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[email protected] www.jornalalpesdamantiqueira.com.br ANO I - Nº 6 - Maio de 2011. Educação Inclusiva: Ilusão ou utopia? Nesse momento estou me propondo escrever sobre a difícil tarefa de incluir alunos especiais nas escolas regulares. A princípio, considero ele- mentar discutirmos sobre a ideia de inclusão. Pois, haja vista que a educação inclusiva está cada dia mais presente no cotidiano escolar, visando alcançar a educação para todos tão proclamada. Contudo, esta proposta educacional é vista como uma política pública que em meio a uma sociedade capitalista se configura como uma alternativa de compensar anos de exclusão e segregação no ambiente escolar. Sabemos que a política de inclusão se constitui, na prática, através do incentivo à matrícula de crianças portadoras de necessidades educacio- nais especiais no ensino regular independente de suas necessidades. De tal modo que, a palavra ILUSÃO não se configura aqui, já que os alunos especiais nas salas de aulas é um fato! Mesmo que muitos ainda insistem em persistir na ideia da inclusão como uma ilusão. De tal modo, como trataríamos do tema inclusão como uma possível ilusão diante dessa realidade que estão enfrentando nossas escolas? Mesmo sabendo que na prática, esses alunos estão sendo excluídos do processo escolar, pois a politica de inclusão não assegura mudanças no contexto educacional, que são cruciais para a efetivação da inclusão. Assim, nos parece ainda mais clara a ideia de que a inclusão que estamos vivendo é uma máscara, uma forma de percorrer um caminho paralelo da educação como direito subjetivo, sem mudar a estrutura dominadora da escola. Michels (Revista Brasileira de Educação, v. 11, n. 33, 2006) compreende que “[...] a atual reforma educacional se esforça para promover mudanças, porém não propõe a transformação da própria escola, uma vez que mantém as relações já existentes”. Quando nos referimos a crianças que já sofrem com o preconceito da sociedade, nos deparamos com o conjunto de exclusão também dentro do ambiente escolar, onde deveria ser um espaço de socialização e aprendizagem, acaba por se transformar num aparelho reprodutor da sociedade. Portanto, seria mais eficaz e satisfatória a ideia de que, na verdade, a inclusão, nos dias de hoje, se trata de uma UTOPIA, uma ideia que não condiz com a realidade, uma forma fantasiosa de ver as coisas. Entretanto, mesmo contraria ao próprio significado da palavra consideramos utopia também como uma ideia de se pensar longe, alçar novos rumos, mesmo que pareçam distantes. Ou seja, mesmo que pareça surreal a política de inclusão ser colocada em prática, com todos os instrumentos capazes de assegurar a educação de qualidade, salientamos que de uma forma ou de outra, esses alunos tem seus direitos assegurados por lei de estarem frequentando as escolas regulares. Agora, nosso papel como educadores e cidadãos é garantir esse acesso e cobrar do Estado, dos órgãos governamentais o que também está garantido por lei: “Educação pública, de qualidade e para todos”. A discussão sobre a qualidade, o papel dos professores e da escola faremos em outra oportunidade. Kamille Vaz - Orientadora Educacional

Jornal Alpes da mantiqueira edição 6

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Nesse momento estou me propondo escrever sobre a difícil tarefa de incluir alunos especiais nas escolas regulares. A princípio, considero ele- mentar discutirmos sobre a ideia de inclusão

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jornalalpesdamantiqueira@hotmail.comwww.jornalalpesdamantiqueira.com.br

ANO I - Nº 6 - Maio de 2011.

Educação Inclusiva: Ilusão ou utopia?Nesse momento estou me propondo escrever sobre a difícil tarefa de incluir alunos especiais nas escolas regulares. A princípio, considero ele-

mentar discutirmos sobre a ideia de inclusão. Pois, haja vista que a educação inclusiva está cada dia mais presente no cotidiano escolar, visando alcançar a educação para todos tão proclamada. Contudo, esta proposta educacional é vista como uma política pública que em meio a uma sociedade capitalista se configura como uma alternativa de compensar anos de exclusão e segregação no ambiente escolar.

Sabemos que a política de inclusão se constitui, na prática, através do incentivo à matrícula de crianças portadoras de necessidades educacio-nais especiais no ensino regular independente de suas necessidades. De tal modo que, a palavra ILUSÃO não se configura aqui, já que os alunos especiais nas salas de aulas é um fato! Mesmo que muitos ainda insistem em persistir na ideia da inclusão como uma ilusão.

De tal modo, como trataríamos do tema inclusão como uma possível ilusão diante dessa realidade que estão enfrentando nossas escolas? Mesmo sabendo que na prática, esses alunos estão sendo excluídos do processo escolar, pois a politica de inclusão não assegura mudanças no contexto educacional, que são cruciais para a efetivação da inclusão. Assim, nos parece ainda mais clara a ideia de que a inclusão que estamos vivendo é uma máscara, uma forma de percorrer um caminho paralelo da educação como direito subjetivo, sem mudar a estrutura dominadora da escola. Michels (Revista Brasileira de Educação, v. 11, n. 33, 2006) compreende que “[...] a atual reforma educacional se esforça para promover mudanças, porém não propõe a transformação da própria escola, uma vez que mantém as relações já existentes”. Quando nos referimos a crianças que já sofrem com o preconceito da sociedade, nos deparamos com o conjunto de exclusão também dentro do ambiente escolar, onde deveria ser um espaço de socialização e aprendizagem, acaba por se transformar num aparelho reprodutor da sociedade.

Portanto, seria mais eficaz e satisfatória a ideia de que, na verdade, a inclusão, nos dias de hoje, se trata de uma UTOPIA, uma ideia que não condiz com a realidade, uma forma fantasiosa de ver as coisas. Entretanto, mesmo contraria ao próprio significado da palavra consideramos utopia também como uma ideia de se pensar longe, alçar novos rumos, mesmo que pareçam distantes.

Ou seja, mesmo que pareça surreal a política de inclusão ser colocada em prática, com todos os instrumentos capazes de assegurar a educação de qualidade, salientamos que de uma forma ou de outra, esses alunos tem seus direitos assegurados por lei de estarem frequentando as escolas regulares. Agora, nosso papel como educadores e cidadãos é garantir esse acesso e cobrar do Estado, dos órgãos governamentais o que também está garantido por lei: “Educação pública, de qualidade e para todos”.

A discussão sobre a qualidade, o papel dos professores e da escola faremos em outra oportunidade.Kamille Vaz - Orientadora Educacional

ExpEdiEntEO Jornal Alpes da Mantiqueira é uma publicação da Praia News

Empresa Jornalística S/C Ltda., CNPJ: 02.273.956/0001-92

Editor: Dr. Tarcísio Marcos de Almeida, CRM/MG 21086 - Jornal-ista responsável: Armando Barreto, MTB 23108 - Colaboradores: - Diagramação: Daniela Lima - Fotografia: Edvaldo Carniati e Tarcísio Almeida - Publicidade: Luiz Carlos Campos e Edvaldo Carniati - Re-visão de textos: Rodrigo Bitencourt - Email: [email protected] - Edições anteriores: www.alpesdamantiqueira.com.br - Tiragem desta edição: 10 000 exemplares

Ressalva legal: Artigos assinados não correspondem necessariamente à opinião do jornal.

ENDEREÇOS PARA CORRESPONDENCIA: Rua: Luiz da Ponte, Nº 12 - Delfim Moreira - MGCEP: 37514-000 - Tels.: Editor: 35 - 9974 1580

Reportagem: 35 - 9865 0445

Editorial Responsabilidade SocialCOMUNIDADEANO I - Nº 6 - www.alpesdamantiqueira.com.br2

Minas GErais: Delfim Moreira, Marmelópolis, Virginia, Wenceslau Braz, Itajubá, Piran-guçu, Maria da Fé, Cristina, Carmo de Minas, São Lourenço, Conceição das Pedras, Pedralva, São José do Alegre, Piranguinho, Brazópolis, Santa Rita do Sapucaí e Pouso Alegre.são paulo:Piquete: Fábrica de Chocolate Chocovales - telefone (12) 3156-3517Lorena: Café da Morga - telefone (12) 3152-7536São José dos Campos: Banca do Jonas - telefone (12) 8808-7770 e no Centro de informações turísticasSão Paulo: restaurantes Consulado Mineiro - telefone (11) 3064-3882Pedidos, reposições e se no seu Município ainda não existe a distribuição do JAM, contate-nos pelo e-mail: jornalalpesdamantiqueira @hotmail.com

Onde encOntrar O JOrnal alpes da Mantiqueira

Essa coluna é dedicada ao reconhecimento das pessoas ou empresas que trabalham com respon-sabilidade e dedicação voltadas para o cliente, com educação ambiental e promoção da saúde.

Nosso reconhecimento desse mês é para o Tra-torista Ricardo Castro, que durante os meses de chuva intensa, ajudou com simpatia e eficiência os motoristas que ficaram com seus carros atolados no barro da estrada que dá acesso a Marmelópolis, inclusive o carro do médico do Programa de Saúde da Família, que na sexta feira da semana do carnaval conseguiu chegar ao trabalho graças ao esforço do Sr. Ricardo, naquela que foi a semana mais chuvosa na região dos Alpes da Mantiqueira.

DIRETO DE BRASÍLIA... www.alpesdamantiqueira.com.br - ANO I - Nº 6 3

Neste mês de maio estamos ampliando o nosso espaço de relacionamento com os leito-res editando o jornal com 12 páginas, colorido e com muitas fotos, sem deixar os textos de lado é claro. Publicamos matérias de interesse local, regional, estadual e nacional. Assim es-tamos atendendo a expectativa de crescimento almejada por nós da equipe editorial e também dos leitores que nos tem feito sugestões e en-viado colaborações de várias cidades do sul de Minas e Vale do Paraíba. Estamos trazendo o que há de bom para este mês e anunciamos que a partir de junho a equipe do Jornal Alpes da Mantiqueira estará editando uma revista tri-mestral sendo uma para cada estação do ano. E contamos com a participação dos anuncian-tes e empreendedores da nossa região, para produzir uma revista de boa qualidade gráfica e de bom conteúdo informativo. Acreditando no futuro promissor dos Alpes da Mantiqueira desejamos aos leitores do nosso jornal uma boa leitura, sucesso e saúde!

Dr. Tarcísio Almeida - Editor

O salário mínimo poderá aumentar dos R$ 545,00 atuais para R$ 616,00 em janeiro de 2012, conforme prevê a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) enviada pelo governo de Dilma Rous-sef ao Congresso Nacional no último mês de Abril. Vale lembrar que neste ano o salário mínimo foi reajustado apenas pelo índice de inflação de 2010 e que nos próximos três anos (de 2012 a 2014) será reajustado por um valor que é composto pela soma da inflação do ano anterior mais o PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes, conforme acordo fechado entre trabalhadores (Centrais Sindicais) e o Governo Federal. Assim, considerando que o PIB de 2010 foi de 7,5% e que a inflação de 2011, que hoje está em torno de 6,5%, mas que o governo prevê fechar o ano em 5%, podemos esperar que o reajuste do salário mínimo seja de 13% ou mais em janeiro de 2012. E se a produção brasileira continuar a aumentar nesse ritmo e estando garantida a recom-posição da inflação mais o aumento real conforme o PIB, teremos nos próximos três anos os maiores aumentos do salário mínimo já visto. Este aumento é resultado da luta dos trabalhadores e sindicalistas em negociações com o Governo Federal.

Salário mínimo poderá ser de R$ 616,00 ou mais, em 2012

Delfim Moreira – MG

Mecânica Multimarca

Marcus e Ildefonso: Tel.: (35) 9917 5340

Socorro 24 horas

REGIONALANO I - Nº 6 - www.alpesdamantiqueira.com.br4

Homenagem ao Senhor NoéSempre digo que um dos

segredos para melhorar nossa qualidade de vida é conhecer lugares e pessoas diferentes. E a cada dia que passa, nessas estradas da vida que eu ando, tenho mais certeza disso. E foi numa cidadezinha do Sul de Minas que eu conheci o Sr. Noé, que com sua força, coragem, simplicidade, generosidade, elegância, companheirismo, amizade... Enfim, se eu for fa-lar de todos os seus adjetivos vou precisar escrever um livro. Sim, um exemplo de vida, de trabalho, muita dedicação e amor pela família e ao próximo, que ele ajudou a construir a cidade de Marmelópolis. Aqui ele ajudou os amigos e a to-dos que pôde e até ontem fez a alegria de muita gente. Sim, perdemos aquele sorriso que sempre estava recepcionando a todos, que vinha sempre nos desejar um bom dia e de sua boca nunca se ouviu uma palavra para desqualificar uma pessoa ou lugar. Foi no final de abril que conheci o Sr. Noé, enquanto fazia meu trabalho de jornalista para o Jornal Alpes da Mantiqueira. Mas, como disse o Padre Júlio, ele “saiu do mundo das criaturas e foi para o mundo do Criador” (Noé Correia de Oli-veira - 20/05/1925 a 18/04/2011)

Em uma conversa com o Sr. Noé ele me disse que sua vida aqui não foi fácil, mas não impossível. Disse que desde os 18 anos trabalhou arduamente para o progresso da comunida-de. Trabalhou como mecânico (o primeiro mecânico da cida-de) e na fábrica Colombo (que produzia polpa de marmelo) durante muitos anos e quando a fábrica mudou para o Rio de Janeiro, eles o levaram junto, mas depois acabou voltando para sua terra. Sua esposa, a Dona Chica, como é conhecida por todos, me disse que ele nunca estudou, mas aprendeu na prática e com o “Alemão”, um profissional que veio passar uns tempos na cidade para trabalhar na fábrica e que ficou hospeda-do em sua casa. Segundo Dona Chica, quando o mecânico foi embora disse que o Sr. Noé ha-via aprendido muita coisa, mas que nunca mostrasse “o pulo do

REGIONAL www.alpesdamantiqueira.com.br - ANO I - Nº 6 5

Audiência Pública sobre o turismo no Sul de MinasParticipamos no dia 9 de

maio, no Centro Técnico Cul-tural, em Itajubá, de uma Au-

Tema: Os Circuitos Turísticos e o fomento do setor no Sul de Minas.

O artista Delfinense que morou nos Estados Unidos e agora está de volta trazendo sua arte, talento e conhe-cimento É O Filho do Sr. Francisco Correa e Sra. Olga Go-mes. O João Augusto, que aqui desenvolveu seu talento pela arte desde garoto. Depois fez curso de historia em quadrinhos e desenho artístico em São Paulo e aos 18 anos começou a trabalhar com comunicação visual para publicidade.

Trabalhou na EMBRAER na função de ilustrador técnico e em 2002 foi para os Estados Unidos, onde ficou por 5 anos e deixou por lá alguns de seus trabalhos artísticos. Sua especialidade é pinturas artísticas em paredes e tem trabalhos também em Delfim Moreira e Sul de Minas.

E no inicio de 2011, assim como muitos outros filhos que a casa do pai retorna, voltou para nossa região para trabalhar em Delfim e Marmelópolis.

Cansado da cidade grande está de volta para ficar, pois quer compartilhar com os conterrâneos o prazer e a alegria de melhorar a qualidade de vida e trabalhar nos Alpes da Mantiqueira.

gato” para ninguém.Ele também, junto com cerca

de 100 homens, com pás e en-xadas, abriu uma estrada (1944 - 1946) com extensão de 22 km até Delfim Moreira, principal acesso até hoje. Durante dois anos, eles, com muita força e coragem, abriram no meio da Serra da Mantiqueira, o primeiro caminho para o progresso de Marmelópolis.

Sr. Noé participou ativamen-te dos trabalhos feitos pelo Sr. Dalmo Wilson Ribeiro (primeiro Prefeito de Marmelópolis), para a emancipação do Bairro Quei-mada de Delfim Moreira para se tornar a cidade de Marmelópolis em 01/03/1963. Segundo o Sr Noé, “o Dalmo foi um excelente Prefeito” e se lembra de que “quando o Dalmo prometeu trazer a energia para Marme-lópolis, eu disse que duvidava e que ele nunca faria isso, que era praticamente impossível, e cheguei a apostar com o Vice Prefeito, que se chegasse a energia elétrica em Marmelópo-lis eu levaria o Dalmo nas costas até Delfim Moreira. Quando chegou a energia passei em frente a uma venda onde se encontravam o Prefeito e o Vice conversando com os eleitores e eles me questionaram se iria pagar a aposta. Eu disse que pagaria a aposta sim, mas só se fosse de 100 metros a cada dia”. Claro que tudo não passou de uma brincadeira e o mais importante é que juntos presen-ciaram mais um grande passo que Marmelópolis dava ruma à modernidade.

E... Quando olharmos para o céu e tiver passando uma estre-la, pode ter certeza que lá vai o Sr. Noé abrindo uma estrada no mundo do Criador...

Edvaldo Carniati eJornal Alpes da Mantiqueira

De Delfim Moreira Para o Mundo... E volta...

A audiência contou com a participação pública de cerca de 150 pessoas, entre Prefeitos, Vereadores, e representantes da região Sul Mineira. A mesa foi composta pelo Prefeito de Itajubá, Jorge Renó Moual-lem, pelos Deputados Ulysses Gomes (PT), Dalmo Ribeiro (PSDB), Pompilio Canavez (PT) e pela Superintendente de Po-líticas do Turismo da Secretaria de Estado de Turismo de MG, Jussara Rocha, representando o Governo do Estado de Minas Gerais.

Todas as demandas apre-sentadas foram registradas pela Superintendente de Políticas para o Turismo, Jussara Rocha. Para ela, muitas das ações comentadas na audiência já estão na pauta da Secretaria de Estado. “Muitas dessas ações já

estamos levando a cabo”, dis-se Jussara Rocha, para quem a participação da Assembléia também é fundamental.

Municípios representados: Itajubá, Lavras, Delfim Moreira, Aiuruoca, Bom Repouso, Cris-tina, Camanducaia, Ouro Fino, Bueno Brandão, Poço Fundo, Jacutinga, Itamonte, São José do Alegre, Paraisópolis, Se-nador Amaral, Baependi, São Lourenço, Conceição das Pe-dras, Piranguçu, Santa Rita do Sapucaí, Pouso Alegre, Sapucaí Mirim, Maria da Fé, Pedralva, Consolação, Piranguinho, Borda da Mata, Marmelópolis, Poços de Caldas, Caconde, Carmo do Rio Claro, Itanhandu, Passos, Cambuí.

Colaboração: Rozeli Costa e As-sessoria do Deputado Ulysses.

diência Pública sobre o de-senvolvimento turístico no Sul de Minas.

Será realizado entre os dias 06 e 07 de junho a feira de ciências no Colégio Estadual Albano de Oliveira na cidade de Marmelópolis - MG com o tema meio ambiente e sustentabilidade: Paisagismo – Arborização – Reciclagem. E outras atividades voltadas ao meio ambiente. São aproximadamente 15 equipes formadas pelos alu-nos do colégio.

Este trabalho é organizado pelo Prof. Sergio Coura com apoio da Diretora Andréia Ribeiro e de todos os professores da área de ciências e meio ambiente.

Sustentabilidade é o tema da Feira de Ciências em Marmelópolis

N.S.F.M.C – Nossa Senhora de Fátima“Da base ao acabamento”

Mateiras de Construção

Av. Pe. Lourenço da Costa, nº 2.847 - Itajubá – MGTel: 3623 7864

ANO I - Nº 6 - www.alpesdamantiqueira.com.br6

O Marmelus Clube de Marmelópolis realizou no dia 7 de maio o concurso Miss Alto da Mantiqueira. O evento foi apresentado pelo presidente do Clube, Senhor Aécio Ribeiro da Mota, e contou com a participa-ção de 14 lindas e elegantes candidatas do Sul de Minas e Vale do Paraíba, representando das seguintes cidades:

ALFENAS-MG - Bruna Amaral LopesAPARECIDA-SP - Camila Paula RodriguesBAEPENDI-MG - Edilaine Castro RibeiroITANHANDU-MG - Sarah D’ávila De Souza RibeiroLORENA-SP - Sara de Souza AlvesMACHADO-MG - Tânia Castilho SwertsOLIMPIO NORONHA-MG - Camila Teodoro de OliveiraPARAISÓPOLIS-MG - Ingrid Fernandes SalvadorPIQUETE-SP - Larissa Lemes LeôncioPOUSO ALTO-MG - Natasha RodriguesSÃO GONÇALO DO SAPUCAÍ-MG - Joana PiresSÃO JOSÉ DO ALEGRE-MG - Larissa Francyelle Rodrigues de OliveiraSÃO SEBASTIÃO DO RIO VERDE-MG - Isabella Cristina da Silva PaesVIRGÍNIA-MG - Gilcilene Maria de Oliveira

www.alpesdamantiqueira.com.br - ANO I - Nº 6 7

Concurso elegeu a Miss Alto da Mantiqueira 2011, em grande estilo

Aécio Ribeiro - Apresentador e Presidente do ClubeDesfile em traje piscina

A representante de PARAISÓPOLIS, Ingrid Fernandes Salvador, foi a ven-cedora do concurso e é a Miss Alto da Mantiqueira de 2011. Ela recebeu a faixa das mãos da vencedora do ano de 2010, TAMARA OTSUKI, da cidade de ITAMONTE-MG.

A classificação das candidatas é a seguinte:Miss Alto da Mantiqueira: Ingrid Fernandes Salvador - PARAISÓPOLIS-MGMiss Elegância: Camila Paula Rodrigues - APARECIDA-SPMiss Simpatia: Joana Pires - SÃO GONÇALO DO SAPUCAÍ-MG

Ingrid Fernandes representante de Paraisópolis - MG

A candidata de Virgnia esteve aos cuidados do cabelereiro Marcelo Alves

Ingrid Fernandes recebe do Dr. Tarcsio Almeida o convite

para ser a capa da revista de Junho

O concurso foi um sucesso e transcorreu conforme planejado, afirmou a consultora de turismo da Prefeitura de Marmelópolis, Claudia Ferolla. A organização foi do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural,

Realização da Prefeitura Municipal de Marmelópolis e apoio da Pousada Bella Vista, que hospedou as beldades no dia do concurso.

Joana Pires, representante de São Gonçalo do Sapucaí -MGCamila Rodrigues, representante

de Aparecida - SP

Tamara Otsuki, Miss em 2010, transfere a faixa para Ingrid Fernandes, Miss em 2011

Tamara Otsuki, Miss em 2010, representando a cidade de

Itamonte MG

EM MARMELÓPOLIS

O jovem Jerôni-mo da Silva, 12 anos, estudante da Escola Estadual Marques de Sapucaí, da cidade de Delfim Moreira, foi o ga-nhador de um notebook no concurso realizado pela empresa Yahoo! do Brasil.

Jerônimo contou ao Jornal Alpes da Man-tiqueira que tinha ne-cessidade e grande vontade de comprar um computador para melhorar seus traba-lhos escolares, mas que sua família não tem condições de comprar o equipamento. Que todo dia ele ia para uma Lan House da cidade de Delfim Moreira, a Ponto X Informática, e que certa vez o dono da Lan House lhe falou da promoção “Yahoo! História de Lan House”.

Assim, ele fez uma redação contando o quanto a Lan Hou-se era importante na sua vida, tanto na melhora dos trabalhos escolares quanto nas relações de amizade. Disse que houve certo nervosismo, mas que estava confiante de ser sorteado e ganhar um notebook.

Quando terminou, pediu ao Felipe, dono da Lan House, para fazer algumas correções necessárias e enviou para a promoção.

E, no dia 10 de maio, com grande surpresa, recebeu um telefonema da Yahoo! do Brasil, lhe informando que tinha sido sorteado e ganhado um Notebook Philco - P223WS, tela 14’’, HD 320 GB, gravador de DVD, webcam etc.

“Agora posso fazer em minha casa as pesquisas para os trabalhos da Escola” concluiu Jerônimo em entrevista exclusiva para o jornalista Edvaldo Carniati do jornal Alpes da Mantiqueira

Parabéns ao Jerônimo e aos seus professores da Esco-la Estaduais Marquês de Sapucaí de Delfim Moreira.

Estudante da EE Marquez de Sapucaí ganhou um Notebook

Delfim moreira

O SEBRAE Minas - Micror-regional Itajubá e o Circuito Turístico Caminhos do Sul de Minas - CTCSM lançarão o projeto “Produção Associada ao Turismo nos Caminhos do Sul de Minas”, no dia 26, quinta feira, às 18h30min, no salão de eventos do Hotel Embaixador (Itajubá).

A Produção Associada ao Turismo, segundo definição do Ministério do Turismo, é qualquer produção artesanal, industrial ou agropecuária que detenha atributos naturais e/ou culturais capaz de agregar valor ao produto turístico. São as ri-quezas, os valores, os saberes e os sabores; é o desenho, o es-tilismo, a tecnologia, o moderno e o tradicional.

A realização do projeto é uma ação prevista no Plano Regional de Desenvolvimento Sustentá-vel do Turismo 2011-2014 do CT Caminhos do Sul de Minas e tem por objetivo ‘valorizar e aperfeiçoar a Produção Asso-ciada ao Turismo para agregar valor à oferta turística e possibi-litar a ampliação de alternativas de trabalho e renda’.

O projeto terá como público alvo os empreendedores for-mais e informais que atuam na cadeia produtiva do turismo do CTCSM, com ênfase na produ-ção associada, com o objetivo de desenvolver o pólo de Pro-dução Associada ao Turismo - PAT na região dos Caminhos do Sul de Minas. E compreen-de diagnósticos, consultorias dentro dos empreendimentos, momentos coletivos com treina-mentos e capacitação, acesso

As contas da Saúde e de outras importantes áreas públi-cas referentes ao último quadri-mestre de 2010 e ao primeiro quadrimestre de 2011 foram motivos de divergência em Belo Horizonte, na reunião do dia 11 de maio da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa. O Deputado Ulys-ses Gomes, que é membro efetivo da comissão, questionou a destinação de recursos para a Saúde e a Educação. Veja a argumentação:

na saúde:Segundo as contas apre-

sentadas pelo Governo, foram investidos 12,43% no setor (a Lei determina que o Estado invista, pelo menos, 12% do orçamento na Saúde). O De-putado Ulysses, questionou o fato de que mais de 4% desse montante, isto é, mais de R$ 816 milhões de reais, sejam destinados à COPASA. “Com isso, temos um investimento

EM MARMELÓPOLIS...ANO I - Nº 6 - www.alpesdamantiqueira.com.br8 NO SUL DE MINAS... www.alpesdamantiqueira.com.br - ANO I - Nº 6 9Caminhos do Sul de Minas:

A produção associada ao turismoao mercado, identificando onde está o turista que consome os produtos existentes na região, com promoção de encontros de negócios capazes de con-ferir visibilidade a região e aos empreendedores da Produção Associada ao Turismo.

“Essa abordagem da Pro-dução Associada ao Turismo é uma tendência nacional, já que temos tanta produção do saber e do fazer, típicas das diversas regiões; queremos valorizar isto como um componente da atividade turística, para que as pessoas possam despertar o in-teresse em conhecer a maneira de fazer um doce, ou um arte-sanato, ou mesmo ter contato com laboratório de tecnologia de última geração, como é o caso do Sul de Minas”, falou a Analista do SEBRAE-MG, Mô-nica Alencar.

O Presidente do CTCSM, José Maurício Carneiro da Sil-va, declarou que o conceito de produção associada ao turismo é amplo o suficiente para abar-car todos os aspectos da nossa produção, desde a agropecuá-ria, passando pelo artesanato e pelas indústrias de alta tecnolo-gia, todas típicas dos Caminhos do Sul de Minas. “É tudo o que precisávamos para estimular os pequenos e grandes empreen-dedores a vislumbrar o aumento da visibilidade dos empreendi-mentos e da região pelo viés do turismo”.

Informações: (35) 3622.4421www.caminhosdosuldeminas.com.brFonte: Caminhos em Notícias Nº 64‏

(editado)

As contas do governo Aécio e Anastasia são questionadas na Assembléia

Nos dias 29 e 30 de abril e 1° de maio de 2011 foi realizada a 4ª edição da festa do Pinhão e do Marmelo, mais uma realização da Prefeitura do Município de Marmelópolis. Uma festa que traz de volta as tradições e a cultura da cidade, com apresentações de músicos com suas violas e sanfonas e canções folclóricas e populares e ainda com apre-sentação também das fanfarras de Marmelópolis e da vizinha cidade de Virgínia.

Na sexta feira, 29 de abril, a apresentação da festa foi feita pelo famoso Tigrão, que convidou para subir ao palco para declarar oficialmente aberta a festa, o Prefeito de Mar-melópolis, Senhor Valmir Alves, ao lado da primeira dama e do Vice Prefeito.

Não faltaram animação, nem a comida tradicional com farofa de pinhão e outros pratos derivados do marmelo como a sopa, o licor e o suco que é servido puro ou com guaraná. Nas barracas eram encontrados trabalhos em bordados e crochê produzidos por mora-dores da cidade.

Sábado, dia 30 de abril, teve a apresentação da dupla sertaneja Wagner e Wanderson, que animou a todos. No domingo, primeiro de maio, os participantes receberam uma visita surpresa do Senhor Dalmo Wilson Ribeiro, o primeiro Prefeito de Marmelópolis, em uma passagem pelo local para parabenizar os participantes e organizadores da festa.

Segundo os organizadores, a partir de 2012, a festa será dividida em duas partes sendo que em janeiro será realizada a Festa do Marmelo e em abril a Festa do Pinhão. Assim esperam poder enfatizar melhor o produto e seus derivados. Outro motivo também é que a safra de marmelo é no mês de janeiro e a do pinhão no mês de abril. Eles acreditam que com esta iniciativa, poderão satisfazer melhor todos os colaboradores e visitantes.

A festa foi organizada pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural, com a colabo-ração de Voluntários da Comunidade e tambem contou com a segurança da equipe local da Polícia Militar e Civil.

Festa do Pinhão e do Marmelo EM MINAS GERAIS...

real de apenas 8% na Saúde, o que não cumpre o exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal”. Afinal, “o dinheiro da Saúde tem de ser investido todo no SUS e não em uma empresa pública e lucrativa, que fornece água mediante pagamento”, frisou o Deputado Ulysses.

Na Educação:O que há de novo, neste ano,

é que o TCE questionou, pela primeira vez, em nota técnica, os investimentos obrigatórios de 25% na Educação. Desse montante, o Governo do Estado empregou boa parte em paga-mentos de previdência social do pessoal da educação. Sem esses questionados gastos, os investimentos em Educação caem para 19%, ou seja, o Go-verno de Minas não teria cum-prido, também na Educação, a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Fonte: Assessoria do Deputado

Ulysses Gomes (editado)

Pinha e pinhão - Fruto do pinheiro (Araucaria angustifolia)

Marmelada em embalagem artesanal

Marmelo, fruta da qual se faz a marmelada

Domingos (organizador) e Dalmo Ribeiro (Ex-prefeito)

A segurana garantida pela Policia Militar da cidade

Larissa Caroline (Miss Estudante) e amigasApresentação de artistas populares

Rodrigo Bitencourt e Tatiana

Sr. José Raimundo - O fião, animando a festa

Wanessa, Gislaine e Edlaine Rodrigo Ribeiro e Patrícia

ANO I - Nº 6 - www.alpesdamantiqueira.com.br10 www.alpesdamantiqueira.com.br - ANO I - Nº 6 11

Definição: Pedra nos rins, cálcu-los renais, litíase renal, nefrolitíase ou urolitíase são cristais de sais minerais e ou substancias orgânicas formados nos rins ou em qualquer parte do aparelho urinário.

o processo: Estas pedras come-çam bem pequenas e tanto a forma

para eVitar e tratar a pedra nOs rinsDR. TARCÍSIO ALMEIDA - MÉDICO – CRM/MG 21 086

quanto a velocidade de crescimento dependem da concentração das diferentes substâncias químicas presentes na urina, da acidez da urina, da presença maior ou menor de substâncias capazes de inibir o processo de formação (dissolventes ou inibidoras). Os cálculos renais mais comuns são constituídos por cálcio. Outros componentes dos cál-culos normalmente encontrados são: estruvita (Fosfato de amônio e magné-sio), ácido oxálico, ácido úrico, mag-nésio e cistina. Geralmente por uma mistura destes elementos. Quando houver uma disfunção metabólica no organismo, ocorre um excesso destes componentes que acabam se cristali-zando e formando os cálculos renais.

apresentar novos cálculos e no final de 10 anos este índice pode ser de até 50%.

a morbidade: Também é muito alta, sendo que 30% dos pacientes requerem hospitalização e 10 a 15% necessitarão de algum procedimento médico para retirada do cálculo.

a mortalidade: A litíase renal pode não causar diretamente a morte, mas a mortalidade está re-lacionada às complicações como a obstrução do ureter que causa insuficiência renal por hidronefrose e complicações das cirurgias neces-sárias para o tratamento.

Exames complementares: Em cada período de crise deve ser feito um exame simples da urina para verificar se há sangue ou infecção.

Exame de ultrassonografia é um dos melhores, pois é inofensivo para o organismo do paciente e nele é possível, localizar, medir e contar a maioria dos cálculos.

Exame de raios-X simples do abdômen é limitado, submete o or-ganismo à radiação e nele é possível visualizar apenas os cálculos de mine-rais como o cálcio, mas não aparecem os de componentes orgânicos como os de ácido úrico.

Exame de urografia com injeção de contraste intravenoso é um bom exame para detectar obstrução ou dilatação dos rins ou ureter, pois demonstra a anatomia e a drenagem do trato uriná-rio. Com indicação do médico Urologis-ta ou Nefrologista

Exames para avaliação metabóli-ca são recomendados para o período após a crise, para avaliar a possível anormalidade que cada pessoa apre-senta e que está causando a litíase renal. Necessita de uma consulta com um médico Nefrologista com experiência e é feito através da aná-lise comparativa entre a bioquímica do sangue e da urina coletada num período de 24 horas. Conforme o resultado obtido com este exame, será indicada a realização de novos exames e testes para aprimorar o conhecimento do metabolismo de cada pessoa e concluir o diagnósti-co. Inexplicavelmente a maioria dos portadores de litíase renal não fazem esta avaliação, limitando-se a tratar as crises de dor e às vezes ao trata-mento cirúrgico ou outro (Litotripsia) que faça quebrar e eliminar a pedra.

o tratamento da litíase: Nem todos os cálculos requerem tratamen-to, pois muitos são assintomáticos não obstruem e não causam danos e cerca de oito em cada 10 pedras vão ser eliminadas espontaneamente junto com a urina.

Todas as formas de tratamento têm suas vantagens e desvantagens, mas a decisão do tratamento a ser utilizado depende do tamanho da pedra, da localização, da anatomia individual do trato urinário, da história

médica e das condições de saúde do paciente.

Quando uma pedra é muito gran-de para passar pelo canal urinário, ela pode ser quebrada através de um tratamento chamado Litotripsia, em partículas pequenas o suficiente para serem eliminadas pela urina ou removidas através de um instru-mento (endoscópio) inserido através da uretra.

Quando localizada no Rim: Pode ser a Litotripsia Extracorpórea por Ondas de Choque (LECO) - um mé-todo não invasivo que utiliza energia aplicada externamente para quebrar a pedra; ou a Litotripsia Percutânea por Ultra-som – em que a energia é aplicada diretamente sobre a pedra através de um endoscópio que é inserido no rim; ou a Cirurgia tradi-cional com incisão feita com bisturi pelo Médico Cirurgião ou Urologista.

Quando localizada no Ureter: Pode ser usada a Litotripsia por on-das de choque; Litotripsia endoscópi-ca; Remoção endoscópica ou cirurgia tradicional com incisão

Quando localizada na Bexiga: Pode ser usada a extração endoscó-pica, litotripsia ou cirurgia tradicional com incisão.

A Prevenção: São de funda-mental importância o conhecimento e o tratamento dos principais fatores causadores da nefrolitíase.

Hoje, constata-se que mudanças nos regimes alimentares, promovidas pela industrialização dos alimentos, mais ricos em proteínas, sal e hi-dratos de carbono, aumentaram a formação de cálculos.

Urina com grande concentração de sais minerais, volume diminuído e alterações da acidez (pH baixo, ácido, favorece a cristalização de ácidos). Muitos pacientes apresen-tam pouco ou ausência de fatores inibidores da formação de cálculos (citrato, magnésio, glicosaminoglica-nos, entre outros)

A hidratação inadequada (falta de tomar água) pode ser a única alteração encontrada em alguns portadores de litíase. O volume uri-nário inferior a 1 litro por dia ocorre por maus hábitos alimentares, por situações ambientais como clima muito seco, atividades profissionais em ambientes secos (fornos) que favorece a supersaturação urinária de sais formadores de cálculos.

Mais de oitenta por cento dos pacientes formam cálculos de cálcio, ou seja, de oxalato de cálcio, formado por ácido oxálico e cálcio, o cálcio é encontrado no leite e o ácido oxálico no café ou chocolate entre outros alimentos, se estiverem numa uri-na ácida, ocorre a cristalização. O oxalato urinário é mais determinante do que o cálcio para a formação de cálculos. Pequenos aumentos na concentração de oxalato levam a

saturação urinária e formação de cristais. O uso de doses elevadas de vitamina C eleva a excreção de oxalato e pode formar cálculos.

Os principais alimentos ricos em oxalato são: Café, cerveja, chá, chocolate, cacau, refrigerantes tipo c. cola, morango, uva, framboesa, abacaxi, pêssego, pêra, ameixa, sardinhas, tofu, tomate, aspargos, brócolos, couve de Bruxelas, cenou-ras, milho, ervilha, alface, nabo, feijão acelga, pepino, escarola, berinjela, espinafre mostarda, agrião, quiabo, salsa, cereja, amora, amendoim, nozes e amêndoas.

Há pacientes que tem uma ab-sorção de cálcio aumentada no intestino que facilita a formação de cálculos renais, mas se ingerir fibras (verduras) na alimentação pode reduzir este efeito. Por outro lado, o uso exagerado de refrigerantes aumenta a eliminação de cálcio pela urina e torna a urina mais ácida, os refrigerantes com cola possuem alto teor de oxalato, ambas as condições aumentam a litíase. O excesso de sal na alimentação aumenta excreção urinária de sódio e está associada com a elevação também de cálcio urinário. As bebidas ricas em cafeína e as cervejas interferem com a ação do hormônio antidiurético resultando num fluxo urinário aumentado e uma urina mais diluída inicialmente, mas se beber demais pode resultar numa desidratação (quando apresenta a boca seca) o que levaria a maior concentração urinária e formação de cálculos.

A ingestão de potássio previne a formação do cálculo renal, pois diminui a excreção de cálcio urinário, além de que os alimentos ricos neste mineral (frutas) tendem a ser alcalino, o que diminui a acidez da urina e au-menta a excreção do citrato (um dos inibidores da formação de cálculos).

O magnésio é um inibidor da cris-talização e formação de cálculos, ele é encontrado nas verduras, a clorofila tem magnésio na sua estrutura mole-cular, portanto mais verdura na dieta pode prevenir a litíase renal.

O ácido úrico vem das proteínas animais, carnes vermelhas principal-mente e, portanto dieta com muita carne pode formar cálculos. A prote-ína da carne eleva a eliminação de cálcio e ácido úrico na urina e reduz a de citrato, estas três condições se somam na formação de cálculos. Vinte e cinco por cento dos pacientes com gota podem apresentar cálculos de ácido úrico.

As gorduras causam um aumento de ácidos graxos livres intestinais e aumentam a absorção e excreção do ácido oxálico, aumentando a forma-ção de cálculos.

O citrato é um inibidor da for-mação de litíase renal e todos nós eliminamos uma quantidade dele na

urina, mas tem pessoas que eliminam pouco, pode se, portanto aumentar ingestão de alimentos cítricos para ajudar na prevenção da litíase renal. Existe nas farmácias um medicamen-to em cápsulas com citrato de potás-sio que é usado nos casos indicados.

O pH é a concentração de hidro-gênio, quando alimentamos de car-boidratos, o carbono sai do organis-mo pela respiração e o hidrogênio sai pela urina e assim deixa ela sempre ácida. Se comer muita massa (fari-nhas) ou açucares e doces, ou seja, carboidratos em geral, deixam a urina mais ácida e aumentam a excreção de cálcio e ácido oxálico favorecen-do a litíase. Em alguns casos pode se tomar o bicarbonato de sódio de acordo com a avaliação metabólica, para melhorar o pH da urina e evitar a formação de pedras no rim.

Concluindo: Toda a orientação para o tratamento da litíase renal deverá ser baseada em estudo me-tabólico prévio que determinará o tipo de dieta a ser seguida. De maneira geral, pacientes com nefrolitíase de-verão ingerir uma menor quantidade de proteínas (menos de 1 g por kg de peso dia), gorduras (não mais do que 25% do teor calórico total da dieta) e sódio (menos do que 4 g/dia). O uso de fibras dietéticas deve ser es-timulado (20 g por dia) e o consumo de cálcio deverá ser o normalmente recomendado para indivíduos sadios (entre 800 a 1200 mg). A ingestão de líquidos deve ser estimulada (cerca de 250 ml a cada 4 horas).

Finalmente, em resumo: Beber bastante água, evitar refrigerantes, comer verduras e frutas, evitar mas-sas e doces, comer pouca carne vermelha e pouca gordura ajudam a ter uma vida sem cálculos, menos dor e com muita saude.

as causas: Oito em cada 10 portadores de cálculo renal pode ter a causa determinada através de uma avaliação metabólica. Deve ser colhida a urina num período de 24 horas e analisada em laboratório clinico, juntamente com a análise da bioquímica do sangue do paciente para detectar as possíveis anormali-dades. Também pode ser analisada a estrutura cristalina da pedra, em especial o seu núcleo que foi onde iniciou o processo de cristalização.

O cálculo renal em diferentes membros de uma mesma família pode não ser só por condição ge-nética, mas, por terem os mesmos hábitos alimentares ou culturais.

Consumir pouco líquido (água) pode ser o motivo de maior preva-lência de cálculos.

Hábitos alimentares, como ex-cesso de carne, ou ainda a falta de fibras na alimentação aumenta a prevalência de cálculos renais.

Doença intestinal, com hiperab-sorção de cálcio pode aumentar a formação de cálculos renais.

Portadores de uma doença deno-minada Gota, que apresentam uma alta concentração de ácido úrico no sangue, também predispõe ao pro-cesso de formação do calculo renal.

E, ao contrário do que pensá-vamos até os anos 90, a simples ingestão de cálcio não aumenta a formação de cálculos, acredita-se que ingerir pouco cálcio na dieta faz aumentar a absorção intestinal de oxalato e acaba por formar mais cál-culos. O fator condicionante da litíase renal é uma condição que relaciona

Composição Química Porcentagem Oxalato de Cálcio (puro ou misto) 75% Fosfato Amoníaco Magnesiano (Estru-vita) 10% Ácido Úrico 8% Fosfato de Cálcio 5% Cistina 1% Outros 1%

A tabela abaixo relacionada composição dos cálculos urinários com sua incidência nos casos de calculose renal:

volume de água na dieta, quantidade de sais minerais na urina e a acidez da urina.

os sintomas: A dor em cólicas na arte inferior das costas ou no ab-dômen é o principal sintoma. Comu-mente a dor inicia nas costas e irradia para frente, na virilha ou até mesmo causando dor na região genital. A cólica renal é descrita como a mais intensa dor já experimentada. Esta dor pode ser tanto constante ou em cólicas e pode vir acompanhada de náuseas, vômitos e sangue na urina (hematúria). Devido à dor severa e aguda, a cólica renal é considerada uma urgência e quase sempre neces-sita de medicação aplicada direto na veia e tratamento num pronto socorro ou clinica de urologia.

Alguns cálculos são assintomáti-cos enquanto nos rins, mas podem obstruir e machucar partes do canal urinário (ureter e uretra) ao tentarem passar junto com o fluxo normal da urina.

a prevalência: Aproximadamen-te uma em cada 10 pessoas formará pelo menos um cálculo renal ao longo de sua vida. A idade mais acometida está entre os 20 e 50 anos. Existe uma prevalência aumentada desta doença em regiões de clima quente e seco. A obesidade está associada a maior prevalência de litíase renal, pacientes com o Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 32 apre-sentam um risco 75% superior ao daquelas com IMC entre 21 e 22,9.

a recorrência: É muito alta sendo que, um ano após o primeiro episódio de litíase, 15% dos pacientes irão

SAÚDE

Ao pensarmos em trocar me-dicamentos por plantas medici-nais é bom lembrarmos que o desequilíbrio de nossas funções vitais, que chamamos doenças, é provocado principalmente por hábitos errados de vida, como o uso de fumo, álcool, drogas, carnes, gorduras, condimen-tos, cereais refinados, açúcar, refrigerantes, enlatados e em-butidos que são responsáveis pela maioria dos males que nos assolam no dia a dia. A volta ao equilíbrio de nossa saúde não ocorre apenas ao trocarmos os remédios da farmácia pelos da horta. Essa volta ao natural envolve uma mudança no estilo de vida, uma reforma de hábitos e costumes.

Na década de 70, os pes-quisadores norte-americanos, alemães e ingleses pesquisa-ram as múmias e restos mortais dos povos antigos, descobrindo, por exemplo, que no Egito todos eram mumificados, ricos ou pobres, pois era uma questão religiosa. Sendo adoradores do sol, acreditavam que ao morrer, o espirito deixava o corpo e via-java durante o dia em direção ao sol, voltando à noite para descansar no corpo mumificado. Quanto mais tempo o corpo fi-casse conservado, mais chance teria o espirito de chegar ao sol. Isso ajudou a observar o estilo de vida do povo egípcio, e foi descoberto que a média de vida dos egípcios era em torno de 50 anos. Os exames mais deta-lhados revelam existir diversas causas para essa baixa média de vida desse importante povo. Foram encontrados evidencia de câncer, derrame, hiperten-são, diabetes, colesterol, artrite, cáries, úlceras, tuberculose e muitas outras enfermidades co-nhecidas de nosso tempo atual. Ao estudarem os hábitos de vida desse povo, foi encontrado nos registros históricos, que eles ti-nham o costume de comer muita carne, comiam sangue e gor-dura, faziam muitas festas aos vários deuses que adoravam e nessas festas comiam demais. Foram encontradas destilarias, logo usavam o álcool, refinavam o trigo, tinham muitas mulheres e escravos. Portanto, um estilo

“Medicina Natural não é troca de remédios, é mudança no estilo de vida.”

(Luiz Carlos Campos)de vida que certamente trazia suas consequências.

Ao contrario dos egípcios, os israelitas viviam mais tempo e tinham menos doenças. Um fato curioso é citado na Bíblia: quan-do Jacó, pai do famoso José do Egito, se encontrou com o faraó e este lhe perguntou a idade (pois José era quase da sua idade e seu pai estava ali, bem forte), Jacó responde: “poucos e maus são meus dias, meus pais viveram mais que eu, tenho ape-nas 130 anos” (Gênesis capítulo 47, ver. 8-9). O estilo de vida dos israelitas era bem diferente, não comiam porco e outros animais (Levíticos capítulo 11), isolavam os leprosos (Levíticos capítulo 13), guardavam o resguardo da mulher após o parto (Levíticos capítulo 12), descansavam reli-giosamente um dia por semana (Êxodo capítulo 20, ver. 8-11), tinham o costume de cobrir as fezes com terra (Deuteronômios capítulo 23, 13), e ainda outras lei e estatutos que se postos em prática, não teriam as mesmas doenças dos egípcios (Êxodo capítulo 15, 26).

Concluímos então que qual-quer processo de restauração da saúde deve necessariamente passar por uma mudança no estilo de vida.

Os melhores resultados com o uso de Plantas Medicinais serão obtidos se forem aban-donados hábitos como fumo, álcool, drogas em geral e se for adotada uma dieta alimentar composta de frutas, verduras cruas, legumes, cereais inte-grais (principalmente o arroz), leguminosas (como o feijão, ervilha e soja), castanhas e no-zes. Deve-se adotar, também, o habito de exercícios físicos ao ar livre e de repouso relaxante para reposição natural da ener-gia da vida após os esforços e trabalho. Ou seja, devemos seguir uma vida regrada e evitar excessos.

Sobre o Autor: Luiz Carlos Campos é Fito-

terapêuta, Adventista, Autor do livro “Plantas Medicinais da flora da Mantiqueira”, Ex-

-secretário da Agricultura e Meio Ambiente de Itajubá –

MG e Palestrante sobre Fumo Álcool e Drogas Ilícitas.

dr. tarcísio Marcosde almeida,

Médico do programa saúde da Família

É morador da cidade de Delfim Moreira

e editor do Jornal alpes da Mantiqueira

SAÚDE

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