que as pessoas obedecessem automaticamente.

Quem, afinal, não quer um sor-riso mais bonito? Quem não quer ser mais bonito? A única atitude necessária é uma rápida escovada com Pepsodent. A recompensa era sedutora.

Os gigantes dos bens de con-sumo, como: criadores de vídeo-games, marqueteiros, políticos e diretores executivos, se baseiam neste conhecimento para suas respectivas áreas.

Seu produto se espalhou pelo globo. Hopkins ajudara a tornar a escovação como uma atividade diária. Mesmo longe dos resulta-dos do laboratório do MIT, até hoje a publicidade usa suas regras para tentar deflagrar outros hábitos para nossas “escolhas” de serviços e produtos que consumimos.

Hopkins encontrou uma deixa e recompensa que alimentava um hábito específico. Essa tríade da for-mação de hábito, assim como nos ratinhos do MIT, deflagraram o hábi-to da escovação dental na popula-ção. Dez anos depois do lançamen-to da Pepsodent, a porcentagem de americanos que faziam uso de pasta de dente aumentou em 58%*.

É uma fórmula de persuasão tão eficaz (a deixa que leva à rotina gra-ças ao anseio à recompensa) que os princípios básicos ainda são utiliza-dos por vendedores do mundo todo.

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Por Emily de Novais Xavier e Luiz Felipe Figueroa

“Desde que os anúncios ganha-ram mais luz, movimento e vida, não vejo mais sentido de anunciar de outra forma.” - Martin Sorrell

- A luz no fim do túnel pode ser a morte ou uma tentativa de inovar a exposição das marcas.

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As possibilidades para anunciar um produto ou um serviço estão cada vez maiores - e em Blume-nau não é diferente.

Novas mídias estão aparecendo na região, e o mercado publicitá-rio tem o desafio de se adequar a essa nova forma de anunciar.

Os painéis de LED surgiram em 2011. Anunciando em um painel de LED, o anúncio do cliente cir-cula uma vez a cada 5 minutos, das 6 da manhã até a meia-noite.

Nessa mídia, o anúncio é feito em formato de filme, tem duração de 10 segundos e não tem som.

Esse formato foi escolhido após uma pesquisa realizada pela LED Wave, nas principais capitais do país, a qual revelou que as pes-soas não prestam atenção num anúncio maior que 10 segundos enquanto estão parados na sina-leira ou andando na calçada.

A alta qualidade das imagens e o movimento chamam a atenção do público-alvo.

Por ser rápida e flexível, os anunciantes dessa mídia podem alterar a campanha em tempo real, brincar com notícias de úl-tima hora ou fazer uma promo-ção relâmpago.

Ainda assim, os anunciantes da região se atêm ao modelo con-vencional, tratando essa nova mídia como um outdoor.

Como será visto na entrevista abaixo, há uma gama maior de possibilidades, principalmente pelo poder de mudar a qualquer momento o que se é anunciado.

Alessandra Abate, Executiva de Contas da LED Wave (empre-sa responsável pelos painéis digitais da cidade), esclareceu alguns questionamentos que en-volvem a utilização dos painéis pelo mercado publicitário.

Em outubro de 2014, uma cam-panha contra o câncer infantil na Suécia utilizou os painéis numa estação de metrô. Quando o me-trô chegava, o cabelo da modelo no painel balançava com o vento. Logo em seguida, uma peruca saia voando de sua cabeça e um texto surgia na tela, alertando sobre o câncer infantil. O vídeo que divul-gou a ação tem quase 9 milhões de views no YouTube (procure por “A hair-raising message”).

Em outra ação, o McDonalds da Malásia instalou um painel gigan-te no bairro Bukit Bintang, um dos mais movimentados do país. O painel exibia um Sundae derreten-do e um ventilador ao lado dele. Quem passava por ali baixava um app no seu smartphone e ajudava a girar o ventilador e resfriar o Sun-dae. Quando o Sundae era “salvo” do calor, o app gerava um vou-cher que dava um Sundae grátis a quem participava da ação (procu-re por “Save the sundae cone”).

Percebemos que a maioria dos anunciantes ainda não sabe como tratar essa nova mídia na região, mas é com cases como os citados

Ainda não, mas este trabalho co-meçou a ser desenvolvido agora, es-tamos em fase de apresentação. Pre-cisamos mostrar para as agências a possibilidade que elas têm em mãos. O modelo é relativamente novo no Brasil, mas em outros lugares, como na Times Square, em Nova York, os painéis já são bem utilizados.

Não substitui, mas vem pra ino-var o meio. Por exemplo, não ven-demos anúncios em bissemanas como os outdoors convencionais, fazemos os anúncios de acordo com a necessidade do cliente. No caso de um mercado, podemos fazer um anúncio diário com as ofertas de cada dia, por exemplo.

VOCÊS ACHAM QUE A MÍDIADE VOCÊS ÉBEM UTILIZADA PELAS AGÊNCIAS?

VOCÊSACHAM QUE ESSA MÍDIA SUBSTITUI O OUTDOOR?

acima, que os profissionais devem se inspirar para criar ações que utilizem de forma plena todas as possibilidades que os painéis ofe-recem. Em Blumenau, já temos três painéis (um em frente à Furb, outro na rua 7 de Setembro e um na Beira-Rio) e esperamos ver num futuro próximo, o desenvolvimen-to da mídia na região.

ALGUNS CASES

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Por Jéssica Pinheiro e Andrielle da Rosa

Merchandising social é uma in-serção intencional e com propó-sitos bem definidos de questões sociais e mensagens educativas.

Esta ferramenta é utilizada, prin-cipalmente, nas telenovelas, com intuito de transmitir mensagens socioeducativas e promover o de-bate sobre determinados assuntos que instiguem a mudança de com-portamento da sociedade.

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A Rede Globo, desde a telenove-la “O Espigão” (1974), que debateu ecologia e planejamento urbano, vem inserindo cada vez mais essas ações. E foi na década de 90 que o merchandising social começou a ser incluído com mais frequência na teledramaturgia brasileira. No-velas como “Avenida Brasil”, que tratou do abandono de crianças; “Amor à Vida”, com AIDS, homoa-fetividade e alcoolismo; “Império”, com Alzheimer e “Babilônia”, que chega com forte apelo nas cenas com casais do mesmo sexo, são exemplos de telenovelas recentes do horário nobre da Globo que fa-zem o uso do merchandising social.

As professoras da Universidade de São Paulo (USP) Maria Imma-colata Vassallo de Lopes e Maria Cristina Palma Mungioli explicam que a telenovela tornou-se uma forma de narrativa e um modo de participar de uma nação imagi-nada. Nela, é possível que os te-lespectadores sintam-se partici-pantes e mobilizem informações que circulam em torno deles, e ao mesmo tempo, no seu cotidiano. Além de ser um fenômeno cultu-ral por se caracterizar como um gênero popular, cria espaço pú-blico para compartilhar possíveis experiências, opiniões, proble-mas e projetar discussões.

O merchandising social, como su-gere o também professor da USP, Eneus Trindade, pode ser utilizado para educar a população. Entre-tanto, esse instrumento pode, ao mesmo tempo, ser uma perigosa ferramenta de controle social.

O professor afirma que o seu discurso é persuasivo, e faz com que o telespectador adquira com-portamentos que são impostos pelos autores.

Essa mensagem imposta possi-bilita a utilização do merchandi-sing social nas telenovelas como uma forma de reprodução e circu-lação do saber.

Para Eneus Trindade, as lingua-gens da Publicidade e Propagan-da resultam numa mistura de um discurso persuasivo que combina com o discurso sedutor.

Que faz com que o telespecta-dor seja persuadido a querer ver a novela para crer nela e só depois acreditar e aplicá-la na vida real.

Ou seja, o merchandising - seja ele qual for - visa um fazer - crer naquela situação ficcional, que poderia ser real, para estimular um querer no telespectador. É nesse sentido que o merchandising social busca propa-gar ações socioeducativas, por meio de cenas que simulam situações co-muns em nosso cotidiano.

O importante é não permitir que o merchandising ocupe os pensa-mentos por completo, desenvolven-do assim a Síndrome de Truman, onde a pessoa pensa estar vivendo numa ficção. Segundo o Hypescien-ce, especialistas ainda discutem se esta seria uma doença nova e dis-tinta - causada pelo alto valor que a cultura popular coloca na fama e na ficção - ou apenas uma faceta de um delírio paranoico, como as que podem ser causadas pela esquizo-frenia e algumas demências.

Perceber que o merchandising so-cial serve para promover o debate de uma forma positiva pode salvar alguém de uma passagem só de ida ao mundo da ficção.

Referências para construção do texto:LOPES, Maria Immacolata Vassallo de. Telenovela como recurso comunicativo. Revista Matrizes Ano 3 nº 1 ago./dez. 2009.LOPES, Maria Immacolata Vassallo de; MUNGIOLO, Maria Cristina Palma. Qualidade da Ficção Televisiva no Brasil:elementos teóricos para a construção de um novo modelo de análise. 2013.TRINDADE, E. Merchandising em telenovela: a estrutura de um discurso para o consumo. Comunicação, marketing, cultura.São Paulo: ECA/USP, p. 154-166, fev., 1999. Vozes, 2005.

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Morphy_17x24,5cm.pdf 1 24/05/2015 00:30:29

Por Luiza Machado e Tássia Grahl

Estamos numa sociedade marca-da pelo imediatismo. Percebemos a era digital despontar e revolucio-nar o mercado publicitário, propor-cionando facilidades para encurtar prazos no nosso cotidiano.

A tendência do “é pra ontem” move o mercado. Os jobs de “emer-gência” têm se tornado cada vez mais frequentes. Publicitários com prazos “urgentes” fazem plantões movidos à café e pizza. Lidam com pilhas diárias de exigências qua-se tão enormes quanto as filas do postinho. Correm contra o relógio para salvarem marcas sem planeja-mento eficiente.

Pressão cronológica, cobranças baseadas na necessidade momen-tânea e pautas lotadas funcionam como fatores que diminuem a imu-nidade criativa. A falta de tempo adoece as ideias.

O Ministério da Saúde adverte: em casos de Jobs de emergência e demanda excessiva de trabalho, proteja seu processo criativo.

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Todos nós temos horários em que estamos mais propensos a ter boas ideias, horários em que não queremos fazer muita coisa. Então basta observar qual é esse horário do seu dia e utilizá-lo para execu-tar o seu trabalho.*

Você precisa reparar fatores que inconscientemente abram a vál-vula criativa e disparem as suas ideias, tudo aquilo que faz seu cére-bro entrar no modo de produção.*

Foco em excesso também cega a mente. Nos horários em que se sentir cansado, leia blogs e faça coisas que te inspirem. Fazer pau-sas também funciona bastante. Beethoven fazia passeios todas as tardes, acompanhado de bloqui-nhos e caneta para anotar tudo o que viesse à mente.*

Rex Jung,neurocientista da Universidade do Novo México, nos EUA.

“Você precisa encontrar algo que faça seu cérebro tirar o foco do problema e ir para outros lugares.”

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Proteja seu horário criativo

Encontre os “gatilhos” da sua criatividade

Turn OFF

Para quem trabalha na área, a palavra prazo pode ser sinônimo de palpitações, estresse e enjoo. Porém, o deadline é fundamental

no processo de organização. Mas afinal, de quanto tempo precisa-mos para realizar cada projeto? Existem algumas “medidas de pre-

venção” para evitar dores de cabe-ça com os sintomas das exigências dos jobs do dia a dia:

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O twitter é uma ótima ferramen-ta para isso. Siga pessoas diferen-tes de você e aproveite o que elas compartilham para conhecer con-teúdos novos.**

Ler, fazer e conhecer coisas no-vas com frequência amplia a sua referência criativa. Exemplos sem-pre ajudam a fortalecer uma ideia. Quentin Tarantino, por exemplo, considerado por muitos um dos maiores nomes do cinema atual e um dos mais criativos, é um liqui-dificador humano de referências.**

Crie o hábito de anotar tudo que você vê, lê ou venha a lem-brar. Jamais confie na sua me-mória, provavelmente vai acabar esquecendo algum pensamento ou ideia brilhante. Utilizar o bloco de notas do celular é uma ótima ferramenta também.*

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Amplie sua referência criativa

Note e anote tudo

Mantenha contato com pessoas de perfis variados

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As melhores ideias surgem quan-do pessoas com habilidades diver-sas abordam o mesmo problema e trocam ideias. Se cada uma de-las apresenta uma visão diferente, há chances maiores de surgir uma boa solução.**

A intuição nada mais é do que uma função cerebral guiada por experiências, nem sempre cons-cientes, e memórias escondidas no nosso cérebro. Pessoas criativas exercitam, valorizam e expressam suas intuições. Dê vazão, com bom senso, a suas sensações pouco an-coradas na lógica e na razão.***

Criatividade nada mais é do que associação. Esteja em constante contato com aquilo que te inspira; preste atenção no mundo a sua volta, e deixe as ideias fluírem.

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Lembre-se, não existem gênios solitários

Confie no “sexto sentido”

Referências para construção do texto:* Guia Prático da Criatividade: Revista Super Interessante - Janeiro de 2014 - por Carol Castro.** Steve Johnson, autor do livro “De Onde Vem as Boas Ideiais”: Palestrante em eventos como o TED, em uma entrevista para a Revista Exame, em Setembro de 2014*** www.leandroteles.com.br

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Por Lucas Sutter Freitas

Mais desalinhada que letra de doutor, a publicidade setraveste de medicamento para tentar curar as feridas abertas de ummercado que se diz cicatrizado. Suas camadas de maquiagem têm

propriedades de placebo na saúde de posicionamentos moribundos.Não há bandagem que estanque a necessidade de transformação.

Se não for agora, que aconteça logo. Cansamos de ser pacientes.