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115 Ano: V Série: III Ter 8.Dez.09 Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho Director: Vasco Leão Distribuição Gratuita XVI Celta regressa ao Theatro Circo A presença do Presidente da República, Cavaco Silva, na cerimónia de encerra- mento do Democracia Viva fecha, com “chave de ouro”, um trabalho desen- volvido ao longo dos últimos meses. Esta é a primeira vez que o PR visita a UM a convite da AAUM. Dia 10 de Dezembro vota para os Órgãos de Governo da AAUM Nuno Gonçalves/UM Dicas Presidente da república encerra Democracia Viva Na hora da despedida, Pedro Soares, presidente da AAUM, revela-se em entrevista exclusiva ao ACADÉMICO “Acho que não fiz nada de extraordinário, mas fomos construindo algumas coisas que talvez só daqui a algum tempo vamos tomar consciência da sua importância” http://academico.rum.pt

Jornal Académico

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Edição 115

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115 Ano: V Série: IIITer 8.Dez.09

Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do MinhoDirector: Vasco LeãoDistribuição Gratuita

XVI Celta regressa ao Theatro Circo

A presença do Presidente da República, Cavaco Silva, na cerimónia de encerra-mento do Democracia Viva fecha, com “chave de ouro”, um trabalho desen-volvido ao longo dos últimos meses. Esta é a primeira vez que o PR visita a UM a convite da AAUM.

Dia 10 de Dezembro vota para os Órgãos de Governo da AAUM

Nuno Gonçalves/UM Dicas

Presidente da república encerra Democracia Viva

Na hora da despedida, Pedro Soares, presidente da AAUM, revela-se

em entrevistaexclusiva ao ACADÉMICO

“Acho que não fiz nada de extraordinário, mas fomos construindo algumas coisas que talvez só daqui a algum tempo vamos tomar consciência da sua importância”

http://academico.rum.pt

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02 Ter 8.Dez.09

Editorial

Pedro Soares referiu, e bem, que nem num sonho imaginaria um dia tão completo na Associação Académica. O próximo dia 11 de Dezembro é, sem dúvida, um daqueles dias que ficará na memória de qualquer diri-gente associativo no Minho.O encerramento do “Democracia Viva” vai contar com a presença ilus-tre do Presidente da República. A vinda da mais alta figura do país ao Minho, a convite da AAUM, acontece pela primeira vez e, a julgar pelas pa-lavras dos responsáveis do projecto, a honra é imensa.No mesmo dia ocorre também a ses-são de abertura do 1º Europeu Uni-versitário de Taekwondo. A Univer-sidade do Minho volta a abraçar uma organização desportiva a nível inter-nacional. Sem dúvida uma prova do trabalho meritório feito até aqui.No mesmo dia à noite, sob a orga-nização da Azeituna, decorre o XVI Celta no Theatro Circo.Em suma, cidadania, desporto e cul-tura... Juntos, num único dia, ao mais alto nível, na Universidade do Min-ho. É obra!A anteceder este grande dia, ocorre outro, também importante, nos des-tinos da AAUM. A Associação vai a votos para os seus órgãos de governo. As três listas a concorrer para a di-recção argumentaram ideias num de-bate promovido pela RUM no decor-rer da passada semana. As diferentes ideias e visões ficaram patentes. Resta-nos esperar que estas cheguem de forma fidedigna a todos os estu-dantes da UM e que estes participem, de forma activa e consciente, no acto cívico.Permitam-me dedicar estas últimas linhas à entrevista a Pedro Soares, actual presidente da AAUM. Com o final do mandato a aproximar-se, o ACADÉMICO foi ouvir o presidente da Associação nos últimos três anos. As palavras de agradecimento que este tem para com os seus colegas de direcção nos últimos anos é clara, assim como se nota alguma nostal-gia por abandonar o “barco”. Nota-se também o sentimento de “dever cumprido”. Concordo. Pedro Soares abandona... Pretende acabar o curso e constituir um negócio. No entan-to, a sua marca já está patente na história da AAUM. Enquanto aluno da academia, resta-me agradecer-lhe a dedicação.Para terminar, volto a lançar o repto... dia 10, o teu voto é necessário!!!Até para a semana!

Daniel Vieira da [email protected]

Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho nº 115 Ano:V Série:III Ter 8.Dez.09

Director: Vasco LeãoEditor Executivo: Daniel Vieira da SilvaRedacção: Ana Cristina Silva, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Catarina Correia, Cláudia Fernandes, Cláudia Rêgo, Diana Sousa, Eduardo Rodrigues, Eduarda Fernandes, Elsa Moura, Filipa Cardoso, Filipa Barros, Hel-ena Sofia Costa, Isabel Ferreira, Joana Gramoso, João Pedro Mendes, Letícia de Sousa, Luciana Silva, Melanie Rijo, Sónia Ribeiro, Sónia Silva e Tânia RamôaColaboradores: Ana MacKay, Asli Ince, Aslihan Sekerci, Bárbara Santos, Cátia Castro, Edite Zazerska, Elyn Monatin, Francisco Vieira, José Reis, Nuno Cerqueira, Sandra Pimenta, Sara Eberle e Teresa MedeirosGrafismo: Daniel Vieira da SilvaImpressão: Gráfica AmaresMorada: Rua Francisco Machado Owen, 4710 BragaE-mail: [email protected] e [email protected]: 2000 exemplares

Ficha técnica

2º Página

Para publicares a tua opinião no ACADÉMICO, envia o texto para [email protected], com uma semana de antecedência à publicação do jornal.O conteúdo dos textos é da inteira responsabilidade do seu autor, e por isso, o mesmo deve identificar-se com o primeiro e último nome, e número de aluno. Esta rubrica pretende ser um espaço aberto para que todos possam interagir com o jornal, através da exposição de questões relativas à Universidade do Minho e o meio envolvente.Os textos serão publicados por ordem de chegada.

Correio do Leitor

Abstenção nas eleições para a AAUM. Todos os anos são assustado-res e horríveis os números da absten-ção nas eleições para os Órgãos de Governo. Esperemos que este ano a história não se repita. Votem!

Presidente da República encerra pro-jecto “Democracia Viva”. A presença de Cavaco Silva fecha, com “chave de ouro” um projecto realizado com ex-celência por parte da RUM e AAUM. A consagração do bom trabalho!

Semana “louca”. Encerramento do Democracia Viva, Europeu de Tae-kwondo, eleições na AAUM e Celta compõem uma semana frenética para os estudantes. Semana em cheio para a academia minhota. Parabéns!

A subir A descer No ponto

Por DVS

Errata:Na edição nº 114 do Jornal Académico, foi mencionado, por lapso, que a lista encabeçada por Nuno Geraldes era a lis-ta G. No entanto, Nuno Geraldes encabeça a lista H, sendo a lista G liderada por Iolando Sequeira. As nossas sinceras desculpas aos visados pelo lapso. Também o artigo “Apoios sociais cada vez mais solicitados na educação em Portugal” veio assinado por Cátia Alves, quando a sua verdadeira autora é Filipa Baros. O sincero pedido de desculpa às duas colaboradoras.

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03Ter 8.Dez.09Região

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Cabaret anima Theatro CircoAna Cristina [email protected]

genharia da Universidade do Porto), TUIST (Tuna Universitária do Institu-to Superior Técnico), Tuna da Univer-sidade Católica Portuguesa do Porto e Tunadão 1998 (Tuna do Instituto Poli-técnico de Viseu). Para além das tunas a concurso apresentam-se também no palco bracarense outros grupos como a Tuna Universitária do Minho – tuna convidada desta edição –, o grupo “Cais do Sodré Cabaret!” e o Crooner: Gimba “Ena Pá 2000”.A Azeituna convidou este ano o grupo “Cais do Sodré Cabaret!” para abrilhan-tar o Certame Lusitano com as suas co-reografias musicais, no que a organiza-ção pretende que seja uma invocação dos “antigos cabarets burlescos, com o tradicional can-can, charleston, dança de leques, entre muitos outros”. Para além dos clássicos habituais, esta per-formance “englobará também o sensual vintage strip-tease.” A realização do XVI CELTA é o cul-minar de um conjunto de actividades denominado “Outono Azul”, que nos últimos meses contou com um ciclo de concertos, workshops de iniciação de vários instrumentos, organização de eventos e serenatas. Antes do início do festival, a organiza-ção lançou, no passado dia 5 de Dezem-bro, o novo álbum “Percursos”. Neste CD com 16 temas, a Azeituna empresta

A arte burlesca com o seu ambiente vintage e provocador será o mote do XVI CELTA – Certame Lusitano de Tu-nas Académicas – a decorrer em Braga no próximo fim-de-semana, nos dias 11 e 12 de Dezembro. Organizado pela Azeituna (Tuna de Ciências da Univer-sidade do Minho), o festival tem lugar pelo segundo ano consecutivo na sala principal do Theatro Circo em Braga. O tema desta 16ª edição do certame é o ‘Cabaret’, e com ele a Azeituna promete “trazer muita cor e uma forte compo-nente cénica às actuações dos partici-pantes”.O XVI CELTA apresenta a concurso oito tunas provenientes de todos os pontos do país, nomeadamente a Estudantina Universitária de Coimbra, Estudantina Universitária de Lisboa, Hinoportuna (Tuna Académica do Instituto Politéc-nico de Viana do Castelo), Magna Tuna Cartola de Aveiro, TEUP (Tuna de En-

Presidente da República encerra Democracia VivaDaniel Vieira da [email protected]

PR, um documento com as conclusões do Democracia Viva é um momento simbólico, uma vez que se trata do de-cisor político por excelência”.O presidente da Associação Académi-ca da UM, Pedro Soares, considera que “todos devemos estar satisfeitos. Quan-do digo todos, digo os alunos da acade-mia por terem a oportnidade e a honra de receberem o PR nas conclusões de uma actividade da AAUM.” Pedro Soa-res mostrou ainda contentamento pela “oportunidade que o projecto conce-deu à mobilização dos jovens para o debate político europeu, numa escala regional.”Sexta-feira, pelas 14h30, no Salão Me-dieval da Reitoria, tem lugar a cerimó-nia de encerramento do Democracia Viva com a presença ilustre de Cavaco Silva, Presidente da República.

A Associação Académica da Universi-dade do Minho e a Rádio Universitária do Minho (RUM) encerram, no próxi-mo dia 11, o projecto Democracia Viva. A iniciativa, em ano de vários actos eleitorais, promoveu o debate e incre-mentou, junto dos alunos da Universi-dade do Minho, a participação activa e democrática. O objectivo fundamental deste projecto foi dotar os jovens de uma percepção clara sobre a democra-cia, as organizações europeias e a for-ma como os jovens se podem envolver, enquanto cidadãos, na construção de-mocrática e em projectos de Programas Europeus de Juventude.O projecto teve a duração de sete meses

Presença do Presidente da República é vista como sinónimo de notoriedade e reconhecimento por parte dos responsáveis da AAUM e RUM

Arte burlesca dará o mote para a XVI edição do Celta, organizado pela Azeituna

Azeituna

os seus arranjos e o seu estilo a temas de raiz tradicional, temas de música pop ou rock e originais. No decorrer do certame está prevista a apresentação do DVD “XV Celta”, uma compilação dos melhores momentos do espectáculo que o ano passado regressou às origens, ao Theatro Circo.Para além dos dois dias de festival, a Azeituna tem preparada uma agenda diversificada de actividades, que se ini-ciam dias antes. As noites incluem se-renatas e várias festas, nomeadamente nos dias 10, 11, 12 e 19 de Dezembro no POPULUM e que terminam, apenas no dia 19, com um concerto de Natal no Museu D. Diogo de Sousa.

Nesta sua 16ª edição, o CELTA conta com o apoio de entidades como a Uni-versidade do Minho, Câmara Muni-cipal de Braga, Instituto Português da Juventude, Junta de Freguesia de São Vítor e o Theatro Circo.Os bilhetes para o certame podem ser adquiridos online no site do Theatro Circo, ou antes do espectáculo, nas bilheteiras. Para estudantes e antigos estudantes mediante apresentação de cartão comprovativo, a entrada para o primeiro dia custa seis euros. Um passe para os dois dias tem o custo de 10 eu-ros. Para não estudantes, o bilhete para um dia custa nove euros e para os dois dias 18 euros.

de Abril onde apelou à participação cí-vica dos jovens”.A presença do PR na cerimónia de en-cerramento fecha, com “chave de ouro” um trabalho feito ao longo dos últimos meses. Esta é a primeira vez que o PR visita a UM a convite da AAUM. Para Carlos Santos, “entregar, em mãos, ao

e foi executado e dirigido pela AAUM e pela RUM nas cidades de Braga e Gui-marães.Para Carlos Santos, coordenador do projecto, este correspondeu na sua to-talidade a um “repto lançado pelo Pre-sidente da República (PR) aquando do seu discurso nas comemorações do 25

Projecto organizado pela AAUM e RUM abriu a discussão pública acerca da participação cívica dos jovens

AAUM/RUM

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04 Debate AAUMTer 8.Dez.09

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Candidatos à direcção da AAUM trocam ideias em debate

o candidato da lista A, Luís Rodrigues teceu duras críticas aos dois oposito-res. Na sua opinião é impossível acabar com as propinas e lutar contra o estran-gulamento do orçamento que o Estado confere ao Ensino Superior. Esta posi-ção foi reforçada com um convite a que os dois candidatos não prometessem algo que não podiam cumprir, apenas com o intuito de angariar votos.

Motivações das candidaturas

No início do debate, Eduardo Velosa, o primeiro a fazer declarações na sequên-cia de um sorteio previamente realiza-

do, referiu que a preocupação maior da sua lista é a luta por um melhor finan-ciamento das Universidades e ainda uma melhor acção social, já que esta não é muito abrangente e deveria che-gar a um número maior de estudantes.Já Luís Rodrigues garantiu ter reunido uma lista heterogénea e representati-va de todos os alunos da UM, que vai dar continuidade ao trabalho feito pela AAUM nos últimos três anos, trabalho esse com o qual o candidato se iden-tifica completamente, uma vez que fez parte dele. Assim, assumiu-se contra todos os cortes e sub-financiamento do Ensino Superior, com destaque para o actual sistema de atribuição de bolsas.Bárbara Seco justificou a sua recandi-datura com a falta de um espaço de de-bate na UM, espaço esse que deveria ter sido criado pela AAUM, onde se pos-sam discutir políticas educativas. A as-pirante propôs-se ainda a lutar pelo fim das propinas e de “Bolonha”, tornando o Ensino Superior gratuito, público e mais abrangente.

Fundação de Direito Privado

A questão da privatização da UM tam-bém mereceu especial destaque por parte dos participantes dos debates. No Conselho Geral da Universidade do Minho, além dos professores, alunos e

Na passada quinta-feira realizou-se o debate entre os três candidatos à AAUM, no auditório do IEC. Por volta das 17 horas, juntaram-se à mesa Luís Rodrigues (lista A), Eduardo Velosa (lista B) e Bárbara Seco (lista C), numa iniciativa com o selo da RUM.

A mobilização dos alunos

A discussão andou em redor do tema da política educativa, com especial desta-que para a manifestação organizada em conjunto pelas diferentes Associações Académicas do país, no passado dia 17 de Novembro. Assim, Eduardo Velosa e Bárbara Seco criticaram a actual direc-ção da AAUM pela fraca mobilização que esta fez junto dos alunos neste sen-tido. Acusações que o cabeça da lista A refutou, garantindo que a AAUM fez o que lhe competia. A lista B apostou, para o debate, na questão da aposta na mobilização dos alunos para que estes integrem os fóruns de discussão e lu-tem pelos seus direitos enquanto estu-dantes.

As propinas

A lista B propõe uma diminuição das propinas, como um passe intermédio para a abolição completa. Segundo Eduardo Velosa, representante do movi-mento AGIR, o Governo vê as propinas como “pagamento por um serviço que as universidades prestam aos alunos”. O fim das propinas também é defen-dido por Bárbara Seco. Neste âmbito,

Cláudia [email protected]

funcionários, estão elementos externos ao Campus, nomeadamente, empresá-rios. Esta situação não é bem vista pe-las listas B e C, que temem que a UM passe a ser gerida por esses elementos externos. Luís Rodrigues explicou esta presença no sentido de se verificar uma aproximação ao tecido empresarial, para haver uma transição mais fácil para o mercado de trabalho, e não como possíveis gestores da instituição.

Relação da AAUM com a Reitoria

Com a posse de uma nova Reitoria, li-derada por António Cunha, uma das questões que mais motivou interesse foi sobre a relação que as listas iriam adoptar com a Reitoria. Eduardo Velosa afirmou que gostaria de ter uma boa re-lação, mas a Reitoria não correspondia. Contrariamente, os outros dois partici-pantes do debate garantiram que iam adoptar uma relação de cooperação, de forma a garantirem as melhores condi-ções para todos os estudantes.

Relação da AAUM com os estudantes

Para diminuir o afastamento dos alu-nos em relação à AAUM, Eduardo Ve-losa assegurou que vai promover o de-bate e levar o maior número de alunos às RGA’s, não se coibindo de criticar a

Rádio Universitária do Minho voltou a promover o único debate entre os três candidatos à direcção da AAUM

Daniel Vieira da Silva

Daniel Vieira da Silva

os três candidatos trocaram ideias num debate dinâmico e participado

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05Ter 8.Dez.09Debate AAUM

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Psicominuto

Ana Mackay,Bárbara Santos e Teresa [email protected]

A mensagem com que prosseguimos é outra: remete para aqueles outros so-nhos que temos… aqueles que somos nós que escolhemos sonhar.Como nos diz Sofia Barrocas, editora executiva da Revista Notícias, “parte de nós é feita de sonhos”, independen-temente das suas explicações, inde-pendentemente de quem os tenta inter-pretar. Por isso mesmo, os sonhos não devem “permanecer na inconsciência”, mas devem ser encaminhados para o nosso coração, e se possível, rumar à nossa cabeça, à nossa razão, para nos impulsionarem à mudança e à inicia-tiva. Porque no fundo todos sabemos algo que é bem verdade: “que o sonho comanda a vida” e “que sempre que um homem sonha, o mundo pula e avan-ça”.Por apenas uma semana, por um dia ou por uns minutos… sabemos que é ópti-mo vermos concretizado um sonho. Se temos tantos, não é porque um se reali-zou que os outros deixarão de existir.

Então, qual é o medo?!

Pedra filosofal

actual AAUM de afastar os alunos. Esta acusação foi, desde logo, rejeitada por Luís Rodrigues, dando como exemplo o projecto Democracia Viva, no qual a AAUM promoveu o debate, a cidadania e a aproximação aos estudantes. Nesta questão, Bárbara Seco defendeu a ideia de que deve ser aproveitado o contacto com os “delegados e núcleos, de forma a criar uma discussão sobre políticas educativas”, defendendo a ideia de que o afastamento existente entre os alunos e a AAUM se deve à avaliação contínua cerrada e à falta de tempo que a mesma motiva.

A nova sede

Existem planos para a construção de uma nova sede para a AAUM, desta feita, mais próxima do Campus. Assim, segundo Luís Rodrigues, os maiores be-neficiados seriam os alunos, uma vez que haveria uma biblioteca e sala de estudo de grupo 24 horas e poderiam haver condições para sedes para os di-ferentes núcleos e grupos culturais. O candidato garantiu terem sido, ao longo dos últimos anos, angariadas verbas que permitem que o projecto vá para a fren-te neste mandato, desde que haja “von-tade política e cooperação por parte da reitoria”. Já Eduardo Velosa considerou que seria bom no sentido de aproximar os alunos, desde que fosse uma das

prioridades. Bárbara Seco enalteceu a melhoria no funcionamento da AAUM que essa nova sede viria a provocar.

Prioridades

Em termos de prioridades, Eduardo Ve-losa distinguiu as Políticas Educativas e a mobilização dos alunos para elas. A criação de Cultura também vai merecer a atenção do candidato, assim como a intervenção cívica, abrindo-se, assim, um espaço de discussão.Luís Rodrigues destacou todos os de-partamentos como prioritários, enalte-cendo que a sua lista possui “pessoas

capazes de dar resposta a este desafio”. Para Bárbara Seco, toda a acção da AAUM é prioritária, destacando o en-volvimento dos alunos em todo o raio de acção da AAUM.

A instrumentalização partidária

Como elemento diferenciador relati-vamente às listas concorrentes, Luís Rodrigues enalteceu que a sua lista se encontra “blindada às tentativas de ins-trumentalização de qualquer partido ou de qualquer uma das outras listas”, ten-do referido que as linhas orientadoras das listas concorrentes são idênticas às

de alguns partidos. O único vínculo da lista A é, segundo o candidato, com os alunos. Em sua defesa, Eduardo Velosa garantiu ser grave confundir a “AAUM com partidos políticos”, acusando a lis-ta A de ser conivente com as políticas do Governo. Bárbara Seco, por sua vez, defendeu que as suas propostas não ti-nha conotações partidárias, acrescen-tando que, a “AAUM é que devia de ser acusada de instrumentalização”. Em reacção a estas acusações, Luís Rodri-gues respondeu com ironia que a su-posta instrumentalização da sua lista se devia ao facto de ser aberta e ouvir todos os estudantes.

Daniel Vieira da Silva

Nuno Cerqueira e Alexandre Praço tiveram a tarefa de moderar o debate onde as visões dos candidatos ficaram vincadas

ventre uma criança divina, sendo que mais tarde o mesmo anjo o volta a avi-sar para fugir para o Egito.À luz de uma das correntes da Psico-logia – a Psicanálise - Sigmund Freud, com a publicação de A Interpretação dos Sonhos, em 1900, tentou dar um carácter científico à matéria, definindo o conteúdo dos sonhos como a “reali-zação dos desejos”. Ou seja, no enredo onírico há o sentido manifesto (a “fa-chada”) e o sentido latente (o significa-do). Por meio da interpretação simbó-lica, seria portanto possível desvendar o desejo real do sonhador, por detrás dos seus relatos, por mais absurda que a narrativa pudesse parecer.O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung pensou, falando de uma forma muito rudimentar, que os sonhos não teriam um papel somente de revelação dos de-sejos do inconsciente, mas sim, seriam uma ferramenta que ajudava a mente a equilibrar-se, em função dos conflitos que esta pudesse atravessar. Alguns neurocientistas, afirmam que o sonho é apenas uma espécie de tráfego

de informação sem sentido que tem por função manter o cérebro em ordem. Esta teoria só não explica como esses enre-dos, supostamente desconexos, são res-ponsáveis por grandes insigths, como aconteceu, por exemplo com Francis Crick, ou Paul MacCartney. Francis Cri-ck, um dos cientistas que descobriu a forma em dupla hélice da molécula de DNA, sonhou com duas cobras entrela-çadas na noite anterior à grande desco-berta. O beatle Paul McCartney sonhou com uma melodia, acordou, foi para o piano e compôs “Yesterday”, um dos maiores clássicos de todos os tempos. Há muitos outros casos de sonhos reve-ladores em várias áreas da ciência e da arte. O que não impede que os sonhos sirvam também para recuperar a saúde do organismo e do cérebro.Seja como for, não queremos, como poderia ser de esperar, continuar este artigo falando sobre interpretações de sonhos e outros afins (por muitos moti-vos, mas principalmente porque pouco ou nada percebemos de assuntos oní-ricos).

O sonho é, ainda hoje, alvo de grande controvérsia por parte das várias esco-las da Psicologia. Já sendo uma experi-ência que possui significados distintos, ainda aumenta a complexidade quando é inserido como tema em debates da re-ligião, da ciência e/ou da própria cul-tura.Comecemos por algumas versões re-ligiosas e culturais, em que o sonho aparece revestido de poderes premoni-tórios. Exemplo disso é, no Novo Tes-tamento, a história que “reza” que São José é avisado durante um sonho, pelo anjo Gabriel, de que sua esposa traz no

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06Ter 8.Dez.09 Campus

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Nova Escola de Direito: abre portas, abre rumosano da Licenciatura, demonstra gran-des expectativas, designadamente acer-ca da “integração de um espaço de si-mulacro de julgamento que poderá ser deveras vantajoso no que diz respeito à aprendizagem de certas competências profissionais”. A ideia parace ser con-sensual entre os estudantes.Mariana Ponte, aluna do segundo ano, comenta que o facto de haver “serviços inteiramente especializados na nossa área “constituirá uma enorme ajuda, nomeadamente nas situações de dúvi-das e esclarecimentos”.Também neste ponto concordou Antó-nio Carvalho, estudante do terceiro ano, que salientou como vantagem a “inde-pendência face aos outros cursos”.

A equipa docente advoga o reconheci-mento da Escola de Direito a nível na-cional e internacionalA Professora Doutora Benedita Mac Crorie, Professora da Escola de Direito da Universidade do Minho, em decla-rações ao ACADÉMICO, afirmou que, ainda que não conheça as novas insta-lações, a mudança “implica um reco-nhecimento da Escola de Direito que se deve traduzir num factor de motivação para alunos e professores”. “Para os docentes, a mudança de ins-talações implica que cada um tenha o seu próprio gabinete”, salienta, o que não acontecia na Escola de Economia e Gestão.António Cândido Macedo de Oliveira,

professor da Escola de Direito da Uni-versidade do Minho, afirmou ao ACA-DÉMICO que “deixará de haver moti-vo para os gabinetes dos professores estarem vazios a maior parte do tempo (embora se deva ter em conta que, para muitos, é em casa que melhor se traba-lha, pois lá têm livros e revistas que os gabinetes, mesmo os novos, não com-portam) ”, sublinha. Acrescentou que “para as funcionárias o espaço é muito maior e vão ter melho-res condições de trabalho”. Quanto aos alunos, a seu ver, “devem ser frequentadores assíduos da nova Escola, desde logo, das respectivas bi-bliotecas”, já que estas “favorecem não só o ensino como a investigação e as iniciativas de relação com o exterior”. Sublinha porém que “a distância entre

Finda a construção, a nova escola de Direito abre portas a nove de Dezembro para receber alunos, professores e fun-cionários num espaço de excelência, único e acolhedor.Até agora a Escola de Direito partilhava as instalações da Escola de Economia e Gestão, porém, a partir de quarta-feira ocupará o seu próprio espaço.José Gomes Fernandes é o responsável pelo projecto que conta com dois au-ditórios, cinco salas de aulas, diversas estruturas destinadas à investigação, nomeadamente, a Biblioteca Francis-co Salgado Zenha e instalações amplas para docentes e serviços. Conta ainda com uma sala polivalente destinada a simulações de julgamento.Os alunos esperam independência e melhoria no ensino e nos serviçosPara Pedro Oliveira, estudante do se-gundo ano da Licenciatura em Direito, “tendo em conta as actuais condições de funcionamento dos departamentos de Direito, é de prever uma melhoria tanto quantitativa como qualitativa dos serviços prestados”. Já Diana Silva, estudante do terceiro

Cátia [email protected]

Récita do 1º de Dezembro esgotou Theatro Circo de Bragade Portugal. Sendo esta uma comemoração com ac-tuações unicamente de estudantes da nossa Academia, seria de esperar que muitos fossem os estudantes a assistir. De facto foram, mas muitos daqueles que estavam na plateia não eram estu-dantes, mas sim da população de Bra-ga, que não deixou escapar a oportuni-dade de assistir a uma noite recheada de tanta simbologia estudantil. A apre-sentação levada a cabo pelo Grupo de Jograis fez soltar muitas gargalhadas ao longo da noite e deu ainda mais luz a uma comemoração tão simultaneamen-te emotiva e alegre.Foram muitas as pessoas que acabaram por não passar para o interior do Thea-tro Circo por falta de bilhete, mas para o ano a vontade dos dirigentes da Asso-

Organizada pelo Departamento Cultu-ral da Associação Académica da Uni-versidade do Minho, a récita do 1º de Dezembro realizou-se este ano no The-atro Circo de Braga.As celebrações da Restauração em Bra-ga remontam a 1640, quando os estu-dantes jesuítas do colégio de S.Paulo saíram à rua para aclamar o novo rei de Portugal.A organização não podia estar mais satisfeita. Houve casa cheia e os 900 bilhetes disponibilizados pela AAUM esgotaram em poucos dias.A actuação dos vários grupos culturais da UM é a forma simbólica e caracterís-tica dos estudantes do Minho comemo-rarem a restauração da independência

Elsa [email protected]

o edifício novo e os complexos peda-gógicos onde decorrem normalmente as aulas” constitui um problema e que “fazem falta acessos bons, abrigados da chuva e do calor”. O Prof. Dr. Cândido de Oliveira, mais do que expectativas, prefere referir-se às responsabilidades que temos em mãos, designadamente, “a de tornar a Escola de Direito nas suas novas ins-talações, uma referência, desde logo, dentro da Universidade do Minho, pela qualidade do ensino e da investigação” e, em seguida, “pelas mesmas razões, uma referência a nível nacional e inter-nacional”. Tal resolução “obriga a tomar decisões arrojadas e a um trabalho exigente de alunos, funcionários e professores”. “Faz falta na Escola de Direito uma pu-blicação periódica regular e de qualida-de, com participação de alunos e pro-fessores, atenta aos seus problemas e à vida que nela se vai desenvolvendo”, sugeriu o Professor.O espírito empreendedor e a dedicação dos professores, a ambição e os sonhos dos estudantes, aliados ao esforço e empenho dos funcionários são a recei-ta para o sucesso desta nova Escola de Direito. Uma construção educacional a vários níveis que se almejam e alcançam por objectivos perpendiculares e verticais; uma arquitectura institucional a várias mãos que se dão e entrelaçam por ob-jectivos paralelos e horizontais.

ciação é trazer, mais uma vez para este palco, a récita do 1º de Dezembro. O coro académico foi o primeiro grupo cultural a actuar, seguido do Grupo de Fados, da tuna feminina TunO’bebes e da Afonsina.

A segunda parte do espectáculo foi protagonizada pelo grupo de percussão Bomboémia, pela Azeituna, Gatuna, Augustuna, terminando com a Ordem Profética da Universidade do Minho, Opum Dei.

UM com mais um edifício moderno para servir os alunos

UM

Sala principal do Theatro Circo encheu para assistir à celebração estudantil

AAUM

Filipa [email protected]

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07Ter 8.Dez.09

Inquérito

Inquérito

Francisco Serafim

Tens por hábito participar em campanhas de solidariedade na época natalícia?

3º anoLínguas Aplicadas

Luís Rosa3º anoEngenharia Informática

Sara Bernardo3º anoMedicina

Não mas acho que devia participar mais. Não participo por falta de tempo por exemplo.Nesta época aumentam as iniciativas de solidariedade porque ela está asso-ciada a Natal, mas acho que devia ser assim o ano inteiro… Está errado asso-ciar a solidariedade só ao Natal. Não conheço a campanha a decorrer na UM, não houve grande divulgação, acho. De qualquer maneira, não vou participar porque não tenho brinquedos. E acho que a recolha se devia estender a pro-dutos alimentares, os brinquedos são o menos essencial de tudo.

Costumo participar em campanhas de solidariedade, primeiro porque perten-ço a uma associação cuja missão passa por isso, por ajudar os outros – os es-cuteiros – portanto é óbvio que ao estar nos escuteiros estou a ajudar o próxi-mo e a dar um contributo para outras associações como o Banco Alimentar, na recolha de alimentos e roupas, por exemplo. Nesta época há à volta das pessoas um sentimento natalício, a pró-pria época é sinónimo de ajudar aque-les que têm menos que nós.Não estou a par da campanha de reco-lha de brinquedos da UM, não sei se vou participar uma vez que não tenho brinquedos para doar.

Não costumo fazer parte de campanhas de solidariedade natalícias porque não tenho muito tempo. Mas sempre que posso gosto de participar, dar o meu contributo. No Natal há um aumento de esse tipo de campanhas porque nesta época as pessoas sentem não a obriga-ção, mas sentem-se no espírito e prova-velmente no dever também de ajudar as pessoas mais necessitadas. É uma épo-ca de partilha e de generosidade, que na minha opinião se devia estender por todo o ano.Conheço a campanha de recolha de brinquedos para crianças desfavoreci-das da UM e pretendo doar alguns brin-quedos que tenho em casa.

Maria Silva2º ano - 2º cicloCiências da Comunicação

Gosto de participar em campanhas de solidariedade nesta época, quer seja na doação de donativos para instituições ou de roupas e alimentos. Acho que é o dever de cada pessoa ajudar aqueles que possuem menos que nós. Se puder-mos, porque não? O Natal é a época em que as pessoas sentem mais a necessi-dade e o dever de serem generosas. São as campanhas de sensibilização, a pu-blicidade, que relembram que este perí-odo é para ajudar. As pessoas são como que obrigadas a pensar mais nos outros, nos desfavorecidos, e talvez seja por isso que nesta época as contribuições das pessoas aumentam.Ainda não sei se vou participar na campanha da UM, acho que não tenho brinquedos meus para doar. De qual-quer forma penso que aqueles que têm brinquedos usados em casa o vão fazer. É o espírito natalício.

Com o início do mês de Dezembro, chegam também as campanhas de solidarie-dade inerentes à quadra natalícia que se aproxima.Numa época marcada pela generosidade e pelo amor ao próximo, as iniciativas solidárias multiplicam-se e assumem diversas formas. As pessoas são convida-das a participar em recolhas de alimentos, roupas e brinquedos ou através de donativos monetários. Também a Universidade do Minho (UM) entra no espíri-to com uma campanha de recolha de brinquedos a decorrer nas suas instalações até ao final do ano: “Oferece um sorriso”.O ACADÉMICO tentou saber junto dos alunos da Universidade do Minho se es-tes têm por hábito participar em campanhas de solidariedade e o que os motiva a fazê-lo e ainda se pensam participar na campanha de recolha de brinquedos organizada pela UM.

Ana Cristina [email protected]

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08Ter 8.Dez.09 Entrevista

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“Acho que não fiz nada de extraordinário, mas fomos construindo algumas coisas que talvez só daqui a algum tempo vamos tomar consciência da sua importância”

* com Luciana [email protected]

chegam-nos continuamente, o que me deixa a mim e a todos os responsáveis das equipas muito satisfeitos. Agora que se aproxima o final do mandato o sentimento é de dever cumprido, acho que não fiz nada de extraordinário, mas fomos construindo algumas coisas que talvez só daqui a algum tempo vamos tomar consciência da sua importância. Existe a certeza de que demos o nosso melhor, que as equipas se dedicaram a defender a causa dos estudantes e da AAUM. A confiança de que os resulta-dos são bons é inspirada no esforço e na dedicação que aqui deixamos.

O mandato está a acabar, mas até ao final ainda há acções para cumprir. Quais é que destacas?Tenho de destacar todas as semanas até à tomada de posse. Uma deles é para desejar ‘Feliz Natal’ aos estudantes, as outras são repletas de actividades. Na próxima semana visita-nos o Presiden-te da República para encerrar uma acti-vidade da Associação, o seminário De-

mocracia Viva… Uma actividade que aproximou os estudantes dos decisores políticos. Este será um dos pontos al-tos até ao final do mandato. Neste dia há ainda uma entrega de donativos que surgiu de um leilão feito aos quadros que os artistas do Enterro da Gata pin-taram no fim dos concertos, mostrado o carácter interventivo dos estudantes nos problemas da sociedade. Na próxi-ma semana começa também o Campe-onato Europeu de Taekwondo. Vamos receber algumas dezenas de países e de participante da Europa. Este será um dia repleto de desporto e cidadania. Pela noite os grupos culturais estarão no seu melhor no Theatro Circo, com mais um Celta, organizado pela Azeitu-na. Chegar ao fim do mandato e ter a vi-sita do presidente da República, ter um campeonato de Taekwondo a começar e ter um Theatro Circo cheio: este dia ca-racteriza aquilo que era o objectivo da AAUM. Um dos maiores sonhos que ti-nha era poder imaginar um dia tão rico como este. O meu ideal de associação

é este: uma AAUM que consegue estar presente na sociedade, que mobiliza os jovens. A AAUM é uma referência nas cidades de Braga e Guimarães e a nível nacional.Na semana seguinte, a AAUM comemo-ra o seu aniversário, em mais uma acti-vidade com a participação da cidade e dos estudantes. Depois de desejarmos as boas festas, vamos organizar a se-gunda passagem de ano. Foi um suces-so no ano que passou e há-de ser este ano também. E logo a seguir acontece cá, no Minho, o encontro nacional de dirigentes associativos. Eu tive o privi-légio de receber, enquanto presidente da AAUM, este encontro duas vezes. Este encontro mostra as preocupações que tivemos em relação à participação política desta associação no contexto nacional.

Consideras que ficou alguma coisa por fazer nestes três anos de mandato?Imensa coisa... Felizmente, nesta asso-ciação só falta tempo para fazer mais,

Arquivo

Passados três anos como presidente da Associação Académica, que balanço fazes desta passagem pela AAUM?Faço um balanço muito positivo, a vá-rios níveis. Primeiro porque neste tipo de funções é preciso perceber se os ob-jectivos foram cumpridos, se, de facto, ajudamos a Associação a crescer e se ajudamos os alunos que depositaram confiança em nós. É este balanço que importa ser feito aqui. A nível mais pessoal, eu cresci imenso e aprendi muito aqui. Mas também sou capaz de descobrir o que fiz mal, e esse é o melhor caminho para crescer. Se esti-vermos convencidos que fizemos tudo bem, não vamos ser capazes de melho-rar. A Associação foi um bom espaço para essa aprendizagem, que é comum a todas as equipas. Só com equipas com capacidade de resposta, de crítica, mas também de entreajuda é que foi possí-vel atingir todos os objectivos e elevar o patamar. E existem indicadores que me permitem dizer isto: o número de sócios da AAUM aumentou; as actividades são mais participadas pelos estudantes. Mas estes resultados eram esperados. Esta é uma Associação jovem e está as-sumidamente numa fase de crescimen-to. Esta foi a lista que obteve desde sem-pre maior número de estudantes a votar num mesmo projecto. E portanto, o ba-lanço é positivo, porque conseguimos dar resposta às necessidades e anseios dos estudantes. É positivo porque os si-nais de apoio e apreço dos estudantes

Três anos de mandato marcam a história da AAUM e o percurso de Pedro Soares

Na sua última entrevista como presidente da Associação Académica da Universidade do Mi-nho, Pedro Soares fala da sua experiência como líder associativo ao longo dos últimos três anos. O presidente cessante falou também dos objectivos cumpridos, dos que ficaram por

cumprir e das diferenças relativamente à AAUM de há alguns anos atrás. Pedro Soares, que iniciou o seu percurso associativo a organizar festas enquanto criança, partilhou com o ACA-DÉMICO os momentos bons e menos bons como representante dos alunos do Minho. Depois de três anos a lutar para melhorar o quotidiano dos alunos, Pedro Soares pretende acabar o cur-

so de Biologia Aplicada e fundar o seu próprio negócio.

Daniel Vieira da Silva *[email protected]

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09Ter 8.Dez.09Entrevista

“Fico satisfeito com o facto de termos tido capaci-dade de perceber quais os caminhos que quería-mos seguir e os objectivos que queríamos atingir”porque ideias, criatividade e vontade de fazer mais não faltam. Não conse-guíamos fazer tudo aquilo que pensá-vamos. Mas óbvio que ficaram coisas por fazer e ideias por concretizar. Mas há ideias que estão em desenvolvimen-to e que têm de ser finalizadas. Há aqui um trabalho que tem de ser contínuo e é muito importante que não se perca. Muitos dos projectos que começaram a ser preparados em 2007 só em 2009 é que foram concretizados, mas são projectos desenvolvidos de uma forma sólida. Se não formos capazes de pre-parar o futuro, a Associação não cresce de forma estruturada. Temos de pensar no futuro com uma estratégia consoli-dada de crescimento e afirmação. Acho que a AAUM conseguiu ter rumo e es-tratégia e tudo isto tem também de ser desenvolvido pela próxima direcção, da mesma forma que nós tiramos par-tido de muito trabalho feito no passado e que foi fundamental para o sucesso de hoje.

Destes três anos de decisões, arrepen-des-te de alguma em concreto? Houve decisões que fomos tomando que depois pusemos em causa, mas não me consigo lembrar de nenhuma em particular…

… Voltavas atrás para mudar o rumo de alguma decisão?De forma drástica, não! É obvio que das centenas de decisões por dia, algumas não seriam tomadas da forma que fo-ram. Nenhuma grande decisão pôs em causa aquilo que é o caminho da As-sociação. Mas em algumas, por vezes, chagávamos à conclusão que era prefe-rível trabalhar com a empresa que, no início, recusámos. Mas não é nada com importância suficiente para ser agora aqui referido. Muito embora não voltas-se a fazer algumas coisas, isso faz parte do crescimento.

Que associação deixas para o futuro? Que diferenças encontras entre a as-sociação de quando cá entraste e esta que agora deixas para uma futura di-recção?A AAUM é a mesma, porque a sua his-tória, a sua credibilidade e afirmação é superior a qualquer dirigente que por ela passe. A Associação Académica é a mesma instituição de quando para cá entrámos. Mas algumas características da Associação ficaram diferentes. A educação não formal é uma realidade hoje que não era o ano passado; o en-volvimento dos estudantes parece-me ter vindo a aumentar; o orçamento da AAUM e o número de parceiros cresce-ram. Houve preocupações também ao nível das competências que os estudan-tes levam do ensino superior, nomea-damente cursos de primeiros socorros, workshops de procura de emprego, for-mações na gestão de conflitos, etc.. As

quando fui presidente-adjunto. A todos os que me ajudaram a crescer enquanto dirigente associativo tenho de deixar uma palavra de agradecimento e reco-nhecimento.

Que momentos apontas como mais marcantes nestes três anos? Houve muitos momentos que me mar-caram, mas foram os pequenos gestos e as palavras de conforto que me marca-ram mais. Eu podia dizer que foi quan-do tivemos 22 mil pessoas no Enterro da Gata, quando organizámos os CNU’s, quando fomos vice-campeões europeus universitários de andebol ou quando ganhámos um prémio de mérito des-portivo. Muitos momentos me marca-ram. Há um em particular que foi após dois meses de ser dirigente associativo (vice-presidente do Departamento Pe-dagógico), decidi fazer uma formação de delegados e estavam os 300 lugares cheios e pessoas sentadas nas escadas e tivemos um dia inteiro a debater so-bre o quotidiano dos estudantes, sobre o RIAPA, sobre Bolonha... Fiquei mui-to surpreendido quando no final disse que voltavamos a reunir noutro dia, e todos responderam quase em coro que iam voltar a estar presentes. Este foi o meu acreditar de que vale a pena fazer actividades pedagógicas, vale a pena falar de coisas que são menos interes-santes do ponto de vista lúdico, porque os estudantes querem e precisam deste tipo de informações. Essa foi uma mo-tivação para todos os meus mandatos, a de ter uma atenção especial às questões pedagógicas, do meio académico e da qualidade de ensino. Se do ponto de vista de grande moti-vação foi esse momento com todos os delegados, do ponto de vista pessoal, os meus colegas de direcção, aqueles que estiveram sempre a meu lado e que quando era preciso tinham as palavras certas para se ouvir, são estes momen-tos que ninguém vê mas que são muito importantes para conseguir continuar. São momentos que me marcaram e que eu não vou esquecer.

A nível pessoal, o que mudou no Pe-dro Soares com o passar destes anos na Associação Académica? Por muito que eu diga que sou a mesma pessoa, acho que algumas coisas muda-ram em mim. Tive de me tornar mais forte a nível psicológico, tive de me blindar às críticas fáceis. Saber lidar com quem nos critica de forma natural, foi uma aprendizagem. Felizmente, não tive de aprender muito nessa matéria, e aqui agradeço a todos os estudantes desta academia porque têm reconheci-do o meu trabalho. Aprendi a lidar com as críticas da mesma forma que lidava com os elogios.Tive também que aprender a lidar com os problemas de uma forma mais céle-re. Havia alturas em que não chegava só

zeram crescer. O maior desafio é mesmo saber interagir com diferentes pessoas. Houve certamente algumas pessoas que se destacaram... Eu não vou mencionar nomes de entre os elementos que per-tenceram às minhas direcções (foram tantos que tinha dificuldade em des-tacar alguns, correndo o risco de me esquecer de alguém), mas foram certa-mente esses os mais importantes. Fora deste contexto consigo destacar pesso-as que tiveram especial importância. O professor António Guimarães Rodri-gues, pela referência que foi, no que diz respeito à sua capacidade de trabalho, pela defesa intransigente dos interesses da UM e pelos constantes desafios que lançou aos estudantes. O Professor An-tónio Paisana, caso raro de amor às cau-sas da Associação Académica e o Vas-co Leão, actual administrador da RUM pelo exemplo enquanto presidente da AAUM e pelas palavras e conselhos importantes que me continua a dar. Es-tas são, sem dúvida, duas pessoas que gostava de destacar para já, mas a refle-xão vou fazer com calma, vou fazê-la no último discurso que fizer enquanto pre-sidente da Associação. Mas há algumas pessoas que me marcaram do ponto de vista pessoal, pela ajuda, pela lealdade e marcaram também esta Associação pelo excelente contributo que deram. Vou recordar com grande saudade e no último discurso que farei não posso deixar de dar uma palavra de incenti-vo aqueles que foram meus colegas de direcção quando fui vice-presidente do Departamento Pedagógico e depois

O actual presidente da AAUM revela que aprendeu e cresceu bastante com a sua passagem pela AAUM

UMDicas

actividades de formação complementar foram uma aposta desta Associação. O Enterro da Gata assumiu proporções que não tinha anteriormente. Mas eu quero deixar claro que, ao dizer tudo isto que fizemos não quero estar a dizer que fomos melhores que no passado. Tivemos foi um tempo diferente, com exigências diferentes e que nos obri-garam a sermos melhores. Fizemos o que tínhamos obrigação de fazer. Cada Associação tem sempre obrigação de ser melhor que no passado. Ao longo destes três anos houve um crescimento que resultou de um processo sedimen-tado. Houve uma preocupação de que, de ano para ano, soubéssemos quais as áreas em que devíamos melhorar. Fico satisfeito com o facto de termos tido capacidade de perceber quais os cami-nhos que queríamos seguir e os objec-tivos que queríamos atingir. Se foi em algumas áreas que quisemos melhorar, foi também nessas áreas que obtivemos os melhores resultados. Destaco também uma coisa muito im-portante que conseguimos… que foi o reconhecimento da AAUM nos Estatu-tos da Universidade do Minho.

Que pessoas destacas, pela positiva e pela negativa, nesta passagem pela AAUM?Essa pergunta é muito difícil e pode ser injusta se respondida de forma pouco séria e pouco pensada. Pela negativa não destaco ninguém. As experiências menos positivas com algumas pessoas foram também aquelas que mais me fi-

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10 Ter 8.Dez.09 Entrevista

“Fiquei com menos tempo para os meus amigos, a minha família e para a minha vida pessoal. Isto é o mais nega-tivo que eu posso destacar como presidente da AAUM”o esforço, era preciso o discernimento, a inteligência e a capacidade de tomada de decisão. Tive de crescer, de apren-der a tomar decisões mais depressa, ser mais intuitivo. Há várias competências que se desenvolvem naturalmente no desempenho de funções como esta. Fi-quei também com um conhecimento maior em áreas que tive de estudar, a nível de política educativa, vários te-mas, até de contabilidade fiquei a saber um pouco mais.Tive ainda de aprender a compreender as diferentes pessoas que existem. Não há uma pessoa igual a outra. Os modos de trabalhar são diferentes e nós somos a mesma pessoa e temos de saber traba-lhar com várias pessoas.Houve outra coisa que mudou que não foi nada boa. Fiquei com menos tempo para os meus amigos, a minha família e para a minha vida pessoal. Isto é o mais negativo que eu posso destacar como presidente da AAUM. Tive muito pou-co tempo para as pessoas de quem gos-to, que me fazem falta e sinto saudades. Mas agora… Vou estar de volta! (risos)

Como achas que, com o desenrolar dos anos, se vai construir a imagem do Pe-dro Soares? Só as pessoas o vão poder dizer. Uma coisa é certa: eu não vim para a Asso-ciação Académica para que reconhe-cessem o meu trabalho ao longo da his-tória. Vim com um sentido de missão e de entrega ao trabalho, porque gosto, porque entendia que tinha alguma ca-pacidade e vontade de fazer algo pelos meus colegas. A forma como eu seria reconhecido não era um pensamento que me preocupasse muito. Mas gosta-va que fosse algo simpático. Como dis-se há pouco, a AAUM é maior do qual-quer pessoa. E todos os estudantes são muito mais importantes do que eu para o sucesso desta associação. Quanto

os desafios em que sentir que posso dar algum contributo. Mas gosto e interes-so-me pela vida política e acho que os jovens não devem deixar de assumir a responsabilidade da sua participação na política ou no associativismo.

Queres deixar alguma mensagem para os estudantes da UM?Só posso agradecer a forma como abra-çaram os desafios que lhes foram lança-dos através da AAUM. Só posso agra-decer àqueles que aceitaram estar no associativismo. Cada momento de cres-cimento que um tenha tido por ‘culpa’ do trabalho da Associação Académica foi um grande motivo de satisfação para qualquer dirigente e para toda a equipa. Um agradecimento por se terem envol-vido, participado, votado e escolhido os nossos projectos. Se os 87% dos vo-tos na lista A no ano passado forem ti-dos como uma avaliação pelo trabalho feito, eu só posso agradecer por esses resultados tão motivadores. Este último mandato foi importante para acabar um projecto que tinha vin-do a ser desenvolvido. E conseguimos pôr alguns pontos essenciais a funcio-nar. Se não estivesse este terceiro ano, não teria visto o Presidente da Repú-blica ter aceite um convite para estar presente no encerramento de uma das nossas actividades. O terceiro ano foi o tempo suficiente para sair da AAUM com satisfação e sentimento de dever cumprido. Um quarto ano não estava previsto, o timming não era certo e era também um exagero.

próprio negócio. E é um objectivo que não está posto de lado. Mas agora é acabar o curso, fazer, talvez, uma pós-graduação…

… Mas manténs a mesma consistência na ideia de criar uma empresa como quando a tinhas no momento que en-traste para a associação?Sim, porque está muito relacionado com o que faço aqui. O espírito empre-endedor que me acompanhou quando vim para a associação é agora mais forte quando saio da Associação. Este é um objectivo de longo prazo, porque há muito trabalho a fazer. Mas a médio prazo, o objectivo é acabar o meu curso, que termino no final deste ano lectivo e não tenho mais nada pla-neado, para já.

O caminho da política poderá ser uma via a seguir?Não está nos meus objectivos. Não é uma coisa que esteja no meu horizon-te. É certo que, à frente de uma Associação Académica, se desenvolvem algumas competências idênticas àquelas que é preciso ter na política. Mas isso não significa que tenha de ser assim. A po-lítica não é uma saída profissional. Ela só deve estar no horizonte de alguém quando essa pessoa se sentir útil à polí-tica e quando essa pessoa não usar a po-lítica para organizar a sua vida. Se me perguntarem se eu gostava de estar na política eu nem sequer saberia respon-der. Aquilo que sei é que posso abraçar

mais parecido for aquilo que me quise-rem chamar com os estudantes da UM, mais satisfeito fico.

Para o futuro, quais são os teus pla-nos?O meu primeiro objectivo é acabar o curso, porque já me falta muito pouco. Percebi o quanto gosto de associativis-mo e da participação, é algo que está inerente aquilo que eu me tornei. Mas neste momento o que me preocupa é acabar o meu curso. Sempre tive uma grande vontade de poder montar o meu

Pedro Soares assume especial agradecimento aos estudantes da UM por terem acredito nos projectos que liderou enquanto presidente da AAUM

Arquivo

Pedro Soares destaca negativamente o afastamento dos amigos e da família durante os últimos anos

UMDicas

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11Ter 8.Dez.09Publicidade

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12 Ter 8.Dez.09 Mundo Universitário

Melhor ideia de negócio recebe 100 mil euros

ISCTE e MIT assinaram um acordo para trazer para Portugal concurso de ideias de negócios o mais prestigiado dos EUA, o “$100K Entrepreneurship Com-petition”, e o prémio para a melhor ideia de negócio tecnológica é de 100 mil euros. Este é o projecto bandeira do acordo entre as instituições, uma ver-são à portuguesa do concurso do MIT que já lançou mais de 85 empresas.Para além do prémio, os vencedores do concurso, que tem como objectivo “cap-tar os melhores projectos”, terão ainda a possibilidade de “apresentar o projec-to do negócio a investidores de capital de risco e “business angel’s” em Bos-ton”, como explica José Paulo Esperan-ça, presidente do Audax, a plataforma de apoio ao empreendedorismo criada pelo ISCTE em Julho de 2005, e que está responsável por “fazer o coaching” e dar apoio técnico aos projectos.

Letícia de [email protected]

O projecto, que tem a duração de três anos, deverá ter um orçamento total de 1 milhão e 350 mil dólares por ano.

Eleições para a AAC dão origem a desordem em cantinaMelanie [email protected]

Alunos da lista T, vencedora das elei-ções para a Associação Académica de Coimbra (AAC), contribuíram para a quebra de um vidro da Cantina dos Grelhados. Sérgio Fernandes, Presidente da Co-missão Eleitoral (CE) referiu, para o jornal académico de Coimbra, A Cabra, que iriam ser tomadas medidas e que se “está à procura da pessoa ou do grupo de pessoas que praticaram o acto”.Já João Reis, membro da CE, realça os erros logísticos que se verificaram du-rante a noite das votações. Em relação aos distúrbios verificados refere que “as pessoas deveriam ter mais responsabi-

Projecto pretende dar apoio técnico a algumas ideias de negócio

DR

lidade”, lamentando esta situação.Miguel Portugal, próximo Presidente da Direcção-Geral da Associação Aca-

Cerca de um terço deste orçamento é fi-nanciamento público, mas o ISCTE já está a negociar com empresas para que

assegurem o restante, seguindo assim a regra de investimento dos projectos do MIT Portugal.O acordo do ISCTE com o MIT prevê ainda a criação de uma plataforma de apoio ao empreendedorismo em Por-tugal, uma expansão da “Innovation Initiative do MIT “ que, desde 2008, coordena a relação entre as empresas e os investigadores do MIT.Para além disso, a estrutura representa ainda “uma plataforma de transforma-ção de inovação associada a projectos de investigação em ideias e projectos empresariais concretos e ligando-a com a comunidade global de “venture capi-tal”, visando a criação de empresas a partir desse projectos”, sublinha o di-rector da Iscte Business School, Antó-nio Gomes Mota, para quem o principal objectivo desta parceria que irá reforçar as actividades de empreendedorismo do ISCTE é potenciar a “capacidade empreendedora nacional” apostando num empreendedorismo inovador com forte componente.”

Desordem na Cantina dos Grelhados marca noite eleitoral em Coimbra

démica de Coimbra (DG/AAC), não co-mentou a situação por desconhecer os factos sucedidos. No entanto, defende

que do dia “o mais importante a referir é que foi uma vitória histórica para a AAC, que estamos orgulhosos de ser a próxima DG/AAC e que a partir de ago-ra vamos trabalhar para servir os inte-resses dos estudantes da Universidade de Coimbra”.Porém este não foi o único incidente sentido no clia de eleições. Sérgio Fer-nandes afirma que surgiu um problema numa das urnas no final do dia 25 de Novembro. “Detectámos algumas irre-gularidades e a CE decidiu fazer uma nova votação, ou seja, rejeitando os votos que estavam naquela urna e reco-meçando no dia seguinte”. O Presidente da Comissão Eleitora faz, todavia, um balanço positivo do escrutínio exaltando os mais de 6 mil estudantes da Universidade de Coim-bra que forma votar nos dias 25 e 26 de Novembro.

Miguel Portugal vence eleições na AA CoimbraJoão Pedro [email protected]

A Associação Académica de Coimbra (AAC) foi a votos, nos passados dias 26 e 27 de Novembro, para eleger os seus órgãos de gestão (Assembleia Magna, Direcção Geral e Conselho Fiscal). No total, votaram 6088 estudantes, sendo que cerca 70 por cento dos votos foram para a Lista T, encabeçada por Miguel Portugal que afirma as suas intenções de “servir lealmente a AAC” prometen-de “não desiludir os estudantes”.Das várias listas em campanha, a segun-da mais votada foi a Lista P, com 7,5 por

cento dos votos. Sílvia Franklin, cabeça de lista, diz-se satisfeita com os resul-tados e, apesar da “votação exorbitante da lista T”, acredita que este resultado possa abrir “perspectivas para o traba-lho futuro”. Em terceiro lugar, surgiu, ao contrário das sondagens efectuadas pela comuni-cação social conimbricense, a Lista E, de Miguel Gonçalves.Por último, ocupando o fundo da tabe-la, com 4,6 por cento das decisões de voto, ficou a Lista A, liderada por Pau-lo Costa. Este estudante diz que, apesar da derrota, “as pessoas do projecto vão continuar a trabalhar nas faculdades, ao contrário de quem só aparece na al-tura das eleições” e deixa uma mensa-gem de confiança àqueles que votaram nele.

O estudante obteve cerca de 70 por cento da votação nas eleições e é o novo presidente da Direcção Geral da Associação Académica de Coimbra

Eleições na AACoimbra ficaram marcadas por alguns momentos menos positivos

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Eleições na AAC levaram às urnas de voto cerca de 6000 estudantes

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13Ter 8.Dez.09Nacional

Sónia [email protected]

O sector da logística e distribuição é o que faz mais contratações para refor-çar os seus Recursos Humanos, revela um inquérito realizado a 250 empresas portuguesas no segundo semestre de 2009.“A intenção de contratar, por parte de mais de metade das empresas do sec-tor da Logística e Distribuição, foi uma boa surpresa. Uma explicação possível pode ser o facto de as pessoas cortarem em muita coisa, mas não abdicarem dos bens essenciais, como os alimentares”, explicou Ana Teixeira, consultora da MRI Network Portugal, que realizou o inquérito.Cerca de 55% das empresas do sector afirma a intenção de contratar novos profissionais. Apenas 15% dizem pre-tender reduzir o número de trabalhado-res nos quadros.

Outros sectores enfrentam a crise

Também os sectores das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), indústria farmacêutica, biotecnologia e

saúde revelam intenção de fazer novas contratações. Como refere Ana Teixei-ra, ao Diário Económico, o sector das TICs “continua dinâmico e a recrutar”. Apesar da maioria apostar na manu-tenção dos seus quadros, 33% das empresas pretendem reforçar os seus colaboradores. O mesmo se passa nos sectores farmacêutico, biotecnologia e saúde: somente 8% das empresas redu-zem o número de trabalhadores. Nesta área, as empresas nacionais têm como exemplo as multinacionais, que adop-tam “boas práticas” quanto à política

Logística e distribuição garantem emprego

Empresários do sector mostram-se receptivos face à contratação de novos funcionários

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Sónia [email protected]

A Universidade onde se tirou o curso é mais importante que a área de formação para garantir a entrada no mercado de trabalho, revela um inquérito feito pelo Diário Económico. As empresas inqui-ridas pertencem a sectores da constru-ção, serviços, fabricantes de automó-veis, indústria alimentar e consultoria. A Universidade Técnica de Lisboa aparece no 1º lugar das universidades preferidas pelas empresas. Seguem-se a Universidade Católica, a Universida-de do Porto, o ISCTE e a Universidade Nova de Lisboa.

Os cursos de Gestão, Economia e Enge-nharia Mecânica, Engenharia Electro-técnica e Gestão de Marketing são os mais preferidos pelas empresas para a contratação dos seus quadros.

Universidades preferidas

No sector dos serviços, as universida-des preferidas são o ISCTE, Universi-dade do Porto, Universidade Católica, ISEG e Instituto Superior Técnico. As empresas de construção civil elegem o Instituto Superior Técnico, Faculdade de Engenharia do Porto, ISEL, ISEG e Universidade do Porto. No sector auto-móvel destacam-se o Instituto Superior Técnico, Universidade Católica, Facul-dade de Engenharia da Universidade do Porto e Universidade do Minho. Por

Universidade é um factor importante na hora de contratar sua vez, a indústria alimentar valoriza profissionais da Universidade Católica, Universidade Nova de Lisboa, Instituto Superior Técnico, ISCTE e Universida-de do Porto.

Cursos com maior taxa de empregabi-lidade

Os licenciados em Medicina, Saúde, Matemática, Serviços de Transportes e Informática registam os valores mais baixos de desemprego. Por sua vez, dos cursos com mais desempregados inscri-tos destacam-se Contabilidade e Admi-nistração, do Instituto Politécnico do Porto, Engenharia Biológica e Alimen-tar, do Politécnico de Castelo Branco, e Engenharia Química, do Politécnico de Bragança.

O curso de Medicina não tem licencia-dos inscritos no centro de Emprego, as-sim como outros cursos da área da Saú-de, tais como Enfermagem, Farmácia, Análises Clínicas, Fisioterapia e Radio-logia. Também com poucos licenciados desempregados destacam-se os cursos de Estatística, Métodos Quantitativos e mestrados de Matemática. De igual modo, a Informática destaca-se como uma das áreas mais seguras no merca-do de trabalho. Ainda há grande pro-cura de profissionais especializados em cursos como Sistemas de Informação e Engenharia de Redes. O sector dos Ser-viços de Transportes também apresenta elevada taxa de empregabilidade, com boas saídas profissionais em cursos que vão da Gestão de Transportes à Pilota-gem.

de recrutamento, refere a consultora da MRI Network Portugal.

Construção civil e obras públicas em dificuldades

O sector da construção civil e obras pú-blicas ainda está em crise. As empresas revelam a intenção de manter os seus quadros e não planeiam contratações futuras. No inquérito aplicado, nenhu-ma empresa respondeu afirmativamen-te à hipótese de alargar o número de trabalhadores: metade pretende manter

e 39% tenciona reduzir os quadros.Maior abertura na área comercial

As empresas inquiridas manifestam grande abertura na contratação de pes-soal especializado na área comercial (funções relacionadas com vendas). Os profissionais deste sector são preferi-dos por 45% das empresas, enquanto que 27% valorizam técnicos altamente especializados. Na logística e distribui-ção, 88% querem recrutar comercias, no farmacêutico, biotecnologia e saúde são 64% e nas TICs expressam intenção 56% empresas.

Segundo semestre com melhores pers-pectivas

Neste segundo semestre, são 32% as empresas que pretendem aumentar os seus quadros, contra as 13% que reve-laram a mesma intenção no primeiro semestre de 2009. Para Ana Teixeira, este crescimento indica que a crise está a acabar: “São sinais tímidos, mas posi-tivos de uma tendência de aumento de emprego. Nunca tive, em crises anterio-res, tantos executivos de primeira linha desempregados. Mas as pessoas já estão a ir a entrevistas. Parece-me o início de um volte-face”.

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14 Ter 8.Dez.09 Tecnologia e Inovação

Ministra não quer punir downloads ilegaise regulamentadas, essa matéria ainda não se aplica à temática dos conteúdos culturais”, clarificou a ministra.Para Gabriela Canavilhas, a posição cer-ta a tomar será partir para a penalização de quem fornece os conteúdos cultu-rais, uma vez que é mais fácil penalizar a pessoa que permite que os downloads sejam feitos, e fazer legislação. Defen-deu, também, que se deve “caminhar rapidamente para definição urgente de medidas de prevenção da pirataria e de compensação dos autores nos downlo-ads, que aí passariam a ser legais”.Hoje em dia é muito comum haver pes-soas que fazem downloads, seja dos episódios da série televisiva preferida, como do último CD lançado por uma

banda, ajudando a aumentar o prejuízo, uma vez que não compram os produtos originais. Este ponto é defendido por dois tipos de argumentos: uns alegam que as vendas têm vindo a decair dras-ticamente devido à possibilidade de download gratuito; outros são da opi-nião de que não há uma correspondên-cia directa entre a queda das vendas e a possibilidade de partilha de fichei-ros. Este último ponto tem como base alguns estudos académicos relativos à indústria musical.Porém, quando um cibernauta utiliza o sistema peer-to-peer para partilha de fi-cheiros, está, para além de descarregar ficheiros, a colocá-los à disposição de outros possíveis utilizadores.

Gabriela Canavilhas, ministra da Cul-tura, afirmou em Bruxelas, no passado dia 27 de Novembro, que o download ilegal de produtos culturais, tais como músicas e filmes, não pode ser penali-zado em Portugal, por não estar qualifi-cado como matéria criminal.Segundo a ministra, que falava no final de um conselho de ministros da Cul-tura da União Europeia (UE), “ainda é preciso legislar e identificar os down-loads como matéria criminal”, antes de se poder punir as pessoas que descar-regam produtos culturais da Internet ilegalmente. Deste modo, para Gabriela Canavilhas a possibilidade de interrup-ção do acesso à Internet, aprovada re-centemente pelo Parlamento Europeu, só é aplicável quando há crime.Na legislação portuguesa está explí-cito que se pode dar a reprodução de uma obra para fins privados, sendo que um download pode ser classificado como tal. Porém, esta possibilidade só se coloca quando não seja “atingida a exploração normal da obra”, nem seja causado “prejuízo injustificado dos in-teresses legítimos dos autores”. “Como a nossa legislação ainda não está clara na identificação do download como crime, e com as penalizações previstas

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Autópsia virtual põe de lado abertura de cadáver

Devido aos avanços tecnológicos, já é possível, através de um scan-ner óptico 3D, apurar as causas da morte do cadáver, sem que para isso seja necessário abrir o mesmo. Desenvolvida por investi-gadores da universidade de Berna na Suiça, a tecnologia processa-se virtualmente e pode detectar até 80% das lesões internas do corpo. Prevê-se que este método seja ex-portado e aperfeiçoado nos próxi-mos anos.

Japonês casa com personagem de jogo

Um jovem japonês, viciado em videojogos, estava apaixonado por Nene Anegasaki, uma personagem do jogo. Persistente no seu amor, e mesmo sendo a primeira cer-imónia de casamento pública en-tre um humano e uma personagem de um videojogo, o jovem levou a cabo o casamento numa cerimónia em Tóquio. A mesma desenrolou-se de forma natural, com direito a padre, padrinhos e até um vídeo de homenagem sobre videojogos.

Estado paga 99 500 euros por um siteFoi no passado mês de Julho, que o Estado português colocou online, um portal oficial das celebrações do centenário da República, tra-balho feito pelo atelier de design Henrique Cayatte. Até aqui tudo bem, não fosse o facto de este ter custado ao Estado 99 500 euros, para desagrado e, acima de tudo, revolta de alguns cidadãos portu-gueses.

Em Portugal, a prática de download ainda não é vista como crime

TwittadasPor Joana Gramoso

Apple: fumadores sem garantia

A Apple americana tem se re-cusado a reparar computadores caso os seus proprietários sejam fumadores. Ligados a uma agência que prima pela vida saudável dos americanos (Occupational Safety and Health Administration), a Ap-ple protege os seus técnicos dese aproximarem do aparelho cujo dono seja fumador, pela possi-bilidade de ficarem contaminados pelo fumo entranhado nos mes-mos, ainda que estejam dentro da garantia. É caso para dizer: o taba-co prejudica gravemente a saúde...do seu computador!

Catarina [email protected]

“What’s an Irish man doin’ in Paris?”Francisco [email protected]

Análise do jogo: The Saboteur

The Saboteur é um jogo de aventura desenrolado durante a Segunda Guerra Mundial. Sean Devlin é o seu protago-nista, um irlandês em Paris, baseado no herói de guerra William Grover-Williams (também conhecido por “W Williams”).Sean ignorava os avanços nazis pelo ter-ritório francês, até que um amigo seu é assassinado. É com este acontecimento que Sean finalmente se revolta contra a ocupação nazi e procura desenfrea-damente vingar o seu amigo. Durante a sua sangrenta aventura, o protagonista é ajudado pelos resistentes franceses e serviços secretos britânicos.Em termos de jogabilidade, o jogador poderá explorar a cidade de Paris (ocu-pada pelos nazis), algumas províncias francesas e partes da Alemanha. O sis-

tema é caracterizado por “WtF”, ou seja “Will to Fight” (Vontade de Lutar), sen-do que lugares com pouco WtF estarão a preto-e-branco (com a excepção das bandeiras nazis, vermelhas) e extrema-mente patrulhados por nazis, cabendo ao jogador “dar uma nova esperança às gentes daquela terra”, devolvendo-lhe a cor e a paz.As tropas alemãs não deixarão de estar presentes nas zonas com maior WtF, no entanto, os seus números são mais reduzidos e concentrados em pontos estratégicos como bases militares, por

Site Oficial: http://www.thesaboteurgame.com

DR

Jogo - The Saboteur

Género - Acção

Plataforma - PC, PS3 e Xbox 360

Data Lançamento - 20/11/2009

Classificação - 79/100

exemplo. Nestas zonas, caso o protago-nista entre em conflito com os nazis, a intervenção da resistência francesa não será demorada, ajudando assim o nosso irlandês vingativo. The Saboteur pos-sui animações muito fluidas, apesar de não ser um primor gráfico. A sua longe-vidade depende da vontade do jogador de fazer ou não as missões opcionais existentes. Concluindo, The Saboteur é mais um jogo de “guerra a céu aberto”, com uma concepção bastante única e uma história que poderia ser muito me-lhor.

Page 15: Jornal Académico

15Ter 8.Dez.09Cultura

Braga

Música

11 e 12 DezembroXVI Celta Theatro Circo

18 de DezembroThe Legendary TigermanFNAC - Braga Parque

Fotografia

Até 31 de DezembroRetratos de uma cidadeMuseu da Imagem

Até 16 de Dezembro“Curso de Iniciação à Fotografi a” Velha-a-Branca - Estaleiro Cultural

Exposições

Até 30 de Dezembro“Novas de Sombra Negra”Museu Nogueira da Silva/Universidade do Minho

Guimarães

Música

7 de Dezembro Lisbon film orchestraSão Mamede

9 e 10 de Dezembro Os músicos de BremenSão Mamede

Teatro

12 de Dezembro I love my penisSão Mamede

8 a 13 de DezembroThat Pretty, Pretty, de Sheila CallaghanEspaço Oficina

Famalicão

Música

16 de DezembroKartel # 31 - “Liberdade, União e Respeito”Casa das Artes

Exposições

9 de Dezembro Já não há cinéfilos?! Roberto RosseliniCasa das Artes

10 de Dezembro Noites do CineclubePonyo à beira-marCasa das Artes

AgendaLong Way To Alaska... Uma viagem por sons ambientais

Consta que não conhecem Sarah Pa-lin (pelo menos, pessoalmente) e que nunca foram ao Alaska. Uma terra fria, que, dizem, não se importavam de co-nhecer, nem que fosse “para ir buscar bacalhau”. Gil Oliveira, Lucas Carnei-ro, Gonçalo Peixoto e Nuno Abreu for-mam uma jovem banda da cidade de Braga, os “Long Way to Alaska”, que estão prestes a editar o EP de estreia. Em conversa com a banda, comecemos pelas datas...

Este vosso projecto, “Long Way To Alaska”, tem menos de um ano...Sim...

2009 é o vosso ano. Mas antes de de-sembocarem neste projecto tinham todo um percurso de bandas pelo ca-minho, começaram a tocar com 15 anos. Mas a vossa ligação à música surgiu como? Estamos numa cidade de música, estamos na chamada cidade do rock, a efervescência dos grupos.Gil Oliveira (G.O.) - Temos caminhos muito diferentes. No meu caso estudei guitarra clássica, comecei a ouvir mú-sica fora daquilo que era dado a conhe-cer na Gulbenkian. Foi através do meu irmão mais velho e dos amigos do meu irmão e começou por onde toda a gente começa, o grunge, os Pearl Jam e essas coisas. Como tocava guitarra clássica, comecei a “sacar de ouvido”, música rock, essencialmente, e fui adquirindo o gosto da música a partir daí. Apesar de querer sair da Gulbenkian, porque não gostava nada de lá estudar (risos), mas os meus pais obrigaram-me até ao nono ano e valeu a pena.

Mas todos têm formação musical espe-cífica?Nuno Abreu (N.A.) - Começamos todos na mesma altura. Quando o Gonçalo começou a tocar baixo fui para uma escola de música. Tive dois anos de formação musical, de canto e guitarra clássica. Mas começamos a ter aulas mais ou menos ao mesmo tempo. Foi aí que conhecemos o Gil, começamos a tocar umas guitarradas em casa de amigos, criamos uma empatia um com o outro. Conhecemos o Gonçalo, pedi-mos que ele viesse tocar para a nossa beira…

Lucas Carneiro (L.C.) - E eu comecei a explorar a música com amigos, come-çamos a ouvir Pearl Jam e como não tinhamos nada para fazer decidimos criar uma banda, fui ter aulas com pro-fessor de guitarra...

Mas as vozes que se ouvem nas músi-cas são de quem?G.O. – Somos os quatro. Mas a voz líder é a do Nuno. N.A. - Ao vivo somos os quatro, depen-dendo da música, da altura da música, do tom... Compomos na sala de ensaios, lá em casa, cantamos em conjunto, so-mos um “coro de meninos” (risos).

Em termos instrumentais, o que usam?N.A. - Guitarras, baixo, djambé, percus-são, melódica e uns pássaros... (risos)G.O. - Mas temos tendência a procurar sons alternativos, diferentes, outros in-trumentos...N.A. - Queremos libertar mais a músi-ca.

“Long Way to Alaska” é o vosso nome. De onde surgiu esta designação e por-que a escolheram?N.A. - É sempre aquela questão com-plicada. Há muita gente começa por dizer “Ah, mas de certeza que o ‘Long Way to Alaska’ tem a ver com o filme ‘Into the Wild’”. Não tem directamente a ver com o filme. Obviamente que há um longo caminho no filme, mas quan-do surgiu este nome não foi a pensar neste filme. “Long Way to Alaka” acho que transparece uma paisagem, um ca-minho, uma evolução que vamos pas-sando. Não há uma história. Foi espon-tâneo. Surgiu logo na noite do primeiro tema composto, sem brainstorming.

Vão ver o vosso EP de estreia editado pela independente Lovers and Lolly-

José [email protected]

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pops. Como se dá o interesse?N.A. - O mentor da editora (Fua) já era nosso conhecido. A ideia do EP surgiu porque tínhamos que gravar alguma coisa com qualidade para colocar no myspace. Porque até então tínhamos apenas duas gravações feitas em casa. Gravámos em meados de Julho, mistu-rámos em Setembro e quando tínhamos o trabalho feito pensámos: “porque não mostrar ao Fua?”. Mostrámos, ele gos-tou e partiu daí a ideia de editar o EP.

Lançam o EP a 11 de Dezembro, no Museu Nogueira da Silva. Depois, dia 15, actuam no Passos Manuel, no Por-to, na primeira parte da Scout Niblett. Sentem que há espaço para vocês na cidade, sentem que há espaço para vo-cês no país. Mas, da parte do público, sentem esse interesse?N.A. - Queremos que haja. E para já tem corrido bem, não estávamos à es-pera disto. O feedback sentiu-se a partir do momento em que a editora colocou uma pequena informação sobre a banda no blog e houve logo uma resposta mui-to positiva em relação ao trabalho.

Sentem que aqui em Braga ainda há esse grande interesse pelas novas ban-das?G.O. - Em Braga sinto alguma revolta relativamente àquilo que ainda falta fazer. Há muita “miudagem” a fazer mais do mesmo, não sai daquela onda do rock, dos Soundgarden, dos Alice in Chains. São poucos os projectos madu-ros e que têm, realmente, um som ino-vador. Acho que é isso que interessa. Depois há a parte da metalada, pessoal do peso, com grande expressão em Bra-ga. Acho que a cidade é mais do metal que do rock. Mas os peixe:aviao e os Smix Smox Smux vieram mostrar que a cidade de Braga ainda tem vida.

Joana Castelo

Long Way to Alasca lançam o seu primeiro EP no dia 11 de Dezembro no Museu Nogueira da Silva

Page 16: Jornal Académico

16 Ter 8.Dez.09 Cultura

RUM BOX

Top RUM – 49/20094 de Dezembro

1 TEMPER TRAP, THE - Science of fear2 PACO HUNTER - Pensacola3 OQUESTRADA - Oxalá te veja4 RODRIGO LEÃO & CINEMA ENSEMBLE - Vida tão estranha5 ARCTIC MONKEYS - Crying lightning6 LEGENDARY TIGER MAN, THE - Life ain’t enough for you7 CRISTINA BRANCO - Bomba-relógio8 AIR - Sing sang sung9 GOSSIP, THE - Heavy cross10 REAL COMBO LISBONENSE - Oh!11 BIG PINK, THE - Dominoes12 BAD LIEUTENANT - Sink or swim13 FRIENDLY FIRES - Kiss of life14 D3Ö - Wanna hold you15 KINGS OF CONVENIENCE - Boat behind16 ANDREW THORN - Me jane17 SONIC YOUTH - Sacred trickster18 DIRTY PROJECTORS - Stillness is the move19 NOUVELLE VAGUE - Master and servant20 SEAN RILEY & THE SLOWRIDERS - Houses and wives

Premiados c/ cheques-disco naLouie Louie

Pedro Miguel Silva PereiraCarlos Alberto Duarte Ferreira

Post It 7 a 11 de Dezembro

CLÃGolden skans

BEACH HOUSENorway

KAREN O AND THE KIDS All is love

O ano de Coco Chanel

Do cruzamento entre arte e cultura, do génio e do estilo, nasceu a paixão entre Coco Chanel e Igor Starvinsky. Esta é já a segunda incursão num ano sobre a vida de Coco Chanel (1883-1971).O filme de Jan Kounen, para além de retratar o romance, funciona com um duplo biopic sobre figuras que revolu-cionaram a cultura do século XX.Adaptado do romance de Chris Gree-nhalgh, o filme mostra a estilista fran-cesa e o compositor russo, na intimida-de, e o lado psicológico de dois génios.A câmara entra na casa de campo onde Coco acolhe Igor e a família durante a Revolução Russa, na famosa loja de Pa-ris, no laboratório em Grasse, onde foi criado o Chanel nº 5, passando pelos Campos Elísios onde Coco assiste em 1913 à estreia do bailado de Stravinsky, “A Sagração da Primavera”.Um espectáculo que chocou os especta-dores que vaiaram a obra, mas hipnoti-zou a jovem estilista.Anos mais tarde, já famosa, Coco é de-

Cátia [email protected]

Artigo de Opinião: Estreia de “Coco Chanel & Igor Stravinsky ”

vastada pela morte do seu amante, Boy Capel. É quando conhece Stravinsky, recém-chegado a Paris como exilado da União Soviética.Coco acolhe o compositor e a família na sua casa de campo, onde Stravinky pode compor em sossego e rodeado de todos os luxos.Este momento marcará o início de uma paixão electrizante, que nunca foi mui-to conhecida.Mads Mikkelsen (vilão em Casino Roya-le de James Bond) é Igor. Um homem

com classe, mas com o temperamento difícil e egocêntrico de um artista.Anna Mouglalis, que foi musa Chanel durante vários anos, é Coco. Ela é uma estilista actual, determinada e uma mu-lher apaixonada. E tal como Stravinsky sabe exactamente o que quer.Com passagem pelo Festival de Can-nes deste ano, mas fora da competição, «Coco Chanel & Igor Stravinsky» é um filme intimista, equilibrado em que os momentos de paixão parecem reais e a arte fala por si.

O filme mostra a estilista francesa e o compositor russo na intimidade

Cumpriu

O lado pessoal de Casablancas

Desde 2006, altura da edição de First Impressions of Earth que os The Strokes suspenderam as actividades. Ainda as-sim os vários elementos da banda esti-veram longe de ficar parados.O primeiro a avançar foi o guitarrista Albert Hammond Jr. que, jé este ano editou o segundo disco em nome pró-prio. Depois surgiu o baterista brasi-leiro, Fabrizio Moretti, que se juntou a Binki Shapiro e ao compatriota Rodri-go Amarante para formar os Little Joy. O baixista Nikolai Fraiture não ficou atrás e, com alguns amigos de infância formou o projecto Nickel Eye. Agora foi a vez de Julian Casablancas quebrar o silêncio. Desde a hibernação dos The Strokes que o temos encontra-do a espaços: em ‘Little Girl’ no disco Dark Night of the Soul, do projecto de Danger Mouse, Sparklehorse e David Lynch e também em ‘My Drive Thru’ juntamente com Pharrell Williams e Santogold. Agora em formato longa duração Casablancas mostra uma fa-ceta mais pessoal: um disco que, para começar está bem longe da sonoridade característica dos The Strokes. Aqui é convocada a folk (talvez por influência de Mike Mogis (colaborador de Jenny Lewis e Bright Eyes, entre outros) o

Sérgio [email protected]

CD RUM : Phrazes for the young / Julian Casablancas

Agora em formato longa duração, Casablancas mostra uma faceta mais pessoal

DR

DR

rock, a electrónica e os teclados vin-dos directamente dos anos 80. É uma receita nada óbvia, mas cujo resultado soa bastante distinto e cativante. Uma música com um cunho pessoal muito próprio.

Numa altura em que se destaca o disco ‘This is it’ como um dos mais impor-tantes da década, Casablancas (que foi o autor de todas as músicas e letras des-sa obra) surge num outro registo musi-cal mas com a mesma vitalidade.

Page 17: Jornal Académico

17Ter 8.Dez.09Erasmus

The Nicoline Festivities

The origins of the Festas Nicolinas, or the St. Nicholas Festivities, date back to the time of religious devotion to St. Nicholas, the Bishop of Mira in Asia Minor (present day Turkey) who lived in the 3rd and 4th centuries. Devotion to the saint was brought to Guimarães by pilgrims from all over Portugal and Europe who came here to pay homage to Our Lady of Guimarães – Patron Saint of Portugal up to the 17th century – on their way to or from the fa-mous pilgrimage destination, Santiago de Compostella.According to popular devotion, St. Nicholas is the Patron Saint of poor young women, of the persecuted, of merchants, children, prisoners, the un-happy, and the unlucky; his name is invoked to fight against heresies or to help cure certain diseases.Besides these beliefs, St. Nicholas is considered the Patron Saint of stu-dents. Legend has it that three young school children were horribly mur-dered by an innkeeper but when St. Nicholas approached their bodies, he restored them to life. This may be the reason that he is often depicted with three children at his feet. At first, the celebrations in honour of St. Nicholas were only religious in nature, but as time passed, secular elements were in-cluded, such as singing and dancing, since these activities gave the people a respite from their harsh daily lives and routines. The celebrations of public adoration of the saint, originally begun by the people, were taken over by the stu-dents, who built a chapel in honour of St. Nicholas from 1661-1663 inside the Church Nossa Senhora da Oliveira, where they established their Brother-hood. Initially, the festivities took place only on the saint’s feast day, the 6th of December. In the morning on that day, students would attend high mass and in the afternoon participate in games and other popular events. Over time, it was felt that one day only was not enough for these festivities, so they were extended to two days, the

5th and the 6th. On the 5th, the pro-gramme of the following day was an-nounced in the streets by a student “town crier.” Later, the number of days for the Guimarães Student Festivities would be extended even further: nowa-days the St. Nicholas Festivities take place from the 29th of November to the 7th of December. The St. Nicholas Fes-tivities have evolved over the centuries but their essence has always been pre-served; they are considered to be some of the oldest celebrations in Guimarães, testament to the rich cultural heritage of the city.

As Novenas (The Novenas)The students of Guimarães show strong devotion to Our Lady of the Immacu-late Conception, whose feast day is the 8th of December. Beginning nine days before this date and very early every morning, students and locals pray the rosary in honour of the Immaculate Conception.

O Pinheiro (Planting the Pine Tree)Planting the Pine Tree was not initially part of the formal St. Nicholas Festivi-ties. It was simply the moment that announced the start of the Festivities when students “planted” a pine in the main square, the Toural, with the scho-lastic flag hoisted. Later, the Planting of the Pine Tree was considered itself a formal event, integrated now as one of the most im-portant ones. Thus, on the 29th of No-vember around 11:00 p.m., a tall pine tree is transported on an ox-drawn cart through the city streets to the place where it will put into the ground, ac-companied by an enormous parade of students and alumni banging on drums in a special rhythm only played for the St. Nicholas Festivities.This is the event that draws the most people, both spectators and partici-pants, with thousands of marchers and onlookers filling the city.

As Ceias Nicolinas (the St. Nicholas Suppers)Originally, when the Pine Tree was planted around 8:00 in the evening, the students met afterwards for a late sup-per. Since the Pine Tree gets planted later these days, the suppers take place before the event and are more rightly called “dinners” (jantares).These dinners give current students the opportunity to socialize; former stu-

dents use this reunion as a chance to see old friends again and relive happy high school memories.Whoever wants to come to Guimarães for dinner on this day needs to make prior reservations since all the res-taurants are full up with large festive groups of students.

As Posses (The Offerings)This St. Nicholas Festivity takes place on the 4th of December. In olden times, students would pass by the homes of wealthy and respected families in Guimarães in hopes of receiving various offerings, mostly food and drink. The potter from Cruz da Pedra Street might would usually offer some kindling wood for the Magusto, the Chestnut Fire. Nowadays, private organisations, cultural associations or individuals may participate.

O Magusto (The Chestnut Fire)After the Offerings were collected, students would go to the spot where the Pine Tree was planted to see what treats they had received, and using the kindling, they would start the Chestnut Fire to roast their chestnuts. Nowadays, the Magusto takes place in Santiago Square where students share what they have collected with passersby.

As Roubalheiras (Little Robberies)Once the Chestnut Fire had ended, the students used to wander throughout the city in a night of mischief that in-volved removing ordinary objects from public places (“stealing” flower pots, bronze plaques for doctor’s or lawyer’s offices) and putting them in the Tou-ral Square as an innocent joke. The next day, citizens would stop to see what the students had taken during the night. This St. Nicholas event was dis-continued, however, when it led to true robbery and abuse. It has since been re-vived because students no longer pub-licise which night their prank will take place.

O Pregão (Reciting Poetry in the Streets)On the 5th of December, a day of Recit-ing Poetry in the Streets takes place, in which a poet- crier reads aloud original rhymed verse in various spots in the city.According to tradition, the Parade for Reciting Poetry was led by a student riding a horse, formally dressed in a

long robe, cloak and white gloves. Next to him was another student carrying the official scholastic flag; both surrounded by an honour guard of students either on foot or horseback. These were fol-lowed by drummers and an ox-cart in which stood four students and the stu-dent “poet-crier,” called a pregoeiro. The texts (written by the students themselves) read aloud in the Pregão deal with student life and affairs, the student festivities or perhaps current events on the local, national or inter-national level. A good dose of humour, satire and sarcasm is always included.The texts are read out at the City Hall Square, at the former Martins Sarmento Secondary School, at the shop door of Dona Aninhas (a woman from the early 20th century considered to be the god-mother of students due to her dedica-tion to them) and at Santiago Square, where the Martins Sarmento Secondary School Alumni Association is located.

As Maçãzinhas (The Little Apple Love Offerings)This St. Nicholas event, which takes place on the 6th of December, has its origins in the romantic movements that swept England, France and Germany in the late 18th century. Revived at that time was the medieval notion of chiv-alry and courtly love, where men were servants of women, kneeling in admira-tion at their beauty, respectfully at their feet.The Little Apple Love Offerings are the gentlemanly display of this affection. The male students seek out young la-dies standing on the balconies lining Santiago Square, offering them an ap-ple placed on a long pole or lance. The women return the kind gesture with a small trinket after taking the apple. It is said that each young gentleman must give his “lady love” the reddest apple.

As Danças de S. Nicolau (St. Nicholas Dances)This event harkens back to the custom of adding secular activities (dances, theatrical performances, etc.) to the feast day of St. Nicholas, which in fact, was how the students originally raised the funds necessary to build the Cha-pel of St. Nicholas in the Church Nossa Senhora da Oliveira.Nowadays, on the evening of the 6th of December, a type of variety show takes places where various well-known people are caricatured: D. Afonso Hen-riques, Mumadona, St. Nicholas him-self, Minerva, etc…

O Baile Nicolino (the Nicoline Ball)The 7th of December brings togeth-er many former students (and their friends from the same generation) for a stylish evening of dinner and danc-ing. Wearing the best in formal attire, the participants recreate the elegance of the 19th century. This is known as the “Nostalgia Ball,” or Baile de Sau-dade because so many alumni gather to look back at those happy moments when they were students. It is with this great banquet that the Festas Nicolinas end every year.

Sara [email protected]

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The origins of the Festas Nicolinas, date back to the time of religious devotion to St. Nicholas

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Page 18: Jornal Académico

18 Ter 8.Dez.09 Desporto

SCBraga/AAUM soma e segue no campeonatominutos, foi a vez de Coroas também deixar a sua marca. No último minuto e já com o guarda-redes Hélder na baliza do SCBraga/AAUM, o Gafanha ainda conseguiu marcar dois golos. Os bracarenses, com este quinto triunfo consecutivo, permaneceram na 3ª posi-ção na tabela de classificação, com 16 pontos conquistados, menos dois que o Rio Ave, segundo classificado. Na próxima jornada, o SCBraga/AAUM faz uma curta viagem a Vila Nova de Gaia para um difícil confronto com o Módicus, líder da competição, com 21 pontos conquistados. O jogo será no sá-bado, às 21h30.

Carlos [email protected]

por não ser tão negativo.

Entrada empolgante

A repreensão que, possivelmente, os jo-gadores do SCBraga/AAUM receberam do seu treinador no balneário, surtiu efeito. Estes entraram na segunda parte com uma postura distinta, decididos a redimirem-se das fragilidades até en-tão demonstradas e conseguiram, logo cedo, uma boa vantagem.Aos 21 minutos, na sequência de uma jogada bem trabalhada, André Macha-do abriu o activo. Aos 26 minutos, após um pontapé estudado de linha lateral, Ferrugem fez o 2-0. No minuto seguin-te, Rui Coroas apareceu livre ao segun-do poste para também fazer o gosto ao pé e, aos 29 minutos, num livre à entra-da da área, Tiago rematou forte e não deu hipóteses ao guardião adversário, fixando o 4-0.Com a vantagem adquirida, os braca-renses procuraram manter a posse de bola e gerir o resultado, contudo, ainda conseguiram ampliar mais a vantagem. Aos 32 minutos, Ferrugem rematou cruzado e bisou na partida e, aos 37

O conjunto minhoto jogou em Braga, no último fim-de-semana, contra a equipa do Gafanha. O encontro era referente à 8ª jornada e, apesar das dificuldades iniciais, o SCBraga/AAUM fez uma excelente segunda parte e conquistou mais uma vitória (6-2). Pedro Palas não convocou para esta par-tida o guarda-redes Skat, Ricardinho, Rui Anão e Luís Resende. Por sua vez, os cinco atletas escolhidos para inicia-rem o jogo foram Pli na baliza, Fabrício, Lino, André Machado e Coroas.Na primeira parte é de ressaltar a fraca prestação dos bracarenses, já que entra-ram completamente desconcentrados, muito submissos ao adversário e não conseguiram criar grandes oportunida-des para marcar. Para piorar, ainda vi-ram o Gafanha acertar com a bola, por duas vezes, no poste da baliza de Pli. Desta forma, o empate sem golos, que permaneceu até ao intervalo, acabou

FUTEBOL: Brasil - Flamengo conquista título e quebra jejum de 17 anosO Flamengo conquistou o título de campeão brasileiro de futebol 17 anos depois, na última jorna-da de um dos campeonatos mais disputados das últimas tempora-das, que garantiu momentos elec-trizantes para adeptos de várias equipas. Para delírio dos 65 000 apoiantes de um dos clubes mais populares do Brasil que lotaram o Estádio Maracanã, no Rio de Janei-ro, os “rubros-negros” venceram o Grémio de Porto Alegre por 2-1 e conquistaram o seu sexto título do “Brasileirão”, pondo fim a uma “seca” que durava desde 1992.

desporto.ZIPPor Nuno FC

de bronze.

Pares MistosNesta categoria os três primeiros luga-res pertenceram á AAUMinho, sendo a dupla Ângela Leite/João Graça os gran-des vencedores.

Classificação CNU ténis de mesa:Singulares FemininoLeila Oliveira da U.Porto arrecadou a medalha de ouro nesta categoria seguin-do-se no 2º lugar Sofia Martins – AAU-BI (Covilhã) , 3º Izabela Palygiewicz do IPViseu e 4º Cristina Real da AAUM.

Singulares MasculinoO grande vencedor desta prova foi Vi-taly Efimov – AAUMadeira seguido de dois atletas minhotos, Carlos Fernan-des segundo classificado e Joni Sousa terceiro. Tiago Abreu, também atleta da AAUMinho conseguiu a 12ª posição.

Pares FemininosIzabela Palygiewicz/Susana Sousa do IPViseu levaram para casa o ouro, Sofia Martins/Ana Resende da AAUBI (Covi-lhã) a prata e Katherine Both/Joana Bo-eiro – AEIST (Lisboa) o Bronze.

Pares MasculinosA dupla Joni Sousa/Tiago Abreu da AAUM conseguiu o lugar mais alto do pódio, arrecadando a medalha de ouro.

Pares MistosCristina Leal / Joni Sousa classificaram-se em segundo lugar nesta categoria, fi-cando com a medalha de prata. Izabela Palygiewicz/Alexandre Santos do IPVi-seu conseguiram a primeiro lugar.

O Complexo Desportivo Universitá-rio de Gualtar foi palco dos CNU’s de Badminton e Ténis de Mesa, que de-correram nos dias 3 e 4 de Dezembro deste mês. Atribuído pela Federação Académica do Desporto Universitário (FADU), os CNUS de Badminton e Ténis de Mesa foram dominados pelos atletas minhotos em várias categorias tendo estes arrecadado várias medalhas. O primeiro dia foi dedicado à competição singular e o segundo à competição por pares. Nestas duas provas, que decorre-ram em simultâneo na nave principal do Pavilhão da UMinho, estiveram pre-sentes 85 atletas (40 no badminton e 45 no ténis de mesa) em representação de 13 academias nacionais. A Associação Académica da Universi-dade do Minho (AAUM), responsável pela organização, fez-se representar por 20 atletas no total das duas modalida-des. Em seguida seguem-se todas as classi-ficações dos CNU’s Badminton e Ténis

de Mesa:

Classificação CNU BadmintonSingulares FemininoA grande vencedora nesta categoria foi Vânia Camacho da AAUMadeira. As atletas da AAUMinho obtiveram as seguintes classificações: Ângela Leite (2ª classificada) , Carla Guimarães (4ª classificada) e Ana Carvalho (5ª classi-ficada) Singulares MasculinoNuno Santos da AACoimbra foi a ven-cedor nesta classe onde a AAUM con-seguiu os 4º,5º,6º e 7º lugares.Pares FemininosNa classe pares femininos a dupla Ân-gela Leite / Carla Guimarães (AAUM) venceram nesta categoria ficando em segundo lugar a dupla também do Mi-nho, Ana Carvalho/Andreia Leite.

Pares MasculinosNuno Santos/José Silva da AACoimbra obtiveram o primeiro lugar do pódio seguido dos atletas minhotos João Gra-ça/Rui Almeida na segunda posição e Manuel Carvalho/Jorge Carvalhotam-bém da AAUM alcançaram a medalha

AAUMinho garante vários lugares no pódioCampeonato Nacional Universitário Ténis de Mesa e Badminton

Após um início de jogo algo sofrível, o SCBraga/AAUM realizou uma segunda parte de grande nível e conquistou mais uma vitória

NATAÇÃO: Nacionais Piscina Curta - 47 recordes batidos nos melhores absolutos da décadaOs Campeonatos Nacionais de Natação em Piscina Curta (25 met-ros), concluídos na Piscina Munic-ipal de Leiria, registaram um total de 47 recordes de Portugal nos três dias das provas, cotando-se como os melhores absolutos da década. Só no último dia dos Nacionais, domingo passado, foram batidos mais seis máximos absolutos e nove de juniores, elevando para 23 o total de recordes nacionais abso-lutos e para 24 no que diz respeito ao escalão júnior.

Eduardo [email protected]

TRIATLO: DTN diz que juventude na selecção nacional é promessa de sucesso e progressãoO Director Técnico Nacional (DTN) da Federação de Triatlo de Portugal (FTP), Sérgio Santos, mostrou-se optimista quanto ao futuro da modalidade, garantindo que a juventude que impera na se-lecção nacional é uma promessa de sucesso e progressão. Sérgio San-tos afirmou na Figueira da Foz, no decorrer da Gala do Triatlo, que os resultados obtidos pelas selecções nacionais constituídas por jovens em início de carreira “fazem ac-reditar no futuro com optimismo”. Sobre a ruptura com Vanessa Fer-nandes, o ex-treinador da triatleta não quis tecer comentários, con-siderando apenas que a medalha de prata nos Jogos Pequim2008 “fez uma escolha de proximidade com a área da sua residência por opção própria”.

DR

Tiago marcou um dos golos da vitória bracarense

UMDicas

Atletas da AAUM tiveram uma boa prestação nos CNU’s de badminton e ténis de mesa

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19Ter 8.Dez.09Publicidade

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