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Jornal do CCE Jornalismo da UFSC faz 30 anos e realiza Aula Magna Página 7 A Reitoria pretende diminuir a ausência dos funcionários com a mu- dança do controle na carga horária. Em função de uma cobrança feita pela CGU – Controladoria Geral da União – a Universidade estuda nova forma de fiscalização, uma vez que foi reconhecida a fragilidade do me- canismo atualmente adotado. Duas soluções foram estudadas. A comple- xidade em implantar o novo sistema deve-se principalmente ao tamanho da Universidade. A intenção da Reito- ria é evoluir para um sistema eletrô- nico de controle. Ao mesmo tempo, o SINTUFSC contesta as atuais 40 horas adotadas, defendendo uma jornada reduzida para 30 horas semanais. De acordo com o sindicato, o Reitor está legalmente autorizado a estabelecer a jornada diferenciada. Página 3 Servidores terão controle de horários Com a medida, Reitoria busca garantir o cumprimento de jornada de 40 horas Foto: Carolina Dantas José Carlos Cunha Petrus defende a necessidade dos servidores cumprirem sua carga horária Projeto do Design é aprovado pelo HU Cartilha desenvolvida pelo Design para HU O Hospital Universitário da UFSC aprovou material informativo de- senvolvido pelo Núcleo de Design Social. Os cartazes e cartilhas, que auxiliarão na transmissão do trata- mento quimioterápico ao paciente, foram produzidos para o ambulató- rio de oncologia do HU, que atende, em média, 400 pacientes por mês. Os conceitos adotados para rea- lizar um material coeso com as ne- cessidades do público alvo foram desenvolvidos a partir de uma pes- quisa que envolveu 25 pacientes. O material educacional será implanta- do até setembro de 2009. Página 6 Novo bloco de aulas depende da entrega de pré-moldados e atrasa dois meses Página 4 CCE inscreve 15 projetos no Pró-Extensão. Divulgação dos resultados da seleção será feita no dia 28 de abril Página 5 Ano 1 Segunda Edição Florianópolis, Abril de 2009 Redação II Falta de intérpretes para surdos causa desistências Os alunos surdos da Pós-Gradua- ção dependem de um revezamento de intérpretes para assistir as disciplinas neste semestre devido ao número in- suficiente desses profissionais para atender toda a demanda da Universi- dade. Os estudantes estão sendo im- possibilitados de entender as aulas e os intérpretes sobrecarregados. Há apenas dois professores surdos efetivos na UFSC para os três Progra- mas de Pós-Graduação, com 12 disci- plinas no total, além das atividades de ensino, pesquisa e extensão. A UFSC deve abrir concurso para contratar 5 novos intérpretes nos próximos dias. Página 5

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Este jornal é produzido pelos alunos de Redação II do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina

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Jornal do CCEJornal ismo da UFSC faz 30 anos e realiza Aula

MagnaPágina 7

A Reitoria pretende diminuir a ausência dos funcionários com a mu-dança do controle na carga horária. Em função de uma cobrança feita pela CGU – Controladoria Geral da União – a Universidade estuda nova forma de fiscalização, uma vez que foi reconhecida a fragilidade do me-canismo atualmente adotado. Duas soluções foram estudadas. A comple-xidade em implantar o novo sistema deve-se principalmente ao tamanho da Universidade. A intenção da Reito-ria é evoluir para um sistema eletrô-nico de controle. Ao mesmo tempo, o SINTUFSC contesta as atuais 40 horas adotadas, defendendo uma jornada reduzida para 30 horas semanais. De acordo com o sindicato, o Reitor está legalmente autorizado a estabelecer a jornada diferenciada.

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Servidores terão controle de horáriosCom a medida, Reitoria busca garantir o cumprimento de jornada de 40 horas

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José Carlos Cunha Petrus defende a necessidade dos servidores cumprirem sua carga horária

Projeto do Design é aprovado pelo HU

Cartilha desenvolvida pelo Design para HU

O Hospital Universitário da UFSC aprovou material informativo de-senvolvido pelo Núcleo de Design Social. Os cartazes e cartilhas, que auxiliarão na transmissão do trata-mento quimioterápico ao paciente, foram produzidos para o ambulató-rio de oncologia do HU, que atende, em média, 400 pacientes por mês.

Os conceitos adotados para rea-lizar um material coeso com as ne-cessidades do público alvo foram desenvolvidos a partir de uma pes-quisa que envolveu 25 pacientes. O material educacional será implanta-do até setembro de 2009.

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Novo bloco de aulas depende da entrega de pré-moldados e atrasa dois meses

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CCE inscreve 15 projetos no Pró-Extensão. Divulgação dos resultados da seleção será feita no dia 28 de abril

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Ano 1 Segunda Edição Florianópolis, Abril de 2009 Redação II

Falta de intérpretes para surdos causa desistências

Os alunos surdos da Pós-Gradua-ção dependem de um revezamento de intérpretes para assistir as disciplinas neste semestre devido ao número in-suficiente desses profissionais para atender toda a demanda da Universi-dade. Os estudantes estão sendo im-possibilitados de entender as aulas e os intérpretes sobrecarregados.

Há apenas dois professores surdos efetivos na UFSC para os três Progra-mas de Pós-Graduação, com 12 disci-plinas no total, além das atividades de ensino, pesquisa e extensão. A UFSC deve abrir concurso para contratar 5 novos intérpretes nos próximos dias.

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Jornal do CCEAbril 2009 2OPINIÃO

Quando soubemos que seríamos responsáveis pela primeira edição distribuída do Jornal do CCE fica-mos apreensivos, principalmente devido a nossa pouca experiên-cia. Somos todos alunos da segun-da fase do curso de Jornalismo da UFSC, e apesar dos desafios, con-seguimos superar as dificuldades e entregar esta edição a você.

A proposta desse jornal é servir como meio de divulgação das ativi-dades e das principais informações existentes no Centro de Comuni-cação e Expressão e que sejam de interesse de alunos, professores e servidores.

Neste exemplar você encontrará matérias que vão desde os projetos sociais do Curso de Design até a po-lêmica sobre a nova forma de regis-tro dos horários dos servidores da Universidade. Esperamos que este número seja tão especial para você, quanto foi para nós produzi-lo. Boa leitura e até a próxima edição.

Editor-ChefeProf. Elias Machado DRT/16.936

Editor GráficoProf. Sandro Gallarça DRT/SC

Editor ExecutivoDiego Cardoso

EdiçãoCamila GarciaDiego SouzaIsadora MafraDiagramaçãoAlécio ClementeAna Carla de BritoCamila GarciaCecília TavaresLaís MezzariPedro LimaRafael SpricigoRodolfo ConceiçãoSamuel CarvalhoSendy Cristina da LuzVinicius Schmidt

ReportagemÁgatha Morigi, Arianna Fonseca, Carolina

Dantas, Cecília Tavares, Gabrielle Estevans, Isa-dora Mafra, Joice Balboa, Juliana Geller, Laís Mezzari, Letícia Teston, Luisa Nucada, Mariana Chiré, Rafael Spricigo, Samuel Carvalho, Sendy Cristina da Luz e Vinicius Schmidt.

ColaboraçãoGaya Rachel e Paulo Crócomo

CrônicaUma velhinha num ponto de ônibus!Tava sentada no ponto de ônibus, esperando e esperando. Passados uns quinze minu-

tos chegou uma velhinha, bem pequena e enrugada. Parecia um tanto cega a pobre senhora. Já chegou tropeçando no banco. Até aí tudo bem.Mas quando chegou o primeiro ônibus fiquei preocupada, ela se jogou quase em cima

dele pra tentar ler seu destino. A sorte foi que ela tropeçou na sacola e só se esborrachou no chão. Ofereci-me então pra ficar lendo os destinos. Aí surgiu o segundo problema, ela não me ouvia direito. Depois da terceira vez que eu berrei ela conseguiu entender algo como “deixar lenha na nora”, mas minha paciência é grande. Berrei mais umas cinco vezes, fiz alguns gestos e ela consegui me entender.

Mas nesse meio tempo todo de articulações e berros o meu ônibus passou e eu não percebi. O próximo só iria passar dali a uma hora. Tentei não me irritar, afinal, tudo para o bem dos velhinhos...

Resolvi perguntar qual o ônibus que a tal senhora iria pegar. Depois de mais uns ber-ros e gestos eu consegui fazer-me entender.

Mossoroquinha. Nunca ouvi falar. Mas se ela estava ali devia existir o tal ônibus e o tal do lugar.

Passou mais meia hora e nada do ônibus dela chegar. Já estava começando a me pre-ocupar com o tempo, se meu ônibus chegasse, eu teria que ir embora e deixar a pobre velhinha ali.

Tinha mais algumas pessoas ali no ponto. Comecei a olhar na cara de cada um deles pra ver qual dali teria cara de Mossoroquense, é assim?.

Tinha um com cara de mal, não esse não. Tinha uma mulher bonita que parecia mo-delo, decididamente essa não! A ultima pessoa sentada ali estava no meio da sombras. Era um senhor todo vestido de preto. Talvez esse fosse, mas me deu um arrepio nas costas tão fenomenal que fiquei com medo de deixar aquela velhinha tão simpática com ele.

Mais vinte minutos e nada de ônibus pra Mossoroquinha. Cinco minutos. Nada. Mais dois. Nada.Chegou o meu ônibus. E agora!?O único jeito é levar ela embora pra casa.E foi o que eu fiz.Ela tá em casa até hoje. É simpática, mas já estou ficando sem voz de tanto berrar.Dá próxima vez que eu estiver num ponto de ônibus e chegar uma velhinha pequena

e enrugada eu fujo correndo. Juro!Gaya Rachel é aluna do curso de Letras-Português

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Carta ao Leitor

Jornal do CCE

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Jornal do CCE Abril 20093

Reitoria estuda novo controle de pontoEntrada em vigor da medida depede de negociações entre Reioria, Diretores e SINTUFSC

CAMPUS

A UFSC pretende adotar uma nova for-ma de controle do horário de traba-

lho dos servidores técnico-administrati-vos. Duas maneiras foram estudadas pela Pró-Reitoria de Desenvolvimento Huma-no e Social (PRDHS): 1) o servidor rece-be um documento com os dias do mês e o horário da entrada e saída dos turnos em que trabalha ou 2) os funcionários do centro assinam o mesmo documento diariamente. A escolha ficaria a cargo de cada diretor. Em reunião realizada com os diretores de centro no dia 14 de abril no CSE, o Reitor Álvaro Prata anunciou que a intenção da administração central é avançar para a o sistema de ponto ele-trônico. A reitoria esperava iniciar o mês de abril com a nova forma de fiscalização, o que até então não ocorreu.

Notificação da CGU - No dia 4 des-te mês, fez um ano que a primeira noti-ficação da CGU - Controladoria Geral da União - foi enviada à UFSC, exigindo a adoção de uma nova forma de fiscalizar a freqüência dos funcionários. A deman-da por parte da CGU surgiu em função de uma denúncia anônima feita contra um servidor da Universidade.

A UFSC reconheceu a fragilidade no mecanismo existente, através do qual a PRDHS é informada pelas chefias ime-diatas, por meio de um boletim, somente nos casos em que ocorre ausência ou im-pontualidade do servidor. Só que isso, na

maioria dos casos, não ocorre e a forma de cobrança adotada tem se mostrado ineficaz. “Recebemos muita demanda de chefias em relação ao cumprimento do horário e isso atrapalha o trabalho de al-guma forma”, declara Elza Maria Meinert, diretora do Departamento de Desenvol-vimento de Potencialização de Pessoas (DDPP). “Por enquanto a maneira mais imediata de fazer o controle diário de freqüência é um registro por assinatura do ponto”, explica Elza Meinert.

O diretor do CCE, Felício Margotti, avalia que, além da complexidade em criar um sistema como esse, a demora na implantação deve-se também à con-testação feita pelo SINTUSFC (Sindicato dos Trabalhadores da UFSC) em relação à carga horária de 40 horas semanais. O Sindicato defende a jornada de 30 horas e afirma que o Reitor está legalmente au-torizado a estabelecer a jornada diferen-ciada.

Manutenção da jornada - O Chefe de Gabinete do Reitor, José Carlos Cunha Petrus, disse que não há possibilidade de negociar a diminuição do horário de trabalho dos servidores técnico-adminis-trativos contratados, uma vez que o tra-balhador assinou um contrato que exige o cumprimento dessa carga horária. Pe-trus acredita que é necessário motivar o servidor, mas que não há como justificar para a sociedade que o trabalhador pú-

blico receba para trabalhar dez horas a menos.

Na primeira sexta-feira deste mês (03/04) foi realizada uma audiência pú-blica com os trabalhadores técnico-ad-ministrativos para a discussão da jorna-da de seis horas e se propôs a criação de uma comissão para estudar a redução da jornada. No dia 29, o Reitor Álvaro Prata volta a se reunir com a coordenação do SINTUFSC para tratar do tema.

Letícia Teston

A nova diretoria e conselho fiscal do Grê-mio do CCE foram eleitos no dia 31 de março. O Grêmio tem, no total, 64 associados entre professores e funcionários. A diretoria é com-posta pelo presidente José Ernesto de Vargas, vice-presidente Aldanei Luci Correa, primeiro secretario Rosilda Amaral, primeiro tesourei-ro Jose Arno Sheidt, segundo tesoureiro Elba Ribeiro, diretoria de eventos Joice da Lapa e Lucia Olimpio, Élson Pereira e Conselho Fiscal composto por Abraão Portela, Josias Hack, Ro-sana Kamita, Tânia Ramos e Telma Zanlucas.

O presidente do Grêmio, informou que en-tre as novas propostas estão a organização de atividades como trilhas, passeios e pic-nic pela ilha de Florianópolis, jogos e jantares seguidos de bailes. Outros projetos já existentes terão continuidade, como é o caso das sessões de filmes, almoços comunitários, festas tradicio-nais (páscoa e natal) e campanha para novos sócios. Ainda não há data prevista para a posse da nova diretoria. Para se associar ao Grêmio o funcionário ou professor deve preencher o formulário de associação e pagar uma taxa de 10 reais.

Grêmio elege diretoria

Rafael Spricigo

No último dia 3, a professora Rosana Denise Köerich veio a falecer, vítima de um aneurisma cerebral.

Flores trazidas para a professora fo-ram colocadas entre os blocos A e B do Centro, batizando o espaço como “Jardim Rosana Köerich”. Vá-rios cartazes foram colados no local nas últimas duas semanas, e na entrada do Bloco B um banner homena-geava Rosana.

Graduada em Letras-Inglês, Rosana assumiu a chefia do Departamento de Língua e Literatura Es-trangeiras (DLLE/CCE) da UFSC em junho

de 2007. Formou-se no ano de 1979, em 1986 concluiu mestrado e em 2002 dou-

torado, todos pela UFSC. Docente da universi-dade desde 1991, onde atuava nos cursos de graduação e pós-gradu-ação, foi coordenadora da área de Inglês do De-partamento de Língua e Literaturas Estrangei-ras (DLLE) e dos Cursos Extracurriculares de In-glês do DLLE/UFSC.

Alunos e professores lembraram com carinho da professora durante a solenidade de formatu-ra das turmas de Letras,

que ocorreu no dia 4 de abril.

Professora do Curso de Letras recebe homenagens póstumas de colegasAmigos nomeiam jardim em tributo à Rosana Koerich

Juliana Geller

Rosana Denise Köerich, 1957 - 2009

Chefe do Gabinete do Reitor, José Cunha Petrus

Foto: Carolina Dantas

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Jornal do CCEAbril 2009 4CAMPUS

UFSC negocia entrega de equipamentosUniversidade ameaça recorrer à Justiça para garantir cumprimento dos prazos

Desde o início do ano a Pró-Reitoria de Infraestrutra negocia novas datas

de entrega dos equipamentos para o CCE. Os aparelhos irão beneficiar as 69 salas de aula e os laboratórios do Centro. As três empresas responsáveis pela entrega de computadores e projetores multimí-dia estão em atraso há mais de dois me-ses. Até agora houve poucos avanços na negociação.

O CCE tem previsto receber 200 com-putadores, mas segundo Jair Napoleão Filho, diretor de Infraestrutura da UFSC, apenas 59 foram entregues no mês de dezembro. Ainda faltam os 69 projetores multimídia equipados com CPUs, 16 com-putadores para o Curso de Design, uma mesa de corte para a direção do Centro e 35 monitores de 17 polegadas ao Curso de Cinema, que já foram comprados e es-tão à espera da entrega.

Uma das empresas, a Reluton, situada em Curitiba, tinha como prazo de entre-ga o dia 2 de fevereiro. A empresa alega que descumpriu com o prazo estabele-cido devido a quantidade inesperada de

empenhos recebidos entre dezembro e janeiro e já solicitou prorrogação até o dia 20 de abril.

O prazo para a entrega da empresa Marco Aurélio Mendes de Castro Ferrer, também de Curitiba, venceu no mês de janeiro. Segundo a empresa as entregas ainda não foram feitas pela grande alte-ração de preços nos computadores ocor-rida em dezembro de 2009. No momento a Castro Ferrer negocia com a UFSC um reajuste no valor dos equipamentos.

A última empresa envolvida, Marco Antônio Prestes do Amaral, localizada em Palmeiras das Missões (RS), possuía como prazo o dia 30 de janeiro e justi-fica que seus fornecedores não irão au-torizar a venda dos computadores para a UFSC sabendo que a Universidade possui 22 protestos no SERASA. “Espera-se ne-gociar com a Universidade um novo for-mato de entrega para que a situação da inadimplência seja resolvida”.

Meras desculpas - O Pró-reitor de In-fraestrutura, João Batista Furtuoso, disse que todos os motivos apresentados na

tentativa de explicar os atrasos são me-ras desculpas para justificar o descum-primento do prazo de entrega. “A UFSC já quitou todos os títulos, que já foram re-tirados de cartório”, garante o Pró-reitor, afirmando ser inviável atender ao pedido de reajuste de preços feito pela empresa Marco Aurélio Mendes de Castro Ferrer. “O acordo dos preços já está fixado na li-citação contratual”, conclui.

O prazo de entrega das mercadorias por lei é de 45 dias a partir do recebi-mento da data de empenho. Como este prazo já está expirado há muito tempo, o pró-reitor disse que, se dentro de dez dias as empresas não aceitarem as con-dições contratuais e continuarem ne-gando-se a entregar os equipamentos, a UFSC irá aplicar as penalidades listadas na Legislação de Licitação e Contratos referente ao artigo 87 da lei 866/93 que são: advertência, multa e suspensão para o serviço público no período de cinco anos.

Mariana Chiré

Obra do novo bloco de aulas atrasa dois mesesNovo prédio depende da entrega de pré-moldados

A obra estrutural do Bloco de Aulas 1, que deveria ser concluída no dia 11 de abril, sequer foi iniciada, está com um atraso de dois meses. A estrutura de pré-moldados que suporta o prédio ainda está em desenvolvimento devido aos cui-dados que devem ser tomados quanto ao tamanho e encaixe das peças. A previsão

para a entrega dos pré-moldados, segun-do o fiscal da obra Marcel Mores, é para final de abril ou meados do mês de maio.

A empresa Salver, que será a respon-sável pela construção da parte estrutural da obra no valor de três milhões novecen-tos e setenta e sete mil reais, já recebeu a documentação para dar inicio a execução do serviço. O começo dos trabalhos de-pende agora da liberação pela Divisão de Projetos da UFSC, que aguarda, além da finalização da estrutura de pré-moldados, a construção de um pontilhão que per-mita o transporte dos materiais neces-sários do caminhão até o local da obra.

A obra que possui área total de 6 mil e 650 metros quadrados, tem previsão para a entrega da parte estrutural do pré-dio para setembro deste ano. Logo após será aberta a licitação para a conclusão do prédio, que dependendo do andamento da construção e finalização, pode ser entregue no próximo ano, ficando a disposição para atender a todos os cursos da Universidade.

O CCE receberá, dentro do Bloco Universitá-rio de Aulas 1, quatro salas de aula. A cessão de uma quinta sala vai depender das negociações entre a diretoria do Centro e o ETUSC. Além das salas de aula, os alunos terão acesso a um anfiteatro e uma sala multimídia, alocados no prédio. As duas estruturas devem ser utilizadas pelos cursos de Artes Cênicas e Cinema. A distri-buição das salas disponibilizadas dentro do CCE será feita quando o prédio for concluído (vide matéria ao lado). Para dar conta da demanda decorrente da entrada de novos alunos nos pró-ximos anos existe o projeto de edificação da ala norte do CCE, que deve ter início em 2011.

Localizado na área antes ocupada por parte do CFM, o Bloco Universitário de Aulas 1 terá 6 pavimentos e um subsolo para estacionamento, totalizando sete andares. No térreo haverá um restaurante/lanchonete, uma sala de demons-tração, uma sala multimídia, um hall de exposi-ções e caixas eletrônicos, além da zeladoria. No primeiro andar ficarão localizados o anfiteatro, com capacidade para 140 lugares, um auditório para 240 pessoas e uma sala de aulas, com es-paço para 70 alunos. A partir do segundo andar haverá quatro andares de salas, contendo uma sala para cada uma das capacidades seguintes: 100, 80, 70, 60 e 50 alunos. Cada um dos quatro andares terá uma sala de estudos e uma sala de reuniões.

Vinicius SchmidtSendy LuzMarcel Mores, arquiteto e fiscal da obra

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CCE recebe salas

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Jornal do CCE Abril 20095 CAMPUS

Alunos surdos abandonam aulas da PósDevido a falta de intérpretes, acadêmicos deixam as salas de aula no Centro

Na segunda semana deste semestre, nove alunos surdos foram prejudica-

dos nas aulas devido à falta de intérpretes. Quatro bolsistas que trabalhavam desde 2008 desistiram da bolsa e quatro intérpre-tes pediram demissão do trabalho devido ao acúmulo de serviços e à instabilidade, pois não sabem quando serão dispensa-dos, e também por receberem propostas de trabalho em diferentes condições. “A UFSC é referência na formação de excelentes profissionais que são atraídos por outras oportunidades de trabalho com melhores condições, como serem contratados de for-ma seletiva”, diz Silvana Aguiar dos Santos, intérprete do Curso de Letras-Libras. Hoje trabalham apenas seis intérpretes e há ne-cessidade de mais cinco para dar conta dos alunos e de toda demanda.

Há dois professores surdos efetivos na Universidade e existem mais três programas de Pós-Graduação, com 12 disciplinas no to-tal, além de atividades de ensino, pesquisa e extensão, envolvendo congressos, oficinas, seminários, bancas de defesa e outras ativi-dades que necessitam de serviço de inter-

pretação. Para cada disciplina e atividade é necessário ter dois intérpretes, porque o ato de traduzir envolve uma complexidade física, cognitiva e mental durante as quatro horas diárias de trabalho. Na terceira se-mana de aula foi tomada a providência de concessão de mais três bolsas. Três pessoas se inscreveram para a entrevista no dia 8 de abril, mas ninguém compareceu. O processo está em aberto mais uma vez e sendo divul-gado aos pólos do Letras-Libras.

Mestrando em Estudos da Tradução, Rimar Romano foi um dos alunos prejudi-cados no dia 10 de março. Após alguns mi-nutos na espera de um intérprete na sala de aula, Rimar foi embora, pois não tinha como entender o que o professor falava. O aluno perdeu a oportunidade de aprender os conteúdos do dia. Para atender os alunos surdos, os intérpretes estão realizando re-vezamento das disciplinas. A aula que tem intérprete numa semana, na outra não terá o serviço de interpretação.

Novas turmas - O atual Curso de Le-tras-Libras é à distância e a quantidade de intérpretes está vinculada às reuniões com

as equipes de trabalho e as videoconferên-cias para os 90 alunos surdos matriculados. Como o curso passará a ter turmas presen-ciais, o problema pode se agravar no segun-do semestre de 2009. O Letras-Libras tenta amenizar o caso dos alunos presenciais de Pós, cedendo intérpretes do Curso à distân-cia para trabalharem nas aulas do mestrado e doutorado, mas não consegue cobrir toda a necessidade, pois os intérpretes são tam-bém acadêmicos da UFSC.

O diretor do CCE Felício Margotti disse que já está tomando providências junto à Reitoria. “O planejamento feito em 2007, que se estende até 2011, não prevê contra-tação de novos intérpretes até o fim deste prazo. As soluções são a contratação de pro-fessor substituto, bolsista, ou a terceiriza-ção”, explica Margotti. Já o diretor de ensino da PREG, Carlos Pinto, informa que haverá no próximo edital da UFSC cinco vagas para intérpretes, que sairá nas próximas sema-nas pelo site www.prdhs.ufsc.br.

Arianna Fonseca

Pró-extensão recebe 15 projetosNo CCE 15 projetos foram inscritos no

PROEXTENSÃO. O total na UFSC chegou a 190. O centro que mais enviou propostas foi o CCS, participando com 40 projetos, e o que menos enviou foi o CCJ, com apenas um. O resultado será divulgado no ende-reço http://www.dpe.ufsc.br. O objetivo é apoiar com até 4 mil reais e duas bolsas por projeto as ações de extensão que te-nham relação com o ensino e a pesquisa, envolvendo professores, servidores téc-nico-administrativos e alunos da UFSC, em atuação conjunta com a comunidade.

No ano passado foram disponibili-zadas 150 bolsas; neste ano, além das bolsas a Pró-reitoria disponibiliza mais 200 mil reais em recursos a serem dis-tribuídos entre os projetos aprovados. Os critérios de avaliação são: evidência de que a atividade proposta no projeto é prioritariamente uma ação de extensão e não de pesquisa ou de ensino, sendo, no entanto, importante a integração com aquelas; inclusão e relevância social; im-pacto comunitário; interdisciplinaridade e interação comunitária do projeto; pro-posta de sistematização e difusão dos co-nhecimentos gerados; adequação dos re-cursos solicitados; viabilidade do projeto e do programa de trabalho; participação

de alunos; experiência do professor co-ordenador; currículo do professor coor-denador.

Cada centro tem uma comissão de avaliação, que é formada por três profes-sores, além do coordenador de extensão. A comissão do CCE é formada pelos pro-fessores Izete Lehmkulh Coelho - Depar-tamento de Letras - Vernáculas , Maria José Roselindo Damiani Costa - Depar-tamento de Letras - Estrangeiras e Jor-ge Kanehide Ijuim do Departamento de Jornalismo. “Os projetos de cada depar-tamento são aprovados no departamento e caso concorram a verbas ou bolsas do PROEXTENSÃO são enviados individual-mente pelos respectivos coordenadores para serem apreciados pela pró-reitoria de extensão, com o auxílio das comissões de avaliação”, explica Richard Perassi, Coordenador de Extensão do Centro de Comunicação e Expressão. As propostas de um determinado centro são avaliadas por professores de outras unidades. Os projetos contemplados são aqueles con-siderados mais aptos entre os que aten-dem as condições para solicitação de re-cursos ou bolsas.

Joice Balboa

Inglês lidera MatrículasO curso extracurricular de inglês ofere-

cido pelo Departamento de Língua e Lite-ratura Estrangeiras apresenta nos últimos quatro anos o maior número anual de no-vos alunos matriculados, 174 inscrições. O francês obteve no mesmo período 87 novas matrículas, segundo dados da Coordenado-ria Geral do DLLE. Nos últimos quatro anos, foi arrecadado somente com o curso desse idioma uma quantia próxima a três milhões de reais, dos 5,2 milhões obtidos no total com os cursos extracurriculares.

O crescimento das matrículas no inglês aumentou a média de alunos por turma. Hoje cada sala possui 18 alunos inscritos. Adriana Kuerten, coordenadora Geral da Área de Inglês, confirma ser alta a média de alunos por turma e acrescenta que o ideal seria manter um grupo de no máximo 12 alunos por sala. “A idéia só poderia ser aplicada caso o prédio do CCE oferecesse um espaço maior para a criação de novas turmas e contratasse novos professores”, afirma a professora. Como essa situação não ocorre, e o curso de inglês oferece a comunidade um preço atrativo (250 reais por semestre para estudantes da UFSC), o aumento do número de alunos por turma foi a solução encontrada para atender a de-manda existente.

Samuel Carvalho

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Jornal do CCEAbril 2009 6CULTURA

Design cria marcas para produtos típicos

O Núcleo de Gestão em Design (NGD), coordenado pelo professor Eugenio

Merino, está desenvolvendo um projeto, financiado pelo CNPq, para criar marcas para produtos típicos. A iniciativa faz parte de uma parceria entre Brasil, Peru e Vene-zuela, e tem como objetivo a valorização de produtos dos três países de pequenos gru-pos com produção familiar. O projeto conta com 80% dos recursos (aproximadamente 56 mil reais) do CNPq. A FAPESC (Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica

do Estado de Santa Catarina) estuda a pos-sibilidade de participar com 24 mil reais, e a EPAGRI apóia com hospedagem e transpor-te durante o desenvolvimento da pesquisa, que terá 18 meses.

Em cada país serão escolhidos entre dois e três produtos e será auxiliada toda uma rede de apoio: matéria-prima, produ-ção e beneficiamento, com base na pirâmi-de Cooperatividade-Diferenciação-Susten-tabilidade, sendo realizado um diagnóstico preliminar, onde é possível conferir em que

estágio se encontra a produção. Em Santa Catarina já existe o mapeamento de vi-nhos e cachaças no sul do Estado, produ-tos derivados do leite no planalto serrano e os produtos do mar na costa central.

Além da criação de marcas para estes produtos (identidade visual), o projeto se propõe a colaborar no desenvolvimento de embalagens, proteção (demarcação de origem), orientação nos processos produ-tivos e os aspectos legais (registro, rotu-lagens). O Brasil entra no projeto com a área de Design e o Peru e a Venezuela com a parte do Direito, além de diversas outras áreas dos três países que estarão envolvi-das, como Agronomia, Engenharias, Edu-cação Física e Sistemas de Informação.

Numa reunião feita em Março, na Ve-nezuela, já foram escolhidos os produtos que serão trabalhados pelos venezuelanos (cacau e queijo). No Brasil, a escolha das associações/grupos será definida nos pró-ximos dias. A decisão será tomada em con-junto com a EPAGRI e, até lá, nomes não se-rão divulgados para não criar nenhum tipo de expectativa por parte dos produtores. Na primeira quinzena de maio o professor Eu-genio Merino viajará à Lima, no Peru, para visitar as produções.Cecília Tavares

HU aprova peças educativasOs cartazes e cartilhas

criados pelo Núcleo de De-sign Social para o Ambula-tório de Oncologia do HU fo-ram aprovados no dia 25 de março, em reunião entre os membros do Núcleo e as en-fermeiras responsáveis pelo setor. As peças informativas têm como objetivo auxiliar na transmissão do tratamento quimioterápico aos pacientes do hospital, que atende em média 400 pessoas por mês, nos setores de quimioterapia e reumatologia. “Com informações textuais o paciente poderá rever as orientações, tornar-se participativo no tratamento e compartilhar com a família os cuidados necessários”, explica Léia May, enfermeira do ambulatório.

O projeto gráfico do material foi realizado pe-las enfermeiras e os quatro bolsistas do projeto, coordenados pelo professor Haenz Gutierrez, do Curso de Design. “O projeto se desenvolveu de maneira tranquila, com participação de ambas as partes. A maior dificuldade foi a pesquisa de cam-

po”, comenta a bolsista Na-tália de Gouvêa. A pesquisa com o público alvo envolveu 25 pacientes e serviu para definir os conceitos e realizar um material coeso com as necessidades dos pacientes. “Buscamos desenvolver um conteúdo mais dinâmico, com ilustrações, e que tor-nasse a leitura mais prazero-sa”, afirma o também bolsista Laino Gois.

A equipe responsável pelo Ambulatório de Onco-

logia pretende implantar o material educacional até setembro de 2009. A finalização do projeto depende da aprovação dos recursos para a im-pressão de 1000 unidades e a distribuição do material. O Ambulatório já enviou no final de março um ofício com a solicitação de recursos para imprimir 500 cartazes à Associação Amigos do HU. Enquanto aguarda um posicionamento da entidade, a chefia do Ambulatorio avalia outras possiveis parcerias para viabilizar o trabalho.

Gabrielle Estevans

Material gráfico produzido pelo Núcleo para o HU

O Conselho de Regulamentação de Festas da Universidade deve concluir uma proposta preliminar de normas até o dia 11 de maio. ¨A intenção é diminuir os trâmites necessários para a regulamentação das festas e, por conse-qüência, incentivar a oficialização destes even-tos ,̈ afirma a presidente do Conselho, professo-ra Roselane Neckel. Antes de encaminhar uma proposta final ao gabinete do reitor, os mem-bros do Conselho discutirão a questão com os representantes do DCE, Gabinete do Reitor e Fórum de Diretores.

No CCE, desde março, os alunos devem pre-encher um formulário que especifique a festa com antecedência. ̈ A medida tem o objetivo de garantir a segurança dos alunos ,̈ disse o dire-tor Felicio Margotti. A nova exigência até agora foi descumprida algumas vezes, como ocorreu nos dias 19, 26 e 27 de março nas festas pro-movidas pelos estudantes de Letras, Artes Cê-nicas e Cinema. ¨Precisamos de maior liberda-de de uso do espaço. Além da integração entre os alunos, as festas buscam arrecadar fundos para participações em congressos estudantis e projetos acadêmicos ̈ , reivindica a presidente do C.A. de Letras, Meirielle de Souza.

Lais Mezzari

Conselho discute festas

Prof. Eugenio Merino (à direita), coordenador do Núcleo de Gestão em Design, em visita à plantação de cacau na Venezuela

Fonte: NG

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Núcleo firma parceria com Peru e Venezuela para auxiliar pequenos produtores

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Jornal do CCE Abril 20097 CULTURA

Aula Magna comemora 30 anos de Jornalismo

Uma Aula Magna com quatro fundadores e ex-professores, no dia 30 de março,

abriu as comemorações dos 30 anos do Curso de Jornalismo. Professores, alunos e ex-alunos interessados lotaram o auditório do CCE para assistir os convidados Moacir Pereira, Paulo Brito, César Valente e Ma-ria Elena Hermosilla, que falaram sobre a criação do curso, relembraram experiên-cias pessoais e aproveitaram para discutir a polêmica questão da obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão. A aula-magna contou ainda com as presenças do reitor, Álvaro Prata, do atual diretor do CCE, Felício Margotti, do presidente da Fenaj, Sérgio Murillo de Andrade e da ex-diretora Viviane Herbele.

Nessas três décadas, o curso passou por diversas mudanças: “O mundo era outro, o principal veículo era o jornal, hoje os jor-nais estão em crise. De lá para cá, acabou o filme fotográfico, a diagramação no papel... tudo isso influenciou a forma de ensinar, aprender e fazer jornalismo.”, comenta Cé-sar Valente, que mantém uma coluna de política no “Diário do Litoral”. “Os veículos tradicionais estão muito amarrados, os re-pórteres não têm mais liberdade de propor pautas criativas, não saem mais em campo para investigar, perquisar e denunciar. Ape-nas cumprem pautas”, critica Moacir Perei-ra, que foi o primeiro coordenador do curso. Paulo Brito, que hoje é radialista da CBN, in-centiva os estudantes: “Para um bom jorna-lista, sempre vai haver lugar”. Motivada pelo

destaque que o curso tem, a caloura Luiza Pinheiro saiu do Maranhão apenas para fa-zer jornalismo na UFSC. “Foi interessante ouvir relatos de pessoas que contribuíram para a fundação do curso. Além disso, foi bom ter contato com jornalistas como Mo-acir Pereira, cujo blog acompanho”, afirmou Luiza.

O curso de jornalismo da UFSC, o pri-meiro de Santa Catarina, foi criado no dia de março de 1979. Inúmeros desafios foram enfrentados até a obtenção de reconheci-mento nacional: deficiências de infra-es-trutura, dificuldade para encontrar profes-sores habilitados e falta de equipamentos.

Trinta anos depois, o curso é referência no país pelas premiações que coleciona. O jornal-laboratório Zero merece destaque: já ganhou sete prêmios regionais e um nacio-nal. Em 1998, o curso conquistou o Grand Prix de jornalismo na Expocom, Exposição da Pesquisa Experimental em Comunica-ção, por produzir para todas as mídias com periodicidade diária. O curso é considerado um dos melhores do Brasil (revista Guia do Estudante) e recebeu nota máxima (cinco) no último Exame Nacional de Desempenho do MEC, em 2006.

Luisa Nucada

Durante o evento, respectivamente: Paulo Brito, César Valente, Orlando Tambosi, Moacir Pereira e Maria Elena Hermosilla

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Evento reúne fundadores do Curso para fazer um balanço das três décadas de história

Alunos conquistam intercâmbioOs três selecionados para o intercâmbio

CAPES-FIPSE Diogo Brüggemann, Leonardo da Silva e Fabrício Mateus Coelho vão receber os benefícios para o intercâm-bio com as universidades dos Estados Unidos consorciadas. Os alunos poderão estudar na WSU, UCLA (Universidade da Califórnia) ou NYU (Univer-sidade de Nova York), de se-tembro a dezembro de 2009. Cada um dos selecionados receberá bolsa integral men-sal (U$750,00), passagens (U$1500,00), auxílio moradia (U$300,00) e o seguro de saúde previsto por cada uma das uni-versidades americanas.

Segundo a coordenadora do Projeto Estudos Interdisciplinares em Letras e Cinema, Professo-ra Anelise Corseuil, dos vários critérios utiliza-dos na seleção, os que mais pesam na escolha

são a análise do Curriculum Vitae, a entrevista e a aprovação do exame TOEFL ou do exame de proficiência CAPES/FIPSE, do Departamento de

Língua e Literatura Estrangei-ras (DLLE).

O Projeto de Intercâmbio provido pela CAPES e a Fund for the Improvement of Post-secondary Education (Fundo para o melhoramento da Edu-cação Superior - FIPSE) ocorre desde 2002 e já recebeu mais de 16 alunos dos EUA e enviou 26 brasileiros.

As instituições estadunidenses têm diferen-tes departamentos envolvidos no Programa de Cooperação, possibilitando um aprofundamen-to em diversas áreas, que cobrem estudos com-parados em Literatura e Cinema, ou em Teoria do Cinema, no caso da NYU.

Carolina Dantas

Respectivamente: Leonardo, Fabrício, Anelise e Diogo

Cineclube mantido por alunos passa por dificuldades financeiras

Criado em 2006, o Cineclube Rogério Sganzerla sofre com a falta de apoio financeiro e conta atualmente com apenas oito membros voluntários para a organização das sessões, es-colha de filmes e redação de textos para divul-gação. “Quando a gente tinha apoio, imprimia cerca de 40 cartazes para colar pelo campus.”, afirma Fábio Menezes, um dos voluntários do Cineclube, referindo-se ao auxílio dado pela Xérox do CCE.

Sem este apoio, são os alunos quem financiam todo o gasto com o projeto. “Tiramos do próprio bolso pra imprimir. Pro-curamos, então, com o menor gasto, ter a di-vulgação mais ampla possível.”, enfatiza Mene-zes. As sessões do Cineclube acontecem todas as quintas-feiras, às 18h30, no auditório do bloco B do CCE. Durante as sessões são exibi-dos filmes seguidos por debates com objetivo de discutir o tema da obra e a forma que o ci-nema encontra para representar o mundo.

Ágatha Morigi

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8 Jornal do CCE ENTREVISTA Abril 2009

“A pesquisa no CCE tem se consolidado” Pró-Reitora de Pós-Graduação e coordenadora de núcleo de pesquisa, Maria Lucia de Barros Camargo aponta as prioridades e o futuro dos programas de Pós no Centro

Jornal do CCE: Além de Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa e Vice-Coorde-nadora da Pós em Literatura, a senhora coordena atualmente o NELIC – Núcleo que estuda periódicos culturais (datados a partir dos anos 70). Em que estágio se encontra a pesquisa na área da Comuni-cação e Expressão na UFSC?

Maria Lucia de Barros Camargo: Eu vejo que a pesquisa no CCE tem se conso-lidado. Mudou um pouco o perfil através da criação de núcleos e de grupos de pes-quisa, porque tradicionalmente, na área das humanidades, a pesquisa tem uma tendência a ser muito individual, em que cada um desenvolve seu projeto, publica sem co-autoria. Constituir uma tradição de grupo de pesquisa é algo relativamen-te recente, comparativamente com outras áreas, e acho que isso tem sido um avanço importante no CCE. Hoje são vários núcle-os com vários grupos, professores orien-tando iniciação científica, conseguindo uma seqüência de formação. O NELIC é um dos mais antigos – ele foi criado em 96. Ali que nós começamos. Nessa época, eu fui coordenadora de pesquisa do CCE e a gente fez um trabalho de divulgação, por exemplo, das bolsas de iniciação científica, que não ha-via uma tradição e quase não tínhamos. Eu acredito que a cultura de pesquisa já exista – é a cultura de submeter o projeto ao CNPq. As pessoas pensam: “É difícil. Não vou conse-guir.”. Mas é importante submeter uma vez, duas vezes.. É preciso, inclusive, criar essa demanda.

Jornal do CCE: Os dois programas de pós-graduação do CCE externos a área das Letras (Vernáculas ou Estrangeiras) são recentes: as aulas do Mestrado em Jornalismo iniciaram em agosto de 2007 e os primeiros mestran-dos de Design defenderam dissertações no final de 2008. Há alguma política especial para programas de pós-graduação recém-criados?

Maria Lucia: Estão dentro de um projeto de apoio. No caso, os cursos que ainda tem con-ceito três [na conceituação da CAPES, que vai de um até sete - nota do Editor] dentro da Uni-versidade, quer dizer, não é só para o CCE. Os nossos programas estão nessa classificação por serem cursos novos, mas eu vejo neles um

excelente potencial para mudar para conceito 4 e daí também, rapidamente, constituírem seus programas de doutorado. Os cursos que hoje tem conceito 3 na Universidade, que são 10, têm prioridade da Pró-reitoria. Já fizemos uma primeira rodada de reuniões: estivemos no Design e no Jornalismo, com o corpo do-cente e coordenação, representantes dos alu-nos, exatamente para verificar as condições, as necessidades e formular um programa de apoio, que tanto pode ser apoio à publicação quanto pode ser para a participação em even-tos. Dentro das disponibilidades orçamentá-rias e do programa de apoio da Pró-reitoria, eles têm prioridade.

Jornal do CCE: O Centro de Comunicação e Expressão possui atualmente cinco pro-gramas de pós-graduação – o Centro Tec-nológico, por exemplo, possui 11. Há algum planejamento para novos programas de pós-graduação no CCE?

Maria Lucia: Não há uma política de ex-pansão indiscriminada. A gente vem traba-lhando, inclusive, na perspectiva de tentar detectar áreas de possível expansão. O CCE praticamente tem cobertura, na Pós-Gradua-ção, de tudo o que há na Graduação – exceto os cursos de graduação novos (Cinema, Artes Cênicas...). Mas eu vejo que, não necessaria-

Maria Lucia diz que os programas novos têm prioridade

mente a curto prazo, espaço para expan-são lá no CCE. Os de Letras já estão mais consolidados. São cursos antigos – os três foram criados em 71 como Programa único, depois na década de oitenta que eles se separaram em três programas... É mais um esforço de melhorar a qualidade acadêmica e a visibilidade do Programa externamente do que propriamente criar programas novos.

Jornal do CCE: A PRPG foi criada em 2004 pelo desdobramento da Pró-Rei-toria de Pesquisa e Pós-Graduação e tem por função apoiar financeiramente e orientar nas decisões das administrações de programas lato sensu (especialização) e stricto sensu (mestrado e doutorado). Atualmente quais são os principais desa-fios da PRPG para colaborar com a pes-quisa na UFSC?

Maria Lucia: A pesquisa é fundamental-mente sustentada pelas agências – pelo CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa

Científica e Tecnológica), por projetos, por editais. O que nós dispomos aqui é uma sus-tentação através da CAPES (Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Su-perior) para os programas de Pós-graduação, que fundamentalmente são bolsas e um pou-co de verbas para custeio – desde material de secretaria do programa, apoio a participação em eventos. Mas é uma verba que sempre fica aquém das necessidades. Embora seja um vo-lume grande da universidade, cada programa desejaria um pouco mais. Não temos verbas próprias: a única coisa dentro do orçamento da Universidade de apoio para a Pós-gradua-ção é o custeio das passagens de membros ex-ternos para as bancas de doutorado – para as bancas de mestrado geralmente fica na cota do próprio programa ou da Pró-Reitoria. Não há custeio da pesquisa em si – em alguns pro-gramas, uma parte desse custeio vai para ma-terial de laboratório, mas fundamentalmente essa verba não é suficiente para sustentar a pesquisa. Nesse sentido, é também um apoio acadêmico, porque a gente tem uma política de apoio à participação em eventos e a esses cursos mais emergenciais. E é claro: acadêmi-co no sentido do gerenciamento, do contato com os coordenadores, procurar dar supor-te.

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Diego Cardoso