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JOGOS, BRINCADEIRAS E BRINQUEDO: TEORIAS E PRÁTICAS NA PSICOMOTRICIDADE Profª. Layra Dantas

Jogos, Brincadeiras e Brinquedo

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sobre jogos

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JOGOS, BRINCADEIRAS E BRINQUEDO: TEORIAS E

PRÁTICAS NA PSICOMOTRICIDADE

Profª. Layra Dantas

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PRÁTICA PSICOMOTORA

Pretende promover, pela expresividade motora

espontânea da criança, um retorno indireto a uma fase do

desenvolvimento, onde o tônus, a emoção e os fantasmas estão

ligados intimamente ao psiquismo

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DEFINIÇÕES

Jogo: “Atividade física ou mental organizada por um sistema de regras que definem a perda ou ganho; empregado como meio de investigação ou tratamento psicológico”

Brincadeira: “Ato ou efeito de brincar; divertimento sobretudo entre crianças; brinquedo, jogo, passatempo”

Brinquedo: “Objeto que serve para as crianças brincarem; jogo de crianças, brincadeira”

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Para a socióloga Gisela Wajskop(1995)

A brincadeira exercita o faz-de-conta diferentemente do jogo didático e

recreaçãoDe modo que brincando ela possa

desenvolver sua autonomia e criatividade

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NAS FASES DA INFÂNCIA, O QUE OCORRE?

Até os dois anos: as suas representações inconscientes serão atualizadas na expressividade motora, pelas brincadeiras; por transformação

Aqui a sensoriomotricidade e afetividade estão na origem dos processos psíquicos

A partir dos seis ou sete anos: o pensamento fica mais dinâmico e abstrato; fase das operações concretas

Passa da ação para as estruturas lógicasPré-escola: aqui tudo é jogo,

desenvolvimento qualitativo das atividades lúdicas

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O principal objetivo do Psicomotricista é:

Compreender o sentido da ação espontânea da

criança: Perguntar como e porquê a

criança constrói e desenvolve suas

representações simbólicas e quais referências teve para

formá-las

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1ª referência: mãe Representações inconscientes

Representações de transformações

Esquemas de ação (trocas de papéis)(presentes nas brincadeiras espontâneas e

trazem prazer para criança)* Fantasmar:

Imaginação que visa realizar o desejo da criança

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Com os fantasmas, a criança desvia seu interesse na direção do jogo, atenuando suas angústias (Ex: separação)

Livrando-se das angústias agindo e brincando

A importância do jogo para criança reflete bastante sua personalidade

Já dizia Platão: “ Quando nos propomos a ensinar às crianças, lançando mão de algum jogo, seguramente iremos detectar tendências naturais já instaladas em cada uma delas”

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O jogo é terapêutico diante da existência de patologias psicomotoras

Necessário:

Sala com ambientação apropriada, com materiais que possibilitem transformações;

Organização do espaço e do tempo; Interação entre ela e o Outro (existe a

possibilidade de escolha e esta será respeitada);

Atentar para as palavras utilizadas

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TIPOS DE JOGOS

Para Piaget (de acordo com os estágios de desenvolvimento):

Jogos de exercício: primeiras manifestações lúdicas

A criança repete por vezes o esquema do ato de jogar, pelo prazer de repetir

Jogos simbólicos: 2-3 anos, fase do faz-de-conta

Transforma imaginariamente as coisas (Ex: pedrinhas em alimento)

Importante para o cognitivo e afetivo

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Jogos de regras: estágio de operações concretas e formais

Permite uma aproximação ao mundo mental da criança.

Aqui não é o jogo em si que estimula o desenvolvimento mas sim a própria ação de jogar que depende da assimilação e compreensão das regras do jogo

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“ O jogo reveste-se de um significado funcional, por meio do qual a realidade é incorporada pela criança e transformada,

quer em função dos seus hábitos motores (jogo em exercício), quer em função das necessidades do Eu (jogo

simbólico), quer em função das exigências de reciprocidade (jogo de

regras)”

Piaget

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Para Lapierre (contribuição psicanalítica)

Jogos Expressivos Sensório-motores: revelam o prazer corporal,

libera tensões, trabalham equilíbrio e controle de uma situação. Ex: esconde-esconde (aprende a esperar,agir junto c o outro

Socializados e de regras: atividades padronizadas e aceitas pelo grupo. Ex: pega-pega, queimada, passa-anel, esportes...

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Jogo Simbólicos Dramatizações pré-conscientes: “jogo de

papéis”. A criança expressa seu mundo através do lúdico (angústias, desejos e condutas de relacionamento)

Jogos criativos com elemento simbólico imprevisto: O ator defronta-se com algo que não esperaEvidencia de modo menos disfarçado elementos do inconsciente

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Jogo Fantasmático

Aqui toda carga afetiva e emocional são liberadas no jogo

O jogo simbólico passa ater o personagem vivido

Não tem mais o “como se” vive-se o “é isso”

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“ Brinca-se com objetos (bolas, bambolês, cordas, papéis...) sem objetivos e sem regras. As

relações se estabelecem nos encontros que ocorrem segundo o “acaso”. Consciente ou inconscientemente cada um projeta aí seus

fantasmas. Identifica-se ou identifica o outro com imagens projetivas.

Os sentimentos ligados originalmente às imagens projetivas parentais se transferem sobre o animador e sobre os outros participantes

Os “papéis” aqui, aparecem espontaneamente na ação e podem flutuar até mesmo se inverter no curso da evolução das situações imprevistas que

provocam uma resposta corporal imediata”

Lapierre

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“Ao brincar a criança desloca para o exterior, seus medos, angústias e

problemas internos dominando-os por meio da ação.

Repete no brinquedo todas as situações excessivas para seu ego fraco e isto lhe

permite devido o domínio com os objetos, tornar ativo aquilo que sofreu

passivamente... Tolerar papéis e situações que seriam problemas na vida real, tanto interna como externamente e

também repetir a vontade situações prazerosas”

Arminda Aberastury