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Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 130 / ANO 5 / SÉRIE 3 / TERÇA-FEIRA, 5.OUT.10 Testamentos perpetuam uma Gata histórica, mas “atrevida” Carlos Silva, administrador dos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho em exclusivo para ACADÉMICO/RUM Socialização ao som das danças latinas na UM cultura reportagem É momento de recuperar a história. São dezenas de anos, milhares de testemunhos de uma Gata que, ano após ano, insiste em morrer e deixar os seus testemu- nhos. Associação Cultural Francisco Sá de Miranda e Associação Académica da Universidade do Minho deixam assim, perpetuado todo este espólio valioso, agora registado num livro com cerca de 500 páginas... De pura história. Página 16 e 17 Carlos Silva assumiu a administração dos Serviços de Ac- ção Social da Universidade do Minho fez, no passado dia 1 de Outubro, sete anos. De todos estes anos, faz ques- tão de destacar as suas relações com os reitores Sérgio Machado dos Santos, António Guimarães Rodrigues e, actualmente, António Cunha. Para o futuro, ambiciona a abertura de um restaurante panorâmico no campus de Azurém, assim como a inau- guração de duas pizzarias. No entanto, o tema dominante da entrevista foi a ques- tão dos apoios sociais. Apesar de garantir que mal sejam publicadas as normas técnicas de cálculo das bolsas, os SASUM irão, em 30 dias, disponibilizar esse apoio, Car- los Silva admite que no panorama nacional, apenas em Fevereiro ou Março grande parte dos estudantes do Ensi- no Superior recebem as bolsas de estudo. Página 11 e 12 A Universidade do Minho, de entre as muitas modali- dades desportivas que permite praticar ao longo do ano, tem também as danças latinas. Uma modalidade que talvez muita gente pense que tem pouca procura, e que muitos outros nem saberão da sua existência. Vamos conhecê-la um pouco melhor... Página 13 entrevista www.academico.rum.pt www.facebook.com/jornalacademico www.twitter.com/jornalacademico

Jornal Académico nº2

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Segunda edição do ano lectivo 2010/2011

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Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco LeãoDISTRIBUIÇÃO GRATUITA130 / ANO 5 / SÉRIE 3 / TERÇA-FEIRA, 5.OUT.10

Testamentos perpetuam uma Gata histórica, mas “atrevida”

Carlos Silva, administrador dos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho em exclusivo para ACADÉMICO/RUM

Socialização ao som das danças latinas na UM

cultura

reportagem

É momento de recuperar a história. São dezenas de anos, milhares de testemunhos de uma Gata que, ano após ano, insiste em morrer e deixar os seus testemu-nhos. Associação Cultural Francisco Sá de Miranda e Associação Académica da Universidade do Minho deixam assim, perpetuado todo este espólio valioso, agora registado num livro com cerca de 500 páginas... De pura história. Página 16 e 17

Carlos Silva assumiu a administração dos Serviços de Ac-ção Social da Universidade do Minho fez, no passado dia 1 de Outubro, sete anos. De todos estes anos, faz ques-tão de destacar as suas relações com os reitores Sérgio Machado dos Santos, António Guimarães Rodrigues e, actualmente, António Cunha.Para o futuro, ambiciona a abertura de um restaurante panorâmico no campus de Azurém, assim como a inau-guração de duas pizzarias.No entanto, o tema dominante da entrevista foi a ques-tão dos apoios sociais. Apesar de garantir que mal sejam publicadas as normas técnicas de cálculo das bolsas, os SASUM irão, em 30 dias, disponibilizar esse apoio, Car-los Silva admite que no panorama nacional, apenas em Fevereiro ou Março grande parte dos estudantes do Ensi-no Superior recebem as bolsas de estudo.

Página 11 e 12

A Universidade do Minho, de entre as muitas modali-dades desportivas que permite praticar ao longo do ano, tem também as danças latinas.Uma modalidade que talvez muita gente pense que tem pouca procura, e que muitos outros nem saberão da sua existência. Vamos conhecê-la um pouco melhor...Página 13

entrevista

www.academico.rum.pt www.facebook.com/jornalacademicowww.twitter.com/jornalacademico

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É num ambiente de austeridade instalado no país que o semanário dos estudantes volta na sua segunda edição deste ano. Austeridade essa que obriga ainda mais a “apertar o cinto”, apesar de a única coisa que temos ser uma simples “tanga”. Esperemos então que não seja “tanga”, esta história da recupera-ção de prestígio e reputação nos mercados estrangeiros. “Tanga” essa que nos querem fazer acreditar. Considero ser verdade, contudo. Mas considero igualmente um tremendo absurdo a tanga ser feita de diamantes em muitas casas de alguns “senhores” deste país. Acumulam-se os prémios e os ordenados assumidamente futebolísticos de alguns (que ainda ficam aborrecidos por lhe tirarem umas migalhas que dariam para alimentar milhares). Ainda assim, volto aos mercados internacionais, para deixar aqui a nota de que esta instabilidade em torno do país é, também, na minha opinião, factor desastroso para o nosso futuro. Governar com um Orçamento de Estado de outros partidos é uma ideia absurda. Agora quando as “comadres” estão zangadas, fica tudo ainda mais difícil. É tempo de sermos Portugal sem ser na altura dos jogos da selecção. Pego, como nota final, na questão das bolsas, para voltar a classificar a situação de vergonhosa. Fevereiro/Março para se pagar bolsas??? Isto nem numa piada me fazia rir. Não se “brinca” com coisas destas. É o futuro do país, são os jovens que estão em causa. Haja vergonha senhores!Enquanto tudo passa e nada muda... Voltemos ao futebol, o nosso “alegre fado” para os momentos maus.

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Praxe na U. MinhoAté ao momento, a situação, a jul-gar pelos comentários e opiniões dos novos alunos, tem sido exem-plar. A praxe, um “bicho” para quem trazer credibilidade e serie-dade a uma instituição de ensino está, no presente ano, bastante calma e ponderada. O respeito pela dignidade e valor humano são traves-mestre neste arranque.

Acção Social no Ensino SuperiorDeixo (quase) o mesmo texto que na edição passada. Uma semana volvida... A situação mantém-se. Vergonhoso! A publicação de normas técnicas para o cálculo da bolsa continua a dominar (ou não) a “extenuante” agenda do Ministério. Quem sofre na pele são, uma vez mais, os estudan-tes. Façam-se ouvir!!!

Festival de OutonoExcelente iniciativa. Pelo primeiro ano, o Conselho Cultural deu azo à festa para os estudantes, abrin-do, de igual forma, as portas às cidades. Sinergias positivas cria-das em torno de um evento onde a Universidade e seus parceiros saíram claramente com uma imagem (com punho cultural) as-sumidamente mais forte.

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PÁGINA 03 // 06.OUT.10 // ACADÉMICO

LOCALComida típica por 12,5 euros em restaurantes de BragaCláudia Fernandes

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Apreciar as iguarias da gastronomia bracarense é possível por 12,5 euros em alguns restaurantes da ci-dade de Braga, ao longo de todos os fins-de-semana do mês de Outubro. Isto surge no âmbito da edição deste ano do “Braga à Mesa”, que arrancou na passada sexta-feira, no restaurante “El Olivo”, no Hotel Meliã, na cidade minhota.Entre os pratos que podem ser provados constam o “Ba-calhau à Braga”, “Papas de

Sarrabulho com Rojões à Minhota”, “Arroz de Pato” e “Cabrito Assado à Moda de Braga”, não tendo sido deixados de partes os “boli-nhos de bacalhau” e o “Lei-te-creme”.A iniciativa, que já se reali-za há alguns anos, insere-se no “quadro de formação turística do concelho”, em que o principal objectivo é, segundo Vítor Sousa, vice-presidente da Câmara Mu-nicipal de Braga e vereador para o Turismo, “a promo-ção de um património tu-rístico de grande relevo e potencial, como é a nossa

gastronomia”. Sabendo ser necessário desenvolver es-forços para tornarem este evento apelativo, o vice-pre-sidente da Câmara Muni-cipal de Braga garante que tem trabalhado nesse senti-do “com os restaurantes que querem aderir à iniciativa”. Vítor Sousa referiu, em de-clarações à RUM, que na gastronomia “o factor preço também é importante”. “To-dos os restaurantes que se associaram à iniciativa vão ter uma ementa completa a 12,5 euros”, explicou. Esta novidade, ou seja o facto de haver um preço fixo, resulta

desse trabalho junto dos es-paços de restauração. Paralelamente à promoção da gastronomia local, esta actividade visa, de igual modo, uma divulgação dos pontos turísticos da região. O também vereador para o Turismo, Vítor Sousa, reve-la que estes dispuseram de “50% nas entradas” para aderirem a este programa. As Termas Romanas da Ci-vidade, Museu dos Biscai-nhos, Mosteiro de Tibães e Museu da Sé de Braga são alguns dos aderentes.Em termos de promoção, além de haver uma aposta a

nível nacional, há também o interesse em divulgar a iniciativa em terras galegas. “Temos sempre a particu-laridade de procurar entrar no mercado galego que, além de vizinho, tem uma apetência a nível gastronó-mico”, afirma o vereador para o Turismo da Câmara Municipal de Braga.Os pratos típicos de Braga podem ser apreciados em vários espaços de restaura-ção da cidade, entre os quais figuram, “Migaitas Braga”, “Mini Sport”, “O Lago”, “Ta-berna do Migaitas” e “Café Astória”.

RUM e AAUM promovem Laboratório de Jornalismosónia ribeiro

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A Rádio Universitária do Minho (RUM) e a Associa-ção Académica da Univer-sidade do Minho (AAUM) promovem mais um ‘Labo-ratório de Jornalismo’, desta vez subordinado ao tema do

Ano Europeu da Luta contra a Pobreza e Exclusão Social.A apresentação de mais um dos módulos deste projecto decorreu na FNAC Braga, na passada Quarta-feira, dia 28 de Setembro. Com a ajuda dos profis-sionais da RUM, a ideia é estimular a participação, o debate e a intervenção de

todos os jovens, tornando-se numa ferramenta fun-damental de aprendizagem não formal na área do jorna-lismo.Financiado pela Agência Nacional para a gestão do programa “Juventude em Acção”, o laboratório pro-cura promover debates construtivos sobre o Ano

Europeu de Luta contra a Pobreza e Exclusão Social, o programa “Juventude em Acção”, o diálogo intercultu-ral, a participação e diálogo estruturado, as minorias so-ciais e anti-racismo, os pro-gramas europeus e a inte-gração europeia e cidadania. O Laboratório de Jornalismo será realizado para seis gru-

pos distintos, constituídos por 60 jovens da região do Minho, durante seis meses.Os trabalhos jornalísticos serão depois publicados no Jornal Académico e na AAUM TV. Haverá ainda a realização de um seminário final, para apresentação do trabalho realizado durante o projecto.

PÁGINA 4 // 06.OUT.10 // ACADÉMICO

Alunos dentro de água no “Caloiro de Molho”Vânia barros

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diogo araújo

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sónia silVa

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Na passada tarde do dia 29 de Setembro, teve lugar nas piscinas municipais de Bra-ga, o “Caloiro de Molho”. Realizada anualmente pela Associação Académica da Universidade do Minho e inserida no programa de Acolhimento e Recepção dos novos alunos, a edição

2010 do evento destacou-se com o slogan “Vai afundar” e contou com a presença de grande parte da comunida-de estudantil da academia minhota.A tarde foi animada com inúmeras actividades den-tro de água, caracterizadas pelo espírito de competição inter-cursos. Num ambiente eufórico, os estudantes re-cém-chegados, mostraram grande adesão. Luís Pires, que ingressou no primei-ro ano de Economia, con-siderou “um espectáculo. Nunca pensei que fosse tão bom, estou surpreendido” o que reforçou, referindo “as

actividades proporcionadas pela academia foram espec-taculares”. Petra Ferreira confirmou esta declaração, aferindo que gostou do acontecimento, destacando o convívio dentro de água.Economia, MIECOM e Me-dicina distinguiram-se pelo sucesso das suas prestações nas provas aquáticas, das quais saíram vencedores, e Engenharia Informática, surpreendeu pela indumen-tária utilizada. Terminada mais uma edi-ção do “Caloiro de Molho”, faz-se, de acordo com a opi-nião dos participantes, um balanço positivo da activi-

dade decorrida. Aguarda-se, agora, com expectativa, a chegada da Recepção ao

caloiro, que irá acontece em Guimarães, já a meio do presente mês.

sara Pestana

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Prontos para a “Party ani-mal” é a pergunta que se impõe no momento.Marisa Ribeiro, responsável pelo departamento recrea-tivo da Associação Acadé-mica da Universidade do Minho (AAUM) dá as boas vindas a todos os novos alu-nos, garantindo momentos de diversão e descontracção, pois a “vida académica não passa só pelos estudos”. Os estudantes da “melhor aca-demia do país” estão convi-

dados para a “festa de ma-cacos”.E como já vem acontecendo, a Recepção ao Caloiro come-ça com as Serenatas Velhas, no Largo da Oliveira, dia 11 de Outubro. Dia 12, desta-que para a banda de reggae “Soul of Fire” e para nos le-var bem longe, segue-se a actuação de Marcelinho da Lua. Marisa salienta que a maior aposta do evento será no dia 13, dia da famosa latada em Guimarães. E para pro-longar a nossa noite, a festa continuará com músicas bem animadas e que ficam

no ouvido. Com um repor-tório variado e popular, terá lugar a actuação de Zézé Fernandes e, posteriormen-te, Toy. Já no dia 14, para ter-minar em grande, espera-se uma noite ao sabor do tipi-camente português. Fica-se, assim, com os Anaquim, que na passada semana bri-lharam no concerto de ani-versário da Rádio Universi-tária do Minho, e de seguida com Pedro Abrunhosa, ao som de algumas músicas do seu novo álbum “Lon-ge”. Marisa Ribeiro destaca ainda a importância das “barraquinhas de curso” ao

CAMPUSCartaz da Recepção promete soltar o lado selvagem dos novos alunos

longo dos três dias do even-to que são sempre “pontos de encontro” de cada curso, representando-os sempre em peso.A AAUM volta a disponibi-lizar transporte gratuito a todos entre os pólos da Uni-versidade (Gualtar e Azu-rém) e o Pavilhão Multiu-sos, local dos espectáculos. Os bilhetes, esses, continu-am a um preço atractivo e estarão à venda nas sedes da associação académica e nos gabinetes de apoio ao alu-no. A AAUM oferece uma pulseira e uma t-shirt com edição limitada (uma novi-

dade neste ano) para quem comprar o bilhete geral que se fixa nos 15 euros. E para os “macacos” mais anima-dos da festa e não só, a Gata na Saúde disponibiliza aos estudantes um atendimento personalizado em caso de qualquer eventual situação menos lúcida.Para concluir, Marisa Ribei-ro acredita que é importante a participação de todos nes-tes eventos, bem como o as-sociativismo em núcleos de curso, associação académica e todas as outras actividades que nos dizem sempre res-peito.

A euforia tomou conta dos presentes e não foram só os caloiros a irem a banhos

CAMPUSPÁGINA 05 // 06.OUT.10 // ACADÉMICO

UM abre inscrições para curso de preparação para maiores de 23 anostânia ramôa

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Em tempos em que os novos alunos do ensino superior acabam de entrar na uni-versidade, a Universidade do Minho abre, pela oitava vez, o curso de preparação

e avaliação para candidatu-ra ao acesso superiores para pessoas maiores de 23 anos. As inscrições estão abertas até ao dia 8 de Outubro e podem ser feitas em Braga, no Gabinete de Apoio ao Acesso (situado no CP III), e em Guimarães, nos serviços académicos.Destinando-se àqueles que

pretendam ingressar no en-sino superior através deste regime de acesso, este cur-so promete desenvolver as competências essenciais ao seu sucesso.A formação é dividida em dois semestres em horário pós-laboral e integra duas disciplinas. A Língua Portu-guesa é uma delas e cabe ao

À “moda” do Minhodiana isabel sousa

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O início do ano lecti-vo 2010/11 traz consigo a 9ª edição do Universi-ty Fashion, um evento de moda organizado pela As-sociação Académica da Universidade do Minho (AAUM). Este divide-se em quatro concursos: de ma-nequim feminino e mas-culino, de apresentador/a do desfile final, de repórter do evento e de designer. As inscrições já estão abertas, terminando no próximo dia 5 de Novembro.O Fashion está sobre a alça-da do Departamento de Saí-das Profissionais da AAUM e é mais do que um concur-so entre manequins. Segun-do o vice-presidente deste departamento, Eduardo Pe-reira, o principal objectivo do certame é “provar à co-munidade que os estudan-tes da academia são capazes de organizar um evento

com qualidade acrescida”.“Qualquer aluno pode par-ticipar activamente no Uni-versity Fashion, seja como manequim, apresentador, repórter ou designer”, re-lembrou Eduardo.Os candidatos a manequim universitário enfrentam quatro eliminatórias. Estas vão decorrer no Bar Aca-démico de Braga e de Gui-marães, no Sardinha Biba (Braga) e no Club Trás-Trás (Guimarães), todas as quar-tas-feiras antecedentes ao desfile final a 17 de Novem-bro. Nestas quatro etapas serão apurados 14 finalis-tas que receberão formação em técnicas de passerelle, técnicas de fotografia, en-tre outras e terão, também, actividades para fomentar o espírito de grupo. Toda esta formação decorrerá em re-gime de residência, pois os finalistas vão ficar alojados na residência universitária de Azurém, durante os dias anteriores ao último desfile.

Relativamente à área de apresentador do evento, o aluno interessado será sujei-to a provas de pré-selecção. Os escolhidos nesta fase ini-cial vão ter a oportunidade de apresentar as eliminató-rias. O melhor apresentador dos castings será, depois, o apresentador do desfile fi-nal. Por sua vez, os alunos candidatos a repórteres vão fazer uma reportagem so-bre as eliminatórias, sendo as melhores publicadas nos órgãos de comunicação da AAUM. O melhor repórter de cada casting terá a opor-tunidade de fazer uma re-portagem sobre a final. Por fim, os concorrentes a me-lhor designer têm de entre-gar os seus projectos, sendo os melhores seleccionados para a última passerelle. Para cada uma das áreas em concurso existe um júri especializado, composto por estilistas de referência, produtores de moda/mane-quins conhecidos do públi-

co e especialistas na área da comunicação. De acordo com o vice-presidente do departamento responsável pelo University Fashion, Eduardo Pereira, o que se procura é “bons exemplos a nível universitário e não vencedores standard”.Os estudantes vencedores em cada uma das áreas vão receber incentivos à conti-nuação da sua carreira. Na

aluno a escolha de uma uni-dade curricular específica (Tópicos de Economia I e II ou Filosofia e Pensamento Crítico I e II ou História I e II ou Tópicos de Matemática I e II).A avaliação das mesmas, em conjunto com uma en-trevista final e análise do currículo, darão ao candi-

área de manequim, serão oferecidos books, novas oportunidades na área e agenciamento. Aos melho-res designers será dada a possibilidade de exporem as suas obras e de conhecerem ateliês de referência, poden-do até conseguir um está-gio. Por fim, os melhores repórteres e apresentador do evento poderão repetir, futuramente, a experiência.

dato as ferramentas para a candidatura aos cursos de Licenciatura ou de Mestra-do integrado da UM.O 1º semestre decorrerá de 25 de Outubro de 2010 a 29 de Janeiro de 2011, sendo que o 2º semestre nas datas de 14 de Fevereiro a 21 de Maio de 2011, ambos num total de 72 horas de aulas.

PÁGINA 06 // 06.OUT.10 // ACADÉMICO

bruno Fernandes

[email protected]

Os rankings das institui-ções de Ensino Superior a nível mundial, recente-mente apresentados, não recolhem consenso entre os líderes e professores das universidades. Segundo o QS Top World Universities 2010, houve várias mudanças nestes rankings. A que teve maior impacto terá sido a mudan-ça da líder da tabela: a Uni-versidade de Cambridge, no Reino Unido, destronou a de Harvard, nos Estados Unidos, que se mantinha no primeiro lugar desde 2005.Charles Reed, vice-reitor da Universidade Estadual da Califórnia, disse que as universidades melhor clas-sificadas não são melhores

do que as outras: “Todas são boas porque agregam valor ao que fazemos”.Outra das vozes discordan-tes dos rankings Janyne Hodder, ex-reitora da Uni-versidade das Bahamas, que considera que o ranking desvirtuou-se dos objecti-vos das universidades dos países em desenvolvimen-to. Hodder considera ainda que estes rankings colocam pressão sobre as universida-des, fazendo com que estas adoptem uma postura de divulgação internacional de forma a melhorar o desem-penho no ranking e não o desempenho académico.Por sua vez, Barbara Ischin-ger, directora da OCDE de Educação, referiu que se sabe muito pouco sobre o que os alunos aprendem durante os seus estudos nas Universidades.

Quanto às universidades portuguesas, houve tam-bém algumas mudanças. Pela primeira vez em cinco anos, a Universidade Nova de Lisboa ultrapassou a de Coimbra. A primeira fixou-se no 384º lugar, enquanto a Universidade de Coimbra se fixou no 396º lugar. O destaque dado à Nova de Lisboa acontece graças à ele-vada taxa de empregabilida-de e internacionalização.A Universidade do Porto fi-cou no 85º lugar, no Top 100 Europeu de Produção Cien-tífica, em produção de tex-tos científicos mais publica-dos, em 2009. É também a 141º europeia no balanço de todos os indicadores.Quanto à Universidade do Minho, infelizmente, não está presente no referido ranking. No entanto, no top “Ranking Web of European

Universities”, publicado em Junho de 2010 pelo Conse-lho Superior de Investiga-ções Científicas (CSIC), de Espanha, a Academia Mi-nhota é apontada em 211º a nível europeu e em 484º

a nível mundial. Este top mede as actividades científi-cas, a visibilidade que cada instituição obtém mediante cada iniciativa e a sua pre-sença na internet, entre ou-tros parâmetros.

UNIVERSITÁRIORankings do Ensino Superior criticados

A ex-reitora da Universidade das Bahamas considera que o ranking se desvirtuou

Quanto à Universidade do Minho, infelizmente, não está presente no referido ranking

UNIVERSITÁRIOPÁGINA 07 // 06.OUT.10 //ACADÉMICO

A Piada de Ser Cientista

goreti Faria

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são cientistas com piada. Fazem stand up comedy e ganharam um prémio. Vão pelo nome de “Cientistas de Pé”, porque a ciência é muito mais do que um lugar no labo-ratório e porque é de pé que as piadas se contam

Cabelos no ar, bata branca, hábitos de higiene um tanto ou quanto duvidosos e ócu-los com lentes de tal forma avolumadas que se torna difícil ver os olhos que se escondem por detrás delas – eis a imagem estereoti-pada que é tendencialmen-te atribuída aos cientistas. Afinal, eles trabalham em laboratórios, dizem palavras como iões e neutrões e uti-lizam instrumentos como a bureta, o balão volumétrico e o acelerador de partículas. No entanto, uma investiga-ção levada a cabo por David Marçal, licenciado em Quí-mica Aplicada e doutorado em Bioquímica, com recur-so a dados empíricos e à re-alização de experiências em campo, veio desmistificar esta imagem: os cientistas têm piada, fazem comédia e ganham prémios por isso. Surpreendente revelação de um segredo bem guardado. Nome de código: Cientistas de Pé.O projecto surgiu em 2009 no contexto da Noite dos In-vestigadores, uma iniciativa levada a cabo pela Comissão Europeia com o propósito de reduzir o distanciamento entre os cientistas e os res-tantes membros da socie-dade. “Cientistas ao Palco”

encarregou-se de dinamizar o evento nos últimos dois anos com actividades insóli-tas como speed-dating com cientistas e espectáculos teatrais. É entre os últimos que se enquadra “Cientistas de Pé”, um espectáculo de stand up comedy que conta com a direcção de texto de David Marçal, a direcção de actores de Romeu Costa, a contribuição da organização sem fins lucrativos e com cientistas de várias áreas como protagonistas – apro-ximadamente sete, assim o disse David Marçal na intro-dução de um dos espectácu-los, em jeito de prenúncio do registo que se avizinha.

Gostaria de fazer teatro?

Recrutar cientistas para fa-zer teatro é um processo có-mico. À pergunta de Romeu Costa, “Gostaria de fazer te-atro?”, feita a cientistas que se encontravam a trabalhar no Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Uni-versidade Nova de Lisboa, as reacções foram das mais va-riadas: desde o discreto “não tenho jeito para isso” ao en-tusiasta “Vamos a isso, é na boa”, passando pelo inevi-tável “Teatro?!” e pelo cate-górico “Não!”. Aqueles que embarcaram na aventura viram-se frente a frente com a execução de exercícios de expressão, de descontracção e afins – para baixo e para cima, tirar os óculos para não caírem, para a frente e para trás, gritar, berrar e fa-lar dos tais iões e neutrões com raiva ou amor. Assim se faz de um cientista um actor. Afinal, na natureza

diferentes zonas do país, bem acompanhado por gar-galhadas audíveis por parte da audiência, e venceu o prémio Ideias Verdes 2010, uma iniciativa conjunta da Fundação Lusa e do Jornal

O projecto que junta ciência e humor numa fórmula explosiva surgiu com o propósito de reduzir o distanciamento entre cientistas e sociedade em geral

Expresso que visa promover a expressão de novos valores na concretização de projec-tos inovadores na área do ambiente. Está visto, cien-tistas mais comédia igual a sucesso.

tudo se transforma. O pro-duto final, as várias acti-vidades levadas a cabo no âmbito do “Cientistas ao Palco”, revelou-se um su-cesso. Em particular, “Cien-tistas de Pé” foi exibido em

PÁGINA 08 // 06.OUT.10 // ACADÉMICO

Juventude pensou República em Almadaneuza alPuim

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O Conselho Nacional da Juventude (CNJ) organizou um Seminário intitulado de “República e a Juventude” que decorreu entre o dia 2 e 5 de Outubro na Pousada da Juventude de Almada. A or-ganização contou com cerca de 100 jovens para celebrar o centenário da República, criando um espaço de deba-te transversal onde a educa-ção não-formal predominou como metodologia de apren-

se conheçam, desde DJ’s a animar, a noite a sessões de cinema ligados à Repúbli-ca”. Antes deste evento, a or-ganização esperava obter o máximo contributo possível dos jovens portugueses.Um dos pontos fulcrais des-ta actividade foi construir um documento que aborda todas as temáticas e áreas relativas à república partici-pado pelos jovens envolvi-dos e pelo CNJ, sendo “um pensar para o futuro” no ponto de vista de Sara Cas-tro. O documento final foi apre-

NACIONAL

ângela Coelho

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Foi no passado dia 28 de Setembro que se realizou a segunda edição do prémio de inovação “Sonae Call for Solutions Flash”. A iniciati-va decorreu na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, reunindo mais de

100 alunos em torno de um desafio sobre o futuro do mercado de retalho.Este projecto, promovido pela Sonae, a Associação Internacional de Estudan-tes de Ciências Económicas e Comerciais e a Faculdade de Economia da Universida-de do Porto, tem como prin-cipal objectivo encarar as universidades portuguesas como parceiros privilegia-

dos na partilha do conheci-mento e de ideias criativas.Na primeira edição foram premiados os alunos Carla Gonçalves, Cristina Maga-lhães, Claúdia Brandão e João da Silva por uma ideia inovadora na área dos pro-dutos gourmet. Nesta edição foram mais de 60 os alunos da Universi-dade do Porto que durante uma hora tentaram respon-

Sonae promove a partilha de ideias criativas

der à questão: “Como será um hipermercado daqui a 25 anos?”. Deste brainstor-ming resultaram mais de 100 ideias.A acção está inserida na ini-ciativa “We Can Solve It” da AIESEC, a maior associação internacional de estudantes criada em 1948, que procu-ra fomentar a aproximação dos alunos ao meio empre-sarial e fazer com que os

estudantes encontrem uma solução para os casos práti-cos reais que estão a ser de-senvolvidos pelas empresas participantes. Actualmente, esta associa-ção continua a promover o crescimento dos estudantes, dando a oportunidade de ge-rir os escritórios espalhados por 107 países e permitindo uma ligação mais próxima com mercado de trabalho.

dizagem e interacção.Os jovens foram divididos em workgroups que con-taram com a participação de vários convidados onde a temática da república foi ponto central nos diversos subtemas como a educação, direitos dos jovens, empre-go e desenvolvimento sus-tentável.Como salienta Sara Castro, membro da direcção, res-ponsável pela área de asso-ciativismo e participação juvenil, “existiram vários momentos de lazer e conví-vio de forma a que os jovens

sentado no último dia da actividade, 5 de Outubro no Terreiro do Paço, onde se

realizaram as Cerimónias oficiais de Comemoração do Centenário da República.

PÁGINA 09 // 06.OUT.10 //ACADÉMICO

INQUÉRITO

Manuel Passos, um novo “aluno minhoto”, considera que o cartaz da Recepção ao Caloiro 2010/2011 não cor-responde às expectativas. Segundo ele, o repertório, para além de não abranger todos os gostos, não possui qualquer cabeça de cartaz capaz de atrair um vasto le-que de pessoas. De entre os artistas convidados, Pedro Abrunhosa será o nome que acredita gostar mais de ver. Se pudesse escolher alguém para abrilhantar o elenco de uma futura edição, nomea-ria “uma banda como Pearl Jam ou Alice in Chains”, diz o estudante, revelando ainda algum desfasamento em relação às possibilida-des que o orçamento impõe. Independentemente de “a música ser fraca”, o futuro engenheiro aguarda, com expectativa, quatro dias di-vertidos para toda a comu-nidade académica, e rema-ta: “Guimarães, a cidade que acolherá o evento, tem muito para oferecer e com-pensará, com toda a certeza, a falta de artistas”.

Sobre o cartaz da Recepção ao Caloiro 2010/2011, Patrí-cia Painço realça a estética do mesmo, considerando-o “pouco apelativo”.Descreve, da mesma forma, os cabeça de cartaz, dizendo que nenhum deles se rela-ciona com o género de mú-sica que ouve.Apesar da sua insatisfação, a aluna de Ciências da Co-municação compreende que os artistas chamados a actu-ar este ano são os mesmos que, geralmente, se asso-ciam às festas académicas, “e não os que se ouvem em casa”.Assim sendo, Pedro Abru-nhosa será o músico que, dentro do rol de convidados, provavelmente mais apre-ciará.Expectativas? “Acho que vai ser bom porque estamos com os amigos e fugimos do stress académico. Serão, com certeza, três dias diver-tidos”.

“Porque é que puseram um macaco a representar os ca-loiros?”Herawaty Natsir não com-preende a escolha do tema e subsequente cartaz da festa.Quanto às bandas que se deslocarão a Guimarães, esta estudante erasmus ad-mite não saber o que espe-rar, com excepção da Tuna Universitária do Minho, da qual confessa ser fã.Por este motivo, ainda não decidiu se irá aos quatro dias do evento, ou apenas ao último.Seja como for, Herawaty acredita que a festa consti-tui uma oportunidade não só para os caloiros, mas também para os estudantes estrangeiros se familiariza-rem com o meio universitá-rio.Se pudesse eleger um ar-tista para a edição do próxi-mo ano, ficaria encantada em rever Daniela Mercury e Emir Kusturika ou, até mesmo, ver os Franz Ferdi-nand.

Para Joana Arantes, o car-taz da edição 2010/2011 da Recepção ao Caloiro parece-lhe relativamente criativo. Quanto aos nomes que marcam presença este ano no Pavilhão Multiusos de Guimarães, a aluna de En-genharia Informática con-sidera que os mesmos “po-deriam ter sido um pouco melhores”. Desta gama de nomes, aquele que mais a cativa é a banda portuguesa Souls of Fire que irão actuar no pri-meiro dia de concertos no PavilhãoApesar disso, pensa não ir a qualquer dia do evento. Caso pudesse escolher um nome de peso para marcar presença na próxima edi-ção, a primeira aposta desta estudante do primeiro ano seria o dj Tiësto, ou “outro [artista] relacionado com a música electrónica”.

PATRíCIA PAINÇO2º ANO //

CIêNCIAS DA COMUNICAÇÃO

HERAwATy NATSIRERASMUS //

CIêNCIAS DA COMUNICAÇÃO

JOANA ARANTES1º ANO //

ENGENHARIA INFORMÁTICA

JOSÉ MIGUel lOpeS [email protected]

eDUARDA FeRnAnDeS [email protected]

Como não poderia deixar de ser, os novos alunos e toda a comunidade académica serão, uma vez mais, brindados com a já conhecida “Recepção ao Caloiro”. A festa, que começa no dia 11 de Outubro, prolongando-se até ao dia 14, contará com a presença de pedro Abrunhosa, Marcelinho da lua, e Souls of Fire, entre outros nomes que celebrarão, em parceria com os estudantes minhotos, a chegada de mais uma geração de estudantes à nossa academia.

Como se sabe, o cartaz que divulga o evento já anda por aí. O ACADÉMICO foi ter com os alunos da Universidade do Minho para saber o que eles acham do mesmo.

MANUEL PASSOS1º ANO //

ENGENHEIRA BIOMÉDICA

O que achas do Cartaz da Recepção ao Caloiro ?

PÁGINA 11 // 06.OUT.10 // ACADÉMICO

daniel Vieira da silVa*[email protected]

durante o seu percurso na associação académica foram anos conturbados a nível de acção social. Voltamos agora a viver um momento dramático com a publicação de um novo regulamento e consequente in-definição que está patente até hoje, não conhecendo ainda as regras técnicas do processo de atribuição de bolsas. Como explica esta demora com o ano lectivo já iniciado?Este processo, para quem não acompanhou de perto e não o conhece, teve início em meados de Fevereiro com reuniões com os reitores e o ministro. Começou cedo e, depois, foi esquecido, vol-tando a ser relembrado em Julho e Agosto. Demorou muito tempo e foi finalizado apenas em Setembro com a publicação do regulamento de atribuição de bolsas. O re-gulamento fixa os princípios gerais da atribuição de bolsas no ensino público e privado, faltando-lhe um aspecto fun-damental – a regulamenta-ção. É aqui que se centram

todos os critérios da sua atri-buição como, por exemplo, saber qual é o limite a partir do qual o estudante tem uma bolsa de estudo, os critérios de aproveitamento escolar, entre outros. Há critérios específicos que precisam de ser definidos. Eu sou umas pessoas que faz parte do gru-po de regulamentação e na única reunião que tivemos, a principal ideia defendida foi que antigos critérios deveria ser transpostos para o actual regulamento, algo que fun-cionaria de forma justa para os estudantes. No entanto, nos aspectos mais importan-tes não participamos nessa definição. Desde início de Setembro, temos feito uma série de contributos, mas sem grandes efeitos.a quem atribui a responsabili-dade deste atraso?Não há um nome a quem possa ser atribuído o atraso. Há na generalidade uma res-ponsabilidade política que tem se ser assumidaQuando diz “política”, está a pensar no governo e no minis-tério?Estou a pensar em alguém com responsabilidade polí-tica que deve assumir este

tempo, conseguimos aplicar a fórmula para atribuição de bolsas segundo o novo diploma. Só queremos que definam os novos critérios e a fórmula de cálculo das bolsas.Quando fala em muito pouco tempo, pode precisar um perío-do mais específico?Menos de trinta dias.Partindo dos dados da base de dados do ano passado, conse-gue estimar quantos alunos estão a ser afectados por este problema?Nos últimos dois anos, o nú-mero de candidatos a bolsa,

atraso. Este processo vai ter consequências muito difíceis de resolver neste ano lectivo. Os candidatos entregaram as suas declarações entre Maio e Junho. Na Universidade do Minho foi até final de Maio e nas restantes, no máximo, até Junho. Em Agosto, rece-bemos alguma informação sobre o que deveríamos fa-zer, o qual foi concluído em Setembro. Nesse mês, os serviços de Acção Social so-licitaram informações com-plementares aos estudantes para finalizar o processo de candidatura que teve de ser entregue até ao último dia do mês de Setembro. Em si-tuações normais, no início de Setembro, teríamos todos os documentos para análi-se e respectivos critérios de atribuição. Neste momento, a maior parte das univer-sidades de Portugal ainda não olharam para nenhum processo de candidatura a bolsa, o que terá um reflexo. Provavelmente apenas em Fevereiro/Março, as universi-dades conseguirão concluir a atribuição de bolsas.mas a um irá conseguir fazê-lo mais cedo?A UM optou por uma estra-

tégia de análise diferente. A maioria das universidades só partirá para a análise quan-do tiver a regulamentação. A UM tentou transformar o seu método de trabalho à semelhança de um processo de engenharia, não sabemos os resultados mas sabemos algumas das variáveis que contribuirão para o mesmo. Guardamos toda a informa-ção e passámos para um sis-tema electrónico. Ao longo destes meses, fizemos um trabalho de recolha de dados dos documentos e acreditá-mos que em, muito pouco

ENTREVISTACARLOS SILVA

Administrador dos Serviços de Acção Social lança o alarme, avisando que apenas no próximo ano alguns alunos receberão bolsa. Residências, cantinas, Escola Superior de Desporto, são

outros temas desta entrevista, um exclusivo ACADÉMICO/RUM

Carlos Silva aproveitou a entrevista para dar conta da intenção da abertura

de um restaurante panorâmico em Azurém e duas pizzarias nos campi

Luís Costa

ENTREVISTA PÁGINA 12 // 06.OUT.10 // ACADÉMICO

tem variado entre os 5500 e 5800, é um número elevado dentro do nosso universo. Esta realidade reflecte o nível elevado de desemprego da nossa região que tem o PIB mais baixo do País, o que causa uma maior procura de apoios sociais. Somos a Universidade que tem mais bolseiros e que “gasta” mais dinheiro via orçamento de estado. É uma obrigação do Estado pagar a bolsa ao estu-dante e não das Universida-des.Sendo o “bolo da acção social” o mesmo, acha justo que, para os mais carenciados receberem mais bolsa (um dos intentos do regulamento), diminuirá o número de alunos abrangidos pela bolsa?Faço uma leitura diferente em relação a este processo. Esta revisão tem um intui-to claro, o bolo é o mesmo mas o critério será financei-ro. Atribuído em função dos candidatos e do dinheiro dis-ponível.

E acha possível que esses cri-térios sejam afectados pelas medidas de austeridade recen-temente divulgadas?Tenho dúvidas quanto à exis-tência de cortes na acção so-cial. O valor não tem sofrido alterações significativas ao longo dos anos. Penso que este ano, face aos critérios do aproveitamento e do va-lor máximo que o estudante terá direito a bolsa, o valor disponível para as bolsas se-rão dados face ao número de candidaturas válidas. As uni-versidades até 7 de Outubro terão de comunicar ao Mi-nistério o número de candi-daturas válidas, ou seja, com o processo verificado (com-pleto). Actualmente, os alu-nos serão automaticamente

excluídos do acesso a bolsa, caso não entreguem os docu-mentos necessários atempa-damente, o que levará a nível nacional à diminuição dos candidatos. Assim, sabendo o número de estudantes e em função do Orçamento disponível para bolsas, serão definidos os critérios de atri-buição. Não tenho dúvidas que é o que está a ser feito este ano. Quase todos os serviços do SA-SUM estão certificados, quais são as principais mudanças de ordem prática que isso acarre-ta?A certificação já era um ob-jectivo com alguns anos, e conseguimos atingi-lo em 2009, sendo que era o re-sultado do nosso trabalho ao longo dos primeiros quatro anos. Estes serviços têm so-frido alterações que permi-tiram aumentar o seu orça-mento, o nível de satisfação das pessoas que os usam dia-riamente os nossos serviços, dos nossos colaboradores

que se sentem motivados a trabalhar. A certificação foi um “chapéu” para atingir estes fins. Agora, o objecti-vo é mantê-la. A certificação é um reconhecimento por parte das entidades exter-nas daquilo que nós somos e fazemos. São selos que dão orgulho a nós e aos nossos colaboradores. Obrigam-nos a um trabalho diário por parte de todos para que pos-samos satisfazer as pessoas que usam os nossos serviços. Não tenho dúvidas que é uma garantia de qualidade. Claro que existem sempre pessoas insatisfeitas, mas pretende-mos que o número seja cada vez menor, seja no processo de alimentação, desporto ou de bolsas. Nesse caso con-

creto, tenho pena que isso não dependa de nós directa-mente. Caso contrário, não teria dúvidas que estariam a ser atribuídas. É algo que me preocupa, até porque eu já fui estudante e tenho noção que as pessoas precisam de dinheiro no imediato e não apenas três meses depois do início do ano lectivo.Começou recentemente a fun-cionar o serviço de enferma-gem, já está certificado ou irá ser mais à frente? O processo clínico já teve certificação e à medida que os processos são alterados, serão a seu tempo auditados durante a renovação da cer-tificação. Na Universidade, os dois pólos têm 20 mil pessoas, uma pequena ci-dade. Achámos importante transpor serviços de primei-ra linha para dentro da Uni-versidade, criando serviços que não serão pagos ou com custos muito reduzidos em relação à realidade exterior, o que levará à adesão da comu-nidade.Que tipo de serviços serão ofe-recidos?Temos serviços de apoio à medicina preventiva que é uma mais-valia para os alu-nos deslocados, apoio psico-lógico em vários dias da se-mana, que em conjunto com a Escola de Psicologia irá pos-sibilitar o alargamento a toda a comunidade. Há também a vertente da medicina de tra-balho para os trabalhadores da instituição. Todos os ser-viços estão integrados com uma estrutura clínica de pro-fissionais que irão dar apoio a todas as vertentes.Quantos profissionais de saúde estão envolvidos? São cinco médicos, três en-fermeiros e vários psicólo-gos. Envolve uma equipa grande que envolve custos e que deve ser orientadas da melhor forma. O objectivo não é ganhar dinheiro com a saúde, mas sim dinamizá-la e orientá-la para as neces-sidades da academia. Deve ser feito de forma global para que acha uma economia de recursos.

Neste momento, a sustentabili-dade está garantida? Sim, parte dela está garan-tida e ao longo do tempo pretende-se que seja auto-sustentável. Gostaria, por exemplo, de oferecer serviços na área dentária e outros ser-viços aos estudantes a baixo custo (seria muito positivo para o estudante ir ao den-tista por 5 a 10 euros). Não é fácil implantar isto de um dia para outro, obrigando a processos muito complexos de gestão que vêm com o tempo.Foi por essa lógica dos serviços sustentáveis que, em relação às residências, já há alguns anos, decidiram abri-las ao público durante o Verão?Uma coisa que me faz confu-são é ver algo que é do Esta-do, que todos nós pagámos, fechado durante 30 dias por-que não há imaginação para rentabilizar esses recursos. Não faz sentido, quer uma residência ou pavilhão, que são públicos, não sejam di-reccionados para determi-nados canais, uma vez que também não estamos a ten-tar fazer concorrência a esses sectores de actividade.Mas como encara as críticas por parte do sector hoteleiro que falam em concorrência desleal?As pessoas, à partida, pen-sam que somos alternativa à estadia num hotel de Braga. No entanto, não somos por-que os destinatários não são os mesmos.Os nossos canais não são pro-priamente para uma pessoa que chega a Braga e procure alojamento numa residên-cia universitária. Contudo, é algo normal na Europa onde as residências estão voltadas para o público. Nós já temos presente no nosso plano es-tratégico, a continuação des-tes programas em parceria com Espanha, até 2012.No que toca ao pavilhão, sabe-mos que a UM tem uma presta-ção classificada no top europeu no que ao nível desportivo diz respeito. No entanto não existe um curso de desporto. Sabendo que vai abrir uma escola supe-rior de Desporto em Braga nos próximos anos, deixa-o descon-tente que esta escola não faça parte da Universidade?Essa estratégia não é defini-da pelo SASUM, mas pela Universidade. Há algumas lógicas que têm de ser per-cebidas e são incompatíveis.

Não tenho dúvidas que ao longo dos anos a UM tem incentivado esse processo. Contudo, apostámos princi-palmente na massificação do desporto para todos os estu-dantes.Não há dúvidas que existin-do um curso superior de des-porto, com as mesmas infra-estruturas, haveria alguém prejudicado.Teria, nesse caso, de existir um investimento em mais infra-estruturas?Sim. Caso isso constasse no plano da Universidade, teria de existir um espaço de aulas e outros locais que permitis-sem aos restantes estudantes a prática desportiva e assim todos ganhávamos com o processo. O curso de despor-to poderia ser uma decisão interessante, mas o principal é mesmo contribuir positi-vamente para o melhor des-porto na cidade, mas é uma opção da Universidade. Faz muitas vezes questão de sa-lientar o importante papel que os ex-reitores Sérgio Machado dos Santos e António Guima-rães Rodrigues desempenha-ram na sua vida. Nesta altura, após sete anos em funções e um ano na reitoria de António Cunha, qual tem sido a relação entre o administrador dos SA-SUM e o reitor da UM?Há, antes de mais, uma coisa comum entre todos, são to-dos engenheiros. Foram pes-soas que me marcaram. No meu percurso de estudante, o professor Sérgio Machado dos Santos foi reitor no meu período de dirigente asso-ciativo e mesmo em tempos conturbados, foi sempre uma pessoa excepcional. O profes-sor António Guimarães Ro-drigues… Trabalhámos lado a lado durante todo o seu percurso, desde Presidente da Escola de Engenharia até Reitor, foi um excelente Rei-tor. E agora, o professor An-tónio Cunha . Sempre vi com bons olhos a sua candidatura por ser uma pessoa muito di-nâmica, como se tem vindo a verificar.Estes reitores percebem as áreas essenciais aos estudan-tes. São excelentes parceiros para os SASUM com uma forte preocupação com os es-tudantes. Há também uma relação próxima entre a asso-ciação académica e a reitoria, o que tem contribuído para o sucesso da Universidade.

A 15 de Outubro os três blocos de Azurém

terão cobertura wireless. em Guimarães haverá ainda um restaurante

panorâmico

Carlos Silva pretende a ampliação de alguns serviços para toda a comunidade académica

PÁGINA 13 // 06.OUT.10 // ACADÉMICO

REPORTAGEMGrupo de danças latinas “jovens” na UM em crescimento constante

elsa moura

[email protected]

A Universidade do Minho, de entre as muitas modali-dades desportivas que per-mite praticar ao longo do ano, tem também as danças latinas.Uma modalidade que talvez muita gente pense que tem pouca procura, e que muitos

outros nem saberão da sua existência, mas que na rea-lidade é composta por um vasto número de estudantes da academia minhota, e que todos os anos consegue ar-recadar novos alunos.Carlos Sousa é o responsá-vel pelas danças latinas na Universidade do Minho. Nomeado monitor do ano na Gala de Desporto da Universidade do Minho, já se encontra “há dois anos nas danças latinas” na aca-demia minhota.O monitor diz que todos os anos é feita “uma aula gra-tuita, aberta a toda a gente”, para trazer cada vez mais alunos e “mostrar às pesso-as que as danças latinas não são o que muita gente pen-sa”. Este ano, a aula gratuita contou com a participação de mais de cinquenta pesso-as, e muitas outras que ape-nas queriam ver. O jovem monitor comprova isso, e diz que as “pessoas quan-do lá chegam ficam muito surpreendidas, porque têm a ideia de que é muito mais clássico, o que na realidade não corresponde à verda-

de”. Carlos Sousa salienta a socialização constante nas aulas e sublinha que “não há pares fixos, toda a gente dança com toda a gente”.Há estilos mais marcados neste grupo de danças: “sal-sa, merengue, kizomba, kuduro, roda de casino e ba-chata”. E este ano há já dois grupos, visto que são mui-tos os alunos a participar. Todas as segundas, há duas horas de aula. E o professor de danças latinas da Univer-sidade do Minho acrescenta que “a turma que estava no ano passado ensaia agora à terça-feira, de maneira a que esses alunos que já es-tão há mais tempo, possam continuar a aprender novos passos e que os que entram possam aprender ao seu rit-mo”.

Socialização é a palavra de ordemSegundo Carlos Sousa, os jovens gostam muito das aulas, sendo que o ambiente é verdadeiramente sociável. As aulas são descritas por este monitor, como sendo

essencialmente “um grupo de pessoas que ensaiam de uma forma aberta, saudá-vel, animada, dinâmica e descontraída”, tendo muitos

momentos de diversão ao longo das aulas, e que aca-bam por criar uma amiza-de.

O monitor diz que valoriza muito “a sociabilização”, dando as aulas “de uma forma mais descontraída possível”. Carlos acrescenta ainda que, tendo em conta o estilo que procura vincar na modalidade, esta deveria chamar-se “danças latinas jovens”. Este ano, nalguns bares nas imediações da Universidade (pólo de Gualtar) haverá lu-gar a noites temáticas, sen-do que o grupo de danças latinas também participará.O monitor encoraja os in-teressados a aparecerem numa aula: “basta dirigi-rem-se ao Complexo Des-portivo às segundas-feiras, às 21h30, sendo que a pri-meira aula é gratuita”.

A procura tem sido de

tal forma significativa

que já justificou a criação de

dois grupos de níveis

diferentes

Todos os anos é

oferecida uma

primeira aula

gratuita aberta

a todos os

interessados.

Carlos Sousa valoriza muito a socialização durante as aulas, acabando por surgir algumas amizades dentro do grupo

PÁGINA 14 // 06.OUT.10 // ACADÉMICO

liftoff apresenta...

>29 de NOVEMBRO ‘10Início de apresentação de candida-turas do Concurso de Ideias “Atre-ve-te 2010”;

> 26 de OUTUBRO ‘10

Abertura oficial do Gabinete do Empreendedor

AAUM - LIFTOFF

> 3 de Dezembro ‘10Limite de entrega de Candidaturas “Atreve-te 2010”

Na semana passada já levantamos um pouco o véu do que irá ser o LIFTOFF – Gabinete do Empreendedor da AAUM. Os preparativos estão a decorrer e já só faltam três semanas para a abertura oficial. Nesta fase, todo o projecto encontra-se a receber contributos de várias individualidades e insti-tuições estreitamente ligadas ao empreendedorismo. É nes-te sentido que também gostaríamos de receber sugestões dos mais interessados neste projecto, que és tu, o aluno, ex-aluno, a comunidade académica.Desta forma, lançamos-te, então, o desafio. Visita a nossa página no facebook e no twitter e deixa a tua opinião. Diz-nos o que esperas ver neste gabinete, que actividades, for-mações ou cursos gostarias de poder frequentar.

Entretanto, no passado dia 1 de Outubro a Associação Aca-démica da Universidade do Minho associou-se à parceria estabelecida entre a Run Vision e o IEFP, ao promover o curso “Empreendedorismo na Euro-Região Norte de Por-tugal / Galiza”. Esta formação (em sala) decorreu na sede da AAUM e con-tou com o número máximo de participantes (quinze) que irão agora contar com formação online orientada pelos res-pectivos formadores.

Mais informações em: www.aaum.ptou através do email: [email protected]

twittadas

TECNOLOGIAE INOVAÇÃO

> 1 de OUTUBRO ‘10Decorreu Formação “Empreende-dorismo na Euro-Região Norte de Portugal/Galiza”;

Segue-nos nasredes sociais

diana teixeira

diana_adelaide_teixeira@hotmail.

com

PatríCia Painço

[email protected]

Primeira televisão da Internet do mundo nasce na próxima semana

No próximo dia 12 de Outubro, realizar-se-á em Nova Iorque a apresentação da primeira tele-visão que integra a plataforma Google Tv.

Esta nova plataforma é com-posta, entre outros dispositi-vos, por gravadores de vídeo digital e interface gráfica base-ada em televisores.Durante o evento, a Sony irá apresentar os primeiros equi-pamentos que convergem a televisão e a Internet.

Empresa portuguesa premiada em concurso internacional de tecnologia móvel

A empresa CardMobili, que representou Portugal no con-curso internacional Vodafone Mobile Clicks 2010, conquis-

tou novo primeiro prémio.O concurso decorreu em quatro países europeus e tinha como objectivo premiar o mel-hor projecto de internet móvel. A CardMobili apresentou uma aplicação que permite juntar e utilizar no telemóvel todos os cartões de cliente e de as-sociado de pontos e cupões de descontos.Este concurso envolveu 160 participantes que se aventura-ram a um prémio de 100 mil euros.

Primeiro videojogo português para Playstation 3 lançado em

Novembro

Os Seed Studios lançaram o primeiro videojogo português para a Playstation 3. Disponív-el no mercado em Novembro, “Under Siege” e um jogo de estratégia em tempo real com características peculiares. Recuando a época medieval, os potenciais jogadores terão como objectivo derrotar um exército invasor.Apesar das dificuldades en-contradas como a falta de infra-estrutura de videojogos em Portugal, este estúdio por-tuguês já terá outros projectos

em mente.

Research in Motion apresentou computador tablet A Research in Motion (RIM), fabricante do Blackberry, lan-çou um computador chamado Playbook tido como potencial concorrente do iPad. Principalmente indicado para uso profissional, este novo aparelho não tem ligação 3G, ao contrário do iPad, mas apresenta em contrapartida suporte para Flash. Sem preço ainda definido, a RIM afirma que estará dispo-nível nos EUA em 2011.

FranCisCo Vieira

[email protected]

Nesta época do ano é tem-po de lançamento de jogos de futebol. Surge-nos FIFA 11, o mais recente título da faceta desportiva da Electro-nic Arts. FIFA 11 demonstra ter a “cara lavada”, estando muito próximo do que é a realidade do futebol hoje em dia. No entanto, não se com-preendendo, a Electronic Arts continua a “desprezar” os portadores de PC, siste-ma para o qual praticamen-te nada foi mudado desde a

anterior versão, excepto um ligeiro melhoramento grá-fico. A maior parte das no-vidades de FIFA 11 ficou de fora na versão PC. De entre todas as novidades, certa-mente que a mais aguarda-da seria a possibilidade de controlar um guarda-redes, fazendo carreira com ele. Este novo modo de jogo demonstra ser bastante vi-ciante numa primeira fase, tornando-se depois um pou-co cansativo pois, quanto melhor for a equipa em que o nosso guarda-redes esteja, menos trabalho terá. Outra das principais novidades é o sistema de Pro Passing,

ao utilizador experimentar cada um e optar pelo que se adapta melhor ao seu estilo de jogo, com certeza que ne-nhum o desiludirá.

Site Oficial: http://www.ea.com/intl/football/fifa

Let’s play FIFA?

PÁGINA 15 // 06.OUT.10 // ACADÉMICOTECNOLOGIA E INOVAÇÃO

A batalha FIFA – peS parece estar de nvo ao rubro. Cabe agora ao utilizador escolher o jogo que melhor se adapta ao seu estilo

estando os passes comple-tamente redesenhados, a 360º. O grafismo é simples-mente espantoso, de ficar de boca aberta. À parte de todos os melhoramentos, FIFA 11 acaba por ser incon-sistente, muito devido à di-

ferença entre as versões das diversas plataformas para o qual foi lançado. A Electro-nic Arts certamente teria mais sucesso se implemen-tasse uma versão única do jogo. A batalha FIFA – PES está de novo ao rubro. Cabe

Qualidade gráfica foi das poucas alterações que a

versão para PC sofreu

Cátia alVes

[email protected]

Paulo Frias, Professor Uni-versitário e Investigador na Universidade do Porto, afir-ma, na sua tese de doutora-mento, que os Portugueses têm uma atitude coloniza-dora na plataforma Second LifeDurante um período de três anos, este investigador estu-dou a actividade portuguesa na plataforma Second Life e concluiu que os portugue-ses «têm uma tendência para simular - numa plata-forma que está vazia e onde podiam construir qualquer coisa - elementos simbólicos da sua nacionalidade».O Second Life, criado em 1999 e desenvolvido em 2003, é um ambiente vir-

tual em três dimensões que simula a vida real e social do ser humano. Pode ser en-tendido como um jogo, um simulador ou ainda uma rede social, mas a verdade é que já cativou cerca de 6000 portugueses, «65 por cento tinham entre 35 e 49 anos, 24 por cento entre 18 e 34 anos e 11 por cento mais de 50 anos», afirma.O nome Second Life traduz-se para “segunda vida”; nesta vida paralela, os por-tugueses parecem querer preservar a sua identidade nacional, os traços que me-lhor os caracterizam. Em entrevista à comunicação social, Paulo Frias, consi-dera que tal atitude “induz um certo conforto e constrói símbolos de poder», dando espaço a «alguma exclusivi-dade, que afasta aqueles que não se identificarem”.

A seu ver, os portugueses transportam para dentro do mundo virtual uma certa simbologia, através de edifí-cios e objectos, o que repro-duz um discurso histórico, uma identificação nacio-nal com a nossa história, o nosso passado, as nossas raízes. Como discípulos dos mesmos valores nacionais de outrora, da mesma alma mater, como se esse traço de espírito se tenha feito tatuar indelevelmente em nós. Também noutras comu-nidades se verifica uma tendência de afirmação nacional. Os brasileiros centram-se na construção dos próprios avatares e re-produzem frequentemente “aquela figura feminina mais difundida”. Já a co-munidade polaca afirma-se pelo idioma. O investigador lança o desa-

fio - «um trabalho interes-sante é ver de que forma as pessoas de nações diferentes se afirmam no ciberespaço e nos mundos virtuais».O Júri, presidido por João Mário Grilo, da Universi-

dade Nova de Lisboa, e que contou ainda com membros das Universidades do Porto, Aveiro e da Universidade do Minho, classificou a tese com um “Bom com distin-ção”.

Tendência colonizadora portuguesa no Second Life

Portugueses continuam a revelar-se colonizadores mesmo num mundo virtual

CULTURATestamentos perpetuam uma Gata histórica, mas “atrevida”

Humor negro à portuguesaCátia Castro

[email protected]

Nuno fica preso no carro sem razão aparente. Nuno é um jovem pai de família que trabalha numa roulot-te de bifanas e espera dar o salto através de uma nova engenhoca. Um digitali-zador de pés que promete

revolucionar a indústria do calçado.Entretanto, Portugal está paralisado às custas de um embargo petrolífero. O nosso visionário não po-deria ter escolhido pior al-tura para ficar preso num carro. É neste mundo em colapso que se move o novo filme de António Ferreira. A inspiração surge a partir de um conto de José Sara-

mago, mas o prémio Nobel não viveu o suficiente para ver a terceira adaptação de uma obra sua ao cinema. O filme é um retrato iró-nico sobre a sociedade, polvilhado por momentos de um humor negro que o aproxima timidamente ao universo dos manos Coen. No entanto, algo falha na abordagem feita ao mundo absurdo que brota da escri-

PÁGINA 16 // 06.OUT.10 // ACADÉMICO

José Miguel Braga e Camilo Silva deram voz a alguns dos lamentos deixados pela “pobre bixana” nos seus testamentos anuais

cine rum: “Embargo”

Filipe Costa é também teclista dos Sean Riley & The Slowriders

ta cinematográfica de Sara-mago. Afinal, onde estão os sinais que guiam o especta-dor até à moral da história?Apesar de tudo, o realiza-dor de “Respirar Debaixo de Água” conta com um elen-co competente, encabeçado pelo actor e músico Filipe Costa e secundarizado por actores como José Raposo. Sendo bem sucedido na fo-tografia e na banda sonora,

que vai de JP Simões a João Coração.Se “Ensaio Sobre a Ceguei-ra” conseguiu arrancar lá-grimas de contentamento a Saramago, com “Embargo” ficaremos para sempre na dúvida.E por vezes, nada é pior do que viver no limbo.«Embargo» de António Fer-reira em exibição nos cine-mas do BragaParque.

cd rum: «Swanlights», 2010

“Swanlights” O regresso de Antony & The Johnsons

elsa moura

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saiu a primeira compilação dos “testamentos da gata”. o lançamento decorreu no sá-bado passado, no salão nobre da reitoria, inserido no pro-grama ‘Festival de outono’

As tradições estudantis (dos anos 20 aos 90) com relatos históricos e recortes origi-nais estão agora compilados num só livro, fruto do desa-fio da Associação Cultural Francisco Sá de Miranda e apoiado pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). A apre-sentação decorreu no passa-do sábado à tarde, no Salão Nobre da Reitoria e contou com a presença de inúmeras figuras ilustres da cidade de Braga. Dos antigos alunos do Liceu Sá de Miranda, aos mais jovens estudantes

elisabete aPresentaçÃo

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Antony and the Johnsons, grupo nova-iorquino, lide-rado pelo cantor e pianista Antony Hegarty, vão editar um novo disco. Segunda, dia 11 no Reino Unido e res-to da Europa com o selo da Rough Trade e no dia 12 nos Estados Unidos via Secretly Canadian. O registo, “Swan-lights”, sucessor de “The Crying Light”, estará dispo-nível em CD, LP, em forma-to digital, bem como numa versão especial que junta ao disco um livro de 144 páginas com reproduções de desenhos, colagens, foto-grafias e textos de Antony. A banda já ganhou um Mer-cury Prize em 2005 pelo trabalho “I’m a Bird Now” e Antony foi já nomeado

como melhor cantor mas-culinho nos Brit Awards de 2006. Depois de Antony ter participado no tema “Dull Flame of Desire” e “My Juvenile”do álbum “Volta” de Bjork, é agora a vez da cantora islandesa partici-par em “Swanlights” com o tema “Flétta”. Entretanto, o grupo lançou recentemente um Ep “Thank you for your love”, que é também título de uma tema de “Swanli-ghts”, registo que contém uma versão de “Imagine” de John Lennon. Tanto o disco como o livro são uma con-tinuação da exploração do mundo natural de Antony. No vídeo do single “Thank you for your love”, Antony recupera imagens da sua adolescência, quando che-gou a Nova Iorque no início dos anos 90. Este é sem dú-vida um disco a ouvir.

da Universidade do Minho, muitos foram os que não quiseram faltar ao lança-mento dos “Testamentos da gata”, em que hábitos e cos-tumes de várias gerações, registam a cidade de Braga. Após a criação da Universi-dade do Minho, em 1974, os seus estudantes assumiram as tradições académicas. Com séculos de existência, as tradições voltaram com a AAUM, presidida então por Luís Novais, que fez ressur-gir, com muita polémica à mistura, as comemorações do 1º de Dezembro e a rea-lização do Enterro da Gata.Os ‘Testamentos da Gata’, tal como o Presidente da AAUM, Luís Rodrigues ex-plicou, é “um legado que os autores, sobre o pseudó-nimo da gata, deixaram à sociedade, e que completa o cerimonial estudantil do Enterro da Gata. Este livro

documenta a disponibilida-de dos estudantes, na velha tradição de Rafael Bordalo Pinheiro e tantos outros praticantes, para assumir causas utilizando a sátira para provocar mudanças, denunciando e obrigando à reflexão”.Uma coisa é certa, a Gata morreu, tem mais de sete vidas e morre todos os anos de novo. Deixa, todos os anos, um testamento onde levanta questões sociais e faz críticas muito próprias a quase todos os interve-nientes na sociedade actu-al. Continuam os actores a “esconder-se” por detrás de um pseudónimo de Gata e a dar voz a aos males (e bens) da Universidade, da cida-de, do país e até da Europa. Tudo agora compilado, dá num livro de 500 páginas que pode ser adquirido por 30 euros.

TOP RUM - 39 / 201001 OUTUBRO

1 BUNNYRANCH - Where am I? Where are you? 2 NATIONAL, THE - Blood-buzz ohio3 PEIXE AVIÃO - No jogo da quimera4 MÃO MORTA - Novelos da paixão5 CLÃ - Golden skans 6 JÓNSI - Boy lilikoi 7 B FACHADA - Os discos do

sérgio godinho 8 SLIMMY - Be someone else 9 PELTZER - A story to tell me 10 BLACK REBEL MOTORCY-CLE CLUB - Conscience killer11 GRIZZLY BEAR - Two weeks 12 DIVINE COMEDY, THE - At the indie disco 13 ARCADE FIRE - The sub-urbs 14 CYPRESS HILL - It ain’t nothin 15 NEW YOUNG PONY CLUB - Chaos 16 EVERYTHING EVERY-THING - Photoshop hand-some

17 ALTO! - Gin tonic - we are the no ones conquering china 18 OS GOLPES - Vá lá senho-ra 19 FRANKIE CHAVEZ - The train is gone 20 DRUMS, THE - Best friend

POST-IT4 Outubro > 8 Outubro

BALLA - montra (equilíbrio) THE WOMBATS - tokyo (vam-pires & wolves)MAXIMUM BALLOON - groove me (maximum bal-loon)

Braga

Teatro5, 7 e 10 de OutubroA Cabeça do Baptista – CTBTheatro Circo

Dança6 de OutubroKings of SalsaTheatro Circo

Música9 de OutubroPeixe:Avião - MadrugadaTheatro Circo

Guimarães

Dança8 de OutubroMAIORCA – Companhia Pau-lo RibeiroCCVF

Teatro11 de OutubroO Santo e a PorcaSão Mamede

Famalicão

Teatro Musical5 a 7 de OutubroGABY, a primeira de António TorradoCasa das Artes

Música8 de OutubroMikadolabCasa das Artes

Barcelos

Música8 de OutubroRocketnumbernineSubescuta

agenda cultural

rum box

CULTURAPÁGINA 17 // 06.OUT.10 // ACADÉMICO

Universidade de Coimbra destacada como a melhor da Europa

Bracarenses avançam na Taça de Portugaleduardo rodrigues

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A equipa de futsal do SCBraga/AAUM teve, no passado sábado, a sua primeira prova de fogo. Os arsenalistas des-locaram-se ao reduto do Gondomar Futsal, formação que milita na III Divisão Nacional e, apesar das dificuldades, conseguiram o triunfo por 5-2, avançando para a segunda eliminatória da Taça de Portugal.Para este encontro, os treinadores Pedro Palas e Luís Sil-va não convocaram o guarda-redes Pli e os jogadores Rui Coroas, Peixoto e Ricardo. Quanto à equipa inicial, esta foi composta por Hélder na baliza, Fabrício, André Machado, Faria e Pedrinho. O SCBraga/AAUM entrou muito bem na partida e logo aos 3 minutos André Machado fixou o 1-0. A superioridade mi-nhota permaneceu e, fruto disto, facilmente conseguiram mais dois golos, por intermédio de Faria e Lino. Com a van-tagem adquirida, os bracarenses recuaram sensivelmente as linhas de marcação e permitiram que o adversário crias-se algum perigo. No entanto, o guardião arsenalista negou o golo até aos 19 minutos, altura em que o Gondomar redu-ziu a vantagem (3-1).Na segunda metade, Skat substituiu Hélder na baliza. Os da casa continuaram a acreditar que era possível uma revi-ravolta no resultado, no entanto, o SCBraga/AAUM estava numa tarde feliz e bastante eficaz. Aos 26 minutos, numa rápida transição ofensiva, o estreante Zé Rui fez o gosto ao pé e marcou o quarto golo para os minhotos. Os gondoma-renses ainda marcaram novamente, atenuando a distância no marcador, contudo, após boa jogada de André Machado, Serginho apareceu ao segundo poste para dar números fi-nais à contenda (5-2).Cumprido o primeiro objectivo, referente à taça, o SCBraga/AAUM volta-se agora para a preparação do primeiro jogo do campeonato. A partida realizar-se-á no próximo domingo, às 17 horas, no reduto do Lamas Futsal.

maria joÃo Quintas

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A European University Sports Association (EUSA) atribuiu à Universidade de Coimbra o prémio de Best University of 2010, como re-conhecimento do seu mérito no que diz respeito ao des-porto universitário.A Associação Académica de Coimbra (AAC) foi cam-peã europeia universitária de Futsal feminino e Rugby 7’s masculino e o atleta João Santos foi vice-campeão eu-ropeu universitário de Remo Mx1. As equipas da AAC ob-

PÁGINA 18 // 06.OUT.10 // ACADÉMICO

DESPORTOAUTOMOBILISMOLoeb volta a ser campeão do Mundo de wRCO francês Sébastien Loeb (Citröen C4) venceu, este do-mingo, o Rali de Franca e al-cançou, assim, o seu sétimo campeonato mundial de ralis (wRC) consecutivo. “É alu-cinante vencer em casa”, de-clarou Loeb no final da corrida. Na prova, o seu colega de eq-uipa espanhol Dani Sordo aca-bou a prova em segundo e o norueguês Peter Solberg ficou em terceiro.

CICLISMOContador ameaça final de car-reiraO ciclista espanhol Alberto Con-tador, que apresentou um resul-tado “anormal” num controlo antidoping em julho, disse estar confiante no desenrolar do pro-cesso, mas ameaça abandonar a carreira caso seja punido.“Se tudo isto não terminar de uma forma favorável e justa, hesitarei muito em voltar a montar uma bicicleta”, afirmou o tricampeão da Volta a França.No entanto, Contador sublinha: “Creio que tudo vai acabar bem”.

INSÓLITORicardo Quaresma caçador no Besiktas?O avançado português Qua-resma parece estar a aterrorizar adversários... E pássaros na sua passsagem pelo Besiktas.No último jogo da Liga turca, o luso avistou uma ave que apenas teve o azar de estar na hora errada no sítio errado. Mas Quaresma não perdoou. Avan-çou, determinado e apanhou suavemente o animal. Sem es-pinhas pelos vistos!

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tiveram bons resultados, tan-to nos Campeonatos Nacio-nais Universitários (CNU’s), como nos Campeonatos Europeus Universitários (CEU’s), o que contribuiu para valorizar a Universida-de e a Associação Académica de Coimbra a nível interna-cional. O principal objectivo é, agora, manter a qualidade. As inscrições das equipas da AAC para a próxima época estão já a ser oficializadas, embora esperem ainda vir a encontrar um patrocinador que reduza o esforço finan-ceiro a que a Associação está sujeita para que estas pos-sam competir.

Europeu de Montanha em Guimarãesrita Vilaça

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É já a 7 de Julho do próximo ano que a “cidade berço” aco-lhe o Campeonato Europeu de Corrida de Montanha. Com a participação de cerca de 500 atletas de mais de 20 países, esta actividade conta-rá com o apoio da Associação Europeia de Atletismo. Organizado pela Federação Portuguesa de Atletismo, este evento internacional será coadjuvado pela Asso-ciação de Atletismo de Braga e pela Câmara Municipal de Guimarães. A candidatura,

elaborada pela entidade or-ganizadora e pela C. M. de Guimarães, foi aprovada no passado mês de Setembro, na Suíça. O percurso, deline-ado pelas organizações coor-denadoras, tem como ponto de partida e de chegada o Parque da Cidade. Os des-portistas terão de subir até ao monte de Monchique num total de 4 mil metros e até uma altitude de 460 metros. Será também em 2012, ano em que a cidade albergará o título de Capital Europeia da Cultura, que os vimara-nenses serão os anfitriões do Campeonato Mundial de Xadrez Universitário.