Jonh Keynes

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  • 7/25/2019 Jonh Keynes

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    John Maynard Keynes

    O EQUILBRIO KEYNESIANO

    CLAUDIA FERNANDES

    Aluno N 21120104

    TIAGO SOARES

    Aluno N 21130122

    RICARDO NOGUEIRA

    Aluno N 21140259

    RESUMO: Keynes foi um dos economistas que mais influenciou o sculo XX. Estetrabalho relata a sua vida e obra na Biografia, aborda os aspectos mais importantes dateoria Keynesiana, compara-a com a teoria Clssica e relaciona-a com a GrandeDepresso. Foca ainda o Incentivo ao Investimento e a forma como a sua teoria serelaciona com a Procura da Moeda.

    INSTITUTO POLITCNICO DE COIMBRA

    INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE COIMBRA

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

    MAIO DE 2007

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    NDICE

    1. Biografia de John Maynard Keynes .. 2

    2. Economia Keynesiana Aspectos mais importantes 4

    3. Comparao com a Economia Clssica . 5

    4. Relao com a Grande Depresso .. 7

    5. Incentivo ao investimento 8

    6. Teoria Keynesiana da procura da moeda .. 9

    7. Bibliografia . 10

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    1. BIOGRAFIA DE JOHN MAYNARD KEYNES

    Nasceu emCambidge a 5 de Junho de 1883, no seio de uma famlia da elite intelectualda poca. O seu pai, Dr.John Neville Keynes, professor de economia poltica e lgica daUniversidade deCambridge , que tambm veio a ocupar um alto cargo administrativo namesma instituio. A sua me, filha de um ministro e foi uma das primeiras mulheres acursar nessa universidade.

    Figura 1: John Maynard Keynes

    "... as ideias dos economistas e dos filsofos polticos, tanto quando esto certos comoquando esto errados, so muito mais poderosas do que normalmente se imagina. Naverdade, o mundo governado quase que exclusivamente por elas. Homens prticos,que se julgam imunes a quaisquer influncias intelectuais, geralmente so escravos dealgum economista j falecido." John Maynard Keynes

    Graas sua inteligncia e aos conhecimentos dos pais, foi aceite no Eton College , onde

    mostrou, entre outros, o seu talento para as matemticas.De Eton passou para oKings College da Universidade deCambridge , onde obteve oseu diploma em 1905. Foi considerado o mais brilhante estudante de Alfred Marshall e

    A.C. Pigou , os dois mais notveis economistas deCambridge . Influenciado por Alfred Marshall o seu interesse pelas matemticas diminuiu e pela politica e economiaaumentou.

    Em 1906, ficou em segundo lugar num concurso de recrutamento dosCivil Servants (corpo de altos funcionrios do imprio), apesar e ironicamente, de uma nota medocreem cincias econmicas. Foi ento colocado no Indian Office (Ministrio dos Negciosdas ndias), emWhitehall . Embora tivesse preferido ir para oTreasury Department ,exerceu funes at 1908.

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    O tdio e a oportunidade proporcionada por uma reestruturao do departamentoeconmico de Cambridge levou-o demisso do seu cargo e o regresso aCambridge para ser professor at 1915. Fez parte do Kings College at ao fim da sua vida.

    Como jornalista, para alm dos seus artigos em diversas publicaes, foi director do Economic Jornal , em 1911, uma conceituada revista terica de cincias econmicas. Foitambm secretrio da Royal Economic Society .

    Fruto da sua experincia no Indian Office publicou, em 1913, Indian Currency andFinance (A moeda e as Finanas nas ndias), no qual crtica entre outras coisa o sistemamonetrio internacional com o padro ouro como base.

    Em 1915, -lhe por fim oferecido um lugar no British Treasury (Tesouro Britnico).Dada a sua importncia, fez parte dos delegados britnicos Conferncia de Paz deParis, em 1919, o que o levaria, no seu regresso a Inglaterra, a demitir-se do cargo queocupava por discordar do acordo feito com a Alemanha. Neste acordo os pasesvencidos eram obrigados a pagar reparaes de guerra, o que Keynes consideravavindicativo, imoral e impraticvel. Este acordo iria na sua opinio criar gravssimos problemas economia alem, o que provocaria o repdio do mesmo por parte daAlemanha e o consequente rearmamento de toda a Europa. A histria vir-lhe-ia a darrazo.

    No Outono desse mesmo ano foi publicado The Economic Consequences of the Peace(As Consequncias econmicas da Paz), um livro onde Keynes desenvolve as suasopinies sobre o acordo alcanado e o tornou internacionalmente conhecido.

    As suas posies obrigaram ao seu afastamento dos crculos oficiais britnicos.

    Voltou a Cambridge onde leccionou, administrou as finanas da universidade,"preocupado em adquirir a independncia que a fortuna d" enriqueceu custa deespeculao com divisas, militou no partido liberal, escreveu diversos artigos e livrosentre os quais A Treatise on Probability (Tratado de Probabilidades), em 1921, Tract onMonetary Reforme (Ensaio sobre a Reforma Monetria), em 1923 e A Treatise onMoney (Tratado sobre a Moeda), em 1930.

    Em 1936 publicada a sua mais importante obra terica The General Theory ofEmployment, Interest and Money (A Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda),que veio a iniciar a chamada "Revoluo Keynesiana".

    Em 1937 sofre um severo ataque cardaco. Ainda no totalmente recuperado regressaaos meios oficiais agora como um dos administradores do Banco de Inglaterra, sendoconsiderado por muitos como o "economista oficial da Gr-Bretanha".

    Em 1942 recebe o ttulo de Baro de Tilton.

    Durante a Segunda Grande Guerra John Maynard Keynes foi o principal arquitecto da poltica econmica da Gr-Bretanha, depois teve um importante papel comorepresentante do Reino Unido na Conferncia de Bretton Woods (Abril-Junho de 1944)onde viria a ser criado um novo sistema monetrio internacional. Embora o PlanoWhite, americano, se sobrepusesse ao Plano Keynes na conferncia, as suas ideiastiveram uma importncia relevante para novo sistema criado.

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    O seu ltimo grande feito foi a negociao de um emprstimo dos Estados Unidos Inglaterra de vrios bilhes de dlares.

    Tambm a sua vida social e mundana foi muito activa. Cambridge introduziu-o s elites

    dos crculos culturais. Esteve ligado ao Bloomsburry, grupo onde se reuniam escritores, pintores e intelectuais da poca. Foi mecenas de vrios eventos e foi decisiva a suainterveno para a criao do Arts Council. Apesar da sua homossexualidade, casou em1925 com Lydia Lopokova, uma bailarina do ballet Diaghilev.

    Morreu a 20 de Abril de 1946 vtima de um novo ataque cardaco em Firle, Sussex, umcondado ingls junto ao canal da Mancha.

    Baron John Maynard Keynes foi uma figura da economia do sculo XX; para alm doseu papel activo na economia mundial, as suas ideias influenciaram as polticaseconmicas de muitos governos desde a Segunda Guerra Mundial at aos dias de hoje.

    Palavras-Chave: Keynes, John Maynard, 1883-1946; As Consequncias econmicasda Paz; A Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda; Revoluo Keynesiana.

    2. ECONOMIA KEYNESIANA ASPECTOS MAISIMPORTANTES

    A Economia Keynesiana (keynesianismo), uma teoria da despesa total da economia(designada por procura agregada) e dos seus efeitos na produo e na inflao.

    Em primeiro lugar, e quanto aos objectivos, tratava-se de dar primazia ao crescimento eao pleno emprego, e no estabilidade monetria e competitividade externa.

    Em segundo lugar, e quanto aos instrumentos, as politicas monetria e oramentaldeveriam estimular a procura agregada (consumo e investimento escala nacional) e o prprio investimento pblico teria um papel importante a desempenhar. Alm do mais, poderiam justificar-se finanas pblicas desequilibradas a curto prazo, para estmulo daactividade econmica e maior capacidade de criao de empregos.

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    Figura 2: John Maynard Keynes 1946

    "a longo prazo, estaremos todos mortos. Os economistas fixam para si prprios umatarefa demasiado fcil e sobremaneira pouco til se, nas estaes de tempestade, s nos podem dizer que, quando a tempestade tiver passado, o oceano ficar novamentecalmo". John Maynard Keynes

    Em terceiro lugar, se o consumo era o grande estmulo e motor do crescimento, areduo das grandes desigualdades sociais aumentaria a propenso mdia ao consumoda populao, e isso seria vantajoso do ponto de vista econmico e tambm social.

    O Estado assumia assim um papel activo e decisivo na actividade econmica mesmo emsistema capitalista. No se tratava apenas de regular a conjuntura do curto prazo,evitando ou minimizando ciclos de inflao ou desemprego, mas tambm, e principalmente, de assegurar um crescimento equilibrado da economia nacional.

    Palavras-Chave: Keynesianismo; Pleno emprego; Procura agregada; Consumo.

    3. COMPARAO COM A ECONOMIA CLSSICA

    Teoria clssica - equilbrio de pleno emprego.

    "Clssicos" eram os economistas do sculo XVIII, XIX e incio do sculo XX.

    Os clssicos consideravam que o estado normal da economia era o de pleno empregodos factores produtivos e aceitavam a "lei" de Say que dizia que a oferta criava a sua prpria procura, no havendo razes para desemprego generalizado.

    Os mecanismos automticos (seguradores do pleno emprego) eram constitudos pelaflexibilidade dos preos, dos salrios e das taxas de juro.

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    Os preos baixariam no sector com excesso de produo e elevar-se-iam no sector comuma oferta insuficiente.

    Um excesso temporrio de produo, que gerasse algum desemprego involuntrio,

    levaria a uma diminuio dos salrios nominais, numa proporo superior diminuiodos preos, logo os salrios reais baixavam, logo os custos de produo desciam e logoa procura de mo-de-obra aumentava, fazendo desaparecer o desemprego involuntrioexistente.

    Conjuntamente com a flexibilidade dos preos e dos salrios, as taxas de juro garantema operacionalidade da "lei" de Say, restabelecendo e mantendo o equilbrio de plenoemprego.

    Os clssicos consideravam que todo o rendimento seria dispendido, uma parte emconsumo e outra parte em investimento. Toda a poupana seria investida.

    Na teoria Clssica a taxa de juro era o mecanismo que garantia a igualdade entre a poupana e o investimento.

    As pessoas preferem consumir a poupar, pois s o consumo satisfaz as necessidades.

    Quanto maior for a taxa de juro, maior a poupana e inversamente.

    Portanto, se as taxas de juros estiverem muito altas, no encontraro investidores edevido concorrncia devero descer, provocando por sua vez uma diminuio da poupana e um aumento do investimento, at se igualarem, restabelecendo assim oequilbrio do pleno emprego.

    Na perspectiva Clssica, o funcionamento do mercado autoregula-se, logo a intervenodo Estado desnecessria e nefasta Teoria de Laissez-Faire .

    Keynes defendia a interveno do estado em benefcio da economia.

    Segundo Keynes:

    - A situao de pleno emprego era uma situao especial da economia.

    - A moeda tem uma funo especulativa dependendo a sua procuratambm da taxa de juro. (e no s um meio de troca, como para osclssicos).

    - A taxa de juro tem natureza monetria e no um factor determinanteda poupana.

    - Os investidores e os aforradores constituem grupos distintos.

    - O factor determinante de poupana o rendimento e no a taxa de juro.

    - Quando o rendimento aumenta, a poupana aumenta tambm.

    - Os salrios nominais so rgidos quanto ao movimento descendente.

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    - Keynes estava preocupado com as causas que provocam o desempregogeneralizado de forma cclica.

    Palavras-Chave: Teoria Clssica; Teoria de Laissez-Faire ; Teoria Keynesiana.

    4. RELAO COM A GRANDE DEPRESSO

    1930, a Grande Depresso.

    Contrariamente ao previsto na teoria Clssica, viveu-se a maior depresso da histriamoderna, com milhes de desempregados nos pases industrializados.

    Em tempo de crise o Estado deve baixar os impostos e aumentar o investimento.

    A curto prazo o que faz activar a economia a despesa, o consumo.

    Sem perspectivas de lucro no h investimento.

    Clssicos Keynes

    A crise s pode ser sectorial A crise pode ser generalizada

    Pleno emprego uma situao normal Pleno emprego uma situao especial

    A produo(oferta) determina o emprego(lei dos mercados)

    A despesa (procura global) determina oemprego e a produo.

    Toda a poupana vai para o investimento No existe relao entre poupana einvestimento

    A taxa de juro determinava a poupana O determinante da poupana orendimento e no a taxa de juro.

    O investimento era determinado pela taxade juro.

    O investimento determinado peloslucros esperados e pela taxa de juro

    A moeda s tem funo de troca A moeda tem una funo especulativa e asua procura depende da taxa de juro

    A procura efectiva (igual despesa) consiste no montante que as empresas e as famlias planeiam gastar para cada nvel de preos.

    Despesa total = vendas totais (vista de ngulos diferentes)

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    Keynes dividia a procura efectiva, ou agregada em consumo e investimento.

    Para Keynes o consumo dependia de factores objectivos e subjectivos.

    Palavras-Chave: Grande Depresso, 1930; Teoria Clssica; Teoria Keynesiana.

    5. INCENTIVO AO INVESTIMENTO

    O investimento uma das principais componentes da procura agregada na teoria deKeynes.

    O investimento refere-se a acrscimos da existncia de bens produtivos, deequipamentos, edifcios, acrscimos nos inventrios das empresas e despesas emconstrues para habitao.

    O investimento autnomo do rendimento.

    Uma das principais componentes da procura agregada.

    Depende da eficcia marginal do capital (expectativas de lucro) e da taxa de juro.

    O investimento instvel.

    Quando Keynes fala de economia monetria, mostra que o dinheiro tem 3 funes:

    Meio de troca

    Unidade de conta

    Reserva de valor

    Porm a mais importante para a economia monetria segundo Keynes a reserva devalor, - ou seja, poupana, aplicaes monetrias, etc. - pois a mesma possibilita avalorizao do dinheiro, mas sem, contudo, esquecer-se do incentivo ao investimento.

    Essa valorizao de dinheiro, o que vai possibilitar a capacitao de recursos para quese tenha capital para ser emprestado ao investidor.

    O investidor ao receber o emprstimo, investe no aumento da sua produo que acaba por gerar uma maior quantidade de empregos.

    Ao estimular a produo, gera mais empregos, emprega um nmero maior defuncionrios e acaba por aumentar o nmero de consumidores em potencial - pois ocidado tem agora emprego e renda fixa e vai comear a consumir mais razo pelaqual o governo deve aumentar o incentivo ao investimento.

    Palavras-Chave: Investimento; Economia monetria.

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    6.TEORIA KEYNESIANA DA PROCURA DA MOEDA

    Segundo Keynes, a procura da moeda acontece por 3 motivos:

    Transaco

    Precauo

    Especulao

    Motivo Transaco: Manuteno dos saldos monetrios, que resulta da moeda ser onico activo aceite como meio de pagamento.

    Keynes subdivide o motivo transaces em: Motivo Rendimento e Motivo Negcios.Motivo rendimento: pela necessidade de conservar activos lquidos para garantir atransio entre o recebimento e os desembolsos (depende do nvel de rendimento e dadurao do intervalo entre o recebimento e o seu gasto).

    Motivo negcios: pela necessidade de se conservarem recursos lquidos para assegurar ointervalo entre o momento em que comeam as despesas com a produo e aquele emque se recebe o produto da venda.

    Quanto maior o rendimento, maior o nmero de transaces e maior a procura de

    moeda.Motivo precauo: os saldos monetrios detidos por este motivo servem para fazer os pagamentos inesperados (incertezas e contingncias do futuro).

    Motivo especulao: devido s expectativas do comportamento dos preos no mercadode activos financeiros no monetrios (aces, obrigaes, etc.) e das expectativas davariao das taxas de juro (de grande importncia para o rendimento destes activos).

    Os activos financeiros no monetrios geram uma remunerao ou retorno e deste modocompetem com a moeda.

    Os juros obtidos pelos depsitos ordem so menores que os obtidos pelos activosfinanceiros no monetrios.

    Os ganhos ou perdas de capital no so possveis com moeda (activo mais lquido).

    Palavras-Chave: Procura da moeda; Motivo Transaco; Motivo Precauo; MotivoEspeculao.

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    7. BIBLIOGRAFIA

    Murteira, M. Economia Mundial, A Emergncia duma Nova Ordem Global .Difuso Cultura, 1995, 40 p.

    Blinder, A. Enciclopdia de Economia, 1987, pp. 133-139.

    Donrio, A Economia Politica, Lisboa, 2003.

    http://www.eumed.net/libros/2005/mogk/index.htm

    http://www.cofecon.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=399&Itemid=102

    http://www.esfgabinete.com/dicionario/?completo=1&conceito=John%20Maynard%20Keynes

    http://www.fae.edu/intelligentia/pensadores/keynes.asp

    http://www4.fe.uc.pt/pheuk/keynes.html