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PANORAMA PG 4 www.circuitomt.com.br CIRCUITOMATOGROSSO CUIABÁ, DE 14 A 20 DE ABRIL DE 2016 JOGOS OLÍMPICOS Falta de incentivo expulsa atletas Atletas e, principalmente, paratletas sofrem com a falta de estrutura e políticas públicas para o esporte em Mato Grosso pesar do pouco ou nenhum apoio do estado de Mato Grosso ao esporte, alguns atletas e pa- ratletas do estado possivelmente estarão presentes nas Olímpiadas do Rio 2016. A competição faz parte do calendá- rio mundial e reúne atletas de todo mundo, sen- do seu símbolo a junção dos cinco continentes. Desde sua criação, os Jogos Olímpicos têm grande importância, sendo capazes de interromper até guerras entre cidades, num ri- tual conhecido por “trégua sagrada”. Se para o Brasil já funcionou mais ou menos dessa maneira nas edições passadas, este ano sendo sede do evento a sensação de “trégua” no País deverá ser ainda mais forte. As Olímpiadas trarão movimentação para a economia e uma válvula de escape para a população, que amortece por alguns dias de seus problemas, escândalos políticos, e vibra com os atletas de seu país e estado. Do ou- tro lado, os atletas sofrem uma pressão ain- da maior por concorrer em sua terra natal. As Olímpiadas têm uma relevância enorme na carreira dos competidores, que treinam anos, abandonam metas pessoais - como fez o cuia- bano David Moura com o curso de Ciências Sociais na UFMT - e se dedicam exclusiva- mente aos Jogos. Atletas e pa- ratletas de Mato Grosso têm chan- ces reais de en- trar para disputa. Alguns já são co- nhecidos do gran- de público mato- grossense, como o judoca David Moura, o nadador Felipe Lima, o ve- A Por Bruna Gomes locista Lucas Prado e a jogadora de goalball Jerusa Santos. Entre os menos famosos estão Ana Tiemi do voleibol e a velocista Vanusa Santos. A canoísta Ana Sátila é a única mato-grossense que já tem vaga garantida nos Jogos Olímpicos. Apesar de mato-grossenses, os atletas citados representarão Mato Grosso somente como cidadãos, já que como atletas estão todos federados a outros estados. Essa situação é resul- tado da ausência de estrutura e suporte financeiro aos esportistas mato-grossenses, principalmente aqueles de alto rendimento. “É difícil treinar no setor de alto rendimento, porque infe- lizmente Mato Grosso não pro- porciona nada. Eu fui embora por causa disso, não me oferecia nada. É muito difícil um atleta paralímpico crescer no estado de Mato Grosso”, diz o paratleta Lucas Prado, integrante da sele- ção de atletismo do Brasil. O Presidente da Federação de Judô, Fer- nando Moimaz, atenta para situação do es- porte no estado. “Acho que de uma forma geral, o esporte está abandona- do. Um estado que não tem nem secretaria de esporte vai falar o que? Vai ter olimpíada no Brasil, teve Copa do Mundo em Cuia- bá, mas não temos política de esporte aqui”. Sobre a falta de uma secretaria de esporte no estado, Fernando se refere à junção das pastas de Esporte e Educação, ocorrida no começo do mandato de Pedro Ta- ques (PSDB), em 2015. O tucano tornou a Secretaria de Esporte e Lazer (SEEL) um departamento dentro da an- tiga secretaria de educação, que se tornou Se- cretaria Estadual de Educação, Esporte e La- zer (Seduc). Enquanto o setor de esporte se tornou Secretaria Adjunta de Esporte e Lazer (SEEL). Segundo o governador, a quase supressão da secretaria de esporte é uma estratégia para enxugar a máquina pública e diminuir a burocracia. Fernando Moimaz, pelo contrário, diz enxergar esta junção como uma maneira de diminuir ainda mais os investimentos ao esporte, e aponta para a necessidade de um diálogo entre as federações e o estado de Mato Grosso. “O governador deveria chamar quem realmente toca o esporte neste estado para ter uma conversa aberta, definir o que pre- cisa fazer para melhorar esta situação. Não dá para colocar no estado quem não ama o es- porte, mas se vale dele como política”, declarou Fernando. A única política pública de suporte aos atletas da Se- cretaria Adjunta de Esporte e Lazer de Mato Grosso é Pro- jeto Olimpus - Bolsa Atleta. Um incentivo mensal que varia entre R$ de 500 e R$ 800 reais por mês durante um ano. O projeto abrange duas ca- tegorias: estudantil, para alunos entre 12 e 16 anos que participem de Olímpiadas Escolares e obtenham até 6ª colocação. E a categoria nacional, para atletas federados que possuam títulos nacionais em eventos oficiais do Calendário do Ministério do Esporte. No entanto, esse incentivo está sem funcionar desde 2012. Em nota, a SEEL afirma que no ano de 2012, apesar de o edital ter sido publicado e os candidatos terem feito todo o trâmite legal, o então secretá- rio alegou falta de verba para o pagamento. Relativo aos anos de 2013 e 2014, há um parecer da Procuradoria Geral do Es- tado (PGE), concluindo pelo não pagamento desses auxílios. Na decisão argumenta-se que não havia mais a necessidade da bolsa, já que a maioria dos atletas havia parado de treinar e aqueles que ainda treinavam não estavam mais em Mato Grosso. Em 2015 nenhuma bolsa foi concedida devido a problemas técnicos refe- rentes à documentação de todos os atletas soli- citantes. Este ano um novo edital para o Bolsa Atleta foi divulgado e as inscrições terminaram no dia 7 de abril. De acordo com Marcino Benedito de Oli- veira, coordenador de Educação Especial da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), esse período sem qualquer auxílio proporcionou perdas imensuráveis. “Quatro anos sem investimento desanima o atleta, eu e todo mundo que faz um trabalho em torno disso. Os atletas que es- tão se destacando mundialmente, a Teresinha, a Gerusa e o Lucas, são daqui de Mato Grosso. Poderiam estar representan- do o estado nas Paralímpiadas de 2016, mas infelizmente por falta de políticas de investimento e aprimoramento eles foram embora. É um prejuízo imenso para quem trabalha na base”, afirma. Marcino ainda completa que se os atletas se prejudicam com a falta de apoio do estado, os paratletas sofrem ainda mais com a situa- ção, devido à maior dificuldade para formar um atleta paralímpico. As soluções apresentadas por quem traba- lha com o esporte em Mato Grosso se baseiam em uma única palavra: investimento. Para Marcino, Fernando e Lucas Prado a situação poderia melhorar se houvesse a criação de uma federação paralímpica de esporte, con- dições decentes de trabalho, valorização do atleta e dos professores, além de construção de locais regulares de treinamento e tratamento. O governo do estado sinaliza a possível cria- ção de mais um projeto de auxílio aos atletas, o “Passaporte do Esporte”. A ideia é que o es- tado, por meio de convênio com as federações esportivas, disponi- bilize certa quantia de passagens para que os atletas esta- duais possam viajar gratuitamente para competir dentro de Mato Grosso. Se aprovado, o projeto começará a funcio- nar no ano que vem. MATO-GROSSENSES QUE PODEM PARTICIPAR DAS OLÍMPIADAS DO RIO 2016 ATLETAS David Moura – Judô Filho do consagrado judoca mato-gros- sense Fenelon Müller, David é estudado pe- los adversários por conta de sua agilidade, apesar do peso. O judoca, de 28 anos e 130 kg, já conquistou o ouro nos Jogos Pan-ame- ricanos de 2015 e nos Jogos Sul-americanos de 2014, além de ter sido campeão pan-a- mericano em 2015 e campeão da Copa do Mundo de San Salvador em 2010. Felipe Lima Felipe Lima começou a nadar aos 12 anos por indicação médica e nunca mais parou. Hoje, aos 31 anos, o cuiabano acu- mula medalhas de ouro e prata nos Jogos Pan-americanos de 2015 e nos Jogos Pan-americanos de 2011, e ouro nos Jogos Sul-americanos de 2014. Ana Tiemi Com quase 1,90m de altura, a levanta- dora Ana Tiemi já passou por vários times brasileiros, como Minas Tênis Clube, Osasco, Vôlei Futuro, Bauru, e a equipe turca Bursa Büyüksehir. Natural de Nova Mutum, Ana já ganhou medalha de prata nos Jogos Pan-a- mericanos de 2015 e foi campeã do Grand Prix de 2009. Ana Sátila Natural de Primavera do Leste, Ana Sátila é a única atleta que já tem vaga garantida nas Olímpiadas do Rio de 2016, além de possuir um currículo de conquistas invejável. Aos doze anos já fazia parte da seleção brasileira de ca- noagem slalom, aos 16 foi a mais jovem atleta brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres. E hoje, aos 20, é hexacampeã brasileira na cate- goria K1, ouro nos Jogos Pan-americanos em 2015, bicampeã pan-americana na categoria C1 em 2012 e 2014 e campeã pan-americana na categoria K1 em 2014. Vanusa Henrique dos Santos Nascida no interior de Mato Grosso, na cidade de Carlinda, Vanusa compete no atle- tismo de campo. Aos 26 anos já foi campeã ibero-americana em 2014, campeã do Troféu Brasil em 2014 e 2015, e campeã sul-americana sub-23 em 2012. PARATLETAS Lucas Prado Lucas já experimentou o futebol de 5, o goalball, mas se identificou mesmo com o atletismo, em 2006. Desde então, já obteve ouro no Mundial de Atletismo de 2011 e 2012, nos Jogos Parapan-Americanos de 2011, nas Paralímpiadas de 2008 e nos Jogos Parapa- nAmericanos do Rio de 2007. Além disso, é detentor do recorde mundial dos 100m e 200m, sendo o cego mais rápido do mundo. Jerusa dos Santos A velocista cuiabana é um daqueles casos de atletas que começaram tarde, mas alcan- çaram resultado rapidamente. Começou a competir aos 20 anos e, hoje, com 33, já trou- xe bronze nos 200m rasos nas Paralímpiadas de 2008, prata nos 100m e 200m rasos nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012. INOVAFOTO-COB MARCIO RODRIGUES DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO Ana Sátila, de Primavera do Leste, é uma das promessas do esporte brasileiro nas Olímpiadas do Rio 2016 Ana Tiemi - Vôlei David Moura - Judô Felipe Lima - Natação Jerusa dos Santos - Atletismo Lucas Prado - Goalball

JOGOS OLÍMPICOS Falta de incentivo expulsa atletas

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PANORAMA PG 4www.circuitomt.com.br

CIRCUITOMATOGROSSOCUIABÁ, DE 14 A 20 DE ABRIL DE 2016

JOGOS OLÍMPICOS

Falta de incentivo expulsa atletasAtletas e, principalmente, paratletas sofrem com a falta de estrutura e políticas públicas para o esporte em Mato Grosso

pesar do pouco ou nenhum apoio do estado de Mato Grosso ao esporte, alguns atletas e pa-ratletas do estado

possivelmente estarão presentes nas Olímpiadas do Rio 2016. A competição faz parte do calendá-rio mundial e reúne atletas de todo mundo, sen-do seu símbolo a junção dos cinco continentes.

Desde sua criação, os Jogos Olímpicos têm grande importância, sendo capazes de interromper até guerras entre cidades, num ri-tual conhecido por “trégua sagrada”. Se para o Brasil já funcionou mais ou menos dessa maneira nas edições passadas, este ano sendo sede do evento a sensação de “trégua” no País deverá ser ainda mais forte.

As Olímpiadas trarão movimentação para a economia e uma válvula de escape para a população, que amortece por alguns dias de seus problemas, escândalos políticos, e vibra com os atletas de seu país e estado. Do ou-tro lado, os atletas sofrem uma pressão ain-da maior por concorrer em sua terra natal. As Olímpiadas têm uma relevância enorme na carreira dos competidores, que treinam anos, abandonam metas pessoais - como fez o cuia-bano David Moura com o curso de Ciências Sociais na UFMT - e se dedicam exclusiva-

mente aos Jogos.Atletas e pa-

ratletas de Mato Grosso têm chan-ces reais de en-trar para disputa. Alguns já são co-nhecidos do gran-de público mato-grossense, como o judoca David Moura, o nadador Felipe Lima, o ve-

APor Bruna Gomes locista Lucas Prado e a jogadora

de goalball Jerusa Santos. Entre os menos famosos estão Ana Tiemi do voleibol e a velocista Vanusa Santos. A canoísta Ana Sátila é a única mato-grossense que já tem vaga garantida nos Jogos Olímpicos.

Apesar de mato-grossenses, os atletas citados representarão Mato Grosso somente como cidadãos, já que como atletas estão todos federados a outros

estados. Essa situação é resul-tado da ausência de estrutura e suporte financeiro aos esportistas mato-grossenses, principalmente aqueles de alto rendimento.

“É difícil treinar no setor de alto rendimento, porque infe-lizmente Mato Grosso não pro-porciona nada. Eu fui embora por causa disso, não me oferecia nada. É muito difícil um atleta paralímpico crescer no estado de Mato Grosso”, diz o paratleta Lucas Prado, integrante da sele-ção de atletismo do Brasil.

O Presidente da Federação de Judô, Fer-nando Moimaz, atenta para situação do es-porte no estado. “Acho que de uma forma geral, o esporte está abandona-do. Um estado que não tem nem secretaria de esporte vai falar o que? Vai ter olimpíada no Brasil, teve Copa do Mundo em Cuia-bá, mas não temos política de esporte aqui”.

Sobre a falta de uma secretaria de esporte no estado, Fernando se refere à junção das pastas de Esporte e Educação, ocorrida no começo do mandato de Pedro Ta-ques (PSDB), em 2015. O tucano tornou a Secretaria de Esporte e Lazer (SEEL) um departamento dentro da an-tiga secretaria de educação, que se tornou Se-cretaria Estadual de Educação, Esporte e La-

zer (Seduc). Enquanto o setor de esporte se tornou Secretaria Adjunta de Esporte e Lazer (SEEL). Segundo o governador, a quase supressão da secretaria de esporte é uma estratégia para enxugar a máquina pública e diminuir a burocracia.

Fernando Moimaz, pelo contrário, diz enxergar esta junção como uma maneira de diminuir ainda mais os investimentos ao esporte, e aponta para a necessidade de um diálogo entre as federações e o estado de Mato Grosso. “O governador deveria chamar quem realmente toca

o esporte neste estado para ter uma conversa aberta, definir o que pre-cisa fazer para melhorar esta situação. Não dá para colocar no estado quem não ama o es-porte, mas se vale dele como política”, declarou Fernando.

A única política pública de suporte aos atletas da Se-cretaria Adjunta de Esporte e Lazer de Mato Grosso é Pro-jeto Olimpus - Bolsa Atleta. Um incentivo mensal que

varia entre R$ de 500 e R$ 800 reais por mês durante um ano. O projeto abrange duas ca-tegorias: estudantil, para alunos entre 12 e 16 anos que participem de Olímpiadas Escolares e

obtenham até 6ª colocação. E a categoria nacional, para atletas federados que possuam títulos nacionais em eventos oficiais do Calendário do Ministério do Esporte. No entanto, esse incentivo está sem funcionar desde 2012.

Em nota, a SEEL afirma que no ano de 2012, apesar de o edital ter sido publicado e os candidatos terem feito todo o trâmite legal, o então secretá-rio alegou falta de verba para o

pagamento. Relativo aos anos de 2013 e 2014, há um parecer da Procuradoria Geral do Es-tado (PGE), concluindo pelo não pagamento

desses auxílios. Na decisão argumenta-se que não havia mais a necessidade da bolsa, já que a maioria dos atletas havia parado de treinar e aqueles que ainda treinavam não estavam mais em Mato Grosso. Em 2015 nenhuma bolsa foi concedida devido a problemas técnicos refe-rentes à documentação de todos os atletas soli-citantes. Este ano um novo edital para o Bolsa Atleta foi divulgado e as inscrições terminaram no dia 7 de abril.

De acordo com Marcino Benedito de Oli-veira, coordenador de Educação Especial da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), esse período sem qualquer auxílio proporcionou perdas imensuráveis. “Quatro anos sem investimento desanima o atleta, eu e todo mundo que faz um trabalho em torno disso. Os atletas que es-tão se destacando mundia lmente , a Teresinha, a Gerusa e o Lucas, são daqui de Mato Grosso. Poderiam estar representan-do o estado nas Paralímpiadas de 2016, mas infelizmente por falta de políticas de investimento e aprimoramento eles foram embora. É um prejuízo imenso para quem trabalha na base”, afirma.

Marcino ainda completa que se os atletas se prejudicam com a falta de apoio do estado, os paratletas sofrem ainda mais com a situa-ção, devido à maior dificuldade para formar um atleta paralímpico.

As soluções apresentadas por quem traba-lha com o esporte em Mato Grosso se baseiam em uma única palavra: investimento. Para Marcino, Fernando e Lucas Prado a situação poderia melhorar se houvesse a criação de uma federação paralímpica de esporte, con-dições decentes de trabalho, valorização do atleta e dos professores, além de construção de locais regulares de treinamento e tratamento.

O governo do estado sinaliza a possível cria-ção de mais um projeto de auxílio aos atletas, o “Passaporte do Esporte”. A ideia é que o es-tado, por meio de convênio com as federações esportivas, disponi-bilize certa quantia de passagens para que os atletas esta-duais possam viajar gratuitamente para competir dentro de Mato Grosso. Se aprovado, o projeto começará a funcio-nar no ano que vem.

MATO-GROSSENSES QUE PODEM PARTICIPAR DAS OLÍMPIADAS DO RIO 2016

ATLETAS

David Moura – JudôFilho do consagrado judoca mato-gros-

sense Fenelon Müller, David é estudado pe-los adversários por conta de sua agilidade, apesar do peso. O judoca, de 28 anos e 130 kg, já conquistou o ouro nos Jogos Pan-ame-ricanos de 2015 e nos Jogos Sul-americanos de 2014, além de ter sido campeão pan-a-mericano em 2015 e campeão da Copa do Mundo de San Salvador em 2010.

Felipe LimaFelipe Lima começou a nadar aos 12

anos por indicação médica e nunca mais parou. Hoje, aos 31 anos, o cuiabano acu-mula medalhas de ouro e prata nos Jogos Pan-americanos de 2015 e nos Jogos Pan-americanos de 2011, e ouro nos Jogos Sul-americanos de 2014.

Ana TiemiCom quase 1,90m de altura, a levanta-

dora Ana Tiemi já passou por vários times

brasileiros, como Minas Tênis Clube, Osasco, Vôlei Futuro, Bauru, e a equipe turca Bursa Büyüksehir. Natural de Nova Mutum, Ana já ganhou medalha de prata nos Jogos Pan-a-mericanos de 2015 e foi campeã do Grand Prix de 2009.

Ana SátilaNatural de Primavera do Leste, Ana Sátila

é a única atleta que já tem vaga garantida nas Olímpiadas do Rio de 2016, além de possuir um currículo de conquistas invejável. Aos doze anos já fazia parte da seleção brasileira de ca-noagem slalom, aos 16 foi a mais jovem atleta brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres. E hoje, aos 20, é hexacampeã brasileira na cate-goria K1, ouro nos Jogos Pan-americanos em 2015, bicampeã pan-americana na categoria C1 em 2012 e 2014 e campeã pan-americana na categoria K1 em 2014.

Vanusa Henrique dos SantosNascida no interior de Mato Grosso, na

cidade de Carlinda, Vanusa compete no atle-tismo de campo. Aos 26 anos já foi campeã

ibero-americana em 2014, campeã do Troféu Brasil em 2014 e 2015, e campeã sul-americana sub-23 em 2012.

PARATLETAS

Lucas PradoLucas já experimentou o futebol de 5, o

goalball, mas se identificou mesmo com o atletismo, em 2006. Desde então, já obteve ouro no Mundial de Atletismo de 2011 e 2012, nos Jogos Parapan-Americanos de 2011, nas Paralímpiadas de 2008 e nos Jogos Parapa-nAmericanos do Rio de 2007. Além disso, é detentor do recorde mundial dos 100m e 200m, sendo o cego mais rápido do mundo.

Jerusa dos SantosA velocista cuiabana é um daqueles casos

de atletas que começaram tarde, mas alcan-çaram resultado rapidamente. Começou a competir aos 20 anos e, hoje, com 33, já trou-xe bronze nos 200m rasos nas Paralímpiadas de 2008, prata nos 100m e 200m rasos nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012.

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Ana Sátila, de Primavera do Leste, é uma

das promessas do esporte

brasileiro nas Olímpiadas do

Rio 2016

Ana Tiemi - Vôlei

David Moura - Judô

Felipe Lima - Natação

Jerusa dos Santos - Atletismo Lucas Prado - Goalball