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A VOZ DO POVO 2 Sábado 05 de Janeiro de 2013 www.avozdopovobp.com Tiragem Sul Fluminense 5.000 exemplares R$1,00 - Edição nº 07 - Ano I - Semanal [email protected] Este é o segundo dos seus dez selos para concorrer a um netbook novinho. Regulamento na pág 02 TUDO IGUAL PÁGINA 03 Maércio ‘come mosca’ e mantém quase todos os secretários de Zé Luiz; novo titular da Educação deixa professores irados ‘SABOR DE MEL’ PÁGINA 04 Pastor Monteiro é eleito presidente da Câmara Municipal Homem comete suicídio na carceragem da antiga delegacia TRAGÉDIA PÁGINA 11 AGORA É R$2,35 PÁGINAS 06 e 07 BABADO, GRITARIA E CONFUSÃO! Reajuste no preço da passagem em ônibus municipais é motivo de protestos e muita ‘balangação de beiço’ em BP PEGA UM, PEGA GERAL! PÁGINA 11 P2 prende dois suspeitos de envolvimento em assassinato de jovem na Ponte Vermelha PRAZER PÁGINA 08 Ai, assim você mata o papai! COMUNIDADE PÁGINA 05 O tempo passa, o tempo voa, e a falta d’água continua numa ‘boa’ Reprodução/Facebook Felippe Carotta Carolina Araújo Arquivo Pessoal

Jornal A Voz do Povo ed 07 de 05 de Janeiro de 2013

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7ª edição do semanário barrense "A Voz do Povo", do dia 05 de Janeiro de 2013

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Page 1: Jornal A Voz do Povo ed 07 de 05 de Janeiro de 2013

A VOZDO POVO

2Sábado

05 de Janeiro de 2013

■ ■ ■ ■www.avozdopovobp.comTiragem Sul Fluminense 5.000 exemplares

R$1,00 - Edição nº 07 - Ano I - Semanal

[email protected]

Este é o segundo dos seus dez selos para concorrer a um netbook novinho.

Regulamento na pág 02

TUDO IGUAL PÁGINA 03Maércio ‘come mosca’ e mantém quase todos os secretários de Zé Luiz; novo titular da Educação deixa professores irados

‘SABOR DE MEL’ PÁGINA 04Pastor Monteiro é eleito presidente da Câmara Municipal

Homem comete suicídio na carceragem da antiga delegacia

TRAGÉDIA PÁGINA 11

AGORA É R$2,35 PÁGINAS 06 e 07

BABADO, GRITARIA E CONFUSÃO!Reajuste no preço da passagem em ônibus municipais é motivo

de protestos e muita ‘balangação de beiço’ em BP

PEGA UM, PEGA GERAL! PÁGINA 11

P2 prende dois suspeitos de envolvimento em assassinato de jovem na Ponte Vermelha

PRAZER PÁGINA 08

Ai, assim você mata o papai!

COMUNIDADE PÁGINA 05

O tempo passa, o tempo voa, e a falta d’água continua numa ‘boa’

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Felippe Carotta

Carolina Araújo

Arquivo Pessoal

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Page 2: Jornal A Voz do Povo ed 07 de 05 de Janeiro de 2013

2. Sábado - 05 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comLEITOR

Para anunciar, ligue: (24) 7811-2573Expediente. MCL de Paula Empresa Jornalística M.E. CNPJ: 17.150.485/0001-50Editor-chefe: Felippe Carotta. Editor-gráfi co (paginação): Elías Moura B. da Silva. Gestora Comercial: Soraia Soares.Redação (provisória): Rua Ana Nery, 126, sl 213, Centro. Barra do Piraí - RJ. Impressão: Gráfi ca Diário do Vale.

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Todos os comentários publicados nesta seção são extraídos da página ofi cial da VOZ no Facebook. Frise-se que os comentários não representam a opinião do

jornal, sendo a responsabilidade do autor da mensagem.

Passagem BP x IpiabasA passagem de Ipiabas x Barra custa uma fortuna. Minha mãe paga para a secretária

dela, que mora naquele distrito, quase R$ 9 por dia. Tenho vergonha dessa gente que tem poder e não pensa nos outros. As pessoas de Ipiabas precisam se sujeitar a “empregui-nhos” que não pagam nem o salário. Se contratar uma pessoa de Ipiabas para trabalhar no Centro de Barra vai pagar, além de todos o encargos trabalhistas, mais R$ 170. Isso são os “conchavos eleitoreiros”. Vale lembrar que o aumento do preço da passagem pas-sa pela Câmara Municipal. E essa droga de rodoviária no Centro da cidade. Jardins não temos mais, porque estão cercado por ônibus (que poluem o dia inteiro), serviço de carga e descarga, e mais uma multidão de táxis. Barra é o Ô para não dizer um c... Cidade en-garrafada.

Débora Tessarin

ElogioMeus parabéns pelo jornal! Precisávamos de um jornal que não fosse conivente com o

que está aí. Vamos, juntos com a população, engrossar uma crítica construtiva, que não vise destruir quem quer que seja.

Ronaldo Rjs

Page 3: Jornal A Voz do Povo ed 07 de 05 de Janeiro de 2013

.3Sábado - 05 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com POLÍTICA

SECRETARIADO ■ Maércio evita renovação e mantém boa parte do staff de Zé Luiz; ilustres desconhecidos são nomeados

Ano novo, governo velhoBARRA DO PIRAÍ

Frustração. Essa é a pa-lavra que provavelmente está na mente daquelas pessoas que esperavam renovação por parte do governo do prefeito Maér-cio de Almeida (PMDB), empossado na terça-fei-ra, 1º. Pelo contrário, o termo “mudança” passou bem longe do secretaria-do do prefeito, anuncia-do no mesmo dia. O che-fe do Executivo manteve boa parte do staff de seu antecessor, José Luís An-chite (sem partido), e até mesmo os nomes que po-deriam ser considerados novos já cheiram à nafta-lina – ou são ilustres des-conhecidos da maioria da população.

Com o slogan da conti-nuidade, o peemedebista preferiu iniciar seu man-dato conservando em sua equipe profissionais como a secretária do Ambiente, Madalena Sofia Ávila Oli-veira, e o titular da pas-ta de Desenvolvimento e Trabalho, Roberto Monzo Filho. Também ficaram de-cepcionados aqueles que esperavam ver pelas cos-tas o polêmico secretário de Ordem Pública, Antonio Carlos Elias, o Bitu. O cha-mado “general” da Guarda Municipal continuará ocu-pando seu cargo.

Já a pasta da Saúde, considerada uma das mais problemáticas do governo de Anchite, segue tendo como titular a enfermeira Sheila Rodrigues, nomea-da ainda por Zé Luiz. No rol das novidades, figuram no-mes como Walace Nóbre-ga Fonseca, que ocupará a chefia de Obras, um ilustre desconhecido para a maio-ria das pessoas. Outro “anônimo” que teria sido nomeado por Maércio é o secretário de Recursos Hu-manos, que supostamente foi indicado pelo PT e nem é de Barra do Piraí – o ges-tor seria de Niterói. Acom-panhe, ao lado, a relação dos secretários que Maér-cio havia divulgado até o fechamento desta edição.

As expectativas dos pro-fessores da rede municipal quanto ao novo secretário de Educação eram gran-des, afi nal, boa parte da categoria reclamava da política adotada pela pro-fessora Anna Maria de Aze-vedo Rothe enquanto titular da pasta. E, ao que parece, a categoria levou um balde de água fria com a nomea-ção de Gulô para chefi ar a autarquia.

Segundo uma professora, que por motivos óbvios não terá seu nome divulgado, a escolha de Gulô desapon-tou a categoria. “Esperáva-mos que o Maércio fosse reunir a classe e ouvi-la, antes de decidir assim, sozinho, o nome do novo secretário de Educação. Ele prometeu um governo marcado pelo diálogo, mas, pelo visto, ainda é o mes-mo mal educado que, anos atrás, na sacada da Câma-ra Municipal, mandou os professores à merda, mos-trando o dedo do meio”, es-crachou.

Ao recordar que o rela-cionamento entre o atual prefeito e a categoria “aze-dou” quando ele ainda era

presidente do Legislativo, a professora fez uma pausa e desabafou: “Acho que ele não mudou a sua maneira de pensar, e ainda continua nos vendo como um estor-vo. Mesmo tendo fi cado desapontada com a nome-ação precipitada do novo secretário de Educação, es-pero que ele conscientize o Maércio da nossa importân-cia para o município”.

A diretora de uma escola municipal, que também terá sua identidade preservada, é outra que se mostrou frustrada. “Pra ser sincera, ninguém gosta muito do Gulô. Ele é muito ignorante e cheira a mesmice, pois já foi secretário de Educação em outro governo”, criticou.

Procurado na manhã de quarta-feira, 2, para comentar os critérios que nortearam a escolha de seu secretariado, Maércio foi curto e grosso. “Os fato-res decisivos foram vários, mas, principalmente o bom relacionamento que man-tenho com cada um deles e a competência que têm para ocupar os respectivos cargos para os quais foram designados”, resumiu.

Nomeação de Gulô repercutiu mal entre a categoria, diz diretora de escola municipal

Secretário de GovernoRodrigo Graça

Secretário de FazendaFrancisco Cruz de Oliveira

Sec. de Ino. e Tec. da Info.Ronald Anchite

Sec. de Trab. e Des. Eco.Roberto Monzo Filho

Sec. de Cid. e Ordem Púb.Antônio Carlos Elias, o Bitu

■ Secretário de GovernoRodrigo Graça (Foto)

Jornalista, Rodrigo é fi el escudeiro de Maércio há bastante tempo. Não havia dúvidas de que ele faria par-te do staff do peemedebista.

■ Secretário de PlanejamentoPaulo Roberto Couto de Oliveira

■ Sec. de AdministraçãoPatrícia Terezinha Rabello Coelho Fonseca

Novata. É mais uma ilustre desconhecida.

■ Sec. de Recursos HumanosRoberto Gomes Nogueira

É “forasteiro”, de Niterói, e teria sido uma indicação do PT (Partido dos Trabalhado-res).

■ Secretário de AgriculturaJosé Carlos Fadul Abrantes

Esse nome teria sido indi-cado pelo vereador Chico Lei-te (PMDB), segundo rola nos bastidores da política local.

■ Secretário de FazendaFrancisco Cruz de Oliveira (Foto)

Foi diretor da Santa Casa e ocupou o mesmo cargo du-rante o governo de Anchite.

■ Secretário de Inovação e Tecnologia da InformaçãoRonald Anchite (Foto)

É sobrinho do ex-prefeito Zé Luiz e já havia sido “agra-ciado” com a função no go-verno do Tio.

■ Secretária de SaúdeSheila Rodrigues

Uma das “forasteiras” do staff de Maércio, Sheila for-mou-se enfermeira em Juiz de Fora (MG), é professora

universitária em Barra Man-sa e funcionária da prefeitu-ra de Volta Redonda. Antes de ser nomeada, era uma ilustre desconhecida em Barra do Piraí.

■ Sec. de Serviços PúblicosAntônio dos Santos Filho

Outro sobrevivente da Era Anchite.

■ Secretário de ObrasWalace Nóbrega Fonseca

Anônimo.

■ Secretário de Trabalho e Desenvolvimento EconômicoRoberto Monzo Filho (Foto)

É um velho conhecido da população barrense, respon-sável pela implementação do projeto “Luz, Câmera, Educação!”, um dos maiores sucessos da gestão de Zé Luiz.

■ Secretário de Cidadania e Ordem PúblicaAntônio Carlos Elias, o Bitu (Foto)

É jornalista, proprietário da marca “Correio da Barra”, que foi um dos jornais mais tradicionais do município. Bitu era considerado um dos secretários mais polêmicos (e odiados pela população) de Zé Luiz, e deverá conti-nuar ostentando o posto no governo de Maércio.

■ Sec de Turismo e CulturaRosangela Abbud

Um doce para quem acer-tar. Isso mesmo: remanes-cente do secretariado de Zé Luiz.

■ Secretário de EducaçãoCarlos Roberto Ferreira, o Gulô

Professor e diretor do CAP (Colégio de Aplicação) do UGB (Centro Universitário Geraldo di Biase), Gulô é presidente do Central Sport Club. Não pode ser conside-rado completamente uma novidade, já que ocupou a titularidade da mesma se-cretaria no governo do então prefeito Heitor Favieri.

■ Sec. de Meio AmbienteMadalena Sofi a Ávila Cardoso (Foto)

Outra que é “mais do mes-mo”. Também é “sobra” do governo de Zé Luiz.

■ Assistência SocialRosemar Benice

Sai a ex-primeira dama, Thelma Anchite, e entra Rose Benice, até então uma ilustre desconhecida.

■ Diretor de Água e EsgotoAdalberto de Oliveira

Mesmo envolto em polê-micas, devido à falta d’água constante que assola vários bairros do município, Adal-berto foi mantido no cargo.

■ Diretor do Fundo de Pre-sidênciaRoberto Bichara

Acertou quem disse que é o mesmo de Zé Luiz.

■ Procurador do MunicípioHeitor Favieri (Foto)

O ex-prefeito é um dos po-líticos mais tradicionais do município barrense. Entra governo e sai governo, e lá permanece ele, intacto em sua cadeira no Palácio 10 de Março.

■ Controlador Geral do MunicípioCarlos Henrique Mattos

Sec. de Meio AmbienteMadalena Sofi a Á. Cardoso

Procurador do MunicípioHeitor Favieri

Fotos: Reprodução/Internet

Page 4: Jornal A Voz do Povo ed 07 de 05 de Janeiro de 2013

4. Sábado - 05 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comPOLÍTICAUNANIMIDADE ■ PMDB sofre derrota e Pastor Monteiro é eleito presidente da Câmara

Vitória com sabor de melFELIPPE CAROTTA

BARRA DO PIRAÍ[email protected]

Em sua edição 06, que chegou às bancas no último sábado, 29, a VOZ adian-tou com exclusividade que o PMDB sofreria uma der-rota histórica na disputa pela presidência da Câmara Municipal. E foi exatamente isso que aconteceu: em ce-rimônia realizada na tarde de terça-feira, 1º, o candi-dato do partido à presidên-cia da Casa, Gustavo Guy, perdeu o posto para Pastor Monteiro de Jesus (PRB), eleito chefe do Legislativo por unanimidade. O evento, realizado nas dependências do Central Sport Club, mar-cou, ainda, a posse dos 15 vereadores e a primeira der-rapada do prefeito Maércio de Almeida (PMDB), já que Guy era apoiado por ele.

A solenidade foi presidida pelo parlamentar mais vo-tado nas últimas eleições, ou seja, Pedro Fernando de Souza, o Pedrinho ADL (PRB). Após a posse de to-dos os vereadores, foi o re-publicano quem convocou a votação que culminaria com a vitória de Pastor Monteiro, por 15 votos a zero.

Detalhe: Guy nem sequer conseguiu registrar sua can-didatura ao cargo, já que não reuniu o número míni-mo de membros para legiti-

mar a chapa que pretendia encabeçar. Tem mais. O peemedebista declarou seu voto em Monteiro com a voz embargada, expressando em lágrimas o sabor amargo da derrota.

Depois de eleito presiden-te da Câmara, o presidente municipal do PRB assumiu a palavra, enaltecendo, en-tre outras, duas fi guras às quais ele se referiu como grandes parceiros: o ex-pre-sidente da Casa, Luiz Rober-to Coutinho, o Tostão (PP), e o ex-vereador Mario Esteves (PRB) – ambos candidatos à majoritária nas eleições passadas.

“Primeiramente, agradeço a todos os vereadores que depositaram confi ança em mim. Faço um agradecimen-to especial ao Pedrinho ADL, que, durante todo o período de fi m de ano, se esforçou preparando esta linda sole-nidade. Foi um evento espe-tacular. Aos funcionários da Câmara, o meu sincero obri-gado, já que muitos deles, mesmo de folga, se disponi-bilizaram a ajudar na organi-zação. E é claro que eu não poderia me esquecer dos amigos Tostão e Mario Es-teves, que nos apoiaram em tudo, absolutamente tudo”, discursou.

Durante sua fala, Montei-ro frisou que sua gestão à frente do Legislativo, no biê-nio 2012/2014, será marca-

da pela parceria com todas as esferas que compõem o poder, bem como com o Exe-cutivo.

“Não existem vaidades pessoais da minha parte, e não me considero chefe da Câmara. Queremos gover-nar em parceria com todos os parlamentares, dos fun-cionários, sempre pensando num bem maior, que está acima de tudo, que é o da população. Somos servos do povo, e isso é soberano”, disse.

Relacionamento com Maércio

Após a cerimônia que culminou com a sua vitória, Pastor Monteiro concedeu uma entrevista exclusiva à VOZ. Ele iniciou tocando num ponto polêmico e dizen-do que, mesmo sendo presi-dente municipal de um parti-do que não compõe a base aliada de Maércio, sua atua-ção na liderança na Câmara não será “irresponsável a ponto de arrochar” a admi-nistração do peemedebista.

“Não faremos oposição sistemática, até porque o presidente da Câmara não pode nem deve infl uenciar na decisão dos vereadores. E acredito que nenhum dos membros da Casa colocará em risco o bem da popula-ção apenas para fazer opo-sição ao prefeito. Esse tipo

Luzes que se apagampor professor e ex-vereador Heraldo Bichara

“Para que chorar, o que passou, lamentar perdidas ilusões”, e por aí vai esta maravilhosa canção de quem guardo muitas sau-dades, e espero que nosso ex-prefeito (José Luís Anchi-te) siga o que ela tem no seu conteúdo. Cumpriu sua mis-são, embora o público não tenha tomado conhecimen-to de sua choradeira nos primeiros anos de governo, cuja tônica era falar mal do Dr. Baltazar o tempo todo. Aonde ia, o discurso era o mesmo, com críticas ácidas, e posso testemunhar porque no Clube de Serviço do qual faço parte, e hoje ocupo a Presidência, S.Exa. com-pareceu a uma de nossas reuniões, e isto consta em ata, reafi rmando que nunca mais seria candidato a nada, quem lhe deu o voto, jamais repetiria tal ato, pois estava decepcionado com a falta de condições para administrar uma cidade tão pobre em matéria de grana, a penúlti-ma do ranking de arrecada-ção no Estado.

Chorou, e só não me co-moveu porque criticou o Dr.Baltazar de tal forma in-delicada, esquecendo-se de naquele local três membros, inclusive eu, fi zeram parte do governo. O tempo passou, e como disse anteriormente em artigos publicados num outro jornal para o qual es-crevia, e não pude mais continuar a fazê-lo por de-sagradar as recomendações de poupar S.Exa., em virtude de interesses fi nanceiros e políticos, ele ouviu-me, e participou daquela famosa pajelança com velas de ma-cumba já utilizadas, charu-tos, pinga de dois reais, res-tos de frango (pescoço, pés), muita farofa etc, e com isto conseguiu ser atendido pelo governador, através do vice, que lhe disse: “Encosta tua cabecinha no meu ombro e chora”. Ele chorou, e ganhou R$ 150 milhões para fazer a festa na cidade.

Surgiram revitalizações de praças e jardins, asfal-

tos, ponte nova, Mercado Municipal ressuscitado com produtos nacionais, shows com artistas de ponta, gra-tuitos na exposição, enfi m, tudo que o povo gosta de ver. Esqueceu-se da Saúde, e lutei como um desespera-do, através de meus artigos, para a reabertura da UTI da Santa Casa, lembram-se? Gente que nunca morreu foi para outra dimensão, deixando-nos uma profunda tristeza. Ocorreram enchen-tes por falta de prevenção que também alertei. Escolas cujas reformas nunca termi-nam, vide aquela do Parque São Joaquim, cujos alunos estão estudando na Faetec, e a creche próxima à ponte do Royal, há três anos sen-do reconstruída a passos de cágado.

S.Exa. ignorou o trânsito caótico e não pensou numa nova rodoviária fora do cen-tro da cidade e que sugeri ser no Belvedere, com ôni-bus circulares. O centro ner-voso com uma quantidade enorme de veículos, esque-cido, com a Guarda Munici-pal preocupada em multar aqueles mal estacionados. E os empregos, só agora, no ano eleitoral, anunciados com estardalhaço, mas que só vendo para crer.

Enfi m, o prefeito concluiu seu mandato elegendo o sucessor, apesar de tantas falhas que o povo ignorou. Parabéns. Torço para que o novo prefeito atente para estas questões, não se es-quecendo dos servidores, do Plano de Cargos, e que faça uma administração efi -ciente. Ele conhece bem a cidade. Só lamento que em nome da tal continuidade, tenha efetuado pouquíssi-mas mudanças no secreta-riado. Esperava caras novas, com ideias renovadoras, pois o tempo desgasta mui-to a imagem e o ímpeto do administrador. Ficarei ob-servando para opinar mais adiante. Até lá, um Feliz 2013 e que Deus abençoe esta terra tão hospitaleira!

de imaturidade nunca acon-teceu, e não acho que será realidade agora”, analisou.

Ainda sobre esse assunto, o republicano garantiu que não medirá esforços para manter a coerência entre os poderes. “Torço e vou me empenhar para que o rela-cionamento entre Legislati-vo e Executivo seja marcado pela harmonia e pelo respei-to, principalmente porque o Maércio tem uma larga ex-periência na Casa. Ele sabe que o vereador é o cartão de visita da população, e que é fundamental uma parceria entre o prefeito e eles, sem-pre visando o bem da comu-nidade”, salientou.

O presidente da Câmara encerrou a entrevista reve-lando planos para melhorar as estruturas do prédio que, hoje, abriga as atividades do Legislativo. “Nossa ideia é fazer uma consulta ao TCE-RJ (Tribunal de Contas do Rio de Janeiro), explican-do ao órgão a importância de termos uma estrutura melhor e mais ampla para acomodar os vereadores com dignidade. Cada um dos legisladores precisa de condições para atender a população da melhor manei-ra possível, e o espaço hoje disponível não representa isso. Já temos locais em mente, mas ainda é prema-turo dar maiores detalhes”, fi nalizou.

Procurados na tarde de quarta-feira, 2, para co-mentar a vitória do gru-po político do qual fazem parte, os ex-vereadores Mario Esteves (PRB) e Luiz Roberto Coutinho, o Tostão (PP), demons-traram-se felizes com a eleição de Pastor Montei-ro para a presidência da Câmara. Como se sabe, ambos foram decisivos para que o feito fosse alcançado – 11 dos 15 parlamentares eleitos fa-ziam parte da coligação encabeçada por Mario nas eleições passadas, grifo nosso.

“Fiquei muito satisfei-to pelo meu partido e pelo grupo, mas, acima

de tudo, pela população, que terá um homem sé-rio e comprometido com o bem da coletividade ocu-pando a liderança do Le-gislativo. Foi uma disputa que não envolveu egos ou vaidades pessoais, e na qual colocamos o nosso coração, sempre visando o melhor para a cidade”, declarou Esteves.

O ex-vereador aprovei-tou a ocasião para fazer alguns agradecimentos: “Agradeço a cada um dos colegas que permanece-ram fiéis ao nosso propó-sito de fazerem de Barra do Piraí a cidade em que todos sonhamos viver, e, assim, ficaram firmes no grupo. São eles: Thiago

Soares (PRB), Pedrinho ADL (PRB), Rafael Couto (PR), Pastor Brum (PR), Gerê (PSDC), Magiole (PSDC), Tim (PRP), Joel Ti-noco (PP) e, é claro, Pas-tor Monteiro”.

Ex-presidente da Câma-ra, Tostão endossou as pa-lavras de Mario Esteves. “A vitória não foi nossa ou de um grupo político, mas, sim, da população barren-se. Pastor Monteiro está em seu quarto mandato e conhece profundamente a realidade das comuni-dades, o que lhe creden-cia para ser o presidente do povo. Sem dúvidas, é o nome mais preparado, hoje, para ocupar o car-go”, comentou.

Tostão e Mario Esteves afi rmam que a população foi quem ganhou com a vitória de Pastor Monteiro

Divulgação

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Presidente: Pastor Monteiro promete ‘paz e amor’ no re-lacionamento com Maércio

Page 5: Jornal A Voz do Povo ed 07 de 05 de Janeiro de 2013

.5Sábado - 05 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com COMUNIDADE

A Voz das Comunidadespor Federação das Associações de Moradores

Fechado o período das eleições, com a posse do prefeito e dos 15 vereado-res que compõem a Câmara Municipal, a situação fi cou defi nida. De um lado o Exe-cutivo, e do outro o Legis-lativo, onde prevaleceu o bom censo dos vereadores eleitos que opinaram pela eleição da comissão execu-tiva toda oriunda do grupo de sustentação do ex-candi-dato a prefeito, Mario Este-ves (PRB), que se fortaleceu com a eleição da chapa en-cabeçada pelo Pastor Mon-teiro de Jesus – Presidente, Pastor Brum – Primeiro Vi-ce-Presidente, Joel Tinoco – Segundo Vice-Presidente, Tiago Soares – Terceiro Vice-Presidente, Pedrinho ADL – Primeiro Secretário, e Rafael Couto – Segundo Secretário.

A festividade se deu na sede do Central Sport Clu-be, onde aproximadamente 600 pessoas prestigiaram o evento que foi realizado, com grande pompa. O ve-reador Monteiro de Jesus,

que esperava ter nove votos, acabou obtendo a totalidade dos votos, ou seja, 15, por isto foi eleito com a maioria absoluta, saindo assim mui-to à vontade para trabalhar no Legislativo em benefício da população do município e fortifi car sua possível can-didatura a deputado federal nas eleições de 2014, tendo a seu lado Mário Esteves, já que há possibilidades de o ex-vereador ser candidato a deputado estadual, forman-do, assim, a composição política que nossa cidade precisa para se desenvolver.

A Famor/BP (Federação das Associações de Morado-res de Barra do Piraí) deseja saudar os novos dirigentes do Legislativo, rogando a Deus que ilumine a todos para que possam trilhar no caminho do progresso e do desenvolvimento sustentá-vel que tanto precisamos para alcançarmos um pa-drão de vida compatível e condizente com a nossa po-pulação.

A SECO ■ Moradores da Ponte Vermelha fazem boneco em forma de protesto por mais de duas semanas sem água

Tomar banho? Nem posso!

BARRA DO PIRAÍ[email protected]

Quem nunca viu passan-tes sentados nos bancos da Praça Nilo Peçanha, no Centro, admirando o subir e descer da água do chafariz? Pois é essa mesma abun-dância de água que morado-res de alguns bairros gosta-riam de poder ver em suas casas.

A falta de água nos bairros do município já parece até estação: todo o ano tem. O pior é que parece estar fi -cando insuportável conviver com a falta que o ‘líquido sagrado’ faz. Não é para me-nos, pois se trata de um dos bens essenciais para a vida do cotidiano e para executar tarefas essenciais, como to-mar banho, cozinhar, beber, limpar etc.

O colapso no abasteci-mento está tão grave que em algumas localidades a comunidade está tentando chamar a atenção do poder público municipal. É o caso de moradores do bairro Pon-te Vermelha, que, há mais de suas semanas sem água, resolveram botar a ‘boca no mundo’, pra ver se a prefei-tura se mexe e faz alguma coisa.

Indignados, eles bolaram um protesto bastante elu-cidativo: colocaram um bo-neco que segura garrafas de água vazias nos braços, sentado numa cadeira mes-mo, ao lado de um ponto de ônibus na comunidade. Por cima da alegoria, uma placa com a inscrição “Quem é o culpado? Maércio ou Zé? 14

dias sem água”. Até a tarde de anteontem, 3, a fi gura permanecia no local, e o nú-mero já havia sido rasurado para 16.

A foto do manifesto foi tirada pela internauta Ro-sângela Ferreira Santos, que, após postá-la no Fa-cebook, questionou: “Esse boneco é do bairro Ponte Vermelha. Eu estava pas-sando e achei interessan-te, daí tirei a foto. Acho intrigante (a falta d’água), pois, diante do milionário investimento feito no setor, como pode a cidade estar sem água?”.

Procurada pela VOZ para autorizar a publicação da imagem, Rosângela não só autorizou como ainda deu seu pitaco sobre a si-tuação. “Acho que cabe a nós (povo) colocar a boca no mundo, e ao Ministério Público investigar o investi-mento do governo que está sendo feito”, opinou. Ela aproveitou também para agradecer pela entrevista e pelo jornal divulgar a in-dignação do povo barrense, “pois parece que suas vo-zes não estão sendo ouvi-das num poço sem fundo” – e sem água, grifo nosso.

A equipe de reportagem da VOZ bem que tentou ouvir alguns moradores da Ponte Vermelha, indo até o bairro, na manhã de anteontem, 3. No entanto, populares demonstraram-se temerosos em comentar abertamente a problemáti-ca, receosos por sofrerem quaisquer represálias por parte das autoridades.

Poço (de paciência) vazio

A precariedade no abas-tecimento se tornou tão deprimente que moradores estão chegando ao ponto de suprimir suas vidas em prol da falta de água. Foi o que aconteceu com uma mora-dora da Muqueca, que não quis se identifi car.

“Queria ter ido ao show do Latino (realizado na quinta-feira, 27) com a minha famí-lia no dia da festa de Natal, mas, já estamos há mais de duas semanas sem água, e não podemos tomar banho nem fazer nossas tarefas. Estamos tão desesperados que se continuar assim vou no Centro com minha família tomar banho no chafariz e lavar a roupa. Não há condi-ções”, desabafou a mulher, pedindo socorro.

O mesmo acontece nas chuvas de Verão que têm sido intensas nos últimos dias e têm causado alguns transtornos para a popula-ção. E, ao que parece, como diz Vanessa da Mata em uma de suas músicas, “O que a gente precisa é tomar um banho de chuva”, porque o bicho parece estar pegan-do em bairros que já estão sem água há quase um mês, e nem uma gota de esperan-ça de ela voltar.

Mais apelos

A falta d’água subiu o mor-ro e chegou ao bairro Caixa D’água Velha. Pelo menos foi isso o que informou a internauta Sullamyta Vieira, através de mensagem en-

viada, online, para a equipe da VOZ. Em seu comunida-de, a jovem apela para que o jornal divulgue a situação e, assim, tente ajudar a co-munidade.

“Nós, moradores da Caixa D’Água Velha, pedimos so-corro, pois estamos há dias sem água. O abastecimento funciona um dia e fi ca três paralisado. Estamos deses-perados”, relatou a moça.

Segundo populares, exis-tem bairros que estão sendo afetados pela falta de água e não é uma coisa de ho-ras nem dias, mas, sim, de semanas, como a Rua Cris-tiano Otoni (Centro), Areal, Boa Sorte, Ponte Vermelha, Muqueca, Maracanã etc.

Outro internauta, Saulo Silva Pegas, também regis-trou seu lamento na página ofi cial da VOZ no Facebook. “Não está caindo água no Centro”, escreveu.

Ainda na mesma linha de pensamento, há quem peça que as autoridades compe-tentes ouçam seu grito de socorro, como fez Luiz Felipe de Paula, na manhã de quar-ta-feira, 2. “Primeiro dia de trabalho do nosso querido prefeito Maércio De Almeida, e a falta d´água só está au-mentando, já chegou até no Centro! Que vergonha!”.

NOTA DA REDAÇÃO: Na tarde de anteontem, 3, o diretor municipal de Água e Esgoto, Adalberto de Olivei-ra, foi procurado para co-mentar o assunto. Porém, ele não atendeu o celular – e olha que a equipe da VOZ tentou ligar diversas vezes.

Leitora: Rosângela Ferreira Santos

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Protesto: Boneco parece simbolizar o prefeito Maércio de Almeida, que supostamente está enfrentando o problema tal e qual a sua réplica, sentado e de braços cruzados

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6. Sábado - 05 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comCAPATRANSPORTE ■ Pelo nono ano consecutivo, preço da passagem em ônibus municipais é reajustado; usuários fi cam indignados com aumento

Roleta RussaCAROLINA ARAÚJO

BARRA DO PIRAÍ[email protected]

Rodar a roleta do ônibus é o pão de cada dia para mi-lhares de pessoas no municí-pio. Isso porque muitos cida-dãos têm os coletivos como o meio de transporte mais viável e tangível para chega-rem ao Centro, aos bairros e a outras cidades, sem se preocupar em dirigir e com o desgaste, ou mesmo para quem não tem outra solução para se locomover.

Mas rodar a roleta está fi -cando cada vez mais caro e a carteira dos passageiros está quase gritando por so-corro, principalmente para aqueles que precisam dos transportes públicos todos os dias. Pior. Essa situação não é de hoje, nem é um grito novo. Segundo informa-ções apuradas, 2013 é pelo menos o nono ano conse-cutivo em que o acesso aos ônibus sofre alterações de preço, e sempre para mais caro – como é óbvio, grifo nosso.

Desde a madrugada de quarta-feira, 2, o valor da tarifa nos ônibus municipais da Viação Santa Luzia subiu de R$ 2,25 para R$ 2,35, algo em torno de 10% – a empresa é a responsável pelos carros que circulam em bairros como Chalet, Guararema, Santanésia, além de passarem na entra-da de outros tantos, como Maracanã, Muqueca, Ponte Vermelha, Parque Santana etc, grifo nosso.

Se você, leitor, já está roxo de raiva, pode fi car sentado que ainda vem mais por aí. Seguindo a linha de racio-cínio que vigorou em anos anteriores, o preço da pas-sagem nos ônibus da Viação Santo Antonio (responsável por linhas que cobrem São Luiz, Ofi cinas Velhas, Lago Azul, Vila Helena, Boca do Mato etc) também deverá aumentar. Especula-se que o reajuste será em torno de R$

0,20, o que deverá elevar a tarifa atual de R$ 2,65 para R$ 2,85. E é só uma questão de tempo para que o reajuste se estenda, ainda, aos coleti-vos intermunicipais, como é o caso da Viação Aparecida, que liga Barra do Piraí a Volta Redonda.

Revolta generalizada

Para ver de perto a indig-nação dos passageiros em relação ao reajuste dos pre-ços das passagens, a equi-pe da VOZ se dirigiu ao pri-nicipal ponto dos ônibus da Viação Santa Luzia, no Cen-tro. Lá, encontrou uma mo-radora do bairro Maracanã, que está desempregada. Ela topou dar entrevista, mas, temendo ser censurada nos coletivos, pediu para não ser identifi cada.

“Não tenho condições de vir no Centro da cidade todos os dias. Acho um absurdo ser uma viagem tão rápida e ser tão cara. Quando tenho assuntos muito importantes, venho de ônibus mesmo, porque não tenho outra op-ção, mas de resto preferia vir a pé do que gastar mais de R$ 5 por dia numa viagem. Com esse dinheiro, daria pra comprar uma refeição, é inadmissível”, relatou, re-voltada, enquanto mexia na carteira, procurando as moe-das para pagar a passagem. “Para quem está desempre-gado como eu, então, pior ainda, porque não ganho para pagar passagem todos os dias de ida e volta”, com-pletou.

Sorrindo, a moradora do Maracanã ainda brincou: “Vai sair no jornal? Se sim, peçam para ‘eles’ baixarem o preço”, concluiu, indo em direção ao coletivo que a le-varia até seu bairro.

Enquanto a simpática se-nhora rodava a roleta e paga-va (com dor no bolso) o preço da passagem, outra desem-pregada, Márcia Teixeira, estava encostada na parede, se debatendo com o vento e

o seu vestido esvoaçante.“Eu tenho que vir para o

Centro todos os dias, e não há necessidade de aumentar a passagem todos os anos assim. Eu pago caro numa só viagem e acho muito caro para alguém na minha situa-ção”, desabafou. “O (antigo) prefeito não conseguiu libe-rar a tarifa de R$ 1, como tem em Piraí. Então, era pre-ferível fazer algo como um cartão de viagens, um des-conto para desempregados e estudantes, não sei, algu-ma coisa que nos ajudasse”, continuou Márcia.

O que não faltou foi gente querendo colocar a ‘boca no mundo’ por causa do preço das passagens. Morador da Muqueca, Rodrigo Marques Oliveira Silva foi abordado e disparou que prefere ir ao Centro de bicicleta, ao invés de pagar pra viajar de ôni-bus.

“É uma vergonha andar tão pouco e pagar tanto. A minha necessidade de vir para o Centro é diária, por isso optei pela bicicleta. É mais econômico, não tenho que esperar, tenho o meu próprio horário e demoro ainda menos a chegar que de ônibus. Apesar de não ser muito confortável e um pouco mais perigoso, prefi ro correr esse ‘risco’ do que ter que pagar tanto para andar meia dúzia de passos”, argu-mentou.

Por de trás de Rodrigo, na mesma calçada, ouviam-se vozes altas de idosos que conversavam sobre histó-rias da vida. Quando tam-bém questionados sobre o aumento do valor da pas-sagem, um deles retorquiu. “Nós não nos preocupamos com isso, a vantagem de ser idoso é essa mesma, não pago passagem, por isso não me preocupo”, declarou, en-tre risos. Sorte a sua.

A palavra dos empresários

Como não existe ninguém melhor para falar sobre o

assunto do que os proprietá-rios das viações, a equipe de reportagem da VOZ foi atrás deles. Na tarde de quarta-feira, 2, o responsável pelas empresas Santa Luzia e J.C. Guimarães, Mauro José da Silva, comentou o caso.

“A verdade é que quem de-creta os ajustes nos valores das passagens é o estado. Todos os meses fazemos uma planilha dos gastos que os ônibus demandam, como gasolina, óleo, pneus e todo o tipo de manutenção necessária. Se esses gastos aumentam, as passagens seguem o mesmo ritmo, é algo que não está somente em nosso controle”, argu-mentou.

Já o empresário Rafael Vilar, que responde pela Viação Santo Antonio, foi procurado na tarde de an-teontem, 3. Secamente, ele respondeu: “Não tenho nada a falar a respeito do assun-to, porque a passagens dos nossos ônibus não sofreram reajuste”. Ainda, né?

Para muita gente, o agra-vante de aumentar as pas-sagens é a não melhoria da qualidade dos ônibus que, segundo relatos de usuários, vivem “quebrando”, não são confortáveis, vão superlota-dos por vezes, atrasam, além de os motoristas suposta-mente não serem os amores de pessoas que aparentam.

A fi scalização quanto a esses fatores é feita pelo Demutran (Departamento Municipal de Transito), órgão subordinado à Secretaria de Ordem Pública. Também pro-curado para dar seu pitaco sobre a polêmica envolven-do os coletivos, o chefe da pasta, Antonio Carlos Elias, o Bitu, empurrou a responsabi-lidade para outrem.

“Nós não temos nada a ver com o aumento do valor das passagens, isso é algo de responsabilidade estadu-al. Nós fi scalizamos, sim, e a culpa dos ônibus chegarem atrasados é do trânsito, não dos motoristas”, decretou.

Como manda o fi gurino, o prefeito Maércio de Almei-da (PMDB) foi procurado, na tarde de quarta-feira, 2, para dar o ar da graça nessa matéria sobre o rea-juste nas tarifas de ônibus municipais. Ao contrário de seu antecessor, que era um verdadeiro gentleman com a imprensa, o atual chefe do Executivo supreendeu ao destratar a repórter da VOZ, negando-se veemen-temente a comantar o as-sunto.

Ao atender a ligação, Maércio alegou que já teria falado com “um rapaz mais cedo”. Depois disso, sim-plesmente bateo o telefone na cara da jornalista, sem nem ao menos agradecer ou dar um boa tarde. Após ser divulgado nas redes sociais, o caso repercutiu,

dando pano pras mangas entre os internautas, que se desfi zeram em comentá-rios criticando a postura do prefeito, na página ofi cial da VOZ no Facebook.

“Vai vendo aí, o povo tem o governante que merece. Votaram, agora, aguentem sem reclamar”, escreveu a usuária Solange Maria Cae-tano, sendo endossada por Lilian Fernandes: “O povo cantava com tanto orgulho nas ruas Maércio na pre-feitura, e por que está re-clamando agora? Tem que continuar com esse orgu-lho, não pode reclamar. Fez a burrada, agora, aguenta”.

Outro internauta, iden-tifi cado como ‘Marcio do Senai’, postou: “Indignado sim, surpreso não. Olhem a resposta do prefeito à re-pórter”.

Maércio se nega a falar sobre tarifa dos ônibus e desliga o telefone na

cara de repórter da VOZ

Carolina Araújo

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Olho da Cara: Passageiros dizem temer que suas carteiras fi quem ‘cegas’ de tanto serem ‘perfuradas’ pelo aumento

do preço da passagem

Page 7: Jornal A Voz do Povo ed 07 de 05 de Janeiro de 2013

.7Sábado - 05 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com CAPA

Caiu como uma bomba en-tre os internautas a notícia de que o preço da passagem nos ônibus da Viação Santa Luzia foi reajustado de R$ 2,25 para R$ 2,35. O fato, divulgado em primeiríssima mão pela VOZ no Facebook, na tarde de quarta-feira, 2, foi alvo de co-mentários ácidos por parte de dezenas de usuários da rede. Menos de uma hora depois de ser publicada, a notícia já tinha sido compartilhada por mais de 60 pessoas, número que já havia saltado para mais de 200, até o fechamento desta edição.

Revoltados, os internautas lançaram um abaixo-assinado online, como forma de protes-to. Até a tarde de ontem, 4, o documento já contava com aproximadamente 400 ‘assi-naturas’ – e isso em pouco mais de 48 horas, grifo nos-so. O jovem Giovanni Mannari-no, um dos integrantes do gru-po ‘Prelúdio’, responsável pela iniciativa, explicou o objetivo do manifesto.

“Nosso intuito é protestar contra o aumento do valor da passagem do transporte co-letivo em Barra do Piraí. Um serviço que recebe uma série de críticas por parte da popu-

lação, relacionadas a sua má qualidade, não pode ser au-torizado pelo poder público a aumentar sua tarifa”, publicou.

O usuário segue argumen-tando sobre o porquê do mo-vimento nas redes sociais: “Veículos em péssimas condi-ções, longos períodos de es-pera nos pontos, superlotação e o preço, que já é alto, são alguns dos problemas enfren-tados pelo cidadão barrense. Exigimos que o aumento seja suspenso e que a prefeitura convoque uma Audiência Pú-blica para dialogar com a po-pulação sobre a questão dos transportes”.

Tem mais. Não dá pra con-tar nos dedos a quantidade de internautas que manifestou revolta em seus comentários na página ofi cial da VOZ no Facebook. Uma delas foi a estudante Pâmela Andrade. “Pagamos caro, para ter um péssimo serviço. A gente fi ca mais de meia hora esperando no ponto, e os ônibus são mal conservados. Sem contar os estudantes universitários, que não têm nenhum benefício. Outras cidades, como Volta Redonda, oferecem à classe meia passagem, aqui é uma vergonha mesmo”, postou.

A técnica em química, Stéfa-ny Freitas, também não deixou barato. “Acho uma vergonha (o aumento). Tem motorista do meu bairro que mata horário toda vez que está na linha. Dia desses, bati boca com ele e falei na cara que ele não cum-pre horário todo dia, e ele fi cou bravinho. Pior é que os fi scais não veem isso”, escreveu a moça.

Ah, uma última informa-ção. A quem interessar pos-sa, o abaixo-assinado está disponível no seguinte en-dereço eletrônico: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2013N34095.

NOTA DA REDAÇÃO: Vale frisar que, na tarde de quarta-feira, 2, o prefeito Maércio de Almeida (PMDB) foi procurado pela equipe de reportagem da VOZ para comentar o assunto. Porém, o chefe do Executivo foi extremamente deselegante ao telefone, batendo o telefo-ne na cara de uma jornalista. A VOZ lamenta o ocorrido, pois, ao fazer isso, o prefeito sone-gou da população o direito a pelo menos uma satisfação. O jornal repudia a atitude do prefeito e deixa uma dica: está stressado? Vai pescar.

Indignados, internautas pressionam prefeitura para que reajuste seja suspenso e prometem ir às ruas protestar

Reprodução/Internet

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União: Internautas aderem a abaixo-assinado e prometem fazer barulho para que o reajuste seja suspenso

Page 8: Jornal A Voz do Povo ed 07 de 05 de Janeiro de 2013

8. Sábado - 05 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comVARIEDADES

Vai encarar?A gata, ou melhor, o mo-

numento que preenche a seção “Prazer” desta sema-na é ninguém menos do que Jamila Sandora, a Musa do Vasco da Gama. A jovem é natural de Mendes, mas, atualmente, desfi la todo seu charme e sensualidade na Cidade Maravilhosa.

Em 2012, Jamila foi uma das candidatas mais “cur-tidas” do concurso “Musa do Brasileirão”, sendo con-siderada pela maioria dos cuecas de plantão como

uma verdadeira Seleção, um patrimônio do público masculino.

A loira poderosérrima é capaz de deixar qualquer marmanjo de quatro por ela. As fotos publicadas a seguir fazem parte de um ensaio que compõe o arqui-vo pessoal dessa mulher que, a qualquer momento, pode parar o trânsito. Se você, leitor, vai encarar, é bom que aprecie com mo-deração, afi nal, guenta co-ração com tamanha beleza!

Palavra de Ânimopor pastor Rogério Marques

Jeremias 29:11“Eu é que sei que pensamen-

tos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais”.

Apesar de estar sempre em pecado, ou seja, violando as leis de Deus, o ser humano continua tendo valor inestimável diante do Todo Poderoso. O ser huma-no representa a mais sublime e melhor das criaturas de Deus, pois foi criado à sua imagem e intencionalmente para viver na eternidade em plenitude de paz. Preste atenção na reflexão a se-guir.

O Nosso Valor para Deus

Numa sala, com 200 pesso-as, um famoso palestrante co-meçou um seminário segurando uma nota de 100 reais. Ele per-guntou: “Quem quer esta nota de 100 reais? Mãos começaram a se erguer.

Ele disse: Eu darei esta nota a um de vocês, mas, primeiro, deixem-me fazer isto! Então ele amassou a nota. E perguntou, outra vez: Quem ainda quer esta nota? As mãos continuaram er-guidas. Bom - ele disse - e seu fizer isto?

E ele deixou a nota cair no chão e começou a pisá-la e es-fregá-la. Depois pegou a nota, agora imunda e amassada, e

perguntou: E agora? Quem ainda quer esta nota? Todas as mãos permaneceram erguidas.

Caro leitor, veja o que Jesus fala para nós através desta refle-xão. Não importava o que foi feito com a cédula, se ela foi amassa-da, pisoteada ou se ficou suja, ainda que a nota/cédula tenha passado por tudo isso, ela não perdeu o valor, ela ainda valerá o que vale. Essa situação também se dá conosco.

Muitas vezes, em nossas vi-das, somos amassados, pisotea-dos e ficamos até mesmo sujos, por decisões que tomamos e ou pelas circunstâncias que apa-recem em nossos caminhos. E assim, ficamos nos sentindo desvalorizados, sem importân-cia muitas das vezes diante dos olhos dos homens. Porém, creiam, não importa o que acon-teceu ou o que acontecerá, ja-mais perderemos o nosso valor para Deus.

Quer estejamos sujos, que estejamos limpos, quer amas-sados ou inteiros, nada disso altera a importância que temos. O nosso valor, o preço de nossas vidas não é pelo que fazemos ou sabemos, mas pelo que somos e digo para você caro leitor, somos especiais. Não se esqueça que Jesus te ama, não importa em que situação você está, ele sem-pre estará pronto a lhe estender as mãos e te levantar. Um abraço e até a próxima edição.

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Page 9: Jornal A Voz do Povo ed 07 de 05 de Janeiro de 2013

.9Sábado - 05 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com ESPECIAL

■ Do mais querido

Chegou o ano de fi nal con-testado. O fi nal 13 é de arrepiar quem depende da sorte, man-dinga, Ben 10 e afi ns para não virar empanado no desporto da gorduchinha, mas aos hegemô-nicos estaduais é apenas mais um ano onde vencer tudo pode até ser inimaginável, mas nun-ca deixará de ser lei. A começar pelo estadual sem prestígio mais prestigiado do país, onde não levar o caneco pra casa dá mais B.O que só ocupar espaço no Brasileirão. O Carioca não é apenas um campeonato, mas um torneiozinho num sol ferre-nho em que a nação rubro-negra diz que o time tem por obrigação faturar o caneco sem perrengar.

E vejo a torcida enjoada da sempre lenga-lengueira trágico-midiática notícia que visa alavan-car vendas de jornais e acessos a sites numa época em que não se noticia coisíssima nenhu-ma. A Nação está pra explodir com sondagens que foram de Robinho, passando por Nenê, Vargas, Drogba e Pelé a Saint Seya. Nada mais pé no saco que ver estagiário se lascando na redação dos grandes jornais, enquanto os reis dos charutos tiram férias, e escrevendo qual-quer baboseira pra tentar iludir a magnética ensandecida.

Só pra fechar, dizem os fl a-menguistas que nesse ano, fi nal 13, os botafoguenses estão em

polvorosa. E que se colocar um gato preto amarrado no portão e uma barraca de trevo de quatro folhas logo na entrada de Gene-ral Severiano a torcida alvinegra vai consumir mais que os esto-cadores de mantimentos que se arrasaram mais uma vez numa profetagem fail de fi m do mun-do. Ô rubro-negros, deixem os botafoguenses em paz.

■ Da Guerreirolândia

Que 2013 seja ainda melhor que 2012! Ninguém da terra de Mem de Sá pode ter tanta esperança nesse desejo quanto a torcida do tricolor pioneiro do Brasil. Dono da melhor equipe, maior artilheiro, melhor jogador do estado, maior patrocinador e uma diretoria séria e competen-te, o Fluminense começa o ano na mesma toada que terminou 2012 e na certeza que esse pode sim ser o maior período de 365 da história do clube das Laranjeiras.

Forte no poder de compra e de pulso fi rme não perdeu joga-dores valiosos ao elenco e ape-nas agregou novas peças num ambiente onde todo reforço será bem vindo, afi nal será o único re-presentante carioca na disputa do Caneco-mor da América de Baixo e dessa vez com chances reais de faturar a bagaça like a boss. E é bom não duvidar do Fluminense.

Nem mesmo o mais otimista

ser do eixo Buraco Negro - Via Láctea poderia ao fi nal de 98 afi rmar que um dia veríamos o Fluminense novamente cam-peão Brasileiro da Série A. E não adianta balela de que subiu aju-dado. Certas regalias só cabem a quem tem prestígio, e mesmo nos tempos mais nebulosos o Fluminense nunca o deixou de ter.

Isso sem falar na torcida – a mesma que chegou a deixar o time no bico do corvo com par-tidas onde tinha mais gente em campo que na arquibancada – que desta vez resolveu apoiar e enfi m saiu do abismo onde fi cou por anos sendo encoberta pe-las torcidas do Botafogo, Vasco e Flamengo. Pode parecer que não, mas fora do Rio a torcida do Fluminense era insignifi cante e incapaz de lançar um hit que grudasse na mente das demais torcidas como o “Poeira”, “O Sentimento não para” e “E nin-guém cala” de Flamengo, Vasco e Botafogo respectivamente. Hoje a realidade é outra e quem vem ao Rio enfrentar o Flu sabe que além de um time lutador encontrarão inchas dispostos a cantar os 90 minutos, afi nal como diz o compositor “quem é guerreiro está ligado que guerrei-ro é assim”.

■ Tu és o glorioso

Todo mundo já foi Botafogo por um dia. Não adianta negar,

você pelo menos uma vez na vida quis o Botafogo se dando bem, nem que fosse pra ajudar o seu time mas já. Porém aviso que se a camisa que ostenta não for aquela listrada de bran-co e preto com selo de qualidade Garrincha esse ano será daque-les em que irá fazer mandinga contra o Glorioso.

Possuidor do maior e melhor projeto a médio-longo prazo do Rio de Janeiro, o clube vem es-barrando na maldita sorte (que nunca foi botafoguense) e só por isso ainda não colheu os mere-cidos frutos dos investimentos. A propósito, nem mesmo com tanto dinheiro o Fluminense con-seguiu investir tão bem quanto o Botafogo. O alvinegro investe com sabedoria e visando ter um elenco sustentável, ao contrário do tricolor que vai torrar até o último centavo da já de saída Unimed e quando a galinha dos ovos de ouro morrer...

De Seedorf ao recém-con-tratado Henrique (ex-Sport que é tratado como dúvida, mas é um baita jogador) o Botafogo tem mostrado como atirar sem acertar a água. O holandês vete-rano é irrefutavelmente o maior acerto do futebol brasileiro desde a contratação de Muricy Ramalho pelo São Paulo. Expe-riente, cabeça-feita, sem vícios e profi ssional, Seedorf é tudo que você queria ao seu time,mas só o Botafogo conseguiu.

Num ano de fi nal 13, todos

os olhos se voltarão ao time do Zagallo e do Loco. Dois camisas 13 de assustar muito gato preto e rasgar trevo no meio.

E aos botafoguenses gloriosos que acreditam em superstição (100 em cada 100) o triunfal retorno do Botafogo à liga Metro-politana de Esportes Athleticos deu-se em 1913, nos cinco títu-los Botafoguenses entre 1930 e 1935 foram disputados 113 jogos, no dia 13 de agosto Mar-celinho marcou o milésimo gol do alvinegro pelo Campeonato Brasileiro, na maior arrancada do time em nacionais foram 13 partidas invictas e FOGÃO, O CAMPEÃO tem 13 letras. Feliz 2013!

■ Da Colina

Mais um dos grandes em si-tuação complicada. Junto com seu rival Flamengo o Vasco da Gama passa por um processo de conscientização dos gestores e da torcida, principalmente da torcida que vem se mostrando amadora já faz tempo. Sim, o Vasco é time de massa, tudo no Vasco é maior, tudo explode mais, tudo vende mais. É assim no Corinthians, é assim no Vas-co, é assim no Barcelona. Time grande tem que aprender a con-viver com isso.

Por isso o maior problema do Vasco está na sua massa en-louquecida das arquibancadas. O torcedor cruzmaltino precisa

primeiramente se tratar dessa carência descontrolada. Talvez sejam os maiores dependentes afetivos do Brasil. Já repararam como tudo que pisa em São Ja-nuário, os vascaínos abraçam, amam e adotam para si? Se chega um goleiro é Muralha da Colina, o zagueirão é Mito da Colina, o meia vitorioso é Rei-zinho da Colina,um atacante gringo que nunca viu o Vasco é Demolidor da Colina, o outro que sempre que pode traiu o time é Maestro da Colina e de tantos al-guma coisa da Colina que nunca foram da colina quem sofre são os que de fato são da colina, a torcida.

Juninho, Prass, Felipe são to-dos profi ssionais que defendem o seu vintém. Você pode achar que com R$300 mil por mês dá pra viver bem - e de fato dá -, mas você não precisa manter uma Ferrari, não tem cinco ca-sas casa com IPTU’s faraônicos nem moldou sua vida a um padrão altíssimo. Não adianta achar que eles jogarão de graça por amor ao clube porque não farão. Aliás, nem o maior ferre-nho torcedor faria. Vai viver de quê? De luz?

O melhor a se fazer nesse ano vascaíno é cobrar e apoiar, porque o time vai precisar. E de-pois que tudo estiver resolvido podem ir se tratar, porque essa carência toda não é normal e por causa dela a estátua do Romá-rio está no cai, não cai.

Paulinho Cereais é reeleito presidente da LDBP

Na sexta-feira, 28, acon-teceu a eleição que defi niu a nova mesa diretora da LDBP (Liga Desportiva de Barra do Piraí). E o vitorioso foi... Tchan, tchan, tchan! A Chapa 1, encabeçada pelo atual presidente Paulo Ro-berto Moreira, o Paulinho Cereais, que teve sua reelei-ção garantida para o triênio 2013/2015.

Participaram do pleito os representantes de cinco

clubes do município, sen-do eles: Royal Sport Club, Central Sport Club, América F.C, Brasil F.C e Barra Social Clube. A assembleia eleito-ral foi presidida pelo líder da JJD (Junta Desportiva de Barra do Piraí), Rogério Ben-siman Iunes, e secretariada pelo colunista que vos fala. O placar fi nal da votação foi 3 x 2, consagrando Pauli-nho Cereais para mais um mandato à frente da entida-de. A nova diretoria tomou posse imediatamente após a eleição.

Por Jo Mariano

Por Mauro AredesSHOW DE BOLA TORCEDORA DA SEMANATORCEDORA DA SEMANA

Nome: Thais Leal Alves Cardoso NóbregaIdade: 17Bairro: CentroO que faz da vida: estudanteTime: Time? Não, eu diria AMOR, e o nome, Flamengo!Ser Flamengo é: Amar algo incondicionalmente, ter fé naquilo como uma religião. Um momento marcante com o seu time do coração: Estar no Maraca em 2009, na conquista do hexa.Um momento triste do seu time: o ano de 2012, onde não alcançamos nenhum título, o que não é comum para um time tão grandioso.Um ídolo: Leonardo MouraUm prazer: ver meu time jogar.Uma viagem inesquecível: Quando fui pra Argentina há 1 ano.Hobby: malhar, viajar, sair e internet.Um sonho: Além de ver meu time conquistar um Mundial, quem sabe um dia trabalhar pelo Flamengo?Uma música: “Uma vez Flamengo, sempre Flamengo....”Uma frase: “Na vida é preciso aprender, se colhe ou tem que plantar, é Deus quem aponta a estrela que tem que brilhar!”

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Arquivo Pessoal (Camila Rivello)

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Resultado: Paulinho Cereais vence eleição por 3 x 2

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10. Sábado - 05 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIA

www.avozdopovobp.comPANORAMA

SALÁRIO MÍNIMO ■ Maioria dos trabalhadores só sentirá aumento no fim do mês ou início de fevereiro

Paciência para encher o cofrinho

Agência BrasilPAÍS

O novo salário mínimo de R$ 678, em vigor desde terça-feira, 1º, só terá efei-to na renda do trabalha-dor, na maioria dos casos, no final de janeiro ou em fevereiro, quando efetiva-mente será depositada a quantia referente ao mês de dezembro. A exceção é o trabalhador que recebe o salário em duas parcelas, geralmente depositadas a cada quinzena.

“É importante observar que o salário que será pago é referente ao mês de de-zembro, quando o mínimo era R$ 622. Quem recebe no dia 30 ou no início de cada mês só sentirá a dife-rença quando receber o sa-lário de janeiro”, informou o coordenador de Relações Sindicais do Dieese (De-

partamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), José Silvestre Prado de Oliveira.

O reajuste de 9% foi de-finido com base na Lei n° 12.382, de 25 de fevereiro de 2011. O objetivo do go-verno é valorizar o salário mínimo em longo prazo.

Pela regra, o valor foi de-finido com base na varia-ção do Produto Interno Bru-to (PIB) de 2011, de 2,73%, mais a inflação anual me-dida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Ins-tituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE), estimada em 6,10%.

O novo valor acresce R$ 56 à renda de quem ganha um salário mínimo e gera um impacto estimado nas contas da Previdência So-cial de mais de R$ 12,3 bilhões, em 12 meses. O

aumento representa, se-gundo os cálculos do Die-ese, uma injeção anual de renda na economia de R$ 32,7 bilhões. O departa-mento informou também que o novo valor aumenta-rá a arrecadação tributária em R$ 15,9 bilhões sobre o consumo, na mesma comparação, já que atu-almente 45,5 milhões de pessoas têm rendimento referenciado no salário mí-nimo.

Com o novo valor do sa-lário mínimo fixado em R$ 678, segurados do INSS que recebem até o piso previdenciário terão os benefícios corrigidos na folha de janeiro, que co-meça a ser paga no dia 25 deste mês e vai até o dia 7 de fevereiro. Ao todo, mais de 20 milhões de pessoas terão os benefícios reajus-tados.

PERIGO ■ Todos os dias, cerca de 360 crianças e adolescentes são vítimas de violência no país

Em estado de alertaAgência Brasil

PAÍS

Adolescente agitado, Lu-cas – nome fi ctício, grifo nos-so – fi ca tímido ao mostrar suas mãos. Em uma delas, há uma marca de infância. Mas não é uma marca que nasceu com ele. Ela surgiu quando uma pessoa da famí-lia utilizou um garfo quente para repreendê-lo e o quei-mou. “Até hoje eu tenho (a marca). Nas costas também, mas lá acho que não tenho mais as marcas”, contou ele.

Lucas tem 13 anos. É fi lho adotivo e começou a apanhar “de cinta e de fi o” da mãe e do cunhado depois que o pai morreu. Em vários desses momentos, fugiu para a casa de um amigo para se livrar das agressões. “Tinha vezes em que eu dormia lá”, falou. “Se eu não lavasse a louça, eles (a mãe e um cunhado) me batiam. Se eu não acor-dasse na hora certa, eles me batiam. Aí eu fugi de casa e esse foi um dos motivos que me levaram ao abrigo”, dis-se o adolescente, um entre milhares de exemplos de ví-timas de violência doméstica em todo o país.

Dados divulgados recen-temente pela SDH (Secreta-ria de Direitos Humanos) da Presidência da República mostraram que 77% das de-núncias registradas por meio do Disque 100, entre janeiro e novembro deste ano, são relativas à violência contra crianças e adolescentes, o que corresponde a 120.344 casos relatados. Isso signifi -ca que, por mês, ocorreram 10.940 agressões, o que dá uma média de 364 denún-cias por dia.

Para o presidente da Fun-dação Criança e vice-presi-dente da Comissão Especial da Criança e do Adolescente da OAB (Ordem dos Advoga-dos do Brasil), Ariel de Castro Alves, é difícil deduzir, por es-ses números, se os casos de violência envolvendo crian-ças e adolescentes têm cres-cido ou se as pessoas estão denunciando mais.

“É difícil medir se os casos estão aumentando. Na ver-dade, a sociedade está mui-to mais alerta e mais atuante diante de casos de abusos e de violência contra crianças e adolescentes. Isso é um

fator muito positivo no país nos últimos anos. As pesso-as estão denunciando mais, sendo menos coniventes e omissas”.

Violência em casa

Nenhum dos serviços de denúncia contabiliza quan-tos desses casos registrados referem-se especifi camen-te à violência doméstica. Mas sabe-se que o núme-ro é grande. “Hoje, temos muitas vítimas de violência doméstica. De maus-tratos e de espancamento”, disse Maria Aparecida Azevedo, que coordena as três casas de acolhimento da Fundação Criança, uma organização municipal focada na defesa e na garantia de direitos de crianças e adolescentes.

“Os casos que chegam para nós são de abuso sexu-al, de criança negligenciada e abandonada e de crian-ça queimada e espancada. Essa é a violência doméstica que está vindo para as casas de acolhimento”, explicou Maria Aparecida.

A violência doméstica pode gerar traumas para as crianças e os adolescentes, disse Alves. “Muitas vezes, elas (crianças e adolescen-tes) são vítimas daquelas pessoas em quem confi am, que entendem ser as pes-soas que cuidam delas. Por isso, há difi culdade para assi-milarem uma situação desse tipo. Esse é o trauma maior. A pessoa que tinha que pro-teger é a que acaba violando o direito dessas crianças e adolescentes. Isso gera um trauma, uma desconfi ança permanente com relação aos adultos e difi culdade depois de convivência com outras pessoas. Isso pode, muitas vezes, gerar também prejuí-zo no desenvolvimento edu-cacional”, abordou.

Segundo a diretora técnica adjunta da Fundação Crian-ça, Helen Vivili Santana Car-mona, grande parte dessa violência contra crianças e adolescentes tem como mo-tivação principal o uso de ál-cool ou de drogas pelos pais. “Temos um índice grande de pais com problemas psiquiá-tricos e que fazem uso abu-sivo de álcool, que são gera-dores de violência”, explicou.

Outro fator que contribui

para a violência doméstica contra crianças e adolescen-tes, disse Helen, é a inefi ci-ência do Estado. “A violência doméstica é gerada por uma inefi ciência do Estado. A falta dessa rede de atendimento e de serviços, que contemple a necessidade da família, faz com que essa violência es-teja aí, latente, nas famílias mais vulneráveis”, acrescen-tou.

Pela inefi ciência do Estado, esclareceu Helen, entende-se a falta de uma política habita-cional adequada, falta de po-líticas envolvendo a emprega-bilidade e também questões nas áreas de saúde, educação e até atendimento psicológico precário ou inexistente.

“Essas famílias têm essa difi culdade fi nanceira e isso acaba gerando outros tipos de violência. A questão fi nan-ceira é geradora das demais violências. Já tivemos relatos de mães que tiveram seus fi lhos acolhidos por conta da questão fi nanceira e que acabaram agredindo o fi lho porque ele pediu comida”, contou. “O Estado precisa olhar para essas questões”.

Alves citou outro motiva-dor da violência doméstica. “O que estimula a violência é também a impunidade”, dis-se. Para ele, todos os órgãos que trabalham com a ques-tão envolvendo a defesa dos direitos da criança e do ado-lescente, “desde a denúncia no Disque 100 (federal), pas-sando pelo Conselho Tutelar, pelas delegacias, pelas pro-motorias ou varas especiali-zadas” precisam funcionar e atuar de forma integrada para combater a impunidade.

Lucas vive há cerca de um ano em um abrigo; Lá, ele e a família passam por acom-panhamento médico, psico-lógico, educacional e social. Alguns dos fi ns de semana Lucas passa com a família. “Agora eu não apanho mais”, contou.

A ideia do programa desen-volvido na Fundação Criança é que Lucas volte a viver com a família, agora mais prepa-rada para educá-lo. “A nossa proposta é a de reintegração familiar. Acolhimento não é lu-gar de criança. Ela deve estar no seio familiar, senão bioló-gico, da família extensiva ou até comunitária”, arrematou Helen.

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Indefesas: Crianças e adolescentes são vítimas de 77% dos casos registrados pelo Dis-que 100, segundo dados divulgados pela SDH

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.11Sábado - 05 de Janeiro de 2013 JUNTOS, FAZEMOS HISTÓRIAwww.avozdopovobp.com POLICIAL

HOMICÍDIO ■ Jovem é assassinado a tiros em frente à casa da mãe na Ponte Vermelha; dois suspeitos são presos

À sangue frioBARRA DO PIRAÍ

Dois mil e treze não será um ano lembrado com ale-gria pela família do jovem Fabio Gonçalves Maia, vulgo Fiuba. Isso porque, na terça-feira, 1º, ele foi assassinado friamente, com três tiros, em frente à casa da própria mãe, no bairro Ponte Verme-lha. Segundo informações da polícia, dois suspeitos de envolvimento no crime, Clei-ton Pereira Machado e Bre-no de Paula Reis de Vascon-celos, foram presos. Outros dois suspeitos, Daniel Vitor da Silva e Zalan dos Santos Rodrigues – ambos foram reconhecidos no local, di-zem populares, grifo nosso – conseguiram escapar e, até o fechamento desta edi-ção, não haviam sido captu-rados.

De acordo com fontes ligadas à polícia, os qua-tro suspeitos chegaram ao

local a pé. Não se sabe ao certo quem teria sido o au-tor dos disparos que atingi-ram a vítima. Após serem notifi cados da ocorrência, agentes da PM foram até o bairro, onde colheram maio-res informações com o sar-gento Quintanilha, morador das redondezas.

Uma patámo da 1ª Com-panhia do Batalhão, coman-dada pelos sargentos Neves e Elias, prosseguiu as bus-cas pelo quarteto, acompa-nhada por uma equipe da P2 (Serviço Reservado da Polícia Militar).

Depois de algumas ron-das ao redor da localidade, Cleiton e Breno foram en-contrados às margens da Avenida Miguel Couto Filho, onde estavam pedindo ca-rona para fugirem. Ao notar a presença dos militares, a dupla tentou escapar, mas foram pegos. Ainda segun-do a polícia, Daniel e Zalan

teriam fugido pelo mato, próximos do local do crime.

A investigação do caso está em curso e não se sabe ao certo quais foram as motivações do crime. Porém, fontes ligadas à PM revelaram que os qua-tro suspeitos participaram de uma festa de Réveillon promovida por uma suposta namorada de Fiuba, sendo que o possível casal teria tido uma briga recentemen-te. A vítima também teria ligações com o tráfi co de drogas no local, bem como a mulher e os quatro suspei-tos.

NOTA DA REDAÇÃO: Na tarde de quarta-feira, 2, a equipe de reportagem da VOZ entrou em contato, via telefone, com um irmão de Fabio. No entanto, ainda co-movido com o assassinato, ele se negou a falar sobre o assunto.

TRAGÉDIA ■ Preso comete suicídio na carceragem da delegacia de BP; família da vítima evita comentar o assunto

Caso-mistérioBARRA DO PIRAÍ

Na madrugada do primei-ro dia do ano, terça-feira, as antigas instalações da 88ª DP foram palco de um caso que encerrou tragicamente a história do prédio. O mo-torista Paulo Roberto da Silva Farias se suicidou na carceragem provisória do local. Ele estava preso, sus-peito de tráfi co de drogas e corrupção ativa, por tentar subornar um policial. O fato aconteceu justamente no último dia de funcionamen-to da DP no Centro, já que seu novo prédio, no bairro Matadouro, foi inaugurado recentemente.

Segundo informações divulgadas pela imprensa regional, o homem utilizou a própria blusa para se en-forcar, fazendo um pequeno laço ao redor do pescoço. Consta no inquérito que, passadas cerca de duas horas da prisão, um dos policiais responsáveis pelo plantão foi até a carcera-gem buscá-lo, para colher seu depoimento. Lá, Paulo

Roberto já foi encontrado sem vida.

O titular da unidade, José Mario Salomão de Omena, revelou ao DIÁRIO DO VALE que instaurou um inquérito para apurar o caso. Segun-do ele, não há explicações ou informações que justi-fi quem a atitude de Paulo Roberto.

“Paulo Roberto não usa-va cintos e todos os proce-dimentos foram tomados para garantir a integridade física dele. Ninguém es-perava que ele pudesse tomar essa atitude e nem cogitamos que fosse pos-sível, até porque ele usou a blusa que usava para se enforcar”, disse o delegado ao jornal.

Ainda ao DIÁRIO, o che-fe de Polícia Civil explicou que somente o andamento do inquérito, a conclusão do laudo do IML (Instituto Médico Legal) e o resultado da perícia realizada na cela concluirão as investiga-ções. Enquanto isso, as mo-tivações do suicídio e deta-lhes sobre a morte de Paulo

Roberto permanecem uma incógnita.

A prisão

De acordo com informa-ções apuradas, por volta das 3h30, o motorista foi preso por um PM que esta-va de folga, supostamente vendendo drogas a um ho-mem nas proximidades do Ginásio Tênis Barra Club, no Centro. Um usuário teria confessado, em depoimen-to à polícia, que comprou cocaína de Paulo Roberto. Juntamente com ele, foram apreendidas 20,4 gramas da droga e R$ 600,00 em dinheiro.

Ainda segundo a polícia, o homem teria, ainda, tenta-do subornar o policial que o fl agrou, oferecendo R$ 600 para não ser preso. Porém, o agente recusou e o enca-minhou a delegacia.

Enquanto o fl agrante era iniciado e os depoimentos do militar e do usuário eram colhidos, Paulo Roberto foi levado à carceragem provi-sória da delegacia – onde,

de costume, os presos são mantidos até serem trans-feridos para presídios no Rio de Janeiro ou para a Casa de Custódia de Volta Redonda. Foi nessa cela que o suicídio aconteceu.

Segundo José Omena declarou ao DIÁRIO, Paulo Roberto não apresentou ne-nhuma emoção ao chegar à delegacia. De acordo com o chefe de polícia, ele não chorou, não apresentou re-sistência ou nervosismo, chegando até a conversar normalmente com os agen-tes. O suspeito também não tinha passagens anteriores pela polícia.

NOTA DA REDAÇÃO: Na tarde de quarta-feira, 2, a equipe de reportagem da VOZ entrou em contato com um irmão de Paulo Roberto. Porém, ainda muito abala-do com o ocorrido, ele se negou a dar entrevista. O jornal se coloca à disposi-ção da família para ouvi-la, em qualquer tempo e lugar, além de lamentar profunda-mente o ocorrido.

P2 EM AÇÃO ■ Suspeito de tráfi co, ‘Delícia’ é preso no Chalet

‘Ai, se eu te pego!’BARRA DO PIRAÍ

Ele não é a “menina mais linda” cantada na música-chi-clete de Michel Teló, mas foi ‘pego de jeito’ durante uma operação da P2 (Serviço Re-servado da Polícia Militar), na sexta-feira, 28 de dezembro. Trata-se de João Carlos da Costa Lima, o ‘Delícia’, 43, suspeito de tráfi co preso no bairro Chalet. Segundo in-formações apuradas, foram apreendidas juntamente com o homem duas pedras de cocaína (o equivalente a 47 gramas), além de R$ 77,00 em dinheiro e um aparelho de telefone celular.

O ‘bote’ que culminou com a prisão de Delícia foi mon-tado por agentes da P2, em parceria com uma patámo da 1ª Companhia do Batalhão, comandada pelos sargentos Neves e Elias. Os passos de Delícia já vinham sendo moni-torados pela polícia, pois havia várias denúncias de que ele estaria movimentando o tráfi -co no Chalet.

De acordo com fontes liga-das à PM, os militares já sa-

biam que, no dia da operação, Delícia receberia um ‘carrega-mento’ de drogas. E não deu outra: após armarem tocaia, os policiais conseguiram pren-dê-lo. Um outro homem, iden-tifi cado apenas como ‘Lobi-nho’, estava na companhia do suspeito, mas conseguiu fugir do local.

Delícia foi levado para a 88ª Delegacia de Barra do Piraí, onde foi enquadrado no artigo 43, da Lei 11.343/06 – ou seja, fl agrante por suspeito de envolvimento com o tráfi -co de drogas, grifo nosso.

Fotos

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CV: Suspeito de participar do homicídio, Cleiton mantinha fotos na internet em que aparece fazendo as iniciais da

facção criminosa ‘Comando Vermelho’Vítima: Fiuba é assassinado

com três tiros

Delícia: Suspeito de tráfi co é preso no Chalet

Page 12: Jornal A Voz do Povo ed 07 de 05 de Janeiro de 2013

12. Sábado - 05 de Janeiro de 2013 POR RENAN ANDRADE

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■ CLOSE DA SEMANA

Faço questão de abrir a primeira coluna de 2013 com uma homenagem a esta grande amiga, cha-mada Jannaína Mello. Sem dúvidas, uma pessoa que conquistou o meu respei-to, carinho, admiração e, é claro, minha amizade. Jan-na, conforme é conhecida pelos amigos, é moradora do Centro.

Na foto, nossa homena-geada da semana aparece ao lado de seus dois te-souros: Jamille Guimarães e Leonardo, frutos de seu casamento com Fabricio, que, infelizmente, nos dei-

xou há três anos. Mesmo viúva, Janna nunca deixa de sorrir e espalha entu-siasmo por onde quer que passa, fazendo com que a alegria da superação seja sempre sua marca regis-trada.

Por essas e outras, ami-ga, você merece o “Close da semana”. Que Deus ilu-mine sempre a você e sua família, e que as vitórias sejam sempre alcançadas. Um 2013 repleto de luz, e da nossa amizade sem-pre e sempre maior. Beijos deste colunista e de toda a equipe da VOZ.

Mais um colunista

Salve, gente boa! A equi-pe da VOZ está muito feliz por contar com a colabo-ração deste fl amenguista que atende pelo nome de Jo Mariano. Desde semana passada, o jovem se tornou colunista do jornal, assi-nando o espaço “Gaiato’s Bar”, na página de Espor-tes.

Para quem não conhece,

Jo é morador da Química e tem 26 anos. Uma de suas paixões, além de mulher bonita, claro, é o futebol. E, sendo mais preciso, o Clu-be de Regatas Flamengo, time do qual o novo colunis-ta é simplesmente devoto.

Pode chegar, Jo, que aqui a bagunça é organizada (ri-sos). Seja muito bem vindo à equipe da VOZ!

Parabéns pra você02/01 – A quarta-feira foi de

festa para o DJ Felyphe Alves, que completou 18 aninhos. Sempre brincalhão e sorridente, o jovem manda muito bem nas noites barrenses e de outras cidades da região. Parabéns, Felyphe! Dese-jamos muito sucesso em 2013.

No mesmo dia a comerciante Edivania Dias também sorriu pra vida com idade nova. Ela, que tra-balha na Gráfica Lima, inteirou 48 primaveras. Edivania é formada em Administração de Empresas, pelo UGB (Centro Universitário Ge-raldo di Biase), e mora no Morro do Gama. Aquele abraço, amiga!

Quem também se alegrou nes-se dia foi o empresário Brayan Leal, que completou 22 anos. O rapaz acaba de inaugurar uma loja de suplementos no Mercado Municipal de Barra do Piraí, cha-mada “Espaço Físico e Forma”. Desejamos um feliz aniversário e muito sucesso na empreitada.

06/01 – Amanhã o adoles-cente Jordan Mendes Guima-rães é quem vai apagar suas 15 velinhas sobre o bolo. Jordan é irmão de Rayane, e filho do casal Rosicléia e Jorge. Morador da Ofi-cina Velha, o estudante gosta de passar suas horas vagas entre o Facebook e seus jogos no Xbox. Parabéns, fera!