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JORNADAS DO 28 e 29 de maio de 2018 Faculdade de Ciências da Universidade do Porto LIVRO DE RESUMOS

JORNADAS DO · 2019-07-22 · 2 ALOP - ALentejo Observation and Prediction systems, , , )

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JORNADAS DO

28 e 29 de maio de 2018

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

LIVRO DE RESUMOS

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JORNADAS DO ICT 2018

LIVRO DE RESUMOS

Financiado por:

JORNADAS DO 28 e 29 de maio de 2018 Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

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EDIÇÃO

Joana Ribeiro

Cláudia Cruz

Noel Moreira

COMISSÃO ORGANIZADORA

Cláudia Cruz ICT – Polo do Porto

Joana Ribeiro ICT – Polo do Porto

Rachel Prochoroff ICT – Polo do Minho

Miguel Potes ICT – Polo de Évora

Noel Moreira ICT – Polo de Évora

COMISSÃO CIENTÍFICA

Alexandre Araújo

António Heitor Reis

Deolinda Flores

Fernando Noronha

José Brilha

Manuel Collares Pereira

Maria João Costa

Mourad Bezzeghoud

Teresa Valente

Este livro de resumos reúne o conjunto de trabalhos apresentados por estudantes de mestrado e

doutoramento, e por investigadores do ICT. O conteúdo dos textos submetidos é da responsabilidade

dos autores.

ICT – INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA TERRA

http://www.ict.org.pt/

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ÍNDICE GRUPO 1 - CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS, INSTRUMENTAÇÃO E CLIMA

ALOP - ALentejo Observation and Prediction systems R. Salgado, M. Morais, M.J. Costa, D. Bortoli, A. Heitor Reis, A.M. Silva, P. Canhoto, C.M. Rodrigues, M. Moreira, M. Potes, M. Oliveira, A.C. Saúde, A. Rosado, S. Nunes, M.I. Mira, S. Bárias, J. Figueira, S. Aranha, M. Pereira, P. Palma, P. Alvarenga, A. Durão, A. Almeida, A. Floro, M.I. Castanheira, A. Penha, M.H. Novais, G. Rodrigues, M. Yakunin, S. Fialho 2 Water column attenuation coefficient estimations in Alqueva reservoir M. Potes 3 Breeze effect at Alqueva reservoir: Meso-NH simulation results M. Iakunin, R. Salgado, M. Potes 4 Perda de integridade do pólen de Cupressaceae durante o transporte aéreo: impacto das condições atmosféricas A. Galveias, R. Salgado, D. Bortoli, R. Arriegas, A.R. Costa, M.J. Costa, C.M. Antunes 5 Atmospheric particulate matter adhered to Olea airborne pollen J. Pereira, H. Ribeiro, F. Guimarães, A. Galveias, I. Lisboa, R. Arriegas, M. J. Costa, A.R. Costa, P.M.S.M. Rodrigues, C.M. Antunes, I. Abreu 7 Aerobiology and effects of O3 and NO2 in Cupressaceae pollen C. Gomes, M. Fernandez-González, H. Ribeiro, I. Abreu 8 The presence of Platanus pollen and Pla a 1 allergen in the atmosphere of Porto city M. Fernandez-González, H. Ribeiro, J. Pereira, F.J. Rodríguez-Rajo, I. Abreu 9

GRUPO 2 - ENERGIA, ÁGUA E AMBIENTE

Ground solar irradiance modulation during Solar Cycles 23-24: a regional approach for Portugal (Southern Europe) H.G. Silva 11 Impacto das águas de drenagem ácida nas algas acidófilas e avaliação do seu efeito na produção primária P. Gomes, T. Valente 12 Water supply in Santiago Island: behaviour and monitoring of the chemical status N. Gonçalves, T. Valente 13 Riscos ambientais numa bacia hidrográfica – Caso de estudo no Rio Vizela (Norte de Portugal) A.F. Brás, I.M. Antunes 14 Vulnerabilidade em sistemas aquíferos no Vale de Nhartanda (Cidade de Tete, Moçambique) A.D.J.P. Bande, I.M. Antunes 15 Avaliação da qualidade da água numa região contaminada por arsénio F. Barata Feio, M. Costa, I.M. Antunes, A. Ferreira 16 Prospeção hidrogeológica em terrenos graníticos F. Dias, B. Pereira, I.M. Antunes, A. Sousa, J. Oliveira 17 Urban hydrogeology resource assessment – the case study of Sete Fontes (Braga, NW Portugal) I.M. Antunes, L.M.B Gonçalves 18 Caracterização geoquímica de solos de montanha J. Rocha, J. Ribeiro, J. Espinha Marques, D. Flores 19 ECOAL Project: delivering solutions for monitoring coal related fires J. Ribeiro, D. Viveiros, J. Ferreira, A. Lopez-Gil, A. Dominguez-Lopez, L. Duarte, X. Angulo-Vinuesa, S. Martin-Lopez, M. Gonzalez-Herraez, A.C. Teodoro, J.A. Gonçalves, D. Flores, J.L. Santos, J.M. Baptista

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CoalMine - Coal mining wastes: assessment, monitoring and reclamation of environmental impacts through remote sensing and geostatistical analysis J. Ribeiro, L. Duarte, J. Espinha Marques, C. Mansilha, R. Fonseca, A.C. Teodoro. J.A. Gonçalves, D. Flores 21

GRUPO 3 - GEODINÂMICA, GEORRECURSOS E GEOMATERIAIS

EPOS-IP Multi-scale Laboratories: contribuição dos laboratórios analíticos do Colaboratório para as Geociências - C4G M. Rodrigues, A. Guedes, F. Guimarães, A. Ferreira, R. Caldeira, P. Rodrigues, M. Gonçalves, J. Figueiras, M. Costa e Silva, M. Moreira 23 Os fluídos associados às mineralizações de Cu dos Mociços, Ferrarias e Miguel Vacas. Resultados Preliminares M. Maia, S. Vicente, P. Nogueira 24 Estudos de LA-ICP-MS de esfalerite da massa do Zambujal, Neves-Corvo P. Afonso, M. Neto, P. Barrulas, J. Mirão, T. Reis, N. Pacheco, P. Nogueira 26 Magnetic fabric and emplacement of late- to post-orogenic granites: the case study of Lamas de Olo Pluton C. Cruz, H. Sant’Ovaia, F. Noronha 27 Estudo de mineralizações de ouro no Norte de Portugal e de metais críticos associados S. Leal, A. Lima, F. Noronha 28 Geoquímica das rochas gnaissicas do “Complexo Metamórfico da Foz do Douro” M. Sousa, H. Sant’Ovaia, F. Noronha 29 Is a magmatic intrusion the source of Hg enrichment in the Douro Carboniferous Basin, São Pedro da Cova area? H. Moura, A.D. Pinto de Jesus, J. Ribeiro, I. Suárez-Ruiz, D. Flores, P.P. Cunha 30 Structural analysis in the Tassafte area at the NE edge of Saghro inlier, Eastern Anti-Atlas, Morocco Z. Yajioui, H. Sant’Ovaia, B. Karaoui, A. Mahmoudi, L. Badra, C. Breitkreuz, D. Rosel 31 Geotransversal entre o Anticlinal de Valongo (Serra de Santa Justa) e Montezelo (Fânzeres): cartografia geológica, estrutura, estratigrafia e metamorfismo R. Machado, H. Couto, M.A. Ribeiro 32 Estudo de testemunhos de sondagens das minas de antimónio e ouro de Alto do Sobrido e Ribeiro da Serra (Distrito Mineiro Dúrico-Beirão) L. Vieira, H. Couto, P. Ferraz 33 Gravimetric Modelling of Argemela Granite (CIZ, Portugal) R. Ribeiro, J. Michaud, C. Gumiaux, R. Moura, A. Lima 34 Petrografia e geoquímica de ocorrências de ouro de Montemor-o-Novo D. São Pedro, P. Mendes, N. Martins, L. Rosa, P. Nogueira 35 Aplicação de FRX portátil na prospeção. Caso de estudo na Mina de Mociços (Cu), Zona Ossa Morena, Portugal S. Vicente, M. Maia, N. Moreira, J.X. Matos, P. Nogueira 36 87Sr/86Sr discrimination applied to the Palaeozoic carbonates of the Ossa-Morena Zone (SW Iberia Variscides) N. Moreira, J. Pedro, J.F. Santos, A. Araújo, R. Dias, S. Ribeiro, J. Romão, J. Mirão 37 Heterogeneous Variscan deformation in the Rehamna massif (Morocco): strong strain partitioning in dextral transpression M. Kholaiq, R. Dias, N. Saber

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Estimação de mapas de probabilidade através de dados de GPR e gradiente magnético vertical para avaliar a existência de estruturas enterradas: prospeção geofísica na Villa Romana de Pisões (Beja, Portugal) R.J. Oliveira, B. Caldeira, T. Teixidó, J.F. Borges 39 Contribuição para o conhecimento dos metassedimentos da Formação de Desejosa e da Formação de Pinhão do Grupo do Douro S. Aires, H. Sant’Ovaia, F. Noronha 40 Microstructural and anisotropy of magnetic susceptibility studies in Caria-Vila da Ponte Massif (Sernancelhe area, Central Portugal): preliminary results A. Gonçalves, H. Sant’Ovaia, F. Noronha 41 Santa Helena breccia (Borralha W district, Northern Portugal): its potential as a new tungsten deposit A. Gonçalves, L. Lima, F. Noronha 42 Pre-concentration trials to obtain char from fly ashes: preliminary results A.C. Santos, A. Guedes, B. Valentim 43 Petrografia de inclusões fluidas de depósitos de W do Noroeste da Península Ibérica – resultados preliminares C. Marques de Sá, F. Noronha 44 Geoquímica de granitos relacionados com jazigos de W no Noroeste da Península Ibérica – resultados preliminares C. Marques de Sá, O. Fadon, F. Noronha 45 “Green Mining” – O exemplo do jazigo de lítio de Gonçalo V. Ramos, R. Sousa, A. Guedes, F. Noronha, A. Botelho de Sousa, M. Machado Leite, R. Seltmann, A. Dolgopolova 46 Estudo da variabilidade geológico-geotécnica dos perfis de alteração do granito do Porto R. Lamas, A.V. da Fonseca, I. Fernandes, J.E. Espinha Marques 47 Alguns aspetos petrográficos dos graptólitos de Dornes (Zona Centro Ibérica, Portugal) P.A. Gonçalves, J.O. Mendonça, J.G. Mendonça Filho, D. Flores 48 Pegmatites spectral behavior considering ASTER and Landsat 8 OLI data in Naipa and Muiane mines (Alto Ligonha, Mozambique) U. Gemusse, A.C. Teodoro, A. Lima 49 Detection of lithium (Li)-bearing pegmatites using Landsat 8: a first approach J. Cardoso-Fernandes, A.C. Teodoro, A. Lima 50 Potencial em recursos minerais da plataforma continental Alentejana: o Projeto MINEPLAT J. Noiva, P. Terrinha, M. Neres, P. Brito, J. Mirão, C. Ribeiro 51 W mineralization in Argemela - Central Portugal L. Lima, A. Guedes, F. Noronha 52 Comparative study of wolframites from Portugal L. Lima, C. Marques de Sá, F. Noronha 53 Caracterização litológica e estrutural no eixo Coronado-Alfena C. Dias, M.A. Ribeiro 54 Não-halogenetos da mina de sal de Loulé: caracterização e interpretação ambiental C. Ribeiro, P. Terrinha, A. Andrade, B. Fonseca, M. Caetano,, M. Neres, E. Font, J. Mirão, C. Dias, L. Rosado, A-F Maurer, A. Manhita 56

GRUPO 4 - GEOCONSERVAÇÃO, GEOARQUEOLOGIA E EDUCAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS

Geoethics Outcomes and Awareness Learning: an international partnership Erasmus Plus Project C. Vasconcelos, G. Di Capua, V. Drąsutė, G. Langergraber, G. Meléndez, N. Orion, J. Brilha, C. Calheiros, A. Lima, A. Cardoso 59

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GRUPO 1 - CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS, INSTRUMENTAÇÃO E CLIMA

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ALOP - ALentejo Observation and Prediction systems

R. Salgado1, M. Morais1, M.J. Costa1, D. Bortoli1, A. Heitor Reis1, A.M. Silva1, P. Canhoto1, C.M. Rodrigues3, M. Moreira3, M. Potes1, M. Oliveira4, A.C. Saúde1, A. Rosado1, S. Nunes1, M.I. Mira1, S. Bárias1, J. Figueira1, S. Aranha1, M. Pereira1, P. Palma1,2, P. Alvarenga2, A. Durão1,2, A. Almeida2, A. Floro2, M.I. Castanheira2, A. Penha1, M.H. Novais1, G. Rodrigues1, M. Yakunin1, S. Fialho2 1Institute of Earth Sciences - ICT, IIFA, University of Évora, 7000-671 Évora, Portugal. 2Escola Superior Agrária - Instituto Politécnico de Beja, 7800-295 Beja, Portugal. 3Instituto de Ciências Agrarias e Ambientais Mediterrânicas - ICAAM, University of Évora, 7002-554 Évora, Portugal. 4Centro de Investigação em Matemática e Aplicações - CIMA. University of Évora, 7000-671 Évora, Portugal.

Since 2017 the multidisciplinary project ALOP (ALentejo Observation and Prediction systems) expands the team knowledge about the physical and bio-chemical properties of the reservoir. This project includes an integrated field campaign at different experimental sites in the reservoir and its shores, until November 2018. This project aims to develop multifunctional activities in the field of interactions between atmosphere, water and ecosystems, covering observation, forecasting and risk alert. It intends to develop, in an integrated way, observation, forecasting and warning tools in the fields of meteorology and water (quantity and quality) at regional level with the objectives of:

- improve knowledge of the state of the atmosphere and reservoirs in the region with special emphasis on the study about Alqueva - the strategic water reservoir of Alentejo;

- improve the prediction of the evolution of the atmosphere and its impact on the quantity and quality of water in people life and economic activities;

- test, develop and apply models that can predict the amount of water and the evolution of biological and chemistry water quality in lakes, with application on the management of water resources;

- understand and model the water, energy and carbon (CO2 and CH4) fluxes in the interface fresh water / atmosphere;

- evaluate the effects of global warming on the quantity and quality of water (ecological and chemical quality quality);

- identify and test technologies for rapid assessment of potential risk situations; - propose strategies for dissemination of information to local / regional stakeholders and

in general to the local population. Keywords: lake-atmosphere interactions, lake-atmosphere forecasting.

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Water column attenuation coefficient estimations in Alqueva reservoir

M. Potes1

1Institute of Earth Sciences - ICT, IIFA, University of Évora, Évora, 7000-671, Portugal.

The vertical structure of the underwater radiative absorption plays an important role in the thermal dynamics of the water surface layer and consequently on the energy budget at the water-lake interface. Thus, a better estimation of the irradiance at different levels is relevant to understand the lake-air interactions. The main purpose of this dataset of measurements is to estimate the spectral attenuation coefficient of the water column. The apparatus exploited in this work are composed of an optical cable linked to a portable FieldSpec UV/VNIR (ASD). This version has hemispherical field-of-view (FOV) of 180º allowing for measurements under all range of solar zenith. Measurements start in the beginning of 2016 on a monthly basis in order to understand the annual variation of this parameter. It is intention of the team to develop an algorithm to derive the attenuation coefficient from satellite data in this reservoir for full coverage of the 250 km2 surface. Keywords: attenuation coefficient, water column, spectral data, FieldSpec.

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Breeze effect at Alqueva reservoir: Meso-NH simulation results

M. Iakunin1, R. Salgado1, M. Potes1

1Institute of Earth Sciences - ICT, IIFA, University of Évora, Rua Romão Ramalho 59, 7000-671 Évora.

Lakes and reservoirs can impact on weather and meteorological parameters of surrounding area. Changes of the air temperature and heat fluxes over the lake surface are one of the forms of this impact. These changes provoke formation of daily breeze which appears in the morning hours and dissipates in the late afternoon. Usually it is difficult to track all aspects of this process and evaluate its magnitude. In present work we focused on study of the impact of Alqueva reservoir on local atmospheric parameters, formation of the lake breeze system, and related phenomena. This work presents a case study that covers 3 days period of 22-24 July 2014 which were a part of the ALEX (ALqueva hydro-meteorological EXperiment) campaign. To demonstrate the development of the breeze forced by the reservoir, two simulations with the mesoscale atmospheric model Meso-NH coupled to FLake freshwater lake scheme have been performed. One simulation contained Alqueva reservoir in the input dataset and another was without it. Comparison of these two results can show the raw lake impact on the meteorological conditions over the reservoir and surrounding area. Magnitude of the impact on the air temperature, relative humidity, and other atmospheric parameters is shown in the work. Lake breeze (5-7 m/s) can be found on distances up to several kilometers away from the shores and up to 300 meters over the lake surface. The breeze system induces a specific air circulation and downward stream over the reservoir, which advects dry air from the top of the boundary layer to the surface. Keywords: atmospheric modeling, meso-NH, lake breeze.

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Perda de integridade do pólen de Cupressaceae durante o transporte aéreo: impacto das condições atmosféricas

A. Galveias1, R. Salgado2, D. Bortoli2, R. Arriegas1, A.R. Costa1, M.J. Costa2, C.M. Antunes1

1ICT - Instituto de Ciências da Terra, IIFA & Departamento de Química, Escola Ciências Tecnologia, Universidade de Évora, Évora, Portugal. 2ICT - Instituto de Ciências da Terra, IIFA & Departamento de Física, Escola de Ciências e Tecnologia, Universidade de Évora, Évora, Portugal.

A família Cupressaceae inclui diversas espécies utilizadas para fins ornamentais. O período de polinização destas plantas encontra-se compreendido entre o final do inverno e o início da primavera, dependendo da temperatura e apesar de serem consideradas moderadamente alergénicas são uma preocupação para diversos países da Europa (Shahali et al, 2013). As espécies de Cupressaceae que predominam em Portugal são Cupressus lusitânica e Cupressus sempervirens; como árvores ornamentais encontram-se por todo o território, mas existem locais geográficos onde estas espécies são mais abundantes, principalmente em montanhas, Serra do Buçaco, Serra do Gerês e Serra de Sintra (www.flora-on.pt). O pólen de Cupressacae apresenta uma forma esferoidal, com diâmetro entre 25-30 µm, exina fina, intina estratificada, inaperturado e citoplasma centrado em forma de “estrela” (Gaussorgues and Demoly, 2013). Apesar de serem capturados em quantidades consideráveis na região de Évora, as suas caraterísticas aerobiológica ainda não se encontram caraterizadas. Assim o objetivo deste trabalho é a caraterização aerobiológica do pólen de Cupressaceae em Évora, durante a estação de 2017 e a sua relação com as circulações atmosféricas e condições meteorológicas obtidas a partir de observações locais e de modelos numéricos de previsão meteorológica. O pólen de Cupressaceae foi colhido a partir de uma metodologia padrão Hirst type e identificado ao microscópio ótico pelo método tradicional (REA.com). Foi também calculado trajetórias de massa de ar de 12h a partir do modelo HYSPLIT (Hybrid Single-Partícula Lagrangiana Integrated Trajectory), utilizando o movimento vertical (velocidade vertical) e computorizadas às 12:00 e às 15:00 UTC em diferentes alturas (500m, 1000m e 1500m) (Stein et al, 2015), para as duas semanas de análise utilizadas para este estudo. Foram encontradas elevadas concentrações do pólen de Cupressaceae, com um pico a 25 de fevereiro de 2017. Foi também observado uma elevada concentração deste tipo polínico lisado, com valores entre 18% e 50% em diferentes dias da amostragem. Estes resultados coincidem com percentagens de humidade relativa superiores a 70%. As trajetórias de massa de ar demonstraram que o pólen era maioritariamente de origem local, no entanto, poderá existir uma pequena contribuição de outros locais do território nacional onde esta espécie é predominante. A nosso conhecimento, este é o primeiro relato de uma fração considerável de grãos de pólen da família Cupressaceae com perda de integridade morfológica que atingem o amostrador. Como consequência desta perda de integridade, existe a libertação de todo o conteúdo celular uma vez que a sua parede externa é corrompida. Este acontecimento pode aumentar significativamente a quantidade de alergénio livre no ar e contribuir para o aumento da atividade alergénica deste tipo polínico. Uma melhor compreensão deste fenómeno morfológico pode contribuir para melhor a gestão do risco de alergia da população.

Gaussorgues, R., & Demoly, P. (2013). Environnement et allergies: la pollinose des Cupressacées. Revue Française D`allergologie, 53, 65–68;

Shahali, Y., Poncet, P., & Sénéchal, H. (2013). Pollinose aux Cupressacées et pollution atmosphérique. Cupressaceae pollinosis and air pollution. Revue Française D`allergologie, 53(5), 468–472;

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Stein, A.F., Draxler, R.R, Rolph, G.D., Stunder, B.J.B., Cohen, M.D., and Ngan, F., (2015). NOAA's HYSPLIT atmospheric transport and dispersion modeling system, Bull. Amer. Meteor. Soc., 96, 2059-2077;

Palavras-chave: Pólen de Cupressaceae, libertação de alergénio, alergia.

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Atmospheric particulate matter adhered to Olea airborne pollen

J. Pereira1, H. Ribeiro1, F. Guimarães2, A. Galveias1,3, I. Lisboa4, R. Arriegas1,3, M. J. Costa1,5, A.R. Costa1,3, P. M.S.M. Rodrigues4, C.M. Antunes1,3, I. Abreu1,6

1ICT- Institute of Earth Sciences, Portugal. 2Unit of Science and Mineral Technology, National Laboratory of Energy and Geology (LNEG), Portugal. 3Department of Chemistry, School of Science and Technology, University of Évora. 4School of Technology and Management, Polytechnic Institute of Guarda. 5Department of Physics, School of Science and Technology, University of Évora. 6Department of Biology, Faculty of Sciences, University of Porto.

An increase in the prevalence of pollen related respiratory allergenic diseases, in urbanized environment, has been reported linked to the interaction between pollen and pollutants. To investigate the physical-chemical properties and amount of particulate matter (PM) adhered to airborne pollen grains of Olea and the driven conditions that influence its patterns, a study was conducted in three Portuguese cities with different urbanization level and meteorological influence: Évora, Guarda, and Porto. A Field Emission Eletron Probe Microanalyser (EPMA) was used for the elemental characterization of the airborne Olea pollen as well as to investigate the characteristics of the PM attached to its surface. Analyses were performed in airborne pollen, sampled in May 2017 using a 7-days Hirst-type volumetric spore sampler, where the Melinex tape was coated with a double-sided adhesive carbon tape. The PM adhered to Olea airborne pollen present an equivalent diameter (d) mostly in the fine fraction (Évora 0.8 < d < 2.1 µm, Guarda 1.1 < d < 1.6 µm, and Porto 0.8 < d < 0.9 µm). Nonetheless, in each city significant daily differences were observed in the number of particles adhered. These differences were correlated with the meteorological parameters. The dominant particulates identified in Évora and Guarda were Si-rich (49% vs 64%), SO-rich (12% vs 11%), Ca-rich (9% vs 6%) and Metals & Oxide (7% vs 6%) while in Porto were Si-rich (36%), Organic (36%) and Metals & Oxides (13%). Airborne Olea pollen samples presented a coat with different elemental composition with significant differences when compared to the different study places. In Évora samples the most Olea pollen grains were clean (39 %) or coated with sea salt misc (31 %). The dominant wall composition identified in Guarda were Si-rich (63 %) while in Porto were sea salt misc (100%). The PM physical characteristics adhered to Olea pollen were similar for all cities however chemical composition varies according to the location, which may have different implications for the environment and public health. Acknowledgments: National Funds through FCT – The Portuguese Science and Technology Foundation for the project PTDC/ATP-EAM/0817/2014 and Scholarship (SFRH/BDP/103934/2014) of H. Ribeiro. Institute of Earth Sciences (ICT) funds, under contract (UID/GEO/04683/2013 (POCI-01-0145-FEDER-007690)) with FCT and FEDER through the Operational Program Competitiveness Factors – COMPETE.

Keywords: pollen, particulate matter, eletron probe microanalysis.

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Aerobiology and effects of O3 and NO2 in Cupressaceae pollen

C. Gomes1, M. Fernandez-González2, H. Ribeiro2, I. Abreu1,2 1Department of Biology, Faculty of Sciences, University of Porto, Portugal. 2Earth Sciences Institute, Pole of the Faculty of Sciences, University of Porto, Portugal.

Pollen grains are an important source of allergy and pollutants can interact with them, inducing morphological and biochemical changes. The aim of this study was to investigate the presence of Cupressaceae pollen in the atmosphere as well as to evaluate the effects of air pollutants (O3 and NO2) on pollen fertility, reactive oxygen species (ROS) and quantification of the main allergen of cypress pollen, Cup a1. Airborne pollen sampling was performed in Porto, using a 7-day Hirst-type volumetric spore trap for 5 years (2013-2017). Cupressaceae pollen main pollen season as well as interannual and intradiurnal variations in the atmosphere were determined. It was used an environmental chamber to expose Cupressaceae (Cupressus lusitanica) pollen separately to O3, NO2 and both gases (Mix). A blank sample, not exposed to the gasses but subjected to the same procedure was used. Pollen fertility was assessed by analysing pollen viability and reactive oxygen species (ROS) detection was performed using a ROS-sensitive fluorescent probe (DCFH2DA) and fluorescent microscopy. Immunoblotting and ELISA technique were done to evaluate the changes in the reactivity of Cup a 1. Cupressaceae pollen season occurred from January to March, being February the month with the highest concentration. Intradiurnal distribution pattern shows a peak concentration in the morning hours, decaying in the early afternoon. The pollutants, particularly O3 influenced the viability of the pollen grains, leading to a significant decrease and the increase of ROS. ELISA assays showed an increase in the concentration of Cup a 1 compared with the blank sample, although only statistically significant with O3. Immunoblots confirm these results, being observed an increase in Cup a 1 reactivity. In this work it was observed that O3 was the pollutant with highest influence on pollen traits, which can induce increase allergenicity due to the stimulation of ROS and Cup a 1 allergen. Acknowledgments: National Funds through FCT – The Portuguese Science and Technology Foundation for the project PTDC/ATP-EAM/0817/2014 and Scholarship (SFRH/BDP/103934/2014) of H. Ribeiro and (SFRH/BDP/125686/2016) of M. Fernandez-Gonzalez. Institute of Earth Sciences (ICT) funds, under contract (UID/GEO/04683/2013 (POCI-01-0145-FEDER-007690)) with FCT and FEDER through the Operational Program Competitiveness Factors – COMPETE.

Keywords: air pollutants, Cup a 1, pollen, ROS.

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The presence of Platanus pollen and Pla a 1 allergen in the atmosphere of Porto city

M. Fernandez-González1, H. Ribeiro1, J. Pereira1, F.J. Rodríguez-Rajo2, I. Abreu1,2

1ICT- Institute of Earth Sciences, Portugal. 2Department of Plant Biology and Soil Sciences, Faculty of Sciences, University of Vigo, Ourense, Spain. 3Department of Biology, Faculty of Sciences, University of Porto.

Platanus hispanica Miller ex Münchh, also known as London plane tree or sycamore, is frequently used as ornamental in gardens, parks, and avenues of the cities in the south of Europe. The pollen of these trees is considered an important source of airborne allergens causing allergic respiratory problems. The objective of this study was to compare the Platanus airborne pollen with the Pla a 1 allergen levels and their correlation with the meteorological parameters. The study was conducted in Porto (NW-Portugal) during 2018. Platanus pollen quantified by using a volumetric sampler Lanzoni VPPS-2000. A Burkard multivial Cyclone Sampler was used for the atmospheric allergens collection and the meteorological data were obtained from the Sciences Faculty of Porto and managed by this institution. In 2018, the Platanus pollen main pollen season occurred between March 10th and April 22nd; this period was greatly influenced by the meteorological conditions, which also directly affected the airborne allergen Pla a 1. The total pollen concentration was 740 pollen grains and the maximum pollen daily concentration was registered April 1st with 77 pollen/m3. The total allergen concentration was 2.85 ng, the maximum aeroallergen daily concentration was registered April 5th with 0.37 ng/m3. The pollen concentration was recorded before the aeroallergen Pla a 1 presence. These data are associated with the variations of the main weather variables. Acknowledgments: National Funds through FCT – The Portuguese Science and Technology Foundation for the project PTDC/ATP-EAM/0817/2014 and Scholarship (SFRH/BDP/103934/2014) of H. Ribeiro and (SFRH/BDP/125686/2016) of M. Fernandez-Gonzalez. Institute of Earth Sciences (ICT) funds, under contract (UID/GEO/04683/2013 (POCI-01-0145-FEDER-007690)) with FCT and FEDER through the Operational Program Competitiveness Factors – COMPETE.

Keywords: aerobiology, Allergy, Pla a 1, Pollen.

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GRUPO 2 - ENERGIA, ÁGUA E AMBIENTE

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Ground solar irradiance modulation during Solar Cycles 23-24: a regional approach for Portugal (Southern Europe)

H.G. Silva1

1Renewable Energies Chair and Institute of Earth Sciences, IIFA, University of Évora, Rua Romão Ramalho 59, 7000-671 Évora, Portugal.

Solar Irradiance is the primordial source of thermal energy impacting on Earth and thus playing a major role on the planet’s climate. Through the centuries much attention has been given to our nearest star and with the introduction of modern instrumentation many of its phenomena have been recorded. In particular, solar irradiance at the ground level (ground solar irradiance, GSI) has being recorded around the world. Thereto the steady implementation of renewable energy in the global energy market has given a substantial boost in the economical relevance of these measurements and as a consequence a considerable amount of analysis has been put on GSI long-term time-series. Among many phenomena researchers have found what is known as solar brightening and dimming at a regional level; which consists in a relevant increase and decrease (around 10 % modulation) of annual GSI availability in time scales of some decades. Nevertheless, total solar irradiance (the irradiance that reaches the top of Earth’s atmosphere) is known to have changed less than 1 % and thus solar brightening and dimming can only be explained by processes occurring inside Earth’s atmosphere that would increase and decrease its transmissivity. With that, a general consensus was reached that pollution was the cause of such phenomenon inasmuch it also caused global warming. Nevertheless, in this study annual GSI availabilities from 2001 to 2017 (covering solar cycles 23 and 24) averaged at a regional level (sixteen principal meteorological stations belonging to the Portuguese Meteorological Service, IPMA, were employed) are plotted against mean yearly sunspot number (SSN) and surprisingly a linear relation is found with a significant correlation of 0.8 showing that for higher SSN lower GSI is found and vice-versa. Besides, the existence of a clear ~11-year periodicity in the mean Lomb-Scargle periodograms of GSI time-series of the sixteen stations reinforce the observation of a GSI modulation with solar activity. Possible mechanisms explaining this observation are discussed. Keywords: ground solar irradiance, solar brightening and dimming, solar activity cycle.

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Impacto das águas de drenagem ácida nas algas acidófilas e avaliação do seu efeito na produção primária

P. Gomes1, T. Valente1

1Instituto de Ciências da Terra (ICT), Polo da Universidade do Minho, Campus de Gualtar, 4710-057 Braga, Portugal.

As águas de drenagem ácida representam ambientes extremos típicos de regiões com materiais sulfuretados. Estes habitats aquáticos apresentam tipicamente elevadas concentrações de metais e baixos valores de pH (<3.5), sendo dominados por organismos acidófilos. Estes organismos, procarióticos e eucarióticos, ocorrem assim em ecossistemas estruturalmente simples, desempenhando um papel importante na produção primária, quer quimioautotrófica, quer fotoautotrófica. Ambos os tipos interferem na mobilidade das espécies químicas presentes na água, sendo do conhecimento científico que as algas apresentam mecanismos de defesa face à toxicidade destas águas. Nos cursos de água afetados por drenagem ácida, a aplicação de critérios ecológicos é essencial para avaliar a qualidade da água, à semelhança do que se passa noutros ecossistemas. Neste contexto, as algas acidófilas têm um papel crítico como indicadores, justificando a oportunidade deste trabalho. Por conseguinte, o presente estudo decorre numa emblemática mina abandonada - São Domingos, Faixa Piritosa Ibérica, que apresenta manifestações típicas de drenagem ácida. Os objetivos focam-se em aspetos de natureza hidrológica e ecológica ao nível da corta mineira inundada e do curso de água afetado. Especificamente pretende-se estudar a comunidade de algas acidófilas e analisar os diferentes estados de produção primária, no sentido de compreender o seu papel das algas como indicadores de contaminação. Foram analisadas 11 amostras de água colhidas em diferentes condições: época seca (outubro 2017) e época chuvosa (fevereiro 2018). Os dados revelaram valores de pH baixos para a maioria dos pontos amostrados, tendo-se registado o valor mais baixo (2.1) na primeira campanha. Este ponto apresenta as concentrações mais altas de sulfato (6564.91 mg/L) e também de clorofila a (113.34 µg/L). Contudo, verifica-se um decréscimo considerável na época chuvosa (29.58 µg/L de clorofila e 2623.84 mg/L de sulfato). As amostras com pH mais elevado (8.57 e 7.86) correspondem a albufeiras sem influência mineira, situadas a montante e a jusante da mina. A condutividade elétrica apresenta valores mínimos de 277 e máximos de 8500 μS/cm. O microscópio ótico e a microscopia eletrónica de varrimento revelaram baixa variabilidade entre as espécies observadas, indo de encontro a uma baixa biodiversidade, ainda que com elevada quantidade de biomassa. As algas pluricelulares são incluem-se maioritariamente nos géneros Mougeotia e Ulotrix. No que diz respeito às algas unicelulares, as diatomáceas ocorrem em grande quantidade em praticamente todos os locais amostrados. Por sua vez, a Euglena mutabilis, espécie muito comum neste tipo de ambiente foi aqui muito raramente observada. Palavras-chave: drenagem ácida, ambientes extremos, algas acidófilas, clorofila a, Mina de São Domingos.

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Water supply in Santiago Island: behaviour and monitoring of the chemical status

N. Gonçalves1, T. Valente1

1Institute of Earth Sciences (ICT), Pole of University of Minho, Campus de Gualtar, 4710-057 Braga, Portugal.

This work focuses on the water supply sector and on the chemical quality of groundwater in the Santiago Island, Cape Verde. Water management has been rapidly evolving to respond to the worsening of pressures, growing demands for water resources protection and enhancement, increased uncertainty and vulnerability of water systems and the need of the country to incorporate a set of environmental matters. The supply of drinking water is one of Cape Verde's major challenges, especially in urban centers. The high vulnerability to pollution by different types of contaminants as well as erosion and coastal dynamics represent relevant risk factors for sustainability of water systems. According to the IMC-CV (2016), only 54% of the population in the Island is provided with the public network connection for water supply, while 6% use public service, but they go to the neighbor's house, 11% through auto tanks and 24% use supply wells, springs, among others, which may be non-potable sources. So, this scenario justifies the need for analysis of the properties and quality of water from different sources. For that, 26 samples representing different supply sources were submitted to monitoring and chemical characterization. The obtained results show the mineralized character of the waters, with an average electrical conductivity of 1145 μS/cm. The hydrochemical classification, according to the Piper diagram, led to the discrimination of the following types: mixed sodium (23%), bicarbonate sodium (15%), bicarbonate calcium (4%), magnesium bicarbonate (4%), bicarbonate (38%) and mixed waters (15%). Nutrient contents do not show strong influence of agricultural pollution, since the content of NO3 and PO4 did not exceed the reference values, except for one well (P-5843), where the nitrate exceeded the reference value, but the water is mainly destined for irrigation purposes. Potential toxic elements, such as metals and arsenic as well as emergent pollutants like pesticides meet the default values for consumption. However, concerning the irrigation use, about 65.3% of the samples presents evidence of high to very high salinization risk. In the volcanic terrains of the island, the salinization of aquifers may have natural causes related with water-rock interaction processes. In addition, evapoconcentration of the deposition of the marine aerosol, typical of arid and semi-arid climates, is contributing to such a salinization process. Considering what is established in the Cape Verdean and Portuguese legislation regarding water quality, the majority of the analysed samples are of sufficient quality for human consumption. Keywords: water supply, water quality, groundwater monitoring, water chemistry, Santiago Island, Cape Verde.

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Riscos ambientais numa bacia hidrográfica – Caso de estudo no Rio Vizela (Norte de Portugal)

A.F. Brás1, I.M. Antunes1

1Instituto de Ciências da Terra (ICT), Polo da Universidade do Minho, Campus de Gualtar, 4710-057 Braga, Portugal.

O rio Ave situa-se no norte de Portugal, na região do Baixo Minho, e tem cerca de 98 km de cumprimento, tendo como principais afluentes o rio Este, na sua margem direita, e o rio Vizela, na margem esquerda. A atividade industrial desenvolvida na bacia hidrográfica do rio Ave tem vindo a intensificar-se desde o século XX, a qual acompanhada pelas atividades agrícolas e pecuária, tem provocado um decréscimo na qualidade da água; tendo vindo a ser classificado como um dos rios mais poluídos da Europa. Face à importância desta linha de água, foi criado um “Sistema de despoluição do Vale do Ave” (SIVA), em 1999, com indicação de diversas medidas de ação e recuperação. Contudo, o estado ecológico do rio não passou da classificação de “medíocre”, de acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente. A bacia hidrográfica do rio Vizela (área de 240 km2), sendo uma sub-bacia do rio Ave e estando sob a influência das atividades industriais e agrícolas, entre outras, tem vindo a sofrer várias pressões ambientais que se intensificam ao longo do tempo, e com consequências diretas na qualidade da água deste rio. Com este trabalho pretende-se identificar os principais focos de poluição local e pontual na bacia hidrográfica do rio Vizela, bem como, os seus efeitos na qualidade da água e, sempre que possível, a proposta de medidas de recuperação/remediação neste curso de água. Para a concretização destes objetivos pretende-se a: - Caracterização da Bacia Hidrográfica do Rio Vizela e identificação dos principais focos de

contaminação local e difusa; - Evolução espacial e temporal da qualidade da água ao longo dos últimos anos, com

particular destaque para o período após o SIVA; - Identificação de pontos de amostragem de água representativos e determinação dos

parâmetros físico-químicos; - Proposta de algumas medidas de monitorização e possível recuperação em áreas de

maior contaminação. Agradecimentos: Este trabalho é desenvolvido no âmbito do ICT e do projeto UID/GEO/04035/2013.

Palavras-chave: hidroquímica, contaminação, monitorização, bacia hidrográfica.

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Vulnerabilidade em sistemas aquíferos no Vale de Nhartanda (Cidade de Tete, Moçambique)

A.D.J.P. Bande1, I.M. Antunes1

1Instituto de Ciências da Terra (ICT), Polo da Universidade do Minho, Campus de Gualtar, 4710-057 Braga, Portugal.

A água constitui um recurso essencial e indispensável, pelo que, tem de ocorrer em quantidade e qualidade adequadas às necessidades humanas. Contudo, a disponibilidade quantitativa e qualitativa nem sempre contempla as exigências locais. O presente trabalho tem por principal objetivo o estudo da produtividade e vulnerabilidade em sistemas aquíferos, no Vale de Nhartanda, Cidade de Tete, Moçambique. Apesar da localização geográfica de Moçambique, a jusante de grandes rios da região Austral de África, o acesso à água, em quantidade e qualidade, nem sempre é possível. De um modo geral, em Moçambique, e na Cidade de Tete, em particular, a inexistência de Estações de Tratamento de Águas Residuais, leva a uma agressão deste recurso natural. Em Tete, o sistema de esgotos sanitários está diretamente canalizado para os cursos de água superficiais, com destaque para o rio Zambeze e seus afluentes, afetando tanto a qualidade das águas superficiais como subterrâneas. A captação da água para abastecimento público na cidade de Tete é feita a partir de furos localizados no Vale de Nhartanda, onde se concentra o escoamento subterrâneo do Rio Zambeze. Este vale tem uma área aproximada de 6.76 Km2 e constituí uma planície de inundação, com altitudes entre 125 m - 130 m. Na caracterização hidrogeológica do Vale de Nhartanda recorreu-se ao software QGIS 2.14/SIGArcMap, tendo por base a informação histórica cedida pelas instituições FIPAG, INAM-Tete, ARA Zambeze e CMCT de Moçambique. Na avaliação da qualidade da água superficial e subterrânea foram realizadas determinações in situ e análises laboratoriais. A produtividade do sistema aquífero do Vale de Nhartanda não é suficiente para as necessidades da Cidade de Tete, principalmente nos últimos anos, em que se tem assistido a um “Boom demográfico”, particularmente associado à exploração de hidrocarbonetos. A qualidade da água, por sua vez, nem sempre obedece aos parâmetros definidos. O principal foco de contaminação está associado às atividades humanas, pois o Vale de Nhartanda, para além de estar densamente cultivado, recebe a influência de diversas fontes de contaminação, como seja a deposição de resíduos, detritos em céu aberto, drenagem de águas residuais, entre outras actividades, que comprometem a qualidade da água de Nhartanda. Palavras-chave: aquífero, vulnerabilidade, gestão da água, Vale de Nhartanda, Moçambique.

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Avaliação da qualidade da água numa região contaminada por arsénio

F. Barata Feio1, M. Costa2, I.M. Antunes1, A. Ferreira3

1Instituto de Ciências da Terra (ICT), Polo da Universidade do Minho, Campus de Gualtar, 4710-057 Braga, Portugal. 2Departamento de Geologia, UTAD, Vila Real; GeoBioTec, Univ. Aveiro; CEMMPRE, Univ. Coimbra, Portugal. 3Laboratório Nacional de Energia e Geologia, LNEG-Porto.

A área de estudo está localizada na zona NE de Portugal (freguesia da Freixeda, distrito de Bragança), onde existe a mina da Freixeda, que se insere na Província metalogénica aurífera do NW da Península Ibérica, e onde a mineralização em Au, Ag, e Pb, ocorre associada a sulfuretos, presentes em dois filões quartzosos, num substrato vulcanogénico do Ordovícico e Silúrico. A exploração desses filões cessou em 1955. Em 2007, foi alvo de remediação, que incluiu a terraplanagem e impermeabilização das escombreiras e construção duma wetland com macrófitas para tratamento das águas de drenagem ácida. Estão presentes dois aquíferos, um confinado e outro livre, e a escorrência superficial é intermitente, o que permite identificar zonas de descarga do aquífero cativo no leito da ribeira da Freixeda, que está inserida na bacia do Rio Douro, sub-bacia do Rio Tua. Aparte a ocorrência natural de elementos menores nas águas, influenciada pela geologia local e regional, as minas e as escombreiras prestam um enorme contributo para a presença em excesso do arsénio e metais pesados. Desde 2004, foram realizados vários estudos nesta área, tendo sido identificados valores de As nas águas superficiais e subterrâneas muito superiores aos valores paramétricos para água destinada ao consumo humano, ou rega. O arsénio tem uma mobilidade elevada em águas com valores de pH entre os 6,5 e os 8,5 típicos de águas subterrâneas, quer em condições redutoras, quer oxidantes, o que o torna único entre os metaloides pesados elementos formadores de oxianiões. Com o objetivo de avaliar o atual estado da qualidade dos recursos hídricos na área envolvente da antiga mina e ao longo da ribeira da Freixeda até à sua foz, no Rio Tua, foram medidos no campo, parâmetros físico-químicos e determinados os teores em As por AAS-HG. Os resultados indicam elevada contaminação por As nos furos que captam o aquífero cativo. Em poços pouco profundos, que captam o aquífero livre, os valores são inferiores a 30 µg/L. A água superficial apresenta valores mais elevados embora seja evidente o decréscimo da concentração com a distância, próximo da confluência com o Rio Tua. Palavras-chave: arsénio, mina da Freixeda, água subterrânea, contaminação, Portugal.

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Prospeção hidrogeológica em terrenos graníticos

F. Dias1, B. Pereira1, I.M. Antunes2, A. Sousa1, J. Oliveira1

1Sinergeo, Rua Manuel Ferreira de Araújo 37, 4705-258 Braga, Portugal. 2Instituto de Ciências da Terra (ICT), Polo da Universidade do Minho, Campus de Gualtar, 4710-057 Braga, Portugal.

A água é um recurso imprescindível à vida humana, pelo que a água subterrânea tem sido alvo de estudos de pesquisa e prospeção, fazendo com que a quantificação, qualificação e proteção deste recurso seja fundamental. A prospeção e captação de águas subterrâneas envolve a realização e conjugação de diferentes estudos geológicos e hidrogeológicos dependentes das características litológicas e estruturais envolventes. A prospeção hidrogeológica em terrenos graníticos é uma tarefa peculiar devido às características desta litologia. A sua compactação promove a presença de uma porosidade e permeabilidade primária baixas, o que faz com que a circulação de água subterrânea dependa do grau de alteração e fracturação presente. No âmbito deste trabalho de prospeção hidrogeológica de águas subterrâneas foi aplicada uma abordagem multimétodo numa área florestal com cerca de dez hectares. Inicialmente, procedeu-se à caracterização da área de estudo quanto à geologia, geomorfologia, hidrologia e hidrogeologia. Numa segunda fase, foram realizados trabalhos de prospeção geofísica aplicando os dois métodos: magnético e elétrico, conjugados com a informação obtida por fotogeologia e cartografia geológica. A interpretação e validação dos dados geofísicos, conjuntamente com as anomalias magnéticas e elétricas obtidas, foram conjugados e sobrepostos numa modelação tridimensional para a área de estudo. A conjugação e interpretação dos diversos estudos realizados permitiu a identificação de três locais potenciais para furos de pesquisa de água subterrânea, dois dos quais realizados por sondagens de captação verticais. Como conclusão do trabalho realizado, verifica-se que a prospeção hidrogeológica, e todos os estudos associados, apresentam resultados bastante positivos e promissores na obtenção futura de água subterrânea. Agradecimentos: Este trabalho é desenvolvido no âmbito do ICT e do projeto UID/GEO/04035/2013.

Palavras-chave: fotogeologia, geofísica, estruturas lineares, prospeção hidrogeológica, granitos.

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Urban hydrogeology resource assessment – the case study of Sete Fontes (Braga, NW Portugal)

I.M. Antunes1, L.M.B Gonçalves1

1Instituto de Ciências da Terra (ICT), Polo da Universidade do Minho, Campus de Gualtar, 4710-057 Braga, Portugal.

Water resource assessment is essential to bring about sustainable growth of urban development and overall economic progress. Climatic change and population growth are important contributors in the quality of available water resources. The crucial point of water management should be to promote an integrated water management in river catchments and associated groundwater systems. The Sete Fontes water system (Braga, northern Portugal) was completed in the middle-eighteen century, dating back from the Roman Period, was the main water supply system of the city until 1913. The system is composed of several underground galleries collecting spring waters, stone aqueduct channels with about 3500 m long for water transportation, cisterns for water storage, waterspouts and fountains for public water distribution. This water system is in a valley, with a NE-SW trend, an altitude ranging between 250-300 m, promoting a favourable declivity to water gravity transport into the city historical centre (190-195 m of altitude). The Sete Fontes aquifer is characterized by Silurian metasediments intruded by Variscan granites (Braga and Sameiro granite), with two main fracturation trends - ENE-WSW and NW-SE. The mainly hydrogeochemistry is Na-Cl facies and locally Na-HCO3 facies. The groundwater is poorly mineralized, suggesting meteoric water contribution, with a relatively short deep and shallow circuit. Groundwater from Sete Fontes water system preserves both the original memorial role and its operational function, so its preservation and valorization is a key urban asset of the city of Braga. The classification as a national monument was declared on the 25th March 2011.The economic, and demographic, growth of Braga lead to the increasing use of other water resources. Presently, the city primary delivery system is totally dependent of surface water from River Cávado catchment. Natural groundwater characteristics from Sete Fontes shows that it is still suitable for human consumption. It´s assessment also suggests that this is a sustainable water resource that can constitute an important backup solution in case of failure of the main delivery system due to scarcity or catastrophe. Agradecimentos: Este trabalho é desenvolvido no âmbito do ICT e do projeto UID/GEO/04035/2013.

Keywords: urban hydrogeology, groundwater, Roman system, national monument, Braga.

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Caracterização geoquímica de solos de montanha

J. Rocha1, J. Ribeiro2,3, J. Espinha Marques1,2, D. Flores1,2

1Departamento de Geociências Ambiente e Ordenamento do Território, Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. 2Instituto de Ciências da Terra – Polo da Universidade do Porto. 3Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

As montanhas constituem sistemas naturais claramente distintos das regiões envolventes, As montanhas constituem sistemas naturais claramente distintos das regiões envolventes, nomeadamente, no que respeita aos solos. A distribuição espacial das características dos solos de montanha depende do modo como os fatores da pedogénese atuam, quer à escala regional, quer à escala local. A influência da altitude e dos fatores dependentes da altitude, tais como a cobertura vegetal e a orientação das vertentes, na composição química orgânica e inorgânica dos solos de montanha estão, ainda, por identificar e compreender. Assim, este trabalho teve como objetivo a determinação do conteúdo em matéria orgânica e da composição química inorgânica de amostras de solos da Serra da Estrela, recolhidas a diferentes altitudes e em condições hidrológicas e exposição solar variáveis. A região da Serra da Estrela situa-se na Zona Centro-Ibérica do Maciço Hespérico. Na área em estudo ocorrem rochas graníticas de idade Varisca e depósitos aluvionares e glaciários do Quaternário. As unidades de solo dominantes são Leptossolos, Umbrissolos e Fluvissolos. A amostragem incluiu a recolha de um total de 29 amostras de solos (horizonte Ah), das quais 12 foram colhidas no Vale da Candieira cujas vertentes apresentam exposição solar e cobertura vegetal significativamente diferente, nomeadamente, a vertente norte apresenta maior exposição solar que a vertente sul. Os resultados indicam que os teores de matéria orgânica dos solos variam significativamente, entre 4.3% e 54.33%. Relativamente à composição química inorgânica, de um modo geral, verifica-se que as amostras de solos em estudo apresentam composição química semelhante entre si. As variações observadas estão dependentes da influência das condições pedogenéticas a diferentes altitudes, particularmente, as condições hidropedológicas do solo e a exposição solar. Assim, no Vale da Candieira os solos da vertente com maior exposição solar apresentam menor percentagem de matéria orgânica e maior concentração de Fe, o que é indicador de condições mais oxidantes, que promovem a degradação da matéria orgânica e a oxidação dos minerais com Fe. A composição química dos solos em estudo foi comparada com valores de referência do Geochemical Atlas of Europe, tendo-se verificado que apresentam composição química dentro dos limites estabelecidos para solos Europeus.

Palavras-chave: solos, Serra da Estrela, composição química, Geochemical Atlas of Europe.

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ECOAL Project: delivering solutions for monitoring coal related fires

J. Ribeiro1,2, D. Viveiros3, J. Ferreira3, A. Lopez-Gil4, A. Dominguez-Lopez4, L. Duarte 2,5, X. Angulo-

Vinuesa4, S. Martin-Lopez4, M. Gonzalez-Herraez4, A.C. Teodoro2,5, J.A. Gonçalves5,6, D. Flores2,5, J.L. Santos3,5, J.M. Baptista3,7

1Faculty of Sciences and Technology, University of Coimbra, Portugal.

2Institute of Earth Sciences, University of Porto, Portugal. 3Institute for Systems and Computer Engineering, Technology and Science - Centre for Applied Photonics, Faculty of Sciences, University of Porto, Portugal. 4Department of Electronics, Polytechnic building, University of Alcala, Alcalá de Henares, Madrid, Spain; 5Faculty of Sciences, University of Porto, Portugal. 6Interdisciplinary Centre of Marine and Environmental Research, University of Porto. 7Faculty of Exact Sciences and Engineering, University of Madeira, Funchal, Portugal.

The coal related fires may occur in coal seams, during mining operations, handling and transportation, storage and waste disposal, being responsible for significant losses of natural resources and for the emission of harmful gases and particulate matter to the atmosphere. The identification and characterization of combustion by-products are essential to address the environmental issues and human health effects. Previous studies about self-burning coal waste piles in Portugal and Spain indicate that a wide range of volatile organic compounds (VOCs) are released to the atmosphere including, among others, BTEX compounds (benzene, toluene, ethylbenzene, and xylenes), which represent a serious environmental and human-health concern since are known to be toxic and human carcinogens. A scientific research project entitled “ECOAL - Ecological Management of coal waste piles in combustion” was developed aiming the remote, multi-point and continuous monitoring of gas emissions and combustion temperature in self-burning coal waste piles using optical fiber sensing technology. The project was composed by a consortium between research groups from Portugal, Spain and France. Fiber optic sensors have been applied in severe environments, presenting high sensitivity, wide bandwidth, high operation temperature, immunity to electromagnetic interference, lightweight, long life and multipoint and remote measurement capabilities. After the laboratorial development of the fiber based optoelectronic system for distributed temperature and gas emission measurements, a prototype was installed in S. Pedro da Cova waste pile (Portugal). The implementation of the multi-point measurement system was quite a challenge due to the extreme conditions associated with the high temperatures experienced during combustion of the coal waste pile. The continuous measurement of combustion temperatures allowed the development of an application to produce dynamic temperature maps and videos representing the spatial and temporal variation of temperature under a GIS open source environment (QGIS software). The data provided by GIS-ECOAL application allows, among others, the monitoring of temperature variations and their relation with weather conditions, the evaluation of the temperature dynamics and continuous visualization of selected areas, and the identification of possible/probable evolution scenarios, the identification of new combustion areas. The field implementation of the prototype and the acquired knowledge and experience allow the fiber system optimization, opening up the possibility of its widespread application in other self-burning coal waste piles and other types coal related fires (e.g. in seams and in stockpiles). In addition, the GIS-ECOAL application can be adapted and also applied to other situations related with coal fires. Keywords: spontaneous coal combustion, temperature monitoring, fiber sensing technologies.

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CoalMine - Coal mining wastes: assessment, monitoring and reclamation of environmental impacts through remote sensing and geostatistical analysis.

J. Ribeiro1, L. Duarte2, J. Espinha Marques2, C. Mansilha3, R. Fonseca4, A.C. Teodoro2, J.A. Gonçalves5, D. Flores2

1Instituto Ciências da Terra - Pólo da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra, Portugal. 2Instituto Ciências da Terra - Pólo da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e Departamento de Geociências, Ambiente e Ordenamento do Território da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Portugal. 3REQUIMTE, Universidade do Porto, Portugal. 4Instituto Ciências da Terra - Pólo da Universidade de Évora e Departamento de Geociências da Universidade de Évora, Portugal. 5CIIMAR e Departamento de Geociências, Ambiente e Ordenamento do Território da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Portugal.

CoalMine is a research project approved by the FCT within the last call AAC nº 02/SAICT/2017, consisting of a consortium of two research units – ICT (Porto and Évora poles) and Requimte - combining geosciences, chemistry and surveying engineering expertise. This project was designed and planned following studies carried out aiming to contribute to the management of environmental problems associated with self-burning coal waste piles, involving continuous assessment and identification of evolution scenarios, looking at the implementation of corrective/preventive actions to minimize the impact of these natural combustion processes. The self-burning of coal mobilizes large amounts of pollutants, particulate matter, organic compounds, and toxic trace elements that can be emitted, released or leached to soils, waters and air of the surrounding environment. The comprehensive characterization of materials that constitutes the self-burning coal waste piles in Douro Coalfield, which is essential for the identification of the potential impacts caused in the environment, was already developed. The main goal of this project is the characterization and quantification of the impacts on surrounding environment, ecosystems and health of population living nearby São Pedro da Cova waste pile, located near a population centre and social infrastructures. The investigation of the impacts on soils, water and air of the surrounding area of the S. Pedro da Cova waste pile will allow the identification of elements that can be potentially hazardous for the ecosystems and human health. The geochemical composition of soils and water collected in the surrounding area of São Pedro da Cova waste pile will be determined and the combustion temperature and mass movements will be monitored through remote sensing techniques. The spatial distribution in the contaminated areas through the quantification of pollutants and analysis of pollution extent will be attained using spatial analysis and geostatistical algorithms improving the estimation of the exposure factors in the limited area and characterizing the environmental and health risks exploiting the derived geospatial data. The dissemination of the results is expected to contribute for scientific knowledge and to provide valuable information for decision makers about the mitigation or reclamation of environmental impacts.

Acknowledgments: This work was supported by the project CoalMine - Coal mining wastes: assessment, monitoring and reclamation of environmental impacts through remote sensing and geostatistical analysis - financed FCT, call AAC nº 02/SAICT/2017 (POCI-01-0145-FEDER-030138). The authors acknowledge the funding provided by the Institute of Earth Sciences under contracts UID/GEO/04683/2013 with FCT and COMPETE POCI-01-0145-FEDER.

Keywords: spontaneous coal combustion, soil and water contamination, monitoring.

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GRUPO 3 - GEODINÂMICA, GEORRECURSOS E GEOMATERIAIS

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EPOS-IP Multi-scale Laboratories: contribuição dos laboratórios analíticos do Colaboratório para as Geociências - C4G

M. Rodrigues1, A. Guedes2, F. Guimarães3, A. Ferreira3, R. Caldeira3, P. Rodrigues4, M. Gonçalves4, J.

Figueiras4, M. Costa e Silva5, M. Moreira6, & EPOS-IP WP16 Team

1C4G/UBI - Universidade da Beira Interior. 2FCUP - Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. 3LNEG - Laboratório Nacional de Energia e Geologia. 4FCUL - Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. 5CERENA - Centro de Recursos Naturais e Ambiente. 6ISEL - Instituto Superior de Engenharia de Lisboa.

O “Thematic Core Services (TCS) Multi-Scale Laboratories” do projecto EPOS-IP (European Plate Observing System – Implementation Phase) visam facilitar o acesso e a partilha de dados laboratoriais, juntamente com o seu armazenamento e harmonização. No âmbito do EPOS-IP, a comunidade “Multi-Scale Laboratories” é representada por instituições de oito países europeus (Universidade de Utrecht, GFZ, Universidade de Roma Tre, IGG-CNR, INGV, NERC, CSIC-ICTJA, CNRS, LMU, C4G-UBI, ETHZ) e incorpora vários tipos de infraestruturas laboratoriais, envolvidas em diferentes áreas das Geociências: Atualmente a maioria dos dados produzidos pelos vários laboratórios estão disponíveis apenas em publicações académicas de carácter local, regional ou nacional e muitos dados permanecem inéditos, inacessíveis e/ou mal preservados. No TCS “Multi-Scale Laboratories” do projecto EPOS-IP pretende-se recolher e harmonizar as informações e dados laboratoriais disponíveis a fim de gerar bases de dados acessíveis. Oferece ainda possibilidade de compartilhar dados por “open access”, com referenciação DOI, publicação de dados on-line, incluindo armazenamento e gestão a longo prazo. Uma das componentes da participação do Colaboratório para as Geociências - C4G (http://www.c4g-pt.eu/), relacionada com a implementação de TCS do “Multi-Scale Laboratories”, está focada nos laboratórios analíticos e micro-analíticos. Estes fornecem informações relevantes de química de rocha total, química mineral e inclusões fluidas que podem contribuir para os serviços de integração relacionados com a avaliação de recursos geológicos e minerais, incluindo depósitos minerais e geoenergia. Um dos aspectos principais é a contribuição para a definição dos metadados e a preparação de conjuntos de dados dos laboratórios analíticos do C4G, a ser hospedados no principal repositório de dados do “Multi-Scale Laboratories” (que atualmente é o GFZ Data Services). Foram já lançados, nos “templates” desenvolvidos, dados de inclusões fluidas (FCUP) e dados geoquímicos obtidos por Microssonda Electrónica (LNEG e FCUL). O conjunto total de dados compilados pelos laboratórios C4G será um importante contributo para o caso piloto sobre dados analíticos, que está ser configurado no “Multi-Scale Laboratories” do projecto EPOS-IP. Palavras-chave: C4G, EPOS-IP, laboratórios, bases de dados.

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Os fluídos associados às mineralizações de Cu dos Mociços, Ferrarias e Miguel Vacas. Resultados Preliminares

M. Maia1,2, S. Vicente1, P. Nogueira1,2

1Universidade de Évora, Departamento de Geociências, Colégio Luis António Verney, Rua Romão Ramalho, nº 59, Évora. 2Instituto de Ciências da Terra (ICT), Pólo de Évora. Colégio Luis António Verney, Rua Romão Ramalho, nº 59, Évora.

O presente trabalho enquadra-se no projeto ZOM3D – Modelos metalogénicos da Zona de Ossa-Morena: Valorização dos Recursos Minerais do Alentejo. Este projeto procura a construção de modelos metalogénicos 3D para os jazigos minerais selecionados recorrendo a diversos métodos de estudo na área das geociências. Neste trabalho foram utilizadas técnicas de petrografia e microtermometria de inclusões fluídas (IF) em quartzos das ocorrências minerais de Cu dos Mociços (quartzo em pente zonado), Ferrarias (quartzo em pente) e Miguel Vacas. Em Mociços foi possível identificar planos de IF primárias, secundárias e pseudo-secundárias. O estudo microtermométrico permitiu verificar que existe predominância de IF com temperaturas de homogeneização (Th) com valores compreendidos entre os 92°C e os 150°C (Th L+V → L). As salinidades das IF revelaram valores mais heterogéneos com valores compreendidos entre os 6,3 e os 30,1 w(NaCl-eq.). Foi possível ainda verificar que as IF primárias estão associadas a temperaturas de eutéctico (Te) entre os -48°C e os -61°C indicando a presença de solutos na fase líquida, nomeadamente CaCl2 (Roedder, 1984). No caso de Ferrarias foram identificadas IF secundárias multifásicas L+V+S(Halite)+S(?) com Th L+V → L compreendidas entre os 267,9°C e os 286,8°C e salinidades entre os 30,1 e os 32,9 w(NaCl-eq.). A salinidade destas IF foi obtida através da temperatura de homogeneização da halite (Th Halite) com temperaturas entre os 157,5 °C e os 222,3 °C. Foram estudados PIF de IF trifásicas (L+V+S?) com Th L+V → L a variar entre os 264,6°C a 274,5°C e salinidades entre os 2,57 - 3,39 w(NaCl-eq.). Foram identificadas IF primárias bifásicas com CO2 na sua fase líquida e gasosa. A temperatura de fusão do CO2 (Tm CO2 V+S → L+V+S) entre -62,3°C e - 66,7°C e a temperatura de fusão dos clatratos (Tmchl) entre os 7,1°C e os 8,8°C, com salinidades (obtidas pela fusão do gelo) entre os 6,3 - 14,04 w(NaCl-eq.) Os valores de Th L+V→L variam entre 263,8°C e os 285,4°C. Os resultados preliminares de microtermometria em Miguel Vacas revelam fluidos com temperaturas mínimas de aprisionamento entre os 210ºC e os 310ºC com salinidades compreendidas entre os 19,53 e 22,78 w(NaCl-eq.). Comparativamente os resultados da microtermometria revelaram diferenças significativas nos fluídos associados às mineralizações de Cu de Mociços, Ferrarias e Miguel Vacas. No caso dos Mociços existe a presença de fluído(s) de temperatura mais baixa (100°C - 150°C), em que inicialmente poderá existir um sistema do tipo H2O-NaCl-CaCl2 por evidência das Te (temperatura do eutéctico) observadas nas IF primárias, passando progressivamente para um sistema do tipo H2O-NaCl nas fases mais tardias. Agradecimentos: Este trabalho é financiado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa ALENTEJO 2020 através do projeto "Modelos metalogénicos 3D da zona de Ossa Morena: valorização dos recursos minerais do Alentejo", com a referência ALT20-03-0145-FEDER-000028.

Roedder, E. (1984). Fluid inclusions. Mineralogical Society of America. Reviews in Mineralogy, 12, 644 p.

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Palavras-chave: inclusões fluídas, mineralizações de Cu, geologia económica, fluídos hidrotermais.

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Estudos de LA-ICP-MS de esfalerite da massa do Zambujal, Neves-Corvo

P. Afonso1, M. Neto1, P. Barrulas2, J. Mirão1,2, T. Reis3, N. Pacheco3, P. Nogueira1,4

1Universidade de Évora, Departamento de Geociências, Colégio Luis António Verney, Rua Romão Ramalho, nº 59, Évora. 2Laboratório Hercules, Universidade de Évora. Largo Marquês de Marialva, 8 Palácio do Vimioso, 7000-089 Évora 3Lundin mining. Santa Bárbara de Padrões – Apartado 12 – 7780-409 Castro Verde. 4Instituto de Ciências da Terra (ICT), Pólo de Évora. Colégio Luis António Verney, Rua Romão Ramalho, nº 59, Évora.

O depósito de Neves-Corvo foi diversas vezes alvo de estudos relacionados com a sua mineralogia por apresentar características mineralógicas muito próprias, uma vez que é um caso único no sector português da Faixa Piritosa Ibérica. Este estudo de natureza mineralógica e geoquímica apresenta os resultados obtidos em exsoluções na esfalerite da massa do Zambujal. As análises por SEM-EDS e por LA-ICP-MS permitiram confirmar que nas texturas das esfalerites estudadas existem fases com comportamentos distintos, algumas delas ricas em índio e outras em que este elemento é menos abundante. Sendo assim, para este trabalho foram selecionados diferentes tipos de esfalerites, com o objectivo de estudar a sua composição química em detalhe. A separação dos diferentes tipos de esfalerites teve como base as características petrográficas encontradas, complementadas pela observação com o microscópio electrónico de varrimento. Foram selecionadas esfalerites que se encontravam no seio e eram contemporâneas da calcopirite existente, designadas como esfalerites simples - BS, as esfalerites que se encontravam na presença de galena e que tinham associadas exsoluções foram designadas de esfalerites com galena - BG e por último, as esfalerites com exsoluções de calcopirite foram designadas de esfalerites com calcopirite - BC. Foi elaborada uma análise estatística multivariada que permitiu separar dois comportamentos para os elementos estudados, confirmando a existência de diferentes grupos de esfalerites neste tipo de minério, com associações elementares distintas. As esfalerites com galena (BG) onde já tinham sido previamente identificadas exsoluções ricas em índio revelaram, como seria de esperar, os valores mais elevados para este elemento. Já as esfalerites com exsoluções de calcopirite (BC), mostraram os valores mais baixos de índio de acordo com as nossas hipóteses iniciais. Relativamente às esfalerites do tipo simples (BS), onde não seria de esperar uma presença de índio tão elevada vieram a revelar-se um bom alvo para novos estudos acerca da distribuição deste elemento (≅2% por cada disparo). Palavras-chave: Neves-Corvo, mineralogia, LA-ICP-MS, índio, esfalerite.

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Magnetic fabric and emplacement of late- to post-orogenic granites: the case study of Lamas de Olo Pluton

C. Cruz1, H. Sant’Ovaia1, F. Noronha1

1Instituto de Ciências da Terra, Polo da Universidade do Porto e Departamento de Geociências Ambiente e Ordenamento do Território, Faculdade de Ciências, Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre 687, Porto, Portugal.

The Northern part of Central Iberian Zone from Iberian Variscan belt, in Northern Portugal, comprises several intrusions of late- to post-orogenic granitic rocks. The Lamas de Olo Pluton (LOP) is composed by different granites:

(i) Lamas de Olo (LO), the more abundant, corresponds to a medium to coarse-grained porphyritic granite (biotite > muscovite),

(ii) Alto dos Cabeços (AC), is a medium to fine-grained porphyritic granite (biotite > muscovite) and

(iii) Barragem (BA), a leucocratic fine- to medium-grained and slightly porphyritic granite (biotite = muscovite).

All granites have a similar mineralogical composition and they are mostly composed by quartz, plagioclase, K-feldspar and biotite. As accessory minerals they have muscovite, apatite, zircon, sphene, allanite, hematite ± magnetite ± ilmenite, fluorite and tourmaline, goethite, chlorite, epidote and rutile. In the field, the contacts between LO and AC granites are generally gradual, and both are crosscut by BA granite. U/Pb dating yield an age of 297.19 ± 0.73 Ma for LO granite. The LOP intrudes metasediments from the Douro Group, from the “Complexo Xisto-Grauváquico”, Proterozoic to lower-Cambrian in age, and synorogenic peraluminous granites from Vila Real Massif (VRM). The VRM is a composite massif constituted by two-mica granites (muscovite > biotite) with an U/Pb age of ca. 311 ± 1 Ma, obtained in monazite and zircon. The anisotropy of magnetic susceptibility measurements were taken on 382 oriented cores from 52 sampling sites, roughly distributed in the LOP granites and host rocks. The mean magnetic foliations in the synorogenic granites of VRM are ca. N136º; 78º NE and the magnetic lineations are subhorizontal, ca. 1º → N132º. The magnetic foliations in LOP granites have a mean value of N168º; 88º NE. The magnetic lineations have a heterogeneous behaviour over the pluton and are dominantly subhorizontal. This fabric associated with steep magnetic foliations suggests that the emplacement of LOP was controlled by a shear strain. On the other hand, a pluton feeder zone in the south sector of LOP is suggested by mainly vertical magnetic lineations (plunge > 50º) located in this zone. The magnetic fabric in the LOP, defined by magnetic lineations and magnetic foliations shows that pluton emplacement was controlled by NNW-SSE offsets, conjugated with NNE-SSW system faults. Keywords: magnetic fabric, late- to post-orogenic Variscan granites, anisotropy of magnetic susceptibility, granites emplacement.

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Estudo de mineralizações de ouro no Norte de Portugal e de metais críticos associados

S. Leal1,2, A. Lima1,2, F. Noronha1

1Instituto de Ciências da Terra, Polo da Universidade do Porto. 2Departamento de Geociências Ambiente e Ordenamento do Território, Faculdade de Ciências, Universidade do Porto, Portugal.

As necessidades da sociedade atual assentam numa crescente procura de recursos minerais que tende a crescer face ao aumento populacional e da evolução tecnológica, pelo que, é indispensável uma constante procura de novas fontes de matérias-primas. O potencial da Península Ibérica é grande, e é de salientar que, com destaque para Portugal, foi a maior produtora de ouro durante a Antiguidade Clássica. O ouro é considerado um metal estratégico para o desenvolvimento e competitividade da CE, mas a esta importância também está associada a existência de metais críticos. Estudos recentes têm revelado a presença de minerais portadores de Bi, Ag, Te, Sb, associados a mineralizações de ouro no NW da Península Ibérica. Estes minerais bem como as suas relações mútuas podem, funcionar como indicadores das condições físico-químicas da formação das mineralizações, pois são sensíveis a mudanças de temperatura, Eh, pH ƒO2 e ƒS2. Enquadrada num programa mais vasto de estudo mineralógico de várias ocorrências de ouro no Norte de Portugal a presente contribuição tem como objetivo uma descrição das mineralizações que ocorrem em dois depósitos auríferos filonianos de quartzo com sulfuretos: Bigorne (concelho de Lamego) e Freixo de Numão (concelho de Vila Nova de Foz Côa). As rochas encaixantes dos filões destes dois depósitos são muito distintas: as estruturas mineralizadas de Bigorne estão encaixadas num granito biotítico tardi- a pós-D3 e em Freixo de Numão o encaixante são rochas metassedimentares do Grupo do Douro. As associações minerais presentes não diferem muito nos dois exemplos. A arsenopirite é o sulfureto principal; o ouro ocorre em fraturas na arsenopirite, no limite de grãos, incluso no quartzo e na escorodite. Outro mineral de Au que ocorre nos dois exemplos é a maldonite (Au2Bi). Em Bigorne o ouro é bastante puro (<20 %wt Ag) e ocorrem minerais de Bi-Te inclusos na arsenopirite. Em Freixo de Numão é de realçar a associação tardia de bismuto±bismutinite± electrum±galena em fraturas e ainda a ocorrência de minerais de Ag-(Au). As associações de minerais de ouro, bismuto e telúrio podem ser usadas para inferir as condições de formação de alguns depósitos de ouro. Apesar de os resultados serem ainda preliminares, verifica-se a existência de um episódio caracterizado pela presença de electrum, maldonite e minerais de Bi-Te com razões Bi/Te>1, indicando condições reduzidas e ƒS2 e ƒTe2 baixas, e um outro episódio caracterizado pela presença de ouro livre e com grau de pureza elevado, revelando condições mais oxidantes e temperaturas mais elevadas. Palavras-chave: mineralizações de ouro, metais críticos, bismuto, telúrio.

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Geoquímica das rochas gnaissicas do “Complexo Metamórfico da Foz do Douro”

M. Sousa1, H. Sant’Ovaia1, F. Noronha1

1Instituto de Ciências da Terra, Polo da Universidade do Porto e Departamento de Geociências Ambiente e Ordenamento do Território, Faculdade de Ciências, Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre 687, Porto, Portugal.

O “Complexo Metamórfico da Foz do Douro” (CMFD) situa-se na zona ocidental da cidade do Porto, estendendo-se ao longo de uma série de pequenas praias até 3,5 km para Norte da foz do rio Douro. Esta zona é dominada pela presença de uma estreita faixa de rochas metamórficas, que no seu conjunto constituem o CMFD, intruídas por granitos variscos pós-tectónicos (post-D3) com uma idade de 298 ± 11 Ma (Martins et al., 2001). No CMFD estão representados magníficos afloramentos de rochas metassedimentares, espacialmente associadas a ortognaisses de diferentes tipos e a anfibolitos. A análise geoquímica de elementos maiores permite concluir que as diferentes litologias do CMFD [gnaisses biotíticos, gnaisses granatíferos, gnaisses de grão fino, gnaisses ocelados, gnaisses de tendência ocelada e rochas quartzo-feldspáticas com cordierite (“rochas mosqueadas”)] apresentam características geoquímicas distintas. Os gnaisses biotíticos apresentam características de rochas tonalíticas e trondhjemíticas, os gnaisses granatíferos apresentam composições trondhjemíticas e os restantes gnaisses e as “rochas mosqueadas” apresentam composições de rochas graníticas. Todas as litologias estudadas correspondem a rochas férricas e peraluminosas, os gnaisses biotíticos e os gnaisses granatíferos são rochas cálcicas, os restantes gnaisses e as “rochas mosqueadas” são rochas que variam entre calcoalcalinas e alcali-cálcicas. No que diz respeito ao conteúdo em K2O e Na2O, os gnaisses biotíticos e os gnaisses granatíferos possuem baixo conteúdo em K2O (<3,0 wt.%), elevado conteúdo em Na2O (>3,5 wt.%) e razão K2O/Na2O < 0,5. Pelo contrário, os restantes gnaisses e as “rochas mosqueadas” evidenciam um elevado conteúdo em K2O (>3,0 wt.%), um baixo conteúdo em Na2O (<3,5 wt.%), embora algumas amostras apresentem conteúdos em Na2O entre 3,5 wt.% e 4,0 wt.% e uma razão K2O/Na2O > 0,5. Os gnaisses biotíticos e os gnaisses granatíferos são assim os que apresentam composições mais sódicas e os gnaisses biotíticos os mais cálcicos de todo o conjunto. As características geoquímicas dos ortognaisses do CMFD permitem agrupá-los em dois conjuntos composicionais: rochas de composição tonalítica–trondhjemítica–granodiorítica de carácter calco-sódico, a que pertencem os gnaisses biotíticos e os gnaisses granatíferos (Grupo A); e rochas granítico-adamelíticas de carácter calco-alcalino a alcalino-cálcico, a que pertencem os gnaisses de grão fino, gnaisses ocelados, gnaisses de tendência ocelada e rochas quartzo-feldspáticas com cordierite (“rochas mosqueadas”) (Grupo B). Os litótipos pertencentes ao Grupo A apresentam afinidades composicionais com os granitóides do tipo Cordilheira e os litótipos pertencentes ao Grupo B apresentam semelhanças composicionais aos leucogranitos peraluminosos e poderão resultar da fusão de rochas crustais.

Martins HCB, Sant’Ovaia H, Abreu J, Oliveira M, Noronha F (2011) Emplacement of the Lavadores granite (NW Portugal): U/Pb and AMS results. C R Geosci 343(6):387-396. DOI: 10.1016/j.crte.2011.05.002

Palavras-chave: Complexo Metamórfico da Foz do Douro (Porto), NW Portugal, ortognaisses, granitóides do tipo Cordilheira, leucogranitos peraluminosos.

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Is a magmatic intrusion the source of Hg enrichment in the Douro Carboniferous Basin, São Pedro da Cova area?

H. Moura1,2, A.D. Pinto de Jesus1,3, J. Ribeiro1,4, I. Suárez-Ruiz5, D. Flores1,3, P.P. Cunha2,4

1Institute of Earth Sciences, Faculty of Sciences, University of Porto, Portugal. 2MARE - Marine and Environmental Sciences Centre, University of Coimbra, Portugal. 3Department of Geosciences, Environment and Spatial Planning, Faculty of Sciences, University of Porto. 4Department of Earth Sciences, Faculty of Sciences and Technology, University of Coimbra, Portugal. 5Instituto Nacional del Carbón (INCAR-CSIC), Oviedo, Spain.

Recently, was reported in the Douro Carboniferous Basin, namely in São Pedro da Cova area, an unusual enrichment in Hg present in the coal samples as cinnabar (Moura et al., 2018). This study aims to understand and intent to explain this unusual Hg enrichment. The mineral matter identified in the coal samples comprise mainly quartz, pyrite, cinnabar, barite, chlorite, zircon, monazite, galena and spharelite. Evidence of post-depositional mineralization was, also, revealed. The trace elements abundance demonstrated an unusual enrichment of Hg and a coefficient concentration (CC) higher than 100, considering that the average Hg concentration for world hard coals is approximately 0.10 ppm, ranging from 0.01 to 1.0 ppm (Ketris and Yudovich, 2009). The primary factors of Hg enrichment in coal deposits are intrusion of low-temperature hydrothermal fluids and magmatic-hydrothermal fluids (Dai et al., 2012; Yudovich and Ketris, 2005). Therefore, a porphyry intrusion that was observed inside of the São Pedro da Cova mine (Teixeira and Fonseca, 1945) may be associated with Hg unusual enrichment observed in the coal samples from this area. The geochemical affinities may help to understand the mineral associations of the enriched elements, namely Hg, and thus to understand the source of the enrichment. Regarding Hg geochemical affinities, the correlation coefficient of Hg with the ash (rAsh-Hg=-0.18) indicates an intermediate affinity and a high correlation is observed with Cs (rCs-Hg=0.95) and Na (rHg-Na=0.82). Since Pereira (1945) described the magmatic rock as a leucocratic granodiorite (green color) and a granodiorite (dark color), both enriched in Na minerals, this may explain the Hg-Na high correlation coefficient pointing out the magmatic intrusion as the origin for the Hg enrichment. On the other hand, Cs has CC considered as significantly enriched (CC>10) and displays an intermediate affinity (rAsh-Cs= -0.21). Its mode of occurrence is assigned to clay minerals, feldspar and mica (Orem and Finkelman, 2003). In this case, given the good relationship with Na (rCs-Na=0.82), an association with plagioclase, from the magmatic fluids, is the most plausible mode of occurrence. Thereby, could the high correlation (0.95) between Hg and Cs be explained by the same source of enrichment? Could this source be the magmatic intrusion and its Na bearing minerals?

Acknowledgments: The author H. Moura benefits from a doctoral scholarship financed by FCT (Ref: SFRH/BD/134109/2017). This work was developed under the ICT (project UID/GEO/04683/2013) and partially financed by the European Union through the European Regional Development Fund, framed in COMPETE 2020, with the reference POCI-01-0145-FEDER-007690.

Dai, S., Ren, D., Chou, C. L., Finkelman, R. B., Seredin, V. V., Zhou, Y. (2012). Int. J. of Coal Geol., 94, 3-21. Ketris, M. P., Yudovich, Y. E. (2009). Int. J. of Coal Geol., 78(2), 135-148. Orem, W.H., Finkelman, R.B. (2003). Treatise on Geoch., 7, 407 pp. Pereira, J.S. (1945). Anais da Fac. de Ciênc. do Porto, 30(2): 116-130. Teixeira, C., Fonseca, N.C. (1945). Anais da Fac. de Ciênc. do Porto, 30 (2): 102-109. Yudovich, Y.E., Ketris, M.P. (2005). Int. J. of Coal Geol., 62(3): 107-134.

Keywords: coal, Douro Carboniferous Basin, Hg enrichment, magmatic intrusion, granodiorite.

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Structural analysis in the Tassafte area at the NE edge of Saghro inlier, Eastern Anti-Atlas, Morocco

Z. Yajioui1, H. Sant’Ovaia2, B. Karaoui3, A. Mahmoudi1, L. Badra1, C. Breitkreuz4, D. Rosel4

1Faculté des sciences, Université Moulay Ismail, Meknès, Maroc. Email [email protected] 2Departamento de Geociências Ambiente e Ordenamento do Território, Faculdade de Ciências, Universidade do Porto e Instituto de Ciências da Terra, Polo da Universidade do Porto. 3Faculté des Sciences et Techniques-Errachidia, Université Moulay Ismail. 4Institut für Geologie und Paläontologie, Technische Universität Bergakademie Freiberg, Allemagne.

The Tassafte area is located 25 km in the SE of Tinghir city and at 20 km in the East of Imiter mine (Ag-Hg). It covers a portion of transition Precambrian-Cambrian in the NE edge of Saghro Inlier that’s why it represent a key area to understand the geologic events which recorded at the transition Precambrian-Cambrian in the NE of Saghro inlier. The Precambrian basement is represented by Ediacaran formations, which are represented by volcano-sedimentary successions that are composed by porphyritic andesites, andesitic basaltes, ignimbrites and alternating sandstones and tuffs. The Ediacaran basement is uncomfortably overlaid by Cambrian sedimentary series, which included from the base to the top: polygenic conglomerates, alternated schist-carbonates, then greenish schists and quartzitic sandstones. Geological mapping in the Tassafte district shows that this area had been affected by fault systems, which are dissecting the Ediacaran basement and continuing within the Cambrian cover. Two families trends have been distinguished: N80° to N120° and N40° to N70°. The first family (N80º to N120º) corresponds to the major structures measured in this area. These tectonic structures are the host trending of ore mineralization in the area, and are represented by continued veins or lenses, centimetric to metric in thickness. Measured dips are organized from 55°E to 90°E. The second fault family (N40° to N70°) is dipped generally to SE (about 40° to 90°). Faults planes show striations with a pitch of 25°SW, pointing out a fault sinister component movement. On other faults plans, fault bench is preserved as well as striations with a pitch from 70° to 80°W, for a normal fault. Tectonic activities recorded in the Tassafte area within the transition Precambrian-Cambrian have produced an uprising of the Precambrian basement and the collapse of the Cambrian cover. Late tectonic activities have affected and intersected the mineralized corps. These tectonic events could be attributed to Variscan period or eventually to the alpine tectonic event. Keywords: Tassafte, Saghro, Anti-Atlas, tectonic, mineralization.

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Geotransversal entre o Anticlinal de Valongo (Serra de Santa Justa) e Montezelo (Fânzeres): cartografia geológica, estrutura, estratigrafia e metamorfismo

R. Machado1, H. Couto1,2, M.A. Ribeiro1,2

1Departamento de Geociências Ambiente e Ordenamento do Território, Faculdade de Ciências, Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre 687, Porto, Portugal.

2Instituto de Ciências da Terra, Polo da Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre 687, Porto, Portugal.

A área estudada localiza-se na Zona Centro Ibérica, nas proximidades da Zona de Cisalhamento do Douro a oeste do flanco inverso do Anticlinal de Valongo. No presente trabalho foi efetuada trabalho de campo de uma área localizada na região de Montezelo, (Fânzeres). Foi realizado um perfil geológico, transversal à estrutura regional com orientação NE-SW com a finalidade de analisar as principais unidades litoestratigráficas e as caraterísticas metamórficas desde a Serra de Stª Justa (a NE) até ao contacto com granitos variscos em Montezelos (a SW). A análise de campo permitiu identificar ao longo do perfil geológico, litologias pertencentes ao Ediacárico e/ou Câmbrico e ao Carbonífero. O Carbonífero ocorre em duas faixas que se encontram instaladas no Sulco Dúrico-Beirão, sobrepondo o Ediacárico e/ou Câmbrico. O trabalho de campo permitiu identificar as principais unidades estratigráficas e litológicas que compõem o percurso do perfil geológico interpretativo, descrever as estruturais mais marcantes à escala regional e caraterizar os contactos geológicos entre as diferentes unidades. Ao longo do perfil geológico interpretativo, foram observadas várias estruturas e litologias, com diferentes graus de metamorfismo, pertencentes ao Ediacárico e/ou Câmbrico como micaxisto, turmalinito, xisto argiloso, conglomerado, quartzito, filito, quartzo-filito, vaques, e algumas litologias ígneas, nomeadamente rochas vulcânicas e doleritos. No Carbonífero, assinalamos a presença de brechas/conglomerados, xistos, arenitos e xistos negros com restos de fósseis vegetais. No limite SW do perfil, próximo do contacto com os granitos, foram observados corpos de pegmatitos. O estudo petrográfico permitiu caraterizar de modo mais detalhado as diferenças litológicas, quer em termos de mineralogia e condições metamórficas quer em termos microestruturais. Foram caraterizados xistos estaurolíticos com turmalina, xistos biotíticos e cloríticos e filitos essencialmente com mica branca sericítica. Tendo em conta o metamorfismo nas formações do Ediacárico e/ou Câmbrico, observa-se de SW para NE, uma variação de fácies metamórficas desde a zona da estaurolite até à zona da clorite, passando pela zona da biotite. Este trabalho teve por objetivo pormenorizar o registo geológico da região a oriente de Fanzeres, com base no trabalho de campo e laboratorial de que resultou o perfil geológico interpretativo complementado com a coluna litoestratigráfica. Palavras-chave: petrografia, Ediacárico e/ou Câmbrico, Carbonífero.

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Estudo de testemunhos de sondagens das minas de antimónio e ouro de Alto do Sobrido e Ribeiro da Serra (Distrito Mineiro Dúrico-Beirão)

L. Vieira1, H. Couto1,2, P. Ferraz3

1Departamento de Geociências Ambiente e Ordenamento do Território, Faculdade de Ciências, Universidade do Porto, Portugal.

2Instituto de Ciências da Terra, Polo da Universidade do Porto, Portugal. 2Geosingular, Lda.

A região de Valongo, localizada nas proximidades do Porto, é caracterizada pela ocorrência de uma mega estrutura geológica denominada de Anticlinal de Valongo. Esta estrutura de orientação NW-SE, que se estende desde as proximidades de Esposende até ao maciço granítico de Castro de Aire, é caracterizada pela ocorrência de unidades metasedimentares do Paleozóico, cuja idade vai do Precâmbrico(?) e/ou Câmbrico ao Carbonífero. Ao longo do Anticlinal de Valongo e a este associado, está presente o Distrito Mineiro Dúrico-Beirão. Trata-se de uma região com uma longa história mineira marcada sobretudo pela exploração de ouro desde a época da ocupação romana. Neste distrito mineiro ocorrem para além de mineralizações de ouro e antimónio, mineralizações de chumbo-zinco-prata e de estanho-tungsténio. Neste trabalho foram estudadas mineralizações de antimónio e ouro (Sb-Au) das minas de Alto do Sobrido e Ribeiro da Serra, localizadas em Gondomar, a oeste do flanco inverso do Anticlinal de Valongo. Este trabalho teve como principal objetivo a avaliação da paragénese mineral e os controlos exercidos sobre a mineralização. Os trabalhos efetuados assentaram na análise de testemunhos de sondagens provenientes dos dois locais. Estes incluíram um estudo mineralógico e paragenético de lâminas polidas ao microscópio ótico, complementado com estudos em catodoluminescência e ao microscópio eletrónico de varrimento (MEV). Estas últimas técnicas serviram de apoio na visualização de aspetos não observáveis com recurso a técnicas de microscopia comum, nomeadamente na identificação de determinadas caraterísticas de alguns minerais, que podem fornecer informações acerca da sua origem, ou ainda na identificação de minerais que apresentem um comportamento mais discreto e não sejam facilmente observáveis ao microscópio ótico (análise ao MEV). O estudo em catodoluminescência apoia a hipótese de existência de granitos não aflorantes que terão servido como fonte de calor para a circulação de fluidos hidrotermais. Este trabalho vem corroborar, em parte, outros trabalhos anteriores acerca deste tipo de jazigos, nomeadamente no que respeita à sua génese e paragénese mineral. Nestes jazigos pode observar-se pelo menos dois estádios de mineralização principais e ainda um outro estádio de remobilização provocado pela sobre-imposição de mineralizações de Pb-Zn sobre as primeiras, cujo modelo é apoiado pela existência de minerais caraterísticos desta associação metálica. A mineralização parece estar mais demarcada por controlos estruturais, relacionados com a proximidade à Zona de Cisalhamento do Douro (ZCD) embora controlos litoestratigráficos estejam também presentes. Palavras-chave: Distrito Mineiro Dúrico-Beirão, mineralizações Sb-Au, paragénese, controlos.

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Gravimetric modelling of Argemela Granite (CIZ, Portugal)

R. Ribeiro1, J. Michaud2,3, C. Gumiaux2,3, R. Moura1, A. Lima1

1Departamento de Geociências Ambiente e Ordenamento do Território, Faculdade de Ciências, Universidade do Porto, Instituto de Ciências da Terra, Pólo-Porto, Rua do Campo Alegre 687, Porto, Portugal. 2Université d’Orléans/CNRS/ISTO, UMR 7327, 1ª rue de la Férollerie, 45071 Orléans, Cedex 2, France. 3BRGM, UMR 7327, 3 av. Claude Guillemin,BP 36009, 45060 Orléans, Cedex 2, France.

Gravimetry is a geophysical method that allows determining the geometry, both in two dimensions and in three dimensions, to depth of the geological structures to be study. This method is essentially based on the differences in density between distinct rock lithological units or linked to geological structures. The Rare Metals Granites show a strong enrichment in metals such as Li, Sn, Nb and Ta. The Argemela granite (region of Beira Baixa, district of Castelo Branco, Portugal) is a Rare Metal Granite, meaning that some specific geochemical elements that should be found in surrounding late veins around the pluton are purely included within the granitic rock itself. This granite crosscuts the low-grade metamorphosed schist-greywacke complex of the Beira series and has been studied from a petrographic and geochemical point of view. However, mechanisms for their emplacement are only rarely addressed. Using the gravimetric method, we could have a better view of the shape of this granite. A gravimetric campaign of 43 station was carried out in Argemela, resulting in 2 gravimetric profiles along dirt roads that crosscut the granite. The residual separation exercise revealed that the negative anomaly is associated with the granitic body and have an almost elliptical surface shape, similar with what we can see on the field. Using the Gravimetric and Magnetic Modelling Software, we made two 2-D cross-sections with best fitted model. These profiles show that the granite has an average maximum depth of 1000 meters. Interpolating the surface geological contacts and the 2-D gravity sections we had modelling a 3-D model that best fit the gravimetric data. The 3-D gravity modelling show that the granite has a vertical continuity to depth. Interpreting all the gravimetric data we can assume that the intrusion is rootless and is highly compatible with a sub-vertical pike like structure, corresponding to a sub-volcanic system more than a granite type evolution. Keywords: Argemela, gravimetry, granite, 2-D cross-sections, 3-D model.

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Petrografia e geoquímica de ocorrências de ouro de Montemor-o-Novo

D. São Pedro1, P. Mendes1, N. Martins3, L. Rosa3, P. Nogueira2

1Departamento de Geociências da Universidade de Évora; CLAV, Rua Romão Ramalho 59, 7000-671 Évora. 2Instituto de Ciências da Terra (ICT), Polo de Évora; CLAV, Rua Romão Ramalho 59, 7000-671 Évora. 3Eurocolt Resources Unipessoal Lda, R. da Lavandeira 1, 3630-231 Penedono.

A concessão de Montemor/Boa-Fé corresponde a um conjunto de ocorrências auríferas, a região foi alvo de várias campanhas de prospeção por diversas companhias mineiras que obtiveram licenças de prospeção desde os anos 70. No conjunto de trabalhos na região compreenderam centenas de quilómetros de sondagens muitas delas com recuperação total de testemunho. Este trabalho apresenta a análise metalográfica e geoquímica de um conjunto de amostras recolhidas em porções mais favoráveis de seis sondagens. A análise petrográfica permitiu-nos observar diferentes modos de ocorrência para o ouro e as suas relações com os minerais associados, sendo que nem sempre a arsenopirite é um indicador da existência de ouro. Apenas em Braços e na Chaminé se pode afirmar que este elemento está associado à arsenopirite. Os dados de análises químicas realizadas por ICP-AES/MS permitiram definir 4 comportamentos distintos entre os elementos analisados. O Au apresenta uma forte correlação com o Bi, Cr e Ni. Outros elementos calcófilos Co, Se, As, In, S e Ge têm uma correlação forte entre si, mas não com Au indicando que à presença de sulfuretos destes metais pode nem sempre estar associada a presença de Au. Os elementos Sn, Ti, Ba, K, Rb, Cs, Mg, Sc, Ga, Al, V, Li e Tl fazem parte de um outro grupo fortemente correlacionado devendo-se notar que estes são essencialmente com características litófilas. Os mapas de raios-x realizados em SEM-EDS mostraram a associação de Au com Ag, bem como permitiram melhor compreender as relações texturais entre as fases minerais presentes. A análise multivariada dos dados geoquímicos permitiu concluir a existência de dois grupos de mineralizações em que Mourel e Chaminé constituem um grupo e Braços e Monfurado um segundo grupo. Agradecimentos: Este trabalho é financiado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa ALENTEJO 2020 através do projeto "Modelos metalogénicos 3D da zona de Ossa Morena: valorização dos recursos minerais do Alentejo", com a referência ALT20-03-0145-FEDER-000028.

Palavras-chave: ouro, Montemor-O-Novo, metalografia, química mineral.

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Aplicação de FRX portátil na prospeção. Caso de estudo na Mina de Mociços (Cu), Zona Ossa Morena, Portugal

S. Vicente1, M. Maia1,2, N. Moreira2,3, J.X. Matos4, P. Nogueira1,2

1Departamento de Geociências da Universidade de Évora; CLAV, Rua Romão Ramalho 59, 7000-671 Évora. 2Instituto de Ciências da Terra (ICT), Polo de Évora; CLAV, Rua Romão Ramalho 59, 7000-671 Évora. 3LIRIO-ECTUE; Pólo de Estremoz da Universidade de Évora; Convento das Maltezas, 7100-513 Estremoz. 4Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), Campus de Aljustrel; Bairro da Vale d´oca 14, 7601-909 Aljustrel.

A mineralização cuprífera da Mina de Mociços insere-se na Faixa Sousel-Barrancos, e tectono-estratigraficamente, no sector de Estremoz-Barrancos. Geograficamente, localiza-se na aldeia do Rosário (Alandroal). A actividade extrativa decorreu entre 1919 e 1934, sobre uma estrutura filoniana constituída por veios de natureza quartzo-carbonatada. Neste trabalho é apresentado os resultados de uma campanha de geoquímica de solos, com base no uso de um equipamento de Fluorescência de Raios-X Portátil (FRX-P), considerada de carácter local. Os dados obtidos são correlacionados com os dados históricos da análise de Cu e Zn em solos, possuindo um carácter regional, estes foram obtidos pelo Serviço de Fomento Mineiro - actual Laboratório Nacional de Energia e Geologia. Os valores médios de background foram calculados através da média aritmética das amostras com valores inferiores aos do threshold. Na cartografia geoquímica efetuaram-se mapas de isoteores de Cu e Zn, através do uso de software QuantumGis. Para a análise estatística das correlações entre os elementos analisados pelo FRX-P (Fe, Ti, Mn, Cu, V, Cr, Ni, Zn, Pb, Co, As, Sb, Cd, Se e Hg), recorreu-se ao software R (v.3.4.2). Consideram-se relevantes os Coeficientes de Determinação (R2) superiores a 0,7 e a correlação Cu-As. O mapa de isoteor para o Cu, de carácter local, permitiu identificar a estrutura mineralizada e a sua respetiva orientação, bem como a escombreira resultante da exploração mineira. Para Mociços o background regional de Cu é definido por 41 ppm e de Zn por 13 ppm, revelando, enriquecimento e empobrecimento destes elementos, respetivamente. O background local é caracterizado por 339 ppm de Cu, podendo os valores anómalos atingir os 10.000 ppm nas proximidades do filão. Relativamente ao Zn, obteve-se um background local de 37 ppm podendo este atingir, nas zonas anómalas os 230 ppm, ambos os elementos encontram-se enriquecidos. O comportamento geral dos elementos segue a classificação de Goldschmidt, encontrando-se correlações fortes entre elementos calcófilos, como Cd-Sb (R2=0,92) e As-Cu (R2=0,63), provavelmente relacionados com a presença de sulfuretos. Os elementos siderófilos como o Fe, Co e Mn apresentam uma correlação muito forte (R2≥0,80), podendo estar associada aos óxidos de ferro identificados. Agradecimentos: Este trabalho é financiado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa ALENTEJO 2020 através do projeto "Modelos metalogénicos 3D da zona de Ossa Morena: valorização dos recursos minerais do Alentejo", com a referência ALT20-03-0145-FEDER-000028.

Palavras-chave: Mina de Mociços, geoquímica de solos, fluorescência de Raio-X, cobre, background.

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87Sr/86Sr discrimination applied to the Palaeozoic carbonates of the Ossa-Morena Zone (SW Iberia Variscides)

N. Moreira1,2, J. Pedro1,3, J.F. Santos4, A. Araújo1,3, R. Dias1,2,3, S. Ribeiro4, J. Romão5, J. Mirão3,6

1Earth Sciences Institute, Pole of the University of Évora, Rua Romão Ramalho, nº 59, 7000-671 Évora, Portugal. 2LIRIO - Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora (ECTUE), Pólo de Estremoz da Universidade de Évora, Convento das Maltezas, 7100-513 Estremoz, Portugal. 3Departamento de Geociências da ECTUE; Colégio Luís António Verney, Rua Romão Ramalho, 59, 7000-671 Évora, Portugal. 4GeoBioTtec, Departamento de Geociências and Laboratório de Geologia Isotópica, Universidade de Aveiro, 3810-193 Aveiro, Portugal. 5UGCG, Laboratório Nacional de Energia e Geologia, Estrada da Portela, Apartado 7586 - Zambujal, 2720 Alfragide, Portugal. 6Laboratório HERCULES, Instituto de Investigação e Formação Avançada, Largo Marquês de Marialva, 8, Palácio do Vimioso, 7000-089 Évora, Portugal.

Four distinct episodes of marine carbonate sedimentation are reported in the Ossa-Morena Zone (SW Iberian Variscides). Among these, the Cambrian and the Devonian episodes are those that are well-represented in the Portuguese domains of the Ossa-Morena Zone. In this zone, the strong Variscan deformation and metamorphic recrystallization disrupt the biostratigraphic contends of some carbonate rocks and their ages are based on litostratigraphic correlations. For marine carbonate rocks the 87Sr/86Sr ratios should reproduce the contemporaneous seawater strontium isotopic ratio, which varies during the geological times. The 87Sr/86Sr ratios established for the Ossa-Morena Zone carbonate rocks allow to perform isotopic-lithostratigraphic correlations between marine carbonate rocks without biostratigraphic content, simultaneously whit carbonate rocks constrained by paleontological and/or geochronological data and the curve of seawater strontium isotopic evolution. Despite the interaction of marine carbonate sedimentation between late dolomitization processes or high-temperature metamorphic/metasomatic fluids, which increases the primary 87Sr/86Sr ratios, this methodology allows to define two distinct clusters of 87Sr/86Sr for the marine carbonate sedimentation of the Ossa-Morena Zone, compatible with the global signature of seawater. The Devonian cluster is lower than 0.708000 while the Cambrian cluster ranging between 0.708777 and 0.708299 (0.78575 ± 0.000168), but can reach 0.709227 to 0.708866 (0.709087 ± 0.000118) if incipient later dolomitization or high temperature metamorphism operate. The presented 87Sr/86Sr isotopic-lithostratigraphic correlations corroborate the previous correlations between the carbonate rocks of Abrantes, Assumar, Estremoz, Viana-Alvito, Ficalho and Escoural with the Ovetian-Marianian limestones of Alter-do-Chão – Elvas succession. Acknowledgements: N. Moreira acknowledges Gulbenkian Foundation for the financial support ("Programa de Estímulo à Investigação 2011") and the FCT PhD grant (SFRH/BD/80580/2011). This work is a contribution to the project ALT20-03-0145-FEDER-000028, funded by Alentejo 2020 through the FEDER / FSE / FEEI. The authors acknowledge the FCT funding to the GeoBioTec (UID/GEO/04035/2013) and to ICT (UID/GEO/04683/2013) and by COMPETE POCI-01-0145-FEDER-007690.

Keywords: Ossa-Morena Zone, carbonate sedimentation, Iberian Variscides, 87Sr/86Sr.

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Heterogeneous Variscan deformation in the Rehamna massif (Morocco): strong strain partitioning in dextral transpression

M. Kholaiq1, R. Dias2,3, N. Saber1

1Laboratoire de Géodynamiques des Chaines Anciennes, Faculté des Sciences Ben M’Sik, Casablanca, Maroc. 2Earth Sciences Institute (ICT), Pole of the University of Évora, Rua Romão Ramalho, nº 59, 7000-671 Évora, Portugal. 3Departamento de Geociências, Escola de Ciências e Tecnologia, Universidade de Évora (ECTUE), Largo dos Colegiais, 2-Apartado 94, 7002-554 Évora, Portugal.

The Rehamna block is one of the major domains in the Moroccan Variscides. Although strongly studied, until now there is no a structural model able to compatibilize the deformation in all the Rehamna sectors. The three deformation phases usually considered, although explains the structural pattern of the Southern Rehamna didn't fit, either with the northern sectors of the Massif, or the Moroccan geodynamics. The available structural data of Southern Rehamna shows that the NNE-SSW to N-S L1 mineral lineations related to the D1 southward thrusting, well expressed in the western sectors, have a more E-W trend further East. This pattern shows that the major thrusting kinematics is mostly a localized feature at the Rehamna scale. Thus the dextral transpression along ENE-WSW trend emphasized in other sectors of Moroccan Variscides could explain the Rehamna deformation. Due to a strong strain partitioning, the dextral kinematics concentrate in the vicinity of major ENE-WSW (e.g. Al Mahazil-Aïn Mellah Fault), while in the adjacent blocks a homogeneous transpression to a pure shear dominated transpression dominate, explaining the NNE-SSW to N-S pervasive folding. In this model, the southward D1 thrusting event and the E-W D2 folding are the result of a corner effect induced by the Neoproterozoic basement of Central Rehamna. Its stronger rheology give rise to a restraining problem leading the metasediments of the Upper Metamorphic Unit to overlap the sequences of the Lower Metamorphic Unit. The thrusting component decreases towards East where low dip D1 lineations predominate as expected in a dextral transpression. Keywords: Moroccan Variscides, Rehamna Massif, transpression, strain partitioning.

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Estimação de mapas de probabilidade através de dados de GPR e gradiente magnético vertical para avaliar a existência de estruturas enterradas: prospeção

geofísica na Villa Romana de Pisões (Beja, Portugal)

R.J. Oliveira1, B. Caldeira1,2, T. Teixidó3, J.F. Borges1,2

1Instituto de Ciências da Terra, Universidade de Évora, Portugal. 2Departamento de Física, Universidade de Évora, Portugal. 3Instituto Andaluz de Geofísica e Prevenção de Desastres Sísmicos, Universidade de Granada, Espanha.

Pisões é uma Villa Romana Monumental, localizada nas imediações de Beja, inserida no Campo Experimental de Pisões, propriedade da Universidade de Évora. Atualmente, apenas se encontra escavada a parte urbana da villa, estando ainda por descobrir toda a sua parte rústica, que está a ser procurada através de estudos de prospeção geofísica. Pisões é um local caracterizado pela baixa detetabilidade para a aplicação de vários métodos geofísicos. O elevado conteúdo de argila no solo afeta os resultados do levantamento de georradar e a presença excessiva de fragmentos cerâmicos e metálicos à superfície afeta o levantamento magnético. Essas condições difíceis de baixa detetabilidade são um desafio que se pretende superar, através do uso de mapas de probabilidade estimados a partir de dados de georradar e de anomalias magnéticas, e também considerando os valores de constante dielétrica e de suscetibilidade magnética. A abordagem testada baseia-se em técnicas de análise de imagens médicas usadas em estudos de tumores cerebrais, em que extrai informação útil a partir da aplicação de técnicas não invasivas, utilizando algoritmos de processamento de imagem, nomeadamente, filtragem 2D, segmentação e análise textural. O primeiro teste realizado, usando dados de boa qualidade, permitiu demonstrar que é possível extrair informação útil a partir de dados provenientes de técnicas distintas, através do cálculo da densidade de probabilidade de cada parâmetro físico. O mapa final que se obtém pela combinação dos dois conjuntos de dados evidencia que locais apresentam maior probabilidade de existência de estruturas enterradas. Agradecimentos: Este trabalho foi cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa COMPETE 2020 (Programa Operacional de Competitividade e Internacionalização), através do Projeto ICT (UID/GEO/04683/2013), com referência POCI-01-0145-FEDER-007690, e no Programa INTERREG 2014-2020, através do Projeto INNOACE (Innovación abierta e inteligente en la EUROACE), com referência 0049_INNOACE_4_E.

Palavras-chave: processamento de imagem, mapas de probabilidade, dados de baixa detetabilidade, processamento digital de sinal, geofísica aplicada.

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Contribuição para o conhecimento dos metassedimentos da Formação de Desejosa e da Formação de Pinhão do Grupo do Douro

S. Aires1, H. Sant’Ovaia1, F. Noronha1

1Instituto de Ciências da Terra, Polo da Universidade do Porto e Departamento de Geociências Ambiente e Ordenamento do Território, Faculdade de Ciências, Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre 687, Porto, Portugal.

Neste estudo procedeu-se à caraterização petrográfica, petrofísica e geoquímica de “xistos” da Formação de Desejosa (FD) e da Formação de Pinhão (FP) do Grupo do Douro (GD), como complemento da sua caraterização tecnológica como rocha ornamental. O GD, localizado na Zona Centro-Ibérica, carateriza-se por forte partição da deformação onde estreitas faixas intensamente deformadas alternam com outras pouco deformadas pela primeira fase de deformação Varisca. O metamorfismo é de baixo grau, na fácies dos xistos verdes. As áreas estudadas distribuem-se pelos concelhos de Peso da Régua, Alijó, Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa. As rochas estudadas são de grão fino e cor cinzenta, por vezes amarelada. Microscopicamente, apresentam textura granoblástica a granolepidoblástica, observando-se quartzo, mica branca, clorite, biotite, plagioclase, calcite, zircão, apatite, turmalina, epídoto, esfena e monazite. A actinolite observou-se na FD e o feldspato na FP. Ambas as formações apresentam minerais opacos: titanomagnetite, ilmenite, pirite, pirrotite, calcopirite, galena, esfalerite, arsenopirite e magnetite, esta última na FP. Os estudos de Anisotropia da Suscetibilidade Magnética (ASM) foram realizados em 164 testemunhos orientados. As formações apresentam valores de suscetibilidade magnética (SM) < 10-3 SI, indicando comportamento paramagnético, pontualmente ferromagnético com valores de SM > 10-3 SI. A anisotropia magnética é superior em áreas da FD indicando deformação mais intensa. A forma do elipsoide de ASM é predominantemente constrito nas duas formações e é materializado por estruturas em lápis (esteios) na FD, resultantes da interseção da estratificação (S0) com a clivagem (S1) em zonas axiais de dobras de D1. As lineações magnéticas são sub-horizontais com direção WNW-ESE a NW-SE nas duas formações, correspondendo à lineação de interseção entre S1 e S0. As foliações magnéticas são subverticais com direção NW-SE a E-W, nas duas formações, quando materializam a clivagem e sub-horizontais sobretudo em FD, quando materializam S0. O estudo geoquímico realizado em 32 amostras revelou que a FD é mais siliciosa, mais sódica e mais cálcica. Os teores mais elevados de Al2O3 e V na FP indicam envolvimento de uma componente argilosa mais abundante. Ambas as formações revelam enriquecimento em Ag, W, Bi e As, empobrecimento em Sr e espetros de terras raras semelhantes. Sumariamente, a petrografia e a geoquímica indicam que as litologias são semelhantes, resultado de um enquadramento genético análogo sugerindo a passagem da FP à FD duma forma gradual. A petrofísica realça as caraterísticas estruturais específicas da FD e a presença de magnetite na FP. Palavras-chave: Grupo do Douro, Formação de Desejosa, Formação de Pinhão, ASM, geoquímica.

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Microstructural and anisotropy of magnetic susceptibility studies in Caria-Vila da Ponte Massif (Sernancelhe area, Central Portugal): preliminary results

A. Gonçalves1, H. Sant’Ovaia1, F. Noronha1

1Instituto de Ciências da Terra, Polo da Universidade do Porto e Departamento de Geociências Ambiente e Ordenamento do Território, Faculdade de Ciências, Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre 687, Porto, Portugal.

The study area is located in Sernancelhe region, near the Caria and Vila da Ponte villages, and is characterized by the occurrence of several types of granitic rocks, which are intruded into metasediments from the Beiras Group, in Central Iberian Zone. The Caria-Vila da Ponte Massif (CVPM) is constituted by two plutons, the Caria (CAP) and Vila da Ponte (VPP). The contacts between the granites and surrounding rocks are sharp and discordant in relation to the general trend of the earlier Variscan structures, which allow considering the CVPM as late to post-D3 (301.2±1.2 Ma). CAP is a small concentric body, equigranular medium-grained, biotite-rich, porphyritic tendency. VPP is a small E-W elongated body and presents similar mineralogical and chemical features to CAP. The granites contain 19-24% modal quartz, 29-34% perthitic microcline, 24-29% plagioclase, and biotite and/or chlorite and muscovite are about equal in quantity (8-14% and 7-12%, respectively). Accessory minerals include zircon, sphene, rutile, apatite, allanite, epidote, monazite, xenotime, prehnite, ilmenite and opaque minerals. The purpose of this study is to give a contribution to the knowledge of the petrophysical features of CVPM using two distinct methods, the microstructural studies and anisotropy of magnetic susceptibility measurements. The petrographic observations allowed the identification of distinct microstructures (magmatic, submagmatic and high- to medium-temperature solid-state) printed in the essential minerals, assumed as developed during and after the emplacement of the granites facts in agreement with a late to post-D3 classification. The study of the magnetic susceptibility shows that both plutons display similar values (CAP = 73.6x10-6SI; VPP = 79.1x10-6SI), displaying a paramagnetic behaviour, which corroborates the petrographic observations, where the biotite and ilmenite are the main iron phases. The magnetic anisotropy degree, Ppara%, is randomly distributed in the plutons. However, Ppara%>2.7 is represented in the southern border of CAP and in the central zone of VPP. The Jelinek parameter displays values greater than 0, indicating a planar magnetic ellipsoid which points out the existence of a lamellar habit for the main paramagnetic mineral phase. The study of the AMS directional parameters allowed the identification of the mean magnetic foliations N178º;51ºSW and N33º;20ºNW for CAP and VPP, respectively. The mean magnetic lineations dip to 2º to N339º in CAP and 14º to N345º in VPP. The petrographic observations together with AMS studies allowed concluding that the CAP and VPP plutons display analogous structural features, which indicates that the magmatic evolution and the emplacement mechanisms may be similar and related. Keywords: post-D3 granites, magnetic susceptibility, microstructures, anisotropy, emplacement mechanisms.

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Santa Helena breccia (Borralha W district, Northern Portugal): its potential as a new tungsten deposit

A.Gonçalves1, L. Lima1, F. Noronha1

1Instituto de Ciências da Terra, Polo da Universidade do Porto e Departamento de Geociências Ambiente e Ordenamento do Território, Faculdade de Ciências, Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre 687, Porto, Portugal.

The Santa Helena Breccia (SHB) is located in the Borralha area and it represents a late-Variscan tungsten deposit. The SHB corresponds to a subvertical N-S pipe structure cutting synorogenic granitoids and metasediments (Siluric in age). The study of this W ore deposit was integrated into an ERAMIN Project – NewOreS. The principal propose was to give a contribution for a better knowledge of SHB, where the main mineralization is of W, although other oxides (Ti, Sn, Nb, Ta, REE), native Bi and sulphides are also present. Several methodologies were applied: optical microscopy, geochemical analyses, Scanning Electron Microscopy with semi-quantitative analyses and Electron Microprobe Analysis. The hydrothermal alteration is characterized by muscovite I ± muscovite II ± quartz ± Fe chlorite. Usually, associated with this hydrothermal alteration occurs very fine to fine-grained wolframite and scheelite disseminated in the fragments and medium (>5 to 10 mm) to coarse-grained (>10 mm) wolframite disseminated in the cement. The circulation of magmatic-hydrothermal fluids promoted metasomatism in the SHB implying an increase of major (MnO, Fe2O3, MgO, Al2O3, K2O), trace elements (Ba, Nb, Zr, Sn, W) and rare earth elements (REE) in mineralized zones, revealing their mobility during the hydrothermal alteration. Four mineralization stages were defined: stage I (Ti, Sn, W, REE), stage II (W, Nb-Ta), stage III (Fe, Cu, Zn, Mo, Sn) and stage IV (Bi, Pb-Ag). Scheelite I associated with a Fe-Mn chlorite was observed in stage I. The stage II is the most important for W mineralization and it was possible to observe fine inclusions (≈5-20μm) of Nb-W oxides, columbo-tantalite, monazite and fluorite in wolframite I (enriched in FeO) associated with a scheelite II. Sporadically a second generation of wolframite II, slightly enriched in MnO, in small zoned euhedral crystals (≈10μm) can occur filling late fractures and/or cavities in wolframite I. The already proved volume of the breccia (about 40-50 Mt where 22.5 Mt with a grade average of 750 g/t of WO3), the disseminated W mineralization in the body and the low content of sulphides, are of particular interest, because they could make possible the exploitation in open pit of the SHB. The features described above promote the potential of SHB as new mine. The exploitation of a “Critical Metal” in a poor region of Northern Portugal, with old mining traditions, would be crucial to improving the economic and social development. Keywords: Santa Helena Breccia, disseminated tungsten mineralization, high grades, exploitation, development.

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Pre-concentration trials to obtain char from fly ashes: preliminary results

A.C. Santos1, A. Guedes1, B. Valentim1

1ICT - Pólo da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, FCUP, Rua Campo Alegre, 4169-007 Porto, Portugal.

The present research was developed under the scope of the CHARPHITE project (3rd ERA-MIN Joint Call 2015) whose main objective is to demonstrate the technical viability to use fresh and reclaimed landfilled CHAR derived from coal fly ash (FA) and bottom ash (BA) as a substitute for graphite-based materials in green energy applications. Previously it was verified that FA samples from Poland, Portugal and South Africa Thermal Power Plants (TPP) present carbon contents (Ctot) between 1.99 to 17.18 % and its distribution is grain size dependent with the coarse fraction (>150 µm) presenting higher carbon concentration. Considering the Ctot in bulk samples and in the coarser fraction along with the representativeness of these fractions in the total sample, three FA samples were selected for the pre-concentration trials: a sample from the electrostatic precipitator from the Portuguese TPP (Ctot = 5.49 %) and two composite FA samples from Polish and South Africa TPP (Ctot = 17.18 and Ctot = 8.18 % respectively). The samples were submitted to dry and wet sieving and, to assess the effectiveness of each procedure, scanning electron microscopy analyses (SEM) were then carried out. In the fly ashes from Polish and South African TPP the cut off was made at 150 µm while in FA sample from Portuguese TPP the cut off was at 75 µm. Although the size fraction >150 µm present the highest carbon content it represents less than 2% of the bulk sample. Afterwards, the magnetic particles were removed using a Fe hand-magnet and flotation and agitation trials were performed. Proximate analyses and fixed carbon determination were made according to the ISO standards. The SEM results show that dry sieving is less efficient in FA from Portuguese TPP than in the other two samples due to the sieve saturation. However, this is surmountable with the wet sieving. The highest carbon concentration (Fixed carbon - FC) was achieved for FA sample from Polish TPP (66.12%), combining dry and wet sieving with flotation, followed by the FA sample from South Africa TPP in which 57.35 % was reached, combining flotation and agitation after the dry and wet sieving. In FA sample from Portuguese TPP the flotation is not efficient since the material that floats is essentially glassy spheres. In this sample dry agitation after dry and wet sieving gave the best results, FC around 52.20 %. Keywords: carbon, coal char, graphite, green energies.

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Petrografia de inclusões fluidas de depósitos de W do Noroeste da Península Ibérica – resultados preliminares

C. Marques de Sá1, F. Noronha1

1Instituto de Ciências da Terra, Pólo Porto, Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre, 4169-007 Porto, Portugal.

Encontra-se em progresso um estudo dos depósitos de W, o projecto ESMIMET, que abarca diferentes objectivos, sendo um deles a caracterização dos fluidos responsáveis pelos processos hidrotermais que deram origem a estas mineralizações. Os depósitos abordados são do tipo filoniano e eskarnóide com wolframite e scheelite, sendo que até ao momento foi realizada a petrografia de IF, utilizando microscópio petrográfico com objectiva de 50x, para amostras dos depósitos de Los Santos, Otero de Herreros e Borralha. O depósito de Los Santos apresenta mineralização do tipo skarn rica em scheelite finamente granular. O depósito de Otero de Herreros é do tipo misto em skarns e em filões contendo wolframite e scheelite. O depósito da Borralha é um depósito do tipo filoniano, rico em wolframite, em que ocorre também scheelite em cristais grosseiros juntamente com wolframite e quartzo. As inclusões fluidas (IF) estudadas até ao momento são hospedadas em quartzo (Los Santos e Otero) e scheelite (Borralha). De uma forma geral foram observadas duas famílias de IF nestes depósitos, uma considerada primária em que se encontram inclusões grandes (>30 μm) e geralmente em forma de cristal negativo, e outra considerada secundária a pseudosecundária com IF mais pequenas (~10 μm) e formas ovaladas. No depósito da Borralha as IF hospedadas em scheelite dividem-se em IF bifásicas l > v de grandes dimensões (>40 μm na amostra 3N e >50 μm na amostra SHS) com forma de cristal negativo ou rectangular e que ocorrem isoladas apresentando um ϕ da ordem de 0,5 a 0,8; e IF bifásicas l > v de dimensões menores (<20 μm) alinhadas em trails intra a transgranulares, com ϕ da ordem de 0,6 a 0,8. No depósito de Los Santos apenas se observaram IF secundárias a pseudosecundárias hospedadas em quartzo, que se encontram formando trails intra a transgranulares e pequenos enxames de inclusões bifásicas de pequeno tamanho (<30 μm), de forma ovalada a rectangular e ϕ da ordem de 0,8. No depósito de Otero de Herreros observa-se uma família de IF primárias isoladas, de tamanho grande a médio (> 30 μm) e ϕ variando entre 0,5 a 0,7 que sendo geralmente bifásicas l > v parecem apresentar em alguns casos daughter minerals; e outra de IF secundárias bifásicas aquosas em trails transgranulares que se formam a partir de fracturas nos cristais de quartzo, tendo forma em geral ovalada, tamanho inferior a 30 μm e ϕ entre 0,8 e 0,9. Palavras-chave: inclusões fluidas, depósitos de W, Noroeste da Península Ibérica.

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Geoquímica de granitos relacionados com jazigos de W no Noroeste da Península Ibérica – resultados preliminares

C. Marques de Sá1, O. Fadon2, F. Noronha1

1Instituto de Ciências da Terra, Pólo Porto, Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre, 4169-007 Porto, Portugal. 2SIEMCALSA, Espanha.

Na busca de marcadores químicos e relações entre elementos que sirvam para a prospeção de W, está a ser feita a caracterização geoquímica de rochas relacionadas com jazigos de tungsténio do noroeste da Península Ibérica. Foram realizadas análises por ICP-MS, ICP-AES e XRF em granitóides dos jazigos de Otero, Valtreixal, Los Santos e Peña do Seo, e os resultados foram trabalhados utilizando-se softwares como Excel, R e Statistica. O objectivo é a classificação geoquímica das rochas e observar tendências ou anomalias, bem como utilizar Análise Factorial (AF) para descrever os factores que "explicam" os dados e quais as variáveis realmente importantes. Nos diagramas geoquímicos de classificação as amostras plotam geralmente no campo dos granitos, sendo que, no diagrama P-Q as amostras subdividem-se em: granodioritos (Los Santos e Valtreixal), adamelitos (Otero, Los Santos e Valtreixal) e granitos (Otero e Peña do Seo). Estes granitóides são calcoalcalinos de alto K e peraluminosos, excepto uma amostra metaluminosa de Los Santos. Na discriminação geotectónica as amostras classificam-se como sin-colisionais, sendo que algumas amostras de Peña do Seo ficam no campo dos granitos intra-placa e outras de Los Santos e Otero no campo de granitos de arco-vulcânico. As razões K/Rb são menores em Valtreixal e Peña do Seo. As terras raras mostram em geral diagramas aplanados com ligeira predominância de LREE (mais evidente em Otero e Los Santos) e pequena anomalia de Eu (mais evidente em Peña do Seo e Valtreixal). A AF mostrou, no caso dos elementos menores e traço, que existem correlações fortemente positivas para F1 agrupando elementos das terras raras e litófilos; e uma correlação negativa segundo F2, para elementos maioritariamente calcófilos. O W aparece isolado, sem forte correlação segundo nenhum dos factores, tendo mais próximos o Be, Mo, Cs, Sn e U. Na análise dos elementos maiores e W verificou-se correlação fraca negativa segundo F1 com o SiO2 e positiva segundo F3 com o CaO. Em resumo: Existem diferenças entre as amostras, que se dividem em granodioritos, adamelitos e granitos; A razão K\Rb é mais alta em Otero e Los Santos; Os granitos de Valtreixal têm maior conteúdo em elementos critícos; A anomalia do Eu nos granitos é sempre negativa, embora em alguns casos seja muito pequena e ainda que no geral os diagramas são relativamente planos; A AF parece mostrar relação do W com certos elementos, nomeadamente o Be no caso dos traço e o CaO no caso dos maiores. Palavras-chave: jazigos de tungsténio, granitos, geoquímica.

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“Green Mining” – O exemplo do jazigo de lítio de Gonçalo

V. Ramos1, R. Sousa3, A. Guedes1,2, F. Noronha1, A. Botelho de Sousa3, M. Machado Leite3, R.

Seltmann4, A. Dolgopolova4

1Instituto de Ciências da Terra, Pólo Porto, Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre, 4169-007 Porto, Portugal. 2Departamento de Geociências, Ambiente e Ordenamento do Território, Faculdade de Ciências, Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre, 4169-007 Porto, Portugal. 3Laboratório Nacional de Energia e Geologia, Rua da Amieira, Apartado 1089, S. Mamede de Infesta, Portugal. 4Natural History Museum, Department of Earth Sciences, CERCAMS, Cromwell Road, London SW7 5BD, UK.

A exploração e processamento de matérias-primas críticas que se encontram, em geral, em depósitos de pequena dimensão, como os da Europa, não são possíveis recorrendo às tecnologias utilizadas na exploração de jazigos de grandes dimensões. O Projeto FAME (Flexible and Mobile Economic Processing Technologies) foi criado de forma a abordar desafios técnicos e ambientais decorrentes do processamento de pegmatitos, greisens e skarns. Um dos depósitos alvo é o de pegmatitos litiníferos de Gonçalo. Estes pegmatitos são de composição granítica, ocorrem em soleiras encaixadas no granito biotítico porfiróide da Guarda (304.1 ± 3.9 Ma). As soleiras são heterogéneas e correspondem a uma associação de pegmatito e aplito. A componente pegmatítica apresenta como minerais principais a lepidolite, albite, moscovite litinífera, quartzo e feldspato potássico. A montebrasite, o topázio, a cassiterite, a columbo-tantalite, o berilo e o zircão ocorrem como minerais acessórios. A componente aplítica é caracterizada por uma composição sodolítica com lepidolite, albite, montebrasite e quartzo. Ambas as componentes apresentam fosfatos secundários. A petalite também ocorre, mas é rara devido à sua alteração em caulinite, cookeite, ilite/esmectite e polucite. Devido à metassomatização do granito, a biotite encontra-se alterada em zinnwaldite. Presentemente, o pegmatito de Gonçalo é explorado para produção de materiais com fins cerâmicos, ornamentais e para agregados. No futuro poderá ser explorado para Li2O. Os recursos minerais inferidos para o jazigo de Gonçalo foram estimados em 1.5 Mt @ 1.1% Li2O, sendo este um valor mínimo. A flutuação por espumas encontra-se a ser testada para a produção de concentrados de lepidolite com um teor em Li2O adequado para a produção metalúrgica de compostos de lítio. Os rejeitos da flutuação de lepidolite são essencialmente compostos por uma mistura de feldspato, quartzo e lepidolite não-recuperada (teor muito baixo), os quais constituem, por sua vez, uma matéria-prima muito interessante para a indústria cerâmica. Este cenário poderá ser melhorado pela aplicação de flutuação por espumas também na separação do feldspato/quartzo, de forma a obter um concentrado rico em feldspato (flutuado) e um produto de quartzo (não-flutuado), em que o concentrado de feldspato poderá ser utilizado para a produção de misturas com diferentes razões feldspato/quartzo para cerâmica enquanto o quartzo pode ter outras aplicações, tais como para vidros e farinha de sílica. A futura exploração de lepidolite, como minério de Li2O, poderá obedecer às normativas de “green mining”, alcançando-se, praticamente uma exploração com “resíduo zero”. Palavras-chave: lepidolite, quartzo, feldspato, flutuação, resíduo zero.

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Estudo da variabilidade geológico-geotécnica dos perfis de alteração do granito do Porto

R. Lamas1,2,3,5, A.V. da Fonseca3, I. Fernandes 4,5, J.E. Espinha Marques1,2

1FCUP - Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 2ICT- Instituto Ciências da Terra - Universidade do Porto/DGAOT 3FEUP- Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 4FCUL - Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa 5IDL- Instituto Dom Luiz

O Granito do Porto apresenta perfis de alteração complexos que compreendem toda a gama de graus de alteração considerada para os maciços rochosos (W1 a W5) assim como uma espessura variável e errática de solo residual (W6). A meteorização deste maciço deu origem a perfis de alteração que podem atingir profundidades da ordem dos 20 a 30m, encontrando-se distribuições extremamente erráticas dos diversos graus meteorização: do granito são, W1, a granito decomposto, W5, e ainda grandes volumes de solos residuais, W6. No clima do Porto, temperado e húmido, os processos de alteração com formação de minerais de argila são intensos, sendo os solos residuais compostos essencialmente por quartzo, feldspato, alguma mica mas também caulinite e gibbsite, os quais, de acordo com a Carta Geotécnica do Porto, variam de medianamente compactos a intensamente caulinizados. O maciço granítico do Porto foi alvo de estudo e caracterização através da realização de numerosas sondagens, ensaios in situ e de laboratório que se encontram sintetizados na Carta Geotécnica do Porto à escala 1:10 000. Apesar da enorme importância desta carta, a parametrização das propriedades do maciço para fins de engenharia civil carece de um estudo de pormenor, com uma abordagem científica onde será feita a descrição e cartografia dos perfis de alteração e a determinação das propriedades químicas, mineralógicas e físicas dos materiais presentes, assim como aspetos pedológicos e radiológicos, relacionando-os com os aspetos geotécnicos. O principal objetivo deste estudo, que se encontra em fase inicial, é estabelecer correlações entre as características geológicas do maciço, nomeadamente o grau de alteração, mineralogia e composição química, porosidade e microestrutura, com as propriedades hidráulicas e geomecânicas do maciço, nomeadamente os parâmetros de rigidez e resistência ao corte. Pretende-se obter resultados que sejam aplicáveis a nível global em maciços graníticos com vários graus de alteração e solos residuais de características idênticas aos materiais aqui estudados. Será ainda utilizado o gás radão como indicador da degradação dos materiais geológicos, visando encontrar possíveis correlações entre a variação das concentrações de radão e a deformação dos materiais. Palavras-chave: solos residuais, cartografia geológico-geotécnica, caraterização pedológica, caracterização geomecânica.

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Alguns aspetos petrográficos dos graptólitos de Dornes (Zona Centro Ibérica, Portugal)

P.A. Gonçalves1, J.O. Mendonça2, J.G. Mendonça Filho2, D. Flores1

1Instituto Ciências da Terra - Pólo da Universidade do Porto e Departamento de Geociências, Ambiente e Ordenamento do Território, Faculdade de Ciências, Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre 687, 4169-007 Porto, Portugal. 2Laboratório de Palinofácies & Fácies Orgânica (LAFO), Departamento de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Av. Athos da Silveira, 274, prédio do CCMN, sala J1020, Campus Ilha do Fundão, Cidade Universitária, CEP 21.949-900, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Graptólitos correspondem a animais coloniais marinhos que surgiram no Câmbrico e persistiram até ao Carbonífero. Os seus fósseis são importantes ferramentas em estudos de bioestratigrafia bem como de petrologia orgânica, sendo os seus restos orgânicos utilizados, por exemplo, para estudos de palinofácies e para a determinação da maturação térmica. Neste trabalho pretende-se fazer a identificação do conteúdo orgânico presente em amostras de idade silúrica da região de Dornes (Zona Centro Ibérica, Portugal), através da determinação Carbono Orgânico Total (COT), Enxofre Total (ST) e resíduo insolúvel (RI), e observação de lâminas organopalinológicas em luz branca transmitida (LBT) e reflectida (LBR). Para o efeito foram colhidas 11 amostras, de uma sequência contínua pertencente à Formação de Foz da Sertã (Dornes). A Formação Foz da Sertã é composta por uma sequência de xistos ampelitosos, por vezes com nódulos e raras intercalações de camadas areníticas. Os graptólitos presentes nesta formação indicam uma idade entre o final do Llandovery até ao final do Wenlock, ou mesmo Ludlow. Para a determinação do COT, ST e RI procedeu-se à acidificação das amostras (HCl a 50%) com o objectivo de eliminar os carbonatos. O resíduo obtido foi analisado recorrendo a um aparelho LECO© SC144. A preparação das lâminas organopalinológicas foi realizada segundo os procedimentos não oxidativos para isolamento de MO. A observação foi realizada num microscópio Zeiss, tanto em LBT como LBR. As amostras são ricas em MO (valor médio de COT de 5,1%) apresentando baixo conteúdo em ST (máximo de 0,23%). O RI é superior a 90% corroborando o caráter pelítico da sequência. A observação microscópica evidenciou um conteúdo orgânico semelhante em todas as amostras (betume sólido, material amorfo e graptólitos). A exceção é a amostra de topo (a única de idade Ludlow) onde os graptólitos não foram observados. Em LBT, as partículas de graptólitos apresentam um aspecto similar aos fitoclastos (restos de plantas superiores terrestres), isto é, cor castanha a preta, não sendo possível observar características distintivas na sua superfície. Em LBR foi possível distinguir várias características destas partículas tais como, a parede da teca, as aberturas das teca, as linhas de crescimento bem como o tecido fuselar. Agradecimentos: P.A. Gonçalves beneficia de uma bolsa de pós-doutoramento da FCT (Ref. SFRH/BPD/114696/2016). Este trabalho teve a colaboração do ICT (projeto UID/GEO/04683/2013) financiado pela UE através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no COMPETE 2020 (Programa Operacional para a Competitividade e Internacionalização), com a ref. POCI-01-0145-FEDER-007690.

Palavras-chave: Petrografia orgânica, Silúrico, matéria orgânica, graptólitos.

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Pegmatites spectral behavior considering ASTER and Landsat 8 OLI data in Naipa and Muiane mines (Alto Ligonha, Mozambique)

U. Gemusse1,2, A.C. Teodoro2, A. Lima2

1Universidade Pedagógica de Moçambique. 2Instituto Ciências da Terra - Pólo da Universidade do Porto e Departamento de Geociências, Ambiente e Ordenamento do Território, Faculdade de Ciências, Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre 687, 4169-007 Porto, Portugal.

The Naipa and Muiane mines are located on the Nampula complex, a stratigraphic tectonic subdivision of the Mozambique Belt, in the Alto Ligonha region, and the pegmatites are of the Li-Cs-Ta type, intrude a chlorite phyllite and gneisses with amphibole and biotite (Kibarian). The mines are still active. The main objective of this work was to analyze the pegmatite’s spectral behavior considering data from ASTER and Landsat 8 OLI. One ASTER image from 27/05/2005, and other image from OLI sensor from 02/02/2018 were consider. The data were downloaded from USGS, radiometric calibrated and after atmospheric corrected considered the Dark Object Subtraction (DOS) algorithm available in the Semi-Automatic Classification Plugin (SCP) accessible in QGIS software. The bands used in the classification processed were the visible bands, the NIR and the SWIR bands. A spectrorradiometer was used in order to analyze the spectral behavior of several pegmatite’s samples collected in the field in Alto Ligonha (Naipa and Muiane mines) and for the spectral mapping of the hypothetical hydrothermal alterations associated to occurrences of basic metals, beryl gemstones, tourmalines, columbite-tantalites, and lithium minerals. In the field, samples were collected from lepidolite waste pile in Naipa and Muaine mines. The satellite data were processed in SCP plugin, in QGIS environment. A supervised classification algorithm was employed (Spectral Angle Mapper) considering the two images. An overall accuracy higher than 90% was achieved. The integration of ASTER and Landsat 8 OLI data have proved very useful for pegmatite’s mapping. From the results obtained we can conclude that: (i) the combination of ASTER and Landsat 8 OLI data allows us to obtain more information about mineral composition than just one sensor, i.e., these two sensors are complementary; (ii) the alteration spots identified in the mines area are composed of clay minerals. In the future more data and more image processing algorithms will be applied in order to identify the different lithium minerals, as spodumene, petalite, amblygonite and lepidolite. Keywords: ASTER, Landsat 8 OLI, lithium, supervised classification.

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Detection of lithium (Li)-bearing pegmatites using Landsat 8: a first approach

J. Cardoso-Fernandes1, A.C. Teodoro1,2, A. Lima1,2

1Departamento Geociências, Ambiente e Ordenamento do Território, Faculdade de Ciências, Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre 687, 4169-007 Porto, Portugal. 2Instituto Ciências da Terra - Pólo da Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre 687, 4169-007 Porto, Portugal.

Remote sensing has proved itself as a powerful resource in geology capable of delineate target exploration areas for several deposit types. Only recently, the same methodologies have been used to the detection of lithium (Li)-bearing pegmatites. This happened because of the growing importance and demand of Li for the construction of Li-ion batteries for electric cars in the pursuit for more environment-friendly means of transportation. The application of remote sensing to mineral exploration is mainly based on the recognition of hydrothermally altered rocks that can be associated with ore deposits. This is possible because each mineral or rock has a unique spectral signature that can be used for geological classification and mapping. The study area of this work is the Fregeneda (Salamanca, Spain)-Almendra (Vila Nova de Foz Côa, Portugal) region, where different known types of Li-pegmatites have been mapped. The objective of this study is to develop remote sensing algorithms capable of identifying Li-pegmatites based on the recognition of the associated alteration halos. For that, Level 1 cloud free Landsat 8 images (September 2014) with low vegetation coverage were used. Minerals have important absorption features in the visible and infrared (near, shortwave and thermal) regions. Based on these features and with the aim of determining the more efficient methodologies, Sentinel-2 VNIR and SWIR reflectance data was used to produce RGB combinations, band ratios, and to conduct principal component analysis (PCA) and image classification. These methodologies allow to predict the occurrence of iron oxides and clay minerals, and to discriminate between hydrothermally altered zones and non-altered zones. Band ratio 3/5 and selective PCA on the same bands also predicts the occurrence of Li-bearing minerals. The results of the application of remote sensing techniques to Li-mineralizations is of great interest to mining companies since they could lead to a decrease of the impacts of the early stages of mining and an increased efficiency and sustainability of mineral exploration. Keywords: lithium, RGB combinations, band ratio, PCA, image classification.

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Potencial em recursos minerais da plataforma continental Alentejana: o Projeto MINEPLAT

J. Noiva1, P. Terrinha2, M. Neres2, P. Brito3, J. Mirão4, C. Ribeiro5

1Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora. 2Instituto D. Luis da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa / Instituto Português do Mar e da Atmosfera. 3Instituto Português do Mar e da Atmosfera. 4Laboratório HERCULES da Universidade de Évora / Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora. 5Instituto de Ciências da Terra/Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora

O potencial em recursos minerais da área imersa do nosso planeta desperta um crescente interesse na comunidade geológica. Com o objetivo de investigar a existência de depósitos sedimentares detríticos na plataforma continental alentejana que constituam recursos minerais, o projeto MINEPLAT inclui uma estratégia de exploração com coberturas de detalhe de: a) batimetria multifeixe; b) retrodispersão acústica; c) sísmica de reflexão de muito alta resolução; e a realização de uma amostragem detalhada do substrato não consolidado, com o subsequente estudo sedimentológico, mineralógico e geoquímico, o que permitirá avaliar o potencial em recursos minerais desta zona, bem como compreender a influência que o soerguimento da margem continental durante o Plio-Quaternário terá tido no desenvolvimento de paleo-litorais e acumulação de minerais com interesse económico. Os resultados preliminares do levantamento geofísico do sector da plataforma continental a norte de Sines permitiram:

(i) distinguir as zonas dos afloramentos rochosos das zonas de cobertura, a partir dos dados de batimetria multifeixe;

(ii) mapear zonas com diversas respostas de retrodispersão acústica, dentro das áreas de cobertura não consolidada;

(iii) cartografar detalhes morfológicos diretamente relacionados com a sedimentação na área;

(iv) elaborar um modelo sismoestratigráfico para a área; (v) preparar um esboço morfotectónico da zona de estudo.

A conjugação desta informação permitirá delinear com maior rigor a campanha de colheita de amostras que se iniciará no corrente ano. Sedimentos arenosos amostrados ao longo da praia de S. Torpes, e que constituem um análogo recente do que poderá ser encontrado em paleo-litorais na plataforma continental alentejana, são ricos em ilmenite e a sua origem está relacionada com a drenagem fluvial da área emersa. Agradecimentos: Projeto ALT20-03-0145-FEDER-000013, ALENTEJO2020.

Palavras-chave: recursos minerais, plataforma continental, Alentejo.

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W mineralization in Argemela- Central Portugal

L. Lima1, A. Guedes1,2, F. Noronha1,2

1Instituto de Ciências da Terra, Polo da Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre 687, Porto, Portugal. 2Departamento de Geociências Ambiente e Ordenamento do Território, Faculdade de Ciências, Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre 687, Porto, Portugal.

In Argemela hill occurs a small intrusion, of a microgranite, in micaschists from the Beira group. The microgranite exhibits a porphyritic texture with a mineralogy similar to a Li, P rich pegmatite. The border of the intrusion is characterized by an aplite cut by two types of quartz veinlets. A type I, N40º; 80ºS, with K-feldspar and amblygonite and a type II, N 100°; 70°N, cross-cutting type I, containing wolframite mineralization. For characterization of W mineralization and it formation conditions, a petrographic and a fluid inclusion (FI) study were performed. From the microscope and SEM analysis, different stages of mineral ore deposition were identified: a first one assumed as magmatic origin in the microgranite with Sn, Nb and Ta minerals, another, on the type I veinlets, with amblygonite and a magmatic-hydrothermal stage on type II veinlets with wolframite. The petrography together with the microthermometric and Raman study of FI allowed to identify two different quartz types, a hyaline (Qh) and a milky one (Qm). The Qh, associated with the wolframite deposition has two types of FI. A first one of two phases Lc-w carbonaceous inclusions with an average of 95.70% of H2O, 2.56% of CO2, 0.01% of CH4, 0.03% of N2 ,1.69% of NaCl and an average density of 0.78 g/cm3. A second type of FI in Qh is of mainly two-phases Lw aqueous inclusions with an average composition of 98.02% of H2O, 1.97% of NaCl and an average density of 0.79 g/cm3. The Lc-w and Lw FI are randomly distributed over the quartz crystals therefore they can be interpreted as primary, with some of them with negative crystal shape. Although, most of them are irregular and with a medium size (20-45 μm). The homogenization temperature (Th), always into liquid, with average Th for Lc 309°C and for Lw 252°C. In the Qm the observed FI are Lw type with an average composition of 98.11% of H2O, 1.88% of NaCl an average density of 0.80 g/cm3. Most of these inclusions are irregular with medium to large size (40-75 μm). The average temperature of homogenization for the inclusions on this type of quartz is 195°C (always in liquid). The results obtained suggest that two different fluids were responsible from the formation of these veinlets, with the wolframite deposition associated with the aqueous-carbonic fluids as in similar W mineralizations from Iberian Belt. Keywords: wolframite, Argemela, fluid inclusions, quartz, microgranite.

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Comparative study of wolframites from Portugal

L. Lima1, C. Marques de Sá1, F. Noronha1

1Instituto de Ciências da Terra, Polo da Universidade do Porto, Rua do Campo Alegre 687, Porto, Portugal.

The wolframite is a tungstate that occurs into an isomorphic serie between hubnerite (MnWO4) and ferberite (FeWO4). This serie was study by Voyedin (1981) that classifies the wolframite according with the Fe/Mn ratio: hubnerite if the content of MnO between 23.5% and 15.5%, if it is between 15.5% and 8% as wolframite restricted sense (r.s) and when the content of MnO is fewer than 8% it is classified as ferberite. With the present study we aim to better understand the geochemistry of the wolframite according to is occurrence modes, comparing different Iberian tungsten deposits, as well as, to contribute to the understanding of the usual internal zoning wolframite crystals. To study this problematic a database of wolframites compositions from different deposits and a complementary study by SEM and Microprobe analysis in wolframites will be performed. A preliminary study of wolframite compositions collected in different W deposits was already realised: Borralha deposit, more precisely from the Santa Helena Breccia (SHB), classified as a collapse breccia cutting the the contact between Silurian metasediments and Borralha granite; Vale das Gatas (VG), which occurs in the contact between metasediments of the Douro group from CXG and the Vila Real granite; Argemela in quartz veinlets with wolframite cutting an aplite in the border of a microgranite intrusion and Panasqueira mine which occur in the Beira group from the CXG. From the results was possible to observe that the Panasqueira crystals correspond to ferberite, the composition of wolframites from SHB reveal a high variability being between ferberite and wolframite r.s, as well as, the Argemela wolframite. In the other hand the wolframite from VG corresponds to an hubnerite. A recent study from Lecumberri-Sanchez et al. (2017) about Panasqueira wolframites refers that the precipitation of this tungstate is controlled by the composition of surrounding rocks and by the availability of Fe and/or Mn ions on the moment of it crystallization. Another particularity that was observed in SEM was the phenomenon of ferberitization. This alteration occurs mostly through the cleavages or fractures in the mineral structure. In future works we hope to clarify if the surrounding rocks of the tungsten deposits are a strong conditioning to the wolframite composition. As well as, what are the conditions that allowed the ferberitization of wolframites.

Lecumberri-Sanchez, P., Vieira, R.,Heinrich, C.A., Pinto,F., Wälle, M., (2017). Fluid-rock interaction is decisive for the formation of tungsten deposits, in The Geological Society of America.

Voyevodin,V.N., (1981). The relationship between chemical composition of wolframites and the geological conditions of their formation, Internat.Geol.Rev.(Falls Church,Va.)23(5):561-570.

Keywords: wolframite, ferberite, hubnerite, Portugal.

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Caracterização litológica e estrutural do eixo Coronado-Alfena

C. Dias1, M.A. Ribeiro1,2

1Instituto Ciências da Terra, Polo da Universidade do Porto. 2Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

Nos últimos anos, as áreas a oriente da cidade do Porto têm sido alvo de estudos de índole e objetivos diferentes, nomeadamente dissertações de mestrado e teses de doutoramento, abordando a evolução magmato-metamórfica (Ribeiro et al., 2014, Ferreira et al., 2014; Silva et al., 2016, Neves, 2011), em paralelo com a caracterização litoestratigráfica e estrutural (Couto et al., 2013, Machado et al., 2018). O eixo Coronado-Alfena integra uma zona com elevado interesse geotectónico, pois localiza-se na confluência de dois importantes alinhamentos: a Zona de Cisalhamento Dúrico-Beirã e a Zona de Cisalhamento Porto-Tomar, considerando o novo alinhamento N-S recentemente proposto (Dias et al., 2017). A caracterização cartográfica litológica e estrutural detalhada em curso no eixo Coronado-Alfena tem como objetivo compreender a interação destes dois alinhamentos. A sequência litológica observada num corte oeste-este deste eixo carateriza-se por: 1) Granito do Porto, contactando tectonicamente com as sequências adjacentes do Paleozoico; 2) Complexo Xisto-Grauváquico, em pequenos afloramentos, com micaxistos muito moscovíticos e metagrauvaques, nos quais é evidente uma relação de intrusão do granito; o granito contacta por falha, com as sequências do paleozoico, cujo contacto é marcado por intensa catáclase do granito e por conglomerados arcósicos, marcando um alinhamento N-S, cuja distinção do granito cataclasado é muitas vezes difícil; 3) Unidades areno-silto-argilosas do Ordovícico (Formação de Sobrido), em condições de anquimetamorfismo, sem qualquer efeito térmico por contacto. No que respeita aos dados estruturais, neste setor foram medidos os valores de estratificação, foliação, falhas e filões, predominando as orientações N160º a N180º. Estas orientações contrariam o que se verifica mais a oriente, nos metassedimentos paleozoicos, os quais tomam orientações que variam entre N120º a N140º. Considerando o alinhamento proposto para a Zona de Cisalhamento Porto-Tomar e o alinhamento e posição do Sulco Dúrico-Beirão, marcado pelos depósitos do Carbonífero na zona a sul do eixo Coronado-Alfena propomos que as litologias e as estruturas observadas são resultantes da interação dos dois importantes alinhamentos, sendo a Zona de Cisalhamento Dúrico-Beirã afetada pela Zona de Cisalhamento Porto-Tomar. Os conglomerados arcósicos observados neste eixo desenvolvem-se sobre o bordo do Granito do Porto, neste último alinhamento. Agradecimentos: Este projeto é financiado pela FCT Portugal. Os autores agradecem o financiamento disponibilizado pelo COMPETE 2020, projeto ICT (UID / GEO / 04683/2013) POCI-01-0145 - FEDER-007690.

Couto, H. Knight, J., Lourenço, A. (2013). Late Ordovician ice-marginal processes and sea-level change from the

north Gondwana platform: Evidence from the Valongo Anticline (northern Portugal). Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology,V. 375, 1-15.

Dias, C., Martins, H., Almeida, A., Sant'Ovaia, H., Ribeiro, M. A. (2017). Características da Faixa Metamórfica Porto-Viseu e a sua relação com a Zona de Cisalhamento Porto-Tomar. Acta do Congresso de Jovens Investigadores, Estremoz.

Ferreira, J.A., Ribeiro, M.A., Martins, H.C.B., (2014). The Pedregal granite: petrographic and geochemical characterization of a peculiar granitoid. Estudios Geológicos 70, 2, e019.

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Machado, R., Couto, H., Ribeiro, M.A. (2018). Geotransversal entre o Anticlinal de Valongo (Serra de Santa Justa) e Montezelo (Fânzeres): cartografia geológica, estrutura, estratigrafia e metamorfismo. Jornadas do ICT, Porto.

Neves, L. D., (2011). Cartografia Geológico-Estrutural do Gnaisse de Fânzeres. Dissertação de Graduação, Universidade de Ouro Preto, Brasil, 89p.

Ribeiro, M. A., Martins, H. C., Sant'Ovaia, H., Dória, A., Ferreira, J., Areias, M. (2014). Evolução tectono-metamórfica, migmatização e magmatismo sin-tectónico na região do Porto (NW Portugal). Comunicações Geológicas, vol 101, Especial I, 297 – 300.

Silva, D., Rodrigues, E., Martins, H.C.B., Ribeiro, M.A. (2016). Novos dados sobre a estrutura, petrografia e geoquímica do Granito de Fânzeres (Porto, NW de Portugal). Comunicações Geológicas, 103,I, 131-135.

Palavras-chave: Zona de cisalhamento Porto-Tomar, geologia regional, cartografia geológica, geologia estrutural.

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Não-halogenetos da mina de sal de Loulé: caracterização e interpretação ambiental

C. Ribeiro1, P. Terrinha2, A. Andrade3, B. Fonseca4, M. Caetano5, M. Neres2, E. Font6, J. Mirão7, C. Dias8,

L. Rosado9, A-F Maurer9, A. Manhita9

1Instituto de Ciências da Terra/Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora. 2Instituto D. Luis da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa / Instituto Português do Mar e da Atmosfera. 3CUF Químicos Industriais - Departamento Mineiro. 4Instituto D. Luis da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. 5Instituto Português do Mar e da Atmosfera. 6Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra. 7Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora. 8Laboratório HERCULES da Universidade de Évora / Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora. 9Laboratório HERCULES da Universidade de Évora.

O registo sedimentar mesozóico da Bacia Algarvia inicia-se no Triásico com sedimentação detrítica, durante os primeiros estádios da fragmentação da Pangea. Os depósitos sobrejacentes da passagem Triásico-Jurássico sedimentam em ambiente transicional e no Jurássico a sedimentação ocorre em ambiente marinho franco. Durante o Hetangiano, deposita-se uma sequência de evaporitos, ao longo de toda a bacia. O volume da maioria destes depósitos é desconhecido devido à ocorrência de movimentos diapíricos. No Algarve central, uma parede de sal com mais de 1 km de espessura, 3 km de comprimento e 2 km de altura tem sido explorada para a indústria química (Diapiro de Loulé -DL). A maioria dos sedimentos que constituem o DL são haletos (>99% halite). No interior do diapiro existe um pacote sedimentar constituído por carbonatos (dolomite e magnesite) e sulfatos (anidrite), em proporções variáveis; tem uma espessura máxima de 3 metros e é constituída por 3 camadas, de diferentes cores (preta-castanha-cinzenta da base para o topo). Os sedimentos deste pacote foram estudados com o objetivo de os caracterizar do ponto de vista da constituição mineralógica, do conteúdo em matéria orgânica e da sua origem, bem como contribuir para a compreensão dos processos químicos e físicos que ocorreram durante a instalação do DL, através de:

(i) difração de raios-X; (ii) micro-análise por SEM-EDS; (iii) determinação da concentração dos ETR por ICP-MS; (iv) determinação do conteúdo em carbono por análise elementar; (v) determinação do conteúdo e composição em matéria orgânica por Py-GC-MS; (vi) determinação das razões de isótopos estáveis de carbono e azoto da matéria orgânica

por IR-MS e; (vii) estudo da anisotropia da susceptibilidade magnética.

O DL encontra-se deformado por uma série de zonas de cisalhamento, formadas durante a compressão alpina, sublinhadas por um material fino, cuja natureza foi também investigada. Os resultados preliminares mostram um padrão claro na evolução das condições de sedimentação que influenciaram a disponibilidade dos catiões dissolvidos e, consequentemente, a fases mineralógicas que se formaram. As três camadas constituintes do pacote apresentam valores de carbono orgânico diferentes, com um máximo de 4,42% no horizonte de cor preta, correspondendo a 5 vezes os valores encontrados nas duas camadas adjacentes.

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Os padrões de ETR sugerem que os sedimentos constituintes do pacote têm a mesma origem. No entanto, os sedimentos provenientes das zonas de cisalhamento têm padrões de ETR diferentes com enriquecimento em ETR-M e anomalia positiva de Eu. Agradecimentos: MEDSALT – Uncovering the Mediterranean salt giant, COST action – CA15103.

Palavras-chave: evaporitos, mineralogia, geoquímica, susceptibilidade magnética.

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GRUPO 4 - GEOCONSERVAÇÃO, GEOARQUEOLOGIA E EDUCAÇÃO EM

GEOCIÊNCIAS

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Geoethics Outcomes and Awareness Learning: an international partnership Erasmus Plus Project

C. Vasconcelos1, G. Di Capua2, V. Drąsutė3, G. Langergraber4, G. Meléndez5, N. Orion6, J. Brilha1, C.

Calheiros7, A. Lima1, A. Cardoso1 1Instituto de Ciências da Terra (Polo da Universidade do Porto e Polo da Universidade do Minho), Portugal. 2Istituto Nazionale di Geofisica e Vulcanologia, Italy. 3Kauno Technologijos Universitetas, Lithuania. 4Universität für Bodenkultur Wien, Austria. 5Universidad de Zaragoza, Spain. 6Weizmann Institute of Science, Israel. 7Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, Portugal.

According to the International Association for Promoting Geoethics (http://www.geoethics.org): “Geoethics consists of research and reflection on the values which underpin appropriate behaviours and practices, wherever human activities interact with the Earth system. Geoethics deals with the ethical, social and cultural implications of geoscience education, research and practice, and with the social role and responsibility of geoscientists in conducting their activities”. Geoethics widens the cultural horizon of geoscience knowledge and contributes to orient scientists and society in the choices for responsible behaviour of humans towards the planet (Peppoloni and Di Capua, 2017), even in the perspective to contribute to redirect economic models of growth and development. Geoethics is an emerging field in geosciences and demonstrating its value and utility in sustainability science requires concerted interdisciplinary efforts. Stewart and Gill (2017) mention that to fully appreciate the complexity of contemporary human–environment relationships, we must also draw from the social sciences. After all, many of the societal issues relating to the planet are not only concerned with the scientific understanding, but “...are about moral and aesthetic choices. They are about equity and ethics” (Oreskes 2004, p.381). Recognising this breadth of concerns, international GOAL partnership project will explore the emerging territory of geoethics in order to articulate knowledge and good practices in the field through an innovative and creative approach. The members of the different partner countries (Portugal, Austria, Italy, Israel, Lithuania, Spain) bring expertise in overlapping interdisciplinary areas, and these intellectual synergies will contribute to a wider approach in geoethics. Specifically, the project integrates researchers and practitioners with skills in geoscience education, geological heritage, georisks, environmental sciences, theoretical aspects of geoethics and information and communication technologies in education. The project aims to develop a geoethics syllabus and to offer suggestions on educational resources to be used in Higher Education in order to promote awareness-raising on ethical and social implications of geoscience knowledge, education, research, practice and communication, thus enhancing the quality and relevance of students’ knowledge, skills and competencies. Educationally, the project will follow a contextualized approach supported in diverse methodologies and strategies to elaborate the teaching and learning resources. The creation of this international network and subsequently the syllabus and educational materials will develop operational capacities of revisiting and strengthening the conceptual substratum of geoethics and bringing added values at European level to a specific target group of Higher Education

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Acknowledgements: This work was co-funded by Erasmus+ Programme in the scope of Project reference 2017-1-PTO1-KA203-035790.

Oreskes, N. (2004). Science and public policy: what’s proof got to do with it? Environmental Science & Policy, 7(5), 369-383.

Peppoloni, S., and Di Capua, G. (2017). Geoethics: ethical, social and cultural implications in geosciences. Annals of Geophysics, 60, Fast Track 7, doi: 10.4401/ag-7473.

Stewart, I.S., & Gill, J.C. (2017). Social geology-integrating sustainability concepts into Earth sciences. Proceedings of the Geologists' Association, 128(2), 165-172.

Keywords: geoethics, geosciences, interdisciplinarity, education.