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Jornal DCE UFAL Quilombo dos Palmares nº 01 - setembro de 2013 Olá estudantes! Para início de conversa, gostaríamos de dar os parabéns por mais esta vitória, que não deve ter sido nada fácil! Sabemos muito bem o quanto vocês estudaram e o quanto se esforçaram para hoje poderem comemorar! Quantas noites viradas, quantas festas perdidas, mas... Te alertamos: isso é apenas o começo! Entrar na universidade significa o início de uma nova fase da vida e em nosso país, infelizmente, apenas 4% de jovens entre 18 e 24 anos têm a oportunidade de estudar numa universidade pública. Certamente esses próximos anos irão te trazer novas experiências, conhecimentos e conquistas, mas também trarão muitos desafios. Por isso, é importante saber que você, eu e os demais estudantes fazemos parte do DCE Quilombo dos Palmares, uma entidade que representa todos os estudantes da UFAL. Além de promovermos eventos culturais e esportivos, queremos que você saiba que estamos do seu lado no desafio de permanecer na universidade e de conquistar assistência estudantil; mais bolsas de ensino, pesquisa e extensão; laboratórios de qualidade; segurança; infraestrutura adequada e um longo etc. A falta de investimento em educação é a causa de todos os problemas que vivenciamos cotidianamente na educação pública. Para que se tenha uma ideia: necessitamos que 10% de toda riqueza produzida no país seja destina à educação e hoje contamos com apenas 5%. Como podemos ver o governo federal investe muito pouco e com a venda do petróleo brasileiro a perspectiva é que esse percentual aumente apenas 1,23% e só daqui a 10 anos. Por outro lado, no mundo inteiro, a juventude vem protagonizando diversas mobilizações para dizer que “nossos direitos não são mercadorias”. Na Jornada de junho conseguimos barrar o aumento da passagem, derrubar a PEC 37, sobretudo deixar um recado claro de que sabemos cobrar nossos direitos. No estado de Alagoas, em particular, jovens de várias cidades construíram protestos vitoriosos. Essas mobilizações têm sido importantes e apontam o caminho para conquistarmos uma universidade pública de qualidade, democrática e socialmente referenciada. Queremos te convidar a agir, organizar-se politicamente e também fazer parte da construção de uma UFAL do tamanho dos nossos sonhos! Sejam bem vind@s! DCE UFAL Quilombo dos Palmares Gestão: Pra Balançar o Chão da Praça

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Quilombo dos Palmaresnº 01 - setembro de 2013

Olá estudantes!Para início de conversa, gostaríamos de dar os parabéns por mais esta vitória, que não deve ter sido nada fácil! Sabemos muito bem o quanto vocês estudaram e o quanto se esforçaram para hoje poderem comemorar! Quantas noites v i r a d a s , quantas festas perdidas, mas...

Te alertamos: isso é apenas o c o m e ç o ! E n t r a r n a universidade significa o início de uma nova fase da vida e em nosso país, infelizmente, apenas 4% de jovens entre 18 e 24 anos têm a oportunidade de estudar numa universidade pública. Certamente esses próximos anos irão te trazer n o v a s e x p e r i ê n c i a s , conhecimentos e conquistas, mas também trarão muitos desafios.Por isso, é importante saber que você, eu e os demais estudantes fazemos parte do DCE Quilombo dos Palmares, uma entidade que representa todos os estudantes da UFAL. Além de promovermos eventos culturais e esportivos, queremos que você saiba que estamos do seu lado no desafio de permanecer na universidade e de conquistar assistência estudantil; mais bolsas de ensino, pesquisa e extensão; laboratórios de qualidade;

segurança; infraestrutura adequada e um longo etc. A falta de investimento em educação é a causa de todos os problemas que vivenciamos cotidianamente na educação pública. Para que se tenha uma ideia: necessitamos que 10% de toda riqueza produzida no país seja destina à educação e hoje contamos com apenas 5%. Como podemos ver o governo federal investe

muito pouco e com a venda do p e t r ó l e o b r a s i l e i r o a p e r s p e c t i v a é q u e e s s e percentual aumente apenas 1,23% e só daqui a 10 anos.Por outro lado, no mundo inteiro, a juventude vem pro tagonizando d iversas mobilizações para dizer que “nossos direi tos não são mercadorias”. Na Jornada de junho conseguimos barrar o a u m e n t o d a p a s s a g e m , derrubar a PEC 37, sobretudo deixar um recado claro de que s a b e m o s c o b r a r n o s s o s direitos. No estado de Alagoas,

em particular, jovens de várias cidades construíram protestos vitoriosos. Essas mobilizações têm sido importantes e apontam o caminho para conquis ta rmos uma un ive r s idade púb l i ca de qua l idade , democrática e socialmente referenciada. Queremos te convidar a agir, organizar-se politicamente e também fazer parte da construção de uma UFAL do tamanho dos nossos sonhos! Sejam bem vind@s!

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É um direito nosso a implementação de políticas públicas que assegurem a nossa permanência na Universidade. Mas, na prática, não temos restaurante universitário para todos, faltam vagas na residência universitária e a gestão do reitor Eurico Lôbo mantém um programa de “bolsas trabalho” que atrapalha os nossos estudos. Num país que realiza uma Copa do Mundo financiada em mais de 90% com dinheiro público, é inadmissível que ainda não tenhamos um programa de bolsa auxílio destinado aos estudantes oriundos de famílias de baixa renda. Assistência estudantil não é privilégio, é direito! Por isso, o DCE está à disposição dos estudantes para lutar cada vez mais por assistência estudantil. Vamos junt@s!

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Assistência estudantil não é privilégio, é direito

Saúde e educação não são mercadorias!O Hospital Universitário tem uma importância fundamental para os alunos da área da saúde e, além disso, para toda a sociedade alagoana que tem o HU como única referência em casos de média e alta complexidade. Apesar disso, de uns anos para cá, o nosso hospital escola vem sofrendo uma ameaça de privatização. A presidente Dilma assinou a Lei 12.550 que entrega a gestão de 45 Hospitais Universitários em todo o Brasil para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Com isso, os alunos de saúde vão ter suas pesquisas sujeitas à lógica do mercado, os concursos públicos nos hospitais vão acabar e esta empresa ainda ameaça vender leitos do SUS para planos de saúde. Tudo isso é um grande absurdo e o reitor da UFAL tem sido conivente: Eurico Lôbo ignorou o clamor da sociedade alagoana e, num episódio antidemocrático, decidiu assinar o termo de adesão à EBSERH sem deliberação do Conselho Universitário. Precisamos nos organizar contra a privatização do nosso HU a fazê-lo avançar na qualidade dos seus serviços. Saúde e educação não são mercadorias!

De junho pra cá, a juventude brasileira está nas ruas cobrando direitos e o direito de viver numa sociedade livre de todo tipo de opressão também está em pauta. No nosso país, negros foram historicamente discriminados e, ainda hoje, vivem em situação de vulnerabilidade social. Se o processo seletivo do ensino brasileiro é excludente, para um jovem negro é ainda mais difícil. Por outro lado, Alagoas é um estado muito violento para mulheres, sobretudo para homossexuais. É

preciso que essa indignação com a lógica do racismo, do machismo e da homofobia esteja presente na universidade, nesse sentido, o DCE tem um grupo de discussão de combate às opressões. Precisamos exigir o total cumprimento da lei das cotas, exigir a ampliação da creche e defender pautas nacionais como a aprovação do PL 122 que criminaliza a homofobia. Por fim,

achamos importante que as mulheres, ve rdade i r a s p ro t agon i s t a s das mobilizações da juventude, participem do I Encontro Nacional do MML. A luta pelo respeito e pela liberdade não pode ser secundarizada!

Contra o Machismo, Racismo e a Homofobia.

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O movimento estudantil brasileiro tem uma história de luta muito bonita: enfrentou a ditadura, conquistou a redemocratização, derrubou o Collor, etc. Reconhecemos que a União Nacional dos Estudantes foi protagonista em todos esses momentos. No entanto, nessa última década, a UNE se atrelou ao governo federal e, numa contradição histórica, vem tentando frear a luta dos estudantes. Por tudo isto, nós, da gestão “Pra balançar o chão da praça”, construímos a Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (ANEL), e desse modo temos participado ativamente do processo de reorganização do movimento estudantil numa entidade independente, democrática, combativa e que está presente, sempre com muita disposição, nas mobilizações da juventude Brasil afora. Em setembro, a ANEL–Alagoas estará realizando sua V Assembleia Estadual e nós convidamos você a se informar conosco para participar desse evento. Na contramão disso, recentemente, com o apoio da UNE, a presidente Dilma sancionou o estatuto da juventude. Esta lei, ao contrário do que possa parecer, nos traz prejuízos. Nosso direito à meia-entrada, por exemplo, foi restrito a 40% dos ingressos por show ou espetáculo, e nós a inda vamos ser obrigados a fazer a carteirinha da UNE - entidade aliada de velhos corruptos da política nacional. Precisamos reagir a esse retrocesso!

Nossos direitos porinteiro não pela metade!

Passe Livre Já! O “Passe Livre” é um direito de todos os estudantes, afinal, é dever do poder público nos proporcionar educação e chegar até a universidade todos os dias faz parte desse processo. Não são poucos os estudantes, em todos os níveis de educação, que deixam de frequentar as aulas porque não têm dinheiro para pagar passagem de ônibus. Por esse motivo, o “passe livre” não é um privilégio, é uma necessidade. Em todo país, os estudantes construíram a Jornada de Agosto e realizaram diversas ocupações nas câmaras de vereadores. Em Maceió não foi diferente. No atual estágio do projeto, a decisão cabe ao prefeito Rui Palmeira, mas a aprovação do “passe livre” depende de nós, da nossa força e da nossa mobi l ização. O DCE Quilombo dos Palmares convoca todos os estudantes da UFAL para se somarem nessa luta.

LIVRELIVRELIVREjjjAAA!!!passepassepasse

Estudantese Desempregados

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Entre os dias 04, 05 e 06 de outubro, vai ocorrer o 1º Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta em Sarzedo (MG). Os objetivos deste Encontro são organizar as mulheres trabalhadoras, jovens e todas aquelas mulheres que se posicionam ao lado da classe trabalhadora nos embates sociais que ocorrem na sociedade, atualizar seu programa e avançar na organização e estruturação do MML. Vivemos em uma sociedade machista e por isso, os problemas sentidos pela população em geral são mais sentidos ainda pelas mulheres. O 1º Encontro busca organizar lutas que respondam a essa realidade, que apresente para as mulheres trabalhadoras desse país, que precisamos construir nas lutas, um campo político e sindical que se paute pelas demandas das mulheres que sofrem cotidianamente com o descaso do poder público.

/dceufalquilombodospalmares /PraBalancarOChaoDaPraca/dceufalquilombo.blogspot.com.br

Lugar de mulher é na luta!

Venha para o 1º Encontro do Movimento Mulheres em Luta!

A s m o b i l i z a ç õ e s d e j u n h o f o r a m , notadamente, mobilizações da juventude. Já as mobilizações de julho, especificamente o dia 11, marcou a entrada em cena dos trabalhadores. Por todos os lados ouviam-se palavras de ordem como "Nem a direita nem o PT, trabalhadores no poder". Mas, o que levou ou levaram aos trabalhadores cantarem palavras de ordem como essa? Não seria uma contradição, uma vez que temos o Partido dos Trabalhadores (PT) como o representante no governo federal? Acontece que a realidade não é bem assim. A politica econômica do governo do PT pouco ou quase nada se diferenciou dos governos passados do PSDB. Não é por acaso que na distribuição da riqueza produzida no país, o PIB, 50% do que é arrecadado fique com os banqueiros e grandes empresários como Eike B a t i s t a . E s s e f a t o , a l é m d e a f e t a r significativamente as áreas sociais como saúde, educação e cultura reafirma e demostra que o real compromisso do governo não é de fato com os trabalhares e a juventude brasileira e sim com quem a anos o sufoca, os banqueiros nacionais e internacionais. O compromisso do governo Dilma com esse s e to r da soc i edade é i nve r samen te

proporcional ao sofrimento em que a classe trabalhadora e a juventude esta submetida. Basta observarmos, ou melhor, vivenciarmos cotidianamente a realidade. Filas e apertos no transporte público; saúde com estrutura caindo os pedaços, falta de equipamentos e profissionais; educação de péssima qualidade. Tudo isso é reflexo de uma politica econômica que só no ano passado cortou do orçamento publico que seria destinado a essas áreas nada mais nada menos que 50 bilhões de reais. Ao pontuarmos essas questões, mesmo que de m a n e i r a s u p e r fi c i a l , e n t e n d e m o s minimamente o porquê da palavra de ordem ac ima c i t ada . A i lusão com que os trabalhadores e a juventude viveram nesses últimos 10 anos esta começando a se desmanchar. As paralisações de 2011, 2012 e 2013 de diversas categorias, a exemplo da greve das universidades federais do ano passado, as ocupações de reitorias e a recente queda do percentual de popularidade (27) da Presidente Dilma, indica que o projeto politico proposto pelo PT não é o projeto politico que os trabalhadores e juventude estão dispostos a bancar. Por isso que nas manifestações vão ser cada vez mais fácil escutar que: nem a direta nem o PT trabalhadores no poder!

1º Encontro Movimento

Mulheres em Luta!MML

Nem a direita nem o PT trabalhadores no poder!