nº 5Ano III - Dezembro de 2013

O Jornal da Abenaf é uma publicação do

Ponto de Cultura Abenaf (Associação Beneficente

de Amparo à Família)

Carapicuíba Pág. 5

Vila Dirce deve ganhar shoppingaté julho de 2015

educação Pág. 7

Carapicuíba conta com cursinho eterá escola técnica

Negócios Pág. 5

Especialista fala sobre mercado imobiliário de Carapicuíba

Saúde Pág. 7

“Brasil obeso” pode ser revertido com mudançade hábitos e atividade física

Unidos, prefeitos conquistamprimeira vitória para a região

Oficializado em outubro, o Consórcio Intermunicipal da Região OesteMetropolitana (Cioeste) conquistou a primeira vitória do grupo com o anúnciode investimentos do governo estadual em melhorias na rodovia Castello Branco.O Cioeste reúne prefeitos de oito cidades: Osasco, Carapicuíba, Barueri, Cotia,Itapevi, Jandira, Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus. Leia mais na página 3

FOtOS: dIvulgAçãO

FeRnAndA tOzzI

Dezembro de 20132

opinião

tatuagens que cobrem estrias

É preciso ter estratégia, iniciativa e determinação A mídia

perde o bonde

editorial artigo

O publicitário e estrategista de marcas Arthur Bendec é taxa-tivo: o problema das pessoas é que elas querem muitas coisas e vivem reclamando do que têm. “Queremos mudar de vida, de emprego, de profissão, queremos que a nossa marca pessoal brilhe muito, queremos ganhar mais projeção, mais dinheiro”. Mas, na realidade, quem se atreve a ter a iniciativa? Quem desafia o medo, as zonas de conforto e a inércia para avançar rumo à realização de um sonho?

Felizmente, há quem não mede esforços para buscar o que se de-seja; abre mão do convívio familiar e de horas de descanso em pleno domingo, tudo para buscar conhe-cimento. Mas, iniciativa não é o su-ficiente. São Bernardo de Clairvaix (1090-1153) já dizia que “de boas intenções o inferno está cheio”. também é preciso ter determina-ção para dar continuidade ao que se propôs a desenvolver, participar ou buscar. Contudo, iniciativa e de-terminação de nada valem se não houver estratégia. Faz-se necessá-

rio conhecer os meios para trans-formar o sonho em realidade.

esta edição do Jornal da Abe-naf é fruto da determinação de um grupo de jovens que demons-traram ter não apenas o desejo, mas também o empenho em bus-car conhecimento na área do jor-nalismo comunitário. Buscaram durante as aulas do curso ofere-cido pela Associação Beneficente de Amparo à Família (Abenaf) as estratégias e técnicas para desen-volver os textos com a mesma maestria das lavadeiras de Alago-as, “que primam pela limpeza da roupa e da mesma maneira de-vem fazer aqueles que se atrevem a escrever” (graciliano Ramos).

deleite-se com as notícias publicadas nesta edição. São matérias de educação, cultura, negócios, social, saúde e política produzidas por alunas que acre-ditaram em seu potencial e re-conheceram que algumas coisas “parecem impossível, até que seja feito” (nelson Mandela. 1918-2013).

Boa leitura e mexa-se, con-quiste o mundo!

O Jornal da Abenaf é uma publica-ção do Ponto de Cultura Abenaf (Associação Beneficente de Ampa-ro à Família), inscrito sob o CnPJ 05.679.376.0001-98, em parceria com o Ministério da Cultura e a Secre-taria de estado da Cultura, com produção dos alunos do curso de jornalismo comunitário oferecido pela entidade no segundo semestre de 2013.

Coordenador Cultural: Joel MirandaInstrutor e jornalista responsável: Eurico Ramos – MtB: 49.599Repórteres/alunos: Aline Andrade Meira, Ellen Maria Fialho de Lima, Fernanda de Araújo Sarai-va, Fernanda Tozzi, Jessica Fran-ciele Lucio da Silva, Keisa Kessia de Carvalho, Mayara Moreno de Carvalho, Monielly de Carvalho, Natalia Beatriz de OliveiraColaboração: Graziela Costadiagramação: Agência Impacto (11) 4552-5976Impressão: Mar Mar Gráfica

Abenaf – Associação Beneficente de Amparo à FamíliaSite: www.abenaf.org.brtel: (11) 2876-8392

expediente

Apesar da ausência de legislação, moradores podem denunciar barulhentos por meio de leis federais

As estrias são marcas geral-mente adquiridas por mulheres que incomodam de tal modo, que muitas ficam com vergonha de expor o local onde elas se encontram. tatuagens são mui-to utilizadas para cobrir imper-feições e até mesmo cicatrizes na pele, portanto, surgem mui-tas dúvidas quando o assunto é cobrir as indesejadas estrias.

O que as mulheres devem levar em consideração, num primeiro momento, é a profun-didade das estrias. Segundo especialistas, estrias profun-das, com cores avermelhadas, e até mesmo arroxeadas, são as mais difíceis de esconder. Além disso, o tempo em que as estrias ocupam o local também deve ser examinado, pois estu-dos constatam que se a estria não tem alteração por um perí-

odo de um ano, a pele fica mais apta a receber o desenho.

Outro detalhe importante para quem quer cobrir as estrias com tatuagens é conhecer o tatuador e verificar com ele se

há conhecimento neste tipo de trabalho. Muitos tatuadores têm suas especialidades e optar por um que já tenha feito algo pare-cido facilita no trabalho.

Alguns cuidados devem ser

lembrados, para que o trabalho tenha o resultado esperado, tais como: verificar a possibili-dade de ocorrer uma gravidez, visto que as mulheres que pro-curam cobrir suas estrias recor-rem a isso para cobrir a barriga e atentar-se ao tempo de cica-trização da área, pois este pode ser mais extenso que o normal.

É importante dar relevância a todas essas informações para que o trabalho final seja exa-tamente, ou melhor, do que o desejado inicialmente. não há nenhum problema em cobrir as estrias, o importante é saber que cuidados tomar para que o tiro não saia pela culatra. (Pesqui-

sa baseada no site www.tatuagem.com)

verdades e mitos sobre o assunto que deixa muitas mulheres curiosas

À margem dos comentá-rios provocados pelos últimos acontecimentos em todo o país [multidões de pessoas que to-maram às ruas das principais capitais do país em junho de 2013], que, apesar de redun-dantes, atingiram a mídia in-ternacional, pode-se chegar a uma constatação periférica. As manifestações e reivindicações que o povo, principalmente os jovens, levou para as ruas e pra-ças foram criadas e operadas pelas redes sociais, que podem ser comparadas aos icebergs: a parte maior fica submersa, o que se torna visível é a peque-na porção de um obstáculo que pode destruir não apenas um titânico navio, mas todo um sis-tema político.

Até então, era a mídia im-

pressa que criava e orientava os grandes movimentos popu-lares. Bastaria lembrar os mais recentes: o impedimento de um presidente da República, a luta pelas diretas-Já e até mesmo a morte de vargas e o golpe de 1964 foram produzidos pela in-dignação da imprensa pronta-mente transmitida ao povo.

Com a crescente propaga-ção dos sites e blogs, o poder de mobilizar a população foi transferido para a internet , onde cada cidadão, sem neces-sidade de qualquer habilitação ou representação, pode expres-sar a sua cólera contra toda ins-tituição, grupo ou indivíduo.

Milhares de Zolasnão há manuais de Redação

ou leis específicas que possam

patrulhar o descontentamento que, quando é geral, transfor-ma-se em manifestações que paralisam o país, confundem o governo e podem até provocar o vandalismo de alguns.

O universo virtual criado e gradativamente aumentado pela internet (que ainda está atravessando sua idade da pe-dra) fez a mídia autorizada (jor-nal, rádio e tv) perder o bonde da história.

não há mais a oportunidade para um só título (“J’accuse!”) mu-dar o rumo de uma infâmia na-cional. temos agora milhares de zolas capazes de acusar os abu-sos e os crimes contra o povo.

CARLOS HEITOR CONy é COLUNISTA DA FOLHA DE S.PAULO

FERNANDA SARAIVAé ESTUDANTE DO CURSO DE JORNALISMO DA ABENAF

3Dezembro de 2013

união resultou no maior Consórcio do Brasil, o CioesteALINE MEIRA

Prefeitos de oito cidades da região oestese unem para resolver problemas comuns

no gabinete do prefeito de Cotia, Carlão Camargo (Cotia), foi realizada, no dia 17 de outubro, a primeira reunião, pós-oficializa-ção, do Consórcio Intermunici-pal da Região Oeste Metropo-litana de São Paulo (Cioeste). O grupo é integrado por Cotia, Barueri, Osasco, Itapevi, Carapi-cuíba, Jandira, Santana de Par-naíba e Pirapora do Bom Jesus. Juntos, as oito cidades formam o maior Consórcio Intermunicipal do Brasil, já que correspondem a 2,23% do PIB nacional e ocupam uma área de 977 km². A iniciativa visa beneficiar mais de dois mi-lhões de habitantes.

Os prefeitos que compõem o Cioeste integram os partidos do Pt, PSdB, Pv, PMdB e deM, mas deixaram de lado as bandei-ras políticas do Consórcio para resolver problemas em comum aos municípios. A proposta é de-senvolver um projeto integrado de políticas públicas e com isso buscar recursos para a melhoria nas áreas da educação, saúde, habitação, cultura, saneamento, mobilidade urbana, entre outras.

O consórcio já preparou uma pauta de questões visan-do a melhoria na mobilidade urbana e apresentaram propos-tas à viaOeste, concessionária responsável pela Rodovia Cas-

O que diz a populaçãoRaul Machado, 54, morador de Osasco há 20 anos, decla-

ra que a iniciativa é bem-vinda. “Todo consórcio é bem-vindo quando seus objetivos convergem para o bem das comunidades envolvidas”. Para ele, o grupo deve priorizar a educação, pois é a base para o êxito de qualquer projeto, além de cultura para o povo. “Não se pode esquecer da segurança, é preciso atenção especial para a questão”.

Machado diz ver a iniciativa com otimismo. “Imagine o resultado que teremos com essa integração municipal, essa união de forças e condições, municípios como Osasco e Barueri, que possuem o seu PIB [Produto Interno Bruto] entre os melhores do país, ajudando alavancar os projetos que beneficiarão as cidades”, ressalta.

Entre os problemas que podem ter solução com a união dos prefeitos, ele cita o acesso a Alphaville. “Passar por lá nos horários de pico se torna um caos”. Já para a cidade de Osasco, destaca a má organização de algumas empresas de ônibus. “En-quanto alguns coletivos circulam lotados, outros se aglomeram completamente vazios nos terminais, além de atrapalhar a mo-bilidade no local. É preciso que o Cioeste coloque na pauta uma fiscalização mais rígida para as empresas de transporte”, conclui.

A carapicuibana Natália Beatriz, de 19 anos, acredita que várias áreas precisam de atenção, entre elas, o transporte, a saú-de, a educação e a segurança. “É preciso melhorias no transporte público. Esse grupo precisa dar mais atenção para essa carência em todas as cidades”.

tello Branco, no qual propõe a remodelação dos trevos em funcionamento e a construção de novos acessos para os muni-cípios de Osasco e Barueri.

O prefeito de Carapicuíba, presidente do Cioeste, Sergio Ribeiro, diz que a iniciativa re-presenta o que há de mais mo-derno no mundo no que corres-ponde a governança pública. “A prioridade é a construção de uma unidade de Pronto Atendi-mento (uPA) na divisa de Cara-picuíba com Barueri, enquanto

o Consórcio busca outros re-cursos para melhorar a área”, explicou.

Já na educação, dentre mui-tos projetos, há a criação de novas escolas, como a instala-ção da escola Federal no bair-ro Ariston, em Carapicuíba, a partir do ano que vem. “É uma grande conquista, pois repre-senta acesso gratuito ao co-nhecimento de alto nível, tan-to para o morador da cidade como dos municípios vizinhos”, afirma Ribeiro.

região

Após reunião com os prefei-tos do Consórcio Intermunici-pal da Região Oeste Metropo-litana de São Paulo (Cioeste), no sábado, 30/11, o governador geraldo Alckmin confirmou que o estado investirá cerca de R$ 500 milhões na construção de dois novos trevos de acesso a Osasco e Barueri, e de mais faixas de rolamento até o km 32 da rodovia Castello Branco.

O anúncio foi feito durante o Fórum Regional do lide (gru-

po de líderes empresariais), na Câmara Municipal de Barueri, ocasião em que os prefeitos da Ciaoeste formalizaram ao governador geraldo Alckmin a reivindicação de obras de me-lhoria na Castello Branco.

“Fizemos uma reunião com o gil Arantes (prefeito de Barue-ri, deM) e os prefeitos. enten-demos que a região cresce mui-to – há 12 ou 13 anos, o estado de São Paulo tinha 12 milhões de veículos, e hoje a frota é de

25 milhões, e eu diria que a Cas-tello Branco é o eixo de maior desenvolvimento, as empresas vêm para cá diariamente”, dis-se Alckmin durante entrevista após a abertura do Fórum Re-gional em Barueri.

“todo o estado está cres-cendo, mas esse eixo é mais forte, e o problema são os con-gestionamentos. vamos estu-dar para fazer mais duas pistas na Castello Branco até o km 32, juntamente com os novos tre-

vos de Barueri e Osasco. São obras de peso, com investimen-to de quase R$ 500 milhões, mas extremamente necessá-rias”, completou o governador.

Além da construção de no-vos acessos para os municípios de Osasco e Barueri pela rodo-via Castello Branco, a Cioeste reivindica a remodelação de trevos e a criação de alças de acessos. Já a nova faixa de ro-lamento até o km 32 deve ser construída como uma extensão

das marginais da rodovia, que hoje terminam no km 22, em Alphaville. O tema deve seguir agora para avaliação da Agên-cia Reguladora dos transportes do estado de São Paulo (Ar-tesp).

O Consórcio Intermunicipal da Região Oeste Metropolitana de São Paulo (Cioeste) é forma-do pelas prefeituras de Osasco, Barueri, Carapicuíba, Cotia, Jan-dira, Itapevi, Santana de Parnaí-ba e Pirapora do Bom Jesus.

Cioeste tem primeira vitória na área da Mobilidade Urbana

>> PReFeItOS dA RegIãO COM O gOveRnAdOR geRAldO AlCkMIn, Que AutORIzOuInveStIMentO de R$ 500 MIlhõeS PARA MelhORIAS nA ROdOvIA CAStellO BRAnCO

dIvulgAçãO

Dezembro de 20134

Associação instituída há qua-se seis anos em Carapicuíba, o Quintal Cultural busca fomentar arte das mais diversas formas: música, teatro e literatura em um espaço marcado pela ausência de equipamentos públicos vol-tados à comunidade. Isto é feito por meio de oficinas, cursos e palestras gratuitas, onde os vo-luntários ajudam a descobrir ta-lentos e realizar sonhos, sempre na área das artes. O espaço está localizado na Rua Araguari, 24 F - Cohab 5.

um dos idealizadores do-Quintal Cultural é Jorge Silveira, que atualmente preside a asso-ciação. “nossa missão é promo-ver um contexto de aprendiza-gem que viabilize a formação e a valorização do indivíduo através da Arte e da Cultura” diz ele. Jor-ge explica que a atuação engloba a arte-educação, a capacitação cultural social e a inclusão so-cial. “O público-alvo são crianças, adolescentes, adultos e a comu-nidade artística”, explica Jorge.

O idealizador do projeto sabe que ainda há um caminho longo a ser percorrido, mas se mostra

confiante. “Conseguimos implan-tar na Cohab um espaço de arte e cultura, uma associação viva, com todas as atividades gratui-tas para a comunidade”, diz.

Segundo ele, a manuten-ção do espaço é feita pelos voluntários que circulam pela associação. em ocasiões pon-tuais, o grupo obteve apoio da Prefeitura de Carapicuíba, mas ainda assim, a associação teve autonomia para atuar com li-berdade. O espaço na Cohab, que funciona nos fundos da de-legacia da Cohab 5, é utilizado em regime de comodato, que é

a utilização gratuita do mesmo por um tempo pré-estabeleci-do. “Isso confirma que temos desenvolvido um trabalho sé-rio, já que houve a concessão do espaço para a realização das atividades e já é um grande apoio da prefeitura”, avalia.

Atualmente, o projeto man-tém parceria com Abenaf, gru-po de estudos, Batuca Brasil, Oca, núcleo de Aprendizagem, dra. Rachel léa Rosemberg, Amac, Cia de Artes Balé, Cia Os hipócritas, Acorde, Casa hope, Mutirão Cultural na Que-brada, house drao e Janela hI-

-FI. Jorge explica que neste ano o Quintal ganhou um edital da Fundação Biblioteca nacional e outros dois prêmios, um de arte e outro de promoção de atividades na área de direitos humanos. “nossos projetos fu-turos são continuar a desenvol-ver as atividades já existentes e ampliá-las, incluindo também os idosos”, adianta.

Para 2014, os planos são ambi-ciosos. “Somos um Ponto de lei-tura, mas em breve, nos inscreve-remos para o edital dos Pontos de Cultura, queremos crescer ainda mais”, conclui Jorge.

cultura

A Feira de Arte e Artesanato (Feirarte) de Barueri foi ideali-zada para valorizar os artesãos da cidade e municípios vizinhos em um espaço adequado para expor e comercializar os produ-tos e alimentos.

Segundo a responsável pelo projeto, eunice Moraes Montei-ro, a iniciativa foi criada em 1997. “Porém, apenas em 2007, ga-nhou padronização, com barra-cas do mesmo tamanho e cores, praça de alimentação, espaço para manifestações culturais e artísticas”, explica. Atualmente, abriga mais de 80 expositores.

Feira de artesanatos funciona em Barueri e oferece benefícios para quem trabalha e frequenta o local

Manutenção do espaço é feita pelos voluntários que circulam pela entidade

MONIELLy CARVALHO

JESSICA FRANCIELE

Para quem se interessa em trabalhar na feira, em primeiro lugar, é preciso ser artesão. “A regra vale também para a praça de alimentação”, diz a respon-sável. Os interessados devem preencher uma ficha de inscri-ção na Secretaria de Cultura de Barueri (Rua Mônaco, 260 – próximo à feira) e aguardar contato da organização. “Se o produto que deseja expor não existe na Feirarte, o início pode ser imediato”, ressalta eunice.

A feira funciona aos sába-dos, das 9h às 18h, no estacio-namento do Bulevar Central de Barueri – próximo à estação CPtM de Barueri.

Feirarte oferece produtos artesanais e empregabilidade na região

Associação na Cohab 5 usa música, teatro eliteratura para oferecer cultura a jovens da periferia

MOnIelly CARvAlhO

5Dezembro de 2013

está em construção, no bairro da vila dirce, o Plaza Shopping Carapicuíba, que contará com 209 lojas. O empreendimento irá gerar cerca de 2500 vagas de empregos diretos e 1500 indire-tos. Segundo João Batista Costa, conhecido como João del Rey, proprietário da futura área comer-cial, o empreendimento deve ser entregue em julho de 2015. Costa disse que todo o processo de ide-alização até o início da obra foi ex-tremamente rápido, cerca de um ano e meio. “O local foi escolhido aleatoriamente, já que era o único

com as dimensões necessárias e que estava à venda”, explicou.

O empresário falou sobre a a construção do shopping que deve atender à classe B, e tem estru-tura equivalente aos shoppings tamboré e Parque Shopping Ba-rueri, mas está localizado em uma região que compreende famílias das classes C e d. “ Acredito no potencial do município”, diz Costa.

A comunidade teme que a infraestrutura viária da região não comporte o fluxo de veícu-los que passará pelo local com o término da construção. “Quem reside próximo à construção já passa por grandes dificuldades

de mobilidade, devido ao gran-de fluxo de carros, além da situ-ação do córrego vizinho à obra”, ressalta Rodrigo Paixão, 24, es-tudante e morador da região.

A prefeitura de Carapicuíba afirma que está em execução a obra “PAC Cadaval”, que consiste na canalização do córrego, cons-trução de apartamentos para os que ali residem e, como último estágio, finalização da Av. Margi-nal. A futura via ligará a região da vila Sulamericana, na divisa com Barueri, ao Jardim Planalto. A ad-ministração acredita que o projeto desafogará o fluxo existente hoje na Avenida Inocêncio Seráfico.

negócios

A dificuldade em conquistar o primeiro imóvel, ou então, fazer a troca para um maior, ou melhor localizado, esbarra em diversas dificuldades para quem mora em Carapicuíba. Para vasquinho gama, gestor Imobiliário e de-legado Municipal do Conselho Regional de Corretores de Imó-veis de São Paulo (CReCI-SP), a explicação para o aumento não está ligada apenas à questão econômica, nem à inflação, mas também à ética e emocional. “há falta de seriedade por parte de algumas imobiliárias, que dei-xam o valor do imóvel tão eleva-do e também agregam ao custo

Aumento do custo das moradias na cidade não conta só com a questão econômica, mas também com o apego do proprietário ao imóvel, aponta especialista

Obra, que deve ser entregue em julho de 2015, preocupa pelo aumento do fluxo de veículos no bairro

FERNANDA TOZZI

ELLEN FIALHO

o apego e sentimentalismo do proprietário com o imóvel, o que não deveria acontecer”.

O projeto federal “Minha Casa, Minha vida” fomentou o mercado imobiliário na cidade, tendo em vista a facilidade de empréstimos pela Caixa econô-mica Federal (CeF). tanto assim, que o Programa Minha Casa Mi-nha vida pretende construir na segunda fase, 2 milhões de casas e apartamentos até 2014. Se o interessado tem renda bruta até R$ 5.000,00, o Programa oferece algumas facilidades, como, por exemplo, descontos, subsídios e redução do valor de seguros ha-bitacionais. em geral, o “Minha Casa, Minha vida”, acontece em

Sentimentalismo inflaciona mercado imobiliário de Carapicuíba

Carapicuíba terá primeiro shopping na Vila Dirce

imóveis com preços diferencia-dos e muito valorizados, ao sul, a granja viana, e ao norte, o Cen-tro da cidade.

Segundo Adriana Morais, mo-radora do bairro de granja viana, o preço dos serviços comerciais nessa área são um pouco ele-vados. “Mas possuem melhor qualidade”. no geral, ela diz que os serviços públicos deixam a desejar. “não existe na cidade nenhum hospital municipal, os postos de saúde são poucos, as-sim como as escolas. em todas as áreas há escassez de profis-sionais e muitos destes estão desmotivados e outros desquali-ficados”, reclama.

Para Sinésio Medeiros, mora-dor do centro de Carapicuíba há 50 anos, a cidade presta serviços de má qualidade tanto públicos como privados.

A situação pode mudar. des-de 2009, foi assinado no muni-cípio o Plano diretor, que prevê um maior crescimento vertical, porém organizado. Isto pode dar à cidade a chance de ter a estru-tura adequada ao custo de vida.

parceria com estados, municí-pios, empresas e entidades sem fins lucrativos.

em Carapicuíba, há diversos empreendimentos que podem ser financiados pelo programa, porém, os pontos de classifica-ção são divergentes, já que há dois bairros que concentram

O que é o Plano Diretor?O Plano Diretor é um ins-

trumento importante de política urbana, especialmente porque visa indicar caminhos para os graves problemas das cidades, as quais cresceram sem a devida preocupa-ção com a construção de espaços urbanos mais justos e saudáveis. Esse instrumento urbanístico busca garantir ao município o direito de conduzir seu futuro, na medida em que estabelece diretrizes para orientar e planejar o desenvolvi-mento urbano com vistas a melho-rar a vida de seus moradores.

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FOtO MAQuete

Dezembro de 20136

educação

desde 2004, Carapicuíba oferece cursinho pré-vestibular municipal gratuito na escola de Carapicuíba (eCAP), localizada na Avenida Mirian, 153, Centro. Sidney Caetano, coordenador do projeto, diz que essa é uma conquista do povo. “Porém, são poucos os que têm consci-ência”, avalia.

Já o professor de história, hernane Alves, afirma que o prin-cipal objetivo do cursinho é pos-sibilitar aos alunos da periferia a oportunidade de ingressar nas universidades públicas. “As tur-mas são formadas por filhos da classe trabalhadora que têm o ob-jetivo de cursar uma instituição, de preferência pública. diferente dos cursinhos tradicionais, nós esperamos politizar o estudante e mostrar o que é ser cidadão para que chegue ao ensino superior

novo período de matrículas está previsto para o mês de dezembro

Campus do Instituto Federal de educação será erguido no Ariston, em Carapicuíba, e deve oferecer cursos de Construção Civil, técnico em Instrumento Musical e Marketing, entre outros

KEISA KESSIA

Carapicuíba disponibiliza cursinho pré-vestibular gratuito

Região ganha mais uma escola técnica até o fim de 2014

deve ser entregue até o fim de 2014, no bairro do Ariston, a unidade do Instituto Federal de educação, Ciência e tecnologia de São Paulo (IFSP) de Carapicuí-ba. A solicitação foi feita em 2010 pelo prefeito Sergio Ribeiro e a secretária de educação Apareci-da da graça Carlos, que foram a Brasília e obtiveram a promessa a construção da unidade, que tem custo estimado em mais de R$ 13 milhões. O município já possui a etec Carapicuíba – Cen-tro Paula Souza, que funciona na vila gustavo Correia.

Apesar de o pedido ter sido feito pela prefeitura, a IFSP é a responsável pelo projeto, orça-mento, construção, processo mo-biliário, contratação de funcioná-rios e professores. A escola será mantida com recursos do gover-no Federal e os gastos fiscaliza-dos Controladoria geral da união (Cgu). Além disso, qualquer cida-dão pode acompanhar as etapas do projeto pelo site da IFSP.

“em Audiência Pública reali-zada em junho do ano passado, ficou estabelecido que o Cam-pus Carapicuíba deve oferecer um curso técnico na área de Construção Civil, técnico em Ins-

trumento Musical, técnico em Marketing/Comércio e também a possibilidade de um curso téc-nico em Secretária escolar e li-cenciaturas em Física e Química”, diz a representante do Instituto Federal São Paulo, kelly Albu-querque.

Para a secretária de educação, a instalação das IFSP no municí-pio vai oferecer mais oportunida-des para os estudantes de Cara-picuíba. “O fato de estar em um bairro populoso como o Ariston tem também o objetivo de aproxi-mar a escola ao bairro, favorecen-do o município e quem mora nos arredores”, explicou Aparecida.

EstruturaA unidade no Ariston, que

atenderá 1400 alunos, contará com auditório, refeitório, canti-na, ginásio de esportes, labora-tórios de informática, química, física, biblioteca, sendo ao todo mais de 50 salas. “tendo em vis-ta o início das inscrições para os vestibulares previsto para o fim de 2014, será cobrada uma taxa, cujo valor não foi informado”, afirma kelly Albuquerque. A contratação de professores acontece entre o mês de novembro deste ano e abril de 2014.

na terça-feira (10/12), às

18h, será realizada nas depen-dências da antiga InAC (Av. Co-mendador dante Carraro , 333, Ariston), audiência pública para discutir a implantação da futura escola.

O cursinho atende cerca de 240 alunos por ano, divididos nos períodos matutino e notur-no, sendo três turmas por turno. Além disso, recebe interessados em participar de diversos tipos de provas como, por exemplo, enem, Fatec, etec e concursos públicos.

Amanda Pereira, aluna desde agosto, diz ter se surpreendido com a qualidade do cursinho, por ser gratuito. “Os professores demonstraram ser mais que aca-dêmicos, buscando conhecer os anseios dos estudantes”, afirma.

Para se inscrever, o candida-to deve comparecer à secretaria do cursinho e levar duas fotos ¾ e Rg. estão previstas para o mêsa dezembro e janeiro de 2014, novo período de matrícu-las. Atualmente, não há proces-so seletivo, no entanto, segun-do Carlos Magno, dependendo da quantidade de candidatos, pode haver mudanças.

mais preparado”, explica. Apesar de a lei de 14 de maio

de 2004, que institui a iniciativa, apontar que podem participar do cursinho apenas moradores

de Carapicuíba, a instituição re-cebe alguns alunos de cidades vizinhas. Carlos Magno, profes-sor de Sociologia, que também trabalha na Secretaria Municipal

de governo, diz que a lei precisa ser aperfeiçoada. “nunca tive-mos críticas da prefeitura por acolhermos alunos de fora, e isso nos enriquece”, comenta.

MAyARA MORENO

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7Dezembro de 2013

saúde

Conhecido no mundo pela beleza de suas mulheres, carna-val, futebol e caipirinha, o Brasil começa a ganhar fama por uma realidade bem diferente da que já foi apresentada. O Ministério da Saúde divulgou recentemen-te estudo que aponta que 51% da população brasileira está acima do peso.

O número de sobrepesos e obesos é alarmante, mesmo com o aumento de academias e incentivos à atividade física, além da procura por métodos para melhorar os hábitos ali-mentares e perder o peso extra.

lílian de Araújo Saraiva, de 47 anos, dona de casa, está aci-ma do peso. ela iniciou as ati-vidades físicas recentemente. “Queria unir uma boa alimen-tação com a prática de exercí-cios que ajudasse na perda de peso”, explica.

A recepcionista Jéssica thai-nar dos Santos Avelino, de 22 anos, foi diagnosticada com diabetes há 10 anos. Segundo ela, para combater a doença, e ajudar perder alguns quilos, diminuiu o consumo de car-boidratos e iniciou a prática de

Foco e disciplina são essenciaispara promover o bem estar

FERNANDA SARAIVA atividade física. “Agora é mais fácil controlar o nível de açúcar no organismo”, revela.

A estudante Fernanda tozzi, de 17 anos, mostra que, mesmo para as pessoas mais jovens, a atividade física balanceada com dieta é o melhor caminho para manter o corpo. A jovem opina sobre o fato de perder peso. “Mas é preciso ter foco porque treino não é um projeto verão e sim um ‘lifestyle’ [estilo de vida], e este deve ser segui-do à risca”, completa.

A profissional de educação Física, débora gonçalves dos Santos, de 25 anos, ensina que a prática da atividade física está totalmente associada à qualida-de de vida e bem estar.

“Combinar atividade física com boa alimentação não traz apenas o benefício de perda de peso, ajuda a regular a pressão arterial, reduzir açúcar no san-gue, aumentar a capacidade cardiovascular e pulmonar, me-lhorar a autoestima e autoima-gem e diminuir o estresse, entre outros”, explica.

na opinião da profissional, o índice de pessoas com sobre-peso no Brasil se deve ao ritmo de vida, pois há falta de tempo

Mudança de hábitos e prática de atividade física podem reverter “Brasil obeso”

para se cuidar. “A preocupação com o bem estar acontece prin-cipalmente quando se adquire uma doença associada ao se-dentarismo, como obesidade, hipertensão e diabetes”, avalia.

débora ressalta a impor-tância de seguir os treinos de acordo com as orientações profissionais”. “Muitos deixam de seguir as orientações para ouvir o amigo que frequenta

a academia há mais tempo”, alerta. A professora também ressalta que o uso de suple-mentos deve ser recomendado por nutricionista ou endocri-nologista.

dica Para quem não

tem condições de pagar a mensalidade da academia, existem outras opções para mudar os hábitos. Pode-se optar por algum esporte es-pecífico, usar giná-sios municipais que disponibilizam aulas gratuitas de lutas, vôlei e futebol, ou parques públicos para caminhadas.

Nas cidades de Osasco, Carapicuíba e Barueri foram insta-lados equipamentos de exercícios físicos em praças públicas, com orientações de utilização, tempo e intensidade.

FOtOS: dIvulgAçãO

Dezembro de 20138

Criado em 2003 pelo ex--presidente luís Inácio lula da Silva, o Bolsa Família é um pro-grama voltado para beneficiar pessoas que se encontram em situação de pobreza ou de ex-trema pobreza em todo o país, ou seja, que possuem renda per capita entre zero e R$ 140.

de acordo com vanessa helvécio, assistente social da Prefeitura de Carapicuíba, o programa que já existe há dez anos, evoluiu muito e não só em Carapicuíba, tanto que é referência mundial. “especifi-camente em Carapicuíba, preci-samos trabalhar mais na melho-ria do cadastramento, quanto maior o número de pessoas cadastradas, maior é a chance de o município ter aumento do número de beneficiados”.

ela explicou que não se re-cebe o benefício de modo alea-tório. “Para ter acesso é preciso atender critérios e para mantê--lo também. Por exemplo, se a criança tem muitas faltas na es-cola sem justificativas o benefí-cio é bloqueado e só é liberado depois que a criança retoma os estudos. Se as faltas persisti-rem, a família é excluída. tam-bém é desenvolvido trabalho socioeducativo com todas as famílias beneficiadas de qual-quer programa de transferência de renda”, explicou vanessa.

Segundo o Secretário Mu-nicipal de Assistência Social, Fábio leite de Oliveira, o pú-blico-alvo é de 21.500 famílias identificadas pelo censo rea-lizado pelo Instituto Brasilei-ro de geografia e estatísticas (IBge) em 2010, que devem se enquadrar nos requisitos do Programa. “Iniciamos um pro-cesso de busca ativa, com téc-nicos da secretaria e mais 60

Programa federal beneficia mais de 11 mil famílias de CarapicuíbaPrefeitura quer que Bolsa Família atenda outras 10 mil no município

social

NATALIA BEATRIZ

Conheça mais o Bolsa FamíliaO Bolsa Família possui três eixos principais: a transferência de

renda promove o alívio imediato da pobreza; as condicionalidades reforçam o acesso a direitos sociais básicos nas áreas de educação, saúde e assistência social; e as ações e programas complementares objetivam o desenvolvimento das famílias, de modo que os beneficiá-rios consigam superar a situação de vulnerabilidade.

Todos os meses, o governo federal deposita uma quantia para as famílias que fazem parte do programa. O saque é feito com cartão magnético, emitido preferencialmente em nome da mulher. O valor repassado depende do tamanho da família, da idade dos seus mem-bros e da sua renda. Há benefícios específicos para famílias com crianças, jovens até 17 anos, gestantes e mães que amamentam.

estagiários, para localizarmos em aproximadamente 90 dias as famílias que têm perfil, mas não são beneficiadas”, disse o secretário.

todas as famílias cadastra-das no programa Bolsa Famí-lia participam de acompanha-mento nas unidades do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), localizadas nos bairros do Jd. novo horizonte, Cidade Ariston, Parque Flórida, e Jardim Ana estela. um novo CRAS está sendo implantado no centro da cidade.

Interessados em se bene-ficiar com o programa devem comparecer à Secretaria de As-sistência Social, localizada na Av. tâmara, 348, Centro, Carapi-cuíba, de segunda à sexta, das 8h às 18h. Mais informações pelo telefone (11) 4184-5865.

edu lOPeS/ SeCOM